Maranduba, Março 2017
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano 8 - Edição 94
Ubatuba: sol, praia e discos voadores
Após meio século novas análises tentam esclarecer dúvidas
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Jornal MARANDUBA News
Regional Sul inicia recuperação de área degradada Apontamento do MP parado desde 2007 é acatado pela nova administração
A administração da Regional Sul recebeu 45 mudas de espécies nativas de árvores para plantio na avenida do Engenho – Sub Prefeitura da Regional Sul para iniciar um projeto de recuperação de área degradada. As mudas foram cedidas pelo Instituto da Árvore e o reflorestamento já teve início. De acordo com o administrador da Regional Sul, Josué dos Santos - D’menor, o objetivo é aumentar e preservar área verde.
A secretaria de Serviços e Infraestrutura Pública solicitou as mudas para atender a um Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA) que consta no processo SA 3778/07. Em janeiro deste ano, como parte do plano de solucionar todas as demandas administrativas e processuais que porventura estiverem paradas na pasta, a secretaria decidiu resolver a questão e se adequar ao apontamento do Ministério Público (MP).
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Editado por: Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda. Fones: (12) 3849.5784 (12) 99714.5678 e-mail: jornal@maranduba.com.br Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal Editor: Emilio Campi Jornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP Editora de Variedades: Adelina Fernandes Rodrigues Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961 Consultor de Marketing - Luiz Henrique dos Santos - Publicitario Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo
Histórico Em 2007, foi feita uma denúncia de que a administração da Regional Sul estaria ampliando a área do pátio de serviço, o que seria a causa da destruição da flora, desobedecendo às normas ambientais. Além da derrubada de árvores, entulho e lixo ficaram espalhados pelo local. Foi também aberto um acesso, causando risco de assoreamento do rio. As medidas pertinentes foram solicitadas pelo MP em 2007 e, somente agora saiu do papel.
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Atores sociais são pegos de surpresa com a saída do ex-gestor do Parque Estadual da Serra do Mar em Ubatuba
Ezequiel dos Santos Comunidades tradicionais, defensores do meio ambiente, agencias e operadores do turismo e do direito, especialistas das varias áreas, alunos, professores, usuários, visitantes e colaboradores do PESM se surpreenderam com a repentina notícia do desligamento do geógrafo Danilo Santos da Silva, 30 anos, da direção do Parque Estadual da Serra do Mar em Ubatuba. A notícia acontece no momento em que algumas ações de trabalhos iniciados há tempos, alguns inclusive há décadas, encontravam-se efetivadas ou em fase de efetivação. Danilo foi exonerado no primeiro dia de fevereiro na sede da Fundação Florestal (FF) na capital. Foram muitas as manifestações em favor do ex-gestor através das redes sociais e emails. Um documento foi elaborado e entregue a gerencia geral solicitando sua imediata recondução ao cargo. Desconstrução das relações sólidas efetivadas À imprensa a Fundação Florestal diz que a exoneração do gestor se deu por “incompatibilidade com as diretrizes atuais de gestão da Fundação Florestal”, porém não informou quais seriam tais diretrizes. Para o ex-gestor, “a FF tem uma diretriz clara que é o abandono. “Com essa diretriz eu não concordo e talvez isso tenha sido o grande motivo da minha saída”, comenta Danilo em entrevista ao Jornal Informar Ubatuba. Para os atores sociais a preocupação é a descontinuidade dos trabalhos junto as comunidades e as “segundas intenções” do estado, como a retomada da polemica sobre a privatização das florestas e seu
uso comercial, por exemplo. No mesmo período – 10/02/2017 - o Secretario Estadual de Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, baixou uma resolução – SMA nº 12 – revogando uma resolução anterior – SMA 54, 05/06/2016 (ambas que tratam da formação do Conselho Consultivo das Unidades de Conservação no estado), ao qual pode impedir ou limitar a participação democrática dos representantes da sociedade civil no conselho, levando para a caneta do secretario os interessados que possam formar o conselho de cada UC. Salles responde a procedimentos criminais junto ao Tribunal de Contas do Estado, a um inquérito civil na 8ª Promotoria de Patrimônio Público do Ministério Público-SP e a investigações de outras naturezas, causando mal estar e desconfiança nos setores científicos, ambientais, educacionais e comunitárias principalmente. Construção participativa e gradual O quesito participação democrática e dialogo com a comunidade teve seu início na gestão de André Martius e gradualmente, com a atuação de outros gestores, foi ganhando corpo entre a FF e os atores sociais. Na gestão de Danilo Silva, muitas destas tratativas se consolidaram. Dentre elas ao menos duas dezenas de itens se fizeram importantes a vida das pessoas, a qualidade ambiental e de um modo geral ao dialogo produtivo sobre desenvolver e proteger dentro e fora da Unidade de Conservação: reconstituição do Conselho Gestor (após 6 anos sem reunião, modernização do sistema de atendimento, levando mutirões aos bairros isolados, apoio as associações
locais, formalização e regularização das entidades de bairro, projetos de educação ambiental nas escolas, iniciativas de recuperação ambiental em diversas áreas degradadas do Parque, valorização das pesquisas científicas da UC (realização do II Workshop de Pesquisas do Núcleo Picinguaba, parceria com universidades e entidades de pesquisa, obtenção por 3 anos consecutivos de recursos do MEC para capacitação de guias e formação de monitores ambientais, formação de mais de 50 monitores ambientais com apoio da UFSCar, gestão dos atrativos de maior visitação do Parque com a elaboração de planos de segurança, fortalecimento das Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalhos do Conselho (como o GT Água Branca na região sul), coordenação do Mosaico Bocaina por 4 anos consecutivos, trabalhos em parceria com o P.E. Ilha Anchieta, ações de fiscalização na Zona de Amortecimento, em especial na Ilha das Couves, principal destino turístico da região norte, parceria com a Secretária de Turismo para a implantação da rota turística da Cazanga, cooperação Técnica com o Parque Nacional Serra da Bocaina, para gestão das áreas sobrepostas, apoio técnico e suporte aos projetos de implementação de sistemas de saneamento no Cambury e Sertão da Fazenda, garantia de participação e diálogo com as comunidades da região sul, elaboração de procedimento para autorização de manejo agrícola em conjunto com o conselho de desenvolvimento rural e pesqueiro, subsídios para a criação do procedimento estadual de observação de aves com base na experiJornal Maranduba News
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ência de credenciamento dos condutores para observação de aves (os primeiros do estado). Com estas ações, algumas parcerias se fortaleceram e passando do estagio da “repressão” tornaram-se produtivas, exemplares e vitrines sendo algumas modelos de trabalho em todo território nacional. Preocupação Com a nova resolução as comunidades tradicionais temem estar de fora das decisões sobre os territórios que vivem e manifestam sua cultura. A PROMATA se manifestou contraria e surpresa com a repentina mudança de gestão, já que não foi encaminhada a decisão ao conselho, não ouve transição e sequer explicações sobre o real interesse nesta mudança, se o principal objetivo do conselho do PESM será mantido e respeitado. A associação de base comunitária diz que a questão não é pessoal, mas sim pelo histórico de sofrimento, de lutas e conquistas. Também pelo temor da não continuidade dos trabalhos solicitados há décadas pelas comunidades tradicionais e demais atores sociais.
