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Revista dos Vegetarianos

www.revistavegetarianos.com.br ANO 1 • NÚMERO 12 R$ 9,90 • € 3,50

ISSN 1980-0630

VEGETAIS – MAIS SAÚDE PARA O SEU CORAÇÃO

Médicos e nutricionistas provam como a alimentação vegetariana previne doenças cardiovasculares

EDITORA EUROPA

Crepes Veganos

Animal Rights 2007

Sapatos sem Couro

Seis receitas de crepes integrais, doces ou salgados, 100% vegetarianos

Nossa repórter foi até Los Angeles e mostra tudo o que aconteceu no evento

Oito opções masculinas e femininas, feitas sem componentes de origem animal


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SUMÁRIO

Ao leitor

Revista dos

Vegetarianos Diretores: Aydano Roriz e Abílio Cunha

Edição Nº 12 Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz Diretor Operacional: Abílio Cunha Diretor Executivo: Luiz Siqueira Diretor Editorial e jornalista responsável: Roberto Araújo – MTb.10.766: e-mail: araujo@europanet.com.br Diretor Adjunto: Mário Fittipaldi

Redação Editor: Marco Clivati Chefe de Arte: Welby Dantas Editora de Arte: Izabel Donaire Redatora: Samira Menezes Revisão de Texto: Fernanda Figueiredo Colaboraram nesta Edição: Eric Slywitch, Fábio Euksuzian, Gabriela Isgroi, George Guimarães, Jaqueline B. Ramos, Leonardo Bussadori, Ricardo Abdalla, Sílvia Lakatos, Tomaz G. Vello e Viviane Pereira Internet: Cássio Narciso (Webmaster) e Rodrigo Mourão (Webdevelopment) Propaganda: Letícia Nunes e Natália Azeredo Publicidade São Paulo E-mail: publicidade@europanet.com.br Gerentes Comerciais Rodrigo Cunha (11) 3038-5097 Mauricio Dias (11) 3038-5093 Executivos de Negócios: Ana Carolina Corrêa, Alessandro Donadio, Angela Taddeo, Carla Ianez, Claudia Alves, Elisangela Xavier, Flavia Pinheiro, Guilherme Rabelo, Raphael Gherardi e Rodrigo Sacomani Criação Publicitária: Rodrigo Barros e Ronaldo Mendes (11) 3038-5103 Tráfego: Marcos Roberto (11) 3038-5211 Publicidade - Outros Estados Brasília: (61) 3326-0205 - New Business Paraná: (41) 3023-8238 - GRP Mídia Rio Grande do Sul: (51) 3232-3176 - Semente Associados Santa Catarina: (48) 3223-3968 - MC Representações Publicidade – EUA e Canadá: +1 (650) 306-0880 Fax: +1 (650) 306-0890 - Global Media Circulação e Promoção João Alexandre (Gerente de produto) Ézio S. Vicente, Marcelo Diniz e Eduardo Teixeira Desenvolvimento de Pessoal: Tânia Marilia Ribeiro Roriz e Elisangela Harumi Atendimento ao Assinante e venda de edições anteriores: Coordenadora: Fabiana Lopes - fabiana@europanet.com.br Atendentes: Carla Dantas, Liliam Lemos, Anne Iris, Paula Hanne, Tamar Biffi e Mari Ehrentreich Rua M.M.D.C. nº 121 - São Paulo, SP - CEP 05510-900 Telefone São Paulo: (11) 3038-5050 Telefone outros estados: 0800-557667 Pela Internet: www.europanet.com.br E-mail: atendimento@europanet.com.br

ão existe segredo. Tudo aquilo que absorvemos através de nossos cinco sentidos, sem esquecer dos nossos pensamentos e ações, reflete diretamente em nossa saúde física e emocional. Desde o ar que respiramos até as nossas reações perante as situações do dia-a-dia, tudo influencia diretamente em nosso bem-estar. Entre tudo o que absorvemos, a alimentação é um dos itens mais importantes. Um hábito alimentar saudável é capaz de prevenir e até curar certas doenças. Nesse quesito, não existe opção mais saudável do que uma dieta vegetariana natural e equilibrada. Não são dois ou três, mas milhares os estudos científicos que provam os benefícios da alimentação vegetariana para a saúde do corpo. No caso específico do coração, são diversas as provas de que uma dieta livre de carnes é a melhor escolha para a prevenção de doenças cardiovasculares. Alguns estudos mostram, por exemplo, que apenas 13% dos vegetarianos sofrem de hipertensão, contra 42% dos onívoros. Mas não é só uma questão de pressão arterial, níveis de colesterol e triglicérides. Um coração saudável é aquele que também transborda amor. Agir com compaixão perante todos os seres vivos – humanos e não-humanos – é imprescindível. Fazer uma reflexão sobre tudo aquilo que ingerimos, além de todos os nossos pensamentos e ações, é essencial. Aqueles que não estão interessados em mudar a si mesmos estão perdendo a preciosa chance de viver a vida em plenitude máxima.

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Marco Clivati marco.clivati@europanet.com.br

Administração Cecília Tomazelli (Gerente) Renata Kurosaki, Luiz Eduardo Soares, Gustavo Barbosa, Daniel Ribeiro, Carlos Eli, Ismael Neto, Denis Pinheiro, Anderson Ribeiro

Sumário

A Revista dos Vegetarianos é uma publicação da Editora Europa Ltda. (ISSN 1980-0630). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros.

06 08 16 18 20 28 30 32

Distribuidor Exclusivo para o Brasil Fernando Chignalia Distribuidora S. A. - Rua Teodoro da Silva, 907 CEP 20563-900 - Grajaú - RJ Impressão: Prol Editora Gráfica

Somos Filiados à ANER Associação Nacional dos Editores de Revistas

Cartas Vida em Harmonia Perfil Entrevista Capa Alimento do Mês Vitrine: Sapatos Festa das Cores

Se For o Caso, Reclame. Nosso Objetivo é a Excelência!

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CORRESPONDÊNCIA – Rua M.M.D.C., 121 CEP 05510-900 – São Paulo – SP Fax: (11) 3819-0538

Atendimento (11) 3038-5050 (São Paulo), 0800-557667 (Outras localidades) – Fax (11) 3097-8583 Das 8h às 20h; sábados das 9h às 15h e-mail: atendimento@europanet.com.br

Redação Fone (11) 3038-5066 Fax (11) 3819-0538 e-mail: vegetarianos@europanet.com.br

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36 44 46 48 54 56 58 60 64 66

Receitas de Crepes E Agora, Doutor? Artigo Muito Além da Vã Filosofia Animal Rights 2007 Artigo O Último Passo Artigo Perguntas da Meia-Noite Perguntas e Respostas Guia de Restaurantes Onde Encontrar Frase do Mês

Para entrar em contato com a Editora Europa Fones: (11 ) 3038-5050 ou 0800 557667 Ligação gratuita – Outras localidades

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Nossos colaboradores

Selos de Identificação Vegana: Receitas elaboradas sem a utilização de ovos e leites

Todas as receitas apresentadas nesta edição contam com selos para facilitar a identificação dos componentes utilizados no seu preparo. Ovo-lacto: Receitas que contêm ovo e leite

Lacto: Receitas que incluem leite no preparo

Dr. George Guimarães

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É nutricionista e especialista em nutrição vegetariana. George é o consultor de Nutrição desta edição e responsável pela seção de Perguntas e Respostas

NOZES

Descubra todos os benefícios e curiosidades desse rico e poderoso alimento

CAPA

Médicos e nutricionistas mostram por que a dieta vegetariana é a melhor opção para o coração

Sílvia Lakatos Historiadora, jornalista, vegetariana desde os 13 anos e vegana há 7 anos, nesta edição, Silvia enriquece as páginas da Revista dos Vegetarianos com o artigo Muito Além da Vã Filosofia, na página 46

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ANIMAL RIGHTS 2007 Tudo o que aconteceu no evento mais importante dos EUA sobre direitos animais

Dr. Eric Slywitch É médico especialista em nutrologia e coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da SVB. Nesta edição, colaborou com a seção E agora, Doutor?

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FESTA DAS CORES

Saiba por que uma refeição variada e colorida é capaz de trazer mais saúde ao seu dia-a-dia

Fábio Euksuzian É presidente da Associação dos Profissionais de Yôga da Vila Olímpia, vegetariano e estudioso desta filosofia desde 1997. Nesta edição, colabora com o artigo Perguntas da Meio-Noite

30 SAPATOS Oito opções de sapatos veganos para você escolher RevistaVegetarianos.com.br

Ricardo Abdalla Renomado chef da cidade de São Paulo, Ricardo preparou seis receitas de crepes veganos que vão encantar todo mundo

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CARTAS

Espaço do Leitor AGRADECIMENTOS Primeiramente, gostaria de parabenizar a todos que fazem desta revista uma fonte de conhecimento, trazendo artigos e matérias interessantes, como também deliciosas receitas. Com a ajuda de vocês, eu consegui abrir os olhos de algumas pessoas (e fracassar com outras) das quais eu gosto e admiro, como amigos e familiares, mesmo sendo tachado muitas vezes como "frescurento por comida". Sou ovo-lacto vegetariano, mas penso em me tornar vegano. Gostaria de sugerir, se possível, uma matéria completa sobre a transição para o veganismo. Adoraria ver também um debate

saudável entre onívoros e vegetarianos. Por fim, me encerro convidando todos a conhecerem e fazerem parte de uma de nossas maiores fontes de companheirismo, onde hoje somos mais de 16 mil pessoas. A comunidade Vegetarianos do Orkut: ww.orkut.com/Community. aspx?cmm=115855 Diego "Burns" Pinheiro - Jundiaí - SP Ganhei esta bela Revista dos Vegetarianos de minha mãe, número 10, pois além de ser cristã (sem religião), sou vegetariana há mais de 15 anos. Minha opção pelo vegetarianismo aconteceu quando percebi que eu também era responsável pela matança dos animais que "consumia". Desde então, comecei minha luta à favor da preservação da natureza, da proteção aos animais e pela definitiva extinção do uso de peles, couros, penugem e chifres dos nossos irmãos indefesos. Parabéns pelo bonito trabalho. Angela Bellegarde - Por e-mail A Revista dos Vegetarianos está cada vez melhor, com artigos excelentes, bem escritos e abordando aspectos muito importantes. Estou amando! E tenho mais um motivo para estar feliz com a revista. Há alguns meses, sugeri para vocês uma entrevista com o Derrick Green e, sendo ou não coincidência, tive a alegria de ler o artigo com vários roqueiros na edição 11, incluindo ele! Estava maravilhoso, com depoimentos muito bons e inspiradores. Continuem assim! Um abraço e obrigada. Marjore - Por e-mail

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Esse é o seu espaço! Escreva suas críticas, sugestões, receitas...

Erramos Na edição 10, no Brownie de Tâmara (página 31), não foi publicada a receita do creme de damasco, para cobrir os brownies. A seguir, a receita: Ingredientes: 300 g damasco • 200 ml de água Modo de preparo: Deixe o damasco de molho por três horas em água potável. Jogue a água fora e bata o damasco no liquidificador com outra água, a quantidade necessária para formar uma pasta homogênea líquida e densa. Acrescente a água aos poucos durante o processo, até achar o ponto ideal - não há uma quantidade exata de água. Coloque em pequenas vasilhas para servir como mousse e leve à geladeira ou então use como cobertura para outras receitas.

ENQUETE ONLINE Confira aqui o resultado da enquete publicada no site da Revista dos Vegetarianos que ficou no ar durante o mês de julho.

Além do vegetarianismo, como você ajuda a preservar o meio ambiente? Eu reciclo meu lixo (53.52 %) Não uso carro. Dou preferência à bicicleta ou ando a pé (15.49 %) Participo de ONG ambientalista (8.45 %) Só compro alimentos orgânicos (6.34 %) Todas as opções anteriores (14.08 %) Nada (2.11 %)

Total de votos: 142 Entre no site www.revistavegetarianos.com.br e vote na nova enquete:

Você pratica algum tipo de yoga ou meditação?


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ECOLOGIA

Ecologia

Investimentos em ecomercado e ecoprofissionalização procuram gerar bons frutos no Estado de São Paulo

como negócio

xemplo de integração entre arquitetura e meio ambiente, o Centro Comercial Avis Rara, em Campinas, é um exemplo a ser seguido. Inaugurado no final do ano passado por Catarina Menucci, de 52 anos, o novo projeto reune loja de artesanato, restaurante orgânico vegetariano e escritório de bioarquitetura. No local, tudo foi construído pensando em como minimizar os efeitos da degradação e utilizar de maneira consciente os recursos naturais, aliando-os às necessidades de que um grupo comercial precisa. Desde a escolha do material das paredes e das tintas até as instalações elétricas e hidráulicas, tudo foi pensado para preservar ao máximo o meio ambiente. Além disso, o espaço oferece aulas de ioga, promove ecoturismo e oficinas de arte, entre outras atividades. Apesar do esforço e da dedicação necessários para tirar sua idéia do papel, Menucci acredita que tem muito mais a ganhar do que lucro. "Ganhamos em

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poder contribuir um pouco para uma cultura de paz, harmonia e equilíbrio em todos os sentidos, oferecendo aos nossos clientes a possibilidade de refletir e propor soluções para um mundo melhor”. Também pensando em uma maneira de aliar preservação ambiental e bons frutos sociais, desde meados de 2000, o Instituto Florestal Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo oferece metodologias de cursos ecoprofissionalizantes para municípios do Estado de São Paulo. Desenvolvido em parceria com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o programa procura abrir um espaço no mercado de trabalho para jovens de 15 a 21 anos. Segundo Leandro Wada Simone, gerente de recursos naturais da Subprefeitura de Paranapiacaba (Grande São Paulo), que desde 2003

Centro Avis Rara: exemplo de ecomercado em Campinas (SP)

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vem formando profissionais ecológicos, essa é uma opção para os alunos da rede de ensino que podem fazer um curso extracurricular. "Sete pessoas formadas em 2003 já são contratadas do Pólo Ecoturístico Caminhos do Mar e outros trabalham com turismo sustentável na vila histórica de Paranapiacaba". De acordo com Leandro, os jovens ganham em média um salário mínimo - a maioria deles vem de famílias de baixa renda. Já no município de Santo André os cursos de ecoprofissionalização, com duração de dois anos, reúnem cerca de 40 alunos por sala, mas muitos desistem no meio do caminho por causa de empregos melhores ou porque não se identificam com a causa. Mais informações: www.avisrara.com.br • www.rbma.org.br


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Muito mais

ONG e site brasileiro tentam aliviar o trâfego das cidades

do que lazer Bicicletada: na Av. Paulista, reunião antes de pedalar

Fotos: Samira Menezes

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oloque um prazer no meio das pernas, ande de bicicleta!", exclama o paulistano Domingos Gatti, um dos freqüentadores da ONG Bicicletada. Apesar da brincadeira, a questão por trás da organização é bem séria.Trazida dos EUA para o Brasil há cinco anos, todos os meses a organização reúne diversos ciclistas com um único objetivo: mostrar que a bicicleta é uma alternativa viável para o transporte. Inspirado em um movimento conhecido como Massa Crítica (Critical Mass), que surgiu na década de 1990 nos EUA, a ONG defende a preservação dos recursos naturais e uma maior mobilidade para a população, além de uma melhora na qualidade de vida. "Ela (a Bicicletada) faz parte de um estilo de vida que busca o equilíbrio do homem com a sociedade e o meio ambiente. Muitos dos participantes são vegetarianos, praticantes de ioga, fazem trabalhos voluntários ou participam de ONGs ecológicas", afirmou Luis Claudio Brito Patrício, 30 anos e que há três dá suas pedaladas pelas ruas de Curitiba. Segundo Antônio Lacerda Mioto, que desde o ano passado se tornou um "cicloativista", essa é também uma forma de incentivar uma maior sociabilidade entre as pessoas. "As cidades são planejadas em função do carro, que se tornou uma casa móvel onde as pessoas se isolam da realidade. Quantas

praças, parques e outras áreas de lazer deixam de ser construídos para dar lugar a postos de gasolina e oficinas mecânicas?". Apesar das críticas de alguns motoristas, muitos participantes não acreditam que o carro deva ser abolido de vez, apenas usado de maneira consciente e quando for realmente necessário. Assim como a ONG, o site Bentivi também incentiva o uso da bicicleta. A home fornece serviços como o Wikirota, que fornece dados das melhores vias para os ciclistas, e a Permuta de Carona, que permite a usuários cadastrados dividir o carro com outras pessoas que moram na mesma região. Ricardo Peres, idealizador do projeto, diz que essa é uma ferramenta muito comum fora do País e lamenta a mentalidade de muitos paulistanos que não conseguem deixar o carro na garagem por preconceito. "Muitos acham que andar a pé, de ônibus ou de bicicleta é coisa de pobre". Mais informações: www.bicicletada.org • www.bentivi.com.br

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PRODUTOS

Sucos de

Soylait

Cranberry

Novo leite de soja em pó, da Jasmine, acaba de chegar aos supermercados ão quatro sabores da mais nova versão de leite de soja em pó: original, morango, cacau e frutas. O Soylait é o mais novo lançamento da Jasmine, empresa conhecida por uma série de alimentos naturais, integrais e orgânicos. Enriquecido com cálcio e vitamina D, pode ser consumido por adultos e crianças. Além disso, o lançamento contém fibras betaglutanas, as mesmas encontradas na aveia, que que ajudam na redução do colesterol, segundo o fabricante. Os sabores morango, cacau e frutas são light e a versão original não contém açúcar. O pote com 300g custa, em média, R$ 9,90 e já pode ser encontrado em todos os supermercados e lojas de produtos naturais do País.

Suco de fruta popular na América do Norte já pode ser encontrado no Brasil

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Mais informações: www.jasminealimentos.com.br • 0800-7018003

Matte Leão

egundo especialistas na área de saúde, a cranberry é capaz de tratar infecções urinárias. Do mesmo tamanho de uma acerola e tão vermelha quanto uma cereja, a cranberry chega ao Brasil pela empresa Juxx, que importa sua polpa dos EUA. Para alguns seu sabor é semelhante ao de uma pitanga, para outros é como uma uva mais ácida. De um jeito ou de outro, o gosto peculiar pode não agradar a todos, mas vale a pena provar. A Juxx garante que mantém todas as

Fotos: Divulgação

S

Mais informações: www.juxx.com.br • (11) 4208-4388

Três novos sabores desenvolvidos exclusivamente para o inverno ficarão à venda até o fim do ano

s novas versões surgiram com o intuito de amenizar o frio nos meses de inverno. No entanto, os novos sabores são tão agradáveis e perfeitamente adaptáveis ao clima quente, que a Matte Leão resolveu deixá-los à venda até o fim do ano. Amêndoas (R$2,50) e laranja com cravo e canela (R$5) vêm em embalagens com 25 e 15 sachês, respectivamente. De acordo com a empresa, se houver uma grande procura pelos produtos, os novos sabores passarão da lista de "edições especiais" para a de "produtos permanentes".

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propriedades encontradas na fruta, que também atua como antioxidante. Com tantas qualidades o preço do produto acaba ficando um pouco acima da média: dependendo do local, a embalagem de 1 litro pode custar até R$ 7,99. Ainda sem pontos de venda por todo o Brasil, a empresa tem representantes nas principais cidades do Sul e do Sudeste. Porém, pelo site da Americanas.com é possível receber a mercadoria em casa.

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Além das novas versões feitas à base de mate, a empresa que se dedica à fabricação da bebida há mais de 106 anos também oferece chás verdes nos sabores maracujá, maçã verde e limão. Em seu site, é possível ver todos os produtos disponíveis no mercado - desde latas especiais com 90 saches até bebidas prontas para consumo. No total, são mais de cem chás secos e de fácil preparação. Mais informações: www.matteleao.com.br • 0800 - 411210


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Senai Vegano Novidades em feira paulista vão desde pão de queijo sem queijo até alimentos funcionais com sabor de chocolate odos os anos, o SENAI-SP realiza a feira Inova Senai, cujo objetivo é incentivar e disseminar a produção tecnológica desenvolvida por estudantes da instituição. De robótica à panificação, o evento reúne todo tipo de engenhoca. E a edição deste ano, realizada entre 16 e 19 de agosto, estava repleta de boas novidades para os vegetarianos e veganos. Da Escola Senai José Polizoto, de Marília (SP), veio o "bombom prebiótico", projetado pelas jovens Geane Bovolin, Milena Nagay e Natália Garcia, com orientação da professora

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Valéria Brito. Com pesquisa e criatividade, as garotas atingiram o objetivo pretendido: o bombom prebiótico é feito com chocolate sem leite, adoçado com stevia e não contém glúten. "Os recheios são à base de uva-passa, banana-passa e proteína texturizada de soja, todos ricos em fibras e excelentes para quem quer perder ou controlar o peso", destaca Geane. Além dessa criação, a feira contou com a participação de outras invenções talentosas. Cientes do número crescente de veganos e de pessoas

alérgicas à lactose, os estudantes Aline Maciel, Jovelina Pereira, Paulo Farroni, Simaria Lemos e Suzan Panni inventaram um pão de queijo à base de soja, creme vegetal e polvilho. "Os ingredientes são 100% vegetais. Para deixar com gostinho e cheiro de queijo, usamos aroma artificial", conta Suzan. O grupo, que estuda na Escola Senai Horácio Augusto da Silveira, na capital paulista, incrementou o projeto com um delicioso recheio de amora feito com polpa congelada.


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Remédio da terra

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SAÚDE

Brócolis e couve-flor favorecem o tratamento de câncer de próstata. No Brasil, preconceito ainda dificulta o diagnóstico

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O estudo, realizado com 1.338 pacientes, durou pouco mais de quatro anos e concluiu que o consumo desses alimentos diminuiu em 95% a chance de progressão da doença. Mesmo os homens que comiam apenas uma porção de brócolis por mês foram beneficiados, mas não tanto quanto aqueles que comiam uma vez por semana. Para o urologista Roni Fernandes, da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU- SP), o tomate e a castanha-do-pará também são alimentos importantes para prevenir este tipo de doença, pois são ricos em licopeno e selênio, respectivamente. Segundo ele, atualmente 16% dos homens a partir dos 45 anos desenvolvem a doença e a cada

100 brasileiros diagnosticados, 30 morrem em decorrência dela. O médico alerta que esse câncer não se manifesta na fase inicial, mas suas conseqüências são graves. "Quando está no estágio avançado, os sintomas mais freqüentes são obstrução da saída da urina, dores e fraturas nos ossos e emagrecimento". Uma vez detectado, o câncer de próstata é tratado com radioterapia ou cirurgia. Apesar disso, Fernandes diz que no Brasil ainda existe preconceito em relação aos exames preventivos, que devem ser feitos entre 40 e 45 anos e incluem dosagem de sangue e toque retal. "Vivemos em uma sociedade machista onde culturalmente os homens não têm o hábito de se cuidar".

Ética e Experimentação Animal: Fundamentos Abolicionistas Lançado no dia 11 de agosto, o livro de Sônia T. Felipe aborda o tema da experimentação animal e as correntes filosóficas que defendem e dividem ativistas ligados à causa animal. Doutora em Teoria Política e Filosofia Moral, a autora iniciou sua obra durante o pós-doutorado em Bioética. 352 páginas. Onde encontrar: www.edufsc.com.br Preço: R$ 40

Tofu Mágico! Ana Maria Curcelli traz mais de 40 receitas com tofu. Segundo livro da série Cozinhando sem Crueldade, a obra desmitifica a idéia de que o "queijo" de soja é sem gosto. Usado como base para famosos pratos italianos, lanches, refeições sofisticadas e sobremesas, o tofu e as receitas da autora se mostram mais saborosos do que se imaginava. Além disso, as receitas são práticas e bem detalhadas. Onde encontrar: www.culinariavegetariana.com Preço: R$12

Fisiologia da Alma Com 352 páginas, a obra do mestre hindu Ramatís, psicografada por Hercílio Maez, desvenda a causa de enfermidades do corpo humano. O livro mediúnico traz perguntas e respostas do próprio mestre sobre alimentação vegetariana versus alimentação com carne, além de explicações sobre males da saúde, como o câncer. Onde encontrar: www.edconhecimento.com.br Preço: R$ 30

té julho de 2007, brócolis e couve-flor tinham apenas uma coisa em comum: pertenciam à família das Crucíferas, da qual também fazem parte a couve e o repolho. Porém, agora, os dois legumes também são reconhecidas pelo benefício que traz aos homens. Cientistas descobriram que ambos são capazes de auxiliar o tratamento do câncer de próstata. Publicada no Journal of the National Cancer Institute, a pesquisa foi comandada por Victoria Kirsch, do instituto Cancer Care Ontario, no Canadá.

