Alfaiataria de chefes

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Vinte chefes “por uma linha”, em Belmonte.

Alfaiataria de chefes | Texto Margarida Reis | Fotografia DR A ProChef começou por ser um meio para a HIG dar entrada a novos produtos, mas é hoje a segunda marca mais forte da empresa da Póvoa de Varzim. Propondo jalecas inovadoras e personalizadas a profissionais que querem marcar a diferença, a ProChef não teme a contrariedade dos tempos e avança ainda este ano para novas áreas de negócio e o aumento da internacionalização.

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Considera que uma jaleca é obrigatoriamente pesada, quente, monótona e sem formas? Não se identifica com o que veste na cozinha? A ProChef prova que as fardas podem ter estilo, espelhar uma identidade e diferenciar-se, sem perder a funcionalidade e qualidade indispensáveis aos profissionais de cozinha e pastelaria. Nascida no seio da HIG, empresa que também integra a marca de equipamento na área da higiene para o canal Horeca Fat-Tank, entre outras, a ProChef materializa uma aproximação aos chefes de cozinha pela concepção de peças de vestuário personalizadas, confortáveis, modernas e certificadas – anti-fogo, antibacterianas e sem agentes tóxicos na sua constituição. Na fórmula, o design ocupa um papel fundamental, sendo o que distingue as fardas ProChef de todas as outras, considera Orquídea Silva, directora-geral da HIG. “Tentámos

olhar um pouco para o mundo da moda, pegámos em certas tendências e colocámo-las nas fardas”, explica a responsável, que conta presentemente com a filha, a designer Natasha Magalhães, à frente do processo criativo da marca. O espírito jovem e inovador é propositadamente transversal às diversas peças. Um dos target da marca é mesmo o grupo dos jovens que entram na cozinha. “Queremos que eles ao saírem da escola e entrarem no mercado de trabalho se identifiquem com a imagem e se sintam na sua pele. Que gostem tanto da jaleca que não queiram não a vestir.” Quanto aos têxteis, a HIG procura acima de tudo durabilidade em tecidos mais frescos e confortáveis. “Já existem soluções de fardas, quase de camisa, mais leves mas que têm uma durabilidade exactamente igual às antigas”, afirma Orquídea Silva. Rui Paula, Henrique Sá Pessoa, António Vieira e Justa Nobre são alguns dos nomes que já têm as suas jalecas ProChef – personalizadas ao gosto do cliente, num tipo de serviço próprio de um alfaiate. Cores, modelos, tipo de estampas e bordados (nome ou logótipo do chefe e/ou do restaurante) são variáveis sujeitas a escolha. Mas a imaginação é o limite. FARDAS NO FEMININO A HIG lançou este ano a ProChef Woman, colecção de jalecas para mulheres. “Nestes anos de mercado, reparei que quando


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Rui Paula escolheu a ProChef para o fardamento de toda a equipa do restaurante DOP, no Porto.

uma linha, o evento serviu para apresentar a nova colecção de jalecas, inspiradas na montanha, e demonstrar a sua durabilidade, já que foram usadas em todas as situações. Com o aniversário, Orquídea Silva faz o balanço da história da HIG: “Estes dez anos foram muito positivos. A empresa teve sucesso na parte de inovação de produtos: criámos as nossas próprias marcas e levámos essas marcas para fora. Preparámos o terreno para a internacionalização”, afirma Orquídea. É esse o objectivo primordial, a cumprir a curto prazo: em Setembro próximo, nascerá uma loja da marca na África do Sul. O caminho é abrir depois outras, em várias cidades-chave. A HIG já se tenta implementar em Espanha com o patrocínio do concurso Chefe Cozinheiro do Ano daquele país; por cá patrocina as Equipas Olímpicas de Culinária. Orquídea Silva acredita em Portugal, nas pessoas e nas capacidades das fábricas nacionais. É por isso que vai também apostar no calçado para hotelaria, querendo dar uso ao know-how português e contribuir para a dinamização de fábricas que neste momento registam menos actividade e que se vêem obrigadas a despedir pessoas. Os sapatos para hotelaria da HIG, a condizer com as fardas, serão lançados já no próximo mês. !

www.higinternational.com

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entro na cozinha vejo sempre poucas mulheres. Pensei com a marca dar alguma auto-motivação às profissionais e estudantes de cozinha”, sustenta a directora-geral da empresa. “É um mundo muito complicado, agressivo e mais masculino. Há mulheres que acabam por desistir. Achei que ao terem uma jaleca mais feminina também se encaixavam melhor naquele papel e ambiente, em que normalmente estão em segundo plano.” Em termos de imagem, estas jalecas têm cortes femininos e foram pensadas para mostrar um pouco mais a verdadeira natureza e imagem de uma mulher. “Nós temos outras formas, e é giro trazer isso para a cozinha. Porque é que uma cozinheira há-de usar uma farda que parece um saco?”, indaga a mentora do projecto. Outra particularidade está nas mangas: com base na convicção de que as mulheres tendem a não gostar de manga comprida, foram criadas jalecas de manga curta e de manga três quartos, exclusivamente para elas. Mais uma mostra de inovação por parte da HIG residiu na comemoração dos dez anos da empresa “radical, que vai além do que é normal”. A HIG convidou 20 chefes de cozinha para uma festa de dois dias no Convento de Belmonte, com actividades ao ar livre e cozinhados à beira-rio. “O nosso marketing é emocional. A nossa forma de estar é fazer algo que tem piada, que nos dá gozo, estar com as pessoas.” Denominado 20 por


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