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ISSN 1980-0630
Revista dos Vegetarianos
www.revistavegetarianos.com.br
ANO 1 • NÚMERO 8 R$ 9,90 • € 3,50
Mudei de MUDEI DE VIDA
Vida
Vegetarianos contam como a nova opção melhorou a saúde, o equilíbrio interior e até a vida profissional
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Me sinto imbatível estando conectada e em harmonia com
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a natureza
Ellen Jabour, apresentadora do programa Vídeo Show, da TV Globo, e vegetariana há 14 anos
Cosméticos O que eles escondem e quais as opções eticamente corretas
EDITORA EUROPA
Os segredos da culinária indiana Tudo sobre a exótica culinária devocional com 5 receitas E MAIS TUDO SOBRE O ESPINAFRE
CHÁS GELADOS
DOCES VEGANOS
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Opções de leites vegetais
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SUMÁRIO
Ao leitor
Revista dos
Vegetarianos Diretores: Aydano Roriz e Abílio Cunha
Edição Nº 8 Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz Diretor Operacional: Abílio Cunha Diretor Executivo: Luiz Siqueira Diretor Editorial e jornalista responsável: Roberto Araújo – MTb.10.766: e-mail: araujo@europanet.com.br Diretor Adjunto: Mário Fittipaldi
Redação Editor: Marco Clivati Chefe de Arte: Welby Dantas Editora de Arte: Izabel Donaire Redatora: Samira Menezes Revisão de Texto: Evelise Paulis Colaboraram nesta Edição: Aida Lima, Erick Melo, Fábio Euksuzian, Gabriela Isgroi, George Guimarães, Lelington Lobo Franco, Maria Glória, Moema Hodick, Priscila Gorzoni, Sílvia Lakatos, Tomaz G. Vello, Viviane Pereira e Vó Rosinha Internet: Cássio Narciso (Webmaster) e Rodrigo Mourão (Webdevelopment) Propaganda: Letícia Nunes Publicidade São Paulo E-mail: publicidade@europanet.com.br Gerentes Comerciais Rodrigo Cunha (0xx11) 3038-5097 Mauricio Dias (0xx11) 3038-5093 Executivos de Negócios: Ana Carolina Corrêa, Angela Taddeo, Alessandro Donadio, Claudia Alves, Elisangela Xavier, Flavia Pinheiro, Raphael Gherardi, Rodrigo Sacomani e Carla Ianez. Criação Publicitária: Rodrigo Barros (0xx11) 3038-5097 Tráfego: Marcos Roberto (0xx1) 3038-5211 Publicidade - Outros Estados Rio de Janeiro: (0xx21) 2221-0088 - Triunvirato Comunicação Brasília: (0xx61) 3326-0205 - New Business Paraná: (0xx41) 3023-8238 - GRP Mídia Rio Grande do Sul: (0xx51) 3232-3176 - Semente Associados Santa Catarina: (0xx48) 3223-3968 - MC Representações Publicidade – EUA e Canadá: 00xx 1 (650) 306-0880, Fax: 00xx 1 (650) 306-0890 - Global Media Circulação e Promoção Gerente de produto: João Alexandre Ézio S. Vicente, Marcelo Diniz, João Zanata, Natália Azeredo
rata-se de uma poderosa e majestosa mudança. Ao optar por uma alimentação e conduta ética, onde o sofrimento animal é abolido em todas as suas formas, as mudanças, sejam elas interiores como exteriores, são inevitáveis e transformadoras. Para cada indivíduo que resolve levar sua vida por essa conduta ética, as mudanças são as mais diversas possíveis. Há pessoas que melhoram seu relacionamento pessoal e profissional, ganham mais disposição para enfrentar a correria do dia-a-dia, ficam com a pele mais jovial e bonita, perdem alguns indesejados quilinhos, se sentem mais próximas da energia divina e alcançam a tão almejada paz interior. Uma decisão tão nobre como a de se tornar vegetariano tem grandes impactos na vida de uma pessoa.Ter a coragem e ousadia de ser diferente dos padrões da sociedade, enfrentando as dificuldades sociais e alimentares, não é tarefa fácil e dispensa um belo esforço. Pessoas que se tornam vegetarianas por consciência e ética, sem modismos ou falsas filosofias, e enfrentam essas dificuldades são especiais. E essas são as verdadeiras peças que movem e transformam a si mesmas, refletindo na mudança que o mundo realmente precisa.
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Marco Clivati marco.clivati@europanet.com.br
Desenvolvimento de Pessoal: Tânia Marilia Ribeiro Roriz
PS. Antes que as pessoas perguntem sobre a roupa da nossa querida Ellen Jabour, na foto da capa desta edição, esse modelito foi feito sem nenhum componente de origem animal, só a beleza do desenho. É mais uma prova de que até na moda é possível vivermos em harmonia e respeito à vida.
Atendimento ao Assinante e venda de edições anteriores: Coordenadora: Fabiana Lopes Atendentes: Carla Dantas, Elisangela Tokashiki, Juliana Ribeiro, Paula Hanne, Tamar Biffi e Fernanda Fernandes Rua M.M.D.C. nº 121 - São Paulo, SP - CEP 05510-900 Telefone São Paulo: (0xx11) 3038-5050 Telefone outros estados: 0800-557667 Pela Internet: www.europanet.com.br E-mail: atendimento@europanet.com.br
Sumário
Administração Gerente: Cecília Tomazelli Renata Kurosaki, Luiz Eduardo Soares, Ronaldo Mendes, Gustavo Barbosa, Daniel Ribeiro, Carlos Eli, Ismael Neto, Denis Pinheiro A Revista dos Vegetarianos é uma publicação da Editora Europa Ltda. (ISSN). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Distribuidor Exclusivo para o Brasil Fernando Chignalia Distribuidora S. A. - Rua Teodoro da Silva, 907 CEP 20563-900 - Grajaú - RJ Impressão: Prol Editora Gráfica
ANER Somos Filiados à ANER Associação Nacional dos Editores de Revistas
06 08 16 18 28 30 34 36 44
Cartas Vida em Harmonia Entrevista Capa Artigo: Pets "Verdes" Receitas: Sobremesas Vitrine: Leites Vegetais Receitas: Culinária Indiana Artigo: Câncer
Se For o Caso, Reclame. Nosso Objetivo é a Excelência!
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CORRESPONDÊNCIA – Rua M.M.D.C., 121 CEP 05510-900 – São Paulo – SP Fax: (0xx11) 3819-0538
Atendimento (0xx11) 3038-5050 (São Paulo), 0800-557667 (Outras localidades) – Fax (0xx11) 3097-8583 Das 8h às 20h; sábados das 9h às 15h e-mail: atendimento@europanet.com.br
Redação Fone (0xx11) 3038-5069 Fax (0xx11) 3819-0538 e-mail: vegetarianos@europanet.com.br
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Alimento do Mês: Espinafre Chás Gelados Cosméticos Artigo: Casos Pitorescos Perguntas e Respostas Guia de Restaurantes Onde Encontrar Frase do Mês
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Nossos Colaboradores
Selos de Identificação Vegana: Receitas elaboradas sem a utilização de ovos e leites
Todas as receitas apresentadas nesta edição contam com selos para facilitar a identificação dos componentes utilizados no seu preparo. Ovo-lacto: Receitas que contêm ovo e leite
Lacto: Receitas que incluem leite no preparo
Dr. George Guimarães
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ESPINAFRE
É nutricionista e consultor em nutrição vegetariana. George é o consultor de Nutrição desta edição e responsável pela seção de Perguntas e Respostas
Conheça tudo sobre essa poderosa verdura para a dieta vegetariana
Sílvia Lakatos
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É historiadora, jornalista, vegetariana desde os 13 anos e vegana há 6 anos. Nesta edição, Sílvia fala sobre a alimentação vegetariana para os pets
COSMÉTICOS Confira do que são feitos os produtos de beleza e higiene pessoal e veja quais as opções são eticamente corretas
LEITES
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Lelington Lobo Franco É pesquisador, químico, fitologista e escritor. É considerado um dos maiores experts em frutologia e fitologia do Brasil
Fábio Euksuzian
Oito opções de leites 100% vegetais nacionais e importados
É presidente da Associação dos Profissionais de Yôga da Vila Olímpia, vegetariano e estudioso desta filosofia desde 1997
CAPA Treze pessoas contam todas as mudaças que o vegetarianismo trouxe em suas vidas
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Chef Moema Hodick Responsável pelas receitas indianas desta edição, Moema é Chef do restaurante Casa Prema em São Paulo
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CARTAS
Espaço do Leitor AGRADECIMENTOS Parabéns por serem a primeira revista vegetariana do Brasil! É tão maravilhoso ver que a alimentação vegetariana e o modo vegano de viver estão se espalhando pelo mundo. Tenho esperança de que um dia teremos uma revista vegetariana publicada em cada país ao redor do mundo. Beverly Lynn – EUA – Por e-mail Espero sinceramente que a revista não acabe e continue a passar sua mensagem. Que a Revista dos Vegetarianos, que é uma
revista com um propósito superior, tenha longa vida e possa transformar a consciência de muitas pessoas. Parabéns pelo trabalho. Vegan – Pelo Orkut Essa edição foi a primeira que comprei. Fiquei sabendo pelo site, pois procurava por uma revista sobre vegetarianismo. E a revista me surpreendeu! Temas variados, muitas seções, bem diagramada, papel de boa qualidade e muito bem ilustrada. Simplesmente muito mais do que eu esperava: mais antenada, mais interessante, mais bonita, enfim só comprar pra saber! Todos que me viram com a revista e pediram para dar uma olhada também a acharam muito interessante. Mesmo não sendo vegetarianas, as pessoas para quem mostrei a revista adoraram. Vocês estão de parabéns! Magali e Eduardo – Pelo Orkut Li a matéria Derrubando mitos e revendo verdades, da edição 7, e me surpreendi com o conteúdo. Antes de me tornar vegetariana, consultei um nutricionista que me desaconselhou a dieta vegetariana porque a carne possui nutrientes essenciais, segundo ele. Mesmo assim, procurei me informar lendo artigos e livros a respeito desse tipo de alimentação. Devo admitir que essa matéria
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Esse é o seu espaço! Escreva suas críticas, sugestões, receitas... especificamente, e a própria Revista dos Vegetarianos, me ajudou muito nessa empreitada. Muito obrigada e parabéns pelo trabalho! Julia Gonçalves – São Paulo – SP
VEGETARIANISMO NA WEB Gostaria de dividir com os leitores da Revista dos Vegetarianos um blog que criei com a intenção de compartilhar conhecimentos, opiniões, não somente sobre a influência comprovada e conhecida por todos da alimentação na nossa saúde, mas também sobre como nossos hábitos alimentares afetam outros seres e o meio ambiente, assunto menos divulgado, mas não menos importante. O endereço do blog é: germinar.blog.terra.com.br. Natalia Chede – Por e-mail
Fale com nossa equipe Envie suas sugestões, dúvidas, elogios, receitas e críticas para a redação da Revista dos Vegetarianos. Telefone: (11) 3038-5066 E-mail: vegetarianos@europanet.com.br Carta: Rua MMDC, 121 - São Paulo - SP CEP 05510-900 Site: www.revistavegetarianos.com.br
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ENQUETE
RECEITA Gostaria de divulgar uma das receitas, o Shitake com Cará, do cardápio do restaurante Caminho do Mar, localizado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro (veja o endereço no Guia de Restaurantes da página 60). Nosso estabelecimento é totalmente vegano, produz tempeh, queijo de soja (tofu) defumado e serve suco da Luz do Sol diariamente. Além disso, damos curso de culinária vegana. Confira a receita. Zé Roberto – Por e-mail Ingredientes: 100g de shitake 1 kg de cará 2 cebolas 2 pimentões ( 1 verde e 1 vermelho) 1 coco maduro 1 xícara de chá de nirá
Leite de coco 4 colheres de óleo de gergelim Modo de preparo: Deixe o shitake cortado em tiras de molho de um dia para o outro. Cozinhe por 30 minutos. Descasque o cará e o corte em cubos pequenos. Cozinhe al dente. Reserve. Corte a cebola, os tomates e os pimentões em tiras. Bata o coco no liqüidificador com 6 copos de água quente. Retire o "leite" e reserve o bagaço. Refogue a cebola , os tomates e os pimentões no óleo de gergelim. Adicione o leite de coco e o cará. Deixe 25 minutos em fogo baixo. Por último, quando o fogo já estiver apagado, junte o nirá (em pedacinhos) e sal marinho a gosto.
Veja o resultado da enquete publicada no site da Revista dos Vegetarianos que ficou no ar em abril.
O que você faz quando é convidado para um churrasco? Vou sem me preocupar se vai ter algo vegetariano: 32 votos (30,19 %) Vou, mas levo minha própria comida: 27 votos (25,47 %) Não vou porque não me sinto bem: 22 votos (20,75 %) Vou, mas peço para o anfitrião preparar algo vegetariano: 21 votos (19.81 %) Vou para falar sobre a filosofia do vegetarianismo: 4 votos (3.77 %)
Total de votos: 106 Entre no site ww.revistavegetarianos.com.br e vote na nova enquete:
Você namoraria uma pessoa que não é vegetariana?
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VIDA EM HARMONIA
ECOLOGIA
Suinocultura urante a Comissão de Ciência e Tecnologia, realizada no dia 29 de março, em Brasília, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), apresentou alguns dados em relação à agropecuária. Segundo levantamento feito pela empresa, as fezes dos 5,6 milhões dos suínos que existem no Estado produzem 9,7 mil toneladas de dióxido de carbono por dia. A fermentação destas fezes, o manejo desses dejetos e os resíduos agrícolas são responsáveis por 25% das emissões de gases causadores do aquecimento global, como metano e óxido nitroso, no Estado de Santa Catarina. A pesquisa afirma que o aumento da temperatura na Terra pode trazer períodos de secas mais longos e um número maior de tempestades tropicais, além da redução dos meses frios e a diminuição da produtividade agrícola. Para o chefe do Centro de Informações de Recursos
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Ambientais da Epagri, Hugo Braga, a possibilidade de substituir a suinocultura no Estado está fora de cogitação a curto prazo. "A suinocultura é uma das principais fontes de renda de Santa Catarina. Sem ela, a taxa de desemprego seria altíssima. Além disso, existe uma tradição alimentar no País muito forte que requer esforço da sociedade para mudar." Apesar disso, Braga concorda que para prevenir os efeitos do aquecimento global é necessária uma modificação nos hábitos alimentares da humanidade. " A pecuária tem um custo ambiental muito alto e que será pago pelas gerações futuras. Os córregos e a atmosfera, por exemplo, estão sendo poluídos devido a essa prática e o crescimento populacional pressiona o meio ambiente devido à demanda de alimentos. Não há outro caminho senão a mudança no tipo de alimentação". Para o engenheiro agrônomo, que há tempos não presencia as nevascas
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Hugo Braga : necessidade de novos hábitos alimentares
típicas do inverno no interior catarinense, se as emissões de gases causadores do efeito estufa continuarem no ritmo atual, as temperaturas no final deste século podem ficar até 8ºC mais quentes. A solução encontrada é a conscientização da população e um comportamento ético em relação à natureza. Mais informações: www.epagri.rct-sc.br
Foto: Arquivo Pessoal
Criação de porcos em Santa Catarina libera toneladas de dióxido de carbono diariamente, conclui pesquisa agropecuária
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Sacos Plásticos Prefeitura da cidade de São Francisco (EUA) prevê multa para estabelecimentos comerciais que disponibilizarem sacos plásticos o dia 27 de março, a Prefeitura de São Francisco, na Califórnia (EUA), adicionou ao seu Código do Meio Ambiente uma nova emenda que prevê multa para todos os estabelecimentos que disponibilizarem aos clientes sacos plásticos de material não reciclado. De acordo com o documento número 070085, disponibilizado na Internet, o novo inciso é uma maneira de a prefeitura proteger o meio ambiente, a economia e a saúde de seus cidadãos. Criado em 1862, pelo inglês Alexander Parkes, o plástico está presente em praticamente todas as embalagens comercializadas atualmente. Segundo um inciso da nova emenda americana, a produção anual de sacos plásticos nos EUA derruba 14 milhões de árvores, usa 12 milhões de barris de petróleo e causa a morte de mais de 100 mil animais marinhos. Baleias, golfinhos e tartarugas engolem esses saquinhos, que são confundidos com algas marinhas, e acabam morrendo por intoxicação. As multas aplicadas em São Francisco podem
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chegar até US$ 600 e visam reduzir o consumo desnecessário dessas sacolas. Além de serem feitos com plásticos reciclados, os sacos deverão vir com a palavra "reutilizável" estampada. Segundo a ONG Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), em 2005 foram produzidos no Brasil 289 mil toneladas de plásticos e, desse total, apenas 16,5% foi reciclado. A pesquisadora do Cempre, Marianne Ueda, diz que o não reaproveitamento desse material traz conseqüências sérias para o meio ambiente. "Quando reciclamos, diminuímos os gastos energéticos, pois o petróleo é a matéria-prima do plástico, e também o tempo de vida de um aterro, que muitas vezes fica cheio de material que poderia ser reciclado. Além disso, se esse material é descartado de maneira incorreta, pode acarretar em poluição de lençóis freáticos e do solo". Na Europa, onde países como a Irlanda conseguiram diminuir em 90% o uso das sacolas de plástico, alguns supermercados cobram do cliente até 0,60 euros por cada saquinho. Cientes da taxa cobrada pelo estabelecimento, os consumidores levam suas próprias sacolas e , assim, é possível evitar o consumo desenfreado desse tipo de material. Mais informações: www.sfgov.org/cityhall / www.cempre.org.br
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PRODUTOS
Nature Valley
Pão de soja
Única barra de cereal crocante no Brasil é feita com ingredientes 100% integrais lternativa saudável para um lanche, as barras de cereais conquistaram os brasileiros em 2003. Desde então, muitas opções e sabores diferentes surgiram no mercado, entre elas a Nature Valley, da General Mills. Por enquanto, a única barra crocante no País só pode ser encontrada nas Lojas Americanas, no Wall Mart, Carrefour, Fran´s Café, Rei do Mate, Blockbuster e Cinemark de São Paulo e do Rio de Janeiro. Feita com ingredientes 100% naturais, como granola e aveia integrais, as barrinhas estão livres de gorduras hidrogenadas e lactose. As embalagens de 42 g são encontradas a R$ 2,50, em média, e em três sabores: aveia e mel, banana e amêndoas ou maple com açúcar mascavo.
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Lançamento da Nutrella traz pães enriquecidos com ferro s novos pães de soja da linha Vitta, da Nutrella, foram elaborados com farinha de trigo integral e enriquecidos com ferro. Fonte de fibras e com baixa calorias, os pães de fôrma vêm em duas versões diferentes, integral e light. Apesar da qualidade, o lançamento contém glúten e só pode ser encontrado na região Sul e no Estado de São Paulo. As embalagens de 400 g podem ser encontradas em supermercados e em média a R$ 3,60.
Fotos: Divulgação
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Mais informações: 0800-310808
Mais informações: 0800-7225115
Linha Ecologie Primeira linha de cosméticos a utilizar ingredientes vegetais no Brasil é incluída na lista do Projeto Esperança Animal (PEA) lta tecnologia em pesquisas, proteção ambiental e animal, além de sustentabilidade. Com essas quatro missões em mente, a Ecologie Cosméticos disponibiliza no mercado uma linha completa para o corpo, o rosto e o cabelo. A linha Fios, por exemplo, conta com shampoos, condicionadores, redutores de volume, mousse hidratante, entre outros produtos desenvolvidos para agradar aos consumidores mais exigentes. Desde 1986, a empresa vem formulando cosméticos com ingredientes vegetais
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e naturais. Recentemente, foi incluída na lista do Projeto Esperança Animal (PEA) das empresas que não realizam testes em animais. Os preços variam entre R$ 12 e R$ 20 e os produtos podem ser encontrados em todo o País, inclusive em lojas online. Mais informações: www.ecologie.com.br
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Scooters Elétricas Primeira linha de scooters elétricas, da marca Motor-Z, dispensa a manutenção do motor, o uso de óleos lubrificantes e o melhor de tudo: não polui o meio ambiente ão três modelos que variam entre R$ 3,6 mil e R$ 4,5 mil cada. As scooters elétricas, da Motor-Z, dispensam postos de gasolinas e qualquer outra preocupação em relação à manutenção com motor que as outras motos normalmente apresentam. Isso porque, para sair andando por aí, elas só precisam recarregar a bateria por seis horas em tomadas de 110 ou 220 volts. Todas com um design moderno, as novas scooters levaram mais de dois anos para entrarem no mercado e
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podem ser encontradas em três estilos diferentes: a S500 (foto) com protetores de rodas; a V500, que lembra as lambretas da década de 1950; e a S800, mais robusta do que as outras. Desenvolvidas por japoneses, elas são praticamente inaudíveis, têm autonomia de 40 km, atingem 50 km/h e levam uma pessoa de até 90 kg, sem que seu rendimento seja comprometido.
Mais informações: (11) 6886-5151 / www.motor-z.com.br
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Fertilidade
SAÚDE
Pesquisa norte-americana comprova relação entre consumo de carne vermelha e baixa concentração de espermatozóides ivulgada na revista científica Human Reprodution, no dia 28 de março, a pesquisa da Universidade de Rochester (EUA) afirmou que os homens cujas mães consumiram muita carne vermelha durante a gestação têm mais chances de ter baixa concentração de espermatozóides. Para os pesquisadores, os resíduos dos anabolizantes, que são misturados à ração do gado e que não são excretados pelo animal, podem explicar a situação. Realizada entre 1999 e 2005, em cinco cidades norte-americanas diferentes, entre elas Nova York e Iowa, a pesquisa analisou os semens de 387 parceiros de mulheres grávidas em relação à quantidade de carne vermelha consumida por suas mães durante o período de gestação. O estudo mostrou que a concentração de espermatozóides coletados dos homens foi inversamente proporcional ao consumo de carne
vermelha de suas mães, no período em que estavam grávidas. Os homens, filhos daquelas mulheres que consumiram mais de sete porções de carne vermelha durante a semana, mostraram uma concentração 24,3% menor de espermatozóides. Atualmente, seis hormônios são usados na ração do gado dos EUA e do Canadá, sendo três esteróides naturais e outros três sintéticos. De acordo com o estudo, todos podem induzir ao aumento e desenvolvimento do animal em um mecanismo similar à puberdade precoce nos seres humanos. Durante o abate, nem todas essas substâncias são metabolizadas ou excretadas, e quantidades significativas delas podem ser encontradas em produtos de origem animal. Comercializados desde 1933 na América do Norte, esses hormônios foram proibidos na Europa em 1988.
Carne de soja Apesar de o livro de Irene Olkowski incluir alguns pratos com ovos e queijos, as 40 receitas com proteína de soja texturizada (PVT ou PST) pretendem auxiliar os novos vegetarianos ou aqueles que já o são há algum tempo. A autora deu preferência àquelas receitas fáceis de preparar e econômicas. Em 103 páginas, é possível encontrar receitas de pratos quentes, saladas, lanches, entre outras. Mais informações: www.mgeditores.com.br Preço: R$27,90
Cozinha Vegetariana e com fibras Parte da série Biblioteca da Saúde, da Editora Girassol, o livro de Michael Smith traz 28 receitas ovo-lacto vegetarianas e informações nutricionais sobre alguns alimentos, como frutas e cereais. No entanto, o autor deixa a desejar quando disserta sobre os nutrientes e em quais alimentos encontrá-los: sugere carne como uma fonte de vitamina B2. Mais informações:www.girassolbrasil.com.br Preço: R$8,90
Foto: sxc.hu
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Mais informações: http://humrep.oxfordjournals.org
Lar Vegetariano Dos mesmos proprietários do restaurante e pizzaria Lar Vegetariano, em São Paulo, o livro homônimo traz 205 receitas veganas, além de informações sobre a filosofia do veganismo. Aparecida Teixeira, Ivonete e Paulo César Nakashima disponibilizam ainda uma pequena relação de lojas, restaurantes, livros e associações em que o vegetarianismo é o tema central. Mais informações: www.cultrix.com.br Preço: R$22,50
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Fotos: Tomaz G. Vello
Livros
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Alimentação
e Saúde Pouca proteína, exercícios físicos e alimentação balanceada podem contribuir para a prevenção de câncer, confirma estudo americano egundo as Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colo-retal, que atinge intestino grosso e reto, é o quinto tumor mais freqüente entre os homens (11.390 novos casos) e o quarto entre as mulheres, com 13.970 casos só no ano passado. Pessoas entre 50 e 70 anos são as mais propensas a desenvolver a doença, mas o estilo de vida e o tipo de alimentação podem contribuir para seu aparecimento em pessoas de 40 anos. De acordo com o Instituto, que faz parte do Ministério da Saúde e desenvolve ações de prevenção do câncer, o consumo excessivo de alguns alimentos ricos em gordura, como leite de vaca integral, carne vermelha e seus derivados, contribui para o crescimento de células cancerígenas. Além disso, uma alimentação pobre em fibras, que podem ser encontradas em frutas, legumes e verduras, desacelera o ritmo intestinal e, dessa maneira, a mucosa intestinal passa a ter mais contato com o bolo fecal. Para a Dra. Célia Tosello, chefe do departamento de Oncologia Clínica, do Instituto Brasileiro do Controle do Câncer (IBCC), antes de mais nada as pessoas precisam estar atentas à própria
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saúde e observar os sinais do corpo. "Uma dieta com bastante fibra ajuda a prevenir a doença, mas é importante a pessoa prestar atenção na regularidade das evacuações e procurar um médico o quanto antes, caso sinta dor ao evacuar ou perceba algum sangramento nas fezes". Exames como o de sangue oculto nas fezes e colonoscopia podem detectar a doença em seu estágio inicial, mas mesmo assim a cirurgia é necessária. "A cirurgia é indicada para os tumores com menos de 2 cm e em uma região de fácil acesso. Mas se estiver maior do que isso, o tratamento é a quimio ou radioterapia.", disse Tosello. A cirurgia consiste na retirada da parte do intestino afetada. Além de uma alimentação equilibrada e saudável, o INCA recomenda que as pessoas acima dos 50 anos realizem exames preventivos anualmente. Mais informações: www.inca.gov.br
Foto: sxc.hu
Casos de risco pessoas acima de 50 anos têm mais chance de desenvolver a doença
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PROTEÇÃO ANIMAL
Notas
Manifestação
contra pecuária VEDDAS realiza protesto contra Congresso Internacional da Carne, em São Paulo, e pecuaristas se misturam a manifestantes arne para todos. Carne para o mundo". Com esse tema, o Congresso Internacional da Carne, realizado entre os dias 25 e 27 de abril dentro do Hotel Renaissance, em São Paulo, abriu uma série de palestras a respeito da atividade pecuarista. Para marcar presença e chamar a atenção da sociedade civil, a ONG Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade (VEDDAS) organizou uma manifestação em frente ao local, que fica próximo à movimentada Avenida Paulista. Durante o protesto, os manifestantes exibiram cartazes com mensagens em prol dos animais e distribuíram folhetos com informações sobre os malefícios da pecuária. Além de organizarem a performance da "Bandeja Humana", em que dois ativistas são cobertos com tinta vermelha e um grande código de barras é colocado sobre seus corpos, lembrando a carne bovina vendida nas prateleiras de supermercados. Esse manifesto chama a atenção pelo fato de os ativistas ficarem seminus. Para Daiane Silva, que ficou apenas com roupas íntimas embaixo de chuva fina e vento forte por uma hora, o momento era de ansiedade. "Estou fazendo isso porque quero que as pessoas entendam que os animais não nos pertencem." Devido à movimentação intensa de alguns policiais e pedestres, alguns congressistas foram até o local onde os manifestantes estavam reunidos para conferir o protesto. Para o pecuarista Massimo Coda, que tem uma fazenda com 500 gados no Paraguai, o importante é conversar para se chegar a um consenso. "Vim aqui para saber sobre os argumentos dos manifestantes. Quero
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Eletrônicos verdes Lista verde do Greenpeace é liderada por empresa chinesa tualizado no dia 3 de abril, o Guia dos Eletrônicos Verdes do Greenpeace (disponível no site www.greenpeace.org.br) elegeu a fabricante de PC´s Lenovo como a empresa que tem a melhor política de reciclagem de materiais usados. Além dela, Nokia, Sony e Ericsson ganharam um voto de confiança da organização. Criado em agosto de 2006, o guia traz uma relação de 14 empresas fabricantes de eletrônicos que mais se esforçam para reduzir o uso de substâncias químicas em suas manufaturas.