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Livros


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Bebida

nada saudável Pesquisa alerta para os riscos do refrigerante. Obesidade e diabetes são sintomas de síndrome causada pelo excesso da bebida

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não tiveram mais dúvidas. Realizada com 6.154 pessoas na faixa dos 50 anos de idade, a pesquisa durou quatro anos e constatou que dos 4.095 participantes que consumiam menos de um copo de refrigerante por dia, 765 desenvolveram sintomas da síndrome metabólica. Já dos 2.059 pesquisados que relataram beber por dia mais de 300 ml de Coca-Cola, Pepsi, Sprite ou qualquer outra bebida gasosa, diet ou não, mais de 470 exibiram um quadro clínico complicado. Segundo os pesquisadores, durante o período de observação, as chances de uma pessoa desenvolver a doença foram de 48% nos casos em que o consumo era de mais de uma dose diariamente. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), no Brasil existem mais de 10 milhões de obesos, sendo que a maioria está concentrada na região Sudeste. Já nos EUA são mais de 130 milhões de pessoas acima do peso ou obesas, segundo a Associação de Controle de Peso (WIN). Mais informações: http://circ.ahajournals.org

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icou com sede? Então, pense bem antes de optar por um refrigerante. De acordo com um estudo feito nos EUA, a bebida favorece o desenvolvimento de problemas cardíacos e uma série de outras complicações. Publicada na revista do American Heart Institute, a pesquisa afirma que as pessoas que ingerem refrigerante diariamente estão mais propensas a desenvolver a síndrome metabólica, que, na verdade, é uma série de complicações clínicas. Segundo os médicos responsáveis pelo trabalho, da Universidade de Boston, entre as características da síndrome estão: diabetes, hipertensão, baixo nível do colesterol bom (HDL), circunferência abdominal acima da média – levandose em consideração idade, peso e altura de cada indivíduo – e obesidade. Apresentando três ou mais desses sintomas, a síndrome já pode ser diagnosticada. Foi justamente a desconfiança na relação entre refrigerante e obesidade que fez os pesquisadores levarem o estudo adiante. Depois de diversos relatórios médicos, tanto norte-americanos como europeus, apontarem um número crescente de crianças, adolescentes e adultos obesos, e um aumento no consumo da bebida, os estudiosos

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PROTEÇÃO ANIMAL

Contra a exploração Jovens ativistas marcam o mês de agosto. São Paulo e Piracicaba, no interior paulista, são palcos de protestos a favor dos animais á mais de dez anos, o mês de agosto é marcado pelo Mc Dia Feliz, campanha da rede McDonalds, e pela Festa de Peão de Boiadeiro de Piracicaba (cidade do

Ativismo: jovens em Piracicaba se opõem à crueldade

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interior paulista a 168 km da capital). Porém, jovens ativistas ligados à causa animal não deixaram as datas passarem em branco. Em 11 de agosto, Alejandra Katrina Cadenasso, 22 anos, reuniu cerca de 70 pessoas, na maioria jovens, para uma caminhada pelas ruas de Piracicaba em protesto à prática do rodeio. Segundo a jovem, que organizou tudo pelo Orkut e, junto com o grupo exibiu cartazes e distribuiu panfletos, a mensagem foi clara: "não somos contra o evento, e sim contra a exploração”. Já no dia 25 de agosto foi a vez da ONG Vegan Staff mostrar a que veio. Em São Paulo, o grupo reuniu aproximadamente 20 pessoas para

Mc Dia Feliz: protestar contra o protesto inusitado "McDia (In) Feliz". Os chama atenção em shopping ativistas prenderam paulista duas faixas a balões coloridos, cheios de gás hélio, e soltaram-nas em frente a uma das filiais da rede de lanches, na praça de alimentação do Shopping Santa Cruz. Com os dizeres "Mc Câncer" e "365 dias promovendo o câncer e em um vai combatê-lo?", as faixas causaram a reação do público que lotava o local. "O mais curioso foi ver que as pessoas que comiam no Mc Donalds também aplaudiram.Todo mundo sabia a verdade, mas ninguém queria parar para pensar", relatou Amir Abdul, 25 anos, um dos organizadores.

Mais informações: www.veganstaff.org

Notas

Primatas em paz

VERDES

Fim do Especismo

ONG fundada no exterior mantém santuários no Brasil

Programa na internet calcula a economia de recursos naturais

ONG gaúcha realiza protesto em frente a feira agropecuária

ONG GAP - Projeto de Apoio aos Grandes Primatas mantém santuários no Estado de São Paulo e em Curitiba.Voluntários cuidam de quase 70 animais em péssimas condições vindos de zoológicos, laboratórios ou mesmo das mãos de pessoas que os mantinham como animais de estimação. Para informações e doações acesse www.projetogap.org.br

uer saber o que você vai ganhar com a reciclagem do seu lixo? Acesse www.danilofiocco.com/verdes, baixe o programa VERDES (Viabilidade Econômica da Reciclagem dos Resíduos Sólidos) e descubra as vantagens desse hábito ainda pouco corriqueiro entre os brasileiros. Com o VERDES, é possível calcular o quanto a região ou a cidade onde você vive pode economizar com a reciclagem.

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em a chuva conseguiu estragar o protesto. Cerca de 40 ativistas ligados ao Grupo pela Abolição do Especismo (GAE), de Porto Alegre, manifestaram-se no dia 25 de agosto contra a escravidão animal durante a Expointer que desde 1972 realiza exposição de animais e provas em que suas habilidades são testadas. Para mais informações, acesse www.gaepoa.org


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Aula de ética Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, é a primeira a abolir o uso de animais em sala de aula. Opinião entre os alunos é divergente

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continuarão com a prática. Entre os alunos, a opinião da maioria é de que a proibição chegou em boa hora. Para a estudante do 3º ano de Medicina Júlia Caroline Teixeira de Sousa, 22 anos, não havia necessidade de continuar sacrificando os bichos. "Durante as aulas, o que mais chamava a atenção era o sofrimento deles. Tem muito procedimento que está especificado há muito tempo nos livros". Já Karina Brunetti, também de 22 anos, acredita que qualquer forma de abuso deve ser banida, mas com ressalvas. "As respostas mais básicas estão nos livros, mas para testar novos medicamentos acho necessário usar animais". A estudante informou que alguns colegas são contra a a medida porque acreditam que seja "mais fácil gravar a matéria na memória". Apesar disso, a experiência de instituições de ensino no exterior, que optaram pelo uso de métodos substitutivos, mostra o contrário. Pelo fato da ausência do estresse causado com a morte do animal, os alunos acabam retendo mais o conteúdo exposto em sala de aula. Cobaias: cachorros e ratos serão substituídos por bonecos importados

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o dia 17 de agosto, a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), na Grande São Paulo, acabou de vez com uma prática muito comum no Brasil. A partir desta data, todos os cursos de graduação da instituição deverão abolir o uso de animais vivos em sala de aula. De acordo com o diretor da FMABC, o dermatologista Luiz Henrique Camargo Paschoal, em vez de ratos e cachorros, os alunos passarão a utilizar métodos substitutivos, como bonecos desenvolvidos no exterior que simulam as reações do corpo humano durante uma cirurgia e programas tecnológicos especiais. Apesar de considerar a decisão uma medida para acabar com uma discussão entre professores que já dura a mais de seis anos, tempo em que está na diretoria da faculdade, Paschoal afirma que a mudança terá um custo alto. "Gostaria que as associações de proteção animal e as pessoas que lutam por isso pensassem numa maneira de nos ajudar porque não posso repassar esse gasto para a mensalidade dos alunos". Ainda sem saber quanto exatamente vai gastar e quando a nova aparelhagem vai chegar, o diretor diz que existe um valor muito maior que é a formação do estudante. "Acredito que essa nova tecnologia formará, sim, bons médicos". Paschoal lembra que somente os cursos de graduação não utilizarão mais animais. Os cursos de pós que envolvam pesquisas


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PERFIL

Ana Cláudia Albach:

cidadania, respeito e educação Ela superou as discriminações do passado e hoje divulga o vegetarianismo em um dos lugares onde ele mais deveria estar presente: nas salas de aula

uando percebemos o grau de desumanização da sociedade, vemos que a arte na educação pode ajudar no processo de reconstrução de uma identidade humana". A frase não poderia vir de outra pessoa senão de um educador. Neste caso, de uma professora paranaense determinada em seu propósito: divulgação do vegetarianismo por meio da educação e trabalhos artísticos. Consciente das mazelas da sociedade, Ana Cláudia Albach, de 45 anos, se propôs a desempenhar seu papel e realizar algo pela vida. Vegana há pouco mais de dois anos, Ana usou sua formação pessoal e intelectual para pôr em prática o projeto Educação Ambiental, Arte e Cidadania, sobre os males da indústria da carne. Destinado a estudantes de 16 e 17 anos da rede pública de ensino, o programa pretende não apenas por fim à desinformação em relação ao

O Nome: Ana Cláudia Alb a ch Idade: 45 anos Profissão: Educadora Vegana: nã o come ca rne há 13 anos. Ve gana há do is. Onde atua : coordena dora do pro Ambiental, jeto Educa Arte e Cida ção dania

movimento vegetariano, mas também quebrar barreiras socioculturais tão arraigadas no Brasil. "A escola reflete os conflitos de interesses existentes na sociedade, que está polarizada entre uma minoria com renda monumental e uma maioria miserável, e que segue um modelo político e econômico em que o lucro e a produtividade estão acima de tudo". A postura crítica diante do mundo começou a se firmar como uma de suas características quando, aos 20 e poucos anos, se sentia constrangida por colegas alheios ao significado do vegetarianismo. "Pelo fato de o consumo de carne ser um hábito tão naturalizado na nossa sociedade, enfrentamos situações desconfortáveis e, muitas vezes, você é humilhado por essa opção alimentar. Os amigos foram se afastando, mas o mais grave veio de colegas de trabalho e de pessoas estranhas que discriminavam por meio de comentários depreciativos". A tentativa de se tornar

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SOU VEGE TARIAN

Ana Cláudia e seus alunos: em Curitiba, aulas de respeito à vida

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vegetariana deu lugar a um "processo de amadurecimento" que Ana considera essencial para a formação de indivíduos mais humanizados. "Com o tempo, fui percebendo que corpo e mente sofrem influências do ambiente e do hábito alimentar que adotamos. A alimentação livre de carne pode facilitar a sintonia com energias espirituais mais sutis". Convicta de sua escolha, Ana Cláudia resolveu arregaçar as mangas e ir atrás daquilo que acredita fazer a diferença: educação. No final do ano passado, elaborou seu projeto e buscou instituições de ensino que se interessassem pelo programa.Visitou três escolas da rede pública de Curitiba, onde mora atualmente, e apenas uma – Colégio Estadual Professor José Guimarães – aceitou sua proposta. "Em função da minha formação e experiência profissional como professora de Artes e Música, acabei por integrar a arte em questões relativas ao meio ambiente e à cidadania." Nos encontros que acontecem semanalmente, além das atividades artísticas, Ana exibe filmes como A Carne é Fraca, do Instituto Nina Rosa, e trata dos problemas ambientais provocados pela pecuária.Tudo voluntário. Afirma que em breve irá procurar parcerias. "Todos nós temos muito a fazer e a aprender, e isso requer uma revisão de valores, de atitudes e uma mudança da Educação".


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ENTREVISTA

Arquivo Pessoal

Ética à prova Doutora em bioética, a professora de filosofia Sônia Felipe fala sobre valores morais Por Samira Menezes mpossível falar sobre ética e abolição animal sem citar o nome de Sônia Teresinha Felipe, de 52 anos. Doutora em Teoria Política e Filosófica pela Universidade de Konstanz, na Alemanha, com pós-doutorado em Bioética-Ética Animal pela Universidade de Lisboa, atualmente ministra aulas no Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Estado onde nasceu. Autora do livro Ética e Experimentação Animal, Sônia é vegana há dez anos e nesta entrevista dá uma lição sobre ética.

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Em que momento da sua vida percebeu que havia algo errado com os valores éticos em relação aos animais na nossa sociedade? Durante o mestrado na PUC de Porto Alegre tive oportunidade de conhecer a concepção filosófica budista. A compreensão do princípio de ahimsa (não-violência) foi para mim reveladora da brutalidade na qual estávamos sendo formados. Os jainistas, com sua concepção radical da não-violência, foram, para mim, os seres humanos mais instigantes. Mesmo não tendo qualquer informação mais aproximada de seu estilo de vida, o fato de saber que eles chegavam a pôr um pano sobre o nariz e a boca para evitar inalar ou engolir seres vivos minúsculos intrigava, pois na década de 70 esta era uma forma de radicalidade da qual ninguém falava. Ser coerente a esse ponto, parecia-me algo revelador. Ali começava minha trajetória mental em direção ao veganismo. O termo especismo só pode ser utilizado no caso do preconceito do animal humano em relação ao

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animal não-humano? Quando falamos em preconceitos, estamos nos referindo a uma forma de conceber as coisas distorcida por algum traço que discrimina um ser para favorecer outro. Neste sentido, só podemos usar o termo para designar a forma pela qual seres humanos rebaixam os animais para melhor poderem se aproveitar deles. Mas, quando se luta pela abolição do preconceito especista, é importante saber que mesmo quem é contra o especismo elitista (o preconceito que discrimina o sofrimento dos animais justificando que eles não têm consciência, linguagem, pensamento nem racionalidade) pode acabar por eleger uma determinada espécie animal para defender e continuar indiferente ao sofrimento de todos os outros animais. Esta segunda forma de especismo não é elitista, mas, eletiva. Isto é, um tipo de animal, geralmente o predileto, é eleito como objeto digno de proteção, enquanto os demais continuam entregues à brutalidade humana. Algumas pessoas sugerem que os vegetarianos são especistas porque comem vegetais, que também são seres vivos. É preciso concordar com o que eles dizem, que também comemos algo vivo, mas discordar do termo: seres vivos. Uma coisa é "estar vivo" e outra é "ser vivo". No segundo caso, supõe-se que uma mente se forma para orientar e acompanhar o processo vital, dando então àquele organismo uma espécie de autonomia para continuar vivo. As árvores, as plantas, os insetos, os pássaros, os répteis e mamíferos, via de regra, são organismos auto-orientados para seu provimento e sobrevivência. São, pois, seres vivos. Mas os frutos, os cereais, as sementes e grãos, embora estejam vivos, no sentido de que mantém processos físico-químicos de produção e absorção energéticos, não são vivos no mesmo sentido em que os animais. O que lhes acontece passa imediatamente em seu sistema RevistaVegetarianos.com.br

orgânico, não Sônia Felipe: para a pesquisadora, ser restando no lugar do ético é uma processo qualquer escolha de vida imagem ligada a emoções, pensamento e consciência. Por esta razão, comer um tomate ou uma maçã é uma coisa, pois estão vivos no sentido energético e biológico, mas sua vida não se fez acompanhar de uma mente qualquer. Quando matamos um animal, pelo contrário, não damos cabo apenas do seu corpo biológico. Também exterminamos ali a mente sensciente que os guiou em vida até aquele momento. Derrubar uma mangueira, no meu entender, já se assemelha mais a matar um animal. Mas, comer seus frutos maduros, não. Precisamos nos alimentar do que é vivo. Se não comemos os vegetais maduros ou os frutos, grãos e sementes, sua energia vital não será aproveitada de qualquer modo, no máximo pode nutrir o solo. O mesmo não se pode pensar dos animais que matamos. Se precisamos matá-los é porque eles não tinham ainda concluído seu processo vital. Como definir uma pessoa ética? Uma pessoa que decidiu questionar os padrões de seu tempo e aplicar os princípios da não-violência e da benevolência em todas as suas ações e decisões, sabendo que aprenderá a fazer isto até sua morte. Uma pessoa ética não permite que seu corpo e sua mente contribuam para a violência que impera contra humanos, animais e ecossistemas. Ela leva isto a sério e não transige em relação a si mesma, embora possa por vezes silenciar seu juízo sobre os que não fazem a mesma coisa.


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Os vegetarianos podem ser considerados mais éticos do que os onívoros? Na sua percepção da responsabilidade em relação ao sofrimento de animais não-humanos e à devastação ambiental resultado da produção de animais para alimentar humanos, os vegetarianos éticos (há vegetarianos dietéticos, fashion) são mais éticos do que os onívoros. No entanto, mesmo no movimento vegetariano, há pessoas que não são éticas nos demais âmbitos de suas vidas. Podem tirar a carne de seu prato e com isso achar que já alcançaram uma pureza espiritual, que não tem necessariamente a ver com a dieta alimentar. Há uma dieta própria do espírito que nem todo vegetariano segue. A diferença entre os vegetarianos e os onívoros é que os primeiros tomam a decisão de ser éticos e começam a praticá-la em relação aos seres que lhes parecem mais vulneráveis à brutalidade humana: os animais fabricados e abatidos pela indústria da carne e derivados. Os onívoros continuam indiferentes à sorte dos animais, e se iludem achando que podem ser bondosos com sua família e amigos, mas que não é preciso ser gentil com seres de aspecto físico distinto. Em uma entrevista para o Pensata Animal, você afirma que nossa tradição moral está baseada nos interesses dos agentes morais (pessoas capazes de distinguir entre o certo e o errado) e que isto precisa ser revisto. Em algum momento da história, a tradição moral levou em consideração os interesses dos pacientes morais (sujeitos incapazes de se responsabilizar pelos atos)? Mesmo que até o presente momento de nossa história ainda não tenhamos seguido uma moral que adota a perspectiva do paciente como referência para decidir o que é certo ou errado, chegou o momento de o fazermos. Se nossos antepassados não tinham condições de pensar a questão deste modo, nós já temos. Persistir no erro de achar que a referência para saber se estamos fazendo o bem ou o mal aos outros é a nossa noção desse bem e desse mal não nos levará a qualquer acerto, pois justamente isto é o que foi feito até hoje. Os interesses humanos determinaram sempre o que deve ser julgado certo ou errado. Sabemos, hoje, que os humanos nem sempre se interessam pelo que é bom. Somos seres que não apenas se interessam pelo que lhes faz mal como também pelo que

prejudica outros e lhes traz benefícios. Se somos capazes de compreender nossa pequenez moral, e perceber o tamanho do sofrimento que infligimos aos animais com nossos hábitos devoradores e predatórios, não resta outra saída, a não ser decidir “desassinar” o contrato moral no qual fomos formatados e refazer com os animais e ecossistemas um contrato em outros termos. O que fazemos a eles interessa a eles. Se for para o seu bem, então fazemos o que é bom, para eles. Esta é a finalidade da ética. Pela definição de pacientes morais, pode-se concluir que os animais não-humanos se encaixam nessa condição. Quem mais pode ser considerado paciente moral? Todos os organismos vivos para os quais o fato de estarem vivos implica em risco permanente, imposto pelos seres humanos, perderam as condições ambientais nas quais podem "estar bem" em vida. Árvores, florestas, ecossistemas naturais, comunidades bióticas podem estar bem ou podem ser destruídos pela voracidade humana. Na medida em que a ação dos humanos pode afetá-las, para o bem ou para o mal, elas se enquadram no estatuto de pacientes morais.

Uma pessoa ética não permite que seu corpo (...) contribua para a violência que impera contra humanos, animais e ecossistema

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Em muitos casos, pequenos agricultores possuem uma ou duas vacas para obter leite e vender na região onde vivem, por exemplo. Como implementar o vegetarianismo em casos como esses, em que o produto animal acaba se tornando um meio de sobrevivência? A primeira questão a ser abordada é a do alimento destinado a estes animais. Se o agricultor consegue sustentar as vacas, isto significa que ele tem um pedaço de terra no qual planta e colhe os alimentos que precisa dar a elas. Este mesmo pedaço de terra pode então ser cultivado com uma variedade de outras espécies vegetais destinadas a alimentar o ser humano. Acho que a maior barreira para fazer-se a transição para o vegetarianismo é a ditadura assombrosa RevistaVegetarianos.com.br

do carnivorismo, sob a qual vivemos, em termos de dieta alimentar. Se houvesse estabelcimentos oferecendo produtos e alimentos de origem vegetal saborosos, penso que milhões de pessoas, no Brasil, fariam a transição para este tipo de alimentação, enquanto outras tantas reduziriam o consumo de produtos oriundos da indústria da carne. A economia de mercado pode ser mais forte do que a tradição moral? Ou ambas se relacionam para formar uma comunidade moral? O mercado não existe a não ser pela atividade de consumo humana. Esta, por sua vez, pode ser redefinida por padrões morais críticos, se não para todos de uma só vez, pelo menos por um grupo pioneiro que acaba mostrando, com sua própria biografia, que se pode viver bem e com saúde, comendo estritamente o que não passa pelo sofrimento e morte de animais. O trabalho deve ser intenso e sem pausa, além de criativo. Algumas pessoas não se convencem lendo entrevistas, mas podem convencer-se provando receitas veganas. Cada um tem sua própria mente, seus próprios arquivos, que não são os mesmos para todos. Qual a melhor maneira de tentar mudar a tradição de exploração animal? Realizando protestos, tentando implementar leis, divulgando o vegetarianismo... Não há uma fórmula única que possa dar conta disso. O que é certo que esta tradição só será abolida no dia em que as pessoas pararem de fazer o que hoje fazem com tanta naturalidade. Para isso, é preciso que percebam o quanto vivem enganadas por seus próprios conceitos morais. Para que o percebam, podem ser necessárias intervenções sistemáticas, constantes e cada vez mais claras, pois as mensagens também podem ficar bloqueadas em algum canto da memória. Não tenho nenhuma ilusão com relação a leis em nosso país. Elas são necessárias, mas não suficientes. Acho que todas as formas de lutas são indispensáveis, hoje, no Brasil. Se alguém não pode lutar de um modo, pode de outro. Não poder tudo, escreve Tom Regan em Jaulas Vazias, não quer dizer que não pode nada. Cada um pode adotar uma forma de luta. É na somatória que nos fortalecemos. Deve-se cuidar somente para não começar a fazer as coisas de modo equivocado, pois corrigir os erros dá mais trabalho do que exercitar-se bem até começar a performance na luta abolicionista.

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Vegetais: mais saúde para o seu Médicos e nutricionistas mostram por que a dieta vegetariana é tão eficaz na prevenção e combate às doenças cardiovasculares

coração Por Viviane Pereira

um-tum, tum-tum, tumtum. Ele bate compassadamente fazendo o sangue rico em oxigênio circular por todo o nosso corpo. Um pequeno órgão, do tamanho aproximado de uma mão fechada, tem papel fundamental na manutenção da vida. Órgão vital do corpo humano, ele já chegou a ser considerado a base para determinar a morte: a parada cardíaca representava o fim da vida. Com o passar do tempo e os avanços tecnológicos, perdeu lugar para o cérebro nesse papel de ter o poder sobre a vida e a morte; surgiu a ressuscitação cardíaca, foram criados equipamentos que prolongam seu funcionamento, mas nem por isso ele deixou de ser fundamental para a vida humana. Representado simbolicamente como o centro das emoções, o coração nem sempre é tratado com a devida importância que tem em nossa saúde. Talvez por estar no meio do peito, escondidinho, não demonstrar tão facilmente dor ou

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desgaste, sofre toda sorte de abusos. Excessos, principalmente na alimentação, são cruciais: gorduras, frituras e tantos outros itens podem provocar sérios problemas cardiovasculares, com entupimento das artérias e outras conseqüências que colocam em risco a vida e a qualidade do viver. Dentro desse cenário, estudos têm demonstrado que optar por uma dieta sem componentes animais pode ajudar, e muito, a saúde cardiovascular, evitando problemas futuros e garantindo uma vivência mais saudável no presente. Quem não decide retirar os animais da alimentação pensando no mal que provoca aos bichinhos pode ao menos tomar essa decisão pensando nos malefícios que se alimentar dos animais provoca à própria saúde. Essas constatações demonstram que uma dieta vegetariana não poupa só a vida do animal, mas também a de quem faz essa opção para que o coração possa continuar saudável, vivaz, batendo firme e forte, sem parar.

