Número 18 – Fevereiro 2017
Terror Empire Primal Attack Casablanca Trepid Elucidation
Inseminated Inhuman In Vein Pestifer Blame Zeus .... e mais!
Daniel Pacheco Cortina de Ferro
Editorial
Breves / Notícias
Estamos perante um novo ano e desde já desejo a todos os leitores que seja um excelente ano a nível pessoal, profissional, de saúde e também com muitas audições de novos trabalhos do metal, muitos concertos e boas descobertas musicais. Novo número da Ode Lusitana, que deu bastante luta, mais precisamente uma luta homem – máquina em que o meu portátil insistiu em teimar comigo e realizar um teste descomunal à minha paciência! Muito trabalho desta vossa publicação em atraso, falta de colocação de algumas novidades tanto na página do facebook, como no site, respostas que nunca chegaram aos seus destinatários seja por mensagem, como por mail, foi o pão nosso de cada dia nos últimos meses. Por isso peço desculpa e compreensão a todos, ainda para mais quando isto não está a 100 %!! O que interessa é sorriso no rosto, uma formatação disto e muita música para nos dar força! Vamos lá a isto! Neste número temos entrevistas com o Ricardo Martins, vocalista dos Terror Empire que nos mostra que berrar é também uma forma musical, numa banda que tem marcado o thrash metal nacional, com muita energia e qualidade sonora e também temos uma entrevista com o Daniel Pacheco, mentor e editor do programa radiofónico Cortina de Ferro, que tem sobressaído no panorama musical com as suas duas horas de peso semanal, com muitas novidades, muito bem apresentado e que podem ouvir em streaming. O metal português está forte e aconselhável!
- Primal Attack, banda lisboeta, apresenta o seu novo trabalho “Heartless Oppressor” em duas datas ao vivo no mês de Fevereiro. Com formação no ano de 2012, tem uma sonoridade bastante multifacetada indo do thrash ao groove, passando pelo prog, punk e death. O primeiro longa-duração foi editado em 2013 sob o nome “Humans”, apresentando este ano então o segundo longaduração “Heartless Oppressor” através da Rastilho Records. A banda é constituída por Pica (voz), Miguel Tereso (guitarra), Tiago Câmara (guitarra), Miranda (baixo) e Mike (bateria). Os concertos de apresentação são no dia 10 de Fevereiro no RCA Club em Lisboa com Revolution Within (thrash / groove metal – Santa Maria da Feira, que editaram o ano passado o seu terceiro longa-duração “Annihilation”) e Analepsy (brutal death metal – Lisboa, que lançaram o seu segundo longa – duração “Atrocities from Beyond”). A apresentação no Porto deste álbum dos Primal Attack no Porto irá decorrer no Cave 45 e contará novamente com os Revolution Within, assim como os Dark Oath (symphonic Melodic Death Metal – Soure, Coimbra, que lançaram o ano passado o álbum de estreia “When Fire Engulfs the Earth” através da WormHole Death).
Desfruta deste número e até ao próximo mês! Apoia o metal português! Marco Santos Para qualquer informação contactem-me através da página www.facebook.com/Ode-Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com. Visitem o site em https://odelusitana.com. Ode Lusitana
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A origem dos Casablanca dá-se ainda sob o nome de Valium no verão de 1982, através dos irmãos Figueira (João (guitarra), Jorge (guitarra), José (baixo)), contando também com Paulo Silva (voz) e Rui Pereira (bateria), numa altura em que emergiam várias bandas do nosso metal português como NZZN, MacZac, Xeque Mate, STS Paranoid, Sepulcro, Jarojupe entre outras. Com uma sonoridade heavy metal e letras em português editaram 5 demos, as quais foram reunidas na compilação “Pesadelo Real: Anthology 1985-1988” através da Blood & Iron Records. Em 1988 decidem alterar o nome para Casablanca, devido às conotações menos positivas do anterior nome, decidindo enveredar por uma atitude completamente diferente. Começam por editar em 1988 uma demo com os temas “Perfeição” e “Tanto” (temas recuperados dos Valium), que também fazem parte da demo “Casablanca” de 1989. Em 1990 dá-se a estreia do seu primeiro longaduração “Tanto”, com 8 temas, todos em português, sendo a distribuição cedida ao fan-club Heavy Metal Zombies Paranoid. Em 1993 ainda editam o single “Do que passou, nada ficou?”, enveredando por um crescimento visível através da participação em vários concertos, compilações e editando os álbuns, já com letras em inglês, “Sands of Wasted Time” (1996), “Another Day” (1999) e “Once upon a Wasted Time” (2002).
Breves / Notícias (cont.)
- Os Casablanca estão de regresso aos palcos após 12 anos e irão realizar o concerto no RCA Club em Lisboa, através da Notredame Productions e Metals Aliance, onde partilharão o palco com os Attick Demons (heavy / power metal – Almada, Setúbal, formados em 1996, apresentaram o ano passado o seu segundo longa-duração “Let’s Raise Hell” através da Pure Steel Records (Ale)), Shivan (heavy metal – Loures, formados em 2005, editaram em 2016 o EP “Shivan” pela Non Nobis Productions) e Speedemon (speed / thrash metal – Vila Franca de Xira, formados em 2011, editaram em 2015 o EP “First Blood”).
Ode Lusitana
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Boas Marco. Antes demais, a honra é toda minha. Agradeço em nome dos Terror Empire a entrevista. Voltando a 2009… Eu, o Rui e o Puga somos amigos de longa data e já tínhamos tido uma banda. Nessa altura andávamos à procura de um baterista para começar um novo projecto. O Puga, entretanto, conheceu o Gonçalo e o Sérgio num concerto em Arganil. Começámos por seduzir (ahahah) o Gonçalo, combinámos uns ensaios e as coisas foram resultando. Pouco depois junta-se o Sérgio e as coisas começaram a ganhar forma de Terror Empire.
