Ode Lusitana # 5 - abril 2015

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Ode Lusitana Número 5 – Abril 2015

Editorial

Breves

O panorama de espectáculos ao vivo dedicados ao metal no nosso país tem mostrado uma grande pujança, resultante do trabalho de bandas, promotores, salas de espectáculos e até de fãs que se dedicam a esta nobre causa. Quando olhamos para as datas da nossa Agenda é usual observarmos a realização de 3 ou 4 concertos no mesmo dia, espalhados pelo país. Podemos questionar-­‐nos se é salutar esta situação, em que exista uma dispersão de público, assim como nos podemos questionar da grande realização de concertos que se realiza em Lisboa e Porto, em constraste com o restante cenário nacional. Mas a resposta é simples, porque são nestas duas cidades que se encontram o grande número de fãs, de locais de espectáculos, de lojas e de bandas. Os eventos são mais usuais, o apoio é diferente. O que se tem vindo a verificar é que o resto do país está cada vez a crescer mais a este nível, especialmente o apoio que se tem feito ao metal nacional. Os grandes eventos são fora dos grandes centros urbanos como acontece com o Steel Warriors Rebellion (Barroselas) e o Vagos Open Air (Aveiro). Mas pululam vários festivais como por exemplo Mangualde Hard Metal Fest, Butchery At Christmas, Évora Metal Fest, Colhões de Ferro, Moita Metal Fest, Hellvas Metalfest, Pax Julia Metal Fest, Inaccessible Art, Monasterium Fest, Sublime Torture Fest e muitos mais! O trabalho e o esforço estão lá, as pessoas tem respondido assistindo aos concertos e quando é possível lá se compra uma t-­‐shirt e um cd. O convívio existe, as amizades são criadas, as bandas já tem um circuito para realizar espectáculos. Se a oferta é de mais? Nunca é de mais! Cada vez mais de norte a sul as coisas estão a mudar. E é isso que queremos! A música é o nosso escape e paixão que nos guia numa sociedade por vezes descaracterizada. Aqui estão mais 8 páginas de edição gratuita com saída mensal. Imprimam esta zine (livreto A5) e divulgem o nosso metal! Marco Santos Para qualquer informação contactem-­‐nos através do nosso perfil

-­‐ O mês de Abril/Maio é altura de um dos maiores eventos nacionais! O Steel Warrios Rebellion a decorrer em Barroselas de 30 de abril a 2 de maio e vai já na sua 18ª edição.

A armada portuguesa que participará no SWR deste ano é constituída por Vizir, Without Face, Phil Goes Down, Killimanjaro, Equaleft, Redemptus, Wells Valey, Shitmouth, Bleeding Display, Örök, Analepsy, Mother Abyss, Raw Decimating Brutality, Midnight Priest, Jibóia e Cangarra. Ao todo temos 46 bandas em concerto, distribuídas por 3 palcos! A não perder! -­‐ Inaccessible Art vai na 3ª edição e realiza-­‐se a 9 de maio em São Bartolomeu da Serra (Santiago do Cacém). O cartaz é composto por Downthroat, Besta, Cruz de Ferro, Analepsy, Since Today, Speedemon, Animalesco, o Método e Liber Mortis. Irá contar com exposições de Sandra Curto (Tearte Pintada), Tiago Jesus (Undead Guitar Works) e de Tiago ‘Tokinha’ (Growing Arts). A parte social não será esquecida, através da recolha de bens alimentares e não alimentares para Instituições de Apoios Sociais locais. Motivos mais que suficientes para fazer uma viagem a esta localidade alentejana.

Ode Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com ou também através da seguinte morada: Marco André dos Santos Ferreira Rua da Carvalha, nº 53 3770-­‐401 Troviscal OBR

(Errata: no último número da Ode Lusitana situamos os Cruz de Ferro, como sendo lisboetas, quando na realidade são de Torres Novas! As nossas desculpas!)

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Comecei a tocar baixo, sem grandes planos ou perspectivas, quase por acaso. Inicialmente por piada, numa banda grind/death em que berrava e onde fazíamos uma cover de uma banda de uns amigos que tocavam grunge/alternativo. Nessa brincadeira trocávamos de posições e eu acabava sempre no baixo. Algum tempo depois essa banda de rock ficou sem baixista e eles convidaram-­‐me a ir lá experimentar. Nem tinha baixo próprio naquela altura. Os meus primeiros ensaios com eles foram a fazer linhas de baixo numa guitarra velhinha, numa garagem com arcas frigoríficas cheias de marisco. Bons tempos. Eheh. Daí em diante, todas as bandas por onde tenho passado foram como baixista. Ah as preferências... Sabes que é sempre difícil escolher uns acima de outros, mas é claro que existem baixistas que, por um motivo ou outro, têm lugar cativo no nosso imaginário, seja pela técnica, criatividade ou pelo carisma. No meu relicário estão músicos como o Lemmy, Matt Freeman (Rancid, Operation Ivy), Cliff Burton, Les Claypool (Primus) ou Klaus Flouride. Existem também três baixistas nacionais que são, para mim, um regalo para a vista ver tocar, o Alexandre Ribeiro (Grog, Neoplasmah), o António Gião (Disaffected) e o Paulo Silva (Concealment).

