Projeto Centro de Educação Sustentável by Mariana Ricciardi Peres

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CENTRO DE EDUCAÇãO SUSTENTÁVEL

proposta O projeto do centro terá como foco a educação sustentável, prevendo um programa de ensino de sustentabilidade aberto para a população. Serão oferecidos espaços com atividades diversas, para elaboração de aulas, palestras, workshops e oficinas práticas, além de uma biblioteca para estudo e áreas para contemplação. As atividades oferecidas permitem uma aproximação entre a comunidade e o espaço urbano, propondo a

integração de grupos sociais variados. O espaço pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde crianças até idosos, podendo ser desfrutado até mesmo quando não houver eventos. A criação de passeios e áreas abertas tornam o espaço mais funcional, propondo trajetos opcionais, até mesmo para aquelas pessoas que estiverem apenas de passagem, onde os pedestres podem desfrutar de experimentações de ações sustentáveis e serem acolhidos de forma que se sintam em casa.

LOCALIZAÇão

N

centro de ribeirão preto

Av .F ra n

O lote de implantação do projeto está localizado no quadrilátero central de Ribeirão Preto. A escolha do terreno teve como proposta qualificar o espaço urbano, implantando um centro de educação sustentável em um local de fácil acesso, onde há uma grande circulação de pessoas. Atualmente o lote se encontra vazio, tomado por um estacionamento de carros. O terreno está inserido em uma área de uso misto, os usos do entorno são bastante diversificados.

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Por influência da ocupação do solo e carência de áreas permeáveis na região do centro, nos períodos de grande intensidade de precipitação, as enchentes podem aumentar sua magnitude e frequência. Para promover a melhoria da drenagem urbana foram previstas áreas permeáveis no lote de implantação, beneficiando na capacidade de absorção da água das chuvas. Quanto à vegetação natural, o município localiza-se em área de ocorrência de cerrado. De acordo com o Mapa de Zoneamento Ambiental, o quadrilátero central se encontra na ZUD 1 (Zona de Uso Disciplinado 1), a qual compreende a área da Formação Serra Geral (basalto), onde o solo (terra roxa) apresenta altos índices de produtividade, favorecendo o plantio de espécies vegetais e árvores.

on

Centro

A cidade de Ribeirão Preto, localizada no estado de São Paulo, está aproximadamente a 300km da capital. De acordo com o zoneamento bioclimático da NBR 15220, o município de Ribeirão se encontra na Zona Bioclimática 4, apresentando um clima quente, tropical semiúmido, com invernos secos e verões úmidos. A partir da observação de informações obtidas pelo CEPAGRI (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), nota-se que a temperatura média do ano todo é 23.2ºC, sendo que a temperatura média máxima dos meses de agosto a abril gira em torno de 30ºC. O índice pluviométrico é de 1422,5mm/ano, sendo o mínimo de 20,9mm, observado no mês de julho, e a maior concentração de chuva acontece nos meses de dezembro e janeiro com mais de 250mm por mês.

Av. Jer ôn im oG

ribeirão preto

N

Latitude 21º10’25” S Longitude 47º48’29”O

1/8


ESTUDO DO LOCAL

7

6

8

conceito e partido

9

5

áreas verdes

10

4 3 2 Córrego Retiro Saudoso

519m

519m

Com os desafios do planejamento urbano, 1 muitas vezes os equipamentos de lazer são insuficientes para a população ou de áreas verdes participação limitada, destinado a uma 1- Praça Luís de Camões pequena parcela da população e fazendo 523m parte 2- Parque Maurílio Biagi de uma “disputa de privilégios”. 3- Praça do Pronto Socorro 524m A privação de conteúdo cultural ou do 4- Praça das Bandeiras DE ARTE, MÚSICA E TEATRO 525mEQUIPAMENTOS entreterimento é visto como falta de efetividade 5- Praça XV de Novembro das políticas públicas que são destinadas a este setor. Infelizmente na política brasileira ainda 526m prevalece os interesses privados e soluções imediatistas, restringindo muitas vezes as 527m soluções 5 A partir de uma pesquisa da região, sobre os 4 3 528m equipamentos culturais localizados próximos 2 do quadrilátero central, foi percebido uma carência de espaços públicos na cidade 529m e apenas alguns equipamentos oferecem atividades próximas ao objetivo do projeto. O centro de educação sustentável, com 530ma missão social de integrar a sociedade, deve ser um lugar onde as pessoas possam se 531m manifestar ou expressar suas opiniões, criando um interesse na população em utilizar seus espaços. 1 Quarteirão

