Ode Lusitana # 17 - dezembro 2016

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Número 17 – Dezembro 2016

Marco Santos – Ode Lusitana

Adamantine – Waterland – Sacred Sin – Xeque-Mate Miss Cadaver – Heavenwood – Happy Farm - Cavemaster The Ominous Circle – Mangualde HardMetalFest Colhões de Ferro – Milagre Metaleiro


Editorial

Breves / Notícias

Mais um número da Ode Lusitana, mais um editorial e como por vezes é necessário inspiração, mais concretamente inspiração acústica, nada melhor do que ouvir o álbum “Kingdom of Lusitania” dos nossos Tarantula! A primeira vez que ouvi este álbum foi através dos programas de rádio Império Lusitano e também do Fénix, na extinta Emissora Voz da Bairrada. Estavamos no início da década de 90 do século passado e foi um álbum que mexeu bastante comigo, além de ter sido um marco a nível nacional. Uma capa fantástica, as letras e acima de tudo a sua musicalidade. A temática Lusitana, mostrar aquilo que é nosso. E aquilo que temos e que tivemos no underground nacional é fantástico! Em jeito de reconhecimento temos parte da nossa capa a todos aqueles que já foram entrevistados pela Ode Lusitana e que ficaram registadas excelentes entrevistas, a mostrar todo o saber e história dos nossos entrevistados. Neste número especial, temos uma fantástica entrevista ao Fernando Roberto, mentor da Metal Soldiers Records e que ao longo dos anos tem dedicado um grande esforço na divulgação do metal mundial, com um papel importante também na divulgação do metal português. A outra entrevista é um registo histórico de uma entrevista que dei ao meu amigo Omar Vega, editor da magazine cubana Subtle Death em Julho deste ano e que tive o maior prazer de efectuar, já que o Omar é um grande impulsionador e divulgador do metal no seu país. É tudo e tenham um excelente ano de 2017!!!

- Um novo ano é sempre sinal de Mangualde HardMetalFest, que vai na 23ª edição com um trabalho louvável do José Rocha e de toda a sua equipa através da Rocha Produções. Festival a decorrer no dia 7 de Janeiro no C. C. Santo André em Mangualde com a participação nacional de Theriomorphic (death metal – Lisboa, sendo o álbum “The Beast Brigade” editado em 2008), Destroyers of All (thrash / death / progressive metal – Coimbra, que editaram o primeiro longa-duração “Bleak Fragments”), Estado de Sítio (punk / hardcore Aveiro), Humanart (black metal – Santo Tirso, álbum de estreia “Lightbringer” de 2014), Machinergy (thrash metal – Arruda dos Vinhos, com o segundo longa-duração “Sounds Evolution” de 2014), Derrame (death metal – Lisboa, com o EP “Crawl to Die” de 2014) e Shoryuken (death metal / grind - Beja). Das bandas internacionais teremos Tygers of Pan Tang (NWOBHM - Inglaterra), Holy Moses (speed / thrash metal - Alemanha), Ancient Rites (epic extreme metal - Bélgica), Convulse (death metal - Finlândia), Solstice (epic heavy metal - Inglaterra) e Bloodhunter (melodic death metal - Espanha). Um festival a não perder e que marca o pulso dos festivais nacionais!

Desfruta deste número e até ao próximo mês! Apoia o metal português! Marco Santos Para qualquer informação contactem-me através da página www.facebook.com/Ode-Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com. Visitem o site em https://odelusitana.com. Ode Lusitana

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Breves / Notícias (cont.)

- O Colhões de Ferro está de regresso com a sua 12ª edição e irá decorrer no dia 28 de Janeiro no Centro de Juventude das Caldas da Rainha, onde teremos a participação de Grog (brutal death / grindcore Lisboa), Vizir (black / death metal / grindcore – Caldas da Rainha), Humanart (black metal – Santo Tirso), Undersave (death metal - Loures), Liber Mortis (black / death metal – Vila Nova de Milfontes), Artnis (black metal - Lisboa), Oppidum Mortuum (doom / death metal - Óbidos) e Chaos AD (thrash / grind / punk / hardcore – Caldas da Rainha). A devastação de volta às Caldas da Rainha! - Adamantine, banda de Lisboa, praticantes do que autointitulam de melodic thrash metal disponibilizaram este mês o lyric vídeo do tema “Grudge” que irá fazer parte do seu álbum “Heroes & Villains”. Banda formada em 2007 editou em 2010 o EP “Downfall of Adamastor”, Ode Lusitana 3

o qual recebeu excelentes críticas. Em 2012 lançam o seu primeiro longa duração “Chaos Genesis”, gravado no Poison Apple Studios e masterizado por Tue Madsen (Moonspell, The Haunted, Dark Tranquility). Em breve mais notícias do seu novo álbum. - Waterland, está a preparar o lançamento do seu novo álbum “Signs of Freedom”, que é já o quarto longa-duração da sua carreira. Naturais de Barcelos

com uma sonoridade symphonic / melodic power metal, fundados em 2007, editaram os álbuns “Waterland” (2008), “Virtual Time” (2010) e “Our Nation” (2015). Do novo álbum já disponibilizaram vídeos de 2 temas, “Can We Go Home?” e “Turn On the Lights So We Can Dance”. Um dos trabalhos mais esperados para 2017. A banda é constituída por Patrícia Loureiro (voz), Miguel Gomes (guitarra), António Silva (teclas), Ivan Batista (baixo) e Tiago Moreira (bateria). - Sacred Sin, banda mítica portuguesa e que influenciou todo o nosso movimento nacional apresentou o tema “Morbid”, que prevê o lançamento de um novo álbum para 2017. O último longa duração data de 2003 com o nome “Hekaton – The Return to Primordial Chaos”. Por isso ficamos a aguardar as novidades desta banda formada no ano de 1991 e que conta com José Carlos (voz / baixo), Tó Pica (guitarra) e André Silva (bateria).