Speedemon, banda de Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira), formada em meados de 2011, pratica uma mistura de thrash, speed e heavy metal. Em fevereiro deste ano editam o EP “First Blood” com 4 temas portentosos, onde demonstram essa mesma mistura e que influencia cada elemento. Banda composta por Bruno Brutus (voz/guitarra), Jorge Bicho (guitarra), Rui Marujo (baixo) e Hugo Pote (bateria). Foi com o Rui Marujo que estivemos à conversa. -­‐ Viva Rui! Como homem dos sete ofícios a música tem um peso bastante significativo no teu dia-­‐a-­‐dia. Ainda te lembras como começou essa paixão e quais os álbuns que despertaram essa paixão? Fazias tape-­‐trading nessa altura? O que andas a ouvir actualmente e que sons procuras? Yo Marco! Eu diria que é bastante mais que significativa, é fundamental! Adulterando um pouco uma frase atribuída a Nietszche, é o que vai oferecendo sentido, propósito e prazer à minha vida. Ajuda a temperar todos os dias e pode torná-­‐ los mais curtos ou mais longos. Para mim, é essencial! A paixão pela música devo atribuí-­‐la aos meus pais. Não tanto por uma influência directa, de me enviarem nesta ou naquela orientação musical, mas pelo facto de me proporcionarem o contacto com diversos géneros diferentes, fosse através dos discos e cassetes do meu pai ou dos programas de rádio que a minha mãe ainda ouve hoje em dia. Graças a esta diversidade de sonoridades que sempre foram co-­‐habitando lá por casa tive a oportunidade de conhecer e aprender a gostar de coisas que vão de Black Sabbath a ABBA! Não creio que tenham existido albuns específicos, tudo se deveu ao ambiente caseiro. O tape-­‐trading surgiu mais tarde, quando estava a dar os primeiros passos no mundo underground. Ainda me recordo de algumas das primeiras cassetes que recebi, gentilmente enviadas pelo Rui Maia (na altura membro da banda punk Inkisição) e pelo Xico (actualmente vocalista de Dawnrider). Estou-­‐lhes muito por essas cassetes até hoje. Em relação ao que se ouve por aqui, as coisas estão constantemente a mudar. Como tenho sempre muita coisa para ouvir/escrever, as bandas e os discos vão mudando com muita frequência, mas nas últimas semanas quando entro no carro tenho quase sempre um par de coisas de Wolfbrigade ou Trap Them a rodar. Para te oferecer uma ideia de como a banda sonora que me acompanha pode ir variando, ontem à noite ouvi muito The Smiths, hoje já estive a passear por Tribulation e, enquanto estou a escrever isto, estou a ouvir Exhumed. E nada disto invalida que daqui por uns minutos possa colocar um pouco de Django Reinhardt (NR: um dos maiores guitarristas franceses, criador do estilo gypsy jazz) para o resto do dia... -­‐ De onde surge a oportunidade de tocares baixo? É uma sequência normal do teu interesse pela música fazer essa transição para um instrumento? Tens alguns baixistas preferidos?

-­‐ Em 2012 entras para os Speedemon. Como surge este contacto? Já conhecias anteriormente o Bruno Brutus e o Jorge Bicho? Nós já nos conhecíamos todos de há uns anos atrás. Eu e o Jorge, quando ainda andávamos atarefados com os projectos da altura, talvez próximo do final dos anos 90, eu a berrar numa banda chamada Sword of Damocles e ele a tocar guitarra com Encacrate. Conheci o Bruno depois, através de um primo que andou a estudar comigo e, passado algum tempo, ele estava a tocar numa outra banda por onde também passei, chamada One Step Down. Uns meses antes de me convidarem para entrar para Speedemon, passei por uma banda de covers que não deu em nada, mas que lhes serviu para motivar o convite quando o Peter teve que sair e eles ficaram sem baixista. Inicialmente não estava muito seguro da ideia, mas depois pensei, porque não? Já me tinha esquivado a alguns convites de amigos no passado, por sempre achar que eu não seria suficientemente bom para o que eles pretendiam fazer, mas desta vez achei que o melhor era tentar primeiro e decidir depois. Posto isto, cá estamos. -­‐ A uns meses editam o vosso EP de estreia “First Blood”. Uma injecção de thrash, speed e heavy metal. Como funcionam os vossos ensaios e a criação dos temas? Quem é o elemento mais responsável pela criação dos temas? A composição dos temas passa normalmente pela criatividade do Bruno e do Jorge. São eles que surgem nos ensaios com as ideias de riffs e, às vezes, temas já estruturados. Vamos passando tudo em revista e em

