Jornal Maranduba News #79

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Maranduba, Dezembro 2015

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 6 - Edição 79

Foto: Aguinaldo José/PROMATA

15 ª Romaria a pé Aparecida bate recorde de peregrinos


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Bar do Pedro

Um estabelecimento que faz parte da história da Maranduba é o Bar do Pedro. Localizado de frente para o mar, próximo a praça do Sapé, centro comercial local, esse bar começou a funcionar na década de 70 como uma barraca de praia feita de bambú. Local pitoresco, sempre conhecido como point badalado da região, foi muito frequentado pelos turistas que busca-

vam na Maranduba seu refúgio de férias e finais de semana. Por mais de 4 décadas o bar foi administrado pelo empresário Pedro Resende e sua família. Em novembro de 2014 o Bar do Pedro passou a ter nova direção. Sob o comendo dos empresários Carlos Alberto Guandaline Alves (Carlinhos) e Rubens Mendes do Patrocínio (Rubinho), o Bar do Pedro

sofreu algumas modificações para melhor atender ao público local. Além das porções e batidas, o local oferece um restaurante com deliciosos pratos a la carte e uma pizzaria com forno à lenha. Nesse ambiente aconchegante a beira mar também conta com música ao vivo nos finais de semana. Mais uma opção para quem deseja desfrutar deste paraíso chamado Maranduba.

TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 3832.6688 - (12) 99714.5678

Editado por: Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor Chefe: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SP Consultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801 Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961 Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo


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Prefeito desiste de projeto que dispensaria prédios na Maranduba de fiscalização ambiental pelo Estado Leandro Cruz/Informar Ubatuba

O prefeito Maurício Moromizato (PT)acabou desistindo do Projeto de Lei 05/15, de autoria do próprio Executivo, que criaria uma Zona de Especial Interesse Social (ZEIS) em um terreno na região da Maranduba reclamado por um empresário local. Se aprovada, essa forma de regularização fundiária permitiria que futuros empreendimentos fossem levados a cabo sem a necessidade de Declaração de Conformidade Urbanística e Ambiental (DCUA), emitida pelo Governo do Estado e auto de regularização da Secretaria de Habitação. Embora o ofício assinado por Maurício contenha carimbo do último dia 18, o pedido de retirada do projeto só foi tornado público na última sessão da Câmara Municipal de Ubatuba, durante a leitura do expediente.

O PL 05/15 tramitava em regime de Urgência Especial, isso é, dispensando o parecer da Comissão de Justiça e Redação. A comissão havia recomendado que antes da aprovação do PL, fossem feito amplo debate com especialistas e a sociedade, sobretudo os moradores da região. A retirada do projeto aconteceu após diversas manifestações contrárias por parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente, de moradores da região, de vereadores e de organizações de proteção ambiental. Esses mesmos grupos também fizeram críticas a outro projeto, irmão deste, o PL 06/15 que passa a permitir prédios de até quatro andares na região e foi aprovado a toque de caixa após também ser colocado em regime de Urgência Especial.

Xavier volta a defender prédios na Maranduba e chama InforMar e Reclama Aqui de ‘mídias nocivas’ e ‘retrógrados’ Leandro Cruz/Informar Ubatuba

O vereador Claudnei Xavier (DEM) voltou a defender a aprovação de legislação que permite a construção de prédios de até quatro andares em uma área da região Sul de Ubatuba, próxima a um famoso posto de gasolina. Segundo ele, a supressão da mata nativa naquela área é necessária para atender à demanda habitacional do município, cuja população vem aumentando. Em sua avaliação, o desmatamento de determinadas áreas se justifica devido ao fato

de o município ter mais de 85% de seu território coberto por vegetação nativa. “Vai construir no mar?”, ironizou. Na tribuna, em seu longo discurso de mais de 20 minutos, após falar também sobre questões relacionadas à Saúde e defender a permanência de Ubatuba na Região Metropolitana do Litoral Norte, Claudnei disse que voltava a abordar o tema dos prédios na Maranduba para responder àqueles que, em suas palavras, estariam “batendo” nele na Internet. Xavier criticou os ambientalistas e falando sobre

o que classificou como “pensamento retrógrado” citou o portal de notícias e turismo InforMar Ubatuba e o grupo de debates do Facebook “Reclama Aqui, Ubatuba”, que conta com mais de 12 mil membros. Para o vereador, o site de notícias e o fórum de discussão online seriam “mídias nocivas”. Os debates iniciados nas redes sociais que contiveram opiniões que desagradaram ao vereador foram gerados pela tramitação dos Projetos de Lei 05/15 e 06/15. Corforme noticiado pelo InforMar

Ubatuba, o projeto 06/15, já aprovado, permite prédios de até quatro andares e faz menos restrições ao uso do solo a uma determinada área da região da Maranduba. O projeto 05/15, que criaria uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) em uma área de 120 mil metros quadrados, dispensaria eventuais futuros empreendimentos de terem que receber aprovação de orgãos estaduais de fiscalização ambiental e urbanística. O prefeito Maurício Moromizato (PT) acabou pedindo a retirada da pauta do projeto,

de autoria do Executivo, após receber críticas do Conselho Municipal de Meio Ambiente, de vereadores, de cientistas e de moradores da região Sul. Os dois projetos receberam pedido do Executivo para tramitar em regime de Urgência Especial, isso é, passando por cima da Comissão de Justiça e Redação que havia dado parecer contrário a ambos os PLs. A comissão recomendava que antes de ir a plenário o assunto fosse debatido com a sociedade por meio de instrumentos como audiências públicas.


