Revista vício

Page 1

VÍCIO

JEANS DESTROYED

A TENDÊNCIA DO JEANS RASGADO

CINEMA

A HISTÓRIA DA SÉTIMA ARTE

ESPECIAL O QUE QUE BELÉM TEM? AS RIQUEZAS DA CAPITAL PARAENSE

Revista Vício 04 11.indd 1

24/11/2015 22:40:38


VÍCIO EXPEDIENTE Reportagens Sandy Mayra Patrick Abreu Mayara Priscila Miguel Neto Marcus Ayres Diagramação Marcus Ayres Fotografia Miguel Netto Modelos Mayara Priscila Sandy Mayra Patrick Abreu Edição de Texto Marcus Ayres Direção Geral Raffael Amado Revista Vício Belém do Pará 2015 Edição 1

Revista Vício 04 11.indd 2

24/11/2015 22:40:38


Revista VĂ­cio 04 11.indd 3

24/11/2015 22:40:40


Revista VĂ­cio 04 11.indd 4

24/11/2015 22:40:45


Revista VĂ­cio 04 11.indd 5

24/11/2015 22:40:49


O QUÊ QUE B Do futebol à culinária, conheça

Revista Vício 04 11.indd 6

24/11/2015 22:40:51


BELÉM TEM?

eça um pouco desta rica cultura.

Revista Vício 04 11.indd 7

24/11/2015 22:40:53


Remo e Paysandu A paixão de Belém em campo

Revista Vício 04 11.indd 8

24/11/2015 22:40:54


O

Clássico Rei da Amazônia é o nome dado ao jogo entre o Clube do Remo e o Paysandu Sport Club, ambos de Belém do Pará, considerados grandes forças do futebol do norte do país pelos feitos alcançados e pela gigante torcida que possuem. O clássico chama a atenção por ser o “clássico” mais jogado na história do futebol mundial com mais de 700 partidas já realizadas. O Clube do Remo foi fundado no dia 5 de fevereiro de 1905, originalmente com a denominação de Grupo do Remo. era um clube inicialmente voltado para as regatas. Em 1908 a agremiação foi extinta, precisando-se de mais três anos para que um conjunto de onze rapazes – o famoso Cordão dos Onze Rowers Remistas – sacramentasse a reorganização azulina. O departamento de futebol foi criado em 1913, ano do primeiro título estadual. A partir do dia 7 de agosto de 1914, passa a se chamar definitivamente pelo nome de Clube do Remo. Já o Paysandu é fruto do inconformismo dos integrantes do Norte Clube com a decisão da Liga Paraense de Foot -Ball em não anular o empate de 1 a 1 com o Guarani, no dia 13 de novembro de 1913, acusando diversas irregularidades, resultado que beneficiou o Grupo do Remo. Liderados por Hugo de Abreu Leão, 42 desportistas decidiram extinguir o Norte Clube

Revista Vício 04 11.indd 9

e fundar no dia 2 de fevereiro de 1914, o Paysandu Foot-Ball Club, que permaneceu com esse nome durante 17 dias, quando recebeu a denominação Paysandu Sport Club. Inicialmente, Remo e Paysandu mantinham uma relação até certo ponto amigável. Entretanto isso mudou no dia 23 de janeiro de 1915, quando o primeiro secretário azulino, Elzemann, enviou um ofício para Antônio Barros (presidente bicolor na época), tratando da realização de uma partida cuja renda seria utilizada para ajudar financeiramente as equipes. Os bicolores enviaram um ofício-resposta, cercado de termos insultuosos à proposta azulina. Em um segundo ofício, a Diretoria do Paysandu aceitou o desafio, sem que deixasse de lado os insultos e injúrias. No dia seguinte, o Clube do Remo mandou outro ofício dando término às relações amistosas entre os times. Era o início de uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro. Além de terem as maiores torcidas da região, os jogos entre Remo e Paysandu são conhecidos e admirados pelos grandes públicos mesmo quando os times não atravessam boa fase. A imagem do Mangueirão lotado pelo Fenômeno Azul, como é conhecida a torcida do Remo, e Fiel Bicolor, denominação dada à torcida do Paysandu, demonstra o fanatismo do torcedor paraense pelo futebol.