7 6

533m

1

9

529m 530m

10 11 12

531m 532m

87m 4.263m²

49m

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Rua Mariana Junqueira R

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533m

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Praça XV de Setembro

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perspectiva do lote de implantação 15

534m 0

100m

equipamentos culturais

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O projeto do Centro de Educação terá como proposta de linkar suas atividades com os programas já existentes nos equipamentos próximos, o centro será desenvolvido de forma que complemente as atividades, suprindo a necessidade de mais espaços públicos e oferecendo ambientes adequados para aprendizagem da sustentabilidade.

ari

1

9- Museu da Imagem e do Som 10- Auditório do Colégio Auxiliadora 11- Cinema CAUIM 12- TPC Curso de Teatro 13- Sala Marcos Caruso 14- Teatro Minaz 15- Auditório do Colégio Marista

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Rua Mariana Junqueira

1- Casa da Memória Italiana 2- Centro Cultural Palace 3- Teatro Pedro II e Auditório Meira Júnior 4- SESC Ribeirão Preto 5- MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto 6- Museu da 2a Guerra Mundial 7- Teatro Municipal de Riberão Preto 8- Teatro de Arena Dr Jaime Zeiger

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1) Centro Cultural Palace 2)Teatro Pedro II 3)Biblioteca Altina Arantes 4)SESC 5)MARP

Rua Duque de Caxias

8

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Rua Tibiriça

528m

Praça XV de Novembro

Av. Dr. Francisco Junqueira

Rua Álvares Cabral

525m 6- Praça Carlos Gomes 7- Prefeitura Municipal 526m 8- Bosque Zoológico Fábio Barreto 527m 9- Praça Sete de Setembro 10- Praça Salvador Spadoni

Paulista

532m

Terreno de Implantação

Rua Visconde do Rio Branco

524m

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relação com equipamentos próximos

523m

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equipamentos culturais

A implantação do edifício foi pensada de forma a criar uma relação com o entorno. O lote será aproveitado para criar novas formas de convívio aos usuários que por ali passam, desenvolvendo uma característica de pertencimento da cidade.

Ru

A vegetação do centro se concentra mais nas áreas de praças e parques, nas ruas em geral é notada a falta de árvores, fazendo com que as pessoas evitem circular nestas áreas em função do clima na cidade, onde a maioria dos dias do ano são ensolarados e muito quentes, trazendo desconforto aos usuários.

Tendo como referência os pontos históricos da cidade que estão próximos e as características do entorno, a proposta de um centro de educação sustentável teve como propósito a democratização do espaço, oferecendo áreas para estudos, ações sociais e aprendizado, promovendo mais opções de lazer e ampliando a bagagem cultural das gerações mais jovens. Com o intuito de transformar o desenvolvimento sustentável em uma prioridade no plano de desenvolvimento das cidades, a oferta de oportunidades de aprendizado será concedida de uma forma divertida, criando laços e espontaneamente promovendo o conhecimento, instruindo de forma imperceptível sobre técnicas sustentáveis que possam ser adotadas em outros locais. A integração entre a abordagem Ruaforam Marianaessenciais Junqueira para arquitetônica e urbana o projeto, considerando a relação do edifício R com todas as Rinterferências do bairro e da ua ua Ácidade. Ti em conta o grande fluxo lv Foi levado bi ar riç e a de scirculação nas proximidades, idealizando C ab o acesso ao lote possivel pelas três vias que o ra l circundam.

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diagrama de critérios sustentáveis

zoneamento

terreno - topografia do projeto Salas de Aula e Oficinas

Rua Ma

Teatro de Arena

6,00m

riana Ju

nqueira

Cascata

Espelho D’Água 5,20m

Área Administrativa

a

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1,50m

Ru

1,50m

5,00m

2,05m

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Pátio Central

re Álva Rua

2,40m

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Árvores Existentes no Lote Biblioteca e Auditório

Arquibancada 3,00m

Considerando os parâmetros urbanísticos para a ZUP – Zona de Urbanização Preferencial – e os condicionantes ambientais, os recursos naturais foram utilizados como aliados do projeto, afim de obter conforto ambiental e eficiência energética. A vegetação da rua Mariana Junqueira foi preservada e o jardim foi ampliado para abrigar melhor as árvores. A criação de caminhos e áreas verdes nos recuos e no centro do terreno foram destinados para o uso público, como uma continuidade da calçada, convidando os pedestres a adentrarem e circularem pelo lote. Além disso, o uso de vegetação ao redor do edifício auxilia no condicionamento térmico. A forma que compõe o edifício cria ambientes acessíveis e que se integram com o entorno, foi planejado um edifício dividido em dois volumes principais, que criassem diferentes espaços e aproveitassem sua relação com o exterior. Como o entorno possui edificações predominantemente baixas, sendo a maioria de até 2 pavimentos, foram pensados volumes com um gabarito de até 10 metros, a ideia é que a construção seja inserida na paisagem da forma mais natural possível.

