Número 14 – Junho 2016
Basalto
Paulo Eiras Pedra de Metal
Headbang Solidário IV Defuntos GodVlad Smash Skulls Assassiner Forbidden To Fly Booze Abuser A Constant Storm
Breves / Notícias
Editorial Por vezes e em várias leituras de editoriais de publicações do género leio que os meus colegas destas lides se sentem um pouco pensativos com o que se há de escrever no editorial. Nem sempre é fácil, mas no meu caso surgem-me mil e uma ideias na cabeça, que até tenho dificuldade em saber o que colocar. Por vezes julgo que seria mais fácil escrever um livro com devaneios do que um editorial apenas ligado ao nosso movimento! Mas este mês o editoral vai ser acerca de uma situação mais global e não só ligada à música. A nossa sociedade mudou completamente nos últimos tempos e os media voltaram a ter um peso importante e influenciável. Ainda para mais as redes sociais criaram outra situação que é a de qualquer pessoa ter agora uma opinião. Lembrem-se de uma frase do filme The Dead Pool de 1998: “... opinions are like assholes. Everybody has one”. Por isso se quiserem marcar a diferença defendam a vossa opinião, não passem a vida a criticar a sociedade, a política, as bandas, os festivais. Simples, não é? E se quiserem chegar mais longe, metam mãos à obra e lutem pela vossa causa com trabalho e dedicação. E neste número temos dois bons exemplos disto! Um dos nossos entrevistados é o Paulo Eiras, que se dedica ao seu blogue Pedra de Metal, importante meio nacional de divulgação do metal tanto nacional como internacional. O outro entrevistado é o Nuno Mendonça, baixista e fundador da banda Basalto que nos mostram que com muita vontade e querer se pode produzir um trabalho fantástico!
- Dia 17 e 18 de Junho temos a 4ª edição do Headbang Solidário, desta vez destinado a uma nobre causa sob o título “Voa Leonor”. A Leonor é uma miúda de 8 anos que sofre de leucomalácia periventricular (LPV) e este festival destina-se a ajuda-la a poder efectuar uma cirurgia. Com os concertos a decorrerem no Metalpoint (Porto) teremos no sexta-feira 17 a actuação de M.I.L.F. (metal – Braga, formados em 2011 de nome Music In Low Frequencies), Artchoke (metal/rock – Matosinhos, formados em 2003), Wanderer (heavy/speed metal – Porto, uma das grandes surpresas e com um fantástico espectáculo em palco), AIKO (metal alternativo - Porto) e Beheaded (nosense metal - Porto). No sábado 18 teremos Wrath Sins (thrash/progressive metal – Vila Nova de Gaia, fundados em 2011, editaram o ano passado o seu primeiro trabalho “Contempt over the Stormfall”), Second Lash (rock/grunge – Vila do Conde), Last Turn (metal - Porto) e Brain for the Masses (metal alternativo - Porto). Aparece e apoia esta nobre causa!
Desfruta deste número e até ao próximo mês! Apoia o metal português! Marco Santos Para qualquer informação contactem-me através da página www.facebook.com/Ode-Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com. Visitem o site em https://odelusitana.com. Ode Lusitana
2
- Defuntos, banda de depressive black/doom metal lança em Junho o seu sétimo longa duração, sob o nome “A Eterna Dança da Morte”, através da editora alemã Dunkelheit Produktionen. Com uma intro e seis temas, podemos encontrar títulos como “A Vigília Fúnebre” ou “Mortuária Procissão”. - Os aveirenses GodVlad lançaram em Fevereiro o seu mais recente trabalho, o EP “Dark Streets of Heaven” através da Firecum Records. Formados em 2006 através do Sérgio Carrinho e do Hugo Ribeiro, praticam gothic/melodic death metal. Com o primeiro lançamento de 4 temas sob o nome “Promo”, lançam o seu primeiro longa duração de nome “GodVlad” em 2011, sendo o segundo trabalho o álbum “Bipolar” de 2014. A constituição para o mais recente EP é a seguinte: Vanessa Cabral (voz), Sérgio Carrinho (baixo/voz), Pedro Miranda (guitarra), Nuno Fontes (guitarra), Paulo Martins (sintetizador) e Hugo Ribeiro (bateria). A mixagem e masterização esteve a cargo do Lino Vinagre, antigo guitarrista da banda.
Ode Lusitana
- Smash Skulls é uma banda de Grândola formada em 2005 e praticante de thrash metal à boa escola antiga, lançaram o seu mais recente trabalho, o single “Fall of Humanity”. Além do tematítulo também contem os temas “Fuck You All” e “Pay With Blood”. Visita o face da banda para ouvir este novo trabalho! - Os portuenses Assassinner estão de regresso com o seu single “Another Sucker Suscribes to the Norm”, constituído pelos temas “Sweet Lullaby” e “Hate Over Grown”. Banda de thrash metal / crossover tem a sua fundação no ano de 2007, tendo editado em 2008 a demo “Other Theories of Crime” e em 2012 o seu único longa-duração “When Love Left the Masquerade”. A banda teve como convidados o Patrick Ribeiro na bateria e o Nelson Vaz que se juntaram aos fundadores Alexandre ‘Xne’ Santos e Ary Elias (membro dos Cape Torment e que foi entrevistado no nº 10 da Ode Lusitana).
