Maranduba, Agosto de 2014
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 5 - Edição 63 Foto: Toninho da Chica - PROMATA
Aves da nossa rica Mata Atlântica: Acauã (Gavião Cova)
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Registro de Lobo Guará em Ubatuba é destaque em revista nacional Por email, o biólogo do projeto Estação Ecológica Dacnis– Edélcio Muscat - informa que possui um artigo em impressão na revista científica do checklist sobre atropelamento de Lobo Guará em Ubatuba. Seu artigo já saiu como matéria na revista Terra da Gente. Segundo Muscat, ainda no e-mail, “tal artigo terá uma grande repercussão científica e junto ao CENAP - Centro Especializado de Carnívoros Brasileiros do ICMBIO”, ao qual segundo o biólogo, o Projeto Dacnis trabalha em parceria registrando e georreferenciando todos os carnívoros que encontrados por eles no município. Informa também que assim que for impresso enviará para conhecimento de todos. O tema é destaque e figura como primeira chamada da capa. No destaque da matéria a revista descreve que “lobos invadem a praia na luta pela sobrevivência, o lobo-guará deixa o bioma de origem, o Cerrado, atravessa a Mata Atlântica e é cada vez mais avistado no litoral paulista. Também na Amazônia e no
Pantanal a espécie, vulnerável, enfrenta perigos desconhecidos e maior risco de morte fora do hábitat”, figu-
rando como matéria na página 14 do Terra da Gente. Agora é aguardar o restante dos trabalhos.
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Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe:
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Lucas Giraud conquista Sul Americano e garante vaga para o mundial de Jiu-Jitsu EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 21, o atleta de Jiu Jitsu Lucas Giraud Ribeiro, 16 anos, conquistou o campeonato Sul Americano pela Confederação Nacional de Jiu Jitsu, categoria juvenil, realizado na capital paulista. A conquista se deve após fechar o paulista e brasileiro com chave de ouro. Com apenas dois anos de experiência e treinamento, seu potencial é reconhecido por grandes nomes deste esporte. Lucas conta que tudo começou na academia da Maranduba com o professor “Cacau” – Ricardo de Oliveira Costa, onde ainda treina normalmente. Diz que, no momento, representa o município de Caraguatatuba nos campeonatos, cidade que abriu as portas para suas competições. Lá ele treina também com a renomada equipe Calasans, no centro esportivo daquela cidade. O atleta possui uma respeitável coleção de medalhas, haja
vista o pouco tempo em que pratica este esporte. “Entrei para o Jiu Jitsu pra pegar a molecada, eu era gordinho, lá mudei tudo – o corpo e mente, disciplina e respeito me transformaram”, comenta Lucas. Simples, educado e muito ativo, o atleta fez questão de agradecer seus patrocinadores como, o atual, Super Kort e o D’ menor, que já apoiou o atleta. Ele lembra muito é da “maetrocínio”, na realidade ele fala de Cristina Giraud, mãe do atleta que dá o maior apoio “Ela é uma pessoa que sempre posso contar”, fala o campeão. O mundial está previsto para o próximo dia 17 de agosto no Ibirapuera-SP, após a competição, diz Lucas, ele mudará de graduação, para a faixa azul (branca, azul, roxa, marrom e preta). Lucas fala com muito respeito das competições e eventos beneficentes que participou e que também conquistou medalhas. “Tudo que aprendi foi
na Maranduba, na academia da Maranduba”, reitera o atleta. Aos amigos, conhecidos e
colaboradores fica a torcida para que este campeão conquiste mais uma medalha pro
litoral paulista. Com colaboração de Eduardo Pedroso
Camila Cássia e Geovane Ferreira faturam segunda etapa do Ubatuba Pro Surf COMUNICAÇÃO PMU Camila Cássia e Geovane Ferreira são os campeões da categoria Profissional da segunda etapa do Circuito Municipal Ubatuba Pro Surf 2104, encerrada no último domingo em Itamambuca, costa norte da cidade. Apresentado pela prefeitura, com organização da Associação Ubatuba de Surf e supervisão da Federação Paulista de Surf, o evento reuniu a nata da modalidade em um dos picos mais famosos do litoral brasileiro. Presidente da AUS, Carlinhos Roberto faturou a categoria Long Veteranos e segue na
liderança do ranking. Inspirado, Rodrigo Tremembé levantou dois canecos: Log Master e Long Open. Alexandre Moliterno foi ou-
tro atleta que surfou muito e também ficou com dois títulos: Master e Gran Master. Na Júnior, Caio Cembranelli foi o campeão e na Open quem se
de deu bem foi Maicol Santos. Devido ao mau tempo, a premiação desta segunda etapa acontecerá em breve em um coquetel organizado pela AUS.
O Ubatuba Pro Surf conta pontos para o ranking municipal e é etapa classificatória para o campeonato estadual paulista.
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Perseverança e conquistas na caminhada da melhor idade Após os árduos anos de trabalho muitos pensam em achar uma cadeira, sentar-se, confeccionar peças de tricô e olhar os netos. Com a moradora Dalva de Oliveira Virgílio, 68, moradora da Maranduba, foi um pouco diferente. Não que ela não realizasse as tarefas mencionadas, mas também partiu para atividades mais radicais com um grau intenso de responsabilidade. Pendurada na parede de seu quarto as medalhas e certificados mostram sua insistência e determinação nas atividades físicas e psicológicas que renderam pódios em nome de Ubatuba. Quando se aposentou em 2005 começou a participar de um projeto do grupo de terceira idade. De cara, representando o município, conquistou o 3º lugar no jogo de baralho JORI - Jogos Regionais do Idoso, em Caraguatatuba. Não parou por aí, depois foram às provas de corrida de 5 km. Em seguida a conquista na prova de caminhada – subida até o Morro de Santo Antonio. Hoje aos 68 anos, pratica apenas as provas de cami-
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nhadas em trilha. Dalva nos fala que participam cerca de 10 pessoas de Ubatuba, sendo ela a única representante da região sul nos campeonatos. Os jogos em que participa reúne, na grande maioria, atletas do Vale do Paraíba e Litoral Norte das mais variadas modalidades. “Cheguei
a treinar para a competição de corrida três vezes por semana, das oito até as 12 hs. no estádio e no centro”, diz a atleta. Confessa ao JMN que para este treinamento gostava de correr, mas uma professora decepcionou a equipe, daí ela passou a re-
alizar apenas as provas de caminhada. Lamenta ainda que muitas pessoas da melhor idade vem desistindo dos treinamentos – “a grande maioria realiza apenas o alongamento deixando a caminhada de lado”, referindo-se as pessoas que preferem apenas os trabalhos da academia. Diz que conhece muita gente nestas competições e que acaba fazendo amigos. Também que por varias vezes foi convidada atletas, de outras cidades, a realizarem caminhadas nas trilhas existentes em Ubatuba. Conta que o grupo da melhor idade já foi maior e hoje é bem reduzido, mas segundo a atleta, ainda são com as pessoas que possuem muita fibra e vontade. Dalva espera que muitos retornem as atividades e que novos adeptos serão sempre bem vindos. Afinal saúde é que o interessa, com um pouco de emoção, companheirismo e aventura é melhor ainda.
