Maranduba, Julho 2015
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 6 - Edição 74 Foto: Claudia Félix
Festival da Mata Atlântica Rios e Mares de Ubatuba
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Ministério Público e as prefeituras do litoral norte fazem acordo para demarcação terrenos a beira-mar; as construções em áreas de preservação ambiental terão que ser demolidas Carlos Valim – FLN Ministério Público e as prefeituras de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela fazem acordo para demarcação terrenos a beira-mar; as construções em áreas de preservação ambiental terão que ser demolidas Ministério Público Federal e representantes das prefeituras de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, assinaram nesta sexta-feira (29) um acordo para demarcação das áreas de terrenos a beira-mar que pertencem à União. Pelo acordo, as áreas devem ser identificadas até 2018 e novas invasões devem ser evitadas. O acordo deve encerrar uma briga judicial da promotoria com as cidades, que exigia a demarcação dos terrenos. Os terrenos de marinha são patrimônios do Governo Federal e são medidos da linha do preamar até 33 metros em direção ao continente ou de ilhas costeiras, como é o caso de Ilhabela. A linha do preamar é estabelecida utilizando o ponto máximo onde chega a água do mar. Para isso, é feita uma média das marés mais altas do ano. A lei que determina que estas terras são públicas foi publicada em 1.946. A demarcação foi estabelecida em 1.831, mas até hoje boa parte desta área não está identificada, o que tem permitido
a invasão e construção de casas nestes espaços. Em São Sebastião, por exemplo, são 107 quilômetros de costa, mas existem apenas três quilômetros demarcados. A falta de identificação causou a abertura de centenas de processos de usucapião nos fóruns do litoral. Segundo levantamento do Ministério Público Federal, quase 3 mil imóveis estão construídos na área de marinha nas quatro cidades. Após a demarcação, os imóveis que forem identificados ocupando estas áreas terão que pagar uma taxa ao Governo Federal. Pelo acordo estabelecido, a Secretaria do Patrimônio da União deverá demarcar toda a área de terra marinhas até 2018. As Prefeituras de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba deverão colaborar com o trabalho, fornecendo todas as informações, apoio técnico e evitar que novas invasões aconteçam. As construções identificadas em áreas de preservação ambiental
terão que ser demolidas. O acordo deve extinguir as ações movidas pelo Ministério Público. Estiveram presentes na assinatura, os prefeitos de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva; de Ilhabela, Antônio Colucci; de São Sebastião, Ernani Primazzi; de Ubatuba, Maurício Moromizato; Procuradoras da República, Sabrina Menegário e Maria Rezende Capucci; Promotores de Justiça do Ministério Público Estadual, Dr Paulo Guilherme Carolis e Tadeu Bardaró; Superintendente do Patrimônio da União, Ana Lúcia dos Anjos; Coordenadora de Gestão Estratégica da SPU, Maria da Anunciação Alves; Coordenador do Departamento de Caracterização de Patrimônio, Denis Fabrizio de Oliveira Selynes; Procurador da Procuradoria Regional da União da Terceira Região, Tércio Issami Tokano; e o Procurador Seccional da União de São José dos Campos, Marco Aurélio Bezerra Verderamis
Editado por: Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SP Consultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801 Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961
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Circuito Ubatuba de Águas Abertas movimenta praia da Maranduba COMUNICAÇÃO PMU A praia da Maranduba foi palco no último domingo (28) da 2ª Etapa do Circuito Ubatuba de Águas Abertas. Mais de duas mil pessoas estiveram na praia e prestigiaram os cerca de 400 atletas de Ubatuba, São José, Taubaté, Lorena, Sul de Minas Gerais, Litoral Sul Fluminense e demais cidades do Litoral Norte Paulista e Vale do Paraíba, num belíssimo dia de sol e céu azul. Na retirada dos chips, os atletas receberam seu kit com uma mochila personalizada com a logomarca da prova, uma edição da revista Swim Channel e uma unidade de bananinha tachão. Na água os atletas encontraram condições favoráveis com pouco vento e poucas ondas, o que facilitou o percurso das provas de 250, 500, 1 mil e 3 mil metros. Ao fim das provas, todos os
atletas receberam medalhas de participação e foram à tenda de alimentação, onde fizeram a reposição de energias com frutas, água e açaí. Os melhores colocados foram premiados com troféus e brindes oferecidos pelos patrocinadores. Os resultados e classificação no site www.natatoriaubatuba.com.br. A terceira etapa de 2015 acontece na praia da Enseada, no próximo dia 13 de setembro. A 2ª Etapa do Circuito Ubatuba de Águas Abertas foi uma apresentação da Prefeitura Municipal de Ubatuba através da Secretaria de Esportes e Lazer, realização da Comtur, promoção da Secretaria de Turismo, patrocínio da L23 - Atmosfera Empreendimentos Imobiliários e Mormaii, Apoio da Veibras, Hotel Porto do Eixo, Acqua Dovers, Grupo Cauãna, Tachão de Ubatuba.
Mais de duas mil pessoas estiveram na praia e prestigiaram os cerca de 400 atletas na segunda prova do ano
Ubatuba mantém viva a tradição em dia de homenagens ao santo padroeiro da cidade COMUNICAÇÃO PMU Com uma rica programação cultural, Festa de São Pedro Pescador reuniu milhares de pessoas nos últimos dias na Praça de Eventos Organizada pela Fundação de Arte e Cultura da Prefeitura de Ubatuba, a 92ª edição da Festa de São Pedro Pescador terminou na noite do última segunda-feira (29), dia do padroeiro da cidade, na Praça de Eventos. O evento reuniu milhares de pessoas desde a última quinta-feira e com uma rica programação cultural manteve viva a tradição quase secular do povo ubatubense. O dia de encerramento começou por volta das 14 horas com a Procissão de Barcos, que desde de 1954 integra as atividades da festa, seguida da Missa Campal, ambas acompanhadas por um grande público.
Enquanto isso, a Barraca da Tainha seguia movimentada de famílias inteiras de moradores e turistas. “Vendemos três toneladas de tainha. Foi um sucesso”, comemorou Jerry Moraes, presidente da Colônia Z 10. No começo da noite, duas belíssimas apresentações chamaram atenção de quem circulava pelas barracas de comidas típicas: a Dança de Fita do Itaguá e o Coro da Lira. Para fechar a programação tradicional, uma Homenagem aos Mestres do Mar exaltou grandes pescadores locais e emocionou a plateia. O som ficou por conta das bandas ubatubenses Conversão, Psycos Jam e Engrenagem. Diretora-presidente da FundArt, Cristina Prochaska novamente agradeceu o empenho de cada integrante de sua equipe e de cada colaborador das diferen-
tes comunidades de Ubatuba que participaram e ajudaram na organização e produção do evento. O prefeito Mauricio comemorou o sucesso da festa e assim como Cristina destacou o envolvimento da população. “Conseguimos devolver a festa para os pescadores, para o povo”, afirmou. Festa de São Pedro Pescador A comemoração ao santo padroeiro de Ubatuba começou no dia 29 de junho de 1923, quando o padre caiçara Francisco dos Passos, com a ajuda de pescadores, celebrou uma missa em um altar improvisado de canoas. Desde então, o festejo e a fé fazem parte da identidade cultural do povo ubatubense. Em 2015, a festa chegou à sua 92a edição com uma rica programação cultural e manteve vivas as tradições e costumes do povo local.