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Iniciativa Verde Plantio de árvores para redução da emissão de gases poluentes he Green Iniciative (www.iniciativaverde.org.br) conta com apoio de instituições para promover o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica. Criada em 1992, a ONG tem como foco reduzir a emissão dos gases do efeito estufa provenientes de empresas e seus processos reprodutivos. A alta demanda e o tempo menor de uso resultam em grande quantidade de resíduos na natureza, que responde com furacões, secas etc.
Foto: Marco Clivati
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Protesto:
saber se o grupo tem “Bandeja razão, ou até que ponto Humana” chama a atenção de tem razão, para pedestres eventualmente mudar de atividade. Questionado sobre sua escolha pela agropecuária, disse que não se trata apenas de lucros. "Hoje minha empresa emprega 100 pessoas e o desemprego é um problema para países subdesenvolvidos." Apesar da suposta tentativa de diálogo, Coda não acredita que os vegetarianos têm base científica para defender os animais. Realizado pela Organização Permanente Internacional da Carne (OPIC), o Congresso Internacional reúne pecuaristas e outros profissionais ligados à indústria da carne para discutir as condições do mercado global, sistemas de engorda e, de maneira ainda incompreensível, o bem-estar animal. RevistaVegetarianos.com.br
Carne indigesta Veterinários europeus desaprovam carne bovina brasileira laudo dos veterinários europeus é claro: a criação do gado e a produção de carne no País estão fora dos padrões europeus e podem sofrer embargos, caso o governo não tome uma atitude. Apesar disso, o comissário europeu Markus Kyprianou, que é vegetariano e visitou o Brasil recentemente , foi recebido pelo governo com um churrasco muito inconveniente.
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Filosofia do Bem Mantenedora do Instituto que leva seu nome, Nina Rosa concedeu esta entrevista em que fala sobre seu trabalho e os planos para o futuro
Por Samira Menezes
Foto: Arquivo Pessoal
Nina Rosa: fundadora do Instituto que leva seu nome há 13 anos, trabalha pela libertação animal
mensagem na entrada de sua casa é clara: “entre com cuidado... gatinhos soltos". A frase simples e meiga não deixa dúvidas em relação à preocupação de Nina Rosa Jacob com os animais de estimação que dividem o espaço com ela – os gatos Dengo e Lili e os cachorros Zeca e Boi. Porém, qualquer pessoa que converse alguns minutos com esta paulistana de 63 anos, percebe que o aviso na porta não é dirigido somente para as visitas e também não se refere apenas aos gatinhos que vivem em sua casa, onde também funciona o Instituto Nina Rosa (INR). Convicta de sua filosofia de vida e uma pessoa muito reservada, Nina luta há 13 anos por melhores condições na vida de todos os animais. Ex-modelo, ex-produtora de moda e atual presidente de uma das organizações brasileiras mais ativas em prol dos direitos dos animais, se diz uma amante da natureza. Freqüentemente, viaja para seu sítio na Serra da Bocaina, no interior de São Paulo, para recarregar as energias e dar continuidade aos projetos de seu
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Instituto. Desde 2000, o INR presta serviço de atendimento ao animal e realiza documentários, como o A Carne é Fraca, um dos vídeos mais chocantes e reveladores da atualidade. A ativista recebeu a Revista dos Vegetarianos para contar um pouco sobre os motivos que a levaram a ser uma das expoentes na proteção dos animais e o que pretende fazer com o Instituto daqui para frente. O que te motivou a montar o Instituto Nina Rosa? Foi a justa indignação. À medida que a gente vai se informando, conhecendo como os animais estão sendo utilizados como produtos, sendo massacrados e tão pouco respeitados, não dá para não fazer alguma coisa. Eu me senti impelida a trabalhar, tentando trazer um pouco do que eu considero que seja o sentimento deles.Tentando ser um porta-voz dos animais, atuando na sensibilização das pessoas e trazendo informações. Essas mesmas informações que a gente presencia ou pesquisa e que muitas pessoas, que não são ligadas a esse movimento, não sabem e que, às vezes, participam do problema sem conhecimento. Então, acho que o trabalho do Instituto é muito importante para as pessoas também porque, a partir do momento em que elas têm consciência de tudo o que é feito de negativo com os animais é feito visando ao lucro, elas podem optar por esse ou aquele produto. RevistaVegetarianos.com.br
E como foi que você tomou consciência disso? Eu acho que tudo começou bem cedo, quando eu era criança, com uma cadela que eu tive que chamava Nora com quem tive uma grande ligação afetiva. A morte dela foi muito traumatizante para mim, então passei a não prestar mais atenção nos animais. Foi uma defesa muito grande. Mas depois, com mais de 40 anos de idade, quando aceitei ficar com uma cadela dos meus sobrinhos, deu início a uma abertura. Essa cadela teve uma ninhada e uma das cadelinhas ficou comigo, a Chica. Ela acabou sendo o ser que absolutamente abriu meu coração, me ensinou a amar, me revelou todas essas coisas que eu comentei com você e, aí sim, eu tive uma atitude. Meu ser foi totalmente tomado por esse amor e eu me entreguei totalmente a esse sentimento. Nós tivemos 14 anos juntas e ela foi uma luz na minha vida. E quando a Chica morreu, eu me propus a nunca mais me dedicar tanto afeto a um ser só, mas distribuir para o maior número possível. Você acredita que a sua busca pelo auto-conhecimento a ajudou a se dedicar a vários seres em vez de se apegar a um só? Eu acho que me ajudou sim, pois a minha evolução pessoal é minha principal meta sempre. Quando a Chica morreu foi muito difícil! Foi como se tivessem apagado a luz do Universo.Tanto que, no começo, eu tentei ficar sem um animal, mas não dá pra ficar sem um. Na época, eu passei a ser um lar transitório para os companheiros que trabalhavam com o bem-estar animal. Eu pegava um animal para cuidar e depois doar. Nunca tive a intenção de transformar esse trabalho em abrigo porque sempre achei que a individualidade do animal é muito importante também. Eu queria distribuir aquele amor que eu tinha pela
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Chica para o maior número de animais possível, e, naquele momento, eu não sabia o que poderia vir, mas a resposta veio. E hoje a gente se dedica a qualquer tipo de animal. O meu amor não tem preconceitos em relação a animais, pode ser inseto ou qualquer outro animal que eu desconsidere ou considere como indesejado. A gente vive em uma sociedade onde os animais são muito mal tratados. Você acha que o INR conseguiu contribuir para uma melhora na vida dos animais? Eu acredito que sim. Se a gente pegar A Carne é Fraca, que é o documentário de maior sucesso nosso, o número de pessoas que pararam de comer animais depois dele fez alguma diferença. Acredito que a divulgação também do Fulaninho – outro vídeo produzido pelo INR – nas escolas fez com que muitas crianças se sentissem apoiadas naquele sentimento, que muitas vezes não é valorizado no seu meio familiar e mesmo estudantil. Hoje em dia não se valoriza muito sentimento, é tudo muito automático. Parece que alguém sensível é até motivo de brincadeiras. Em relação ao A Carne é Fraca, como foi fazer esse trabalho? Eu senti a necessidade de fazer esse trabalho.Todo mundo me dizia que eu não ia conseguir vender e eu dizia que se eu não conseguisse vender, eu doaria. A própria diretora (Denise Gonçalves) me perguntava quem ia querer comprar uma coisa para sofrer. Eu não sabia a resposta, apenas segui minha intuição, pois aquele era o momento. Desde o lançamento no Congresso Vegetariano Mundial, em Florianópolis, já teve um impacto enorme e continua tendo até hoje. Alguns ativistas acreditam que cães e gatos deveriam viver livres e não junto com os seres humanos. Qual sua opinião a respeito disso? Acredito que tudo o que sentimos que é de comum acordo é um bom acordo. Hoje em dia, acho utópico esses animais ficarem livres e soltos porque eles passaram a depender dos humanos.Tanto é que tentamos encontrar lares para aqueles que não têm e eles demonstram muita vontade de ter um. Não vejo problema se existe o respeito nessa coabitação. Acredito que devemos respeitar ao máximo aquelas espécies com suas características e necessidades. Acho também que somos para eles um pouco como Deus é para nós, pois eles precisam de nós (estou falando dentro do que nós vivemos hoje, pois eles já convivem conosco). E dependendo da nossa relação e da forma de interagir, os animais podem evoluir mais ou menos o lado espiritual.
Em relação às Zoonoses, que se encontram lotadas com animais recolhidos nas ruas ou com aqueles que os próprios donos levam, como isso pode ser resolvido ou melhorado? Com educação e a guarda responsável, que inclui a responsabilidade não só sobre o animal, mas também sobre a ninhada que ele tiver, se a pessoa não fizer a esterilização. Não tem essa de ficou prenha, abandona ou entrega na Zoonose. Ou ainda, adoeceu, abandona. Se seu filho adoecer, você vai abandonar? Se você mudar de casa, para uma que seja menor devido a uma situação financeira desfavorável, você vai abandonar seu filho, sua mãe ou seu avô? É exatamente a mesma coisa! É isso que as pessoas ainda não se deram conta por causa do antropocentrismo. Não sei quem colocou no universo a idéia de o ser humano se achar uma espécie superior. Todos temos os mesmos direitos de viver na Terra com liberdade e dignidade. Da mesma forma que a gente batalha para que os humanos tenham esse direito, todas as outras espécies também têm. É tudo uma biodiversidade em que um depende do outro.
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Não sei quem colocou no universo a idéia de o ser humano se achar uma espécie superior
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Você já foi desrespeitada ou barrada de entrar em algum lugar pelo que você faz? Pelo contrário, eu recebo muito carinho das pessoas. Talvez, no início, como todo protetor já deve ter ouvido, as pessoas me perguntavam algo como "mas e as crianças?". Porém, isso nunca me abalou porque eu sei que o ser humano tem uma defesa. Quando ele não está fazendo nada por ninguém, ele sente culpa. E quando ele vê alguém fazendo alguma coisa que ele poderia fazer também, a culpa aumenta. Quando ninguém faz nada, é fácil entrar naquele outro pensamento cômodo de "ninguém está fazendo, então deixa rolar". Certa vez, eu estava em uma manifestação em prol dos animais e segurava uma faixa quando passou um senhora em um carro e me disse: "com tanta violência acontecendo, vocês vão se preocupar com os animais?!". Eu disse a ela que a violência é uma só. Temos que combater a violência. Não importa contra quem seja. E, com certeza, aquela senhora não está defendendo os humanos, porque se RevistaVegetarianos.com.br
ela estivesse iria entender o que é lutar por uma causa. Acho maravilhoso quando ouço que existem grupos que estão se dedicando a uma causa, não importa que causa seja. Sinto-me irmanada, pois penso que essas pessoas devem estar felizes por poder realizar algo em que elas acreditam e que esteja melhorando a sociedade. Em geral, quem critica é quem realmente não faz e está incomodado por não fazer. Quando se tornou vegetariana? Foi quando eu trabalhava como modelo. Eu já tinha conhecido pessoas vegetarianas, mas nunca tinha feito a relação com os animais porque até então o vegetarianismo estava relacionado com a saúde. Eu tinha 30 anos e passei alguns meses em Nova York, como modelo. Lá eu conheci uma moça de 17 anos, que depois eu nunca mais vi, que um dia me convidou para almoçar em um restaurante vietnamita. Ela me disse que não comia carne pelos animais e nessa hora eu me tornei vegetariana! E daí foi um processo. Por isso que eu digo que posso compreender as pessoas que ainda não fizeram essa ligação porque eu mesma levei tempo para fazer isso. Com 30 anos de idade me dei conta disso e com 53 comecei meu trabalho. Por isso digo nas minhas palestras que nunca é tarde. Agora eu estou com 63 e ainda tenho planos de mudanças. Quais são os seus planos para o futuro? Pretendo enxugar ao máximo o trabalho do INR para me tornar mais ativista. Ando muito sugada por administração aqui dentro e isso está me deixando infeliz. Estou seguindo minha intuição e percebi que é hora de mudança. É hora de me dedicar mais a esse trabalho em que eu posso me colocar mais diretamente com vídeos, palestras e ter mais. Porque são tantas coisas para fazer que, quando eu percebo, já me envolvi em quinhentas mil coisas e isso demanda um monte de pessoas, que eu tenho que administrar. Com isso, acabo fugindo do meu propósito. Quando morrer ou quando não puder mais trabalhar, pensa em deixar o INR para alguém cuidar? Já pensei sobre isso e já mudei de idéia. Até pouco tempo atrás, eu tinha essa ilusão e hoje eu percebo que foi uma ilusão porque o Instituto é o meu projeto de vida, é a minha filosofia, são os meus conceitos e percebi que isso não se passa. Eu quero fazer o máximo enquanto eu estiver aqui, não só no Instituto mas para os projetos em que acredito.
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Uma nova vid a Por Viviane Pereira
As mudanças são inevitáveis e marcantes. Confira aqui o depoimento de treze pessoas que tiveram suas vidas transformadas com o vegetarianismo ida é movimento constante, transformação. A Terra gira em torno do Sol, as estações entram e saem; o dia sucede a noite, que sucede o dia... Em todo lugar, a todo tempo, algo antigo está partindo para a chegada de alguma coisa nova. Assim acontece também com as coisas em nossa vida. O ser humano é mutável por natureza: nasce, cresce e se transforma. E desse crescimento e transformação fazem parte as decisões e conseqüentes mudanças que tomamos ao longo da vida.Todo dia, a toda hora, estamos
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decidindo, fazendo diferentes opções que irão nortear os próximos passos. Essas decisões podem trazer mudanças significativas que afetam toda nossa vivência, como mudar de profissão, estudar algo diferente, buscar novos ares, ou mesmo decidir parar de se alimentar de animais. Independente da área em questão, toda mudança traz conseqüências que podem melhorar a vida da pessoa, agregando mais bem estar e felicidade.Tudo vai depender do direcionamento. Mudar, mesmo que para melhor, nem sempre é fácil. Por isso tantas pessoas têm uma grande resistência à mudança. Outras só mudam mesmo quando é extremamente necessário. Importante é lembrar que são as mudanças que nos fazem caminhar. Se nos contentássemos com tudo como sempre foi, poderíamos ainda estar na Idade da Pedra. A necessidade de evoluir, de questionar e buscar novos caminhos fez do homem o que ele é hoje e continua a impulsioná-lo. São as mudanças que
“ muda sua forma
O vegetarianismo Ellen Jabour
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de ver o mundo
m dia, aos 14 anos, a modelo e apresentadora do programa Vídeo Show, Ellen Jabour, decidiu parar de comer carne e logo sentiu as mudanças. "O vegetarianismo muda a sua forma de ver o mundo", declara. Ela recorda que simplesmente se conscientizou do sofrimento, da crueldade e da covardia que é matar os bichos. "Quando me dei conta de que aquilo que comia era um ser vivo, com sentimentos e que sente dor, cortei da minha vida imediatamente. Depois fui aumentando minha percepção: enxerguei que, além de toda a maldade, aquilo que colocava para dentro de mim estava morto, em putrefação, embutido de sangue e dor", conta. Como sempre gostou de legumes,
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verduras e frutas, não sentiu muita dificuldade. Lembra que comia cebola crua e pura com apenas cinco anos e adorava. Mas comia carne diariamente e hoje não consegue entender como conseguia. Ellen acredita que esse é um processo que vai evoluindo: primeiro com a consciência do que é o alimento, percebendo a dor do outro; depois sacrificando os desejos pelo outro – o que ela chama de "amor ao próximo"; como conseqüência, a pessoa passa a fazer bem a si mesma, ficando mais leve, com menos toxinas no organismo, mais sensível e intuitiva, menos agressiva e sem culpa; por fim, a mudança leva a propagar a experiência e servir de exemplo de respeito aos animais. "Se você passa a respeitar os animais, conseqüentemente começa a respeitar o planeta e aprende a fazer isso com os seres humanos". Para ela, essa forma de ver o mundo e esse posicionamento diante da vida levam a pessoa a perceber mais o outro, facilitando o convívio em todas as áreas, seja dentro da família ou no trabalho. Com a experiência de quem não come carne há 14 anos, Ellen conta que no início a família ficou preocupada, mas que essa preocupação foi desaparecendo com o tempo, com a percepção de que ela tem uma boa saúde, confirmada nos dois ou três check-ups anuais.
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ajudam a formar essa riqueza universal que é a humanidade. Procurando por novas opções, alguns esbarram no vegetarianismo: seja querendo encontrar uma vida mais saudável, seja por não querer mais compactuar com a morte de animais, seja pela preocupação com o planeta. O fato é que escolher ser vegetariano é uma mudança que sempre traz uma nova vida. Começa com a retirada da carne da alimentação e ninguém sabe onde vai parar – se é que vai parar. Pode levar a deixar de comer também derivados de animais, a defender os bichos das maldades humanas, a buscar novas áreas de trabalho que sejam ligadas a essa questão, a aumentar o círculo de amizade ou até mesmo a olhar a humanidade com outros olhos. O vegetarianismo é uma porta para uma nova vida. As possibilidades de mudanças são inúmeras. Mas dessa experiência só pode falar mesmo quem já viveu.
Convívio Depois da preocupação familiar, a principal barreira que enfrentou no início foi encontrar opções de alimentação vegetariana, além das "críticas dos carnívoros". "As pessoas dizem que sou estranha, mas eu logo questiono: 'você come defunto e eu que sou estranha? Pára para pensar!'. Aí fica aquele silêncio de quem calou porque consentiu". Aos que questionam sua opção, principalmente quando percebe que a pessoa tem interesse em saber mais sobre o tema, ela procura levar informação. "Tem gente que nunca parou para pensar na matança e começa a mudar. Sinto que estou fazendo a minha parte dessa forma, mas não tento doutrinar ninguém. Acredito que só vai absorver as informações quem quiser ouvir". Saúde e bem-estar Se a escolha de Ellen pelo vegetarianismo gera desconforto em quem acaba tendo que encarar essa realidade com seu posicionamento, internamente, pelo contrário, a opção promove equilíbrio e bem-estar. A apresentadora diz ter uma sensação de leveza e força. "Me sinto imbatível estando conectada e em harmonia com a natureza. É muito raro eu ficar doente e fiquei muito mais bonita também".
Foto: Rodrigo Lopes
d a, vegetariana Para manter uma alimentação equilibrada, procura se informar e, como resultado, desfruta de boa saúde, nunca tendo sofrido qualquer doença grave ou anemia nesses 14 anos de vegetarianismo. Ellen sente que se tornou mais sensível e sua intuição ficou mais forte; ela vê campos de energia e auras. "Acho que ficamos mais etéreos, nossa energia se sutiliza, fica menos densa. Isso, para mim, é evolução rumo à espiritualidade e harmonia". Para ela, o verdadeiro vegetarianismo é um ato de doação, de solidariedade e compaixão com os "companheiros de planeta", os animais. Para quem ainda questiona seus argumentos, Ellen cita Pitágoras: "Enquanto o homem continuar a ser o destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá nem a saúde nem a paz... Enquanto os homens dizimarem os animais, matar-se-ão entre si... Quem semeia a morte e a dor não pode, com efeito, recolher a alegria e o amor." Nome: Ellen Jabour Idade: 28 anos Profissão: modelo e apresentadora Parou de comer carne há 14 anos Ovo-lacto vegetariana
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“ajudou a me encontrar
O vegetarianismo Fernando Perri
Mudanças Das mudanças proporcionadas pela escolha de não comer mais carne, destaca as alterações que percebeu no corpo, que primeiro passou por uma fase de adaptação, limpeza interna, com mais cravos e espinhas. Depois estabilizou. Hoje nota principalmente uma grande diferença quanto à digestão. "Não me lembro mais como é a sensação de estômago pesado por ter comido algo muito gorduroso, como uma feijoada, por exemplo. Como a feijoada vegetariana, que é uma delícia". Na prática de esportes – desde novo praticava artes marciais – sentiu que o
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vegetarianismo contribuiu, deixando-o mais leve e ágil. "Acho que a grande mudança mesmo é nas emoções, a sutilização da alimentação tem uma resposta muito positiva nesse sentido". Especismo "Quase todos os vegetarianos já viram filmes como A carne é fraca, Terráqueos, Conheça sua carne, Meatrix, Não matarás, entre outros. Depois disso, fica muito difícil voltar ao mundo do faz de conta e realmente acreditar que é correto continuar com o estilo de vida que tínhamos antes". Ele defende a idéia de que um ser não tem o direito de subjugar outro por ser maior, mais alto, mais claro, mais belo, mais inteligente... "O especismo, o racismo e o sexismo são filhos de um mesmo sentimento: superioridade. Amar
Nome: Fernando Perri Idade: 37 anos Profissão: instrutor de yoga e inglês Parou de comer carne há 15 anos Lacto vegetariano ao próximo não significa ao próximo ser humano, ou ao próximo branco, preto ou oriental. Significa amar ao próximo ser vivo, ser divino, criado para habitar esse planeta com os mesmos direitos que eu e você".
“ na adolescência,
Minha opção aconteceu
fase de muitas mudanças Adriana Caraccio Morgan
á 23 anos, Adriana Caraccio Morgan, então com 16 anos, percebeu que estava há um mês sem comer carne e achou que o organismo não precisava mais daquilo. Só depois foi buscar explicações e argumentos para essa decisão. "Minha opção aconteceu na adolescência, uma fase de mudanças. Por isso nem sei no que isso influenciou minha vida. Eu era muito nova e nem diria que foi uma opção consciente. Fui deixando aos poucos, sem perceber e sem
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Nome: Adriana Caraccio Morgan Idade: 39 anos Profissão: Tradutora Parou de comer carne há 23 anos Ovo-lacto vegetariana RevistaVegetarianos.com.br
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e alguém – seja mamífero, ave ou peixe – tem que morrer para eu poder viver, eu não quero participar disso. Eu adoro animais, não quero isso para meu cachorrinho, não quero para nenhum animal". Foi com essa constatação que Fernando Perri, 37 anos, parou de comer carne quando descobriu como um animal é morto. Ainda pequeno começou a freqüentar um sítio de amigos e ali viu a maneira de criar, tratar e matar.Ver o animal inteiro servido na mesa já o incomodava; chegava a chorar quando serviam leitoa. Parou de comer carnes vermelhas aos 15 anos, frango aos 20 anos e peixe dois anos depois.Teve algumas recaídas, por influência de amigos e namoradas, todas superadas. "Por sorte hoje me relaciono com uma pessoa que também tem a mesma opção e visão do mundo e da alimentação. Isso ajuda muito". Professor de inglês e instrutor de yoga em Bauru, Fernando acredita que mais do que influenciar sua vida, o vegetarianismo o trouxe de volta para o que ele realmente era. "Acho que ajudou a me encontrar. Quase todos os instrutores de yoga são vegetarianos, faz parte da filosofia. " Fernando defende que existem muitas razões para não se comer carne e apenas uma para comê-la – a pessoa diz: eu gosto. "Não se vai muito longe no yoga enquanto a consciência do eu não passa pela consciência da alimentação, do próprio corpo e da natureza. O amor universal flui por ressonância, você tem que ter esse amor dentro de você para que ele possa fluir através de você".
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O vegetarianismo me ajudou muito na relação com Deus José Nilo de Macêdo Júnior oi por motivo religioso que José Nilo de Macêdo Júnior, 25 anos, editor de arte, deixou de comer carne há quase dois anos. A decisão não veio de uma hora para outra: levou tempo e demandou estudo; contudo, depois da certeza, não houve mais dificuldades. "Eu acredito que a vida vegetariana tem pontos positivos e negativos. No meu caso, os pontos positivos falam muito mais alto que os negativos". Júnior aponta como positiva a possibilidade de uma vida melhor para todas as pessoas que com ele convivem. "Sou uma pessoa melhor hoje do que antes de ser vegetariano. O vegetarianismo me ajudou muito na relação que tenho com Deus; cresci muito espiritualmente e esse é um ponto fortíssimo que sempre me motiva a
continuar sendo vegetariano". Como ponto negativo, ele aponta a dificuldade de achar um lugar para comer e de precisar falar "não" para pessoas que preparam a refeição com carinho. Depois que parou de comer carne, Júnior sente o corpo mais limpo e muito mais equilibrado. "Dizem que não comer carne pode ser prejudicial ao corpo e eu digo o contrario: pelo que vivo, vejo que comer carne é prejudicial para o corpo. Me sinto muito mais saudável e bem mais disposto. Continuo jogando futebol pelo menos duas vezes por semana, surfando e correndo em provas de 5 ou 10 km". Contudo, as mudanças positivas vão além das sensações corporais, atingindo os sentidos mais sutis. Ele conta que consegue diferenciar melhor o que é bom
forçar." Logo notou diferenças na pele e no odor do suor. No começo, a mãe tentou "esconder" carne em molhos e outros alimentos, mas ela avisou que seria mais uma coisa para deixar de comer. A mãe parou com aquela atitude. "No começo, eu me alimentava muito mal, pois quase não comia verduras. Depois veio a panacéia da soja e comi muita soja em grão, como salada, e até hoje me vejo meio enjoada dessa época". A dificuldade de preparar os alimentos foi e é o maior desafio, mesmo depois de tanto tempo como vegetariana. "Por não saber cozinhar – nem ter interesse – eu acabava comendo muitos alimentos de forma repetida". Para melhorar, comprou livros e fez cursos. "Fiz dois cursos de culinária: um vegano, com a Ana Maria Curcelli, autora do livro Cozinhando Sem Crueldade; e outro sobre culinária crudívora, com o Flavio Passos. Amei os dois, fico cheia de idéias, mas na correria do dia-a-dia acabo não colocando em prática", confessa. Com o tempo e a reflexão sobre o
vegetarianismo, passou a respeitar mais os animais e ter uma preocupação maior com o meio ambiente. Sua atitude com os não vegetarianos também é de respeito, convivendo bem sem falar muito sobre o tema, só mesmo quando surge o assunto.
