Maranduba, Abril 2015
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 6 - Edição 71
Diminuição da atividade turística na região poderá ocorrer também por conta da erosão, conclui especialista da UFRJ
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Secretaria do Meio Ambiente de SP convoca agricultores para inscrição no CAR Os agricultores rurais terão até o dia 6 de maio para se inscrever no CAR (Cadastro Ambiental Rural), evitando, assim, passar por problemas legais no futuro. Devido à importância da inserção de dados dentro do prazo, a secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, tomou a iniciativa de alertar os agricultores sobre a necessidade de cadastramento no sistema, que contém uma base de dados geoespacial com informações sobre limites, vegetação nativa, rios, córregos e nascentes. O anuncio foi realizado em fevereiro na cidade de Campinas em evento cujo objetivo foi de mobilizar os dirigentes quanto à inscrição no CAR. Além de Patrícia Iglecias, participaram do encontro o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, e o presidente da Faesp, Fábio de Salles Meirelles. ”Quem descumprir o prazo pode ser autuado por não ter o CAR”, disse a secretária, acrescentando que o cadastro é pré-requisito para o crédito agrícola e exigido por cartórios para alterações no registro do imóvel. O documento também é obrigatório para a solicitação de licenciamento ambiental. “O CAR é um cadastro eletrônico obrigatório e declaratório,
Editado por: Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477 Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SP Consultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801 Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961 Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
fundamental para a conservação ambiental, adequação ambiental das propriedades, combate ao desmatamento ilegal e monitoramento das áreas de restauração”. O cadastro auxiliará, ainda, o cumprimento de metas nacionais e internacionais, do ponto de vista de restauração, além de facilitar o licenciamento da propriedade. A importância do CAR também se relaciona com o chamado Programa de Regularização Ambiental (PRA), criado pelo novo Código Florestal. “No caso de São Paulo, já está em vigor através da lei estadual n° 15.684, de 2015″. No Estado de São Paulo, o cadastramento é feito há mais de um ano. Até o dia 9 de fevereiro, foram registrados 43,7 mil cadastros de propriedades no CAR-SP, com área
total de 4,4 milhões de hectares, correspondente a cerca de 25% da área cadastrável. Em Ubatuba as propriedades e posses rurais tem os dados inscritos no sistema de Cadastro Ambiental através do o STTR que possui um cadastrador autorizado cuja agenda começa a ficar sem espaço para atender tanta demanda. Para se inscrever o interessado poderá procurar o sindicato através do telefone 1299727-3793 com Tadeu ou 12- 98176-2330 com Cleber e estar com os documentos da propriedade em dia, caso não esteja basta procurar o sindicato para atualizá-lo. Quem não realizar o CAR terá problemas para regularizar a situação de suas terras frente aos governos estadual e federal.
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Prefeitura não cumpre prazo para entrega da UPA na região O término da obra da Unidade de Pronto Atendimento 24 horas da região expirou e frustra moradores, visitantes e turistas que aguardavam utilizar os serviços de saúde desta unidade. Os serviços começaram fevereiro de 2014 e tinha como prazo a entrega em 12 meses após seu inicio. Na ocasião da solenidade oficial o prefeito Mauricio Moromizato (PT) estava acompanhado de uma comitiva de políticos, correligionários, secretários, moradores, convidados e simpatizantes que participaram do evento marcado por pompas e circunstâncias. Na época, Alexandre Padilha, então Ministro da Saúde estava presente. Em sua fala o prefeito fez questão de chamar atenção para a carência na área de saúde na região sul da cidade e discursou sobre a necessidade da instalação da UPA da Maranduba. O prefeito havia afirmado que a seria apenas o primeiro passo no sentido de estender as políticas públicas para os bairros da região sul. “Essa obra confirma nosso compromisso em ampliar a atuação da prefeitura em bairros como Maranduba, Ingá, Arariba, Vila Santana, Beira Rio, Sertão da Quina e ou outros. Esse é apenas o começo de um trabalho em busca de uma delegacia, uma agência bancária, uma loteria, uma agência dos Correios e etc”, afirmava o chefe do executivo ubatubense. “Quero também dar destaque para a importância dos vereadores envolvidos neste processo. Em breve, eles receberão uma proposta de criação para uma Sub-Prefeitura na região sul”, completava o prefeito a frente dos populares (http://www. ubatuba.sp.gov.br/ministro-comanda-cerimonia-de-inicio-das-obras-da-upa-da-maranduba/).
O Jornal Maranduba News tenta contatos com representantes da prefeitura desde janeiro para ouvir a prefeitura, porém o pedido não foi atendido até o fechamento desta edição. A única movimentação dos últimos meses vista pelos moradores é a poda da grama do lado externo da obra e a limpeza do local. Moradores ouvidos pelo jornal temem que, se abandonado, o local volte a ser um ponto de consumo de drogas como era a antiga quadra que existia no local. Comissão Especial O vereador Reginaldo Fábio de Mattos “Bibi” também do PT,
encaminhou no último dia 17 de março ao plenário da Câmara Municipal um Projeto de Resolução (01/15) que cria uma Comissão Especial no legislativo ara o acompanhar as ações desenvolvidas pelo Instituto Biosaúde contratada para gerir parte do sistema de saúde no município. O vereador diz que foi informado que 50% da UPA já estavam concluídos e que ao verificar no local descobriu uma grande mentira. O Instituto Biosaúde possui um contrato com a prefeitura de Ubatuba para abrir processo de seleção para colaboradores da Rede de Saúde do município.
Não foi levantado se ela seria responsável também para gerir as unidades, como a UPA da região. Com sede em Mogi das Cruzes, o instituto, em sua pagina na internet, informa que tem por objetivo fornecer apoio técnico operacional ao desenvolvimento de projetos na área de saúde e educação, que possui as credenciais necessárias junto
ao poder público na área e está habilitado a atuar na administração de projetos e na prestação de serviços, por intermédio de convênios e contratos. Segundo Bibi, são os números que não são informados que os vereadores e que a população quer ter acesso, tem muita coisa a ser esclarecida ainda, comenta o vereador.
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Parque Estadual discute, após 38 anos, possível licenciamento de roças no interior da Unidade de Conservação O Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM esta divulgando por email informações sobre os procedimentos para o licenciamento de roças dentro da Unidade de Conservação. O procedimento esta sendo discutido dentro do Grupo de Trabalho Manejo e Extrativismo, equipe específica para esta finalidade. O conselho é formado por entidades civis e governamentais e nos últimos anos conseguiu avançar em algumas discussões. Considerada um tema de relevante importância ao que sobrou da comunidade caiçara dentro da Unidade de Conservação e dos pequenos produtores no município, é grande a expectativa sobre o final desta longa metragem. O parque preparou um material de analise do procedimento necessário para a efetivação das roças, que visa contribuir e adequar o a uma aplicação mais próxima das necessidades do agricultor tradicional. Na realidade os trabalhos se arrastam desde junho de 2014 por se tratar de um complexo jogo de interesses e do atendimento de diversas leis e complementos que por vezes divergem. A esperança das comunidades que sobraram da pressão exercida pelo parque desde sua criação não é tão otimista porque o trabalho ainda será remetido à apreciação final da Assessoria Jurídica da Fundação Florestal. Até lá seus moradores continuarão sendo tratados pelos órgãos fiscalizadores como bandidos ambientais. Resta aguardar o desfecho.
