Jornal Maranduba News #77

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Maranduba, Outubro 2015

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 6 - Edição 77

Comunidade católica se prepara para comemorar o Centenário de Devoção Mariana no Sertão da Quina Iodopleura pipra Anambezinho

Foto: Dimitri Matoszko


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XI Festival das Aves de Ubatuba ainda em andamento Ainda em andamento e com uma programação de pouco mais de vinte dias de atividades, observadores de aves, UC, escolas públicas e privadas, meios de hospedagem, instituições, comerciantes, comunidades e demais parceiros se mobilizam para fazer deste festival um evento de melhor qualidade em comparação ao anterior. De inicio, o projeto contava com a parceria direta da secretaria municipal de turismo, que na elaboração do cronograma dos eventos dentro do festival retirou-se da proposta. O evento conta com palestras, saídas de campo e cidade, visita ao Centro de Observação de aves do Cambucá, mostra de artesanato, River Cat, trilha do Guaiamum, Passarinhada (observação), avistamento noturno e de aves marinhas, busca do Tangará Dançador (Chiroxiphia caudata), cine aves, almoço caiçara, plantio e distribuição de mudas e festa de encerramento previsto para o próximo dia 10 no Sítio Recanto da Paz. O Festival contempla dias importantes dentro do calendário ambiental internacional, nacional, estadual e municipal como os dias: Mundial de Limpeza de Rios e Mares, da natureza, dia municipal da ave símbolo de Ubatuba – Tangará Dançador, da arvore, da defesa da fauna, das aves. Também porque é o período do início da primavera. Importantes nesta edição foram as visitas do grupo de gestores

de Unidades de Conservação e especialistas em meio ambiente da Bahia aos pontos de relevante interesse do território municipal, da palestra com Ricardo Martins que impressionou o público com sua experiência como amante da natureza, renomado fotografo e colaborador das comunidades em todo país e que sorteou um livro, de sua autoria, aos presentes, visita de representante da secreta-

ria estadual de turismo para tratar do tema, acompanhamento da elaboração e regramento da atividade de observação de aves para a pratica em UCs estaduais, discussões entre educadores sobre a pratica nas escolas, entre outras. Até o encerramento outras atividades de importância e relevância que envolve direta e indiretamente a atividade estão prevista até o encerramento do evento.

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Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SP Consultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801 Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961 Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Campo de Futebol do Sertão da Quina Dia 12/10/2015 a partir das 11 horas várias atrações traga sua família Vai ser uma grande festa!


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Após duas noites, “mateiros” encontram grupo de perdidos na floresta Na última segunda, 21, os mateiros João do Quito e Aguinaldo da Vargem Grande encontraram Eloísa Leite, Ana Donizete e Manoel Teodoro que se perderam na Serra do Mar após o início da trilha que dá acesso ao litoral. Eles haviam partido de Vargem Grande no sábado por volta das cinco da manhã em direção a casa de parentes no bairro do Sertão da Quina em Ubatuba. Ao se confundirem no inicio da trilha rumaram em direção ao norte de Caraguatatuba serpenteando a serra até pararem próximos da cachoeira da Água Branca. Os três possuíam mantimentos para um dia de caminhada. Um deles disse que a situação só não piorou porque estava com uma lanterna, um facão, fósforo, uma câmera digital, um celular e possuíam um mínimo de conhecimento sobre a floresta. Por celular, Gisele Maria moradora do litoral e sobrinha de Manoel e Ana - foi quem recebeu a noticia dos três que estavam perdidos na mata. Ela então passou a coordenar as primeiras medidas na busca e salvamento. O Corpo de Bombeiros foi acionado e por celular conseguiram falar com as vítimas. Embora perdidos os três estavam calmos e até riam da própria desgraça, o que causou estranheza dos bombeiros achando que se tratava de algum trote. A busca envolveu equipes de Vargem Grande, Caraguatatuba, Ubatuba e Santa Virgínia. Quem não participou das buscas rezou e torceu pedindo proteção tanto das equipes de busca quanto ao que ainda se encontravam sem rumo na floresta.

Chamados Os três haviam ligado na tarde do sábado para os familiares por volta de 15:40 hs. Então um grupo de jovens aventureiros saíram às 16 horas do Sertão da Quina com destino a Água Branca na intenção de localizá-los. Próximo a cachoeira eles chamavam os três pelos nomes e ouviam respostas, porém a mata densa dificultou a tentativa de localizar a direção das respostas. Sabendo que estavam por perto os jovens queriam transpor a floresta para uma busca mais minuciosa, porém um deles lembrou que facilmente poderiam se perder também e seriam não um, mais dois grupos que estariam perdidos. No domingo às 5 da manhã, a sobrinha em casa recebeu uma ligação da tia dando maiores detalhes de onde estavam “vejo um paredão de pedra e uma cachoeira, estamos acima disso”, ouve Gisele por telefone. Passado a informação aos voluntários estes continuaram as buscas, porém não era mais possível ouvir as respostas dos chamados realizadas pela equipe de busca. A equipe por um momento havia desanimado. Animal desconhecido Aos familiares foi dito que enquanto tentavam dormir a noite eles avistaram a silhueta de um animal de porte grande que passava devagar por entre as folhagens próximo a eles e que só ouviam os galhos sendo quebrados possivelmente pelas patas do animal. O animal não foi identificado. Para facilitar a busca resolveram ficar num só lugar. Então resolveram ficar espremidos numa ponta de pedra a beira do penhasco. Lá fizeram uma fogueira, tanto para se aquecer, quanto para facilitar a lo-

Com bom humor, perdidos ainda fizeram uma selfie na floresta calização. Segundo os socorridos, depois de se perderem, acharam uma nascente e a seguiram chegando à ponta da pedra de onde podiam avistar o paredão da Água Branca. Naquele final de semana uma densa neblina dificultava ainda mais as buscas. No domingo à tarde o helicóptero Águia da Policia Militar fez um sobrevôo no possível local na tentativa de avistar algo, porém sem sucesso. Fogos e reencontro Por volta das 21:30 de domingo a comunidade ouviu fogos de artifício com a suposta notícia de que haviam encontrado as três pessoas na floresta. Boatos diziam que os três haviam sido encontrados lá pelos lados da caixa d’água da Mococa, em Caraguatatuba. Neste dia uma equipe de moradores, que se preparava para a busca, também ouviu os fogos, porém não acreditou

no suposto desfecho. Heroicamente adentraram a floresta à noite tendo como referencia a descrição geográfica dita pelos perdidos através do celular. Neste tempo também, devido à demora em achar o caminho de volta ou serem resgatados os que estavam na floresta começaram a se preocupar com seus familiares e as pessoas que tentavam o resgate sem sucesso. Na segunda feira o alívio, João do Quito e Aguinaldo enfim acharam as pessoas ainda pela manhã e puderam enfim reencontrar seus familiares. Prova de Fé A sobrinha Gisele resume que, em dado momento, estas pessoas estavam andando em círculos, depois seguiram até o paredão da Água Branca. A tia Ana dizia que o ocorrido era uma prova de fé para seu irmão – Manoel - que não mais acredi-

tava em Deus. Ela – Ana – dizia ao irmão a todo o momento que se ele pedisse humildemente com fé a Deus para saírem dali isso aconteceria. Ana e Eloisa, de religiões diferentes, dobraram os joelhos e rezaram, até que Manoel se sensibilizou e atendeu a irmã. Era manhã de segunda feira, dia do reencontro com os mateiros. “Anta” Depois do ocorrido, passado o nervoso e o cansaço os risos. Numa brincadeira os três diziam aos familiares que seguiram um “carrero” de Anta e quem agora quiser andar em um bastava seguir as três Antas que se perderam na floresta. Os familiares e amigos agradecem as pessoas que se empenharam na busca e nas orações para que o desfecho fosse do jeito que aconteceu – o reencontro aos lares sãos e salvos.