3
Pedra de Metal é um blogue nacional dedicado à divulgação do que vai acontecendo no Metal, com grande incidência no Metal nacional. Um projecto inicialmente fundado em 2009 prima pela qualidade, dedicação e nada melhor do que estar à conversa com o seu fundador, o Paulo Eiras. Numa altura em que os canais de informação abundam temos visto um decrescer a nível nacional de sítios destinados ao que se passa no nosso meio e é com trabalhos como este que temos que tentar contornar esta situação e aumentar o aparecimento destes projectos.
O meu gosto pelo heavy metal começou quando eu tinha para aí 12 anos. Aliás o primeiro álbum de metal que ouvi foi o Wolfheart que o meu amigo Ricardo Silva me emprestou. Já ouvia muito hard rock, como os Led Zeppelin, Bon Jovi (qd ainda faziam rock), isto para dar alguns exemplos. Basicamente depois passei a ouvir as bandas mais tradicionais do metal como os Iron Maiden, Judas Priest e Metallica. Depois a partir dai foi passar para uma fase do Metal mais pesado até chegar aos Emperor e Dimmu Borgir duas bandas que adoro. Tens alguns álbuns desse tempo que ainda continuas a ouvir e que te trazem emoções como se fosse a tua primeira vez? Ainda tenho varias coisas, tenho a coleção toda de uma banda que pouca gente ouve os Notre Dame, também tenho uma caixa dos Metallica “Live Shit: Binge and Purge”, toda a minha coleção de Iron Maiden a claro cds e mais cds em mp3 de tudo e mais alguma ☺ Confesso que ouço ainda com alguma frequência o cd ao vivo dos RAMP, um dos álbuns que mais gosto. Uma das tuas paixões são os Iron Maiden, que por acaso foi a primeira banda que ouvi através do álbum “Live After Death”. O que achas deles como exemplo de uma das maiores instituições do Metal que existem e que transmitem o prazer de estar em palco e tentar fazer sempre um espectáculo para agradar aos ouvintes e a eles próprios? A verdade é que os Iron Maiden são únicos e possivelmente a banda mais respeitada por todas as vertentes do Metal. O caminho deles teve alguns percalços no entanto mesmo quando existia polémica à volta da banda, eles nunca perderam muitos fãs e agora estão mais fortes do que nunca para mim.
Viva Paulo! Muito obrigado pela tua disponibilidade para participares neste número da Ode Lusitana, ainda para mais quando é um enorme prazer para mim entrevistar pessoas ligadas à divulgação do metal, especialmente o que se faz no nosso país e no teu caso através do blogue Pedra de Metal. Mas como tudo, houve sempre um início no teu gosto pelo Metal. Como surge essa tua paixão? Ode Lusitana 4
Com este teu início no Metal e passado uns anos de maturação enveredas pelo caminho da escrita. Como se iniciou esse processo? Eu quando entrei para a faculdade tinha muito tempo livre ☺ Basicamente pensei em fazer um blog de heavy metal, o que não aconteceu de imediato, cheguei a ter um blog meu, que nada tinha haver com música, relatava os meus dias da faculdade, em que eu era um lobo, numa alcateia, e pronto existiram muitas estórias por aí de lobos que organizavam caças (aka jantaradas) foi uma fase da minha vida bem interessante, que no fundo fazia contos com lobos, lobas e outros seres, numa
algumas notícias internacionais, o que me deu mais orgulho foi chegar à fase em que só divulgava cenas nacionais, concertos, cds, ep’s e por aí fora. As parcerias foram e são importantes porque são eles que nos ajudam a “divulgar a cena nacional” e que nos fazem chegar mais e mais notícias para publicarmos, para além de divulgarem o Pedra de Metal nos seu espaços. O Pedra de Metal é um simples blog, queremos divulgar o nosso heavy metal, e pronto. Nas parcerias feitas muitas vezes convidavam-me a aparecer nos concertos (se fosse no Porto tentava ir, mas mais longe não dava os €€€ não permitem essas aventuras), e poucas vezes pedi credencial, que não fosse de malta que eram nossos parceiros (pois eram foram sempre recusadas), até que um dia pedi credencial para o Rock In Rio (ano em que Rammstein, Megadeth, Motörhead e Soufly partilharam o palco principal) e para meu espanto deram-nos credencial. A minha primeira credencial foi para o Rock In Rio, eu so pensava como é que era possível, um blog conseguir isso. Ainda pude entrevistar More Than A Thousand e RAMP, e a partir daí mais portas se abriram para o Pedra de Metal, que antes do Rock In Rio, estavam fechadas. Digamos que o Rock In Rio acabou por ser um empurrão para mostrar que estávamos cá para divulgar tudo o que fosse possível do nosso metal nacional, dos nossos eventos nacionais e que não eramos apenas “uma brincadeira de miúdos”, como me chegaram a dizer uma vez.