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São José de Anchieta uma caminhada de turismo e fé
Jovens e crianças em festa para férias de julho Foto: Sofia Prado
Primeiros peregrinos na entrada do Araribá No último dia 27, a comunidade católica da região recebeu os peregrinos da Caminhada de Anchieta, projeto que visa incentivar a devoção a Padre Anchieta, declarado santo pelo papa Francisco em 03 de abril do ano passado. A caminhada percorreu 90 kms entre São Sebastião e Ubatuba e contou com 89 peregrinos. O evento foi transmitido pelas mídias local e regional do estado e visualizada por milhares de fiéis e simpatizantes do santo. A chegada dos peregrinos por aqui foi festejada por moradores, visitantes e turistas que aguardava seus caminhantes. No trajeto foram vários os cumprimentos aos peregrinos, o mais comum foi o som das buzinas dos carros que cruzavam a comitiva. O projeto é uma versão reduzida e mais religiosa do que turística do projeto Passos de Anchieta (primeiro roteiro cristão das Américas que refaz os passos do primeiro caminhante do Brasil).
Próximo a capela de onde foi servido o almoço e suco ao grupo, o grupo de jovens da paróquia deu as boas vindas aos peregrinos. Na chegada a cantina da igreja Pe. Daniel estendeu as boas vindas em nome da paróquia e da comunidade, também realizou a benção dos alimentos, em seguida músicos e cantores locais realizaram um sarau de músicas regionais aos visitantes. Pe Daniel agradece a visita novamente e convida a todos para a festa do centenário Mariano que ocorrerá em setembro próximo. À noite, na capela, foi realizada a reza do terço com a presença do bispo diocesano Dom José Carlos Chacorowski. Ele lamentou não poder estar na caminhada porque havia estado em Roma para um encontro de bispos e aos presentes disse que, através de um cardeal, conseguiu estar ao “ladinho” do papa Francisco. A comunidade e os peregrinos receberam em primeira
mão a boa notícia - horas antes o bispo diocesano de Caraguatatuba havia estado com o Santo Padre. Falou da importância da encíclica “Laudato Si - Louvado Seja” e seus desdobramentos, que segundo o bispo, é a primeira editada em italiano e não latim como manda a tradição religiosa. Aos peregrinos fala da beleza de se aproveitar as faculdades de Deus através da natureza. Também da importância da caminhada para a saúde. O bispo diz que “o coração vai agradecer - e as gorduras irão reclamar” reitera Pe. Daniel. Depois foram todos saborear um caldinho na cantina da igreja. Após o merecido descanso saíram as 5:30 da manhã em direção ao bairro do Itaguá depois para o Centro da cidade na missa de encerramento desta caminhada destinada a quem gosta de rezar apreciando as maravilhas naturais do litoral norte paulista sob as benção de São José de Anchieta.
No último dia 28, o grupo de jovens da paróquia junto com o grupo da infância missionária realizaram uma grande festa no pátio da cantina da capela Nossa Senhora das Graças no Sertão da Quina. A “festinha” foi para celebrar a despedida do infância missionária no mês de julho, de férias das atividades religiosas. O grupo de Jovens informa que não estará de férias porque ainda tem atividades para este mês como o retiro Talita Kun, que acontecerá nos próximos dias 10,11 e 12 na escola municipal Nativa Fernandes de Faria no mesmo bairro. Para este retiro é solicitada inscrição no valor de R$ 20,00 para a confecção da camiseta do evento e está aberta a todos os jovens a partir de 14 anos. As inscrições poderão ser realizadas com Gabriela da Comunidade Nossa Senhora das Graças - Sertão da Quina e Sharon na Matriz Cristo Rei na Maranduba.
A festa foi recheada de quitutes gostosos de época e muita alegria e animação. O sacolejo foi tanto que o frio passou longe dos braços e pernas dos participantes. Alguns pais aproveitaram a animação para espantar o frio participando também das dinâmicas, brincadeiras e danças realizadas pelos organizadores. A festa foi animada graciosamente pela banda Dom da Fé (contato@domdafe.com.br) que esbanjou vitalidade, animação e boa musica religiosa a jovens, crianças e adultos fugindo da noite fria. Numa canja as meninas Ana Clara e Manuela deram o ar da graça cantando junto coma banda. O grupo de crianças volta às atividades na primeira semana de agosto. Os jovens ainda em pleno vapor têm muito trabalho ainda para este mês de julho. Ao final uma oração e agradecimentos aos colaboradores, organizadores, a banda, aos pais e a Deus, principalmente.