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COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA Estudos e pesquisas indicam que vegetarianos apresentam melhor saúde cardiovascular, menos colesterol ruim e têm um coração mais saudável. Essa relação "vegetarianismo e coração mais saudável" é explicada não só pela retirada da carne da dieta, mas pelo tipo de alimento que o vegetariano costuma ingerir para completar as calorias diárias. "As dietas vegetarianas oferecem um grande número de vantagens, incluindo menores níveis de gordura saturada, colesterol, proteína animal e maiores níveis de carboidratos, fibras, magnésio, folato, antioxidantes como vitamina C e vitamina E, betacaroteno e fitoquímicos", esclarece Julio César Acosta Navarro, médico cardiologista da Unidade de Emergências do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Navarro pôde comprovar os benefícios do vegetarianismo para o


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Resultados do Estudo Abaixo, os principais resultados do estudo realizado pelo cardiologista Julio César Acosta Navarro em conjunto com Bruno Caramelli, George Guimarães, Márcia Martins e Silvia Prado

A média da pressão arterial sistólica nos VEG (101 mmHg) foi significativamente menor que nos SVEG (116 mmHg) e nos onívoros (121 mmHg) A média da pressão arterial diastólica nos VEG (72 mmHg) foi significativamente menor

que nos SVEG (79 mmHg) e nos onívoros (81 mmHg) A média de colesterol total sérico nos VEG (168 mg/dL) foi significativamente menor que nos onívoros (188 mg/dL) A média de LDL-C (colesterol ruim) nos VEG (93 mg/dL) foi significativamente menor que nos onívoros (107 mg/dL) A prevalência de hipercolesterolemia (colesterol total >200 mg/dL) foi significativamente maior no grupo onívoro (41 %) em relação ao grupo SVEG (17 %) e

ao grupo VEG (22 %)

A prevalência de hipertensão arterial (pressão arterial >140/90 mmHg) foi significativamente menor no grupo VEG (0%) em relação ao grupo SVEG (10 %) e ao grupo onívoro (22 %). VEG é o que não consome produtos contendo carnes SVEG ou semivegetariano é aquela pessoa que inclui consumo ocasional de carne, de uma a três refeições por semana mas com dieta predominantemente vegetariana.

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Em comparação a onívoros,ovo-lacto vegetarianos e veganos tiveram níveis de colesterol sanguíneo 14% e 35% menores,respectivamente Julio César Navarro

coração no estudo que realizou para sua tese de doutorado, defendida em 2002. Para sua tese, o médico tomou por base o primeiro estudo de que se tem notícia na América Latina sobre o tema, abarcando diretamente a dieta vegetariana. Realizado em Lima, Peru, em 1997, e publicado na revista médica Annais Paulistas de Medicina e Cirurgia, o estudo aponta para menores fatores de risco cardiovasculares e prevalência de hipercolesterolemia e hipertensão arterial em uma população de peruanos VEGs comparados a indivíduos SVEGs e onívoros (veja o significado de VEG e SVEG no quadro da página 21). "Esta pesquisa abriu as portas para a idéia de um estudo mais abrangente no Brasil, que foi este relacionado à minha tese de doutorado pela FMUSP, no Instituto do Coração", comenta Navarro. O objetivo de sua pesquisa era comparar a prevalência de fatores de risco cardiovascular entre indivíduos VEG, SVEG e onívoros. O estudo de Navarro foi feito com

136 de 1.345 voluntários da Igreja Adventista de São Paulo que preencheram os critérios de inclusão. Os voluntários, na faixa etária de 20 a 55 anos, foram divididos em três grupos, com 65 pessoas no grupo VEG – não consumo de carnes; 30 SVEG – de 1 a 3 refeições de carne por semana; e 41 onívoros – consumo diário de carne. Todos foram avaliados e comparados por exames electrocardiográficos, de pressão arterial, avaliações de concentrações sangüíneas de lipídeos e glicose, e achados antropométricos. A principal conclusão do estudo foi que os indivíduos VEGs estão expostos a menos fatores de risco cardiovascular quando comparados a onívoros, e os SVEGs estão num nível intermediário de exposição (veja detalhes no quadro Resultados do Estudo, na página 21). Navarro explica que o estudo também demonstrou – considerando o Score de Framingham, que avalia o risco de doença cardiovascular de acordo com a presença ou não de certos fatores de risco – que no caso dos homens, o

Alimentos para o coração vegetariano São bem conhecidos os alimentos que fazem mal ao coração, mas nem sempre sabe-se quais os alimentos que ajudam a manter a saúde cardíaca e que não deveriam faltar na dieta. Veja aqui quais são eles:

Alimentos ricos em fibra de forma geral Cereais integrais, especialmente os que têm mais fibra solúvel, como aveia e cevada Azeite de oliva prensado a frio Óleos poliinsaturados – vegetais Oleaginosas – deve-se comer um punhado três vezes

por semana Frutas e verduras – tem potencial protetor e antioxidante Linhaça – ajuda a reduzir os triglicérides Berinjela – exerce um forte poder contra as doenças coronarianas Vinho Tinto – tem muito resveratrol, considerado um verdadeiro "solvente" das placas de ateroma dentro das artérias coronarianas Kombuchá (Acetobacter aceti) e o Kefir (colônia de fungos)* – são considerados ótimos complementos no dia-a-dia contra o colesterol e as doenças cardiovasculares. Soja – a proteína e a

isoflavona da soja combinadas previnem doenças cardiovasculares Suco da fruta Morinda citrifolia ou Noni – considerado pela ciência como o suco que contém a maior quantidade de componentes antioxidantes. Combate o colesterol e triglicérides prevenindo as doenças cardíacas.

(*) Vinholis avisa que quem necessitar de uma muda do Kombuchá e do Kefir (da água) pode procurar a Sra. Nancy no Rio de Janeiro pelos telefones (21)2413-4062 ou 9361-3204.

Fonte: médico especialista em nutrologia Eric Slywitch, nutricionista George Guimarães e médico/cientista Augusto Vinholis

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risco médio de desenvolver cardiopatia coronária nos próximos dez anos para os indivíduos VEGs foi menor que para os onívoros; e o risco relativo de desenvolvimento da mesma doença foi menor tanto nos indivíduos VEGs quanto nos SVEGs em comparação com os onívoros. "Em outras palavras, baseado em evidências científicas, pode-se supor que indivíduos VEGs e, em menor grau, SVEGs terão mais chances de sobreviver a morte por cardiopatia coronária em comparação a indivíduos onívoros", resume.

BENEFÍCIOS Comprovando os benefícios do vegetarianismo para o coração, Navarro cita o resultado de cinco estudos prospectivos envolvendo mais de 76 mil pessoas. Os resultados demonstraram que a morte por cardiopatia coronária foi 31% menor entre os VEGs homens, comparados com os onívoros, e 20% entre mulheres vegetarianas, em comparação com onívoras. "As taxas de morte também foram menores para os vegetarianos, comparando com os indivíduos SVEGs. Entre Adventistas do Sétimo Dia, homens VEGs tiveram 37% de redução de risco de desenvolver cardiopatia coronária comparados com onívoros. No único estudo incluindo veganos, o risco foi ainda menor entre homens veganos comparados a indivíduos lacto-vegetarianos". Para o cardiologista, há vários fatores


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Com estas constatações, o médico destaca que os trabalhos mais recentes apontam que o vegetarianismo é indicado para evitar problemas e no tratamento de doenças cardíacas, mas a dieta semivegetariana (reduzindo o consumo de carne) pode levar a menores fatores de risco de doenças cardiovasculares, se comparada à dieta onívoras. "Em outras palavras, a dieta SVEG seria uma ponte para a dieta VEG".

CAUSA MORTIS Atividade física: a opção pela dieta vegetariana geralmente vem associada a mudanças no estilo de vida

na dieta vegetariana que podem justificar esses resultados, como colesterol, gordura saturada, fibra dietética, antioxidantes, etc. "Diversos estudos têm constatado que em comparação a onívoros, ovo-lacto vegetarianos e veganos tiveram níveis de colesterol sangüíneo 14% e 35% menores, respectivamente. Outros fatores na dieta vegetariana podem também afetar os níveis de colesterol, como o fato de que o consumo de gordura saturada ser consideravelmente menor entre vegetarianos comparados a onívoros; ainda, os veganos têm a menor proporção de gorduras saturadas/poliinsaturadas". Quanto às fibras, o cardiologista registra que vegetarianos consomem entre 50% a 100% mais fibras que onívoros. "Fibra solúvel pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares reduzindo os níveis de colesterol sanguíneo. Com respeito às vitaminas antioxidantes, os VEGs têm maior ingestão de vitaminas C e E, as quais podem reduzir a oxidação do LDL-C".

Navarro explica que as doenças cardiovasculares representam a principal causa de doenças e mortes tanto no Brasil quanto nos países do Primeiro Mundo. "Agora é sabido que há vários fatores implicados nas causas das doenças cardiovasculares e a dieta é um deles. Dietas vegetarianas têm sido associadas com risco reduzido de mortalidade por cardiopatia coronária (manifestada por angina, infarto cardíaco ou morte súbita) e risco reduzido de alguns fatores de risco estabelecidos para a doença, tais como pressão sanguínea alta, perfil lipídico desfavorável, obesidade e alterações nos fatores hemostáticos (níveis plasmáticos aumentados de fibrinogênio e adesividade plaquetaria)". Além de a dieta vegetariana ter grande importância na prevenção desse tipo de doença, ela também é considerada relevante no tratamento de doentes cardiopatas. Sobre este tópico, o cardiologista ressalta que foram publicados diversos estudos que destacam a dieta vegetariana como parte do tratamento, associada a outros fatores, como mudanças de estilo de vida com inclusão de atividade física e meditação, por exemplo. "Há casos que comprovam a melhora clínica com

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confirmação arteriográfica (através de cinecoronariografia) de reversão das placas ateroescleróticas em artérias coronárias. Outros estudos também mostraram que quando indivíduos onívoros são colocados num regime de dietas vegetarianas, a pressão sanguínea é reduzida". Essas informações e constatações do estudo fazem parte do livro publicado por Navarro, chamado Y Dios tenía razón...Las bases cientificas del vegetarianismo. Dividida em nove capítulos, a obra trata aspectos da prevenção e tratamento de doenças crônicas cardiovasculares, digestivas, renais, metabólicas (como diabetes mellitus, dislipidemias), câncer de diversos órgãos (intestino, estômago, pâncreas, próstata, mama, etc.), doenças infecciosas e imunológicas. "O último capítulo abarca considerações genéticas, antropológicas e sociais do que significaria uma mudança da sociedade para uma dieta vegetariana e sua transcendência para a humanidade com respeito a fenômenos biológicos como o envelhecimento e a evolução da espécie humana".

FATORES POSITIVOS As vantagens qualitativas que o vegetariano tem na saúde coronária são conseqüências de fatores positivos da dieta adotada. Vale lembrar que a dieta vegetariana estrita – sem consumo de qualquer alimento de origem animal – não contém colesterol, pois esta substância só é encontrada em alimentos de origem animal. Entre os fatores positivos apontados na

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dieta vegetariana, o médico especialista em nutrologia Eric Slywitch, responsável pelo departamento de medicina e nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira, chama atenção para o tipo de gordura que os vegetarianos ingerem. "Via de regra, os vegetarianos ingerem menos gorduras saturadas – que não são boas – porque essas gorduras são mais presentes nos alimentos de origem animal". Como comprovação ele cita um estudo de 2005, de Rossel e colaboradores, apontando que onívoros ingerem 11,9% de gorduras saturadas, contra 8,7% dos vegetarianos e 4,9% dos veganos. A recomendação de ingestão desse tipo de gordura é de 7%. "Por outro lado, com isso aumenta a ingestão de gorduras poliinsaturadas – ômega 3, mas principalmente o ômega 6. Estas gorduras costumam reduzir o nível de colesterol, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, porque o colesterol alto é um dos fatores de risco para essas doenças". A maior quantidade de ingestão de fibras dos vegetarianos é outro benefício, já que as fibras atuam levando para as fezes o colesterol e gorduras que não são benéficas. Slywitch fala de outra vantagem das fibras – principalmente as fibras solúveis. "No intestino grosso, as bactérias começam a fermentar essa fibra. Neste processo de fermentação, acontece a produção de uma substância, um composto de ácidos

Estudos apontam que 13% dos vegetarianos têm hipertensão contra 42% dos onívoros

graxos de cadeia curta; esses ácidos são absorvidos, vão para o sangue e chegam ao fígado, quando têm a característica de modular a produção de colesterol". Esse aspecto é importante porque o fígado produz cerca de 80% do colesterol que está no sangue; os outros 20% vêm da dieta. "Esses ácidos graxos chegam ao fígado e 'falam' para ele produzir menos colesterol. As fibras serão as precursoras dos ácidos graxos de cadeia curta". O médico cita outro ponto importante, que é o fato de os vegetarianos terem menos ingestão de ácidos graxos trans. "Esses ácidos implicam no aumento do risco de doenças cardiovasculares; eles têm o potencial de acelerar o processo de arterioesclerose". Vegetarianos costumam incluir em sua dieta alimentos que têm maior potencial antioxidante, como vitamina C, betacaroteno, selênio, zinco e manganês. Esses elementos ajudam a defender o organismo contra os radicais livres, que causam lesões nas células. Slywitch explica que não há como deixar de produzir os radicais, já que eles vêm através do oxigênio que respiramos. "Quando o radical livre se forma, temos de proteger o corpo; o problema para o sistema cardiovascular é que ele estraga a gordura que está circulando

Alimentação: vegetarianos têm ingestão maior de alimentos com antioxidantes

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Eric Slywitch

e ela pode se depositar nos vasos sanguíneos com mais facilidade. A falta de defesa contra radicais livres aumenta o risco de acontecer esse processo. Os estudos demonstram que vegetarianos têm ingestão maior de alimentos com antioxidante". A obesidade, outro fator de risco para doenças do coração, tem menor prevalência entre os vegetarianos, conforme apontam os estudos. Slywitch cita ainda outros itens que aparecem nos estudos como vantagens dos que optam por uma dieta vegetariana, como menores níveis de pressão arterial, graças a uma maior vasodilatação. O médico explica esse tópico: "Digamos que há cinco litros circulando entre coração e vasos. Se você pega os vasos e dilata, a pressão no coração cai. Se fizer o contrário, se contrair, a pressão fica maior. Os vegetarianos têm resposta melhor a essa vasodilatação; o vaso consegue dilatar com mais facilidade, por isso a pressão costuma ser mais baixa. Como resultado, vemos estudos apontando que 13% dos vegetarianos têm hipertensão, contra 42% dos onívoros". Como muitos vegetarianos fizeram essa opção para ter uma boa saúde, percebe-se que as pesquisas indicam que eles realizam mais atividade física, tendem a fumar menos e comer mais alimentos saudáveis, funcionais. Fator de risco para doenças cardiovasculares, o diabetes é encontrado mais entre onívoros do que vegetarianos. "Onívoros têm o dobro de diabetes do que os vegetarianos. Uma das explicações para esse fato seria a obesidade; outra explicação é o consumo básico de fibras".


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FATORES NEGATIVOS Apesar de apresentar mais pontos favoráveis à saúde do que desfavoráveis, a dieta vegetariana – principalmente quando não é bem administrada – tem pontos negativos que devem ser motivos de mais cuidados. O médico chama atenção para o fato de os vegetarianos apresentarem níveis mais baixos de vitamina B12. "A homocisteína é conseqüência do baixo nível de B12. Esse composto é fator de risco para doenças cardiovasculares, porque está associado com mais oxidação". Para manter em equilíbrio os níveis de B12, o vegetariano precisará acompanhálos através de exames de sangue e fazer a suplementação quando for necessário. Slywitch recomenda que os veganos – que não consomem qualquer alimento de origem animal – façam sempre a suplementação. O equilíbrio entre ômega 3 e ômega 6 é outro ponto negativo que exige atenção do vegetariano; uma quantidade maior de ômega 6 dificulta a conversão de ômega 3 em ácidos graxos EPA e DHA. "O vegetariano, que tem o ômega 6 maior, por conta dos alimentos que ingere, precisará incluir mais alimentos ricos em ômega 3, pois ele tem efeito protetor, deixando o sangue menos coagulável. O risco de o sangue ficar muito coagulável é fazer um trombo e entupir a veia", comunica. Para alcançar esse equilíbrio, basta incluir na dieta alimentos ricos em ômega 3, como a semente de linhaça. Com a retirada da carne, além da exclusão de um item rico em gordura e colesterol, o vegetariano costuma ingerir mais alimentos ricos em

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...a dieta vegetariana é útil também no tratamento,porque se mostrou mais eficaz que o uso de medicamento

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George Guimarães

fibras, alimentos funcionais e cereais integrais para suprir a quantidade necessária de calorias diárias. É o que o nutricionista George Guimarães, diretor da Nutriveg, empresa de consultoria em nutrição vegetariana, chama de benefício duplo para o coração. "As pessoas costumam questionar: o que traz benefício é a exclusão da carne ou a inclusão de alimentos de origem vegetal? Na verdade, as duas coisas. O benefício vem de retirar a carne e com isso poder incluir mais vegetais", diz Guimarães. Ele lembra que a decisão de montar o cardápio com bons alimentos vai depender de cada pessoa. "Cada um decide como vai ocupar o espaço; pode colocar algo que atrapalhe sua saúde ou, ao contrário, algo que ajude".

O nutricionista destaca os benefícios da dieta vegetariana sobretudo no tratamento de pessoas com problemas de coração, apontando estudos que confirmam essa teoria. Ele cita um estudo de 2003 publicado no JAMA - Jornal da Associação Médica Americana, que reuniu três grupos: um grupo consumindo a dieta recomendada pela AHA - American Heart Association (Associação Americana do Coração) que tira a carne vermelha, mas inclui frango sem pele; outro grupo consumindo uma dieta vegana, rica em proteína de soja, amêndoa, etc; e o terceiro grupo comendo normalmente, mas tomando um remédio novo no mercado para esse tipo de tratamento. "O que se esperava era que o grupo que tomou o remédio fosse o primeiro colocado, mas, na verdade essa posição ficou para o grupo da dieta vegana, que teve melhores resultados, seguido do grupo com medicamentos. Isso demonstra que a dieta vegetariana é útil também no tratamento, porque se mostrou mais eficaz que o uso do medicamento", afirma. "Se tivesse de decidir entre o medicamento e a dieta vegana, a dieta seria a melhor opção em resultado, além de não apresentar efeito colateral. Isso se explica pelas próprias características da dieta, com menos substâncias que atrapalham e mais substâncias que ajudam a saúde do coração". Guimarães, que foi responsável pela parte de nutrição no estudo do

Poder dos vegetais Estudo mostrou que dieta vegana foi mais eficaz que medicamento

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CAPA

EXPERIÊNCIA DE MÉDICO "Foram muitos os pacientes que referiram melhor bem-estar geral depois que diminuíram a ingestão

de carne vermelha e mais ainda naqueles que optaram em ser totalmente vegetarianos", afirma o médico/cientista da USP Augusto Vinholis, que atua em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Paraná e Belo Horizonte. Vegetariano há 39 anos, ele diz que o vegetarianismo ajuda a prevenir doenças cardiovasculares por não sobrecarregar o sistema circulatório e prevenir contra a formação de placas de ateroma, que obstruem os vasos sanguíneos coronarianos. "Essas obstruções causam enfarte do miocárdio", avisa.

Diminuindo a ingestão de gordura animal,há uma diminuição do colesterol e triglicérides Augusto Vinholis

cardiologista Julio Navarro, diz que este trabalho mostrou os bons resultados da dieta vegetariana para doenças cardiovasculares. "Foi um estudo pioneiro no Brasil; nunca houve um estudo com tantos pacientes voltado a este propósito. O interessante é que o grupo era bastante homogêneo em prática de atividade física, uso de cigarro, entre outros fatores que poderiam influenciar, o que demonstra que o resultado só pode mesmo ser atribuído à dieta". Outro estudo do qual Guimarães foi co-autor com outros médicos, na PUC de Sorocaba, com o mesmo foco em doenças do coração, também apontou resultados positivos também para vegetarianos. "O índice de colesterol, por exemplo, teve média de 140 para veganos e 209 para onívoros; a média saudável é abaixo de 150 e os veganos ficam ainda abaixo desse valor desejado. O LDL foi medido 123 para onívoros, 95 para lacto e ovo-lacto e 79 para veganos".

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Vinholis explica que depois que a pessoa retira a carne do cardápio, o organismo, por si só, vai demorar para eliminar as toxinas originárias da ingestão de produtos animais, como a carne. "As toxinas chamadas cadaverinas, que são radicais livres de muita toxicidade, penetram nos tecidos, sendo de difícil eliminação. Talvez o organismo leve alguns anos para eliminá-las", relata. "Porém, com a aplicação da Técnica de Desintoxicação que desenvolvemos em nosso Centro Científico para melhoria da Qualidade de Vida e Recuperação da Saúde aqui no Brasil, esta eliminação das toxinas demora apenas cinco dias. Esta técnica é muito difundida nos países Europeus (Suíça, Alemanha)". O médico atribui os RevistaVegetarianos.com.br

benefícios do vegetarianismo para as doenças do coração relatando o fato de que com a mudança de dieta, o organismo muda de acidez para alcalinidade, melhorando assim a irrigação dos vasos coronarianos. "Diminuindo a ingestão de gordura animal, há uma diminuição do colesterol e triglicérides, o que causa maior irrigação e nutrição do próprio músculo cardíaco. Além da dieta vegetariana proporcionar maior quantidade de antioxidantes, protetores contra a invasão dos radicais livres (toxinas)". Um dos pontos que Vinholis destaca de importante na dieta alimentar é a inclusão de brotos durante as refeições, justificada pelo fato de eles serem portadores de muitas vitaminas e sais minerais. "Eles aumentam os antioxidantes, importantes para a proteção dos órgãos nobres do nosso corpo, inclusive o coração. Brotos são produtos naturais de cereais recém-germinados que contêm muita energia vital." Aos que não se sentem preparados para tirar de vez a carne do cardápio, o médico sugere diminuir a ingestão de carne vermelha, ressaltando que a mudança de dieta para vegetariana deve ser sempre orientada por um profissional, para que não haja exageros de restrições. "Pode substituir por carnes menos tóxicas, como é o caso de peixes (de escamas e de água fria), tipo salmão; já há uma melhora dos riscos cardíacos. Esta é uma opção para quem quer fazer a mudança mais lentamente".

Serviço Augusto Vinholis - drvinholis@gmail.com Eric Slywitch - ericslywitch@yahoo.com.br George Guimarães - nutriveg@terra.com.br Julio César Acosta Navarro - jnavarro 2@hotmail.com


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ALIMENTO DO MÊS

Nozes

Elas eram símbolo de fertilidade para os romanos. Por causa de seu formato, nos séculos 16 e 17, os médicos já acreditavam que eram benéficas para o coração e o cérebro. Hoje, pesquisas e estudos científicos comprovam que as nozes são importantes aliadas para manter cérebro e coração saudáveis, além de serem uma rica fonte de proteínas, gorduras saudáveis e antioxidantes

Nome

Origem

No Brasil, a noz é conhecida por, pelo menos, três nomes diferentes: noz-comum, noz-européia e noz-caucasiana. Em inglês, também há diversas maneiras de dizer noz: walnut, persian walnut e european walnut. Os espanhóis chamam-na de nogal, os franceses de noix, italianos de noce e alemães de welche nuss. Seu nome científico, Juglans Regia, vem das palavras latinas jovis glans e corresponde a algo como "testículos" de Júpiter, o mais alto deus da mitologia romana.

As origens do cultivo da noz estão na região da antiga Pérsia, atual Irã, e na Ásia, principalmente no Himalaia. Os conquistadores romanos foram os responsáveis por disseminar o fruto da nogueira pela Europa. Escavações na cidade italiana de Pompéia – que foi petrificada pelas cinzas da erupção do vulcão Vesúvio, em 79 d.C. – encontraram nozes que seriam consumidas pelos habitantes da cidade. Durante os séculos 16 e 17, a noz se tornou popular e uma corrente de médicos acreditava que ela tinha

poderes terapêuticos para o cérebro e o coração, por causa de seu formato semelhante a estas partes do corpo. A nogueira pertence à família das Juglandáceas (árvores que tem frutos em forma de nozes) e tem, em média, 40 metros de altura. A árvore é bem resistente ao frio e se desenvolve em qualquer tipo de solo, por isso, adaptou-se em diversos países do mundo.