fanzine Hallucination ‘Zine de 1994 que tinha a particularidade de ser uma split fanzine, juntamente com o número 3 da Dark Oath Magazine do João Carlos Monteiro e que excelentes leituras e novas bandas me presenteou durante a leitura. Mas vamos à Metal Soldiers Records! Qual o momento em que decides avançar com este teu projecto e qual era a tua ideia inicial? Tiveste o apoio de mais alguém neste início? Já tinhas vários contactos de bandas e editoras, nas quais tinhas tido conversas acerca deste teu trabalho? Olá amigo Marco Santos, tudo bem? Espero que sim. Obrigado pelas tuas palavras e pelo teu reconhecimento. Tal como tu sabes o “bichinho” de fazer algo em prol do Heavy Metal esteve e estará sempre presente na minha mente e após alguns anos de silêncio, decidi começar este meu projeto em meados de 2009, no qual decidi chamar-lhe simplesmente Metal Soldiers. Inicialmente seria uma espécie de Fan Club 100% dedicado à edição e reedição de bandas antigas da década de 70 e 80 ou seja a ideia seria lançar sob o nome de Metal Soldiers Fan Club alguns LP’s & CD’s e tornar-me assim o

Metal Soldiers Records é uma editora / distribuidora do Fernando Roberto, um grande apaixonado pelas sonoridades mais pesadas e que se dedica a divulgar uma grande quantidade de bandas e não só, através do seu vasto catálogo. Mas vamos à entrevista, onde ficamos a conhecer todo o seu trabalho, as suas ideias e os seus próximos desafios. Viva Fernando! Antes de tudo é um prazer teres aceite este meu repto para responderes a umas perguntas acerca da Metal Soldiers Records e dos teus trabalhos, já que és uma das pessoas com uma história fantástica no apoio e divulgação do Metal no nosso país. Ainda para mais quando ao longo destes anos ainda continuas nesta tua grande cruzada! O primeiro contacto que tive com um dos teus trabalhos, foi a aquisição do número 3 da tua

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pessoa tem que se movimentar por outros lados. Bandas Brasileiras que tiveram que recorrer ao Mercado Livre para comprarem uma cópia em 2ª mão do seu próprio álbum, parece incrível mas é verdade! Outro dos grandes obstáculos neste tipo de lançamentos é também a dificuldade em localizar grande parte ou a totalidade dos membros de cada banda para que me possam autorizar o lançamento dos seus trabalhos. Já agora relembro que sempre que eu faço um lançamento eu tenho o cuidado de contactar todos os elementos da banda. Depois de localizados é necessário que todos os elementos estejam de acordo com o proposto o que (infelizmente!) nem sempre acontece, daí já me ter acontecido situações bastante constrangedoras como foi o caso de músicos que proíbem a publicação de suas fotos nos lançamentos…(aconteceu no lançamento por exemplo dos Metal Pesado) no qual tive que cortar a maioria das fotos porque o vocalista proibiu a sua publicação no CD ou no caso dos Inquisição que um baterista (músico convidado que nem pertencia ao line-up da banda) “simplesmente” proibiu a utilização das músicas de uma demo de 87. Mas muitas outras situações constrangedoras também aconteceram como no caso dos Raven onde a banda contactou a editora para me enviar os

órgão oficial de algumas bandas que me solicitassem apoio tanto na divulgação como na distribuição. Nessa altura contactei algumas bandas e as respostas não foram nada agradáveis porque a maioria das bandas (já para não dizer a sua totalidade) não concordou e nem compreenderam essa minha ideia… um Fan Club?!?! Uns acharam que isso iria gerar confusão porque seria o Fan Club de um “monte” de bandas, outros mencionaram o facto de necessitarem de uma entidade tipo editora porque daria maior projeção às bandas, etc, etc, ou seja perante tantas reações negativas eu vi-me obrigado a alterar o nome e a modalidade que ainda está em vigor ou seja Metal Soldiers Records. No inicio faltavam-me alguns contactos, principalmente de fábricas e nessa área tive a ajuda do meu grande amigo Xico da Blood & Iron Records, editora inclusive com a qual efetuei várias parcerias. Sim, antes de iniciar estas atividades eu falei com muita gente, tanto de editoras como de bandas e o “feedback” foi muito positivo. Aliás, uma das pessoas com quem troquei mais ideias até foi o Stefan Riermaier da editora alemã Karthago Records ou seja esta foi a editora que eu tomei como exemplo para iniciar as atividades. Claro que o Stefan disse logo que me ajudava no que fosse necessário. A Metal Soldiers Records tem um enorme catálogo onde se inclui uma vasta gama de produtos desde CD, vinil, fanzines (da qual sou um cliente habitual destas pérolas escritas, adquirindo grande parte do material disponível!), material em segunda mão e muitos trabalhos sob o nome da Metal Soldiers. Como funcionam as parcerias para teres este material no teu catálogo, incluindo autênticas relíquias discográficas? Também é de salientar e louvar uma forte gama de bandas brasileiras, havendo uma estreita ligação com o que se faz do outro lado do Atlântico. Como surgiu esta colaboração com o Brasil e com quem estás ligado a nível de trabalho e divulgação? Eu confesso que para fazer este tipo de lançamentos ou melhor como tu lhe chamas-te estas “pérolas escritas” é necessário ter muito gosto e acima de tudo muita paciência porque ao contrário do que as pessoas pensam nem sempre as bandas possuem em seu poder as suas próprias músicas, repara eu contactei algumas bandas que … após falar com todos os elementos da banda eles não tinham os originais dos seus próprios LP’s, … contactei bandas que nada me entregaram porque nada tinham e quando isso acontece é desesperante porque uma Ode Lusitana

