TFG Arquitetura e Urbanismo - Centro de Educação Sustentável by Mariana Ricciardi Peres

Page 1

de

C ent rO e du cação s u s t e n t ável Mariana ricciardi peres



MARIANA RICCIARDI PERES

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda – Ribeirão Preto, como exigência parcial para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Orientadora: Maria Lídia Guimarães

RIBEIRão preto 2018



agradecimentos Agradeço a todos que me apoiaram e me impulsionaram nesses anos, reconhecendo e incentivando minha dedicação ao trabalho. Aos meus pais que sempre investiram na minha educação, sempre terei imensa gratidão por essa oportunidade. Aos meus amigos e amigas queridos, companheiros de jornada, que sempre me apoiaram e me auxiliaram, foram muitos momentos compartilhados, sempre vou sentir orgulho pelas amizades que construi pelo caminho. A todos meus professores, que se dedicaram no meu aprendizado, que me aconselharam e me inspiraram durante o curso, em especial a minha orientadora que sempre me guiou da melhor forma e me enconrajou para sempre buscar pelo melhor resultado. Muito obrigada!



resumo A partir do estudo da região urbana de Ribeirão Preto, será desenvolvido o projeto de um centro de educação sustentável, localizado no quadrilátero central. Com o intuito de transformar a sustentabilidade em uma prioridade no plano de desenvolvimento das cidades, o projeto terá como foco a educação, prevendo um espaço que contribua para fomentar, difundir e estimular as práticas sustentáveis. O estímulo do envolvimento da população com o projeto faz com que se crie uma integração entre as pessoas, implicando em um processo de redemocratização e acessibilidade do espaço público. A busca por uma construção eficiente e que gere menor impacto ambiental foi desenvolvida após o estudo de sistemas de avaliação da sustentabilidade. Para projetar um edifício sustentável foi utilizado como metodologia o selo AQUA-HQE, o qual permite a definição de parâmetros ambientais e comprovação de desempenho da construção. Palavras-chave: Sustentabilidade; Educação; Espaço Público; Selo AQUA-HQE.


lista de figuras figura 1.1. quarteirão paulista figura 1.2. calçadão de ribeirão preto figura 3.1. selo aqua-hqe figura 3.2. gráfico número de selos certificados figura 4.1. centro cultural são paulo figura 4.2. centro cultural cbd figura 4.3. projeto vencedor “casa da sustentabilidade” figura 5.1.1. entorno do centro cultural são paulo figura 5.1.2. implantação figura 5.1.3. relação do edifício e a calçada figura 5.1.4. planta teatro piso 801 figura 5.1.5. planta sala piso 801 figura 5.1.6. planta piso 806 figura 5.1.7. planta piso 810 figura 5.1.8. vista do interior com fechamentos de vidro figura 5.1.9. laje jardim figura 5.1.10. rampas de acesso figura 5.1.11. horta comunitária figura 5.2.1. pavilhão no museu de kimbell figura 5.2.2. relação entre o museu e o pavilhão figura 5.2.3. estrutura da cobertura figura 5.2.4. implatação figura 5.2.5. nível subterrâneo figura 5.2.6. nível térreo figura 5.2.7. cobertura translúcida figura 5.2.8. fachada de vidro figura 5.2.9. uso nível subterrâneo figura 5.2.10. uso nível térreo figura 5.2.11. exposição figura 5.2.12. planta do auditório figura 5.2.13. placas acústicas figura 5.2.14. circulação e acessos figura 5.2.15. acesso ao auditório figura 5.2.16. hall de entrada figura 5.2.17. passagem interna

16 figura 5.3.1. centro cultural el tranque 38 16 figura 5.3.2. entorno do centro 38 figura 5.3.3. implantação 38 23 figura 5.3.4. pilares 38 25 figura 5.3.5. conceito 38 figura 5.3.6. primeiro pavimento 39 28 figura 5.3.7. segundo pavimento 39 29 figura 5.3.8. praça central 39 29 figura 5.3.9. estrutura metálica 39 figura 5.3.10. corredor superior 39 31 figura 5.3.11. primeiro pavimento - usos 40 31 figura 5.3.12. segundo pavimento - usos 40 31 figura 5.3.13. circulação e acessos 40 32 32 figura 6.1. mapa de ribeirão preto 43 32 figura 6.2. mapacentro de ribeirão preto 43 32 figura 6.3. mapa localização das vias principais e áreas verdes 44 33 figura 6.4. pixação na fachada do museu 45 33 figura 6.5. localização dos equipamentos culturais 45 33 figura 6.6. museu da imagem e do som 46 33 figura 6.7. museu da segunda guerra mundial 46 figura 6.8. teatro de arena 46 34 figura 6.9. teatro pedro ii 46 34 figura 6.10. centro cultural palace 46 34 figura 6.11. casa da memória italiana 47 34 figura 6.12. museu de arte de ribeirão preto 47 35 figura 6.13. sala marcos caruso 47 35 figura 6.14. teatro minaz 47 35 figura 6.15. auditório auxiliadora 47 35 figura 6.16. teatro municipal 47 36 figura 6.17. auditório marista 47 36 figura 6.18. cinema cauim 47 36 figura 6.19. tpc curso de teatro 48 36 figura 6.20. sesc ribeirão preto 48 36 37 figura 7.1. foto terreno 1 50 37 figura 7.2. foto terreno 2 50 37 figura 7.3. diagrama terreno 50 37 figura 7.4. foto terreno 3 50


figura 7.5. foto terreno 4 figura 7.6. foto terreno 5 figura 7.7. mapa topográfico figura 7.8. mapa figura fundo figura 7.9. mapa uso do solo figura 7.10. mapa gabarito figura 7.11. mapa transporte público figura 7.12. foto ponto de ônibus figura 7.13. mapa hierarquia viária física figura 7.14. mapa hierarquia viária funcional figura 7.15. gráfico meios de transporte

50 50 51 51 52 52 53 53 53 53 53

figura 8.1. diagrama terreno de implantação figura 8.2. foto interior do lote figura 8.3. temperaturas médias e precipitação figura 8.4. diagrama condicionantes

figura 11.15. camadas laje metálica figura 11.16. perspectiva 4 figura 11.17. campo de visão da perspectiva 4 figura 11.18. camadas cobertura verde figura 11.19. módulo da cobertura de bambu figura 11.20. estrutura da cobertura de bambu figura 11.21. perspectiva 5 figura 11.22. passarela suspensa figura 11.23. campo de visão da perspectiva 4 figura 11.24. perspectiva 6 figura 11.25. campo de visão da perspectiva 6 figura 11.26. perspectiva 7 55 figura 11.27. diagrama ciclo da água 55 figura 11.28. campo de visão da perspectiva 7 56 57

figura 9.1. carta solar para latitude 21º10’S figura 9.2. dimensões do lote figura 9.3. imagens sombreamento no terreno figura 9.4. mapa equipamentos próximos figura 9.5. desenhos partido figura 9.6. zoneamento geral figura 9.7. fluxograma

59 60 60 61 61 62 62

figura 11.1. perspectiva 1 figura 11.2. perspectiva 2 figura 11.3. topografia do projeto figura 11.4. setorização figura 11.5. estudo solar 1 figura 11.6. estudo solar 2 figura 11.7. camadas do steel frame figura 11.8. estrutura da biblioteca e auditório figura 11.9. estrutura área administrativa e oficinas figura 11.10. corte aa figura 11.11. corte bb figura 11.12. identificação cortes figura 11.13. perspectiva 3 figura 11.14. campo de visão da perspectiva 3

68 68 69 69 70 70 71 71 72 73 73 73 74 74

74 75 75 75 76 76 77 77 77 78 78 79 79 79


lista de tabelas tabela 01- alvos do selo aqua-hqe

24

tabela 02- quadro resumo dos projetos analisados

41

tabela 03- parâmetros urbanísticos

56

tabela 04- matriz de análise do método addenda tabela 05- hierarquização dos alvos hqe

65 66



SUMÁRIO INTRODUÇÃO

12

JUSTIFICATIVA

13

OBJETIVOS E METODOLOGIA

14

01 cENTROS URBANOS 1.1. Espaços Públicos

15 17

02 desenvolvimento e construção sustentável

22

03 selo aqua-hqe

3.1. Avaliação do Selo Aqua 3.2. Atuação do Selo Aqua no Brasil

04 educação sustentável 4.1. integração

05 leituras projetuais

5.1. centro de cultura são paulo 5.2. pavilhão no museu de arte de kimbell 5.3. centro cultural el tranque 5.4. quadro resumo dos projetos analisados

06 centro de ribeirão preto 6.1. equipamentos culturais

07 área de intervenção

7.1. situação atual do lote 7.2. levantamento do entorno

08 condicionantes do projeto

8.1. terreno de implantação 8.2. condicionantes ambientais 8.3. condicionantes legais 8.4. diagrama síntese dos condicionantes de projeto

19 24 25 27 29 30 31 34 38 41 42 45 49 50 51 54 55 56 56 57


09 desenvolvimento da proposta

9.1. foco em atividades sustentáveis 9.2. Orientação Solar 9.3. relação com equipamentos próximo 9.4. conceito e partido 9.5. organização das atividades

10 alvos ambientais do selo aqua-hqe

10.1. alvos ambientais x parâmetros do projeto 10.2. hierarquização dos alvos AQUA-HQE

11O PROJETO

58 59 59 61 61 62 63 65 66

11.1. topografia do projeto 11.2. setorização 11.3. estudo solar 11.4. sistema estrutural light steel frame 11.5. laje metálica 11.6. telhado vegetado intensivo 11.7. cobertura de bambu 11.8. passarelas suspensas 11.9. resfriamento evaporativo 11.10. planta térreo 11.11. planta primeiro pavimento 11.12. implantação 11.13. corte cc

67 69 69 70 71 74 75 76 77 78 81 83 85 87

REFERÊNCIAs

89

ANEXOS

92


introdução Pretende-se abordar a importância de espaços públicos na cidade que incentivem a democratização das atividades, onde a “educação seja acessível a todos”. Neste trabalho será apresentado a proposta de um centro de educação sustentável no centro urbano de Ribeirão Preto, oferecendo locais de encontro das diferenças e do convívio coletivo, que gerem uma miscigenação da população. A decisão do projeto foi feita a partir da percepção da falta de lugares de convivência abertos à comunidade, onde os moradores se sintam convidados para conhecer e participar das atividades. Esse trabalho tem como intuito ser destinado a todas as classes sociais, projetando um espaço onde as pessoas possam se expressar e manifestar suas opiniões, promovendo o desenvolvimento social. Com o intuito de transformar a sustentabilidade em uma prioridade no plano de desenvolvimento das cidades, o projeto terá como foco a educação, prevendo um espaço que contribua para fomentar, difundir e estimular as práticas sustentáveis, propondo a integração através de cursos, palestras, oficinas e workshops. A proposta do edifício ser sustentável surgiu a partir do trabalho de iniciação científica “Sistemas de Avaliação de Sustentabilidade: Certificações Adotadas no Brasil”, realizada pela autora. O estudo foi baseado na certificação LEED, no selo AQUA-HQE e na etiqueta PBE Edifica, sendo escolhido como fonte de metodologia para o projeto do centro de educação o selo AQUA-HQE. Visando a produção de uma edificação dotada de recursos minimizadores de danos ambientais, serão considerados parâmetros do selo desde o projeto, como por exemplo a avaliação do desempenho da edificação de acordo com a zona bioclimática, escolha de materiais adequados e a construção em si. A partir do estudo da região urbana e de como os espaços públicos são criados nas cidades, foi feito o levantamento dos aspectos sociais, ambientais e legais do quadrilátero central de Ribeirão Preto, foi analisado o papel dos equipamentos culturais e sua importância na identificação e desenvolvimento de uma comunidade.

14


justificativa O programa deve atuar como um multiplicador de questões relativas à sustentabilidade, tendo como finalidade a oportunidade de educação sustentável e o envolvimento da sociedade com o projeto. O estímulo do desenvolvimento de conexões dos moradores com a cidade faz com que se crie uma integração entre as pessoas, implicando em um processo de redemocratização e acessibilidade do espaço público. A proposta de um edifício sustentável é importante para o desenvolvimento de um senso de responsabilidade e consciência ambiental da população. Além de ser apresentado novas tecnologias, que possam ser utilizadas em projetos posteriores. A pesquisa será fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e conscientização sobre o tema de sustentabilidade no projeto de arquitetura. A escolha do selo AQUA-HQE teve como base seu método de avaliação, por ser feito a partir do uso de parâmetros para a comprovação de desempenho da construção. O selo AQUA apoia-se sobre os três pilares do desenvolvimento sustentável: ambiental, social e econômico. A abordagem ambiental é definida como um auxílio, permitindo ao arquiteto integrar soluções na concepção do projeto, visando o longo prazo da construção. A intenção de criar um edifício público com menor custo de manutenção teve como propósito evitar a deterioração do edifício e incentivar o uso efetivo do espaço. Manter sempre a qualidade e manutenção dos espaços é imprescindível, criando um ponto de referência na cidade e modificando a identidade do local positivamente, além de evidenciar o aproveitamento de áreas com infraestrutura préexistente e ocupação de um vazio no centro.

15


objetivo geral Projetar um centro que tenha como metodologia o selo AQUAHQE, desenvolvendo um programa que proporcione a democratização do espaço e oportunidade de educação sustentável, utilizando como local de estudo um vazio urbano, que propõe o reconhecimento do centro de Ribeirão Preto.

objetivos específicos • Contribuir para o reconhecimento de construções de menor impacto ao meio ambiente. • Utilizar estratégias de projeto que tenham como objetivo a eficiência energética e aproveitamento de recursos naturais. • Atender aos requisitos mínimos de desempenho propostos pelas normas do selo AQUA-HQE. • Promover a reestruturação da paisagem urbana, atendendo à legislação do município de Ribeirão Preto. • Propor um espaço de lazer, contemplação e oportunidade de educação sustentável.

metodologia Foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica, com a proposta de levantar conhecimentos, afim de sustentar o desenvolvimento do projeto do Centro de Educação Sustentável. Foram feitas pesquisas em livros, teses e artigos que abordem o tema centros culturais e a importância de ocupação dos vazios nos centros urbanos, além de documentos encontrados e sugeridos sobre o selo de sustentabilidade AQUA-HQE. Além disso, serão utilizadas algumas pesquisas em sites e manuais específicos de etiquetagem, palestras e reportagens que auxiliem no entendimento sobre o assunto. A caracterização da área de intervenção foi feita a partir de levantamento de dados e análises. Foram utilizadas também projetos de referência, observando quais soluções seriam apropriadas para a área.

16


01


01 centros urbanos A urbanização vem aumentando significativamente nas últimas décadas, com o aumento das cidades e o surgimento de novas. Em 2007, quando mais da metade da população mundial passou a viver nas cidades (AsBEA, 2012), nos transformamos efetivamente em um planeta urbano. Os núcleos centrais das cidades são o princípio de tudo, contam a história de origem de uma cidade e seu desenvolvimento. É fundamental o reconhecimento de sua importância, já que os centros possuem valor simbólico e funcional, onde estão localizados lugares de compra, serviço, trabalho, residências e equipamentos públicos. Em Ribeirão Preto, os edifícios que possuem valor histórico, assim como os conjuntos arquitetônicos e praças mais antigas, se concentram no quadrilátero central, edifícios de acervo histórico e cultural como o Edifício Diederichsen, a Biblioteca Altino Arantes, o Palacete Camilo de Matos, o Museu de Arte de Ribeirão Preto – MARP, o SESC, Biblioteca Padre Euclides, UGT, além do “Quarteirão Paulista” (Figura 1.1.), formado pelo Edifício Meira Junior, o Teatro Pedro II e o Hotel Palace. Além da quantidade de pontos históricos, o centro é um local onde se observa a mistura de pessoas de toda a cidade, no calçadão de Ribeirão Preto (Figura 1.2.), por exemplo, é possível observar uma dinâmica de atividades na rua, pessoas conversando, lendo jornal, ouvindo música, contemplando o movimento, passeando, sozinhas ou em grupos.

Figura 1.1. Quarteirão Paulista. Foto: Carolina Simon. Fonte: http://patrimonioribeirao.blogspot.

com.br/2013/04/quarteirao-paulista-tombamento.html

18

Figura 1.2. Calçadão de Ribeirão Preto. Fonte: GoogleMaps.

Apesar de sua importância histórica e econômica, muitos centros urbanos hoje são o retrato do abandono, descaso e decadência. No caso de Ribeirão, a área central vem sofrendo um processo de grande desvalorização nos últimos anos. Os lugares onde a população não utiliza mais ou deixa de frequentar por razões de segurança ficam cada vez mais degradados. É possível observar uma concentração maior de imóveis subutilizados e deteriorados nas construções próximas às avenidas


Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves. Consequentemente esses lugares de abandono são rejeitados, perdendo seu valor e trazendo insegurança aos indivíduos que por ali passam. Nota-se o deslocamento de moradores para outros setores da cidade, esse processo de migração dos antigos moradores para outros bairros provoca o esvaziamento do centro. Como resultado, muitos edifícios ficam sem uso e também surgem os “vazios” urbanos. Desconsiderando os locais da cidade que já possuem infraestrutura, muitos lotes sem ocupação são transformados em estacionamentos, já que os edifícios existentes, de forma geral, não possuem garagem. Nesse sentido, observamos, que alguns “miolos” de quadras e edifícios estão sendo demolidos ou reformados para atender esta demanda de carros. Os imóveis localizados na área central da cidade de Ribeirão Preto devem ser preservados e valorizados, e não abandonados. A qualidade dos espaços públicos no centro urbano ocasiona em um aumento de pedestres transitando pelas ruas, um espaço bem feito deve transmitir esse sentimento de pertencimento ao usuário, produzindo áreas opcionais de utilização, estabelecendo um sentimento e noção de “casa”, onde as pessoas se apropriam e cuidam do espaço. É fundamental a criação de espaços públicos que ofereçam qualidade, locais mais “vivos”, com movimento de usuários, quanto maior o número de pessoas utilizando um espaço, consequentemente isso gera mais segurança, além de transformar em uma área mais atrativa.