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conjunto começamos a limar as arestas, trabalhando nos arranjos, transições, tempos. Por vezes faz-­‐se um trabalho de corte e costura e as ideias inciais acabam por se transformar em coisas diferentes, mas que continuam a manter o tipo de genes que pretendemos. Essa mistura dos três elementos thrash, speed e heavy metal. As letras podem surgir de qualquer um de nós, com base na linha vocal que o Bruno decida fazer ou por sugestão de quem avança com a escrita de determinado tema. No fundo, é uma forma de trabalhar bastante democrática, onde as ideias aproveitadas são aquelas que reunem maior consenso, tendo em conta a visão global daquilo que a banda deve soar. -­‐ Como tem decorrido as reacções a este “First Blood”? Tem mais concertos em agenda nos próximos meses? Vamos ter que aguardar bastante tempo entre uma nova gravação e edição do vosso material? Foi fácil a adaptação do Hugo Pote na bateria aos Speedemon? Até ao momento, as respostas que nos têm chegado têm sido positivas. Temos noção que o EP não é o que poderia ter sido, devido a todos os problemas que tivemos, mas ficámos contentes com o resultado final e as pessoas parece estarem a gostar também. Queríamos lançar algo que servisse como um ponto de presença e que fosse ao encontro do pessoal que, como nós, continua a gostar daqueles géneros. Pelo retorno que temos tido, acho que não falhamos muito. Em termos de concertos agendados, para já, temos algumas coisas a acontecer no início de maio: dia 2 no Side B (Benavente) com Claustrofobia, Imminent Attack (ambas do Brasil) e os 13 After; dia 08 no RCA Club (Lisboa) a abrir o arranque da tour de Midnight Priest, juntamente com os italianos Angel Martyr; dia 09 no Inaccessible Art Fest (S. Bartolomeu da Serra / Santiago do Cacém), com uma série de outras bandas porreiras! Ainda não temos nada definido, no que concerne a uma nova gravação. Presentemente estamos concentrados em preparar estes próximos concertos e em entrosar cada vez mais o Hugo, na bateria. Mas posso adiantar que já andamos a brincar com alguns riffs novos que poderão vir a ser utilizados em futuros temas. Mas quando chegar o tempo de gravar novamente, queremos que as coisas corram de uma forma menos atribulada. O Hugo está a adapatar-­‐se perfeitamente aos Speedemon e nós a ele. Como já nos conhecíamos antes, a parte pessoal foi totalmente sem espinhas e no que toca à música em si, as coisas estão a correr muito bem. O Hugo é um óptimo baterista e não só contribui com uma sólida base rítmica como também tem uma palavra a dizer nos arranjos e dinâmica da banda. -­‐ Nos últimos anos temos visto o aparecimento de uma enorme quantidade de bandas a nível nacional. O que achas actualmente do meio relativamente a sítios para tocar, estúdios e gravação de álbuns?

Recorrendo a um frequente lugar comum, as coisas no panorama nacional estão bem vivas e a quantidade de bandas que vão surgindo um pouco por todo o lado é um sinal disso mesmo. Poderá haver quem tenha opiniões contrárias a esta e que aponte a saturação de bandas como um aspecto negativo da cena mas, do meu ponto de vista, isso não é um problema. Actualmente vivemos um período rico em oportunidades para quem tenha ideias e música a apresentar, inúmeros e bons concertos a acontecer com grande regularidade, em que muitas vezes a dificuldade reside em escolher onde vamos nesta ou naquela noite. O aspecto problemático disto pode residir na disperção de público e dar lugar a concertos com poucas pessoas, algo que é repetidamente referido por muitos promotores. Mas temos que conseguir chegar a um meio termo. No passado a grande dificuldade era não existirem concertos suficientes e era muito difícil encontrar locais onde bandas de metal pudessem tocar. Existem cada vez mais locais onde concertos de música pesada/alternativa acontecem. Isso só pode ser bom. Pode ser que consigamos assim chegar aquele patamar desejado por muitos, de um verdadeiro circuito regular onde bandas mais ou menos conhecidas possam ter uma oportunidade de apresentar o que fazem a pessoas interessadas. Mas para isso acontecer, as pessoas interessadas também têm que sair de casa. -­‐ Obrigado pelas respostas e estas últimas linhas são tuas para deixares um desabafo ou uma mensagem Em meu nome e dos Speedemon, deixo um grande obrigado à Ode Lusitana e ao trabalho que tens estado a desenvolver! Grato também pela oportunidade oferecida para falar um pouco acerca de nós e do que andamos a fazer! A todos quantos leiam a Ode Lusitana, continuem a fazê-­‐lo, não só esta publicação mas todas as outras que se vão lançando por cá. Se tiverem oportunidade, passem por um dos nossos concertos e digam-­‐nos se valemos alguma coisa ou não. Levem uns trocos para nos comprarem um EP e, quem sabe, uma cerveja ou duas. Entretanto, vão passando pela nossa página, que às vezes aparecem lá coisas: www.facebook.com/speedemon.band __________________________________________________

-­‐ Aernus, banda da Moita fundada no final de 2008 são praticantes de um death metal melódico / progressivo. O seu primeiro trabalho datado de 2011 é o EP “Spiritual Quest” e em abril deste apresentam o seu primeiro longa-­‐ duração “Homorretrocessus”. O álbum foi gravado entre julho de 2014 e fevereiro de 2015 no Estúdio Caronte com o Diogo Jones. As misturas ficaram a cargo do André Eusébio e o lançamento foi feito em parceria com a Lemon Drops.