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Crianças recebem certificado do Projeto “Cantos da Mata” no Núcleo Caraguatatuba do parque estadual No último dia 26, o Núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM recebeu os alunos do curso de iniciação a observação de aves da EMEI/EMEF Bernardo Ferreira Louzada do bairro Rio do Ouro em Caraguatatuba. A iniciativa foi proposta em reunião do conselho consultivo da unidade e aplicada através da parceria entre PROMATA, monitores do PESM - NuCar e voluntários do corpo docente da escola. As atividades alcançaram com sucesso seus objetivos e foram consideradas inovadoras para a interação entre escola, unidade de conservação, alunos, aves, meio ambiente e comunidade. Foram agraciados 22 alunos do 5º ano sob a orientação da professora Barbara José com o incentivo da coordenadora Lila. Os alunos receberam, na unidade, palestra sobre a atividade, orientações básicas sobre a pratica de observação de aves, cuidados com a segurança, como funcionam as regras do parque, saídas de campo, identificação visual e auditiva das aves, uso do binóculo para identificação, levantamento de listas de identificação, busca das espécies nos guias, socialização das informações com os parceiros. Na escola realizaram redações, desenhos e comentários sobre atividade. Em casa e na rua, segundo alguns alunos, buscaram identificar aves e sons que aprenderam na atividade no parque. Alguns até propuseram mudanças em seus hábitos cotidianos. Todo projeto foi registrado com imagens e relatórios elabora-
Alunos e parceiros para foto oficial da entrega do certificado do pelos monitores do parque. Sobre o PESM – NuCar muitas crianças acharam a beleza de seu interior bem diferente do que costumam ver do lado de fora, também teceram vários comentários positivos sobre os atrativos monitorados que não conheciam. Foram varias surpresas durante o curso. Alguns alunos surpreenderam a equipe com a facilidade de identificação das aves, outros pela descoberta que realizavam. O comportamento dos alunos por conta da participação no curso dentro da escola mudou, comenta a coordenadora. No dia da entrega foram dispostas os trabalhos, desenhos e as redações dos alunos que encheram o anexo da sala principal do parque. Antes de
receberem o certificado leram e assinaram um termo de compromisso a bem das aves, do meio ambiente, de tratamento do próprio lixo e do bom relacionamento com as pessoas. O documento pode ser levado para casa para colorir os desenhos lá dispostos. Os alunos convidados também pediram para participar desta atividade na próxima oportunidade. Como premio pelo bom desempenho os alunos, em data ainda a ser agendada, visitarão um local que é referencia mundial em observação de beija-flores indicado pela PROMATA. Miguel Nema, gestor da unidade, se viu realizado com o resultado, principalmente quando perguntado as crian-
ças se lembravam nomes de aves que começava com determinada letra do alfabeto, também colocou o espaço e os dispositivos de uso público a disposição desta escola e de outras, as crianças e seus familiares também foram lembrados, já que estes futuros observadores de aves levaram muito a sério o aprendizado na pratica. Projeto O projeto é uma iniciativa da PROMATA e começou no dia 20 de março e foi até 22 de junho. Todas as atividades foram realizadas nas dependências do parque, sempre com acompanhamento de monitores ambientais e professores da escola. O projeto tem como finalidade aproximar a escola,
seus alunos e a comunidade da UC NuCar, despertar o interesse pelas aves, oferecer um sentido real as crianças na proteção da biodiversidade e criar um vínculo mais fraterno e saudável no trato com a natureza e no ambiente escolar através do interesse pelas aves, proporcionar ao aluno uma atividade prazerosa, gratificante e emocionante dentro de uma Unidade de Conservação a ser replicada no entorno do ambiente comum dos alunos de forma que estes fixem a importância de se ter um ambiente saudável para ele, seus familiares e os animais. O nome do projeto (Cantos da Mata) foi idealizado por Carlos Rizzo percussor da atividade no litoral.
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Parceria promove curso para geração de emprego, renda e educação ambiental com capacitação em Turismo Pedagógico no Meio Rural
Minuto Ecológico - PROMATA
Lixo nosso de cada dia – de quem é a culpa? Você pode mudar isso, é simples
Foto: Ana Luiza Nogueira
Alunos do Nativa na propriedade do agricultor Miguel tratando de recursos hídricos
A parceria entre o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba - STTR em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo – Fetaesp através de um convenio com o Serviço Nacional de Aprendizado Rural – Senar promoveram no último mês de maio um curso de capacitação em Turismo Pedagógico no Meio Rural através da mestra em hotelaria e turismo e instrutora da instituição Maria Cândida Baptista. O curso foi ministrado nas dependências do Sitio Boca Larga e é considerada peça chave para trabalhar tanto a promoção da geração de emprego e renda quanto à educação ambiental no meio rural. Os participantes foram os que já haviam realizado os cursos de técnico em turismo rural e monitoria de turismo rural para que haja maior
aproveitamento do aprendizado e entendimento da proposta. Vários roteiros foram elaborados e estão quase prontos para seu uso na prática. Trata-se de uma oportunidade ímpar aos proprietários de pequenos sítios e chácaras, pequenos produtores da agricultura familiar e professores de trabalharem um dos segmentos que mais crescem no planeta depois da observação de aves – a do ensino-aprendizagem fora da sala de aula. Esse processo é extremamente importante para aproximar a sociedade urbana ao meio rural, já que este público – o urbano - encontra-se cada vez mais longe do meio natural. A proposta busca transformar o significado das vivencias e experiências do meio rural em aprendizado aos alunos inserindo a interdisciplinaridade de temas pedagógicos nas propriedades e nas produções do cotidiano.
Nesta proposta é possível aplicar trabalhos em vivencia no meio rural, fauna, flora, recursos hídricos, cuidados com meio ambiente, produção agrícola, pecuária, aproveitamento de energia, praticas conservacionistas, história, cultura, geografia, ciências e biologia, matemática, física, química, sentido humano entre outros. No curso também se percebeu a necessidade de estimular educadores para melhor entenderem as propostas e com isso repassar aos alunos o que se aprende em sala de aula na prática, oferecendo uma aula mais atraente e dinâmica, menos cansativa adequada às realidades locais e regionais. Uma proposta que todos podem ganhar: a criança, os pais, o professor, a escola, o produtor, a propriedade rural e principalmente o meio ambiente e a sociedade que os cerca.
Embora muitos moradores façam a sua parte na hora de destinar corretamente o seu lixo, alguns poucos ainda insistem em maquiar ou colocar seu lixo por debaixo do tapete. Ainda é comum ver garrafas, papéis, vidros jogados pela rua, pior a beira do rio, amontoados a beira da estrada. Fotos recebidas pela redação do jornal denunciam maus exemplos com o lixo e com o descarte de água suja a beira de rio, cachoeira e ruas. Muitos, infelizmente, ainda possuem fossas em áreas consideradas de preservação permanente, aquelas bem perto do rio que poluem o lençol freático e causa vários danos ao nosso meio, convívio e ambiente. Mas pode mudar! Agora responda, pra você mesmo: Tenho certeza que faço a minha parte? Ou digo que faço quando apenas jogo o lixo a beira da rua, ou num tubulão, ou numa lixeira qualquer para dizer que a responsabilidade agora é do poder público? Algumas pessoas disfarçam como é no caso do cano em meio a arvore escondida por
um arbusto para esconder o dano ambiental à árvore, ao solo, as plantas e as pessoas oferecendo um lugar propício para doenças se reproduzirem e depois se apossarem da carne de seus filhos. Outros não dão a mínima para uma placa indicando que ali não é lugar adequado para colocar lixo. Quem ganha com isso? Ninguém. Não engane seus sentidos, saia com um saco de lixo, uma sacola plástica de mercado e retire o lixo jogado no trajeto que você realizada, também em áreas sensíveis pelo menos. Indique uma solução às pessoas que por vezes, sem o devido senso de responsabilidade, jogam dejetos e lixos no rio ou a beira deles. Não espere que outros o façam, faça você mesmo, não tenha vergonha! O seu bom exemplo será seguido. Muitas crianças já o fazem, dão o bom exemplo. Você verá que sua vizinhança vai estar mais viva, alegre, limpa, organizada, a natureza com certeza o recompensará. Assim muitos terão inveja do lugar que o rodeia. Basta um minuto por dia. Jornal Maranduba News
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Parlamentar presta contas sobre demandas levantadas no quilombo No último dia 10 uma reunião no ITESP e outra no INCRA contou com a participação da Deputada Leci Brandão (PCdoB), Mauricio Moromizato (PT) e comissão organizada da comunidade quilombola para tratar das melhorias da estrada de acesso e outras questões levantadas em reunião anterior. Após discutir as questões técnicas, a deputada anunciou que pretende, para meados de agosto, realizar uma visita ao quilombo Caçandoca e Fazenda da Caixa, região norte de Ubatuba. As demandas foram levantadas pelo assessor da deputada Roberto Almeida-Beto, que esteve na Caçandoca para devolutiva dos pedidos da comunidade em relação às preocupações estadual e locais sobre seu território. Estas questões foram encaminhadas aos órgãos competentes e algumas delas já estão em andamento, como
o levantamento das disponibilidades técnicas e ambientais realizadas pela Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo – CODASP através do Programa Melhor Caminho na estrada municipal da Caçandoca. A questão do acesso foi dada como prioridade pelo INCRA e todo processo vem sendo acompanhado pela prefeitura. Questões anteriores 1- Criação de um Grupo de Trabalho - GT para elaborar um conjunto de propostas parlamentares a serem apresentadas na Assembléia Legislativa Estadual como uma Política Estadual de Atenção as Comunidades Quilombolas do Estado, da qual, segundo a proposta, a comunidade do Quilombo Caçandoca terá representação. 2- Encaminhamentos das questões junto a Prefeitura ITESP – INCRA, relacionado à infraestrutura e desenvolvimento social da comunidade.