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Casa e roça de moradores tradicionais abandonada por pressão do PESM desde sua criação
Na realidade os trabalhos se arrastam desde junho de 2014 por se tratar de um complexo jogo de interesses e do atendimento de diversas leis e complementos que por vezes divergem.
Em evento de pós graduação Quilombo e Universidade promovem atividades literárias, teatrais, culturais e de lazer Nos últimos dias 21 e 22, a UNIVIDA e a associação dos remanescentes quilombolas da Caçandoca realizaram evento de literatura, oficinas, teatro e muita interação e brincadeiras com a comunidade local. O evento é parte de uma didática acadêmica de contação de história promovida pela universidade proponente, da turma de pós-graduação Latu-Sensu em literatura com ênfase no Contador de Histórias. Como parte das atividades foi apresentada dois espetáculos aos quilombolas e brincadeiras para jovens e adultos. Conhecida como jornada educativa, cultural, artística e de encantamentos a programação é composta de shows, espetáculos de teatros, feiras de livros, espetáculos lítero-musicais, espetáculos de bonecos, saraus, circo, danças, rodas, fogueiras, brincadeiras, danças circulares entre outras. Desta vez o quilombo foi agraciado com um final de semana de programação e também com vagas a seus moradores para participar diretamente do aprendizado lá ministrado. O curso completo tem carga horaria de 400 horas, reconhecidos pelo MEC e cada módulo apresenta varias atividades como contextualização sobre a arte de contar história com
enfoque social, poético, educacional, artístico, literário, e profissional, por exemplo. Tradição oral Para os organizadores do evento uma das preocupações do mundo contemporâneo tem sido a dos povos não perderem a memória, a história é o que identifica as pessoas e as culturas como seres integrais. A narrativa, ou a contação de histórias, é uma das atividades de resistência a essa possível perda. Para eles ouvir e contar e sem dúvida um dos mais importantes caminhos de resgate, criação e recriação de identidade dos povos, bem como no início da civilização, quando o conhecimento era transmitido de forma oral. Os organizadores destacam que o intuito deste aprendizado é dar mais um impulso à memória popular, dando crédito à diversidade cultural de todos os povos do planeta, fruto da mistura de distintas etnias e culturas e nada melhor quem um território quilombola legitímo para colocar em pratica os experimentos e estudos acadêmicos desta natureza. A universidade apresentou também no quilombo um espetáculo teatral intitulado “Café com Lobos” concebido e dirigido por Marcos Brytto.
EDITAL CONVOCAÇÃO
A Associação dos Remanescentes da Comunidade de Quilombo Caçandoca – ARCQC - CONVOCA todos os associados para eleição de nova diretoria. A eleição ocorrerá dia 3 de abril de 2015, sexta-feira, na sede social da entidade, sito a Rua Benedita Luiza dos Santos, 1474, Praia da Caçandoca, das 9 horas da manhã às 17 horas. ARCQC.
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RC Park reúne truckmodelistas na Pousada das Cachoeiras Estiveram reunidos na pista do RC Park Pousada das Cachoeiras no último final de semana vários praticantes de truckmodelismo RC em uma confraternização promovida pela MF Video Pr0dução, ECampi Rc Custom Models e Pousada das Cachoeiras. O evento teve a finalidade de promover o hobby divulgando as várias opções de modelos em controle remoto. O truckmodelismo RC é uma modalidade que vem crescendo no Brasil. Consiste em montar e customizar miniaturas de caminhões, carretas, ônibus, tanques e carros, a maioria na escala 1/14 rádio controle. Alex Ohara, um dos participantes que veio de São Paulo/ SP, comentou: “Gostei muito do Rc Park, onde mais uma vez fui muito bem recebido pelo Emilio Campi e pela Pousada das Cachoeiras, onde tive oportunidade de fazer novos amigos, fascinados assim como eu pelo truckmodelismo, reunidos em uma pista projetada para os Trucks e modelos 1/14”. Já Luis Fernandes, de Bertioga, disse que os dias 28 e
29 foram dias maravilhosos de realizaçoes com pessoas mais que especiais. “O encontro de truckmodelismo foi um sucesso num lugar bacana. A pista de truck é muito boa onde podemos desfrutar com nossos modelos e trocar varias experiencias bacanas. Nao vejo a hora do proximo encontro”.
Um pouco da história da região: o “vermelho” do Atlântico
Já está marcado para outubro o 3º Encontro Nacional 4x4 Fun/BARDAHL de automodelismo offroad, onde as atrações principais serão modelos offroad 4x4 na escala 1/10. Também haverá a participação de trucks, tanques, tratores, ônibus e outros modelos em várias escalas.
Fiilé e Luiz Fernandes na pista
Diversão para todos Neste ultimo final de semana aqui em Ubatuba tive o prazer de conhecer o RC PARK da Pousada das Cachoeiras no Sertão da Quina. Como sou aeromodelista há 35 anos , não poderia deixar de prestigiar essa atitude de mostrar para Ubatuba que nós temos aqui tbm pessoas que passam uma imagem positiva da cidade e que temos muito a oferecer, não só para os da cidade como para os amantes do modelismo da região. Ali tive o prazer de conhecer e ver o trabalho fantástico de varias pessoas que vieram exclusivamente para esse encontro, pessoas de São josé dos Campos, Sorocaba, São Paulo, Itajai/SC e de outros lugares. Parabéns pela iniciativa e eu como um velho e bom modelista não poderia ficar fora .