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(Zealots/Karma/VS777/ENTropia), em 2007 formei os Karbonsoul e com estes estou desde então, dedicando-­‐me quase em exclusivo aos Karbonsoul, mas em 2014 decidi começar um projeto novo. -­‐ No meio do ano passado nasce Projekt NÖIR. Conta-­‐nos de onde surgiu a ideia deste teu projeto pessoal e o interesse por este tipo de som. Como surge a parceria com o Jóhann Örn da banda islandesa Dynfari e o José Gonçalves dos Empire? Os Projekt NÖIR nascem do nada como um borrão de tinta-­‐ da-­‐china que faz a capa do disco, já há algum tempo que tinha na cabeça fazer um projeto na onda do post black metal que é do meu gosto pessoal, onde pudesse meter as minhas guitarras e teclados mais experimentais, negros e frios com ambientes gélidos e nórdicos. Foram gravados ao primeiro take quatro temas em quatro dias e depois disso meti um anúncio de procura de vocalista para cantar os ditos temas em Islandês e uma das pessoas que respondeu foi o Jóhann, sendo a escolha natural devido ao facto de eu já conhecer o trabalho dele em Dynfari. Quanto ao José Goncalves foi um acaso ter ido ao meu estúdio e eu aproveitei a visita dele e de uma garrafa de Jack Daniels e gravamos o tema em plena descontração. -­‐ Referes que através dos Projekt NÖIR tentas “explorar sons negros de paisagens desoladoras, num ambiente ártico gélido”. Onde vais buscar os vários elementos para transmitir estas sensações através da música? A literatura também é uma fonte de inspiração? -­‐ Neste caso não tive influência de literatura diretamente mas tive ao ver séries como o “Game of Thrones” entre outras que servem de forte inspiração assim como parte da minha herança que vem da Serra da Estrela. Eu sempre me senti bem em ambientes gelados. -­‐ “Ský” tem obtido muito boas reações, o que demonstra que é um projeto sólido e interessante. O que pensas disto? Qual o próximo passo que irás realizar? Vamos ter mais lançamentos? Pois isso foi a grande surpresa! Temos tido essa boa aceitação num mercado tao difícil o que me leva a assumir a responsabilidade de ir mais além. De momento estou a gravar um tema que está quase pronto e vai servir de single brevemente, de novo com a preciosa colaboração do Jöhann na voz e com outra voz portuguesa (que ainda não vou revelar!) mas penso que vai ser uma música épica e estou também a gravar um longa duração para sair ainda este ano. -­‐ Antes de terminar queria agradecer pelas tuas respostas! E agora sim, a última questão, que é saber quais as novidades que tens dos Karbonsoul e da Fatsound.productions, além de umas últimas palavras aos nossos leitores… Em relação aos Karbonsoul estamos de momento a gravar um single que vai servir de aperitivo para o álbum quem vem ai a caminho e talvez ainda para 2015. A Fatsound.productions está com algum trabalho em mãos e em breve talvez haja novidades numa possível expansão da Fatsound.productions a uma Label nacional mas ainda está em fase embrionária. Obrigado a todos por me escutarem e acompanharem ao longo de estes anos, o que tem sido muito gratificante.

Projekt NÖIR é um projecto pessoal nascido em 2014 pelo cunho do Mário Rodrigues, em que viajamos pelas sonoridades e ambiências inspiradas pela natureza, em que somos surpreendidos pelos temas cantados em islandês. Ficamos à conversa para conhecer este mundo. -­‐ Viva Mário! Como surge a tua paixão pelo metal? Ainda te lembras do que ouvias no início e quem é que te ‘mostrou’ esta sonoridade mais pesada? Como era feita a descoberta de novas bandas? Os concertos/festivais serviam de ponto de encontro? Antes de mais obrigado à Ode Lusitana por este convite, é um prazer enorme poder estar aqui a falar convosco e para o publico em geral. A minha paixão pelo metal começou na escola, no inicio da década de 80 com algum pessoal mais velho onde estão incluídos os músicos dos V12 que estudavam em Sintra. Comecei a conhecer algumas bandas nomeadamente os Motörhead que foi a minha banda de eleição mas faltava qualquer coisa e tive a sorte de apanhar o “Lança Chamas” do grande António Sérgio, que me deu a conhecer muito do que se fazia lá fora e a partir dai foi um descobrir de bandas novas e cada vez mais pesadas e extremas. Tive o privilégio de acompanhar o nascimento do black metal e do death metal. Os concertos/festivais eram poucos mas com muita afluência de publico e lembro-­‐me das tardes de Metal no saudoso Rock Rendez Vouz em Lisboa que era a nossa meca do metal com as ruas circundantes e tascas cheias de headbangers e os festivais que aos poucos começaram a surgir pelo pais todo. -­‐ Como aparece o teu interesse de adquirires um instrumento e decidires começar a tocar? Quais as bandas por onde passaste e que lembranças te trazem essas participações? Desde que comecei a ouvir metal decidi logo tocar guitarra e montar uma banda muito por influencia do Rui Fingers que eu passava horas em casa dele a vê-­‐lo tocar e a ensaiar V12. A compra da guitarra foi algo de muito difícil naquela altura pois as lojas eram poucas e os instrumentos caros; tive que começar a trabalhar com 15 anos para poder comprar a guitarra e um amplificador e dai até hoje nunca mais parei nem de trabalhar nem de ter bandas :). A minha primeira banda foi com o José Goncalves (que gravou a bateria na musica “Ský” no EP de Projekt NÖIR) e chamava se EXTORTION (1985 ou 86) ninguém sabia tocar e todos éramos autodidatas, aos poucos fazíamos um género de Black Metal com influência Punk. Depois mais tarde formei os Unsilent, banda já com algum nível técnico em que tocávamos um Speed Metal com várias influências de death técnico. Mais tarde toquei em várias bandas de Rock/Metal