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3º Encontro Nacional de RC 4x4FUN/Bardahl na Pousada das Cachoeiras Durante os dias 24 e 25 de outubro, a Pousada das Cachoeiras localizada na praia de Maranduba, em Ubatuba/ SP, será ocupada por uma tribo fanática por carros de rádio controle 4×4, escala 1/10 e caminhões na escala 1/14. Participantes vindos de diversas localizações estarão presentes especialmente para os dois dias de evento. Durante o evento acontecerão atividades para toda a família, passeios pela pista Truck RC Park Pousada das Cachoeiras, rolê pelo RC Park, caça ao tesouro, trilha noturna pela cachoeira, concurso de fotografia mais realista e outras atividades dentro da pousada.

A 4x4FUN tem patrocínio da Bardahl. O evento também terá bolo na pista em comemoração aos 3 anos da 4x4FUN. Pousada das Cachoeiras Av. Benedito Antonio Eloi, 935 Maranduba / Ubatuba-SP Tels: (12) 3849.824412 / 3849.5331 / 3849.5494 www.4x4fun.com.br ou Facebook 4x4 FUN

No último dia 8, o Assessor de Gabinete da Secretaria Estadual de Turismo, Sr. Arnaldo Rodrigues visitou a região sul de Ubatuba para conhecer os potenciais turísticos da região, principalmente sobre a atividade de observação de aves. Em visita oficial a Ubatuba, Arnaldo veio buscar informações sobre a atividade para integrar um rol de informações com o objetivo de fortalecer o interesse real da secretaria estadual em trabalhar a atividade para o turismo no território do Estado de São Paulo. Uma comissão de observadores de aves e simpatizantes acompanhou seu itinerário e conversou sobre detalhes de como tudo começou em Ubatuba, seus potenciais, suas dificuldades e seus objetivos. Em todo momento o assessor falou sobre o crescimento da atividade no mundo e usou os turistas dos EUA como exemplo de quem se interessa em destinos propícios. Ele menciona do grande potencial e da possibilidade real de Ubatuba entrar em um roteiro internacional por conta da diversidade enorme de aves que compõe a fauna da Mata Atlântica e com um excelente conjunto de atrativos. Arnaldo sentiu dos observa-

dores o pioneirismo da pratica em Ubatuba e que em matéria de legislação sobre o setor o município encontra-se bem avançado. O encontro foi realizado na Pousada Manobra no centro da cidade. Na região sul Arnaldo e sua assessoria visitaram a referencia mundial em beija flores no Corcovado, depois almoçaram no Restaurante Tropical, onde conheceu os proprietários – Beto e esposa, também se encantaram com a quantidade de aves que interagem com os visitantes naquele restaurante. Em seguida visitaram o Sitio Recanto da Paz onde se produz as delicias do Gengibre de Ubatuba, referencia no setor. Os visitantes puderam perceber o potencial da região para atividade, foram trocadas experiências e gentilezas, algumas possibilidades também foram discutidas para a região. A Promata e Parceiros encaminharam ao representante da secretaria estadual de turismo, através do Oficio PROMATA PARCEIROS 008/2015 algumas reinvidicações e leis de Ubatuba para o setor no estado. Na despedida levaram lembranças do Gengibre para a capital. A visita foi produtiva e todos esperam que de bons frutos.

Representante da Secretaria Estadual de Turismo visita região

Empreiteira retoma segunda fase da recuperação da Rua da Cachoeira Na segunda semana do mês de setembro e agora no inicio do mês de outubro foi realizado o reparo e manutenção com massa asfáltica do trecho da Rua da Cachoeira no bairro do Sertão da Quina. Embora signifique um pequeno trecho de todo acesso a recuperação é bem vinda segundo usuários do trecho. Quem passa por lá, seja para acessar as casas ou as cachoeiras, ainda vê parte da obra em andamento. No último terço do acesso, ainda se vê uma “ferida” aberta por conta de uma pedra que dificulta a colocação dos canos subterrâneos. Moradores estavam animados imaginando que ao menos o reparo do acesso fosse até a metade do trecho. Usuários temem que o reparo não seja realizado a tempo para a próxima temporada e que a pressa faça com que a estrada receba um reparo de baixa qualidade. A comunidade continua aguardando.


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Monitores ambientais recebem capacitação no PE Ilha Anchieta Os próximos passos serão o cumprimento da carga horária de voluntariado, avaliação, credenciamento e recredenciamento. Estas novas etapas estão previstas para acontecer até o final de 2015.

Fonte: Fundação Florestal O Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) promoveu, em agosto, um curso voltado para monitores ambientais credenciados e não credenciados de Ubatuba. A capacitação contou com a participação de 26 alunos. O objetivo principal foi aproximar os monitores da gestão do parque, bem como realinhar os procedimentos e regularizar a situação de uma parte deles. O conteúdo baseou-se na grade curricular proposta na Resolução SMA nº 32/1998, que regulamenta o processo de visitação pública e credenciamento de guias, agências, operadoras e monitores ambientais, para o ecoturismo e educação ambiental nas unidades de conservação (UCs) do estado. Além do conteúdo teórico, foram realizadas atividades práticas que enriqueceram o processo de aprendizado. A capacitação foi resultado de uma demanda apontada pelo Conselho Gestor da UC. Segundo a gestora do PEIA, Priscila Saviolo, “o curso, somado com a atuação dos monitores poderão contribuir com a qualidade do turismo ofertado no município de Ubatuba aos seus visitantes e munícipes, especialmente, aos grupos direcionados à conscientização ambiental e ao ecoturismo.” Por email, encaminhado aos conselheiros e parceiros do Peia, a gestora reitera sua satisfação sobre a capacitação “Lembrando que este trabalho foi uma demanda que surgiu no Conselho e contou com a participação/colaboração de todos para se concretizar. Que esta nossa conquista sirva de motivação para continuarmos a traba-

lhar numa gestão participativa, buscando novas desafios que venham contribuir na melhora, preservação e perpetuação deste patrimônio histórico, cultural e ambiental tão rico que existe no Parque Estadual da Ilha Anchieta.” Parceiros Prefeitura Municipal de Ubatuba, por meio da Secretaria de Turismo; Escola Técnica (Etec) Centro Paula Souza – Módulo Ubatuba; Escola Técnica Tancredo de Almeida Neves; Universidade de Taubaté (Unitau), Associação Pró-Resgate Histórico da Ilha Anchieta e dos Filhos da Ilha e Instituto Florestal (IF); ONG Ecosteiros; Empresa MarAzul Turismo; Aquário de Ubatuba, Núcleo Picinguaba do Parque Estadual Serra do Mar, APA Marinha do Litoral Norte e ONG Consciência Verde. Sobre o PEIA Com 828 hectares de extensão, sete praias, natureza exuberante e uma grande biodiversidade, o Parque Estadual Ilha Anchieta é a segunda maior ilha litoral norte do estado e um dos principais atrativos turísticos de Ubatuba. Administrado pela Fundação Florestal, o PEIA proporciona aos visitantes, um passeio cheio de encantos, mesclando o mar, a Mata Atlântica, a cultura e a história. Praias belíssimas, trilhas ecológicas em meio à Mata Atlântica, passeios pelas ruínas do antigo presídio e um dos melhores pontos para mergulho do Brasil são alguns dos atrativos oferecidos pelo PEIA. Para mais informações e agendamentos, ligue: (12) 3842-1231, ou escreva para pe.ilhaanchieta@fflorestal. sp.gov.br

Caçandoca recebe espetáculo teatral sobre a cultura caiçara depois da rodovia No último dia 3, o quilombo Caçandoca recebeu a Companhia Marulhos de teatro para apresentação e divulgação de um espetáculo teatral sobre a cultura caiçara. O evento aconteceu na escola do território e tem como objetivo atender ao público local e não só turistas. Antes da apresentação, em março, os artistas viajaram pelo litoral norte (inclusive Ubatuba) em busca de histórias de vida, histórias do tempo antigo e de violeiros, rabequeiros e mestres das festas populares para um levantamento de campo e estudos a elaboração da proposta, com o máximo de fidelidade histórica e cultural adaptada a estes tempos. A peça escolhida fala sobre a cultura caiçara depois da chegada da estrada, um marco negativo na lembran-

ça da história da formação do processo civilizatório nacional a partir das comunidades tradicionais deste território. Por email, como sugestão da equipe da companhia, o

intuito é apresentar os espetáculos em locais descentralizados, preferencialmente aonde ainda haja comunidade caiçara. A fundo o projeto foi trabalhado para que as crianças conheçam, entendam e valorizem suas raízes. A apresentação é gratuita e custeada pelo Edital Programa de Ação Cultural – Proac, da secretaria da cultura do governo do Estado de São Paulo. O projeto chamou a atenção de outras comunidades que gostariam de vê- lãs em seus territórios. A equipe conta com Gilson de Melo Barros - figurinista / cenário, Carol Bezerra- direção musical e preparação vocal, Fabíola Moraes – atriz e Ernani Sequinel – ator. Diferente, interessante e sugestivo o espetáculo recebeu elogios de todos.