“Projeto Terra de Guaiamum” realiza bazar especial no Sertão da Quina
EZEQUIEL DOS SANTOS No ultimo dia 12, sábado, O Projeto Terra de Guaiamum realizou na sede da PROMATA, Sertão da Quina, um bazar beneficente em prol dos trabalhos educacionais e ambientais de proteção aos guaiamuns na região. Com o subtítulo de “PROTEGER, PRESERVAR E EDUCAR”, o projeto teve inicio no quilombo da Caçandoca e tem como objetivo desenvolver ações educativas e sustentáveis quanto ao uso do meio ambiente, manejo, preservação do mangue e principalmente dos guaiamuns. Para o projeto foi criada uma personagem Guaiamum chamada Georgina e um pequeno encarte que já alegrou a criançada do lugar. O projeto não possui cunho repressivo e trabalha com a difusão do etnoconhecimento e a etnoproteção dos moradores em beneficio a espécie. O bazar, segundo os organizadores, foi o maior su-
cesso, entre as doações e o bazar arrecadou cerca de R$ 750,00. Está programado, em data ainda a ser definida, um passeio com as crianças do projeto. Lá foram oferecidos roupas novas, sandálias, artesanatos, tortas, bolos e uma boa roda de conversa. Quem chegou cedo pode aproveitar melhor o evento. Segundo a responsável pelo trabalho, Marlene Lopes Giraud Almeida, “foi uma boa oportunidade também de divulgar o projeto por aqui, também gostaria de agradecer aos colaboradores pela ajuda e parceria, como foi da PROMATA”, conclui Marlene. Ela também estende os agradecimentos aos parceiros que não puderam comparecer, mas que ajudaram no caminhar do projeto até o momento. A organização espera sucesso nos próximos bazares e conta com a ajuda da comunidade. A Georgina, a personagem desta história e do projeto agradece.
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Bingo da Capela da Maranduba mantém reformas essenciais
EZEQUIEL DOS SANTOS Quase sempre no último domingo do mês, moradores, voluntários e visitantes participam de um bingo no salão da Capela Santa Cruz no bairro da Maranduba. Estes pequenos encontros têm dado um substancial resultado para o objetivo proposto. Quem passa pela capela percebe que ela está em reformas e que tudo começou por conta da necessidade de adquirir bancos novos. Hoje ele é responsável pelas portas novas, alguns sacos de cimentos e mão-de-obra. Também merecem destaques os voluntários e os doadores. Foram horas de serviço e material, também uma caixa de som e um projetor foram doados.
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O bingo tem inicio às 14 horas e as prendas são frutos das doações dos próprios participantes e de outros colaboradores. A todos são servidos café e a doação de salgados, sucos e refrigerantes é vendida para engrossar a renda. A última benfeitoria foi a compra e colocação das calhas, agora, já no último sábado, 26, alguns paroquianos colocaram o telhado da área externa recém construída, após o término um deliciosos almoço aos colaboradores desta empreitada. Os organizadores solicitam colaboração, pode ser de material, mão-de-obra, ajuda nos mutirões, prendas para o bingo, recursos, enfim toda a ajuda é e sempre será bem-vinda.
Especialista em geografia da UFRJ doa livros a PROMATA
EZEQUIEL DOS SANTOS
No último dia 11, na sede da
PROMATA no Sertão da Quina, o especialista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor doutor em geografia Antonio José Teixeira Guerra doou a representantes da associação 16 livros sobre geografia e meio ambiente. Os livros entregues fazem parte de um entendimento entre o especialista e a PROMATA no intuito de aprimorar, ajudar nos projetos e melhorar o conhecimento, tanto dos guardiões dos livros, quanto da comunidade em geral interessada na região. Os livros agora passam a fazer parte do patrimônio literário e cientifico da Biblioteca Doraci, que está sob a guarda da associação. No momento da entrega o professor falou sobre algumas particularidades como o término de um dos livros que havia começado a ser elaborado por seu pai, que faleceu no meio do trabalho, mesmo com a tristeza e a perda, ele e sua mãe concluíram os trabalhos. Também entregou
publicações em parceria com a caiçara e mestra em geografia Maria do Carmo, esposa do especialista. Outros importantes livros possuem participação de renomados estudiosos brasileiros. O momento foi festivo já que a entrega era aguardada há tempos. Também em conversa informal foi combinado a possibilidade do lançamento de um dos livros do professor Guerra em São Paulo num evento a ser realizado na sede da PROMATA. O professor que possui uma casa no bairro do Araribá deu uma dica muito importante aos os leitores que não conseguem achar temas específicos ou livros cujas lojas encontram-se esgotados. Trata-se da vitrine de um sebo literário chamado “estante virtual” na internet (http://www.estantevirtual. com.br), lá é possível encontrar cerca de 12 milhões de livros a disposição da comunidade. O professor falou que até alguns de seus próprios livros não encontrou em lojas comuns, já na estante virtual che-
gou a encontrar, o que causou risos a todos. Um dos livros foi autografado pelo autor e ficará em local de destaque na Biblioteca Doraci. A PROMATA agradece o carinho e a disponibilidade do professor e sua esposa no apoio que oferece graciosamente a esta associação, principalmente no entendimento e ampliação do conhecimento cientifico, didático e educacional a ser transmitida a comunidade e demais interessados. Os livros recebidos tratam de temas como geomorfologia e meio ambiente, geomorfologia/ geografia aplicada ao turismo, geomorfologia ambiental, avaliação e pericia ambiental, impactos ambientais urbanos no Brasil, Unidades de Conservação, erosão e conservação dos solos, gestão ambiental de áreas degradadas, dicionário de ciências ambientais e dicionário geológico - germofológico. Fica ao casal Professor Antonio Guerra e Maria do Carmo os agradecimentos.