Na proxima estarei com meu TIGER e deixo aqui o meu convite a todos a participarem do proximo evento, seja para participar ou para conhecer o que temos de mais modernos em caminhões, tratores, carros, tanques em RC. Valeu até a proxima, e que venha logo! Luis Stocco - Ubatuba/SP
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Caminhada de fé e exemplo de superação da cidade para o Sertão AGUINALDO JOSÉ Com 7 horas de caminhada, paroquianos do Centro de Ubatuba vieram até a região sul para cumprir uma tradição de fé. Vindos pelo Monte Valério, de forma inversa, refizeram o caminho realizado pelas meninas quando intimadas a depor as autoridades no centro sobre a visão que tiveram da mãe de Deus em 1915. O grupo que se aventurou já é velho conhecido das caminhadas de fé por estas estradas da vida. Caminhando e cantando rezando a canção a Nossa Senhora o grupo participou do tradicional terço e celebração na região vindo a pé nos meses de fevereiro e março. Por aqui foram recebidos com alegria. O paroquiano Lalo ofereceu em sua casa um café reforçado, com sustância como dizia os antigos. Vários colaboradores – moradores - cederam chuveiros aos caminhantes da fé neste dia. Este último com um estímulo a mais por ser o dia internacional da mulher. Agradecimentos Dentre os caminhantes, a agraciada Lúcia tinha um motivo especial para vir a pé. Ela veio agradecer a Santa pela incrível recuperação que teve depois de ficar tetraplégica no ano passado. Sua fé inabalável fez com que médicos desacreditassem de sua recuperação e em menos de um ano já estava dando novos passos a sua vida. Na capela de Nossa Senhora das Graças deu seu testemunho e disse que havia pedido a Mãe para que o Filho a atendesse - deu certo. Para quem não acredita ou continua duvidando, dizem os conhecidos, tava lá a prova.
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PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA 2015 Paróquia Nossa Senhora das Graças – Matriz Cristo Rei
Fotos: Aguinaldo José
Dia 29/03 Domingo de Ramos Capela N.sra das Graças- Sertão da Quina as 08:00 hs Capela Santa Cruz- Sapé as 08:00 hs Capela N.sra de Fátima -Tabatinga as 10:00 hs Capela Santa Filomena - Arariba as 17:30 hs Capela N.Sra Aparecida – Sertão do Ingá as 17:30 hs Capela são Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hs Dia 01|04 Celebração Penitencial Capela N.sra das Graças-Sertão da Quina as 19:30 hs Capela São Maximiliano -Lagoinha as 19:30 hs Capela N.sra das Graças no Sertão da Quina vigília as 21:00 e as 06:h00 da manhã Dia 02/04 Ceia do Senhor Capela N.sra das Graças Sertão da Quina -19:30 com adoração ao Santíssimo até as 00:00 Capela São Maximiliano – Lagoinha -19:30 com adoração ao Santíssimo até as 00:00 Matriz Cristo Rei na Maranduba-19:30 hs com adoração ao Santíssimo até as 00:00 Dia 3/04 Sexta Feira Santa-Paixão do Senhor Capela N.Sra das Graças S. Quina funções litúrgicas as 15:00 hs Procissão do Senhor Morto-Sertão da Quina as 19:30 Capela são Maximiliano-Lagoinha funções litúrgicas as 15:h00 Matriz Cristo Rei as funções litúrgicas as 15:h00
Os caminhantes da fé saíram da matriz em Ubatuba às 8 da manhã e por aqui chegaram por volta das três da tarde. No caminho algumas paradas, para um lanche e água. Alguns destes são moradores tradicionais, outros acompanham as varias procissões e manifestações da fé original da formação do Brasil.
Na caminhada os fieis vieram rezando o santo terço. A alegria da chegada foi no dia internacional da mulher foi sim um motivo a mais para pedir bênçãos a Nossa Senhora – exemplo de mãe e de mulher fiel da Deus e aos filhos aqui da terra, mesmo aos que não acreditam Nela.
Dia 04/04 Vigília Pascal Capela N.sra das Graças -Sertão da Quina as 19:30 hs Capela São Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hs Matriz Cristo Rei-Maranduba as 19:30 hs Dia 05/05 Domingo de Pascoa Domingo da Ressurreição - Missa da Alvorada Capela N.sra das Graças Sertão da Quina - 06:00 hs Capela Santa Cruz - Sapé - 08:00 hs Capela N.sra de Fátima –Tabatinga-10:00 hs Capela Santa Filomena-Araribá as 17:30 hs Capela N.sra Aparecida no Ingá as 17:30 hs Capela São Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hs
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Quilombolas pedem descriminalização de práticas tradicionais e aplicação do Programa Brasil Quilombola com urgência
EZEQUIEL DOS SANTOS Nos últimos dias 13 e 14, comunidades quilombolas do Estado de São Paulo produziram o que chamam de Carta das Comunidades Quilombolas do Estado durante a Oficina de Comercialização promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e INCRA em Iporanga/SP. No documento reivindicam a titulação dos territórios assim como a aplicação das políticas do Programa Brasil Quilombola não implementadas no Estado de São Paulo. O resultado do documento será acompanhado pela CONAQ - Comissão Nacional Quilombola – onde a Caçandoca tem representante. A carta foi entregue a órgãos federais e estaduais que em tom de desabafo demonstra o descontentamento quilombola com a forma de como as políticas públicas vem sendo executadas nas comunidades dentro do estado, também expressar a indignação com a ameaça aos
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direitos territoriais garantidos pela Constituição Brasileira. Reivindicações Na lista de reivindicações consta a preocupação com a ameaça iminente do retrocesso aos direitos quilombolas já adquiridos, ameaça à manutenção do decreto 4.887/2003 (que atualmente está com a ADIN 3239 questionando sua constitucionalidade), a ameaça da PEC 215 que retira do poder executivo e passa ao legislativo a titulação de nossas terras, retirada de regime de urgência do projeto de Lei (PL 7735) atualmente no senado, que trata do uso dos conhecimentos tradicionais e patrimônio genético. Exigem ainda a inclusão da repartição dos benefícios de forma justa para as comunidades tradicionais, condições de repartição e consulta que seja discutida e acordada com a Comissão dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil, que desafetem as Unidades
de Conservação sobrepostas aos territórios quilombolas respeitando a convenção 169 que garante o direito de consulta prévia e informada para qualquer empreendimento ou ato que afete seus territórios, descriminalização das práticas tradicionais, que a Secretaria de Meio Ambiente estadual realize os Planos de Manejo nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado de São Paulo, buscando resolver os conflitos com os territórios tradicionais, entre outras. Já em relação à comercialização e créditos agrícolas são as mais variadas reivindicações, dentre elas do acesso as políticas públicas a melhores esclarecimentos das verbas destinadas para infra-estrutura nas comunidades quilombolas. Ao final foi produzido um abaixo assinado onde as lideranças quilombolas do Estado de São Paulo junto com entidades que apóiam as reivindicações engrossaram a solicitação.