Até sempre \m/ \m/ metal lives forever www.facebook.com/Projektnoir

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demo auto-­‐intitulada, ao aparecimento do tema “Accident” na compilação “The Birth of a Tragedy”, assim como da tua passagem pelos Sacred Sin e do lançamento do “Darkside”. A minha passagem pelos Dinosaur não foi isenta de problemas e conflitos, mas prefiro recordar os bons momentos, que foram muitos. Adorava os Dinosaur. Evoluímos e crescemos em conjunto. Nos dois anos que estive no grupo tivemos vários pontos altos: a participação no 1º Concurso de Música Moderna da Câmara Municipal de Lisboa, o concerto no Cais do Sodré na final do concurso, a 1º parte dos Censurados na Bobadela, a gravação da demo-­‐tape e dos telediscos, a participação na compilação “The Birth of a Tragedy” com o tema “Accident”…Tenho orgulho daquilo que alcançámos. Fazíamos música genuína, com paixão, de forma inocente. Sabíamos que tínhamos bons temas, mas só percebemos que estávamos a fazer algo relevante quando chegámos à final do referido concurso e fomos objecto de uma exposição mediática pouco habitual na época para um grupo de Metal underground. Vivi nos Dinosaur momentos mágicos. Também foi um enorme privilégio tocar com os Sacred Sin e tive a sorte de gravar com eles o “Darkside”. Estive com a banda menos de um ano, mas esse período temporal, apesar de breve, foi também extremamente profícuo. O ambiente interno era impecável, mas na época estava a atravessar uma fase complicada a nível pessoal, o que me impediu de aproveitar melhor a minha estadia na banda. Além disso, tecnicamente não estava preparado para tocar num grupo como os Sacred Sin.

DICO Jornalista e músico, Dico tem deixado a sua marca na história do underground nacional. Dos vários trabalhos realizados, até projectos que ainda estão em gestação ficamos a conhecer o excelente empenho demonstrado. -­‐ Viva Dico! Desde já queria agradecer por teres aceitado responderes a estas perguntas e queria começar por que nos contasses como foi a tua introdução ao “Som Eterno”? Ouvias os álbuns sozinho em casa ou existia a partilha com os amigos? Olá, Marco. Eu é que agradeço o convite. O primeiro tema pesado que me recordo de ter ouvido foi o “Bohemian Rahpsody”, dos Queen, aos 7 anos. Na época, por influência dos meus irmãos, também ouvia a Suzi Quatro e, mais tarde, o hit single dos Survivor, “Eye of the Tiger”. Estes foram os primeiros artistas de Hard Rock que ouvi. Tinha eu 11 anos, em 1982, quando o meu irmão me deu a ouvir o “The Number of the Beast”, dos Iron Maiden, e a partir daí fiquei definitivamente enfeitiçado pela música pesada. Comecei a ouvir Van Halen, UFO, AC/DC, Saxon, Deep Purple, Huriah Heep, Motörhead, bandas que o meu irmão e os amigos dele me mostravam. Cedo comecei, também eu, a levar lá a casa os meus amigos para os endoutrinar no Heavy Metal (LOL). -­‐ Tinhas lojas em que procuravas as novidades que iam surgindo? Sim. Passei inúmeras tardes com amigos a descobrir novos discos nas míticas discotecas Motor (mais tarde Bimotor) e One-­‐off, bem como numa loja de música que havia no Centro Comercial do Lumiar. -­‐ Como começou o teu fascínio pela bateria? Ainda te lembras da tua primeira aquisição? Lembro-­‐me de ficar absolutamente fascinado com a forma de tocar do Nicko McBrain, dos Iron Maiden. Por isso, aos 12/13 anos comecei a “tocar bateria” em caixotes de papelão com as agulhas de tricot da minha mãe (LOL). Depois, passei a “tocar” com colheres de pau viradas ao contrário em caixas tupperware fechadas com ar dentro, para dar mais estrondo (LOL). Só aos 18 anos comprei a minha primeira bateria, uma Superstar (LOL) que custou 80 contos (400€) e me foi oferecida por uma tia. Na época, não sabia nada do hardware do instrumento. Lembro-­‐me que a dada altura o lojista que me vendeu o kit disse: “Vou buscar a chave da bateria” e eu perguntei-­‐lhe: “As baterias também têm chave?” (LOL) Na época, era este o meu grau de desconhecimento. -­‐ Ao longo do teu percurso musical passas por várias bandas (Paranóia, Powersource, etc), mas fala-­‐nos da tua passagem pelos Dinosaur, desde a gravação da

-­‐ Um dos motivos porque és reconhecido no meio é pela tua escrita. Desde a participação em várias revistas a blogues, ao longo dos anos tens demonstrado esse interesse. Como surge essa paixão? O que te tem motivado ao longo dos anos a participares nesses projectos todos? O que me motiva é um profundo amor pelo Underground. Tenho sempre de estar a fazer algo relacionado com o Metal. Sempre. Desde há muitos anos que essa necessidade irreprimível se manifesta na escrita sobre música. Muitas vezes não consigo ter tempo para todas as publicações nas quais colaboro. Sempre adorei escrever, portanto foi natural aliar esse gosto à minha paixão pelo Metal. Em 1989/1990 elaborei o projecto de uma zine intitulada No More Denial, que nunca chegou a ser publicada, mas a primeira vez que efectivamente escrevi sobre música foi em 1991, para a Metal Trail Zine. -­‐ Em 2013 é editado o livro “Breve História do Metal Português”. Confesso que quando o adquiri o li de uma