Na prática um processo de uma área, a qual faz parte de um projeto maior, que se arrastava a treze anos na região sul, foi adiado por mais 90 dias para que a nova diretoria da Fundação Florestal se manifeste. Na audiência do último dia 20, o juiz do caso se manifestou favorável ao projeto, porém a FF não quis assinar alegando que não conhecia o processo, que estavam olhando para o projeto no dia da audiência. Antes desta mudança o projeto estava de acordo com os envolvidos: Ministério Público, Judiciário e principalmente as comunidades a serem atendidas. A nova gestão esta a cargo de Claudia Camila Faria de Oliveira que realizou no último dia 17 a primeira reunião do Conselho do PESM Núcleo Picinguaba na sede de visitantes. Camila também é responsável por outras duas UCs – Parque Estadual Campos do Jordão e Parque Mananciais Campos do Jordão. Esta prevista para março uma reunião com a nova gestora na região sul na sede da PROMATA, a comunidade esta convidada e é parte do processo.
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Pedalando pela fé até a capela
Foto: Mateus Amorim
Milhares de pessoas participam do Carnaval na Maranduba
Fotos: Guilherme P. dos Santos
Os ciclistas Vander, Marquinhos e Estefano - pedalada que vale a pena
No último dia 8/2, a tradicional celebração recebeu três ciclistas da paróquia do Itaguá que pedalaram do até o Sertão da Quina. Uniformizados de acordo com a atividade esportiva e carregando temas religiosos no uniforme, para este momento, com o transito tranqüilo, fizeram o percurso em 1 hora. Os ciclistas, que assistiram a missa pela janela em sinal de respeito, disseram que no início do ano o trajeto, nesta temporada, não pode ser realizado por conta dos perigos na estrada. Em nota, um dos organizadores das pedaladas e caminhadas, Paulo Manoel dos Santos, 44, conta que a visita a pé a capela do Sertão da Quina partindo do Itaguá reiniciou em 2010. Estas caminhadas são realizadas em finais de semana, porém alguns o realizam durante a semana.
“O grupo de bicicleta nasceu da vontade dos romeiros de participarem dos eventos nos dias de semana. Rápido, barato e acessível a bicicleta possibilita realizar o objetivo sem deixar de lado os compromissos pessoais”, diz Paulo. Na realidade o pontapé inicial surgiu em uma das romarias a pé a Aparecida do Norte onde entenderam a possibilidade da visita a celebração do dia 8 no Sertão da Quina todo mês. Tal idéia foi aprovada pelo grupo de caminhada que agora passou a ser também o grupo da pedalada. 300 Km Os ciclistas planejam realizar uma romaria de bicicleta em homenagem aos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida. Pelo jeito irão pedalar 1 km para cada ano celebrado da aparição. Como itinerário planejam saída e retorno do Morro do São
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Cruzeiro (Emaús) no Sertão da Quina, com passagem nas capelas (matriz) de cada paróquia de Ubatuba, num total de 300 km. Paulo comenta que “a Mãe de Deus não exige sacrifícios e o que fazemos não pode ser considerado como tal. Porém é uma realização que gostamos de fazer, que amamos fazer, na presença de quem nos ama incondicionalmente”, conclui a nota. Mais uma pedalada que pode entrar para o calendário esportivo-religioso, assim como é a caminhada a pé a Aparecida, que começou com uns poucos gatos pingados e atualmente é praticada por milhares de fiéis, simpatizantes, não religiosos e amantes de atividade física, de ar puro e história regional. Ao final, ainda na capela os ciclistas foram cumprimentados pelo padre Daniel.
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Entre os últimos dias 25 e 28 uma extensa programação de atividades e eventos marcou a região sul de Ubatuba. Houve atividades para todas as idades e gostos, principalmente os musicais. A prefeitura proporcionou shows todos os dias com o “Maranduba Folia”. A programação contou com bandas locais como destaque e apre-
sentações de dança no palco montado na areia da Praia da Maranduba. Axé, samba, pagode, pop-rock, reggae, sertanejo e muita animação marcaram as noites deste carnaval. O evento foi organizado pela Fundação de Arte e Cultura (Fundart) que descentralizou as ações culturais e eventos.
E que venha carnaval 2018!
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“Só não foi atrás do bloco quem não quis”
Kai&çara No dia 26, foi a vez do bloco carnavalesco Kai&çara, que depois de três meses de preparação, levou alegria à avenida. Este ano o grupo bateu recorde de vendas de abadas. O tema deste ano foi “praia da região”, falou das belezas, da necessidade de cuidar desse espaço de alegria e descontração. Os organizadores contam que muitos turistas buscaram adquirir abadas na última hora. Este ano um maior número de fantasiados foi o destaque, assim com o aumento de foliões que caíram na alegria. Das bebidas oferecidas todas foram consumidas. Na praia o bloco ficou em frente ao quiosque do Gaucho distribuindo alegria até as 3 da manhã. Ao final a equipe varreu a praia, limpou o local e recolheu o lixo. Nenhum incidente foi registrado.
Kai&çara
A equipe agradece aos comerciantes locais, a Prefeitura Municipal de Ubatuba, FUNDART, COMTUR, Policia Militar, fotografo Luciano Vidotti, Quiosque do Gaúcho, Xtreme Eventos Sons e Iluminação, Tom Som Automotivo e especialmente aos foliões locais e turistas. Já se começam a trabalhar a edição do próximo carnaval onde a equipe espera aumentar o numero de foliões e colaboradores. E que venha carnaval 2018! CarnaSertão No dia 27, em sua 4ª Edição, este ano o grupo homenageou as comunidades tradicionais. Já na largada fizeram uma homenagem ao casal Sebastião Pedro de Oliveira de 93 anos e Maria Gaspar, 88. Juntos vivem 67 anos de matrimonio. È que o bloco quis homenagear as pessoas que ajudaram a fazer história na região e es-
CarnaSertão
colheram o casal para representar as comunidades tradicionais e suas famílias. Mais uma vez quem deu o ar da graça foi o grupo Simetria da capital, que graciosamente proporcional brilhantismo ao evento. No aquecimento, antes da saída, muito sertanejo, forró, MPB e samba de antigamente. Era considerável o número de famílias com seus filhos acompanhando o bloco até o final. Quem passava pelo grupo buzinava ou acenava com as mãos aprovando a iniciativa. Quem via o grupo passar se levantou e balançou o esqueleto acompanhando o ritmo que não parou até a praia da Maranduba. As pessoas iam engrossando o bloco que seguia o carro de som. Uma equipe de batedores foi organizando o transito, atrás do bloco uma carreata foi
formada. Na Maranduba, dos prédios, casas e apartamentos muita gente acenou e dançou ao ritmo das marchinhas carnavalescas. Foi uma grande festa. Também não foi registrado nenhum incidente. Os organizadores agradecem ao Lau Point do Açaí, ao casal Fernando& Nega, Betinho Casa de Ração, Wesley Pança, Robinho motorista, ao Grupo Simetria, ao casal Sebastião Pedro e Dona Maria, a Prefeitura de Ubatuba, a COMTUR, FUNDART, Policia Militar, aos foliões e as famílias que acreditaram e acompanharam o bloco em mais esta edição. Segundo os organizadores os meses de esforço e preparação valeram a pena. Ano que vem tem mais e contam com maior numero de colabores, tudo para deixar a festa mais bonita do que já é.
