A Ostra do Senhor Vallet

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Mais um pequeno livro que não pertence a coleção alguma, criado ao acaso, a partir de uma inspiração qualquer em um dia de céu rosado. Espero que gostem. Para ser lido ao som de Mozart. Rio de Janeiro, 2006

Mais um pequeno livro que não pertence a coleção alguma, criado ao acaso, a partir de uma inspiração qualquer em um dia de céu rosado. Espero que gostem. Para ser lido ao som de Mozart. Rio de Janeiro, 2006




A Ostra do Sr. Vallet © Marcelo Vital 2006 V 836

Vital, Marcelo A Ostra do Sr. Vallet / Marcelo Vital - Rio de Janeiro, 2006 [28] p.: il. ISBN 85-906023-2-X 1.Contos Brasileiros CDLL 869.0(81)-34 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a expressa autorização do autor.


Para A. P. C. G. J. V. V. N. V. e o resto do alfabeto...


Este ĂŠ Ocimar Vallet.



O sr. Vallet pela manh達 vai trabalhar.


E para casa, à noite, voltará.


O sr. Vallet vai de cรก para lรก


do trabalho para casa ele irรก


todo mĂŞs, todo ano e todo dia.


Assim sua vida seguia.


AtĂŠ que, do alto, como uma flecha Caiu uma ostra em sua testa.


- Mas o quê?!! Quis ele saber Vendo a ostra no chão E pondo na testa, a mão.


Ele rรกpido levou a ostra para casa. E, por toda noite, pensou nessa graรงa.



Como ela caiu? Era tĂŁo bela... NinguĂŠm a viu? De onde viera?


A lua desceu, o sol nasceu. Pela primeira vez Sr. Vallet a hora perdeu. Do seu emprego burguĂŞs.


Mas nĂŁo esquecia O presente do cĂŠu


Ou seria uma ninharia esquecida ao lĂŠu?


Algo, então, lhe dizia Que mais dia, menos dia Ocorreria algo mágico. Ou, até, bombástico.


Muitos dias passaram. várias noites também. As esperanças, então, o fizeram refém.


Sr. Vallet tentou abrĂ­-la. Mas ela o evitava. Arriscou com tequila AtĂŠ com reza brava.


A ostra era teimosa Ela n達o o conhecia... Ou apenas medrosa? Seria antipatia?


A ostra, apoiada E o sr. Vallet, ao lado. Uma fechada E, o outro, cansado.


Ele n達o sabia o porqu棚. N達o podia esperar. Resolveu, ent達o, ceder E, triste, saiu ao luar.


Olhou para o firmamento, Imenso e lindo. Pegou a ostra e, num momento Jurou vĂŞ-la sorrindo.


A ostra, então, abriu-se frágil, em sua mão e o sr.Vallet viu

que nem pérola ela continha, Mas uma auréola Que refulgia


Era uma estrela! E o céu, ao vê-la, Chamou-a de volta aos pares.

Ela voou, brilhando E o homem, ano após ano, Dedicou-lhe seus olhares.



Mais um pequeno livro que não pertence a coleção alguma, criado ao acaso, a partir de uma inspiração qualquer em um dia de céu rosado. Espero que gostem. Para ser lido ao som de Mozart. Rio de Janeiro, 2006

Mais um pequeno livro que não pertence a coleção alguma, criado ao acaso, a partir de uma inspiração qualquer em um dia de céu rosado. Espero que gostem. Para ser lido ao som de Mozart. Rio de Janeiro, 2006


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