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Homenagens das crianças emocionam moradores EZEQUIEL DOS SANTOS No último domingo, 27, a costumeira celebração de final de semana teve três agradáveis surpresas – uma, o belo acompanhamento das crianças em todas as atividades da missa – duas, o horário diferenciado (mais cedo - às 8 horas, para aproveitar melhor o dia) e a terceira ficou para o final da missa. A criançada mais uma vez emocionou os fiéis nesta demonstração de obediência a Deus e fé. Embora chuvoso fiéis compareceram a celebração de domingo que começou festivo com as vozes maravilhosas destas crianças. As leituras e os cânticos eram realizados com muita vontade e determinação. Embora pequenos, suas vontades se tornaram gigantes perante a responsabilidade do dia. Na ansiedade, algumas crianças até esqueceram o papel dos cânticos e da leitura, mas tudo correu na maior tranqüilidade. Foi uma semana de ensaio e a chuva não atrapalhou em nenhum momento. As leituras, os cânticos e a homenagem foram observados com muita atenção por quem lá estava. O padre Daniel, com seu jeito descontraído arrancou risos da comunidade, por varias vezes também os chamou a responsabilidade. Uma delas foi sobre a história da Nossa Senhora das Graças, aos quais muitos paroquianos foram chamados de “herdeiros da Santa” pelo religioso, solicitou ainda que todos espalhassem a noticia do acontecido por aqui em 1915. Disse de sua experiência como morador de rua na cidade de Bertioga-SP. Segundo ele oferecerem-lha pinga e até maconha. Neste tempo, mesmo vestido de sa-
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cerdote, foram os moradores de rua, os pobres e marginalizados que ofereciam-lhe água e comida. Sobre a missa das crianças comenta que a falta de amor e carinho aos filhos é um prato feito pro “capeta”, depois só resta aos pais chorarem por saber que foram eles – os pais- que patrocinaram esta situação, também deu o exemplo da vergonha que os filhos possuem atualmente dos pais, como buscá-los na escola e pedir a benção, por exemplo. Confessa que pretende ver os bancos das igrejas lotados. Finalizan-
do fala de algumas mudanças de horários e solicita ajuda para organizar a festa social de setembro. Ao final, como a terceira surpresa da celebração, foi realizada uma homenagem ao morador Arnaldo Giraud, em tratamento de saúde. Enquanto realizava-se a leitura, a menina Lívia de Deus Santos, 10 anos, entrega à esposa de Arnaldo, Alix Maria, seu belo desenho, um terço e uma carta das crianças a ser entregue a Arnaldo. Este foi o momento mais emocionante da celebração, era uma geração de crianças lembrando-se de um paroquiano que merece todo o carinho da comunidade. Em toda a capela pode-se observar lágrimas sinceras e cheias de esperança na recuperação do paroquiano. A esposa, emocionada, salientou que ele não pode estar na celebração por que o corpo não agüentava e agradeceu a todos pela oração, pela manifestação de fé e carinho em que a comunidade tem oferecido. Padre Daniel abraçou Alix e após as bênçãos finais cantou o cântico final com o coral das crianças.
Casal passa de meio século de casamento e comemora com festa
EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 8, o casal José Manoel dos Santos (Zé João) e Catarina Gaspar dos Santos (Catarina Branca), comemoraram 52 anos de aniversário de união matrimonial. Nascidos no bairro do Sertão da Quina, netos da família de fundadores da região, a família não poupou elogios aos aniversariantes. Aos conhecidos, amigos e familiares trata-se de um dia muito especial, que segundo os familiares, são poucos os casais que chegam a esta data de casamento ininterrupta. Também pela história de luta e sacrifícios para criar os filhos e se estabelecerem como família respeitosa e respeitada. Este dia especial, segundo os filhos, foi daqueles que não se esquece, não deve ser apagado da memória e ser lembrado com muita alegria e satisfação. A lista de elogios é bem grande e fala dos mais belos
sentimentos passados e futuros, também dos desejos de todos que este aniversário de casamento se repita por mais cinco décadas, pelo menos. Na mensagem os filhos se manifestam “do fundo de nossos corações por tudo, papai e mamãe, vovô e vovó, bisa e biso, sogra e sogro, por estes 52 anos de casamento, cujos frutos geraram 6 filhos, 12 netos e um bisneto, que Deus os abençoe e que Nossa Senhora das Graças os cubram com seu manto sagrado, é que desejamos”, diz o texto. Tudo assinado pelos filhos Alix, Sonia, Aguinaldo, José Geraldo, Monica e Eduardo, dos netos Diego, Janaina, Dirceu, Jonas, Denise, Joana, Andressa, Sofia, Nicaely, Anderson, Nathan e Amanda, do bisneto Pedro, dos genros e noras Arnaldo, Pedro, Donizete, Andradina e Roseli. Na foto oficial não podia faltar o sorriso de satisfação do casal. Prabéns!
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Festa da padroeira do Ingá acontece durante o dia EZEQUIEL DOS SANTOS No ultimo dia 19, com a intenção de inovar, a comunidade do Sertão do Ingá realizou a festa de sua padroeira (Nossa Senhora de Aparecida) no período da tarde daquele sábado. Os visitantes não reclamaram do horário já que o mais importante havia sido mantido – os quitutes caseiros deliciosos e a acolhida familiar dos organizadores. Na realidade a festa estava programa para começar as 14 horas só que por volta do meio dia já havia pessoas buscando seu lugar ao sol, quer dizer debaixo da cobertura. Havia churrasco, quentão de garapa sem álcool, doce de banana do Mané, salgados de palmito, bolinhos de mandioca, caldinho de cara roxo com carne seca, doce de mamão caseiro, doce de laranja e de leite e muito mais, tudo com um preço acessível e convidadativo. Para o bingo foi oferecido vários prêmios, entre elas duas cestas, uma pequena e uma grande, de produtos da região e uma casala de patos, muito disputado por sinal. Embora a novidade fosse recebida com estranheza por alguns, a maioria aprovou a idéia, os organizadores dizem que este período, o da tarde, ainda esta em experimento. Engraçado foi saber que o fogão que prepara as delícias da festa foi levado pela carroça de verduras do Zé Belo, já que os veículos estavam buscando as prendas e outras encomendas. O contexto da festa remetia as pessoas há várias lembranças agradáveis, parecia uma cena típica de interior, a família reunida, os conhecidos batendo um bom papo, quitutes caseiros produzidos com muito
carinho, rodas de conversas sobre os mais variados assuntos, pessoas que há tempos não se viam se reencontrando, um bingo em meio a beleza do lugar, cercado de um lado por pasto, bois, galinhas, floresta, do outro as montanhas, muito ar puro e no centro de tudo isto a capela de Nossa senhora de Aparecida. A rua, que possui poucos metros de extensão ficou cheia de veículos estacionados que a cada momento saiam e retornavam. Uma das organizadoras falou que em princípio havia uma preocupação com os itens a serem oferecidos no evento. A grata surpresa foi saber que, conta a organizadora, as coisas iam chegando e não faltou nada, vinham até nós no tempo certo. A todo momento a comunidade estendia os agradecimentos ao Comercial Blessa, Camar Carnes, Blofor, Mercado Uba Oba, Mercadinho Tem D Tudo, Quiosque do Feio, Hidrel, Quiosque do Joel, Adega Maranduba, Auto Posto Frediani e Frediani, comunidade da Lagoinha e Sertão da Quina, Porto do Eixo, Mercado Adalto, Gelo Magnata e aos que não quiseram anunciar seus nomes pela colaboração deste evento. Havia ainda sorteios de brindes nos intervalos dos bingos principais. Pelo entusiasmo da comunidade e dos visitantes a festa não acabaria tão cedo. A festa mostrou a unidade da comunidade em torno da proteção da cultura, da história e da fé deste povo nesta região do Brasil. Capela O evento tem por objetivo dar continuidade aos trabalhos de melhorias fora e dentro dela. Já é possível observar mudan-
ças, boas mudanças como o forro, o altar, novas janelas, equipamentos, calçadas por fora e o piso novo, que antes de mudar de paróquia havia sido mandado colocar pelo Pe. Carlos. Dentro da capela parece um canteiro de obras, o que é bom para a maioria dos visitantes e fiéis, sinal que algo de bom será realizado. Os organizadores agradecem aos amigos, colaboradores, apoiadores e voluntários que vem ajudando com a reforma e as melhorias da capela. O pretendido agora é a aquisição de bancos novos, já que o piso foi colocado, a comuni-
Fotos: Aguinaldo José e Ezequiel dos Santos
dade conta ainda com a ajuda dos paroquianos e de quem quiser colaborar.
Quem não pode participar neste ano, prepare-se para 2015, vale a pena conferir.