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Câmara Aprova Abertura de Processo de Cassação do Prefeito de Ubatuba Comissão criada para averiguar o caso tem 90 dias para concluir os trabalhos

Fonte: tamoios news Foi aprovada na última terça-feira (29), em sessão da Câmara dos Vereadores, a abertura do processo de cassação do prefeito de Ubatuba, Mauricio Moromizato (PT), por supostas irregularidades no contrato com a OS Biosaúde. Os vereadores acataram um requerimento assinado pela presidência da OAB-Ubatuba, solicitando a abertura do processo de cassação. Foram sete votos a favor, dois contra e uma abstenção. Os três integrantes da Comissão Processante formada foram definidos por sorteio, de modo a garantir a independência nos trabalhos. Foram sorteados os vereadores Reginaldo Bibi (PT), que será o presidente, Flavia Pascoal (PDT), relatora, e Eraldo Todão (PSDC) como membro. Os vereadores Adão Pereira (PDT) e Manoel Marques (PT) foram sorteados antes, mas recusaram-se a tomar parte na Comissão. “A Comissão Processante tem cinco dias para notificar o prefeito de que será aberto o processo de cassação. O prefeito tem outros dez dias para sua defesa”, explica Antônio Marmo, assessor de comunicação da Câmara. Após esses 15 dias, a Comissão terá mais 75 dias para concluir o processo. O papel da Comissão é “fazer as diligências e audiências necessárias até o julgamento da procedência ou improcedência das acusações constantes em relatório. Sendo procedentes, vota-se a cassação”, conclui Marmo. Em nota, a prefeitura de Ubatuba considera a criação da Comissão uma “manobra

dos vereadores de oposição”, que têm por objetivo “única e exclusivamente desgastar a imagem da administração”. “Os vereadores ignoraram a decisão judicial que suspende os efeitos do relatório da CPI da Saúde. Ignoraram também que a contratação da organização social respeitou todos os parâmetros da legislação para esse tipo de contrato”, diz um trecho da nota. Segundo a Câmara dos Vereadores, a CPI da Saúde, apesar de suspensa por liminar, não foi arquivada. Caberia à Justiça acolher ou não o relatório final da CPI. “O relatório final foi encaminhado a todos os órgãos do Judiciário estadual e federal (Ministério Público), aos Tribunais de Conta estadual e federal, à Ordem dos Advogados do Brasil e ao prefeito”, diz a nota da Câmara. A prefeitura também afirmou que a oposição e seus articuladores “buscam antecipar o cenário eleitoral de 2016”. “A convicção de que tenho feito um mandato em defesa da população me deixa tranquilo para enfrentar ações que tentam impedir a continuidade do trabalho intenso de reconstrução e humanização da cidade”, destacou o prefeito Mauricio. Entenda o caso Em fevereiro de 2015, foi celebrado o contrato entre o prefeito Mauricio Moromizato, a ex-secretária de Saúde Ana Emília Gaspar e o Instituto Biosaúde, que ficou responsável pela gestão de alguns setores da Saúde no município. No começo de agosto, uma Ação Civil Pública do Ministério Público ordenou o bloqueio dos bens de

Moromizato e a rescisão do contrato com a Biosaúde, alegando irregularidades, como “terceirização indevida da administração da Saúde” no município, “ausência de prévio estudo para demonstrar a viabilidade” do contrato, entre outras denúncias. No dia 11 de setembro, a Justiça concedeu o desbloqueio dos bens do prefeito Mauricio, afirmando que a decisão do Ministério Público era “uma decisão prematura”. Na época, a prefeitura de Ubatuba disse, em nota, que

a “contratação da organização social seguiu os preceitos legais vigentes e foi discutida com o Conselho Municipal de Saúde (Comus)”. “A notícia do desbloqueio dos bens reforça a seriedade do trabalho que estamos fazendo para melhorar a saúde pública da nossa cidade e enfraquece o denuncismo irresponsável da oposição, que esquece ou oculta como antes era administrada a cidade”, disse à época o prefeito Mauricio. Discussão Na noite da última sessão

(29/09), o vereador Silvinho Brandão questionou a votação que confirmou a abertura do processo de cassação, lembrando que “existe uma liminar suspendendo os efeitos da CPI”. “Minha questão é questão prática. O relatório é fruto da CPI, e os efeitos do relatório estão suspensos”, disse Brandão. Em resposta, o vereador Reginaldo Bibi disse respeitar a opinião do colega, mas afirmou que “a Câmara nem sequer foi notificada ainda acerca dessa liminar”.


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Lua de Sangue surpreende população Fotos: Aguinaldo José No último domingo, 27, milhares de olhares se voltaram para o céu para apreciar um evento raro dentro dos eventos raros – a Lua de Sangue. Muitos registros foram realizados como recordação única pois o próxima evento acontecerá só em 2033, muita gente pode não estar lá para vê-la novamente. A lua avermelhada traz a tona teorias religiosas e apocalípticas em todo o mundo. Desta vez ela pareceu 14% maior e 30% mais brilhante que o de costume e, segundo especialistas, é parte de uma Tétrada, quando quatro luas de sangue ocorrem num período de dois anos (15 de abril de 2014, dia 8 de outubro de 2015, 4 de abril de 2015, 27 de setembro de 2015), completando o que se chama de tétrade lunar. Esta foi à última deste ciclo. Para a maioria dos observadores do fenômeno, a Lua de Sangue é uma mera designação que descreve a coloração avermelhada que a Lua adquire durante o eclipse total, que ocorre porque os raios de Sol que iluminam o satélite, naquele momento, são filtrados pela atmosfera da Terra e atingem a sua superfície com menos luz azul e mais vermelha, explicam os astrofísicos. Alguns religiosos ao redor do mundo pregam que o quarto e último eclipse da tétrade lunar cumpre as profecias bíblicas do Apocalipse. Por aqui, desde a formação dos povos locais, ela – a lua – associa-se a um calendário de manejo dos bens naturais, localização e tempo primeiramente. Depois aos

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Promata recebe alunos da capital no Corcovado

Alunos na floresta como sala de aula

usos, costumes, dizeres e fazeres deste patrimônio imaterial popular, em seguida aparece nas questões religiosas e míticas, por último e não menos importante na musicalidade e na inspiração artística, pessoal e coletiva local. A lua, além de um indicador de calendário, sempre exerceu fascínio por sua forma e beleza. Seu reflexo nos rios e mares despoluídos da intervenção humana era constantemente fruto de inspiração nesta literatura de vivencia direta com a natureza. Este satélite natural da Terra faz parte do imaginário de todo mundo, não é a toa que possui centenas de milhares de adjetivos. A lua fazia com que as pessoas se importassem com o meio em que viviam e com isso os faziam importantes, vivos e parte de algo maior. Só assim o povo tradicional podia continuar a transmitir vivencia, algo que o dinheiro não pode pagar.

