Ode Lusitana # 8 - julho / agosto 2015

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Ode Lusitana Número 8 – Julho / Agosto 2015

Emerging Chaos Rotem - Círculo de Fogo The Ominous Circle - D U M - Icebound - Carma Heavenwood - Sebadelhe Metal Fest - Ultraje

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Editorial Um dos motivos da criação desta Ode Lusitana é a oportunidade de divulgar bandas ao público em geral que por um motivo qualquer não é do conhecimento dessas pessoas. Por incrível que pareça e mesmo estando nesta era da informação, perdemo-­‐nos no meio de tanta coisa que acabamos por não assimilar muita dessa informação que nos chega. O trabalho de base não é só das bandas, mas sim de uma máquina toda que está a funcionar e apoia o meio underground. Há um mês atrás surgiu um post no facebook (neste caso encontrei-­‐o através da brasileira Hell Divine), que dizia o seguinte: “ATENÇÃO. A cena underground não é feita só por bandas. Fotógrafos, designers, ilustradores, produtores e zines, profissionais ou não, também trabalham para manter a cena viva e divulgar as bandas e concertos. Então, valorize esses trabalhos e divulgue-­‐os. Sempre seremos gratos ao público que respeita esses trabalhos e que a cada ano a cena underground cresça cada vez mais.”. O movimento somos todos nós. Só com esta união conseguimos crescer. Apoiem estas pessoas. Apoiem as actuais bandas nacionais. Sérgio Paulo (Afterdeath, Guardians of Metal,...) numa entrevista dada à Irmandade Metálica há uns anos atrás diz uma grande verdade: “Se há coisa que eu não compreendo são aquelas pessoas que quando saíram os primeiros álbuns de Tarantula e V12 achavam-­‐nos maus e não os queriam nem dados e que agora estão dispostos a pagar o belo para os ter!!! Apoiem as novas bandas agora que elas existem e não uns anos depois delas terem acabado”. Por isso, contamos com todo o apoio neste nosso meio! Mais um número recheado de informação e neste número temos entrevistas com o Bruno Rodrigues, mentor do projecto Rotem, Pedro Rodrigues que nos mostra os Emerging Chaos e o Luís Filipe Neves, um dos maiores divulgadores nacionais através do Círculo de Fogo. Fiquem atentos às novidades e boas leituras! Aqui estão mais 8 páginas de edição gratuita com saída mensal. Imprimam esta zine (livreto A5, ou a quem prefira em A4) e divulgem o nosso metal! Para lembrar vamos colocar também informação no nosso blogue: https://odelusitana.wordpress.com. De resto este número engloba o mês de Julho e Agosto, sendo a próxima edição a meio de Setembro. Boas férias a todos!

Rotem é um projecto no campo do death metal / progressive black, formado no ano de 2012 em Loures, que se tem revelado uma boa surpresa dentro do panorama nacional. Composto apenas por Rotem (Bruno Rodrigiues), tem a sua estreia em 2013 com a demo “Humanity’s Fall”, editando o seu longa duração de estreia “Dehumanization ” em 2014. O seu último trabalho é apresentado em Junho de 2015 e tem o nome “Nightmare Forever”. De seguida o Bruno Rodrigues leva-­‐nos ao mundo de Rotem. Viva Bruno! Para começar queria dar-­‐te as boas vindas a este número da Ode Lusitana e assim ficarmos a conhecer o teu projecto Rotem. Mas antes de mais, vamos ao início da tua paixão pelo Metal. Como começas a ouvir estas sonoridades? Por acaso acho que entrei um bocadinho tarde nesta paixão pela música nos meus 12 anos, até aí nunca tinha dado uma importância fora do normal à música mas comecei a ouvir vários estilos e o que me sobressaiu mais foi o rock e o metal e apartir dai até hoje continuo bastante apaixonado por este tipo de música. Quais os grupos prediletos inicialmente? Inicialmente qualquer coisa desde rock, punk e metal ou alternativo que passasse na MTV ou no VH1, mas lembro-­‐me de ainda apanhar com muito System Of A Down, Korn, Metallica, a onda de bandas pop punk da altura Blink 182, Green Day, My Chemical Romance e também com os clássicos no VH1 como Queen, Led Zepplin, Beatles e Ramones para citar alguns grupos. Eras receptivo às indicações de bandas indicadas pelo pessoal, ou gostavas mais de seres tu a procurar novos sons? Claro ao inicio dentro do pequeno núcleo de amigos que partilhavamos este gosto musical ia escutando bandas que

Marco Santos

Para qualquer informação contactem-­‐nos através da nossa página www.facebook.com/Ode-­‐Lusitana no facebook, através de odelusitana@hotmail.com ou também através da seguinte morada: Marco André dos Santos Ferreira Rua da Carvalha, nº 53 3770-­‐401 Troviscal OBR