Reunião no ITESP para encaminahmento das solicitações
Assessoria em visita para levantar demandas prioritárias Técnicos do CODASP na estrada da Caçandoca
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Fórum de Comunidades Tradicionais repudiam privatização dos parques paulistas proposta pelo Governador - Ubatuba poderá estar na lista Ezequiel dos Santos O Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ) e Ubatuba (SP) – FCT – manifestou-se, no último dia 19 em nota de repúdio parecer contrário a proposta do governo do estado de privatizar os parques estaduais paulista. O repúdio se dá por conta do Projeto de Lei 249/13, de autoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que prevê concessão total ou parcial de grandes áreas públicas protegidas como parques, florestas, reservas extrativistas, monumentos naturais, áreas de proteção ambiental, hortos, viveiros e estações experimentais, que somam 23,5 mil quilômetros quadrados (quase 10% de todo o território paulista) a iniciativa privada, que poderão ser exploradas por até 30 anos com atividades turísticas e de extração madeireira, por exemplo, sob a condição de respeitar as leis ambientais. Ubatuba poderá estar lista já que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente apresentou recentemente uma nova versão de emenda aglutinativa ao PL na assembléia legislativa que autoriza a concessão de mais 70 Unidades de Conservação, segundo nota do FCT. O projeto original (http://www.al.sp.gov. br/propositura/?id=1130646) previa a privatização de apenas cinco: Parques da Cantareira, do Jaraguá e de Campos do Jordão, a Estação Experimental de Itirapina e a Floresta de Cajuru. Quando foi encaminhada á assembléia paulista, o projeto original recebeu algumas
emendas que foram aprovadas pelas comissões de constituição, justiça e redação, de meio ambiente e desenvolvimento sustentável e de infraestrutura. Uma delas foi à do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT) acrescentando o inciso VII ao artigo 4º do projeto para que sejam criados “mecanismos que garantam a prioridade para comunidades, especialmente tradicionais, de dentro e entorno, serem beneficiárias direta para possíveis rendimentos e atividades econômicas”, diz a propositura. Em sua justificativa Marcolino argumenta que as Unidades de Conservação são bens públicos que também têm responsabilidade para com a comunidade local, sendo esta o principal parceiro para se atingirem os objetivos de conservação de cada UC. “Não é privatização” argumenta secretaria estadual A proposta tramita em regime de urgência e foi colocado em pauta para votação por Fernando Capez, atual presidente da assembléia legislativa. Considerado pela oposição como “venda do verde” a ação preocupa agora quem antes defendia com unhas e dentes a política ambiental do governo estadual. Moradores tradicionais temem o aumento do conflito entre exploradores e os remanescentes de comunidades tradicionais ainda resistentes em Ubatuba e em outras localidades. Por outro lado, para estes moradores ficou explicito o porque muita gente foi presa, processada, discriminada, expulsa de suas terras e mares
Comunidades tradicionais apreensivas - aumento dos conflitos, preservação ambiental e culturas ameaçadas
e ofendidas, uns perderam até o CPF, tiveram seus nomes jogado no rol dos culpados e outros respondem processos até hoje. Tudo para dar lugar a exploradores particulares que não tem relação alguma com o lugar, com as comunidades, muito menos com o meio ambiente, comenta indignado o morador tradicional de Ubatuba P.F.D.O.S., 82 anos, que “acompanhou este inferno na terra”, reitera. O governo, através da Secretária Estadual do Meio Ambiente Patrícia Iglecias, se defende alegando que o governo preferiu estabelecer “regras gerais” para as concessões a elaborar projetos de lei específicos para cada área. “Não é privatização. É o Estado que diz o que deve ou não ser feito”, disse, durante audiência pública no último dia 16.
Contradição A pesquisadora Silvia Futada, que atua no monitoramento de unidades de conservação pelo Instituto Socioambiental (ISA), em entrevista ao Estadão, afirma que o governo pensa em concessões porque não tem estrutura eficiente para proteger as UCs. Contraditório é saber que o governo terá de investir ainda mais recursos para fiscalizar os futuros concessionários. “O contrato pode ser quebrado caso a concessionária não desempenhe o papel de forma devida. No entanto, para fiscalizar isso em todas as etapas da concessão, é preciso ter um Estado forte e atuante. Hoje, os órgãos responsáveis pela conservação no Estado apresentam várias fragilidades”, diz a pesquisadora. Segundo a Fundação Flores-
tal, que administra parte das áreas inseridas no projeto, o órgão tem cerca de 300 servidores de carreira, ou seja, um para cada 17 mil hectares de terra, e a monitoria e fiscalização das áreas é realizado por vigilantes e monitores ambientais terceirizados. Segundo representantes da categoria, muitos destes – monitores e vigilantes - foram demitidos recentemente com a desculpa de corte no orçamento, mas também para atender a caprichos, interesses e acordos entre gestores e gerentes ou já na eminência de atender esta nova demanda. Na Assembléia, defensores do projeto e o governo ouviram duras críticas de ambientalistas, representantes de comunidades, municípios, autoridades, servidores do setor e partidários do próprio governo.