Regional Sul promove entrega de certificado do SENAI
No último dia 11, a Administração Regional Sul realizou a entrega de certificados do curso de eletricista instalador residencial ministrado pelo SENAI em parceria com a prefeitura de Ubatuba. O curso atraiu 32 alunos em duas turmas, uma a tarde e outra a noite. O evento contou com a presença de Ana Lucia Almeida dos Santos Cursino, coordenadora de relacionamento com a indústria, Carlos Ortunho Serra, diretor da escola SENAI de São José dos Campos, Edson Ávila Ratco, professor de elétrica que ministrou o curso, Paulo Celso de Oliveira Coelho, supervisor de ensino da secretaria de educação municipal, Maria Rosa Conceição de Oliveira, secretaria adjunta de assistência social e Carlos José (Cajé), administrador regional sul, alunos, amigos, representantes de associações e convidados. Na fala todos mencionaram a importância da qualificação profissional de moradores. A secretaria adjunta, Maria Rosa, lembrou da experiência que teve há décadas com
o SENAI e que o curso que realizou ajudou muito em sua vida profissional. Para o professor Edson a satisfação esta também no pós curso quando o aluno, após concluir os estudos, liga para discutir detalhes sobre projetos e a profissão. Já Carlos Ortunho diz que quando vai assinar um certificado pensa primeiro em Deus e que faz questão de estar de gravata no momento de assinar um certificado tamanho respeito aos educandos. Carlos José fala que nunca é tarde para começar e que aprender se faz necessário sempre. Os alunos foram chamados um a um para receber o tão esperado certificado, nesta hora, além das palmas pode ser ouvido outras manifestações de alegria e apoio dos companheiros de curso, agora de profissão. Um slide com imagens do curso ficou a disposição do público. Ao final um comes e bebes foi oferecido aos participantes encerrando um evento que mais parecia um encontro familiar.
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Diminuição da atividade turística na região poderá ocorrer também por conta da erosão, conclui especialista da UFRJ EZEQUIEL DOS SANTOS Com 117 páginas, o estudo do pesquisador Leonardo dos Santos Pereira, mestrando em geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro intitulado “Análises físico-químicas de solos com distintas coberturas vegetais e processos hidroerosivos em área degradada na bacia do rio Maranduba - Ubatuba, São Paulo” mostra a realidade nua e crua da atual situação do solo e suas características dentro da região sul de Ubatuba. Preocupante é saber que o estudo aponta problemas que podem afetar diretamente não só de moradores, mas de toda a fauna e flora local e consequentemente da economia regional. Tudo por conta, segundo o estudioso, do acelerado processo de erosão de nosso solo, encostas, morros e montanhas da bacia hidrográfica (área na qual ocorre a captação de água – drenagem - para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas) do Rio principal - o Maranduba. As implicações quanto a esta degradação são econômicas, sociais e ambientais aponta o estudioso. Foram dados recolhidos e catalogados em árduos 17 meses de monitoramento, iniciado em agosto de 2013 até dezembro de 2014, totalizando um ano e cinco meses de estudo. Prejuízos A alteração da dinâmica do solo causa perturbação nos sistemas de captação de água das chuvas, como o assoreamento dos rios – o que
já acontece com a foz do Rio Maranduba. Isso afeta a qualidade da água devido à quantidade de material que acumula no fundo dos rios, cuja origem é do escoamento de ambientes degradados. Logo, os prejuízos também são de ordem social e econômica, pois a sociedade sofre as consequências dos efeitos de impactos ambientais negativos também fora do local, ou seja, a erosão tem suas conseqüências danosas, não apenas onde ela ocorre, mas seus efeitos podem ser notados vários quilômetros do local de onde o processo erosivo esteja acontecendo e pode afetar inclusive praias, mar áreas de banho, espaços a beira do rio, campos, praças, roças, casas, comércios, estradas e outras estruturas, por exemplo. O estudo acrescenta dados de outros pesquisadores e fala que a região de Ubatuba é bem suscetível aos escorregamentos, também da preocupação do risco natural de movimentos de terra ou rocha que esta região apresenta. A maior freqüência de tais movimentos se multiplica devido ao inadequado uso e manejo da área por parte da população local, com construções irregulares, e também, com o turismo predatório. Segundo o pesquisador num cenário hipotético hollywoodiano, daqueles de filmes do final dos tempos, as florestas perderiam a sua função de equilibrar o meio ambiente, afetando, por exemplo, o ciclo natural da água, onde diversas espécies de animais e vegetais também deixariam de existir, isto é, se a absorção da água
da chuva pelo solo não tiver equilíbrio natural culminaria no rápido escoamento superficial das encostas para o rio com grande carga de partículas de diversos materiais. Trocando em miúdos, tal processo, aliado a descarga de esgoto, lixo e outros materiais, provocaria catástrofes como a definitiva poluição dos rios, que além de ruim ao meio ambiente e a sociedade seria pior ainda aos negócios. No caso deste cenário, o assoreamento dos rios seria muito mais intensificado, pois o fluxo do escoamento nas encostas ocorreria em maior concentração, sendo mais volumoso, com elevada capacidade de arraste de material, como as partículas de solo. Como consequência do assoreamento dos rios, surge em maior probabilidade as ocorrências de inundações e enchentes nas cidades, causando transtornos sociais.
Neste cenário também seria possível observar graves perturbações no sistema ambiental pela sua fragilidade às ações não conservadoras dos seres humanos, isto causaria as florestas, por exemplo, um processo de extinção muito mais acelerado do que já se encontram atualmente em alguns lugares, que um
dia foi uma exuberante Mata Atlântica, comenta Leonardo. Para que isso não se torne uma realidade possível o estudo aponta, por assim dizer, principalmente ao poder público, uma diretriz colaborativa para a realização de um trabalho de melhor planejamento do uso e ocupação do solo da região.
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Papel da geografia à população local Assim, reitera o pesquisador, “se a geografia do lugar sofresse com a total negligência dos indivíduos e das autoridades seria comprometida com uma brusca transformação ambiental, social e econômica”, reitera o mestrando. O papel da geografia, desse modo, é compreender a interação entre sociedade e natureza, pensando em formas sustentáveis de produção social do espaço, além de viabilizar meios de mitigar a degradação ambiental. Nessa perspectiva é que surgem estudos importantes para solucionar tais problemas, como os estudos coordenados pelo professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutor Antonio José Teixeira Guerra. O Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos (LAGESOLOS), que Guerra coordena é referência em diversas pesquisas no município de Ubatuba e fora dele, como aqui é o caso do estudo da Doutoranda Maria do Carmen Oliveira Jorge, que tem o objetivo de analisar as potencialidades e limitações das trilhas do município para adequado uso e manejo do mesmo, pesquisa muito importante aos operadores do turismo, seja ele de qual modalidade for. Já a Mestranda Aline Muniz Rodrigues tem a sua dissertação de mestrado pautada na análise da degradação dos taludes da bacia do rio Maranduba. “A minha pesquisa de mestrado tem como objetivo fazer um diagnóstico ambiental de solos degradados em terrenos de baixa declividade em uma sub-bacia do rio Maranduba em Ubatuba, a fim de se entender e totalizar
os fluxos de escoamento superficial, correlacionando com os índices pluviométricos e a hidrologia do solo em zona não saturada. Nessa perspectiva, pretendeu-se diagnosticar também o nível de resistência do solo (Aspectos Físico-químicos) frente aos agentes modeladores do relevo, ou seja, entender o solo como um sistema ativo nas interações com o meio ambiente, utilizando os resulta-
dos obtidos para a difusão do conhecimento científico para a população local. Folder a comunidade Embora seja um estudo exclusivamente técnico, o pesquisador se preocupou em socializar os dados colhidos, por isso elaborou, de forma simples e didática, um folder que resume o pra que serve tanto trabalho e pesquisa e que convida as pessoas a entender a dinâmica da erosão. O estu-
do fala um pouco das características gerais de Ubatuba, de um breve histórico do município, das formas da superfície e da formação do solo na região, dos volumes das chuvas também. Ao final fala da estação experimental onde tudo aconteceu pelo menos grande parte do estudo. O pesquisador agradece a Annie Kamiyama, ao Sitio Recanto da Paz – Gengibre de Ubatuba e ao técnico de aferi-
ção da estação Sebastião Jorge, também aos parceiros de pesquisas que colaboraram na coleta e processamento de informações a este importante estudo. A PROMATA solicitará uma cópia do trabalho para ficar disponível as autoridades, a comunidade, outros pesquisadores, curiosos, alunos e professores na biblioteca Doraci em sua sede no Sertão da Quina.