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Bispo celebra cerimônia de troca de padres EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 12, sábado, na capela da Matriz Cristo Rei, cerca de 750 pessoas participaram da celebração de transmissão de posse dos novos padres da região sul de Ubatuba. A cerimônia foi presidida pelo bispo diocesano Dom José Carlos Chacorowski e pelo Chanceler Diocesano Pe. Stanislaw Ciurkot que realizou os protocolos e os documentos para esta celebração especial através de duas provisões canônicas. Deste importante acontecimento participaram em peso os representantes das varias comunidades, lideranças da região, autoridades civis e paroquianos de Ilhabela. Os documentos canônicos lidos trataram da substituição de Padre Carlos Alexandre e Manoel Leite pelos padres João Marcos da Silva – novo vigário e Daniel de Santo Inácio – novo pároco, que agora assumem a Paróquia Nossa Senhora das Graças – Matriz Cristo Rei da região da Maranduba. Na leitura dos documentos foi esclarecido das responsabilidades não só litúrgicas, mas administrativas, jurídicas, de zelo e representativas dos novos padres. Na realidade este documento havia sido assinado pelo bispo no dia 23 de maio deste ano, faltava então realizar a cerimônia oficial de transmissão de posse. Ao anunciar os Padres a comunidade excedeu nos aplausos, principalmente alguns paroquianos de Ilhabela que lá estavam para se despedir carinhosamente do Padre Daniel. O bispo se manifestou dando um puxão de orelhas nos presentes lembrando que o evento não era um comício, exigindo mais seriedade dentro da igreja. ”Ninguém recebeu um cargo honorífico, de honra, é
um chamado a trabalhar para chegar aos céus”, fala o bispo. Diz ainda da importância dos padres serem enviados como semeadores e não como colhedores, que eles têm de seguir o exemplo de Cristo cada qual em sua missão. ”Os padres tem diferenças humanas, mas na fé tem seu ideal real, o sacerdócio real, o verdadeiro chamado”, reitera D. José Carlos. Fala ainda que mesmo com as mudanças dos padres o projeto diocesano construindo comunhão irá continuar. No decorrer da cerimônia os padres realizaram as suas promessas e acatamentos as responsabilidades para a doutrina da igreja, ao final o bispo assinou a ata de posse junto com os novos padres e os declarou empossados. Acompanhou também a celebração um padre dos Arautos do Evangelho, um diácono e o seminarista Marcelo. Também todo staff dos agentes pastorais, coroinhas, músicos e voluntários transformando esta celebração em um evento inesquecível do ponto de vista da fé. Aos recém-chegados foram apresentadas as paróquias através da imagem de seus padroeiros, em seguida foram entregues flores como presentes e símbolo de boas vindas de toda a comunidade. O bispo antes do encerramento diz que os padres vieram para obedecer porque, segundo ele, não existe paróquia sem fiéis. Fala que encerra naquele momento um ciclo de sete paróquias ao qual transmitiu as posses e que em várias comunidades, inclusive esta, chegou a se emocionar com a acolhida aos padres e a ele. Logo após se formou uma fila pra abraçar os novos padres. Muitos fiéis aproveitaram a oportunidade para agradecer ao
Padre Carlos pelo que fez e tiraram uma foto como recordação. Aos amigos Pe. Carlos pede que ajudem os novos padres e os acompanhem nesta nova caminhada. Depois das bênçãos finais a comunidade ofereceu um delicioso caldinho com suco aos presentes, alguns dizem que neste frio foi uma santa providencia para aquela linda noite de festa, de dois ilustres moradores novos pra comunidade católica da região.
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Fotos: Ezequiel dos Santos
Bispo Dom José Carlos Chacorowski nomeia padres João Marcos da Silva e Daniel de Santo Inácio
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Padre Daniel realiza primeira reunião com as pastorais EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 15, o padre Daniel de Santo Inácio, recém empossado, agora titular da Matriz Cristo Rei – Paróquia Nossa Senhora das Graças, realizou a primeira reunião com os agentes pastorais da região sul. O encontro aconteceu na matriz no bairro da Maranduba e contou com a presença de 60 agentes das várias comunidades. Após as orações iniciais Pe. Daniel se apresentou falando da sua formação religiosa, também relatou aos presentes de sua intenção solicitada ao bispo de se tornar um padre diocesano. Embora muito jovem, com apenas cinco anos de ordenação, já foi capelão e administrador, além de servir como padre nas comunidades do litoral norte paulista. Se diz um apaixonado por Jesus, sua missão é porque ama Jesus de verdade, frase que falou mais de uma vez aos ouvintes. “Não gosto de fofocas, não gosto de rodinhas, isto rasga o meu coração, também não gosto de trabalhar com exclusão, todos tem de participar, Jesus não exclui ninguém”, conta o religioso. Em alguns momentos os agentes de pastorais riam com as palavras descontraídas do padre. Contou a todos como foi os passos para sua transferência até esta paróquia e que, a todo instante, ele mesmo achava que seria outro padre viria para cá, que o acompanhava na reunião com o bispo. Descontraído soube contar de forma alegre até cômica esta passagem causando risos a todos. É objetivo em dizer que não sabe trabalhar sem projetos. Padre que não se ilude Padre Daniel diz ainda que sua visão de igreja é o céu. “Estamos dentro de um barco, o de Pedro”, referindo-se ao
primeiro papa da igreja católica. Diz ainda que já realizou algumas conversas e que precisa saber mais sobre a região, enfatiza. Que ainda precisa aprender muito com a comunidade. Fala a todos que não se ilude, que a partir do convívio diário todos poderão descobrir as decepções, tanto dele, quanto dos membros da comunidade. Já sobre a dinâmica paroquial, diz que todos têm de assumir suas responsabilidades, o padre precisa dirigir a comunidade e precisa destas responsabilidades cumpridas, enfatiza. Enaltece falando que a paróquia não são as paredes, o templo, mas sim todo o povo paroquiano, a paróquia são as pessoas, explica Pe. Daniel. Questão financeira e projetos Neste quesito ele não pede, ele exige a maior transparência de todos, também que todos exijam transparência da sua parte. “Quando as pessoas são honestas fica mais agradável os trabalhos e a convivência”, declara. Já sobre os projetos diz que todos estão dentro e ninguém está fora. Fala que seus projetos possuem a forma de um diamante, citando o PRODINE - Projeto Diocesano de Nova Evangelização como ferramenta. Já como orientação diz que as pessoas devem ser de fato mensageiras de Jesus, serem anunciantes da boa nova do Senhor, procurar serem todos irmãos e dedicarem aos pecadores muita oração. Também esclarece que quando se fala em dinheiro sua visão é puramente administrativa, pois leva muito a sério as questões econômicas, em resumo deu a entender que cada centavo deve ser registrado, contabilizado e mostrado a comunidade. “As coisas tem de ser separadas, o que é eclesiástico
do que é particular”, conversa. A comunicação em alguns momentos era de maior seriedade, em outros de descontração, o fato é que todos estavam atentos aos projetos e ao anuncio da forma de trabalhar pelo novo padre. Paciência Os trabalhos que apresentam bom resultado poderão continuar, diz Pe. Daniel. Conta ainda que irá registrar as ações, que pretende trabalhar em comunhão com a comunidade, fazer registros e quando possível estar junto às ações propostas, trabalhar em comunhão, reativar o apostolado da oração e que tem alergia a gato, esta última fala causou mais risos aos ouvintes. Depois abriu a palavra a todos que realizaram algumas perguntas e questionamentos. Ainda em fase de testes anunciou algumas alterações e inclusões de celebrações, batizados no calendário, entre outras. “Gosto de chegar cedo às celebrações e atender tranquilamente o meu povo”. Antes da oração final, pediu a todos que nestes primeiros meses tenham muita paciência. Os agentes pastorais se mostraram muito satisfeitos com o novo padre.