O zoneamento foi pensado na forma com que os diferentes setores se relacionam e por onde os acessos poderão ser feitos. O programa foi dividido em três áreas principais, uma área administrativa, uma área de estudo e apresentações, e uma terceira área, onde as oficinas de criatividade e salas de aulas irão se concentrar. O acesso pode ser feito de forma livre inicialmente, por meio de diferentes caminhos e passarelas, restringindo a passagem dos pedestres apenas para espaços privados e administrativos. Como é o caso das salas de aula e oficinas de criatividade, onde o acesso é realizado apenas através da administração no pavimento térreo. O projeto do Centro Sustentável tem como proposta um pátio aberto no centro do lote, onde exposições e manifestações serão bemvindas. A criação de diversas possibilidades de percurso faz com que quem esteja passando seja convidado a observar diferentes perspectivas.

setorização

O projeto foi pensado de forma a aproveitar a topografia existente, a inclinação natural do terreno foi favorável para a implantação do teatro de arena, assim como a criação de níveis que se adaptam ao terreno natural.

hierarquização dos alvos ambientais aqua-hqe Eco-construção 1

Relação do edifício com o seu entorno

2

Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos

3

Canteiro de obras responsável / canteiro de obras com baixo impacto ambiental

nível MP BP B

Eco-gestão 4

Gestão de energia

5

Gestão de água

6

Gestão dos resíduos / gestão dos resíduos de uso e operação do edifício

7

Gestão da conservação e manutenção / manutenção - permanência do desempenho ambiental

BP BP BP BP

Conforto Salas de Aula e Oficinas

8

Conforto higrotérmico

9

Conforto acústico

10 Conforto visual Área Administrativa

11 Conforto olfativo

MP BP MP B

Saúde Pátio Central

12 Qualidade dos espaços / qualidade sanitária dos ambientes 13 Qualidade sanitária do ar 14 Qualidade sanitária da água

Biblioteca e Auditório

BP BP B

Visando a produção de uma edificação dotada de recursos minimizadores de danos ambientais, foram utilizados no projeto os parâmetros do selo AQUA-HQE como instrumentos de avaliação de desempenho quanto à sustentabilidade.

MP: Melhores Práticas BP: Boas Práticas B: Base

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sombreamento do terreno solstício de verão - 21/12 14:00 hrs riana Ju

biblioteca e auditório 103,4 BTU/sq ft

313,5 BTU/sq ft

11,2 BTU/sq ft

12,15 BTU/sq ft

Muro de Arrimo de Concreto

37,8 BTU/sq ft

178 BTU/sq ft

313,5 BTU/sq ft

203,8 BTU/sq ft

111,3 BTU/sq ft

Estrutura LSF

Vigas e Pilares em Aço

Revestimento Painéis de Madeira

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Cobertura Verde

área administrativa e oficinas

riana Ju

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biblioteca e auditório 192,5 BTU/sq ft

Rua Ma

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sistema estrutural light steel frame

insolação na envoltória

17:00 hrs

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ESTUDO SOLAR

171,9 BTU/sq ft

Rua Ma

Ru a

Tendo como objetivo possibilitar uma educação de sustentabilidade para todos, o projeto do centro de educação sustentável deve servir como um exemplo, demonstrando de forma prática algumas técnicas e soluções de aprimoramento sustentáveis. Por ser uma obra com consciência ecológica, a escolha integrada de processos construtivos

que acontecem no interior, conduzindo a um interesse e possibilidade de interação. Além disso, as aberturas exploram o uso da iluminação natural nas fachadas onde a incidência solar é menor. De acordo com a localização, a fachada Sul é a que recebe menos incidência solar.

iça

é fundamental, a procedência dos materiais utilizados na obra devem ser demonstrados, assim como todas as práticas sustentáveis adotadas no projeto do edifício, que serão demonstradas e exemplificadas no projeto. A forma do edifício foi pensada a partir de um estudo solar, de forma a aproveitar as áreas com iluminação natural e minimizar as áreas expostas à radiação direta. As aberturas foram projetadas de forma que permitissem aos pedestres na rua observar as atividades