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"Respondo numa boa e procuro passar as informações que tenho e que caibam naquele momento". Para Adriana, a vida dos vegetarianos é mais fácil hoje do que quando ela deixou de comer carne, principalmente devido ao acesso às informações. "De uns anos para cá, com acesso à internet, muitos livros e revistas passei a buscar mais informações. Não sabia nada sobre a B12, por exemplo". Cotidiano O mesmo respeito pela opinião alheia que tem em seu convívio com amigos RevistaVegetarianos.com.br
Nome: José Nilo de Macêdo Júnior Idade: 25 anos Profissão: Editor de Arte Parou de comer carne há quase dois anos Ovo-lacto vegetariano do que não é e tem mais controle sobre o que pensar e, principalmente, como agir em determinadas situações."Agora eu tenho muito mais consideração pelas pessoas e pelos animais. Acho que as pessoas deveriam estudar mais o assunto; se isso acontecesse, teríamos e seríamos pessoas melhores em todos os sentidos".
Adriana leva para dentro de casa, na relação com o marido, que não é vegetariano. "Para comer fora às vezes fica mais difícil, porque em Santos não há muitas opções. Há um monte de restaurantes vegetarianos que eu adoraria conhecer em São Paulo, mas não vou porque acabamos optando por algum restaurante que seja bom para os dois. Eu adoraria saber que nenhuma carne encostou em nada que será usado para preparar minha comida." Na casa, que Adriana chama de "mista", o filho, Samuel, de três anos e meio, é quem vai decidir, quando tiver idade, sua própria opção. "Ele é mais vegetariano que onívoro, mas não come tudo o que eu como. Claro que eu gostaria que ele fosse vegetariano. Ele come nuggets de frango e coxinha de galinha em festas e sei que minha mãe e a cozinheira da escola colocam carne na sopa, nos molhos, no feijão. Em casa eu capricho na sopa, coloco cenoura, mandioquinha, abóbora e tiras de alga wakame, bato no mixer, depois coloco macarrão e ele come muito bem. Ele não gosta de carne; sempre que eu falo que precisa comer arroz e feijão, ele já avisa 'mas não quero carninha'. E eu reforço que ele não precisa comer carne".
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Mudei meu modo de pensar
e agir em relação aos animais, ao meio ambiente e a mim Ivan Teixeira da Silva hábito de comer carne freqüentemente começou a ser questionado por Ivan Teixeira da Silva, 31 anos, em conversas e debates com outros vegetarianos. Aos poucos ele foi se conscientizando em questões sobre ética e respeito aos animais e ao meio ambiente. "A decisão de ser vegetariano, há 11 anos, me influenciou bastante. Mudei meu modo de pensar e agir em relação aos animais, ao meio ambiente e a mim", afirma. A família, no início, considerou aquela reação como anormal. Com o passar do tempo, os familiares e amigos começaram a entender e a respeitar a decisão de Ivan, apesar dos pontos de vista diferentes. "Todos nós que somos de uma "minoria"
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O fato de abrir mão de um hábito
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enfrentamos dificuldades. Logo no início ele pôde comprovar os benefícios da sua opção refletidos na sua saúde. "Problemas de constipação e colesterol alto praticamente desaparecem ou mesmo diminuem bastante. Principalmente no meu caso, as mudanças com obesidade – gorduras localizadas – foram bastante notáveis depois de migrar minha dieta de onívora para vegana". "Minha visão de mundo mudou bastante ao longo de todos esses anos, principalmente pela ética nos direitos dos animais. Hoje me vejo mais politizado e mais humano, no sentido de ter mais compaixão não só com animais, mas com os seres humanos também". Para Ivan,
por uma causa maior faz com que me admirem e me respeitem Raquel Rivera Soldera
opção pelo vegetarianismo e a luta por um ideal fez com que a administadora Raquel Rivera Soldera, 24 anos, passasse a ser mais respeitada no seu trabalho. "O fato de abrir mão de um hábito por uma causa maior faz com que me admirem e me respeitem, especialmente porque não se trata de modismo, e sim de um ideal". Ela, que gostava tanto dos animais, só com essa opção percebeu quanta carne comia. "Quando parei com a carne me dei conta do quanto comia sem perceber. Algumas pessoas dizem que comem pouca carne, mas esquecem de vários outros alimentos que têm animal e que só percebemos quando decidimos abolir do cardápio, como salgados, lanches, sopas, massas e peixe! A maioria esquece que peixe não é vegetal". A idéia surgiu em 2004, participando
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Nome: Raquel Rivera Soldera Idade: 24 anos Profissão: Administradora Parou de comer carne há 2 anos Lacto vegetariana
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Nome: Ivan Teixeira da Silva Idade: 31 anos Profissão: Microempresário Parou de comer carne há 11 anos Vegano aderir ao vegetarianismo e ao veganismo foi como tirar uma grande venda da sua vista. "Hoje me sinto uma nova pessoa, renovada na ética e na compaixão pelos animais, principalmente no jeito de olhar a todos sem distinção".
no site de relacionamentos Orkut de comunidades ligadas à defesa dos animais. Percebeu como era incoerente defender e comer os animais. Foram oito meses se preparando, buscando informações até tirar de vez a carne do cardápio. "Comecei a diminuir o consumo de carne vermelha, passando a comer mais carne de frango e peixe. Até que um dia assisti a um vídeo sobre extração de peles, no Late Show, e chorei muito. Se queria mudança, ela deveria partir de mim. No dia seguinte parei de comer todo tipo de carne". A falta de opções vegetarianas em restaurantes e fast-food é, para ela, a maior barreira. No restaurante da empresa, suas opções sem carne incluem arroz, feijão e alface, mesmo depois de solicitar mais pratos de vegetais à supervisora do local. "Temos um dia no mês chamado Dia Sem Carne; porém, para minha surpresa, além do arroz, feijão e alface, as opções eram canelone e omelete com presunto e queijo. Precisei discutir o assunto durante alguns meses para que pudessem entender que presunto também é carne!" A opção pelo vegetarianismo, além de refletir
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Fizemos uma espécie de pacto pela vida dos animais oi assistindo ao documentário A Carne é Fraca, do Instituto Nina Rosa, que Silvia Mibielli, 42 anos, e sua filha, Carolina Mibielli, 13 anos, decidiram parar de vez de comer carne. Silvia tinha ficado sem comer carne vermelha dos 20 aos 34 anos e tirado também o frango da dieta por cinco anos. Carolina não comeu carne vermelha até os seis anos, mas depois de ser internada com pneumonia grave e ficar na CTI, ela e a mãe voltaram a comer carne de vez em quando. Há quase um ano, quando elas estavam pensando em parar de vez com a carne, por coincidência o professor de história de Carolina emprestou o vídeo. "Depois de assistir, resolvemos parar definitivamente de comer qualquer tipo de carne. Fizemos uma espécie de pacto pela vida dos animais", explica Silvia. As imagens dos horrores, crueldade e abusos cometidos contra os animais, aliadas às
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Silvia Mibielli
informações dos danos ambientais, foram decisivas para a mudança. A amizade e cumplicidade entre mãe e filha as levaram a tomar a decisão juntas. "Temos uma sintonia e um elo muito forte com a natureza e os animais. Aqui em casa temos alguns cães adotados e três gatos, o mais velho com 17 anos", conta Sílvia.
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Coerência Sílvia considera que a grande mudança com a retirada da carne, a mais importante, é invisível. "É quando a alma da gente é invadida por um sentimento de amor, compreensão e certeza de fazer a coisa certa. Sinto-me mais feliz, mais justa e coerente comigo e com a vida. Sempre me sentia incoerente em amar e defender alguns animais e continuar a comer outros. Parei de comer carne por ética, justiça e compaixão".
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Não vejo mais diferença entre um cachorro,um porco,uma galinha ou uma vaca:todos merecem ser respeitados e amados
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na consciência, apresentou resultados também no corpo, com menos transpiração, menor quantidade de cravos e espinhas e cabelo e pele mais macios, além do intestino funcionando melhor e da melhora na disposição. Essas alterações são reflexos também da nova postura adotada, com uma alimentação mais natural, valorizando os produtos que vêm da terra: "Com o vegetarianismo passei a ver e interagir com o mundo de outra forma. Passei a me preocupar com o que como, com a minha saúde. Sinto-me mais integrada ao mundo, em harmonia com o meio ambiente e os seres terrestres. Afinal, somos todos habitantes do mesmo planeta, e todos temos direito à vida".
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Para ela, vegetarianismo não é só uma escolha, mas uma filosofia de vida, uma maneira de se comportar e conduzir a própria vida, com mais ética, inteligência, dignidade e amor. "É considerar os animais não como seres inferiores e sim irmãos que merecem e têm direito à vida. É também olhar o reino vegetal de forma diferente, com mais respeito e gratidão, pois eles se doam como alimento para fazerem parte de nossos corpos". Amor Carolina conta que com a opção de ser vegetariana passou a saber e perceber mais coisas que ela considera horríveis, como os testes em laboratórios, os rodeios, os confinamentos. "Eles fazem essas coisas terríveis com os animais e escondem. Hoje sei o que significa especismo. Quando posso e me sinto à vontade, falo para algumas pessoas sobre isso tudo. Mas algumas não querem nem RevistaVegetarianos.com.br
Nome: Silvia Mibielli Idade: 42 anos Profissão: psicóloga Parou de comer carne há um ano Vegana Nome: Carolina Mibielli Idade: 13 anos Profissão: estudante da 7ª. série Parou de comer carne há 10 meses Ovo-lacto vegetariana ouvir. É mais fácil continuar a ter peninha de alguns animais, como cachorro e gato, e dizer que come os outros porque a carne é importante para saúde.Tudo enganação. Para elas é melhor acreditar em mentiras do que resolver mudar para uma vida mais legal e justa". Essa tomada de consciência a menina considera a questão mais importante na mudança que ela e a mãe fizeram em suas vidas. "Eu já amava os animais e a natureza, só que agora eu amo de uma forma diferente. Não vejo mais diferença entre um cachorro, um porco, uma galinha ou uma vaca: todos merecem ser respeitados e amados. E eu não preciso comer animais para ter saúde e muito menos para ser feliz. Depois de tudo que eu vi, não posso concordar com as crueldades que fazem com eles, isso não é certo.Tanto não é certo que escondem tudo da gente. Na verdade a gente é enganada o tempo todo para acreditar que é certo e normal matar ou assassinar um animal para comer". Para intensificar sua atuação como defensora de animais, Silvia se cadastrou como ativista do PEA e pretende fazer cursos sobre alimentação vegetariana para ser uma colaboradora na promoção e divulgação do vegetarianismo. Até nisso mãe e filha estão em sintonia e trilham o mesmo caminho. Carolina já avisou: "Eu não sei ainda que carreira vou seguir, mas com certeza vou me tornar uma ativista".
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“direitos dos animais
Me tornei ativista pelos
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sono melhorou; também ficou mais tranqüila, concentrada e menos ansiosa. O paladar também mudou, ficou mais sutil e ela passou a gostar de alimentos que antes achava sem graça e sem sabor, como pepino e berinjela. Flávia constatou mudanças até na forma de ver o mundo, percebendo melhor as coisas ao seu redor. "Antes eu sabia, mas não percebia. É engraçada essa diferença. As outras espécies têm o mesmo direito que a nossa no planeta: de ter uma vida digna, feliz e em paz. Cada um tem o seu espaço. Quando percebemos isso, temos mais dignidade conosco e com eles. Devemos respeitar todas as formas de vida. Não somos superiores e nem inferiores, apenas diferentes. Não podemos voar livremente como os pássaros, temos que usar de artifícios para isso. Da mesma forma,
Nome: Flavia Mendes Gomes Idade: 33 anos Profissão: contadora e professora de dança Parou de comer carne há 10 meses Vegana temos que utilizar artifícios para praticar mergulho, o que os animais marinhos fazem com perfeição. Quem é superior? Somos apenas diferentes".
“a mudança interior
A maior mudança é Bruno Cezar Rocha
Mudanças Em poucos meses Flávia sentiu mudanças significativas no seu corpo: emagreceu 9 kg, o intestino – que antes era um problema – passou a funcionar melhor e não teve mais as alergias que costumavam se manifestar. Aumentou a disposição e o
omo a mãe é vegetariana, Bruno Cezar Rocha, 24 anos, é vegetariano desde criança. Nunca gostou de qualquer tipo de carne nem lembra de um dia ter comido; passava mal só de sentir o cheiro de frango e peixe. Há quatro anos decidiu eliminar também todos os derivados de animais de sua alimentação. "Li muito, assisti a vídeos e conversei com algumas pessoas. Mas o que me fez mesmo tomar essa decisão foi quando visitei um lugar onde é feito o abate de suínos". No início, a mãe questionou a opção, insistindo para que ele continuasse comendo bolos feitos com derivados, laticínios e ovos, mas Bruno estava decidido e resistiu a comentários sobre a saúde e brincadeiras. Superado o impacto inicial, todos respeitam, apóiam e admiram a decisão. Desde que se tornou vegano,
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Nome: Bruno Cezar Rocha Idade: 24 anos Profissão: analista / desenvolvedor Web Vegetariano desde criança e vegan há 4 anos Vegano RevistaVegetarianos.com.br
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udo mudou há 10 meses na vida de Flávia Mendes Gomes, 33 anos, contadora e professora de dança. "Me tornei ativista pelos direitos dos animais", conta ela, explicando que começou a boicotar empresas que testam em animais, passando a comprar produtos de outras marcas – esse posicionamento inclui de alimentação a produtos de higiene e limpeza, além dos cosméticos. "Percebi como eu era ignorante sobre o assunto. Antes eu pensava que as pessoas se tornavam vegetarianas somente por saúde; eu não conhecia o outro lado. Fico indignada com a situação da exploração animal e sempre envio informações sobre esse tema pela minha lista de e-mails. Sei que muitas pessoas nem lêem, mas faço a minha parte". Mesmo sabendo que muitos não se importam com as mensagens, Flávia sente-se recompensada em saber que com a divulgação das informações faz as pessoas pensarem. "Vejo que o meu esforço em explicar para as pessoas como é ser vegetariano tem resultado. O mais legal é que as pessoas se conscientizam pela causa animal; recebo e-mails de pessoas indignadas, mas agradecendo por eu mostrar essa opção de vida."
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O vegetarianismo
influenciou na escolha
da minha profissão Flávio Vizeu
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ara o estudante Flávio Vizeu, 21 anos, o vegetarianismo mudou muitas coisas em sua vida e na relação com o mundo. "Inclusive influenciou na escolha da minha profissão: gestão ambiental. O vegetarianismo me ajudou na compreensão de problemas que hoje vejo na minha área". Há dois anos aderiu ao vegetarianismo e viu sua alimentação ficar mais diversificada, colorida e criativa. Logo começou a sentir mudanças em seu corpo, tendo mais facilidade para emagrecer e para ganhar massa muscular. A digestão ficou mais leve e o intestino, regulado.
A decisão foi tomada "por respeito à vida dos animais e por entender que o especismo é uma forma de discriminação como qualquer outra". Para levar adiante essa iniciativa, Flávio contou com o apoio da namorada, que já era vegetariana. "Isso me ajudou muito tanto na época que parei de comer carne quanto hoje em dia. Na hora de sair para comer ou preparar coisas em casa é ótimo ter alguém que divida os mesmos gostos. Além do trabalho, a vida social de Flávio também sofreu influência positiva, com a ampliação da rede de amigos, com a aproximação de pessoas vegetarianas para partilhar afinidades. Contudo, o fato de conquistar novos amigos não o
Bruno sentiu melhoras em sua disposição, na pele, cabelo, odores e na qualidade do sono.Também percebeu que os sistemas digestivo e intestinal passaram a funcionar melhor; não teve mais problemas com espinhas e começou a sentir necessidade de se movimentar. "Eu não praticava esportes, mas desde que me tornei vegano passei a andar frequentemente de Bicicleta".
Essa opinião de ter maior consciência não é somente externa: Bruno diz que sendo vegetariano se sente muito mais responsável, consciente e participativo no universo. "Fiquei muito mais ligado aos animais e sinto que estou fazendo parte do mundo, que estou colaborando de alguma forma. Isso é muito gratificante e desperta a vontade de fazer cada vez mais". Em seu amor pelos animais e a certeza do vegetarianismo para melhorar o mundo, Bruno conquistou muitos adeptos, entre eles a esposa, que não era vegetariana, mas abandonou a carne depois de algum tempo de namoro, quando começou a conhecer mais sobre o tema. Hoje é lacto vegetariana. "Quando a pessoa toma consciência de que pode fazer parte efetivamente da natureza e do ciclo da vida, aprende a respeitar mais a si mesmo e aos outros, e isso faz com que cada um de nós seja mais importante no mundo. A maior mudança que o vegetarianismo traz é a mudança interior. Nem mesmo as diversas melhorias físicas superam a força da mudança da consciência".
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Quando a pessoa toma consciência de que pode fazer parte do ciclo da vida, respeita mais a si mesmo
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Respeito Para Bruno, as pessoas costumam ter um certo respeito por vegetarianos. "Parece que confiam mais em você, pois relacionam esta decisão pelos animais com seu caráter. É normal ouvir comentários do tipo 'você tem seu lugar garantido no céu'. Apesar de gerar muitas piadinhas, as pessoas com certeza confiam mais".
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Nome: Flávio Vizeu Idade: 21 anos Profissão: Estudante Parou de comer carne há 2 anos Ovo-lacto vegetariano afastou dos antigos. "Eu não acho que alguém deveria deixar de comparecer a comemorações por causa do vegetarianismo, mesmo que seja um churrasco. Deixar de comer carne deveria ser um prazer, não um sacrifício". Nova visão Parar de comer carne mudou muito a forma de Flávio encarar o mundo. "Sou uma pessoa mais sensível com os problemas alheios e tenho mais respeito pela natureza e pelo mundo como um todo. Muitos questionamentos sobre a atitude do homem em relação à natureza surgiram após a minha decisão de parar de comer carne". A consciência da importância desse posicionamento fez com que passasse a vergonha que sentia inicialmente de recusar nas festas todos os tipos de carne. "Vi que não deveria ter vergonha de uma causa importante como é o vegetarianismo". A mudança na forma de ver e agir afetou também sua relação com as pessoas em geral. No início, queria alertar a todos sobre todas as implicações da produção de carne. Hoje, prefere explicar só a quem está realmente interessado. "O vegetarianismo foi apenas o primeiro – e importantíssimo – passo para uma série de descobertas sobre a relação que os humanos têm com o lugar em que vivem e com os seus vizinhos. Muita coisa precisa ser reavaliada hoje em dia, principalmente na base de nossas relações e no nosso dia-a-dia. Mas a palavra-chave de toda essa problemática é "respeito", e é disso que se trata o vegetarianismo".
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Me tornei vegetariana
e comecei a produzir zines sobre vegetarianismo
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Paciência A fórmula para encontrar sempre palavras agradáveis para responder aos questionamentos e enfrentamentos é tratar com paciência e carinho. Com esse posicionamento, o convívio social ficou mais seleto, mas nem por isso deixou de ter um bom relacionamento com não-vegetarianos. Com o namorado sente a mesma harmonia, pois ele pretende parar de comer carne, quando for morar sozinho. Quando saem, buscam um restaurante
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com diversidade de opções e na hora de cozinhar juntos, o cardápio é sempre vegetariano. Reflexão Maísa acredita que o vegetarianismo teve influência total em sua vida, trazendo uma reflexão maior sobre seu papel na Terra. "O vegetarianismo e, conseqüentemente, o respeito maior pelos animais, abriu muitas portas dentro de mim, tanto espiritual quanto social. Quem descobre a capacidade de não ferir ou explorar seres que chamam de 'inferiores' não terá a capacidade de ferir ou explorar pessoas do seu 'nível'; pode até existir exceções, mas acredito
Nome: Maísa Râmia Nabuco Idade: 22 anos Profissão: estudante de Jornalismo Parou de comer carne há 6 anos Ovo-lacto vegetariana nessa lógica maravilhosa. A visão de pessoas que têm uma consciência animal é bruscamente diferente daquela que os enxergam em seu prato ou em sua carteira".
“calma e tranqüilidade
Com o vegetarianismo
ganhei mais disposição, Patrícia Guidoni
uando Patrícia Guidoni Marcondes, 38 anos, e Paulo Eduardo Bach, 42 anos, se conheceram, ambos comiam carne. O encontro aconteceu em um curso de elementoterapia. Como a prática de meditação sugeria a exclusão da carne do cardápio, os dois resolveram que talvez fosse tempo de mudar. Ambos começaram tirando primeiro a carne vermelha até tornarem-se vegetarianos. "O fato de ambos estarmos trilhando o mesmo caminho de crescimento interno ajudou muito para que um desse força ao outro. Estamos casados há quase 11 anos, dividindo tudo de bom que a vida pode nos oferecer e ajudando um ao outro nos momentos difíceis", resume Patrícia.
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decisão de parar de comer carne surgiu após ler um zine que uma amiga deu sobre abate de animais, há seis anos. Talvez por isso, após se tornar vegetariana, Maísa Râmia Nabuco, 22 anos, resolveu utilizar o mesmo meio de comunicação para divulgar o vegetarianismo. "Quando me tornei vegetariana, comecei a produzir zines sobre vegetarianismo". Antes de ler o zine, Maísa comia carne com freqüência, chegando a dispensar o arroz e o feijão se não viesse com carne acompanhando. O material veio despertar um questionamento que estava adormecido desde a infância. "Quando era pequena e ia à churrascaria, comia o chamado "coração de galinha" e adorava. Certo dia, minha mãe me disse que eram corações de verdade e então eu nunca mais comi. O tempo passou e na adolescência comecei a questionar sobre isso. Por que comemos uns e adoramos outros?". Apesar dos questionamentos, encarar a sociedade era difícil, atitude que ela conseguiu aos 16 anos. A família achava que era uma fase da adolescência e insistia com a carne. “Com o tempo foram percebendo que não ia passar e começaram a prestar atenção, tomar consciência. No começo havia uma incerteza, desconfiança e falta de credibilidade; no entanto, hoje tudo tem sua sintonia: eles pensam como eu e me dão muita força".
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Maísa Râmia Nabuco
Ela, que nunca gostou muito de carne, encontrou no curso o meio que precisava para firmar sua decisão. Mas nada se compara ao bem-estar que ela conquistou, sentindo-se melhor e bastante saudável. Os benefícios apareceram primeiro na pele. "Ela está bonita naturalmente, sem uso de cremes e tratamentos. Percebo que meus amigos vegetarianos são aparentemente mais jovens. Com o vegetarianismo ganhei mais disposição, calma e tranqüilidade". Patrícia passou a praticar esportes com mais freqüência e sente sua disposição maior. "Quando você come carne parece que fica mais pesado, mais lento. Estou mais calma, mais tranqüila, mais ágil". As mudanças refletiram-se também no
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“e quantas vidas bovinas, .... penso quantas árvores da Amazônia
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suínas, caprinas e aves eu salvei Guilherme Eduardo de Carvalho uilherme Eduardo de Carvalho, 11 anos, estava vendo na internet o caso da garota conhecida como Tinkebell, que teria usado um gato para fazer uma bolsa, quando encontrou protestos e argumentações de vegetarianos. "Eles falavam que era hipocrisia não gostar da Tinkebell e comer carne. Eu me interessei pelo assunto. Vi vídeos e gostei bastante do vegetarianismo". Há 10 meses resolveu parar de comer carne. Ele conta que no início foi difícil, porque a mãe fazia bife frito, prato que ele amava. "Eu segurei no primeiro dia; no outro dia eu voltei a comer. Já no terceiro dia eu disse: chega.
E parei, de repente". Firme em sua decisão, Guilherme resolveu usar seu perfil no site de relacionamentos do orkut para divulgar o vegetarianismo, mesmo enfrentando preconceito. Ver os animais de outra forma fez Guilherme questionar como as pessoas podem se divertir com o sofrimento deles. "Eu agora respeito todos os animais". Quando faz o balanço de quase um ano de vegetarianismo, Guilherme se mostra bastante decidido. "Embora os vegetarianos sofram preconceitos e dificuldades – mínimas – de encontrar algo para comer, eu acho que vale a pena. Eu penso quantas árvores da Amazônia eu salvei e quantas vidas
jeito de ser e ela, que sempre foi apaixonada pelos animais, sentiu aumentar esse carinho e o respeito. "Não consigo entender como o ser humano, que se diz 'racional', consegue matar animais para se alimentar". Na questão familiar, Patrícia acredita que sua opção acabou afetando mais a família do que a ela, pois eles tiveram que se adaptar, preparando algo diferente quando vai receber o casal. "Nos churrascos levo legumes para grelhar; o problema é que todos se encantam com o sabor e a comida acaba dividida". Artista plástico e designer gráfico, Paulo Eduardo sentiu com o vegetarianismo bastante diferença na hora de criar em seu trabalho. "Seja uma tela ou uma ilustração, as idéias fluem com mais naturalidade". Com essa e outras constatações ele avalia positivamente a decisão que o fez deixar de comer carne umas quatro vezes por semana, como era o costume antes. A opção, que surgiu com a intenção
de melhorar a concentração na prática de meditação, mostrou-se benéfica. "Resolvi experimentar e deu certo", lembra. A família, no início, ficou preocupada, com medo de faltar algum nutriente na dieta. "Por fim, eles se interessaram pelo
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Nome: Guilherme Eduardo de Carvalho Idade: 11 anos Profissão: estudante da 5ª. série Parou de comer carne há 10 meses Ovo-lacto vegetariano bovinas, suínas, caprinas e aves eu salvei. Apesar de a dieta vegetariana salvar muitos seres é bom lembrar que só isso não basta. Sempre devemos fazer mais para salvar os animais".