24/11/2015 22:40:54


Os Sabores de Belém

A rica culinária da capital paraense.

Revista Vício 04 11.indd 10

24/11/2015 22:40:55


C

onsiderada uma das culinárias ingredientes de uma feijoada completa. mais “brasileiras” do País, a É servido com arroz branco, farinha gastronomia do Pará tem sim d’água e pimenta de cheiro a gosto. a cultura indígena como sua maior influência, mas também carrega consigo Caruru traços portugueses e africanos. Feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde (alfavaOs elementos encontrados na ca e chicória), farinha seca bem fina e região da Amazônia formam a base de azeite de dendê. Após fervidos o quiaseus pratos, com o acréscimo do ca- bo, o tempero verde e os camarões na marão, caranguejo, pato e dos peixes, água, acrescenta-se a farinha e faze-se todos temperados com folhas e frutas um pirão. Estando pronto o pirão, adinativas. Destacam-se: açaí, bacaba, cionam-se os quiabos bem escorridos, o cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pu- camarão já refogado com todos os tempunha, tucumã, muruci, piquiá e tape- peros e, por último, o azeite de dendê. rebá –, pimentas de cheiro e ervas. Os mais tradicionais são cozidos em paTacacá nelas de barro ou assados em moquéns De origem indígena, o Tacacá e embebidos de tucupi, caldo amarelo é um mingau quase líquido servido em extraído da mandioca. Aliás, a raiz é cuias e vendido pelas “tacacazeiras”, uma das bases da culinária paraense, e geralmente ao entardecer, na esquina sua farinha não pode faltar nos pratos das principais ruas das cidades paraenlocais. Entre os destaques da cozinha ses, sobretudo Belém. É constituído de paraense estão: uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pato no tucupi Constituído de pato, tucupi e Chibé jambu. O tucupi é um caldo amarelo Vocábulo tupi, composto de extraído da mandioca e por isso preci- Che - eu, meu - e Ibe ou Tibe- caldo. sa ser cozido durante uma semana. O É considerada a mais paraense de todas pato, depois de assado, é cortado em as comidas. Uma bebida com um gosto pedaços e fervido no tucupi, onde fica levemente acidulado. Leva farinha de de molho por algum tempo. O jambu mandioca e água. é fervido em água com sal, escorrido e posto sobre o pato. É servido com arroz Mujica branco e farinha de mandioca. É um prato de espécie cremoso que pode ser feita de farinha de peixe Maniçoba conhecida como piracuí, massa de siri Do tupi Maní, deusa da man- ou caranguejo. dioca. Usa-se tipicamente uma panela de barro ou de porcelana. O prato deDoces mora pelo menos uma semana para ser As sobremesas paraenses são feito, pois a folha da maniva ( a planta ricas em frutas, principalmente vindas da mandioca), depois de moída, deve da Amazônia, e licores. Os principais ser cozida durante, pelo menos, qua- frutos que marcam a culinária regional tro dias com a intenção de eliminar o são: açaí, cupuaçu, pupunha, guaraná e ácido cianídrico que contém. Depois a manga. Há também outras frutas redisso é acrescentado o charque, touci- gionais de sabor peculiar, tais como banho, bucho, mocotó, orelha, pé e cos- curi, taperebá, jaca, muruci, sapotilha, telas salgadas de porco, chouriço, lin- entre outras. guiça e paio, praticamente os mesmos

Revista Vício 04 11.indd 11

24/11/2015 22:40:55


A Moda Paraense De BelĂŠm para o mundo.