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Fé, história e tradição: Terço ou Rosário?
A recitação dos terços dos homens acontece toda quinta-feira e das mulheres as quartas ambas a partir das 19 horas na Capela Nossa Senhora das Graças no Sertão da Quina e em vários lugares ao redor do planeta nas mais diversas línguas e dialetos. Aqui, após o terço, é realizada uma celebração com algum padre da paróquia. Mas que diacho é isso? Como funciona? Será que dói? Onde surgiu? Serve pra que? Embora seja um costume secular, muitos paroquianos têm dificuldades em saber como fazê-lo, por conta disso não participam. Bom! Como ninguém nasceu sabendo e o cérebro vai perdendo memória com o tempo vai aí algumas dicas. O que é? O Terço (terça parte de um rosário) ou o Rosário (coroa de 200 rosas) são considerados instrumentos de oração eficientes e eficazes, podem ser confeccionados dos mais variados materiais para uma finalidade nobre e única. As primeiras por aqui foram confeccionadas de capiá (Coix lacryma-jobi) – uma planta de nome feminino da família das Poaceae (família do arroz, bambu, capim, cana, etc.) também conhecida como Capim-de-Nossa-Senhora ou Capim-de-Lágrimas-de-Nossa-Senhora muito utilizada na fitoterapia e na fitoeconomia (artesanato principalmente). Na língua Guarani é chamada de ka’api’i’i a. Estas ferramentas podem ser utilizadas individual ou coletivamente. No caso de terça e de quinta na capela são realizados coletivamente mantendo a tradição regional.
Como surgiu A origem do terço ou rosário é bem antigo e remonta aos anacoretas orientais (monges cristãos ou eremitas que viveram em retiro) que adotaram vários tipos de grãos enfiados num barbante para contar suas orações vocais. A história conta que em 1328, Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza do rosário para a salvação do mundo. Nasceu assim a devoção do Rosário, que significa coroa de rosas oferecidas a Mãe de Deus. Os promotores e também divulgadores desta devoção foram os Dominicanos, que criaram as Confrarias do Rosário. O papa dominicano Pio V animou vivamente a prática da recitação do Rosário, que se tornou a oração popular predileta – evoluída gradativamente - da cristandade a partir de 1569. Esta devoção tem o privilégio de ter sido recomendada por Nossa Senhora em Lourdes - França, em Fátima - Portugal, em Medjugorje-Bósnia-Herzegovina e pasmem no Sertão da Maranduba – São Paulo Brasil em 1915, o que depõe admitido por especuladores contrários e parte dos senhores da ciência, em favor desta ferramenta de oração sua validade e eficácia em todos os tempos desta vida terrena. Como funciona O Rosário compreende a meditação dos vinte mistérios da Fé Católica, divididos em quatro grupos de cinco mistérios - denominados Terço e leva o praticante ao estudo e meditação profunda da Palavra Sagrada da Bíblia e das passagens mais importantes do Evangelho.
O Rosário é dividido em 15 mistérios. Podem ser rezados os quinze de uma vez, ou ser dividido em três terços. “Rosarium Virginis Mariae” Aos mistérios originais, o Papa João Paulo II instituiu novas meditações, sendo que os mistérios do Santo Rosário são: Gozosos, Dolorosos, Gloriosos, porém em 16 de outubro de 2002, em sua Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, o Papa João Paulo II propôs novos Mistérios (Luminosos), que deverá ser rezado às quintas-feiras. Anunciando os novos Mistérios, o Papa ressaltou seu caráter cristológico: contempla os mistérios da vida pública
de Jesus do Batismo à Paixão. Com este novo modo de rezar, o Papa quis enfatizar mais ainda a idéia do “Rosário” como um compêndio do Evangelho. Enquanto no terço as orações são como rosas que oferecemos à Virgem Maria, o Rosário representa uma coroa inteira. Agora para saber para que serve, só participando e levando a sério dizem os praticantes. É de graça e não dói, garantem. * * * Fonte: movimentojovensmarianos.wordpress.com, osegredodorosario.blogspot. com.br, santuarioeucaristico. com.br, blog.sjoartigosreligiosos.com.br, floraSBS,
Galinha com palmito ou peixe com banana?
Numa manhã comum, no Sítio Lama Mole no Araribá, o PROMATA Silas Fileto tem na sua mão direita o “cérne” de um palmito Pupunha e na esquerda um cacho de banana verde, então a dúvida daquela manhã era: “Galinha com palmito ou peixe com banana?”. Tem gente aguardando esta terrível indecisão ao lado do fogão a lenha até agora. Jornal Maranduba News
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Prefeitura de Ubatuba estende pagamento de cota única do IPTU até 10 de março É necessário atualizar boleto para nova data
Comunicação PMU A Secretaria de Fazenda da Prefeitura de Ubatuba comunica que o pagamento do Imposto Predial de Territorial Urbano (IPTU) em parcela única, com desconto, poderá ser feito até o dia 10 de março. Isso é o que institui a Lei n. 3968, sancionada em 23 de fevereiro de 2017. A medida é válida apenas para quem ainda não pagou seu imposto e tem o objetivo de diminuir a inadimplência e aumentar a arrecadação. Quem já iniciou o pagamento
do IPTU de maneira parcelada também poderá beneficiar-se da medida, solicitando por meio de requerimento o direito à restituição, que ocorrerá em até 30 dias. Os boletos para pagamento da cota única podem ser emitidos junto ao Fácil - posto de atendimento ao cidadão - localizado na Prefeitura de Ubatuba (rua Dona Maria Alves, 865 – Centro) ou pela internet, no portal de serviços (http://servicos.ubatuba. sp.gov.br/, ícone 2ª via do IPTU).
Abelhas atacam moradores no Quilombo, três cães morrem
No começo desta temporada, um enxame de abelhas chamou a atenção dos quilombolas na Caçandoca. A colméia, instaladas na escola da localidade, possuía um tamanho grande para os padrões já encontrados no quilombo. O corpo de bombeiros foi acionado e até o helicóptero Águia da Policia Militar apareceu para um eventual problema na hora da retirada. Três cães foram mortos em decor-
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rência do número de picadas levadas em todo o corpo. Moradores contam que pelo menos um bombeiro foi atacado pelas abelhas. Depois do susto, à noite, alguns moradores se arriscaram a retirar o mel que ficou na colméia. No dia seguinte uma equipe da Defesa Civil fez a retirada da colméia, para uma maior segurança realizaram o serviço à noite tendo em vista o perigo que a situação apresentava.