Seja uma tela ou uma ilustração, as idéias fluem com mais naturalidade
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assunto ao perceber que a decisão não teria volta e acabaram por se adaptar”. A dieta bastante equilibrada ele atribui à curiosidade e interesse da esposa, que sempre procura novidades para o cardápio criando pratos e sucos "deliciosos". Desde que parou de comer carne, Paulo se sente menos cansado e comemora uma vida mais saudável, repleta de legumes, frutas e vegetais. Entre as mudanças, além dos benefícios ao organismo, como o sistema digestivo, que melhorou consideravelmente, ele acha que a principal mudança foi intelectual, destacando a clareza de raciocínio. RevistaVegetarianos.com.br
Nome: Patrícia Guidoni Marcondes Idade: 38 anos Profissão: cake designer Há 13 anos não come carne vermelha e há um ano tirou de vez a carne do cardápio Ovo-lacto vegetariana Nome: Paulo Eduardo Bach Idade: 42 anos Profissão: artista plástico Há 13 anos não come carne vermelha e há dois tirou de vez a carne do cardápio Ovo-lacto vegetariano
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A polêmica dos pets "verdes" “
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E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles. Isaías 11: 6-9
ão sou religiosa, mas me vali desta citação bíblica para abordar um assunto ainda pouco discutido: a "imposição" de uma dieta vegetariana a animais carnívoros e onívoros. Eu já queria falar desse tema faz algum tempo, porque sei do dilema de muitas pessoas vegetarianas que se sentem péssimas por precisarem alimentar seus companheiros cães e gatos com comidas industrializadas, feitas com as carnes de outros bichos. Concluí que tinha chegado a hora de tocar no assunto em março deste ano, quando a revista dominical de um jornal paulista de grande circulação trouxe uma reportagem "desinformativa" sobre o uso de rações vegetarianas na alimentação de cães e gatos. O problema começou na própria escolha das fontes: do lado "pró-ração vegana", a repórter ouviu uma pessoa leiga (isto é, não veterinária), que alimenta os cães com ração 100% vegana; como contraponto, uma médica veterinária de uma clínica bacana (que pode até ser muito competente, mas não deve ser a maior expert do mundo em nutrição animal), dizia que "é errado as pessoas imporem suas crenças pessoais aos animais de estimação", e que "cães e gatos são carnívoros". Lamentavelmente, a reportagem não se deu ao trabalho de ouvir a equipe de médicos veterinários responsável pelo desenvolvimento da fórmula da única ração canina nacional à base de ingredientes cem por cento vegetais. Também não realizou uma simples pesquisa, pelo Google, sobre as rações veganas para cães e gatos que são comercializadas no mundo todo. Se a jornalista tivesse feito esse procedimento tão simples, teria evitado perpetuar crenças errôneas, medos e preconceitos, que freqüentemente colocam as pessoas que amam cães e gatos num tremendo impasse:
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... a partir do momento em que a humanidade passou a conviver com cães e gatos como parceiros do dia-a-dia (...) a realidade deles mudou radicalmente.
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como posso ser coerente com o vegetarianismo, se sou obrigada a alimentar meus amigões de quatro patas com alimentos à base de carne? Eu sempre procurei lidar com essa aparente discrepância da forma mais tranqüila possível. Em primeiro lugar, eu aceitava que era uma "fatalidade" ter de servir ração com carne para os cães e gatos que estão sob meus cuidados e minha responsabilidade; em segundo, eu esperava poder mudar a dieta deles tão logo surgissem opções, no mercado nacional, de alimentos industrializados vegetarianos aptos a suprir as necessidades nutricionais dos meus amigões. E me consolava, pensando que nenhum animal é abatido especialmente para fazer rações, pois estas são confeccionadas com os rebotalhos da indústria da carne. Não se trata de um grande consolo, mas traz um certo alívio à consciência. Felizmente, a opção vegetariana para cães já surgiu, é de excelente qualidade e está disponível no mercado. Logo que ela foi lançada, tive a oportunidade, durante uma reunião do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, de ouvir uma palestra proferida pelo veterinário que a idealizou. Ele explicou detalhadamente os processos utilizados para maximizar o aproveitamento dos ingredientes usados em sua composição e a tecnologia empregada para assegurar que tais nutrientes sejam plenamente absorvidos pelos cães. Ou seja, a ração vegetariana não é uma aventura irresponsável de ativistas fanáticos. É um produto desenvolvido com cuidado, responsabilidade e de muito apuro técnico.
Coragem para lançar novos produtos no mercado Porém, ainda faltam coragem empreendedora e boa vontade aos fabricantes brasileiros, que hesitam em lançar um produto vegano destinado aos gatos. Nos Estados Unidos e na Europa, esse tipo de alimento é disponibilizado há pelo menos uma década nas petshops e grandes redes de supermercados. Como os bichanos necessitam de uma proteína encontrada na musculatura de animais – a taurina –, cuja ausência na dieta felina acarreta cegueira e problemas no coração, os fabricantes de ração vegetariana passaram a adicionar taurina sintética nos alimentos. Resultado: a saúde do gatinho fica assegurada, e a pessoa que cuida dele não precisa ficar dando lucro a quem explora, maltrata e assassina vacas, porcos, frangos, coelhos e tantos outros... Pena que a reportagem que mencionei, e que certamente atinge um grande número de leitores, não tenha fornecido nenhuma dessas
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informações. E o que é pior: ainda passou a impressão de que quem opta por alimentar cães e gatos com ração vegetariana é algum tipo de maluco que quer impor suas convicções exóticas aos animais que, coitados, não têm nada a ver com essa história. Quanto ao argumento de que cães e gatos são naturalmente carnívoros, devo dizer que concordo e não contesto. Bem, na verdade há divergências no que diz respeito aos cães – na opinião de alguns especialistas, os cachorros estão mais para onívoros do que para carnívoros –, mas isso é o de menos. Assim como também não é relevante discutir até que ponto um gatinho doméstico é um "carnívoro predador". Ele é, sim. Só que, na natureza, ele não teria a capacidade de abater animais enormes, como vacas, e teria de se conformar com aves e roedores de pequeno porte. Portanto, a idéia de que eles não podem viver sem carne impõe obrigatoriamente outra questão, que os puristas anti-vegetarianismo não respondem: de qual tipo de "carne indispensável" estamos falando? Finalmente, a gente não pode esquecer uma coisa: a partir do momento em que a humanidade passou a conviver com cães e gatos como parceiros do dia a dia, impondo a eles um vínculo de dependência, e posteriormente, um cotidiano de poluição, ausência de autonomia e comida empacotada e enlatada, a realidade deles mudou radicalmente. Não há porque defender somente o "carnivorismo" como algo natural e indiscutível. Eles estão num ambiente artificial, exatamente como nós. Portanto, se cuidarmos deles com respeito e amor, assegurando sua dignidade e resguardando diferenças (um dia, ainda quero falar sobre o quanto acho péssima a atitude de certas pessoas, que ficam tingindo os animais, pintando suas unhas e tentando transformá-los em brinquedinhos, ou em filhos substitutos), não vejo problema algum em adaptar sua dieta. Ninguém será prejudicado com isso – ao contrário! As vaquinhas e outras vítimas agradecem!
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Doces Fotos: Tomaz G. Vello Produção: Aida Lima Assistente: Gabriela Isgroi
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las são magníficas! Retiradas do livro de Maria Laura Packer, Vegetarianismo – Sustentando a Vida*, as três receitas desta seção são parte de um trabalho que envolve dedicação e respeito à vida. Muito além do que simples sobremesas, essas opções de doces reafirmam a idéia de que não é necessário usar ingredientes de origem animal para apreciar texturas e sabores divinos.
Manjar de Coco Ingredientes: 1 litro de leite de soja 1 e ½ xícara de coco ralado seco 2 e ½ colheres de açúcar mascavo 4 colheres de maisena
* Vegetarianismo – Sustentando a Vida Maria Laura Garcia Packer – Editora Letradágua Mais informações: laurapacker@terra.com.br
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Modo de preparo: Coloque para cozinhar os ingredientes e antes de ferver adicione 4 colheres de maisena para engrossar. Mexa até ferver. Coloque em um recipiente apropriado e deixe esfriar. Enfeite com coco ralado bem fininho e sirva gelado. Serve: 8 pessoas
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Torta de Banana Ingredientes: 5 xícaras de trigo integral fino 1 e ½ xícara de açúcar mascavo 1 xícara de óleo 15 bananas nanicas maduras Canela em pó Modo de preparo: Faça um farofa com o trigo, o açúcar, o óleo. Misture tudo muito bem de maneira que a massa dê consistência. Unte uma forma e coloque metade da farofa no fundo da forma e pressione com as mãos. Corte as bananas em fatias e disponha uma porção em camadas sobre a massa. Adicione um pouco de canela sobre as bananas. Coloque a outra parte da farofa por cima da banana (reserve um pouquinho da farofa para o final) e finalmente coloque a última camada de banana com canela. Por cima, acresecnte o restinho da farofa com mais canela. Asse por 35 a 40 minutos. Sirva a torta fria. Serve: 10 pessoas
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Acessórios usados nesta reportagem: Pepper (11) 3073-0333
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Pudim de Manga Celestial Ingredientes: 3 mangas 2 limões pequenos 2 maçãs 1 xícara de creme de leite de soja
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Modo de preparo: Bata no liquidificador as mangas e o suco de dois limões. Coloque em um pirex e acrescente duas maçãs picadinhas sem casca. Misture tudo e acrescente uma xícara de creme de leite de soja. Mexa bem e sirva gelado. Serve: 10 pessoas
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Leites stá ficando cada vez mais fácil encontrá-los nas prateleiras dos supermercados. As opções de leites vegetais estão aparecendo aos poucos no Brasil, principalmente na região Sudeste. Os antigos leites de soja, comercializados na sua essência mais pura e difíceis de agradar, ganharam sabores diferentes e cada vez mais adeptos. Assim como os consumidores, o número de fabricantes também aumentou significativamente há cerca de 10 anos. Atualmente, já é possível encontrar
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Ricos em sabor, os leites vegetais são muito saudáveis. Confira aqui 8 opções feitas com diferentes tipos de grãos e castanhas
diversas opções prontas para beber, tanto de soja como de aveia, arroz, multi grãos ou até mesmo amêndoa e avelã. Muito saudáveis e nutritivos, esses novos leites já vêm enriquecidos com minerais e vitaminas, além de alguns serem produzidos com matéria-prima cultivada a partir da agricultura biológica. Sem lactose, as oito opções selecionadas pela Revista dos Vegetarianos prometem satisfazer todos os gostos e bolsos. Confira!
Riso Scotti
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De origem argentina, talvez o Ades seja o leite de soja mais conhecido no Brasil.Encontrada também na versão com chocolate, a bebida foi aprovada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, como fonte de alimento saudável. Em 200 ml é possível encontrar 5 g de proteína de soja e 78 kcal. Preço sugerido: R$ 2,95 a embalagem de 1 litro Onde encontrar: www.ades.com.br
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Ades
Foto: Tomaz G. Vello
Facilmente encontrado na Europa, o leite de arroz da Riso Scotti, Chiccolat, é importado para o Brasil pela Il Pianeta. O arroz usado na sua fabricação é produzido a partir da agricultura biológica. Livre de glúten, o leite de arroz é 100% vegetal e um copo de 100ml tem 61 kcal. Preço sugerido: R$ 15,36 a embalagem tetra pak de 1 litro Onde encontrar: www.ilpianeta.com.br / www.risoscotti.it
Soylait ± A Jasmine Alimentos lançou recentemente a nova versão do Soylait em pó. Com adição de vitaminas A, C, D e E, o lançamento ganhou mais cálcio em sua composição. A nova embalagem da bebida instantânea pode ser encontrada nas versões morango, cacau e frutas. Preço sugerido: R$ 7,50 a embalagem de 300 g Onde encontrar: www.jasminealimentos.com.br
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Com selos de certificação orgânica e Carbon Free (crédito de carbono da cadeia de produção), o Extrato de Soja da Ecobrás é livre de corantes e colesterol. O copo de 200 ml contém 100 kcal, além de ferro, ômega 3 e vitaminas essenciais. Preço sugerido: R$ 6,40 (950 ml) Onde encontrar: www.ecobras.com.br
Importado do Reino Unido pela Casa Santa Luzia, o leite de aveia da marca First é enriquecido com cálcio e possui baixo teor de gordura. O fabricante garante que seus produtos, que também inclui creme de leite de aveia, são produzidos com matéria-prima não transgênica. Preço sugerido: R$ 12,20 o litro Onde encontrar: www.santaluzia.com.br
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Totalmente vegetal, o leite de soja da Olvebra foi desenvolvido para alérgicos à lactose ou para aqueles que se preocupam com a saúde e o bem-estar animal. Segundo o fabricante, as versões original, light ou achocolatado auxiliam na redução do colesterol e facilitam a digestão. Preço sugerido: R$ 3,20 (1 litro) Onde encontrar: www.olvebra.com.br
Importados dos EUA pela Casa Santa Luzia, os leites da Pacific Natural Foods são orgânicos, livres de lactose e sem glúten. As sete opções agradam aos mais exigentes vegetarianos ou celíacos pela qualidade e sabores. Leite de amêndoa e arroz, ambos na versão com ou sem baunilha, multi grãos, avelã e soja orgânica são enriquecidos com cálcio e vitaminas. Preço sugerido: R$ 12,70 a embalagem tetra pak de 946 ml Onde encontrar: www.santaluzia.com.br / www.pacificfoods.com
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Fotos: Divulgação
Naturis Soja
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Pacific Natural Foods
São três novas versões sem lactose, colesterol e 100% vegetal. A Batavo também descobriu que nem só de leite animal vive o mercado. Sua nova linha Naturis pode ser encontrada nas versões original, light ou achocolatado, todas prontas para beber. Preço sugerido: R$ 3,45 (750 ml) Onde encontrar: www.batavo.com.br RevistaVegetarianos.com.br
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RECEITAS
* Casa Prema Rua Diogo Moreira, 312 Pinheiros – São Paulo – SP Tel: (11) 3815-1448
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Os segredos da
culinária
indiana Fotos: Tomaz G. Vello
Ela é cercada de mistérios. Sinônimo de amor puro e devoção, a filosofia hindu usa a culinária como uma forma de se atingir a espiritualidade suprema
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cozinha indiana é devocional, pois a comida é feita para os deuses e se torna um alimento para a alma. E não se trata apenas de comida, mas também de consciência de quem a prepara". Adepto do hinduísmo, prática religiosa surgida na Índia em 2.000 a.C., o proprietário do do restaurante Casa Prema*, Bhuvana Mohandas, acredita que a preparação de uma refeição é uma maneira de se elevar espiritualmente. Além da crença na reencarnação e na constante renovação do Universo, os hindus acreditam que após o alimento ser oferecido aos deuses, ele vira prasadam – misericórdia – e a partir desse momento é que pode ser dividido entre todos. Na Índia, os adeptos dessa filosofia somam mais da metade da população. Na culinária indiana, o uso de temperos coloridos e picantes faz das refeições um momento de êxtase e de proximidade com os deuses. As receitas permitem diversas combinações entre legumes, verduras, raízes e frutas que aguçam olfato, paladar e tato. Para os indianos, a digestão começa nas pontas dos dedos, quando a energia do alimento entra em contato com a do corpo. Com seus mistérios e encantos, essa cultura milenar ainda tem muito a ensinar. Por meio de meditação, conhecimento interior e desapego das coisas materiais, a filosofia hindu vai sendo descoberta aos poucos e as receitas da Chef do restaurante Casa Prema, Moema Hodick, são apenas mais um convite para a entrada nesse mundo de realizações espirituais.
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RECEITAS
Ingredientes: 2 copos de ervilhas verdes partidas 1,5 litro de água 1 cenoura cortada em cubinhos 1 batata descascada em cubinhos ½ alho-poró cortado fino 5 cebolinhas picadas 1 tomate descascado e picado ½ pimentão vermelho picado ¼ de couve-flor média cortada em flores pequenas 2 colheres de sopa de ghee* ou óleo 1 colher de chá de cominho em grão 1 colher de chá de mostarda em grão
2 colheres de chá de curry 1 colher de chá de páprica picante 1 colher de chá de chilis picados 1 colher de sopa de coentro (ou salsa) fresco picado Sal a gosto Modo de preparo: Cozinhe a ervilha partida na água até desmanchar. Numa panela à parte, ponha o ghee* ou óleo vegetal (versão vegana) e, quando estiver bem quente, adicione o cominho, a mostarda, a páprica, o curry, o chili e o pimentão. Refogue um pouco.
Acrescente o alho-poró, a cebolinha e o tomate. Refogue um pouco e junte a batata, a cenoura e acrescente meio copo de água. Abaixe o fogo e deixe cozinhar até que a cenoura e a batata fiquem al dente. Acrescente a couve-flor e a ervilha cozida e leve à fervura em fogo baixo mexendo para não queimar. Adicione sal a gosto. Borrife canela em pó e decore com folhas de coentro ou salsa. Sirva quente acompanhando arroz branco solto ou chapatis (pão indiano). Serve: 8 pessoas
Ghee Cozinhe a manteiga sem sal em fogo médio. Ao iniciar a fervura, reduza para fogo baixo e remova continuamente a espuma com escumadeira até que a manteiga fique transparente e dourada como um azeite. Passe por um filtro de pano (tipo filtro de café).
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Acessórios usados nesta reportagem: Suxxar Cook (11) 3032-0188 e Etna 0800 702-8012
Dahl de Ervilhas
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Subji Ingredientes: 1 brócolis cortado em flores médias 1 repolho grande cortado em pedaços sem talos 2 batatas médias descascadas e cortadas em cubinhos 1 pitada de assafétida 1 colher de chá de mostarda em grão 1 colher de chá de cominho em grão 1 colher de sobremesa de curry 1 colher de chá de cúrcuma 1 colher de chá de gengibre ralado 3 colheres de sopa de óleo, azeite, manteiga ou ghee Sal a gosto
Chapati
Modo de preparo: Frite as batatas até dourar e reserve. Numa panela, aqueça 3 colheres de óleo, azeite, manteiga ou ghee. Acrescente a assafétida, a mostarda, o gengibre, o cominho, o curry e o açafrão mexendo até que as sementes de mostarda começam a saltar. Acrescente o repolho cortado e deixe murchar, mexendo sempre. Acrescente o brócolis. Mexa de vez em quando até ficar cozido com o brócolis verde vivo. Adicione as batatas fritas e mexa de leve por um minuto. Salgue a gosto e sirva quente, acompanhado de chapati e arroz.
Ingredientes: 1 copo de farinha branca 1 copo de farinha integral fina 1 colher de sopa de óleo ¾ de copo de água Sal a gosto Modo de preparo: Misture os ingredientes e adicione a água aos poucos até formar uma massa homogênea e fácil de abrir. Depois de amassar bem, deixe a massa descansar coberta por pano úmido por cinco minutos. Divida-a em seis bolinhas e, com o rolo, abra-as bem finas em forma de disco. Leve os discos à frigideira seca ou chapa e cozinhe de leve ambos os lados até pontilhar de branco (o objetivo é secar as superfícies do chapati e manter o interior úmido). Leve à chama com ajuda de uma pinça e vire até inflar. Unte com ghee ou azeite e empilhe cobrindo com pano seco para manter quente.
Serve: 6 pessoas
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RECEITAS
Kofta de Grão de Bico Ingredientes do Molho: ¾ copo (180 ml) de sementes de abóbora tostadas 1 copo (240 ml) de água 1 a 2 pimentas malagueta ½ colher de chá (2 ml) de semente de coentro moídas ¼ de colher de chá de curry ¼ de colher de chá de açúcar mascavo ¼ de colher de chá de cúrcuma 4 colheres de sopa rasa de farinha de grão de bico 1 colher de chá de sal Ingredientes da Kofta: 3 e ½ copos (850 ml) de flores de couve-flor ralada (cerca de 450 g)
1 colher de sopa de gengibre ralado 1 colher de sopa de cúrcuma 1 colher de sopa de cominho moído 1 colher de chá de curry ½ colher de chá de páprica picante 3 colheres de sopa de coentro ou salsa bem picada 1 copo de farinha de grão de bico peneirada 1 colher de chá de fermento em pó ¾ de colher de chá de sal Óleo ou ghee para fritura Sementes de abóbora tostadas e picadas ou ervas picadas para guarnecer Modo de preparo: Bata as sementes de abóbora, água e chilis em um liquidificador até ficar uniforme. Adicione os demais ingredientes e processe até misturar bem. Transfira para uma panela e cozinhe em fogo médio.
Mexa constantemente até ferver. Reduza o fogo e cozinhe por cerca de 7 minutos ou até virar um molho cremoso. Para fazer as koftas, aqueça de 6 a 7 cm de óleo ou ghee em panela de fritura em fogo médio. Enquanto o óleo esquenta, adicione a mistura de farinhas e temperos à couve-flor e amasse à mão até que os ingredientes se unam para formar 18 bolas ou discos grossos. Aumente a temperatura para moderadamente alta e quando o óleo chegar a 180º C mergulhe 6 bolas de cada vez, mantendo a temperatura de fritura. Depois que as koftas sobem à superfície, vire-as com freqüência e frite por 9 minutos ou até ficarem dourado-escuro ou avermelhadas e de textura crocante. Remova com escumadeira e deixe sobre toalhas de papel. Mantenha as koftas quentes em forno a 120º C enquanto frita as demais. Antes de servir, leve as koftas a uma bandeja de servir aquecida e cubra com o molho bem quente. Serve: 6 pessoas
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Samosas Ingredientes da massa: 1 e ½ copo de farinha branca ½ copo de semolina de trigo ½ colher de chá (2 ml) de sal 4 colheres de sopa de óleo 6 a 7 colheres de sopa (90 ~ 105 ml) de água gelada Ingredientes do recheio: 1 e ½ colher de chá de sementes de mostarda 2 colheres de sopa de azeite virgem 2 a 3 pimentas chilli verdes sem sementes e picadas 2 cm de raiz de gengibre ralado fino 1 pitada (1 ml) de assafétida em pó ou do tamanho de um grão de arroz de assafétida em resina 6 batatas de tamanho médio (675 gramas) descascadas cozidas e cortadas em cubos pequenos 1 colher de chá de curry 2 colheres de chá (10 ml) de sal 1 colher de chá de açúcar mascavo 2 colheres de sopa (30 ml) de coentro e/ou salsa picados Farinha para polvilhar a massa Óleo vegetal ou ghee para fritura
Modo de preparo: Misture a farinha, a semolina e o sal em uma cuia. Adicione o óleo e misture com as mãos. Adicione as 6 colheres de água gelada e misture tudo até que possa formar uma massa homogênea. Acrescente um pouco mais de água gelada, se precisar, aos poucos até formar uma massa firme e que não grude nas mãos. Amasse bastante sobre uma superfície limpa por cerca de 8 minutos até que a massa fique suave. Forme uma bola, passe óleo sobre ela e cubra, deixando descansar de ½ a 1 hora enquanto faz o recheio. Ponha as sementes de mostarda numa frigideira em fogo médio e toste até começarem a saltar. Adicione o azeite ou ghee, os chilis verdes, o gengibre e a assafétida. Frite até que as sementes de mostarda inchem. Adicione as batatas, o curry, sal e açúcar e frite tudo por 2 a 3 minutos. Remova a panela do fogo, acrescente o coentro e/ou a salsa, misture e deixe resfriar naturalmente. Divida em 28 porções. Amasse a massa brevemente, forme um rolo de uns 30 cm e corte em 14 peças de igual tamanho. Forme bolas lisas e ponha de lado sobre um prato e RevistaVegetarianos.com.br
cubra-as com uma toalha ou pano de cozinha úmido. Reúna o equipamento necessário: cuia com água, faca bem afiada, farinha para polvilhar e um rolo de massa. Amasse a bolinha para formar um disco bem redondo (15 cm) sobre superfície lisa polvilhada de farinha. Corte o disco ao meio. Mergulhe-o um dedo na água e umedeça o lado reto. Pegue-o na mão e traga meio lado sobre a outra metade para formar um cone, fazendo uma sobreposição de 6 mm e pressionando para selar bem. Vire a pontinha do cone para cima e amasse. Encha o cone com o recheio, deixando margem para o fechamento com garfo ou em forma de corda. Vire a emenda da samosa fechada para baixo. Faça as 28 samosas e guarde em bandeja em um canto fresco da cozinha coberta com pano úmido. Esquente o óleo em panela de fritura em fogo médio com 6 a 7 cm de profundidade e a 180º C. Frite 3 a 4 samosas de cada vez por 4 a 5 minutos ou até dourar. Drene sobre toalhas de papel e sirva quente. Rende: 28 samosas
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Alupatras Ingredientes da massa: 1 copo de farinha de trigo branca e ½ copo de farinha integral 1 colher de chá de curry 1 colher de sopa de cúrcuma 1 colher de chá de sal 1 colher de sopa de ghee ou óleo ½ copo de água Ingredientes do recheio: 5 batatas de tamanho médio a grande 2 colheres de sobremesa de curry 2 colheres de sobremesa de cúrcuma 1 colher de chá de páprica picante ½ colher de chá de pimenta do reino 2 colheres de sopa de coco ralado 2 colheres de sopa de gergelim pré-tostado a seco na frigideira 2 colheres de sopa de coentro ou salsa picados 1 colher de sobremesa de gengibre ralado 1 colher de sobremesa de sal
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Modo de preparo: Numa vasilha ponha a farinha, o curry, a cúrcuma, o ghee ou óleo vegetal (versão vegana), o sal e misture bem. Acrescente a água aos poucos e amasse até formar uma massa bem macia. Cubra com um pano úmido e deixe descansar. Descasque as batatas, corte em quadrados e cozinhe até ficarem macias. Escorra toda a água e amasse-as em moedor. Adicione todos os ingredientes e misture bem. Abra a massa reservada em uma superfície lisa polvilhada de farinha em forma de retângulo (cerca de 40 x 30 cm), bem fina. Espalhe sobre ela o purê de batata de modo uniforme, deixando uma borda de 1 cm sem recheio. Enrole, apertando bem, formando um rocambole firme com cerca de 40 cm de comprimento. Adicione farinha para não grudar, então corte em rodelas de 1 cm. Frite no ghee ou óleo quente e sirva quente com o chutney de acompanhamento. Serve: 8 pessoas
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Chutney de Manga Ingredientes: 1 manga grande meio verde 1 colher de sopa de pimenta calabresa 1 colher de chá de páprica picante ½ colher de cominho em grão 1 colher de folhas de hortelã picadas 1 colher de sumo de gengibre ralado 2 colheres de sopa de açúcar cristal 1 colher de sopa de óleo ou ghee Modo de preparo: Descasque a manga. Corte as duas metades fora do caroço e corte em tiras finas e longas. O resto da manga no caroço, corte em pedaços finos. Aqueça o óleo ou ghee em frigideira e refogue a pimenta, a páprica, o cominho. Acrescente a manga, o açúcar e mexa sem parar até cozinhar a manga sem desmanchar. Desligue o fogo e adicione o sumo de gengibre e as folhas de hortelã misturando bem.