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ponta a outra, com os headphones metidos na cabeça e com o youtube ligado à procura de bandas que apareciam e que não tinha sequer conhecimento da sua existência. Foi um projecto bastante difícil de fazer? Já várias pessoas me disseram que pesquisavam na Internet as bandas presentes no livro à medida que o liam. Essa é, efectivamente, a melhor forma de apreciar o “Breve História do Metal Português”. É uma descoberta constante. Não foi propriamente difícil de fazer, até porque foi um processo progressivo. Só a dado momento, quando já tinha um significativo volume de informação, percebi que fazia sentido dar-­‐lhe a forma de livro. Assim foi, apesar de, à época, me debater com problemas de saúde. O que correu pior foi a relação de trabalho com a editora. As propostas de paginação que me apresentaram eram desastrosas, pelo que tive de tomar as rédeas ao projecto e encontrar quem paginasse o livro. Desvinculei-­‐me da editora, pelo que a segunda edição foi da minha inteira responsabilidade. -­‐ Também ficaste surpreendido por algumas bandas? Que bons momentos guardas deste trabalho? Surpreendeu-­‐me o facto de músicos como o José Cid ou o Júlio Pereira terem tido um papel, embora fugaz, na génese do Rock pesado nacional durante os anos 70. São artistas a quem não associamos uma abordagem musical mais pesada. As melhores recordações que guardo são do processo de investigação, da descoberta constante de novas informações. Foi um percurso fantástico, descobri imensas bandas e adquiri muito conhecimento. Outra boa recordação prende-­‐se com o facto de todos os músicos que entrevistei se revelarem bastante acessíveis e humildes. Foi uma surpresa. Por fim, é inesquecível a sensação de tomar nas mãos, pela primeira vez, um exemplar do livro. -­‐ Um dos blogues que eu seguia curiosamente era o “A a Z do Metal Português”. E aqui a pergunta: para quando uma compilação deste material que estava todo reunido? Estarias disponível para lançar este material via ebook? Para minha desagradável surpresa descobri diversas vezes textos oriundos do blogue publicados noutros locais, sem a minha autorização. A dada altura, havia 4 ou 5 biografias da minha autoria a circularem livremente pela Internet, sem a minha assinatura. Tive de ameaçar os responsáveis com um processo judicial. Após esses tristes episódios entendi que o blogue não podia ser, de forma alguma, uma livre fonte de recolha de informação para ladrõezecos da propriedade intelectual alheia. Por outro lado, houve músicos que ficaram melindrados com as

biografias que publiquei no blogue sobre as suas bandas. Não gostaram de ver relembrados episódios reais que quiseram negar e esquecer. Esses músicos envergonhavam-­‐ se do seu passado musical e queriam negá-­‐lo, mas a história não desmente os factos. Eram pessoas que não mereciam o meu empenho e investimento de tempo a redigir as biografias dos seus grupos. Por todas estas razões, decidi eliminar o blogue. Nessa medida, embora a ideia de publicar esse material seja extremamente atractiva, não sei até que ponto seria sensato fazê-­‐lo, pelo menos a breve/médio prazo. Antigas refregas ressurgiriam e não tenho paciência para conflitos desnecessários. -­‐ Tens em mente a edição de mais algum trabalho? O que gostarias de lançar? Antes de mais, estou a procurar condições para fazer uma nova impressão do “Breve História do Metal Português”. Há muito que o livro esgotou e tem havido imensos pedidos, pelo que se impõe uma nova edição. Contudo, financiar o projecto não é fácil. Por outro lado, gostaria de escrever a história do Metal feito num país com ligações históricas a Portugal mas cujo nome ainda não posso revelar. As ideias para esse projecto ainda não passam disso mesmo. Estou também a compilar informação para escrever a minha autobiografia musical. Talvez haja 1 ou 2 pessoas interessadas em lê-­‐la. (LOL) -­‐ E assim terminamos esta entrevista onde as últimas palavras são por tua conta, mas antes disso queria saber a tua opinião acerca do estado ‘literário’ do nosso país em relação ao metal e o que aconselharias a todos para se iniciarem neste mundo da edição, desde os livros às fanzines." Obrigado e abraço! Em relação a livros sobre Metal publicados no nosso país ainda estamos numa fase embrionária. Além do meu livro e da biografia dos Moonspell nada existe. No entanto, sei que a biografia de outra banda está para ser publicada há mais de um ano. Em termos literários destaco a corajosa fundação das Publicações a Ferro e Aço, editora que lançou a versão portuguesa da biografia dos “Metallica …And Justice for All: The Truth About Metallica” e prepara o lançamento de mais obras do género. Ou seja, o mercado está a mexer, mas ainda de forma incipiente. O meu conselho é que quem deseje publicar um livro o faça como edição de autor. Ao contrário do que muitos dizem este género de edições não são desprestigiantes. É sempre melhor ser o próprio autor a ter controlo absoluto sobre todo o processo, desde a publicação à promoção, do que depender de editoras. Trabalhei com duas no âmbito do meu livro e ambas as experiências foram autênticos flops. Em regime de edição de autor a distribuição da obra pode ficar circunscrita à meia dúzia de lojas em que o autor consegue disponibilizar o livro, mas as vendas por correio são extremamente eficazes e suplantam essa dificuldade desde que a promoção seja eficaz. Relativamente às fanzines também é necessário encontrar boas formas de divulgação e distribuição. Um bom grafismo, escrita de qualidade e uma periodicidade cumprida à risca são fulcrais. Estas regras aplicam-­‐se igualmente às webzines, e-­‐magazines, newsletters e formatos análogos. Para terminar, dêem ao Metal o vosso melhor contributo, seja através da formação de grupos, da promoção de concertos, da publicação de zines ou da realização de programas radiofónicos. Ajudem o Underground a desenvolver-­‐se. Sejam persistentes e felizes.

