Ano Letivo 2011/2012 GEOGRAFIA A
Ficha 18 – As áreas metropolitanas
1.1 – O crescimento populacional, as transformações na base produtiva, a emergência de novos problemas sociais.
1.2 – Articulação dos investimentos municipais e de interesse supramunicipal e coordenação de atuações entre os municípios e a administração central em variadas áreas (infraestruturas de saneamento básico e de abastecimento público saúde, educação, ambiente, etc.).
2.1 – Verifica se o gráfico elaborado corresponde ao da figura que se segue.
2.2 – O gráfico revela um aumento da população nas duas áreas metropolitanas, entre 1991 e 2002, salientando-se Sintra e Seixal, na AML, e V. N. Gaia, Maia, Gondomar e Matosinhos, na AMP, entre os concelhos que mais ganharam população. Os que mais perderam, no período considerado, foram Lisboa e Barreiro, na AML, e apenas o Porto, na AMP. Apesar de ter reduzido o número de habitantes do concelho de Loures, tal não se deve a um movimento de saída mas sim `separação e individualização do concelho de Odivelas.
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3.2 – A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior crescimento se verificou em concelhos onde a melhoria das acessibilidades e a disponibilidade de espaço para construção permitem o acréscimo demográfico.
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Ficha 19 – Dinamismo das áreas metropolitanas 1.1 – Verifica se os mapas que pintaste estão conforme o que se apresenta a seguir (Fig. 1 e Fig. 2).
1.2 – O índice de dependência de jovens dá-nos o número de jovens por 100 ativos, enquanto o índice de envelhecimento nos dá o número de idosos por 100 jovens. 1.3 - Alguns concelhos da AMP apresentavam valores no índice de dependência de jovens inferiores à média nacional, sendo menos os municípios em que tal acontecia na AML. No entanto, a maior dos municípios de uma e outra área metropolitana tinham um índice de envelhecimento bastante inferior à média nacional, havendo apenas um concelho na AMP para seis concelhos na AML, com valores superiores a esta média. 1.4 – Barreiro, na AML, e Porto, na AMP, apresentavam os valores mínimos, enquanto Sintra, na AML, e Póvoa de Varzim, na AMP, detinham o valor máximo no índice de dependência de jovens. Quanto ao índice de envelhecimento, era mais elevado no Porto e em Lisboa e mais baixo na Póvoa de Varzim e em Sintra.
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1.5 – Os concelhos de Lisboa e Porto registam os valores mais elevados no índice de envelhecimento e valores baixos no índice de dependência de jovens. Estes índices confirmam a tendência de envelhecimento destes dois municípios e podem explicar-se pela redução da taxa de natalidade nestes concelhos, em parte justificado pelo elevado preço das habitações, o que leva a que muitos jovens optem por residir num dos concelhos das proximidades. 2.1 – Os movimentos em direção a Lisboa são mais intensos do que os que se dirigem ao Porto. No entanto, os que se destinam ao concelho do Porto abrangem áreas mais distantes. 2.2.1 – A capacidade polarizadora de Lis e do Porto evidencia-se na maior intensidade dos movimentos em direção a estes dois concelhos. 2.2.2 – Os dois mapas revelam também intensas migrações cruzadas nas duas áreas metropolitanas,
o
que
demonstra
a
existência
de
complementaridade
interconcelhia nas duas áreas metropolitanas. 3.1. – A bipolarização económica é o fenómeno que se verifica em Portugal, com uma concentração das atividades económicas em dois polos, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. 3.2 – Estas duas áreas metropolitanas representam, no seu conjunto, mais de 40% do emprego e mais de 50% do PIB nacional. 3.3 – Ainda que estas duas áreas se salientem no contexto socioeconómico naciona, evidenciam-se disparidades que revelam o peso económico da AML, com maior PIB per capita, produtividade, emprego em serviços intensivos em conhecimento, capacidade para atrair investimento estrangeiro, etc.