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Negócios ou Preservação? Prefeitura protocola pedido de controle do PESM em Ubatuba
Primeiro a invação das Ucs nos territórios já ocupados, depois a violencia psicológica e fisica, depois chantagem e por último a venda do nosso patrimonio - desabafam as comunidades
Segundo o site de notícias e turismo InforMar de Ubatuba, o Fórum de Comunidades Tradicionais demonstra ainda que populações indígenas, quilombolas e caiçaras estão dispostas a brigar até no campo do Direito Internacional contra a tentativa de Alckmin e Capez de entregar as florestas a empresas privadas. “Nunca é demais ressaltar aos promoventes dessa proposta antissocial e anti-ambiental que tratados internacionais de Direitos Humanos como a Convenção OIT 169 ou a Convenção da ONU sobre a eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial bem como os artigos 215 e 216 da Constituição Brasileira garantem a participação efetiva dos povos e comunidades originárias que legitimamente detêm a posse de territórios
inseridos nessas Unidades de Conservação, através de audiências prévias obrigatórias para outorgar validade a quaisquer projetos políticos que produzam – ou venham a produzir – efeitos sobre seus territórios e perspectivas de existência”. A imprensa o promotor Ivan Carneiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público em Piracicaba, disse que o texto “é genérico”. “É temerário deixar alguns detalhes do regramento das concessões para um decreto, edital ou para o próprio contrato, porque isso pode ser facilmente alterado no futuro por outro gestor”, questiona o promotor. Ao final das várias discussões, especialistas, estudiosos, membros de comunida-
des atingidos pelos parques, ambientalistas, autoridades, dentre outros, questionam se a obrigação de um gestor de parque paulista, nos últimos anos, foi o de apenas desestimular os moradores invadidos pelos parques a se submeterem a marginalização, ao uso da força policial e também tornar as Unidades de conservação rentável aos negócios e não a conservação, principalmente a dos patrimônios históricos e culturais. Proposta antissocial e anti-ambiental Em nota o FCT considera antidemocrática e obscura com que a ALESP e o Executivo paulista desenrolam o projeto. Criticam abertamente a total inexistência de chance de participação efetiva das comunidades tradicionais e
povos originários que ocupavam vários territórios inseridos nestas UCs há séculos, antes da criação dos parques, que serão impactadas com a proposta de privatização dos seus bens naturais e culturais. Ao final a nota expressa uma grande preocupação com o elevado impacto no futuro e nos territórios de centenas de comunidades tradicionais, que não tiveram sequer a chance de monitorar o que vem acontecendo neste Estado Democrático de Direito. Segundo a nota, o texto dá destaque a este assentamento histórico e secular que assegurou e assegura o alto grau de preservação ambiental dos biomas e ecossistemas dos parques estaduais paulistas. Ubatuba é dos exemplos. Assina a nota o colegiado do Fórum de Comunidades Tra-
dicionais de Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ) e Ubatuba (SP) – FCT e o Centro de Tutela Coletiva da Defensoria Pública Regional de Taubaté (http://www.preservareresistir.org/#!Contra-a-privatização-das-matas-paulistas-Nota-de Repúdio/81/558489540 cf2a5839d9032ca). Prefeitura protocola pedido de controle do PESM em Ubatuba Na oportunidade das discussões, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba apresentou uma proposta de solicitação no último dia 15, antes da audiência pública. O documento foi protocolado na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALESP. Ele reivindica a concessão da área do parque em Ubatuba a municipalidade. Segundo a prefeitura, através da pasta de meio ambiente, é solicitado ao município “prioridade na concessão para que sejam criados mecanismos de concessão de uso aos povos e comunidades tradicionais das partes das UCs inseridas nestas comunidades”, diz Juan Blanco, secretario municipal de meio ambiente. Ele reitera ainda o que todo mundo sabe – “não são estes povos que ocupam os parques. Pelo contrário, são os parques que invadiram suas terras”. Termina dizendo que reivindicou também a exclusão do Parque Estadual da Ilha Anchieta das áreas a serem concedidas. Até o fechamento desta edição ainda não havia novidades sobre o caso.
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PROMATA participa do 6º Festival da Mata Atlântica, Rios e Mar em Ubatuba Coordenado pela prefeitura de Ubatuba através das secretarias de Turismo e Meio Ambiente, a PROMATA participou da 6ª edição do Festival da Mata Atlântica, Rios e Mar (festival FeMa) que aconteceu entre os dias 27 de maio a 08 de junho na Praça da Baleia no Itaguá. O evento contou com varias parcerias. O objetivo foi celebrar três datas consideradas importantes no calendário ecológico: 27 de maio - dia da Mata Atlântica, em 5 de junho - dia mundial do meio ambiente e em 8 de junho - dia mundial dos oceanos. Em conjunto com o festival foi realizado a II Semana do Mar, com coordenação do Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba e apoio da Prefeitura Municipal de Ubatuba com diversas atrações e atividades sobre a conservação dos recursos marinhos. Por lá passaram 1.300 crianças da rede pública e cerca de 200 da rede particular. No total, segundo informações da secretaria de turismo, unindo todos os esforços e eventos passaram pelo evento 12 mil pessoas. Houve eventos para todas as idades e culturas, quem por lá passou achou alguma coisa interessante para fazer ou participar. Das palestras abertas oferecidas ao público, o de observação de aves da PROMATA e o de plantas alimentícias não convencionais – PANCS, da produtora Elizabeth Meireles foram os que mais tiveram interessados. Com a PROMATA estava Carlos Rizzo, pioneiro e estimulador da pratica da atividade do birdwatching em Ubatuba e no litoral norte. Após a abertura oficial, Juan
Blanco, secretário municipal de Meio Ambiente, apresentou o programa “Adote uma Praça”, que estimula a sociedade civil por meio de empresas ou pessoa física a adotar e conservar praças públicas do município, em contra partida recebe publicidade com placas sinalizando a adoção. O encerramento ficou por conta do renomado músico das causas tradicionais Luís Perequê, que foi aplaudido de pé ao apresentar seu repertório de canções dedicadas à floresta e à vida do povo caiçara. Organizadores estimam fortalecimento do evento para a próxima edição. O 6º FeMA é uma realização da Prefeitura Municipal de Ubatuba, por meio das
Secretarias do Meio Ambiente, Turismo e Educação, do Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba; tem apoio da FundArt, ComTur, Instituto Arcor, Naturali Garden Center e Conex; e parceira do Instituto Argonauta, Aquário de Monterey, Projeto Albatroz, Silo Cultural de Paraty, Cooperativa Educacional de Ubatuba, Instituto Costa Brasilis, Sabesp, Comitê de Bacias Hidrográficas – CBH LN, Estação Ecológica de Tamoios, SUP Team, Klinks, Ubatuba Outdoor Fitness, Aliança pela Água, Pau Brasil, Instituto da Arvore, Conaq, Fórum das Comunidades Tradicionais, PROMATA, AUS, Fundação Florestal, Projeto Garoupa, PROFAUNA, Rede Agroecológica Caiçara.
