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2.1 A cena é essa, ó

Diante desse contexto, esmiuçado e anunciado nos jornais, é possível entender o motivo de Germano Mathias cantar, já em 1971, que “malandro hoje em dia só dá golpe de azar”, num samba de sua autoria lançado no disco Samba É Comigo Mesmo, da CBS/ Entré:

Atualmente Já não há mais otário Em toda jogada o malandro se dá mal Todo mundo já sabe Que o conto do vigário É uma boa conversa E um pacotinho de jornal Malandro hoje em dia só dá golpe de azar – Olha o conselho, hein, meu chapa! – Não é negócio malandragem...

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2.1 A cena é essa, ó

Trinta anos depois da matéria que comentava a descentralização da marginalidade e o avanço dos crimes patrimoniais em São Paulo, o caderno “Cidades”, do jornal O Estado de S. Paulo de 13 de abril de 2002, p. C6, anunciava na manchete: “SP tem mais de 1 milhão de vítimas de roubo”. Conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a dezembro de 2001, teriam sido registradas 1.021.425 queixas de furto e roubo; em 2000, 1.007.034. De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado, ouvido pelo repórter Renato Lombardi, para ter uma dimensão mais próxima da realidade seria necessário acrescentar mais 20% aos números, pois nem todas as vítimas procurariam a delegacia. Ainda assim, a média de registros de roubo e de furto em cada distrito policial seria de 10 a 12 ao dia. Outra matéria assinada pelo mesmo repórter, em 7 de julho de 2002, p.C4-5, traçava o retrato da violência na cidade de São Paulo até o primeiro semestre daquele ano: menos assassinatos, menos furtos e roubos de veículos, mais assaltos, conforme os dados do Infocrim, sistema de mapeamento de informações criminais da Secretaria de

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