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Projeto “Pescador Amigo” incentiva consumo responsável de pescados e valoriza pescadores artesanais Ezequiel dos Santos O projeto que inicialmente foi criado para reduzir a captura acidental de tartarugas marinhas e golfinhos, atualmente trabalha em parceria com pescadores do litoral sul de São Paulo na adoção de praticas de pesca responsáveis de forma interativa, respeitosa e incentivada do ponto de vista sustentável. Guia de Consumo O projeto dispõe gratuitamente um guia de consumo responsável de pescados que pode ser baixado e impresso através da internet a ser utilizado na hora da escolha de pescados para consumo. Classificado em três categorias – BOM APETITE, COMA COM MODERAÇÃO E EVITE, - a tabela apresenta 61 espécies de pescados, desde o consumo livre até o restritivo. As atividades do Projeto Pescador Amigo são desenvolvidas por uma equipe de monitores, educadores ambientais, estudantes de Biologia e mestres para disseminar o conhecimento em diferentes faixas etárias, grupos sociais e culturais.

Cartilha Existe também uma cartilha ambiental e uma História em Quadrinhos, para atender cerca de 4 mil alunos da Rede Pública da Baixada Santista. Com o título “Pescando Novos Conhecimentos”, a cartilha traz como personagens principais O Pescador, A tartaruga Marinha e a Toninha (Golfinho). Este material pode ser disponibilizado através da internet e mostra a arte da pesca e medidas simples que vem ajudando a diminuir os acidentes com espécimes que não fazem mais parte do cardápio humano. Com uma didática interessante o material em nenhum momento aborda a brutalidade que vem ocorrendo com a categoria. Simples idéias Os depoimentos de pescadores a respeito da importância de práticas de pesca responsável fazem parte do documentário “Pescador Amigo”. Idéias simples de pescadores como adoção de praticas de pesca com redes de fundo, que evita a captura de tartarugas, tingimento da rede usada no cerco flutuante, técnicas de

manejo cuidadoso de espécimes a serem retirados da rede também foram premiados. Ao que parece, o importante é saber que o concurso é livre de influencias “ambientalóides e de pessoas biodesagradáveis” para que os profissionais da pesca artesanal pensem por si só – sem pressão- nas mudanças que podem melhorar o trato, a técnica e o manejo das espécies para o futuro da pesca local e regional. Geralmente os prêmios são sondas

e sonares para os primeiros colocados. Respeito em 1º lugar O texto fala de um roteiro de visitas pautado na respeitabilidade das partes e uma coleta continuada de dados a serem compartilhadas entre pesquisadores e pescadores, também como preenchimento de base de parceiros como o Instituto de Pesca de São Paulo (IP). A equipe de monitoramento está treinada para efetuar uma abordagem amis-

tosa e didática aos pescadores, interagindo de maneira a envolvê-lo ao projeto e não na desistência da atividade. Mostram alternativas positivas em compartilhar as informações de sua atividade como base estatística e principalmente pela oportunidade de melhoria em sua atividade artesanal, para um sucesso na pesca ainda em muitas décadas. Maiores informações ou baixar os materiais de apoio acesse: http://pescadoramigo.eco.br


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Integrante da PROMATA recebe livro internacional da história de imigrantes Búlgaros e Gagaúzos passados no litoral norte paulista No último mês de novembro, a PROMATA, através de um de seus integrantes, recebeu o livro autografado “Imigrantes Bessarabianos – Búlgaros e Gagaúzos” do pesquisador e escritor Jorge Cocicov contendo mais de 756 páginas da mais rica e elaborada história da imigração deste povo pelo mundo e pelo Brasil no território do litoral norte paulista, principalmente na Ilha Anchieta, onde morreram por ingestão de mandioca ”brava”. Esta parte da história do país que os brasileiros não conhecem recebeu um capítulo inteiro sobre o ocorrido em nosso território na década de 1920. O livro, muito bem ilustrado, busca informar de maneira simples e rica os detalhes da evolução deste povo no trato das causas da imigração e suas consequências devidos aos vários fatores durante seu curso na história mundial. Pode-se dizer que é muita informação por “metro quadrado” de livro, por isso é considerando apaixonante. O autor soube registrar essa epopéia, com relatos de centenas de famílias, histórias de vida, árvores genealógicas, costumes, tradições, gastronomia, literatura, mais de 1000 imagens e diversos temas de interesse histórico-sociológico. Com vários recortes de jornais e documentos antigos ele traça uma linha mestra na história local com ramificações internacionais ligadas ao velho continente - Europa. Segundo o autor “O livro conta a história da Bulgária, sob o jugo otomano por 500 anos e que levou muitos dos seus filhos a emigrarem para a Bessarábia (Rússia) hoje Moldávia no sec.