Revista VĂ­cio 04 11.indd 12

24/11/2015 22:40:56


A

cultura amazônica mesclada à diverdiade cultural de Belém serve de fonte de insparação para novos e veteranos nomes do mundo da moda. Apesar de tímido, o mercado fashion da capital paraense ganha força com eventos como o Amazônia Fashion Week e outros desfiles realizados pela cidade. Nomes famosos como André Lima, Dica Frazão, Dilu, Lele Grello e Sandra Machado, usam e abusam da inspiração que vem da floresta. Muitos deles exportam suas criações para grandes centros de moda como os Estados Unidos e França. Lele Grello é um grande exemplo de empreendedorismo no setor fashionista. Desde cedo, Lele sempre foi apaixonada por moda. Mas foi na adolescência, durante a faculdade de arquitetura, que a estilista decidiu investir no que antes era apenas um talento. Ela decidiu estudar o assunto e ir mais a fundo para desvendar os segredos do mundo da moda. Hoje ela representa o estado em desfiles realizados em Paris e São Paulo. Tornou-se referência da moda paraense. O que diferencia a moda produzida em Belém dos demais centros de moda, é justamente a variada de materiais que podem ser utilizados. De sementes à

Revista Vício 04 11.indd 13

pedrarias exóticas, as peças ganham um estilo único e fazem sucesso nas altas rodas do mundo fashion. A criatividade e a vontade de se destacar em um mercado tão competitivo, fazem com que os profissionais da moda ultrapassem as barreiras do Pará. Outro bom exemplo disso é o jovem estilista Tiago Prado. Ainda criança, Tiago rabiscava desenhos que, mais tarde, se transformariam nas suas criações. Já na faculdade de moda, ele deu o tom profissional que precisava aos seus desenhos e começou a investir pesado na sua carreira. Em 2015, Tiago foi selecionado entre 400 estudantes de todo o país para participar do projeto “Brasil Fashion Senai”, em São Paulo. O paraense foi o único da região Norte, entre os participantes de nove estados escolhidos. A iniciativa teve à frente estilistas consagrados como Ronaldo Fraga, Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura, que atuaram como consultores de moda dos participantes. Tiago, que ainda está no segundo semestre de uma faculdade de Belém, já tem no portfólio um vestido que foi usado pela modelo brasileira Isabel Goulart, sucesso nas passarelas de todo o mundo.

24/11/2015 22:40:57


A noite de BelĂŠm

O fervo da capital paraense

Revista VĂ­cio 04 11.indd 14

24/11/2015 22:40:58


A

noite paraense tem diversas opções para os mais diversos públicos. Lugares para antes, durante e depois da balada fazem sucesso com quem é da cidade ou está de passagem pela cidade das mangueiras.

picaralia, Café Brasil, Segura na minha trena, REMEMBER, Bagarai a próxima vitima, Rocknbeats… A primeira vez que o DJ Marky tocou no Café, uma Meachuta chamada “Desceu, perdeu” e por ai vai… Mas tem festa que eu quero é esquecer e não era porque não tinha Um bom exemplo de lugar di- gente. versificado com um público mais diversificado ainda é Café com Arte. A casa VÍCIO: A presença do Café na Internet funciona em um casarão antigo em ple- é muito forte. Qual a importância das no centro de Belém. redes sociais para a divulgação do trabalho? Com 13 anos de vida, é uma Roberto: Tenho um amigo que diz: das mais antigas casas noturnas da ci- “Toda divulgação é pouca”. Entendo o dade. Conversamos com o Roberto Fi- seguinte, se você tem esse veiculo “grágueiredo, proprietário do Café, e ele vai tis” de divulgação por que não usar?! falar sobre o sucesso do seu empreendi- Hoje muita gente está conectado, prinmento. cipalmente o público que vai no Café. VÍCIO: Com 13 anos, como tu avalias a noite de Belém? Roberto: Boa, ruim, ruim, ruim, boa, boa. hahahaha… VÍCIO: Desde o começo, o Café foi criado para ser um referencial na noite paraense? Roberto: Não, o Café com Arte,foi criado para ser uma casa onde você poderia ir tomar um café, comprar arte e bater papo com amigos. VÍCIO: A boa relação público versus Café é algo muito notável. Qual a importância do dono do local estar sempre em contato com o seu público? Roberto: Acho muito importante porque você fica bem mais próximo deles, fica sabendo se o que está sendo feito está agradando, sabe na hora sobre problemas durante alguma festa no Café e ouve em tempo real elogios e críticas. Quando o povo tem razão, resolvo logo, mas quando estão errados… “sai de baixo” hahahaha sacanagem!