Receita

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1 xícara de flocos de arroz ½ xícara de uva passa branca sem semente ½ xícara de uva passa preta sem semente 1 colher de sopa de semente de mostarda 1 colher de sopa de curry em pó ½ colher de chá de pimenta caiena 1 colher de sopa de óleo de milho para dissolver o curry 1 colher de sopa de sal marinho

Modo de Preparo: Em uma frigideira, torre por cerca de 10 minutos as amêndoas e a castanha-do-pará, mexendo sempre. Acrescente as tâmaras, as azeitonas, as nozes, o amendoim, os flocos de milho, os flocos de arroz, a semente de mostarda, as uvas passas, a pimenta e o damasco. Dissolva o curry no óleo de milho bem quente. Misture tudo muito bem.

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Fonte: www.vegetarianismo.com.br

Granola salgada Ingredientes: 1 e ½ xícara de amêndoa cortada em lâminas finas 1 e ½ xícara de castanha-do-pará picada 1 e ½ xícara de tâmara sem semente cortada em fatias 1 e ½ xícara de nozes picadas 1 xícara de damasco picado 1 xícara de azeitona verde fatiada e escorrida sem caroço 1 xícara de amendoim sem pele torrado 1 xícara de flocos de milho sem assar


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Propriedades Medicinais

A noz é rica em gorduras mono e poliinsaturadas: em 100 g são encontradas quase 16 g de gorduras monoinsaturadas (que reduzem o mau colesterol) e quase 47 g de poliinsaturadas (que reduzem a pressão arterial). Apesar de ser calórica – em 100 g, encontram-se 664 Kcal – ela ajuda a inibir o acúmulo de gordura abdominal, conforme esclarece a nutricionista e fitoterapeuta da Associação Paulista de Nutrição,Vanderli Marchiori. Vanderli explica que por ser rica em minerais como zinco, cobre e magnésio, a noz é essencial na produção de enzimas que regulam a produção hormonal e promovem o bom funcionamento do metabolismo. A nutricionista, especializada em dietas vegetarianas, Natalia Chede explica que as nozes são importantes fontes complementares de proteínas e gorduras saudáveis e que seus nutrientes são melhor aproveitados quando consumidas cruas. "Devem ser consumidas cruas em saladas, com frutas ou puras. Uma boa dica é hidratálas por seis horas, para desoxidar as gorduras e facilitar a digestão", ensina Natalia. Por serem calóricas, não devem ser consumidas em excesso; a quantidade ideal é de cerca de 30 g diárias.

Um estudo apresentado em 2002 pela Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, atesta que as nozes são o alimento com a maior quantidade de antioxidantes. Em cada 100 g, há 20,97 g de antioxidantes. Essa quantidade é 20 vezes maior do que a encontrada nas laranjas (1,14 g), por exemplo. "As nozes aumentam a proteção do organismo a uma série de enfermidades, por diminuirem o colesterol (LDL) e reduzirem o risco de doenças cardiovasculares", afirma o cientista Jordi Salas, responsável pela pesquisa. Outro estudo, publicado pelo Journal of the American Medical Association, é ainda mais específico. Segundo o estudo, graças à maior concentração da vitamina E antioxidante, as nozes podem reduzir o risco de doenças degenerativas do sistema nervoso, como o Alzheimer. A nutricionista Natalia Chede reforça a teoria, e explica que por ser uma fonte rica em tiamina (vitamina do complexo B), a noz é um alimento que estimula o cérebro e a memória.

Curiosidades Contam-se inúmeras lendas a respeito das nozes, a maioria relacionando-as com a realeza e coisas sagradas. A mais romântica é a do tradicional licor de nozes italiano, o Nocello: na Itália medieval, a cada menina que nascia, plantava-se uma nogueira. Quando a menina se casava, a árvore era cortada e, de sua madeira, fazia-se a cama do casal e com as nozes um licor servido durante a festa. Outra lenda que envolve nozes e casamento vem dos romanos. Para eles, as nozes representavam a deusa das mulheres e do casamento, Juno, esposa de Júpiter, e era costume atirar nozes nos noivos para garantir a fertilidade do casal. O autor Lurker Manfred relaciona em seu Dicionário de Simbologia uma citação de Santo Agostinho que faz uma analogia entre os homens e as nozes: "A noz é uma imagem do homem: o invólucro verde é a carne, a dura casca é o osso e o doce miolo é a alma. Comparando-se a Cristo, o invólucro indica o corpo que sofre a amarga paixão, a casca a cruz e o miolo a natureza divina, que fornece alimento e, através de seu óleo, a luz."

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Propriedades Nutricionais

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VITRINE

Calçados

Veganos Divulgação

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Cervera

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ode ser de fibra têxtil, couro vegetal ou sintético. Na verdade, o que realmente importa é que a consciência em relação ao sofrimento animal não ande só na cabeça e no coração dos vegetarianos (ativistas ou não), mas também nos pés. Feitos sem couro animal, os sapatos e tênis das marcas que você encontra no Vitrine desta edição comprovam o que a grande maioria já sabe: não é necessário abrir mão da qualidade para andar na moda e confortavelmente. A novidade fica por conta do número crescente de empresas que aos poucos abrem os olhos para um mercado em expansão: o de consumidores conscientes e exigentes. Por tudo isso, a Revista dos Vegetarianos selecionou oito opções de calçados para você. Confira!

Oito opções sem componentes animal para você escolher

Calçado muito popular na Espanha, a alpargata é feita com juta e tecido. São vários estilos femininos e infantis, além de diversas estampas masculinas. Preço sugerido: entre R$ 50 e R$ 170 Onde encontrar: www.cervera.com.br

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Bebecê

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Feitos só para as mulheres, os calçados da empresa gaúcha são feitos com couro sintético e a linha B+ vem com amortecedor na traseira da sandália, que pode ter salto de 7,5 cm a 9 cm. Na nova coleção, que está à venda em todo o Brasil, há o predomínio de tons metalizados em prata e ouro. Ótima opção para festas. Preço sugerido: até R$ 100 Onde encontrar: www.bebece.com.br

Góoc

A matéria-prima dos calçados da Góoc são pneus, borracha e tecidos reaproveitados. Além de linhas para homens, mulheres e crianças, a empresa comercializa bolsas. A coleção primavera/verão estará á venda a partir de setembro e a empresa tem mais de 3 mil pontos de venda no Brasil, além de lojas próprias em algumas cidades. Preço sugerido: entre R$ 20,50 e R$ 161 Onde encontrar: 0800-7715151 • sac@gooc.com.br

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Picadilly

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Noharm

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A empresa garante que nenhum animal é morto para a confecção de seus calçados e seu processo industrial tem total respeito pelo meio ambiente. No entanto, só trabalha com sapatos femininos porque a tentativa de fabricar calçados para homens, há 10 anos, não foi viável. Preço sugerido: entre R$ 52 e R$ 85 Onde encontrar: www.piccadilly.com.br

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Além de sofisticados, os sapatos masculinos da britânica Noharm são veganos. Outra filosofia da empresa é não utilizar mão-de-obra infantil e escrava na confecção dos produtos. Porém, os brasileiros só conseguem comprar pelo site da Amazon e o preço é salgado. Preço sugerido: US$ 275 e US$ 299 (+ frete ) Onde encontrar: www.noharm.com.uk www.amazon.com

Old School Vegan

Vans

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O tênis vegano, da Mad Rats, é feito com couro sintético e pode ser encontrado tanto em cano alto como em cano baixo. Feito para quase todas as tribos, o calçado pode ser adquirido pelo site da marca ou em lojas revendedoras espalhadas pelo País. Além desse modelo, existem outras opções com lona. Preço sugerido: R$ 56 (cano alto) e R$ 52 (cano baixo) Onde encontrar: www.madrats.com.br

Os modelos Geoff Rowley e Rowley XLIII, da marca Vans, são feitos com couro sintético e vendidos em sites e lojas do Brasil. No site da empresa, é possível conferir as lojas que comercializam seus produtos. Preço sugerido: R$ 358 e R$ 310 Onde encontrar: www.vansbrasil.com.br www2.ciashop.com.br/generallyy

Ibizza

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Ariane Calçados é o nome da empresa que fabrica os calçados Ibizza. São sapatos para festas, para o dia-a-dia e sandálias para o verão. Os modelos, disponíveis no site, são todos femininos e feitos com couro sintético. Preço sugerido: R$ 34, em média. Onde encontrar: www.ibizzaonline.com.br

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32 que previne o câncer de próstata e ajuda na circulação sanguínea. Os alimentos arroxeados ou azulados são, na maioria dos casos, ricos em ácido elágico. De acordo com um estudo da Universidade de Brasília (UnB), esse composto está presente nas frutas da classe dos polifenóis e, possibilita que as plantas eliminem seus fungos. Já uma pesquisa da Universidade de Ohio (EUA) confirmou que os legumes que possuem essa pigmentação são anticancerígenos. Mas se o que você procura são fibras e vitaminas do complexo B e E,

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Algas marinhas, alho, banana, batata, cebola, chuchu, cogumelo, couve-flor, feijão branco, maçã, mandioca, nabo, palmito, pêra, pinha, rabanete

Branco

a dica é optar pelo marrom. Os alimentos pertencentes a esse grupo são capazes de ajudar nas funções intestinais, em quadros de depressão e prevenir doenças cardiovasculares. Ainda existem os legumes e vegetais considerados brancos, que fornecem quantidades significativas de cálcio e potássio, importantes na formação e conservação dos ossos. E finalmente, as verduras e legumes verdes. Ricos em clorofila e vitamina A, são capazes de desintoxicar as células e combater os radicais livres. Além disso, os vegetais folhosos protegem pele, cabelo e coração.

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Tomate, beterraba, caqui, cereja, framboesa, goiaba, melancia, morango, nectarina, pimentão, pitanga, romã

organismo a se defender de uma série de infecções. "O consumo do colorido garante a variedade de substâncias protetoras. E o consumo do natural garante que estas estejam preservadas". Em geral, essas pigmentações dividem grãos, verduras, legumes e frutas em seis grupos de cores diferentes: amarelo ou alaranjado, vermelho, roxo, marrom, verde e branco. E para entender um pouco sobre os tais benefícios, é preciso saber quais são as vitaminas mais encontradas em cada coloração. No grupo dos amarelo/alaranjados, encontram-se os alimentos ricos em vitamina B3, ácido clorogênico e betacaroteno, substâncias que previnem o câncer de mama e protegem tanto o coração como o sistema nervoso. Já o grupo dos vermelhos é famoso pela presença do licopeno, um antioxidante

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Vermelho

odo vegetariano que se preza sabe da importância em se alimentar de forma variada e consciente. Mestres na arte de combinar os alimentos, os adeptos dessa dieta conseguem fazer com que a alimentação jogue sempre a seu favor quando o quesito é saúde. No entanto, para os novatos nessa empreitada, muitas vezes é difícil saber com certeza se uma refeição está realmente suprindo todas as necessidades do corpo. Acompanhamento de um nutricionista e informação são, na maioria dos casos, essenciais para se entregar às maravilha da cozinha vegetariana, mas uma refeição naturalmente colorida também pode trazer seus benefícios. Segundo o nutricionista George Guimarães, todo alimento possui uma pigmentação natural, rica em algum nutriente específico que ajuda o

Festa das T cores Pigmentos, texturas e propriedades variadas. Saiba por que uma refeição variada e colorida é capaz de trazer mais saúde ao seu dia-a-dia

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NUTRIÇÃO


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Alcachofra, amora, berinjela, feijão preto, figo, jabuticaba, uva, repolho roxo

Roxo

Acelga, alface, quiabo, salsa, repolho, agrião, couve, pimentão verde, brócolis, chicória, vagem, ervilha, espinafre, pepino, rúcula, escarola, manjericão

Verde

Vello

Laranja, cenoura, abóbora, mamão, manga, ameixa, caju, carambola, damasco, maracujá, melão, milho, pêssego, pimentão amarelo, tangerina

z G.

Amarelo/Alaranjado

a Tom

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Amêndoas, amendoim, arroz integral, aveia integral, avelã, canela, castanha, centeio, cevada, grão-de-bico, feijão, l entilha, nozes, pão integral, pinhão, soja, tamarindo, trigo

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Marrom

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Informe Publicitário

Clorela, a super alga uma alga microscópica de água doce, muito comum na região da Ásia. Faz da parte da família das Cianofíceas e está na base da cadeia alimentar. A Clorela é uma das menores formas de vida conhecida, porém é um suplemento rico em nutrientes importantes para a manutenção da função vital nos seres humanos. Contém grandes quantidades de vitamina A (Betacaroteno), complexo B (B, B2, B6, B12), C, E, K, niacina, ácido pantotênico, ácido fólico, biotina, colina, inositol, ácido pamino benzóico (PABA). É rico em minerais importantes, como: cálcio, magnésio, zinco, cobre, manganês, ferro, enxofre, iodo, fósforo, potássio, cobalto e selênio. O conteúdo de vitaminas e minerais já seria razão suficiente para eleger a Clorela como umsuplemento nutricional muito especial. No entanto, além das vitaminas e minerais mencionados, contém também muitos aminoácidos essenciais e não essenciais. Os aminoácidos são unidades básicas e estruturais das proteínas. Os aminoácidos são utilizados pelo organismo na síntese de proteínas, enzimas e hormônios,

É

presentes em quase todas as células do corpo humano. Nos aminoácidos presentes na Clorela, destacam-se: arginina, leucina, alanina, lisina, glicina, isoleucina, prolina, ácido glutâmico,valina, treonina e triptofano. Durante a Segunda Guerra Mundial o exército alemão utilizava a Clorela como suplemento nutricional na ração dos soldados. Desde então os americanos passaram a estudar as propriedades nutricionais da Clorela e começaram a utilizá-la na ração dos astronautas. No Japão, onde as pesquisas sobre a clorela estão bem avançadas, ela é largamente utilizada em diversos produtos que vão desde medicamentos a alimentos funcionais. Como ingrediente alimentício,a clorela é aplicada em massas (macarrão, biscoitos e pães), em bebidas (sucos e néctares) e para enriquecer produtos infantis. Como suplemento nutricional é indicada na profilaxia dos quadros de fraqueza, anemia, desânimo e apatia. Ajuda a prevenir o envelhecimento precoce, fortalecer o sistema imunológico e combater o estresse. Estudos recentes também

Resumo da composição nutricional básica aproximada da clorela Umidade Proteínas (N x 6.25) Gorduras Fibras Cinzas Carboidratos Proteínas Fósforo Ferro Cálcio Potássio Magnésio Carotenóides Tiamina Riboflavina Vitamina B12 Ácido ascórbico Tocoferol Ácido fólico Niacina Clorofila total

1.8% 60.8% 10.5% 3.1% 6.5% 17.3% 76.3% 1.35% 205 mg/100g 345 mg/100g 989 mg/100g 331 mg/100g 32.1 mg/100g 1.56 mg/100g 4.49 mg/100g 1.94 mg/100g 38 mg/100g 5.9 mg/100g no detected 1.0 mg/100g 26.5 mg/100g

indicam ação desintoxicante do organismo, com a eliminação de resíduos de compostos inorgânicos presentes em grãos, raízes e tubérculos. Esses compostos são utilizados como defensivos agrícolas e estão presentes na maioria dos produtos vegetais em quantidades diminutas, mas prejudiciais à saúde devido ao efeito cumulativo. A Clorela está presente em muitos suplementos em virtude do seu alto valor nutricional. Existem muitas variedades dessa alga, porém a mais recomendada é a Chlorella pyrenoidosa. A apresentação comercial também é um importante diferencial. A melhor apresentação é na forma de comprimidos revestidos, onde os ingredientes suscetíveis à oxidação estão protegidos. Outras apresentações disponíveis, como as cápsulas de gelatina com o produto em pó, não são adequadas devido à permeabilidade das cápsulas ao oxigênio. A Clorela não tem contra indicação e pode ser utilizada por adultos e crianças, preferencialmente com orientação de um profissional da área de saúde.

Aminoácidos Ácido aspártico Ácido glutâmico Alanina Arginina Cisteina Fenilalanina Glicina Histidina Isoleucina Leucina Lisina Metionina Prolina Serina Tirosina Treonina Triptofano Valina

5.06% 6.02% 4.58% 3.49% 0.69% 2.77% 3.23% 1.14% 2.21% 4.81% 3.29% 1.41% 2.60% 2.29% 2.03% 2.70% 1.11% 3.33%

Fonte: "Guia Médico da Saúde Natural" Ed. Terra Brasil! - Dr. Márcio Bontempo


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RECEITAS

Crepes Fotos: Tomaz G. Vello Produção: Aida Lima e Gabriela Isgroi

Eles surgiram pelo engano de um assistente de cozinha parisiense, em 1895, que tentava preparar uma sobremesa para o futuro rei da Inglaterra Eduardo VII. Nunca um erro daria tão certo quanto esse. Criados pelo chef Ricardo Abdalla*, os crepes veganos que você confere aqui não são apenas de dar água na boca, são simplesmente majestosos

Crepe de zaatar Para o crepe: Depois de bater a massa básica no liquidificador (veja no quadro da página ao lado), acrescente uma colher (sopa) de zaatar* e misture com uma colher, mas sem bater. Frite seguindo os procedimentos normais.

* zaatar: tempero tradicional da culinária árabe feito à base de gergelim

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Para o recheio: 100 g de azeitonas pretas e verdes picadas Suco de limão a gosto Azeite de oliva a gosto 1 berinjela cortada em fatias bem finas Sal marinho Pimenta do reino a gosto 1 colher (sopa) de alecrim desfolhado 100 g de tomate cereja cortado em quatro Modo de preparo: Aqueça uma grelha de ferro e disponha as fatias de berinjela salpicando sal e folhas de alecrim. Depois de grelhadas, corte-as em tiras finas. Misture as tiras de berinjela, os tomates e a azeitona. Tempere a gosto com sal, pimenta, suco de limão e azeite. Recheie-os e sirva. Se desejar servir quente, aqueça o recheio no microondas por 1 ou 2 minutos.

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*Ricardo Abdalla (11) 5575-8384 ra.gastronomia@uol.com.br


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Massa Básica Conjunto de guardanapo, jogo americano e prato: Pepper (11) 3073-0333 Talheres: Andréa Araujo: (11) 3891-1965 / Potinho de cerâmica: Kimi Nii (11) 3726-4839

Ingredientes: 1 ½ xícara de farinha de trigo integral 2 colheres (sopa) de óleo de canola 1 ½ xícara de água 1 colher (café) de sal marinho 1 colher (chá) de fermento em pó químico Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Aqueça uma frigideira (de preferência com teflon) e unte levemente com óleo. Encha uma concha de feijão com a massa e despeje na frigideira. Frite-a virando com uma espátula para que os dois lados fiquem levemente dourados. Serve: 4 pessoas

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RECEITAS

Trouxinhas de gergelim Para o crepe: Depois da massa básica batida no liquidificador, acrescente uma colher (sopa) de gergelim e misture com a colher, mas sem bater. Frite seguindo os procedimentos normais. Para montar a trouxinha: ½ maço de cebolinha Leve ao microondas por 1 minuto e reserve. Para o recheio: 1 dente de alho picado 2 colheres (sopa) de azeite

Suco de 1 limão 4 colheres (sopa ) de tahine* ½ xícara de água Sal marinho a gosto Pimenta do reino a gosto Salsinha e cebolinha picada a gosto 1 xícara de trigo integral 1 xícara de lentilha

reserve. Cozinhe a lentilha em água com uma pitada de sal. Deixe dois ou três dedos de água acima da lentilha. Escorra e reserve. Misture em meia xícara de água, o tahine, o dente de alho, o suco de limão, a salsinha e a cebolinha picada. Acrescente o trigo e a lentilha e mexa bem. Tempere com sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo: Deixe o trigo de molho por cerca de 8 horas. Após esse período, cozinhe-o com bastante água (deixe mais ou menos dois dedos de água acima do trigo) e uma pitada de sal. Escorra e

Montagem: Coloque um pouco do recheio no centro de cada panqueca. Feche em forma de trouxinha e amarre com a cebolinha que foi ao microondas. Sirva em seguida.

Cerâmicas: Kimi Nii

* tahine: Pasta de gergelim encontrada em lojas de produtos naturais ou árabes

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Jogo americano e prato: Pepper / Cerâmica: Kimi Nii

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Crepe de páprica picante Para o crepe: Depois da massa básica batida no liquidificador, acrescente uma colher (sopa) de páprica picante e misture com uma colher, mas sem bater. Frite seguindo os procedimentos normais.

Para o recheio: ½ cebola picada 1 dente de alho picado 3 colheres (sopa) de azeite 1 alho-poró cortado em tiras finas 1 ½ colher (sopa) de mostarda em grãos Sal marinho a gosto Pimenta do reino a gosto

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Modo de preparo: Aqueça o azeite em uma frigideira e frite a cebola com o alho. Acrescente o alho-poró e refogue por 5 minutos. Acrescente a mostarda em grãos. Tempere com sal e pimenta e recheie as panquecas. Sirva em seguida.

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Crepe de papoula Para o crepe: Depois da massa básica batida no liquidificador, acrescente uma colher (sopa) de sementes de papoula e misture com uma colher, mas sem bater. Frite seguindo os procedimentos normais.

Modo de preparo: Cozinhe a quinua no caldo de legumes por aproximadamente 40 minutos, escorra e reserve. Limpe e corte os cogumelos em fatias finas. Em uma frigideira, aqueça o azeite para refogar a cebola e o dente de alho. Junte os cogumelos refogando bem. Acrescente o tofu e a quinua cozida. Tempere com sal, pimenta e cominho. Deixe refogar mais ou menos 4 minutos. Recheie os crepes e sirva em seguida.

Cerâmicas: Kimi Nii

Para o recheio: 1 xícara de quinua 500 ml de caldo de legumes

500 g de cogumelos frescos variados: shitake, shimeji, porto belo, paris, etc. ½ cebola picada 1 dente de alho amassado 100 g de tofu firme cortado em pequenos cubos Cominho em pó a gosto Sal marinho a gosto Pimenta do reino a gosto 3 colheres (sopa) de azeite

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Acessórios: Pepper

Crepe doce com pêra Para o recheio: 2 pêras cortadas em fatias finas Suco de 1 limão 3 colheres (sopa) de óleo de canola 1 cravo-da-índia 1 anis estrelado ½ colher (café) de essência de baunilha ½ xícara de noz picada ½ xícara de açúcar mascavo

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Modo de preparo: Aqueça o óleo em uma frigideira junto com o anis e o cravo. Frite rapidamente as pêras por dois ou três minutos, apenas para aquecer, e junte o açúcar mascavo e o suco de limão. Cozinhe até o açúcar derreter e acrescente a noz picada. Recheie os crepes (utilize a massa básica para crepes) e sirva em seguida.

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Crepe doce com bananada Modo de preparo: Amasse as bananas com um garfo e leve ao fogo junto com o melado e a canela. Cozinhe em fogo baixo por

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aproximadamente 10 minutos ou até ferver. Retire do fogo e junte o cacau. Recheie os crepes (utilize a massa básica para crepes), decore com o melado e polvilhe com o cacau em pó. Acessórios: Andréa Araujo

Para o recheio: 5 bananas nanicas maduras 5 colheres (sopa) de melado 5 colheres (sopa) de cacau em pó 1 colher (chá) de canela em pó

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SAÚDE

É anemia, doutor?

E agora? om certeza, você já conheceu alguma pessoa, senão você mesmo, que já teve anemia.Mas o que é anemia? É uma situação em que as células do corpo que transportam o oxigênio (hemoglobina) se reduzem. Quando isso ocorre, a pessoa pode sentir muito cansaço, ficar pálida, apresentar aceleração dos batimentos do

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O Dr. Eric Slywitch esclarece aqui quais os sintomas, as possíveis causas, os mitos e dá algumas dicas para prevenir a anemia

coração, entre outros sintomas. São muitos os fatores que podem levar ao surgimento da anemia e devem, obrigatoriamente, ser investigados pelo seu médico. Portanto, a anemia não é um diagnóstico definitivo, mas um achado de exame laboratorial que deve ser investigado para saber o que a está promovendo. A causa mais freqüente, em termos nutricionais, é a falta de ferro, mas

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também é possível ser decorrente da falta de vitamina B12, ácido fólico (vitamina B9), vitamina A e outras. Existem também causas que não têm necessariamente uma relação direta com a nutrição para o seu aparecimento, como a talassemia e a anemia falciforme, doenças renais, neoplasias (cânceres), perdas sanguíneas, parasitas intestinais, hipotireoidismo ou processos inflamatórios crônicos.