Pesca tradicional do Cerco Ezequiel dos Santos As recentes imagens virais nas redes sociais mostram o fruto do trabalho de pescadores tradicionais da Vila de Picinguaba, que no último dia 15, foram agraciados por uma rentável pesca. O volume não reflete, aos pescadores e suas famílias, apenas o aspecto economico, mas reforça a idéia de que a pesca sustentável, equilibrada (pratica, demanda e consumo consciente), numa técnica antiga, porém inovadora e de forma comunitária é essencial ao futuro do potencial pesqueiro local e regional. A imagem não mostra, mas tudo foi capturado numa rede de cerco onde os peixes entram - sendo que os pequenos ou em fase juvenil ou protegidos por lei podem ser retirados vivos – passam por um tipo de triagem para continuar sua procriação natural. Esta é uma idéia – o cerco, a espia, tresmalho, entre outros - defendida por comunitários há séculos e não entendida pela pratica capitalista do quando “mais melhor” ou “pescar por pescar”. Nas pescarias daquele tempo havia fartura, mas em sabedoria, em conhecimento, em respeitos as pessoas e ao meio ambiente também. A divisão era no regime do “quinhão” (partes consideráveis) e não em “cuí” (porção diminuta) – um para o dono da rede, um pra rede, uma para a canoa, um pra cada camarada, um pros ajudantes, outro pra Mãe Natureza. Havia muitas vezes um quinhão aos que não tinha o comer em casa, a algum renomado pescador impossibilitado, algum outro comunitário vulnerável, aos idosos. Se fos-
se muito mesmo, uma comunidade inteira era convidada a pegar e levar pra casa para “limpá”, “lanhá”, “escalá”, “sargá” e “pendurá” o peixe para os períodos de escassez ou para o período em que deixavam de caçar para procriação, amamentação/alimentação e engorda das caças como única fonte de proteína na época. Tudo era aproveitado. Não foi divulgada a quantidade de pescado daquele dia, mas alguns pescados foram reconhecidos: Carapau, Jangolengo, Espada, Bicuda, Vermelho e muita “misturinha”, como diziam as mulheres do tempo de “Dante”: “”Arrelá! Lhéi só! Hum! hum! hum!” da
até pra assar na brasa com café “margoso”, farinha ou pixé”. Agora a pergunta que fica é – Porque os peixes estão sumindo de nossos mares? Os pescadores tradicionais é que são os vilões da história? Coincidentemente ou não esta não foi a única pesca “gorda” realizada por tradicionais que na hora certa, no momento oportuno, na quantidade exata trouxe um resultado, mas para todos, não só para uns, não só para o dinheiro. Valor para uns pode ser diferente para outros, então qual seu valor? O que você efetivamente faz para a sustentabilidade?
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Ubatuba: Sol, praia e discos voadores - pelo menos alguns fragmentos Pesquisadores falam do material encontrado em 1957
Ezequiel dos Santos Os ufólogos Edison Boaventura Júnior e Josef Prado do Brazilian UFO Research Network-BURN (www.portalburn.com. br) divulgam na internet dados para uma futura reanálise dos fragmentos, obtidos de um filho de ex-militar do Exército, recolhidos em 1957 em decorrência da explosão de um objeto voador não identificado numa praia de Ubatuba. Ao final da década de 90, o pescador e morador tradicional da Praia Grande do Bonete, Virgilio Lopes, havia concedido uma entrevista ao JMN onde descreveu que, ainda jovem, presenciou algo inusitado. Segundo o pescador, uns homens da marinha subiram a praia e foram as casas dos moradores ordenando que lá permanecessem. Como os moradores conheciam os “corta-caminhos do lugar”, muitos se aventuram a observar de perto o que acontecia. Viram dois barcos da marinha em volta de uma terceira embarcação – que parecia ser americana - que puxava do mar algo como um grande charuto. Virgilio contou que, antes disto, era possível pescadores enxergarem esse objeto no fundo do mar, porém, mesmo lançando as redes ninguém conseguia pega-lo, ao que ele contou as redes transpassavam o objeto. Depois falou de um jornalista que havia escondido, recebido ou descoberto um pedaço do objeto e que este mesmo havia desaparecido. Amostras Quem pode colocar as mãos num destes fragmentos, dizia o pescador, logo via que era absurdamente leve e que ao esticá-lo ele voltava a sua forma original. Pois bem os tais pedaços – 4 amostras metálicas - do
objeto existem e encontram-se em possível reanálise por uma equipe técnica. Este caso é considerado emblemático da ufologia brasileira, pois se trata de um caso raro, para não se dizer único, onde não apenas houve testemunhas que viram o objeto voar sobre o mar, entrar no mar e explodir ao tentar subir novamente, como também algumas testemunhas, além da Marinha e o Exército Brasileiro, que recolheram os fragmentos dessa explosão, tanto do mar quanto da praia. Acreditam que seja o único no mundo com todos os elementos – testemunha e material - que provam a existência de uma tecnologia extraterrena. 1957 O caso de Ubatuba teve repercussão nacional e chamou atenção de estudiosos de varias parte do mundo. A revista O Cruzeiro (1957) e o Jornalista Ibrahim Sued (colunista do jornal O GLOBO) foram responsáveis pela dimensão deste acontecimento. Sued recebeu a época uma carta de pescador explicando sobre o material e que ele não acreditava em “disco voador” até o acontecido. A revista descrevia que no mês de setembro daquele ano, na praia das Toninhas as pessoas que lá estavam viram um objeto descer numa velocidade incrível, e quando estava prestes a se chocar contra a água, deu uma guinada para cima, explodindo em seguida, liberando chamas e fragmentos sobre o mar, próximo aos banhistas. Algumas testemunhas recolheram pedaços do objeto, constatando ser de um material tão leve, que parecia papel, de aparência metálica. Passado o susto tais fragmentos foram encaminhados a estudos.
Análises Um deles foi por solicitação de Olavo Fontes (médico e ex-membro da Aerial Phenomena Researh Organization - APRO) que encaminhou ao Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura. Neste Laboratório a química-chefe Sra. Luisa Barbosa revelou que o material era “magnésio puríssimo”, algo inexistente na natureza, e até onde se sabe, na época não existia no Brasil tecnologia para reduzir o magnésio a um estado de pureza tão alto. Uma segunda análise foi efetuada em 24 de outubro de 1957, onde a Divisão de Geologia e Mineralogia do DNPM confirmou os resultados do primeiro, que testou inclusive os fragmentos de posse do Exército Brasileiro. As analises também ocorre-
ram nos Estados Unidos (universidade do Colorado, Instituto de Tecnologia da Califórnia, Laboratório de Metalurgia da Companhia Dow Metal Products, em Midland, Michigan, por exemplo), também na Universidade de Paris-França. Na época o fragmento passou por uma fusão a frio só possível no Brasil a partir da década de 1970 na COSIPA em Cubatão/ SP. Todas as análises deram o mesmo resultado. Os ufólogos explicam que alguns documentos americanos falam do caso de Ubatuba e estão disponíveis a estudiosos da área. Andréia Simondini do Museu Vision OVNI na Província de Entre Ríos - Argentina informa que recebeu de um pesquisador argentino aposentado que havia recebido de um pesquisador brasileiro fragmentos do caso de Ubatuba. O documen-
to americano fala também que no mesmo ano na cidade de Leme/SP também aconteceu algo do gênero. O curioso caso de Ubatuba é bem interessante, pois se trata de uma área de grande atividade ufológica até os dias de hoje, comenta alguns ufólogos.