1.1. Espaços Públicos Um espaço projetado pode ser estipulado como público ou privado dependendo do grau de acesso, há ainda os espaços intermediários, áreas de transição entre espaços público e privado. Para as pessoas terem o entendimento de onde é permitida sua entrada, fica a critério da sinalização utilizada, o uso de materiais, cores e luz podem determinar caminhos ou limites. Os conceitos de “público” e “privado” podem ser interpretados como a tradução em termos espaciais de “coletivo” e individual”. Num sentido mais absoluto, podemos dizer que público é uma área acessível a todos a qualquer momento (HERTZBERGER, 1996). Os seres humanos constroem cidades e vivem em conjunto, organizados em complexas comunidades, mas nem sempre essa proximidade de moradia entre as pessoas é igualmente vista como proximidade de contato. Apesar das cidades possuírem um número abundante de habitantes, o individualismo é cada vez maior, cada indivíduo possui um hábito, rotina e comportamento diferente, são poucas as pessoas que conhecem sua comunidade ou tem uma relação com o lugar em que vivem.

A obtenção de vínculos entre o povo, apesar de ser algo positivo, ainda é inalcançada por grande parte. Devemos repensar o conceito de público na sociedade contemporânea, deve-se levar em conta questões como o uso da tecnologia e das redes sociais que podem se transformar em um vício, algo que as pessoas ficam dependentes e se esquecem de conviver no mundo real, com as pessoas perante a sociedade. Os espaços públicos devem tentar quebrar essa barreira do mundo virtual para trazer as pessoas de volta, fazendo com que se encontrem pessoalmente, se desconectem por um momento, troquem ideias e tenham um momento de descanso. A falta de segurança e ausêndia de manutenção do espaço intensiva o isolamento das pessoas, que pode ser refletido até mesmo na arquitetura, em edifícios que não se relacionam com seu entorno, hoje é muito comum construções se fecharem atrás de muros, ignorando a capacidade que a arquitetura possui de oferecer espaços qualificados para a cidade. Isso é ainda mais agravado com a ocorrência da segregação social, excluindo a população de classe mais baixa e ficando evidente a divisão física no mapa das cidades. Na cidade de Ribeirão Preto, cresce o número de condomínios fechados, a maioria concentrada na zona sul, onde cresce a valorização de imóveis. Enquanto isso, outras regiões da cidade são esquecidas e desvalorizadas, muitas atividades de lazer acabam sendo exclusivas a uma pequena parte da população em virtude de fatores econômicos, barreiras como a situação financeira ou dificuldade de deslocamento. Como opção de lugar para encontros, foram estabelecidos os shoppings, locais que na cidade contemporânea passaram a ser os novos espaços de convívio, por causa da falta de espaços públicos adequados na cidade. Porém não é um lugar acessível para todos, é uma propriedade privada, um espaço controlado e que tem como objetivo apenas o consumo. Mesmo que aberto ao público, os shoppings selecionam seus consumidores a partir de um status social e parte da população se sente bloqueada, até mesmo práticas como racismo e preconceito podem ser presenciadas nesse ambiente. Faltam mais espaços aberto ao público na cidade, locais de encontro das diferenças e do convívio coletivo, que gerem uma miscigenação da população e seja destinado a todas as classes sociais. A ocupação de regiões pode ser ampliada com o comprometimento dos moradores com a cidade, o envolvimento na elaboração e participação de uma atividade pode ser uma alternativa para a criação de relações sociais e formação de vínculos entre os moradores e com o local onde vivem. Os edifícios devem promover uma interação com seu entorno, a partir do momento em que uma cidade oferece atividades que acolham a população, cumprindo com suas necessidades e criando oportunidades de uma qualidade de vida melhor e saudável, novos

19


espaços serão considerados. Para o arquiteto e urbanista Jan Gehl (2013), é a qualidade dos espaços públicos da cidade que os tornam atraentes e vivos ou evitados e perigosos. Se uma área oferece conforto e segurança, as pessoas começam a realizar atividades operacionais que geralmente faziam em ambientes particulares ou simplesmente não faziam. O aproveitamento de vazios para projetar equipamentos urbanos, aproveitando da infraestrutura e transporte já existente, ou a criação de atividades de lazer em áreas que antes eram subutilizadas, incentivam a população a reocupar e renovar espaços, contribuindo para a sociabilidade, redemocratização e desenvolvimento da comunidade. A qualificação de espaços públicos visa o crescimento da cidade, proporcionando melhorias para a qualidade de vida. Aspectos como mobilidade, segurança e acessibilidade universal são essenciais para conectar o edifício à vida urbana, promovendo a melhoria de seu entorno e propiciando um avanço na qualidade de vida dos usuários. Esses aspectos estão previstos também na arquitetura sustentável, definida conforme ZAMBRANO (2008) como “a incorporação do arquiteto à preocupações sociais e culturais além da revisão de suas práticas em relação ao meio ambiente”.

20


02


02 desenvolvimento e construção sustentável Com o crescimento urbano intensivo sendo em grande parte desregrado e sem planejamento, consequentemente o consumo de bens naturais ocorreu sem nenhuma regularização. Grandes impactos ambientais começaram a chamar a atenção na década de 70, como a primeira crise energética, momento em que equipamentos consumidores ficaram mais acessíveis, resultando no aumento da demanda de energia. Com o surgimento de uma apreensão na população quanto ao futuro, algumas respostas emergenciais começaram a ser cogitadas, foram pensadas soluções para redução do consumo e meios de controlar a geração de resíduos ou gerar energia. Além disso iniciou-se uma busca pela conscientização da defesa do meio em que vivemos, conferências foram realizadas com o intuito de discutir o desenvolvimento humano e sua intensa relação com o meio ambiente, abrindo um debate de escala global. De acordo com TAYRA (2002), em 1972 foi realizada a conferência das Nações Unidas em Estocolmo, com o tema o Homem e o Meio Ambiente. Em 1979 e 1980 aconteceu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Em 1987 foi elaborado o relatório Bruntland, entitulado Our common future – Nosso futuro comum - para definir um novo tipo de desenvolvimento e consolidar as principais noções da ideia de sustentabilidade. Já em 1992, na ECO 92, representantes de 108 (cento e oito) países debateram e se comprometeram a adotar diretrizes para tratar do novo desenvolvimento, trazendo a interligação entre desenvolvimento socioeconômico e as transformações do ambiente como prioridade. Uma das diretrizes criadas na conferência foi denominada Agenda 21 Global, que destaca os países em desenvolvimento, onde não há investimento urbano suficiente para acompanhar o ritmo da alta taxa de crescimento demográfico.

22

para medir impactos e incentivar práticas mais sustentáveis de projeto, construção, uso e desconstrução do espaço construído. De acordo com o USGBC (2010), a construção civil impacta o meio ambiente com o consumo de energia, de recursos naturais e gerando resíduos, como a emissão de gás carbônico. O impacto é ainda maior em países em desenvolvimento como o Brasil, onde os sistemas construtivos utilizados geram desperdício, como por exemplo a alvenaria tradicional em tijolos e utilização do concreto, sistemas construtivos mais utilizados e que fazem parte da tradição construtiva brasileira. Porém esse sistemas não são considerados os mais sustentáveis, a alvenaria é considerada responsável pelos maiores índices de desperdício de materiais de uma obra, principalmente, na desconstrução (quebra de paredes para reparos). O economista e mestre em tecnologia ambiental Elcio Carelli, da empresa Obra Limpa, afirma que 60% do total de resíduos produzidos nas cidades brasileiras têm origem na construção civil. “Em São Paulo, estima-se a geração de 17 mil toneladas por dia de resíduos, sendo que 30% vêm da construção formal e o restante da informal”, diz ele. Os sistemas construtivos muito diferentes dos tradicionais encontram grande resistência, no que diz respeito à aceitação do consumidor e falta de mão de obra com conhecimento especializado. Isso denota a importância da adoção de medidas eficientes capazes de controlar e reduzir estes desperdícios, gerando uma busca por soluções, maneiras de gerar menor impacto ou nenhum, para se trabalhar não contra, mas junto ao avanço tecnológico. Grande parte dos atuais projetos ganhadores de concursos têm a sustentabilidade como pré-requisito.

A Agenda 21 propunha ações de longo prazo, fator fundamental do incentivo para a formulação de indicadores ambientais em todo o mundo. Após a Agenda 21, diversos países começaram a criar suas próprias agendas, com o objetivo de desenvolver um quadro global, além de servir como uma referência para atividades de pesquisa e desenvolvimento (CIB, 2000).

O conceito de edifício definidos sustentáveis é para aqueles que se sustentam ao longo do tempo, permanecendo útil, habitável e produtivo, deve ter o melhor desempenho possível a partir de estudos dos recursos naturais e possibilidades de construção, economia no consumo e geração de energia. A arquitetura sustentável é definida por BOFF (2012) como “soluções que geram desenvolvimento sem comprometer a disponibilidade de recursos das futuras gerações”.

A partir da década de 90, o termo sustentabilidade surge globalmente e vai sendo inserido e pensado nos vários setores, inclusive da construção civil, no sentido de se criar ferramentas

É importante ressaltar que a arquitetura sustentável deve contemplar todos os itens do tripé da sustentabilidade, não deve


apenas poupar energia e evitar técnicas ou materiais agressivos ao meio ambiente, mas também ser viável no plano econômico e socialmente consciente. O desenvolvimento destes modelos evidencia um esforço global de transformação das bases conceituais da arquitetura internacional. Com o objetivo de adquirir soluções sustentáveis nos projetos de arquitetura e projetos urbano, incluindo políticas e projetos de planejamento (em escala urbana e territorial), surge também o urbanismo sustentável, conceito em constante ajuste e adequação, buscando sempre novas soluções a partir dos avanços da tecnologia, algumas propostas sendo novas formas de apropriação do espaço, diversidade de usos e funções sobrepostas em um tecido denso e compacto, sempre respeitando as condições locais e ambientais.

ser vistos como instrumentos transformadores e aceleradores de mudanças, já que as certificações cumprem o papel de incentivar os edifícios a diminuir o impacto que causam no meio ambiente. Visando a produção de uma edificação dotada de recursos minimizadores de danos ambientais, serão utilizados no projeto do Centro Cultural os parâmetros do selo AQUA-HQE como instrumentos de avaliação e comprovação de desempenho quanto à sustentabilidade, que no caso do AQUA são considerados desde o projeto, prevendo a inserção do edifício no espaço urbano, assim como o desempenho de acordo com a zona bioclimática, os materiais utilizados, a construção em si e a maneira de realizar a manutenção do edifício.

Outra proposta importante de sustentabilidade é a revitalização de edifícios, praças, parques ou bairros já existentes, mas deteriorados, buscando um paisagismo e preservação de ecossistemas urbanos e rurais. Um exemplo disso é o Retrofit, uma maneira de dar uma nova vida ao prédio, se apropriando de espaços já existentes para criação de novos, tendo uma economia e uma prudência muito maior. Seguindo essa linha surgiram as certificações verdes, uma proposta para obtenção de dados que permitissem a avaliação e monitoramento dos impactos ambientais nas construções. BELLEN (2006) acredita que o desenvolvimento e a aplicação de sistemas de indicadores ou ferramentas de avaliação que procuram mensurar a sustentabilidade é de grande importância para o desenvolvimento sustentável. Inúmeros são os exemplos que apontam este novo rumo da arquitetura, focado nas condições ambientais e nas preocupações de salubridade e sustentabilidade. No Brasil, segundo dados fornecidos pela ONG Green Building Council Brasil - entidade supranacional que regula e promove operações sustentáveis na construção civil - está previsto o aumento na procura por certificados de prédios verdes no mercado, tanto em empreendimentos imobiliários, como também em obras públicas. No entanto, empreendedores, investidores e incorporadores que buscam por meios de construir edifícios com algum diferencial no mercado, estão recorrendo às certificações como estratégia comercial e de marketing, utilizando a sustentabilidade como justificativa para tornar mercadorias mais caras. Essa prática chamada “greenwashing” causa uma generalização de que tudo aquilo considerado sustentável teria um custo maior, induzindo que uma construção sustentável seria apenas de alcance da alta classe social. Porém isso não é verdade, os sistemas de avaliação devem

23


03


selo aqua-hqe 03 O selo AQUA foi o primeiro sistema de certificação que surgiu no Brasil, adaptou a certificação francesa HQE (Haute Qualité Environnementale) para a realidade brasileira, adaptado a cultura, clima, regulamentações e normas brasileiras, tornando-se uma das certificações mais usadas. Foi fundado no dia 03 (três) de abril de 2008 pela instituição privada e sem fins lucrativos, Fundação Vanzolini, e liderada pelo professor Ruy Aguiar Leme. Em 2014 sofreu uma renovação, promovendo a fusão entre referenciais técnicos brasileiros e franceses, criando a certificação AQUA-HQE. A metodologia é reconhecida por diversas entidades certificadoras da França, Alemanha, Inglaterra, Finlândia, Itália e Estados Unidos, que fazem parte da SBAlliance - Sustainable Building Alliance, da qual a Fundação Vanzolini atua como membro fundador e ocupa o Board. Itens como desempenho, qualidade dos espaços, acessibilidade e conforto estão presentes no selo, atendendo as exigências da NBR 9050 e do Decreto da Lei 5296 de acessibilidade. Elementos como conforto acústico, térmico, lumínico e visual são bem mais detalhados. Visa obter os melhores resultados ambientais, com economia de recursos naturais. Consideram o programa de necessidades do empreendimento, o contexto local, a estratégia ambiental do empreendedor, a análise econômica global, o usuário e as demais partes interessadas e a regulamentação. O primeiro referencial adaptado foi o de escritórios e escolas, e a partir desses surgiram outros referenciais, como a certificação para hotéis e comércio, e posteriormente para residências. De acordo com Manuel Martins, responsável pela certificação de edificações AQUA da Fundação Vanzolini, o desdobramento para edifícios comerciais foi mais simples comparado à certificação residencial, porque para residências os itens de conforto mudam muito.

Figura 3.1. Selo AQUA-HQE. Fonte: <https://vanzolini.org.br/aqua/>.

O selo AQUA atua em diversos usos, edifícios institucionais, de comércio, serviço e habitação, Além dos diferentes setores de atividades, ele certifica também bairros sustentáveis, atuando em diferentes escalas. Foi desenvolvido também a sua aplicação para portos, no setor de transporte, sendo uma transferência de tecnologia do Brasil para a França e para o mundo.

25


3.1. AVALIAÇão do selo aqua COSTA et al. (2015) afirma que de acordo com o Referencial Técnico do Processo AQUA, para se obter a certificação, o empreendedor deve estabelecer o controle total do projeto em todas as suas fases - Programa (Pré-projeto), Concepção (Projeto), Realização (Obra) e Operação (Uso), por meio do Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE), para que sejam atendidos os critérios de desempenho da Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). A certificação é concedida, ao final de cada fase, mediante verificação de atendimento ao Referencial Técnico. O método de avaliação é realizado a partir de um checklist que enuncia catorze (14) categorias para avaliar a gestão ambiental de obras e as especificidades técnicas e arquitetônicas. Os requisitos são:

Gerenciar os impactos sobre o ambiente exterior (preservar os recursos, reduzir a poluição, reduzir os resíduos) Eco-construção 1

Relação do edifício com o seu entorno

2

Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos

3

Canteiro de obras com baixo impacto ambiental

Eco-gestão 4

Gestão da energia

5

Gestão da água

6

Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício

7

Manutenção - permanência do desempenho ambiental

Criar um espaço interior sadio e confortável (para os usuários, a vizinhança, o pessoal de obra) Conforto 8

Conforto Higrotérmico

9

Conforto Acústico

10 Conforto Visual 11 Conforto Olfativo Saúde 12 Qualidade sanitária dos ambientes 13 Qualidade sanitária do ar 14 Qualidade sanitária da água Tabela 01. Alvos do Selo AQUA-HQE. Fonte: Acervo da autora, a partir de informações da Fundação Vanzolini, 2017.

26

As fases da Construção Sustentável são: • Fase Programa (pré-projeto): a primeira fase do processo, onde o empreendedor desenvolve suas ideias iniciais sobre o empreendimento em seu contexto econômico-ambiental, quando é definido o programa de necessidades, os critérios e o partido arquitetônico, orientando o projetista na concepção arquitetônica e nas definições técnicas do empreendimento, Estabelece-se o sistema de gestão do empreendimento, para viabilizar o controle total do projeto, garantindo o contínuo atendimento aos níveis de desempenho que o edifício pronto deverá apresentar. Isso será submetido à Fundação Vanzolini e, se atender às normas, o empreendimento receberá o certificado da primeira fase e passará à etapa seguinte. • Fase Concepção (projeto): define a construção sustentável e como será realizada, onde é definido a concepção arquitetônica e as diretrizes técnicas do empreendimento, visando o projeto executivo. Nesse momento os objetivos e as escolhas do programa são utilizados no desenvolvimento do projeto executivo, com todos os detalhes de como será o empreendimento, e de acordo com o sistema de gestão escolhido para garantir o controle. Nessa etapa também ocorre uma autoavaliação, dessa vez mais profunda, para demonstrar como o projeto desenvolvido atenderá os critérios nos níveis Bom, Superior ou Excelente que foram propostos nos objetivos da primeira fase. As soluções são definidas em detalhe, por meio de estudos, simulações computacionais e cálculos. A Fundação Vanzolini fará a auditoria e, se tudo estiver correto, será concedido o certificado da segunda fase. • Fase Realização (obra): a obra é realizada de acordo com o projeto, a terceira etapa abrange a obra feita em acordo com o sistema de gestão e com os projetos, para concretizar o perfil proposto. Nessa fase, o empreendedor documenta e demonstra os resultados para a obtenção da certificação. Uma nova autoavaliação será feita no final da construção, que passará pela última auditoria para verificar se o projeto implantado resulta no perfil desejado. Se tudo estiver certo, a fundação concede o certificado. • Fase Operação (uso): proporciona condições de conforto e saúde ao usuário, com o melhor desempenho sócio-econômicoambiental, mantendo o valor patrimonial do empreedimento, as rotinas de gestão predial devem ser planejadas e monitoradas periodicamente. • Fase Desconstrução (desmontagem): ao final da vida útil, permite o aproveitamento dos materiais e sistemas, com o menor impacto ambiental. Para se obter a certificação, primeiramente o empreendedor deve fazer contato com a Fundação Vanzolini para decidir em qual setor ele se enquadra, depois de identificado a avaliação é feita a partir de auditorias e a submissão de documentos que comprovem o atendimento aos requisitos.