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Matéria sobre um século da aparição de Nossa Senhora na RedeTV
No último dia 8, na Capela de Nossa Senhora das Graças, Sertão da Quina, a Rede Vida de TV realizou uma matéria intitulada “Ubatuba celebra 100 anos da aparição de Nossa Senhora das Graças” exibida no dia seguinte (9) no JCTV daquela rede de televisão. A matéria tratou resumidamente de mostrar outro lado da cidade, não só de praias e surfe, mas da formação histórica, cultural e religiosa da formação original deste povo, especificamente do século de aparição da bela senhora na região sul do município. O prefeito Mauricio Moromizato também na entrevista salienta que na ocasião da canonização de Padre José de Anchieta (que serviu de moeda de troca entre índios e colonizadores) o Papa cita duas cidades – São Paulo e Ubatuba, para o prefeito isto
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reforça a formação cristã na origem da cidade. Já na região sul o repórter Thiago Fagnani fala na matéria que o local guarda uma devoção centenária. Entrevistando alguns moradores ele se depara com varias informações sobre o ocorrido na localidade em 1925. O fiel Manoel Celestino mostra um book com informações e fotos antigas para que o repórter entenda melhor a trajetória de luta e resistência da população local para manter esta tradição acesa. A imagem mostra centenas de fiéis na capela e na entrevista o padre Daniel Inácio explica o porquê deste acontecimento não ser conhecido no Brasil. Segundo ele, trata-se de um fenômeno que ainda não é algo que possa ser proclamado como oficial, “a igreja está acompanhando, colhendo os testemunhos e
realizando a vivencia da devoção popular”, fala o padre ao repórter. Ao final o repórter fecha a matéria falando da devoção e mobilização do povo pela mãe de Deus na região que realmente comove e reforça a fé de todos os católicos. A equipe de TV mostra também o Morro do São Cruzeiro (Emaús), a igreja do Itaguá, a Matriz no centro da cidade e a estátua de Padre José de Anchieta na Praia de Iperoig. A matéria pode ser acessada através do sitio da internet da JCTV da REDETV no seguinte endereço:http:// redevida.com.br/programa/ jctv/ubatuba-celebra-100-anos-da-aparicao-de-nossa-senhora-das-gracas.html. A equipe de reportagem finaliza os trabalhos agradecendo a prefeitura de Ubatuba e a Secretaria Municipal de Turismo.
Integrante da PROMATA participa de oficina sobreo enfrentamento a violência contra a mulher em Bauru/SP
Nos últimos dias 10, 11 e 12 de março a integrante da Promata Isaura Monteiro participou de oficina sobre o enfrentamento a violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas realizada em Bauru/SP. Organizado pela FETAESP – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo e CONTAG – Confederação Nacional da Agricultura, a oficina tem como objetivo fortalecer ações estratégicas para a criação e efetivação do fórum estadual de enfrentamento a violência contra as mulheres deste segmento. Representando cada qual sua região, 30 mulheres participaram da oficina que aconteceu no Obeid Plaza Hotel. O evento contou com a participação de Sonilda Pereira, assessora de mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Números da violência contra mulheres no país Houve uma palestra de Elaine Polidoro, assistente social da Secretaria do Bem estar Social de Bauru e coordenadora do Centro de Referência da Mulher. Durante os três dias, diversos dados foram apresentados, entre eles o fato de que 15 mulheres morrem por dia no Brasil vítimadas pela violência familiar. Por ano, esse número supera cinco mil mulheres. Além disso, o Brasil é
o sétimo país em violência contra mulheres. Após o evento foi elaborado um documento que será enviado ao governador Geraldo Alckmim com as demandas do grupo. As mulheres pedem ao governador que as unidades móveis cumpram de fato o seu papel e atendam as mulheres que trabalham na agricultura e sofrem algum tipo de violência. É que o estado de São Paulo recebeu duas unidades móveis e 450 mil reais para sua manutenção, mas elas ainda não estão funcionando. As unidades móveis são ônibus adaptados com salas de atendimento e profissionais capacitados para atender e informar as mulheres vítimas de violência sobre seus direitos. Segundo Isaura, “na oficina foi discutida a prevenção, ações educativas e culturais que interfiram nos padrões sexistas, empoderamento da mulher, fortalecimento e cruzamentos de dados na rede de atendimento a mulher vitima de agressão, capacitação de agentes públicos ações punitivas e cumprimento do rigor da lei Maria da Penha e da nova lei do feminicídio sancionada na véspera do encontro (9 de março) considerada uma conquista de nós mulheres, posso dizer que a oficina foi muito positiva e deveria ser estendida as regiões”, finaliza a ativista. Fonte: FETAESP
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Embaixador da Bulgária, na Moldávia, elogia livro da Ilha Anchieta Após o lançamento do Livro “Imigração no Brasil - Búlgaros e Gagauzos Bessarabianos” do brasileiro e membro da Associação Pró Resgate Filhos da Ilha Anchieta Jorge Coccicov no renomado Instituto de Etnografia e Folclore e Museu Etnográfico (IEFSEM) na Bulgária em 20 de janeiro, varios foram os comentarios na europa sobre o trabalho de Coccicov. Desta vez foi Ivan Duminika, renomado historiador e comentarista búlgaro que trata do tema como de importante relevancia a historiografia das migrações européias, principalmente de seu país de origem. Fala dos renomados membros das varias ciencias que partilharam da felicidade e alegria de apreciar uma história real acontecida com europeus na América do Sul, precisamente em Ubatuba no estado de São Paulo (Ilha Anchieta). Fala da apresentação oficial do livro ocorrida na Biblioteca búlgara “Hristo Botev”, em Chisinau, capital da Moldávia, no último dia 20 de fevereiro promovida pela Sociedade Científica de Búlgaros, da República da Moldávia (NDB em PM). O presidente da instituição, Professor Nikolay Chervenkov, autor do prefácio, prepararou uma narrativa detalhada da edição búlgara, metas e objetivos do livro e agradeceu a dedicação da Agência Estatal de Búlgaros no Exterior, que proporcionou a edição do livro, no idioma búlgaro. Os tradutores, colaboradores e entusiastas foram relembrados. Duminika enalteceu o estudo, caracterizando-o como grande contribuição e importância para o futuro estudo dos problemas dos nossos compatriotas no
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Brasil, que saindo da Bessarábia, se instalaram lá, em 19251926. Maria Veliskar com lembranças e laços com parentes no Brasil, compartilhou desse posicionamento. Por último o embaixador da da Bulgária, na Moldávia, Peter Vulov, elogiou o trabalho de Jorge Cocicov, que segundo ele, Coccicov terá amplo espaço entre os membros da comunidade búlgara na Moldávia e na Ucrânia. Resumo Em 1926 cerca de 2000 Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos vieram, depois de chegarem ao Brasil como imigrantes, escoltados da Hospedaria dos imigrantes de São Paulo para a Ilha dos Porcos (Ilha Anchieta). Na ilha permaneceram em condições prisionais porque haviam se rebelado contra a transferencia das fazendas paulistas de café cuja situação de varios compatriotas eram aos de tratamento de regime de escravidão. Então no intervalo de 100 dias, em 1926, 151 imigrantes morreram envenenados por injestão de mandioca brava e consequentemente por falta de atendimento médico. Destes 97% (143) eram crianças, algumas recém nascidas.