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Temperos
Picantes, coloridas e perfumadas. Não dá para imaginar uma receita indiana sem as especiarias. Confira aqui as mais utilizadas pelos hindus PIMENTA MALAGUETA Sua cor vermelho vivo é tão marcante quanto seu sabor e seu aroma. A pimenta malagueta dá um toque todo especial aos mais diferentes pratos indianos e pode ser utilizada em várias combinações de legumes e grãos. Muito apreciada na Índia, essa pimentinha ardida já conquistou diversas culturas mundiais. PÁPRICA PICANTE Originada de pimentões moídos e secos, a páprica pode ser utilizada como ingrediente da massala, uma combinação de até cinco especiarias indianas. De sabor forte e picante, esse tempero pode ser utilizado em todas as receitas que levam leguminosas como ingrediente principal, segundo Bhuvana Mohandas. FENO GREGO Devido ao sabor amargo, ajuda na digestão e por isso deve ser adicionado às entradas. Além do Dahl, combina com arroz, castanhas e frutas secas. Para que o aroma condimentado exale dos grãos, é preciso torrá-los antes de moê-los. Diz a lenda que os gregos o utilizavam para curar dores de estômago dos animais. ANIS ESTRELADO Nativo da Ásia Oriental, o anis estrelado é normalmente usado na preparação de doces, pois seu sabor é semelhante ao da erva-doce. Porém, nada impede que seja usado em saladas também. "Depende da criatividade do cozinheiro, pois a culinária hindu permite isso", afirma Bhuvana. SEMENTE DE MOSTARDA É costume fritar a pequena semente no ghee para que seu sabor fique parecido com o de uma noz. Assim como a páprica e a cúrcuma, também pode ser usada na confecção de uma massala. Bhuvana lembra que essa é a mais pura mostarda e que nada lembra aqueles molhos amarelos industrializados. CÚRCUMA Também conhecida como açafrão, a cúrcuma é muito utilizada em pratos com vegetais, devido ao seu sabor peculiar e perfume forte. É na sua raiz cor de laranja, que será seca e moída para se obter o pó, onde se concentra o aroma mais intenso. A cúrcuma chega ao Brasil importada da Índia e da Jamaica. CARDAMOMO Substituto mais sofisticado da canela e do cravo em pratos doces, acredita-se que o cardamomo tenha sido utilizado pela primeira vez em 700 d. C. e desde então é utilizado na elaboração de perfumes, aplicação terapêutica e, principalmente, na culinária local. Os povos islâmicos usam-no para aromatizar o café.
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ARTIGO
Por: Dr. George Guimarães nutricionista especializado em dietas vegetarianas e diretor da nutriVeg www.nutriveg.com.br
Prevenção de cânceres do sistema reprodutor
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Outro estudo, publicado no final de 2006 na revista médica Archives of Internal Medicine, também relacionou o consumo de carne vermelha a um aumento no risco de desenvolver o câncer de mama.Este estudo envolveu mais de 90 mil mulheres com idades entre 26 anos e 46 anos que foram acompanhadas por um período de 12 anos. As mulheres que consumiam diariamente uma porção e meia de carne vermelha tiveram dobrado o seu risco de desenvolver câncer de mama quando comparadas àquelas que consumiam três porções ou menos de carne vermelha por semana. Em 2006, a revista médica American Journal of Clinical Nutrition publicou um estudo da Washington University que demonstra haver uma relação entre a ingestão da proteína animal e o aumento nas taxas de substâncias hormonais (IGF-1), as quais estão associadas como fator de risco para os cânceres de mama e próstata.
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Muitos estudos já demonstraram a relação entre a incidência de câncer e uma dieta rica em produtos animais
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tualmente, se aceita que até 80% dos cânceres sejam causados por fatores que podemos controlar: ambiente, tabagismo, dieta, atividade física, consumo de álcool, exposição a radiações, poluição e medicamentos, sendo que a nutrição é um fator determinante para risco ou proteção. Portanto, é importante considerar junto a outros hábitos de vida saudáveis também a opção por uma dieta vegetariana.Ela é especialmente poderosa como fator de prevenção, ou seja, quando adotada antes que os problemas ocorram. Muitos estudos já demonstraram a relação entre a incidência de câncer e uma dieta rica em produtos animais.As dietas muito ricas em proteína animal estão relacionadas aos cânceres do intestino, fígado, mama e rins.Já as dietas muito ricas em gordura (com ou sem proteína animal) estão relacionadas à incidência de cânceres de intestino, mama, próstata e pâncreas. Recentemente, em fevereiro deste ano, a revista médica British Journal of Cancer publicou um estudo realizado com mais de 35 mil mulheres britânicas (sendo 28% destas vegetarianas) com idades entre 35 anos e 69 anos.O estudo apontou que aquelas mulheres que consumiam carne vermelha em maiores quantidades tiveram o seu risco de desenvolver câncer de mama aumentado em até 64%. O estudo aponta os seguintes mecanismos como hipóteses para explicar a relação entre a ingestão de carne e o favorecimento no desenvolvimento do câncer: uma dieta rica em carne é mais rica em gordura saturada, o que favorece um aumento na produção do hormônio estrogênio pelo organismo, cujo excesso está diretamente relacionado à incidência do câncer de mama, por exemplo.Além disso, muitas carnes são ricas em estrogênios (independente do efeito estimulante da gordura), uma vez que é utilizado na criação para promover o crescimento do animal.A cocção da carne forma um composto chamado amina heterocíclica, que está relacionada ao desenvolvimento do câncer. As carnes processadas contêm compostos nitrosos que já demonstraram ter o mesmo efeito de promoção do câncer; as carnes são muito ricas em ferro, cujo excesso no organismo está igualmente relacionado ao desenvolvimento de algumas formas de câncer.
Mas a carne, em especial a carne vermelha, não é o único produto animal que está no banco dos réus quando o tema é o câncer.Um estudo Sueco publicado em 2005 evidenciou a relação entre o câncer de ovário e o consumo de laticínios.Para cada 13 g de lactose consumida (equivalente a um copo de leite), o risco de desenvolver câncer de ovário aumentava em 13%. Investigações anteriores demonstraram que a lactose e a galactose (um produto da digestão da lactose) podem ter um efeito tóxico no tecido ovariano.Em um estudo publicado em 2006, o consumo de laticínios foi também relacionado a um aumento no risco de desenvolver o câncer testicular.Este estudo, que foi conduzido na Alemanha e envolveu mais de mil homens, constatou que aqueles que consumiam mais de 20 porções de laticínios por mês tiveram aumentado em 37% o seu risco de desenvolver câncer testicular.O estudo sugere como culpadas a galactose e a RevistaVegetarianos.com.br
gordura presentes nos laticínios. Além de ter potencialmente reduzida a quantidade de substâncias que favorecem o desenvolvimento do câncer, uma dieta rica em alimentos vegetais também possui uma quantidade maior de substâncias que o previnem.Quando falamos em uma dieta rica em alimentos vegetais, entenda uma dieta vegetariana, que por razões óbvias permite incluir na dieta uma quantidade maior de alimentos vegetais se comparada a uma dieta onívora.Uma dieta vegetariana atua, portanto, por duas vias, pois além de reduzir o estímulo nocivo, ainda aumenta a oferta de substâncias protetoras. Os componentes dos alimentos vegetais podem prevenir o câncer de diferentes maneiras: eliminando os radicais livres e melhorando o sistema imunológico são dois exemplos, além de serem capazes de reduzir a conversão das substâncias cancerígenas à sua forma ativa.Os fitoquímicos presentes em alimentos vegetais têm um papel importante na prevenção de algumas formas de câncer, especialmente o de mama.A genisteína, encontrada na soja e derivados, é um exemplo destas substâncias de efeito protetor.Já contra o câncer de próstata encontramos um fator de proteção no licopeno, presente em frutas vermelhas como o tomate, a melancia e a goiaba vermelha.Outras substâncias que dão coloração às frutas e vegetais, chamadas de flavonóides (presentes em abundância no suco de uva e no açaí, por exemplo), também protegem as células contra o câncer.Vegetais como o brócolis e o repolho contêm fatores que previnem o câncer ao favorecerem a remoção de substâncias cancerígenas que se acumulam e concentram no interior da célula.A castanha-do-Pará, por ser rica em selênio, fortalece o sistema imunológico e bloqueia a iniciação e promoção de tumores. Os alimentos vegetais fornecem uma imensa gama de fatores de proteção que vão muito além das fibras, vitaminas e minerais.Os produtos animais, por outro lado, contêm substâncias que são capazes de promover o câncer.Quanto mais rica em vegetais e mais pobre em produtos animais for a dieta, mais próximos estaremos da prevenção do câncer.Uma dieta vegana, balanceada para garantir a boa nutrição e rica em variedade e cores para garantir a proteção, é a tradução de uma dieta poderosa na prevenção do câncer.
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ALIMENTO DO MÊS
Espinafre Alimento favorito de uma rainha francesa. Principal fonte de energia de um simpático marinheiro norte-americano. Ou ainda, o presente que o rei do Nepal deu para a China. Não importa o século ou a localidade, a verdade é que há tempos o espinafre caiu no gosto de muita gente, inclusive no dos brasileiros. Rica em cálcio, essa hortaliça é uma excelente opção para os veganos. Confira aqui tudo sobre o espinafre. Nome Seu nome científico é Spinacea oleracea. Bertalha ou espinafre é o nome popular da planta. Em inglês, essa verdura verde-escura é conhecida como spinach e em espanhol, espinaca. Já os franceses a conhecem como épinard, os alemães como spinat e os italianos, spinaci.
Origem Existem dois tipos dessa erva rasteira: o asiático e o da Nova Zelândia. O primeiro pertence à família Chenopodiaceae – mesma da beterraba e da acelga – além de ser muito consumido na Europa e nos EUA. Já o segundo é da família Aizoaceae, tem folhas triangulares e pode ser facilmente encontrado no Brasil devido à sua adaptabilidade ao clima tropical. Além dessas duas espécies, existem outras duas que, segundo alguns registros históricos, eram cultivadas na África.Trazida pelos colonizadores portugueses, essa hortaliça contém muita água e por isso reduz muito depois de ir para a panela. Normalmente, 1 kg de espinafre revogado serve em média quatro pessoas. Seu plantio no País vai de março a julho, mas nas regiões onde o calor é mais ameno, é possível cultivá-lo durante o ano todo.
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Propriedades Medicinais
Propriedades Nutricionais
Autor de A Saúde Pelos Alimentos, Dr. Ernest Scnheider sugere que entre todas as hortaliças, o espinafre é a melhor por sua quantidade de proteínas, minerais e vitaminas. "(...) os árabes (...) sabiam que o espinafre é bom para o fígado." Além de ótimo laxante e um excelente oxidante, é indicado para pessoas anêmicas ou desnutridas devido ao seu teor de ferro, porém com ressalvas. Segundo o médico Dr. Eric Slywitch, é preciso lembrar que existem diversos tipos de anemia. "Não devemos esquecer que anemia nem sempre é decorrente de falta de ferro.Toda anemia deve ser investigada para saber qual é a sua causa, e o tratamento deve ser personalizado. O espinafre protege a pele, o aparelho digestivo e o sistema nervoso, mas por ser rico em um ácido conhecido como oxalato, não deve ser consumido em grandes quantidades. Esse ácido e suas folhas verdes-escuras indicam a presença de cálcio."Para os veganos isso é fundamental, pois dependendo da dieta, acabam sendo a principal fonte de cálcio", afirma o Dr. Slywitch. Apesar da excelente fonte de cálcio, o médico alerta que o alimento não é indicado em tratamento de osteoporose.
Em cada 100 g de espinafre é possível encontrar 91,4 g de água, 2,7 mg de ferro, 2,2 g de fibra e 99 mg de cálcio. Além disso, é pouco calórico, contendo apenas 23 kcal. Ainda de acordo com o Dr. Slywitch, para aproveitar melhor o ferro que o espinafre oferece, o ideal é consumi-lo junto com vitamina C, mas evitar certos alimentos. "Não devemos utilizá-lo com alimentos ricos em cálcio, pois ele pode atrapalhar a absorção do mineral". Apesar das propriedades, o médico lembra que o ácido oxalato, presente no espinafre e responsável pela manutenção dos níveis de cálcio dentro da folha, pode se ligar ao cálcio consumido durante a alimentação e dificultar a absorção do mineral pelo organismo. "O espinafre é uma das verduras mais ricas nesse ácido. Outra precaução com relação a esse ácido é com relação a cálculos renais, que ele teoricamente poderia aumentar a formação, mas isso não é consenso científico." A hortaliça pode ser consumida crua ou cozida. Para evitar a perda de suas propriedades nutricionais e de seu sabor durante o cozimento, o ideal é prepará-la apenas no vapor.
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Curiosidades As histórias do espinafre estão espalhadas pelo mundo. Acredita-se que foi na Pérsia (atual Irã) que ele foi cultivado pela primeira vez. No século 7, o rei do Nepal manda algumas de suas sementes como presente para a China. Quatrocentos anos depois, os mouros invadem a Espanha e introduzem o plantio na região e daí em diante os espanhóis se encarregam de espalhar as sementes no Novo Continente. Tanto que os ingleses chamam o espinafre de The spanish vegetable (o vegetal espanhol). Muito popular na Europa, o espinafre era refogado com açúcar e consumido como sobremesa. Seu sabor conquistou povos e uma mulher em especial do século 16: Catherine de Médici, que deixou Florença para se casar com o rei Henrique II, da França. A rainha gostava tanto de espinafre, que os cozinheiros do palácio foram obrigados a inventar diferentes pratos com a hortaliça. Assim, nasceu o termo a la Florentini para designar alguns pratos que levam o espina fre como ingrediente principal. Já no século 20, a verdura começa a fazer sucesso entre as crianças e os adultos aficionados por quadrinhos. Em 1929, E.C. Segar cria o marinheiro Popeye, que come uma lata de espinafre para ganhar força e proteger sua
Foto: Tomaz G. Vello
Acessório usado nesta reportagem: Pepper (11) 3073-0333
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namorada Olívia do rabugento Brutus. Em 2001, foi tese de um estudo sobre cegueira. Segundo os pesquisadores do Oak Ridge National Laboratories, no Tennessee (EUA), a proteína do espinafre é capaz de absorver luz. Retirada do vegetal e inserida nas células nervosas da retina, essa substância pode devolver parcialmente a visão.
Receita
Hambúrguer de tofu e espinafre * Ingredientes: 2 xícaras de folhas de espinafre 1 xícara de tofu picado 4 colheres (sopa) de farinha de trigo 1 colher (chá) de molho de soja (shoyu) 1 dente de alho amassado Sal a gosto Óleo para untar Modo de Preparo: Lave as folhas de espinafre e leve-as
ao fogo baixo para que cozinhem na própria água até ficarem macias. Escorra e deixe esfriar. Esprema e pique bem. Misture o espinafre, o tofu, o alho, o shoyu, a farinha de trigo e o sal. Divida em oito porções. Unte uma superfície lisa e as mãos com óleo. Modele cada porção até obter um hambúrguer. Unte uma frigideira antiaderente com óleo e aqueça
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em fogo alto. Frite os hambúrgueres em fogo baixo até ficarem dourados dos dois lados. Sirva em seguida. Rende: 8 hambúrgueres * O site www.guiavegano.com oferece diversos serviços aos vegetarianos e veganos, tudo em português. Entre eles, essa deliciosa receita de hambúrger.
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Confira aqui três receitas de chás gelados que, além de fazerem bem para a saúde, são muito refrescantes e saborosos. Tem opção para quem quer emagracer, para auxiliar a digestão e para evitar prisão de ventre
Por: Lelington Lobo Franco (lelington50@yahoo.com.br)
Chás
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CHÁS GELADOS
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Chá de Abacaxi Digestivo
Modo de preparo: Junte todos os ingredientes e ferva por cerca de 10 minutos. Espere esfriar e beba gelado.
Ingredientes: 2 xícaras de abacaxi bem picados 4 estrelas de anis estrelados 1,5 litro de água
Modo de preparo: Ferva os ingredientes por 10 minutos. Coe e tome gelado durante o dia.
Ingredientes: 10 ameixas pretas sem caroços 2 colheres de chá de cravo 1,5 litro de água Adoçante stevia a gosto
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Modo de preparo: Coloque todos os ingredientes em uma panela e ferva por 5 minutos. Deixe esfriar e sirva gelado.
Ingredientes: 1 colher de sopa de raspa de gengibre 1 colher de sobremesa de hibisco 1,5 litro de água
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Chá de Ameixa contra Prisão de Ventre
Chá de Hibisco para Emagrecimento
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Foto: Tomaz G. Vello
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Cosméticos Você sabe o que vem dentro da sua maquiagem? Ou do que é feito o sabonete que você utiliza? A Revista dos Vegetarianos mostra aqui tudo pra você Por Priscila Gorzoni ão é de hoje que o ser humano tem o hábito de usar cosméticos. Desde a idade da pedra, homens e mulheres já coloriam seus rostos para participar de guerras contra outras tribos. Segundo a história da cosmetologia, o primeiro produto de beleza descoberto pelo Homo erectus provavelmente foi feito com óxido de ferro, um mineral retirado da natureza, que era aplicado nos lábios em 5.000 a.C.Mas você sabe o que vem dentro do seu pote de base? Ou de onde são retirados os ingredientes do seu perfume? E mesmo como esses produtos são testados nas empresas que os fabricam? Sabe esse sabonete ou o perfume que você usa todos os dias? Ele pode conter elementos animais como os ácidos graxos naturais retirados de sebo bovino. "Em geral, os cosméticos são confeccionados com matérias-primas de origem animal, mas é limitado a gorduras do boi e galinha, lanolina e derivados e proteínas (leite, tutano de boi, além de usar gordura de tartaruga em cremes com ação emoliente)", esclarece a Prof.ª Dr.ª Maria Valéria Robles Velasco, farmacêutica do departamento de cosmetologia da USP. E se já não bastasse isso, algumas empresas ainda testam seus produtos em animais. No entanto existem alternativas. Embora poucas, algumas indústrias adotaram técnicas mais modernas e sem animais para seus testes. E alguns produtos usam apenas ingredientes vegetais ou sintéticos.
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DO FUNDO DE QUINTAL ATÉ AS GRANDES EMPRESAS No começo, a maquiagem era fabricada dentro de casa pelas famílias e cada uma desenvolvia a sua receita caseira à base de limonada, sopa e água de rosas. Mas não demorou muito para ela crescer aos olhos das indústrias. As primeiras fábricas de cosméticos surgiram nos Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha. Foi nessa época que uma jovem polonesa chegou a Melbourne, na Austrália, carregando consigo alguns frascos com cremes caseiros. Ela era Helena Rubinstein, que vinha abrir seu primeiro salão. Componentes tóxicos, como o mercúrio e o antimônio, foram substituídos por substâncias menos ofensivas. O mercado dos cosméticos cresceu muito, os produtos passaram a ter preços mais baixos e vieram cheios de novidades. Foi nessa época também que desenvolveram-se fragrâncias sintéticas. Em 1921, Paris foi palco de uma verdadeira revolução da história do batom. Mais tarde, em 1939, o químico Leopoldo Ruzicka recebeu o prêmio Nobel por fazer importantes descobertas na área da perfumaria. Entre elas, as fragrâncias de muscona, a civetona (retirado dos machos e fêmeas dos gatos da algália), almíscar e algália (extraída da glândula do macho da cabra almiscareira). No caso da Almíscar, sacrificavam-se anualmente mais de 60 mil desses animais nas imediações da cadeia do Himalaia para se obter 2 mil kg de perfume. Hoje, com a proibição da caça a esses animais, encontrou-se nas plantas malva-almiscarada e angélica substitutos para o aroma. Cinco anos depois, o cientista americanoJohn Draize criou o teste Draize, que hoje seria o responsável pelas maiores RevistaVegetarianos.com.br
crueldades com os animais (veja mais no quadro O cruel teste Draize). Apesar de existirem testes bem mais modernos e eficazes, algumas empresas insistem em sacrificar animais. No final da década de 70, o defensor Henry Spira e mais 400 organizações de defesa dos animais exigiram que as renomadas empresas de cosméticos Revlon e Avon acabassem com esses testes. Com essa ação, os anos 80 começaram com algumas vitórias: entre elas a queda do número de animais cobaias para a metade nos Estados Unidos e Inglaterra. No entanto, apesar da aprovação em 85 de uma emenda que estipula o uso de analgésicos para minimizar a dor animal diante desses testes, o Draize não foi abolido e continua sendo aplicado nos Estados Unidos e na América Latina. O que significa a morte de mais de 100 milhões de animais por ano. "Alguns países por legislação específica, obrigam as empresas a realizarem testes em animais com algum de seus produtos. Se isso não for feito, a empresa deliberadamente não comercializa aquele produto nos mercados em que esses testes em animais são exigidos”, relata Emerson Gonçalez, farmacêutico da Amway e outras empresas de cosméticos. A legislação brasileira, não obriga os testes feitos em animais. No entanto a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não discrimina empresas que executam testes
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em animais, aceitando indistintamente testes realizados, quer seja em animais ou em seres humanos. "Como os cosméticos são fabricados com matérias-primas de baixa toxicidade, isso significa que os eventuais danos que possam provocar são também de pequena monta e geralmente reversíveis. Assim, não se justifica não se aplicar testes com produtos cosméticos em humanos. Além disso, os testes em humanos têm a vantagem de fornecer outras informações que seriam impossíveis de se obter a partir de testes em animais, tais como a sensação com o uso, informações estas que somente o ser humano pode fornecer", elucida Emerson.
OS COSMÉTICOS São definidos como "preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano (pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral), com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-las, perfumá-las, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-las e/ou mantê-las em bom estado". Os cosméticos são produzidos a partir de matérias-primas de origens natural, sintética e semi-sintética. "As sintéticas são fabricadas por empresas da chamada Química Fina e geralmente são derivadas do petróleo. As semi-sintéticas são produzidas a partir da extração de plantas e/ou animais e posteriormente sofrem reações químicas. Por fim, as naturais podem ser classificadas como de origem vegetal: são, na grande maioria, na forma de extratos, e mesmo alguns solventes como o álcool obtido por fermentação, entre muitos outros; animal (na forma de gorduras, como lanolina e seus derivados, aromas como o almíscar (musk) – extraído do escroto de um veado das montanhas da China –, os extratos de tecidos como o colágeno e outros) ou mineral (como os solventes extraídos do petróleo, diversos sais inorgânicos como cloreto de sódio – que é um espessante de xampu –, óxidos de ferro – que são corantes de maquiagem –, entre outros)", exemplifica Emerson. Para se produzir qualquer cosmético não é preciso usar elementos e nem testes em animais. As indústrias têm hoje à sua disposição matérias-primas sintéticas perfeitas e testes modernos que não precisam de animais. Mas a presença de ingredientes animais dentro dos cosméticos irá depender do fabricante.
"As que usam, na maioria dos casos, retiram seus ingredientes de produtos derivados de tendões e ligamentos, banha, raspas dos ossos, da pele e do tecido adiposos, que nos matadouros são juntados no setor de graxaria. No caso de alguns perfumes, o almíscar é tirado de
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os testes em humanos têm a vantagem de fornecer outras informações que seriam impossíveis de se obter a partir de testes em animais Emerson Gonçalez
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glândulas de almíscar presentes em alguns animais (boi almiscarado, veado almiscareiro, civeta, etc). Os corantes de origem animal, como o carmim, podem ser obtidos pela maceração de corpos de insetos chamados cochonilha. Já a cera de abelha é obtida dos favos das colméias. A albumina é obtida da clara dos ovos de galinha. Soro de leite é obtido quando se precipita a caseína do leite de vaca ou de outro animal. E carbonato de cálcio pode ser derivado de cascas de mariscos ou de
ovos", esclarece Sérgio Greif, biólogo, mestre em ciências da nutrição, coordenador do departamento de meio ambiente da Sociedade Vegetariana Brasileira e autor do livro Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação. As matérias-primas cosméticas são, em sua maioria, de baixa toxicidade. Pois parte-se do pressuposto de que não devem ser absorvidas pela pele em quantidades que possa afetar o organismo e, caso seja absorvidas, devem afetar apenas as camadas superficiais da pele. "Aquelas matérias-primas de uso mais restrito e que têm limites máximos fixados pelas normas em vigor têm seu controle inserido nos protocolos de análises que os fabricantes executam durante e após a produção e que a Vigilância Sanitária efetua sobre os produtos em comercialização", assegura Gonçalvez. Dentre elas estão os corantes, os conservantes, os anti-sépticos, as substâncias cáusticas, os esfoliantes químicos capazes de descamar a pele, entre outros.
Um pouco de história Todas as culturas gostam de pintar seus rostos. A única coisa que as diferencia é a maneira de pintar e os objetivos de determinada pintura. Em algumas culturas, pintar o rosto e o corpo tem um significado sagrado, é uma forma de se preparar para a guerra, aproximar-se de seus deuses, participar de rituais religiosos. Esse é o caso dos povos mesoamericanos que costumavam se pintar e vestir as mesmas roupas de seus deuses para receber deles parte de suas qualidades. A maquiagem tem um papel sagrado tão importante, que se não estiver bem feita pode até atrapalhar o ritual
religioso. Esse é o caso dos dançarinos indianos da dança Kathakali, um espetáculo tradicional que representa os grandes poemas hindus. Também nas sociedades indígenas brasileiras, as pinturas corporais possuem uma função primordial. Como entre os Nhambiquaras, quando as moças atingem a puberdade têm seus rostos pintados com o urucum para arranjarem marido na Festa da Moça. Já os índios do Alto Xingu costumam fazer desenhos de pássaros e peixes no corpo com o objetivo de unirem-se aos espíritos de suas crenças. Em ambos os casos, as tintas
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usadas eram extraídas da semente de urucum e do fruto jenipapo. Na Era romana, por volta de 180 d.C, o médico grego Claudius Galen realizou sua própria pesquisa científica na manipulação de cosméticos. Galen iniciou a era galênica de produtos químico-farmacêuticos e desenvolveu um produto chamado Unguentum Refrigeran e Cold Cream, baseado em cera de abelha e bórax. Mas foi a partir do século 19 que a maquiagem deu um salto.