Julho 2015
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Lei municipal proíbe obras no entorno de quedas Após três décadas, Filhas de Maria, Congregados Mariano e Infância d’água de cachoeiras nos rios de Ubatuba Missionária se encontram para coroação a Nossa Senhora
No último dia 7, data do encerramento do 6º Festival da Mata Atlântica no município, o prefeito de Ubatuba, Mauricio Moromizato (PT) sancionou a lei 3840/2015 que declara as cachoeiras de Ubatuba como área de especial interesse do patrimônio paisagístico, turístico e ambiental do município e que dentro de suas diretrizes mais importantes proíbe obras dentro do limite de 500 metros das quedas d’água. A lei permite apenas obras ou projetos de baixo impacto e de apoio as atividades turísticas, o uso cultural e religioso. O artigo 3º da referida lei deixa claro a que se destina o uso do espaço e das cachoeiras em Ubatuba e obras, como os da Sabesp, que ocorrem na cachoeira da Renata, não se encontra relacionada nesta lista. O artigo 4º deixa claro suas proibições. A lei determina que a gestão e observância
dos seus artigos devem ser realizadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a de Turismo do município. A prefeitura informa que o estopim de tudo foi o caso da cachoeira da Renata, localizada no bairro do Sertão da Quina, região sul de Ubatuba, onde moradores e executivo questionaram a Sabesp sobre a construção de uma barragem acima da queda. “A lei chega para dar garantia de que o município tenha a última palavra antes de qualquer obra que altere nossas paisagens e cachoeiras”, explica o prefeito. Para Moromizato a obra poderia ser realizada de outra forma, sem prejuízos a paisagem, a captação de água e a moradores se a lei já existisse. O secretario de meio ambiente, Juan Blanco Prada denunciou que “dentro da luta pela água, que vai se agravar cada vez mais, a Sabesp vê nosso município como fonte de re-
cursos hídricos para abastecimento, vê a água como mercadoria. A empresa perdeu lucro e busca recuperá-los”. A lei deixa clara a posição contraria do município em relação a Sabesp que deixou de atender a reivindicação dos moradores numa alteração do projeto para proteger o atrativo turístico no Sertão da Quina. A lei poderá beneficiar os moradores do bairro do Corcovado que temem o fim da cachoeira da Bacia. Para se cercar de uma maior participação nas futuras discussões o executivo municipal, na mesma lei, autoriza os gestores a criar um conselho consultivo para ajudar as secretarias responsáveis a oferecer apoio à observância desta lei. A lei 3840/2015 está disponível para consulta no site oficial da Câmara Municipal de Ubatuba através do endereço eletrônico http://www.camaraubatuba.sp.gov.br/documentos/ leis/2015/l_3840_2015.pdf
No último dia 31, a Capela de Nossa Senhora das Graças foi palco de um encontro de gerações para realizar, na missa a Santíssima Trindade, a tradicional coroação a mãe de Deus. Desta vez houve a participação dos remanescentes da Ordem dos Congregados Marianos, as Filhas de Maria e todo o grupo da Infância Missionária num emocionante e rememorável encontro de gerações. As crianças puderam interagir com os mais experientes e realizar numa única celebração a renovação dos votos a causa de Maria. Padre Daniel se mostrou muito feliz com a “renovação” dizendo que seu avo também era dos Congregados Mariano e que se recorda de memórias de sua infância em relação à causa. Com a participação de fiéis de outras paróquias, a capela ficou cheia. Eles ajudaram a abrilhantar o encontro de fé verdadeira. As Filhas de Maria e a Infância Missionária renovaram seus votos. A criançada realizou majestosamente várias encenações que mostraram a passagem da alegria de Maria, quando o anjo anuncia que seria ela a mãe de Deus, o sofrimento no calvário e a
alegria de ver seu filho ressuscitado. O padre fez questão de colocar sobre seus ombros o pequeno pano que identifica uma criança missionária. Emoção e lágrimas verdadeiras foi quando entrou a capela o andor com a réplica da imagem de 1925, quando do evento da aparição da Santa nesta região, para ser coroada. Com o andor os congregados, na retaguarda as Filhas de Maria e no entorno de joelhos as crianças missionárias. A frente, com o entorno do altar lotado, a imagem recebe seu tratamento divinal – a coroação. Neste caminho os congregados cantam seu hino em louvor a Maria, cântico que não era executado há décadas. Pe. Daniel convida a todos que voltem a se encontrarem e manifestarem estas tradições religiosas. Agradece pela atenção dos fiéis que foram ao terço dos homens realizado na Capela do bairro da Cocanha em Caraguatatuba e que, segundo o padre, chegará a vez das mulheres. Após a emocionante celebração, todos se reuniram em torno do altar, do padre e da imagem para uma foto coletiva.
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Julho 2015
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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 15 Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.
Ezequiel dos Santos “Revista O Cruzeiro - Edição 39, Rio de Janeiro, sábado, 5 de julho de 1952, ano XXVI, página 120”. Os presos reclamam que o atendimento médico-hospitalar nem sequer poderia receber o titulo de precário. O hospital era um xadrez sem qualquer proteção as doenças. A assistência era falha, dizem os presos, a maioria dos atendimentos resume-se em disenterias e “avitaminose” com suas clássicas conseqüências que evidenciam uma péssima alimentação, ferimentos do trabalho ou do banheiro inadequado. Além das questões de saúde, outras irregularidades estão vindas à tona, no setor financeiro todos apontam a má administração como responsável. Outra diz respeito aos mantimentos. Presos afirmam que descarregavam durante o dia, na ilha, grande quantidade de bons mantimentos vindos da casa comercial de Francisco Maciel Leite, localizado na Praia da Enseada. Segundo os presos a noite os mantimentos eram reembarcados a dita praia ao armazém do Maciel. Os sobreviventes de hoje discordam da história, dizem que é uma distorção dos fatos. Mas vamos voltar ao que noticiava os jornais da época. Os presos falam e os repórteres confirmam com Maciel que o mesmo remetia a ilha 125 arrobas de carne “verde” ao presídio e que, segundo apurou os repórteres, os presos raramente comiam desta carne. A entrevista diz que o comerciante afirma fazer permutas com o presídio. Chegavam bois de pé ao presídio, pagos pelo estado, estes os detentos não chegavam a ver quanto mais saborear sua carne na brasa. Acusam o diretor do presídio de proporcionar a seus “súditos e amigos” excelentes, deliciosos e apetitosos churrascos. Também afirmaram que eles – os presos – eram manda-
tos a pesca e que, as vezes, traziam até 300 quilos de peixes e que faziam mais de seis meses que não comiam qualquer pescado, não recebiam o dinheiro de seus trabalhos e que sabiam que o fruto da pescaria era vendida a um tal japonês na Enseada. Eram muitas as reclamações contra a direção do presídio, parte para justificar a fuga frustrada, que não saiu 100% como planejada. Por último reclamaram que não recebiam sua quota em dinheiro, ao qual manda a lei para suas necessidades básicas como cigarros e objetos de uso pessoal. Enquanto isso diziam que o Capitão Sadi mandava vir da França passarinhos cantadores, que possui um laboratório fotográfico de mais de cem mil Cruzeiros, de possuir máquinas cinematográficas e outras reclamações. Quanto às aves disseram que tiveram o maior cuidado na invasão da casa do capitão, pois com todo cuidado abriram as gaiolas e deram liberdade aos pássaros cantadores. A reclamação não acabou
ainda, muitos dos detentos, inclusive os que se evadiram, já tinham cumprido suas penas há meses. Inexplicavelmente, dizem os jornalistas, que continuavam entre as grades, sem mais nada deverem a justiça e a sociedade. Conta-se até que muitos passaram anos no presídio e que este tempo já deveriam estar do lado de fora com suas famílias. O que mais chamou a atenção foram as notícias da mutilação de um cadáver ao qual foi enviado suas mãos ao médico legista. A morte, a sangue frio, dentro da delegacia de “Diabo Louro” após ter se rendido ao delegado. Outro rendido, Pereira Lima fez graves acusações ao diretor do presídio. “Não encabecei a revolta, ela teria acontecido mais cedo ou mais tarde. Muitos pensam que não temos direito a vida, mas temos, embora entre as paredes de um cárcere. A ilha é um inferno. Em vez de recebermos alimentos, recebemos coronhadas no rosto” finaliza o mentor da rebelião.