VÍCIO: O Café é o “pai” de várias produtoras de festas da cidade. Como tu enxergas isso? De que forma elas podem ser “as concorrentes” do Café? Roberto: Vejo de outra forma: dou oportunidade de trabalho. Tem muitos que levam como “putaria” glamour, mas tem muitos querendo ganhar o seu dinheiro, saca? Acho isso muito bacana. Sobre serem concorrentes, não vejo dessa forma, vejo como mais uma opção para quem quer dar um tempo do Café. Acho isso normal.

VÍCIO: O Café tem aquela vibe de festas de filmes americanos cujo público alvo são universitários. O Café tem um público específico? Roberto: Acho que no inicio o café tinha um público alvo. Hoje ele quer conquistar mais gente, principalmente os que só ouvem falar do Café e nunca foram. Por isso, surgiu o “Chic é ser brega”, “Café Brasil”, “Quem manda são as mulheres”, “Ela canta Elis”, “Ela canta Chico”, “Tô de chico”, o rodizio de pastel com chopp, as quintas com VÍCIO: Lista as 13 melhores festas bastante música brasileira e por ai vai. que já aconteceram no Café. Roberto: Sempre estou indo atrás dessas pessoas. Melhor em que sentido? Porque tem festa que tem muita gente mas não VÍCIO: O que vem por aí nos próximos está divertida, saca? Mas posso citar anos do Café? algumas: Halloween, Fera folia, Jogos Roberto:Tenho muitos planos, muitas da copa, O chic é ser brega, XOC no idéias. Espero colocar todas em prática Havai… Teve uma festa que fiz com a ainda esse ano. O que posso adiantar é SeRasgum, Lafayette e os Tremendões, que vou da um UP! no quintal, que hoje esse dia foi massa! Teve também Tro- é o meu canto preferido do Café.

Revista Vício 04 11.indd 15

24/11/2015 22:40:58


Revista VĂ­cio 04 11.indd 16

24/11/2015 22:41:02


Revista VĂ­cio 04 11.indd 17

24/11/2015 22:41:06


Revista VĂ­cio 04 11.indd 18

24/11/2015 22:41:09


Revista VĂ­cio 04 11.indd 19

24/11/2015 22:41:11


JEANS DESTROYED A tendência do jeans rasgado!

Revista Vício 04 11.indd 20

24/11/2015 22:41:12


A expressão “customização” foi criada para traduzir um termo da moda americana “custom made” (sob medida). Customizar é conseguir da nova vida à peça que está em desuso. No caso de roupas e acessórios até mesmo as clássicas calças jeans, bolsas, camisetas, chinelos biquínis. Há uma imensa variedade de materiais disponíveis no mercado como desenhos, bordados, apliques entre outros apetrechos que valorizam sua peça, desde que não haja exagero, caso contrario seu look pode se transforma em um carnaval. O Jeans Destroyed é tendência há anos e sempre está em cena em todas as estações. Aquele rasgado presente nas roupas que lembra peças velhas e surradas, pelo fato de apresentarem rasgados de fios.

Revista Vício 04 11.indd 21

24/11/2015 22:41:16


Faz tempo que o jeans deixou de ser básico e assumiu o posto Premium no mercado internacional, ainda mais com toda essa customização e destroyed nas peças deixando-as com um “DNA Contemporâneo”.

Revista Vício 04 11.indd 22

24/11/2015 22:41:19


O jeans sempre é curinga, mas você pode dar um ar mais moderno para ele apostando em bermudas e calças customizadas, com lavagem desbotada e o destroyed, aquele rasgado. Para que a produção dele não fique desleixada a dica é usar com peças mais arrumadas, como tricô ou camisas jeans, além de encaixar aquela bota ou sandália alta, e acessórios modernos e despojados. O combo bermuda destroyed e camiseta fica super na moda!