XIX, aonde no século seguinte, forçados pelos invasores romenos vieram para o Brasil, em 1926.”, comenta Cocicov. “Essa imigração está ligada à história da Ilha Anchieta, e, portanto à de Ubatuba, pois nela muitos desses imigrantes ficaram segregados por cem dias, nos quais morreram 151 pessoas, na sua maioria crianças”, reforça o autor. Lançamento Em nota, o autor diz que o lançamento do terceiro livro aconteceu no museu da imigração na capital paulista. Esta obra completa uma trilogia (2005-2007-2015) na qual o autor narra toda a epopéia desses imigrantes que vieram da Bessarábia (atual moldávia) para trabalharem nas fazendas de café paulistas, desembarcando em Santos, no ano de 1926. O novo livro conta com pesquisas mais profundas que trazem à luz fatos mais específicos sobre a história que relata terem eles sido abandonados à própria sorte e sem opção. “Eles mendigaram, submeteram-se aos fazendeiros de café, trabalharam na construção civil, na Adutora Rio Claro, em Mogi das Cruzes - SP e formaram colônias na Alta Sorocabana, em Santo Anastácio (incluindo o atual Mirante do Paranapanema), Tupã, Quatá, Norte do Paraná, sul do então, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O livro estará à disposição da comunidade na biblioteca Doraci na sede da PROMATA no Sertão da Quina mediante agendamento. Maiores informações através do email jorge.cocicov@uol.com.br e boa leitura.

Cocicov não esconde a satisfação pelos anos de dedicação - merecida tarde de autógrafos


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Projeto Uilikandé produz e comercializa alimentos sem agrotóxicos na região sul

Renata Takahashi É na região sul de Ubatuba, em dois bairros bem distantes do centro, que nascem as raízes, folhas e frutos do projeto Uilikandé. A iniciativa comercializa cestas com produtos cultivados sem veneno, recém colhidos nas roças da dona Cida, no bairro Folha Seca, e do seu Cido e da Lirca, no Araribá (conheça as roças no vídeo abaixo). Dona Cida e seu Cido são agricultores experientes que, preocupados com a saúde deles próprios, dos consumidores e do meio ambiente, deixaram de usar agrotóxicos em suas plantações. A dona Cida não utiliza veneno há 7 anos. A roça cuidada por ela e por seu marido impressiona pela diversidade, e revela a dedicação de um casal de japoneses muito íntimos da terra. Já o seu Cido começou a plantar sem fazer uso de agrotóxicos em 1993, tendo acumulado assim mais de vinte anos de conhecimento prático. Cestas padrão Toda semana, os consumi-

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dores do projeto Uilikandé recebem por e-mail uma lista contendo os itens da cesta padrão, que variam de acordo com o que está disponível para colher nas roças. São duas opções de tamanho. A cesta pequena contém aproximadamente 9 itens e custa em torno de 35 reais. A cesta grande é composta em média por 17 itens e custa por volta de 55 reais. Nesse valor está incluso uma taxa de 15 reais, para custos de transporte e gestão do projeto. Também é possível pedir itens adicionais além dos que já vem na cesta. Buscando uma logística de menor impacto ambiental, o projeto conta atualmente com pontos em seis bairros entre a região sul e o centro de Ubatuba (Lagoinha, Fortaleza, Rio Escuro, Lázaro, Itaguá, Centro) onde os consumidores podem buscar suas cestas e realizar o pagamento. A ideia é descentralizar o acesso aos produtos sem agrotóxicos, e fazer com que eles viajem o menos possível até chegar ao consumidor. Mais informações: organicosubatuba@gmail.com

Capoeiristas de Ubatuba festejam reconhecimento internacional pela UNESCO

No último dia 25, umas das manifestações culturais mais conhecidas no Brasil e do mundo – Roda de Capoeira, recebeu da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) o titulo de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade. O reconhecimento aconteceu durante a 9ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial na sede da organização em Paris entre os dias 24 e 28/11. La estava a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado; da diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Célia Corsino; e dos diplomatas da delegação do Brasil junto à Unesco, capoeiristas brasileiros também acompanharam a votação, entre eles os mestres Cobra Mansa, Duda Pirata, Peter, Paulão Kikongo, Sabiá e a Mestra Janja. O som do atabaque e do berimbau comoveu os representantes dos países presentes à apresentação. A presidenta do Iphan, Jurema Machado, presente na sessão do comitê, explicou que as políticas de patrimônio imaterial não existem apenas para conferir títulos, mas para que os governos assumam compromissos de preservação de seus bens culturais, materiais e imateriais, como a Roda de Capoeira. “O reconhecimento internacional amplia as condições de salvaguarda desse bem”, esclarece. A Câmara Municipal de Ubatuba pretende até a última sessão ordinária deste ano realizar uma homenagem aos grupos de Capoeiras em Ubatuba compostos pelos grupos Mandinga de Angola Mestre Jequié (Jaldo Motta da Silva), Grupo Guelê Mestre Portes (José Portes), Be-