Para estabelecer e manter o sistema de gestão do empreendimento e garantir o desempenho, é recomendado que o empreendedor contrate um consultor de sustentabilidade ou uma equipe AQUA-HQE, conforme o porte e a complexidade do empreendimento. Esses agentes são habituados a orientar equipes técnicas e auxiliar na elaboração das justificativas dos desempenhos. No Processo AQUA, os 14 requisitos avaliados são classificados nos níveis BASE, BOAS PRÁTICAS ou MELHORES PRÁTICAS e o empreendimento deve alcançar ao menos 3 (três) resultados de melhores práticas, 4 (quatro) categorias em boas práticas e 7 (sete) categorias base para obter a certificação.

Nível Base (B): prática corrente ou regulamentar Nível Boas Práticas (BP): boas práticas Nível Melhores Práticas (MP): desempenho calibrado conforme o desempenho máximo constatado recentemente nas operações de Alta Qualidade Ambiental. A análise dos requisitos pode ser feita de duas formas, alguns elementos são analisados numericamente, como o percentual de redução no consumo de energia, outros são analisados por demonstração. Por exemplo, o potencial para redução do consumo de água, se o projeto reduzir a vazão, empregar sistemas economizadores e de água da chuva para algumas finalidades. Se não houver mais nada a fazer, fica estabelecido o consumo de água potável e se estiver justificado e explicado, a certificação levará em conta esses cálculos e justificativas.

Foi constatado que mais de 90% das exigências têm o envolvimento dos projetistas e dependem obrigatoriamente deles. 15% delas dependem do construtor e somente 4% do usuário. Algumas preocupações acumulam mais de um ator. Todas as categorias do AQUA são baseadas em parâmetros quantitativos, menos a relação do edifício com o seu entorno e a conservação e manutenção, as quais não tem qualquer relação de resultados das preocupações com parâmetros quantitativos. Estas duas categorias têm relação com o projeto arquitetônico, fazendo com que sua contextualização seja atendida para cada projeto com exclusividade. As categorias que são baseadas em parâmetros quantitativos, dividem-se em quatro diferentes tipos de referência: normas ou referências brasileiras, normas ou referências francesas, conceitos quantitativos e uma pequena parte em normas ou referências de outra origem. A necessidade da utilização de normas de outros países ainda indica a falta de normatização brasileira para algumas categorias.

3.2. AtuaÇão do selo aqua

Não existe um número de referência, cada empreendimento tem seu próprio potencial de economia e o que conta é o desempenho final, com isso o profissional tem mais liberdade criativa na fase de projeto. A referência é a própria edificação sem esses elementos. Por isso, neste selo não é possível abandonar algum critério ou escolher em quais quesitos pontuar. É como se fossem dois projetos, um com todos os recursos e outro sem eles, para ver o quanto se economiza. No quesito energia, já começa no desempenho superior, ou o projeto é superior ou não é nada. Se o projeto consumir 10% a menos que a referência, está no nível superior; se o consumo for 20% menor, então o nível é excelente. Assim, o atendimento à norma garante que, o edifício que atingir excelente tem consumo de no mínimo 20% menor. Em todas as fases da construção sustentável o empreendedor recebe um certificado específico que o habilita a realizar a próxima fase, além disso auditorias presenciais são concedidas em 3 (três) fases estratégicas do empreendimento: pré-projeto, projeto e execução. O certificado final vale por um ano, essa não é uma certificação que se renova depois.

Figura 3.2. Gráfico Número de Selos Certificados. Fonte: Acervo da autora, a partir de informações da Fundação Vanzolini, 2017.

O primeiro edifício certificado no Brasil foi o Cidade Jardim Corporate Center, em São Paulo. De acordo com dados da Fundação Vanzolini, em 2016 o Processo AQUA já havia certificado 231 empreendimentos no total, sendo 71,43% dos empreendimentos localizados no estado de São Paulo, já em relação às edificações, certificou 392 edifícios no total, destes 225 residenciais. Total de Edifícios Certificados: 392 Total de Empreendimentos Certificados: 231

27


O selo AQUA é baseado no sistema de gestão, diferente do LEED que dá ênfase na eficiência energética, o AQUA leva em conta as condições climáticas e sistemas construtivos brasileiros, avaliando todo o processo construtivo e não apenas o resultado. Seus critérios são flexíveis, trabalha com auditorias, sendo assim, as escolhas do projeto podem ser discutidas e justificadas a partir do melhor desempenho. Apesar da redução de certificados nos últimos anos, é notável o crescimento da valorização do certificado AQUA desde sua implementação no Brasil. A certificação apresenta grande potencial de atender as necessidades brasileiras, porém muito dos referenciais técnicos franceses ainda se mantém, faltando a adaptação de mais normas brasileiras. Por ter sua avaliação baseada no desempenho, no qual todos os critérios devem ser aprovados nos padrões mínimos estabelecidos, não há como conseguir a certificação sem que verdadeiramente se esteja praticando sustentabilidade.

28


04


04 educação sustentável A cidade sustentável deve ser o palco de uma integração de seus habitantes, a qualidade ambiental e qualidade arquitetônica devem andar sempre juntas. A criação de um centro de educação sustentável tem como objetivo fomentar a valorização do meio ambiente, a proposta será de oferecer educação para todos, a partir de um projeto eficiente, que atenda os aspectos funcional, estético e técnico, servindo de exemplo para a comunidade. A construção do edifício deve evitar ao máximo possível o impacto ambiental, utilizando soluções eficientes. Além de proporcionar oportunidades de ensino sobre a sustentabilidade através de cursos e aulas práticas, a possibilidade de visitação do centro vai permitir expor suas ações sustentáveis e soluções arquitetônicas, com a intenção de criar interesses e despertar a curiosidade de aprendizado sobre o assunto. O centro deve propor atividades educacionais para a população a partir do lazer, representando áreas de convívio e integração da população, funções cada vez mais escassas nos dias de hoje, devido à privatização dos espaços e fragmentação das relações sociais. O centro é um espaço que deve construir laços entre a comunidade e os acontecimentos locais, seus ambientes devem proporcionar momentos de descontração, valorização, reconhecimento, prazer e, ao mesmo tempo, conscientizar a população. As pessoas devem se sentir convidadas a conhecer o novo projeto, seja por curiosidade ou pelo simples fato de quererem estar neste lugar. A partir do momento em que o espaço proporciona uma vivência prazerosa e oportunidade aos usuários, as pessoas irão compartilhar interesses e o número de frequentadores aumentará, proporcionando a inclusão social. Um projeto de referência que representa bem a democratização do espaço é o CCSP - Centro Cultural São Paulo (Figura 4.1.), um projeto de Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, foi o primeiro centro cultural multidisciplinar inaugurado no Brasil. Surgiu em 1982 com o interesse de relacionar cultura e desenvolvimento urbano, sua arquitetura se camufla com a cidade, possui natureza diversa, com usos complementares e amplos. O centro de educação sustentável deve propor um programa diversificado para um público diverso, pois cada indivíduo é único e as necessidades e costumes são variados. De acordo com NEVES

30

Figura 4.1. Centro Cultural São Paulo. Fonte: http://revistapaulista.com.br/2018/03/30/ espetaculo-infantil-desprincesa-tem-temporadaprorrogada-no-centro-cultural-sao-paulo-ate-8-04/ccsp/

(2013), os espaços culturais permitem a descoberta do conhecimento e o acesso às atividades relativas à informação, discussão e criação. O uso da cultura como ferramenta para disseminação da sustentabilidade será uma forte aliada para o programa.

INFORMAÇão Hoje em dia, com o uso da tecnologia, as possibilidades de encontro são mais rápidas e versáteis, utilizando aplicativos é possível saber onde seus amigos e familiares se encontram, essa facilidade deve ser uma aliada aos espaços de convivência na cidade, os quais devem estar sempre atualizados. Além do auxílio no aspecto de comunicação, a tecnologia deve ser manuseada como informacional, podendo ser aproveitada nos equipamentos do mundo contemporâneo. A tecnologia dá suporte para a expansão das cidades, atuando cada vez mais no cotidiano das pessoas, presente na educação, no trabalho, na política e nas relações sociais.Além de espaço de encontro, experimentação e reflexão, o centro deve atuar como equipamento


informacional, possibilitando o conhecimento para todos, essa difusão de conhecimento contribui para expansão da cultura do povo.

discussão O centro deve fazer com que as pessoas vivam experiências significativas e revejam a si próprio e suas relações com os outros, a oportunidade de grupos se reunirem para discutir seus ideais, expressar diferentes linguagens, questões, visões de mundo, revoltas e promover projetos de sociedade gera uma troca de experiências entre os cidadãos. Podem ser criandos espaços de descontração e dinâmicos, onde as pessoas possam se expressar e manifestar suas opiniões, desenvolvendo a sociabilidade e um senso de responsabilidade.

criação Cada pessoa possui diferentes motivações, a possibilidade de entrar em contato com diferentes manifestações da cultura humana e de desfrutar de experiências criativas devem expandir o conhecimento dos convidados, desenvolvendo um olhar mais crítico sobre aspectos do cotidiano. Além disso, o contato pode desafiar seu lado criativo, incentivando a criação, para que as pessoas produzam algo ou desenvolvam atividades em outras áreas. As pessoas já possuem um potencial criador, mas as vezes não possuem uma consciência muito nítida disso.

que os limitam ou encerram, é essencial para o efeito arquitetônico [...], ruas, praças e quintais são tão significativos quanto o próprio volume da construção”. Essa harmonia com o entorno é evidenciada no projeto do Centro Cultual CBD (Figura 4.2.), do professor de arquitetura e design Christian Kerez, nesse projeto o edifício se insere no lote deixando um espaço livre no recuo frontal, onde foi idealizada uma praça, que abre o campo de visão das pessoas que por ali passarem e criando outra possibilidade de passagem, uma rota mais verde e convidativa na cidade. No concurso para a “Casa da Sustentabilidade”, o projeto vencedor (Figura 4.3.), teve como premissa não levar em conta apenas as questões funcionais e estéticas, mas também procurou traduzir o significado social e ambiental na forma construída, demandando uma abordagem sensível e humana. O grande parque que circunda o projeto permite a convivência, integração social e interação com o edifício, aproximando e acolhendo as pessoas para as atividades propostas pelo programa.

4.1. integração O local de implantação do edifício não pode ser considerado independente de seu entorno e contexto urbano, deve ser parte de uma estratégia urbana, com o propósito de integração. O projeto deve expandir o espaço público para dentro de espaços privados, fazendo com que o local fique mais atrativo, seguro e confortável. Segundo Walter Gropius (1977), “a relação harmônica entre os volumes da construção e os espaços

Figura 4.3. Projeto vencedor “Casa da Sustentabilidade”. Fonte: <http://www.iabsp.org.br/pranchas_cds_projeto-55. pdf?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br>.

Figura 4.2. Centro Cultural CBD. Fonte: http://afasiaarchzine.com/2016/01/christian-kerez-19/

31


05


leituras projetuais 05 5.1. centro cultural são paulo eurico prado lopes e luiz telles

Ficha Técnica Localização: São Paulo, Brasil. Área: 46.500 m2 Área construída: 2.965 m2 Início da obra: 1978 Ano de conclusão: 1982

Todas as conclusões tiradas a respeito das leituras projetuais são de opinião da autora, diagramas foram criados pela autora a partir de imagens pesquisadas, permitindo um estudo das diferentes soluções de projeto.

implantação Apesar do lote possuir um desnível de 10 metros, o prédio foi projetado de forma que respeitasse a topografia, integrando-se com a paisagem. A ideia é convidar o usuário para dentro do edifício entre cheios e vazios, com circulação livre, fazendo parte da rua. Figura 5.1.1. Entorno do Centro Cultural São Paulo. Fonte: <www.spbairros.com.br/centro-cultural-de-sao-paulo/.jpg>.

Rua Vergueiro

Av. 23 de Maio

mobilidade

O edifício privilegia grandes dimensões, possui múltiplas entradas e caminhos, o acesso é facilitado pelas linhas de ônibus e a estação de metrô Vergueiro. além disso na rua Vergueiro há a possibilidade de acesso a partir da ciclovia. O fluxo de pedestres é bastante alto nessa área, por possuir uma boa permeabilidade, o público que frequenta o centro é bastante variado, diariamente diferentes idades, classes sociais e interesses, é um exemplo de espaço democrático.

Localização do centro cultural Ponto de Ônibus Linha do Metrô Vergueiro

Figura 5.1.2. Implantação. Fonte: Bing.

Figura 5.1.3. Relação do edifício e a calçada. Fonte: <https://repositorio.utdt.edu/handle/utdt/2266>.

33


Programa O centro possui quatro pavimentos, contendo uma enorme biblioteca, espaços de exposições, cinema, teatro, auditório e restaurante. As salas e espaços podem ser usados de diferentes formas, além das atividades já oferecidas, o centro é aberto para propostas de atividades.

Piso 801: biblioteca, cinemas, teatros, adm. 1-Teatro Jardel Filho: 321 lugares 2- Sala Paulo Emílio: 99 lugares

Figura 5.1.4. Planta Teatro Piso 801. Fonte: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/site/>.

Figura 5.1.5. Planta Sala Piso 801. Fonte: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/site/>.

Usos Espaços de Circulação Circulação Vertical Espaços Públicos de Permanência Espaço de Uso Restrito Vazio

Figura 5.1.6. Planta Piso 806. Fonte: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/site/>.

34

Figura 5.1.7. Planta Piso 810. Fonte: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/site/>.

Piso 806

Piso 810

1234-

1234-

Área Expositiva Fundos Área Expositiva Lateral 23 de Maio Área Expositiva Lateral Vergueiro Guarda-volumes Biblioteca

Sala Tarsila do Amaral (585m2) Área Lateral Expositiva 23 de Maio Área Expositiva Lateral Vergueiro Jardim das Esculturas


Soluções Arquitetônicas A circulação interna é feita principalmente pelo uso de rampas, que distribuem o fluxo e que permitem ao usuário a contemplação do espaço e observação das atividades. A volumetria do centro cultural é baixa e discreta, a cobertura projeta-se sobre o passeio público apenas em alguns pontos. Todas as divisórias transversais são transparentes, proporcionando uma visão total e integração entre todos os programas, as pessoas podem observar as atividades que estão acontecendo dentro das salas, assim como as pessoas de dentro tem a visão do exterior.

Figura 5.1.8. Vista do interior com fechamentos de vidro. Fonte: Google Maps.

A grande laje jardim é outra atração do projeto, onde é possível a circulação das pessoas, proporcionando um respiro no entorno urbano, um espaço de contemplação de São Paulo e inclusive o cultivo de hortas comunitárias.

Figura 5.1.9. Laje Jardim. Fonte: Google Maps.

Figura 5.1.10. Rampas de acesso. Fonte: Google Maps.

Figura 5.1.11. Horta Comunitária. Fonte: Google Maps.

35


5.2. pavilhão no museu de arte de kimbell renzo piano + kendall / heaton associates

Localizado ao lado de museu de arte de Louis Kahn, de 1972, o novo museu exerce uma relação com o entorno e áreas verdes. Carvalhos e olmos conectam visualmente os edifícios de Piano e Kahn. Nesse projeto o acesso é facilitado para os pedestres, que podem circular livremente ao redor do pavilhão.

Ficha Técnica Localização: Texas, Estados Unidos Área: 9.395m2 Ano: 2013 Paisagismo: Michael Morgan Landscape Architecture and Pond & Company Estrutura: Guy Nordenson and Associates Engenharia Civil: Huitt-Zollars

Figura 5.2.1. Pavilhão no Museu de Kimbell. Fonte: Archdaily.

Implantação A topografia natural foi aproveitada para criação de uma andar subterrêneo, apenas um terço do interior do projeto está acima do solo, parte do museu é subterrânera e parte do pavilhão tem um telhado verde acessível ao público. O museu tem demandas de aquecimento e resfriamento reduzidas, por causa da tecnologia solar no sistema de cobertura, que gera a economia de energia com uso de painéis fotovoltaicos. Figura 5.2.2. Relação entre o museu e o pavilhão. Fonte: Archdaily.

Soluções Arquitetônicas

mp wie

Bo d

Blv

36

O telhado possui um sistema de painéis ajustáveis que podem ser levantados para manutenção.

Ca

Figura 5.2.3. Estrutura da cobertura. Fonte: Archdaily.

Os materiais utilizados são: vidro, concreto, aço e madeira, criando uma expressão de simplicidade e leveza. As paredes e pilares são de concreto, as vigas de madeira, são o elemento primário da cobertura e percorrem de norte a sul, as vigas de aço apoiam a cobertura.

W Lancaster Ave

Will Rogers Road

Van Cliburn Way Figura 5.2.4. Implantação. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.


Programa

Figura 5.2.5. Nível Subterrâneo. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

Nível Subterrâneo 1-Biblioteca 2-Espaços de Aprendizado 3-Auditório 4-WC 5-Estacionamento

Figura 5.2.7. Cobertura translúcida. Fonte: Archdaily.

Figura 5.2.6. Nível Térreo. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

A utilização de uma cobertura translúcida no projeto permite o aproveitamento da luz natural, superfícies de vidro no telhado funcionam como difusores que filtram a luz solar antes que penetre na galeria (Figura 5.2.7.). Já as fachadas de vidro ressaltam o interior e as obras de arte com o uso da iluminação articial a noite, grandes aberturas permitem a visão do interior em funcionamento. O uso do vidro esquenta o interior do edifício nos dias frios, além da impressão que causa, fazendo com que a cobertura pareça estar flutuando (Figura 5.2.8.).