Assim, temos uma Super Lua quando ocorre uma Lua Cheia num momento em que a Lua está próxima do perigeu (ponto da órbita mais próximo da Terra). Para sermos mais precisos, podemos dizer que ocorre a Super Lua sempre que na fase de Lua Cheia, a Lua está a uma distância da Terra inferior a 110% do perigeu. Isto faz com que aquela Lua Cheia pareça maior do que as outras Luas Cheias. Daí, por vezes, dar-se o nome a este fenómeno de Super Lua Cheia. Porém é importante referir que a diferença de tamanho e de brilho não é muito significativa, sendo que passa despercebido ao comum dos observadores. Assim, o nome pode ser considerado até um pouco sensacionalista. Apesar de tudo, com recurso à fotografia, é possível constatar que de fato, vista da Terra, uma Super Lua Cheia é um pouco maior que as outras Luas Cheias. http://www.siteastronomia. com

No último dia 23, a Promata recebeu em seu sítio no Corcovado alunos da Escola da Vila da capital paulista interessados em conhecer e vivenciar de perto as belezas e as curiosidades da Mata Atlântica. Desta vez a atividade estava ligada a realização de uma trilha para um levantamento fito sociológico de uma parcela do interior da mata, que tem por objetivo a quantificação da composição florística, estrutura, funcionamento, dinâmica e distribuição de uma determinada vegetação.

A equipe que acompanhou os alunos e professores foram elogiados pelo conhecimento de floresta, pela acolhida e atenção as atividades. Foi servido um almoço caiçara onde os alunos se deliciaram não só com o frango com mandioca, mas também com o suco do limão cravo, nativo da região de mata atlântica. No período da tarde foi realizada uma visita ao mangue para incremento dos estudos e da atividade proposta. O resultado foi positivo e a promessa de um retorno ficou mantida.

Visita ao mangue


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Super Sup Brasil 2015 – Ubatuba Grand Slam – Praia do Sapé 1ª Etapa do Circuito Brasileiro de Sup Wave / 3ª Etapa do Circuito Brasileiro de Sup Race

Robson E. Virgilio No últimos dias 18, 19 e 20 de Setembro, entraram definitivamente para a história do Stand Up Paddle no Brasil estabelecendo a Praia do Sapé, em Ubatuba, no centro do cenário nacional de grandes eventos esportivos. Os melhores atletas do país nas modalidades Sup Wave Pro Masculino e Feminino, Master Pro Masculino, Junior e Kids, Sup Race Pro Masculino e Feminino, Unlimited, Master, Supermaster, Race 14, Amador, Fun Race, Junior e Kids garantiram um verdadeiro espetáculo de superação física e alta performance no belíssimo point encravado na Enseada do Mar Virado. Entre os 174 inscritos, estiveram presentes, nada menos que o atual líder do ranking mundial de Sup Wave Caio Vaz, do Rio de Janeiro, o campeão brasileiro e mundial de Sup Wave Leco Salazar, de Santos, o gaúcho campeão brasileiro e mundial Master de Sup Wave Jeferson Comaru, a campeã brasileira de Sup Wave Nicole Pacelli, do Guarujá, o paulista Arthur Santacreu e a carioca Lena Guimarães, atuais líderes do circuito brasileiro de Sup Race Pro. Seis atletas locais se destacaram nas competições e, com o apoio de uma forte e animada torcida, representaram Ubatuba com muita garra, determinação e importantes resultados: Aline Adisaka, nas categorias Sup Wave e Race Pro Feminino, Madu Lula Sup Wave Feminino, Ana Lucia Gil de Oliveira Fun Race Feminino, Kauan Terra Sup Wave Kids, Daniel Adisaka Sup Race Junior e Rodrigo Banhara na Sup

Resultados: Sup Wave Pro Masculino 1º Eric Miyakawa/SP 2º Caio Vaz/RJ 3º Ian Vaz/RJ 4º Adriano Trinca Ferro/SC 5º Alex Salazar/SP Sup Wave Pro Feminino 1º Nicole Pacelli/SP 2º Louisie Frumento/SP 3º Aline Adisaka/SP 4º Madu Lula/SP 5º Liza Monteleone/SP

Wave Master. As condições do tempo se mostraram ideais durante todo o evento. O sol forte e intenso permaneceu no céu, aqueceu as batalhas no oceano e bronzeou a massa de gente bonita nas areias. As ondas perfeitas ganharam força e tamanho nas finais, coroando de êxito e sucesso já aclamado Grand Slam. Para os organizadores, o evento estabelece um marco na história do Stand Up Paddle no Brasil já que traz Ubatuba para o calendário oficial da Confederação Brasileira de SUP e cria a possibilidade de termos para os próximos anos a presença de uma etapa do Circuito Mundial nas lendárias ondas do Sapé, além do evidente aquecimento na economia local, especialmente nos setores de hospedagem e turismo esportivo. Segundo o dirigente da confederação “estão todos de parabéns e fica o gostinho de quero mais”.

Sup Wave Master Pro 1º Rodrigo Banhara/SP 2º Jeferson Comaru/RS 3º Fabio Chati/SP 4º Luiz Claudio Gralglia/SP 5º Gilson de Moraes/ES Sup Race Pro Masculino 1º Arthur C M Santacreu/SP 2º Luiz Carlos C Guida/RJ 3º Guilherme B Souza/RJ 4º Paulo dos Reis de Souza/SC 5º Mario Cavaco Neto/SP Sup Race Pro Feminino 1º Lena Guimarães Ribeiro/RJ 2º Aline Adisaka/SP 3º Ariani G Theophilo/RJ 4º Isttefanny Marli Moraes/SP 5º Monica Jasiulonis Pasco/SP


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Desafio das 28 Praias e Prova de Ciclismo Cidade de Ubatuba aquecem economia local Sectur - PMU Mais de duas mil pessoas estiveram em Ubatuba no último fim de semana para as disputas da maratona de corrida de montanha 3º Desafio das 28 Praias e para pedalar na 1ª Prova de Ciclismo Cidade de Ubatuba. Os eventos fazem parte do calendário turístico Viva Ubatuba e movimentaram a cidade de norte a sul. A promoção de eventos pela Prefeitura é parte das ações de combate à sazonalidade e tem objetivo de aquecer a economia local, gerar postos de trabalho e a contratação e consumo de serviços como hospedagem, alimentação e passeios fora do período de alta temporada. 3º Desafio das 28 Provas O 3º Desafio das 28 Provas ganhou dois quilômetros a mais nessa edição e com 42 km teve status de maratona, desafiando ainda mais os competidores pelas trilhas, praias desertas e montanhas da região sul ubatubense. A categoria solo largou às 7 horas na praia da Tabatinga e as demais categorias de revezamento largaram vinte minutos depois. Mais de 1.100 atletas, entre homens e mulheres, correram por trilhas escorregadias prejudicadas pela chuva do dia anterior, que exigiram disposição e técnica dos participantes em suas passadas. Algumas horas depois, os primeiros corredores chegaram à praia Dura e muitos atletas de Ubatuba subiram ao pódio, com destaque para Fabiano Ramos de Souza. Com 26 anos e em sua primeira maratona, ele terminou em primeiro lugar na categoria Solo e levou a bandeira de Ubatuba

ao lugar mais alto do pódio na principal categoria da prova. Fabiano é morador da praia do Peres e faz parte da equipe Consertada, formada por caiçaras da região do Bonete. Eles começaram a correr por incentivo da Secretaria Municipal de Turismo, que disponibiliza inscrições para as comunidades tradicionais da cidade. A prova também apresentou um ponto positivo no quesito sustentabilidade. Pela primeira vez em Ubatuba, um evento esportivo aplica um plano de gerenciamento de resíduos sólidos: coleta e organiza o manejo do lixo produzido. Segundo Claudinei Bernardes, diretor de Desenvolvimento e Turismo Sustentável da Secretaria Municipal de Turismo, a aplicação do plano tem objetivo de atender a lei municipal vigente e minimizar os impactos gerados pela atividade, bem como despertar uma consciência nos atletas quanto ao descarte de embalagens ao longo do percurso. “É evidente que ainda temos muito a evoluir no monitoramento dos resíduos gerados nos eventos, mas o primeiro passo foi dado e com sucesso. Muitos pontos de descarte foram cobertos pela gestão da prova, diminuindo significativamente a quantidade de material deixado nas trilhas e praias do trajeto. Agora é aprimorar até zerar a quantidade de material descartado fora das lixeiras disponibilizadas. Agradecemos a RunnerSP, produtora da competição, por apoiar a iniciativa, mostrando-se responsável e comprometida com a defesa da natureza da nossa cidade”, disse Claudinei.