rimbau Mundo Mestre Formiga (João Caldeira Coelho), Liberdade Camará Mestre Chicão (Francisco de Holanda), Nova Maré Mestre Serginho (Sérgio de Oliveira Marques), Mestre Pit Bull (José Carlos da Silva Dias), Arte Universal Mestre Leco (Rogério Elias Barbosa), Herança dos Negros Mestre Japão (Noel Augusto Nunes), Centro Cultural Capoeiras Mestre Glauber (Glauber Fernandes), Unidos a Liberdade Mestre Nerci (Nerci de Souza), N’Golo Graduado (Marcos Saulo Gonçalves, Arte Negra Professor Kelé (Clementino Jacinto Oliveira), Angola Peregrinos (Luiz Henrique Heparicio) e Arte e Vida Prof. Pézão (Mário Gabriel do Prado). A homenagem se dá como extensão do reconhecimento internacional dentro do território de Ubatuba. Vários grupos se manifestaram com festa ou com reflexões sobre a importância da manutenção desta cultura nacional de origem afro-brasileira, praticada em cerca de 160 países, em todos os continentes. Origem Originada em pleno período escravista, a capoeira desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o controle

e a violência. Atualmente é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional. A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira tiveram o reconhecimento do Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2008 e estão inscritos, respectivamente, no Livro de Registro das Formas de Expressão e no Livro de Registro dos Saberes. Hoje a capoeira é reconhecidamente uma ferramenta de transformação social, cultural, esportiva, comportamental veiculo pedagógico nas várias classes sociais das escolas públicas e privadas de Ubatuba. Em Ubatuba a Roda de Capoeira efetivamente se organizou e ficou mais conhecida a partir da década de 1970 reavivada pelo Mestre Jequié e que a cada ano os grupos de capoeira têm representado de forma positiva Ubatuba em eventos nacionais e internacionais, mantendo a identidade de um município que vem se esquecendo de sua história raiz. O Ministério da Cultura e o Iphan, através das redes sociais, acreditam que o reconhecimento deva aumentar o interesse na manutenção deste patrimônio que é um bem único. Fonte: MinC - Iphan


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Grupo de Corrida da Maranduba Claudia Félix É fato: a corrida é um eficiente meio de deixar o corpo saudável, tonificar os músculos e deixar o coração mais forte. O que os cientistas acabam de concluir é que os benefícios podem ser multiplicados se ela for praticada em grupo, pois os níveis de endorfina são liberados pelo nosso corpo em doses maiores quando corremos ou nos exercitamos em companhia de outras pessoas. A explicação está associada ao sentimento de carinho, cuidado, afeto e amizade que tornam o exercício mais relaxante e prazeroso se fosse feito sozinho. No Grupo de Corridas IBS - Maranduba não é só uma busca por vitória - de primeiro, segundo, terceiro lugar. Esse é o espírito do grupo … melhorar a cada prova, superar seus limites, sem esquecer que o que importa é celebrar a vida, se divertir, interagir com os outros e, mais do que nunca, dar um adeus ao estresse do dia a dia. Ir as corridas para brincar com os amigos, e dar apoio àquele que não está bem ou quase desistindo. Em suas últimas provas: Adrena Run – Independência Set/2015 – 12 kms. Adrena Run – Nossa Senhora Aparecida Out/2015 – 13 kms. Super 5k em São José dos Campos Out/2015 Circuito Oscar Running Adidas Nov/2015 – 10 kms Na edição 76 do jornal Maranduba News de setembro de 2015 , estão as provas anteriores realizadas pelo grupo. Temos no grupo , atletas em várias categorias (idades). Estamos estimulando, as pessoas de todas as faixas etárias a participarem. Tanto que na corrida da Adrena Run

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Out/2015 , tivemos nossa atleta mais nova e o mais idoso da região sul participando: Giovana Félix Prado (13) e o Sr. Jair Alves de Sales (60) conquistando 2º lugar, assim, subindo ao pódio. Sempre é bom ter cuidado. Um dado alarmante merece atenção: 60% dos corredores ainda correm sem orientação técnica. Muitos acreditam não necessitarem dessa orientação, basta ter um tênis apropriado e um local adequado para literalmente saírem correndo. As pessoas ficam tão motivadas quando começam a correr que acabam querendo pular de uma distância para outra maior em um curto espaço de tempo, sem levar em consideração que como todo esporte, existe um tempo para evoluir e de capacidade técnica para tal. Cada organismo reage e adapta-se de maneira diferente ao exercício, e o seu colega de treino não pode servir de referência, pois quem deve ditar o ritmo, volume e intensidade é o profissional qualifica-

do após efetuar uma avaliação. Pratique com profissionais da Educação Física que já atuem com corrida de rua, garantindo assim um acompanhamento mais eficiente e seguro. Na história das Olimpíadas Antigas, a primeira prova instituída foi uma corrida, embora curta, chamada pelos gregos de stadion de cerca de 200 metros. Entre as provas de rua, a mais conhecida é a maratona de 42,195 km. Sua origem também remonta à Antiguidade grega. Segundo a lenda, um soldado (Feidípedes) correu da planície de Maratona até Atenas, para levar a notícia da vitória dos gregos sobre os persas. Sempre de acordo com a lenda, ele conseguiu a proeza, para morrer em seguida. No Brasil, no começo do século 20, o atletismo dava seus primeiros passos. Mas as corridas de rua já eram das competições mais concorridas. Por rival, em importância, havia as regatas. O futebol ainda engatinhava, antes de firmar-se como primeiro esporte nacional.