Breves / Notícias -­‐ The Ominous Circle, banda portuenese de obscure death metal formada em 2014 tem dado que falar, devido a terem nas suas fileiras, elementos que constituem uma super-­‐banda nacional. Na sua composição temos S.L. (voz – Legacy of Brutality (Esp)), M.S. (guitarra – Pitch Black, Dementia 13, Biolence), A.C. (guitarra – Holocausto Canibal, Colosso), Z.P. (baixo – Holocausto Canibal, Grunt, Dementia 13) e M.A. (bateria – Colosso, W.A.K.O., Sullen). As gravações já estão a ser efectuadas e ficamos então a aguardar com ansiedade a edição do álbum. Fiquem atentos!

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eles também me indicavam e ouviam, mas eventualmente começei a procurar nova música e fui me afastando das bandas mainstream e aproximando me mais do extremo e do underground, especialmente do death e do black metal. E depois surge a tua paixão por seres músico. Como se dá este início? Quais os projectos em que já participaste como músico? Esta paixão surge do impulso em que no grupo de pessoal com quem me dava havia um amigo nosso que tocava guitarra muito bem e sacava de ouvido músicas de Slayer, Spliknot, Metallica, etc... e isso causou uma grande impressão em mim achei simplesmente fantástico conseguir-­‐se fazer isso, então tive uma grande vontade para arranjar a uma guitarra e aprender a tocá-­‐la, meses mais tarde finalmente consegui comprar a minha primeira guitarra. Anos mais tarde resolvi que queria aprender música de uma maneira mais séria e estive numa academia em Loures a ter aulas de guitarra e a aprender teoria musical. Dentro desse tempo todo ainda estive em muitos projectos que nunca passaram da garagem ou do quarto a não ser uma banda que estive desde 2012 até ao inicio deste ano chamada Amimezis que infelizmente desbandámos mas foi onde tive as minha primeiras experiências a tocar vivo. Temos o início de Rotem em 2012 como projecto apenas de estúdio. O objectivo sempre foi tomares algo de que apenas tu tenhas o controlo? Já alguma vez foi intenção tua juntar mais alguém a este projecto, mesmo mantendo a orientação de editares apenas álbuns de estúdio à semelhança de bandas como Burzum ou Bathory? Sim o objectivo de Rotem era criar algo meu o qual pudesse ter todo o controlo porque estava bastante frustrado com os falhanços dos projectos de garagem para avançarem e tornarem-­‐se algo mais que isso. E pegando no exemplo que deste de Bathory e especialmente Burzum, que marcaram-­‐me um bocado, adorei a ideia de que mesmo que não conseguisse tocar ao vivo eu pudesse na mesma apresentar a minha música e não, nunca foi muito minha intenção integrar pessoas neste projecto, mas não me importo em ter pessoal convidado a participar em algumas faixas. -­‐ A tua estreia em edições discográficas é feita no final do ano passado com o álbum “Dehumanization”, mas passado pouco mais de meio ano já temos disponível para ouvir o álbum “Nightmare Forever”, em que vemos uma evolução a nível de som, para sonoridades mais death metal, mas mantendo a tua veia mais negra. A edição deste álbum foi devido à necessidade de divulgares esta ligeira mudança de som? Não, mas foi sem dúvida à necessidade de meter mais um registo cá para fora porque grande parte do material que está no “Nightmare Forever” já estava composto e haviam muitos riffs e ideias já coleccionados, até na altura em que estava a gravar o “Dehumanization”. Quanto à sonoridade acabou por ter uma veia mais para o death metal porque era o que as letras e os riffs me pediam e também porque queria fazer algo diferente do que tinha feito em “Dehumanization” que também é um dos meus principais objectivos para com Rotem, nunca cair em fórmulas e tentar trazer algo imprevisível a cada registo. A auto-­‐destruição da humanidade é a principal temática em Rotem, ou existe mais alguma coisa?