Tib ir

Ações sustentáveis

Foi utilizado o aço como material principal do sistema construtivo, gerando menos resíduos, para a estrutura dos volumes foram projetados pilares e vigas de aço, junto ao sistema de light steel frame (LSF), uma estrutura simples e de execução rápida, feita a partir da montagem de materiais pré-fabricados. No steel frame foram utilizadas peças de dimensões 0,60mx1,20m como montantes, sendo possível dinamizar o projeto no futuro, ampliando ambientes existentes ou criando mais espaços. Esse tipo de sistema possibilita também a reciclagem do aço em caso de desconstrução. Para o tratamento acústico e térmico foi utilizado uma camada de lã de vidro, material incombustível e de facil manuseio. Para o revestimento externo foram utilizados painéis de madeira ecológica, incorporando a fachada e provocando uma aparência mais viva ao edifício. As placas de gesso acartonado realizam o fechamento nos ambientes internos e ainda podem receber outro revestimento como pintura, papel de parede etc.

detalhe camadas steel frame

14,84 BTU/sq ft

175,2 BTU/sq ft

4

86,93 BTU/sq ft

5 Painéis Solares

11,87 BTU/sq ft

No diagrama acima é possível observar as formas projetadas na localização específica, demonstrando em quais superfícies da envoltória do edifício a insolação é maior para o mês de dezembro. O edifício foi projetado de forma com que os ambientes de baixa permanência ficassem dispostos nas áreas mais críticas, e os ambientes de longa permanência em áreas mais privilegiadas. Para as superfícies da cobertura, onde a insolação é maior, foram previstas soluções e técnicas sustentáveis como a utilização isolantes térmicos, uma cobertura verde, o uso de telha sanduíche, placas fotovoltaicas e presença de ático (vão entre telhado e forro).

O diagrama demonstra os volumes projetados na localização específica, sendo possível observar em quais superfícies da envoltória do edifício a insolação é maior. Os valores de pico (em BTU/sq ft) indicados são resultados do estudo para o mês de dezembro.

0

3

160,1

7 8 9

2 Vigas e Pilares em Aço

Valores de pico (em BTU/ sq ft) BTU/sq ft

6 Telha Sanduíche

ESTUDO SOLAR

128,7 BTU/sq ft

Clarabóia

10

Caixas D’Água

1 320,1

inércia térmica O volume da biblioteca e auditório foi desenvolvido com ambientes semienterrados, para que possuíssem temperaturas mais agradáveis tanto no verão quanto no inverno. A elevada inércia térmica da edificação faz com que a temperatura interna apresente uma defasagem e um amortecimento em relação ao externo.

Estrutura LST

área administrativa e oficinas

Revestimento Painéis de Madeira

1- Gesso Acartonado 2- OSB 3- Lã de Vidro 4- Estrutura LSF 5- OSB 6- Membrana (Barreira Hidrófuga) 7- EPS 8- Malha de Fibra de Vidro 9- Base Coat 10- Revestimento Madeira

4/8


laje metálica O aço e concreto incorporados em um único elemento estrutural compõem a laje mista ou steel deck, sistema construtivo que utiliza uma fôrma de aço galvanizado, essa chapa composta por perfis é incorporada a uma laje de concreto moldada in loco, economizando materiais e mão de obra.

Telha Metálica

Rufo

4 3 Camada Impermeabilizante Laje Pré Moldada Viga de Aço Parede

2 1

1- Viga de Aço 2- Fôrma de Aço Perfilada 3- Armadura 4- Concreto Estrutural

corte aa - área administrativa e oficinas telhado vegetado intensivo

Telha Metálica

7 5 4

6

3 2 1 1- Laje Pré Moldada 2- Faixa Impermeável 3- Faixa Drenante 4- Faixa Filtrante

5- Membrana de proteção contra as raízes 6- Terra Argilosa Seca 7- Vegetação

corte bb - área administrativa e oficinas Na cobertura da biblioteca será utilizado o telhado verde, que contribui para um menor aquecimento dos ambientes internos e possibilita a plantação de vegetação na cobertura. A proposta para o telhado verde será do tipo Intensivo, o qual comporta plantas de nível médio a grande, sustentando uma carga entre 180kg/m² e 500 kg/m². Propondo um local de interação, contemplação e plantio de horta, incentivando a educação sustentável.