Escola Municipal apresenta a III Mostra Afro Descendente

Imagem do vídeo onde as crainças dançam ao público No último dia 17 a escola municipal Nativa Fernandes de Faria e EMEI Thereza dos Santos – Sertão da Quina apresentaram a III Mostra Afro Descendente com uma considerável programação cultural. A equipe escolar e os alunos participaram em peso das atividades, foram semanas de preparativos e planejamento. As apresentações surpreenderam ao menos 150 pessoas que aplaudiram com fervor. O balanço da capoeira fez requebrar a cintura dos expectadores e pra fechar uma deliciosa feijoada encerrou o evento. Na parede do complexo esportivo estavam dispostas as bandeiras dos países que mandaram seus filhos a esta terra no auge do trafico negreiro. A arquibancada estava lotada de pais e mães que não escondiam a expectativa e a “corujice” de verem seus filhos no palco desta mostra. Com uma hora e meia de apresentação

e degustação o evento foi sucesso de público e crítica. Sem tirar o mérito do evento, uma mãe de aluno comenta que “é uma pena que em reuniões escolares, na colaboração com professores e em atividades extras para os próprios filhos e alunos não se vê tanta gente, mas em festa aparece todo mundo”, a declarante não quis se identificar. Entre os alunos a mostra não parecia apresentação e sim uma grande festa, todos se sentiam realizados em apresentar-se aos pais. Foi possível perceber que enquanto um grupo se apresentava os que aguardavam sua vez ou já haviam se apresentado cantavam e dançavam nos bastidores. Assim ficou o organograma do evento: Abertura, Apresentações de “Barbatuque Sambalele”, Olhos Coloridos”, “Palavra Cantada África”, “Berimbau Metalizado”, “Barbatuque Baiana”, “Cor do Brasil”, “Som da Liberdade”, Apresentação de capoeira e degustação de comida típica.


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15 ª Romaria a pé Aparecida do Norte bate recorde de peregrinos Aguinaldo José/PROMATA “Pelos prados e campinas verdejantes eu vou... É o Senhor que me leva a descansar...Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou... Minhas forças o Senhor vai animar...” Foi mais ou menos como na musica de composição autoria de Frei Fabreti e Thomas que a romaria rumo a Aparecida

do Norte começou no último dia 18 terminou no dia 29 seguinte. Esta edição bateu recorde de participantes. Foram contabilizados 648 peregrinos que toparam caminhar quilômetros a pé em nome da fé, da experiência do turismo religioso, do estimulo a autoestima, combate a depressão, elevação da moral e contemplação da natureza.

Fotos: Aguinaldo José/PROMATA

Fortalecendo a fé em contato com a natureza

Entusiasmo e fé durante o percurso

Parada obrigatória, falta pouco para cumprir o objetivo

Pico do Bomfim - quase chegando

Pedidos e orações no primeiro trecho


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Experiência de um peregrino Aguinaldo José/PROMATA Tudo começou a acontecer na matriz em Ubatuba, lá a o bispo é quem fez as honras e a missa de envio. Uniformizados partirmos para o objetivo. Até o almoço do outro dia os peregrinos enfrentaram chuva, nada que desanimasse o seleto grupo. Já nos primeiros quilômetros os participantes colocaram a prova sua superação, foco e determinação de seus objetivos. Uns descalços, outros de chinelos, muita gente de tênis, houve os que ficaram com os calos a mostra e teve que cobri-los. No caminho a descoberta mais valiosa de superação, um casal de senhores – Dona Tereza (76) e Sr. Pedro (86) mostraram nesta romaria o que é foco na vida, na fé e na caminha de uma longa história de vida. Tirando as coisas corriqueiras: boa organização, almoço e jantar na hora programada, desta vez foram homens do exército que apareceram no meio do caminho realizando suas manobras. A medida que vamos chegando ao objetivo nos senti-

Moradores partindo do Emaús - Sertão da Quina mos mais leves, cada um com nos primeiros quilômetros o sua forma de leveza. O grupo cansado, que vai aos poucos se aproxima mais a cada qui- ficando para trás a medida lometro percorrido, mas não que o caminho vai encurtando pela distancia e sim pela ami- e os apoios – religioso, moral e zade criada na caminhada. fraternal- lhe estendem a mão. Na realidade qualquer pesA chegada é sempre um soa pode participar, não exis- evento e uma sensação inexte limite de idade, nem sexo, plicável. Você está cansado, basta só ter força de vontade, sentindo dores, com sono atramuita coragem e fé. sado, poucas horas de sono, e A partida e a chegada ao mesmo tempo sente-se um A sensação da partida é vencedor e agradecido por ter mais de dúvida se vai chegar chegado até ali, muitas vezes ou não, o entusiasmo e a an- sem saber como conseguiu. siedade também grudam em Isso é fé, o resto é determivocê. Aos poucos a calmaria, nação.

Calos - parte do processo

Devoção e fé em todo percurso

Em direção à Basílica


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Morador usa bote e manequim para protestar contra rua alagada no litoral

AÇÃO SOCIAL APASU ASSOCIAÇÃO PROTETORA DOS ANIMAIS DA REGIÃO SUL DE UBATUBA DIA 05/12/2015 – 19HS

LOCAL: Nova Sede Adega D’Menor R.Roberto Antonio Prado, 2.260 (ao lado da ponte/Com.Blessa) SERTÃO QUINA Protesto rua alagada de Ubatuba (Foto: Polyane Guimarães/Vanguarda Repórter) G1 Vale do Paraíba e Região Moradores do bairro Sertão da Quina, em Ubatuba (SP), encontraram uma forma inusitada de protestar contra os constantes alagamentos na-

quela região. Da última vez em que a chuva criou poças nas ruas, eles colocaram um bote e um manequim “pescador” no meio da rua Recanto da Paz. Os problemas com

ruas que alagam e ficam intransitáveis após fortes chuvas em Ubatuba são constantes. Pelo menos nove bairros da cidade tem ruas de terra com este tipo de problema.