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Ficha 20 – A indústria nas áreas metropolitanas e no resto do País 1.1 Na AMP predominam os ramos dos têxteis, vestuário e do couro; fabrico de máquinas, equipamento e material de transporte; alimentação, bebidas e tabaco. 1.2 O principal ramo industrial na AMP é o dos têxteis, vestuário e do couro (calçado), que corresponde a indústrias que necessitam de muita mão-de-obra. 1.3 Perda de importância das indústrias têxteis e alimentares e aumento do peso do vestuário e calçado e dos produtos metálicos, maquinas e material elétrico. 1.4 Na AML existe uma maior diversidade industrial, com atividades menos intensivas em mão-de-obra e mais intensivas em capital e, desse modo, geram maior produtividade e maior valor acrescentado do que as indústrias da AMP. 1.5 Existe uma tendência de desconcentração da indústria que se tem vindo a expandir nas áreas envolventes às duas áreas metropolitanas, para áreas bem servidas pela rede de transportes e comunicações. Por sua vez, os concelhos das áreas metropolitanas, sobretudo os centrais, tendem a terciarizar-se. 2.4. O VAB é mais elevado nas regiões da Grande Lisboa, Grande Porto e Ave. Seguem-se Setúbal e um conjunto de NUTS III em torno do Grande Porto e junto ao litoral. 2.5 Existe uma coincidência na distribuição destes indicadores, pois verifica-se uma concentração no Litoral. Porém, as posições relativas alteram-se sendo o Ave, seguido do Grande Porto e só depois a Grande Lisboa a salientar-se no emprego da indústria transformadora. 2.6 As regiões da Grande Lisboa e Península de Setúbal destacam-se mais pelo VAB do que pelo emprego. Tal significa que aí predominam indústrias mais intensivas em tecnologia, normalmente aquelas que produzem maior VAB. 3.1 As regiões com maior grau de especialização na indústria extrativa são o Alto Alentejo e o Alentejo Central, e nos têxteis, vestuário e calçado, são Ave e Cova da Beira. 3.2 A indústria extrativa está fortemente relacionada com os recursos naturais existentes nas regiões (minas e pedras ornamentais). 3.3 As indústrias de alimentação, bebidas e tabaco, enquanto indústrias de bens de consumo, tendem a localizar-se próximo dos grandes mercados de consumo que correspondem às aglomerações urbanas. 4.1 A indústria constitui um motor de desenvolvimento pois, para além de gerar emprego, atrai atividades complementares e de serviços. As regiões sem grande implantação industrial não beneficiam destes efeitos multiplicadores, o que contribui para acentuar as assimetrias de desenvolvimento existentes.
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4.2 A melhoria das acessibilidades e a oferta de benefícios (por exemplo, fiscais) em regiões
desfavorecidas
são
duas
medidas
que
poderão
incentivar
a
descentralização da indústria.
Ficha 21 – Problemas urbanos 1.1 Remete para o êxodo rural. 1.2 O êxodo rural foi um dos fatores da expansão urbana, pois conduziu a um forte crescimento populacional da cidade de Lisboa e dos subúrbios. Este crescimento dificulta o permanente ajustamento entre as infraestruturas e as necessidades da população, daí resultando numerosos problemas que afetam a qualidade de vida nessa cidade. 1.3 Desemprego, pobreza, exclusão social, criminalidade, insegurança, habitação precária, listas de espera para as consultas, etc. 1.4 O planeamento e a gestão municipal aparecem no gráfico do Doc. 1 como o quinto fator mais importante na qualidade de vida urbana pois são essenciais para prevenir e resolver os problemas urbanos. 2.1 As urbanizações implantadas no norte e noroeste da cidade servem de barreira à circulação dos ventos dominantes, impedindo a ventilação e o «arejamento» da cidade a sul, acentuando a poluição. 2.2 A existência de materiais de construção com grande capacidade de absorção de calor, a densidade das construções, o calor libertado pelos transportes, iluminação e sistemas de climatização artificial, a impermeabilização dos solos, etc. 2.3 O aumento da poluição e da intensidade das vagas de calor comprometem a qualidade do ar que se respira e, consequentemente, a saúde da população, levando a um aumento das doenças dermatológicas e respiratórias, e a um agravamento de várias outras doenças, por exemplo, cardíacas. 2.4 Poluição sonora, excessiva produção de resíduos, falta de zonas verdes, etc.
Ficha 22 – A recuperação da qualidade de vida urbana 1.1 O PDM – Plano Diretor Municipal é um instrumento de gestão do território concelhio e tem como finalidade principal fixar as linhas gerais de ocupação do território de cada município.
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1.2 A evolução socioeconómica, demográfica e de ocupação do território exigem uma avaliação frequente dos PDM para se adequarem às novas realidades de cada município, razão por que se afirma que estes planos têm um carácter dinâmico. 1.3 PU – Planos de Urbanização e PP – Planos de Pormenor. 1.4 O planeamento é fundamental para prevenir os problemas urbanos porque procura fazer a gestão do território de forma equilibrada, de modo a aproveitar as potencialidades e a criar condições de vida adequadas para a população, partindo do conhecimento da realidade física e humana do território. 2.1 O programa URBAN II é uma iniciativa comunitária vocacionada para intervir em áreas urbanas críticas do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego, pobreza e exclusão social, criminalidade e delinquência, entre outros. 2.2 O doc. 1 refere-se a uma área urbana da cidade do Porto onde existem problemas de desemprego e, embora não esteja expresso no texto, pode subentender-se que existem, nesta área, muitos outros dos problemas associados, justificando a aplicação deste programa. 2.3 Um dos objetivos deste programa é a reabilitação das áreas urbanas degradadas, do ponto de vista socioeconómico, o que passa, naturalmente, pela reinserção social dos seus habitantes. Tratando-se de uma área afetada pelo desemprego, a iniciativa do «autocarro do emprego» promove a reinserção profissional dos desempregados desta zona, facilitando-lhes o acesso à informação sobre emprego disponível, encaminhando e, eventualmente, estabelecendo contatos nesse sentido, o que constitui um primeiro passo para a reinserção social. 3.1 A reabilitação, a requalificação e a renovação urbanas, são formas de recuperação e revitalização urbana. 3.2 O Polis destinou-se a apoiar intervenções urbanísticas e ambientais, financiando ações de revalorização das paisagens de muitas das cidades portuguesas.
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