Clarabóia Rampa de acesso para salas de aula e oficinas

identificação cortes

Caixas D’Água

B A B A

Telhado Vegetado Intensivo

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cobertura de bambu e um l Vo s do cina o ra fi Aç tu s O u m tr a Es d iga e V

Vão na cobertura Painél de Policarbonato Estrut

ura em

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Bamb

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Aço

Pilar Árvore em Aço

A cobertura de bambu é como uma trama que conecta os dois volumes principais, abrigando o pátio central e criando uma sensação de leveza e movimento ao projeto. A estrutura será feita a partir da ligação de peças de bambu, material disponível em grandes quantidade, sustentável e resistente. Para a conexão do bambu foi previsto um sistema de encaixe com peças de aço, que permite a facil manutenção, podendo substituir as peças quando necessário sem depender da modificação de toda a estrutura. Além disso, serão instaladas mangueiras de PVC na estrutura, contendo bicos aspersores para nebulização de água em alta pressão, auxiliando na climatição dos espaços, por estar externa à estrutura, não comprete a resistência do bambu. O uso de placas de policarbonato permite uma melhor transmissão da luz natural, o seu ótimo índice de reflexão ajuda a reduzir a transmissão do calor e bloqueia os raios UV. Leves e fáceis de instalar, as placas foram acopladas no topo da estrutura, sendo que em alguns locais foram deixados vãos para viabilizar a ventilação.

passarelas suspensas As pessoas são capazes de caminhar não apenas ao redor dos volumes, mas por cima e através deles, experimentando perspectivas diferentes do terreno. A possibilidade de caminhos e acessos geram diferentes surpresas para o pedestre e uma mudança da paisagem urbana. Foi projetada uma passarela de aço e madeira laminada, que conecta os espaços, por baixo dela há um caminho acompanhado por espelhos d’água, com fechamento também em bambu, permitindo que esses espaços possam acolher exposições relacionadas ao tema da sustentabilidade.

resfriamento evaporativo

Módulo da cobertura de bambu

Um sistema de resfriamento evaporativo foi criado a partir dos espelhos d’água e mangueiras com aspersores, resfriando o ar pelo processo de evaporação e beneficiando na diminuição da temperatura e aumento da umidade do ar. Isso pode potencializar as correntes de convecção forçando o ar resfriado por aberturas voltadas para o pátio.

1

2

4 3

5

acústica 1- Placa de policarbonato 2- Peça de bambu 3- Peça de encaixe em aço 4- Mangueira de PVC 5- Aspersor de Água

A utilização de árvores de grande porte serve para amenizar a reprodução do som, gerada tanto da rua, quanto do pátio central. Foi implantada vegetação nos recuos ao redor do edifício, assim como nos jardins e no telhado verde, já as fachadas foram compostas por painéis de madeira, colaborando de forma a minimizar a propagação do som. Para os ambientes internos, onde é preciso uma barreira acústica mais eficiente, foi empregada a lã de vidro no núcleo da estrutura, evitando a tranferência das ondas sonoras entre os espaços.

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planta térreo

acesso salas de aula

1- Administração: 39m² 2- Sala dos Professores: 17m² 3- Sanitário: 6m² 4- Sala de Reunião: 13m² 5- Diretoria: 12m² 6- copa: 11m² 7-Acervo e Reserva Técnica: 22m² 8- DML: 7m² 9- Centro de Coleta de Reciclados 10- Espelho D’Água 11- Reservatório Água de recepção 12- reservatório água de passagem 13- reservatório água filtrada 14-cascata espelho d’água 15- Bicicletário 16- Arquibancada 17- Teatro de Arena 18- Biblioteca: 122m² 19- wc bibliot, e audit.: 7m² 20-foyer: 22m² 21-Auditório: 106m² 22-área de convivência 23-pátio central

Parede Verde

15

S

10

3,00m

S

10

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1,50m

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2,05m

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pátio central

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22 11

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2,85m

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S

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cobertura verde 5

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4,16m 4

planta 1º pavimento

3,00m

S

S

4,24m

6

1- Sala de Aula: 25m² 2- oficina: 25m² 3- Sanitários: 9m² 4- Passarela suspensa 5- Cobertura Verde: 320m² 6- Horta Comunitária 7- Caixa D’Água 8- relógio solar