Nível Térreo 1-Galeria Oeste 2-Auditório 3-Espaço de Aprendizado 4-Galeria Sul 5-Hall de Entrada e Recepção 6-Café 7-Loja 8-Galeria Norte

Figura 5.2.8. Fachada de vidro. Fonte: Archdaily.

37


Usos Nível Subterrâneo

Os ambientes foram zoneados em dois níveis diferentes, sem muitas divisões de ambientes, a planta livre das galerias permite a disposição de diferentes mobiliários que se adaptem a diferentes exposições (Figura 5.2.11.). Foram utilizadas placas acústicas no teto e paredes laterais do auditório, o ambiente acomoda 268 lugares, sendo 4 lugares acessíveis para cadeirantes.

Figura 5.2.11. Exposição. Fonte: Archdaily.

Figura 5.2.9. Uso Nível Subterrâneo. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem doArchdaily.

Nível Térreo

Figura 5.2.12. Planta do auditório. Fonte: Archdaily.

Figura 5.2.10. Uso Nível Térreo. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem doArchdaily.

Espaços de Circulação Circulação Vertical Espaço Público de Permanência Espaço de Uso Restrito

38

Figura 5.2.13. Placas acústicas. Fonte: Archdaily.


Circulação Interna e Acessos

A frente, ou ala leste é onde se localiza a entrada principal, onde há um lobby fechado em vidro (Figura 5.2.16.), esse lobby leva a duas galerias simples. O Pavilhão de Renzo Piano é formado por duas estruturas conectadas por duas passagens de vidro, os acessos foram pensados de maneira que mantivessem uma relação com o entorno, as passagens internas com fechamento de vidro permitem a observação do jardim externo, ilustrado na Figura 5.217..

Figura 5.2.14. Circulação e Acessos. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem doArchdaily.

O acesso para o auditório, que está localizado no nível subterrânio é feito por duas escadas (Figura 5.2.15.) ou elevador.

Figura 5.2.17. Passagem interna. Fonte: Archdaily.

Espaços de Circulação Circulação Vertical Acesso Principal Acesso Secundário Acesso Serviço

Figura 5.2.15. Acesso ao auditório. Fonte: Archdaily.

Figura 5.2.16. Hall de entrada. Fonte: Archdaily.

39


5.3. centro cultural el tranque bis arquitectos

Ficha Técnica Localização: Santiago, Chile Área: 1.400m2 Ano: 2015

Implantação O centro está localizado aos pés da Cordilheira dos Andes, na comunidade de Lo Barnechea, uma zona residencial em crescimento.

Figura 5.3.1. Centro Cultural El Tranque. Fonte: Archdaily.

Mobilidade Lote de implantação Ponto de Ônibus

O acesso é dificultado pela falta de pontos de ônibus próximos ao edifício, o transporte mais utilizado é o carro, por isso foi projetado um estacionamento ao lado do prédio.

Figura 5.3.2. Entorno do centro. Fonte: Archdaily.

Conceito O projeto teve como conceito se abrir para a rua e para a praça vizinha, reforçando a ideia de um lugar público. O edifício foi cencebido de forma que delimitasse um vazio central, onde foi projetado um espaço de integração, uma praça pública “interna” onde a atividade cultural ocorresse de forma livre e cotidiana. A forma é composta por dois volumes, um na terra, de pedra, firme e outro suspenso, contemporâneo, que gera sombra (Figura 5.3.5.).

Figura 5.3.3. Implantação. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

O conjunto de pilares que sustenta o volume simboliza os habitantes, usuários e o público do edifício, entendendo que sem eles o edifício não teria sustentação.

40

Figura 5.3.4. Pilares.

Fonte: Archdaily.

Figura 5.3.5. Conceito. Fonte: Archdaily.


Programa

Soluções Arquitetônicas

Figura 5.3.8. Praça Central. Fonte: Archdaily.

Figura 5.3.6. Primeiro Pavimento. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

Figura 5.3.9. Estrutura Metálica. Fonte: Archdaily.

Primeiro Pavimento 1-Bar 2-Galeria 3-WC 4-Estacionamento 5-Auditório 6-Administração 7-Recepção 8-Hall de entrada

A materialidade do edifício foi definida para cada volume. O volume do primeiro pavimento é de concreto armado revestido em pedra, enquanto o volume suspenso é uma ponte formada por estrutura metálica e laje pós-tensionada (Figuras 5.3.9. e 5.3.10.) .

Segundo Pavimento 1-WC 2-Sala de aula 3-Administração 4-Cobertura Verde

Figura 5.3.7. Segundo Pavimento. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

Figura 5.3.10. Corredor Superior. Fonte: Archdaily.

41


Usos

Espaços de Circulação Circulação Vertical Espaço Público de Permanência Espaço de Uso Restrito

No primeiro no pavimento estão localizados os programas mais públicos e de difusão, eles contornam um praça central. No segundo pavimento estão as áreas de formação, salas de aula, oficinas de artes musicais, plásticas, cênicas, culinárias, etc.

Circulação interna e Acessos

Figura 5.3.11. Primeiro Pavimento- Usos. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

Figura 5.3.13. Circulação e acessos. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

Os acessos podem ser feitos pelo estacionamento, localizado a leste do edifício, ou pela frente e lateral do edifício, no fundo está localizado uma entrada de serviço para funcionários.

Figura 5.3.12. Segundo Pavimento- Usos. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Archdaily.

42

O primeiro pavimento tem circulação livre pela praça aberta e permite a visualização de todos ambientes ao seu redor.

Espaços de Circulação Circulação Vertical Acesso Principal Acesso Secundário Acesso Serviço


5.4. Quadro Resumo dos Projetos Analisados Parâmetro Avaliado / CENTRO CULTURAL São paulo Centro Cultural

pavilhão no museu de arte kimbell

centro cultural el tranque

Inserção no Contexto Urbano

Próximo a linha de metrô, possui circulação livre, com múltiplas entradas e caminhos.

Acesso facilitado para os pedestres, relação com o entorno bucólico.

Acesso facilitado para os pedestres, possui grandes vãos, a imerção do edifício foi feita com escala de forma adequada ao conjunto edificado do entorno.

Aspecto Formal

O prédio foi projetado de forma que respeitasse a topografia, integrandose com a paisagem, possui laje jardim.

Uso de vidro, criando um aspecto de Edifício formado por dois volumes leveza ao conjunto, aproveitamento da distintos, criação de um vazio, pátio topografia para criação de um andar no centro. subterrâneo.

Adoção de Estratégias Possui grandes vãos e passagens, Bioclimáticas no permitindo uma ventilação natural, Projeto a área verde contribui para a climatização também.

A cobertura proporciona uma iluminação indireta com superfícies translúcidas e gera energia com os painéis fotovoltaicos, telhado verde acessível. O desnível do terreno foi aproveitado para implantação do auditório.

Fechamentos que filtram a radiação direta, permitindo a iluminação difusa e a passagem dos ventos, uso de teto jardim.

Legibilidade do Programa Arquitetônico

O programa se divide em quatro pavimentos, as salas e espaços podem ser usados de diferentes formas, e além das atividades já oferecidas, o centro é aberto para propostas de atividades.

Ambientes zoneados em diferentes níveis, sem muitas divisões de ambientes.

A disposição linear dos ambientes facilita a compreensão programa simples, desenvolvido em dois blocos, o programa ao redor do pátio com fluxos e acessos legíveis.

Aplicação dos verbos: Informar, discutir e criar

Promove diversas atividades culturais, com diferentes espaços, destinados a usos complementares e amplos.

Investimento em interatividade Promove a discução e informação multimídia, informar por meio de salas com a utilização de salas de aula e de exposições. exposições.

Tabela 02- Quadro Resumo dos Projetos Analisados. Fonte: Acervo autora.

43


06


centro de ribeirão preto 06 A cidade de Ribeirão Preto, localizada no estado de São Paulo, está a aproximadamente a 300km da capital. Sua população foi estimada pelo IBGE de 682.302 habitantes, se apresentando na 8a posição dentre os maiores municípios do estado em relação ao número de habitantes na estimativa de 2017.

Quadrilátero Central

Fundado no dia 19/ 06/1856, o município teve um crescimento relevante no início do século XX quando imigrantes foram atraidos por oportunidades de emprego na área agrícola, na época a base da economia era o café e a criação de gado. Na segunda metade do século XX, em 2010 foi declarado “pólo tecnológico”, foram incrementados investimentos nas áreas de saúde, biotecnologia, bioenergia e tecnologia da informação. Essas atividades atualmente fazem com que Ribeirão Preto tenha o 24º maior PIB brasileiro. Ribeirão apresenta uma área de 650.000km², sendo que 127,309 km² estão em perímetro urbano. Hoje é cidade-sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP).

Av .F ra n

cis

co J

qu

Figura 6.1. Mapa de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Google Maps.

eir a

Av. Je

rôn

im oG

on

çal vez

un

Latitude 21º10’25” S Longitude 47º48’29”O

ên

cia

Localização do Lote:

ulh

o

Av . In

eJ

de

pe

ov ed

nd

Av .N

Figura 6.2. Mapa centro de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo autora, a partir de imagem do Google Maps.

A proposta foi de implantar um centro cultural em um local público e de facil acesso, um vazio urbano tomado por um estacionamento de carros, onde há uma grande circulação de pessoas. O lote se localiza na área central de Ribeirão Preto, na intersecção da rua Álvares Cabral, rua Mariana Junqueira e rua Tibiriça.

45


transporte transporte publico publico

Quadrilátero Central Vias Principais Av. Av. Av. Av.

Francisco Junqueira Independência Nove de Julho Jerônimo Gonçalvez

Acessibilidade É observado, em todo o quadrilátero central, a falta de acessibilidade com a interferência do mobiliário urbano: lixeiras, telefones públicos, bancos, ponto de ônibus, etc.; grelhas colocadas no piso para as caixas de inspeção das redes subterrâneas; é verificado também a falta de manutenção dos pisos; a descontinuidade e inadequação das calçadas, o que dificulta a circulação dos pedestres.

6 6 5 5

9 9 10 10

3 3 2 2

1 1

A vegetação se concentra mais nas áreas de praças e parques, nas ruas em geral é notada a falta de árvores, fazendo com que as pessoas evitem circular nestas áreas em função do clima na cidade, onde a maioria dos dias do ano são ensolarados e muito quentes, trazendo desconforto aos usuários.

46

8 8

4 4

Áreas Verdes 1- Praça Luís de Camões 2- Parque Maurílio Biagi 3- Praça do Pronto Socorro 4- Praça das Bandeiras 5- Praça XV de Novembro 6- Praça Carlos Gomes 7- Prefeitura Municipal 8- Bosque Zoológico Fábio Barreto 9- Praça Sete de Setembro 10- Praça Salvador Spadoni

7 7

Figura 6.3. Mapa localização das vias principais e áreas verdes. Fonte: Acervo da autora.


6.1. Equipamentos Culturais Com os desafios do planejamento urbano, muitas vezes os equipamentos de lazer são insuficientes para a população ou de participação limitada, fazendo parte de uma “disputa de privilégios”, sendo o número de centros culturais no Brasil desproporcional ao número de cidadãos. A falta de conteúdo cultural ou a privatização do entreterimento é visto como falta de efetividade das políticas públicas que são destinadas a este setor e dos agentes privados responsáveis pelo funcionamento do mercado de terras.

Figura 6.4. Pixação na fachada do museu. Fonte: Acervo da autora.

Proposta do Centro de Educação Sustentável

O controle estatal sobre a cultura deve ser negado, deve-se tomar cuidado para não transformar o centro cultural em uma indústria de entreterimento, ligada ao mercado de consumo, não se pode desconectar da produção popular para dedicar em eventos espetaculares ou se submeter as exigências do mercado.

O projeto do Centro de Educação Sustentável terá como objetivo a democratização do lazer, irá oferecer cursos e oficinas sobre a sustentabilidade, além de promover mais opções de cultura e ampliando a bagagem das gerações mais jovens.

Infelizmente na política brasileira prevalece os interesses privados e soluções imediatistas, restringindo muitas vezes as soluções a uma EQUIPAMENTOS DE ARTE, MÚSICA E TEATRO pequena parcela da população.

A área de implantação foi escolhida por ser um local de fácil acesso, tendo como referência os pontos históricos da cidade que estão próximos e as características do entorno.

7

2

3 4

1

Figura 6.5. Localização dos equipamentos culturais. Fonte: Acervo da autora.

5 6

8

1

Localização do lote em relação aos equipamentos culturais:

9 10 11 12

13 14

15

1- Casa da Memória Italiana 2- Centro Cultural Palace 3- Teatro Pedro II e Auditório Meira Júnior 4- SESC Ribeirão Preto 5- MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto 6- Museu da 2a Guerra Mundial José Vivanco Solano 7- Teatro Municipal de Riberão Preto 8- Teatro de Arena Dr Jaime Zeiger 9- Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno 10- Auditório do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora 11- Cinema CAUIM 12- TPC Curso de Teatro 13- Sala Marcos Caruso 14- Teatro Minaz 15- Auditório do Colégio Marista

47


Cultura em Ribeirão Preto A partir de visitas e uma pesquisa realizada sobre os equipamentos culturais localizados na região do quadrilátero central, foi percebido uma carência de espaços públicos e a falta de investimentos em cultura, fazendo com que os equipamentos deixem de atingir sua missão social. Alguns locais se encontram fechados e abandonados, como é o caso do Museu da 2a Guerra Mundial José Vivanco Solano, o Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno e o Teatro de Arena Dr Jaime Zeiger.

9

Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno

6

Museu da 2a Guerra Mundial José Vivanco Solano.

O Teatro de Arena foi restaurado e aberto ao público em 2014, mas um ano depois foi fechado, se tornando um alvo de furtos e vandalismo. Sem funcionamento e manutenção, o local está deteriorando com a ação do tempo. O Museu da Imagem e do Som tinha sido planejado para abrir no final de 2016, localizado na Av. Francisco Junqueira, reunindo arquivos que fizeram parte da história de Ribeirão Preto. Em agosto de 2016, a Prefeitura fez uma parceria e reformou todo o prédio, mas o museu nem chegou a abrir, foi fechado após sua fiação elétrica ser furtada, o acervo segue na Secretaria Municipal da Cultura, não tendo espaço suficiente para sua exposição. No caso do Museu da 2a Guerra Mundial, se encontra fechado para reforma com período indefinido. Os moradores até desconhecem de sua existência, as peças históricas sofrem o risco de deterioração, pela falta de manuseio de especialistas e pelo museu se encontrar fechado, sem manutenção. Apenas alguns equipamentos oferecem atividades gratuitas para o público. No caso do Teatro Pedro II, ele oferece um dia no mês em que a entrada é franca para assistir a apresentação da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.

8

Teatro de Arena Dr Jaime Zeiger

Figura 6.8. Teatro de Arena. Fonte: Acervo da autora.

48

3

Figura 6.6: Museu da Imagem e do Som. Fonte: Acervo da autora.

Ainda sobre o Teatro Pedro II, junto ao auditório Meira Júnior, o Centro Cultural Palace e a Casa da Memória Italiana, quando não estão acomodando um evento, são lugares onde é possível conhecer o espaço, mas é necessário agendar uma visita acompanhada, o que acaba inibindo um pouco a entrada do público que por ali passa. O MARP não possui acervo fixo, mas quando recebe exposições temporárias também permite a visitação.

Teatro Pedro II e Auditório Meira Júnior

Figura 6.9. Teatro Pedro II. Fonte: Acervo da autora.

Figura 6.7: Museu da 2a Guerra Mundial. Fonte: Acervo da autora.

2

Centro Cultural Palace

Figura 6.10. Centro Cultural Palace. Fonte: Acervo da autora.


1

Casa da Memória Italiana

Figura 6.11. Casa da Memória Italiana. Fonte: Acervo da autora.

5

MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto

Figura 6.12. Museu de Arte de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo da autora.

Foi possível observar que alguns equipamentos são prejudicados visualmente pela má implantação do mobiliário urbano, como é o caso do MARP. A maneira como a maioria dos pontos de ônibus foram implantados tiram a visibilidade de equipamentos que tem valor histórico e ou cultural, além de prejudicar a mobilidade e acessibilidade.

14

13

Sala Marcos Caruso

Figura 6.13. Sala Marcos Caruso. Fonte: Acervo da autora.

10

Teatro Minaz

Auditório do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora

Alguns equipamentos, como o Auditório do Colégio Marista, o Auditório do Colégio Auxiliadora, o Teatro Minaz, a Sala Marcos Caruso e o Teatro Municipal só abrem para eventos agendados, sendo necessário pagamento de ingresso ou ser convidado para ter acesso também. O cinema CAUIM decepciona muitos visitantes ao chegarem ao local, a fachada está pixada, o programa escasso por oferecer poucas opções de horários e o ingresso é pago no valor de 5 reais a meiaentrada.

7

Teatro Municipal de Riberão Preto

Figura 6.16. Teatro Municipal. Fonte: Acervo da autora.

15

Figura 6.15. Auditório Auxiliadora. Fonte: Acervo da autora.

Figura 6.14. Teatro Minaz. Fonte: Acervo da autora.

Auditório do Colégio Marista

Figura 6.17. Auditório Marista. Fonte: Acervo da autora.

11

Cinema CAUIM

Figura 6.18. Cinema CAUIM. Fonte: Acervo da autora.

49


A escola de teatro TPC e o SESC são um dos poucos equipamentos que oferecem atividades próximas ao objetivo do projeto, o TPC possibilita aulas de teatro, porém de caráter particular, para alunos inscritos no seu curso e que realizam pagamentos mensais. Já o SESC proporciona algumas atividades gratuitas de lazer e eventos, com a intenção de integrar a sociedade. Possui ações sociais, espaços para estudos e aprendizado, mas são pouco divulgados, como o edifício foi implantado de forma que se fecha em relação ao entorno, é difícil as pessoas que não são usuários frequentes se aproximarem para pedir informações. Desde a sua inauguração, o SESC já passou por mudanças e ampliações, possui biblioteca, ginásio poliesportivo, academia e piscina de raia semi-olímpica. Possui possibilidade de ampliação no futuro, o projeto do Centro de Educação Sustentável terá como proposta de linkar suas atividades com o programa do SESC. A maioria dos equipamentos, como museus e edifícios históricos não atraem o público, com isso parte da história de Ribeirão vai se perdendo. Nota-se a falta de espaços em Ribeirão onde as pessoas possam se manifestar ou expressar suas opiniões, foi notado a falta de um lugar adequado onde as pessoas possam se informar e interagir com novas práticas sustentáveis. Em conclusão, a maioria dos equipamentos encontrados não estão em boas situações, criando uma falta de interesse da população em utilizar alguns desses espaços. Constatando assim, o comprometimento da qualidade da paisagem urbana em função da deterioração e ou degradação de edifícios e ou conjuntos arquitetônicos.