floresta, para “relatar” o meu dia a dia. Começa ai a escrita, sendo que depois passei para música. Eras leitor assíduo de publicações de metal tanto em formato de revista ou até mesmo de fanzines ou já optavas pelo acompanhamento de alguns blogues? Que publicações seguias? Já tinhas participado em algo antes do “Heavy Rock News”? Confesso que não acompanhava muitos blogs, nem fanzines, eu ia mesmo aos sites das bandas e ao myspace (muito myspace mesmo) ver as novidades e era assim que me mantinha informado. Tambem comprava a LOUD! e ainda o Blitz enquanto este se manteve em formato jornal porque tinha sempre algumas páginas dedicas ao heavy metal. Nunca fui de participar em fóruns sempre me mantive muito low-profile nesse aspecto. A minha participação na Heavy Rock News foi bastante interessante. Entrevistei uma bandas brasileira os Mindflow os nacionais Dapunksportif, no entanto alguém decidiu que o Heavy Rock iria terminar e foi ai que decidi criar o Pedra de Metal. Em Abril de 2009 dá-se o surgimento do Pedra de Metal, onde dizes que devido à tua paixão pela escrita decides criar este projecto de divulgação do Metal. Era uma ideia que já estavas a desenvolver há algum tempo? Eu já estava a pensar criar o meu blog e sair de um projecto fez-me avançar com o meu. Comecei sozinho a fazer umas pesquisas aqui e ali e pronto foi começar a andar para a frente.
Lembro-me de seguir atentamente o blogue e foi com uma grande mágoa que fiquei ao anunciares o fim deste projecto em Outubro de 2012. Anuncias as razões, principalmente devido à falta de tempo, para o “Pedras” e a disponibilidade que como é óbvio dedicaste à família, mas também a outras coisas. Sei que não foi de ânimo leve, mas como foram essas semanas a seguir a este fim? Desligaste-te completamente de tudo? Confesso que eu estive mesmo para desativar completamente o blog e ele só ficou ativo porque todos os que lá escreveram não mereciam isso. A decisão não foi fácil, nada mesmo, e andou a marinar muito tempo antes de anunciar o fim do projecto, tanto que a minha ideia era ter terminado o Pedra de Metal, no dia a seguir à entrevista que publiquei ao Fernando Ribeiro dos Moonspell, estava com aquela ideia, “vamos acabar em grande”. Não o fiz, mas em novembro teve que ser, era muita coisa apenas para duas pessoas, e os projectos pessoais precisam de mais tempo meu, tempo esse que eu dispendia no
No início foi um hobby, mas que fizeste uma entrega de corpo e alma, com muitos colaboradores e parcerias que ajudaram a crescer o vosso nome. Como funcionava o processo de trabalho naquela altura? Foi um hobby e continua a ser um hobby, nunca foi uma tentativa de ganhar dinheiro e muito menos de entrar de borla em concertos. Existiu uma fase que tinha vários colaboradores, mas as vezes quantidade não siginifca qualidade. Tive sempre do meu lado o Bruno Sousa e neste momento o Pedra de Metal mantem-se assim, apenas os dois e assim irá ficar esperemos que desta vez por muito mais tempo. As parcerias foram algo que surgiu naturalmente, e com elas vieram mais bandas nacionais, mais eventos nacionais divulgados, mais projectos de escrita divulgados (Versus, Iron Maiden Sanctuary Fanzine, etc etc) e posso dizer que aí sim se deu o “boom” do Pedra de Metal. Apesar de continuar a divulgar Ode Lusitana
5
dias de hoje colocaram lá o nosso banner e só posso agradecer-lhes por isso.
Pedra de Metal. Ou seja o hobby estava a deixar de ser um hobby e começava a afetar a minha vida pessoal, foi nesse momento que parei. Quando terminei, estive uns tempos sem ir ao blog, acho que foi o melhor, mas por vezes regressava para reler varias coisas que estavam por la.
Uma pessoa também importante neste renascimento foi o Bruno Sousa, que já tinha feito parte da vossa equipa e colaborado. De onde vem essa vossa amizade entre ambos, especialmente pela escrita e como entra nele nesta nova fase? O Bruno está comigo desde o início, foi a primeira pessoa que convidei para o Pedra de Metal, esteve em todas as fases, sempre foi um excelente amigo e até conselheiro e neste regresso ele tinha que estar presente, o Pedra de Metal é tanto meu como dele, eu pelo menos considero assim. A nossa amizade surgiu num chat de uma rádio online de metal e já tem uns anos. É um amigo para a vida.