Pelo menos em “Dehumanization” esse é o principal tema mas por exemplo já em “Nightmare Forever” grande parte da temática são pequenas histórias de horror e até à dois temas sobre doenças mentais. Tal como referi à bocado não quero cair em fórmulas e isso implica também não escrever sobre os mesmos temas por isso poderão contar no futuro com os mais temas do que os que já foram apresentados. O que te inspira para compor os teus temas? É um bocado dificil de explicar porque o processo criativo é algo tão abstracto e instável mas ás vezes basta um riff ou um letra ou até uma frase, outras vezes música de outras bandas, ás vezes até coisas mais visuais como filmes, documentários, uma obra de arte e situações do dia a dia. Qual é o conceito por detrás do nome Rotem, em que o aplicas em vários campos? O nome Rotem por mais estranho que posso parecer foi criado como uma espécie de tributo aos Death que é uma banda que me influenciou bastante em termos líricos por ser das poucas bandas de death metal que se distanciou do horror e do gore e abordou mais a sociedade, o ser humano e a filosofia o que me agrada muito e era um bocado o que queria transmitir com a minha música, daí eu peguei no nome Death e traduzi-­‐o para português e fiquei com a palavra morte mas como era algo tão pouco sonante e previsivel para nome de um projecto ou banda acabei por fazer um anagrama dessa palavra de modo a que me desse outra palavra completamente diferente mas para mim siginificasse o mesmo. Quais os planos que tens para a editora Rot’em Records? Está previsto a edição de outras bandas/projectos? De momento os únicos projectos para a Rot’em Records são principalmente editar trabalhos feitos isto irá incluir outros projectos que nada têm a ver com Rotem. Quanto a outras bandas, gostaria de editar outros trabalhos que não fossem meus mas ainda é muito cedo para subir a esse patamar como editor, será algo que terei de ponderar seriamente durante algum tempo, enfim só o futuro o dirá. -­‐ A Rotem Design continua com os vários trabalhos artísticos? Infelizmente não, foi um projecto que tentei desenvolver mas ficou muito aquém do que era esperado e por isso tive de terminar.

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Que te serve de inspiração para a criação dos vários trabalhos? Música ou até outros trabalhos artísticos que não sejam isso é uma espécie de vale tudo. De onde nasce esta tua paixão? Acho que foi algo que surgiu-­‐me naturalmente porque desde que tenho memórias sempre desenhei desde uma tenra idade, a música acabou por vir mais tarde. Tens futuras novidades em relação a esta parte de design/fotografia? É muito incerto afirmar novidades nessa área a não ser que tal como os últimos registos pelo qual fui o principal responsável toda a arte e design dos trabalhos de Rotem e de outros projectos que venham a ser editados será sempre feita por mim e se tudo correr bem deverei tirar algum curso relacionado com arte, desgin ou multimédia que são áreas para além da música que gosto muito. -­‐ E assim chegamos ao fim desta entrevista da qual agradecemos a tua colaboração, divulgando o nome de Rotem. As últimas palavras são tuas! Apesar de muito provávelmente não existirem alguma vez participações de Rotem ao vivo podem contar com muitos registos de resto agradeço imenso aqui à Ode Lusitana pelo apoio e o interesse no projecto!

Emerging Chaos, banda do Barreiro formada em Maio de 2009 praticante de thrash / death metal, faz a sua estreia sonora em 2011, com a demo “Why We Fight” composta por 4 temas. Depois de várias modificações na sua formação a banda é constituída actualmente por Jim Gäddnäs (voz), Tainan Lucas (guitarra), Eduardo Gonçalves (guitarra), Pedro Nascimento (baixo) e Jorge Silva (bateria). Com este alinhamento lançam este ano o EP “The Decay of Mankind”, com 5 temas num total de 20 minutos que nos mostram a força do seu som. Para conhecer melhor os Emerging Chaos estivemos à conversa com o Pedro Nascimento.

www.facebook.com/rotemband

Breves / Notícias (cont.)

-­‐ D U M, banda portuenese de doom metal, é um trabalho nascido em 2005, idealizado pelo nosso conhecido Augusto Peixoto (Head:Stoned – bateria) que se faz acompanhar actualmente pela Joana Lopes (voz), Henrique Loureiro (voz / guitarra / baixo / samples) e Tiago Delgado (guitarra / teclados). Assumidamente com influências de Black Sabbath, Candlemass e Krux, preparam novas músicas para edição em breve. De momento estão a preparar o single de avanço “Sublime Lord of Demise” com o tema “King of Misery”, que antecederá o álbum “Several Things That Slowly Die”. Além do tema “King of Misery” contará com versões de “Samarithan” dos Candlemass (do álbum “Nightfall” de 1987) e de “House of the Rising Sun”, tema da música folclórica americana, mas sendo uma das versões mais famosas a imortalizada pelos The Animals. A seguir atentamente. -­‐ Ultraje é um novo “espaço dedicado à divulgação das sonoridades mais pesadas”, sendo uma nova fonte de notícias, entrevistas e análises. Um espaço sob a tutela do Joel Costa, mas que conta com uma equipa fantástica. Confirmem em www.facebook.com/ultrajept ou no site www.ultraje.pt. Entre as várias actividades está a ser preparada a primeira compilação da Ultraje a editar em CD.

