Ode Lusitana Número 1 – Dezembro 2014
“The Undivided”, é o nome do EP lançado em novembro de 2014 pelos lisboetas Annihilation (brutal/technical death metal). Uma edição a descobrir e a seguir também no videoclip “Feeding the Void”. Para 2015 está previsto o sucessor do álbum de estreia (“Against the Storm” de junho de 2011 pela Casket Music) e terá como título “The Undivided Wholeness of All Things”.
Editorial Bem-‐vindos ao número 1 da Ode Lusitana, em que temos como principal novidade o aumento do número de páginas, mas também a introdução de entrevistas. Aos poucos as novidades vão aparecendo! Mas acima de tudo o agradecimento por todo o apoio que foi dado. Sinal de que o metal em Portugal vive e respira saúde. Obrigado pelo vosso apoio! Ainda há muito trabalho a ser feito, novas ideias a serem inseridas, o melhoramento da parte gráfica (que por vezes nos dá bastante luta!), pequenos pormenores a serem alterados. Os princípios é que serão mantidos, sendo o principal a divulgação do metal nacional e de tudo o que se passa no nosso território. São 8 páginas de edição gratuita com saída mensal. Imprimam esta zine (A5), enviem para as pessoas e sejam vocês próprios a divulgar o nosso metal! Marco Santos
Breves A 12ª edição do Moita Metal Fest já está em
Through the Silence, banda de metalcore da Angra do Heroísmo (Terceira, Açores) edita a 20 de dezembro o seu EP de estreia “Debt of Words”. Praticantes do seu som característico heavy metal/punk rock, os lisboetas The Temple preparam para o início de 2015 o terceiro álbum de originais de nome “Serpentiger”. Após o lançamento em 2004 do clássico “Diesel Dog Sound”, tem um single de apresentação de nome “Nation on Fire”. Som do Rock lança no dia 13 de dezembro uma compilação de Metal Nacional com 13 bandas: Killt, Urban War, Frost Legion, Veinless, Requiem Laus, Tyrania, Kormel, Elitium, Cruz de Ferro, Sonneillon BM, ThorVus, SIStema e Shadowsphere. Os KillButton provenientes de Turquel lançaram este mês o seu álbum de estreia “Halos Against the Dark”. Produzido por Pedro Mendes, misturado e masterizado pelo Daniel Cardoso, praticam aquilo a que chamam “um rock azul escuro metalizado”. Solveig, banda de black metal de Almada, mas com fortes influências melancólicas, ambientais e atmosféricas, está a preparar um EP para ser lançado brevemente. Podem ouvir a demo “Craving a Veil of Stars” em solveigofficial.bandcamp.com.
preparação e para o ano decorre de 27 a 28 de março. Vamos ter a participação de Bizarra Locomotiva, Grog, Switchense, Iberia, Web, Miss Lava, Wako, Terror Empire, Albert Fish, Karnak Seti, Crossed Fire, Destroyers of All, Analepsy e Borderlands, assim como os ingleses Onslaught. “Entangled” é o nome do EP de estreia dos The Autist, banda lisboeta de metal/djent/groove a seguir atentamente.