Equipe Concertada da Praia Grande do Bonete - Comunidade local representada no evento

1ª Prova de Ciclismo Cidade de Ubatuba Válida pela sexta etapa do Campeonato Valeparaibano de Ciclismo 2015 e estreando no calendário de eventos turísticos do município como a primeira de ciclismo com a assinatura de Ubatuba, a prova reuniu um bom público na praça de eventos da cidade, local da largada e chegada da competição. Cerca de 250 atletas percorreram 94 km pela belíssima rodovia Rio-Santos: da praça de eventos até a divisa com Paraty – ida e volta – com o retorno na cachoeira da escada. Durante o percurso, os atletas foram escoltados e amparados pela equipe da Policia Rodoviária Federal, que disponibilizou viaturas e soldados para garantir a seguranças dos ciclistas, sendo de extrema importância na prevenção de acidentes.

O destaque da prova ficou para a primeira colocação da atleta Valéria Acedo Scorza. Ela teve por duas vezes o pneu de sua bike furado e mesmo assim superou as adversárias para subir ao pódio e representou Ubatuba com muita garra. Combate à sazonalidade A equipe do Observatório de Turismo esteve nos dois eventos, aplicou a pesquisa com os atletas e coletou informações sobre o perfil e hábitos de consumo de quem visitou Ubatuba no último fim de semana. As pesquisas do OT mostram a eficiência dos eventos em gerar divisas para a economia da cidade e o impacto positivo sobre setores como hospedagem, alimentação, passeios e compras. Segundo Claudinei Bernardes, coordenador do programa, já é possível a compara-

ção de dados, como no caso do Desafio das 28 praias, que em sua primeira edição em 2014 gerou uma entrada de recurso muito expressiva para um fim de semana de baixa temporada. “Em 2014, tivemos 916 atletas inscritos. Neste ano, passou de 1.100. Isso mostra a qualidade do evento em atrair público para a cidade. Outro ponto significativo é o aquecimento da economia local. Sempre aplicamos um percentual de entrevistas com 10% do total de atletas. Em 2014, a estimativa de gastos dos atletas na cidade apresentou um valor de R$ 54.810 mil. Fazendo uma projeção por 50% do total de atletas, esse valor salta para aproximadamente R$ 270 mil distribuídos nos serviços de hotelaria, alimentação, compras, passeios, além da contratação de mão de obra local como os staffs e vans de apoio” conta Claudinei.


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PL prevê Dia de Observação de Aves no território paulista No primeiro dia de outubro foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, na sessão do Poder Legislativo, o Projeto de Lei (PL Nº 1304 / 2015) que inclui no calendário oficial do estado o Dia Estadual de Observação de Aves a ser comemorado no 4º domingo de outubro de cada ano. Ainda em regime de tramitação ordinária, isto é, aguardando a ordem dos trabalhos para ser aprovado pela assembléia paulista já é considerado um ganho enorme aos praticantes, simpatizantes e amantes da natureza que realizam esta atividade. O projeto foi apresentado pelo deputado estadual Chico Sardelli do Partido Verde/SP. O PL foi levado à apreciação da ALESP no último dia 29 de setembro e publicado dois dias depois. Na justificativa o propositor fala da reunião que aconteceu no último dia 03 de setembro na Secretaria Estadual de Turismo. Lá estavam vários representantes do setor de observação de aves, entre os quais o Instituto Butantã, Fundação Florestal, Save Brasil, Ubatuba Birds, Maritaca Expeditions, Centro de Estudos Ornitológicos, Conteúdo Brasil, Brazilian Adventure Association, Avistar Brasil e personalidades de reconhecimento internacional na ornitologia e observação de aves. A reunião serviu para tratar do tema e na oportunidade foi solicitada pelos representantes da atividade a oficialização de uma data para o dia estadual proposto, chegando ao quarto domingo de outubro. Esta data coincide com a primavera no Estado de SP e também atende o calendário internacional da atividade. Por outro lado trata-se de uma data em que a atividade é mais ativa. Censo O documento ainda aponta

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dados positivos para o setor turístico, engrandece a conservação da natureza através da atividade e fala da reocupação de postos de trabalhos no período. Fala ainda de números impressionantes que ainda não foram totalmente explorados e investigados. O deputado descreve ainda que junto ao SEBRAE Nacional, recebeu a informação de que a entidade discute com diferentes atores observadores de aves para realizar um levantamento sobre os números do setor no Brasil. O SEBRAE Nacional prepara um projeto para um levantamento censitário para essa atividade e, que pretende envolver também a cadeia produtiva direta e indireta, relacionada ao setor. As comunidades isoladas foram citadas no documento reforçando que esse tipo de turismo possui vantagens que o diferencia de muitas outras categorias, como o impacto mínimo ao meio ambiente e às culturas locais, propiciando benefício econômico para essas culturas, contribuindo para a empregabilidade e elevação do IDH regional, inclusive quando o assunto trata de formas sustentáveis das comunidades isoladas. Destaque Ao final da propositura e tomando como exemplo

os dados publicados sobre o Global Big Day 2015, o Estado de São Paulo, contribuiu com o maior número de espécies enviadas – 475 espécies, bem como de listas – 215. Sem objetivo de ranquear os países e sim de fazer um levantamento de listas de aves do mundo inteiro em apenas um dia, ao olhar os resultados desse dia mundial, verifica-se que o Brasil desponta na dianteira e que os municípios de maior participação estão no Estado de SP, destacando-se Ubatuba e Peruíbe, como participantes reconhecidos internacionalmente como de grande importância para fundamentar o dia de observação de aves mundial. Ubatuba foi o município que saiu primeiro com uma legislação que estimula, incentiva, declara e reconhece a atividade. Foi o primeiro município do país a criar o dia municipal de observação de aves, por exemplo. Para Carlos Rizzo, que participou desta histórica reunião na capital foi um “ganho considerável e um dia histórico para os praticantes da observação de aves em geral”, comenta. O PL está à disposição de todos no sitio da internet da Assembléia Legislativa Paulista no seguinte endereço - http://www.al.sp.gov.br/ propositura/?id=1279171.

PROMATA participa das discussões sobre a regulamentação da atividade de observação de aves nas Unidades de Conservação de SP

No último dia 25, na Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP em São José dos Campos a Fundação Florestal - FF reuniu um grupo de entusiastas dos vários setores para discutir uma Minuta de Portaria que dispõe sobre a atividade de Observação de Aves nas unidades de Conservação administradas pela Fundação Florestal. A conversa foi coordenada por Carlos Bedusc e Mauro Castex do Núcleo de Negócios e Parcerias para a Sustentabilidade da FF. O grupo contou com a participação de pesquisadores, gestores, ex-gestores, praticantes da atividade, setor empresarial, representante do turismo estadual, de centro de estudos e a PROMATA representando as comunidades tradicionais e do entorno das UCs. Os ânimos se exaltaram varias vezes tendo em vista a minuta que foi desenhada sobre o documento que trata da pratica do mergulho em UCs, uma espécie de copia e cola. Os coordenadores deixaram bem claro que havia muito que avançar, porém sofreram resistência sobre vários itens polêmicos e controversos no corpo do texto que segue uma linha repressiva para o observador de aves. Existem itens aos quais o

observador é tratado de modo diferenciado com guardas as costas e monitores ambientais para acompanhá-lo, o que ficou claro sua contratação para praticar a atividade, ao menos as empresas. Também que o cadastro de clientes, que é de cunho particular das empresas e dos operadores, terá de ser disponibilizado junto a gestão da unidade por dois anos. Outros itens que incomodaram observadores e órgãos de representatividade ainda estão em discussão. Por email estão sendo encaminhadas as propostas de alteração. Sobre a questão das pessoas que residem no entorno e membros de comunidades tradicionais nada consta do documento. O texto refere-se apenas a atividade turística, não enxergando a difusão do conhecimento, a transmissão de saberes e costumes e a simples vontade de observar e contemplar a natureza. Os conselhos dos parques sequer foram citados. A reunião, que teve seu inicio às 9 da manhã terminou às 16 horas, caminhou sem avançar muito e levantou questões de toda ordem. Os integrantes da sociedade civil saíram da reunião incomodados. Agora é juntar as novas propostas e aguardar o próximo debate.