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Por Dr. Eric Slywitch (ericslywitch@yahoo.com.br) Como faço para saber se estou com anemia? Ao fazer um exame de sangue específico (hemograma), você terá a resposta. Por mais que possa ter sintomas sugestivos de anemia, apenas esse exame vai lhe dará a confirmação. O que devo fazer se eu estiver com anemia? O primeiro passo é consultar um médico de confiança que possa identificar o motivo pelo qual a anemia surgiu. O diagnóstico diferencial é muito importante e envolve todos os seus sinais e sintomas, além da investigação de possíveis doenças associadas que podem estar promovendo-a. Algumas anemias podem ser confundidas, como a provocada pela falta de ferro e a talassemia. Ambas apresentam algumas características muito parecidas, mas o tratamento é completamente diferente. Qual é a causa mais comum? A falta de ferro é a causa nutricional mais comum de anemia. Em vegetarianos, ela também pode ser decorrente de falta de B12, mas isso não é tão comum. São raríssimos os pacientes que atendo em consultório nessas condições. Vegetarianos correm mais risco de ter anemia por falta de ferro? Não. Há um grande estudo publicado por Hunt, em 2003, que demonstrou que a prevalência de anemia por falta de ferro é a mesma em vegetarianos e não-vegetarianos. Como

33% da população mundial sofre carência do mineral, todos, vegetarianos ou não, devem se cuidar. O que fazer se a anemia é por falta de ferro? Devo modificar a minha dieta ou tomar suplementos? Você deve tomar suplementos. O sulfato ferroso é o composto eleito, sempre sob supervisão médica. Ao mesmo tempo, você deve aprender a otimizar o ferro da sua dieta, escolhendo as fontes mais ricas do mineral e adequando os fatores da dieta que auxiliam e que inibem a absorção de ferro (veja mais no quadro abaixo). Lembre-se: o ferro suplementado é a garantia da terapia. Após a correção deve-se acompanhar a pessoa para verificar se ela consegue manter os seus níveis de ferro (hemoglobina) apenas com a alimentação. Mas isso nem sempre é atingido. Muitas vezes, a dieta do paciente já é totalmente adequada para a melhor absorção do ferro, mas ele se mantém anêmico. Isso é muito comum em algumas mulheres por conta da perda de sangue menstrual, que pode exaurir o ferro do organismo. É muito raro encontrar homens anêmicos, pois homens não menstruam (pelo menos eu nunca vi um nessas condições!). Em alguns casos resistentes à terapia por via oral, optamos pela reposição de ferro diretamente na veia, que deve ser feita em pronto-socorro sob supervisão médica. Em alguns casos, também, é necessário a parada da menstruação para que o problema se resolva. Cada caso é um caso.

Otimizando a absorção do ferro ingerido Utilize alimentos ricos em vitamina C, como frutas e verduras, com a refeição que contém ferro Se gostar, utilize panela de ferro para o preparo dos alimentos Não utilize café, chá preto, chá de outras ervas e cacau juntamente, e próximo, das refeições que contenham maior teor de ferro, pois esses compostos dificultam a

sua absorção Evite o consumo de leite, laticínios e ovos nas refeições mais ricas em ferro, pois esses alimentos também dificultam a absorção do ferro. Veganos têm mais fatores positivos para a absorção de ferro do que os ovo-lacto vegetarianos Reduza o teor de ácido fítico dos alimentos

(composto que dificulta a absorção do ferro) deixando os grãos de molho na água por 12 horas. Jogue a água fora depois Utilize alimentos naturais e integrais. Eles podem facilitar a absorção do ferro Não faça uso indiscriminadamente de antiácidos, pois eles atrapalham a absorção do ferro

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Alimentos ricos em ferro Feijões: branco, carioca, lentilha, rosinha, preto, tofu Oleaginosas: castanha-de-caju, avelã, amendoim, amêndoa Sementes: abóbora, gergelim (inclusive tahine), melancia Cereais: quinoa, aveia, trigo, cevada Doce: melado de cana Frutas e hortaliças: são pobres em ferro quando comparados aos alimentos citados acima. O seu uso é mais importante para o fornecimento de vitamina C do que para o ferro

E se a anemia é por falta de B12? Neste caso, a falta de B12 já está muitíssimo acentuada e não deve, em hipótese alguma, ser tratada com suplementos orais, mas sim por via injetável. O tratamento pode ser prolongado e deve ser monitorizado pelo seu médico. E as demais causas de anemia, como são tratadas? Depende de cada uma delas, pois como apresentam etiologias (origens) diferentes, receberão formas completamente distintas de tratamento. É possível ser necessário o uso de hormônio (como na doença renal), assim como transfusão de sangue em formas hereditárias. Não se arrisque! Seja acompanhado por um médico que entenda da sua patologia. Um problema só é resolvido adequadamente quando se sabe a sua causa. Para que o tratamento seja adequado, é necessário que o diagnóstico também seja adequado.

Dr. Eric Slywitch é médico especialista em nutrologia, autor do livro "Alimentação sem carne – guia prático", coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira, coordenador da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do Hospital e Maternidade Santa Marina e docente do GANEP e CBES/IPCE.

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ARTIGO

Muito além da “ vã filosofia “

Quem não se comunica se trumbica Abelardo Barbosa, o "Chacrinha"

ela primeira vez, vou usar o espaço de que disponho nesta revista para falar de um tema que não é de interesse de todos os vegetarianos. Por isso, peço desculpas antecipadas aos leitores que acharem este artigo uma chatice! Mas eu não poderia desperdiçar a oportunidade de comentar, com ativistas do Brasil inteiro, os obstáculos que afetam os bastidores das múltiplas vertentes do movimento que se propõe a defender os interesses dos animais. Numa observação empírica, percebo que a maior parte das pessoas que aderem a uma dieta vegetariana o fazem por respeito aos animais – mesmo que, no rastro dessa decisão, sobrevenham uma maior preocupação com a saúde, uma disposição extra para se alimentar de maneira equilibrada e um grande entusiasmo para adotar comportamentos mais corretos dos pontos de vista ético e ambiental. Mas a motivação primordial, pelo menos no caso das pessoas com quem converso, são o choque e a indignação diante da crueldade oculta nos diversos estágios da produção da carne.

pessoas chegam à oitava série sem conseguirem interpretar um texto, não adianta você propor discussões muito acadêmicas, como estas que se prestam a contrapor o utilitarismo de Peter Singer à teoria abolicionista de Gary Francione – o tema apaixona sobretudo os militantes mais jovens. Legal, esse tipo de debate é válido! Mas, para o grande público, parece-me que o discurso tem de ser mais direto, na linha do "os bichos sentem e sofrem, exatamente como as pessoas; por isso, não é justo usá-los como coisas". Também não acho ruim apelar para a compaixão e a bondade das pessoas. Neste ponto, sei que a maior parte dos ativistas discorda de mim. "Os animais têm direitos que devem ser reconhecidos, não se trata de compaixão", afirmarão muitos. Concordo. Teórica e filosoficamente, eu concordo. Mas me parece importante respeitar os referenciais culturais das pessoas. E, se estamos num mundo em que o amor e os sentimentos compassivos são mais fáceis de compreender do que as abstrações filosóficas, que mal existe em recorrer a eles?

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E, se eu estiver correta nessa minha interpretação – de que a ética para com os animais é o principal fator de indução ao vegetarianismo/veganismo –, significa que a disseminação de informações é muito, muito importante. Quem sabe dos horrores que permeiam todos os sistemas de exploração animal (refiro-me aqui às indústrias alimentícia e de entretenimento, à vivissecção, à produção de peles, ao comércio legal e ilegal de pets e de animais silvestres, à caça, à pesca, às religiões adeptas de sacrifícios, à prática do abandono) tem um certo dever moral de divulgá-los, de modo a colher mais simpatizantes e a agregar, pelo menos potencialmente, novos ativistas, que atuarão, eles também, como agentes multiplicadores dessas mesmas informações. Por isso, uma das questões que mais me preocupam no movimento pró-vegetarianismo – e em suas múltiplas extensões, que incluem a defesa dos animais e do meio ambiente – é a forma como a comunicação é feita. Na minha opinião, o ideal é adotar sempre um discurso simples e direto. Num país tão carente de educação e cultura como o Brasil, onde milhões de

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Por Silvia Lakatos (silvialakatos@gmail.com)

BEM-ESTAR VERSUS DIREITOS Outro ponto em que me bato com muitos ativistas é a contraposição Direitos Animais versus Bem-Estar Animal. Durante décadas, as pessoas que defenderam os animais seguiram a chamada linha “bem-estarista”. Foi dessa corrente que surgiram leis como a do abate humanitário (que visa minorar um pouco o sofrimento dos animais na hora da morte), a obrigatoriedade da redução e/ou substituição de animais em uso didático e científico e as normas de cuidados e higiene na criação de pets. Também foram os bem-estaristas que conseguiram criar leis que criminalizaram as rinhas e o tráfico de silvestres, entre outras pequenas conquistas. Na minha visão, o bem-estarismo está com os dias contados, pois a tendência mundial é, cada vez mais, enxergar os animais não-humanos como seres senscientes, e portanto, dotados de direitos. Desse modo, o abate humanitário seria quase uma tolice, pois o bom combate é aquele que visa o fim definitivo de todo e qualquer abate, de toda e qualquer exploração! Mas esse processo de mudança é gradativo. A maior parte da população ainda não está preparada para ver os animais como seus iguais, e não adianta a gente se descabelar, berrar ou fazer strip-tease em frente ao Congresso Nacional para querer mudar as coisas na marra – simplesmente, todos os processos de mudança de mentalidade são fenômenos de longo prazo, que têm a ver com uma transformação mais ampla da sociedade.

Além disso, penso que não se deve jogar no lixo aquilo que foi alcançado a duras penas por pessoas que, dentro de seu contexto histórico, conseguiram pelo menos colocar o bem-estar dos animais em pauta. Se a gente pensar que, há seis ou sete décadas, não havia absolutamente nenhuma garantia de direitos aos animais, e que hoje, pelo menos, você pode sonhar em mandar para a cadeia alguém que bota fogo no gato do vizinho (tudo bem, ninguém é preso neste país, mas isso já é uma outra história!), não se pode negar que avanços aconteceram.Tais avanços podem ser menores do que nós, nos nossos sonhos e expectativas, desejamos e defendemos. Mas são avanços concretos. E as poucas leis disponíveis existem para serem usadas. Este é outro ponto em que não compartilho da opinião de muitos ativistas. Há pessoas que acreditam que usar a legislação vigente equivale a dar uma chancela de legitimidade às leis bem-estaristas, e que isso prejudicaria a mobilização em torno do abolicionismo. Isso me parece tão tolo quanto afirmar que não se deve denunciar um estupro porque, no Brasil, o estuprador recebe uma punição pouco severa. Ora, vivemos num país livre, regido pelo Estado Democrático de Direito. Este é um conceito-chave, acolhido pelo preâmbulo e pelo artigo 1º da Constituição Brasileira. Suas características básicas são: submissão à lei, como ato emanado formalmente do Poder Legislativo, composto de representantes do povo; a divisão entre os três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – que coexistem de maneira independente e harmônica; o enunciado e a garantia dos direitos individuais

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(art. 5º) da pessoa humana. Isso quer dizer que nós estamos sujeitos às leis do país, gostemos ou não delas, concordemos ou não com a maneira como estão formuladas. Se desejarmos mudá-las, devemos lutar para isso. Podemos recorrer aos nossos representantes para conquistar direitos mais efetivos e consolidados para os animais. Mas não usar os poucos instrumentos à nossa disposição é tolice. Isso não invalida, é claro, o uso das chamadas ações diretas. Sou a primeira a defender o heroísmo daqueles que, mesmo se expondo ao risco de sofrer sanções legais, participam de pequenos atos revolucionários – por exemplo, libertando animais em situação de risco iminente. Mas estas são ações pontuais. O objetivo deve ser a consolidação de um novo mundo, e não ficar apagando os focos de incêndio... Assim, creio que existem dois obstáculos que todos nós, que temos em comum o desejo de defender os animais, precisamos nos esforçar para superar: os entraves à comunicação e o desconhecimento dos meios existentes para denunciar e combater abusos. Sou a favor de usar todas as armas disponíveis nessa nobre batalha! Vamos falar, cobrar, exigir.Vamos organizar grupos e pesquisar os melhores meios de disseminar informações. Mudar o mundo é difícil. Mas, como eu já falei anteriormente neste mesmo espaço, é uma missão que somente nós, que temos disposição para encarar desafios, podemos cumprir a contento.

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Animal R Veja tudo o que aconteceu na conferência de Direitos Animais mais importante dos Estados Unidos e confira a entrevista exclusiva com um dos fundadores do Greenpeace, Paul Watson Texto e Fotos: Jaqueline B. Ramos relação do veganismo com o controle do aquecimento global, estratégias para derrubar o AETA (Animal Enterprise Terrorism Act), emenda aprovada pelo Congresso dos EUA em 2006 que considera ativistas como terroristas, e o apoio ao movimento de direitos animais declarado pelo candidato à presidência dos EUA/2008 Dennis Kucinich, que (pasmem!) é vegano. Estes foram alguns temas de destaque da Animal Rights 2007, conferência que todos os anos é ponto de encontro de ativistas de direitos animais dos Estados Unidos. No evento, discutem-se e trocam-se idéias sobre os avanços e as principais questões que permeiam o movimento no país e algumas experiências estrangeiras. A Animal Rights foi idealizada pela organização sem fins lucrativos FARM (Farm Animal Reform Movement) e é realizada há 15 anos (entre 1981 e 1987, em 1997 e todos os anos desde 2000). A conferência de 2007 aconteceu de 19 a 23 de julho no hotel Westin LAX, em Los Angeles (a cada ano o evento é realizado numa costa americana, se revezando entre as cidades de Los Angeles e Washington), e contou com aproximadamente mil, participantes de todo os Estados Unidos. E, este ano, bateu o recorde em número de

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participação de outros países: foram 10, entre eles o Brasil (o nutricionista George Guimarães, da nutriVeg e do VEDDAS, fez uma apresentação sobre a legislação brasileira de direitos animais em um dos painéis da conferência – veja mais na página 50), a China, o México, a Índia, a Etiópia e a Austrália. Nos cinco dias de conferência, o clima foi de integração e, principalmente, acesso a muita informação sobre as últimas conquistas e desafios em prol dos animais em todas as áreas de atuação (produção, laboratórios, entretenimento, ações diretas, etc.) e sobre veganismo, considerado, por unanimidade, a forma mais prática de respeito aos direitos animais. Foram mais de cem palestrantes de 70 entidades diferentes falando em 120 sessões e plenárias ao final de cada dia. Entre eles, ativistas famosos, como Paul Watson, fundador da Sea Shepherd Conservation Society (veja entrevista exclusiva na página 52)e mundialmente conhecido por suas ações diretas e arriscadas contra a caça de baleias na Antártica, e Howard Lyman, um ex-fazendeiro que se tornou vegano e falou abertamente sobre suas idéias no popularíssimo programa da Oprah Winfrey - e que hoje se dedica a divulgar o veganismo como uma questão de sobrevivência do planeta. Além das sessões e plenárias, os


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l Rights 2007 participantes tiveram a chance de visitar uma feira que contou com cerca de 90 expositores de roupas, acessórios, comida vegana e literatura, e assistir a 50 vídeodocumentários sobre abuso contra animais e ações de defesa. A organização da conferência também preparou uma noite especial com o serviço de um jantar vegano oferecido pelo hotel, um leilão beneficente e entrega de prêmios para ativistas e personalidades adeptos ao movimento, como o músico John Feldmann, guitarrista e líder da banda Goldfinger - que divulga o veganismo através de sua música e apóia abertamente movimentos como SHAC (Stop Huntingdon Animal Cruelty) e ALF (Animal Liberation Front, Frente de Libertação Animal, em português), este último conhecido por suas ações diretas Feira: diversas em laboratórios. ONGs mostraram Mas um dos suas campanhas e produtos pontos altos da pró-veganismo conferência foi a crítica coletiva ao Animal Enterprise Terrorism Act, tema de várias palestras e de uma série de workshops. "Um dos destaques este ano foi o reforço da importância da defesa da liberdade de expressão particular e dos grupos ativistas, que fica ameaçada com o AETA", diz Alex Hershaft, presidente da FARM e idealizador da Animal Rights, referindo-se ao avanço nas discussões sobre as estratégias do movimento para unir forças e conseguir anular a emenda que coloca qualquer pessoa ou organização de defesa de animais no mesmo nível de terroristas, punindo inclusive protestos pacíficos.

Conferência: ao todo, foram 120 sessões e plenárias durante os cinco dias de evento

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DIREITOS ANIMAIS E MEIO AMBIENTE Outro destaque da Animal Rights 2007 foi a declaração oficial de apoio aos direitos animais dada por Dennis Kucinich, candidato à presidência dos

EUA em 2008 e um dos únicos congressistas americanos adeptos da dieta vegana. Através de uma audioconferência, Kucinich falou para um auditório lotado sobre as suas crenças e o seu comprometimento no cenário político a favor da sustentabilidade para a preservação de todas as espécies de vida e do meio

ambiente. "Tratar mal os animais reflete na paz do mundo", afirma o candidato, ressaltando que ser vegano não somente rendeu melhorias à sua saúde, mas também reforçou sua crença de que todas as espécies de animais são sagradas. O discurso de sustentabilidade e com tiradas de visão holística de

Repressão à libertação animal: evidência de força e um sinal de alerta

Um evento como a Animal Rights Conference – que, em cinco dias, realiza 120 palestras e oficinas, além de possibilitar o acesso a materiais de mais de 70 entidades ali representadas – é uma oportunidade rara para aprenderfatos e estratégias que podem impulsionar o nosso trabalho enquanto ativistas. Além das salas de palestras, há os corredores por onde circularam mais de mil participantes. Na minha experiência deste ano, este foi o local de maior aprendizado. É ali que podemos conhecer as pessoas que estão por trás do palestrante e os ativistas individuais que estão por trás do movimento. Como em todos os anos anteriores, foi uma experiência gloriosa estar entre tantos ativistas, desde as figuras lendárias aos que chegaram há pouco tempo, mas já acumulam muitas conquistas e dificuldades vencidas, pessoas que se dedicam inteiramente à causa e estão fazendo a diferença pelos animais. Quando nos dedicamos a uma batalha abraçada por relativamente poucos em nossa sociedade, somos capazes de encontrar o aprendizado em cada experiência e história compartilhadas, desde os pequenos dilemas pessoais aos grandes atos heróicos vividos por companheiros que se dedicam à mesma batalha a que nos dedicamos. A pergunta que eu fazia a mim mesmo, enquanto interagia com os meus colegas de outros continentes, era: como entender o momento atual do movimento pelos direitos animais nos EUA? Para isto, eu busquei entender quem são as pessoas que estão fazendo a diferença pelos animais e como elas estão lidando com os conflitos que se apresentam como inevitáveis neste momento histórico da luta pela libertação animal. Em teoria, já me era conhecida a repressão crescente aos ativistas na Europa e nos EUA, sendo que, no último, esta repressão organizada se concretizou na forma do AETA, uma lei aprovada no ano passado pelo Congresso norte-americano

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que classifica os ativistas pelos direitos animais como terroristas, outorgando às autoridades a mesma liberdade de ação, inclusive a violação da privacidade e de outros direitos constitucionais, que já é concedida quando do combate a ações verdadeiramente terroristas. Esse é um bom ponto de partida para começarmos a refletir sobre como estão as mentes e os corações dos ativistas nos EUA, uma reflexão

É comum os palestrantes se dirigirem,em tom sarcástico,durante uma apresentação,aos agentes do FBI presentes

Por George Guimarães

importante para os brasileiros, que também poderão, em um futuro não muito distante, se encontrar na mesma situação. É comum os palestrantes se dirigirem, em tom sarcástico, durante uma apresentação, aos agentes do FBI presentes na platéia. Ora, se a Frente de Libertação Animal (ALF) é considerada pelo FBI a ameaça doméstica número 1 (logo acima da Al Queda), seria no mínimo ingênuo pensar que um evento dessa natureza não estaria sendo monitorado pelas autoridades. Histórias de agentes federais que foram descobertos infiltrados no movimento não são incomuns. E, na prática, muitos ativistas têm amigos que estão presos por terem simplesmente falado contra as empresas que exploram os animais. Estamos nos referindo à repressão e ao encarceramento de ativistas, não por terem se envolvido em ações que poderiam ser classificadas como atos criminosos, mas por fazerem campanhas pacíficas e de caráter informativo contra as empresas que lucram com a

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exploração animal. O clima de repressão, no entanto, não parece intimidar os ativistas. O fato de alguns estarem presos obviamente limita a sua presença no movimento, mas não há uma notável intimidação daqueles que estão livres e atuantes. O que se vê, sim, é uma tensão, e isto se evidencia nas ações mais cotidianas. Tarde da noite, na mesa do bar com Jerry Vlasak (assessor de imprensa da ALF) e outros ativistas que adotam ações de maior impacto, entre uma sessão de piadas e a lembrança de momentos memoráveis dos quais eu não participei, fala-se também do novo software que apaga todos os dados do disco rígido caso a senha não seja informada corretamente. Isto para o caso de o equipamento ser apreendido pelas autoridades, o que, depois do AETA, pode acontecer com mais facilidade do que antes. Outras coisas não são faladas, simplesmente. Assuntos que não temeríamos falar entre colegas de mesmo ideal numa mesa de bar às 2 horas da manhã, mas sabe-se de outros que estão com problemas porque um ato tão inocente e seguro como este estava sendo gravado por outro suposto colega. No ônibus que se dirige a uma manifestação cujo destino não foi previamente divulgado, não é permitido tirar fotografias. Isto porque muitos dos ativistas

Protesto pacífico: nos EUA, somente com a presença de um advogado


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Kucinich foi o gancho para um outro assunto extremamente importante tratado na conferência este ano: a relação da dieta vegana com o controle do aquecimento global. Em outras palavras, a relação dos direitos animais com o equilíbrio ambiental do planeta. Ou simplesmente pode ser lido como Ativismo e Ambientalismo, o

que um tem a ver com o outro? A conclusão é: tudo. "Eu acredito que muitos veganos fazem a opção pela dieta pensando nos animais apenas. No entanto, eles acabam ajudando na melhoria de sua saúde e da saúde do planeta. Infelizmente muitos líderes ambientalistas ainda não se deram conta da importância da dieta

exploração de animais inocentes. Na mesma medida em que cresce a tensão em face da repressão, cresce também a determinação em organizar-se e querer fazer mais, cresce a certeza de estar lutando do lado certo da batalha. Peter Young, que acaba de cumprir a pena de dois anos em uma prisão federal - ele foi condenado por tramar a libertação de chinchilas de diferentes fazendas de pele - ainda está cumprindo os seis meses que restam do seu ano em liberdade condicional. E ele estava lá para falar aos outros ativistas que a idéia da prisão não é tão ruim como se pensa, da importância do apoio que recebeu enquanto estava preso e dos seus planos para o futuro. Ele me contou que, enquanto estava na prisão, fazia as contas de quantas horas estava cumprindo para cada animal que libertou: são poucas horas para cada animal, o que ele declara não ser um grande sacrifício diante da tortura e da miséria que esses

Pena cumprida Peter Young, que cumpriu dois anos de prisão por tramar a libertação de mais de 8 mil chinchilas, e George Guimarães

O trabalho dos ativistas, nos EUA, já conquistou uma força grande o suficiente para ferir o interesse de indústrias poderosas

permitem-se participar de protestos apenas com os rostos cobertos. Poucos minutos depois do início do protesto, a polícia está lá, armada com uma câmera que filma cuidadosamente os rostos de cada um dos ativistas que escolheram não cobri-lo. Parece praticamente impossível fazer um protesto nos EUA sem a presença de um advogado. Nesta manifestação específica havia dois, devidamente identificados como tais. Nessa vizinhança, podemos usar o megafone, na outra não. Passado o horário das cinco da tarde, é preciso auferir o volume do barulho que estamos fazendo para que ele não exceda o permitido, pois a polícia está fazendo o mesmo com o seu equipamento. Em algumas cidades, é permitido ficar parado em frente à residência onde mora o alvo do protesto, já em Los Angeles os manifestantes têm de ficar dando voltas no quarteirão. É uma verdadeira batalha técnica, organizada para restringir, com bases legais, o direito à livre expressão garantido na Constituição daquele país. E por que as autoridades iriam querer fazer isto? Por que a repressão a um movimento que não deseja conquistar nada além daquilo que é justo? Porque o trabalho dos ativistas pelos direitos animais nos EUA já conquistou uma força grande o suficiente para ferir o interesse de indústrias poderosas (como a farmacêutica e a pecuária), que baseiam suas atividades na

animais teriam de enfrentar se ele não os tivesse libertado. Kevin Kjoonas, condenado no ano passado a seis anos de prisão por ter liderado uma campanha informativa contra o laboratório Huntingdon Life Sciences, que tortura e mata 500 animais todos os dias em experimentos encomendados pela indústria, foi homenageado durante a sessão de encerramento do evento. Enquanto os ativistas que estão vivendo sob pressão não deixam de falar e lutar por aquilo em que acreditam, a pressão parece

apenas aumentar. Com isso, não podemos esperar nada menos do que mais pressão e repressão no futuro e quanto a isso parece não haver saída. O movimento pelos direitos animais nos EUA e na Europa já se configura como um verdadeiro movimento de justiça social, o que na verdade ele sempre foi. O movimento pela libertação animal afeta diretamente os interesses das indústrias que dominam a economia em todo o mundo e o sistema organizado fará de tudo para voltar suas armas contra os que pretendem mudar o status quo. Observar a força do movimento pela libertação animal no exterior, evidenciada pela repressão declarada e organizada para derrotá-lo, é como olhar para o futuro do movimento no Brasil. Não devemos ser ingênuos em pensar que esta será uma luta mais fácil do que foram as lutas de outros movimentos sociais. Podemos querer acreditar que o mundo e a sociedade conspiram para que a vitória seja nossa, simplesmente porque a nossa luta é uma luta justa. No entanto, sabemos que as lutas pelos direitos das mulheres, das crianças, dos negros e dos trabalhadores também foram lutas justas, mas nem por isso foram fáceis ou isentas de sacrifícios e baixas. As histórias dessas lutas nós conhecemos, pois elas estão escritas no passado e podemos desfrutar de suas conquistas no presente. Se quisermos que, no futuro, aqueles a quem defendemos encontrem um presente melhor, deveremos (enquanto ativistas que lutam por ideais que são, em essência, comuns aos ideais dessas outras lutas) estar preparados e fortalecidos para lutar contra o que se apresentará entre nós e este futuro que almejamos. A história nos prova que as lutas por direitos sempre vencem. No que diz respeito aos direitos animais, é apenas uma questão de tempo até a vitória, e a distância entre o agora e tempos melhores é determinada pela dedicação, empenho e sinceridade com que cada um de nós abraça essa luta.