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PRODUTOS
Matéria-prima Banhos e perfumes Os povos antigos já conheciam os poderes que os banhos tinham sobre o corpo e a mente. Gregos e romanos costumavam tomá-los utilizando óleos essenciais. O sabão, como conhecemos hoje, surgiu uns 2.000 anos a.C.. Na antigüidade, para a limpeza corporal, se usava uma mistura de óleos ou gorduras de animais com cinzas muito finas, originadas da queima de plantas; dessa forma, se obtinha uma massa gordurosa, com um pouco de sabão, que se formava pelo contato prolongado das cinzas com as gorduras. A reação para obtenção dos sabões é chamada de reação de saponificação e é uma das reações químicas conhecidas há mais tempo. Os sabonetes são fabricados com uma mistura de óleo ou gordura, vegetal ou animal, à soda cáustica (hidróxido de sódio), a qual produzirá um sal de sódio dos ácidos graxos. Os outros ingredientes são responsáveis pelas outras características do sabonete, como a cor (com o uso de corantes), o aroma (com o uso de fragrâncias), a hidratação (com o uso de substâncias hidratantes como a glicerina), a assepsia (com o uso de uma substância anti-séptica como os benzoatos, sais de amônio quaternário etc). O sabonete líquido, ao invés do hidróxido de sódio, usa o hidróxido de potássio; com isso, o resultado final é um líquido viscoso, ao invés de sólido. A maioria dos sabonetes usa sebo de boi. Os sabonetes livres do sebo são os conhecidos de glicerina vegetal, mas o rótulo deve especificar isso. No mercado há duas opções: Granado e Phebo, que pertencem à mesma empresa. Perfumes e colônias, por exemplo, precisam ter a essência aromática misturada com solventes, corantes e outros aditivos que, em seguida, são macerados (postos em descanso por algumas semanas) antes de serem filtrados e envasados na embalagem. "Quanto aos perfumes e colônias, a composição aromática envolve diversos componentes, a maioria de origem sintética. No passado, se usavam rosas e secreções de animais, mas isso é inviável hoje em dia do ponto de vista de rendimento; portanto, a maioria é sintética, mas muito próximo do natural. As essências se dissolvem no álcool de cereais ou neutro desodorizado. O processo é a frio e envolve um período de repouso após colocar as essências para "maturação do perfume", relata Valéria.
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Componente
Origem
Alternativa
Ácido Benzóico ou Benjoim
Pode ter origem animal ou vegetal
Fontes vegetais
Ácido Caprílico (Caprylic Acid)
Ácido líquido e gorduroso do leite de vaca ou cabra. Encontrado em perfumes e sabonetes. Possui derivados, como o Triglicerídeo Caprílico
Fontes vegetais, como óleo de palma e de coco.
Ácidos Graxos Naturais (Fatty Acids)
Pode ser composto de sebo bovino
Fontes vegetais
Ácido Esteárico (Stearic Acid)
Pode derivar de gordura de vacas, de ovelhas, de cães e de gatos sacrificados. Na maioria das vezes se refere a uma substância gordurosa tirada do estômago de porcos
O ácido esteárico pode ser encontrado em várias gorduras vegetais
Ácido Hialurônico (Hialuronic Acid)
Proteína encontrada em cordões umbilicais e em fluidos das articulações de animais
Ácido hialurônico sintético e óleos vegetais
Ácido Láctico
Usados em esfoliantes e cremes anti-rugas
Ácido cítrico ou glicólico
Álcool Cetílico (Cetyl Alcohol)
Cera encontrada no espermacete (cetina) do esperma de baleias e golfinhos
Álcool cetílico vegetal, espermacete sintético
Ácido Linoléico
Ácido graxo que pode ser origem animal ou vegetal
Fontes vegetais
Ácidos Nucléicos
Encontrado nos núcleos de todas as células vivas
Fontes vegetais
Alantoína (Allantoin)
Ácido úrico de vacas e outros mamíferos. Pode ser encontrado também em algumas plantas
Extrato de raízes de confrei ou sintéticos
Albúmen, Albumina (Albumen, Albumin)
Proveniente de ovos, leite, músculos, sangue e vários tecidos e fluidos vegetais. Em cosméticos, a albumina geralmente é derivada de claras de ovos e usada como agente anti-coagulante
Almíscar, Almiscareiro (Óleo de Civet ou Musk Oil)
Secreção seca obtida dolorosamente dos órgãos genitais do cervo almiscareiro, castor, rato silvestre e outros
Plantas com odor almiscarado
Ambergris
Retirado dos intestinos de baleias. É usado como um fixador em perfumes
Fixadores sintéticos ou de origem vegetal
Aminoácidos (Amino Acids)
Blocos construtores de proteína em todos os animais e plantas. Usado em cosméticos, xampus etc
Sintéticos e vegetais
Aminoácido da Seda
"Para a produção da seda o casulo é fervido com a larva dentro. O pobre animal se contorce quando é submetido a essa morte dolorosa.", Cozinhando Sem Crueldade, pág. 215.
Biotina, Vitamina H, Vitamina B
Pode ter origem animal ou vegetal
Fontes vegetais
Carmim, Cochonilha, Ácido Carmínico (Carmine, Cochineal, Carminic Acid)
Pigmento vermelho obtido através da compressão da fêmea do inseto cochonilha. De acordo com estimativas, 70 mil insetos precisam ser mortos para produzir cerca de 450 g desse corante vermelho. Usado em cosméticos, pós, ruges, xampus. Pode causar reação alérgica
Suco de beterraba (não possui qualquer toxidade)
Caroteno, Provitamina A, Beta Caroteno
Um pigmento encontrado em tecidos animais e vegetais
Fontes vegetais
Caseína, Sódio Caseinado (Casein, Caseinate, Sodium Caseinate)
Proteína do leite. Usado em vários cosméticos para cabelo, máscaras para pele etc
Proteína de soja, leite vegetal
Cera de Abelha, Geléia Real, Mel, Pólen, Própolis (Bee Wax, Royal Gelly, Honey, Pollen)
"Ao contrário do que muitos pensam, a produção de mel também é responsável pela crueldade com animais. Muitos criadores matam as abelhas no inverno para não ter que gastar para protegê-las do frio. Além disso, para inseminar artificialmente as abelhas rainhas, é "tirado" esperma do zangão com o método cruel de esmagar suas cabeças." – Cozinhando Sem Crueldade, pág. 214.
Cerdas Naturais ou Crinas
Usados em escovas e pincéis
Sintéticos
Cisteína (Cistein)
Aminoácido retirado de pêlos
Fontes vegetais
Colágeno (Collagen)
Proteína fibrosa, de natureza mucopolissacarídica, que é constituinte essencial da substância intercelular do tecido conjuntivo. Geralmente proveniente de animais
Proteína da soja, óleo de amêndoas etc
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Fonte: Traduzido e adaptado pelas equipes do Guia Vegano (www.guiavegano.com) e da PEA (www.pea.org.br) do material do PETA (www.caringconsumer.com/ingredientslist.asp)
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Componente
Origem
Alternativa
Elastina (Elastin)
Proteína elástica, encontrada nos ligamentos do pescoço e nas paredes arteriais das vacas. Similar ao colágeno
Sintética, proteína de fontes vegetais
Esponja do Mar
Animal marítimo que está em processo de extinção. Tem propriedades medicinais importantes
Esponja sintética
Esqualeno (Squalene)
Óleo de fígado de tubarão. Usado em hidratantes, tinta de cabelo etc
Azeite de oliva, óleo de gérmen de trigo, etc
Esterol (Stearyl Alcohol Sterols)
Uma mistura de álcoois sólidos. Pode ser obtido do óleo de esperma de baleia. Usado em cremes, xampus etc
Fontes vegetais, ácido esteárico vegetal
Esteróide (Steroids Sterols)
De várias glândulas de animais. Esteróides incluem esteróis que são álcoois de animais ou plantas (ex: colesterol). Usado em cremes, loções, condicionadores de cabelo, perfumes etc
Fontes vegetais e sintéticas
Estrogênio, Estradiol (Estrogen Estradiol)
Hormônio feminino obtido da urina de éguas grávidas. Usado em cremes, perfumes e loções. Possui efeito insignificante em cremes e restauradores da pele
Fontes vegetais
Fontes Naturais
Pode significar fontes animais ou vegetais. Especialmente em cosméticos, isso significa fontes animais
Fontes vegetais
Gelatina, Gel (Gelatin Gel)
Proteína obtida de pele, tendões, ligamentos e/ou ossos fervidos com água. De vacas e porcos
Carragena, algas, dextrina, goma de algodão, gel de sílica
Glicerina, Glicerol (Glycerine, Glycerol)
Substância líquida, incolor e xaroposa, que é o princípio doce dos óleos. Geralmente é produzida a partir da gordura animal
Glicerina vegetal e sintética
Goma Laca (Shellac Resinous Glaze)
Excreção resinosa de determinados insetos. Utilizada em laquês para cabelo
Cera de plantas
Gorduras, Sebo ou Óleos Animais
Usado em cosméticos e em produtos alimentícios
Óleo de oliva, óleo de germe de trigo, óleo de coco etc
Guanina
Obtida de peixes
Leguminosas, partículas de alumínio ou de bronze
Lactose (Lactose)
Açúcar do leite dos mamíferos
Açúcar de vegetais
Lanolina (Álcool de Lanolina Acetilado)
A lanolina é uma emulsão de gordura de lã, resíduo obtido na lavagem da lã de carneiro
Lecitina
Substância presente nos tecidos nervosos, mas freqüentemente obtida para uso comercial em ovos
Mocotó
Obtido do cozimento das patas de bovinos
Óleo de Castor
Usado como fixador em perfumes e incensos
Sintéticos e fontes vegetais
Panthenol, Dexpanthenol, Panthenyl, Vitamina B, Provitamina B-5
Pode ter origem animal ou vegetal
Fontes vegetais ou sintéticos
Placenta (Placenta Órgão ou tecido que envolve o feto ou embrião. Pode ser Polypeptides Protein Afterbirth) derivada do útero de animais sacrificados
Lecitina de soja e sintéticos
Algas
Pó ou Proteínas da Seda (Silk)
É obtido da secreção do bicho-da-seda. Usado como corante em pós faciais, sabonetes etc
Progesterona (Progesterone)
Hormônio utilizado em cremes anti-rugas
Sintético
Proteínas Hidrolizadas
Podem ter origem animal
Proteína de soja
Queratina (Keratin)
Pode ser obtida nos chifres, cascos, penas e pêlo de vários animais. Utilizada em condicionadores de cabelo e xampus
Cabelo humano proveniente de salões
Quitosana (Chitosan)
Fibra derivada de crustáceos, como siris e caranguejos
Fontes vegetais
Tirosina (Tyrosine)
Aminoácido hidrolisado da caseína. Utilizado em cremes
Tutano
Medula dos ossos de boi
Vitamina A ou Retinol
Pode ser obtida de fígado de peixes, ovos, manteiga. Também pode ter origem vegetal, como no germe de trigo
Sintéticos.
Vitamina D, D-2, D-3 Ergocalciferol, Ergosterol, Provitamina D-2, Calciferol
A Vitamina D pode ser obtida de óleo de fígado, leite ou gemas de ovos. A vitamina D-2 (Ergocalciferol) é de origem vegetal. A Vitamina D-3 tem sempre origem animal.
Fontes vegetais ou minerais, sintéticos
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Rímel e sombra Foi com os egípcios que as sombras e rímel ganharam seus primeiros registros. Esse povo era muito preocupado com a aparência e considerava a beleza uma ótima virtude e condição fundamental para a saúde e higiene. Cleópatra e Nefertiti eternizaram o ideal de beleza da época com uma pintura de olhos expressivos, puxados, cuidadosamente desenhados pelo kohl, uma mistura de pigmentos minerais. Os egípcios consideravam a maquiagem dos olhos fundamental, pois era uma maneira de evitar mirar diretamente Rá, o deus do sol. Entretanto, o uso desses cosméticos era prejudicial por conterem em seus minerais derivados de chumbo e arsênio: eles eram responsáveis pelo tom esverdeado das pálpebras dos nobres. "Eles podiam danificar os tecidos oculares, irritar a mucosa e até causar traumas irreversíveis nessa delicada região", relata Sônia Corazza, engenheira química especializada em cosmetologia. Mais tarde, as gregas costumavam usar nos olhos uma mistura de óxidos, considerados nocivos, como o antimônio, chumbo. Nessa época, os cosméticos tornaram-se essenciais nos cuidados com a saúde.Tanto que dicas de seus usos apareceram nos manuscritos de Hipócrates, considerado o pai da medicina. E para complementar as extravagâncias romanas, descobriram na cortiça queimada, retirada de uma árvore denominada sobreiro (Quercus Súber L) um ótimo pó para cobrir suas sobrancelhas. Durante a Idade Média os olhos eram bem delineados e algumas mulheres até gostavam de raspar as sobrancelhas, substituindo-as por uma falsa feita com pele de camundongo. Atualmente as sombras são confeccionadas com uma mistura de graxos (óleo de ricino hidrogenado, lanolina, cera de abelha, parafina, etc). Os lápis delineadores são feitos com uma mistura de óleos e ceras. Nesse caso, é preciso estar atenta à presença da lanolina, dos graxos e da cera. "Muitas vezes é incluído um derivado de lanolina, que originalmente vem da lã do carneiro, que em virtude do odor forte é modificado para virar um derivado, na forma líquida e semi-sólida. A lanolina é essencial, pois confere sensação de suavidade. O processo envolve a fusão dos componentes e coloca-se nos moldes. O invólucro de madeira vem de árvores que as empresas plantam conforme tiram da natureza", exemplifica Maria Valéria.
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Formulações Gerais
Para saber quais empresas testam ou não seus produtos em animais, você pode conferir uma lista completa no site: www.guiavegano.com.br. Além disso, é preciso estar atento ao rótulo dos produtos para certificar-se de que o cosmético não possui ingredientes animais ou extraídos dos mesmos. No mesmo site, dentro do link Produtos, você pode conferir uma lista de empresas com produtos 100% veganos.
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Cremes: água desmineralizada, ingredientes diversos (alguns podem ser de origem animal)
destes são derivados de animais), emotivos (Ceramidas, Hidraloe etc – podem ser derivados de animais) e sal Creme dental: água pasteurizada (tratada por ozonização), carbonato de cálcio (pode ser derivado de animais), silicato de sódio, glicerina, lauril, sorbitol e PEG (polietileno glicol)
Xampu: água desmineralizada, Lauril eter sulfato de sódio (detergente de origem vegetal e mineral), Dodecil benzeno sulfonato de sódio, Glicerina, Esmalte: massa base, Ácido citrico (origem vegetal, mas é facultativo) e Estruturantes pigmentos, acetatos de etila, butila e isoamila, toluol, nitrocelulose e resina Sabonete: sabão base (pode arilsulfonamida conter sebo, que é derivado animal), água desmineralizada, Perfumes e colônias: glicerina e sal água desmineralizada, álcoois ou óleos minerais, Perfume: pode conter almíscar essências e fixador (pode ser derivado de animais, almíscar animal) conservantes, corantes (muitos
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...o produto era tão forte para a pele, que à noite as mulheres precisavam cobrir suas faces com um emplastro de vitelo cru...
Marta Tucci, química especializada em cosmetologia. O principal ingrediente usado para garantir a brancura total era uma farinha de trigo bem fina. Pompéia, a imperatriz romana e favorita de Nero, possuía a pele tão clara que parecia uma folha de seda. Isso acontecia graças ao costume dela de fazer máscaras noturnas de farinha de fava e miolo de pão. Atualmente as bases que preparam a pele para a maquiagem são geralmente cremes oclusivos evanescentes (isto é, não ficam besuntados após o espalhamento, desaparecendo ao tato). Como não deixam uma superfície marcada por gordura, quando se aplica a maquiagem, elas funcionam como protetores da pele contra uma eventual agressividade da maquiagem e seus componentes aplicados sobre elas. Os cakes são confeccionados com talco, caulim, carbonato de cálcio, óxido de ferro, dióxido de titânio e óxido de zinco, além de lanolina e óleo mineral. RevistaVegetarianos.com.br
Batom: oxinoxato, oxybenzona, avobenzona, extrato vegetal (soja, etc), ceramida, óleos vegetais, vitamina E, cera (pode ser de abelha), octildodecanol, poliisobuteno, isopropil miristato, octidodecil estearoil esterato, etilhexil, ozoquerita, benzofenona, metoxinamato, tocoferil acetato, butilparabena e propilparabena. Além disso, os batons podem conter silica, talco, aluminio, chumbo, mica, dioxido de titânio, óxidos de ferro, derivados de cloro e corantes de todos os tipos
Batons Como as gregas, as romanas adoravam se maquiar e herdaram delas seus produtos.Todos os cosméticos das romanas eram feitos em casa e aplicados por pessoas treinadas. "A gama de opções era tão grande como a encontrada hoje", relata Ana Marta. As gregas usavam nos lábios uma mistura de óxidos, considerados nocivos, como o antimônio, chumbo e sumos de amoras, algas e terra ocre, adicionados ao terrível mercúrio. Porém não eram só as bochechas brancas que faziam a cabeça das romanas, mas os lábios bem vermelhos e sobrancelhas coloridas. "Os romanos criaram pastas coloridas para os lábios, com a mistura de cera de abelha, óleo de oliva, pigmentos vermelhos (sulfeto de mercúrio e óxido de ferro) aquecidos até a fusão e moldados em potes", exemplifica Sônia. Os batons de hoje são formulados com diversas gorduras e substâncias oleosas (gorduras de óleo de coco) ou ceras
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Empresas que não testam em animais
Veja aqui quais os ingredientes mais freqüentes usados em cosméticos.
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Base branca Os gregos herdaram dos egípcios a preocupação com a estética e as fórmulas das maquiagens. E foi lá também que surgiu a palavra cosmético, originária do grego Kosmetikós, que quer dizer "o que serve para adornar". A prova maior de que a maquiagem já existia e fazia a cabeça das gregas eram as crônicas da época descrevendo as mulheres, como: "Ao sair no verão, dois riozinhos negros deslizam de teus olhos, o suor deixa riscas vermelhas em tuas faces e pescoço, e quando os cabelos tocam teu rosto, tingem-se de pintura branca". "Elas complementavam o seu clareamento de pele, maquilando as veias dos seios e testa com tintura azul", relembra Sônia Corazza. Essa aparência prevaleceu durante décadas e substituiu os velhos componentes por giz, pasta de vinagre e claras de ovo. Mais tarde surgiu a cerusa ou o conhecido alvaiade, que continuou sendo usado pelas mulheres ricas da Renascença italiana. No entanto, o produto era tão forte para a pele, que à noite as mulheres precisavam cobrir suas faces com um emplastro de vitelo cru, molhado no leite a fim de minimizar os seus efeitos nocivos. Porém, o maior mérito dos cosméticos aconteceu com o médico grego Cláudio Galeno. Em 150 a.C. ele criou o primeiro creme facial do mundo. "O creme era uma mistura de água, cera de abelha e óleo de oliva", explica Sônia. Após ficar anos na escuridão das "trevas", a Europa brindou os séculos 16, 17 e 18 com muita cor e maquiagem. "As primeiras indústrias químicas de cosméticos surgiram no século 17", explica Corazza. Os reis, príncipes, rainhas e princesas das cortes dedicavam horas na frente do espelho cobrindo seus rostos com pós e pastas brancas para esconder suas peles. "Os pós e maquiagens serviam também para cobrir as feridas e marcas deixadas pela varíola, que foi uma epidemia da Idade Média", acrescenta Ana
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vegetais (como Manteiga de Karité), que ocluem a mucosa dos lábios (como os silicones) e são sólidos à temperatura ambiente, mas se fundem quando pressionados à temperatura dos lábios. Juntamente com essas substâncias oleosas misturam-se corantes, que vão desde a mica em pó (que dá brilho), os óxidos de ferro (que dão cores que vão do amarelo ao marrom, passando pelo vermelho), até as substâncias plastificantes (para tornar o batom mais permanente nos lábios, como óleo de rícino). Xampus e Condicionadores Os xampus são sabonetes líquidos com ingredientes apropriados para condicionar os cabelos. Normalmente os xampus têm o aspecto de líquido viscoso. Essa "viscosidade" do xampu é conseguida com cloreto de sódio (o sal de cozinha) e não com uma formulação concentrada. Ao xampu já misturado, acrescenta-se o sal dissolvido em água, sob agitação, e imediatamente a mistura adquire alta viscosidade. Adicionam-se ainda diversos produtos de origem vegetal, como os extratos de Pepino ou de Babosa, que condicionam os cabelos, restaurando-os e dando-lhes brilho. O couro cabeludo também é beneficiado. Outros condicionantes dos cabelos são o Pantenol, o Extrato de Cerveja, o Extrato de Fermento Biológico e diversos outros que restauram, dão brilho, maciez e
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...todos estes testes podem ser substituídos por modelos de predição que não utilizam animais, como por exemplo baterias de testes in vitro... Sérgio Greif inúmeras outras qualidades desejadas. Atualmente existem muitas substâncias que, adicionadas ao xampu, promovem uma nuance nas suas características, de forma a embelezar os cabelos, dar a eles mais volume (proteínas), mais oleosidade (óleos vegetais ou animais), menos oleosidade (substâncias que removem as gorduras), hidratação (substâncias hidratantes, como propileno glicol). Diariamente novas características são descobertas, em especial no reino vegetal. Existem alguns insumos no xampu que são de origem animal, como lanolina (lã de carneiro), dentre outros. Portanto, antes de comprar, verifique a composição. Creme Rinse Outro produto bastante importante no cuidado com os cabelos é o creme rinse: produto usado no enxágüe dos cabelos ou logo após. Sua função é a de corrigir o pH da pele após o uso do xampu. O creme rinse geralmente é um creme de tratamento (e que, portanto,
O cruel teste Draize No Brasil, são comuns os testes com animais de sensibilidade cutânea e ocular, o famoso teste Draize. Essa prática é proibida nos Estados Unidos e na Europa, mas aqui não só é permitida como não possui a proibição da ANVISA. Atualmente, algumas empresas têm aplicado testes nos próprios seres humanos. Isto ocorre em testes de determinação do grau de proteção solar (para os fotoprotetores), testes de fotosensibilidade, testes de irritação da pele, testes de eficácia anti-rugas, anti-celulite e outros. Todos esses testes têm atualmente metodologia para serem aplicados em seres humanos. "Apenas uns poucos testes ainda são executados em animais. Dentre estes encontra-se o Teste de Irritação Primária, que é efetuado diretamente sobre a
córnea de coelhos, pingando-se o produto ou sua diluição dentro dos olhos do animal para verificar posteriormente o resultado: irritação, vermelhidão etc. Uma variante do teste é sua aplicação diretamente sobre a pele do animal, da qual se raspou os pêlos, e após o tempo adequado verifica-se se o animal desenvolveu algum processo alérgico. Dependendo do animal utilizado, o mesmo é em seguida sacrificado. No caso de coelhos, depois de um período de descanso, outra área da pele é raspada e o teste é refeito com outro produto", exemplifica Gonçalvez. Aos que justificam essas experiências como sendo necessárias para o uso do produto, vai aí um alerta. Homens e animais têm
constituições diferentes, pele e organismos distintos. Por isso, o que serve para um não serve para o outro. "Fora isso, todos estes testes podem ser substituídos por modelos de predição que não utilizam animais, como por exemplo baterias de testes in vitro realizados em células, modelos em 3D e técnicas que fazem uso de conhecimentos físico-quimicos sobre as substâncias empregadas", ressalta o biólogo Sérgio Greif. Afinal, com tanta tecnologia e métodos bem mais eficazes sem a presença de animais, por que algumas empresas continuam insistindo nessa crueldade?
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Cosmeticos.qxp
hidrata, dá brilho, maior volume etc) ao qual se adiciona um ácido fraco (como o ácido cítrico), cuja função é neutralizar o excesso de hidróxido ou de outras bases presentes na formulação do xampu. "As emulsões, que abrangem os cremes, loções, leites de belezas, envolvem o processo a quente, com aquecimento a 70º C das fases aquosa e oleosa. Dentro dos componentes oleosos temos emolientes (óleos, gorduras, manteigas como karité, vaselina líquida, parafina e lanolina e derivados). No passado, se utilizavam matérias-primas de origem animal, mas atualmente a maioria é sintética, de origem vegetal ou do petróleo. Dentro desse conceito, se encaixa o creme rinse (que tem como diferencial o sal de amônio quaternário, o silicone e aminoácidos da seda e também proteínas que vêm de animais) ou o filtro solar (substância mineral ou sintética)", elucida Robles. Os hidratantes Os hidratantes são cremes aos quais se adicionam um produto favorecedor da hidratação da pele, como a glicerina, o sorbitol (que é uma substância parecida com o açúcar), o propileno glicol (que parece uma glicerina mais comprida), além de alguns derivados dos açúcares e diversas outras substâncias que atraem a água (como alguns polímeros e sais minerais), e que mantêm a pele com a sensação de recém-lavada e hidratada. Para saber mais: www.internichebrasil.org www.institutoninarosa.org.br www.guivegano.com.br www.pea.org.br www.apasfa.org www.svb.org.br www.peta.org
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ARTIGO
Casos
Pitorescos “
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Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você Steve Beckham
arece incrível, mas em pleno século 21, quase duzentos anos após a fundação da primeira Sociedade Vegetariana na Inglaterra, a desinformação e os preconceitos continuam a imperar sobre o assunto "não comer carnes de nenhuma espécie". Ensino filosofia hindu há dez anos, o que muitas vezes pode ser bastante complicado, mas as dúvidas mais freqüentes que tenho tido que responder não são sobre metafísica e sim sobre.. tchan, tchan, tchan, tchan... vegetarianismo. Como professor de uma nobre filosofia de vida chamada Yôga, presenciei, escutei e ou participei de algumas dezenas de causos pitorescos ou talvez pudéssemos chamar de quixotescos envolvendo o tema desta revista. Você, caso seja vegetariano, certamente já deve ter passado por uma situação como essas que lerá a seguir. Há cerca de nove anos, estive na cidade de Natal a turismo. Minha namorada na época conhecia um rapaz local que estava incumbido de nos levar a um restaurante bacana para jantar. No caminho, conversa vai e vem, ela disse ao rapaz que eu não ingeria carnes e ele simplesmente... parou. Seus olhos se arregalaram como se estivesse avistando um fantasma; achei curioso o assombro, mas muito mais o que veio a seguir; com aquele típico sotaque regional, ele pausada e tranquilamente disse: "É mesmo, é? Má, por que, rapaz, é algum tipo de trauma, é?" Achei aquilo tão engraçado, que por instantes pensei que ele estivesse brincando. Vi que não estava. Em meio a risadas e espantos, repliquei: '' Trauma de quê?'' e ele: "Ah, não sei, de algum atropelamento que tenha visto, as carnes das pessoas todas ensangüentadas, cortadas, aquela representação
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Por Fábio Euksuzian (fabyoga@ig.com.br)
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Já reparou que quando em alguma conversa ou refeição, alguém descobre que você é vegetariano, começa a justificar-se, como se soubesse que faz algo errado?