50

12

TPC Curso de Teatro

Figura 6.19. TPC Curso de Teatro. Fonte: Acervo da autora.

4

SESC Ribeirão Preto

Figura 6.20. SESC Ribeirão Preto. Fonte: Acervo da autora.


07


519m 519m

523m

07 área de intervenção 523m

524m

524m

525m

525m

526m

526m 527m 7.1. Situação Atual do Lote 527m

528m

Vista 1

528m

529m

Rua Mariana Junqueira

R

ua

Ál

va

re

s

C

530m

529m

Rua Mariana Junqueira R ua ua Ál Ti R va bi u riç re a a Ti s C b iri ab ça ra l

R

ab

ra

l

87m

530m Figura 7.1. Foto Terreno 1. Fonte: Google Maps.

531m

531m

49m

87m 49m

1

532m

R

ua

533m

Figura 7.2. Foto Terreno 2. Fonte: Google Maps.

534m

534m

PraçaVista XV de 2 Setembro V de XV o de Novembro

Ál

va

re

s

C

ab

Rua Mariana Junqueir

2

Rua Mariana Junqueira R ua ua Ál Ti R va bi ua riç re a Ti s C b iri ab ça ra l Figura 7.3. Diagrama Terreno.

R

533m

3

4.263m²

532m

Vista 3

4.263m²

ra

l

Fonte: Acervo da autora.

Esquina Cruzamento das ruas Mariana Junqueira e Álvares Cabral

Esquina Cruzamento das ruas Mariana Junqueira e Tibiriça

Figura 7.5. Foto Terreno 4. Fonte: Google Maps.

Figura 7.6. Foto Terreno 5. Fonte: Google Maps.

vembro

0

100m Figura 7.4. Foto Terreno 3. Fonte: Google Maps.

100m

52


7.2. Levantamento do Entorno Mapa Topográfico Córrego Retiro Saudoso 519m

519m 523m 524m 525m

523m

526m

524m

527m

525m

528m

526m

Rua Mariana Junqueira De acordo com as curvas de nível do mapa (Figura 7.7.), é possível observar a declividade em direção Rao Córrego Retiro Saudoso, o lote R ua ua Ál Ti possui altitude em torno de 529 metros. v b ar

es

iri

C

529m

ça

ab

ra

l

Mapa Figura Fundo

530m

527m

531m

528m

87m

4.263m²

49m

Rua Mariana Junqueira

532m

529m

533m 530m

R

ua

R Ál

ua

va

re

s

C

ab

534m

531m

532m

A integração entre a abordagem arquitetônica e urbana devem ser consideradas, por isso o levantamento do entorno será essencial para trabalhar a relação do edifício com todas as interferências do bairro e da cidade.

Quarteirão Paulista

Ti

bi

riç

a

ra

l

Praça XV de Setembro Praça XV de Novembro

533m

534m

Figura 7.7. Mapa Topográfico. Fonte: Acervo da autora.

0

100m

O centro é bastante edificado, a densidade ao redor do terreno é considerada alta, a maioria das construções possuem pequena área de recuo frontal, contraditoriamente vazios são criados no interior das quadras, espaços muitas vezes inutilizados. A área de implantação escolhida hoje está ocupada por um estacionamento particular, os quais são frequentes no centro de Ribeirão, já que as vagas de carro nas ruas são muito competidas.

Terreno de Implantação 0

100m

Figura 7.8. Mapa Figura Fundo. Fonte: Acervo da autora.

53


Mapa Uso do Solo

O terreno de implantação está inserido em uma área de uso misto, os usos do entorno são bastante diversificados, as atividades de prestação de serviços e comércio tem maior concentração no setor norte do quadrilátero central, o que vem sendo observado, inclusive, desde as origens da cidade. Já o uso residencial é pequeno no entorno, a maioria das moradias são casas térreas antigas. De acordo com pesquisa realiza pelo IPERP (Instituto de Pesquisa e Estudo de Ribeirão Preto) em 2007, a maioria da população utiliza o centro da cidade para fazer compras (63%) e não apenas como local de passagem (37%). As pessoas vão para o centro com o objetivo de comprar, estudar, trabalhar, divertir-se ou até mesmo de passagem.

Gabarito

Figura 7.9. Mapa Uso do Solo. Fonte: Acervo autora.

Área Verde Comercial Serviço Residencial Institucional Vazio Sem Uso Terreno de Implantação

54

0

100m

8 a 18 pavimentos 4 a 7 pavimentos 0 a 3 pavimentos Terreno de Implantação

O entorno possui edificações baixas e altas, sendo a maioria de até 3 pavimentos.

0

100m Figura 7.10. Mapa Gabarito. Fonte: Acervo autora.


HIERARQUIA FISICA

Hierarquia Viária Física

Transporte Público Ponto de Ônibus

Terreno de Implantação

0 0

100m

Ponto de Ônibus

100m

Terreno de Implantação Vias Principais Vias Coletoras Calçadão

Figura 7.12. Foto Ponto de Ônibus Fonte: Acervo da autora. 0

HIERARQUIA FUNCIONAL

HIERARQUIA FISICA

100m

Figura 7.11. Mapa Transporte Público. Fonte: Acervo da autora.

0

100m

HIERARQUIA FUNCIONAL

HIERARQUIA FISICA motos e pedestres são bastante intensos O fluxo de carros, ônibus, nesse local, principalmente nos dias de semana e horários comerciais. O carro é o transporte privado mais utilizado (Figura 7.15.).

Figura 7.13. Mapa Hierarquia Viária Física. Fonte: Acervo da autora.

Vias PrincipaisViária Funcional Hierarquia Vias Coletoras

Na lateral direita do terreno há um ponto de ônibus do outro lado da rua (Figura 7.12.), a empresa responsável pela administração e operadora do transporte coletivo é a Transerp - Empresa de Transporte Urbano de Ribeirão Preto. Como o ônibus é o meio de transporte mais utilizado (Figura 7.15.), o projeto pretende incentivar o uso do transporte público, além de oferecer espaço para bicicletas, terá implantação também de vias internas para circulação de pedestres, promovendo segurança e conforto.

Calçadão

0

100m

0

10

Terreno de Implantação Fluxo intenso Fluxo medio Pouco fluxo

Vias Principais Vias Coletoras Calçadão

0

100m

Figura 7.15. Gráfico Meios de Transporte Fonte: Sips (2010)

Vias Principais Vias Coletoras

Calçadão

0

100m

Figura 7.14. Mapa Hierarquia Viária Funcional. Fonte: Acervo da autora.

Fluxo intenso Fluxo medio

55


08


condicionantes do projeto 08 8.1. Terreno de Implantação -2,00

87.04

-2,00

Rua Tibiriça

Rua Álvares Cabral

-1,00

-1,00

A = 4.150,00 m

+0,00

+0,00 +1,00

Rua Mariana Junqueira

+1,00 Figura 8.1. Diagrama Terreno de Implantação. Fonte: Acervo da autora.

ESC 1:500

Muro de Arrimo

A Figura 8.1. apresenta o lote atualmente, onde será projetado o Centro de Educação Sustentável, a frente do lote, na rua Mariana Junqueira, já possui vegetação existente, com árvores de grande porte, elas estão inseridas na parte mais alta do lote, onde foi feito um muro de arrimo para conter a diferença de nível de 1m. O caimento da água das chuvas é feito em direção ao fundo do lote, área de cota mais baixa. A topografia natural pode auxiliar na implantação do auditório e teatro de arena, os quais devem ser projetos com inclinação mínima para boa visualização do palco.

Figura 8.2. Foto Interior do Lote. Fonte: Acervo da autora.

57


8.2. Condicionantes Ambientais Clima e Ecossistema De acordo com o zoneamento bioclimático da NBR 15220 da ABNT (em anexo), o município de Ribeirão Preto encontra-se na Zona Bioclimática 4, apresentando um clima quente, tropical semi-úmido, com invernos secos e verões úmidos, quando concentra-se a ocorrência das chuvas. Nota-se, da observação das informações obtidas do CEPAGRI (Figura 8.3.), que a temperatura média do ano todo é 23.2 ºC, sendo que a temperatura média máxima dos meses de agosto a abril gira em torno de 30ºC. O índice pluviométrico é de 1422,5mm/ano, sendo o mínimo de 20,9mm, observado no mês de julho, e a maior concentração de chuva acontece nos meses de dezembro e janeiro com mais de 250mm por mês. Por influência da ocupação do solo, nos períodos de grande intensidade de precipitação, as enchentes podem aumentar sua magnitude e frequência, podendo ocasionar inundações no Córrego Retiro Saudoso. Para promover a melhoria da drenagem urbana, serão previstas áreas permeáveis no lote de implantação, beneficiando na capacidade de absorção da água das chuvas.

Quanto à vegetação natural, o município localiza-se em área de ocorrência de cerrado. De acordo com o Mapa de Zoneamento Ambiental (em anexo), o quadrilátero central se encontra na ZUD 1 (Zona de Uso Disciplinado 1), a qual compreende a área da Formação Serra Geral (basalto), onde o solo (terra roxa) apresenta altos índices de produtividade.

8.3. Condicionantes Legais O projeto do Centro Cultural será feito de acordo com os parâmetros e exigências construtivas do(a): -

Plano Diretor de Ribeirão Preto; (em anexo) Código de Obras de Ribeirão Preto (em anexo); Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico; (em anexo) NBR 9050 (em anexo) NBR 15220 (em anexo) NBR 15575

Segundo o Mapa de Macrozoneamento Urbanístico, previsto no Plano Diretor (em anexo), o lote está situado na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP). Quadro com principais parâmetros urbanísticos para ZUP a serem considerados no projeto do Centro Cultural:

Coeficiente de Aproveitamento (CA) Básico

3

Taxa de Ocupação (TO) Máxima

80%

Taxa de Solo Natural (TSN) Mínima

10%

Afastamento Frontal (AF)

5m

Afastamentos Laterais e Fundos (ALF)

2m

Gabarito Básico (pode ser ultrapassado)

10m

Tabela 03- Parâmetros Urbanísticos. Fonte: Acervo autora, a partir da Legislação Municipal de Ribeirão Preto/SP (2007). Disponível em: <https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J321/pesquisa.xhtml?lei=21377>.

Infraestrutura

Figura 8.3. Temperaturas Médias e Precipitação. Fonte: CEPAGRI - Centro de Pesquisa Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura. Disponível em: <https://www.cpa.unicamp.br/ outras-informacoes/clima_muni_490.html>.

58

A zona é bem dotada de infraestrutura urbana, toda a água de abastecimento de Ribeirão Preto vem de um imenso reservatório de águas subterrâneas chamado Aqüífero Guarani, de onde é extraída pelo Daerp (Departamento de Águas e Esgotos de Ribeirão Preto) através de poços tubulares profundos. Já a distribuição de energia elétrica é feita pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), empresa responsável pela distribuição de energia do Brasil.


8.4. Diagrama Síntese dos Condicionantes de Projeto

Levando em consideração os condicionantes de projeto, foi concebido um diagrama a partir da maquete física, ilustrando as considerações que devem ser feitas na concepção do projeto. Considerando os parâmetros urbanísticos para a ZUP – Zona de Urbanização Preferencial – e os condicionantes ambientais, os recursos naturais foram utilizados como aliados do projeto, afim de obter conforto ambiental e eficiência energética.

Figura 8.4. Diagrama Condicionantes. Fonte: Acervo da autora.

A vegetação da rua Mariana Junqueira será preservada e o jardim será ampliado para abrigar melhor as árvores. A criação de caminhos e áreas verdes nos recuos e no centro do terreno serão destinados para o uso público, como uma continuidade da calçada, convidando os pedestres a adentrarem e circularem pelo lote. Além disso, o uso de vegetação ao redor do edifício vai auxiliar no condicionamento térmico.

59


09


desenvolvimento da proposta 09 9.1. Foco em atividades sustentáveis O projeto do centro de cultura terá como foco a educação sustentável, prevendo um programa de ensino de sustentabilidade aberto para a população. Serão oferecidos espaços com atividades diversas, para elaboração de aulas, palestras, workshops e oficinas práticas, além de uma biblioteca para estudo e áreas para contemplação. As atividades oferecidas permitem uma aproximação entre a comunidade e o espaço urbano, propondo a integração de grupos sociais variados. O espaço pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde crianças até idosos, podendo ser desfrutado até mesmo quando não houver eventos. Tendo como objetivo possibilitar uma educação de sustentabilidade para todos, o projeto do centro de educação sustentável deve servir como um exemplo, demonstrando de forma prática algumas técnicas e soluções de aprimoramento sustentáveis. Por ser uma obra com consciência ecológica, a escolha integrada de processos construtivos é fundamental, a procedência dos materiais utilizados na obra devem ser demonstrados, assim como todas as práticas sustentáveis adotadas no projeto do edifício, que serão demonstradas e exemplificadas no projeto. A criação de passeios e áreas abertas tornam o espaço mais funcional, propondo trajetos opcionais, até mesmo para aquelas pessoas que estiverem apenas de passagem, onde os pedestres podem desfrutar de experimentações de ações sustentáveis e serem acolhidos de forma que se sintam em casa.

9.2. orientação solar A forma do edifício será pensada a partir do estudo solar, de forma a aproveitar áreas com iluminação natural e minimizar as áreas expostas à radiação direta. De acordo com a Carta Solar (Figura 9.1.) é possível observar que a fachada Sul é a que recebe menos incidência solar e a fachada Norte não recebe incidência solar no verão. As superfícies envidraçadas e transparentes criam ambientes visualmente agradáveis, além de favorecer a iluminação natural, mas devem ser sombreadas em qualquer orientação onde haja incidência

Figura 9.1. Carta Solar para latitude 21º10’ S. Fonte: Bittencourt (2004).

solar direta. Para as fachadas que tiverem uma incidência de radiação direta indesejável pode-ser prever o uso de elementos externos de proteção ou brises móveis, que permitem o ajuste ao longo do tempo, acompanhando a trajetória solar e controlando a quantidade de luz recebida nos espaços. A utilização de vegetação de grande porte para proteção solar também é vantajosa. O programa será pensado de forma que disponha os ambientes de baixa permanência nas áreas mais críticas, e os ambientes de longa permanência em áreas mais privilegiadas. Em relação as vedações, de maneira geral, quanto mais clara a cor das superfícies externas, menor a absorção de calor. Por ser uma área que favorece o uso de placas solares, para uma melhor eficiência energética será reservada uma área da cobertura para a utilização de painéis solares fotovoltaicos, propondo um consumo menor de energia e tirando proveito do clima de Ribeirão Preto, que possui dias nsolarados na maior parte do ano.

61


Ál

va

528m

Ti

re

s

bi

C

529m

ab

l

87m

Aberturas para ventilação (NBR 15.220 - em anexo)

Rua Mariana Junqueira R

ua

533m

534m

Praça XV de solstício de verão - 21/12 Setembro 14:00 hrs

4.263m²

49m

531m da NBR 15.220, De acordo com as Diretrizes construtivas na Zona Bioclimática 4, deve ser proposto o sombreamento das 532m ser médias, para aberturas e as aberturas para ventilação devem aberturas médias a área deve ser de 15 a 25% da área do piso.

arteirão ulista

a

ra

530m

sombreamento do terreno

riç

R Ál

va

ua

re

s

C

ab

Ti

bi

riç

a

ra

l Figura 9.2. Dimensões do lote. Fonte: Acervo autora.

17:00 hrs

Praça XV de Novembro

534m 0

solstício de inverno - 21/06 14:00 hrs

100m

17:00 hrs

Figura 9.3. Imagens sombreamento no terreno. Fonte: Acervo autora.

62


9.3. relação com equipamentos próximos Terreno de Implantação 1)Centro Cultural Palace -Anfiteatro Pedro Paulo da Silva para 90 pessoas -Auditório Palace para 30 pessoas -Sala dos espelhos (oficinas destinadas para dança) para 20 pessoas -Vagões Culturais para 30 pessoas (exposições/cinema/vídeo palestras) -Salão Mármore- exposições para 50 pessoas -Galeria (exposições) 50 pessoas -Sala de oficinas 30 pessoas -Salão Verde para lançamento de livros 80 pessoas

4

4)Sesc (programa atual) -Auditório 200 lugares -Sala de Exposição -Espaço de Brincar -Espaço de Convivência -Oficina 20 lugares (dança e arte) -Atividades esportivas no Ginásio (natação, corrida, futsal, vôlei, basquete, badminton, tênis de mesa, xadrez e jogos eletrônicos) -Galpão 80 lugares (música, teatro, cinema e vídeo)

3

2)Teatro Pedro II -Auditório 200 lugares -Teatro 1.588 lugares

2

3)Biblioteca Altino Arantes -Acervo de livros

5

1

5)MARP -Exposição de Arte 0

100m

O projeto do Centro de Educação terá como proposta de linkar suas atividades com os programas já existentes nos equipamentos próximos, o centro será desenvolvido de forma que complemente as atividades, suprindo a necessidade de mais espaços públicos e oferecendo ambientes adequados para aprendizagem da sustentabilidade.

Figura 9.4. Mapa equipamentos próximos. Fonte: Acervo Autora.

9.4. conceito e partido Com o intuito de transformar o desenvolvimento sustentável em uma prioridade no plano de desenvolvimento das cidades, a oferta de oportunidades de aprendizado será concedida de uma forma divertida, criando laços e espontaneamente promovendo o conhecimento, instruindo de forma imperceptível sobre técnicas sustentáveis que possam ser adotadas em outros locais. A integração entre a abordagem arquitetônica e urbana foram essenciais para o projeto, considerando a relação do edifício com

todas as interferências do bairro e da cidade. Foi levado em conta o grande fluxo de circulação nas proximidades, idealizando o acesso ao lote possivel pelas três vias que o circundam. A implantação do edifício foi pensada de forma a criar uma relação com o entorno. O lote será aproveitado para criar novas formas de convívio aos usuários que por ali passam, desenvolvendo uma característica de pertencimento da cidade.