Projeto Diocesano de Nova Evangelização PRODINE A Importância de um projeto na paróquia Em toda paróquia deve se cumprir os elementos básicos da missão de forma integral e sistemática. Por isso é necessário ter um projeto que ofereça a realização de um processo dinâmico em etapas, por passos, e que tenha um objetivo definido com metas precisas. Definição do PRODINE O PRODINE (Projeto Diocesano de Nova Evangelização) é um projeto de missão e pastoral integral da Igreja, segundo as exigências da nova evangelização. A diocese o propõe como projeto a ser implantado e desenvolvido em todas as suas paróquias por que: -entre outros projetos, este é o que mais responde à realidade de nossas paróquias; -diante dos apelos da V Conferência Latino Americana, vê que é o que mais atende aos apelos continentais. Objetivos do PRODINE Fazer com que a paróquia viva num estado permanente de missão, alcançando sistematicamente todos os habitantes do território (ir a todos), considerados em sua globalidade (ao homem todo), através de uma ação que envolva a todos (envolvendo todos), dando todos os elementos e passos da missão e pastoral da Igreja (dando tudo). Atuação do PRODINE O PRODINE se propõe cumprir de forma sistemática e integral os seguintes elementos e passos essenciais da missão e pastoral da Igreja, entendendo missão e pastoral como algo diferente e sucessivo, não como palavra sinônimas; portanto apresenta antes os elementos e passos próprios da missão, do “pescar” e, depois, aqueles próprios da pastoral, do “pastorear. Fonte: Diocese de Caraguatatuba
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Novo sistema da prefeitura de Ubatuba permite emissão de alvarás em dez dias
COMUNICAÇÃO PMU Evento explicou novidades da interface no site da prefeitura que permite, por exemplo, emissão de alvarás que chegavam a demorar seis meses em apenas dez dias A Prefeitura de Ubatuba promoveu, em parceria com a Associação Comercial de Ubatuba (ACIU), um evento nesta quinta-feira para discussão de ideias e realização de treinamento para a classe contábil do município. O evento, organizado pelo Secretário Adjunto de Fazenda, Wanderson Pires, aconteceu na sede da Associação e reuniu profissionais da área contábil em busca de informações sobre iniciativas e novos sistemas da Prefeitura, em especial o novo sistema informatizado de gestão do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza, o ISSQN. Antes do início do treinamento sobre o sistema GissOnline, a equipe da prefeitura fez uma exibição sobre alguns projetos em andamento. Diretor do Departamento de Sistemas de Informação da Prefeitura, Adriano Félix Narcizo fez uma
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apresentação sobre o novo Portal de Serviços ao Cidadão desenvolvido pela Prefeitura, que traz como novidade uma interface de consulta prévia para emissão de alvarás de atividades diversas. Segundo Pedro Seno, secretário de Tecnologia da Informação, a nova interface, em parceria com a Equipe da Fiscalização da Prefeitura, permite que a emissão de um alvará possa acontecer em até 10 dias. “Antes, uma emissão poderia chegar a demorar até 06 meses”, conta Seno. O Prefeito Maurício Moromizato reiterou a importância do evento. “Esperamos estar cada vez mais próximos da classe contábil e dos setores diversos da economia municipal como um todo, buscando sempre facilitar a vida do empresário e do contribuinte ubatubense”. GissOnline O GissOnline, com seu módulo de NFS-e, é um sistema moderno que busca facilitar a tarefa de declaração dos contribuintes municipais, coibir a concorrência desleal de sonegadores sobre aqueles que pagam corretamente seus impostos e me-
lhorar a arrecadação do município, aumentando o volume de recursos aplicados em setores como saúde, educação e obras. Secretário Municipal de Fazenda, Tarcísio Carlos de Abreu disse que a adoção desse sistema de emissão de notas fiscais vai beneficiar, sobretudo, o contribuinte. Segundo Tarcísio, “os sistemas vão evitar a concorrência desleal, combater a sonegação e promover o aumento de recursos destinados aos serviços básicos para a população de baixa renda do município”. O sistema de emissão de Notas Fiscais pode está disponível no endereço ubatuba.ginfes. com.br. Já o sistema de escrituração e gestão de Notas Fiscais está disponível no endereço portal. gissonline.com.br. Para tirar dúvidas ou informações, o contribuinte ou prestador de serviços deve procurar o PAM – Posto de Atenção ao Munícipe pelo telefone (12) 3834-1051, ou o Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Fazenda, pessoalmente ou pelos telefones (12) 3834-1005 e 3834-1017.
Grupo de Jovens realizam bingo para o grande encontro
EZEQUIEL DOS SANTOS No último domingo, dia 27, o grupo de jovens da Paróquia Nossa Senhora das Graças organizou um bingo para arrecadar fundos a realização do IV Encontro de Jovens Thalita Kum (Levanta-te) que acontecerá nos próximos dias 1, 2 e três de agosto na escola municipal Nativa Fernandes de Faria, no bairro do Sertão da Quina. Mesmo com a chuva forte, moradores e convidados compareceram para participar deste momento de alegria e colaboração. Foi servido churrasco, refrigerantes, chás, batata frita, salgados, bolos e muita alegria.
Os prêmios bons chamaram a atenção. Segundo os organizadores, a meta será inscrever 130 jovens para este evento, no ano passado haviam 81 inscritos. O bingo estava farto de prêmios e até o fechamento da edição a meta estava sendo cumprida. Quem quiser colaborar é só procurar os organizadores e se cadastrar. Também estarão prontos para receber ajuda para o café da manhã e da tarde, que será servido aos jovens nos dias do encontro. No bingo havia um casal de patos e uma galinha caipira além dos vários quitutes servidos. Agora é aguardar o resultado.