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Após meio século novas análises tentam esclarecer dúvidas
Especialistas análisam elementos que não foram detectados pelo equipamento utilizado na primeira análise Depois de meio século de suspense, idas e vindas, os ufólogos Boaventura e Josef recebem uma carta misteriosa de uma pessoa que se identificou apenas como filho de um ex-militar. Além das explicações sobre o material e do porque do envio, havia também 4 fragmentos que, segundo o anônimo, era da tal explosão ocorrida em Ubatuba em 1957. Recentemente foram realizadas duas analises do material. Numa analise qualitativa, sem ter que explodir o material, foi utilizado um espectrômetro de fluorescência de raios-X no Laboratório de Análises Químicas, órgão vinculado ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP. Já para a analise quantitativa foi contatado o Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) vinculado ao Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da USP, que desde sua criação, em 1990, dedica-se a estudos e pesquisas na área de caracterização tecnológica de materiais, principalmente do setor mineral. A equipe de pesquisadores do laboratório indicou a utilização de um Microscópio Eletrônico de Varredura, que permitirá observar detalhes dos fragmentos, bem como analisar de forma muito mais precisa a composição dos fragmentos, incluindo na análise elementos que não eram detectados pelo equipamento utilizado na primeira análise. O problema desta analise é seu custo elevado e o portal abre espaço à colaboração de interessados para realizar mais uma prova nos fragmentos. Quem quiser colaborar é só entrar no portal BURN. Quem
O pescador Virgilio Lopes, antes de falecer. contou o que sabia sobre o ocorrido na época. Abaixo os fragmentos do OVNI.
sabe o resultado aponte para o fato de que o fragmento seja o da época, de um acontecimento esquecido em terras de Coaquira. São muitas informações e para melhores detalhes sobre o caso basta o leitor acessar o portalburn e demais referencias da fonte desta matéria. Matéria indicada por Fabrí-
cio Santos: Fonte: portalburn. com.br, www.portalburn.com. br/explosao-de-ovni-em-ubatuba-1957-analise-qualitativa-dos-fragmentos,www.youtube.com/PortalBURN, https:// youtu.be/dViFSrSCyDw, www. catarse.me/pt/analise_de_ fragmento_de_ovni, www. mundogump.com.br/nao-e-todo-dia-que-gente-tem-um-
-pedaco-de-disco-voador-pra-investigar, http://www.vigilia. com.br/pesquisadores-lancam-campanha-para-desvendar-caso-ubatuba/, Livro Quedas de UFOS II de Thiago Luiz Ticchetti, páginas 105-112,Youtube.com: Cosmos XII - Palestra OVNIS: antigos enigmas x novas descobertas. Youtube.com: Canal Medos
e Segredos - Caso Ubatuba, Youtube.com: Portal Burn Explosão de OVNI em Ubatuba (1957) - Análise Qualitativa dos Fragmentos, Catarse: Análise de fragmento de OVNI, Curiosidades de Ubatuba: Explosão de OVNI na Praia das Toninhas em 1957, Wikipedia.pt: Magnésio, Ufo.com.br: Uma Explosão em Ubatuba
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Ubatuba se prepara para receber Gran Cup Brasil de Ciclismo Comunicação PMU Ubatuba recebe, no dia 2 de abril, o Gran Cup Brasil de Ciclismo. O evento é uma realização da EMX Promoções e Eventos, supervisionada pela Federação Paulista de Ciclismo, com o apoio da Prefeitura de Ubatuba por meio das secretarias de Turismo e Esporte e Lazer, DNIT e Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De acordo com Sônia Molina, organizadora, a expectativa de participação é de 800 a mil atletas. “É um evento em prol do esporte. A prova é muito importante para a gente. Esse é o primeiro ano que realizamos e já vai valer ranking nacional nível quatro. O objetivo é que essa se torne uma competição internacional”, frisou. A prova A prova é composta por dois circuitos, ambos com saída do centro de Ubatuba e percorrendo a Rio-Santos. Um dos percursos é de 140 km – que vai até a entrada de Paraty, destinado às categorias Elite, Sub 23, Sub 30 e Senior A. As demais categorias competirão no percurso de 96 km, que vai até a cachoeira da Escada (divisa do estado). A chegada de ambas será no centro de Ubatuba. A largada está prevista para às 8 horas da manhã e chegada para 13h30. A organizadora comentou sobre as vantagens da realização da prova no município, principalmente referente ao percurso. “O percurso é muito técnico. É muito difícil de se fazer provas de estrada no Brasil e a pista da região é ideal”, explicou Sônia.
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Ela ainda destacou a importância da parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF, cada vez mais estreita. “Inclusive, alguns policiais já fizeram cursos para atender a modalidade”, revelou a organizadora. No sábado, dia 1º, está previsto Congresso Técnico e palestra com a Polícia Rodoviária Federal. Inscrições As inscrições estão abertas até o dia 24 de março e podem ser feitas pelo site http:// www.emxeventos.com.br Confira as categorias Categorias 140 Km: Elite - 23 a 29 anos (ou critérios técnicos) 1994 e anos anteriores RANKING NACIONAL Sub-23 - 19 a 22 anos 1995 a 1998 RANKING NACIONAL Sub-30 - 23 a 29 anos 1988 a 1994 RANKING NACIONAL Sênior A - 30 a 39 anos 1978 a 1987 RANKING NACIONAL Categorias 96 Km: Elite Feminino - 23 a 29 anos (ou critérios técnicos) 1994 e anos anteriores RANKING NACIONAL Feminino Amador - 23 a 29 anos 1988 a 1994 Sub 23 Feminino - 18 a 22
anos 1995 a 1998 RANKING NACIONAL Máster Feminino 30+ - 30 anos ou mais 1987 a 1978 Máster Feminino 40+ - 40 anos ou mais 1977 e anos anteriores Junior Feminino - 17 ou 18 anos 1999 ou 2000 RANKING NACIONAL Juvenil Feminino - 15 ou 16 anos 2002 ou 2003 RANKING NACIONAL MTB de Asfalto Feminino (Relação da coroa no maximo 48) Sênior B - 40 a 49 anos 1968 a 1977 Master A - 50 a 59 anos 1958 a 1967 Open Master - 60 anos acima 1957 e anteriores Junior Masculino - 17 ou 18 anos 1999 ou 2000 RANKING NACIONAL Juvenil Masculino - 15 ou 16 anos 2002 ou 2003 RANKING NACIONAL Estreantes Amador - 19 anos e acima (atletas iniciantes e amadores) MTB de Asfalto Masculino(Relação da coroa no maximo 48) Open Triathlon (para atletas com bike de triatlhon com clip)
Pescador se afoga ao tentar salvar barco das pedras
No último dia 20, o pescador Olimpio Quintino dos Santos, 48, foi encontrado afogado entre as suas próprias redes na tentativa de retirá-las da hélice da embarcação que pescava. Segundo Miller de Oliveira, 30, sobrinho do pescador, “ele havia saído para largar a rede por volta das quatro horas da tarde próxima a Laje do Morcego na ponta da Praia do Pulso e seguiu “costeando” para o lado da Caçandoca”, comenta Miller. Aparentemente uma refega de vento jogou o barco e a rede mais próximo ao costão rochoso. A rede se enrolou na hélice onde Quintino temia o afundamento do barco então entrou na água para tentar retirar a rede da hélice de alguma forma. Por estar próxima a praia, vários outros pescadores, banhistas e moradores da proximidade estranharam o movimento, alguns rumaram em direção ao pescador, mas infelizmente chegaram tarde demais, Olimpio já havia se afogado. O corpo foi retirado poucos depois das oito da noite do mesmo dia. Miller comenta que, quando o acharam, embora o tio estivesse junto a rede, apenas os pés e as mãos pareciam estar
emalhadas naquele petrecho de pesca. “As mãos estavam em posição de quem fazia força na tentativa de subir na embarcação, como quem tentava subir uma escada”, desabafa o sobrinho. Também acredita que o corpo do tio foi jogado as pedras porque que apresentava ferimentos na cabeça causados por “cracas” e mariscos. “Foram muitos os pescadores que tentaram ajudar meu tio”, diz Miller em tom de agradecimento. O sobrinho relembra da dificuldade e dos perigos da profissão, ele mesmo, num inicio de ressaca no dia 31 de março de 2000 quase morreu em alto mar quando seu barco virou, ele nadou varias milhas contra o vento e conseguiu alcançar socorro numa ilha. Pescadores se solidarizaram com a situação e permaneceram no local até a retirada do corpo da água. Outra ação foi a composição de uma força tarefa de amigos que se mobilizou para tirar o barco do fundo do mar e guardá-lo em local adequado. Olímpio foi sepultado no último dia 21 na mesma campa de sua mãe. Estava no segundo casamento e deixa dois filhos no Japão frutos do primeiro matrimonio.