Revista Vício 04 11.indd 23

24/11/2015 22:41:22


Revista VĂ­cio 04 11.indd 24

24/11/2015 22:41:25


Remetendo a um estilo mais moderno e urbano, a moda Punk ou até mesmo a Grunge, são conhecidas por suas vestimentas mais “podrinha”, que pode ser facilmente remetida ao destroyed jeans. O bom é que você não precisa gastar “rios de dinheiro” em uma peça dessa, mais sim customizando oque você já tem. O Destroyed torna as peças de roupas, além de modernas e cheias de atitude, combinarem com tudo seja um look casual para o dia a dia ou até um look balada distanciando-se daquele “ar rebelde” e encarando looks cada vez mais elegantes e muito mais chiques do que propriamente largados

Revista Vício 04 11.indd 25

24/11/2015 22:41:26


CINEMA

A história da sétima arte.

Revista Vício 04 11.indd 26

24/11/2015 22:41:26


F

oi no final do século XIX, em 1895, na França, os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema. Na primeira metade deste século a fotografia já havia sido inventada por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, possibilitando esta criação revolucionária no mundo das artes e da indústria cultural: o cinema. No século XIX, muitos aparelhos que buscavam estudar o fenômeno da persistência retiniana foram construídos, este fenômeno é o que mantém a imagem em fração de segundos na retina. Joseph-Antoine Plateau foi o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, concluindo que uma ilusão de movimento necessita de uma série de imagens fixas, sucedendose pela razão de dez imagens por segundo. Plateau, em 1832, criou o Fenacistoscópio, apresentando várias figuras de uma mesma pessoa em posições diferentes desenhadas em um disco, de forma que ao girá-lo, elas passam a formar um movimento.

O americano Edwin S. Porter, apropriou-se dos estilos documentarista dos irmãos Lumière e os de ficção com uso de maquetes, truques ópticos, e efeitos especiais teatrais de Georges Méliès, para produzir “Great Train Robbery” (O grande roubo do trem), em 1903, um modelo de filme de ação, obtendo êxito e contribuindo para que o cinema se popularizasse e entrasse para a indústria cultural. A indústria cinematográfica atual é um mercado exigente e promissor para diferentes áreas do saber. Não são apenas os atores e atrizes que brilham nas cenas que são apresentadas a um público local e internacional, pois a realização de um filme precisa englobar uma equipe de trabalho. Na construção e realização de um filme existem os seguintes profissionais: o “roteirista” que escreve a história e as narrativas dos personagens, ou melhor, os diálogos; o “diretor” que tem a função de coordenar, direta e indiretamente, o trabalho de todas as pessoas envolvidas com o filme, da concepção à finalização; o “diretor de fotografia”, um profissional de artes visuais com sensibilidade e competência para decidir como iluminar uma cena, que lentes serão melhores para determinados ângulos, o tipo de filme a ser rodado, entre outras atribuições; há quem seja responsável pela trilha sonora do filme, que é o “compositor musical”, ele é quem fica responsável por contribuir para o clima pretendido pelo diretor; O “produtor” é a pessoa ou grupo de pessoas que se encarrega de viabilizar a realização do filme, buscando patrocínios e parcerias, e ainda, tratando da parte burocrática que envolve toda a equipe.