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artworks originais dos dois álbuns e a própria editora, a SPV Records, respondeu que já não possuía os trabalhos originais ou seja pura “filha da put**se” e estamos a falar de uma grande editora. Como podes ver este tipo de lançamentos não são fáceis de conseguir. Falando um pouco das parcerias e do material que distribuo, nos primeiros anos da editora eu necessitei ganhar nome no mercado e como tal vi-me obrigado a funcionar muito à base de trocas aceitando quase todas as propostas ou as contrapropostas que me chegavam. Claro que isso me permitiu criar um catálogo com muito material, aumentando assim a oferta de bandas para todos os meus clientes. Bem, quanto à colaboração com o Brasil, a minha paixão pelo Metal Brasileiro já vem desde os longínquos anos 80, altura em que comecei a “devorar” as primeiras bandas Brasileiras, nessa altura fazia muito “tape trading” com os países da América do Sul, em especial os Brasileiros. Sempre mantive contacto com muita gente no Brasil por isso é que ainda hoje tenho lá excelentes colaboradores. Curiosamente, neste momento o meu principal distribuidor no Brasil é Português ou seja é o meu grande amigo João Pedro Sousa da Editora Your Poison Records / Route 55 Records que se mudou para lá há meia dúzia de anos.

Soldiers Records? O objectivo será cimentar cada vez mais esta tua distribuidora, mas passa também por diversificares mais a tua oferta? Como sentes o interesse de todas as pessoas que entram em contacto contigo para a compra de material? Além do pessoal da denominada ‘velha guarda’ há o interesse por parte dos mais novos em adquirir e conhecer novo material? Sim, eu tenho sempre algo mais para acrescentar às minhas atividades, em relação à Metal Soldiers Records, eu estou a pensar e vou fazer algumas alterações para breve e a mais significativa é a divisão da editora consoante os estilos das bandas a lançar ou seja irei subdividi-la em Rock Soldiers Records, Metal Soldiers Records (atual nome), Thrash Metal Soldiers e Death Metal Soldiers e depois logo se vê se ficará só com estas subdivisões. Não me parece correto estar a encaixar bandas tão diferentes na mesma etiqueta, daí as subdivisões que já não é uma inovação uma vez que outras editoras também já o fizeram no passado como é o caso da editora alemã Pure Steel Records que é mais uma das editoras com quem trabalho e com quem tenho laços de grande amizade. É uma das minhas grandes referências. Outra das grandes novidades é que eu vou querer começar a apostar no Rock’n’Roll até porque existem muitas bandas, incluindo bandas Portuguesas que merecem ver os seus trabalhos reeditados, grupos antigos que foram muito importantes para todo o nosso movimento Rock’n’Heavy. Os clientes que eu tenho são “poucos mas bons”, neste momento tenho pouco mais de 250 clientes ou seja eu costumo dizer em tons de brincadeira que isto é um pequeno núcleo de fans (aqui está outra vez a tal palavra Fan por isso é que eu inicialmente idealizei um Fan Club) que

Apresentas um catálogo bastante completo, mas ainda estás a planear mais algo para a Metal

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mantem todo este projeto vivo e (felizmente!) de perfeita saúde. A maioria (para não dizer a totalidade) é malta da “velha guarda” com a “velha escola” dos nossos anos 80 por isso fazem compras com muita paixão à base de bandas antigas e álbuns antigos. O interesse dos mais novos é quase “nulo”, ZERO.

No início fiz referência ao teu trabalho como editor da Hallucination ‘Zine, em que na década de 90 se fazia uma grande divulgação através destas publicações, onde tomávamos conhecimentos de outras bandas, de fanzines, do que se fazia nos outros países, assim como as bandas portuguesas que iam aparecendo e marcando o seu cunho na nossa história. Hoje em dia as fanzines praticamente que desapareceram no nosso país, sendo a divulgação das bandas feita em alguns blogs, mas principalmente através do Facebook, o que por vezes torna a informação tão fragmentada, tornando difícil ter conhecimento do que se vai fazendo. Como explicas o desaparecimento destas publicações, quando no resto do mundo ainda dão cartas, adaptando-se às novas realidades? De tanta coisa que temos o que nos faz falta em Portugal para fazer crescer ainda mais o nosso movimento? E já agora como sentes o pulso do que se vai fazendo por cá, seja a nível de concertos, programas de rádio, salas de espectáculos, editoras, distribuidoras, gravadoras e até mesmo o público? Bem uma coisa é certa, o papel escrito já dura há gerações e irá durar mais algumas gerações. Sabes que tudo é cíclico. Portugal nem sempre é dos melhores exemplos porque nós portugueses começámos por enterrar os gravadores de fitas áudio, depois enterra-mo o gira-discos e por fim enterrámos as publicações em suporte físico porque