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de morte e tudo mais." E ele completou dizendo que já havia presenciado um desastre de automóvel e que chegou a pensar em abster-se de carnes, devido a semelhança da composição estrutural dos seres humanos com os animais. Completou, dizendo que não "resistiu" e acabou cedendo às iguarias compostas de carne nordestina. Em seguida, foi a minha vez de esclarecer que os motivos pelos quais eu havia optado por tornar-me vegetariano eram outros. Ele entendeu e acabou nos levando a outro lugar, e tudo acabou bem naquela noite, sem traumas. De qualquer forma foi uma bela analogia, não? Como na época, eu era principiante no vegetarianismo, achei que citações como aquelas deveriam ser comuns, que a iria escutá-las com certa freqüência, mas acredita que passado quase uma década, nunca mais me perguntaram algo do tipo? De outra feita, estava almoçando com um dos meus alunos em um belo restaurante de São Paulo, e como quase todo principiante na arte de "vegetariar", ele já chegou alardeando em alto e bom som: "Nada de carnes, hein! Somos vegetarianos". Pensei comigo: "Ih, começamos mal". Em seguida, o maitre trouxe o cardápio e apontou: "Esses são os pratos de vegetais." Pronto, foi a deixa para o aluno mostrar que havia aprendido algo. "O senhor sabia que o termo vegetariano não provém de vegetais e sim do latim, vegethus? E que isso significa forte, vigor e blá, blá, blá." Até que eu, em meio a gargalhadas, contive o prezado rapaz. Foi aí que o maitre com toda a calma do mundo, entre a ironia e a surpresa balbuciou: "Então você quer que eu peça para um homem forte e vigoroso trazer seu prato de vegetais?" Essa ficou pra história. Já reparou que, grande parte das vezes, quando em alguma conversa ou refeição, alguém descobre que você é vegetariano, começa a justificar-se, como se soubesse que faz algo "errado"? Certa vez, estava em uma reunião de negócios e pra variar a conversa sobre alimentação veio à tona quando alguém fez questão de dizer em baixo tom de voz, como se quisesse preservar o paciente de seu diagnóstico: "Onde vamos achar um restaurante pro professor, ele não come carnes." Eu disse para não se preocuparem comigo. Aí começaram as
mil e uma justificativas: "Ah, eu também não como, só de vez em quando", "Olha, só como quando minha mulher faz, porque eu mesmo não ponho na boca", "É, li que faz mal, mas posso dizer que sou vegetariano, pois só como peixe e frango." No entanto, cinco minutos depois, alguém me pergunta: "Você se incomoda de irmos a uma churrascaria? Lá, há muita opção de salada!" Como diria o saudoso fundador da Estação Primeira de Mangueira, o sambista Cartola, tem que rir pra não chorar. Para terminar o "festival": era uma vez um vegetariano que passava o feriado com a família em Campos de Jordão. Estava rolando aquela churrascada tradicional de sábado, quando alguém começa: "Tadinho, só o Fábio não vai comer" e eu retruquei: "Tadinha da vaca que você está devorando agora. Deve ser irmã daquela que você estava acariciando há pouco lá próximo da montanha". E o parente, com a maior cara de pau: "Ué, o que é que eu tenho a ver com a morte da vaca?" E o pior é que ele realmente acreditava naquilo que dizia, como se ele não fosse álibi da situação. Não resisti e citei aquele famoso ditado em latim: "Qui facit per allium, facit per se, o que se faz através dos outros se faz por si". E ele continuava a dizer que se não fosse ele a comer o bicho, alguém o faria, pois matariam o quadrúpede de qualquer forma. Respondi dizendo que o traficante só existe porque há alguém que consome a droga, do contrário sumiria. Aproveitei para contar a parábola do incêndio na floresta, na qual o leão diz ironicamente ao pássaro que está perdendo tempo e energia ao tentar apagar o fogo com um balde d'água que carrega no bico. E a ave responde: "Pelo menos, diferentemente
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de você, estou fazendo a minha parte." Bem, creio que você saiba que fazer outras pessoas entenderem isso já é tarefa árdua, imagine um parente próximo.Toda vez, nessas ocasiões, me lembro daquele velho pensamento: "Você nunca será profeta em sua própria terra". Para exemplificar: há alguns anos, disse à minha mãe para desfazer-se das panelas de alumínio, pois este mineral se desprende às altas temperaturas e se impregna em nossos ossos, gerando um sem número de doenças no futuro. Ela respondeu dizendo que lá vinha eu novamente com esses papos de Yôga (qual é a relação?), que cada hora eu inventava algo novo e blá, blá, blá. Após cerca de uma semana, um médico foi à televisão e disse a mesma coisa que eu havia dito em relação ao utensílio doméstico. No dia seguinte, ela trocou tudo. Então disse a ela: "Ah, então quando o seu filho diz, você não acredita, mas em um estranho sim". Ela até tentou se explicar, mas creio que isso seja assim mesmo. Como um cara de quem ela limpou o bumbum algum dia, agora vai querer ensinar algo a ela, não é mesmo? Pois é, meu amigo, é por estas e outras que você deve se orgulhar de ser vegetariano; não aquele orgulho de soberba por se achar, no seu íntimo, superior aos demais, mas por ter a coragem de assumir e agir da forma em que acredita. Costumo dizer em meus cursos sobre consciência alimentar que precisa ser muito macho (ou fêmea) para declarar-se vegetariano no mundo atual, no qual todos se alimentam de cadáveres sem o menor pudor ou consciência. Dizer isso aos quatro ventos é ir contra o sistema, ser subversivo, pertencer a um movimento semelhante à contracultura (guardadas as devidas proporções).Tem que querer, saber, conhecer, estudar e praticar muito. Portanto, querido leitor, bata no peito e expresse a indignação dos justos. * Fábio Euksuzian é Presidente da Associação dos Profissionais de Yôga da Vila Olímpia, instrutor de Swásthya Yôga e diretor do Espaço Cultural Vila Olímpia, em São Paulo: . Mais informações: universoyoga.org.br ou (11) 38455933.
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DÚVIDAS
Perguntas & Respostas Tire aqui suas dúvidas sobre nutrição com o Dr. George Guimarães
Sou vegetariana e faço uso de produtos de soja, já que não consumo produtos de origem animal. Recentemente descobri que tenho "Tireoidite de Hashimoto", estou em fase de tratamento e a médica mandou que eu fizesse uso o menor possível de qualquer tipo de alimento com soja. Gostaria de saber mais sobre essa incompatibilidade. O que vou consumir de proteína se não uso nada de animal na minha alimentação? Elisabeth - Rio de Janeiro - RJ
Li a Revista dos Vegetarianos pela primeira vez e gostei muito do seu conteúdo, que me incentivou a empreender a mudança para o vegetarianismo. Algumas dúvidas: 1) Qual a composição recomendável do prato do vegetariano para que este obtenha os nutrientes necessários? 2) Ao se optar pelo vegetarianismo é recomendável
Fotos: sxc.hu
De fato, a soja é um dos alimentos que não devem ser consumidos quando há problemas com a tiróide. São os chamados alimentos goitrogênicos, que inibem a utilização do iodo. Outros exemplos são a
couve-de-Bruxelas, o repolho, o brócolis, a couve-flor, o amendoim e o nabo. Além da soja e seus derivados, outras boas fontes de proteína na alimentação vegetariana são os feijões, o grão-de-bico, as ervilhas, a lentilha e todas as castanhas (nozes, amêndoas, castanha-do-Pará, castanha de caju, avelãs) e sementes (de girassol, de gergelim, de abóbora).
Amêndoas: Castanhas são ricas em proteínas
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realizar algum exame laboratorial, além do convencional hemograma completo? 3) É verdade que devemos consumir proteína de soja no máximo duas vezes por semana? Ana Paula - Rio de Janeiro - RJ 1) Isso varia de indivíduo para indivíduo, apenas a orientação individualizada pode determinar a composição individualizada de uma dieta. Em linhas gerais, o vegetariano deve ter uma dieta variada (mais variada do que geralmente se recomenda para uma dieta onívora), com abundância de cereais integrais, verduras, legumes e frutas. As castanhas e as leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico) completam a dieta. No caso de uma dieta vegana, um suplemento de vitamina B12 faz-se necessário; 2) Conforme discutido na pergunta anterior, é sempre interessante investigar, além do status de ferro, também o da vitamina B12; 3) A proteína vegetal texturizada é um alimento altamente processado (trata-se de um subproduto da indústria do óleo de soja) e por este motivo recomenda-se que o seu consumo seja limitado. É verdade que a vitamina B12 pode ser obtida consumindo alimentos crus e que também é produzida pelos intestinos? Rafaella - Por e-mail
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Frutas secas: São excelentes
A vitamina B12 fontes de ferro não está presente nos alimentos crus, a não ser que esse alimento seja a carne de um animal ou que o vegetal esteja contaminado por bactérias que produzem a vitamina. A vitamina B12 pode sim ser sintetizada nos intestinos, mas a sua absorção não é eficiente porque a produção se dá no trecho do intestino que está além de onde se dá a absorção da vitamina. Em outras palavras, para haver absorção, seria necessário que houvesse um refluxo, o que não é possível e nem desejado. A pequena quantidade que é passível de ser produzida e absorvida não garante a necessidade do organismo. Por isso, conte sempre com um suplemento ou alimentos fortificados com a vitamina B12. Estou seguindo uma dieta ovo-lacto vegetariana há aproximadamente 2 anos e 4 meses. Constantemente faço exames de sangue e tenho reparado que minha taxa de ferritina está bem baixa, a de ferro nem tanto. Além disso, estou tendo dificuldade em encontrar um médico ou nutricionista que possa me orientar melhor sobre o que acompanhar no exame de sangue, como ferro e vitamina B12. Fernanda - Espírito Santo - ES Para melhorar a ferritina, você deve melhorar a sua ingestão de ferro. Boas
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fontes vegetais de ferro são as frutas, especialmente as secas, os vegetais verde-escuros, as castanhas, as leguminosas e o melado-decana. A inclusão de boas fontes de vitamina C na mesma refeição é muito importante para auxiliar na absorção do ferro contido nos alimentos vegetais. Outro fator importante para a melhora do status de ferro do organismo é a exclusão dos laticínios da dieta. Os laticínios, além de serem muito pobres em ferro, ainda atrapalham a absorção do ferro que possa estar presente em outras fontes. Resumindo: inclua na dieta boas fontes vegetais de ferro, conjugue-as com alimentos ricos em vitamina C e reduza ou exclua os laticínios da sua dieta. Com respeito aos exames, quando o assunto é anemia devemos observar também os indicadores. Para isso, além da hemoglobina, da ferritina e da vitamina B12 sérica, devemos medir também o VCM (volume corpuscular médio) e a homocisteína. O cruzamento entre os três últimos indicadores será útil para chegar a um diagnóstico sobre o seu status de vitamina B12. A vitamina B12 encontrada nos suplementos é de origem animal? Paulo de Castro - por e-mail A vitamina B12 usada para a produção dos suplementos alimentares ou adicionada aos alimentos fortificados é produzida em laboratório por bactérias. Do que são feitos os refrigerantes light? Por que viciam? Têm algum benefício ao organismo? Daniella Silveira - Por e-mail Os refrigerantes em geral contêm cafeína, que é uma substância que causa dependência. Os refrigerantes light contêm adoçantes que já foram apontados como causadores de
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doenças diversas. Não há nada em um refrigerante, light ou convencional, que seja necessário ao organismo humano. Ao contrário, eles contêm substâncias que trabalham no caminho oposto da edificação da boa saúde. É o caso do açúcar, dos adoçantes sintéticos, da cafeína, do ácido fosfórico, dos conservantes, acidulantes e tantos outros. A água pura ou o suco fresco extraído de frutas e verduras são os únicos líquidos de que precisamos.
Refrigerantes: causam dependência e não são necessários ao organismo
Dr. George Guimarães é nutricionista especializado em dietas vegetarianas e diretor da nutriVeg Consultoria em Nutrição Vegetariana. Mais informações: www.nutriveg.com.br nutriveg@terra.com.br (11) 5585-3475
Como enviar suas dúvidas Envie suas perguntas para o e-mail vegetarianos@europanet.com.br, para o endereço Rua MMDC, 121, Butantã, São Paulo, SP, CEP 05510-900, ou para o fax (11) 3819-0538. Não se esqueça de mencionar a referência Perguntas e Respostas – Revista dos Vegetarianos no item "assunto" do e-mail, carta ou fax.
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GUIA DE RESTAURANTES
Vegacy esmo em São Paulo, a maior cidade da América do Sul, dá para contar nos dedos de uma única mão a quantidade de restaurantes totalmente veganos. O Vegacy, localizado em uma charmosa galeria na famosa Rua Augusta, é uma dessas preciosidades. Por estar localizado em uma galeria e sua mesas espalhadas pelo ambiente, isso já torna o Vegacy um lugar diferente e especial. Mas sua culinária vegana é o que realmente se destaca. O Vegacy oferece diariamente – menos aos domingos – um caprichado bufê com boas opções de saladas e pratos quentes maravilhosos, com destaque especial para os rolinhos de alga com tofu ao molho rosé. São realmente divinos. O preço do bufê por pessoa é R$ 9,90, à vontade, ou R$ 17,90 o quilo. Os sucos naturais e as sobremesas são a parte. Abre das 12h às 15h30 e, das 17h às 20h30, funciona como lanchonete, também vegana.
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100% vegano: Vegacy é um dos poucos totalmente vegano de São Paulo
Endereço: Rua Augusta, 2.077 - Loja 03 - Jardim Paulista Horário: Segunda a sábado das 12h às 15h30 e das 17h às 20h30 Mais informações: (11) 3062-9989 Foto: Marco Clivati
São Paulo Alcaparra Av. Pompéia, 2.544 - Pompéia • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 36727674
11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3104-9970
11h30 às 15h • Domingo das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 6605-6452
Alternativa Casa do Natural Rua Fradique Coutinho, 910 - Vila Madalena • Segunda a sábado das 11h30 às 16h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 3816-0706
Cachoeira Tropical Rua João Cachoeira, 275 - Itaim Bibi • Segunda a sexta das 11h às 15h • Sábado e domingo das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3167-5211
Banana Verde Rua Harmonia, 278 - Vila Madalena • Segunda a domingo das 12h às 15h30 •Terça a domingo das 18h às 22h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3814-4828 Bio Alternativa – Higienópolis Rua Maranhão, 812 - Higienópolis • Segunda a sexta das 12h às 15h30 • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3825-8499 Bio Alternativa – Jardins Alameda Santos, 2.214 - Cerqueira César • Segunda a sexta das 12h às 15h • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3825-8499 Bioqualitá Rua Cardoso de Almeida, 1.457 - Perdizes • Segunda a sábado das 11h45 às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 3801-4406 Alfredo Largo do Café, 14 - Centro • Segunda a sexta das
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Bio Saúde R. Tobias Barreto, 809 - Mooca • Segunda a sexta
Campo Verde Av. Jabaquara, 1.126 - Saúde • Segunda a sábado 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5587-3785 Céu Natural Rua Hideo Sugyama, 70 - Jabaquara • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5034-3719 Cheiro Verde Rua Peixoto Gomide, 1078 - Jardim Paulista • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 12h às 17h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3289-6853
• Sala de ioga e relax • Aceita cartões de crédito e tíquetes Endereço: Rua Diogo Moreira, 312 - Pinheiros Horário: Segunda a sexta das 11h30 às 15h Sábado das 11h30 às 15h30 Tipo: Bufê lacto-vegetariano Mais informações: (11) 38151448 ou casaprema@uol.com.br
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Delhi Palace Av. Juscelino Kubitschek, 1.132 - Itaim Bibi • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Terça a sexta das 18h30 às 23h • Sábado das 12h às 16h e das 19h às 00h • À la carte com opções lacto-vegetarianas • (11) 3073-1209 Delícia Natural Rua Albion, 193 - Lapa • Segunda a quinta das 11h às 15h • Sexta das 11h às 16h • Bufê vegetariano • (11) 3831-8860 Demether Cozinha Vegetariana Rua Verbo Divino, 1.519 - Santo Amaro • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 5182-9118
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Éden Av. Jabaquara, 1469 - Loja 46 - Saúde • Segunda a sábado das 12h às 15h • Prato feito ovo-lacto vegetariano • (11) 2578-4981 Espaço Natural Avenida Cotovia, 912 - Moema • Segunda a segunda das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano e natural • (11) 5535-2736 Frazão Vegetariano R. Chafic Maluf , 193 - Brooklin • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano e vegano • (11) 5181-3193
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Integrão Cozinha Natural Rua Joaquim Antunes, 377 - Pinheiros • Segunda a sexta das 11h30 às 19h30 • Sábado das 11h30 às 16h30 • À la carte com opções ovo-lacto e vegana • (11) 3088-3335 Lá na Quitanda Rua Rodésia, 128 - Vila Madalena • Segunda a segunda das 12h às 16h30 e das 19h às 23h (aos domingos não abre à noite) • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3097-0410 Lagoa Tropical R. Borges da Lagoa, 406 • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5579-9228
Pizzaria e Rest. Lar Vegetariano Rua Domingos Rodrigues, 423 - Lapa • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Sábado das 19h às 23h • Bufê vegano e Pizzaria • (11) 3835-2490 Prema Yoga Rua Maria Figueiredo, 189 - Bela Vista • Segunda a sexta das 12h às 15h30 e das 17h às 20h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3285-3464 Recanto Vegetariano Rua Arandu, 407 - Brooklin • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo, 12h às 16h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 5506-8944
Lótus (Luz) Rua Brigadeiro Tobias, 420 - Luz • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê por quilo ovolacto vegetariano • (11) 3229-5696
Recanto Verde Rua Guaranésia, 1.276 - Vila Maria • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado das 12h às 16h • Bufê com opções ovo-lacto vegetarianas • (11) 6636-1129
Lótus (Vila Diana) Av. Ademar de Barros, 166 - Vila Diana • Segunda a sexta 11h30 às 14h30 • Sábado, Domingo e feriado das 12h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (12) 3922-7236
Satori Praça Carlos Gomes, 60 / 1º andar - Liberdade • Segunda a sexta das 11h30 às 14h e das 18h às 20h • Sábado das 11h às 13h • Prato do dia ovolacto vegetariano • (11) 3242-9738
Vie Verte Rua Bianchi Bertoldi, 128 - Pinheiros • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3812-4331 Vila Manjerona Rua Ministro Jesuíno Cardoso, 411 - V. Olímpia Segunda a sexta das12h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3845-0726 Zen Rua Domingos de Moraes, 237 - Vila Mariana • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5084-6751 ZYM Rua Tonelero, 1.248 - Lapa • Segunda a sábado das 12h às 15h • Prato lacto vegetariano • (11) 3021-5637
Rio de Janeiro
Madhurya Rua Mourato Coelho, 981 - Vila Madalena • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Prato do dia lacto-vegetariana (indiana) • (11) 3037-0489
Gouranga Prasadam Rua Dr. Bacelar, 96 - Vila Clementino • Segunda a segunda das 11h30 às 15h • Bufê lactovegetariano • (11) 5083-7844
VegeTao Rua Doutor Diogo de Faria, 568 - Vila Clementino • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado das 11h30 às 15h30 • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 5574-6875
Beterraba Rua da Alfândega, 25A - Centro • Segunda a sexta das 11h15 às 15h40 • Bufê por quilo vegetariano • (21) 2253-7460
Maha Mantra Rua Fradique Coutinho, 766 - Vila Madalena • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê lactovegetariano • (11) 3032-2560
Caminho do Mar Estrada do Pontal, 3.091 - Ponta do Recreio • Domingo a domingo das 12h às 20h • Prato do dia vegano • (21) 3411-6280
Mercado Alternativo Fulô R. Haddock Lobo, 899 • Segunda a sábado das 11h às 23h30 • Domingo das 12h às 19h • À la carte ovo-lacto e vegano • (11) 3081-7769
Green Rua do Carmo, 38 / Sobreloja - Centro • Segunda a quinta das 11h às 15h30 • Sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (21) 2252-5356
Milagro Natural Rua Áurea, 313 - Vila Mariana • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • A la carte com opção ovolacto vegetariano • (11) 5083-1734
Health's – Centro Rua Senador Dantas, 84 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (21) 2240-5388
Moinho de Pedra Rua Francisco de Moraes, 227 - Santo Amaro • Segunda a sexta das 12h às 15h30 • Sábado das 12h às 17h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 5181-0581
Metamorfose Rua Santa Luzia, 405, sobreloja 20 - Centro • Segunda a sábado das 12h às 16h • À la carte com opções vegetarianas • (21) 2262-6306
Mosteiro Devakan Praça General Gentil Falcão, 86 - Brooklin • Segunda a sábado das 11h45 às 16h • À la carte com opções ovo-lacto vegetarianas • (11) 55063875 Nutrisom Viaduto 9 de julho, 160 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h15 • Domingo das 11h30 às 16h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3255-4263 Nutrivida Rua Fernão Tavares, 132 - Brás • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Domingo das 12h às 15h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (11) 61975571
Satya Mandir Bistrô Alameda Franca, 444 - Jardins • Segunda a sexta das 8h às 20h • Sábado das 8h às 15h • a la carte lacto vegetariano • (11) 3284-7961
Natural do Recreio Av. Ailton Henrique da Costa 459 - Recreio • Terça a sexta das 11h30 às 17h • Sábado e domigo das 12 às 18h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (21) 2486-8158
Soja Brasil Rua da Mooca, 3.048 - Mooca • Segunda a sábado das 9h às 18h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (11) 6886-4226
Natural Up Rua do Catete, 228 - loja 116 - Catete • Segunda a sábado das 11h às 15h • À la carte vegetariano • (21) 2556-6681
Sol do Oriente Rua Azevedo Soares, 679 - Tatuapé • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das12h às 16h • Bufê com opções ovo-lacto vegetarianas • (11) 6886-4226
Natuwal Estrada dos Bandeirantes 22.774 • Quarta a domingo das 9h às 18h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (21) 3411-2870
Grão de Soja Rua Girassol, 602 - Vila Madalena • Segunda a sábado das 12h às 18h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3813-2166
O Germinal R. 13 de Maio, 367 - Bixiga • Quarta a sábado das 12h às 0h • À la carte vegano • (11) 3105-7264
Vegethus Rua Padre Machado, 51 - Vila Mariana • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 11h30 às 16h • Bufê vegano • (11) 5539-3635
Idch Art Rua Correia Dias, 161 - Vila Mariana • Segunda a sexta das 12 às 15h • Bufê lacto vegetariano • (11) 2157-3720
Orange Rua Batatais, 388 - Jardim Paulista • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3885-3384
Vegacy Rua Augusta, 2.077 / Loja 03 - Jardim Paulista • Segunda a sábado das 12h às 15h30 • Bufê vegano • (11) 3062-9989
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Oficina da Semente Rua Joaquim Silva, 137 - Lapa • Segunda a sexta das 12h às 15h • Vegetariano (crudívoro) • (21) 2509-3316 Panela de Barro Rua Marques de Abrantes, 26 - loja H • Segunda a sexta das 9h às 21h • Sábado das 10h às 16h • À la carte com opções ovo-lacto vegetarianas • (21) 2557-8600
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GUIA DE RESTAURANTES
Refeitório Orgânico Rua 19 de Fevereiro, 120 - Casa 2 - Botafogo • Segunda a sábado das 11h às 16h • Bufê ou à la carte vegetariano • (21) 2537-0750 Reino Vegetal Rua Luiz de Camões, 98 / Sobrado - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h30 • Bufê por quilo vegetariano • (21) 2221-7416 Rio Vegetariano Rua Voluntários da Pátria, 448 - loja 83/84 Cobal Botafogo • Segunda a sábado das 11h30 às 16h • Prato pronto ovo-lacto vegetariano • (21) 25277558
Vegan Vegan Rua Voluntários da Pátria, 402B - Botafogo • Segunda a sábado das 11h30 às 16h • Refeição do dia vegana • (21) 2286-7078