Terror Empire, banda de thrash metal formada em 2009 com localização em Coimbra, tem agitado as águas do nosso panorama underground, sendo de realçar o seu álbum de estreia “The Empire Strikes Black” de 2015 através da Nordavind Records. Antes já tinham apresentado o EP “Face the Terror” de 2012. Som directo, agressivo e com característica de murro no estômago, estivemos à conversa com o vocalista Ricardo Martins que nos abre às portas ao mundo de Terror Empire. A formação desta máquina trituradora é constituída por Ricardo Martins (voz), Rui Alexandre (guitarra), Rui Puga (baixo) e João Dourado (bateria)
Os vossos ensaios eram completamente descomprometidos até se lembrarem que estava na altura de lançar algo sob a forma o vosso trabalho de estreia o EP “Face the Terror” de 2012? Desde que formamos os Terror Empire que o objectivo passava por gravar algo e fazer as coisas como deve de ser. Claro que no início, os ensaios eram mais uma descoberta de entrosamento e de gostos. Após essa fase inicial, os temas começaram a surgir mais coesos e com um cunho muito nosso. Sabíamos que para sermos levados a sério e arranjarmos mais concertos teríamos de ter algo gravado. Gravámos, lançamo-nos às feras e foi o que melhor fizemos, chegámos a outros palcos, tocámos de norte a sul. Tem sido muito gratificante.
Viva Ricardo! É uma honra muito grande ter os Terror Empire, representados por ti aqui nas páginas da Ode Lusitana, ainda para mais quando editaram em 2015 o vosso fantástico primeira-longa duração “The Empires Strikes Black”. Muitos concertos dados, muitas entrevistas, muitas críticas positivas ao álbum, que já faz parte do vosso ADN e do público que assiste aos vossos concertos, marcaram este registo. Por isso vamos voltar ao ano de 2009 que é quando tudo começa. Como se dá a formação da banda? Já existia um contacto grande entre os elementos dos Terror Empire? Ode Lusitana
Existem várias coisas que definem o som de uma banda, sejam as guitarras, secção rítmica ou as vozes. No teu caso como decorreu essa realidade de 4
bateria. Como se deu o contacto e como foi a adaptação tanto da banda como dele? Ainda para mais quando a parte final de produção e mistura do álbum é feita nos Golden Jack Studios, pertença do João. No meio da agressividade, há também muita festa. Que recordações guardas da gravação do álbum e quais os momentos especiais que mais te orgulhas? O Gonçalo, por motivos profissionais e pessoais saiu do país e tivemos de procurar baterista, o que aqui pela zona de Coimbra, na altura, não se estava a figurar um processo rápido, dada a escassez de bateristas disponíveis dentro do género. Lembrámonos do Dourado, mas não saberíamos se ele iria curtia a ideia, dado que o thrash não era a cena dele. Ele era o baterista de Antichthon (black metal). Falámos com ele, combinaram-se uns ensaios e o homem arrasou. Sentimos logo que ele era o ideal, para além de grande músico as suas qualidades humanas equiparam-se ao seu talento, o que levou a que a adaptação fosse um processo natural e rápido. O Dourado trouxe-nos uma agressividade ainda maior e com as suas influências do black metal permitiu outras abordagens mais extremas. As gravações foram semanas intensas, com vários sentimentos experienciados, mas focados em conseguir um trabalho que nos orgulhasse e esse orgulho surge quando escutas o resultado final e te sentes concretizado e realizado.
teres o posto de vocalista na banda? Foi uma grande luta até atingires este teu registo vocal? Quais são os vocalistas que mais admiras? Foi simples, não sei tocar nenhum instrumento e curtia mandar uns berros ahahah. E acho que foi algo que decidimos em muito putos (eu e o Rui), eu era vocalista e ele guitarrista, tínhamos uns 11 ou 12 anos, mal sabíamos que isso iria mesmo acontecer ahahah. O registo, e é aquela resposta que quase todos dão, é até ganhar calo. Foi tentar até chegar a um em que me sentisse confortável e o conseguisse sem esforçar e sem dar cabo da garganta. Max Cavalera e Phil Anselmo, são dois dos que mais me influenciaram, mas sempre procurei achar o meu próprio registo. Inspiração para a escrita das letras não te falta, já que basta olhar para o estado da sociedade, mas como é teu o processo de escrita? Adoraria estar aqui com um grande paleio de um processo de escrita todo pseudo-intelectual, mas é muito terra a terra. Geralmente o que me leva a escrever prende-se com situações de injustiça social, com a degradação civilizacional a que assistimos e algumas situações pessoais. Há uma clara decadência do humanismo, estamos focados mais na posse, em jogos de poder e em lucros do que em cuidarmos uns dos outros. É como dizes, inspiração, ou motivos para escrever não faltam. Despertando para um tema, escrevo sobre isso, fazendo posteriormente os arranjos para que se encaixe na música.