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lançam em 1994 a demo “Evil Tape” e em 1995 a demo com 2 temas “Promo Tape”. O primeiro longa duração só será lançado pela Independent Records em 2005, de nome “World Wide Web”. Após a edição de dois singles, o “Resilient Casket” de 2008 e “Awake” de 2010, é apenas em 2011 que lançam o segundo longa duração “Deviance”. A banda actualmente é constituída pelo Fernando Martins (voz e baixo), Victor Matos (guitarra), Filipe Ferreira (guitarra) e Pedro Soares (bateria), que estão a preparar o novo álbum, gravado no Raising Legend Studios com produção de André Matos, mistura e masterização de Pedro Teixeira. www.facebook.com/webthrashmetal www.webthrashmetal.com/index.php/pt/
21º Mangualde Hard Metal Fest O HardMetalFest, ou simplesmente HMF, como é conhecido por todos, tem como divisa: “O festival de peso mais antigo do país”. Organizado por Rocha Produções, em que temos o José Rocha e a sua equipa, já é hábito apresentar no início de cada ano uma descarga de bandas que nos levam aos mais variados géneros existentes. O primeiro evento começa por ser realizado de verão de 1997, mais precisamente no dia 1 de agosto, no Antigo Ciclo Preparatório de Mangualde. O cartaz era constituído por Decayed, Shiver, In Solitude, Angriff, Karseron e Lost Fane. Desde então tem mudado de datas e de locais, até que assenta arraiais no C.C. Santo André (Mangualde) e a decorrer sempre no mês de janeiro. No próximo dia 10 de janeiro de 2015 não percam o XXI Mangualde HMF, com a nossa armada portuguesa em que constam os Web, Midnight Priest, Serrabulho, Ravensire, Enchantya, Acromaníacos, Terror Empire e Undersave. Tambem teremos por Mangualde os Desaster (Ale), Cancer (Ing), Arkham Witch (Ing) e Display of Powers (Esp).
Serrabulho, banda de “happy” death/grindcore formada em 2010 em Vila Real, lançam o primeiro longa duração no ano de 2013. “Ass Troubles” é lançado pela Vomit Your Shirt e marcam a diferença no cançonetismo português especialmente através dos seu concertos. Em Maio de 2014 participam na compilação da Base Records (Esp) “Spanish (and Guests) Tribute to Dead Infection. O segundo álbum “Star Whores” será gravado no início do próximo ano e será editado pelo selo alemão Rotten Roll Rex. A banda é formada por Paulo Ventura (voz, guitarras), Toká (voz), Guilhermino Martins (baixo) e Ivan Saraiva (bateria). www.facebook.com/serrabulhogrind www.reverbnation.com/serrabulhogrind
Ravensire, banda de Lisboa fundada em 2011 tocam um “heavy metal cru e apaixonado” como definido pela banda. Com esse espírito incumbido na formação lançam em outubro de 2012 o EP “Iron Will” pela A Forja. Depois das excelentes críticas e de novas substituições na banda entram no Ion Pit Studio para gravar a álbum de estreia “We March Forward”, editado em novembro de 2013 pela Eat Metal Records (Gré). Também em novembro de 2013 editam o split 7” com os irlandeses Terminus através da Underground Power Records (Ale). Ravensire é formada por Rick Thor (voz/baixo), Zé Rockhard e Nuno Mordred (guitarras) e F (bateria). www.facebook.com/Ravensire www.reverbnation.com/ravensire
Lendária banda do Porto praticante de thrash metal, nasce em outubro de 1986 através de dois roadies dos Tarântula. David Duarte (voz), já falecido em Maio de 2001 e Victor Matos (guitarra). As constantes alterações na formação da banda ao longo dos primeiros anos torna as coisas mais difíceis do que inicialmente previstas. A primeira apresentação em público é feita no dia 8 de novembro de 1987 no Rock Rendez Vous , como banda de abertura dos Tarântula. O primeiro tema gravado foi o “A New Evil Kingdom” que iria fazer parte da compilação “The Birth of a Tragedy” de 1992 editada pela MTM. Os Web a partir daí
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recebe excelentes críticas e os leva a vários concertos pelo país. Durante este ano de 2014 assinam com a Nordavind Records (Ovar) e preparam a edição do primeiro longa duração para fevereiro de 2015, com o nome “The Empire Strikes Black” e que promete agitar as águas. Os Terror Empire são constituídos por Ricardo Martins (voz), Rui Alexandre e Sérgio Alves (guitarra), João Dorado (bateria) e Rui Puga (baixo). www.facebook.com/terrorempire www.terrorempire.net