Além da Metal Soldiers Records, também tens a NBQ Records, que se estreou o ano passado com o álbum “System Sickness” dos Baktheria, até ao mais recente “Overloaded” dos Booby Trap, passando entre outros pelos Buried Alive, Shivan e até pelos brasileiros Atacke Nuclear. Qual o conceito por trás da NBQ Records e qual o ideia com que foi criada? Tens mais algumas edições em vista e que possas já divulgar? Já agora, o que querem dizer as iniciais NBQ? A decisão de fundar a NBQ Records foi como se diz em bom Português uma editora “a pedido de muitas famílias” ou seja foram imensas as bandas que me contactaram e que não se enquadravam nos moldes da Metal Soldiers Records, muitas delas com muita qualidade para serem lançadas. A criação de uma nova editora veio assim ao encontro dessa necessidade. É mais uma aposta ganha até porque está a crescer de vente em popa, alias outra coisa não seria de esperar porque é um projeto que mexe com bandas que estão 100% no ativo, tudo bandas com músicos novos que têm “sangue na guelra” e como tal o sucesso está a ser garantido. Quanto a novos lançamentos, irei lançar já no inicio de 2017 os novos álbuns dos Portugueses Veinless – “IX” (NBQR008) e o Miss Cadaver "Mänifestvm Raivus" (NBQR009). As iniciais NBQR querem dizer Nuclear Biológico Químico Radiológico. Ode Lusitana

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tudo isto dá trabalho. Noutros países mais desenvolvidos tudo isso ainda funciona e isso sim é maravilhoso por isso é que eu não compreendo a mentalidade da maioria dos Portugueses. Em Portugal faz falta acima de tudo profissionalismo, somos muito amadores e é por isso que estamos na cauda dos países da Europa, não é por acaso que andamos na boca do mundo ao lado de países como a Grécia ou a Itália até porque a nível de “trafulhice” somos países muito semelhantes. Repara eu tenho tido imensos problemas com editoras e distribuidoras que tentam injetar material da Metal Soldiers no mercado ao preço da “uva mijona” e adivinha qual é a nacionalidade desses “crápulas”??? Esses 3 países que já mencionei entre outros de quinto mundo como é o caso da Ucrania e da Russia. Felizmente existem algumas pessoas que lutam por um movimento mais forte mas não é fácil quando a maioria da malta “rema” para o outro lado ou até mesmo em sentido contrário. Há que acreditar e é por isso que eu tento sempre dar mais e melhor.

E agora uma pergunta difícil, em que por vezes os entrevistados partem a cabeça para conseguir responder, mas do qual ouvimos sempre histórias fantásticas. Quais os teus cinco álbuns favoritos, que mais te marcaram e porquê? É sempre difícil a escolha até porque vou ter que deixar de fora alguns bons álbuns mas aqui vai: Judas Priest – “Ram It Down” (1988) um álbum e uma banda que passou muitas vezes no Rock’n’Stock, programa esse que eu seguia assiduamente. Os Judas Priest sempre foram o “patinho feio” do Heavy Metal ou seja a maioria do pessoal nos anos 80 detestava esta banda mas eu sempre gostei e sempre acreditei no som deles e hoje em dia, passados tantos anos ainda os vemos a crescer. Sepultura – “Schizophrenia” (1987) com as fitas das gravações do “Bestial Devastation” e “Morbid Visions” quase gastas, qual foi o meu espanto quando numa bela final de uma manhã de sábado, vinha eu da Feira da Ladra e numa das rotineiras visitas à Bimotor dou de caras com este grande abum, acabadinho de chegar a Portugal, foi compra certa! Uma das grandes pérolas de todos os tempos.

Na tua área tens um grande contacto de trabalhos de bandas, o que na actualidade se torna bastante difícil absorver tudo o que é lançado. Falo por mim que aproveito as viagens de carro para o trabalho para ir ouvindo as novidades, assim como o algum tempo disponível em casa para pesquisar o que se vai fazendo. Ainda continuas atento ao que se vai fazendo, ou gastas algum tempo para recordar/relembrar álbuns que te marcaram durante este teu envolvimento no Metal? Como foi descobrir estas bandas em meados da década de 80, onde qualquer lançamento trazia sempre novidades? Que bandas mais te cativaram na altura? Sabes que eu costumo dizer em tons de brincadeira que parei no tempo dai eu ter criado a Metal Soldiers porque tudo o que gosto e tudo o que oiço remonta àquela gloriosa década de 80. Tento manter-me atento ao que se vai fazendo aqui e ali, mas cada vez é mais difícil surpreender-me com novas bandas ou novos projetos. Os clássicos das bandas dos anos 80 estão sempre a rodar tanto no carro, como no serviço bem como na aparelhagem lá de casa ou no computador. Bem foram muitas as bandas que me marcaram nessa década de 80 mas as mais sonantes foram os Kiss, Meat Loaf, Judas Priest, Anthrax, Megadeth, Testament, Sepultura, Necrodeath, Bathory, Voivod, Death entre outras…