Após a edição do álbum houve uma azafama
A vossa evolução e amadurecimento foi evidente ao longo dos anos até que se avizinhou um novo trabalho, mais propriamente o longa duração de estreia. Mas antes e em 2013 entra o João Dourado para a Ode Lusitana
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dos organizadores em oferecer melhores condições ao público tal como às bandas. Sou bastante grato a todos os que organizam tal como a todos os que aparecem e vão permitindo que o movimento viva e cresça. O que ainda atraí os mais jovens a ouvirem Metal e que se vai notando com a presença de uma nova geração nos concertos? O mesmo que nos atraiu. Satanás ahahah. Fora de brincadeiras, acho que é o mesmo que nos levou a gostar, seja pela agressividade, dinâmica, energia, musicalidade, letras, etc. É algo que nos toca e que fica. Não é moda, ou se gosta ou se odeia. Eu acho que o pessoal mais novo, felizmente, é mais eclético. Não se limita a gostar apenas de uma vertente e tudo o resto é mau. Locais de concertos não tem faltado um pouco por todo o lado e Coimbra sempre foi conhecida como uma “maternidade de bandas” dos mais variados estilos, onde entre outras podemos considerar os M’as Foice, assim como os Tédio Boys uns dos grandes impulsionadores desta criatividade que se vivia em Coimbra. Concertos não faltavam e bandas também não. Para o lançamento do vosso álbum “The Empire Strikes Black” escolheram um local bem no centro de Coimbra, o Salão Brazil, com a participação dos Destroyers of All e Revolution Within, com uma casa muito bem composta. Mas tudo ficou por aqui. Existe uma quebra acentuada de concertos dedicados ao Metal em Coimbra (em Aveiro também aconteceu o mesmo, mas fica a análise para uma próxima), os espaços escasseiam, o movimento perde força e até vemos o Mosher Fest
enorme com concertos presenciados por muita gente, as entrevistas e uma roda-viva que não parava. Nessa altura como sentiste o pulso ao underground nacional? Existem muito boas bandas dos mais variados géneros no país todo, mas ainda notas grandes diferenças de organização nos eventos de sítio para sítio? Está bem vivo. Acontecem eventos todas as semanas. Temos bandas com enorme qualidade em Portugal e que dão grandes concertos. O público que se desloque a um qualquer concerto do underground não sairá frustrado com o que pagará, às vezes um valor bastante irrisório. As bandas comportam-se como profissionais, as condições para o público estão cada vez melhores, há um maior cuidado por parte Ode Lusitana
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Ainda sou do tempo em que havia programas na TV que passavam metal de vez em quando e ia-se descobrindo algumas coisas. Depois entre amigos íamos trocando música. Tenho um sentimento especial pelo “Chaos AD” dos Sepultura, pois foi o primeiro álbum que comprei. O “Intersection” dos RAMP também é um que muito estimo e que já mal roda de tão gasto que está, tinha uns 15, 16 anos. Depois nas tais cassetes tinha lá Pantera, Metallica, Napalm Death, Ratos de Porão, Iron Maiden. Foi por aqui que começou o meu interesse.
a se deslocar para os arredores de Coimbra. Consegues explicar o que se está a passar na cidade de Coimbra, ainda para mais quando temos boas bandas na zona e um público enorme devido a ser uma ‘cidade universitária’? O que é necessário para melhorar esta situação? Sobre Coimbra, na verdade não posso opinar, não vivo em Coimbra e como tal desconheço a realidade da cidade. Sei que vão acontecendo alguns eventos, mas concertos de metal não tem havido muitos, para além do Mosher Fest. Um facto é que há uma maior dificuldade em encontrar um local central em Coimbra, que ofereça as condições necessárias para a organização de concertos de metal. Por isso a tal deslocalização que falas. Não posso dar uma resposta mais fundamentada, porque não vivo o dia-a-dia da cidade.
Estamos quase a chegar ao fim, mas não podíamos terminar esta entrevista sem saber que novidades é que nos podes dizer do novo álbum? Já tem nome e vão ter a participação de músicos convidados? Após a saída do vosso guitarrista Sérgio Alves estão a planear colocar um novo elemento? Estamos a finalizar a composição do álbum. Em breve vamos divulgar várias novidades, mas podem esperar um álbum com a agressividade característica.
Tudo tem a sua origem e no teu caso, a viver na Lousã, como foi essa tua descoberta pelo Metal? Tinhas um grupo de amigos que se reuniam para comentar e ouvir as novidades ou procuravas conhecer por ti próprio as novas sonoridades? Ainda te lembras dos primeiros álbuns que te despertaram essa paixão? Quais foram esses álbuns? A minha descoberta do metal na Lousã foi semelhante à de qualquer outra pessoa quer viva em Coimbra, Lisboa ou outro lugar do planeta. Foi na Lousã que vi RAMP, ainda chavalito, graças ao meu irmão ser mais velho e eu colar-me a ele. Foi também através dele que tive acesso a muitas outras bandas. Embora os nossos gostos musicais sejam muito diferentes, ele tinha uns amigos que ouviam metal e eu ia ouvindo umas cassetes que ele ia lá tendo em casa (sim, sou do tempo das cassetes). Ode Lusitana
Agora sim Ricardo, é tudo e queria agradecer pela tua disponibilidade. Estas últimas palavras são tuas e ficamos a aguardar as novidades de Terror Empire. Foi um prazer amigo. Obrigado por todo o apoio que dão às bandas, divulgando os nossos trabalhos. Grato a todos os que fazem o underground nacional pulsar. Vão estando atentos ao nosso facebook e site para saberem as novidades do próximo álbum e outras. Um abraço! www.terrorempire.net www.facebook.com\terrorempire