EnChanTya, banda lisboeta de Gothic Progressive Metal, nasce em 2004 como um projeto individual da Rute Fevereiro vocalista das Black Widows. Da reunião com outros músicos é lançada a demo “Enchantya” em 2004 constituída por 3 temas e em 2006 é lançado o EP “Moonlight the Dreamer”, que recebe boas críticas. O álbum é divulgado em vários concertos junto com bandas como Desire, Hyubris, Insaniae, Incoming Chaos e Thee Oracle. No outono de 2009 começam a pré-‐produção do novo álbum, que culmina apenas em 2012 com o lançamento do tão aguardado “Dark Rising” pela Massacre Records (Ale). A banda é constituída pela Rute Fevereiro (voz), Nuno Seven e Bruno Prates (guitarras), MP (baixo) e Bruno Guilherme (bateria). www.facebook.com/EnChanTya www.enchantya.com
Undersave, banda de death metal de Lisboa formada originalmente como trio em 2004, grava a sua estreia, a demo de 3 temas “Domestication of Human Race” em 2005 no Garagem 22 Studios com o Paulo Vieira. Depois de muitos concertos e boas recepções à demo gravam no Brugo Sound Studios com o Hugo Camarinha o EP “After the Domestication Comes the Manipulation” (2008). Em 2012 editam o primeiro longa duração “Now... Submit Your Flesh to the Master’s Imagination” pela War Productions, com gravações no Brugo Sound Studios e Moshpit Studios com o Paulo Vieira. Praticantes de um som triturador são constituídos pelo Nuno Braz (voz/guitarra), Hugo Pote (bateria), Diogo Almeida (baixo) e João Jacinto (guitarra). www.facebook.com/Undersave
Midnight Priest, banda de Coimbra reconhecida pelo seu heavy metal desenfreado, é formada em 2008 em Coimbra. Em 2009 lançam a demo de estreia “The Priest is Back” através da Herege Warfare Productions, com letras em português e onde se destaca o tema “Rainha da Magia Negra”. Este tema dará origem ao EP com o mesmo nome lançado em setembro de 2009 pela StormSpell Records (EUA). Em 2011 editam o primeiro longa duração “Midnight Priest” pela StormSpell Records, onde pontifica o tema “À Boleia com o Diabo”, conseguindo sair vencedores em 2012 do Wacken Open Air Metal Battle Portugal. Em 2014 editam pela Tanyte! Records a demo “Hellbreaker – Demo XXIV”, já com temas em inglês, onde temos na voz Lex Thunder em substituição do vocalista original The Priest. No dia 25 de novembro de 2014 editam o novo álbum “Midnight Steel” pela Slaney Records (Irl). A banda é constituída por Lex Thunder (voz), Iron Fist e Steelbringer (guitarras), Joe Dalton (baixo) e Alex WarTank (bateria). www.facebook.com/midnightpriest www.midnightpriest.com
Acromaníacos, histórica banda do punk rock nacional tem a sua origem na Bobadela no longínquo ano de 1991. A edição das demos sucedem-‐se ao longo do tempo com “AM” (1992), “Olho do Cu” (1994), “Acromaníacos” (1996) e “Xiii... torceu dí novo” (1999). Em 1997 editam o seu álbum de estreia “Dietarreia”, composto por 22 temas. Em 2000 nos estúdios “Cais 14” gravam o segundo álbum “Qê Lête” e em 2004 o álbum “Pitamupau”. A banda forma a editora “A Vaca Morri Records”, pela qual lança o quarto longa duração “Bob”, com todo o trabalho a ficar a cargo do Paulo Vilares. Uma carreira longa e com muitas participações em colectâneas e tributos festejam os 20 anos com o lançamento do duplo álbum ao vivo “A Tua Tia”, gravado no Clube Recreativo Bobalense a 9 de dezembro de 2011. Serralha (voz e guitarra), Xixo (baixo) e Tico (bateria), formam os Acromaníacos. acromaniacos.com.sapo.pt
Os thrashers Terror Empire de Coimbra nascem em 2009 e espalham o seu som rápido e agressivo. Em junho de 2012 editam o seu EP de estreia “Face the Terror” que
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por fechar, hoje não temos um espaço em Aveiro dedicado exclusivamente às sonoridades mais pesadas, quase não há lugar onde possamos realizar um concerto, mas em contrapartida as bandas estão cada vez a aparecer mais e mais fortes, não só as da velha guarda mas também esta nova geração de miúdos que sabem bem o que querem… espero que pelo menos nesse aspecto, assim continue….