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Gestores de Unidade de Conservação da Bahia buscam exemplos sobre observação de aves em Ubatuba Ezequiel dos Santos Nos últimos dias 30 de setembNos últimos dias 30 de setembro e 01 de outubro, Ubatuba recebeu uma comitiva de gestores e especialistas em meio ambiente da Bahia. O objetivo foi à busca de modelos e exemplos sobre a atividade de observação de aves de Ubatuba a serem replicados nas UCs que gerenciam naquele estado. Carlos Rizzo, entusiasta e precursor da atividade em Ubatuba foi quem convidou a equipe de especialistas a vir conhecer o trabalho realizado neste lado do país. A equipe é composta por Fabio Faraco – gestor do Parque Nacional do Parque Nacional Pau Brasil - Reserva da Vida Selvagem de Trancoso, Adriano Mello e Taís Lucílio da International Conservation, Renata Botelho Machado – RPPN Rio Brasil, Virginia Londe de Camargos e Renato Carneiro da RPPN Veracel. Convite No início do mês de setembro Carlos Rizzo atendeu um convite da ONG International Conservation para conhecer Unidades de Conservação e RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) de Porto Seguro no sul do Estado da Bahia. O objetivo foi realizar uma analise da viabilidade dos locais para a implantação da observação de aves nos moldes do trabalho existente em Ubatuba. Carlos Rizzo conta que foram 100 km em uma semana de caminhada nas trilhas das unidades, tudo para traçar o perfil geomorfológico e o potencial da avifauna no Parque Nacional do Pau Brasil, Reserva da Vida Selvagem de Trancoso, RPPN Veracel e RPPN Rio Brasil. Também visitou as várias comunidades e escolas do entrono dessas Unidades. “Fiquei impressionado com o potencial dos lugares que tive a oportunidade de conhecer, os traçados das trilhas são perfeitos

e a diversidade é impressionante, inclusive com espécies raras como o gavião-real (Harpya harpyja) que tive o privilégio de ver e fotografar”, comenta Carlos Rizzo entusiasmado. Depois dos levantamentos e da constatação do potencial dos gestores daquelas UCs Rizzo acompanha a vinda dos especialistas a Ubatuba para conhecerem os principais atrativos em observação de aves do município. Agenda No primeiro dia visitaram o Centro Cambucá de Observação de aves e o Centro de visitante da Praia da Fazenda no Parque Estadual da Serra do Mar, o Itamambuca Eco-resort, a Fazenda Angelim e a Escola Simeão do bairro do Taquaral. À noite participaram de uma reunião com jantar no Palace Hotel com as professoras Cristiane Gil (ex-secretaria municipal do Meio ambiente) Andrea Santana da escola Skill e Teresa Rodrigues da escola Simeão. No dia seguinte foram a região sul do município onde conheceram a trilha do Sertão da Folha Seca, trilha das ruínas da Lagoinha, trilha do Sitio Recanto da Paz no Arariba, em seguida foram almoçar no restaurante Tropical, que possui um movimentado comedor para aves. À tarde vieram conhecer a sede da PROMATA com uma roda de conversa com alguns integrantes da associação e os moradores Manoel Gaspar, Miguel e Carmem da Matta. Lá Adriano Melo engrossou as prateleiras da biblioteca Doraci doando um livro que trata das memórias da rede de gestores das UCs do corredor central da Mata Atlântica intitulado “Uma Rede no Corredor”. O livro foi autografado a associação. Impressão Cada vez mais Ubatuba consolida sua posição de referencia nacional em observação de aves, haja vista a impressão dos es-

pecialistas e gestores visitantes. Todos voltaram encantados com as belezas naturais de Ubatuba e com o trabalho realizado. Coincidentemente no hotel que a equipe estava hospedada havia dois grupos estrangeiros de observadores de aves. Na trilha da Folha Seca encontraram mais três pessoas observando e no restaurante mais quatro observadores. “Este é o início de um grande aprendizado e futuras parcerias”, comenta Fabio Faraco do Parna Pau Brasil. Já Renato Carneiro, da Veracel, diz que a “recepção e atenção foram excelentes. Ótimas informações e muitas idéias”, conclui. “Foi muito inspirador conhecer a observação de aves de Ubatuba”, compartilham Virginia da Veracel e Renata Botelho da Rio Brasil. Adriano Melo que já foi gestor aqui no Núcleo Picinguaba e atualmente na ONG Conservação Internacional disse estar realmente entusiasmado com a implantação do projeto em Porto Seguro e deseja que a parceria realmente se efetive durante os dois anos de duração do projeto. “A observação de aves está na atmosfera de Ubatuba, no hoteleiro, nas escolas, no artesão, na associação comunitária, fantástico! Isso se deve ao trabalho de muitas pessoas e instituições. É certamente um exemplo a ser replicado para muitos municípios como Porto Seguro por exemplo”, finaliza Adriano. Tais Lucílio, Também da Conservação internacional disse que Ubatuba é realmente inspiradora “há muito tempo eu não lembrava como era importante pertencer, esta experiência me trouxe este sentimento”, conclui Taís. Além das milhares de possibilidades sobre a atividade Ubatuba serve de modelo pra dizer que vem realizando direito seu trabalho de casa, mesmo a trancos e barrancos.

Uma foto de recordação na sede da PROMATA antes do café com polenta

Adriano Melo autografa livro para a biblioteca da Associação

Idéias, porpostas e muito exemplo sobre as comunidades e a observação de aves como ferramenta de transformação cultural e ambiental


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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 18

Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

Ezequiel dos Santos “Revista Ultima Hora – Edição Extra nº 90, Rio de Janeiro, quarta-feira, 2 de julho de 1952, na capa a primeira frase que se lia já como título foi bem sugestivo – “Avisem minha família: Estou vivo!”esta foi uma das primeiras falas de Pereira Lima quando foi capturado. A matéria trata o término desta caçada sem sangue nas matas de Cunha, em seguida o subtítulo “Sem disparar um só tiro entregou-se Pereira Lima”. Ao repórter – enviado especial Norberto Esteves - o evadido declara que desde que fugiu da Ilha Anchieta não havia disparado um só tiro sequer, sendo este repórter o primeiro a falar com Lima. Foi um furo de reportagem e tanto até porque o capturado estava meio “sisudo” devido ao cansaço, a fome e as perturbações de todo ocorrido. Ele só se expôs porque queria falar com o major Silva Neto, diz o repórter. Ele ainda disse que “apesar de não conseguir a liberdade, sinto-me conformado por ainda me encontrar com vida depois desta aventura. Assim, avisem, por favor, a minha família, estou vivo”. Embora cansado Pereira Lima estava forte e robusto, em seu corpo não havia sequer um arranhão. Gentil, risonho, conformado, atende a todos – autoridades e repórteres – com educação, como se nada houvesse acontecido. Ele confessou que estava na região há quatro dias e que sentira a inutilidade de qualquer resistência. Durante as buscas, o avião do ultima Hora lançou milhares de panfletos contendo cópia de uma car-