Criado pelo francês Charles Émile Reynaud o Praxinoscópio foi um invento importante para o surgimento do cinema. Este aparelho era um tambor giratório com desenhos colados na sua superfície interior, e no centro deste tambor havia diversos espelhos. Na medida em que girava-se o tambor, no centro, onde ficavam os espelhos, via-se os desenhos se unindo em um movimento harmonioso. Dentre outros inventos, há o Cinetoscópio, inventado por Thomas A. Edison, que consistia em um filme perfurado, projetado em uma tela no interior de uma máquina, na qual só cabia uma pessoa em cada apresentação. A projeção precisava ser vista por uma lente de Há também uma equipe de técniaumento. cos/especialistas que são fundamentais junto aos profissionais já apresentados, que são: Em 1890, Edison projeta diversos o “técnico de efeitos especiais” cuja tarefa é filmes de seu estúdio, aos quais encontra- realizar efeitos visuais e sonoros às cenas se “Black Maria”, considerado o primeiro já filmadas, inclusive utilizando inserção filme da história do cinema. É a partir do de efeitos posteriores por computador; o aperfeiçoamento do Cinetoscópio, que o “técnico de som”, que cuida dos diferentes Cinematógrafo é criado pelos irmãos Louis microfones durante as gravações, cuidando e Auguste Lumière, na França, em 1895. O para que só haja a captação do que se julgue cinematógrafo era ao mesmo tempo filma- essencial; o “operador de câmera” que fica dor, copiador e projetor, e foi considerado responsável por focar os ângulos solicitados o primeiro aparelho realmente qualificado pelo diretor; e os “editores” ou “montadode cinema. Louis Lumière foi o primeiro res”, que trabalham numa ilha de edição, cineasta a realizar documentários em curta juntos com o diretor ou orientados por um metragem na história do cinema. O primei- mapa organizado pelo próprio diretor, onde ro se intitulava “Sortie de L’usine Lumière à se encontra organizados as cenas, os sons, a Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lu- trilha sonora, entre outros parâmetros quamière), e possuia 45 segundos de duração. litativos e quantitativos de finalização do filNeste mesmo ano de 1895, Thomas Edison me. Outros profissionais como coreógrafos, projeta seu primeiro filme, “Vitascope”. figurinistas, e maquiadores são essenciais em determinadas produções.

Revista Vício 04 11.indd 27

24/11/2015 22:41:27


O americano Edwin S. Porter, apropriou-se dos estilos documentarista dos irmãos Lumière e os de ficção com uso de maquetes, truques ópticos, e efeitos especiais teatrais de Georges Méliès, para produzir “Great Train Robbery” (O grande roubo do trem), em 1903, um modelo de filme de ação, obtendo êxito e contribuindo para que o cinema se popularizasse e entrasse para a indústria cultural. A indústria cinematográfica atual é um mercado exigente e promissor para diferentes áreas do saber. Não são apenas os atores e atrizes que brilham nas cenas que são apresentadas a um público local e internacional, pois a realização de um filme precisa englobar uma equipe de trabalho. Na construção e realização de um filme existem os seguintes profissionais: o “roteirista” que escreve a história e as narrativas dos personagens, ou melhor, os diálogos; o “diretor” que tem a função de coordenar, direta e indiretamente, o trabalho de todas as pessoas envolvidas com o filme, da concepção à finalização; o “diretor de fotografia”, um profissional de artes visuais com sensibilidade e competência para decidir como iluminar uma cena, que lentes serão melhores para determinados ângulos, o tipo de filme a ser rodado, entre outras atribuições; há quem

Revista Vício 04 11.indd 28

seja responsável pela trilha sonora do filme, que é o “compositor musical”, ele é quem fica responsável por contribuir para o clima pretendido pelo diretor; O “produtor” é a pessoa ou grupo de pessoas que se encarrega de viabilizar a realização do filme, buscando patrocínios e parcerias, e ainda, tratando da parte burocrática que envolve toda a equipe. Há também uma equipe de técnicos/ especialistas que são fundamentais junto aos profissionais já apresentados, que são: o “técnico de efeitos especiais” cuja tarefa é realizar efeitos visuais e sonoros às cenas já filmadas, inclusive utilizando inserção de efeitos posteriores por computador; o “técnico de som”, que cuida dos diferentes microfones durante as gravações, cuidando para que só haja a captação do que se julgue essencial; o “operador de câmera” que fica responsável por focar os ângulos solicitados pelo diretor; e os “editores” ou “montadores”, que trabalham numa ilha de edição, juntos com o diretor ou orientados por um mapa organizado pelo próprio diretor, onde se encontra organizados as cenas, os sons, a trilha sonora, entre outros parâmetros qualitativos e quantitativos de finalização do filme. Outros profissionais como coreógrafos, figurinistas, e maquiadores são essenciais em determinadas produções.

24/11/2015 22:41:27


Revista VĂ­cio 04 11.indd 29

24/11/2015 22:41:27


Revista VĂ­cio 04 11.indd 30

24/11/2015 22:41:28


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.