A Firecum Records tem como porta estandarte a divulgação/distribuição de demos clássicas do underground português. Criados este ano, já editaram trabalhos dos Deification, Downthroat e Firstborn Evil. Ficamos um pouco à conversa com o Vasco Reigota e o Peter Junker. -‐ Viva pessoal! É um prazer ter-‐vos neste número da Ode Lusitana e para começar nada melhor de perguntar-‐vos se vocês ainda se lembram como é que ambos se conheceram? Peter: Honestamente já não me recordo bem mas penso que começou por termos alguns amigos em comum naquele eixo Aveiro/Ílhavo em torno do heavy metal que ligava o pessoal naquela altura, mas começamos a conviver mais frequentemente após o Vasco organizar o primeiro festival de heavy metal de Ílhavo no qual eu participei com os Booby Trap.
-‐ Com a passagem dos anos o movimento voltou a dar sinais de vida e ultimamente aparece a Firecum Records. Qual a ideia por trás deste vosso projecto? Peter: Era uma ideia que eu já andava a magicar há um bocado na minha cabeça mas por falta de tempo, apoio e alguém para partilhar esta aventura comigo, nunca passou do papel, entretanto calhou em conversa com o Vasco em como ele gostava de reeditar a demo da sua antiga banda, Deification com alguns melhoramentos ao nível de som e num formato mais actual do que a velhinha e original cassete, a partir dai as coisas aconteceram em catadupa; tratar de remasterização, do artwork, de definirmos o que seria a imagem de marca da editora e em menos de um mês tínhamos o CUM001 na rua…. Certo é que a Firecum Records foi criada com o intuito de disponibilizar em formato CD demos clássicas do underground nacional, se possível remasterizadas e com temas extras inéditos que possam enriquecer a edição original mas também é verdade que ambicionamos, mais cedo ou mais tarde dar o passo seguinte que passa por editar novas bandas…
-‐ O movimento na década de 90 em Aveiro/Ílhavo e arredores era bastante forte, com muita coisa a acontecer a todos os níveis. Foi uma época excelente para o metal na região? O parricídio feito pelo Tó Jó (Agonizing Terror) em 1999, abalou fortemente a cena local? Vasco: Os anos noventa foram produtivos na nossa zona, é um facto! Como sou de Ílhavo começo por cá. Em Ílhavo nunca houve muita gente a fazer alguma coisa. Eu tive alguns projectos, A Prophetical Fanzine, a Lustful Records, etc…. Nessa altura, adolescente e sem dinheiro nenhum, organizei dois concertos onde actuaram bandas como Moonspell, Xharathorn, Disgorged… actualmente Heavenhood, Malevolence, Deification… a minha banda, Agonizing Terror, e os Booby Trap do Peter Junker entre outras. Tirando isso, existiu uma newsletter e uma distro do amigo Adão Jr… a Mishantropic; da qual também fiz parte. Além disso tivemos a Adrenaline Prod do amigo Francis Cole, que embora mais virada para o gótico, também organizou eventos com bandas de Metal. O pessoal dos Agonizing Terror tambem cá trouxe bandas como Grog, Shiver, Aberration e Autopsia. Actualmente só o Blindagem organiza aqui alguma coisa. E claro… temos o Vagos Open Air aqui ao lado. Sobre o parricídio não vou comentar, apenas posso dizer que os tempos seguintes não foram nada fáceis aqui em Ílhavo. A cena em Ílhavo acabou. Peter: Em Aveiro também não foi muito diferente, recordo saudosamente os anos 90 em que havia praticamente uma banda a ensaiar em cada esquina, infelizmente essa força morreu com a entrada no novo milénio, mesmo os poucos espaços que ainda realizavam concertos acabaram
-‐ Sei que as próximas edições estão no segredo dos deuses, mas já entraram em contacto com mais alguém? Como é que as pessoas reagem aos vossos contactos? Qual a recepção que está a haver por parte do público? Vasco: Nem os Deuses sabem de nada! Sim, claro que foram feitos contactos. A Firecum é um tributo ao underground nacional como vocês podem comprovar com os nossos lançamentos. Gostamos de dizer que trazemos recordações ao pessoal mais antigo e novidades antigas aos mais novos. Trabalhamos com bandas que achamos que merecem ser trazidas á tona por diversos e variados motivos. A reação das bandas convidadas têm sido simplesmente espectacular! Trata-‐se de pessoal old school, com o Metal no coração. Nós não temos lucros que nos possibilitem recompensar dignamente as bandas mas até agora nunca houve problemas com isso e as bandas aceitam o convide com agrado e orgulho. Orgulho do qual
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partilhamos! A reação do publico tem sido bastante boa! Temos já pessoal a colecionar as nossas edições o que demonstra interesse. Deification já esgotou e Downthroat e Firstborn Evil vão a caminho.