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-­‐ No Parque de Exposições e Feiras de Montemor-­‐o-­‐Novo irá decorrer de 15 a 16 de Maio o MonteCore Fest. Com estes 2 dias repletos de música vamos ter a participação de Holocausto Canibal (death / grind – Porto, que trazem na bagagem o EP “Larvas” de 2014 e uma série enorme de concertos), Switchtense (thrash metal – Moita), For the Glory (hardcore – Lisboa), Primal Attack (thrash metal _-­‐ Lisboa), Serrabulho (happy death / grind – Vila Real, que estão na faze final das misturas do seu álbum “Star Whores”), Crossed Fire (stoner / groove metal – Algarve, que editaram o ano passado a sua estreia “Life’s a Gamble”), Push! (hardcore – Lisboa), Irae (black metal – Lisboa, com a sua demo mais recente “Que se foda o Vagos Open Air – Isto é Black Metal!”), Challenge (hardcore – Caldas da Rainha), Extreme Retaliation (grindcore – Braga..), Gennoma (deathcore – Lisboa, com a seu longa duraçãoo de estreia em 2014 “Time Deconstruction”), Diabolical Mental State (metal / thrash / groove – Lisboa/Almada), Iodine (metal hardcore – Leiria), Taberna (street punk rock n’ roll – Vila Franca de Xira) e Gatos Pingados (punk crossover / thrash – Almada). Também estarão presentes os espanhóis Impulse (groove / thrash metal) e os ingleses Basement Torture Killings (death metal / grindcore). -­‐ A 29 e 30 de maio no Metalpoint (Porto) irá decorrer o Headbang Solidário que tem como “finalidade a angariação de fundos para o projecto Noites Solidárias, que tem como objectivo o auxílio a famílias carenciadas, sem-­‐ abrigos e seus animais de estimação”. Ou seja a junção do metal a uma nobre causa e que conta com a participação de Sonneillon Blackmetal (black metal – Porto, que contam com o CD single deste ano “Wolves”), Blame Zeus (alternative progressive rock / melodic metal – Vila Nova de Gaia, com o seu recente álbum “Identity”), FurcaZ (black metal – Braga), Moonshade (melodic death metal – Porto), Waterland (melodic power metal – Barcelos, a apresentar o novo álbum “Our Nation”),

Ashes Reborn (death / thrash metal – Guimarães), Reptile (thrash / groove metal – Guimarães), Humanphobic (death metal – Braga), Debunker (metal – Porto) e Soul Doubt (heavy metal / thrash metal – Leça da Palmeira). -­‐ Seguindo esta onda de festivais encontram-­‐se mais dois em preparação e com os anúncios das bandas já realizados. O Sardinha de Ferro vai já na 5ª edição e tem data marcada para o dia 27 de junho a realizar no Side B em Benavente e para já conta com a participação de Satanic Warmaster (Fin), Inthyflesh, Irae, Theriomorphic, Ravensire, Cruz de Ferro e Machinergy. Também já em preparação está o Hell in Sintra que decorrerá de 3 a 5 de julho no Campo de futebol de Albarraque (Rio de Mouro – Sintra) e conta já com Shadowsphere, Equaleft, Neoplasmah, Bleeding Display, Vizir, BurnDamage, Shouryoken, Advogado do Diabo, The Last of Them, The Autist, Emma, Hourswill, Sunya, Overcome the Sky, Frost Legion, Madame Violence, Trepudince Elucidation, Monolith Moon, Layover, Yeti e King’s N Fools. Com apresentação da Arcadia Studios, o Hell in Sintra já se torna um dos marcos mais importantes a nível da apresentaçãoo do nosso metal nacional. -­‐ Antropomorphic Soul de Quinta do Conde, projecto do multi-­‐instrumentista Nuno Lourenço, apresenta o seu avant-­‐garde death metal através do seu EP distribuído neste mês de abril e de nome “Back to Death”. Um trabalho bastante interessante a seguir, depois da edição do longa duração “The Dormant Acrimony”. -­‐ Kor Divine, banda lisboeta formada em agosto do ano passado, editou o seu primeiro single “Coward” em março deste ano. A particularidade desta banda é a sua temática bovina (sim, leram bem!!), já que Kor é uma palavra sueca que quer dizer vacas! David Alves (guitarra/voz), Frederico Chaves (guitarra) e Francisco Allen (baixo).