Figura 9.5. Desenhos partido. Fonte: Acervo Autora.

63


9.5. organização das atividades

Salas de Aula e Oficinas

zoneamento geral

Área Administrativa

O zoneamento foi pensado na forma com que os diferentes setores se relacionam e por onde os acessos poderão ser feitos. O programa foi dividido em três áreas principais, uma área administrativa, uma área de estudo e apresentações, e uma terceira área, onde as oficinas de criatividade e salas de aulas irão se concentrar.

Pátio Central

O acesso pode ser feito de forma livre inicialmente, por meio de diferentes caminhos e passarelas, restringindo a passagem dos pedestres apenas para espaços privados e administrativos. Como é o caso das salas de aula e oficinas de criatividade, onde o acesso é realizado apenas através da administração no pavimento térreo.

Biblioteca e Auditório

O projeto do Centro Sustentável tem como proposta um pátio aberto no centro do lote, onde exposições e manifestações serão bemvindas. A criação de diversas possibilidades de percurso faz com que quem esteja passando seja convidado a observar diferentes perspectivas.

Figura 9.6. Zoneamento Geral. Fonte: Acervo Autora.

fluxograma Setor Educacional

Setor de Serviços

Sala dos Professores

Oficinas

Setor Administrativo

WC Diretoria

Salas de Aula

WC

Sala de Reunião Circulação Circulação

Acervo e Reserva Técnica

Administração / Recepção

Copa DML

Acesso WC

Pátio Aberto Biblioteca

Auditório Teatro de Arena

64

Acesso

Figura 9.7. Fluxograma. Fonte: Acervo Autora.


10


10 alvos ambientais do selo aqua-hqe Os recursos naturais devem ser usados como aliados do projeto, afim de obter conforto ambiental e eficiência energética. Para concepção do projeto será utilizado como referência o método Addenda (ZAMBRANO, 2008), que tem como objetivo facilitar a integração dos critérios ambientais, com isso serão utilizadas recomendações oriundas da análise de 4 problemáticas: implantação, morfologia, materialidade e espacialidade. Lista das problemáticas arquitetônicas: 1. Implantação a. Sistema de distribuição: transportes, vias, acessos, estacionamentos. b. Tratamento de limites: materialização dos limites, orientação, topografia. c. Controles climáticos: insolação, ventos, chuvas, umidade. d. Inserção na paisagem: construções, pavimentação, vegetação. e. Gestão de recursos: energias renováveis, redes, disponibilidades locais f. Gestão de incomodos: poluição, riscos g. Distribuição de espaços: vistas, vias internas, conexões 2. Morfologia a. Opções de compacidade: forma. b. Definição de ocupação: superficie, localização. c. Composição de escalas: elevação, repartição. d. Embasamento: ancoragem. 3. Materialidade a. Decisões estruturais: tipo de estrutura. b. Seleção de materiais: inércia, isolamento, porosidade, acabamento. c. Organização de transparências: tipologia, repartição, proporção. d. Determinação de proteções: tipo, posição, mobilidade. 4.Espacialidade a. Distribuição dos espaços: situação, iluminação. b. Divisão de zonas: funcionalidade, homogeneidade, manutenção. c. Qualificação dos limites: espessura, tratamento. d. Regulação de ambiências: térmica, ventilação, hidráulica, luminosa, sonora, olfativa. e. Integração de usos: ocupação, informatização, equipamentos.

66


10.1. alvos ambientais x parâmetros do projeto A partir da análise das problemáticas arquitetônicas e técnicas sustentáveis que poderão ser adotadas para o projeto, foi organizado uma tabela relacionando os parâmetros do projeto com os alvos ambientais existentes na certificação AQUA-HQE. Essa tabela tem como objetivo final identificar os alvos que serão escolhidos como melhores práticas, boas práticas e nível base (ver Tabela 08).

3-Canteiro com poucos impactos

Escala

Embasamento

Composição

x

x

x

x

x

x x

x

5-Gestão da Água Eco-gestão

Ambiente Exterior

x

Conforto

x

x

x

x

x x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

12-Condições sanitárias 13-Qualidade do ar

x

x

x

x x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

14-Qualidade da água

x

x

x

x

x

x

x

10-Conforto Visual 11-Conforto Olfativo

x x

7-Assistência Técnica e Manutenção

9-Conforto Acústico

Saúde

x

x

8-Conforto Higrotérmico

Ambiente Interior

x

x

x

x

Regulação

Envelope

x

Comunicação

Forma

x

Partição

Usos

x

Distribuição

Incômodos

x

Espacialidade

Proteção

Recursos

x

Porosidade

Paisagem

x

Construção

Microclima

x

4-Gestão de energia

6-Gestão de dejetos das atividades

Materialidade

Limites

1-Relação do edifício com o seu entorno 2-Escolha integrada dos processos de construção

Morfologia

Distribuição Eco-construção

Implantação

x x

x

x

x

x

x

x x

Tabela 04- Matriz de análise do método Addenda. Fonte: Acervo autora, a partir de tabela de Zambrano, 2008.

67


10.2. Hierarquização dos Alvos aqua-HQE MP- melhores práticas BP- boas práticas B- base

Eco-construção 1

Relação do edifício com o seu entorno

2

Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos

3

Canteiro de obras responsável / canteiro de obras com baixo impacto ambiental

nível MP BP B

Eco-gestão 4

Gestão de energia

5

Gestão de água

6

Gestão dos resíduos / gestão dos resíduos de uso e operação do edifício

BP BP BP

7

Gestão da conservação e manutenção / manutenção permanência do desempenho ambiental

BP

Conforto 8

Conforto higrotérmico

9

Conforto acústico

10 Conforto visual 11 Conforto olfativo

MP BP MP B

Saúde 12 Qualidade dos espaços / qualidade sanitária dos ambientes 13 Qualidade sanitária do ar 14 Qualidade sanitária da água Tabela 05- Hierarquização dos Alvos HQE. Fonte: Acervo autora, a partir da tabela de Zambrano, 2008.

68

BP BP B

Para atender as exigências do Selo AQUA-HQE é necessário no mínimo 3 (três) alvos de melhores práticas, e no máximo 7 (sete) alvos de nível base. Foram pré-definidos como alvos de melhores práticas aqueles que tiveram mais parâmetros relacionados com a concepção do projeto. O projeto será pensado de forma que crie uma relação harmoniosa do edifício com o entorno imediato, pensando em maneiras para reduzir os impactos da construção sobre o ambiente exterior, destacando as características climáticas. Para o alcance do conforto higrotérmico nos ambientes serão utilizadas técnicas como o estudo da orientação solar, estudo para uma boa ventilação natural, inércia térmica da volumetria e o resfriamento evaporativo para uma melhor qualidade do ar. A relação visual deve ser satisfatória para atender o alvo de conforto visual, otimizando a iluminação natural e complementando com a iluminação artificial apenas quando necessário. Para atendimento dos alvos escolhidos como boas práticas, estudos serão feitos para uma melhor escolha do sistema estrutural e materiais construtivos que sejam vantajosos para o projeto, de fácil manuntenção, que economizem o máximo de energia e tenham menos desperdício. Todo resíduo gerado pela construção e durante o uso do edifício deve ser reciclado ou reutilizado quando possível. A gestão da água será feita de modo a economizar a água potável, serão utilizados sistemas economizadores, o tratamento de água usada será feito para reutilização nas bacias sanitárias e limpeza de calçadas. Além de providenciar uma captação da água das chuvas, criando um reservatório de água pluvial.


11


11 o projeto

Figura 11.1. Perspectiva 1. Fonte: Acervo Autora.

aÇões sustentáveis

a Ti bi

riç

a eir qu Jun

Ru a

a an

70

ari

Figura 11.2. Perspectiva 2. Fonte: Acervo Autora.

aM

Por ser uma obra com consciência ecológica, a escolha integrada de processos construtivos é fundamental, a procedência dos materiais utilizados na obra devem ser demonstrados, assim como todas as práticas sustentáveis adotadas no projeto do edifício, que serão demonstradas e exemplificadas no projeto.

Ru

Tendo como objetivo possibilitar uma educação de sustentabilidade para todos, o projeto do centro de educação sustentável deve servir como um exemplo, demonstrando de forma prática algumas técnicas e soluções de aprimoramento sustentáveis.


11.1. topografia do projeto O projeto foi pensado de forma a aproveitar a topografia existente, a inclinação natural do terreno foi favorável para a implantação do teatro de arena, assim como a criação de níveis que se adaptam ao terreno natural.

Teatro de Arena

Rua Ma 6,00m

riana Ju

nqueira

Cascata

Espelho D’Água 5,20m

iça

2,00m

ir Tib

2,05m

al Cabr

1,50m

4,20m

s lvare

a

Ru

Á Rua

2,40m

Arquibancada 3,00m

11.2. SETORIZAÇão

Figura 11.3. Topografia do projeto. Fonte: Acervo Autora.

Salas de Aula e Oficinas Área Administrativa

Pátio Central

Biblioteca e Auditório

Figura 11.4. Setorização. Fonte: Acervo Autora.

A forma que compõe o edifício cria ambientes acessíveis e que se integram com o entorno, foi planejado um edifício dividido em dois volumes principais, que criassem diferentes espaços e aproveitassem sua relação com o exterior. Como o entorno possui edificações predominantemente baixas, sendo a maioria de até 2 pavimentos, foram pensados volumes com um gabarito de até 10 metros, a ideia é que a construção seja inserida na paisagem da forma mais natural possível.

71


11.3. ESTUDO SOLAR

ESTUDO SOLAR O diagrama demonstra os volumes projetados na localização específica, sendo possível observar em quais superfícies da envoltória do edifício a insolação é maior. Os valores de pico (em BTU/sq ft) indicados são resultados do estudo para o mês de dezembro.

biblioteca e auditório 192,5 BTU/sq ft 171,9 BTU/sq ft

11,2 BTU/sq ft

313,5 BTU/sq ft

Valores de pico (em BTU/ sq ft)

103,4 BTU/sq ft BTU/sq ft

0

160,1

320,1

12,15 BTU/sq ft

No diagrama ao lado é possível observar as formas projetadas na localização específica, demonstrando em quais superfícies da envoltória do edifício a insolação é maior para o mês de dezembro.

37,8 BTU/sq ft

178 BTU/sq ft Figura 11.5. Estudo solar 1. Fonte: Acervo Autora.

área administrativa e oficinas 111,3 BTU/sq ft

203,8 BTU/sq ft

175,2 BTU/sq ft

313,5 BTU/sq ft 14,84 BTU/sq ft

86,93 BTU/sq ft

11,87 BTU/sq ft

O edifício foi projetado de forma com que os ambientes de baixa permanência ficassem dispostos nas áreas mais críticas, e os ambientes de longa permanência em áreas mais privilegiadas. Para as superfícies da cobertura, onde a insolação é maior, foram previstas soluções e técnicas sustentáveis como a utilização isolantes térmicos, uma cobertura verde, o uso de telha sanduíche, placas fotovoltaicas e presença de ático (vão entre telhado e forro).

128,7 BTU/sq ft

inércia térmica Figura 11.6. Estudo solar 2. Fonte: Acervo Autora.

72

O volume da biblioteca e auditório foi desenvolvido com ambientes semienterrados, para que possuíssem temperaturas mais agradáveis tanto no verão quanto no inverno. A elevada inércia térmica da edificação faz com que a temperatura interna apresente uma defasagem e um amortecimento em relação ao externo.


11.4. sistema estrutural light steel frame detalhe camadas steel frame 4 Foi utilizado o aço como material principal do sistema construtivo, gerando menos resíduos, para a estrutura dos volumes foram projetados pilares e vigas de aço, junto ao sistema de light steel frame (LSF), uma estrutura simples e de execução rápida, feita a partir da montagem de materiais pré-fabricados. No steel frame foram utilizadas peças de dimensões 0,60mx1,20m como montantes, sendo possível dinamizar o projeto no futuro, ampliando ambientes existentes ou criando mais espaços. Esse tipo de sistema possibilita também a reciclagem do aço em caso de desconstrução. Para o tratamento acústico e térmico foi utilizado uma camade de lã de vidro, material incombustível e de facil manuseio. Para o revestimento externo foram utilizados painéis de madeira ecológica, incorporando a fachada e provocando uma aparência mais viva ao edifício. As placas de gesso acartonado realizam o fechamento nos ambientes internos e ainda podem receber outro revestimento como pintura, papel de parede etc.

5 6 3

7 8 9

2

10 1

1- Gesso Acartonado 2- OSB 3- Lã de Vidro 4- Estrutura LSF 5- OSB 6- Membrana (Barreira Hidrófuga) 7- EPS 8- Malha de Fibra de Vidro 9- Base Coat 10- Revestimento Madeira

Figura 11.7. Camadas do Steel Frame. Fonte: Acervo Autora.

biblioteca e auditório Cobertura Verde

Muro de Arrimo de Concreto

Estrutura LSF Figura 11.8. Estrutura da biblioteca e auditório. Fonte: Acervo Autora.

Vigas e Pilares em Aço

Revestimento Painéis de Madeira

73


área administrativa e oficinas

Painéis Solares

Clarabóia

Telha Sanduíche

Vigas e Pilares em Aço Caixas D’Água

Estrutura LST

Figura 11.9. Estrutura área administrativa e oficinas. Fonte: Acervo Autora.

74

Revestimento Painéis de Madeira


corte aa - área administrativa e oficinas

Caixas D’Água

Figura 11.10. Corte AA. Fonte: Acervo Autora.

corte bb - área administrativa e oficinas

Rampa de acesso para salas de aula e oficinas

A B A Figura 11.11. Corte BB. Fonte: Acervo Autora.

B Figura 11.12. Identificação Cortes. Fonte: Acervo Autora.

75


11.5. laje metálica

Figura 11.13. Perspectiva 3. Fonte: Acervo Autora.

Telha Metálica

Rufo

Camada Impermeabilizante Laje Pré Moldada Viga de Aço Parede 4 3

Figura 11.14. Campo de visão da perspectiva 3. Fonte: Acervo Autora.

O aço e concreto incorporados em um único elemento estrutural compõem a laje mista ou steel deck, sistema construtivo que utiliza uma fôrma de aço galvanizado, essa chapa composta por perfis é incorporada a uma laje de concreto moldada in loco, economizando materiais e mão de obra.

76

1- Viga de Aço 2- Fôrma de Aço Perfilada 3- Armadura 4- Concreto Estrutural

2 1

Figura 11.15. Camadas laje metálica. Fonte: Acervo Autora.


11.6. telhado vegetado intensivo

Figura 11.16. Perspectiva 4. Fonte: Acervo Autora.

7 5 4

6

3 2 Figura 11.17. Campo de visão da perspectiva 4. Fonte: Acervo Autora.

Na cobertura da biblioteca será utilizado o telhado verde, que contribui para um menor aquecimento dos ambientes internos e possibilita a plantação de vegetação na cobertura. A proposta para o telhado verde será do tipo Intensivo, o qual comporta plantas de nível médio a grande, sustentando uma carga entre 180kg/m² e 500 kg/m². Propondo um local de interação, contemplação e plantio de horta, incentivando a educação sustentável.

1 Figura 11.18. Camadas cobertura verde. Fonte: Acervo Autora.

1- Laje Pré Moldada 2- Faixa Impermeável 3- Faixa Drenante 4- Faixa Filtrante

5- Membrana de proteção contra as raízes 6- Terra Argilosa Seca 7- Vegetação

77


11.7. COBERTURA DE BAMBU

Módulo da cobertura de bambu

A cobertura de bambu é como uma trama que conecta os dois volumes principais, abrigando o pátio central e criando uma sensação de leveza e movimento ao projeto. A estrutura será feita a partir da ligação de peças de bambu, material disponível em grandes quantidade, sustentável e resistente. Para a conexão do bambu foi previsto um sistema de encaixe com peças de aço, que permite a facil manutenção, podendo substituir as peças quando necessário sem depender da modificação de toda a estrutura.

1

2

Além disso, serão instaladas mangueiras de PVC na estrutura, contendo bicos aspersores para nebulização de água em alta pressão, auxiliando na climatição dos espaços, por estar externa à estrutura, não comprete a resistência do bambu.

4

Figura 11.19. Módulo da cobertura de bambu. Fonte: Acervo Autora.

1- Placa de policarbonato 2- Peça de bambu 3- Peça de encaixe em aço 4- Mangueira de PVC 5- Aspersor de Água

e

m lu o V s do cina o a ur Ofi Aç t m tru as Es d iga e V

Vão na cobertura

Painél de Policarbonato Estrut

ura em

em Viga

Pilar Árvore em Aço

Figura 11.20. Estrutura da cobertura de bambu. Fonte: Acervo Autora.

78

5

3

O uso de placas de policarbonato permite uma melhor transmissão da luz natural, o seu ótimo índice de reflexão ajuda a reduzir a transmissão do calor e bloqueia os raios UV. Leves e fáceis de instalar, as placas foram acopladas no topo da estrutura, sendo que em alguns locais foram deixados vãos para viabilizar a ventilação.

Bamb

u

Aço


11.8. PASSARELAS SUSPENSAS

Figura 11.21. Perspectiva 5. Fonte: Acervo Autora.

As pessoas são capazes de caminhar não apenas ao redor dos volumes, mas por cima e através deles, experimentando perspectivas diferentes do terreno. A possibilidade de caminhos e acessos geram diferentes surpresas para o pedestre e uma mudança da paisagem urbana. Foi projetado uma passarela em madeira e aço que conecta os espaços, por baixo dela há um caminho acompanhado por espelhos d’água, com fechamento também em bambu, sendo possível acolher exposições relacionadas ao tema da sustentabilidade. Passarela Fechamento em bambu

Estrutura de Aço

Figura 11.23. Campo de visão da perspectiva 5. Fonte: Acervo Autora.