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interessante. Um determinado senhor de nome Eduardo Pereira, já na altura na casa dos 50 anos e penso que nem a 4ª classe tinha, era um “engenhocas” como nunca tinha visto. Ele era, e penso que ainda seja (apesar da Idade), um “macanudo” inveterado (Macanudo=Utilizador intenso de comunicações via Rádio CB), foi ele que construiu o primeiro emissor da Rádio Atlântico, era tão fraquinho que apenas cobria um raio de 1 Km, ou seja, apenas era escutada no centro da cidade de Ovar. Tudo era artesanal, sendo a mesa de trabalho composta por 2 “pratos”, mesa de mistura de 6 canais e 2 leitores de K7’s, tudo isto preparado por ele, e assim nascia a primeira Rádio Pirata do concelho de Ovar. Para que a mesma funcionasse das 7 da manhã à meia noite, era necessário ter pessoal suficiente para cobrir todas essas horas, pois como todos sabem, na altura não existiam computadores nem software que hoje em dia todas as rádios possuem, software
Cortina de Ferro é um programa radiofónico da autoria do Daniel Pacheco, com emissão na AVFM de Ovar, mas também disponível via streaming, que se dedica à divulgação do Som Eterno, com especial incidência no underground e que começou as suas edições em Julho do ano passado. Daniel Pacheco é um verdadeiro divulgador e nada melhor que conhecer o seu excelente programa, assim como as muitas histórias que nos tem para contar. Começas há quase 30 anos e por curiosidade na ‘mesma’ estação que estás actualmente, mas que na altura se chamava Rádio Atlântico, uma das muitas estações que existiam nesses anos, com o programa “Onda Forte”. Como surgiu esta tua paixão pela rádio e esta oportunidade em especial? A paixão pela rádio não foi imediata, mas vou-te confidenciar uma história deveras Ode Lusitana
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dia 7 de Dezembro de 1969, comecei as lides radiofónicas em 1986, então com 16 anos. Escutava regularmente o programa “Som da Frente” de António Sérgio que emitia todos os dias à tarde entre as 16 e as 17 horas que mais tarde passou para horas improváveis… da 1 às 3 da manhã, também o “Rock em Stock” de Luis Filipe Barros que ia para o ar das 17 ás 18 horas e mais tarde passou a emitir das 00h à 01h, mas o grande influenciador foi sem duvida o carismático “Lança Chamas” de António Sérgio, que emitia aos Sábados à tarde. Relativamente ao teste de fogo frente a um microfone, não me recordo muito bem desse dia, a única coisa que me lembro perfeitamente, era as “bacoradas” que saia pela boca ao mencionar o nome das bandas, e não era o único, a maior parte não dominava bem o inglês devido à juventude, e o aperfeiçoamento da voz perante o microfone vai evoluindo naturalmente, ou seja, com o tempo moldamos a nossa voz mediante o que escutamos pelos headphones, é sem duvida um processo evolutivo.
esse que torna uma rádio moderna autónoma, pois pode funcionar 24 horas por dia sem qualquer supervisão humana. Mas na altura nada era assim, era preciso batizar muitos “maçaricos” quase diariamente, e numa certa altura através do já desaparecido presidente da Casa do povo de Ovar, onde estava e ainda está situado os estúdios da atual AVfm, presidente esse que tinha uma ligação de grande amizade com o meu pai, falou-lhe um dia na possibilidade de eu passar a colaborar com a Rádio Atlântico, e é assim que começa a minha aventura nas lides de animador de rádio. Basicamente todos os colaboradores eram bastante jovens, cada um “inventava” um programa dentro do seu gosto pessoal, todos tinham que carregar o seus discos e K7’s sempre que tinham uma emissão agendada, a rádio não possuía qualquer registo musical, queres fazer um programa de rádio?? Arranja musica para ele…e eu com os parcos recursos financeiros, lá ia comprando uns discos usados, e raramente uns novos, apenas as K7’s abundavam com gravações enviadas de contatos que já tinha na altura com pessoal de lisboa ligado aos Fanzines que faziam cópias, de outras cópias de bandas que se conseguia arranjar na altura. Com algum material em carteira que dava para 1 hora de emissão, então com 16 anos, nasce o primeiro programa de Metal no concelho de Ovar o “Onda Forte”, que curiosamente e até aos dias de hoje, não existiu mais ninguém no concelho a ter um espaço dedicado ao “som eterno” numa emissora, a partir daí a paixão foi crescendo, e o “bichinho” da rádio nunca mais desapareceu.
Desde Julho do ano passado estás de volta à Rádio AVFM de Ovar, com o teu novo programa “Cortina de Ferro”. Como nasce esta tua amizade com o Zé Luis e como surgiu este convite dele para apresentares este teu programa? A chama estava acessa, mas deste uma resposta positiva logo de imediato? Tinhas uma ideia específica para o programa? Como te surgiu o nome “Cortina de Ferro”? O Zé Luis é um grande amigo de infância, tal como eu também é fundador da Rádio. O Zé Luis ao contrario de mim, nunca mais largou as lides radiofónicas, tendo acumulado uma grande experiencia como locutor e produtor, liderou várias rádios no distrito de Aveiro, além de ser um DJ e produtor bastante conhecido, nos dias de hoje tem a sua própria empresa de publicidade, e acumula o cargo de vice
Já tinhas alguns programas de referência que seguias? Com que idade inicias estas tuas andanças e como foi o teu teste de fogo em relação a estares em frente a um microfone a falar, já que o ‘dom da palavra’ é bastante importante para um locutor? Já agora para que todos se possam situar, nasci no
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nomes em mente, mas um deles era apenas de uma palavra e o Zé Luis aconselhou-me o atual, pois com 2 nomes a pronuncia tornasse totalmente diferente e soa melhor, assim nasce a “Cortina de Ferro” inspirada na Guerra fria. Inicialmente procurava um nome que tivesse impacto e ao mesmo tempo desse para jogar com as palavras, e Cortina de Ferro encaixou na perfeição, pois podes simplesmente citar com impacto Cortina de Ferro, como jogar com ela como por exemplo: Abre-se a Cortina, vão rasgar a Cortina, entram pela Cortina, etc. Estou bastante satisfeito com a escolha e o consenso foi geral.