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17 – Holocausto Canibal / Basement Torture Killings (Ing) /

Agenda

Ov Flesh – Fifty Shades of Grind Tour, Hard Bar, Bustos, Aveiro 19 – Emmure (EUA) / Caliban (Ale) / Thy Ar tis Murder (Austrália) / Sworn In (EUA) – RCA Club, Lisboa 21 – Arch Enemy (Sué) / Unearth (EUA) / Drone (Ale) – Paradise Garage, Lisboa 21 – King Dude (EUA) – Cave 45, Porto 21 – Serrabulho / Kadaverficker (Ale) – TreBARunA, Lamego 22 – Arch Enemy (Sué) / Unearth (EUA) / Drone (Ale) – Hard Club, Porto 22 – King Dude (EUA) – Music Box, Lisboa 22 – Serrabulho / Kadaverficker (Ale) / Happy Farm – Cave 45, Porto 22 – Theriomorphic / Shadowsphere – G.D. Mata, Covilhã 23 – Theriomorphic / Shadowsphere – ASDREQ -­‐ Quintela de Orgens, Viseu 23 – Web / Equaleft / Tales for the Unspoken / Claim your Throne – Metalpoint, Porto 23 – Shadowsphere / Mass Disorder / Machinergy / Low Torque / Terror Empire – In Heaven & Hell Metal Fest, República da Música, Lisboa 27 – The Exploited (Esc) / The Adicts (Ing) / Atentado – República da Música, Lisboa ______________________________________________________________________ -­‐ A Firecum Records lançou o CD “Disharmony in Existence” dos ilhavenses Agonizing Terror e que reune as demos “Disharmony in God’s Creation” (1995) e “Ways of Existence” (1997), além de 2 temas nunca editados. A editora continua a fazer a reedição trabalho de bandas do nosso burgo e conta já com edições dos Deification, Downthroat e Firstborn Evil.

Abril

25 – Bizarra Locomotiva – Hard Club, Porto 25 – Acid King (EUA) / Lâmina / Vaee Solis – RCA Club, Lisboa 29 – Vizir / Without Face / Dehuman (Bél) / Phil Goes Down – XVIII SWR Barroselas Metalfest, Barroselas 30 – Shining (Sué) / Fleshgod Apocalypse (Itá) / Crisix (Esp) / Skyforger (Let) / Internal Suffering (Col) / Incinerate (EUA/Can) / Grime (Itá) / Killimanjaro / Neuroma (Ing) / Equaleft / Redemptus / Wells Valey / Blast Off (Esp) / Shitmouth – XVIII SWR Barroselas Metalfest, Barroselas

Maio 1 – Primordial (Irl) / Enthroned (Bél) / Gutalax (RC) /

Bong (Ing) / 11 Paranoias (Ing) / Zom (Irl) / Claustrofobia (Bra) / Emptiness (Bél) / Bleeding Display / Örök / Analepsy / Mother Abyss / Imminent Attack (Bra) / Myteri (Sué) – XVIII SWR Barroselas Metalfest, Barroselas 2 – Entombed AD (Sué) / Impaled Nazarene (Fin) / Skull Fist (Can) / Benighted (Fra) / Ahab (Ale) / Nightbringer (EUA) / Zatokrev (Sui) / Raw Decimating Brutality / Lvcifyre (Ing) / Midnight Priest / Jibóia / Cangarra / Marginal (Bél) / Rato Raro (Esp) – XVIII SWR Barroselas Metalfest, Barroselas 2 – Claustrofobia (Bra) / Imminent Attack (Bra) / Speedemon / 13 After – Side B, Benavente 8 – Midnight Priest / Angel Martyr (Itá) / Speedemon – RCA Club, Lisboa 9 – Downthroat / Besta / Cruz de Ferro / Analepsy / Speedemon / Since Today / Animalesco, o Método / Liber Mortis – III Inaccessible Art, São Bartolomeu da Serra, Santiago do Cacém 9 – Cancer (Ing) / Bleeding Display / Derrame / Shoryuken – RCA Club, Lisboa 10 – Torche (EUA) – Music Box, Lisboa 14 – Holocausto Canibal / Basement Torture Killings (Ing) / Stucker – Fifty Shades of Grind Tour, São Mamede Coronado, Trofa 15 – Holocausto Canibal / Basement Torture Killings (Ing) / Toxic Attack – Fifty Shades of Grind Tour, Bar Académico, Guimarães 15/16 – Holocausto Canibal / Basement Torture Killings (Ing) / Switchtense / For the Glory / Primal Attack / Serrabulho / Crossed Fire / Evil Impulse (Esp)/ Push! / Irae / Challenge / Extreme Retaliation / Gennoma / Diabolical Mental State / Iodine / Taberna / Gatos Pingados – MonteCore Fest, Montemor o Novo 16 – Melechesh (Isr/Ale) / Keep of Kalessin (Nor) / Tribulation (Sué) / Embryo (Itá) – Hard Club, Porto 17 – Melechesh (Isr/Ale) / Keep of Kalessin (Nor) / Tribulation (Sué) / Embryo (Itá) – RCA Club, Lisboa

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