A passarela possui estrutura de aço e madeira laminada, de montagem rápida, baixo custo de manutenção e com alta resistência ao fogo. A madeira será aparafusada com parafusos de aço inoxidável especiais, que não deterioram com o tempo. Figura 11.22. Passarela suspensa. Fonte: Acervo Autora.

79


11.9. RESFRIAMENTO EVAPORATIVO

CICLO DA água

Figura 11.24. Perspectiva 6. Fonte: Acervo Autora.

A região do centro de Ribeirão Preto é bem dotada de infraestrutura urbana, toda a água de abastecimento vem de um imenso reservatório de águas subterrâneas chamado Aqüífero Guarani, de onde é extraída pelo Daerp (Departamento de Águas e Esgotos de Ribeirão Preto) através de poços tubulares profundos. No projeto do centro de educação sustentável o uso da água potável foi minimizado através do reuso de águas cinzas e águas pluviais.

Figura 11.25. Campo de visão da perspectiva 6. Fonte: Acervo Autora.

Um sistema de resfriamento evaporativo foi criado a partir dos espelhos d’água e mangueiras com aspersores, resfriando o ar pelo processo de evaporação e beneficiando na diminuição da temperatura e aumento da umidade do ar. Isso pode potencializar as correntes de convecção forçando o ar resfriado por aberturas voltadas para o pátio.

80

A água pluvial é captada por meio das coberturas e piso drenante, toda água captada e as águas cinzas são encaminhadas através de bombas para reservatórios de recepção subterrâneos. Destes reservatórios de recepção a água passa por um sistema de tratamento específico, onde é tratada para reuso e armazenada no reservatório de passagem. A partir do reservatório de passagem a água é direcionada pelos espelhos d’água, onde posteriormente passa por filtros de areia e dosagem de hipoclorito e é armazenada no reservatório de água filtrada. Seu destino final é a distribuição para abastecimento dos vasos sanitários e torneiras de lavagem (áreas técnicas).


Figura 11.26. Perspectiva 7. Fonte: Acervo Autora.

diagrama CICLO DA água Captação

Reservatório de Recepção Sistema de Tratamento Reservatório de Passagem

Espelhos D’Água

Filtragem Águas Cinzas Filtragem e Retirada de Sabão Reservatório de Recepção

Filtros Reservatório de Água Filtrada Distribuição

Figura 11.28. Campo de visão da perspectiva 7. Fonte: Acervo Autora.

Figura 11.27. Diagrama ciclo da água. Fonte: Acervo Autora.

81


piso drenante

educação sustentável

Será utilizado, além das áreas permeáveis, os pisos drenantes, permitindo a vazão da água e reduzindo a possibilidade de enchentes. Esse sistema de drenagem colabora para uma maior captação da água das chuvas, armazenando toda a água em reservatório para reúso posterior.

Por ser um projeto voltado para o ensino da consciência ambiental, no programa foram previstas salas de aula e oficinas, onde os usuários do centro podem experienciar práticas sustentáveis. Serão oferecidas atividades que podem ser realizadas com o intuito de incentivar o aprendizado de técnicas.

O piso será instalado através de placas modulares drenantes, formadas por um composto de poliuretano que funciona como uma supercola para unir agregados, que podem ser pedras e cascalhos, por exemplo. Apesar de ser composto por placas, esse sistema cria superfícies uniformes, resistentes e duráveis, suportando o fluxo intenso de pedestres e favorecendo a acessibilidade.

Alguns exemplos de práticas simples podem ser aulas de como fazer sabão, oficina de culinária para educar sobre a reutilização de alguns alimentos que são jogados fora, geração de adubo caseiro e aulas educativas que produzam materiais úteis para o dia-a-dia.

Piso Drenante

82

As atividades diversificadas podem atuar de maneira interdependentes, simultâneas e multidisciplinares. Além das aulas, serão utilizados mobiliários que inspirem práticas de preservação do meio ambiente. Foram implantados pelo terreno lixeiras seletivas, bicicletários, um relógio solar, horta comunitária, etc.


11.10. planta tĂŠrreo


Parede Verde

S

14

S

10

3,00m

10

S

S

15 18

1,50m S

3

3

S

14 6

12

2,05m

2,00m

10

7

S

17

S

8

13

10

1 11

5

11

4

2,85m

2,45m

9

3 3

S

16

2 S

S S

planta térreo

1- Administração: 33m² 2- Sala dos Professores: 17m² 3- Sanitário: 6m² 4- Sala de Reunião: 13m² 5- Diretoria: 12m² 6- Acervo e Reserva Técnica: 30m²

7- Copa: 11m² 8- DML: 5m² 9- Centro de Coleta de Reciclados 10- Espelho D’Água 11- Reservatório Água de recepção 12- reservatório água de passagem

13- cascata espelho d’água 14- Bicicletário 15- Arquibancada 16- Teatro de Arena 17- Biblioteca: 86m² 18- Auditório: 144m²

0

5

10

15

20

25


S

4

4,16m

S

4,24m

S

3,00m

S

6 4,20m

5 S

1,50m

5,50m

S

6 3 7 3

7

1 S

1

S

5,15m 2 2

2,85m

2,45m

2 2

8 S

2

S

S S

6,00m

S

5,20m 5,20m

planta primeiro pavimento

1- Sala de Aula: 25m² 2- oficina: 25m² 3- Sanitários: 9m² 4- Passarela suspensa 5- Cobertura Verde: 320m² 6- Horta Comunitária

7- Caixa D’Água 8- relógio solar

0

5

10

15

20

25


11.11. planta primeiro pavimento


11.12. implantação


4,16m 4,24m

3,00m

4,20m

2,85m

8,35m

6,00m

5,20m 5,20m

implantação

0

5

10

15

20

25


ventilação natural

geotermia

Em Ribeirão Preto, há um fator favorável no posicionamento de aberturas, as mesmas fachadas que são mais favoráveis do ponto de vista da insolação, como a Leste, Sul e Sudeste, são as mais favoráveis do ponto de vista da ventilação também. O fluxo de ar interno foi determinado pela posição das aberturas de entrada com relação ao exterior e das aberturas de saída com relação a corrente de ar interna.

O sistema de geotermia foi implantado através de uma serpentina enterrada no solo, a tomada do ar subterrêneo, independente de sistemas de condicionamento, resulta em redução da temperatura interna da edificação, esta tecnologia gera um ar “fresco”, que induzido por um duto, é insuflado nos ambientes para promover tanto a renovação do ar quanto o conforto térmico.

Ventilação Natural

8,35m 6,50m 5,20m 4,24m

4,20m

2,00m

Geotermia Geotermia

corte cc 0

5

10

15

20

25


11.13. corte cc


91


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050/04: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 3a edição. Rio de Janeiro, 2015.

FUNDAÇÃO VANZOLINI. Certificação AQUA-HQE. Disponível em: https://vanzolini.org.br/aqua/certificacao-aquahqe/ Acesso em: mai. 2017.

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220: Desempenho Térmico das edificações. Rio de Janeiro, 2005.

GROPIUS, Walter. Bauhaus: novarquitetura. 3ªed. São Paulo, Perspectiva, 1977.

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575: Norma de Desempenho. Rio de Janeiro, 2008. BELLEN, Hans Michael Van. Indicadores de Sustentabilidade: Uma análise comparativa. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, Florianópolis, 2002.

GUIMARÃES, Maria Lídia; GODOY, Mayara. As certificações ambientais na arquitetura Processo AQUA-HQE. Programa de Pós-Graduação IAU-USP.

BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: O que é: o que não é. 5ª Edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012. 200 p.

GUIA SUSTENTABILIDADE na Arquitetura: Diretrizes de escopo para projetistas e contratantes. Grupo de Trabalho de Sustentabilidade AsBEA. São Paulo: Prata Design, 2012.

BORGES, R. et al. Projeto de Reabilitação do Quadrilátero Central do município de Ribeirão Preto. Desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto no âmbito da Secretaria Municipal da Cultura, sob a coordenação desta e da Secretaria do Planejamento e Gestão Pública.

HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. Tradução Carlos Eduardo Lima Machado. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

BRANT, Julia. Centro Cultural El Tranque / BiS Arquitectos. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bis-arquitectos>. Acesso em 2018.

KOWALTOWSKI, C.C.K.; MOREIRA, D.C.; PETRECHE, J.R.D.; FABRICIO, M.M.. O processo de projeto em arquitetura da teoria à tecnologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

Câmara Municipal. Código de Obras do Município de Ribeirão Preto. 2007. Disponível em: < https://leismunicipais.com. br/codigo-de-obras-ribeirao-preto-sp>. Acesso em 2018.

LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência Energética na Arquitetura. 3a edição. São Paulo: ProLivros, 2014.

CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. 7a edição. São Paulo: Blucher, 2013. CORBELLA, O.; YANNAS, S. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro. Revan, 2009. COSTA, Maria L. et al. Estudo comparativo entre as normas ISO 21931:2010, NBR 15575 e os requisitos das Certificações AQUA e LEED. Proceedings of EURO ELECS 2015. Guimarães. Portugal, 2015.

92

GUIMARÃES, Ceça; IWATA, Nata. A importância dos museus e centros culturais na recuperação de centros urbanos. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/02.013/881>. Acesso em: 19/03/2018.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 2018.

MARCON, Naiane. Pavilhão de Renzo Piano no Museu de Arte Kimbell / Renzo Piano + Kendall/Heaton Associates. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/01-155354/ pavilhao-de-renzo-piano-no-museu-de-arte-kimbell-slash-renzopiano-plus-kendall-slash-heaton-associates>. Acesso em 2018. MELO, Victor Andrade. ALVES JUNIOR, Edmundo Drummond. Introdução ao lazer. Barueri, SP: Editora Manole, 2003. NEVES, Renata Ribeiro. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Especialize: Revista On-Line IPOG. Goiânia/GO, 2013.


PIRONDI, Ciro. Cidade: Convívio, Educação e Cultura. Disponível em: <http://arqfuturo.com.br/frontend/home/ post/2551>. Acesso em: 20/03/2018. Prefeitura municipal de Ribeirão Preto. Legislação Municipal. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo no Município de Ribeirão Preto, 2007. PROJETEEE. Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br>. Acesso em: 19/05/2018. REFERENCIAL TÉCNICO de Certificação AQUA-HQE. Sistema de Gestão do Empreendimento para Edifícios- SGE para Edifícios em Construção. Fundação Vanzolini. Versão 0. 2014. RIBEIRO, Luciana Pagnano. Conforto Térmico e a Prática do Projeto de Edificações: recomendações para Ribeirão Preto. EESC/ USP. Dissertação de mestrado. São Carlos, SP: Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2008. SOUZA, E.; Clássicos da Arquitetura: Centro Cultural São Paulo / Eurico Prado Lopes e Luiz Telles. Disponível em: <https:// www.archdaily.com.br/br/872196/classicos-da-arquitetura-centrocultural-sao-paulo-eurico-prado-lopes-e-luiz-telles>. Acesso em 2018. TAYRA, Flávio. A relação entre o mundo do trabalho e o meio ambiente: Limites para o desenvolvimento sustentável. Scripta Nova, Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales, Universidad de Barcelona, vol. VI, nº 119 (72), 2002. Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/sn/sn119-72.htm Acesso em: mar. 2017. VEIGA, A.J.P.; VEIGA, D.A.M.; MATTA, J.M.B. Vazios urbanos e sustentabilidade. Anais do VII Encontro Baiano de Geografia / X semana de geografia da UESB. Vitória da Conquista: UESB. 2011. ZAMBRANO, L. Integração dos Princípios da Sustentabilidade ao Projeto de Arquitetura. PROARQ-FAU/UFRJ. Tese de doutorado. Rio de janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.

93


ANEXOS

Macrozoneamento Urbanístico MUNICÓPI

O DE JARD IN�POLIS Rio Pard

o

o Rio Pard

Rio Pardo

NH

O

ILHA CIDADE NÁUTICA

ÃOZI

CEAGESP

DE

SERT

Rio Pardo

ICÓP IO

DISTRITO EMPRESARIAL PREF. LUIZ ROBERTO

MU N

JÁBALI

COND. RECREATIVA

CHÁCARAS RIO PARDO CJ. HAB. ADELINO SIMIONI

PQ. DOS SABIÁS

CJ. HAB. QUINTINO FACCI II

MUNI

CÓPIO

CJ. HAB. AVELINO A. PALMA

DE JA RDIN �P

OLIS

CJ. HAB.

Rio Pard

QUINTINO FACCI II

o

COND. CASA GRANDE

JD. HEITOR RIGON PQ. INDUST. AVELINO A. PALMA

CJ. HAB. ADELINO SIMIONI

PQ. DAS OLIVEIRAS

COND. ALDEIA DOS LARANJAIS

CJ. HAB. VALENTINA FIGUEIREDO

JD. LÔO GOMES DE MORAES

CJ. HAB. QUINTINO FACCI I

JARDIM

CORREIA DE CARVALHO

JD. HERCULANO FERNANDES

JD. SALGADO FILHO

ISK

I

COND. IPANEMA

JD. ESMERALDA

JD. FLORESTAN

JD.S ANT OS

DUM

FERNANDES

ONT

CJ. HAB. JOAQUIM PROC�PIO DE A. FERRAZ

JD.PLANALTO

JARDIM RUBEM CIONE CJ. HAB. JD. PRES.DUTRA

EUGÕNIO MENDES LOPES

RECANTO PRINCESA IZABEL

PQ. IND. TANQUINHO

JD. JAVARI

JARDIM PEDRA BRANCA

VL. HÚPICA

VL

.ES PE RA NÍ

LOT. PLANALTO VERDE

A

JD. INDAIA CJ. HAB. JOSÔ SAMPAIO JUNIOR

JD CARLOS DE LACERDA CHAVES

KI

VL. ELISA

CORREIA DE CARVALHO

VL. FÁBIO BARRETO

CJ. HAB. D. BERNARDO JOSÔ MIÔLLE

IS

CHÁC. PEDRO

JD. DIVA TARLÁ DE CARVALHO

COND. COPACABANA

COND. LEBLON

JD. JANDAIA

JD. PRES. DUTRA RES. DAS AMÔRICAS

LOT. PQ. DAS FIGUEIRAS

DE BR OD OW

MARINCECK

CJ. HAB. ALEXANDRE BALBO PQ. DAS ANDORINHAS

PALOCCI

VL. BRASIL

CJ. HAB. ANT�NIO

JD. SÚLVIO PASSALACQUA

CJ. HAB. JOVINO CAMPOS

ANTONIO

COND. JD. DAS PALMEIRAS "A"

OW OD BR

CJ. HAB. MARIA C. LOPES

JD. SALGADO FILHO

DE

CJ. HAB. GERALDO CORREIA DE CARVALHO RESID. NICOLAU G.S. FERREIRA

ICÓP IO

RECANTO CRUZEIRO DO SUL

COND. JD. DAS PALMEIRAS "B"

CHÁC. PEDRO

IO

CHÁCARAS BONACORSI

ÓP IC

LOT. ORESTES LOPES DE CAMARGO

N MU

PQ. DOS PÚNUS

MU N

COND. ALDEIA DOS CAJUEIROS

JARDIM M. LOURDES

JD. AEROPORTO JD. PARAISO VL. CARVALHO

RECANTO DAS PALMEIRAS

PROLONGAMENTO JD.AEROPORTO

PORTAL DO ALTO

LOT. PLANALTO VERDE

LOT. JABEZ

VL. AUGUSTA VL. ELISA

JD ARLINDO LAGUNA

NOVA PLANALTO

VL. MARIANA

VL. RECREIO

COND. OURO VERDE

JD. DAS PALMEIRAS

COND. MORADAS

VL. ABREU SAMPAIO PQ. IND. CEL QUITO JD. JOSÔ WILSON TONI

JD JAMIL SEME CURY

JD. PORTO SEGURO

VL. ALBERTINA JD. J�CKEY CLUB LOT. PLANALTO VERDE

JD DR. PAULO GOMES ROMEO VL.ZANETI PQ.SÉO JOSÔ

JD. EMIR GARCIA JD. MÁRIO PAIVA ARANTES

JD PASCHOAL INNECCHI

VL.BETI

JD

VL.M VL. ESMERALDA

VL.GERTRUDES

JD. OURO BRANCO

IRACEMA

ORA NDI NI

IPIRANGA

JD. PATRIARCA

JD. PAIVA

COND.

VL. LAPA

OURO VERDE

CIDADE JARDIM JD. CENTRAL PARK

ALTO DO IPIRANGA

PATRIMONIAL

CONDOMINIO JD. ELDORADO

CAMPESTRE

JD. INDEPENDÕNCIA

PQ. HIP�DROMO

COND. MIL PÁSSAROS

ESPLANADA DA JARDIM

ESTAÍÉO

IARA

CIDADE UNIVERSITÁRIA CAMPOS ELÚSEOS

VL AMÔRICA

CPFL

JD.

LOT. CÃNDIDO PORTINARI

VL.CEL.QUITO JUNQUEIRA

DAS MANS�ES

RESID. PRIMAVERA VL. AMÔLIA

SUMAREZINHO PQ. DOS FLAMBOYANS VL.PRADO

VL. MONTE ALEGRE

VL.ANTONIO DE OLIVEIRA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO

VL. TAMANDARÔ

VL.JOAQUIM NABUCO

CAMPOS ELÚSEOS

USP VL.BALBINA

LOT. ANGELO JURCA

JD. ANTÁRTICA

JD. SANTA LUZIA JD CADACAAN

COND. CHÁCARAS HÚPICA

VL.AURORA JARDIM RECREIO

JD. CONCEIÍÉO

VL.MANOEL

JD.MARIA AUGUSTA

JUNQUEIRA

VL. FORMOSA

VL. TIBÔRIO

LOT. PALMARES

JARDIM

VL.AMÔLIA

RECREIO ITANHANGÁ

PAULISTANO

JUNQUEIRA

JD. NOVO MUNDO

VL.UCHOA

JARDIM ITA� MIRIM

JD. ANHANGUERA

JD. PAULISTA

VL. LIBERDADE CENTRO

JD. BELA VISTA

O

H

N

ZI

IO

JD. DOM BOSCO

JD. MACEDO

JD.FRANCISCO GUGLIANO

PQ.INDEPENDÕNCIA

JD. EUGÕNIA

JD. VISTA ALEGRE

VILLAGE

COND.