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Sítio Recanto da Paz recebe especialistas para palestra e atividade de campo
No próximo dia 03/03, no bairro do Araribá, o Sítio Recanto da Paz receberá o autor dos projetos em Ubatuba pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, prof. Dr. Antonio Guerra. O acadêmico e a equipe do
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Ong “Ubatuba em Foco” abre inscrições para cursos gratuitos
sitio receberão alunos para um dia de atividades educacionais. Guerra pretende trazer uma revista e um livro ao qual doará a biblioteca da PROMATA contendo os novos artigos escritos por ele e pela doutoranda Maria do Carmo.
Comunidade e Poder Público discutem situação de cemitério na região
No último dia 22/02, no restaurante Sinhá na Maranduba, representantes da prefeitura, vereador Osmar de Souza-PSD e cerca de 90 moradores da região sul discutiram a situação do cemitério local. Embora se trate de um tema sensível as famílias da comunidade, a reunião foi positiva, onde a comunidade se manifestou favorável a construção de um novo espaço para sepultar
dignamente seus moradores. Além de ouvir os anseios da população, de uma forma simples e clara, os representantes da prefeitura teceram os detalhes de como atualmente funciona os cemitérios em Ubatuba e se solidarizaram com a solicitação dos moradores explicando que buscam, a curto prazo, encontrar um espaço que atenda a demanda local.
A Organização Não Governamental “Ubatuba Em Foco Região Sul” abriu inscrições para cursos gratuitos a moradores da região. A Ong fica no bairro do Sertão da Quina, próximo a padaria na Rua da Cachoeira – Benedito Antonio Elói esquina com a Rua Roberto Antonio do Prado. Por enquanto são oferecidos cursos de auxiliar administrativo, cuidador de idosos, corte&costura, violão, fotografia e vídeo, inglês, manicure, eletricista,tae Kwondo, capoeira, artesanato, bordado no chinelo, confecção de bonecas e bijuterias. Os interessados devem tra-
zer cópia de RG e CPF e comprovante de residência. Já o menor de idade deverá apresentar, além de seus documentos pessoais e comprovante de residência, cópia de documento dos pais, declaração escolar, assinatura de termo responsabilidade. Atestado médico é necessário apenas para os cursos de tae Kwondo e capoeira. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9 ao meio dia e das 14 as 17 horas. A organização possui um brechó e bazar da pechincha onde todos são bem vindos. A arrecadação é para a colocação de ventiladores e lanches para as crianças.
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Dona Ana, 89, a mais nova aluna da ONG, querida por todos.
TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 99714.5678
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“Maranchuva”: Pesquisa fala de anos de monitoramento das chuvas na região
Ezequiel dos Santos Neste último verão, o calor foi quase torrencial, esta era a reclamação comum entre a população. Raios e trovões danificavam a rede elétrica constantemente, os ventos derrubavam árvores sobre postes e fios. Depois de algumas horas a energia elétrica estava restabelecida, porém quando faltava água nas torneiras era comum a seguinte indagação: “Passo dias sem energia, mas sem água impossível!”. Neste momento a água passou a ter um valor inestimável, muitos se lembraram dela como um bem que não pode faltar, principalmente em casa. Foi pensando neste bem finito que o Doutorando do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFRJ, orientado pelo Prof. Dr. em geografia Antonio José Teixeira Guerra e que desenvolve seu projeto de doutorado no LAGESOLOS (Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos), Leonardo dos Santos Pereira trabalhou a questão das chuvas na região sul de Ubatuba. Foi monitorado constantemente o regime de chuva dos últimos oito anos, o resultado está planilhado, com dados diários desta coleta, entre 2008 e 2016, em tabelas que podem ser acessados por qualquer pessoa através do site da LAGESOLOS/UFRJ (www. lagesolos.ufrj.br). Segundo relatório da ONU feito em 2015, a escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050, ou seja, trabalho, educação e dedicação serão necessários para garantir água potável e segurança alimentar para todos. Algumas medidas, como evitar o desperdício e não sujar as águas do rio pode diminuir o caminho à escassez de água ou sua total poluição. Mas também entender sua dinâmica, o volume mês a mês, seus períodos, por onde ela passa, quais os bancos de água em nossa região isso ajuda a respeitar seu ciclo e este bem do patrimônio natural, que por sinal, faz muita falta a maior parte da população do planeta.