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INTERNACIONAL

Entrevista com Paul Watson – "Sou um ambientalista"

vegana", ressalta Hershaft, tratando este papel de equilíbrio do veganismo como um outro ponto forte do evento. Saurabh F. Dalal, presidente da União Internacional Vegetariana –

Homenagem Presidente da IVU norte-americana é reconhecido pelo seu trabalho

Na sua opinião, quais foram as principais mudanças no movimento de libertação animal que ocorreram da década de 70 até hoje? Na verdade, o movimento mudou bastante. Nos anos 70, por exemplo, as pessoas não sabiam o que era um vegano. Atualmente, já é um termo bem mais conhecido e aceitável, o que representa uma grande mudança. Além disso, também não é difícil achar bons restaurantes veganos em todas as grandes cidades do mundo. O movimento avançou tremendamente rápido e cada vez mais pessoas estão ingressando na comunidade vegetariana. Eu acredito que por volta do ano 2020, o mundo será majoritariamente vegetariano. Então as pessoas lembrarão da cultura do século 20 como algo bárbaro e primitivo, de um tempo em que as pessoas comiam carne. A conexão entre movimentos ambientalistas e de direitos animais seria um dos grandes desafios do momento? O que acho mais importante é o movimento ambientalista reconhecer um fato que é a base de tudo: ninguém é ambientalista se não apoiar o vegetarianismo. Uma coisa está intimamente ligada à outra. A indústria da carne emite mais gases de efeito estufa que a indústria automobilística. Quando você come um bife, está também levando para a mesa milhares de galões de água. E ainda assim o movimento ambientalista, de uma forma geral, se nega a assumir isso. Todo mundo se diz ambientalista até que se impacte sua zona de conforto ou se ameace seu estilo de vida. A Sea Shepherd é um grupo

América do Norte, fez uma apresentação sobre a influência da atual dieta onívora adotada pela humanidade nas mudanças climáticas em uma das plenárias principais e ajudou a enriquecer ainda mais a discussão de Direitos Animais e Meio Ambiente. "Ser vegano é fundamental, mas precisamos rever ainda mais nossos hábitos de consumo. Temos realmente que nos tornar mais verdes", alertou Dalal, que foi agraciado com uma placa de reconhecimento por seu trabalho de multiplicação de idéias de vegetarianismo e ativismo iniciado em Washington, DC, e que hoje abrange os Estados Unidos e outros países. Retratando em números, a própria RevistaVegetarianos.com.br

Paul Watson: um dos fundadores do Greenpeace e fundador da Sea Shepherd

Divulgação

O capitão Paul Watson é uma das figuras mais respeitadas e controversas tanto no meio ambientalista como no dos direitos animais. Fundador da Sea Shepherd Conservation Society, Watson participou de suas primeiras ações de protestos no final da década de 60, inclusive das que deram origem ao Greenpeace. Numa operação em 1975, testemunhou de seu barco uma situação que mudaria sua vida para sempre: a morte de uma baleia caçada por soviéticos. Desde então, dedica-se à defesa destes e de todos os outros animais marinhos através de ações diretas contra baleeiros e caçadores. E chama esse trabalho de ambientalismo, não de ativismo. Da saída do Greenpeace – há quem diga que ele foi expulso por divergência de táticas – a discursos nos quais afirma sem titubear, por exemplo, que um ambientalista que não suporta o vegetarianismo é um hipócrita, Watson coleciona atitudes e afirmações apoiadas por muitos e criticadas por outros. "Recebemos o rótulo de piratas do mar e não tenho medo de dizer que tenho muito orgulho disso. Um pirata resolve por ele mesmo, sem receber ordens do Governo. Nossa missão é salvar o planeta. Nossos clientes são os animais", dispara para a platéia da Animal Rights sob aplausos. Em 2007, a Sea Shepherd completa 30 anos e Paul Watson e sua tripulação se preparam para voltar ao mar em ações no Japão e nas Ilhas Galápagos, no Equador. Entre um intervalo e outro das sessões da conferência, o capitão deu esta entrevista para a Revista dos Vegetarianos:

conservacionista que defende questões de direitos dos animais e algumas vezes acabamos sendo julgados como radicais. Mas na verdade é nisso que consiste o trabalho de conservação. Não me considero um ativista de direitos dos animais. Sou um ambientalista. Nas reuniões da Comissão Baleeira Internacional e da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas de Extinção, em maio e junho deste ano, a atuação da Sea Shepherd e de outras organizações garantiu a proteção das baleias com a sustentação da proibição da caça. Qual é a importância disso para o movimento? Nossa principal vitória em prol das baleias foi em 1986, com a instituição da moratória global contra a caça. Mas infelizmente 18 mil baleias já foram mortas pelos japoneses desde então, o que demonstra que lidamos

Organização das Nações Unidas, através de relatório oficial de 2006, já demonstrou e divulgou o fato de que a criação industrial de animais é responsável por aproximadamente 18% das emissões de gases de efeito estufa. Em termos comparativos, esse número é maior, por exemplo, que o das emissões geradas pelos meios de transporte. Ou seja, a grande quantidade de carros representa um problema, mas já está provado que a dieta onívora globalizada tem impacto negativo ainda maior no aquecimento global. A solução para mudarmos esta situação? Dalal sugeriu a divulgação das vantagens da dieta herbívora como uma das estratégias de mitigação dos desequilíbrios


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com uma atividade ilegal. A conquista, este ano, foi termos conseguido manter a ilegalidade, o que ajuda muito, por exemplo, no controle do tráfico da Islândia e Noruega para o Japão. Mas as regras ainda precisam de mais força e é nesta linha que procuramos atuar. Não somos uma organização de protesto. A estratégia da Sea Shepherd é ir a campo para garantir a aplicação das leis internacionais de conservação e todas as suas regulamentações. Nossos protestos são até bem conservadores (risos). Qual seria a melhor maneira de falar com consumidores em geral, pessoas que não são vegetarianas ou veganas, para passar a mensagem de que o ambientalismo começa pela boca? A melhor maneira é assustá-los, começando por esclarecer em que consiste a sua comida (risos). Há níveis aceitáveis de ingestão de algumas substâncias duvidosas contidas em alimentos industrializados e o consumidor não se dá conta do impacto disso. O mais importante é explicar o que as pessoas estão fazendo para a sua própria saúde. A maior parte dos problemas de saúde nos EUA e em outros países poderia ser resolvida simplesmente com uma mudança de dieta. Você acompanha os trabalhos da Sea Shepherd no Brasil? O Instituto Sea Shepherd Brasil é independente e administrado por brasileiros para tratar de questões locais. Eles tomam todas as decisões e estão muito envolvidos em ações de combate à pesca ilegal, um

ambientais, ressaltando a importância do trabalho do ativista. "Além de mudanças no atual modelo energético, pensando numa escala mais generalista, é necessário trabalhar na conscientização das pessoas sobre estes fatos relacionados à sua alimentação. O resultado será uma mudança de comportamento e hábitos em larga escala, ingrediente principal para uma mudança de modelo da dieta global", explicou Dalal. Seja no cenário da relação do ativismo com o meio ambiente ou nas controversas áreas de produção e experimentação com animais, podese afirmar que uma das principais reflexões deixadas pela Animal Rights

trabalho o qual incentivamos e encorajamos o desenvolvimento por parte de cada grupo localmente em seus países. Temos alguns integrantes brasileiros fazendo parte da tripulação de nosso navio principal e, numa das vezes que fui ao Brasil, tive a chance de participar de operações em Fernando de Noronha. Basicamente, trocamos informações e apoiamos as ações uns dos outros. Há regras de vegetarianismo para os integrantes da Sea Shepherd e de suas representações em outros países? Não temos nenhuma regra específica de vegetarianismo para os integrantes. A Sea Shepherd internacional tem duas regras que obrigatoriamente devem ser seguidas: não se pode fazer nada que vá ferir pessoas e não fazemos acordos com os opositores. Porém, não abrimos mão da refeição nos navios, que são veganas. Por isso, quem embarca acaba sendo vegano. Servimos ótimas refeições e acreditamos que as pessoas têm a chance de experimentar e fazer suas próprias escolhas. Não acho que temos de forçar niguém a ser vegetariano, mas, sim, dar bons exemplos para serem aplicados naturalmente por cada um.

2007 para seus participantes é a seguinte: cabe aos ativistas divulgar informações e fazer esclarecimentos para o público em geral. Como bem ressaltou Michael Budkie, diretor da organização SAEN – Stop Animal Exploitation Now (Pare a Exploração Animal Agora), "as pessoas simplesmente não sabem o que acontece nos bastidores. Nós devemos dar a elas as informações. Esta é a nossa missão."

Saiba mais: FARM • www.farmusa.org Conferência Animal Rights • www.arconference.org Equal Justice Alliance • www.noaeta.org IVU (União Internacional Vegetariana – América do Norte) • www.ivu.org/vuna VEDDAS • www.veddas.org.br

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ARTIGO

Por: Dr. George Guimarães

O último passo:

nutricionista especializado em dietas vegetarianas e diretor da nutriVeg www.nutriveg.com.br

a transição

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maiores medos que se impõem como barreira para a transição final. Na minha experiência no consultório, onde atendo exclusivamente pacientes vegetarianos ou que estão justamente buscando dar esse último passo, eu observo que a maioria das pessoas busca o aval de um profissional especializado que diga a elas: "Vá em frente, vai ficar tudo bem". Elas já tomaram a decisão, já estão prontas, mas falta-lhes libertarem-se da última ponta de apego ou medo do novo e diferente. É claro que a informação é importantíssima, e é para isso que elas me procuram e, de fato, levam consigo informações que farão toda a diferença para o sucesso da sua dieta vegetariana. Mas eu também observo em muitos dos meus pacientes que, além da sensação de segurança que somente a informação pode lhes conferir, há uma sensação de alívio, algo como "agora eu posso acreditar naquilo que eu já sabia estar certo o tempo todo". E, de fato, no campo nutricional, com a informação e cuidado corretos, deixamos para trás aquilo que poderíamos temer, restando apenas aquilo do que desfrutar!

ntão você decidiu se tornar vegetariano, mas ainda falta dar aquele último passo.Talvez você ainda consuma algum peixe ou ave "só de vez em quando" ou talvez ainda coma carnes todos os dias, mas esteja pensando tão seriamente e com tanta convicção sobre o assunto que já se considera um vegetariano (o que, obviamente, é um engano). Pois o que falta para você fazer a transição final? O que impede as pessoas de darem o último passo em direção ao vegetarianismo, mesmo aquelas que já entenderam, em todas as esferas, que a dieta vegetariana é a melhor escolha? Na minha observação, a resposta a esta pergunta reside num único sentimento: o medo. Ele é a grande barreira que impede as pessoas de concretizarem a sua decisão, levando-as a criar desculpas para si mesmas ou a aumentar barreiras que poderiam ser transpostas com alguma atitude positiva. Esse medo pode ser o medo de parecer diferente, de enfrentar os amigos ou familiares, de ficar desnutrido, de abrir mão do paladar, entre outros. Sobre o medo de parecer diferente, existe inclusive o medo de freqüentar lugares para os quais a pessoa criou uma ilusão estereotipada e cujo simples pensamento já a remete a uma sensação de temor do diferente ou desconhecido. Um exemplo disso é imaginar, sem nunca ter freqüentado um, que todos os restaurantes vegetarianos são lugares onde temos de deixar os sapatos na porta e recitar mantras em sânscrito antes de comer. O que não é necessariamente ruim, mas também não representa a maioria dos estabelecimentos nesse ramo. Esse é um medo muito fácil de ser resolvido, geralmente com uma simples experiência, mas acreditem: há pessoas que temem uma primeira experiência em um restaurante vegetariano. Por outro lado, a surpresa e a satisfação que elas experimentam são proporcionais, haja vista que, com muito sabor e um ambiente acessível à realidade da maioria das pessoas, os restaurantes vegetarianos em geral cumprem bem o papel de dissipar este mito. A mesma experiência, seja num restaurante vegetariano ou na casa de um amigo, pode ser válida para dissipar o mito de que, para se tornar vegetariana, a pessoa deverá abrir mão do paladar. Ficar desnutrido é sem dúvida um dos

Seja qual for o medo, a chave está na informação e na coragem de experimentar

Seja qual for o medo, a chave está na informação e na coragem de experimentar. Atualmente, a informação sobre o tema está amplamente disponível àqueles que a procurarem. Quanto à coragem, no caso específico de dar o último passo em direção ao vegetarianismo, estamos falando de uma ação ou experimento que oferece poucos riscos. No campo da nutrição, o experimento está certamente destinado a ser bem-sucedido se for aliado à informação. Já o campo social é uma área mais delicada, pois há o risco de criar conflitos com pessoas queridas ou ambientes críticos. Mas com algum estudo, a pessoa pode estar preparada para saber argumentar de maneira a minimizar os conflitos e assim guiar as discussões para o caminho da resolução em vez do caminho RevistaVegetarianos.com.br

do enfrentamento improdutivo. Com tantas pessoas tornando-se vegetarianas a cada dia, esta área complexa, que é a dos relacionamentos humanos, já vem sendo bastante explorada e experimentada no que diz respeito ao tema, por pessoas que provavelmente já passaram por situações muito parecidas com as do novo adepto. Fazendo uso dos diversos fóruns eletrônicos e outras formas de troca de experiências e apoio, os erros e acertos de outros podem servir como um rico aprendizado que ajuda a minimizar os conflitos sociais. Se você é uma dessas pessoas que ainda não se permitiram dar o último passo, procure se lembrar do que o motivou desde o início. Se foi a sua saúde, você só tem a ganhar em fazer a transição o quanto antes. Os medos de carências nutricionais não passam disso mesmo: medos. As informações, os estudos científicos e as experiências individuais trazem uma mensagem bastante clara: é possível adotar uma dieta vegetariana em qualquer fase da vida, bastando para isso observar alguns cuidados nutricionais que são relativamente fáceis de serem seguidos. Informe-se e vá em frente! Se o que o motivou foi uma questão ambiental, é desnecessário dizer que nesse campo estamos correndo contra o tempo e qualquer desculpa que possamos inventar para justificar o apego a uma dieta centrada na carne não ajudará a amenizar o impacto exagerado que exercemos sobre o planeta e que atualmente o coloca à beira da destruição. Precisamos de ação, sobretudo de uma revisão daquelas ações que realizamos ao menos três vezes por dia ao sentarmos à mesa. Cada dia que você adia para dar o próximo passo é um dia em que você cometeu ao menos três erros perfeitamente evitáveis que afetam diretamente a saúde do planeta. Se o que o despertou para o vegetarianismo foi a questão animal, é desnecessário dizer que cada dia que você perpetua a sua racionalização para buscar justificar a sua impossibilidade em parar de comer carne é um dia fatal para os animais. E para esses, assim como para o planeta, as suas desculpas são sem efeito. Você tem o poder para fazer a mudança que deseja fazer em sua vida e o último passo está logo aí, bem à sua frente.


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Saiba como pode ter sido a alimentação de Jesus e o que dizemos adventistas, islâmicos, budistas... Nutrição para crianças: especialistas mostram como ter uma alimentação equilibrada

veja o que dizem os especialistas e como essa atitude pode tornar sua vida muito melhor Doces: chef vegana dos EUA dá receitas sofisticadas Receitas de comida mexicana

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ARTIGO

Perguntas da

Meia-Noite ento-me de frente para a máquina. Rapidamente sou reapresentado ao meu velho parceiro para os momentos de inspiração e de eruditas reflexões. Olho para o virtual pedaço de papel em branco, lá está ele, sempre pronto para receber minhas anotações; por vezes, até já chegou a me dar dicas e censurar alguns trechos de textos. Quando começo a escrever mais um artigo para este periódico, ele pede que eu me aproxime. Com o seu brilho refletindo mais fortemente em meu rosto, escuto em um leve sussurrar: "Posso lhe fazer algumas perguntas?". A esta altura da noite, consinto com um leve balançar de minha caixa craniana.

S

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Quando foi gerado o termo vegetariano? Não se sabe ao certo; no entanto, indícios históricos nos conduzem à metade do século 19. Até esta época, sobretudo na Europa, os vegetarianos eram chamados de pitagóricos, uma óbvia alusão a Pitágoras, que teve grande influência na difusão do vegetarianismo no Ocidente.

Se tiver de perguntar,é porque nunca irá entender

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Louis Armstrong


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Por Fábio Euksuzian (fabyoga@ig.com.br)

Quais são os principais motivos que levam alguém a optar por este caminho alimentar? Essa decisão é de foro íntimo de cada um. No entanto, temos algumas razões que estão entre as mais tradicionais citadas pelos próprios vegetarianos: saúde, compaixão com os animais, filosofia, higiene, religião, consciência ambiental e economia mundial. Existem outras, porém estas são as motivações centrais que impulsionam nossas mudanças. Quais são as dúvidas mais comuns de seus alunos em relação a este tipo de alimentação? Diversas, porém creio que a campeã de bilheteria seja a famosa: "Mas vou comer o que se me tornar vegetariano?" Dependendo da ocasião, somente penso; em outras, respondo em tom de brincadeira ao aluno: "Francamente, com tantas perguntas mais interessantes e notificadamente passíveis de uma poderosa dúvida, você teve a preguiça de lançar essa? Nesta extravagância gastronômica em que as sociedades modernas vivem, você realmente acha que eliminando a carne, teria qualquer dificuldade em encontrar alimentos para seu corpo, além da tradicional alfafa com cenoura que você certamente pensou que ingeriria pelo resto da vida ao tornar-se vegetariano?". Quais os principais obstáculos que um vegetariano enfrenta, sobretudo no início da "carreira"? Meu querido amigo, como disse na resposta acima, um deles é a falta de informação com relação ao que ingerir. Porém, o mais difícil de lidar talvez seja a resistência dos mais próximos: família e amigos. Lembro-me de quando morava na Austrália, um de meus professores me disse uma frase que nunca mais esquecerei: "Sabe, a família é como um grande polvo que nos abraça com todos os seus tentáculos, limitando nossos movimentos e respiração". É a mais pura verdade, não é? No entanto, eles não o fazem por mal, e sim por amor. Sim, por pura proteção, com receio de que nós, de alguma forma, nos machuquemos. Portanto, estando cientes disso, devemos

levar numa boa, pois quando perceberem que não se trata de nenhum bicho de sete cabeças, eles relaxarão. Qual a razão da preconização do vegetarianismo por diversas religiões e filosofias? Em grande parte das vezes, salvas algumas exceções, é pelo voto de ahimsa, (não-violência) que, neste caso, deve ser entendido de uma forma bastante ampla. Outro motivo é que como, em muitas delas, o corpo é entendido como um meio para outros estados de consciência, é recomendado não obstrui-lo com detrimentos tóxicos, e a carne é um deles.

Princípios e valores estão intrinsecamente ligados à ética por um mundo melhor

e

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A que se deve este "boom" do vegetarianismo no mundo atual? De acordo com o hinduísmo, estamos vivendo na era das trevas, Kalí Yuga, e como conseqüência natural disso, surge a dualidade correspondente representada por esta quase desesperada busca de pessoas conscientes a um retorno às origens, de um contato maior com a natureza e com nós mesmos. E a abstenção de carnes, pelos mais diferentes meios e motivos, está inserida nesta corrida por qualidade de vida e compreensão de quem nós somos. O que uma pessoa deve fazer para tornar-se vegetariana? Primeiramente, um querer sincero deve brotar de seu âmago. Em seguida, ela deve descobrir a razão ou razões que a fazem desejar esta mudança. Como próxima etapa, recomendo informar-se um pouco mais sobre o assunto. E quando a ação propriamente dita tomar lugar, poderá ser difícil para um ou outro desvencilhar-se de uma só vez dos corpos dos bichos mortos. Neste caso, recomendo a eliminação

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fragmentada: primeiro, as carnes de bois, vacas e porcos, para com o tempo retirar os demais bichos. Outra forma de iniciação: aumenta-se a ingestão de alimentos com os quais não se estava habituado, diminuindo-se conseqüentemente o "espaço" disponível para aquilo que se deseja eliminar. Qual recado pode deixar para quem está começando no vegetarianismo? Mantenha-se firme. Sabemos que é difícil fazer essa opção alimentar, sobretudo no mundo em que vivemos. Gosto de fazer uma analogia com instituições familiares ou empresariais que se fundamentam no matriarcalismo, e conseqüentemente sofrem devido ao atrito com esta bagunça patriarcal sobre a qual as sociedades descansam há alguns milênios. Continue lendo, informando-se e pesquisando. Apóie os vegetarianos em qualquer parte do mundo, independentemente da área em que atuem. Esteja de alguma forma conectado a grupos e amigos que compartilhem da mesma idéia. Seja espelho do que professa. Participe de eventos. Jamais abaixe a cabeça, seja qual for a circunstância. Princípios e valores estão intrinsecamente ligados à ética por um mundo melhor. Julgo também importante não se tornar alienado; sair, fazer amizade, conviver somente com quem compartilha as mesmas idéias, só participar de eventos vegetarianos ou alimentar-se somente em restaurantes "especiais" só irão contribuir para que sejamos ainda mais estereotipados e excluídos. Faça de tudo e mais um pouco para que possamos representar com elegância a filosofia alimentar em que acreditamos.

Fábio Euksuzian é Presidente da Associação dos Profissionais de Yôga da Vila Olímpia, instrutor de Swásthya Yôga e diretor do Espaço Cultural Vila Olímpia, em São Paulo. Mais informações: universoyoga.org.br ou (11) 38455933.