Obra vencedora de concurso de desenho vira mural da entrada de colégio

Moradores tem nas últimas semanas notado uma diferente e colorida idéia estampada no portão principal do colégio Áurea Moreira Rachou no Sertão da Quina. A obra é fruto de um concurso de desenhos promovido pelo colégio em parceria com integrantes da seicho-no-ie, onde se valeu as melhorias no ambiente escolar. Foram premiadas as três primeiras colocações e a aluna do 6º ano A, Camilli Catharina, 11 anos, ficou com o topo do pódio desta vez. Como premio recebeu um tablet para ajudar nos estudos, porém empolgação mesmo foi ver seu trabalho sendo desenvolvido por grafiteiros profissionais no portão principal do colégio. Não faltaram os pais corujas, que acompanharam todo pro-

1º PREMIO: R$ 500,00 2º PRÊMIO: 1 Bicicleta 26 marchas aro alumínio 3º PRÊMIO: R$ 300,00 4º PRÊMIO: 1 micro-ondas 5° PRÊMIO: R$ 200,00 Cartela: R$ 10,00 ADQUIRA CARTELAS E AGENDE UMA CASTRAÇÃO Gato ou gata = 5 cartelas Cachorro, fêmea ou macho ate 15 kilos = 07 cartelas Cachorro, fêmea ou macho acima de 15 kilos = a combinar PARTICIPE E COLABORE “SEM PARTICIPAÇÃO NÃO CABE RECLAMAÇÃO”

Desde 2004 já foram realizadas 4.408 castrações. Até 15/10/15 - 408 castrações neste ano, sempre sem a ajuda de qualquer poder público. Estamos aceitando prendas, alimentos não perecíveis, assim como brindes, edredrons, cama, mesa, banho eletrodomésticos, cesta básica, etc...

cesso e até uma “self” fizeram como garantia da “corijice”. A aluna conta que não planejou o desenho, apenas executou a idéia no papel e o resultado foi a premiação. Do papel para a pratica, muita gente ajudou, o resultado surpreendeu até a vencedora.

A menina, que é só sorriso, agradece as pessoas que colaboraram com a arte do mural e na entrevista não parava de sorrir. Agora todo que passa em frente ao colégio não tem como não admirar seu trabalho. Parabéns pra Camilli!


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PROMATA finaliza Projeto “Cantos da Mata” No último dia 19 a PROMATA finalizou o projeto de iniciação a observação de aves “Cantos da Mata” realizado dentro do GT - Grupo de Trabalho do Conselho do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba em parceria com a Escola Municipal Bernardo Ferreira Louzada de Caraguatatuba. A visita aconteceu no Sítio do Sr. Jonas, no bairro Folha Seca (sítio dos beija-flores). Cerca de 20 alunos participaram da atividade. Com eles os PROMATAS Aguinaldo José, Antonio de Oliveira – Tio, Sandra Chinaia, a coordenadora pedagógica Leontina S. P. Almeida (Lila) e dois professores da escola Louzada. Como todo amante da observação de aves, alunos e professores se impressionaram com a qualidade, quantidade, diversidade (tamanho e cores) e a agilidade dos beija-flores em um único lugar. Durante a visita foram disponibilizados binóculos e câmeras fotográficas que garantiram a melhor visualização dessas lindas criaturas e a diversão responsável dos alunos. O proprietário do lugar, Sr. Jonas, simpático e disposto na colaboração da educação ambiental, contou sua história como cuidador das aves da mata atlântica, tirou duvidas das crianças sobre as aves, realizou uma pequena oficina sobre como montar bebedouros para beija-flores com material reciclado (garrafas pet, tampas, arrebites e plásticos). Após o lanche, as crianças participaram de uma caminhada na estrada cênica que passa ao lado do sitio. Lá pu-

deram observar com calma e maiores detalhes outras espécies de aves, insetos, flores, além da grande diversidade de plantas e árvores. Ao final, na despedida, uma foto com todo o grupo e a certeza que, no sorriso de cada aluno, o objetivo foi cumprido com sucesso. O projeto atingiu a meta de estimular o interesse de futuros observadores de aves, protetores da natureza ou aos menos cidadãos responsáveis. Agradecimentos a Sr. Jonas que proporcionou uma gentil recepção e disponibilizou sua residência para receber os alegres visitantes, que pelo visto levarão uma memorável lembrança deste passeio-pedagógico.