Tabelas Numa das tabelas é possível relacionar, como média, o recente estudo – 8 anos mais seco (1.964mm) – em relação ao resultado dos últimos 30 anos (2519 mm) – mais chuvosos e úmidos. O estudo é publico e tem como objetivo orientar, informar e disponibilizar dados precisos as várias áreas do conhecimento e das praticas cotidianas. Também de esclarecer como funciona o regime de chuvas na região e se adaptar ela. Dependendo da atividade ou profissão qualquer pessoa tem a possibilidade de iniciar o planejamento de suas atividades, simples ou complexa, por exemplo. Pouca gente percebe, porém, é bom lembrar que apesar da maioria das pessoas reclamarem da chuva, ainda mais num lugar turístico como Ubatuba, ela é fundamental para as plantas, animais, solos, alimentar as nascentes e rios, ajudar nos ciclos da produção, renovar a flora e até a fauna entre outros benefícios. Isto é, na realidade, estas chuvas ajudam cada vez mais na economia regional embora pareça o contrário. As belezas naturais nesta paisagem admirável não são nada sem as chuvas. O que seria da região sem água? Tendências de chuvas na região O regime de chuvas já é uma preocupação de especialistas no que diz respeito à educação. Este tema pode ser tratado com maior ênfase em salas de aula e fora dela, já que na prática “Maranchuva” tem muito a mostrar das águas que caem do céu. Segundo o professor Guerra – orientador do projeto, “o estudo mostra que, apesar de chover muito na região, esses últimos oito anos foram mais secos, ou menos úmidos do que o período dos últimos 30 anos e a população tem que saber disso. Aliás, aqueles anos onde houve problemas de abastecimento de água em várias cidades paulistas. Acredito que não chegou a haver problemas na região sul
de Ubatuba por causa das centenas de nascentes que existem na Mata Atlântica. Estas não chegam a secar, bem como a demanda não é tão elevada. Mas reparem bem na tabela, que apesar de em todos os meses, a média ter sido menor para o período de 8 anos, em relação aos meses de inverno (junho e julho), a média destes anos (oito) foi maior do que o período dos últimos 30 anos de monitoramento”, conclui Guerra. A importância do estudo sobre as chuvas às pessoas e a paisagem Para entender o quanto equivale 10 mm (10 milímetros) de chuva em nosso cotidiano, é necessário saber que a chuva é medida em altura. Isto é, a chuva é quantificada por m2 (metro quadrado). Portanto, quando se fala que choveu 10 mm de chuva em um dia, significa dizer que em 1 m2 a chuva alcançou uma altura de 10 mm. Basta imaginar uma bacia de lavar roupas que possui 1 m2, se a deixarmos exposta no quintal durante todo o período que durou a chuva em um dia, nota-se que naquela bacia ficou armazenada uma quantidade de chuva que alcançou uma altura de 10 mm, por exemplo. Agora, quando passamos a altura da chuva de milímetros (mm) para litros (L), começamos a entender melhor o volume do que choveu, trazendo assim esta forma de medir mais para a realidade do conhecimento popular. Desse modo, 1 milímetro (mm) de chuva equivale a 1 litro. Logo, se tivemos uma precipitação de 10
mm, significa dizer que choveu 10 litros. Vamos pensar na bacia novamente: se na bacia de 1 metro quadrado a chuva conseguiu alcançar uma altura de 10 mm, quer dizer que choveu 10 litros em 1 metro quadrado. Na região da Maranduba, por exemplo, no pluviômetro (instrumento que mede a quantidade de chuva que cai em determinado lugar ou época) instalado na casa do Geógrafo e professor titular da UFRJ Antônio José Teixeira Guerra e da Geógrafa doutora Maria do Carmo Oliveira Jorge da UFRJ, choveu no mês de janeiro de 2016 425 mm, ou seja, somou-se o quanto choveu durante todos os dias do mês de janeiro. Nesse caso, choveu em um metro quadrado (lembre-se da bacia) 425 litros. Essa água coletada diariamente através do balde, em 1 metro quadrado, é o suficiente para encher aproximadamente 212 garrafas pets de dois litros. Agora imagine quanta chuva se acumula em uma área de 1000 m2. Na pesquisa que desenvolvi em uma estação experimental de erosão de solo, estuda-se a relação da chuva com a erosão de solo, ou seja, como a chuva pode influenciar na degradação dos ambientes. A chuva é muito importante para a regulação da temperatura, abastecimento do lençol freático e, em específico na Maranduba, também ajuda na formação e manutenção das cachoeiras, por exemplo, que são pontos turísticos importantes do bairro. Por isso, essa pesquisa orientada
pelo Professor Antônio J. T. Guerra explica que a chuva não representa um problema, principalmente no município de Ubatuba, pois ela é fundamental para manter todas as funções ambientais em equilíbrio. O problema surge quando ocorrem modificações não planejadas com devido cuidado nesses ambientes naturais, deixando os solos expostos, por exemplo. Nesse caso, a chuva é um dos fatores que vai acelerar a erosão, transportando partículas de solo para os rios, por exemplo, provocando o assoreamento dos mesmos. Por isso, a pesquisa por meio do monitoramento da chuva e erosão são importantes, pois ajudam a entender o ambiente e criar meios de planejar adequadamente o espaço, ajudando na sustentabilidade. Portanto, apesar do bairro da Maranduba apresentar índices de chuvas no total anual elevados, sendo Ubatuba um dos municípios que mais chove no Brasil, essa chuva é fundamental para sustentar a vida na floresta, dos animais, das nascentes e rios e da própria população. * * * Leonardo dos Santos Pereira: Doutorando do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFRJ,que desenvolve seu projeto de tese no LAGESOLOS (Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos) da UFRJ e autor do estudo, é orientado pelo Prof. Dr. Antonio José Teixeira Guerra, Professor Titular do Departamento de Geografia.
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Aves da nossa rica Mata Atlântica: – beija-flor-de-bochecha-azul Os beija-flores aparentemente pequenos e até minúsculos são as aves mais admiráveis do meio, não parece grande coisa, porém o que não tem em tamanho tem em extrema beleza e agilidade. Possuem uma capacidade de vôo que nenhuma outra ave é capaz de realizar. O beija-flor é capaz de ficar parado no ar enquanto bate suas asas cerca de 70 a 80 vezes a cada segundo (imperceptível a olho nu), enquanto sugam calmamente o néctar das flores (quando acham flores) como se nada tivesse acontecendo. Quando estão descansando podem reduzir seus batimentos cardíacos a níveis de quase-morte. É este néctar que proporciona toda energia necessária para este descomunal desempenho ao qual realiza com mínimo esforço. Quem sou O beija-flor-de-bochecha-azul (Heliothryx auritus), personagem desta matéria cresce entre 10,1 e 13,7 centímetros de comprimento e pesa entre 4 e 5,3 gramas. Destaca-se pelo peito esbranquiçado contrastando com o dorso esverdeado e o exterior das asas negras. Possui bico reto e preto e tem como característica um tom azul-violeta na região lateral da cabeça. A cauda apresenta retrizes laterais brancas que difere
das centrais, que são negras. Quando aberta, forma uma espécie de um belo leque. Na fêmea, a cauda é um pouco maior que a do macho. A fêmea possui garganta branca e a cauda mais comprida do que a dos machos da espécie. Varia de incomum a comum na copa de florestas altas, sendo menos freqüente nas bordas. Geralmente permanece bem alto, descendo apenas em algumas ocasiões e foi numa destas oportunidades raras em que o PROMATA Aguinaldo conseguiu este registro. Como voa rapidamente, de flor em flor, geralmente é difícil de realizar sua imagem. Esta beleza de ave vive normalmente solitária. Xícara Não só do néctar de flores vive este beija-flor, também de insetos que caça em vôo. Duas proezas são marcantes nesta espécie: uma é o formato de seu ninho, idêntica a uma xícara, geralmente pendurada na ponta de ramos entre 3 a 30 m de altura, lá dentro costuma ter dois ovos. Outra é sua esperteza: em Ilhabela, o observador de aves Marcelo Dutra presenciou a fêmea, que para sair do ninho, simulou ser uma folha qualquer caindo da árvore para disfarçar o local onde estava sua ninhada. Destaca-se pelo peito esbranquiçado contras-
Ação Social APASU - Dia 11/03/2017
Bar do Nivaldo - Beira Rio/Sertão da Quina 1º Prêmio: R$ 500,00 em espécie 2º Premio: 1 Micro-ondas 3º Prêmio: 1 Bicicleta 4º Prêmio: 1 Bicicleta 5º Prêmio: 1 Liquidificador Adquira cartelas e agende a castração. Em 2016 realizamos 443 castrações Estamos aceitando prendas, alimentos não perecíveis, brindes, etc.