Viva Pedro! Desde já o muito obrigado por teres aceite responder a estas perguntas e vamos começar pelo início de tudo. Como foi a tua introdução ao metal e como era feita a descoberta das novas bandas? Tinhas algum grupo amigo mais perto em que podias contar estas novidades? O meu primeiro contacto com o metal foi em meados dos 80s quando me ofereceram o álbum “Powerslave” de Iron Maiden. Fiquei completamente passado com aquele som e foi a partir desse momento que procurei conhecer mais bandas dentro do género. Tinha alguns amigos que já estavam dentro do metal e comecei a trocar k7s regularmente com eles e foi assim que descobri uma porrada de bandas que me influenciaram musicalmente. Como nasceu o teu gosto por tocares baixo? Em que bandas participas? Estive a ouvir o trabalho “Beyond the Dust” de 1998 aquando da tua participação nos Move Under Disorder. Com um som baseado principalmente no thrash metal o que levou ao desaparecimento desta banda? Sempre gostei bastante de bandas com uma secção ritmica forte e quando tive dinheiro para comprar um instrumento nem pensei duas vezes e comprei um baixo. Tive umas bandas locais com uns amigos mas acho que o salto em termos musicais foi quando me juntei a uns tipos da linha de Sintra e formámos os Move Under Disorder. Foram tempos muito bons, gravámos e fizemos concertos de Norte a Sul do país mas infelizmente a saída de 2 dos membros precipitou o fim da banda em 2001.

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Em Maio de 2009 dá-­‐se o nascimento dos Emerging Chaos do qual és um dos elementos fundadores. Qual foi a necessidade de criar esta banda dedicada ao thrash / death metal? Já conhecias o pessoal? Conta-­‐nos um pouco desta vossa origem. Após o fim dos M.U.D. comecei a tocar cada vez menos, ainda tive uns projectos mais virados para o industrial mas nunca tiveram pernas para andar por varios motivos, até que um dia o Jorge Silva, numa noite de copos, me convidou para uns ensaios. Fizemos ensaios com alguns guitarristas mas foi coma entrada do Tainan Lucas que as coisas começaram tomar forma musicalmente e surgiram os Emerging Chaos. Acho que o tipo de sonoridade nos saiu naturalmente, nunca apontámos para um género específico, as musicas foram surgindo a bom ritmo e gravámos a demo “Why We Fight” (que só saiu em formato digital ) já com o Hugo na voz, mais tarde entrou o Eduardo para a segunda guitarra e começámos as gravações do EP “The Decay of Mankind”. Depois da saída do Hugo ‘Hellsinger’ e da ajuda do Osvaldo Serra nas actuações ao vivo andam à procura de um vocalista, até que aparece o finlandês Jim Gäddnäs. Como surgiu esta oportunidade entre ambos e como é trabalhar com o Jim? Como foi o processo da criação deste vosso trabalho “The Decay of Mankind” e como tem sido as reacções? A saida do Hugo aconteceu a meio da gravação do EP, o que veio baralhar completamente todos os prazos de lançamento do EP e pôr em causa algumas datas ao vivo que já tinhamos. O Osvaldo ofereceu-­‐se para nos ajudar com algumas datas mas sabiamos que os outros projectos dele não lhe deixavam muito tempo livre e nunca deixamos de procurar um vocalista. Testámos sem grande sorte alguns vocalistas até que o Jorge nos informou que um finlandês que se tinha mudado para cá tinha respondido a um dos anúncios que tinhamos colocado. Combinámos uma audição e logo percebemos que era o tipo perfeito para o lugar. A voz do Jim era completamente diferente do que estavamos habituados,