Banda lisboeta de brutal death metal/grindcore os Grog são uma das bandas mais representativas do género no panorama musical. Formados em 1991, estreiam-‐se em 1992 com a demo “The Bluuaaarrrgghh Rehearsal”. Seguem “A Nauseating Sweet Taste” (1993) e “Promo Tape ’94 (1994) e o EP “95 Stabwounds in Your Throat” (1994). Em 1996 editam através da Skyfall Records o primeiro longa-‐duração “Macabre Requiems”. Voltam às demos com “Regurgitape” (1999) e “Madness Horror and Guts Live” (2000). Em 2001 voltam com o álbum “Odes to the Carnivorous” através da Shock Wave Records. O último lançamento é de 2011 com “Scooping the Cranial Insides” pela Murder Records. Banda constituída pelo Pedro Pedra (voz), Ivo Martins (guitarra), Alexandre Ribeiro (baixo) e Rolando Barros (bateria). 23 Years in Grog We Grind!!! www.facebook.com/grogpt Brevemente iremos ter a reedição da primeira demo dos Grog (“The Bluuaaarrrgghh Rehearsal”) através da Dina Dog Records. Estejam atentos.
-‐ Qual a vossa opinião acerca do panorama em Portugal, desde as bandas até ao público e passando por toda a máquina que envolve o meio? Vasco: O que dizer? Temos bandas espectaculares, concertos e festivais aos pontapés. Bandas a editar trabalhos regularmente. Temos algum reconhecimento internacional. Era isto que queríamos quando éramos putos há 25 anos atrás! Temos variedade e qualidade de escolha, não há desculpas para queixumes. O publico está lá sempre que possível, somos um pais pequeno não se esqueçam disso porque é isso que nos torna grandes! -‐ Últimas palavras para os leitores da Ode Lusitana. Vasco: Obrigado por todo o apoio que nos têm dado. Esperamos estar cá muito tempo com todos vocês do nosso lado. Obrigado Marco pelo apoio e que faças e bom trabalho com a Ode Lusitana e que ela perdure. Muito obrigado e respeito a todos! Peter: É importante que projetos como a Firecum e a tua Ode Lusitana continuem a alimentar o underground, é isto que distingue o heavy metal de todos os outros géneros, a dedicação a este género musical tão único e apaixonante…go and spread the word… WE CUM FOR YOU ALL!!! www.facebook.com/firecumrecords
Formados em Sabugo (Sintra) em 1995 os Concealment tocam uma mistura de progressive death metal com grindcore. Em 1996 lançam a demo de estreia “Naked... Drowned... Art” ao que se segue a demo “Imperaffection” de 1999. Após uma longa pausa tornam em 2005 com o EP “Of Malady”, e o longa-‐duração “Leak” chega em 2007 pela espanhola DFX Records. O último trabalho que tem para nos mostrar é o “Phenakism” através da portuense Major Label Industries. Na formação temos o Filipe Correia (voz, guitarra), Paulo Silva (baixo) e David Jerónimo (bateria). www.facebook.com/concealmentband
No próximo dia 20 de dezembro no Showcase em Almada vamos ter a actuação dos Grog e dos Concealment num concerto sob o lema “Natal Fatal – Odisseia no Presépio”.