presidente da AVfm bem como a direcção de programas em part-time. Depois da grande remodelação que a AVfm sofreu à cerca de 2 anos, com a anterior direcção a ser demitida e a tomada de posse da atual, a Rádio AVfm renasceu das cinzas e está em constante crescimento e sustentabilidade. Uma das prioridades da atual direcção foi vocacionar a rádio para aquilo que ela é na essência, uma rádio local e não uma cópia de outra rádio de grande projecção, o que infelizmente quase todas as rádios fazem, perdendo assim a sua identidade como rádio local. Existem neste momento programação para todo o tipo de gostos musicais e não só, existe diretos de várias modalidades desportivas praticadas no concelho, cobertura de eventos culturais, etc. Para isso a direcção convidou alguns colaboradores da “velha guarda” que foram acompanhando o crescimento atual da AVfm , claro que faltava algo na grelha, e o Zé Luis tinha a carta na manga pronta a lançar quando fosse o “timing” ideal. Ele sondou-me por diversas vezes para a possibilidade de ser integrado na grelha de programação um programa dedicado ao Metal em geral, pois era o único género que a grelha ainda não contemplava, confesso que na maioria das conversas fiquei sempre renitente, estava bastante “enferrujado” pois à anos que não olhava para o microfone, mas o “bichinho” da Rádio falou mais alto e a resposta positiva surgiu em Junho de 2016, começando as emissões regulares depois das férias em Julho de 2016. O nome para um novo programa foi decidido em conjunto, eu tinha 2
Daniel Pacheco com o programa “Poluição Metálica”
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Tens o “Onda Forte” e o “Poluição Metálica” nos teus inícios radiofónicos. Como fazias as tuas pesquisas para os programas? Tinhas parcerias com algumas editoras, além da correspondência que recebias das bandas? Foram alturas talvez complicadas, mas ao mesmo tempo foi uma época de bastantes descobertas musicais. Como encaravas o metal nesses anos? Estavas em contacto com mais programas de rádio nacionais? Esta pergunta vai ter uma resposta curta, a razão é obvia, pois é sabido que nessa altura a comunicação apenas era efectuada por telefone fixo o que era caro, ou então por carta via CTT, rádios piratas em contato com editoras nem pensar, correspondência com bandas?, como? se nem contatos delas existiam, não tinha-mos contatos com outros programas similares porque nem sequer conhecíamos as rádios, quanto mais os programas emitidos pelas mesmas, as informações que recebia eram apenas dos fanzines da altura vindos de Lisboa através de um primo meu fanático por Metal, e depois a muito custo comprava a Metal Hammer que era caríssima, o jornal Blitz, sim no inicio o Blitz era uma jornal antes de ser revista, que sempre trazia
algumas noticias de Metal, e mais tarde surgiu a revista Portuguesa Rock Power. A divulgação e conhecimento de bandas nacionais e estrangeiras eram feitas praticamente através de cópias manhosas em K7’s e algumas gravações do “Lança Chamas” sempre a rezar para que o António Sérgio não falasse. Depois era escutar em reprodutores de K7’s a pilhas (Walkman), com as cabeças carregadas de metal, pois as K7’s de crómio eram muito caras, portanto toca a limpá-las com uma cotonete e álcool, velhos tempos…os anos 80 foram a época de ouro do Metal Internacional , e o despontar de muitas bandas nacionais, nessa altura foram lançados os maiores marcos do Metal mundial, que influenciaram e continuam a influenciar milhares de bandas um pouco por todo o mundo, som esse que ficou imortalizado e que perdura até aos dias de hoje.
A primeira e única festa de Metal organizada em Ovar até hoje, com o cunho do Daniel Pacheco
para que me enviem todo o material necessário, posso afirmar que me tem surpreendido este género de emissão, o interesse e o envolvimento das bandas nos dias que precedem estas emissões deixam-me com vontade de fazer crescer a “cortina de Ferro” cada vez mais, tem sido extraordinário. A preparação da emissão começa sempre à 2ª feira e tem que estar concluída no máximo até 5º feira à noite, dia em que divulgo a “playlist” para sábado, pois a 6ª feira é dedicada a redigir toda a informação acumulada sobre as bandas que vão “rolar” nesse sábado. É um trabalho exaustivo que demora horas, tanto mais que sou apenas eu que faço todo o trabalho, para que a emissão vá para o “ar” todos os Sábados.