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DÚVIDAS

Perguntas & Respostas Tire aqui suas dúvidas sobre nutrição com o Dr. George Guimarães

Comecei uma dieta vegana como um desafio, e agora olho para a ética em primeiro lugar. O nutricionista a que fui não entendia muito sobre o assunto e por isso sinto falta de um acompanhamento em minha alimentação. Minha maior dúvida é sobre a prática de musculação. Dizem que seria impossível ganhar massa muscular alimentando-se apenas de proteína vegetal. Gostaria de saber se isso é verdade e se existe algum suplemento que eu possa ingerir. Eu tomo diariamente um polivitamínico. Isso é permitido na dieta vegana? Rodrigo da Silva Teixeira - Por e-mail É importante procurar sempre um profissional que tenha conhecimento sobre a dieta vegetariana, do contrário o mais provável é que você seja mal-orientado. A Musculação: é prática da musculação perfeitamente é perfeitamente condizente com

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uma dieta vegana

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condizente com uma dieta livre de produtos de origem animal. Com o planejamento adequado ao ritmo de sua atividade física, uma dieta vegana pode fornecer tudo de que o seu corpo precisa para o melhor desempenho. Note que ele não depende do cuidado com a ingestão de proteína apenas, mas também com a ingestão de outros nutrientes, da mesma maneira que seria necessário em uma dieta onívora. O uso de um polivitamínico só é interessante se você ainda estiver ajustando a sua alimentação até que ela esteja equilibrada a ponto de garantir a ingestão de todos os nutrientes nas quantidades necessárias. Em uma dieta vegana balanceada, o uso de um polivitamínico não é necessário, pois a única vitamina em risco de deficiência é a vitamina B12. Se a sua pergunta sobre ser permitido se refere à origem dos ingredientes, saiba que a maioria dos polivitamínicos no mercado contém ingredientes de origem animal, que podem estar tanto nos excipientes (lactose, por exemplo) quanto nas próprias vitaminas (vitamina A e vitamina D3, por exemplo). Existe um produto natural à base de babosa que promete fornecer ao consumidor a vitamina B12. O fabricante diz que a

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Babosa não é fonte de vitamina B12

babosa é o único vegetal que contém essa vitamina. Claudia Silva - Guarulhos - SP Não há um produto de origem vegetal sequer que seja uma fonte comprovada de vitamina B12. Fermentados, germinados, alimentos especiais, receitas caseiras, todos falham quando submetidos a testes mais rigorosos. O único vegetal que ainda permanece sob investigação como possível fonte de vitamina B12 é a alga chlorella. Quais são os benefícios do levedo de cerveja para vegetarianos? Tatiana Fereira - Por e-mail O levedo de cerveja é fonte de vitaminas do complexo B que são geralmente encontradas nas carnes (exceto a vitamina B12). Apesar de a dieta vegetariana ser capaz de fornecer estas vitaminas, o uso do levedo de cerveja pode ser indicado como complemento alimentar, especialmente para aqueles que, por qualquer motivo, estejam tendo uma dificuldade momentânea para praticar uma dieta balanceada.


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Quero emagrecer e o tofu é muito caro para ser consumido todos os dias. Posso colocar na última refeição da noite um bom copo de vitamina de extrato de soja ou então um bom prato de leguminosas, como feijão branco, preto e soja? Essas opções vão me garantir um alto nível de proteína com baixo valor calórico? Protetor - Belo Horizonte - MG Não é possível avaliar se esta é uma refeição adequada para uma dieta de emagrecimento sem que se saiba o conteúdo da sua dieta diária total. Se, por exemplo, em outros momentos do dia a sua refeição for muito rica em proteínas (como é esta que você propôs para a noite), talvez você esteja ingerindo proteínas demais. O que posso afirmar é que os alimentos que você citou são boas fontes de proteína e ao mesmo tempo contêm fibras e um baixo teor de gordura. Ou seja, são alimentos que desempenham um papel importante em uma dieta de emagrecimento. Bolos: receitas veganas funcionam tão bem quanto bolos com leite e ovos

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Dieta para emagrecer Só pode ser avaliada sabendo-se o conteúdo da dieta diária total

Você diz na edição 8 da Revista dos Vegetarianos que a proteína texturizada de soja é um alimento altamente processado e que por isso recomenda-se consumi-la em pouca quantidade. O que pode causar de mal? Quantas vezes por semana eu devo comer? E por último, que tipo de pães e bolos uma pessoa vegana deve comer? Déco - Rio Grande - RS A proteína vegetal texturizada (PVT), que é o mesmo que a proteína texturizada de soja (PTS), deve ter o seu consumo limitado por se tratar de um alimento altamente processado, o que significa dizer que ela foi demasiadamente distanciada do seu estado natural. Enquanto a PTS é um alimento rico em proteínas, ela falha em fornecer outros nutrientes. Com isso, toda vez que a elegemos como fonte de proteína, deixamos de eleger outra fonte igualmente rica em proteínas, mas mais rica em outros nutrientes. O seu maior risco, portanto, está na limitação que ela causa, e não a alguma substância em si nela presente. A sua alta carga protéica também pode ser inadequada (excessiva) àqueles

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que já têm uma ingestão suficiente desse nutriente. Quanto à sua outra pergunta, uma pessoa vegana deve, por definição, consumir pães e bolos que sejam isentos de ovos e laticínios. Pães veganos são mais fáceis de serem encontrados prontos no mercado do que bolos veganos. No entanto, há muitas receitas de bolos veganos disponíveis, inclusive aqui, na Revista dos Vegetarianos. Apesar de ser incomum encontrarmos bolos sem ovos no nosso dia-a-dia, uma receita de bolo vegano funciona tão bem quanto uma receita de bolo com ovos. Basta segui-la corretamente!

Dr. George Guimarães é nutricionista especializado em dietas vegetarianas e diretor da nutriVeg Consultoria em Nutrição Vegetariana Mais informações: www.nutriveg.com.br nutriveg@terra.com.br (11) 5585-3475

Como enviar suas dúvidas Envie suas perguntas para o e-mail vegetarianos@europanet.com.br, para o endereço Rua MMDC, 121, Butantã, São Paulo, SP, CEP 05510-900, ou para o fax (11) 3819-0538. Não se esqueça de mencionar a referência Perguntas e Respostas – Revista dos Vegetarianos no item "assunto" do e-mail, carta ou fax

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GUIA DE RESTAURANTES

Mercado Fulô ó na cidade de São Paulo, são mais de 50 restaurantes vegetarianos. Entre tantas opções, não seria exagero se o Mercado Fulô estivesse presente na lista dos cinco melhores da cidade. Com pratos requintados, saborosíssimos e agradáveis para os paladares mais exigentes, o Mercado Fulô é prova de que a culinária vegetariana também pode ser sofisticada e de alta gastronomia. O restaurante foge do tradicional self-service e oferece um cardápio à la carte repleto de opções doces e salgadas, sempre dando preferência aos vegetais orgânicos, atraindo tanto veganos quanto ovo-lacto vegetarianos. Além da culinária rebuscada, o restaurantes está localizado em um charmoso e aconchegante sobrado, localizado no bairro dos Jardins,. Outro diferencial do Fulô é que ele abre de segunda a sábado no horário do jantar. Como entrada, não deixe de se deliciar com o pão integral, feito no próprio restaurante, e o molho pesto de manjericão orgânico. É surpreendente.

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Foto: Divulgação

Endereço: R. Haddock Lobo, 899 - Jardins - São Paulo - SP Horário: Segunda a sábado, das 11h30 às 23h30 Domingo, das 11h30 às 19h Mais informações: (11) 3081-7769

Alta gastronomia Fulô está entre os ummellhores dos mellhores vegetarianos de São Paulo

Legenda: $ - até R$ 13 | $$ - de R$ 14 a R$ 20 | $$$ - acima de R$ 21 | - oferece opções veganas | - é totalmente vegano | São Paulo 62º Praça dos Omaguás, 62 - Pinheiros • A la carte ovo-lacto vegetariano • Segunda a sábado das 10h às 19h30 • (11) 3813-8434 • $$

Segunda a sexta das 12h às 15h30 • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3825-8499 • $$ • Bio Alternativa – Jardins Alameda Santos, 2.214 - Cerqueira César • Segunda a sexta das 12h às 15h • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3825-8499 • $$ •

Alcaparra Av. Pompéia, 2.544 - Pompéia • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3672-7674 • $$$ •

Bioqualitá Rua Cardoso de Almeida, 1.457 - Perdizes • Segunda a sábado das 11h45 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3801-4406 • $•

Alfredo Largo do Café, 14 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3104-9970 • $

Bio Saúde R. Tobias Barreto, 809 - Mooca • Segunda a sexta 11h30 às 15h • Domingo das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 6605-6452 • $$

Alternativa Casa do Natural Rua Fradique Coutinho, 910 - Vila Madalena • Segunda a sábado das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3816-0706 • $$• Apfel – Centro Rua Dom José de Barros, 99 • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3256-7909 • $$ • Apfel – Jardins Rua Bela Cintra, 1.343 • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 12h às 16h • Quarta a domingo das 18h30 às 23h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3062-3727 • $$ •

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Banana Verde Rua Harmonia, 278 - Vila Madalena • Terça a domingo das 12h às 15h30 •Terça a domingo das 18h às 24h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3814-4828 • $$ • Bio Alternativa – Higienópolis Rua Maranhão, 812 - Higienópolis •

Cachoeira Tropical Rua João Cachoeira, 275 - Itaim Bibi • Segunda a sexta das 11h às 15h • Sábado e domingo das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3167-5211 • $ • Campo Verde Av. Jabaquara, 1.126 - Saúde • Segunda a sábado 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5587-3785 • $ •

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- desconto para sócios da SVB

Casa Prema Rua Diogo Moreira, 312 - Pinheiros • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê lacto vegetariano • (11) 3815-1448 • $$ •

• Sala de ioga e relax • Aceita cartões de crédito e tíquetes Endereço: Rua Diogo Moreira, 312 - Pinheiros Horário: Segunda a sexta das 11h30 às 15h Sábado das 11h30 às 15h30 Tipo: Bufê lacto-vegetariano Mais informações: (11) 3815-1448 ou casaprema@uol.com.br Cheiro Verde Rua Peixoto Gomide, 1078 - Jardim Paulista • Segunda a sexta das 11h30 às 15h •


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Sábado e domingo das 12h às 17h • À la carte Galleria Pizzeria ovo-lacto vegetariano • (11) 3289-6853 • $$$• Rua Capital Federal, 440 - Pompéia • Rodízio de Pizza lacto vegetariana • Sextas, sábados e Delícia Natural domingos das 19h às 23h • (11) 3875-3990 • Rua Albion, 193 - Lapa • Segunda a sexta das $$$ 11h às 15h • Bufê vegano • (11) 3831-8860 • $$ • Garam Massala R. Fidêncio Ramos, 39 - Vila Olímpia • Prato do Demether Cozinha Vegetariana dia lacto-vegetariano • Segunda a Sábado das Rua Verbo Divino, 1.519 - Santo Amaro • 12h ás 15h • (11) 3848-9486 • $$ Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5182-9118 • $$ • Gopala Prasada Rua Antônio Carlos, 413 / 429 - Cerqueira César Éden • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Quinta Av. Jabaquara, 1469 - Loja 46 - Saúde • e sexta das 19h30 às 22h30. Bufê lactoSegunda a sábado das 12h às 15h • Prato feito vegetariano • (11) 3289-1911 • $$ ovo-lacto vegetariano • (11) 2578-4981 • $$

Melinda & Julius Rua Dom Armando Lombardi, 511 - Caxingui • Segunda a sábado das 12h às 14h30 • Prato pronto macrobiótico e ovo-lacto vegetariano • (11) 3722-2553 • $$

Frazão Vegetariano R. Chafic Maluf , 193 - Brooklin • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano e vegano • (11) 3542-3193 ou 3564-9855 • $ •

Mercado Alternativo Fulô R. Haddock Lobo, 899 • Segunda a sábado das 11h30 às 23h30 • Domingo das 11h30 às 19h • À la carte ovo-lacto e vegano • (11) 3081-7769 • $$$ •

Madhurya Rua Mourato Coelho, 981 - Vila Madalena • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Prato do dia lacto-vegetariano (indiano) • (11) 3037-0489 • $ •

e domingo das 11h30 às 16h • Bufê vegano • (11) 5539-3635 • $$ •

Maha Mantra Rua Fradique Coutinho, 766 - Vila Madalena • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 12h às 16h • Bufê lactovegetariano • (11) 3032-2560 • $$ •

Moinho de Pedra Rua Francisco de Moraes, 227 - Santo Amaro • Segunda a sexta das 12h às 15h30 • Sábado das 12h às 17h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 5181-0581 • $$$ • Nutrisom Viaduto 9 de julho, 160 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h15 • Domingo das 11h30 às 16h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3255-4263 • $$

Vegethus (Santo André) Rua das Monções, 480 - Jardim • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado e domingo das 11h30 às 16h • Bufê vegano • (11) 44372893 • $$ •

Nutrivida Rua Fernão Tavares, 132 - Brás • Domingo a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 6197-5571 • $$ Idch Art Rua Correia Dias, 161 - Vila Mariana • Segunda a sexta das 12 às 15h • Bufê de salada e prato do dia lacto vegetariano • (11) 2157-3720 • $ •

Gaia Rua Cônego Eugênio Leite, 1152 - Pinheiros • Segunda a sexta das 12h às 16h • Sábado e domingo das 12h30 às 17h • Prato do dia ovolacto vegetariano • (11) 3031-0680 / 30979536 • $$ •

Integrão Cozinha Natural Rua Joaquim Antunes, 377 - Pinheiros • Segunda a sexta das 11h30 às 19h30 • Sábado das 11h30 às 16h30 • À la carte com opções lacto e vegana • (11) 3088-3335 • $$ • Lá Hortelana Av. Professor Alfonso Bovero, 696 - Perdizes • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Sábados das 12h às 16h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3871-9191 • $ Lá na Quitanda Rua Rodésia, 128 - Vila Madalena • Segunda a segunda das 12h às 16h30 e das 19h às 23h (aos domingos não abre à noite) • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 3097-0410 • $ • Lagoa Tropical R. Borges da Lagoa, 406 • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo das 11h30 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5579-9228 • $• Lótus - Luz Rua Brigadeiro Tobias, 420 - Luz • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê por quilo ovolacto vegetariano • (11) 3229-5696 • $$$ Lótus - Vila Diana Av. Ademar de Barros, 166 - Vila Diana • Segunda a sexta 11h30 às 14h30 • Sábado, Domingo e feriado das 12h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (12) 3922-7236 • $

O Germinal R. 13 de Maio, 367 - Bixiga • Quarta a domingo das 18h às 0h • À la carte vegano • (11) 3105-7264 • $ • Pizzaria e Rest. Lar Vegetariano Rua Domingos Rodrigues, 423 - Lapa • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 • Sábado das 19h às 23h • Bufê vegano e Pizzaria • (11) 3835-2490 • $ • Prema Yoga Rua Maria Figueiredo, 189 - Bela Vista • Segunda a sexta das 12h às 15h30 e das 17h às 20h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 3283-0884 • $$ • Recanto Vegetariano Rua Arandu, 407 - Brooklin • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo, 12h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5506-8944 • $$ • Satya Mandir Bistrô Alameda Franca, 444 - Jardins • Segunda a sexta das 8h às 16h e das 19h30 às 21h30 • Sábado das 10h às 15h (depois desses horários somente com reserva • À la carte ou prato do dia ovo-lacto vegetariano com opções veganas • (11) 3284-7961 • $$$ • Sattva Alameda Itu, 1.564 - Cerqueira César • Segunda a segunda das 11h às 22h • A la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 30836237 • $$ • Vegethus (Vila Mariana) Rua Padre Machado, 51 - Vila Mariana • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado

Vegacy Rua Augusta, 2.077 / Loja 03 - Jardim Paulista • Segunda a sábado das 12h às 15h30 • Bufê vegano • (11) 3062-9989 • $ • VegeTao Rua Doutor Diogo de Faria, 568 - Vila Clementino • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Sábado das 12 às 16 • À la carte ovolacto vegetariano • (11) 5574-6875 • $ • Vie Verte Rua Bianchi Bertoldi, 128 - Pinheiros • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê de salada e À la carte ovo-lacto vegetariano • (11) 3812-4331 • $$ Villa Manjerona Rua Ministro Jesuíno Cardoso, 411 - V. Olímpia Segunda a sexta das12h às 15h • Bufê ovolacto vegetariano • (11) 3845-0726 • $ •

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GUIA DE RESTAURANTES

Zen Rua Domingos de Moraes, 237 - Vila Mariana • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (11) 5084-6751 • $$ ZYM Rua Tonelero, 1.248 - Lapa • Segunda a sábado das 12h às 15h • Prato lacto vegetariano • (11) 3021-5637 • $$$ • Rio de Janeiro Beterraba Rua da Alfândega, 25A - Centro • Segunda a sexta das 11h15 às 15h30 • Bufê por quilo vegano • (21) 2253-7460 • $$ • Caminho do Mar Estrada do Pontal, 3.091 - Ponta do Recreio • Domingo a domingo das 12h às 20h • Prato do dia vegano • (21) 3411-6280 • $ • Green Rua do Carmo, 38 / Sobreloja - Centro • Segunda a quinta das 11h às 15h30 • Sexta das 11h às 15h • Bufê de salada e à la carte ovo-lacto vegetariano • (21) 2252-5356 • $ Health's – Centro Rua Senador Dantas, 84 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (21) 2240-5388 • $$ Metamorfose Rua Santa Luzia, 405, sobreloja 20 - Centro • Segunda a sexta das 12h às 16h. Aos sábados das 12h às 15h • À la carte com opções vegetarianas • (21) 2262-6306 • $$ Natuwal Estrada dos Bandeirantes 22.774 • Quarta a domingo das 9h às 18h • À la carte lacto vegetariano • (21) 3411-2870 • $ •

às 20h • À la carte vegano e crudívoro • (21) 2274-8983 / 3874-0186 • $$ • Vegan Vegan Rua Voluntários da Pátria, 402B - Botafogo • Segunda a sábado das 11h30 às 16h • Refeição do dia vegana • (21) 2286-7078 • $$ • Vegecoop Rua da Carioca, 54A - Sobrado • Bufê ovo-lacto vegetariano • Segunda a sexta das 11h às 15h30 • (21) 2507-8061 • $$ • Vegetariano Social Clube Rua Conde de Bernadote, 26 - Loja L - Leblon • Segunda a sábado das 12h às 24h • Domingo das 12h às 18h • Bufê no almoço e à la carte no jantar vegano • (21) 2294-5200 • $$ • Brasília Amor à Natureza SCLN 310, bloco A, loja 42-50 - Asa Norte • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê por quilo lacto vegetariano • (61) 3272-2055 • $$ Bardana SCLN 405, bloco A, loja 22 - Asa Sul • Segunda a segunda das 11h30 às 15h30 • Segunda a sexta das 18 às 21h30 • Bufê por quilo lacto vegetariano • (61) 3242-3532 • $$ Girassol SCLS 409, bloco B, lojas 15 e 16 - Asa Sul • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Segunda a sexta das 16h30 às 20h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (61) 3242-1542 • $$ • Naturama SCLS 102, Bloco B - Loja 9 - Asa Sul • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Domingo das 12h às 15h30 • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (61) 3223-3648 • $$

Oficina da Semente Rua Joaquim Silva, 137 - Lapa • Segunda a sexta das 12h às 15h • Vegetariano (crudívoro e alimentação viva, pois trabalha com germinação de semente) • (21) 25093316 • $ •

Vida Rua Visconde de Ouro Preto, 298 - Centro • Segunda a sexta das 11h15 às 15h30 • Bufê lacto vegetariano • (48) 3223-4507 • $$ • Curitiba All Natura Rua João Negrão, 150 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Domingo das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3233-0664 • $ Espaço Verde Rua Ébano Pereira, 44 - Sobre loja • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3039-8414 • $$ Formosa Restaurante Vegetariano Rua Trajano Reis, 170 - São Francisco • Terça a domingo das 11h30 às 14h30 • À la carte ovo-lacto vegetariano • (41) 30396818 • $ • Green Land Rua XV de Novembro, 548 - Centro • Segunda a segunda das 11h às 14h30 • Bufê livre ovo-lacto no primeiro andar • (41) 3322-2132 • $ • Greenlife Rua Dr. Carlos de Carvalho, 271 - Centro • Segunda a segunda das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3223-8490 • $ Jagannatha Rua Paulo Gomes, 123 - Centro • Terça à domingo das 12h às 14h30 • Bufê por quilo lacto-vegetariano • (41) 3029-5225 • $$ Lanchonete Naturalle Rua Visconde de Nácar, 231 - São Francisco • Terça a domingo das 12h às 21h • Lanches veganos • (41) 9638-9067 • $ • Maha Prasada Rua Duque de Caxias, 76 - Centro • Domingo a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê por quilo lacto-vegetariano • (41) 3015-5106 • $

Refeitório Orgânico Rua 19 de Fevereiro, 120 - Casa 2 - Botafogo • Segunda a sábado das 11h às 16h • Bufê ou à la carte vegetariano • (21) 2537-0750 • $$ •

Mikado Rua São Francisco, 126 - Centro • Segunda a sábado das 11h às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano e natural • (41) 3323-6709 • $

Reino Vegetal Rua Luiz de Camões, 98 / Sobrado - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h30 • Bufê por quilo vegetariano • (21) 2221-7416 • $$ •

Pin Chan Rua Floriano Essenfelder, 475 - Bairro Alto • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê por quilo ovo lacto vegetariano • (41)3253-4969 • $$ •

Rio Vegetariano Rua Voluntários da Pátria, 448 - loja 83/84 Cobal - Botafogo • Segunda a sábado das 11h30 às 17h • Lanche servido das 9 às 18h30 • Prato feito ou à la carte vegano • (21) 2527-7558 • $$ •

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Florianópolis Tsan The Restaurante Natural Rua Tenente Silveira 111 - 2º andar - sala 206 - Centro • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Bufê oriental ovo-lacto vegetariano • (48) 3223-2511 • $ •

Tempeh Rua 1º de Março, 24 / Sobreloja - Centro • Segunda a sábado das 11h às 16h • Bufê vegano • (21) 2232-8007 • $$ •

Sabor Vital CLN 316, Bloco A - Lj 59 - Asa Norte • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Sábado e feriados das 12h às 15h • Bufê ovo lacto vegetariano • (61) 3349-2171 • $$

Universo Orgânico Rua Conde de Bernadote, 26 - Lojas 105 Leblon • Segunda das 8h às 19h • Terça a sábado das 8h às 21h30 • Domingo das 11h

Terraviva Restaurante Vegetariano SCLN 202 Bloco D - Subsolo • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (61) 3034-5853 ou (61) 3034-8323 • $$

Restaurante Ecológico Clorofila Rua Saldanha Marinho, 1.110 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 14h • Bufê vegano e macrobiótico • (41) 3322-9597 • $$ • Sorela – Bigorrilho Rua Júlia da Costa, 1735 - Bigorrilho • Domingo a sexta das 11h às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3335-3216 • $ Sorela – Centro Cívico Rua Marechal Hermes, 728 - Centro Cívico • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 •

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Segunda a quinta das 18h30 às 22h • Domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê à vontade ovo-lacto vegetariano • (41) 30265794 • $ Super Dog Rua Manoel Pedro, esquina com a Rua Munhoz da Rocha - Cabral • Segunda a sábado das 18h às 00h • Lacto vegetariano e vegano • (41) 9929-7172 • $ • Super Vegetariano Rua Presidente Faria, 121 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h e das 17h30 às 20h30 segunda a quinta • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3223-6277 • $ • Viva Mais Rua México, 231 - Bacacheri • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (41) 3256-8952 • $$ • Salvador Brisa Rua Sargento Astrolábio, 150 - Pituba • Domingo a sexta das 11h30 às 15h • Bufê a quilo lacto vegetariano • (71) 3248-3400 • $$ Health Valley Rua Direita da Piedade, 117 - Piedade • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê lacto-vegetariano • (71) 3329-2176 • $ •