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O tornar-‐me músico, veio por acréscimo. Através das amizades que criei com os meus companheiros de juventude e infância, amizades que ainda se mantêm. Conheci um pessoal nas aulas de Karaté, que frequentava nessa altura, todos de Santo António dos Cavaleiros, então no meio desse grupo de amigos surgiu a ideia de formar uma banda de Heavy Metal. Através de violas acústicas, almofadas, bancos, panelas e tampas de tachos, para se fazer uma bateria, começámos essa aventura. Depois começámos a alugar um estúdio de ensaios em Lisboa, segundo me recordo, na Rua Morais Soares. Era aí onde fazíamos o barulho mais a sério e onde os Guilhotina (o primeiro nome da banda) começaram a compor e a tocar as primeiras músicas, numa vertente mais Punk/Hard Core. Mais tardes, através das mesadas, prendas de aniversários e natais, surgiram os primeiros instrumentos. Por volta de 1989/90 a banda passou a denominar-‐se Extreme Unction, inicialmente com uma sonoridade mais Thrash e mais tarde Death Metal. Os ensaios passaram a alternar entre as nossas casas, a Associação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros e um estúdio na Povoa de Santo Adrião. -‐ Os Festering são formados em 1992 e junto com o vosso outro projecto, os Morbid Symphony editam um split. Isto tudo ao mesmo tempo que através dos Extreme Unction também editavam material. Na altura o que representava os Festering para vocês? Os Extreme Unction tiveram um papel importante nos Festering? Extreme Unction era a nossa/minha banda, era através dela que ambicionamos viver da/para a música. Os Morbid Symphony e os Festering, bem como os Necro Terror, Benevolence ou Gritos Oleosos, eram projetos paralelos que eu tinha com alguns elementos dos E.U., ou com outro pessoal. Esses projetos reuniam outro tipo de influências musicais que não tinham espaço nos Extreme Unction. Nessa altura havia tempo para tudo, só estudávamos e tocávamos música. Sempre que surgia alguém com uma ideia para uma sonoridade diferente da banda principal, criávamos um projeto e gravávamos alguma coisa nos nossos locais de ensaio, através dos nossos meios. Os Extreme Unction eram a banda principal, para a qual investíamos o nosso dinheiro, com a qual dávamos concertos. Os E.U. foram importantes para os restantes projetos, devido aos músicos que se envolviam nesses mesmos projetos e as influências diversificadas que traziam para eles. -‐ Em 2012 apresentam a demo “From the Grave” e pouco depois editam o portentoso EP “Exhumed”. O que acharam da recepção do público a estas duas edições que servem de regresso aos Festering? Penso que a receção foi positiva, pelas opiniões recolhidas, acho que as pessoas gostaram do trabalho. Nomeadamente da Demo-‐tape, pois o EP teve uma edição muito limitada, daí não dispormos de um termo de comparação. Mas penso que, duma maneira geral fomos bem recebidos, pelo que podemos aferir através do rápido escoamento do material em venda.