Conta-se até que muitos passaram anos no presídio e que este tempo já deveriam estar do lado de fora com suas famílias.
Julho 2015
Papa Francisco estabelece uma relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, diz encíclica “Louvado seja” Ezequiel dos Santos No último dia 18, na cidade do Vaticano o papa Francisco apresentou ao mundo a Encíclica “Laudato Si - Louvado Seja”, que fala sobre o cuidado da “casa comum” – planeta terra - e que tem dois pontos principais: a proteção ao meio ambiente e a pobreza. Segundo especialistas, o documento também é conhecido como “encíclica verde”, composto de 105 páginas divididos em quatro capítulos e de fácil entendimento. A mensagem de Francisco chega em um momento importante para as discussões ambientais e seus efeitos relacionados à pobreza no planeta. Sua mensagem é dirigida a religiosos, não religiosos, técnicos, especialistas e céticos de todo planeta. O texto teve apoio instantâneo e elogios dos mais variados chefes de estado e líderes de igrejas, principalmente em posicionar-se e tratar de um tema tão recorrente e atual – os dramas humanos e a quantidade de sofrimento por parte da Mãe Terra, diz o Papa. Fala abertamente de uma ecologia integral baseados em dados seguros das ciências da vida e da Terra. Também da
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importância dos povos tradicionais para a natureza e para a vida sustentável. Para Francisco, no texto, se faz entender que a pobreza e a degradação ambiental são dois lados de uma mesma moeda. “Hoje não podemos desconhecer que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social que deve integrar a justiça nas discussões sobre o ambiente para escutar tanto o grito da Terra quanto o grito dos pobres”, esclarece o pontífice em entrevista. O texto é cheio de apontamentos e esperança e também uma grande oportunidade de possíveis soluções dos problemas ecológicos da humanidade. Lembra e invoca um modelo de excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade, o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia – São Francisco de Assis que,
segundo o Papa, é amado e querido até por quem não é cristão por conta de seu belo exemplo. Traz a tona o danoso e atual modelo de consumo ao meio ambiente e suas conseqüências as comunidades mais pobres. Enaltece a importância dos cientistas sérios que trabalham sem preconceitos e ditaduras ambientais de domínios sobre tudo e sobre todos. Francisco sabe que por ser um Chefe de Estado seu documento poderá também um caráter político e deve influenciar decisões em cúpula do clima em dezembro. Mas quem le o texto percebe que o que o papa quer mesmo é que todos assumam o desafio de cuidar da casa comum - planeta – e uns dos outros como Cristo pregou. Fonte:(http://w2.vatican.va/ content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html)
“Comadre Laura? Tá com três parmo de boca! Póc...póc...póc...” Jorge Inocêncio Certa vez o Mané Garné saiu da cidade e foi visitá o cumpade Dico numa praia distante. Chegando lá, viu de longe o Dico afeiçoando (dando face, acabamento) um corte de canoa na sombra de uma árvore. Dico já era um velho e respeitado canoeiro, só que não escutava direito. Entre as batidas da enxó (ferramenta usada para moldar a madeira, constituída por uma lâmina curvada montada perpendicularmente em uma longa alça. Existem várias maneiras de usar a ferramenta, desde esvaziar canoas a moldar telhas de madeira. A enxó é provavelmente uma das primeiras ferramentas desenvolvidas por seres humanos. A primeira foi feita de pedra), Dico limpava os gastalhos - grampo para apertar aduelas- tábua estreita e encurvada - e cavacos de madeira de dentro da canoa. Estava ele fazendo o que gostava de fazer; acabar a canoa perto já dá praia, trabalhando e olhando pro mar. Foi quando olhou pro canto da praia e vinha seu cumpade Mané Garné. Dico deu uma parada pra descansar a munheca (pulso, a parte do corpo onde a mão se liga ao braço) enquanto Mané chegava perto. Ao chegar, cumprimentaram-se, botaram a conversa em dia. Proseando daqui, dali, falando de canoa. De repente, sem perceber e escutar direito, seu cumpade Mané mudou de assunto e começou a perguntar da “cumade” (comadre) Laura, pois sabia ela que havia estado doente ultimamente. Porém, Dico continuou fazendo e falando do
gostava: construir canoa: póc! póc! póc! Batendo sua enxó e contando vantagens: da canoa, da madeira, da quilha, do dergádo (formato angular hidrodinamico da canoa, no qual a parte do fundo da madeira se transforma em proa e popa. Existe o dergádo no formato rápido – canoa rápida – ou bojudo, parrudo – canoas cargueiras), isso e aquilo, aquilo e isso! Visto que o Dico não escutou a pergunta, Mané insistiu: “Oh Dico! Mas... comé que tá a sua mulhé? A cumade Laura?”. Dico: “AAhhhh!... rapaz..... tá com mais ou menos uns ..... três parmo de boca ! Mané: “Éééé? !?! E o que que deve ser?“. Dico: “ÃÃÃhh ? ...... Ah!... pelo jeito e pela cor,.... com certeza é Ingá do marélo .. meu filho.” Mané então achou melhor continuar falando de canoa “memo”. Póc...póc... póc... Jorge Inocêncio Alves Junior: formado em administração, caiçara de profissão, 35 anos, conhecido como Juninho do Ubatumirim, é caiçara da gema e da terra, participa de vários eventos ligados a proteção e resgate da cultura de comunidades tradicionais no estado e fora dele. Nas horas vagas também é contador de causos e memoriza, através da tradição oral, os remanescentes do conhecimento caiçara, colabora na difusão das particularidades históricas, culturais, antropológicas e do etnoconhecimento de um povo que é parte do processo da formação civilizatória nacional e que ainda vive marginalizado. Quando pode colabora com o JMN como neste conto que era partilhado pelo seu avo a seus descendentes, também com algumas definições de palavras tradicionais que são publicadas neste jornal.