Há coisas que não morrem, nem ficam obsoletas, mas que evoluem. Foi o que aconteceu com o renascimento do “Pedras” em Novembro de 2015, com uma frase muito interessante no vosso blogue: “O Pedra de Metal nunca desapareceu completamente. É uma pedra que não vai ao fundo”. Resumindo, foste atrás desta tua paixão e não desististe. Como voltou a amadurecer essa tua ideia de voltares ao activo? O principal motivo para regressar ao activo, foi infelizmente a morte daqueles que para mim foram os meus segundos pais, os meus avos maternos. Em cerca de um ano perdi o meu avô e a minha avó e eles sempre me apoiaram em tudo, e sempre disseram para nunca desistir do que gostava de fazer. Não foi uma fase boa, nem fácil, num ano perdi os meus dois melhores amigos. E o bichinho da escrita nunca morreu. Estou numa fase em que penso começar novamente o “blog dos lobos” num formato tipo diário, enfim, nunca deixei de escrever. Outra factor são os parceiros. A verdade é que existiram dois parceiros que nunca deixaram o Pedra de Metal morrer, são eles o Luis Lisboa do Vimanares Metallium e Ricardo Nora da Bulldozzer On Stage, que nos Bruno Sousa cartazes sempre até aos Ode Lusitana
Aqui temos então o vosso projecto novamente e em força. Como tens visto a evolução da informação nestes últimos anos? Acompanhas alguns blogues/sites estrangeiros? Ainda continuas a seguir as publicações editadas em papel? Deixei completamente de seguir as edições nacionais em papel, talvez mesmo por desleixo meu, e foi mais ou menos na fase em que terminei o Pedra de Metal. Afastei-me do mundo das notícias. Agora existe o facebook em que tudo é lá publicado. O que noto é que informação está cada vez mais disponível a todos, e admiro-me ter cada vez mais contactos de bandas da América do Sul, que me pedem para divulgar os seus projectos. Neste momento estamos numa fase que a informação pode ir para sites, blogues etc etc, mas também tudo fica no facebook, twitter e outras redes sociais. Basicamente a informação está disponível a toda a gente de forma imediata, portanto é bastante mais difícil teres visitas no teu blog ou site comforme tinhas a uns anos atras. Nos últimos anos temos vindo a observar um decréscimo das publicações dedicadas ao Metal no nosso pais. Os lançamentos em papel são muito poucos, temos apenas uma revista editada a nível nacional e os blogues/sites portugueses são também escassos. Esta situação não vemos em muitos outros países a começar pela nossa vizinha Espanha. O que nos falta em Portugal para haver mais gente a optar por iniciarem um trabalho que seja um meio de divulgação do que se faz no nosso pais? Eu acho que falta é tempo e claro, tens que ter gosto pela escrita, isso é fundamental, mas a verdade é que 6
como te explicar isto, mas eu tenho 34 anos, e não vejo malta muita mais nova que eu nos concertos, ou ate mesmo na página do facebook do Pedra de Metal. Mesmo a nível de bandas não aparecem tantas bandas coma frequência que apareciam antigamente, e mesmo algumas cenas mais recentes já é de malta que já tem um ou dois projectos. E assim chegamos ao fim. Muito obrigado Paulo pela tua disponibilidade. Eu como mentor da Ode Lusitana também estarei disponível para qualquer coisa que seja necessária e que divulguemos o que se passa no nosso pais. As últimas palavras são tuas, por isso estás à vontade! Quero primeiro agradecer à Ode Lusitana esta experiência, normalmente quem faz as perguntas sou eu ☺ Continuem com o vosso excelente trabalho e divulguem o Metal Nacional. A todos os que lerem se possível visitem o Pedra de Metal, podem deixar os vossos comentários e sugestões, estamos sempre abertos a novas ideias, que nos ajudem a divulgar o que é nosso e a novas parcerias. Um grande abraço para todos.
se não tiveres tempo para publicares, tratares do teu “espaço”´, não consegues avançar com nenhum projecto. Depois, lá está, a informação já está bastante divulgada devido as redes. Por isso é que considero que projectos como o Pedra de Metal, a Ode Lusitana e muitos outros, devem-se é manter unidos e não criar “guerras estúpidas”, como por vezes meia dúzia de “atrasados mentais” tentam fazer. Temos uma imensidão de bandas com trabalhos excelentes, muitos concertos a acontecer, mas pouca gente a optar pela escrita. Que dicas poderias dar a quem quiser começar? Qual seria o impulso inicial? O impulso inicial é “se gostas de escrever, força, escreve”. Não nos podemos preocupar se vai resultar ou não, no primeiro mês de Pedra de Metal não pensava chegar as 1000 visitas e cheguei. Se escreverem sobre Heavy Metal, não entrem em guerras com ninguém, cada um divulga o nosso metal como pode, e principalmente nunca desistir no primeiro contra tempo. A nossa comunidade metaleira já é tão pequena, que temos é que todos divulgar, se possível, o que é nacional em grande quantidade.