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Aves da nossa rica Mata Atlântica Toninho da Chica/PROMATA Olá novamente. Como já informei nas edições passadas durante as oportunidades oferecidas por esse importante jornal vou compartilhar os conhecimentos que possuo nessa interessante e apaixonante atividade de observação de aves. Assim aos poucos irei inserir nos textos informações e linguagens próprias para dos observadores e estudiosos em aves, sugestionando aos interessados em se aperfeiçoar através de estudos ou simplesmente do hábito de conviver com esses termos. Observação de aves, birdwatching em inglês, é uma atividade de lazer e turismo baseada na contemplação das aves na natureza. Pode ser realizada por observação simples ou com auxilio de binóculo, luneta ou máquinas fotográficas. Falaremos nesta edição de um curioso Gavião; Nome popular: Acauã Nome científico: Herpetotherescachinnans Nome em inglês: LaughingFalcon Nome Caiçara: Gavião Cova O “acauã” é uma ave pertencente à ordem dos Falconiformes, da família Falconidae; conhecida pelo seu canto característico que dá origem ao seu nome “acauã” É uma espécie que habita as bordas da floresta. Ave de tamanho médio (43 a 52 cm) que têm as asas curtas e uma cauda longa, ambas arredondadas. No adulto, a cabeça e de cor branco-amarelada, com uma máscara facial preta e larga estende-se em torno da parte traseira do pescoço. A parte superior das asas e da cauda é marrom escuro; a cauda apresenta barras estreitas em pre-
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to e branco, terminando com pontas brancas; a maioria da parte inferior é amarela pálida e tem o bico de cor amarelada com a ponta preta. Alimenta-se de morcegos, lagartos e cobras, ficando parada em árvores isoladas a média altura observando por longos períodos para abater suas presas. Canta ao amanhecer e ao entardecer. Conhecido na região como “Gavião-cova”, é tido como trazedor de mau agouro, onde seu canto atrelado à morte de algum morador local. Seu
canto também é indicador de mau tempo ou de intempéries relacionada a fatores climáticos (tempestades, vendaval, etc.). Espero que gostem da matéria, minha intenção é produzir um livro contendo as histórias e estórias relacionadas às aves da região e sua relação com o povo caiçara. Assim que puder contribuir através de contos, causos ou histórias por favor me enviem por email (toninhodachica@gmail.com). Obrigado e até a próxima Titio.
Carta aos mergulhadores Quem somos nós? Como todos os seres humanos, nascemos no coração marrom da mãe-terra. Temos braços e pernas e respiramos oxigênio que entra em pequenos pulmões. Passamos grande parte da nossa vida na posição vertical que nos dá uma maior autonomia e um maior conforto na terra. Vistos superficialmente, somos iguais a todos os seres humanos. Mas analisando um pouco mais fundo, alguma coisa nos faz diferente. Nascemos com os olhos acostumados ao azul das águas. Temos um corpo que anseia pelo abraço do mar. E um pulmão que aceita grandes privações de ar apenas para prolongar nossa vida no mundo azul. Somos homens e mulheres de espírito inquieto. Buscamos na nossa vida mais do que nos foi dado. Passamos por grandes provas para aproximar-nos dos peixes. Transformamos nossos pés em grandes nadadeiras, seguramos o calor do nosso corpo com peles falsas e chegamos até a levar um novo pulmão em nossas costas. E tudo isso para quê ? Para podermos satisfazer uma paixão. Um sonho. Porque nós, algum dia, de alguma maneira, fomos apresentados a um mundo novo. Um mundo de silêncio, de calma, de mistério, de respeito e de amizade. E esta calma e este silêncio nos fizeram esquecer da bagunça e da agitação do nosso mundo natal. O mistério envolveu nosso coração sedento de aventura. O respeito que aprendemos a ter
pelos verdadeiros habitantes desse mundo. Respeito esse que, só depois de ter sentido a inocência de um peixe, a inteligência de um golfinho, a majestade de uma baleia ou mesmo a força de um tubarão, podemos compreender. E a amizade ? Quando vamos até o fundo d o mar, descobrimos que ali jamais poderíamos viver sozinhos. Então levamos mais alguém. E esta pessoa, chamada de dupla, companheiro ou simplesmente amigo, passa a ser importante para nós. Porque além de poder salvar nossa vida, passa a compartilhar tudo o que vimos, tudo o que sentimos. E de duplas, passamos a ter equipes. E estas equipes passam a ser cada vez mais unidas. E assim entendemos que somos todos velhos amigos, mesmo que não nos conheçamos. E esse elo que nos une é maior do que todos os outros que já encontramos. E isso faz de nós mais do que amigos, faz de nós mais do que irmãos. Faz de nós... mergulhadores. Por: Jacques Yves Cousteau
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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 5 Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.
EZEQUIEL DOS SANTOS “Jornal Última Hora - Edição 4 (1º caderno) São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1952”, na edição anterior terminamos com a descrição do soldado Celso de Jesus então meteu o pé na porta gritando pelos aposentos: “Capitão! Capitão!”. Na continuação a casa parecia estar abandonada. Cadeiras e mesas derrubadas, cortinas estraçalhadas. Naquele momento o soldado se sentiu abandonado, se sentiu pavorosamente só, conta ao repórter, podia-se ouvir as batidas de seu coração ao longe. Sentia ele que a qualquer momento um bando de facínoras poderia entrar pela porta e sangrá-lo até a morte, tamanha sede de sangue que tinham os amotinados. Não teve dúvidas, teve de fugir antes que os prisioneiros, agora livres, viessem buscá-lo. Então pensou que o melhor seria sair da casa do capitão e fugir da ilha. Apavorado diz que ouvia ainda tiros e gritos medonhos, não sabia se era de gente ou de animais, não conseguia distinguir tamanho pavor que sentia. Depois foi saber que eram gritos de humanos sendo estripados miseravelmente parte por parte, pedaços a pedaços, por outros humanos, uma cena lamentável e ainda nunca vista. Ainda estava ferido a balas, perdendo muito sangue, na adrenalina dos acontecimentos e com o corpo quente ainda tinha forças, porém, as pernas já lhe faltavam,
então começou a se arrastar até a praia, aproveitando os coqueiros para se esconder vez ou outra, cambaleante viu que deixara um rastro de seu próprio sangue as suas costas no caminho. Ao olhar pros lados viu maltrapilhos outros soldados na mesma situação e mesmo lugar – o inferno na terra. Eram o cabo da Força pública José Franco e os soldados José Maria e João Batista Alves. Naquele momento um sentimento de alivio por encontrar outros na mesma situação e com uma chance maior de se protegerem uns aos outros. Juntos tentaram se esconder nos coqueirais como irmãos abandonados. Um deles, tomado pelo terror, me tocava e me dizia repetidamente: “Vamos! Vamos!”. A verdade é que se passassem mais meia hora ali iriam enlouquecer. Celso mesmo apertava os lábios para não gritar, seu braço latejava de uma maneira Barbara, narra o sobrevivente. Sentia como se um ferro em brasa remexesse seu braço, causando tamanha dor. Finalmente avistou uma casa de pescador, este quando nos viu sujos no nosso próprio sangue, maltrapilhos, com caras de loucos, pensou logo em algo pior, num assalto. Os atirados tiveram de explicar tudinho antes de ganhar a confiança do pescador. Tive de gritar com todos que teríamos que sair da daquele inferno. Corremos para a praia e paramos.
daquela lancha e do acompanhamento das canoas”, desabafa Celso ao repórter. Os fugitivos nas embarcações faziam uma algazarra infernal, uns berravam, outros cantavam, outros faziam gestos. Só dava pra saber que de um momento para o outro a vista, o cheiro e o gosto de sangue enlouqueciam os amotinados. Na próxima edição você vai saber um pouco mais sobre o grito de guerra dos presidiários “Vamos soltar todo mundo!”, também as preliminares da orgia e sangue e muito mais, aguarde!