muito mais solta e funcionava muito bem nas musicas que tínhamos. As cinco músicas deste EP já estavam gravadas, só faltava colocar voz, mas demos ao Jim oportunidade de refazer do zero todas as letras existentes e ele imediatamente comecou a trabalhar nas letras e a gravar as vozes à medida que as ia criando. O EP “The Decay of Mankind” saiu no início de Junho e tem tido boa aceitação e críticas favoráveis Qual o próximo passo dos Emerging Chaos? Que achas da cena musical actual da Margem Sul e das suas bandas? Margem Sul vs Lisbon South Bay, julgo que para ti vai continuar sempre a ser Margem Sul! Como explicas a quantidade de bandas que já saiu desta zona? Para já os Emerging Chaos estão focados na promoção deste EP e em tocar ao vivo o mais possível, já temos algum material novo e devemos ainda este ano começar novas gravações. Lisbon South Bay?!? A Margem Sul sempre teve uma identidade própria e essa nova designação é um perfeito disparate. A Margem Sul é terreno fértil para bandas e temos vindo a tocar com bandas locais bastante boas e as novas bandas não param de aparecer. Se depender desta margem o Metal não desaparece! E assim chegamos ao final desta entrevista e obrigado pela colaboração! Estas últimas palavras são tuas e podes dizer de tudo o que te vai na alma! Até uma próxima e vamos continuando atentos aos Emerging Chaos! Queria agradecer á oportunidade desta entrevista e dar os parabéns pelo apoio e pela divulgação do que por cá se faz em termos de musica pesada! Breves / Notícias (cont.) -­‐ Depois dos vários trabalhos dedicados à divulgação das várias bandas do metal nacional sob o nome 13 Portuguese Metal Compilation, chegou a vez de editarem a 13 Iberian Metal Compilation. Com temas de 13 bandas portuguesas e 13 bandas espanholas, ficamos a ter conhecimento das últimas edições musicais. Do nosso burgo são apresentados temas dos Analepsy, Speedemon, Decayed, Tones of Rock, Sullen, Web, Baktheria, Waterland, Forgotten Suns, Terror Empire, Mons Lvnae, Secret Symmetry e Ironsword. Faz o download gratuito desta compilação e dos restantes 4 números através de www.13metalcomp.bandcamp.com. -­‐ A Versus Magazine editou o seu número 35 referente a Junho / Julho deste ano. São 72 páginas de entrevistas, artigos, críticas e muito mais, desta revista de leitura obrigatória e com sede em Ovar. Neste número temos relativamente a bandas portuguesas, entrevistas com Web, Rotem, Speedemon e Tales for the Unspoken.

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Círculo de Fogo, é um nome que já se encontra entranhado na história do movimento underground português. Com o primeiro aparecimento em 1995 através do programa de rádio, tem sido utilizado todos os meios para a divulgação da música que se faz no nosso país, sendo de destacar as e-­‐compilações e do qual todos deverão visitar o bandcamp para efectuar o download deste material. Melhor dito, visitem tudo o que esteja relacionado com o Círculo de Fogo! Mas não há nada melhor do que ter uma conversa com o mentor deste excelente trabalho, o Luís Filipe Neves.

de Som” e outro de Hard n’ Heavy. Como era trabalhar nestes programas? Como era realizada a preparação dos programas? Existia uma boa resposta por parte das pessoas da zona de Viseu? -­‐ O Barreira de Som foi um projeto apresentado em '93 por mim e por Miguel Rodrigues [Sons Marginais, Red Line, Motaquarta]. A Rádio NoAr, no coração da cidade, abrigou o programa nas noites de segunda a sexta-­‐feira (eu às terças), ao qual se juntaram Jorge Figueiredo [Metal NoAr, Metalurgia], Manuel Joaquim [Wroth Zine, Eclipse Metálico], Gonçalo Melo [banda Shiver, DJ no The Day After], entre outros realizadores, e abrangia do Hard Rock ao Death/Grind. Após a venda dessa emissora, em '94 passei pela Rádio Viriato, onde dava airplay ao Hard n’ Heavy, no final das tardes. O Círculo de Fogo começou no Rádio Clube do Interior em 1995, até finais dos 90s. Rolavam os vinis, cassetes e CDs que tinha até então, adicionava à playlist outros discos de amigos que emprestavam e como não havia internet, consultava zines, newsletters, revistas e jornais para reciclar informação, bem como escrevia a músicos, editores, managers, promotores e media. Mantinha o hábito de sintonizar regularmente os programas underground das rádios piratas locais, bem como os radioshows de Metal, sendo o António Sérgio, Luís Filipe Barros e Gustavo Vidal algumas das minhas referências diretas. Por carta, por telefone no decorrer da emissão ou pessoalmente, havia quem se manifestasse, mas também é sabido que os programas de autor sempre suscitaram mais fidelidade por parte dos ouvintes, em relação aos generalistas. Em 2003 passas a ter uma mais forte divulgação pela net através do site do Círculo de Fogo. Este trabalho ajudou-­‐ te na organização de todo o teu trabalho? Na minha opinião pelo menos ajudou-­‐me a encontrar e informação facilmente e a saber onde tinha que procurar as novidades e os contactos! Como recolhias a informação? Tiveste a colaboração de algumas pessoas neste projecto? -­‐ O site em www.circulodefogo.inforzone.com foi criado no ano em que o Círculo de Fogo regressou à antena da Viriato FM e servia de apoio ao programa, principalmente a agenda de concertos, que era escrita, com alguns cartazes em anexo. Talvez seja a mais antiga agenda de Metal em Portugal, na internet. Cerca de 17 mil cartazes de espetáculos ao vivo encontram-­‐se presentemente disponíveis para consulta em www.facebook.com/CirculoDeFogo.pt. Apesar do Círculo de Fogo ser o meu alter ego na música, todos os que me contactam, por carta, e-­‐mail ou Facebook são colaboradores neste projeto. -­‐ Desde 2007 editas as e-­‐compilações, que são um excelente trabalho de compilação e divulgação do metal português. Como funciona o processo de criação destas compilações? Uma coisa que acho fantástica são as capas e os nomes atribuídos a cada compilação. Como surgem na tua ideia? Depois de 4 anos surge a compilação número 10 (“Regeneração”). Quando teremos as próximas? -­‐ Desde a primeira emissão do Círculo de Fogo que há espaço para a produção nacional; nos últimos anos do programa, a primeira edição de cada mês era preenchida integralmente pelas sonoridades lusas, fosse Metal, Rock, Punk, Hardcore, Gótico ou Progressivo. A primeira compilação foi editada um mês depois do programa de rádio acabar e é uma continuidade na difusão da diversificada música portuguesa. As capas são da autoria do pintor gestual Pedro Albuquerque