www.facebook.com/pedrademetal pedrademetal.blogspot.pt
Um dos trabalhos que mais respeito e tenho orgulho de desfolhar é a “Breve História do Metal Português” do Dico, já que é a nossa história, o nosso meio, a nossa paixão escrita neste livro. É uma base para o nosso futuro. Qual é o teu ponto de vista do Metal em Portugal a todos os níveis, desde as bandas até ao público? Qual o papel e o contributo que o Pedra de Metal poderá ter e o que esperam fazer nos próximos tempos? O livro do Dico para mim foi uma excelente surpresa porque nunca pensei que fosse tão completo e com tanta qualidade, quer na escrita, quer no conteúdo. Um bem haja ao Dico por este resumo histórico do nosso Metal nacional. Quanto ao público do metal, epá, eu acho que o público do Metal português está envelhecido, está mais maduro claro, já não há aqueles “trues” de antigamente (e ainda bem), no entanto eu noto que estamos velhos. Não sei bem Ode Lusitana
7
um ensaio e no fim ficamos realmente com a sensação que a coisa poderia resultar! A nossa sonoridade foi algo que foi aparecendo de forma natural. Julgo que resulta do facto de termos influências e gostos muito abrangentes e diversificados mas que acabam sempre por se encontrar em algum momento. Nunca tivemos aquela ideia de tocar um estilo e não sair daí! Se o som final é mais para o Stoner ou para o Doom é resultado disso mesmo! Basalto, banda de Viseu fundada em Fevereiro de 2015 praticam uma mistura de stoner / doom / metal, onde no meio deste caldeirão de influências proporcionam-nos uma viagem fantástica transmitida pelas sonoridades que podemos ouvir no primeiro trabalho divulgado em Abril deste ano. Banda constituída por António Baptista (guitarra), Nuno Mendonça (baixo) e João Lugatte (bateria), foi com o Nuno que partimos à descoberta de uma das revelações deste ano no nosso panorama nacional.
Do surgimento da banda ao vosso primeiro registo foi um passo muito rápido. Qual tinha sido a vossa experiência musical antes dos Basalto? A captação, gravação, mistura, masterização e tudo o mais foi feito por vocês, tendo as gravações decorrido no Villa “L Dourado” Resort. Como funcionou este contacto, assim como com a editora Fuck Off And Do It Yourself, do qual vocês foram o primeiro lançamento? Como se pode resumir estas sessões de trabalho no estúdio para o lançamento do álbum? Sim, do nascimento da banda à gravação do primeiro registo demoramos um ano. Mas não foi algo forçado, as 6 músicas que gravámos já estavam prontas e ensaiadas e a decisão do momento da gravação foi unânime e consciente. Anteriormente a Basalto todos nós tivemos projectos e bandas mais sérios ou não e o João ainda continua activo em outras bandas como os Amaterazu. Eu já estava parado e afastado de bandas há muito tempo e o Tó também não tocava a sério desde o final dos Angriff, por isso a vontade era mesmo muita! A escolha do local para a captação e gravação (Villa “L Dourado” Resort) também foi simples e natural, uma vez que é onde sempre criamos e ensaiamos. A decisão de fazermos tudo nós deveu-se principalmente ao facto de o Tó se interessar muito por essa vertente do trabalho de estúdio. Ele e o João fizeram a captação e a gravação das seis faixas e posteriormente o Tó fez a mistura e a masterização nos seus Fuck Off and Die Studios. Por isso foi juntar o útil ao agradável, poupamos algum dinheiro e ele teve a possibilidade de explorar mais esse mundo e pôr em prática os conhecimentos que vinha adquirindo! E honestamente fiquei plenamente satisfeito com o resultado final… aquilo é Basalto. Relativamente à editora, foi uma necessidade. Não tínhamos grande vontade ou interesse em andar à procura e/ou à espera de editoras. O álbum estava gravado como queríamos, com o som que queríamos, com o design que queríamos e o passo seguinte foi o
Viva Nuno! Muito obrigado por teres aceite este convite para uma entrevista na Ode Lusitana. Foi com muito agrado que ao adquirir o vosso trabalho, me deparei com uma edição muito sólida e que faz jus ao nome da banda. Como se deu o início da vossa banda no final do ano passado e como foi o teu contacto com os restantes elementos, o António Baptista e o João Lugatte? Como os conheces ou já é uma ligação que vem de longe? A ideia desta sonoridade muito característica é uma paixão que une vocês os três? A banda começou em Fevereiro de 2015 e nasce, como sempre, da vontade de tocar. A ideia de fazer qualquer coisa já existia há algum tempo. Eu já conhecia o Tó (António Baptista) há alguns anos e costumávamos falar dessa ideia mas sempre em tom de brincadeira! Ele é que conhecia o João e decidiu falar com ele. Depois foi uma questão de combinar Ode Lusitana
8
descoberta de novas bandas eram feitas através dos teus amigos ou sempre procuraste descobrir por ti? A paixão começou sem dúvida muito por influência do meu irmão! Era bastante novinho, não me recordo bem, mas talvez com Iron Maiden, Halloween, AC/DC… por aí! Lembro-me bastante bem de comprarmos 2 Lp’s em particular: o “Somewhere In Time” dos Iron Maiden e o “Epicus Doomicus Metallicus” dos Candlemass e curiosamente ainda tenho os dois! Depois já maior ia descobrindo as bandas novas com os amigos! Através de programas de rádio e fanzines (religiosamente encomendadas por correio) descobríamos as novidades e depois era gravar nas cassetes velhinhas quando alguém tinha o que procurávamos ou então era mandar vir as tapes e os discos/cds. Comprei muita coisa sem ouvir uma única nota… era pelo nome e pela descrição!