O pescador então parou e apontou a nossa frente dizendo: “Olha! Olha!”. Instantaneamente nos jogamos no chão. Era a lancha a motor que traria gêneros alimentícios a ilha Ela estava abarrotada de evadidos que fugiam da ilha, eram aproximadamente 200 prisioneiros, diz o soldado em seu depoimento. Em silencio e rentes ao chão assistíamos este espetáculo macabro. Atrelados a grande lancha, havia ainda cinco canoas também transportando os fugitivos. Diz ele que naquele momento eram todos fugitivos, tanto os presos quanto os carcereiros. Na realidade os guardas sobreviventes esperavam a sua vez de sair da ilha, conta o soldado ferido. “Pisando na areia daquela ilha como um chão maldito, digo viva eu mais de 200 anos eu nunca me esquecerei da passagem
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Fidencio velho e alguns de seus “causos” - Parte 2 ZECA PEDRO Ainda como continuação das histórias de “Seo” Fidencio, melhor, Fidencio Manoel de Oliveira, nascido em 16 de novembro de 1907, passo para as linhas abaixo algumas que me lembrei no último mês e que gostaria de compartilhar com os leitores deste informativo. ARAÇARANA Seo Fidencio tinha um bananal no Taquari e para atender a demanda local foi bem cedinho abrir mais um espaço para plantar suas bananeiras. Só que no meio do caminho havia uma grande árvore chamada Araçarana, havia uma Araçarana no meio do caminho, coisa pequena, só uns 10 metros de altura, dizia Fidencio. “Amolei meu machado e bardeei (baldeei – de baldeação) pra bandas do morro”, contava o prosador. Naquele lugar começou a cortar a árvore. Era na beira de um morro, meio perigoso, lugar inclinado, mas ele não tinha medo e continuou. Enquanto cravava o corte do machado na arvore, ouvia um barulho estranho por detrás dele. Que diabos seria isso? – o barulho. Pensava ele. Vejam a situação, estava ele de pé sobre as raízes enquanto fazia os cortes no “pédiarve” (pé de árvore) que estava perigosamente em um terreno inclinado. Bom! O ba-
rulho era a árvore saindo da terra, era o barulho das raízes se desprendendo do solo, a árvore começou a virar “cambóte” e “despinguelou” pirambeira abaixo e Fidencio não largou nem o machado e nem o tronco da arvore. Quando parou estava de cabeça para baixo no topo da arvore, quer dizer ela havia caído de cabeça pra baixo com as pernas pra cima, digo com as raízes pra cima e lá se encontrava nosso homem. E agora pra descer? Pensou o camarada, pular não tinha jeito, poderia se machucar em meio aos galhos quebrados e o chão de pedras. Voar? “Mascustas! De jeito maneira! Capaizmémo!” (impossível). Gritar? Tava longe, numa grota ninguém o ouviria. Chegando perto do almoço com as lombrigas se alvoroçando, começou a olhar em volta, no tronco e no machado que tinha nas mãos, descobriu um jeito simples de descer, se aprumou de jeito e com o machado começou a fazer degraus pra baixo na árvore em forma de espiral, do tipo rodeando a árvore até chegar ao chão e desceu tranquilamente. Ainda bem que foi o Fidencio senão outra pessoa não sobreviveria. DUAS IRARAS Numa bela manhã, Fidencio acordou e já viu sua esposa Maria Gaspar colocar o “cardeirão” com água no fogão a lenha pra esquentar, era mais cedo e eles precisavam sair, então os preparativos anteciparam. Era responsabilidade de nosso personagem trazer a mistura, seja ela qual for. Bom! Saiu pro mato com sua cartucheira e demais petrechos. “Ahome! Seja se Deus quiser!” Dizia ele. Soverteu
pro lados do Peixe Galo. Passado algumas horas volta ele com o saco nas costas, dentro a surpresa pra mulher. Na sala abriu o saco e derrubou no chão duas Iraras (animal onívoro da família dos mustelídeos, aspecto semelhante às martas e fuinhas). Quando a mulher viu desconjurou. “Bonito de coisa que trouxesse, lhéi só! Eu queria era uma paca e não essas coisas!” Chateado, Fidencio logo retruca: “Se Deus deu também pode devorvê!”. Nisso, conta o caçador, que as Iraras levantaram a cabeça, olharam pra sua mulher, ainda fez miau e fugiu pela porta da sala. “Tá vendo! Visse! Foi castigo lhéi só! Deus deu a Irara e bóis não quisesse, agora elas pincharam pro mato de novo. Puro castigo! Hã!hã!hã! a móde!” CHEIA DE AGUA Pros lado do Morro da Onça, onde poucos se aventuravam foi Fidencio, no espigão ele viu um bando de dorminhoco. O tempo tava ruim, o chão liso, as folhas molhadas, tava frio, “tava um desgracera só!”, dizia. Pra piorar começou a chover. Insistente como era continuou a caminhada. Precisava levar mistura pra casa. Seguiu o bando e num ponto estratégico se armou, porém percebeu que os pássaros estavam muito no alto, falando bem na ponta dos galhos. De qualquer forma arriscou, carregou sua quarentinha e apontou pra cima. “Ah! Home! Levantava a espingarda e a chuva enchia o cano, baixava a espingarda e a água escorria, daí apontava de novo pro bando e a chuva enchia o cano, baixava a espingarda e a água escorria...”
CHEGOU PRIMEIRO Tava acabando o tempo de caça, os preparativos pras roças estavam começando, mas seu Fidencio não ia deixar um macuco no meio do caminho dando sopa. Voltou em casa, pegou a espingarda e foi até o bicho num galho de pau. “Amirei e sapequei fogo!” Quando foi buscar não achou a mistura. Perdeu, pensou o destemido.
Na volta não percebeu que mesmo ferido o bicho havia passado por cima da sua cabeça e fugido. Chegando em casa com ar de desanimado, sem a mistura pro almoço ia contar pra mulher o ocorrido. Mas viu sua mulher alegre, já tirando as panelas pra mesa. “O que é essa felicidade mulher?”. “Marido achei um frango meio morto, meio vivo caído no quintal, daí peguei, limpei e coloquei na panela pra nós e os filhos.” O marido deu a meia volta até o tanque de água e viu as penas do suposto frango, que era na realidade o macuco que ele havia atirado e que tinha fugido, que caiu no quintal e virou almoço nas mãos da esposa. Isso que é sorte, hein! *
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Zeca Pedro, 74, é caiçara da gema e personagem real de nossa história regional, homem que acompanhou e guardou muitas recordações e histórias de nossa rica cultura, também é de uma geração que acompanhou muitas transformações de nossa terra e nas horas vagas é colaborador do Jornal Maranduba News e que na próxima edição contará outras histórias de Fidencio.