AÇÃO SOCIAL BENEFICIENTE
Bingo em Prol da Suzy (Moça que foi prensada por uma Kombi) Dia: 18/03/2017 - Horas: a partir das 18 hs. Local: Bar do Nivaldo (Frango Frito) Sertão da Quina PRÊMIOS 1º 1 TV LED 32’ 2º 1 FOGÃO 4 BOCAS 3º 1 BICICLETA 4º 1 BATEDEIRA Participem!!! - Colaborem!!!
Foto: Agnaldo José - PROMATA
tando com o dorso esverdeado e o exterior das asas negras. Possui bico reto e preto e tem como característica um tom azul-violeta na região lateral da cabeça. A cauda apresenta retrizes laterais brancas que difere das centrais, que são negras. Quando aberta, forma uma espécie de leque. Na fêmea, a cauda é um pouco maior que a do macho. A incubação se faz em 15 dias e os jovens deixam o ninho com 22 dias de idade. A parada nupcial tem seu apogeu na fase de exibição da plumagem, pois os tufos do
pescoço são colocados a frente, enquanto a cauda aberta durante o vôo de liberação diante da fêmea é enriquecido com seu canto monossilábico e repetido continuamente, dizendo “trix, trix, trix, trix”, subindo e descendo em vôo, para depois seguirem em ascensão as alturas, para retornarem ao local onde a fêmea faz o pouso e o macho continua suas exibições. O banho é sempre tomado em poça de remanso de em córrego ou rio, como outros o fazem sobrevoando o local exato para o mergulho, se-
guindo ao pouso para higiene da plumagem. É espécie que se encontra preparado para um conflito bélico, não havendo nunca dois machos numa mesma árvore para alimentar-se sem que haja luta. O registro de Aguinaldo foi elogiado e considerado um caso raro, já que há pelo menos dois anos ninguém conseguia realizar um registro desta ave. Fonte: Promata, Ubatubabirds, WikiAves, avesderapinadobrasil.com, casados pássaros. net, avescatarineneses, http:// animais.culturamix.com, Aves do Brasil - Augusto Ruschi.
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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 34
Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.
Ezequiel dos Santos “Lendas & Outras Histórias” - Seu Filhinho. A partir da pagina 106 deste livro o autor – Washington de Oliveira: Após a rebelião alguns pleitearam que lá se transformasse num centro turístico de alta classe, para isso o governo da época designou uma comissão para estudar o tema e traçar um plano de ação. O projeto apresentado a Secretaria Estadual de Turismo, embora interessante, era fora dos padrões conhecidos da época. Após descrever os potenciais da ilha, acrescentava um mundo de tecnologias e inovações aos quais hoje se discute alguma coisa. Vejamos alguma coisa do projeto: automóvel seria proibido no interior da ilha, apenas aos residentes, a locomoção coletiva seria com veículos não poluentes. Na época até seria utilizado cavalos e charretes, falaram também em “pequenos auto-elétricos”, “mono-rail” elevado veloz e silencioso, este contornaria a ilha e pararia nas dezesseis estações. Os cumes dos morros seriam atingidos por teleféricos, enquanto helicópteros serviriam em heliportos, podendo ser chamados por telefones ou rádios portáteis. A arquitetura seria marcada pela originalidade e fusão com a paisagem. A comissão havia buscado idéias e informações junto a técnicos de todas as áreas para elaborar o anteprojeto que teria os jardins, áreas verdes, passeios, interiores e exteriores assinados por Burle Marx. Após publicação em vários jornais da época o projeto - a frente de seu tempo – foi con-
siderado fantasioso, consequentemente inaceitável, impossível de ser realizado, por isso foi esquecido. Após o arquivamento do projeto futurista foram vários os comentários sobre a possível reabertura do presídio na ilha.
Contavam com a total repulsa da população litorânea nesta questão. A esta idéia porém percebeu-se, na discussão, que seria mais fácil aprovar o projeto futurista do que a reativação do presídio.
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Coluna da Adelina Fernandes
A origem da Quaresma A Quaresma foi inspirada numa grande catequese que a Igreja primitiva realizava Dentre todas as solenidades cristãs, o primeiro lugar é ocupado pelo mistério pascal, porque devemos nos preparar para vivê-lo convenientemente. Por isso, foi instituída a Quaresma, um tempo de quarenta dias para chegarmos dignamente à celebração do Tríduo Pascal. A origem da quaresma A Quaresma, como prática obrigatória, foi instituída no século IV, mas, desde sempre, os cristãos se preparavam para a Páscoa com oração intensa, jejum e penitência. O número de quarenta dias tem um significado simbólico-bíblico: quarenta são os dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus. Guiados por esse tempo e pelas práticas – como que guiados por uma bússola –, buscamos os tesouros da fé para crescer no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Cf.
Joel 12, 12-13). Esse tempo de quarenta dias foi inspirado numa grande catequese que a Igreja primitiva realizava. Ela durava quarenta dias, tempo em que os pagãos (catecúmenos) se preparavam para receber o batismo no Sábado Santo, dentro da Solenidade da Vigília Pascal. Acompanhavam também os irmãos que tinham cometido pecados graves para retornarem à fé. Esse tempo era marcado pela penitência e oração, pelo jejum e escuta da Palavra de Deus. Eles eram os “penitentes”, os quais renovavam a fé e recebiam o batismo ou eram reintegrados à comunidade no Sábado Santo. Tempo profundo na Igreja Na Quarta-feira de Cinzas, iniciamos o tempo mais rico e profundo da liturgia. Na verdade, esse tempo, que abrange a Quaresma, Semana Santa e Páscoa até Pentecostes, é um grande retiro, centro do Mistério de Cristo e da nossa fé e salvação. Tempo privilegiado de conversão e combate espi-
ritual, de jejum medicinal e caritativo. A Quaresma ainda é, sobretudo, tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais profunda, que recorda aos cristãos os grandes temas batismais em preparação para a Páscoa. Toda a nossa vida se torna um sacrifício espiritual, que apresentamos continuamente ao Pai em união com o sacrifício de Jesus sofredor e pobre, a fim de que, por Ele, com Ele e n’Ele, seja o Pai em tudo louvado e glorificado. Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial para cada cristão pessoalmente e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e termina com a noite da luz e do fogo, a noite santa da Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos refletir sobre os rumos de nossa espiritualidade até a Páscoa de Nosso Senhor Jesus, ou seja, a vida nova que o Ele tem para nós, os exercícios quaresmais de conversão. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas manda proclamar o Evangelho em que Nosso Senhor fala sobre esmola, oração e jejum, conforme Mateus 6,1-8.16-18. * * * Padre Luizinho, sacerdote na Comunidade Canção Nova
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