A lista com os nomes dos imigrantes está colocada na parede do centro de visitantes da Ilha Anchieta. Os nomes constam no Livro de Registro de Obitos, C 14 e folhas seguintes no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de Ubatuba. No século XIX, estes povos saíram da Bulgaria (sob dominio dos Turcos) e foram para a Bessararbia antiga provincia da Russia sob o dominio usurpador da Romenia entre 1918 e 1940. Foi neste período negro da história do antigo continente que, em 1926, cerca de 25.000 bulgaros e bessasrabianos vieram para o Brasil, destes 151 faleceram na Ilha Anchieta. A história é muito interessante, principalemnte aos brasileiros que não conhecem a verdadeira história do país, quem dirá a de seu municipio e o que aconteceu em seu território. Quem quiser aventurar-se mais por esta história é só viajar pelas páginas de “Imigração no Brasil - Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos, Editora Legis Summa, autor Jorge Cocicov” e entrar nesta história real que aconteceu bem próximos dos Ubatubanos e Ubatubenses.
Especialistas em Geoturismo, parceiros da PROMATA, proferem palestra em faculdade inglesa
EZEQUIEL DOS SANTOS Intitulado “Geoconservation and Geotourism, in Ubatuba - São Paulo State - Brazil, related to soil properties (Geoconservação e Geoturismo, em Ubatuba /Estado de São Paulo / Brasil, relacionada com as propriedades do solo), os especialistas em geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Antonio José Teixeira Guerra e Maria do Carmo Oliveira Jorge proferiram importante palestra a professores e doutorandos da Faculty of Science and Engineering (Faculdade de Ciências e Engenharia) da Inglaterra. A palestra é parte de um seminário sobre Geoturismo, Geoconservação e Geodiversidade da bacia do rio Maranduba, relacionado às propriedades dos solos e das trilhas. “A repercussão foi ótima e tivemos perguntas bem interessantes, uma professora que é ecóloga ficou bem interessada em fazer um trabalho de campo conosco em Ubatuba, para isso tentaremos verba da Capes (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Su-
perior) ou do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para trazê-la”, diz o especialista, também ressalta que “esta ecóloga é considerada na Europa uma grande autoridade na área, uma profissional muito competente e ao mesmo tempo, uma pessoa super simples”, reitera professor Guerra. Outro especialista que virá ao Brasil, a Ubatuba especificamente, será o professor Mike Fullen, mesmo com a agenda sempre lotada tem sua chegada prevista para fevereiro de 2017. Na agenda de Fullen está a visita a Ubatuba para uma palestra, uma conversa com a PROMATA e a realização de trabalhos de campo com os parceiros brasileiros. Os especialistas brasileiros enfatizaram, na palestra aos ingleses, as parcerias entre a UFRJ, PROMATA, Jornal Maranduba News e comunidades e seus resultados positivos que futuramente todos poderão usufruir diretamente. O terreno está preparado agora é só plantar pra colher.
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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 12 Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.
EZEQUIEL DOS SANTOS “Revista O Cruzeiro - Edição 38, Rio de Janeiro, sábado, 5 de julho de 1952, ano XXVI”. Começa a caçada aos evadidos, os já recapturados contam o sofrimento, alguns arrependidos se entregam. Agora se contabiliza os atos de heroísmo e bandidagem. Já era possível saber de alguns dos bandidos que fugiram. Em Ubatuba, por exemplo, foi ferido a bala Geraldo Fonseca de Souza, vulgo “Diabo Louro”, que teria sido atingido dentro dia delegacia e onde foi deixado nu. Sem qualquer assistência num período de 48 horas foi deixado os foragidos José Câmara e Alcides de Souza Silva. Segundo dados oficiais da época também foram mortos Deiko Diameto e Domingos da Cunha. O primeiro foi atingido por uma bala nas nádegas que saiu pelo peito e que implorava encarecidamente aos soldados que acabassem de matá-lo. O segundo, antes de morrer, declarou que foi metralhado na praia quando queria se entregar. Ferido, com os intestinos perfurados e para fora do corpo, deram-lhe água para beber, não resistiu é óbvio, menciona o documento. Enquanto isso a Polícia Marítima de Santos varria toda a costa de Caraguatatuba ao Ubatumirim preparadas para qualquer emergência ou situação. Posteriormente engrossou a equipe que caçava Pereira Lima lá pelas bandas de Parati-RJ, que segundo populares estava acuado na serra. Outros eram levados a Ubatuba e atirados a terra como sacos de feijão, a maioria sem condições de socorrer por conta dos ferimentos à bala. Restou para grande maioria destes esperar a morte lenta e gradual, outros chegaram mortos, segundo o médico do 5º Batalhão de Combate. Na mata e nos caminhos a caçada era implacável, a pressão sobre os fugitivos era tamanha que alguns se entregavam em estado de choque, inclusive feridos pelos policias 24 horas antes de se entregar. Os soldados adentravam a
mata atlântica, uns cumpriam apenas seu dever, outros exageravam em sua autoridade. Tudo era vasculhado, absolutamente tudo. Os soldados contavam ainda com moradores armados para esta ação. A cadeia de Parati, que há vários anos não guardava nenhum preso, desta vez estava cheia. A pacata cidade se viu chocada com o aparato que se montou em suas cercanias para a recaptura dos presos da Ilha Anchieta. Lá foi morto o Ezequiel de tal, sendo que José da Silva teria se enforcado no banheiro da cadeia temendo o rigor de sua pena. Oficialmente os fugitivos recapturados até o dia 24 foram: Antenor Álvaro dos Santos, Moacir Vasconcelos, José de Moura, Luis Farias Pacheco, Manoel Antonio da Silva, Oswaldo Soares, Grinaldo Pereira, Manoel Venâncio da Silva, Benedito de Barros, Pedro Serafim dos Santos, Roberto Silva Junior, Sebastião de Araújo, Julio Pereira da Cruz, Oswaldo de Souza, João Alves Filho, Manoel Marino de