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“Nosso lanche na escola era uma cumbuquinha com farinha e peixe assado pra tomar com água” EZEQUIEL DOS SANTOS O documento data exatamente de uma quarta-feira, 23 de novembro de 1949, onde mostra o resultado dos exames finais dos alunos na Escola Masculina da Maranduba, cujo professor era o homem enérgico, muito bravo, por vezes um pouco descontrolado, quase um carrasco, o senhor Lauristano e a diretora era a professora substituta Nelly Maria Alves de Mello. Na lista, como primeiro aluno da chamada está o nome de Aristides Félix, por aqui carinhosamente conhecido como “Canéco” e que em uma boa prosa conta esta parte de sua história. Filho de Martinha Zumira Cabral dos Santos e Estevão Félix dos Santos é o 5º filho de uma “ninhada” de oito homens. Acordava as seis da manhã, lavava a cara no rio, tomava café com farinha de mandioca e peixe assado, fazia um cumbuquinha como marmita, abria o caixão de madeira tipo baú e colocava a roupa de escola, se despedia dos “véios” e ficava no “carrero” esperando os outros meninos pra irem juntos a escola. Sua casa era na Praia do Pulso, mas tinha alunos da Caçandoca, mais longe ainda. Subiam pelo canto da “préia”, desciam o caminho (que hoje é a estrada municipal), antes do cemitério desciam o caminho até o canto da praia da Maranduba, em seguida seguiam até a balsa para atravessar a barra do rio que era muito fundo. Na época o balseiro era o senhor Antonio do Prado, balseiro do DER e pai do Diomar da Maranduba, depois seguiam a praia até chegarem próximo a casa do Anastácio Mesquita, rumavam à esquerda e chegavam à escola da “Tia Brandina”, sogra do Chico Romão, que foi erguida junto a uma mangueira. Esta senhora havia dividido sua casa em duas partes, a frente o salão da escola, aos fundos onde morava. O salão era um espaço de 48 m2, erguida de pau-a-pique e o piso era um tablado só, as carteiras já eram chiques, eram de madeira, cabiam duas pessoas e possuíam pernas de ferro, as tampas abriam-se e no canto
havia um espaço para o tinteiro, os lápis eram de madeira, as folhas, por vezes eram os de pão. O tablado servia por vezes para algumas funções (bailes) como o Bate-pé e a Chiba. O uniforme era camiseta branca e shorts azul para quem tinha, quem não tinha colocava a melhor roupa da “somana” (semana). O que faltava pro uniforme e pros restos de pano de bunda da época eram as cuecas e que por isso,com a sua ausência, “ficávamos com os “badulaques”, “as parte” batendo pra lá e pra cá”, conta Canéco aos risos. A aula era das oito ao meio dia, o intervalo acontecia entre os horários das 10 e 10:30 da manhã. A classe possuía quatro turmas: 1º ano A, 1º ano B (os repetentes), 2º e 3º ano, o professor usava camisa, calça e sapato naquela areia, os alunos sempre descalços. No meio do caminho catavam as mais variadas frutas para “matar as lumbrigas, era goiaba, jaca, coco pindoba, cana, o que achasse”, descreve o ex-aluno. As matérias em sala de aula eram linguagem escrita, aritmética, leitura e linguagem oral e conhecimentos gerais. A diretora vinha a cada três meses para fazer suas avaliações, quando chegava, os alunos eram dispensados as 10 horas para que a reunião entre os letrados tivesse inicio. Canéco lembra que o professor pagava pensão na casa do João Pimenta e um certo dia eu (Aristides), Dito Antunes, Dito Ramiro, Leovigildo, Tonico, Ouvídio Cabral chagamos no horário de sempre e ela estava fechada, esperamos um pouco e como o professor demorou, seguimos o rumo de nossas casas. Ao longe, lá pelas nove horas o professor nos avistou sem que o víssemos, “daí ele anotou e no dia seguinte nos deixou de castigo depois da aula até as duas da tarde sem comida, sem nada”, fala o caiçara. Os alunos que foram no horário certo avisaram nossos pais. “Pra que!”, exclama Canéco, os irmãos mais velhos preocupados e irritados com a atitude do professor foram tirar satisfação, literalmente o pau comeu na escola, quebraram quase tudo. O que se sabe é que a escola ficou fechada por
uma semana e quando abriu os irmãos mais velhos acompanharam as crianças por um tempo pra ver se o professor chagava no horário. “O nosso lanche na escola era uma cumbuquinha com farinha e peixe assado pra tomar com água, hoje a escola é do lado casa dos alunos e eles não vão, quando vão não estudam”, desabafa O personagem. Com a permissão do professor José Ronaldo incluo ainda trechos de sua conversa com seus irmãos realizados sobre a rede de João Zacarias depois de um “lanço” de gonguito na praia da Maranduba. Sobre o mesmo tema, na conversa descreve-se que em duas ocasiões os alunos das duas escolas (também a da escola mista no quintal da tia Balbina) se encontravam, que era no Dia da Pátria e no Dia da Bandeira. O professor comandava um desfile na praia. Os alunos tinham de marchar primeiro, depois podiam brincar à vontade. O interessante foi saber que naqueles dias especiais até coca-cola o professor distribuía. Também veio a minha surpresa assim como a de José Ronaldo e muitos outros em saber que já existia coca-cola naquela época. Era uma garrafinha bem pequena, onde um barco entregava para ser vendida no armazém do João Pimenta. Anos depois a escola masculina foi fechada.”Era um tempo muito difícil, mas de boas lembranças”, finaliza Canéco.
* Aristides Félix dos Santos, 74 anos, caiçara, artesão, que nas horas vagas é contado de histórias e sua caixa de ferramentas é uma geladeira branca, duplex, desativada de marca Dako.
Resultado dos exames finais dos alunos na Escola Masculina da Maranduba de 1949
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Essa é para a vida toda!
Coluna da Adelina Campi
O nó do afeto Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível. Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças. Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana. Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamen-
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te, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo. Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho. E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?
Enviada por Dilma Cássia Um professor de filosofia parou na frente da classe e sem dizer uma palavra, pegou um vidro de maionese vazio e o encheu com pedras de uns 2 cm de diâmetro. Olhou para os alunos, e perguntou se o vidro estava cheio. Todos disseram que sim. Ele então, pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-os dentro do vidro agitando-o levemente, os pedregulhos rolaram para os espaços entre as pedras. Tornou a perguntar se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio! Dessa vez, pegou uma caixa com areia e despejou dentro do vidro preenchendo o restante. Olhando calmamente para as crianças o professor disse: - Quero que entendam, que isto, simboliza a vida de cada um de vocês. As pedras, são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde, seus filhos, coisas que preenchem a vida. Os pedregulhos, são as outras coisas que importam: como o emprego, a casa,um carro... A areia, representa o resto: as coisas pequenas...
Experimentem colocar, a areia primeiro no vidro, e verão que não caberá as pedras e os pedregulhos... O mesmo vale para suas vidas. Priorizem, cuidar das pedras, do que realmente importa. Estabeleçam suas prioridades. O resto é só areia! Após ouvirem a mensagem tão profunda, um aluno perguntou ao professor se poderia pegar o vidro, que todos acreditavam estar cheio, e fez novamente a pergunta: - Vocês concordam que o vidro esta realmente cheio? Onde responderam, inclusive o professor: - Sim está! Então, ele derramou uma lata de cerveja dentro do vidro. A areia ficou ensopada, pois a cerveja foi preenchendo todos os espaços restantes, e fazendo com que ele, desta vez ficasse realmente cheio. Todos ficaram surpresos e pensativos com a atitude do aluno, incluindo o professor. ENTÃO ELE EXPLICOU: NÃO IMPORTA O QUANTO SUA VIDA ESTEJA CHEIA DE COISAS E PROBLEMAS, SEMPRE SOBRA ESPAÇO PARA UMA CERVEJINHA !!!!!!