ta com apelo da família para Pereira Lima se entregasse. Intitulada ”Volte meu filho” o panfleto chegou a cidade e a mata de Cunha. A reportagem escreve que foi reduzido o numero de fugitivos que deixaram de ler o apelo lançado por avião. A equipe de reportagem recebeu do comando do 5º R.I. um mapa com as posições dos homens que cercavam alguns evadidos, na realidade mostrava a posição exata dos militares. Os fugitivos que viram a movimentação não esboçaram nenhuma resistência, como descreveu Pereira Lima, e se entregaram. Entre eles estava o temido Pereira Lima. “Vi quando os soldados se aproximavam e vendo-me cercados por todos os lados achei que era tolice resistir”, conclui o capturado. A reportagem escreve ainda que, naquele dia por volta das 13 horas, um sedan verde escuro parou na porta da penitenciaria do Estado. O delegado Mario Nicolao Centola estava agitado, ele viajava no banco dianteiro, junto à porta se reportou ao sargento da policia marítima que estava de sentinela dizendo: “Trago um preso importante. Abra a porta”. O sargento verificou os ocupantes do veículo: o delegado a frente no banco da frente como passageiro, do outro lado o motorista, atrás três pessoas – dois soldados e um homem ao centro. Então o sentinela pediu ao delegado que entregasse o oficio senão não poderia receber o preso. “Mas é o Pereira Lima, temos que entregá-lo”, reclama o delegado. “Nada posso fazer. Só posso deixar o Sr. entrar se entregar o oficio”, insistiu o

sargento. O sedan que levava o mentor da rebelião dava voltas pelo lado externo do presídio para passar a hora, até que o impasse fosse resolvido. Chega Joaquim Seco, diretor do presídio. Este foi acordado por outro militar e vinha à porta saber do que se tratava. O diretor foi informado sobre o ocorrido, nesta o delegado desembarcou do carro e foi em direção do grupo. Centola explica que conduzia o chefe da rebelião na Ilha Anchieta e que tinha que colocá-lo urgente numa cela. Antes mesmo de cumprimentar o delegado o diretor foi dizendo: “Você é afobadinho hein Centola!” -” é que eu trago um preso importante. Trago Pereira Lima...” –” Sim, mas vamos com calma. Cada coisa em seu lugar. Calma rapaz.” Depois da conversa o diretor deu ordem ao sargento para que abrisse o pesado portão de ferro e desse entrada do sedan. Depois de entrar o prisioneiro foi colocado em uma cela incomunicável dentro da penitenciaria do Estado.

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Aves da nossa rica Mata Atlântica - Coruja Orelhuda Toninho da Chica/PROMATA Bom dia Titios e Olá novamente. Mais uma vez fui convocado a escrever nesse nosso jornal regional sobre as aves. Desta vez escolhi falar de uma linda ave que costumamos mais em ouvir sua vocalização (som) do que admirar sua cara redonda. Acostumados a vê-la em livros, desenhos animados e em filmes, quando a vemos de frente descobrimos que se trata de uma ave que impressiona. Embora as corujas carreguem uma fama de sábias, elas também estão associadas à bruxaria, magia negra e símbolos demoníacos. As corujas também são usadas por seres humanos no esporte de falcoaria, comum na Europa. Elas são treinadas para caçar e retornar com a presa. A nossa personagem - Coruja Orelhuda - Asio clamator (Vieillot, 1808), do (latim) asio = tipo de coruja orelhuda; e do (latim) clamare, clamator = gritador, aquele que grita. Então podemos chamá-la de Coruja orelhuda gritadora, o que faz jus ao nome. Seu grito a tardezinha e a noite pode assustar os desavisados, por isso pode estar no imaginário de muita gente. Esta beldade da natureza atinge até 37 cm de comprimento e possui dois longos penachos na cabeça, confundidos com orelhas, de onde

vem seu nome comum. Além de ter uma poderosa visão, seu proeminente disco facial (do tipo antena parabólica), branco margeado de negro, tem a importante função de ajudar a amplificar os sons que chegam até a ave, ajudando-a a localizar suas presas. Ela possui “orelhas” bem destacadas, o que também lhe confere a aparência de gato. Por isso, no estado de Pernambuco, é chamada de coruja-gato. Este pássaro vive toda a América Central e do Sul, exceto as áreas florestais amazônicas. Habita bosques, bordas de matas e até perto da sua casa, pois também são encontradas em cidades bem arborizadas. Tem hábitos noturnos, tornando-se ativo ao entardecer. Durante o dia, permanece oculto nas árvores. Sua vocalização soa como uma seqüência prolongada de “áut-áut-áut”. Possui campo visual limitado compensado por um giro de cabeça em até 270º. Alimenta-se de roedores, répteis, gambás, morcegos, insetos grandes , lagartos e rãs. Sua reprodução merece muita atenção, esta coruja faz ninho no chão ou em ocos de árvores. A fêmea põe de dois a quatro ovos, embora em geral só um filhote sobreviva, e permanece no ninho chocando por aproximadamente 33 dias, praticamente sem se ausentar, sendo alimentada pelo macho durante o período de incubação. Filhotes são capazes de voar entre o 37º e o 46º dia de vida. Aos 130 -140 dias de vida os jovens são expulsos do território pelos pais. Frequentemente apenas um filhote é criado. São bastante territoriais, os pais defendem ativamente o ninho na época reprodutiva, emitindo vocali-

zação de alerta e dando vôos rasantes sobre os predadores. Em situação de perigo ela costuma inflar o corpo para eriçar as penas e estalar o bico como forma de intimar seu oponente ou predador. Embora seja eximia caçadora, ela também é presa. A coruja-orelhuda costuma ser caçada por aves de rapina maiores e é ameaçada pela caça predatória, atropelamentos na estrada e por linhas de pipas que se enrolam em seu corpo, podendo causar invalidez permanente ou morte, especialmente quando revestidas de cerol, mas o principal indicador de sua predação ainda é a destruição de seu habitat. O grau de estado de sua conservação é o pouco preocupante, isto é ainda não está extinta e nem ameaçada de

extinção, mas não custa nada admirar e cuidar desta bela espécie. Moradores tradicionais dizem que ela não é tão arisca e que tolera uma melhor a aproximação das pessoas. Algumas curiosidades - Uma coruja pode ouvir um rato pisar em um galho a 22 metros de distância. - Corujas também tem um incrível senso de elevação de som, o que significa que podem detectar a altura de onde o som está emanando, porque um furo de sua orelha é mais alto que o outro. Tudo isso para identificar a localização exata de sua presa, tão bem que o pássaro pode fazer correções de curso durante o vôo para atacar sua vítima. - É um caçador noturno que usa este sentido afinado de audição para pegar uma presa

que não pode sequer ver - Elas possuem penas serrilhadas especiais, que lhes permitem voar silenciosamente. Além disso, elas têm a menor relação asa-carregamento de qualquer ave, o que significa que podem voar em velocidade extremamente lenta em caso de necessidade, ou carregar grandes cargas. - O som do vôo de uma coruja é próximo de zero ou zero, cientistas comprovaram que não é possível detectar o som do vôo das corujas, principalmente quando caçam. Para girar a cabeça 270º, ela conta com 14 vértebras, ao invés das habituais sete encontradas em aves “normais”. Estas vértebras adicionais fornecem uma amplitude de movimento fantástica. - Cientistas descobriram também que as corujas possuem um sistema circulatório especial que alimenta o cérebro e os olhos quando o movimento da cabeça corta a circulação. Além disso, seus vasos sanguíneos possuem uma espessura maior em locais específicos para que não se rompam durante movimentos bruscos. - Seus grandes olhos permitem que elas enxerguem em forma de tubo, centralizando o foco na presa e aumentando sua percepção de profundidade - Já a grande Coruja-da-igreja (Tyto furcata) tem uma vocalização peculiar, sendo muitas vezes confundida com gritos sobrenaturais. O seu vôo silencioso e fugaz e o seu grito fantasmagórico levaram à sua associação a diversas superstições, frequentemente em seu desfavor. Fonte: Hype science – curiosidadeuniversal.blogspot.com