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Bathory – “Blood Fire Death” (1988) … gostaria aqui de relembrar muita gente que nos anos 80 eram muitos poucos os seguidores que existiam dos Bathory, os discos passavam meses e meses nas discotecas a ganhar pó, porque ninguém os comprava só que depois deu-se o “boom” do Black Metal e pronto passou toda a gente a gostar ser fan de Venom, Celtic Frost, Hellhammer, etc, etc….a malta tem memória curta mas eu não…lembro-me de tudo ao pormenor, como se fosse hoje. Eu fui um dos fundadores da 1ª Editora em Portugal de música “obscura”, a antiga Dark Records (R.I.P.) no qual ainda efetuei vários lançamentos dos quais destaco o 7” dos Decayed – “The Seven Seals” (Um abraço para o meu primo Zé!!! Saudações primo!). Death – “Leprosy” (1988) é um marco da música pesada, grande banda e grande álbum. Influenciou inúmeras bandas dentro do som mais pesado. Megadeth – “Rust in Peace” (1990) este é para mim o melhor álbum de Heavy Metal de todos os tempos ou seja se me tens dito para escolher apenas um esta seria a minha escolha.

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- De regresso está Miss Cadaver, banda de punk / crust / thrash / crossover, com o álbum “Mänifestvm Raivus” a editar em 2017, mas já disponível para a pré-reserva. Projecto de Rui Vieira (Baktheria / Machinergy) fundado em 2009, tinha lançado o último trabalho em 2012, através do split EP “Mákinas & Cadáveres” com Konad, banda de Vila Franca de Xira. O novo álbum conta com a mistura e masterizaçãoo a cargo do Paulo “Paulão” Vieira. - A festejar os 20 anos de lançamento do álbum “Diva”, os Heavenwood agendaram dois concertos para esta festa, daquele que foi o primeiro álbum de originais lançado em 1996 através da Massacre Records. A 29 de Dezembro será no RCA Club em Lisboa com a participação dos Ignite the Black Sun (melodic death / groove – Lisboa) e dia 30 no Hard Club no Porto, junto com La Chanson Noire (bleak pop – Lisboa).

E assim chegamos ao fim da entrevista. Queria agradecer-te novamente pela tua participação, assim como quero dar-te os parabéns pelo teu trabalho e que se inicie uma ligação forte e interessante entre a Metal Soldiers Records e a Ode Lusitana. Estas últimas linhas são tuas para dizeres o que te vai na alma. Eu é que agradeço. Tal como tu sabes eu sou um grande fan deste tipo de publicações e como tal irei querer sempre dar-te o meu contributo. Podes sempre contar comigo. Um grande abraço. http://www.metalsoldiersrecords.com/

Breves / Notícias (cont.)

- Xeque-Mate, banda icónica do heavy metal nacional lançou em Novembro o seu segundo longaduração com o nome “Æternum Testamentum”. Um album dedicado à memoria do António Soares, antigo guitarrista da banda e que faleceu a 22 de Novembro de 2013. Para este álbum participaram o Xico Soares (voz), Artur Capela (guitarra), Paulo Barros (guitarra), José Queiroz (baixo) e Joaquim Fernandes (bateria), com a participação especial da Lua (Anjo na “Eles Rondam Isto”) e o Coro Ensemble Vocal Notas Soltas (EVNS) (coros na “Filhos do Metal” e na “Cães Que Mordem”). Xeque-Mate, banda do Porto teve a fundação em 1979, tendo editado em 1981 o single “Vampiro da Uva” / “Entornei o Molho”. Em 1985 é lançado o único longaduração com o nome “Em Nome do Pai do Filho… e do Rock ‘n’ Roll”. Ode Lusitana

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Saudações Marco! Quanto tempo levas dentro do movimento português? Como foi o teu início? O que te levou a este jornalismo underground? Olá Omar! É um prazer fazer parte deste número da Subtle Death e muito obrigado pela oportunidade de responder a esta entrevista. Tens feito um trabalho enorme na divulgação do underground mundial e também do cubano! No movimento português directamente dito estou desde 1988, que foi o meu início no underground e desde muito cedo comecei a seguir o mundo das fanzines. Em 1991 formei o fã clube dos brasileiros Sepultura em Portugal e tinha em preparação uma fanzine do fã clube, de nome “Sepulchre ‘Zine”, que nunca chegou a ser distribuída, mas fiz entrevistas a duas bandas portuguesas, Disaffected e Bowelrot. Ou seja que desde o início não quis fazer parte de nenhuma banda, mas sim seguir este ‘jornalismo’ e esta paixão que tinha pelas fanzines e pelas entrevistas. Gostava muito de comprar fanzines de todo o mundo para encontrar bandas, ler as scene reports e foi também por isso que quis fazer a minha fanzine, que tardou 23 anos até ser uma realidade através da Ode Lusitana!