Hoje em dia a informação abunda na internet, as bandas são bastantes, mais fácil de entrar em contacto com elas, com edições constantes a surgirem todos os dias. Como fazes a tua preparação dos programas? Como organizas os vários contactos que tens tido diariamente e de todas as partes do mundo? Tens a presença constante de alguém que te ajude? A internet e mais propriamente as redes sociais, fizeram a “Cortina de Ferro” em pouco mais de 6 meses, atingir níveis de notoriedade e projeção nunca antes imaginados por mim, consegui colocar o programa num patamar de tal maneira elevado em 6 meses, do que qualquer outro anterior em muitos anos. Eu tenho a minha vida profissional (Comercial na área das TI), o que me consome largas horas do dia, e é à noite depois do jantar que me sento calmamente junto ao meu “Desktop”, onde faço a gestão diária das minhas 2 páginas, a pessoal e a oficial. Nunca vou dormir antes da 1 da manhã, pois tenho “timings” a cumprir com uma regra bastante simples; em primeiro lugar dou resposta a todas as mensagens que me enviam diariamente, sejam de ouvintes e amigos, ou de bandas, depois disto feito vou pesquisando através de Sites e Grupos da especialidade, noticias, novos lançamentos, etc., ao mesmo tempo vou descarregando “aço” que as editoras e bandas me enviam para divulgação. Quando faço uma emissão especial, por exemplo, dedicada a um país especifico, essas são bem mais trabalhosas, ou já tenho algum material relativo ao país em questão, ou então tenho que entrar diretamente em contato com as bandas pretendidas, Ode Lusitana
Ainda tens tempo de partir à descoberta de novas bandas, ou também partilhas da opinião da dificuldade de assimilar as edições que vão saindo? Os programas são geridos em parte pelos teus gostos pessoais, ou por vezes tentas abranger a maior gama possível de sonoridades e de bandas de diferentes países? Quando comecei as emissões regulares da Cortina de Ferro, tive sempre como prioridade a divulgação do Underground, são as bandas inseridas neste cenário que necessitam de maior apoio e divulgação, o cenário do Mainstream já tem apoio quanto baste, não querendo dizer com isto que não passe bandas pertencentes ao Mainstream nacional e internacional. A dificuldade em encontrar registos para download de bandas não muito conhecidas é muito, daí só tenho uma hipótese, que é o contato direto com as mesmas, o que até hoje tem corrido na perfeição. Para quem escuta as emissões da Cortina de Ferro, sabe que as minhas “Playlist” englobam todo o tipo de sonoridades, sejam nacionais ou não, daí, normalmente começo as emissões com sons mais “suaves”, para com o decorrer da emissão ir 11
as bandas que constam nas “Playlists” fazem nas suas páginas oficiais, e espalham pelas suas redes de amigos, entram em contato comigo, tão simples quanto isso, o que me deixa verdadeiramente orgulhoso, do trabalho feito nestes parcos meses. Relativamente ao interesse demonstrado pelo nosso Metal, infelizmente penso que não seja muito, e em certa parte compreendo, o interesse desses contatos é para que divulgue o seu próprio som, e nada mais, tirando uma solicitação de um Blog de Atlanta Midnight Children que me solicitou para que escolhesse 5 bandas de estilos diferentes do cenário Underground Lusitano, o que fiz e foi divulgado no mesmo Blog no inicio deste ano e que podem encontrar a publicação na página oficial da Cortina de Ferro.
“acelerando” até ao Metal mais extremo, são emissões para todos os gostos. Quanto à descoberta de novas bandas, tenho os amigos da “cortina de Ferro” que diariamente me enviam “link´s” para audição, a quem o faz, fica desde já aqui o meu agradecimento publico, pois o meu tempo é escasso e esse gesto é uma mais valia. Uma das particularidades é disponibilizares o programa em streaming, o que facilita muito a divulgação dos teus programas e que se tem repercutido nas várias respostas positivas nacionais e internacionais. Para confirmar tiveste ainda há pouco tempo uma entrevista concedida à página colombiana “Solo para metal maníacos”, o que foi excelente. Que novas parcerias conseguiste criar com esta nova forma de contacto a nível mundial? Também existe interesse no nosso metal por parte das pessoas que entram em contacto contigo? É precisamente aqui que as redes sociais desempenham o seu papel máximo, pode não parecer normal, mas não sou eu que procuro parcerias. As emissões dedicadas ao Underground de outros países é que me trouxeram esses contatos. As páginas, grupos no Facebook, Blogs e editoras de vários pontos do mundo, quando vêm a partilha que
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Falando do nosso metal, observamos um movimento crescente, com o aparecimento de várias bandas com excelentes trabalhos, assim como bandas mais antigas que ainda se mantêm com a edição de novos trabalhos. Qual a tua opinião do ponto de situação actual do underground nacional, seja a nível de bandas, concertos, assim como público? Penso que a generalidade do Undeground nacional está bem, tem qualidade e recomenda-se, pena é que os apoios por parte das editoras seja escasso, e que a maioria apenas tem umas “demos” ou apenas um EP gravado, muitas vezes gravações de qualidade duvidosa fruto das mesmas serem editadas pelos próprios meios. Segundo um estudo que li recentemente, Portugal é dos países que mais bandas de Metal têm “per capita”, o que leva a esta mesma situação. A maior parte das recém nascidas, pouco tempo duram, e as que vão subsistindo contam no seu line-up músicos com trabalhos paralelos com outras bandas, outras vão subsistindo com os concertos que felizmente vão acontecendo quase semanalmente nos sítios que todos conhecem, tocando quase sem retribuição alguma, ou seja, estão tal como eu, tocam por amor à causa sem receber nada em troca…Quanto ao publico, sempre que tenho oportunidade de ir ver um concerto, o que é raro devido à escassez de tempo, parecem quase sempre os mesmos, a “tribo” está a necessitar de sangue novo!!!
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primeiro confesso, foi o que me despoletou para o Metal, “Powerslave” dos Iron Maiden lançado em Setembro de 84, o segundo foi lançado em Junho de 89, “Agent Orange” o 3º álbum dos Sodom, por acaso o ultimo antes da saída do grande guitarrista Frank Blackfire para os Kreator, e por ultimo para mim e para muitos, o melhor álbum de sempre dos Metallica lançado em 1986 “Master Of Puppets”, o primeiro álbum de Metal a ser certificado com Platina, 12 no total.