Castro, José Alves da Silva, Mauro Moreira, Oscar Kesbvskin, Benedito Mateus de Carvalho, Mauricio Anastácio, Valdemar Ferreira da Silva, José de Oliveira, Adelino de Souza Filho, Joaquim Parreira, Roberto de Sá, Antonio Adão e José da Silva. Estavam ainda fora das mãos da polícia até este dia 94 fugitivos. O documento analisado pelos repórteres da época aponta que havia no dia da rebelião na ilha 452 detentos, sendo que, depois da fuga, segundo o Diretor, ficaram uns “duzentos e poucos”, recapturados 37, dois feridos e dois mortos. O documento dos repórteres ainda supõe que 30 ou 40 – o que acham ser irreal – tenham sido assassinados pelos próprios companheiros. Sobrariam mais de 150. Nota-se que só em Parati foi localizado Pereira Lima chefiando 60 homens. Havia ainda grupos de fugitivos não localizados em Ubatuba, Ubatumirim, Caraguatatuba e Enseada. Além da própria ilha e dos que já haviam vencido a serra e que
não deveriam ser poucos. Com esta conta maluca os repórteres questionam que, a exceção de dois cadáveres, ninguém viu os outros corpos que a policia diz ter encontrado mortos, questiona o documento. A pergunta que fica é que será que teriam sido atirados ao mar? Ou sepultados secretamente? Ou simplesmente não morreram? Perdurava então varias dúvidas, questionamentos e mistérios que não batem com a realidade da sangrenta tragédia. Dos que teriam mortos nas águas do presídio porque nenhum ainda havia boiado? Os moradores da época maioria de pescadores – foram entrevistados sobre a situação do mar naquela semana, foram categóricos em dizer que o mar não é - como costumam dizer - infestado de tubarões e tintureiras. Eles aprecem sim em determinadas épocas do ano, dizem os pescadores, e, não há registros que haviam comido algum ser humano. Para fins de ajustar a história a que de fato
aconteceu. O “Filho da Ilha” Célio Sales de Almeida, 70, que estava no dia da rebelião corrige os fatos informando que na edição anterior foi descrito que o Cabo da Força Pública José Sudário Franco, cujo apelido era “Paquéra”, atravessou o boqueirão. Na realidade ele atravessou na canoa de um caiçara como carona. Quem nadou o boqueirão foi o soldado Simão Rosa da Cruz que conseguiu fugir da fúria dos bandidos e assim venceu a nado o boqueirão. Ele alcançou a praia da Enseada e de lá
conseguiu comunicar as autoridades em Caraguatatuba que posteriormente comunicaram a capital. Depois da rebelião, neste caso especifico, o Cabo Sudário foi reclamar uma promoção e reconhecimento por supostamente conseguir avisar outras autoridades, porém estava tudo certo para que o soldado Simão recebesse o reconhecimento, como os dois estavam disputando a vaga, nenhum dos dois recebeu. Na próxima edição o que diz a opinião pública e algumas autoridades. Até lá!
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Observador de aves realiza 1º registro da ave “asa de telha” pra Ubatuba Observadores de todas as regiões do país e fora dele parabenizam o integrante da PROMATA Aguinaldo José pela façanha da realização do registro inédito para Ubatuba da “Agelaioides badius”, popularmente conhecida por “asa de telha”. Enquanto muitos profissionais buscavam em todas as partes do sul, sudeste e algumas regiões do centro oeste do país por um registro desta ave, Aguinaldo havia acertado na loteria, é que a ave sentou no comedouro de sua casa. O observador não perdeu a oportunidade e registrou majestosamente o momento. Além do primeiro registro pra Ubatuba, seu registro é o décimo no estado inteiro, isto quer dizer que apenas 10 indivíduos em 248.209 km² área do estado de São Pau-
lo - conseguiram fotografar esta ave. De 15 a 17 cm de tamanho, esta ave não possui dimorfismo sexual (machos e fêmeas sem diferenças características). Tem cor geral marrom escuro, sendo as asas e a cauda mais escuras e as orlas das penas cobertas por um marron-avermelhado. Possui uma espécie de “mascara” negra ao redor dos olhos. Tarsos negros. Bico cônico. Normalmente realiza 1 ninhada por estação com 2 ovos, e é comum adaptar-se a locais semi-urbanizados, sendo comum ao redor das fazendas e nas praças de alguns povoados do interior. Aguinaldo esta muito satisfeito com o registro que o colocou no ranking de observadores de registros inéditos e espera que a sorte venha sorrir para ele novamente.
Fotos: Aguinaldo José
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Prefeitura intensifica combate e prevenção à Dengue
Provas aquáticas agitam praias de Ubatuba em 2015 Calendário está recheado de provas aquáticas previstas para acontecerem de norte a sul da cidade
COMUNICAÇÃO PMU Equipe do Controle de Endemias atua em diferentes bairros e intensifica ações na Maranduba e Sertão da Quina onde número de casos confirmados é maior O departamento de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Ubatuba informa que a equipe do Controle de Endemias está desde a semana passada nos bairros Sertão da Quina e Maranduba para intensificar as ações de combate à Dengue por meio de uma atividade de bloqueio e controle de criadouros nos
locais onde existem casos suspeitos e confirmados da doença. Os agentes percorreram toda a área, vistoriaram residências e nesta terça-feira (17), as equipes de nebulização atuam no período da manhã na Maranduba e durante a tarde no Sertão da Quina. O restante da equipe está nos bairros Perequê-Mirim e Centro, realizando outras atividades de combate e prevenção à doença. De acordo com os responsáveis pela ação, todas
as estratégias operacionais são traçadas no sentido de ampliar ao máximo as áreas trabalhadas. Para isso, as equipes de nebulização estão trabalhando em turnos alternados. Ainda nesta semana, o cronograma de nebulizações envolverá os bairros: Perequê-Mirim, Estufa I, Estufa II e Itaguá. Vale destacar que Ubatuba encontra-se em melhor situação do que as cidades vizinhas e tem atualmente pouco mais de 25 casos confirmados da doença.