Durante este ano o Omar Vega, editor da magazine Subtle Death de Cuba decidiu fazer uma entrevista à Ode Lusitana, o qual aceitei com o maior gosto. Uma amizade que já se arrasta há algum tempo por uma pessoa que vive intensamente o movimento do Metal à nível mundial e que é sempre um prazer estar em contacto. Muitos parabéns por isso ao trabalho dele e sigam as várias edições desta simples e fantástica magazine cubana. Aqui seguem as perguntas a que me tive que sujeitar, mas que me deu o maior prazer em responder. A edição desta entrevista foi em Julho deste ano e fez parte do número 53.

A Ode Lusitana é um meio de informação muito jovem no movimento português. Conta-nos brevemente a história desta publicação e como evoluiu desde os seus inícios até à data actual. O início ocorreu em Outubro de 2014 quando estava pensando que faltava um meio de informação em Portugal que reunisse o que fazíamos dentro do nosso país. Comecei pelo nome que depois de muitas hipóteses cheguei ao de Ode Lusitana, ou seja um poema lírico aos nossos lusos, que eram um povo antigo de Portugal, e nesta situação à música extrema feita cá. Em Novembro de 2014 é quando sai o Ode Lusitana

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juntar toda essa informação. Actualmente no meu país temos edição em papel da Metal Horde ‘Zine e a Throne of Chaos (mais dedicada ao black metal). São excelentes publicações dedicadas ao underground mundial. Depois temos a Ultraje, uma magazine mais profissional, mas ainda underground, de muito boa qualidade. Loud! Magazine, é a magazine mainstream mas também muito boa e temos publicações digitais como a Versus Magazine e Som do Rock que editou o último número em Maio. Existe mais alguns novos trabalhos, mas estamos à espera deles e que serão muito importantes para o nosso movimento.

número zero, sem nenhuma entrevista, apenas com muitas notícias e as datas de concertos. Em Dezembro temos então o número um, já com entrevistas a Festering e à distribuidora/editora Firecum Records. Nestes catorze números que tenho, a evolução tem sido mais na organização da própria fanzine, porque as bases estão bem definidas, e tenho até um novo logo que apareceu no número de Fevereiro e que foi feito pelo Bruno Rodrigues, da banda Rotem. De Portugal praticamente não conheço muitas publicações underground. No caso da Ode Lusitana quais foram os motivos que promoveram a criação desta publicação e em geral como avalias o passado e o presente das fanzines que existiram e as publicações de metal que ainda existem em Portugal? Não sei o que há acontecido ao longo do tempo, mas as publicações em Portugal desapareceram e foi com essa intenção de voltar a ter algo no nosso país que há nascido a Ode Lusitana. Com todos os meios informativos actuais sempre se perde a informação e existe muita coisa que desconhecemos como novas bandas ou concertos, que é normal, mas desejava

Na actualidade como se distribui a informação da Ode Lusitana? Que percentagem de todo o material publicado corresponde ao movimento de Portugal? A Ode Lusitana é uma publicação 100 % dedicada ao metal em Portugal, mas já teve uma referência à Subtle Death!!! O objectivo é de ser editada mensalmente e não contém apenas entrevistas a bandas mas também a pessoas que estejam relacionadas com o movimento, como por exemplo, editoras, fanzines, blogs, promotoras, programas de rádio. Uma das coisas que mais gosto são as entrevistas, onde tento não fazer as perguntas típicas, mas descobrir um pouco mais, especialmente acerca da pessoa e a sua relação com o meio underground. Tenho também as notícias e as datas de concertos. Existem algumas coisas que gostaria de fazer mais, como as reviews a lançamentos de bandas, críticas a fanzines e reportagens de concertos / festivais. Com o tempo surgirão coisas novas! É um projecto só meu, sem ajudas, mas que gosto muito de fazer. Começou com 4 páginas e actualmente tem 12, sempre com publicação mensal. Como foi recebida esta publicação a nível nacional? E no estrangeiro? Foi recebida com muito interesse tanto a nível nacional como internacional! Como foi uma publicação que surgiu quando não existia mais nada deste género, as pessoas tem interesse por este trabalho. Muitos contactos e muitas pessoas a felicitar e que esperam todos os meses por um novo número. É uma publicação em português, por opção minha e tem chegado a todos os portugueses que estão pelo mundo e que ficam a conhecer o que se faz por cá em Portugal. Talvez num futuro haja uma versão também em inglês para fazer esta divulgação com outras nacionalidades que não percebam o português.

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Como é a situação no teu país para editar uma fanzine fisicamente e colocá-la à venda, seja em concertos ou festivais? Ainda existem muitos trabalhos em todo o mundo em papel mas esta mudança para o formato físico tem ocorrido há muitos anos, com o surgimento dos blogs destinados às informações e o formato físico deixou de existir. Editar uma fanzine no meu pais é bastante fácil, existem pessoas que o podem fazer em casa, os meios para isso são muito bons e por exemplo a distribuição da Ode Lusitana em concertos é gratuita!