O que é necessário para atrair mais pessoas para o género do metal, no meio deste caldeirão musical actual? E vamos um bocado mais à frente e pergunto-te o que é necessário para tirar do sofá algum pessoal da velha guarda para vir assistir aos concertos? Para esta questão vou dar um exemplo mais pessoal, ou seja, o meu filho. Ele sempre soube da minha paixão pelo Metal, mas sempre lhe passou ao lado fruto da tenra idade, era mais virado para o som tipo Eminem, mas tudo bem, mais vale esse do que outros que por aí abundam. De à 3 anos para cá, começou a ter uma certa curiosidade pela minha biblioteca musical, daí, dei com ele a escutar sons mais industriais como Rammstein e Slipknot, para logo depois começar a escutar Iron Maiden e ficar fã de Cradle Of Filth. Hoje tem 15 anos e nunca lhe “massacrei” a cabeça com Metal, apenas começou a gostar por iniciativa própria. Têm uma banda de eleição Amon Amarth de quem é fã, e “decorou” um colete de ganga que tinha com Badges de bandas eleitas por ele. O ponto alto do seu gosto pelo Metal, foi acompanhar-me ao Coliseu do Porto para vê-los no ano passado, foi o seu batismo em concertos, estava tão “vidrado” no show que nem ao Wc foi em 3 horas de concerto, por isso apelo à velha guarda, peguem nos vossos, sejam filhos, sobrinhos ou mesmo netos (eheheh) e levem-nos a um concerto, nem que seja para testar a reacção deles e ao mesmo tempo revivam velhos tempos, não se deixem apagar, pois o nosso som é eterno.
As últimas palavras são tuas e novamente muito obrigado pela tua participação na Ode Lusitana. Marco, desde já agradeço o convite para esta entrevista que me deu um enorme prazer, e longa vida à Ode Lusitana, vamos mantendo contato. Por ultimo vou deixar aqui um testemunho de algumas maluqueiras que se faziam na minha adolescência…. Naquele tempo comprar um LP era um acto religioso, até tirava fotocópias das capas para distribuir pelos amigos… Aquilo que chamam agora pins naquele tempo eram crachás, não sei por que lhe mudaram o nome… As notas de 100 escudos bem escondidas nos envelopes para comprar fanzines e merchandising… Aquelas duas horas de lança-chamas… E claro menos 30 anos\ menos 20 kilos eheheheh Já la vão muitos anos mas é algo que não se esquece, e depois lembrar as calças elásticas o cabelo com beirinha e o colete de ganga carregado de crachás, e como sempre, lá andas á busca de uns trocos para a cervejola, para não estar no concerto a seco, e depois era a espera para comprar os vinis e grava-los para k7 para podermos ouvir na escola eram bons tempos... tempos em que comprar um álbum que acabava de sair era algo religioso, e lá estava a malta a poupar uns trocos para a próxima compra, muitas vezes era o “guito” do almoço da escola, e lá ia a casa da avó comer uma sopinha à “socapa” mas sabendo que logo que sai-se o álbum já era meu... hoje em dia é tudo downloads de mp3, e acreditem que isso não substitui o cheiro de um disco de vinil novinho nas mãos.
Imagina que estás num final de dia de trabalho, não te apetece pesquisar e ouvir novas bandas e queres um momento de relaxamento, mas a ouvir alguns álbuns de metal. Indica três álbuns que ouvirias, de maneira a ficares com um sorriso no rosto e que consideras grandes edições do metal. Para esta questão vai uma confidencia. Depois de muito Rock e Hard-Rock, o “Som Eterno” é um pouco como qualquer droga, começas com sons mais “softs” e lentamente vais querendo explorar sensações mais fortes, isso aconteceu comigo, gosto de todos os géneros e sub géneros do Metal, daí vou eleger 3 álbuns que rompi o vinil até parecerem crateras depois de um sismo de grande magnitude. O Ode Lusitana
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ano o single “Circle of Death”. As gravações e misturas ficaram a cargo do Miguel Tereso (Demigod Recordings) sendo o layout do single da autoria do Marco Martins (Analepsy). Ficamos a aguardar novos lançamentos!
Breves / Notícias (cont.)
Trepid Elucidation Foto by Marta Louro – photographer
- Trepid Elucidation banda de Lisboa, formados em 2012 e praticantes de technical / progressive death metal disponibilizaram já este ano o single “Upcoming Reality” do trabalho com o mesmo nome que será editado no dia 24 de Fevereiro através da Mosher Records, sendo a capa feita pelo Pedro Sena – Lordigan. Formados em 2012 a banda é formada por Diogo Santana (voz / guitarra (Analepsy / Festering)), João Jacinto (guitarra (Dead Meat / Undersave)), Renato Laia (baixo (Undersave)) e Francisco Marques (bateria). Estejam atentos a este novo trabalho!
- Inhuman, banda de gothic metal de Silves, formada em 1992 celebra os 20 anos do lançamento do seu álbum de estreia “Strange Desire”, com um concerto no RCA Club em Lisboa, onde para já contam com a participação dos Hourswill (progressive metal – Lisboa, lançaram em 2014 o seu álbum de estreia “Inevitable”). - In Vein, banda de death/groove metal com origens na Vila das Aves vão editar o seu primeiro longaduração de nome “Ressurect” através da Raising Legends. Formados por António Rocha (voz), André Almeida (guitarra), Paulo Monteiro (guitarra), João Costa (baixo) e Luís Moreira
- Inseminated é um projecto de death metal com origem em Tomar, do Luís Neves, guitarrista dos Brutal Brain Damage, que apresentou no início deste Ode Lusitana
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(bateria), tem como objectivo “criar uma sonoridade, original e diferente, juntando as várias influências de cada elemento”. A apresentação do álbum irá decorrer no dia 11 de Março no Espaço A em Freamunde e conta para já com a participação de Booby Trap (crossover – Aveiro, que editaram o ano passado o álbum “Overloaded”) e Dor na Rótula (alternative / rock – Paços de Ferreira).