4,20m

5 1,50m

5,50m

S S

6

3 7 3

S

1 5,15m

S

2 2,85m

2,45m

2

cálculo de áreas

7

1

2

Setor Adiministrativo

vista mariana junqueira

S

2

2

227m²

legenda cores

S

8 S

S S

5,20m

6,00m

S

5,20m

Salas de Aula e Oficinas

406m²

Biblioteca e Auditório Passarela Pátio Central - Cobertura Bambu

269m² 164m² 1060m²

área total construída

2.392m²

Rua Mariana Junqueira 0

5

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15

20

25

circulação uso público uso privado jardim espelho d’água passarela

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implantação

educação sustentável Por ser um projeto voltado para o ensino da consciência ambiental, no programa foram previstas salas de aula e oficinas, onde os usuários do centro podem experienciar práticas sustentáveis. Serão oferecidas atividades que podem ser realizadas com o intuito de incentivar o aprendizado de técnicas. Alguns exemplos de práticas simples podem ser aulas de como fazer sabão, oficina de culinária para educar sobre a reutilização de alguns alimentos que são jogados fora, geração de adubo caseiro e aulas educativas que produzam materiais úteis para o dia-a-dia. As atividades diversificadas podem atuar de maneira interdependentes, simultâneas e multidisciplinares. Além das aulas, serão utilizados mobiliários que inspirem práticas de preservação do meio ambiente. Foram implantados pelo terreno lixeiras seletivas, bicicletários, um relógio solar, horta comunitária, etc.

Vãos na Cobertura

Cobertura Telha Metálica Sanduíche

piso drenante

Painéis Fotovoltaicos

Placas de Policarbonato

Clarabóia

Será utilizado, além das áreas permeáveis, os pisos drenantes, permitindo a vazão da água e reduzindo a possibilidade de enchentes. Esse sistema de drenagem colabora para uma maior captação da água das chuvas, armazenando toda a água em reservatório para reúso posterior. O piso será instalado através de placas modulares drenantes, formadas por um composto de poliuretano que funciona como uma supercola para unir agregados, que podem ser pedras e cascalhos, por exemplo. Apesar de ser composto por placas, esse sistema cria superfícies uniformes, resistentes e duráveis, suportando o fluxo intenso de pedestres e favorecendo a acessibilidade.

2 1

1

Piso Drenante

ciclo da água

1-Reservatório de Recepção 2-Reservatório de Passagem 3-Reservatório de Água Filtrada

A região do centro de Ribeirão Preto é bem dotada de infraestrutura urbana, toda a água de abastecimento vem de um imenso reservatório de águas subterrâneas chamado Aqüífero Guarani, de onde é extraída pelo Daerp (Departamento de Águas e Esgotos de Ribeirão Preto) através de poços tubulares profundos. No projeto do centro de educação sustentável o uso da água potável foi minimizado através do reuso de águas cinzas e águas pluviais.

corte cc

Captação

Ventilação Natural

8,35m

Reservatório de Recepção Sistema de Tratamento Reservatório de Passagem

6,50m 5,20m 4,24m

Espelhos D’Água

4,20m

Filtragem

1,50m

Geotermia

Águas Cinzas

Geotermia

5

0

ventilação natural

3

0

5

10

10 15

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15 20

25

25

Em Ribeirão Preto, há um fator favorável no posicionamento de aberturas, as mesmas fachadas que são mais favoráveis do ponto de vista da insolação, como a Leste, Sul e Sudeste, são as mais favoráveis do ponto de vista da ventilação também. O fluxo de ar interno foi determinado pela posição das aberturas de entrada com relação ao exterior e das aberturas de saída com relação a corrente de ar interna.

geotermia O sistema de geotermia foi implantado através de uma serpentina enterrada no solo, a tomada do ar subterrêneo, independente de sistemas de condicionamento, resulta em redução da temperatura interna da edificação, esta tecnologia gera um ar “fresco”, que induzido por um duto, é insuflado nos ambientes para promover tanto a renovação do ar quanto o conforto térmico.

Filtragem e Retirada de Sabão Reservatório de Recepção

A água pluvial é captada por meio das coberturas e piso drenante, toda água captada e as águas cinzas são encaminhadas através de bombas para reservatórios de recepção subterrâneos. Destes reservatórios de recepção a água passa por um sistema de tratamento específico, onde é tratada para reuso e armazenada no reservatório de passagem. A partir do reservatório de passagem a água é direcionada pelos espelhos d’água, onde posteriormente passa por filtros de areia e dosagem de hipoclorito e é armazenada no reservatório de água filtrada. Seu destino final é a distribuição para abastecimento dos vasos sanitários e torneiras de lavagem (áreas técnicas).

Filtros Reservatório de Água Filtrada

Distribuição

8/8


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