COMUNICAÇÃO PMU Para quem gosta de competir no mar, o calendário de 2015 em Ubatuba está recheado de provas aquáticas, com natatórias, duathlon e triathlon previstas para acontecerem de norte a sul da cidade. Destaque para o tradicional Circuito Ubatuba de Águas Abertas, que conta com 4 etapas (Lazáro, Maranduba, Enseada e Iperoig), promete disputas acirradas e boas braçadas nesta sua 19ª edição. E quem, além de nadar, gosta de correr e pedalar, pode juntar as habilidades no Circuito Ubatuba Aquathlon, que mescla corrida e natação. Já o 1º Tribos Triatlhon Ubatuba – Olímpico e Short Triatlhon completa as opções de provas no mar ubatubense. Junte seus amigos, forme sua equipe e venha nadar em Ubatuba! Para mais informações sobre as provas, entre em contato com o Centro de Informações Turísticas pelo telefone (0xx12) 3833-9123 ou envie
mensagem pelo email cit@ ubatuba.sp.gov.br O CIT está localizado na avenida Iperoig, 214, Centro, e funciona de segunda a sexta das 8hs às 18hs. Confira abaixo o calendário: – 12 de abril: 1a Etapa do Circuito Ubatuba Águas Abertas (praia do Lázaro) – 18 de abril: 1a Etapa do Circuito Ubatuba Aquathlon (praia da Maranduba) – 7 de junho: 2a Etapa do Circuito Ubatuba Águas Abertas (Maranduba) – 14 de junho: 2a Etapa do Circuito Ubatuba Aquathlon (praia do Pereque-Açu) – 13 de setembro: 3a tapa do Circuito Ubatuba Águas Abertas (praia da Enseada) – 4 de outubro: 1o Tribos Triatlhon Ubatuba (Pça de Eventos) – 8 de novembro: 3a Etapa do Circuito Ubatuba Aquathlon (praia do Ubatumirim) – 15 de novembro: 4a Etapa Etapa do Circuito Ubatuba Águas Abertas (praia do Cruzeiro)
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“Eita... muié econômica!”
Coluna da Adelina Fernandes
Não Desista de Continuar
Que o sol esteja sempre presente em seus dias, mas quando ele não estiver, não tema a chuva, porque a vida é feita de momentos e em cada um deles não nos encontramos desamparados. Que o seu caminho seja repleto de flores, mas quando os espinhos se apresentarem, não chore eternamente diante da dor, busque novos horizontes e quando perceber, a ferida terá cicatrizado. Quando a solidão se recusar a partir, não se dê por vencido, rogue auxílio da providência divina e perceberá que não se encontra sozinho nessa batalha. Se os seus passos se enfraquecem e a ideia de desisitir se aproxima, tenha fé, logo adiante, o desânimo cederá lugar a esperança, que renovará suas forças.
Que a cada manhã a alegria possa despertar ao seu lado, mas quando for a tristeza a sua companheira, não se aflija, ela jamais será eterna e com perseverança e confiança, reencontraremos a alegria de viver. Quando a oportunidade de auxiliar alguém surgir, não a ignore, faça o bem que puder, sem nada exigir, assim quando necessitar de socorro, muitas mãos se estenderão em sua direção, não por obrigação, mas por carinho a sua pessoa. Se a Verdade já bateu à sua porta, não a tranque dentro do seu coração, espalhe-a por onde passar, compartilhe conhecimentos, não se esquecendo da humildade e semeando o Amor de Jesus por onde estiveres.
Que nenhum sofrimento possa deter a sua marcha, mas quando um acontecimento lhe machucar, não desanime, nem pense em desistir, mantenha a confiança, o Pai sabe o que faz e sempre estará ao nosso lado nos consolando e nos mostrando um novo caminho. Na alegria ou na tristeza, jamais desista de continuar a jornada. Faça uso da perseverança. Encontre a coragem dentro de você. Tenha fé e siga em frente... Sonia Carvalho http://www.mundodasmensagens.com/
NELSON DE SOUZA A nossa cultura é muita rica em tudo, sua mistura de raças foi o que moldou nosso povo e só do fato de ser a origem da formação de nosso país tem muito a nos ensinar. Sempre gostei das estórias e histórias dos antigos moradores, melhor dizendo seus deliciosos “causos”. Como minha contribuição à tradição oral alinhavo abaixo umas dessas “jóias” da cultura caiçara. * * * Há algumas décadas, na época em que o banheiro ou era atrás das bananeiras ou em alguns casos num pequeno puxado fora da casa, uma simpática comunidade de caiçaras situada nos arredores da Caçandoca e Caçandoquinha, duas moçoilas – irmãs – receberam seus namorados, digo pretendentes. Para que o pai não ficasse na sala com a cartucheira calibre 28 dois canos com as respectivas munições no cano entre eles, foram convidados a ir à praia. As filhas eram de uma das mais tradicionais famílias da região. Vindos do interior de São Paulo, de pequenas cidades do interior, ou, para dizer a verdade da roça mesmo os dois as acompanharam. Como nunca haviam estado em um vilarejo caiçara, nada conheciam dos costumes e tradições desta cultura caiçara, assim foram acompanhar o povo na praia para retirar Preguaí (Strombus pugilis) e Saquaritá (Stramonita haemastoma), abundante naquela época nas areias da praia da Caçandoquinha e tantas outras. Enquanto os caiçaras costumeiramente pegavam e retiravam os pe-
quenos moluscos da areia e colocavam nas cestas, os dois caipiras ficavam na surdina observando aquela festa de retirada de animais que nunca haviam visto na vida, nem em sonho! A curiosidade era tanta que em dado momento não aguentaram, tinham de perguntar que diabos era aquilo e pra que servia. A eles fora explicado que aquelas “conchas” nada mais eram que parte da alimentação do povo do litoral e que tiravam neste período porque é o tempo de retirada deles, depois não poderiam porque estavam se procriando. Por isso a festa na retirada era o agradecimento a Deus pelo alimento que dava. Trocando em miúdos. serviam de comida, era um prato muito saboroso e que fazia as pessoas peidarem muito. Os dois não se contiveram, acharam muito interessante e começaram a pensar muito. Após ouvir e ver tudo aquilo, um dos pretendentes, que era muito sabido, disse: “Quer saber compadre... achei a mulher certa para casar. É muito econômica... Ela só come concha!” Pra que! Todos ouviram aquele comentário começaram a rir e eis que virou, por um longo período, uma brincadeira entre todos da família. “Dizem que é tudo verdade... assim como essa luz que me alumeia.” * * * Nelson de Souza - Tecnólogo em Hotelaria em Turismo e Educador Ambiental, um apaixonado pela cultura caiçara e suas tradições e agora colaborador da transmissão da tradição oral da cultura formadora do país.