Festering, banda de death metal formada em 1992 em Santo António dos Cavaleiros, entra num interregno pouco após a formação, voltando em 2012 com dois trabalhos. A demo “From the Grave” e o EP “Exhumed”. Actualmente de volta de um novo registo falamos com o Koja Fernandes, uma autêntica ‘instituição’ do metal português. -‐ Viva Koja! Ao pesquisar acerca dos Festering e de rever as bandas das quais já foste elemento, pergunto se ainda te lembras de como é que começaste a ouvir metal? E como é que passas a ser um intérprete musical? Então vamos por partes. Primeiro comecei a ouvir metal, só depois me tornei “músico” de metal. Tive o primeiro contacto com a música pesada em meados dos anos 80, 1984/1985, por aí, e, foi através de um facto curioso. Um dia vinha da escola e encontrei uma cassete na rua, no chão e levei-‐a para casa. Essa cassete tinha várias músicas gravadas de algumas bandas, que na altura não fazia ideia quem eram, mas as quais mais tarde vim a descobrir. Bandas como Helix, Saxon, Iron Maiden, Motorhead, etc. Até à altura não tinha grande interesse por música, nem sequer tinha aparelhagem sonora para a ouvir. O que se ouvia em casa era a televisão e sobretudo rádio, através do meu pai, que tinha sempre uma “telefonia” ligada lá em casa. Não tinha aparelhagem, mas tinha um daqueles pequenos gravadores, usados para carregar os jogos de computador no saudoso ZX Spectrum 46K. O famoso gravador de cassetes da marca “Computone”. Quando pus a cassete nesse mítico gravador e comecei a ouvir aquilo, a minha vida mudou completamente. Até ali o que me interessava de música era Bryan Adams, Scorpions e alguma música que se ouvia nos anos 80, mas não tinha nada deles, cassetes ou discos. A partir daí começou a minha busca incessante por bandas de metal, comprei um gravador como deve ser (com colunas e tudo… lol…) e comecei a ouvir bandas mais pesadas como Metallica, Slayer e assim. Uma das coisas que me ajudou muito na minha entrada na música pesada, foi uma estação de televisão pirata, que surgiu nos anos 80, penso que se chamava TRL (Televisão Regional de Loures), nesse canal pirata, para além de filmes, existia um programa de Heavy Metal. Foi aí onde tive um contacto mais profundo com o mundo do Heavy Metal, através dos videoclipes que emitiam. Depois surgiram os programas de rádio, “O Mensageiro do Massacre” na Rádio Voz de Almada, o “Lança-‐chamas”, etc. Quando dei por mim, já pertencia à tribo dos metaleiros, onde criei amizades com vários nativos da mesma etnia.
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surja não deverá ter pretensões à originalidade, pois a sua música terá sempre uma base em algo já feito. Não digo que as bandas não possam ter a sua sonoridade própria, algo que os distinga dos demais, mas originalidade e inovação não me parece muito provável. A prova disso é a onda de revivalismos que ciclicamente vai surgindo em todos os quadrantes da música. Hoje em dia existem melhores instrumentos, tecnologia altamente evoluída, mais, maior e melhor acesso ao conhecimento musical. Quer à divulgação do nosso trabalho, quer ao estudo e execução da própria música. Escolas, professores, literatura, vídeos na internet, enfim... uma panóplia de fontes de informação nos mais diversos formatos. Mas isso melhora a sonoridade da música, a qualidade técnica ajuda muito, mas se não houver criativos, bons compositores, a música não chega às pessoas, o público não se revê no que ouve. Um bom executante, com bons instrumentos e bons recursos financeiros e logísticos, não será obrigatoriamente um bom compositor. E o Death, Heavy, Power, Speed, Grind…como o jazz, blues ou a música clássica, é uma forma de arte, e os músicos são os artistas. Sendo assim, não basta haver bons executantes, é preciso a genialidade dos músicos para marcar a diferença entre o que é som e o que é música. Mas claro está… os verdadeiros juízes são o público, os ouvintes, neste caso os metaleiros. -‐ É tudo e muito obrigado por esta colaboração. E já agora uma última palavra para os leitores. Espero que apoiem o metal nacional e as bandas que, com grande esforço, mantêm Portugal no mapa da música pesada. Muitas vezes as bandas parece que precisam alcançar o respeito internacional, para receber o devido mérito no nosso país. Consumam o material das bandas nacionais, apareçam nos seus concertos e divulguem o nosso trabalho pelos vossos locais de socialização, físicos ou virtuais. \m/ .. .Death Metal…The Brutal Way!!!... \m/