Viva Luis! É com prazer que assistimos aos 20 anos do Círculo de Fogo, que começou pela divulgação do metal em 1995 através do programa de rádio com o mesmo nome, mas também passando após isso pela divulgação que fazes através da net e pelas e-­‐compilações. Começando quase pelo fim qual a receita para este sucesso de 20 anos? De onde surge o nome Círculo de Fogo? Saudações, Marco e leitores da Ode Lusitana! No início, diz-­‐se que é por "amor à camisola" ou "carolice", mas talvez a divulgação de música seja uns dos meus karmas. Desde a infância que me sinto atraído pelas sonoridades mais rockadas e pesadas, as quais partilhava com os amigos mais chegados, alguns familiares e colegas de escola. Enquanto houver gente ativa, seja a compor, produzir, editar, organizar eventos, etc, que matéria-­‐prima para divulgar não falta. A primeira vez que vi círculos de fogo na grande tela foi no filme "Dracula de Bram Stoker", porém o nome surgiu em leituras e transcende a música, até porque as variadas temáticas líricas abordadas no Metal incitam-­‐nos para outras áreas de interesse. -­‐ O teu início está muito relacionado à rádio, com alguns programas antes do “Círculo de Fogo”, como o “Barreira

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(www.facebook.com/AlbuQpedroalbuquerque), natural de Viseu, o qual se destaca igualmente na escultura, heráldica e pergaminhos. Entre outras estórias, menciono a ilustração da compilação #1 que é um excerto de um trabalho, posteriormente reconhecido internacionalment e, o qual se encontra desde 2009 num museu em New York -­‐ "capital do mundo". Quando a #10 "Regeneração" foi idealizada, o objetivo seria incluir maioritariamente bandas jovens na cena, independentemente do background dos músicos, sendo o baterista Tiago dos Sangue Lusitano o mais novo a participar, com 13 anos. A #11 será editada a 21 de setembro do corrente ano, intitular-­‐se-­‐á "Viseu" e incluirá bandas e solistas naturais e/ou residentes no distrito de Viseu, nos universos do Metal n' Rock. Sendo alojada em www.circulodefogo.bandcamp.com, será uma coletânea digital em aberto, com possibilidade de serem adicionados outros grupos. É feita a pensar no legado musical viseense, desconhecido de muita gente, mesmo entre conterrâneos, é elaborada para apoiar os músicos no/do presente e deixa a porta aberta para futuros projetos musicais que surjam na região. Incluirá biografias redigidas em português. O Círculo de Fogo tem passado estes 20 anos pelos altos e baixos da nossa cena underground nacional. Como tens visto a situação nestes anos todos? O aparecimento das novas tecnologias tem dado um maior facilitismo de divulgação às bandas, diminuindo o número de pessoas que se dedicam à divulgação através de webzines, fanzines? Qual o caminho que está a seguir o nosso metal? Quando a internet, como é conhecida, não existia ou ainda era uma miragem, as bandas e editoras recorriam aos meios de divulgação para dar a conhecer o seu trabalho. As novas tecnologias impulsionaram a auto-­‐promoção, graças ao aparecimento dos sites, depois impôs-­‐se o MySpace e, mais recentemente, o Facebook, não obstante continua a haver mass media no suporte. Baseando-­‐me, por exemplo, em cartazes de eventos que vou publicando, têm surgido imensas bandas ultimamente; nunca deixou de haver promotores e palcos de norte a sul do país, e verifico que há cada vez mais seguidores e interessados em acompanhar o nosso underground. O "Boom" do Metal nacional ocorreu em meados dos 90s, com algumas bandas a criar um movimento pós-­‐"The Birth of a Tragedy", não obstante atualmente temos muitas centenas de bandas no ativo, para todos os gostos e feitios, muitas delas em nada ficam atrás das congéneres estrangeiras. Os estudos científicos comprovam que a aprendizagem de um instrumento musical estimula o cérebro, a coordenação motora, a sociabilidade, entre outros benefícios. Nos dias que correm, uma guitarra clássica de iniciação fica mais ou menos pelo preço de um jogo PlayStation, além da formação musical que está mais acessível, seja em escolas públicas e privadas