Tó criar a editora (Fuck Off And Do It Yourself Records). Uma das particularidades é a ausência de vocalista que independentemente das opiniões não tem um impacto menos bom na vossa sonoridade. Foi uma opção vossa, nenhum de vocês tinha jeito para cantar (desculpem o apontamento! ah!!), ou podem rever futuramente esta situação? Essa é de facto a questão que mais nos colocam! Mas na verdade nunca sentimos a necessidade ou a obrigação de ter vocalista. Para nós nunca foi realmente uma questão. Começamos a criar sem voz e sempre nos sentimos bem assim. Chegamos a tentar integrar uma vocalista e até soava bem, mas não complementava a música da forma que entendemos ser útil. Eu sinceramente nunca poderia cantar porque esse sim, seria um passo de gigante para a ruina imediata da banda! O João também não é bem a área dele e o Tó… pode ser que ainda cante alguma vez! Mas repito, não temos isso como um objectivo ou uma obrigação, se alguma vez acontecer, aconteceu. Terá sempre de ser natural. Neste momento, as 6 músicas que gravamos soam-nos bem assim e não alterávamos nada! Como dizem no press release podemos ouvir vários elementos na vossa sonoridade que vão do “Thrash ao Stoner, do Psicadélico ao D-Beat”, mas temos uma componente stoner bastante musculada no vosso som decididamente marcado pelos riffs de guitarra, o baixo verdadeiramente ritmado e a acompanhar a bateria pujante. É um estilo que te atraí pela mistura de vários estilos que podemos aqui encontrar? Quais as bandas de stoner que te marcaram profundamente? Se eu for 100% honesto tenho de admitir que o Stoner nunca foi um som que eu consumisse muito! Claro que existem aquelas bandas incontornáveis que gosto e já conhecia… Orange Goblin, Kyuss, Spiritual Beggars, Corrosion Of Conformity, etc. Mas muito sinceramente acho que o nosso som embora vá claramente beber influências aí, foge também muito para outras sonoridades um pouco diferentes. E é aí que nos sentimos realmente bem, nessa mistura de estilos e influências.
Actualmente moras em Viseu, mas as tuas raízes são açorianas. Tens acompanhado o que se passa a nível do metal underground nos Açores? Hoje em dia não se passam as dificuldades que existiam há uns anos em chegar às novas sonoridades, mas mesmo assim acreditas que é um movimento que tem problemas para se expandir? Sei que as pessoas continuam a fazer esforços para a divulgação deste estilo e a comprovar está o “The Unborn Fest” que decorreu em Março em Angra do Heroísmo, com a participação de algumas bandas da Ilha Terceira. O que pensas que é necessário para se consolidar este género nos Açores? Pois, efectivamente sou um orgulhoso Açoriano, mas há já algum tempo que ando um pouco desactualizado sobre o que se faz por lá! O que me tem dito é que o pessoal quase todo tem optado por integrar bandas de covers, deixando um pouco os originais para segundo plano. Mas não sei se será mesmo verdade. Agora, de uma coisa tenho a certeza, pelo menos na minha ilha (S. Miguel), não
Com horizontes alargados a nível musical, como se deu o início da tua paixão pelo metal? Ainda te lembras dos primeiros álbuns que adquiriste? A Ode Lusitana
9
existem metade das bandas que existiam em meados dos 90’s / inicio dos 2000. Quer queiramos quer não, ter e manter uma banda numa ilha é muito mais complicado do que aqui no continente, só a nível de concertos a diferença é abismal! Felizmente que ainda existem os “teimosos” como os Morbid Death, por exemplo, que ao fim de 25 anos ainda continuam a batalhar! Agora era preciso era começarem a aparecer (ainda mais) bandas novas e malta com vontade para os acompanhar! Relativamente ao “The Unborn Fest” na Terceira julgo que já foi a 2ª edição e este ano até tiveram bandas internacionais. É sempre bom ver que existem coisas a acontecer e que o underground não está morto! Julgo que o caminho é exactamente esse, realizar festivais, concertos e/ou concursos para tentar “criar o bichinho” na malta mais nova!