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Na casa de “Ferreira” o espeto é de pau

Ezequiel dos Santos Ao invés de limpar o terreno para cobrir de grama, alguns moradores começam a colocar em pratica algo que já está em seu DNA e não sabia - fazer do quintal um jardim comestível ou sustentável, ou os dois. Embora muitos pareçam bagunçados eles seguem uma ordem cultural e produtiva lógicas. Além de criar um ambiente apenas para olhar – cultura de paisagem – alguns moradores o deixam com características funcionais e de vivencia, como foi a idéia do morador tradicional Benedito “Ferreira”, 66, do Sertão da Quina. Para melhor aproveitar um quintal ele cultivou “pé de café” como quebra vento e aproveitando a “épa” (época) para plantar alguns piques de rama de mandioca que servirão para consumo, troca de gentilezas e manutenção da tradição agroecologica mais a frente. Ferreira então realizou o que é comum em muitos países – reaproveitamento mínimo dos espaços para algo de fato útil. No Brasil era comum o rodízio das terras para sustento das famílias e as trocas de mercadoria agregado aos demais valores

Outubro 2015

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culturais e ambientais associados. A farmácia, por exemplo, há décadas encontrava-se sempre na soleira da porta da cozinha, hoje num amontoado de caixas dentro de algum armário. Por aqui ainda se produz um pouco desta cultura, porém é comum a intervenção da lei ambiental em continuar destruir e desestimular a pequena produção ou sua tentativa como se fossem os maiores criminosos do mundo. O agrônomo e especialista em agroecologica, extensionista da CATI Antonio Marchiori, junto com outros especialistas publicou um trabalho onde explica bem esse resgate de cultura e produção de forma sustentada na realidade local e regional. Intitulado “Extensão Rural Pública para Viabilizar Ecoagriculturas Para além da Visão Sistêmica Rumo as Estratégias de Convivência no Cotidiano” retrata muito bem o compartilhamento de tecnologias de base agroecológica apropriadas para o desenvolvimento de uma conjuntura regional favorável para o aproveitamento sustentável dos recursos naturais. Resumindo trata-se da “Ecoagricultura”, que segundo a defi-

nição de McNeely & Scherr são atividades no meio natural associado à gestão de paisagens para a produção de alimentos e para a conservação de serviços ecossistêmicos: produção de matérias primas diversas de forma sustentável, conservação do solo e da água, manejo da biodiversidade e redução de risco de mudança climática. Isto é, embora na casa do “Ferreira” o espeto seja de pau, sua adaptação a profissão do futuro “produtor de ecoagricultura” é de ferro, ele só não sabia que tinha estes nomes e que seu exemplo, assim como de muitos outros será tão importante a vida, mas uma vida saudável a todo ambiente. Quem disse, por exemplo, que folhas de arvores amontoadas são lixo, são matérias primas, só precisamos saber o que fazer com elas antes de mandar para o lixo comum. Perguntem ao Ferreira e outros moradores tradicionais se eles não sabem o que fazer com o material que a natureza transforma e que olhamos como rejeito, às vezes como sujeira, outras como lixo. Na próxima edição falaremos das frutas no entorno de florestas.

Infância Missionária: Missão crianças que evangelizam

Entre meados do mês de setembro e a primeira quinzena de outubro o grupo da Infância e Adolescência Missionária – IAM - da Capela Nossa Senhora das Graças realiza novenas nas casas de moradores que se sentem na necessidade de um contato mais intimo com a fé cristã. Estas novenas são em honra a Santa Terezinha do Menino Jesus - padroeira da Infância Missionária- com previsão de término no próximo dia 12 de outubro. As crianças levam rosas, velas e o terço para as orações. Nem as últimas chuvas interferiram no projeto das crianças. Foram várias casas e famílias que receberam de braços abertos as crianças que serão as futuras famílias em formação. Cada dia uma família recebe o grupo, que se encontra em pontos estratégicos, e que não desanimou mesmo com tempo ruim. Vários moradores viram pais, coordenadores e um considerável número de crianças caminhando pelo bairro, muitos até acharam que se tratava de uma grande festa de aniversário ou algo do gênero. Na realidade eles se encontram na capela e caminham em procissão, rezando, cantando em direção a família escolhida, aproveitam um momento de dialogo entre eles. O movimento conta com 80 integrantes, sendo destes,

15 são pais e responsáveis, além dos voluntários. Uma das coordenadoras fala que foi muito importante a participação dos pais que, num dia de chuva, se mobilizaram para que as crianças chegassem secas e a tempo para cumprir o objetivo. É parte de um trabalho que conta com a missão de visitar os mais velhos, doentes, necessitados, levar uma palavra de carinho e de fé, os que se afastaram da igreja, como o próprio nome diz Infância Missionária – crianças em missão. Existe um sentimento de valorização religiosa entre os visitados tendo em vista o número de pessoas que os acolhem. Para quem não recebia sequer mais a visita de um amigo, parente ou religioso, se emociona em ver tanta criança em uma causa nobre. Melhor! Sem nada para pedir e sim para oferecer, de graça e por vontade própria. De outro lado, para as crianças a experiência desta missão, sobre o tempo de Deus, a sua Vontade, tem um valor imensurável, porque além de trabalhar dentro da igreja – templo - agora se encontram em missão trabalhando nas cercanias da paróquia, em lares que necessitem da palavra de Deus através das crianças. Como diz uma antiga canção religiosa: “Só entra no céu quem for como as crianças...”


Outubro 2015

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Coluna da Adelina Fernandes

A Criança e o Futuro

E chegou a primavera, veio outubro e está aí o Dia da Criança. Primavera, tempo de renovação, de vida que desabrocha, de esperança de tempos melhores. Isso tudo não e sinônimo de criança? A criança é a única esperança de que o ser humano tem de ser melhor, ter uma vida com menos violência, com mais saúde, educação e meio ambiente preservado, de aprendermos a cuidar melhor da natureza, para que haja um futuro. O mundo precisa de muitos e muitos meninos para ensinarem aos homens a salvar a natureza... Se os adultos de hoje souberem cuidar de nossos meninos e meninas, proporcionando uma educação decente e uma vida digna, com bons exemplos - nada a ver com o que vemos, hoje, em nossa sociedade, na política, na justiça, etc. - as nossas crianças terão perspectiva

de poder lutar por um mundo melhor amanhã. Mas temos que começar agora. Não queria dar brinquedos de presente, apenas, para as crianças, no seu dia. Queria poder dar, para as crianças de hoje e de amanhã, rios vivos, limpos e claros, ar puro, alimento sem contaminação de agrotóxicos e produtos químicos, estações definidas, climas amenos, natureza preservada. No entanto, não posso evitar que nossas crianças vejam desastres ecológicos por desrespeito à natureza, violência e falta de moral, falta de humanidade e de consciência, decorrentes da ganância e da miséria. Os adultos, todos, até os donos do poder - principalmente eles, talvez - deviam ser mais crianças, para serem mais honestos, mais humanos, mais sinceros. E quanto às crianças, se eu pudesse dar-

-lhes um conselho, pediria que crescessem, sim, mas que não se transformassem em “gente grande”: que sejam apenas GENTE. E que nunca, jamais, deixassem morrer a criança dentro de seus corações, seja qual for a idade que tenham. Pois é da criança que emana a vida, alento, felicidade, poesia. É isto que brota de mãos pequeninas e faísca dos olhos de luz de pequeninos seres que chegam a este mundo que temos o dever de tornar melhor, para que eles tenham um futuro mais promissor que o nosso. Pequeno grande mundo que pode ser mais feliz, pois enquanto houver criança, teremos a certeza de que Deus ainda tem esperança no ser humano... (Crônica publicada no jornal A Notícia, de Joinville - Por Luiz Carlos Amorim – Escritor)

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