Pestifer com a participação de Skinning (death metal – Guimarães, que lançou o ano passado o seu segundo álbum, “Slaves of Insanity”) e Stucker (thrash metal – S. Mamede Coronado). - Blame Zeus, apresentam no dia 4 de Março no Hard Club, Porto, o seu trabalho “Theory of Perception”, em que terão como convidados os Nethergod (metal – Porto, ex-In Solitude) e Projecto Sem Nome (rock alternativo – Porto). Disponível para audição já se encontra o tema “The Moth” divulgado no início do ano. O álbum foi gravado e produzido pelo André Matos (Raising Legends Studios) e o artwork da capa esteve a cargo do designer Helder Costa. É um álbum que trata da “variedade de opiniões, histórias e experiências que cada e na maneira como percebemos a vida”. A banda é constituída por Sandra Oliveira (voz), Paulo Silva (guitarra), Tiago Lascasas (guitarra), Celso Oliveira (baixo) e Ricardo Silveira (bateria).
- Pestifer, banda portuense praticante de uma sonoridade old school death metal tem vindo a criar uma grande expectativa com o lançamento no dia 14 de Fevereiro do seu álbum de extreia “Execreation Diatribes” através da Lavodome Productions (Rep. Checa), especialmente depois da apresentação do single”Mars Exult”. Boas sonoridades demonstradas desta banda constituída por Pedro Silva (voz / guitarra), Jorge Marinho (baixo) e Diogo Pereira (bateria). A apresentação do álbum será feita com um concerto ao vivo no dia 25 de Fevereiro no SMED Museu Café Cultural na Zona Industrial do Soeiro (S. Mamede Coronado) e contará
Ode Lusitana
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9 – Entombed A.D. – Vagos Metal Fest Warm Up – Hard Club, Porto 10 – Entombed A.D. / Okkultist – Vagos Metal Fest Warm Up – Stairwat Club, Cascais 10 – Russian Circles (E.U.A.) / Cloakroom (E.U.A.) – RCA Club, Lisboa 11 – Russian Circles (E.U.A.) / Cloakroom (E.U.A.) – Hard Club, Porto 11 – Entombed A.D. – Vagos Metal Fest Warm Up – Bafo de Baco, Loulé 11 – Gehennah (Sué) / Holocausto Canibal / Decayed / Alcoholocaust / Violentor (Itá) / Midnight Priest / Wanderer – Invicta Metal Fest (Winter Edition) – Brás de Oleiros, Maia 11 – In Vein – Espaço A, Freamunde 12 – Battle Beast (Fin) / Majesty (Ale) – RCA Club, Lisboa 13 – Battle Beast (Fin) / Majesty (Ale) / Gyze (Jap) – Hard Club, Porto 15 – Korn (E.U.A.) / Heaven Shall Burn (Ale) / Hellyeah (E.U.A.) – Campo Pequeno, Lisboa 31 – Napalm Death (Ing) / Gwydion / Crise Total / Theriomorphic / Prayers of Sanity / Legacy of Cynthia – Moita Metal Fest 2017 – Largo do Pavilhão Municipal Exposições, Moita 1 (Abril) – Sodom (Ale) / Heavenwood / No Turning Back (Hol) / Corpus Christii / Revolution Within / Midnight Priest / Primal Attack / Attick Demons / Analepsy / Fast Eddie Nelson / BurnDamage / The Zanibar Aliens / Enblood – Moita Metal Fest 2017 – Largo do Pavilhão Municipal Exposições, Moita
Agenda Fevereiro 3 – Mata-Ratos / Grog / Decayed / Son of Cain / Skyard – Camarro Fest II Edition – SIRB - Os Penicheiros, Barreiro 3 – Tales for the Unspoken / Destroyers of All / Hochiminh – ADAC 42º Aniversário – ADAC, Leiria 4 – The Hecklers / Quinta-Feira 12 / Bed Legs – ADAC 42º Aniversário – ADAC, Leiria 4 – Mindtaker / Grimlet / NightMyHeaven – A.S.D.R.E.Q., Quintela de Orgens, Viseu 4 – Process of Guilt / Holocausto Canibal / Sinistro / Dollar Llama / Affäire – Camarro Fest II Edition – SIRB - Os Penicheiros, Barreiro 4 – Moonspell – Campo Pequeno, Lisboa 11 – Painted Black / Ignite the Black Sun – Time Out, Montijo 11 – Azagatel (Dark Folk – set acústico) – Ovelha Negra, Sever do Vouga 11 – Beastanger / Bruma Obscura / Vizir – Cave 45, Porto 11 – Nihility / Ophiussa – Black & White, Seroa, Paços de Ferreira 17 – Primal Attack / Revolution Within / Dark Oath – Cave 45, Porto 18 – Casablanca / Attick Demons / Shivan / Speedemon – RCA Club, Lisboa 25 – Pestifer / Skinning / Stucker – Zona Industrial do Soeiro, S. Mamede Coronado 25 – Excrementory Grindfuckers (Ale) / Serrabulho / Blaxem (Chile) / Burp (Fra) / Ass Deep Tongued (Fra) / Mulk (Fra) – XXXicken Party – Warm Up Session (Carnival Edition) – Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro
Março 3/4 – Process of Guilt / Crisix (Esp) / Holocausto Canibal / Contradiction (Ale) / Névoa / Ghold (Ing) – Évora Metal Fest – Complexo de Piscinas Municipais de Évora, Évora 3/4 – Legacy of Brutality / Saturna / Decayed / Wako / Elephant Riders (Esp) / Midnight Priest / Grankapo / Redemptus / The Dirty Coal Train / V8 Bombs / Soul of Anubis / Five Gallon Bottle / Rotten Rights / Blackbird – 4º Aniversário Fora de Rebanho – Associação Cultural – A.S.D.R.E.Q., Quintela de Orgens, Viseu 4 – Blame Zeus / Nethergod / Projecto Sem Nome – Hard Club, Porto 7 – Sonata Artica (Fin) / Triosphere (Nor) / Striker (Can) – Lisboa ao Vivo, Lisboa Ode Lusitana
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