-‐ Passados estes anos já tem prevista a edição do longa duração para breve? Como decorreram as gravações? Quais as temáticas que abordam? Neste momento estamos em gravações de 10 novos temas, para uma possível edição, caso surjam interessados em lançar o álbum. Estas novas músicas abordam temas mais violentos, numa vertente mais “gore”, desde guerras étnicas e religiosas, genocídios históricos, a temas mais surreais ligados ao terror, ao imaginário zombie e dos velhos filmes de humor e horror como: “The Texas Chain Saw Massacre”; “Bad taste”. Musicalmente, a sonoridade dos novos temas aproxima-‐ se mais do Gore/Grind (Napalm Death, Carcass), embora se mantenham as influências Death Metal (Entombed, Death, Bolt Thrower, Obituary). Está previsto também, não sei se ainda para este ano, o lançamento em CD dos dois trabalhos de 2012 (Demo + EP). Edição conjunta da Sinais produções, War Prod e Caverna Abismal. -‐ Ao longo destes anos dentro do meio qual é a tua opinião acerca do metal feito em Portugal? As coisas estão melhores? O death metal ainda respira por cá? Penso que duma maneira geral o Death Metal em Portugal tem subido de nível, tem acompanhado os tempos e a décalage que existia entre o que se fazia lá fora e o que se fazia em Portugal esbateu-‐se. Temos bandas com qualidade equiparada ao que se faz nos outros países. Penso que isso é transversal aos outros estilos de Metal. Temos excelentes bandas a lançar bons trabalhos, desde o mais pesado e extremo ao mais melódico e tradicional, como é o caso dos últimos trabalhos de Neoplasmah, Filli Nigrantium Infernalium, Ravesire, Perpetrator… existem boas bandas dentro do Death/Grind, das quais aprecio e que estão bastante ativas em Portugal, Undersave, Dementia 13, Serrabulho, Holocausto Canibal, Grog, Serrabulho, Dawn of Ruins. Há vinte e tal anos atrás, tal como hoje, havia boas bandas. Não havia as mesmas condições logísticas, tecnológicas e técnicas, nem os músicos eram tão dotados, embora existissem alguns bons executantes. Não havia tantas condições, mas existiam músicos talentosos, criativos e com grande vontade, e, havia todo um admirável mundo novo por explorar. Pois hoje em dia, porventura, estará tudo inventado, qualquer banda que
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Agenda Dezembro
Misantropia: aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Misantropia Extrema: Diário de música extrema e emocionalmentre exigente. Um dos sítios mais interessantes e actualizados na divulgação do metal dentro e fora de portas. Notícias, críticas a discos, entrevistas, reportagens de concertos, há de tudo um pouco. Podem também subscrever notificações via mail. misantropiaextrema.wordpress.com www.facebook.com/Misantropia-‐Extrema
19 – Sacred Sin / Hourswill / Humanart – Hard Club, Porto 20 – Sacred Sin / We Are the Damned / Diabolical Mental State – RCA Club, Lisboa 20 – Grog / Concealment – Showcase, Almada
Janeiro 10 – Cancer (Ing) / Desaster (Ale) / Arkham Witch (Ing) / Display of Power (Esp) / Web / Midnight Priest / Serrabulho / Ravensire / Enchantya / Acromaníacos / Terror Empire / Undersave – XXI Mangualde HardMetalFest – Mangualde 17 – Midnight Priest / Ravensire / Corman – RCA Club, Lisboa 24 – Prostitute Disfigurement (Hol) / Grog / Jig-‐Ai (RC) / VxPxOxAxAxWxAxMxCx (Aus) / Raw Decimating Brutality / Serrabulho / Dalle Killers (Esp) / Analepsy / Görrinerh (Esp) / Shoryuken – ‘XXX’Apada na Tromba, RCA Club, Lisboa
Bunker Store, situada no Centro Comercial Invictos (loja 12) na Rua Passos Manuel (Porto), é uma loja dedicada exclusivamente a discos em vinil, cassetes e merchandise oficial de bandas. Loja a visitar e a ter dois dedos de conversa com os mentores Manuel Fernandes e Pedro Branco.
Próximo número com previsão de saída a 15 de janeiro de 2015. Para qualquer informação contactem-‐nos através do nosso perfil Ode Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com
Desejos a todos de um bom ano de 2015 com muita música!
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