normal, algumas para melhor, outras nem tanto. Nos 90 talvez não existisse tanta mediatização do “Rock” e o underground unia-se mais. Aqui por Viseu a situação felizmente está saudável. Por exemplo, a associação Fora de Rebanho já leva 3 anos de trabalho com concertos mensais e sempre em apoio ao underground e à cultura alternativa e a “Rocha Produções” além do Mangualde HardMetal Fest que já vai com mais de 20 edições está a organizar festivais em Tondela, Penalva do Castelo ou Viseu! E são apenas dois exemplos. Julgo que o underground em Viseu está efectivamente vivo e a crescer! O underground não se pode resumir só às bandas, necessitando de todo um apoio por trás desde promotores, fanzines, fotógrafos, rádios e acima de tudo público. Concordas com esta minha opinião? As novas tecnologias trouxeram muitas coisas positivas, mas actualmente existe muita informação que está dispersa. O que retiravas do espírito underground que se viveu e que podias aplicar hoje em dia? O underground é tudo isso! As bandas sozinhas não resistiam, é necessário o publico, são necessários os promotores, as zines, os fotógrafos, as rádios, etc. Todos necessitam uns dos outros, e todos tem o seu valor, o importante é apoiarem-se mutuamente sem ninguém se achar superior! As novas tecnologias claro que vieram ajudar em muitas coisas, hoje em dia temos a facilidade de descobrir e conhecer bandas de todos as formas e feitios. Antes, como já disse, comprava dezenas de tapes só pelo nome da banda e por uma breve descrição… agora podes ler sobre a banda, ouvir, ver vídeos e depois se não quiseres comprar podes apenas fazer um simples download! Ainda assim, também tem o lado mau, eu comprava qualquer coisa e ouvia-a até à exaustão, lia e relia os booklet’s e voltava a ouvir! Agora às vezes tenho tantas coisas novas para ouvir que acabo por não ouvir metade ou oiço com um terço da atenção que devia! Em relação ao espírito que se vivia, acho que não devemos fazer grandes comparações, tudo mudou, por isso temos de aceitar. Mas se fosse possível, gostava que o pessoal voltasse a aderir mais aos concertos do underground.
Aqui no continente temos visto um salutar aumento de bandas e de lançamentos de álbuns, com vários locais de concertos e promotoras a fazer um excelente trabalho. Ou seja bandas não faltam, mas o que é necessário para atrair mais o público? Achas que as mentalidades mudaram assim tanto comparando com a que eu e tu por exemplo vivemos nos anos 90? Viseu e toda a zona envolvente tem tido uma efervescência enorme no meio underground nacional, como se pode ver pelos concertos organizados desde a associação “Fora de Rebanho” até as “Rocha Produções”, entre outros, com muitos espaços para eventos. Do teu ponto de vista o que pensas de todo este movimento em Viseu? Ainda há espaço para crescer mais? Sim, actualmente existem muitas bandas dos mais variados estilos e com muitíssima qualidade, muitos discos a serem gravados e boas salas de concertos! Assim chegamos ao final desta entrevista. Muito Claramente o trabalho está a ser bem feito! Se o obrigado pelas respostas e pelo tempo dispendido. público é pouco ou não adere em massa… deduzo As últimas palavras são tuas para deixares o que te que seja muito mais interessante ir ao “Rock” in Rio! As mentalidades mudaram a todos os níveis como é Ode Lusitana 10
vai na alma e tudo o que quiseres! Até uma próxima e ficamos a aguardar novidades dos Basalto. Eu é que agradeço em meu nome e em nome dos Basalto a disponibilidade e o apoio à banda! É um prazer ver zines como a Ode a recriarem-se e a sobreviverem na era digital! Continuem a apoiar as bandas nacionais como puderem e a ir aos concertos! E apoiem as fanzines, porque isto dá muito trabalho!!! E já agora… comprem o cd de Basalto se ainda não o fizeram!
www.facebook.com/basaltostoner
Breves / Notícias (cont.) - Forbidden To Fly, banda do Porto fundada em 2011 lançaram o videoclipe “Sanguine”, single do EP de estreia “Resilience” a sair em breve. A banda é constituída pelo Ricardo Melo (voz), Pedro Borges (guitarra), Tiago Silva (baixo) e Victor Butuc (bateria). - Booze Abuser, banda de Cascais, praticantes de “alcoholic thrash / punk” , lançou através da Dog City Records o EP de estreia “Noise for the Drunk”! Rui ‘Rotten’ (voz), Moisés ‘Godinez’ (guitarra) Antim ‘Gore’ Batchev (baixo) e Waldinho ‘Waldeath’ (bateria), compõem esta banda trituradora movida a litrosas que promete não deixar ninguém indiferente e que se aconselha ver numa sala perto de ti! Ode Lusitana
- A Constant Storm, é o melhor nome para definir este projecto do Daniel Laureano ‘Stormbringer’. Fundada no Porto em Setembro de 2013 e depois da demo de 2014 “Storm Born” e o single “Love Crimes” (cover do tema dos Moonspell), lançou o seu primeiro longa duração com o nome “Storm Alive”. Quando se gosta de bandas como Dead Can Dance, Darkthrone e Ulver, entre outras, a criatividade permite fazer tudo!