Actualmente como são os meios de comunicação em Portugal e de que sofrem para que estes ainda não se tenham profissionalizado mais e consigam uma total aceiptação e credibilidade por parte do público? A única publicação que podemos chamar de profissional é a Loud! Magazine e que trabalha directamente com editoras, tendo uma publicação mensal. Em relação às outras, onde se inclui a Ode Lusitana é de total tendência para com o meio underground. Todos nós temos o nosso trabalho, temos uma vida e gostamos de fazer estas publicações. A aceitação e credibilidade por parte do público é muito boa! Falta-nos são mais publicações, ou seja, mais pessoas que estejam dispostas a fazer um trabalho dentro do jornalismo. Estamos a falar de mais de 100 edições que tínhamos em Portugal entre fanzines e newsletters nos anos 90 e que não existem actualmente. O movimento em toda a Europa está forte mas estamos a ter dificuldades com o aparecimento de novas publicações.

Quais são as vantagens e desvantagens para a promoção que representa este suporte digital? As vantagens são muitas! Agora temos a possibilidade de ter uma fanzine / newsletter editada em qualquer parte do mundo, em que podemos fazer o download e temos o teu exemplo da Subtle Death! A Ode Lusitana chega também a todo o mundo através de download! Quando as pessoas falam que hoje em dia temos toda a informação que queremos na internet e que só a tem que encontrar, não tem a noção que com uma publicação é muito melhor de fazer essa descoberta, porque temos um trabalho de um conjunto de pessoas que tem o objectivo de fazer essa divulgação. Ainda sou um comprador de fanzines en papel a nível mundial, mas as publicação que são apenas pela via digital também

Actualmente devido à realidade económica que se vive en grande parte do mundo, muitas publicações underground tem passado para o formato digital. Ode Lusitana

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são muito importantes e com uma boa qualidade gráfica. Por isso neste caso não devemos falar de desvantagens, já que é uma evolução positiva, onde mais pessoas em todo o mundo tem acesso a uma publicação. Tem é que ser bem divulgada.

da publicação underground e tenho encontrado bandas que não levam a sério o esforço e trabalho desenvolvido pelas fanzines e outras publicações underground. Diz-me a tua opinião acerca disto. Merecem ser ajudados? Sim, já li algumas coisas ditas por outros editores de zines acerca desta situação, mas aqui a resposta é que se não querem pertencer a um movimento, eles é que estão a perder! Na tua zine, assim como na minha só colocamos o que queremos, que gostemos e que tenham algum contacto connosco e temos interesse em fazer a divulgação ou fazer uma entrevista. É uma coisa muito nossa. Fazemos porque gostamos desta descoberta e as pessoas que vamos conhecendo. As zines ainda tem um papel muito importante no movimento, já que é um sítio informativo. Por isso se as bandas não levam a sério o nosso papel, é porque eles também não levam a sério o papel deles como banda…

Qual é a tua avaliação do movimento do metal no teu país? É um movimento bastante forte! Somos um dos países com mais bandas por número de população. Temos lançamentos muito bons, como as edições de Buried Alive, Cruz de Ferro, Web, Skinning, Dementia 13, Brutal Brain Damage, Toxik Attack, Destroyers of All, Decayed, Wrath Sins, Extreme Unction, Di.soul.ved, Baktheria, Heavenwood, Corpus Christii, Terror Empire, Switchense, Ravensire, Revolution Within, Filii Nigrantium Infernalium, Booby Trap, Serrabulho e muitas mais. Temos bastantes concertos em todo o país, com bons locais de espectáculos, temos dois grandes festivais, o Steel Warriors Rebellion em Barroselas e o Vagos Metal Fest (ex Vagos Open Air), mas temos outros mais pequenos mas com muito público como Mangualde HardMetalFest, Hell in Sintra, Colhões de Ferro, Butchery At Christmas, Moita Metal Fest, Xxxapada na Tromba, Penalva Rocks, Évora Metal Fest, Pax Julia Metal Fest e outros. Temos programas de rádio, alguns blogs e fóruns, só nos faltam as fanzines! Ahahahah! Já estás a ver que o que faz falta são pessoas que queiram escrever e que arrisquem a fazer algo! Nós aqui temos um livro muito bom, de nome “Breve História do Metal Português” escrito pelo Dico, que tem a nossa história do underground e vemos que não é uma vida fácil e que necessita do trabalho e esforço de todos para termos este movimento, mas as coisas existem. Falta é esse ‘jornalismo’ e gostava de ter mais publicações (mesmo em formato digital).

Conheces algo sobre a cena cubana? Não conhecia quase nada! Nos últimos meses é que tenho feito alguma procura e também o que sai através da Subtle Death! Algumas bandas que gosto, Combat Noise, Agonizer, Abaddon, Demencia, Ancestor, Escape. Gosto muito de conhecer os movimentos nos outros países e para isso faço uma procura do que está disponível na internet e melhor se essa informação está numa zine. Ahahah! Por isso é muito importante o trabalho e a divulgação das fanzines, mas tem que haver sempre uma ajuda de todos os que estamos inseridos num movimento underground.

Levo muitos anos com esta actividade Ode Lusitana

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banda é constituída por Tiago Cardoso (voz), Nuno Pereira (guitarra) e Miguel (baixo). O álbum será editado pela Nightfear Records, companhia discográfica de música extrema com sede em Vila Nova de Gaia. Como bandas convidadas desta apresentação iremos ter Sudden Death e Grimlet. Uma excelente forma de começar o ano!