Acima foto oficial - Abaixo a chegada, orientações relembradas ao longo do projeto

Caminhada ecologica em estrada cenica

Sr. Jonas explica a importancia de se cuidar bem das aves


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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 20

Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

Ezequiel dos Santos Revista Ultima Hora – Edição Extra nº 90, Rio de Janeiro, quarta-feira, 2 de julho de 1952, na pagina 2, a conversa continua, os repórteres e autoridades queriam saber mais, qual era a versão de Pereira Lima sobre o motivo real da rebelião. “ Os motivos de nossa revolta e da nossa fuga foram antes de tudo a fome e os maus tratos. Na Ilha Anchieta não éramos tratados como homens, mas como animais. “Passamos dias sem comer e quando alguém reclamava metiam-lhe a “lenha” ou então nos davam peixe podre”. O capturado faz uma pausa e recomeça a contar – “Enquanto isso a Ilha vivia em verdadeira festa. Todos os dias eram verdadeiros banquetes e churrascadas para os políticos amigos da direção do presídio. Parecia até sede do diretório político. E o peixe que nós pescávamos era todo vendido pra fora”, conclui o capturado. Sobre amores a ele também perguntaram, se havia algum amor no meio da fuga, da sua principalmente. “Nada de mulheres, o que nos guiou e deu coragem foi a fome e as injustiças”. As perguntas não cessavam, Pereira Lima inteligente respondia com clareza e certeza que fazia dos curiosos sua garantia de vida, que suas palavras entrariam para os anais policiais e jornalísticos. Sobre a falta de comida e maus tratos exagerados, os sobreviventes ouvidos pelo JMN contam que se trata de um fato exagerado. A vida era mais dura naquela época, mas muitos, a grande maioria gozava até de mordomias que não existiam em outros siste-

mas prisionais do estado e do país. Mas isso é um fato que veremos a frente. À Pereira Lima perguntaram também sobre os detalhes de sua jornada através das matas: “depois que sai da ilha não disparei um único tiro” – afirma calmo e sereno. Na mesma página recebe também grande destaque a história do “Sargento Caboclo”. Um integrante do Exército Brasileiro que se misturou a moradores. Estava ele disfarçado de caboclo na tentativa de descobrir e capturar integrantes do levante. Diz a matéria que o Sargento do EB “Souza” havia desconfiado de um homem que gastava demais em uma “venda” local. “Em 1º de julho de 1952 – terça-feira – 16:30hs o repórter Norberto Esteves descreve a trajetória do disfarce com o seguinte título de matéria: “Coroa” delatou o esconderijo dos companheiros- Concedidas as garantias de vida – O chefe presidiário se entregou”. O texto fala do local onde tudo começou e terminaram – nas matas que circundam a comunidade de Monjolo, em Cunha, onde foi capturado João Pereira Lima, cercado pelas tropas do exército sob o comando do major Pedro Silva Neto Uste. O tenente Amorim desta mesma tropa teve uma idéia brilhante. Ele solicitou a um de seus comandados que se disfarçasse de caboclo e andasse pelas redondezas onde supostamente estivessem os foragidos, principalmente os mentores da evasão. Então o sargento Souza foi até a “venda” de Lazares Ferreira Mendes, onde ficou “assuntando”

os possíveis rebelados. Chega uma camarada de apelido “Coroa” fazendo perguntas excessivas sobre a região, as tropas, as estradas, o caboclo sargento desconfiado deu voz de prisão e detido ali mesmo começou o interrogatório. Queria o militar saber onde estava Pereira Lima, o capturado logo abriu o bico dizendo que estava a poucos metros dali. Com mais homens o sargento fez com que o delator o levasse próximo ao mentor. Estava sobre uma elevação montanhosa já sendo cercada por tropas, pessoal de vigilância e captura e investigadores. Os agentes da lei eliminaram quase todas as possibilidades de fugas, também com o numero de homens ao redor da montanha, tornaram inviável ao pequeno grupo de fugitivos um confronto direto, que seria muito perigoso e quase suicida. Foram momentos de extrema cautela, ansiedade, estresse e nervosismo. O suor corria na face de quem quer lá estivesse. O sargento caboclo, um cabo e “Coroa” aproximaram-se vagarosamente do grupo, que segundo o repórter, estavam em uma saliência do terreno protegido por arvores. Foram momentos de pavor para os lados – ou morriam ou sobreviviam todos, não havia meio termo. Surpreendentemente Pereira Lima se apresentou e pediu garantias de vida ao delegado Centola dizendo estar disposto a se entregar sem resistência. Assim o major e o delegado ofereceram as garantias em nome do secretario Estadual de Segurança Pública da época – Elpídio Reale.


Dezembro 2015

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Posto de saúde promove dia de conscientização sobre diagnóstico precoce do câncer a moradores aproveitando campanha do Novembro Azul e Outubro Rosa

Isso pode valer uma vida muito importante – a sua. No último dia 16, o posto de Saúde do Sertão da Quina – Isabel Félix dos Santos- realizou um dia de conscientização e orientação sobre um dos males que mais tem atingido a população nas últimas décadas – o câncer. Aproveitando as campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul os profissionais de saúde do PS agregaram as duas campanhas em um único dia. Nem mesmo as chuvas impediram os usuários da unidade de saúde de participar de um saboroso café da manhã, palestras, orientações, distribuição de brindes e muita informação sobre doenças sexualmente transmissíveis, métodos de prevenção, mamografia, câncer de colo de útero e de próstata, auto-exame de mama, entre outras dúvidas. O objetivo proposto foi o de atingir o maior numero de munícipes locais com orientações e exames preventivos e mesmo com as fortes chuvas pode

se dizer que as metas foram cumpridas. Num clima descontraído, participaram 21 mulheres e 19 homens, que realizam um bate papo bem franco com o Dr. Jorge Estefan. No Outubro Rosa, a campanha visa conscientizar e orientar as mulheres atendidas na rede pública de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que pode ser feito por meio do auto-estame e mamografias periódicas. Já a do Novembro Azul, pretende alertar os homens sobre a importância dos exames regulares de próstata, um dos tipos de câncer mais comuns entre a população masculina. Embora o programa aconteça nos meses da campanha, profissionais de saúde informam que a atenção com a saúde é permanente, qualquer dia é dia de fazer o auto exame ou procurar um médico para sanar sua dúvida.