Terraviva Restaurante Vegetariano SCLN 202 Bloco D - Subsolo • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (61) 3034-5853 ou (61) 3034-8323
Florianópolis Vegetariano Social Clube Rua Conde de Bernadote, 26 - Loja L - Leblon • Segunda a sábado das 12h às 24h • Domingo das 12h às 18h • Bufê no almoço e à la carte no jantar (vegetariano) • (21) 2294-5200
Brasília Amor à Natureza SCLN 310, bloco A, loja 42-50 - Asa Norte • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê por quilo lacto vegetariano • (61) 3272-2055 Bardana SCLN 405, bloco A, loja 22 - Asa Sul • Segunda a segunda das 11h30 às 15h30 • Bufê por quilo vegetariano • (61) 3242-3532 Girassol SCLS 409, bloco B, lojas 15 e 16 - Asa Sul • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Segunda a sexta das 16h30 às 20h • Bufê por quilo ovo-lacto • (61) 32421542 Flor de Lótus CLN 102, bloco A, loja 48 - Asa Norte • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê por quilo vegetariano • (61) 3326-9763
Vida Rua Visconde de Ouro Preto, 298 - Centro • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Bufê lacto vegetariano • (48) 3223-4507 Verdilha Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 1.760 Pantanal • Segunda a sexta das 11h15 às 16h e das 19h às 22h30 • Bufê com opções ovo-lacto vegetariano • (48)3233-2128
Curitiba All Natura Rua João Negrão, 150 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Domingo das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3233-0664 Formosa Restaurante Vegetariano Rua Trajano Reis, 170 - São Francisco • Terça a domingo das 11h30 às 14h30 • À la carte lacto vegetariano • (41) 3039-6818 Green Land Rua XV de Novembro, 548 - Centro • Segunda a segunda das 11h às 14h30 • À la carte com opções ovo-lacto • (41) 3322-2132
Naturama SCLS 102, Bloco B - Loja 9 - Asa Sul • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo das 12h às 15h30 • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (61) 3223-3648
Greenlife Rua Dr. Carlos de Carvalho, 271 - Centro • Segunda a segunda das 11h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (41) 3223-8490
Restaurante Natural CLN 202, Bloco D - Subsolo - Asa Norte • Segunda a sábado 11h30 às 15h e das 17h30 às 20h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (61) 3034-5853
Jagannatha Rua Paulo Gomes, 123 - Centro • Terça à domingo das 12h às 14h • Bufê por quilo lacto-vegetariano • (41) 3029-5225
Sabor Vital CLN 316, Bloco A - Lj 59 - Asa Norte • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Sábado das 12h às 15h • Bufê lacto vegetariano • (61) 3349-2171
Maha Prasada Rua Duque de Caxias, 76 - Centro • Domingo a sexta das 11h30 às 14h • Bufê por quilo lactovegetariano • (41) 3015-5106
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Brisa Rua Sargento Astrolábio, 150 - Pituba • Domingo a sexta das 11h30 às 15h • Bufê a quilo vegetariano • (71) 3248-3400
Pin Chan Rua Floriano Essenfelder, 475 - Bairro Alto • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Oriental vegetariano • (41)3253-4969
Gergelim Rua Minas Gerais, 703 - Pituba • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê a quilo ovo-lacto vegetariano e natural • (71) 3240-6792
Restaurante Ecológico Clorofila Rua Saldanha Marinho, 1.110 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 14h • Bufê com opções ovolacto vegetariano • (41) 3322-9597
Grão de Arroz Rua Professor França, 88 - Barris • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 e das 17h às 19h30 • Sábado das 11h30 às 15h • Bufê a quilo com opções ovo-lacto vegetariano • (71) 33282157
Sorela – Bigorrilho Rua Júlia da Costa, 1735 - Bigorrilho • Domingo a sexta das 11h às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3335-3216
Tempeh Rua 1º de Março, 24 / Sobreloja - Centro • Segunda a sábado das 11h às 16h • Bufê vegetariano • (21) 2232-8007 Universo Orgânico Rua Conde de Bernadote, 26 - Lojas 105 - Leblon • Segunda das 8h às 19h • Terça a sábado das 8h às 21h30 • Domingo das 11h às 20h • À la carte vegano e crudívoro • (21) 2232-8007
Mikado Rua São Francisco, 126 - Centro • Segunda a sábado das 11h às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano e natural • (41) 3323-6709
Sorela – Centro Cívico Rua Marechal Hermes, 728 - Centro Cívico • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Segunda a quinta das 18h às 23h30 • Domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 30265794
Manjericão Rua Fonte do Boi, 3B - Rio Vermelho • Segunda a sábado das 12h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano e natural • (71) 3335-5641 Saúde Total Av. Joana Angélica, 148 - Nazaré • Segunda a sexta das 11h20 às 15h • Bufê a quilo ovo-lacto • (71) 3322-4583
Super Dog Rua Manoel Pedro, esquina com a Rua Munhoz da Rocha - Cabral • Segunda a sábado das 18h às 00h • Lacto vegetariano e vegano • (41) 9929-7172
Ramma Rua Lord Cochrane, 76 - Barra Avenida • Sexta a domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano e natural • (71) 3264-0044
Super Vegetariano Rua Presidente Faria, 121 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h e das 17h30 às 20h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3223-6277
Vida e Saúde Avenida Estados Unidos, 18 - sala 414 - Comércio • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano e natural • (71) 3242-8891
Viva Mais Rua México, 231 - Bacacheri • Domingo a sexta 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 32568952
Salvador Saúde na Panela Rua das Hortênsias, 752 - Pituba • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 e das 17h30 às 21h • Sábado das 11h30 às 16h30 • Bufê lacto vegetariano • (71) 3353-6788
• Empório de Produtos Naturais • Lanchonete • Restaurante Endereço: Rua Direita da Piedade, 17 - Piedade Horário: Segunda a sábado das 11h às 15h (Loja abeta de segunda a sexta das 9h às 19h e sábado 9h às 15h e lanchonete de segunda a sexta das 7h30 às 19h30 e sábado das 7h30 às 15h Tipo: Bufê lacto vegetariano e vegano (preço único com suco e sobremesa tudo à vontade) Mais informações: (71) 3329-2176
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Porto Alegre Casa Oriental Rua Felipe Camarão, 61 • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • À la carte ovo-lacto vegetariano • (51) 3312-8773 Flor de Maçã Av. Independência, 891 - Independência • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3311-7275 Fonte do Sul Av. José Bonifácio, 593 - Bom Fim • Quarta a segunda das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3331-2331 Govinda Av. José Bonifácio, 605 - Bom Fim • Terça a sexta das 11h10 às 14h30 • Sábado e domingo das 11h10 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3332-1704 Ilha Natural Rua General Vitorino, 35 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3224-1543 Mantra Rua Santo Antônio, 372 - Independência Segunda a sexta das 12h às 14h30 • Bufê ovolacto vegetariano com opções veganas • (51) 9947-1089 Natureza Rua dos Andradas, 1.444 - Cj. 12 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 14h30 • Bufê ovolacto vegetariano • (51) 3228-3642
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Nova Vida Rua Demétrio Ribeiro, 1182 - Centro • Segunda a sexta das 8h às 19h • Sábado das 8h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3226-8876
Nutribem – Santo Amaro Rua Idelfonso Lopes, 70 - Santo Amaro • Segunda a sexta das 11h30 às 14h • Bufê lacto vegetariano • (81) 3231-2625
Ocidente Av. Osvaldo Aranha, 960 - 1º and - Bom Fim • Segunda a sábado das 11h45 às 14h30 • Domingo das 12h às 15h30 • À la carte ovo-lacto vegetariano • (51) 3312.1371
Nutribem – Boa Vista Av. Conde da Boa Vista, 1.130 - Boa Vista • Segunda a sexta das 12h às 15h • Bufê por quilo lacto vegetariano • (81) 3221-1201
Prato Verde Rua Santa Teresinha, 42 - Bom Fim • Segunda a sexta das 11h15 às 14h15 • Sábados e feriados das 11h30 às 14h30 • Domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 33886659 Suprem Rua Santo Antônio, 877 • Segunda a sábado das 12h às 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano com opções veganas • (51) 3312-2731 São Jorge & o Dragão Rua Sofia Veloso, 61 • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Sábado das 12h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (51) 3061-1233 Século Av. Osvaldo Aranha, 394 - Bom Fim • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3028-3901 Telúrico Mercado Público 2º andar - lj. 50 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3029-3823 Vida e Saúde Rua General Câmara, 60 • Segunda a sábado das 12h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano (51) 3012-5841 Zhong Guo Wei Rua Ramiro Barcelos, 2.099 - Bom Fim • Terça a domingo das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3331-7915
Recife Casa do Naturista Rua 24 de Maio, 90 - São José • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê por quilo vegetariano • (81) 3224-2941 Céu e Terra Rua do Riachuelo, 641 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h30 às 15h e das 17h às 19h • Sábado das 11h30 às 14h30 • À la carte vegetariano • (81) 3222-0606 Green Rua Gervásio Pires, 577 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (81) 3223-1701 O Vegetariano Rua Dom Pedro Henrique, 153A - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h30 às 14h • Sábado das 12h às 15h • Bufê lacto vegetariano • (81) 34233638 Govinda Rua Bernardo Guimarães, 114 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h40 às 21h • Sábado das 11h40 às 15h • Bufê lacto vegetariano • (81) 3221-4202
Semear Alimentação Natural Rua 24 de Junho, 166 - Encruzilhada • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano e natural • (81) 3241-0972
Campo Grande – MS Café Lírio Rua Maracaju, 400 - Centro • Segunda a sexta das 7h às 18h • Sábado das 7h às 13h • Prato feito ovolacto vegetariano ou vegano • (67) 3028-4388
Chapada dos Veadeiros – GO Oca Lila Rua João Bernardes Rabelo, 449 - Alto Paraíso • Quarta a domingo das 12h às 00h • A la carte lacto vegetariano • (62) 3446-1006
Cuiabá – MT Outras Cidades Aracaju - SE Empório Naturista Rua Pacatuba, 281 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 14h30 • Sábado das 11h às 14h • Bufê com opções ovo-lacto vegetariano e vegana • (79) 3211-8289
Araraquara - SP Vivace Rua Voluntários da Pátria, 1.872 - Centro • Segunda a Sábado das 11h as 14h30 • Bufê ovolacto vegetariano • (16) 3331-8438
Ki-Nutre Rua Cândido Mariano, 533 - Centro Norte • Domingo a sexta das 11h às 14h • Bufê por quilo lacto vegetariano • (65) 3321-3540
São Lourenço – MG Raio de Luz Rua Batista Luzardo, 127 - Centro • Segunda a sexta das 11h45 às 14h30 • À la carte ovo-lacto vegetariano • (35) 3332-2325
S. J. do Rio Preto – SP Cia da Saúde Rua Rubião Júnior, 2.930 - Centro • Segunda a sábado das 11h às 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (17) 3222-5745
Socorro – SP Sabor da Terra Rua 15 de novembro, 84 - Centro • Segunda a sábado das 8h às 21h • Prato feito ovo-lacto vegetariano • (19) 3895-2720
Maceio – AL
Sorocaba – SP
Natureza Viva - Farol Av. Fernandes Lima, 879 - Farol • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto e vegano • (82) 3358-4003
Good Day Rua da Penha, 1.141 - Centro • Segunda a sexta das 9h às 19h • Sábado das 9h às 15h • Opção ovo-lacto vegetariano e vegana • (15) 3231-6228
Natureza Viva - Ponta Verde Rua Machado Lemos, 226 - Ponta Verde • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto e vegano • (82) 3357-8001
Fruto Amarelo Rua Senador Vergueiro, 46 - Vergueiro • Segunda a sexta das 9h às 19h • Sábados das 10h as 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (15) 3212-3704
Belo Horizonte – MG Bio Natural Rua Curvelo, 72 - Floresta • Segunda a sexta das 8h às 19h40 • Sábado das 8h às 15h30 • Domingo das 11h às 15h • Bufê com opções ovo-lacto vegetarianas • (31) 3213-3089 Casa Nascente do Sol Rua Paraguai, 86 - Sion • Segunda a sexta das 8h às 19h • Sábado das 8h às 17h • A la carte ovolacto vegetariano • (31) 3227-3781 San Ro Rua Professor Moraes, 651 • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê ou a la carte ovo-lacto vegetariano e vegano • (31) 3264-9236
Campinas – SP Ecomercado Avis Rara Rua Rei Salomão, 295 - Distrito de Sousas • Segunda a segunda das 11h45 às 15h • Terça a sábado das 19h30 às 23h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (19) 3258 4502 Lótus Rua Benedito Alves Aranha, 153 - Barão Geraldo • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (19) 3289-9821 Nutrir Rua Dr. Quirino, 1.620 - Centro • Domingo a sexta das 11h às 15h30 • Bufê lacto vegetariano • (19) 32333056 Sal Marinho Rua Padre Vieira, 1040 - Centro • Segunda a sábado das 12h às 15h • A la carte lacto vegetariano • (19) 3232-7541 Vegetalle Rua Osório, 1.577 • Segunda a sábado das 12h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (19) 32319345
Restaurando Mente & Corpo Av. Professor Vital Barbosa, 568 - Ponta Verde • Segunda a sábado das 11h às 15h • À la carte com opções veganas • (82) 3034-0002
Suzano - SP Lótus Av. Antonio Marques Figueira, 1.515 • Segunda a sábado das 12h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 4746-1462
Niterói – RJ Alecrim Rua Presidente Backer, 190 - Icaraí • Segunda a sábado das 11h às 15h30 • Bufê com opções ovolacto vegetariano • (21) 2610-0658 Verdejante Estrada São Sebastião • Sábado e domingo das 13h às 16h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (21) 3021-2677
Vitória – ES Cio da Terra Rua Maria Eleonora Pereira, 940 - Jardim da Penha • Segunda a sábado das 11h às14h • À la carte vegetariano • (27) 3314-1124 Sol da Terra Rua Barão de Monjardim, 171 - Centro • Segunda a sábado das 11h às 14h30 • Bufê por quilo vegetariano • (27) 3223-1205
Porto Velho - RO Vida Natural Rua Dom Pedro II, 1.251 • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (69) 3224-3718
Ribeirão Preto - SP Éden Rua Campos Salles, 542 • Segunda a sexta das 12h às 15h • Bufê oriental ovo-lacto vegetariano • (16) 3632-2720
Divulgue Se você é proprietário ou conhece algum restaurante vegetariano que não consta nesta lista, entre em contato com a redação pelo telefone (11) 3038-5066 ou pelo e-mail: vegetarianos@europanet.com.br
Santos – SP Gostoso Rua Frei Gaspar, 71 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (13) 3219-2105 Maria Farinha Rua Alexandre Herculano, 168 - Gonzaga • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • Terça a domingo 19h às 24h • À la carte lacto vegetariano • (13) 3224-2829
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ONDE ENCONTRAR
Mundo Verde - Novo Leblon Av. das Américas, 7607 - Lj. 153 • (21) 2438-9085
Produtos Naturais e Vegetarianos
Mundo Verde - Pão de Açúcar Av. das Américas, 2000 - Box 27 • (21) 2439-1879
qui você vai encontrar o endereço de 100 lojas onde poderá encontrar produtos naturais como proteína de soja, tofu, leite condensado de soja, entre outros. São dezenas de lojas de diversos locais do Brasil. Além disso, poderá consultar uma relação de empresas e pessoas que comercializam congelados vegetarianos.
A
Mundo Verde - Shopping Downtown Av. das Américas, 500 Bl. 22 - Lj. 109 (21) 3153-7682 Mundo Verde - Via Parque Av. Ayrton Senna, 3000 - Lj. 1007 (21) 2421-9272 Prana Av. das Américas, 4.666 - Lj. 141• (21) 2431-9047
Congelados Ana Maria (11) 5579-2314 ou www.colchaderetalhos.net CIBO Alimento Natural (61) 9613-6969 ou www.ciboalimentos.com.br Especiarias Light (11) 3045-2416 ou www.especiariaslight.com.br
Fontes R. Visconde de Pirajá, 605 - Lj. D Ipanema • (21) 2512-5900
Minas Gerais Belo Horizonte Fito Av. Contorno, 6.975 - Sto Antônio • (31) 3344-9505
Gávea Integral R. Marquês de São Vicente, 75 - Lj. 105 Gávea • (21) 2512-2283
Grano Alimentações Vegetarianas (11) 3885-6510
Integração Saúde R. Leopoldina 113 - Sto. Antônio • (31) 3296-4635
Iracema Jorge M. Ferreira (61) 9206-5093 - ocfjdf@gmail.com
Juiz de Fora Mundo Verde R. Santa Rita, 526 - Centro • (32) 3216-2831
Quituts Vegan (31) 3461-5841 ou todosabor@hotmail.com Sattva (11) 3083-6237 Silvia Amaral (16) 3904-8108 / 3610-2282 Soja Vegan (16) 3917-2797 Super Bom (11) 6842-1830 ou www.superbom.com.br
Lojas
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Mundo Verde (Max Center) Av. Antônio Carlos Magalhães, 846 Lj.s 1 e 2 Ed. Max Center • (71) 3359-0976
Nova Lima Mundo Verde Av. Toronto, 508 Lj. 13 • (31) 3541-6220 Varginha Vita Corpus R. Santa Cruz 887 - Centro • (35) 3212-9980 Rio de Janeiro Nova Friburgo Mundo Verde Friburgo Av. Alberto Braune, 94 - Lj. A • (22) 2523-1684 Petrópolis Mundo Verde Shopping Pedro II R. do Imperador, 288 - Lj. 10 • (24) 2237-0021
Bahia Salvador Health Valley Brasil R. Direita da Piedade, 17 - Piedade (71) 3329-2176
Mundo Verde Itaipava Estrada União Indústria, 10.067 • (24) 2222-3242
Mundo Verde (Center Lapa) R. Portão da Piedade, 155 - Lj. 229 (71) 3328-1308
Rio de Janeiro Aipo Verde Leblon R. Ataufo de Paiva, 135 • (21) 2529-2380
Mundo Verde (Centro Mercês) Av. Sete de Setembro, 147 • (71) 3329-4671
Casa Vitana R. Paissandu, 111 - Lj D - Flamengo (21) 2205-6798
Mundo Verde (Shopping Iguatemi) Av. Tancredo Neves, 148 - Lj. 22 QDP (71) 3460-3293
Carioca Zen R. Humaitá, 154 - Humaitá • (21) 2286-4786
Mundo Verde (Shopping Barra) Av. Centenário, 2992 - Lj. 340/1 (71) 3264-2883
Cortando Calorias Av. Alfredo Baltazar da Silveira, 580 Lj. 116-B - Barra World Shopping (21) 2487-9394
Mundo Verde Petrópolis R. do Imperador, 864 - Centro • (24) 2242-7788
Grão Integral R. das Laranjeiras, 43 - Lj. 13 • (21) 2285-6739 Irmão Sol R. Barata Ribeiro, 370 - Lj. 103 • (21) 2235-5997 ISEO Alimentos R. Carlos de Vasconcelos, 125 - Lj. Q Tijuca • (21) 2264-5707 Mundo Verde - Belford Roxo R. João Fernandes Neto, 1.260 • (21) 2662-0909 Mundo Verde - Duque de Caxias Praça do Pacificador, 15 • (21) 2652-2562 Mundo Verde - Nilópolis Estr. Getúlio Vargas, 1.377 • (21) 2791-1060 Mundo Verde - Nova Iguaçu R. Otávio Tarquínio, 165 • (21) 2797-3455 Mundo Verde - Piabetá Av. Santos Dumont, 177 - Lj. 2 • (21) 3655-9422 Mundo Verde - S. José de Meriti R. da Matriz, 56 • (21) 2756-3844 Mundo Verde - Shopping Grande Rio Estr. Municipal São João de Meriti,111 - Lj. 139 (21) 2752-9197 Mundo Verde - Barra Av. Olegário Maciel, 519 - Lj. F • (21) 2492-1469 Mundo Verde - Barra (Ipiranga) Av. das Américas, 7.000 - Lj. 5 • (21) 2431-1993
Verdevida R. Lauro Muller, 116 - 4º Piso - D59 (21) 2295-1542 Vitana Av. das Américas, 500 - Bl 8 - Lj.109 (21) 3139-4171 Teresópolis Mundo Verde Teresópolis Praça Baltazar da Silveira, 60 - Várzea (21) 2742-3036 Santa Catarina Florianópolis Vida R. Visconde de Ouro Preto, 298 • (48) 3223-4507 Casarão de Alimentos Orgânicos R. Pequeno Príncipe, 1.257 • (48) 3237-3077 Espaço Mais Saúde R. Capitão Romualdo de Barros, 916 Carvoeiras • (48) 3234-2837 Sabor da Terra R. João Pio Duarte Silva, 1.124 Córrego Grande • (48) 3234-6714 Balneário Camboriú Armazém do Colono R. 1500, n. 676 - Centro • (47) 3366-4191 Blumenau Mundo Verde R. 7 de Setembro, 1.213 - lj. 63 • (47) 3222-3142 São Paulo Bauru Empório Saúde Av. Getúlio Vargas, 04/09 - Vila Mariana (14) 3224-1616 Indaiatuba Alcaparra R. Pedro Gonçalves, 1041 - Centro • (19) 3894-1430
Mundo Verde - Recreio Av. das Américas, 16.285 - Lj. H • (21) 2487-1111
Ribeirão Preto - SP Silvia Amaral - Produtos Naturais R. Floriano Peixoto, 441 - Centro • (16) 3019-0885
Mundo Verde - Map Barra Av. das Américas,10.200 - Box 10 (21) 3150-4709
Santo André Mundo Verde Av Portugal, 1.600 • (11) 4432-0375
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Veg Armazém R. das Monções 478 - Bairro Jardim (11) 4437 2893
Mercato Naturale R. Tuiuti, 2.900 - Tatuapé (11) 6671-5188 e (11) 6671-8963
São Paulo Alcaparra Av. Pompéia, 2.544 - Pompéia • (11) 3672-7674
Mundo Verde - Alameda Santos Alameda Santos, 2223 • (11) 3064-2015
Alternativa Casa do Natural R. Fradique Coutinho, 910 Vila Madalena • (11) 3814-0607 Banana Verde R. Harmonia, 278 - Vila Madalena (11) 3814-4828 Bem Viver Av. Pe. Antonio José dos Santos, 1.273 - Brooklin (11) 5507-5418
Mundo Verde - Itaim R. João Cachoeira, 554 • (11) 3071-1069 Mundo Verde - Shopping Jd. Sul Av. Giovanni Gronchi, 5.819 - lj.s 186/ 187 (11) 3739-2435 Mundo Verde - Moema Av. Cotovia, 890 • (11) 5096-3810
Pão do Céu Produtos Naturais QSA3 - Lote 1 - Lj. 5 - Centro (61) 3562-2698
Fortaleza - CE Mundo Verde - Cid. dos Funcionários Av. Oliveira Paiva, 2797 - Lj. 18 (85) 271-2770 Mundo Verde - Papicu Av. Eng.Santana Jr., 2277 - Ljs - 1,2 e 3 (85) 249-3631
No Murder - Extreme Noise R. 7 de Abril, 154 - lj. 26 - 1º andar
Mundo Verde - Aldeota Av. Santos Dumont, 3000 - Lj. 20 (85) 264-3987
Naturais e Orgânicos R. Dr. Cesar, 530 - Conj. 808 - Santana (11) 6971-8858
Mundo Verde - Shopping Iguatemi Av. Washington Soares, 85 - lj. 415 (85) 241-4088
Ponto Verde R. do Estilo Barroco, 442 - Sto. Antônio (11) 5182-5161
Maceió- AL Natureza Viva - Farol Av. Fernandes Lima, 879 - Farol (82) 3358-4003
Positiva Praça das Canárias, s/n - Box 19 - Vila Formosa (11) 6676.2553
Bruxinha Produtos Naturais R. Icanhema, 235 - Cidade Dutra Av. Ângelo Cristianini, 127 - Jd. Mirian (11) 5665-8558 / (11) 5624-8644
Sabor Natural Av. Leôncio de Magalhães, 1.297 Jardim São Paulo • (11) 6978-7369
Espaço Livre (Orgânicos) R. Maria Carlota, 900 - Penha • (11) 6091-7423
Nutribem SHLN BL M QD 515 • (61) 3347-9940
Paiol da Soja R. Chile, 970 • (41) 3332-3258
Bio Alternativa R. Maranhão, 812 - Higienópolis (11) 3825-4759
Empório Siriuba Al. Franca, 1.590 - Jardins (11) 3081-4303
Recife - PE Mundo Verde - Tacaruna Av. Agamenon Magalhães, 153 - Lj 253 (81) 3223-8371
Mundo Verde - Pinheiros Av. Pedroso de Moraes, 983 (11) 8323-0700
Mundo Verde - Vila Nova Conceição R. Afonso Braz, 462 • (11) 3842-9440
Éden Produtos Naturais Av. Jabaquara, 1469 - Lj. 46 (11) 2578-4981
Mundo Verde SDNCNB - Conj. Nacional - Lj. C 01-A (61) 326-1313
Mundo Verde - Perdizes R. Cardoso de Almeida, 1.538 • (11) 3875-6103
Mundo Verde - Tatuapé R. Apucarana, 642 • (11) 6225-3171
Cereal Brasil R. Rodésia, 242 - Vila Madalena (11) 3814-3401
Mundo Verde Av. João Walling, 1.800 - lj. 2218 Chácara das Pedras - Shopping Iguatemi (51) 3381-3465
Curitiba - PR Armazém Alternativo Galeria Júlio Moreira - Lj. 04 - Centro (41) 3233-6928
Mundo Verde - Santana R. Doutor César, 237 • (11) 6950-9630
Cerealista Helena R. Santa Rosa, 141 e 149 - Brás (11) 3227-6767
Outras Cidades Brasília - DF Empório Verde SCRN 714 e 715 - Bloco G - Lj. 34 (61) 3347-7725
Seipar Produtos Naturais R. Paracuê, 340 - Sumarezinho (11) 3672-9691 Vida Leve R. João Cachoeira, 213 - Itaim (11) 3078-0198 Viva Orgânico R. Martinho Claro, 412 - Inocop (11) 3721-7130 Santos Mundo Verde Av. Ana Costa, 549 - lj. 59A • (13) 3284-4578 Sorocaba Fruto Amarelo Armazém Natural R. Senador Vergueiro, 46 • (15) 3212-3704
Natureza Viva - Ponta Verde R. Machado Lemos, 226 - Ponta Verde (82) 3357-8001 Natal - RN Mundo Verde - Tirol Av. Afonso Pena, 813 (84) 201-2804 Mundo Verde - Shopping Midway Av. Engenheiro Roberto Freire, 2920 - Lj. 62 (84) 3646-3323
Mundo Verde - Shopping Plaza R. Dr. João Santos Filho, 255 - Lj 9 (81) 3267-7369 Mundo Verde - Shopping Recife R. Padre Carapuceiro, 777 - Lj. BV90 (81) 3326-0166 São José - SC Dunati Produtos Naturais Integrais R. Coronel Américo, 1.835 (48) 3035-4519 Vila Velha - ES Mundo Verde Av. Carioca, 353 - Lj. 201C - 3PV - 1PS (27) 3320-6320 Vitória - ES Mundo Verde Av. Américo Buaiz, 200 - Lj.s 238 (27) 3335-1238
Lojas Online Delivery Orgânicos www.deliveryorganicos.com.br Empório em Casa www.emporioemcasa.com.br Essenciais do Brasil www.essenciais.com.br Fruto Amarelo www.frutoamarelo.com.br Mercado Vegan mercadovegan.com Rama Orgânica www.ramaorganica.com.br Shopping Natural www.shoppingnatural.com.br
Paranaguá - PR Cereais e Cia. Av. Dr. Roque Vernalha, 1.710 (41) 3422-7325 Pelotas - RS Mundo Verde R. Quinze de Novembro, 667 - lj. 17 (53) 3028-7858 Porto Alegre - RS Aloe Vita Produtos Naturais R. Felipe Camarão 622 - Bairro Rio Branco (51) 30193383 / 30292048
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FRASE DO MÊS
Abraham Lincoln Reprodução
(1809 - 1865)
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Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhorem nem levem em consideração as condições dos animais
* Presidente norte-americano lembrado pela defesa da democracia em seu país
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