Bem Marco, obrigado por responderes à entrevista. Seguirás a lutar por esta cena portuguesa? Palavras finais e despedida. Muito obrigado por tudo Omar! O contacto que tivemos foi o ano passado, mas é sempre um gosto e um prazer falar com um irmão destas lutas underground e que tens um excelente trabalho com a Subtle Death e desejo que continus a fazer a divulgação do movimento cubano! A todas as pessoas que leram esta entrevista, não deixem de ajudar as vossas bandas locais, programas de rádio, fanzines, apareçam nos concertos, comprem merchandising e tenham prazer em fazer parte do movimento. Todos temos sempre que lutar pelo que é nosso e que temos orgulho!! Observem os movimentos nos outros lugares, escutem as bandas, tenham interesse nas fanzines e no meu caso, acompanhem a Ode Lusitana em https://odelusitana.com, ou na nossa página do facebook. Obrigado!

Breves / Notícias (cont.) - Happy Farm, banda grindcore do Porto, fundada em 2015 vai apresentar no dia 6 de Janeiro no Metalpoint o seu álbum de estreia “Just Pig It”. A

- Milagre Metaleiro – A Assembleia do Metal irá decorrer no próximo dia 30 de Dezembro no Pindelo dos Milagres (São Pedro do Sul), onde contará com a presença dos Dark Oath (symphonic melodic death metal - Soure), Moonshade (melodic death metal Porto), Shivan (heavy metal - Loures), Toxik Attack (thrash metal - Guimarães) e Basalto (stoner / doom metal - Viseu).

Moonshade Ode Lusitana

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“Poison Fumes”, que fará parte do álbum “Appalling Ascension” a editar em 2017 através da Osmose Productions na Europa e da 20 Buck Spin na América do Norte.

- The Ominous Circle é um supergrupo nacional, constituído por S.L. (voz (Legacy of Brutality (Esp)), M.S. (guitarra (Dementia 13 / Pitchblack / Biolence)), A.C. (guitarra (Holocausto Canibal / Colosso)), Z.P. (baixo (Dementia 13 / Holocausto Canibal / Grunt) e M.A. (bateria (Colosso)). A banda apresentou o tema

Ode Lusitana

- Formados este ano e com o lançamento da tape “Negro Culto”, com 4 temas de 20 minutos, num total de 50 unidades, os Cavemaster praticam black metal da velha escola. Originais de Sintra são constituídos pelo Revage (voz – Lino Mateus), DS13 (guitarra / baixo / teclas – Mário Rodrigues) e Rater (bateria - Paulo Bucho). Banda a seguir atentamente!

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Theriomorphic / Bloodhunter / Destroyers of All / Estado de Sítio / Humanart / Machinergy / Derrame / Shoryuken – 23º Mangualde Hard Metal Fest – Associação Cultural de Santo André, Mangualde. 12 – Weaksaw (Fra) / BurnDamage / Burned Blood – Starway Club, Cascais 13 – Defeated Sanity (Ale) / Putrid Pile (E.U.A.) / Skinned (E.U.A.) / Primordius (E.U.A.) / Cranial Engorgement (E.U.A.) – Disposal of the World – Cave 45, Porto 14 – Marthyrium (Esp) / Ordem Satânica – Invicta Requiem Mass II – Cave 45, Porto 14 – Neoplasmah / Bleeding Display / Beastanger / Toxik Attack / Happy Farm – Bunker Metal Assault V – Bunker, Braga 14 – Destroyers of All / Moonshade – Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro (Aveiro) 14 – SIStema / Autopsya – Another Place, Cova da Piedade, Almada 20 – Sabaton (Sué) / Accept (Ale) / Twilight Force (Sué) – Coliseu do Porto 21 – Undersave / Derrame / Frost Legion / Liber Mortis / Artnis – Anos da Besta Metal Fest III – Le Baron Rouge – Rock Hangar, Barcarena, Lisboa 28 – Grog / Vizir / Humanart / Undersave / Liber Mortis / Artnis / Oppidum Mortuum / Chaos AD – Colhões de Ferro XII – Centro da Juventude das Caldas da Rainha 28 – Godvlad / Analepsy / Burned Blood / Legacy of Cynthia – Blindagem Metal Fest – Origens Caffe, Ponte de Vagos, Vagos

Agenda Dezembro 23 – Web / Holocausto Canibal / Colosso / Skinning – Not a XXXmas Fest – Metalpoint, Porto 23 – Theriomorphic / Analepsy / Destroyers of All / Invoke – Carnatal XVI – Starway Club, Cascais 23 – Lyfordeath / The Small Hours – Roque Bar, Lordelo, Porto 23 – Hunted Scriptum / Enblood / Breedunder – Hard Xmas Fest - Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro (Aveiro) 29 – Heavenwood / Ignite the Black Sun – RCA Club, Lisboa 30 – Heavenwood / Le Chanson Noire – Hard Club, Porto 30 – Dark Oath / Moonshade / Shivan / Toxik Attack / Basalto – Milagre Metaleiro (Assembleia do Metal) – Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul, Viseu

Janeiro 6 – Happy Farm / Sudden Death / Grimlet – Metalpoint, Porto 7 – Amenaza de Muerte (Esp) / Lyfordeath – Ass. Rec, Os Restauradores do Brás de Oleiro, Maia 7 – Tygers of Pan Tang (Ing) / Holy Moses (Ale) / Ancient Rites (Bél) / Convulse (Fin) / Solstice (Ing) / Ode Lusitana

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