de música, na catequese, na internet,... Fico curioso pelo próximo caminho do Metal. Música é arte e cultura!" E assim terminamos esta entrevista. Muito obrigado por tudo! O Círculo de Fogo faz um excelente trabalho na divulgação do metal nacional e esse é um dos seus principais objectivos. Podes deixar umas últimas palavras para encerrar esta entrevista. -­‐ Apoiem, motivem e incentivem os músicos e todos aqueles que dão o seu contributo na cena musical portuguesa, enquanto cá andam. Depois de encerrarem atividades, de pouco adianta lamentar o seu fim. Obrigado, Marco e muita força para a Ode Lusitana! Breves / Notícias (cont.) -­‐ A segunda edição do Mosher Fest já se encontra em andamento e está agendada para o dia 14 de Novembro. O local escolhido é o Massas Club em Coimbra e no cartaz já conta com Holocausto Canibal e For the Glory, além dos Dew Scented (Ale). Ainda faltam anunciar duas bandas. O Moita Metal Fest em parceria com a Mosher Fest realiza um dia antes, a 13 de Novembro, o Warm Up Moita Metal Fest com a participação de Switchtense, Bleeding Display e Burn Damage, assim como dos Dew Scented (Ale). -­‐ Do Alto de Trás-­‐os-­‐Montes, mais concretamente de Montalegre, chega o projecto a solo Icebound formado este ano, do qual o único elemento é o Adnaryth, praticante de pagan black metal / folk metal e que já tem disponível a pro-­‐ tape limitada a 100 unidades de nome “Conquered by Frost”, que teve edição da Egg of Nihilism Productions. -­‐ Formados em Dezembro de 2011 chegam os Carma, projecto de Coimbra de funeral doom / black metal e que é formada por elementos dos Everto Signum. O auto-­‐intitulado álbum de estreia foi lançado a 10 de Julho deste ano em formato digital, contando com Nekruss (voz), Æminus (guitarra / baixo) e Igniferum (bateria), tendo como convidado especial nas vozes Sérgio Correia no tema “Feto”. -­‐ o Headbang Solidário está de volta e irá decorrer a 11 e 12 de Setembro no Matalpoint no Porto. Este evento tem como a nobre causa a angariação de fundos para a Associação de Protecção Animal Senhores Bichinhos, aproveitando também para a divulgação e apoio às bandas nacionais. O cartaz então é distribuído pelo dia 11 com Hunter’s Vault, Buried Alive, Tortura e NightMyHeaven. No dia 12 sobem ao palco Survive the Wasteland, Antivoid, Projecto Sem Nome, FurcaZ e Nihility. Um festival a frequentar por uma boa causa! "A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem." Arthur Schopenhauer

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-­‐ O Sebadelhe Metal Fest decorre a 15 de Agosto no Polidesportivo de Sebadelhe, em Vila Nova de Foz Côa, com entrada gratuita e um cartaz a não perder. Temos a presença de Web (thrash metal -­‐ Porto, que apresentam o recente álbum “Everything Ends”), Dead Meat (brutal death metal -­‐ Castelo Branco), Brutal Brain Damage (grind / brutal death metal -­‐ Caxarias / Ourém, que em breve irão lançar o álbum “Bang Bang Theory”), Machinergy (thrash metal -­‐ Arruda dos Vinhos, com a edição de “Sounds Evolution” no ano passado), Gorgásmico Pornoblastoma (grindcore -­‐ Guimarães, que em breve terá o lançamento do seu primeiro álbum), Destroyers of All /thrash / death metal -­‐ Coimbra) e Shoryuken (deat metal / grind -­‐ Beja). -­‐ Está disponível a edição nº 7 (Julho) da Som do Rock Magazine com novidades entre outros de Karbonsoul, Gates of Hell, Derrame, assim como entrevista com Christophe Correia da Underground’s Voice. Também disponível para download está a compilação SunSet Metal 2015, com a participação de Karbonsoul, Sacrilegious Sword, Solveig, Kor Divine, All Around, Projekt Nöir, Endovelicus, Destroyers of All, Derrame, Madame Violence, Inkilina Sazabra e Wall of Death. Apoia estas iniciativas! -­‐ Heavenwood, originários de Vila Nova de Gaia e praticantes de dark / doom metal estão a preparar o seu 5º álbum de estúdio de nome “The Tarot of the Bohemians” e que será lançado no final de Setembro. Depois das participações de Franzy Costanza (bateria -­‐ Dagoba (Fra)), Daniel Cardozo (teclas – Anathema (Ing)) e Sandra Oliveira (voz – Blame Zeus), conta com uma nova participação de Fadi Al Shami (guitarra -­‐ Aramaic (Dubai) e guitarra / voz -­‐ Chalice of Doom (Jor)). Com edição pela Raising Legends será um álbum conceptual inspirado em Papus (Gerard Encausse) fundador do martinismo moderno. Em breve mais notícias!