• Empório de Produtos Naturais • Lanchonete • Restaurante Endereço: Rua Direita da Piedade, 17 - Piedade Horário: Segunda a sábado das 11h às 15h (Loja aberta de segunda a sexta das 9h às 19h e sábado 9h às 15h – Lanchonete de segunda a sexta das 7h30 às 19h30 e sábado das 7h30 às 15h) Tipo: Bufê lacto vegetariano e vegano (preço único com suco e sobremesa, tudo à vontade) Mais informações: (71) 3329-2176 Saúde na Panela Rua das Hortênsias, 752 - Pituba • Segunda a sexta das 11h30 às 15h30 e das 17h30 às 21h • Sábado das 11h30 às 16h • Bufê lacto vegetariano • (71) 3353-6788 • $$$ • Porto Alegre Casa Oriental Rua Felipe Camarão, 61 • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3312-8773 • $ • Flor de Maçã Av. Independência, 891 - Independência • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3311-7275 • $ Govinda Restaurante e Lanchonete Av. José Bonifácio, 605 - Bom Fim • Terça a sexta das 11h10 às 14h30 • Sábado e domingo das 11h10 às 15h • Bufê lacto vegetariano • (51) 3332-1704 • $ •


Guia Restaurantes.qxp

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Ilha Natural Rua General Vitorino, 35 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3224-1543 • $ • Mantra Rua Santo Antônio, 372 - Independência • Segunda a sábado das 12h às 14h45 • Prato do dia • (51) 3395-2266 • $ • Natureza Rua dos Andradas, 1.444 - Cj. 12 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3228-3642 •$• Nova Vida Rua Demétrio Ribeiro, 1182 - Centro • Segunda a sexta das 8h às 19h • Sábado das 8h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3226-8876 • $ Prato Verde Rua Santa Teresinha, 42 - Bom Fim • Segunda a sexta das 11h15 às 14h15 • Sábados e feriados das 11h30 às 14h30 • Domingo das 11h30 às 15h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3388-6659 • $ Suprem Restaurante e Café Rua Santo Antônio, 877 • Segunda a domingo das 12h às 15h • Quarta a sábado das 19h as 00h (à la carte) • Banquete hindu aos domingos • Prato feito ovo-lacto vegetariano ou vegano • (51) 3312-2731 • $$ • São Jorge & o Dragão Rua Sofia Veloso, 61 • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30 • Sábado das 12h às 15h30 • prato feito ovo-lacto vegetariano • (51) 3061-1233 • $ • Telúrico Mercado Público - 2º andar - loja 50 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê lacto vegetariano • (51) 3029-3823 • $ • Vida e Saúde Rua General Câmara, 60 • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (51) 3012-5841 • $ Zhong Guo Wei Rua Ramiro Barcelos, 2.099 - Bom Fim • Terça a domingo das 11h30 às 14h30 • Bufê ovo lacto vegetariano • (51) 3331-7915 • $ • Recife Casa do Naturista Rua 24 de Maio, 90 - São José • Segunda a sexta das 11h30 às 15h • Bufê por quilo ovo lacto vegetariano • (81) 3224-2941 • $ • Céu e Terra Rua do Riachuelo, 641 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h30 às 15h e das 17h às 19h • Sábado das 11h30 às 14h30 • À la carte ovolacto vegetariano • (81) 3222-0606 • $ Green Rua Gervásio Pires, 577 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (81) 3223-1701 • $ O Vegetariano Rua Dom Pedro Henrique, 153A - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h30 às 14h • Sábado das 12h às 14h • Bufê lacto vegetariano • (81) 3423-3638 • $$ •

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Govinda Rua Bernardo Guimarães, 114 - Boa Vista • Segunda a sexta das 11h40 às 21h • Sábado das 11h40 às 15h • Parto feito lacto vegetariano • (81) 3221-4202 • $ •

Vegetalle Rua General Osório, 1.577 - Cambuí • Segunda a sexta das 11h30 às 14h30. Sábados, domingos e feriados das 11h30 às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (19) 3231-9345 • $ •

Outras Cidades Aracaju - SE Empório Naturista Rua Pacatuba, 281 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 14h30 • Sábado das 11h às 14h • Bufê com opções ovo-lacto vegetariano e vegana • (79) 3211-8289 • $$

Campo Grande – MS Café Lírio Rua Maracaju, 400 - Centro • Segunda a sexta das 7h às 18h • Sábado das 7h às 13h • Prato feito ovo-lacto vegetariano ou vegano • (67) 3028-4388 • $ •

Araraquara - SP Vivace Rua Voluntários da Pátria, 1.872 - Centro • Segunda a sábado das 11h as 14h30 • Bufê ovo-lacto vegetariano • (16) 3331-8438 • $ • Atibaia- SP Alecrim Rua José Pires, 05 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • Pratos do dia com opções ovo-lacto vegetarianas e veganas • (11) 4411-4946 • $ •

Caxias do Sul – RS Lanchorien Av. Julio de Castilhos, 1.059 • Segunda a domingo das 11h15 às 14h • Bufê lacto vegetariano • (54) 3027-7530 • $ Chapada dos Veadeiros – GO Oca Lila Rua João Bernardes Rabelo, 449 - Alto Paraíso • Quarta a segunda das 12h às 00h (Pizzas a partir das 18h) • Bufê por quilo lacto vegetariano • (62) 3446-1006 • $$

Balneário Comboriú – SC Harmonia da Terra Rua 1.926, 31 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê vegano • (47) 33665942 • $ • •

Cuiabá – MT Ki-Nutre Rua Cândido Mariano, 533 - Centro Norte • Domingo a sexta das 11h às 14h • Bufê por quilo lacto vegetariano • (65) 3321-3540 • $$ •

Belo Horizonte – MG Casa Nascente do Sol Rua Paraguai, 86 - Sion • Segunda a sexta das 8h às 19h • Sábado das 8h às 17h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (31) 3227-3781 • $•

Londrina – PR Tchin Min Rua Sergipe, 1754 – Centro • Bufê ovolacto-vegetariano • Segunda a sábado das 11h às 14h • Domingos e feriados das 11h30 às 14h30 • (43) 3028-6139 • $ •

Jay Rama Av. Getúlio Vargas, 1.220 • Segunda a sábado de 9h às 18h • Prato do dia lacto vegetariano • (31) 3261-1890 • $ •

Tshu Shin Yuen Rua Santa Catarina, 165 - Centro • Segunda a domingo das 11h às 14h30 • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano com opção vegana • (43) 3324-2017 • $ •

Piper Rubra Rua Fernandes Tourinho, 59 - Savassi • Segunda a sexta das 11h às 19h • Sábados das 11h às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (31) 3227-4522 • $ • • San Ro Rua Professor Moraes, 651 • Segunda a sábado das 11h30 às 15h • Bufê ou à la carte ovo-lacto vegetariano e vegano • (31) 3264-9236 • $$$ • Campinas – SP Ecomercado Avis Rara Rua Rei Salomão, 295 - Sousas • Segunda a sexta das 11h45 às 15h • Sábados e domingos das 11h45 às 16h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (19) 3258 4502 • $$ • Lótus Rua Benedito Alves Aranha, 153 - Barão Geraldo • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano • (19) 3289-9821 • $$ Nutrir Rua Dr. Quirino, 1.620 - Centro • Domingo a sexta das 11h às 15h30 • Bufê lacto vegetariano • (19) 3233-3056 • $ • Sal Marinho Rua Padre Vieira, 1040 - Centro • Segunda a sábado das 11h30 às 14h30 • Prato feito ovo vegetariano • (19) 3232-7541 • $$

Maceio – AL Restaurando Mente & Corpo Av. Professor Vital Barbosa, 568 - Ponta Verde • Segunda a sábado das 11h às 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano com opções veganas • (82) 3034-0002 • $ • Niterói – RJ Verdejante Estrada São Sebastião • Sábado e domingo das 13h às 16h • Bufê por quilo ovo-lacto vegetariano e vegano • (21) 3021-2677 • $$$ • Paranaguá - PR Lanchonete Ananda Parivar Rua Maneco Viana, 85 - Raia • Segunda a Sábado das 7h30 às 20h • Lanches e pizzas lacto vegetarianos • Feijoada aos sábados • (41) 3038-1056 • $ Petrópolis - RJ San Te Tang Rua do Imperador, 288 - Lj. 2 - Shopping Pedro II - Centro • (24) 2237-2667 • Segunda a sábado das 11h às 15:30h • Bufê ovo-lacto vegetariano • $$ • Porto Velho - RO Vida Natural Rua Dom Pedro II, 1.251 • Segunda a sexta das 11h às 14h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (69) 3224-3718 • $$

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Ribeirão Preto - SP Éden Rua Campos Salles, 542 • Terça a domingo das 11h30 às 14h30 • Bufê oriental ovo-lacto vegetariano • (16) 3632-2720 • $ Santos – SP Capim Limão Rua Pudente de Moraes, 63 • Prato do dia ovolacto vegetariano • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • (13) 3224-1037 o $ • Gostoso Rua Frei Gaspar, 71 - Centro • Segunda a sexta das 11h às 15h • Bufê ovo-lacto vegetariano • (13) 3219-2105 • $ Maria Farinha Rua Alexandre Herculano, 168 - Gonzaga • Segunda a sábado das 11h30 às 15h30 • Terça a domingo 19h às 24h • Prato do dia lacto vegetariano • (13) 3224-2829 • $$ • São Lourenço – MG Raio de Luz Rua Batista Luzardo, 127 - Centro • Segunda a segunda das 11h30 às 14h30 • À la carte lacto vegetariano • (35) 3332-2325 • $ S. J. do Rio Preto – SP Cia da Saúde Rua Rubião Júnior, 2.930 • Segunda a sábado das 11h às 15h • Bufê por quilo ou à vontade ovo-lacto vegetariano • (17) 3222-5745 • $ Socorro – SP Sabor da Terra Rua 15 de novembro, 84 - Centro • Segunda a sábado das 8h às 21h • Prato feito ovo-lacto vegetariano • (19) 3895-2720 • $ • Sorocaba – SP Good Day Rua da Penha, 1.141 - Centro • Segunda a sexta das 9h às 18h30 • Sábado das 9h às 15h • Opção ovo-lacto vegetariano e vegana • (15) 3231-6228 • $$ • Fruto Amarelo Rua Senador Vergueiro, 46 - Vergueiro • Segunda a sexta das 9h às 19h • Sábados das 10h às 15h • À la carte ovo-lacto vegetariano • (15) 3212-3704 • $$$ • Suzano - SP Lótus Av. Antonio Marques Figueira, 1.515 • Segunda a sábado das 12h às 15h • Bufê por quilo ovolacto vegetariano • (11) 4746-1462 • $ Vitória – ES Cio da Terra Rua Maria Eleonora Pereira, 940 - Jardim da Penha • Segunda a sábado das 11h às14h • À la carte vegano • (27) 3314-1124 • $ • Sol da Terra Rua Barão de Monjardim, 171 - Centro • Segunda a sábado das 11h às 14h30 • Bufê por quilo vegano • (27) 3223-1205 • $$ • Se você é proprietário ou conhece algum restaurante vegetariano que não consta nesta lista, entre em contato com a redação pelo telefone (11) 3038-5066 ou pelo e-mail: vegetarianos@europanet.com.br

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Onde Encontrar1.qxp

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ONDE ENCONTRAR

Mundo Verde - Pão de Açúcar Av. das Américas, 2000 - Box 27 • (21) 2439-1879

Produtos Naturais e Vegetarianos

Mundo Verde - Shopping Downtown Av. das Américas, 500 Bl. 22 - Lj. 109 • (21) 3153-7682

qui você vai conferir o endereço de cem lojas onde é possível encontrar produtos naturais como proteína de soja, tofu, leite condensado de soja, entre outros. São dezenas de lojas em diversos locais do Brasil. Além disso, poderá consultar uma relação de empresas e pessoas que comercializam congelados vegetarianos.

A

Congelados

Lojas

Ana Maria (11) 5579-2314 • www.colchaderetalhos.net

Bahia Salvador Health Valley Brasil R. Direita da Piedade, 17 - Piedade • (71) 3329-2176

CIBO Alimento Natural (61) 9613-6969 • www.ciboalimentos.com.br Casa Gourmet (14) 3227-6801 Especiarias Light (11) 3045-2416 • www.especiariaslight.com.br Grano Alimentações Vegetarianas (11) 3885-6510 Iracema Jorge M. Ferreira (61) 9206-5093 • ocfjdf@gmail.com Mister Veggie (11) 4156-6676 • www.mrveggy.kit.net Quituts Vegan (31) 3461-5841 • todosabor@hotmail.com Sabor Vegetal (11) 9885-4511 • (11) 9875-5165 Sattva (11) 3083-6237 Silvia Amaral (16) 3904-8108 • (16) 3610-2282 Soja Vegan (16) 3917-2797

Mundo Verde (Center Lapa) R. Portão da Piedade, 155 - Lj. 229 • (71) 3328-1308 Mundo Verde (Centro Mercês) Av. Sete de Setembro, 147 • (71) 3329-4671 Mundo Verde (Shopping Iguatemi) Av. Tancredo Neves, 148 - Lj. 22 QDP • (71) 3460-3293 Mundo Verde (Shopping Barra) Av. Centenário, 2992 - Lj. 340/1 • (71) 3264-2883 Mundo Verde (Max Center) Av. Antônio Carlos Magalhães, 846 Lj.s 1 e 2 Ed. Max Center • (71) 3359-0976

Minas Gerais Belo Horizonte Fito Av. Contorno, 6.975 - Sto Antônio • (31) 3344-9505 Juiz de Fora Mundo Verde R. Santa Rita, 526 - Centro • (32) 3216-2831 Nova Lima Mundo Verde Av. Toronto, 508 Lj. 13 • (31) 3541-6220 Poços de Caldas A Casa do Naturista Rua Rio de Janeiro, 16 - Lj.1 - Centro o (35) 3721-4727 Varginha Vita Corpus R. Santa Cruz 887 - Centro • (35) 3212-9980

Mundo Verde - Via Parque Av. Ayrton Senna, 3000 - Lj. 1007 • (21) 2421-9272 Prana Av. das Américas, 4.666 - Lj. 141• (21) 2431-9047 Verdevida R. Lauro Muller, 116 - 4º Piso - D59 (21) 2295-1542 Casa Vitana R. Paissandu, 111 - Lj D - Flamengo (21) 2205-6798

Vitana Av. das Américas, 500 - Bl 8 - Lj.109 • (21) 3139-4171

Carioca Zen R. Humaita, 154 - Humaita • (21) 2286-4786

Teresópolis Mundo Verde Teresópolis Praça Baltazar da Silveira, 60 - Várzea • (21) 2742-3036

Cortando Calorias Av. Alfredo Baltazar da Silveira, 580 Lj. 116-B - Barra Shopping • (21) 2487-9394 Fontes R. Visconde de Pirajá, 605 - Lj. D Ipanema • (21) 2512-5900 Gávea Integral R. Marquês de São Vicente, 75 - Lj. 105 Gávea • (21) 2512-2283 Grão Integral R. das Laranjeiras, 43 - Lj. 13 • (21) 2285-6739

Nova Friburgo Mundo Verde Friburgo Av. Alberto Braune, 94 - Lj. A • (22) 2523-1684 Petrópolis Mundo Verde Shopping Pedro II R. do Imperador, 288 - Lj. 10 • (24) 2237-0021 Mundo Verde Petrópolis R. do Imperador, 864 - Centro • (24) 2242-7788 Mundo Verde Itaipava Estrada União Indústria, 10.067 • (24) 2222-3242 Rio de Janeiro Aipo Verde Leblon R. Ataufo de Paiva, 135 • (21) 2529-2380

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Equilíbrio Produtos Naturais R. Coronel Pedro Demoro, 2222 - Estreito • (48) 3244-5704 R. Felipe Schmidt, 636 - Lj. 14 - Centro • (48) 3025-5704 Espaço Mais Saúde R. Capitão Romualdo de Barros, 916 - Carvoeiras (48) 3234-2837 Casarão de Alimentos Orgânicos R. Pequeno Príncipe, 1.257 • (48) 3237-3077

Irmão Sol R. Barata Ribeiro, 370 - Lj. 103 • (21) 2235-5997

Sabor da Terra R. João Pio Duarte Silva, 1.124 - Córrego Grande (48) 3234-6714

ISEO Alimentos R. Carlos de Vasconcelos, 125 - Lj. Q Tijuca • (21) 2264-5707

Vida R. Visconde de Ouro Preto, 298 • (48) 3223-4507

Mundo Verde - Belford Roxo R. João Fernandes Neto, 1.260 (21) 2662-0909 Mundo Verde - Duque de Caxias Praça do Pacificador, 15 • (21) 2652-2562 Mundo Verde - Nilópolis Estr. Getúlio Vargas, 1.377 • (21) 2791-1060 Mundo Verde - Nova Iguaçu R. Otávio Tarquínio, 165 • (21) 2797-3455 Mundo Verde - Piabetá Av. Santos Dumont, 177 - Lj. 2 • (21) 3655-9422

Rio de Janeiro Cabo Frio Armazém do Bem Rua Casemiro de Abreu, 143 • (22) 2645-2523

Santa Catarina Florianópolis

Mundo Verde - S. José de Meriti R. da Matriz, 56 • (21) 2756-3844 Mundo Verde - Shopping Grande Rio Estr. Municipal São João de Meriti,111 - Lj. 139 (21) 2752-9197 Mundo Verde - Barra Av. Olegário Maciel, 519 - Lj. F • (21) 2492-1469 Mundo Verde - Barra (Ipiranga) Av. das Américas, 7.000 - Lj. 5 • (21) 2431-1993 Mundo Verde - Recreio Av. das Américas, 16.285 - Lj. H • (21) 2487-1111 Mundo Verde - Map Barra Av. das Américas,10.200 - Box 10 • (21) 3150-4709 Mundo Verde - Novo Leblon Av. das Américas, 7607 - Lj. 153 • (21) 2438-9085

RevistaVegetarianos.com.br

Balneário Camboriú Armazém do Colono R. 1500, n. 676 - Centro • (47) 3366-4191 Blumenau Mundo Verde R. 7 de Setembro, 1.213 - lj. 63 • (47) 3222-3142 Caçador Saúde in Natura Av. Santa Catarina, 232 - Centro • (49) 3563-8522

São Paulo Bauru Empório Saúde Av. Getúlio Vargas, 04/09 - Vila Mariana (14) 3224-1616 Indaiatuba Alcaparra R. Pedro Gonçalves, 1041 • (19) 3894-1430 Jundiaí Ártemis Produtos Naturais Galeria Rosário • R. Senador Fonseca, 1.044 - lj 19 (11) 4586 9030 Grão & Cia Av. Comendador Gumercindo Barranqueiros, 550 loja 03 - Estrada da Malota • (11) 4492-1985 Peruíbe Empório Verde Av. Padre Anchieta, 4.361 - Nova Peruíbe Ribeirão Preto Silvia Amaral - Produtos Naturais R. Floriano Peixoto, 441 - Centro • (16) 3019-0885


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Outras Cidades Santo André Mundo Verde Av Portugal, 1.600 • (11) 4432-0375 Veg Armazém R. das Monções 478 - Jardim • (11) 4437 2893 São Paulo Alcaparra Av. Pompéia, 2.544 - Pompéia • (11) 3672-7674 Alternativa Casa do Natural R. Fradique Coutinho, 910 Vila Madalena • (11) 3814-0607 Arte Vegan Av. São João, 439 - 3º andar - Loja 429 • (11) 3222-6702 Banana Verde R. Harmonia, 278 - Vila Madalena • (11) 3814-4828 Bem Viver Av. Pe. Antonio José dos Santos, 1.273 - Brooklin (11) 5507-5418 Bio Alternativa R. Maranhão, 812 - Higienópolis • (11) 3825-4759 Bruxinha Produtos Naturais R. Icanhema, 235 - Cidade Dutra • (11) 5665-8558 Av. Ângelo Cristianini, 127 - Jd. Mirian • (11) 5624-8644 Cerealista Helena R. Santa Rosa, 141 e 149 - Brás • (11) 3227-6767 Cereal Brasil R. Rodésia, 242 - Vila Madalena • (11) 3814-3401 Éden Produtos Naturais Av. Jabaquara, 1469 - Lj. 46 • (11) 2578-4981

Mundo Verde - Alameda Santos Alameda Santos, 2223 • (11) 3064-2015 Mundo Verde - Itaim R. João Cachoeira, 554 • (11) 3071-1069 Mundo Verde - Shopping Jd. Sul Av. Giovanni Gronchi, 5.819 - lj. 186 • (11) 3739-2435 Mundo Verde - Moema Av. Cotovia, 890 • (11) 5096-3810 Mundo Verde - Perdizes R. Cardoso de Almeida, 1.538 • (11) 3875-6103 Mundo Verde - Pinheiros Av. Pedroso de Moraes, 983 • (11) 8323-0700 Mundo Verde - Santana R. Doutor César, 237 • (11) 6950-9630 Mundo Verde - Tatuapé R. Apucarana, 642 • (11) 6225-3171 Mundo Verde - Vila Nova Conceição R. Afonso Braz, 462 • (11) 3842-9440 No Murder - Extreme Noise R. 7 de Abril, 154 - lj. 26 - 1º andar Naturais e Orgânicos R. Dr. Cesar, 530 - Conj. 808 - Santana • (11) 6971-8858 Ponto Verde R. do Estilo Barroco, 442 - Sto. Antônio (11) 5182-5161 Positiva Praça das Canárias, s/n - Box 19 - Vila Formosa (11) 6676.2553

Empório Roots Av. Mercúrio, 222 - Brás • (11) 3227-3020

Sabor Natural Av. Leoncio de Magalhães, 1.297 Jardim São Paulo • (11) 6978-7369

Empório Siriúba Al. Franca, 1.590 - Jardins • (11) 3081-4303

Seipar Produtos Naturais R. Paracuê, 340 - Sumarezinho • (11) 3672-9691

Espaço Livre (Orgânicos) R. Maria Carlota, 900 - Penha • (11) 6091-7423

Vida Leve R. João Cachoeira, 213 - Itaim • (11) 3078-0198

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Brasília - DF Empório Verde SCRN 714 e 715 - Bloco G - Lj. 34 • (61) 3347-7725 Mundo Verde SDNCNB - Conj. Nacional - Lj. C 01-A • (61) 326-1313 Nutribem SHLN BL M QD 515 • (61) 3347-9940 Pão do Céu Produtos Naturais QSA3 - Lote 1 - Lj. 5 - Centro (61) 3562-2698 Curitiba - PR Armazém Alternativo Galeria Júlio Moreira - Lj. 04 - Centro • (41) 3233-6928 Estação das Ervas Produtos Naturais R. Brasílio Itiberê, 3559 - Água Verde • (41) 9172-7579 Paiol da Soja R. Chile, 970 • (41) 3332-3258 Fortaleza - CE Mundo Verde - Cid. dos Funcionários Av. Oliveira Paiva, 2797 - Lj. 18 • (85) 271-2770 Mundo Verde - Papicu Av. Eng.Santana Jr., 2277 - Ljs - 1,2 e 3 (85) 249-3631 Mundo Verde - Aldeota Av. Santos Dumont, 3000 - Lj. 20 • (85) 264-3987 Mundo Verde - Shopping Iguatemi Av. Washington Soares, 85 - lj. 415 (85) 241-4088

Porto Alegre - RS Aloe Vita Produtos Naturais R. Felipe Camarão 622 - Bairro Rio Branco (51) 30193383 / 30292048 Mundo Verde Av. João Walling, 1.800 - lj. 2218 Shopping Iguatemi • (51) 3381-3465 Recife - PE Mundo Verde - Tacaruna Av. Agamenon Magalhães, 153 - Lj 253 (81) 3223-8371 Mundo Verde - Shopping Plaza R. Dr. João Santos Filho, 255 - Lj 9 (81) 3267-7369 Mundo Verde - Shopping Recife R. Padre Carapuceiro, 777 - Lj. BV90 (81) 3326-0166 São José - SC Dunati Produtos Naturais Integrais R. Coronel Américo, 1.835 • (48) 3035-4519 Vila Velha - ES Mundo Verde Av. Carioca, 353 - Lj. 201C - 3PV - 1PS (27) 3320-6320 Vitória - ES Mundo Verde Av. Américo Buaiz, 200 - Lj.s 238 (27) 3335-1238

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FRASE DO MÊS

Samuel Butler Reprodução

(1835 • 1902)

O homem é o único animal que consegue estabelecer uma relação amigável com as vítimas que ele pretende comer

O escritor inglês Samuel Butler é mundialmente conhecido por seus romances Erewhon e The Way of All Flesh

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