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Filhas de Maria e Congregados Mariano no casamento em 1965 Sertão da Quina, sábado 25 de setembro de 1965. Assim como as várias comunidades irmãs do litoral, seus costumes e tradições eram a água e o ar deste povo. Tudo era tratado num viés mais costumeiro e respeitoso. Eram, em comum acordo, respeitados dois calendários: o natural – pesca, caça coleta, plantação, artesanato – e o religioso – festas, costumes, celebrações, procissões, plantação, colheita, dias sagrados, formas de fazer, resguardos, etc, que muitas vezes se complementavam e não eram conflitantes como os de agora. Estas “Ordens” abrilhantavam a vida das pessoas na fé. Um de seus costumes era o de acompanhar as pessoas em seus casamentos. Temos que imaginar todo o preparativo anterior - tudo a mão. Usavam-se as ferramentas de que a natureza dispunha. A imaginação que Deus havia deixado a estes mortais e a vontade de pessoas simples em aplicar a fraternidade entre eles era algo normal e gratuito. Era o período do “ser” e não do “ter”. O casamento de Sebastião Félix e Maria Aparecida do Prado neste dia foi um daqueles eventos que marcou a vida de uma parte das gerações locais e regionais. A partir deles muita história foi adicionada as já existentes e somando às outras formou a história de uma vila, de uma comunidade, de uma região e assim por diante até a sua que le agora estas linhas. Antes daquele sábado muita coisa aconteceu, casamento na época era “o evento”. As comadres da vila do Sertão
nos preparativos da varrição da capela com vassouras de “guanxuma”, quando podiam “barriam” do Rio Grande até a igreja. E os bolos então, era uma “corrimaça” de adultos para seu preparo. Na vila do Sertão uma parte dos preparativos, no Araribá a outra, era a amiga Nair do Dito Peixoto que caprichava nos bolos assando-os na brasa, em fogão a lenha, dentro de uma panela por falta de formas na época. Depois de montado foi jogado coco ralado sobre o esforço voluntario de uma comunidade – o tão sonhado bolo de casamento. O vestido foi comprado em Aparecida do Norte junto com o buque de flores. Naquele evento muita gente usou a tal Água de Cheiro no “cangóte” pra não fazer feio na cerimônia. Algumas pessoas, como mandava a tradição, buscavam nos morros a planta “marcela” que era para fazer um par de travesseiros aromatizados como presente aos noivos. Era o etnoconhecimento para algo real, adicionado a cultura como parte da formação histórica deste povo, não era comércio, era presente, era sustentável. Ele, Sebastião, Congregado Mariano, ela, Filha de Maria. Lá fora o nervosismo e a espera. Na capela simples da época, entrava primeiro, senão me engano, a noiva envolta das Filhas de Maria que cantando as altas nuvens levavam-na até o altar. Em seguida os homens, munidos de sua bandeira e até estandarte, também cantavam entrando pelo centro da capela até o padre.
O noivo Sebastião é seguido pela Ordem dos Congregados Marianos até o altar
Maria acompanhada pelas Mulheres da Ordem Mariana
No altar a entrega deste homem e desta mulher ao altar. À frente, num espaço mais sagrado ainda estavam os quatro: Maria, Sebastião, o padre e Jesus. Como testemunha uma comunidade inteira, das quais muitos ainda vivem para contar esta história. Ali se executou o momento mais esperado de uma vida de preparação a este sacramento – a troca de alianças e os votos de compromisso com Deus como casal agora em matrimonio. Infelizmente no último dia 25 Maria Aparecida se foi para sempre de nosso convívio, mas como membro da Ordem Filhas de Maria deva hoje estar com saudades daquela época, mas sabe que esta bem melhor onde deva estar neste momento.
Maria Aparecida se foi e com ela o melhor chá já experimentado
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Coluna da
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Guia da Maranduba Adelina Fernandes
Cúmplices no amor
e Região Sul de Ubatuba 2015
O mais completo guia da região agora em sua versão atualizada 2015.
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Mais do que paixão, química e interesses comuns, um casal precisa mesmo é de cumplicidade. Aquele sentimento de que pode contar com o outro para o que der e vier, até debaixo d’água. Mas por que será que ser cúmplice um do outro é tão importante na vida a dois? De acordo com a psicóloga Miriam Barros de Lima, se não existir cumplicidade não existe casal, e sim apenas duas pessoas que estão juntas. “Ser cúmplice do outro implica em aceitá-lo como ele é. Significa ficar ao lado do parceiro apesar de perceber suas fraquezas e dificuldades”, afirma. Além disso, este sentimento traz segurança para ambas as partes. Difícil, porém, é não confundir a cumplicidade e a intimidade com falta de respeito
pelo espaço do outro em um relacionamento. Apesar de a concepção ser particular para cada família, é necessário que os parceiros se escutem sobre os limites da relação. Jamais diga que ama apenas pelo olhar, pelo sorriso ou pelo jeito que falamos. Amemos apenas por nos sentirmos em comunhão constante com o coração da pessoa amada. Porque mudar isso tudo é acabar com a maravilha de viver feliz e ricamente ao lado dela. Simplesmente ame pelo amor do amor e assim seremos cúmplices do mais belo amor. A psicóloga afirma que cada um tem de deixar claro para o outro o que quer dividir ou não, sem invadir ou ser invadido. “Ser íntimo de alguém não significa ter acesso irrestrito
ao outro. Mesmo nas relações mais íntimas precisamos perceber que existem fronteiras a serem respeitadas”, explica. Manter limites na relação se torna ainda mais importante com o risco de se misturar demais com o outro e perder de vista quem você realmente é. “O primeiro passo é se respeitar, conhecer os próprios limites, ouvir o próprio coração e, depois, olhar para o amado e legitimá-lo nas suas diferenças, sem querer transformá-lo em outra pessoa”, aconselha Miriam. Cumplicidade, afinal, não depende de tempo de relacionamento - e sim de atitude! É preciso estar atento ao outro e às necessidades dele, entrar de cabeça na relação e investir, é claro, sem perder a própria essência. Fonte - MBPress
Praça do Sapê 30 Maranduba