Agenda Junho 17 – Ravensire / Speedemon – Texas Bar, Leiria 17 – Switchense / Revolution Within / Mindtaker – Time Out Bar, Montijo 11
17 – M.I.L.F. / Artchoke / Wanderer / Thishonor / The Beheaded – Headbang Solidário IV: Voa Leonor – Metalpoint, Porto 18 – Wrath Sins / Second Lash / AIKO / Last Turn / Brain for the Masses – Headbang Solidário IV: Voa Leonor – Metalpoint, Porto 18 – Revolution Within / Switchense – Beat Club, Leiria 18 – Ravensire / Festering / Alcoholocaust / Göatfukk / Disthrone / Filii Nigrantium Infernalium – Masmorra Fest – Le Baron Rouge (Nirvana Studios), Barcarena, Lisboa 18 – Kow Torque / Granada – Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro 23 – Ratos de Porão (Bra) / Clean Break / A Chama – Bafo de Baco, Loulé 24 – Ratos de Porão (Bra) / Simbiose / Besta / Quinteto Explosivo / Konad – Cine-Teatro de Corroios, Corroios 25 – Ratos de Porão (Bra) / Tysondog (Ing) / Simbiose / Dementia 13 / Booby Trap / Serrabulho / Terror Empire / Anti Void / Rotten Rights / Soul Doubt / Afta – 1º Mangualde HardMetalFest Open Air Summer Edition - Mangualde 28 – Scorpions – MEO Arena, Lisboa 30 (até 2/7) – Krannium (Nor/Ing) / Ingested (Ing) / Carnivore Diprosopus (Col) / Devangelic (Itá) / Putridity (Itá) / Semen (Méx) / Grunt / Fleshless (RC) / Katalepsy (Rús) / Kaliyuga (Tun/Fra) / 5 Stabbed 4 Corpses (Ale) / Unfathomable Ruination (Ing) / Scent of Death (Esp/Por) / Destructive Explosion of Anal Garland (RC) / Urtikaria Anal ( Méx) / Besta / Clitorape (Fra) / Brutal Sphincter (Bél) / Moñigo (Esp) / Party Cannon (Ing) / Excrementory Grindfuckers (Ale) / Kakothanasy (Fra) / Stillbirth (Ale) / Putrid Offal (Fra) / Mutilated Judge (Esp) / Rectal Smegma (Hol) / Inhumate (Fra) / Kadaverficker ( Ale) / Pornthegore (Ale) / Pulmonary Fibrosis (Fra) / Shit Fucking Shit (Itá) / Serrabulho / Analepsy / Fungus / Rato Raro (Esp) / Darkal Slaves (Fra) / Prisoner 639 (Ing/Bél) / Virulency (Esp) / Engorgement (Ing) / Fermented Masturbation (Hol/Nor) / Kapitalistas Podridão / 666 Shades of Shit (Hol) / Kiste Sacro (Esp) / Vizir / Gorgásmico Pornoblastoma / Brutal Brain Damage / Shoryuken / Happy Farm / Smashing Dumplings (RC) / UxLxCxMx (Ale) / Rape Machine (Ale) / Inverted Pussyfix (Cro) / Atomgott (Ale) / Judas Craddle (Ing) / Igorrr (Fra) / Göatfukk / Mulk (Fra) – Xxxapada na Tromba - Beach Open Air – Praia da Murtinheira, Quiaios, Figueira da Foz
Ode Lusitana
Julho 1 a 2 – InThyFlesh / Unfleshed / (mais bandas a anunciar) – Vimaranes Metallvm Fest XI – Ultimatum Club, Guimarães 2 – Attick Demons / The Royal Blasphemy / Legacy of Cynthia / In Chaos / Stonerust – Rust Fest – Le Baron Rouge (Nirvana Studios), Barcarena, Lisboa 7 – Gojira (Fra) / Equaleft – Hard Club, Porto 8 a 10 – Switchense / Simbiose / Trinta & Um / Grunt / Mordaça / Diabolical Mental State / Push / Bleeding Display / Analepsy / Invoke / Legacy of Cynthia / Brutal Brain Damage / Artigo 21 / F.M.P. / Trepid Elucidation / Hang the Traitor / Lamina / Fortune Teller / Enblood / Booze Abuser / Happy Farm / Balazium / Subversive – Hell in Sintra – Campo Futebol, Albarraque, Rio de Mouro, Sintra 8 – Lux Ferre / Morte Incandescente / Solveig – RCA Club, Lisboa 9 – Lux Ferre / Morte Incandescente / Carma – Cave 45, Porto 11 – Iron Maiden (Ing) / The Raven Age (Ing) – MEO Arena, Lisboa 22 – Moonspell / Bizarra Locomotiva / Quinteto Explosivo / Via Sacra – Laurus Nobilis Music – Vila Nova de Famalicão 23 – Moonspell / Serrabulho – Festival Carviçais Rock – Complexo Desportivo Carviçais, Carviçais, Torre de Moncorvo 23 – Switchense / Destroyers of All – Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro 23 – Steve Vai (E.U.A.) – Centro Cultural de Belém, Lisboa 24 – Steve Vai (E.U.A.) – Hard Club, Porto 30 – Bloody Brotherhood (Esp) / Revolution Within / The Black Wizards / Clockwork Boys / InThyFlesh / Affäire / The Nethergod / Templários do Rock / Rotten Rights – 2º Penalva Rocks - Casa da Banda, Penalva do Castelo
12