15 – Web / Dead Meat / Brutal Brain Damage / Machinergy / Gorgásmico Pornoblastoma / Destroyers of All / Shoryuken – Sebadelhe Metal Fest – Polidesportivo de Sebadelhe, Vila Nova de Foz Côa, Guarda 21 – Picture (Hol) / Buried Alive – 8º Milagre Metaleiro Open Air – Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul, Viseu 21/22 – Looking for an Answer / Plus Ultra / Nashgul / Midnight Priest / Mr. Miyagi / Murdock’s Murder / Anarchrist / Renegados de Boliqueime / Erro Craso / Disorder / ... – Chaos no Mesio – Lousada 29 – Devil In Me / Mata-­‐Ratos / Angelus Apatrida (Esp) / Simbiose / Hills Have Eyes / Reality Slap / Viralata / Tales for the Unspoken / Blackflip / Dimension / Artigo 21 / As They Come – Casainhos Fest – S.C: Casainhos – Fanhões, Loures

Setembro 5 – Cancer Bats (Can) / Wilderness (Esp) / Primal Attack / Crossed Fire – Hard Club, Porto 6 – Cancer Bats (Can) / Wilderness (Esp) / Primal Attack / Crossed Fire – RCA Club, Lisboa 11 – Hunter’s Vault / Buried Alive / Tontura / NightMyHeaven – Headbang Solidário – Metalpoint, Porto 12 – Survive the Wasteland / Antivoid / Projecto Sem Nome / FurcaZ / Nihility – Headbang Solidário – Metalpoint, Porto 12 – Morte Incandescente / Ruach Raah / Göatfukk – Side B, Benavente 16 – Nile (EUA) / Suffocation (EUA) / Embryo (Itá) / Chabtan (Fra) – Hard Club, Porto 17 – Nile (EUA) / Suffocation (EUA) / Embryo (Itá) / Chabtan (Fra) – RCA Club, Lisboa 19 – Mata-­‐Ratos / Mass Burial (Esp) / Dokuga / Estado de Sítio / Terror Empire / V8 Bombs / Apotheus / Processing Cute Mode / It Was the Elf / Rotten Rights – Penalva Rocks – Penalva do Castelo, Viseu 19/20 – Converge (EUA) / Amenra (Bél) / Altar of Plagues (Irl) / Gnaw Their Tongues (Hol) / Metz (Can) / Emma Ruth Rundle (EUA) / Wiegedood (Bél) / Full of Hell (EUA) / Stephen O’Malley (EUA) / Juseph VS MOASE / Nate Hall (EUA) / William Basinski (EUA) / Filho da Mãe / Atilla / ... – Amplifest – Hard Club, Porto 26 – Venom Inc. (Ing) / Vader (Pol) / Divine Chaos (Ing) / Witches (Fra) / Midnight Priest – RCA Club, Lisboa 26 – Katabatic / Irae / Memoirs of a Secret Empire / Redemptus / Vaee Solis / Don’t Disturb My Circles / Nevoa / Örök / Infra – OMG Fest – Estudantino Café, Viseu 26 – Mastication of Brutality Uncontrolled (Ale) / Moñigo (Esp) / Pestifer / Gorgásmico Pornoblastoma / Serrabulho / Derrame / Trepid elucidation / Shoryuken – Sublime Torture Fest – Castelo Branco

Agenda

Agosto 1 – Trinta e Um / Switchtense / Primal Attack / Blackflip /

Animalesco, o Método / Since Today / Suspeitos do Costume – Lagoa Rock – Lagoa Stº André, Aldeia de Brescos, Setúbal 7 – Within Temptation (Hol) / Amorphis (Fin) / Heaven Shall Burn (Ale) / Vildhjarta (Sué) / Moonshade / Scar for Life – Vagos Open Air – Quinta do Ega, Vagos 8 – Black Level Society (EUA) / Venom (Ing) / Triptikon (Sui) / Destruction (Ale) / Mutant Squad / WAKO / Filii Nigrantium Infernalium – Vagos Open Air – Quinta do Ega, Vagos 9 – Bloodbath (Sué) / Overkill (EUA) / Alestorm (Esc) / Orphaned Land (Isr) / Ne Obliviscaris (Aut) / Midnight Priest / Ironsword – Vagos Open Air – Quinta do Ega, Vagos

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