Equipe realizadora do evento

Pela manhã as mulheres foram as primeiras a chegarem


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Infância Missionária arranca aplausos de fiéis na missa do dia 8

No último dia 08/11, na tradicional missa da história religiosa local, o grupo da Infância e Adolescência Missionária da Capela Nossa Senhora das Graças preparou um grande evento teatral que retratou o evento religioso de 1915 por estas paragens. Embora as chuvas anunciassem um fracasso de público e critica isto não aconteceu. As crianças se transformaram em grandes atores para contar o que foi vivido, em partes, pelos próprios antepassados. Com a capela tomada de fiéis, visitantes, turistas e até curiosos a apresentação emocionou a todos, até mesmo quem já conhece a história. No total foram mais de 20 minutos de tensão e lágrimas. Ao final, aplausos sinceros e comoventes dos paroquianos e visitantes. Era um emaranhado de celulares, câmeras fotográficas e pescoços que iam e voltavam para registrar e ver cada detalhe da atuação. Para este acontecimento as crianças se vestiram a caráter e deram mais uma vez o ar da graça. A réplica da imagem foi toda enfeitada com pedras brancas e rosas aos pés e os efeitos de som e imagem ajudaram a fi-

delizar o acontecido dentro da capela. O locutor e as vozes gravadas tornaram a mensagem mais clara e objetiva. Como encerramento do teatro foi cantado uma versão caiçara do tributo a Nossa Senhora de Fátima “ Treze de Maio” com letras relacionadas a experiência das meninas vividas nas décadas de 1910 a 1920. Após o encerramento da celebração podia ser visto no rosto de cada ator mirim a satisfação do dever cumprido, a alegria dos colaboradores e grata emoção dos pais e coordenadores das crianças. O padre agradeceu também a Banda Conversão pela gracio-

sa participação nesta celebração e pediu que, quando pudessem, alegrassem com mais apresentações ao público da região. A banda que é formada por integrantes de varias paróquias de Ubatuba começa a procurar espaço na agenda para atender as demandas. Ao final foram muitas fotos tiradas dentro da capela e ao centro um amontoado de crianças – da infância missionária – alegres e vestidas como os primeiros moradores da região, seus avós, bisavós e até tataravós. Quem viu foi unânime em afirmar que foi uma celebração memorável.

Dezembro 2015

Dia de Cristo Rei

Nem as fortes chuvas atrapalharam a festa social da Matriz Cristo Rei na Maranduba que aconteceram entre os últimos dias 19, 20 e 21. Foram varias barracas com comes e bebes e prêmios como TV, moto e dinheiro. Muita gente aproveitou para socializar e rever os amigos em grande estilo.

No dia de Dia de Cristo Rei Dom José Carlos Chacorowski celebra a missa da unidade na matriz Cristo Rei na Maranduba. Lá ele abençoou os Coordenadores de Pastorais e Movimentos de Comunidade da Nossa paróquia. As coordenações foram apresentadas individualmente ao bispo e em seguida abençoadas.


Dezembro 2015

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Coluna da Adelina Fernandes

Peregrinos refazem caminho da fé entre do centro até capela da região sul

Crônica de Natal

Saída da Igreja São Francisco no Centro de Ubatuba

Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria, enfim... Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido. Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas em várias nações do mundo. Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito. Dos Confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada reforma... E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor. Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados

à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador. Tudo era febre de expectação e ansiedade. Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado. Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite. Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela rutila no firmamento. O enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz. E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também... - “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...”

Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo... E o povo com Ele inicia uma nova era... É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa. Lembrando o rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste. Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela. Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia. Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida. Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil: - Jesus nasceu! Jesus nasceu!... E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente.

Devoção e fé mesmo debaixo de chuva Aguinaldo José/Promata No último dia 8, um grupo de fiéis peregrinos realizou uma caminhada do centro da cidade até a capela de Nossa Senhora das Graças no bairro do Sertão da Quina debaixo de chuva. O grupo sai da igreja São Francisco e rumou pela antiga estrada até o objetivo. Carros de apoio acompanhavam o grupo. Na saída uma oração solicitando sucesso nessa empreitada. O objetivo era chegar a tempo da celebração do dia 8 na

capela do Sertão da Quina. Também de experimentar a emoção da caminhada realizada por antigos moradores quando a fé era mais fervorosa na região e que não havia outra forma, além dos cavalos, de alcançarem os bairros periféricos, seja lá pra qual intenção fosse. O grupo não se intimidou com as chuvas e seguiu viagem. Ao final do dia a caminhada valeu a pena. Para o próximo dia oito há quem já se organize para esta caminhada, mesmo que chova.

Parada para o lanche



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