HIGIEN�POLIS

CJ. HAB. JD.

JD.

JD PIO XII

EUNICE

JD.

COND.RES. GUEDES E TONANI

DE FRANCE

CHÁCARA

JARDIM HELENA

RECREIO INTERNACIONAL VL. ABRANCHES

ANHANGUERA COND.VILLA D'ITÁLIA

COND.

PQ. CIDADE IND. LAGOINHA

CJ. HAB. JD.

JD. INTERLAGOS

COND. CHÁCARAS INTERNACIONAL

CJ. HAB. JD DAS PALMEIRAS 1

RES. BOA VISTA

VL.EUROPA

PQ. DOS SERVIDORES

JULIANA "A"

ACLIMAÍÉO VL.STA. TEREZINHA

JD PRES. MÔDICE

JD.

JD.

JD.AMÔRICA

CENTENÁRIO

CJ. HAB. JD DAS PALMEIRAS 2

COND.PORTAL DOS PINHEIROS

PQ. INDUSTRIAL

EUROPA

FLORA

CASTELO BRANCO 1

JD. DELBOUX JD. MORUMBI

CJ. HAB. ADÉO DO CARMO LEONEL FEBEM

COND. VILA ROMANA

JD. PRIMAVERA

JD.PALMA TRAVASSOS

COND.

JD. BELA VISTA

N

VL. FERNANDES JD. CASTELO BRANCO 2

VL.D.PEDRO II

JD. GENÔSIO MASSARO

JD. DO TREVO

VL. COMERCIAL

JD.DAS PEDRAS

SEIXAS VL.VELLUDO

U M

SÉO SEBASTIÉO

JD. ITAPORÁ PQ.

VILA VL. GUANABARA

JD. JOSÔ FIGUEIRA

PQ.

JD. ZARA

FORMOSO

COND. PORTAL DAS BANDEIRAS

VL. PAULISTA

JD.ÁLVARO COSTA COUTO

COND. CIDADE DA CRIANÍA

JD.

BANDEIRANTES JD. GUANABARA

CJ. SOLAR BOA VISTA

ÓP IC

PQ. BANDEIRANTES

VL. AFONSO XIII

JD. PIRATININGA LOT. JOSÔ PITTA

SE

VL.CLAUDINA

JD. JAMAICA

JARDIM ITA�

ÃO RT

DE

JD. DO TREVO

JD. GRAJA�NA

SSO GRE PRO VL. VL. VIRGÚNIA

VL. ISABEL

PORTAL DOS IPES

LACERDA

VL. SANTANA IGUATEMI

JD. IBIRAPUERA

JD. SUMARÔ

JD MARIA GORETTI

PQ. CIDADE JD SÉO JORGE

JD.MORUMBI JD.BRANCA SALES

IND. LAGOINHA COND.

LOT. PQ. DOS LAGOS

COND.

JEQUITIBÁ

VALPARAISO

VILLA COND.

LOT. NOVA RIBEIRÃNIA

VERDE

SAMAMBAIA

PQ. DOS SERVIDORES

COND. CAMPOS DO JORDÉO

COND.

JD. SÉO LUIZ PQ. RIBEIRÉO PRETO JD. LARANJEIRAS

ALTO DA BOA VISTA PQ. RIBEIRÉO PRETO

COND.

NOVA

RESID. MOEMA

PENITENCIÁRIA

VL. GUIOMAR CJ. HAB. JD. MARIA DA GRAÍA

LOT. RIBEIRÃNIA

SANTA CRUZ

JD. MARCHESI

JARDIM MONTE CARLO

JD. IRAJÁ RES. FL�RIDA JD SANTA RITA

JD. PROGRESSO

COND.

COND. CARMEL

JD. VIDA NOVA

LOT. RIBEIRÃNIA

VILLAGE SÉO

CONDO PARK

JD. CALIF�RNIA

FRANCISCO

COND.RES.

COND. ITAMARATÚ

VISTA ALEGRE

COND. MONTEREY

COND. QUINTA DA BOA VISTA

CONDO PARK

COND.RES.

RECREIO ANHANGUERA

VL. ANA MARIA

PQ. ECOL�GICO ANGELO RINALDI

GARDEN VILLA

(HORTO FLORESTAL)

COND. LOT. BOSQUE DAS JURITIS

JD. JOÉO ROSSI COND. QUINTA DA BOA VISTA

COND.

LOT. BOSQUE DAS JURITIS II

RESID. JEQUITIBÁ

COND. DOS MANACÁS

PRIMAVERA

CJ. HAB. JD. MANOEL PENNA

JARDIM BOTÃNICO

DAS MAGN�LIAS

COND. ESTAÍÉO

COND. VILLA DEL FIORI

COND.

LOT. CITY RIBEIRÉO

JARDIM GREENVILLE

VILLAGE MONET

JD. NOVA ALIANÍA

COND.

JD. CANADÁ

JD. MORRO

COND. TERRA BRASILIS

COND. RESID. JATOBÁ

CITTÁ DI

DO IPÕ

POSITANO

COND. COND.

TORINO

MILANO COND. VERONA

COND. SAN DIEGO 2

COND. SAN DIEGO 1

COND. SAN DIEGO 3

CJ. HAB. JD.ROBERTO BENEDETTI

COND. GUAPORÔ 1 CJ. HAB. JD. SÉO JOSÔ

JD. NOVA ALIANÍA SUL

COND. COLINA VERDE COND.

COND. BURITIS JARDIM SAINT GERARD

COND.

GUAPORÔ 2

PAINEIRAS

COND. BUENOS AIRES

COND. JD. DOS GERÃNIOS

DE DU MO CÓPIO MUNI

S EIRA

D.

COND.

ANJ

COND. IPÕ ROXO

JD. DOS HIBISCUS COND.COUNTRY VILLAGE

CON

COND. AROEIRA COND. VILLA VICT�RIA

TENIS COUNTRY CLUB

COND. IPÕ AMARELO

LAR

NT

QUINTA DA ALVORADA

COND. IPÕ BRANCO

COND. CAIMBÔ

RECREIO DAS ACÁCIAS

LOTEAMENTO

COND.

SÚTIO

SAN

SÉO BENTO 1

REMO 2

COND. QUINTA DO GOLF

COND. SAN REMO 1

LOTEAMENTO SÚTIO SÉO BENTO 2

MIRANTE ROYAL PARK

N�CLEO SÉO LUIS

ROYAL PARK COND. FIRENZE

COND. VENEZA

COND. GENOVA

JARDIM EMBAIXADOR

PEDREIRA SAID

COND. BOSQUE DAS COLINAS

COND.

COND.

VALE DAS

ITAMBÔ

ARARAS

COND. COLINA COND.

DOS SABIÁS

COND.

AURORA VILLAGE

SANTA HELENA

JARDIM SAN MARCO

COND. COND.

SANTA M�NICA

SANTA M�NICA

COND. SANTA RESID.VILLA

ÃNGELA

FLORENÍA

JD. JOSÔ ROBERTO TÔO

JD. SAN LEANDRO

JD. RADA ALVO COND. TURMALINA

JD.ZANETI

COND. RAIOS DE SOL

JD. STA GENEBRA

PEDREIRA INDERP

DISTRITO DE BONFIM PAULISTA

S

JD. EMÚLIA

HO

CONJ. RES. ALTO DO BONFIM

N�CLEO NORIVAL C. LACERDA

ÓPIO IC

CONJ.RES. VILA REAL

IN AV CR DE

N MU CONJ. RES. SÉO FERNANDO

CONJ. RES. JOSÔ SAID SOBRINHO RECANTO DAS FLORES

NM

NQ

NG

PROJEÍÉO : UTM ( UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR ) MERIDIANO CENTRAL : 45° W.Gr. DATUM HORIZONTAL : C�RREGO ALEGRE (MG) DATUM VERTICAL : MARÔGRAFO DE IMBITUBA (SC) COEFICIENTE DE DEFORMAÍÉO LINEAR (K) CONVERGÕNCIA MERIDIANA (

)

DECLINAÍÉO MAGNÔTICA 1984 (

)

VARIAÍ]ÉO ANUAL 08'58" W

COND. ASPEN

RECREIO HUMAITÁ

RECREIO PANORAMA

LEGENDA ZUP - ZONA DE URBANIZAÍÉO PREFERENCIAL ZUC - ZONA DE URBANIZAÍÉO CONTROLADA ZUR - ZONA DE URBANIZAÍÉO RESTRITA ZMT - ZONA DE AMORTECIMENTO DA ESTAÍÉO ECOL�GICA DE RIB. PRETO (MATA DE SANTA TEREZA) MATA DE SANTA TEREZA PERÚMETRO URBANO ZONA DE EXPANSÉO URBANA DIVISA DE MUNICÚPIO

Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2017.

94


Zoneamento Ambiental MUNIC�PIO

DE JARD IN�POLIS

ÍOZI NH

O

ILHA CIDADE NÁUTICA

CHÁCARAS NOSSO RECANTO

DE

SERT

CEAGESP

CLUBE DE CAMPO RECREATIVA

MUN

IC�P IO

DISTRITO EMPRESARIAL PREF. LUIZ ROBERTO JÁBALI

COND. RECREATIVA

POSTO DE COMBUSTÚVEL ESTAÍÉO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

CLUBE DE REGATAS

POSTO DE COMBUSTÚVEL

CAIXA D'ÁGUA DAERP

CHÁCARAS RIO PARDO CJ. HAB. ADELINO SIMIONI

PQ. DOS SABIÁS

CJ. HAB. QUINTINO FACCI II

TERMINAL DE PETR�LEO

MUNIC �PIO CJ. HAB. AVELINO A. PALMA CJ. HAB. QUINTINO FACCI II

CLUBE

COND. CASA GRANDE

JD. HEITOR RIGON POSTO DE COMBUSTÚVEL

PQ. INDUST. AVELINO A. PALMA

CJ. HAB. ADELINO SIMIONI

PQ. DAS OLIVEIRAS

COND. ALDEIA DOS LARANJAIS

JARDIM M. LOURDES

PQ. DOS PÚNUS

CJ. HAB. VALENTINA FIGUEIREDO

JARDIM

BARRANCA

RES. DAS AMÔRICAS

JD. FLORESTAN DUM

FERNANDES

ONT

RECANTO PRINCESA IZABEL

PQ. IND.

VL. FÁBIO BARRETO

RESID. J.K. 1 e 2

TANQUINHO

JD. JAVARI

JD.PLANALTO

JARDIM RUBEM CIONE CJ. HAB. JD. PRES.DUTRA

JARDIM PEDRA BRANCA

VL. HÚPICA

VL

.ES PE RA NÍ A

TRANSERP

LOT. PLANALTO VERDE JD. INDAIA CJ. HAB. JOSÔ SAMPAIO JUNIOR

AEROPORTO

COND. VALE DO

JD. AEROPORTO

RECANTO DAS PALMEIRAS

LUIS LEITE LOPES

JD. PARAISO VL. CARVALHO

TERMINAL

JD.AEROPORTO

PORTAL DO ALTO

LOT. PLANALTO VERDE

JD ARLINDO LAGUNA

JD. VILICO

CANTAR

VL. ELISA

ESTÃNCIA OURO VERDE

JD. DAS PALMEIRAS

VL. MARIANA

VL. RECREIO

COND.

ELLI

LOT. JABEZ

VL. AUGUSTA

COND. MORADAS NOVA PLANALTO

PIRIPAU

PROLONGAMENTO

DA PETROBRÁS

JD. DIVA TARLÁ DE CARVALHO

COND. COPACABANA

KI

JD.S ANT OS

PQ. TOM JOBIM

CJ. HAB. JOAQUIM PROC�PIO DE A. FERRAZ

COND. IPANEMA

COND. LEBLON

VL. ELISA

CORREIA DE CARVALHO

IS

CHÁC. PEDRO

CJ. HAB. D. BERNARDO JOSÔ MIÔLLE

EUGÕNIO MENDES LOPES

DO PIRIPAU

JD. SALGADO FILHO

JD. ESMERALDA JD. JANDAIA

JD. PRES. DUTRA LOT. PQ. DAS FIGUEIRAS

JD CARLOS DE LACERDA CHAVES

COND. RECREIO

MARINCECK

JD. SÚLVIO PASSALACQUA CJ. HAB. ALEXANDRE BALBO

OW OD BR

JD. HERCULANO FERNANDES

PALOCCI

MUNICIPAIS

VL. BRASIL

CJ. HAB. ANT�NIO

RESID. NICOLAU G.S. FERREIRA

DE

SERVIDORES

IO

CJ. HAB. MARIA C. LOPES

GARDEN'S

PQ. DAS ANDORINHAS

ANTONIO

COND. JD. DAS PALMEIRAS "A"

CLUBE DOS

CJ. HAB. JOVINO CAMPOS

MU N BR IC�P OD IO D OW ISK E I

RECANTO CRUZEIRO DO SUL

COND. JD. DAS PALMEIRAS "B" JD. SALGADO FILHO

CJ. HAB. GERALDO CORREIA DE CARVALHO

�P IC

CORREIA DE CARVALHO

CHÁCARAS BONACORSI

JD. LÔO GOMES DE MORAES

CJ. HAB. QUINTINO FACCI I

CHÁC. PEDRO LOT. ORESTES LOPES DE CAMARGO

CLUBE MAGIC

N MU

COND. ALDEIA DOS CAJUEIROS

GARDEN'S

CLUBE MAGIC

DE JA RDIN� PO

LIS

CAIÍARA ESTAÍÉO DE TRATAMENTO ESGOTO CAIÍARA

DESTILARIA GALO BRAVO

VL. ABREU SAMPAIO PQ. IND. CEL QUITO DISTRIBUIDORAS DE

JD. JOSÔ WILSON TONI

JD JAMIL SEME CURY

GÁS

JD. PORTO SEGURO

VL. ALBERTINA JD. J�CKEY CLUB LOT. PLANALTO VERDE

JD DR. PAULO GOMES ROMEO

ESTA FERR ÍÉO OVIÁR

JD. EMIR GARCIA

JD PASCHOAL INNECCHI

IA

VL.ZANETI PQ.SÉO JOSÔ

VL.BETI

IPANEMA CLUBE

PQ PERMANENTE DE

JD. MÁRIO PAIVA ARANTES

JD

EXPOSI�ES

VL.M

JD. OURO BRANCO

IRACEMA

ORA NDIN

VL. ESMERALDA

I

VL.GERTRUDES

IPIRANGA

JD. PATRIARCA

JD. PAIVA

COND.

VL. LAPA

OURO VERDE

CIDADE JARDIM

JD. CENTRAL PARK

ALTO DO IPIRANGA

PATRIMONIAL

CONDOMINIO JD. ELDORADO

QUARTEL

JD.

CAMPESTRE

DA POLÚCIA MILITAR

INDEPENDÕNCIA

CEMITÔRIO

PQ. HIP�DROMO

DA SAUDADE

COND. MIL PÁSSAROS

ESPLANADA DA JARDIM

ESTAÍÉO

IARA

CIDADE UNIVERSITÁRIA CAMPOS ELÚSEOS

POSTO DE COMBUSTÚVEL

VL.CEL.QUITO JUNQUEIRA

VL AMÔRICA

CPFL

CPFL

VL. AMÔLIA

DAS MANS�ES

CX D'ÁGUA DAERP

RESID. PRIMAVERA

HOSPITAL DAS CLÚNICAS

JD.

LOT. CÃNDIDO PORTINARI

SUMAREZINHO PQ. DOS FLAMBOYANS EDUCANDÁRIO

VL.PRADO

VL. MONTE ALEGRE

CEL QUITO

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

VL. TAMANDARÔ

VL.JOAQUIM NABUCO

VL.ANTONIO DE OLIVEIRA

WEST SHOPPING

CAMPUS UNIVERSITÁRIO

(CAMPUS)

CAMPOS ELÚSEOS

CLUBE PALESTRA ITÁLIA

USP VL.BALBINA JD. ANTÁRTICA

LOT. ANGELO JURCA

UNIV. MOURA LACERDA

JD. SANTA LUZIA

SENAI

ESTAÍÉO ELEVAT�RIA PALMEIRAS (DAERP)

JD CADACAAN

SENAC

COND. CHÁCARAS HÚPICA

PEDREIRA

JD. CONCEIÍÉO

VL.MANOEL

JD.MARIA AUGUSTA

JUNQUEIRA

PARQUE

VL. FORMOSA

PRONTO SOCORRO

MUNICIPAL MORRO DE SÉO BENTO

TERMINAL

VL. TIBÔRIO

RODOVIÁRIO

GINÁSIO MUNICIPAL CAVA DO BOSQUE

VL.AMÔLIA JUNQUEIRA

RECREIO ITANHANGÁ

PAULISTANO JD. NOVO MUNDO

PARQUE ECOL�GICO

VL.UCHOA

JARDIM ITA� MIRIM

LOT. PALMARES

JARDIM

SETE CAPELAS

MAURÚLIO BIAGI CÃMARA MUNICIPAL

SUBESTAÍÉO CPFL

JD. PAULISTA

VL. LIBERDADE

JD. ANHANGUERA CEMITÔRIO BOM PASTOR

CENTRO

JD. BELA VISTA

O

VL.CLAUDINA

JD. JAMAICA

CLUBE RECREATIVA

JD.ÁLVARO COSTA COUTO

VL. AFONSO XIII

JD. PIRATININGA

JD. GUANABARA

VILA

N

PQ.INDEPENDÕNCIA

JD. EUGÕNIA

JD. MACEDO

VL. FERNANDES

JD PIO XII

EUNICE

JD.

CASTELO BRANCO 1

COND.VILLA D'ITÁLIA CJ. HAB. JD.

JD. INTERLAGOS

JD PRES. MÔDICE

PORTAL DOS IPES COND. RES. VILLARINO

SUBEST. CPFL

JEQUITIBÁ COND.

JD. SÉO LUIZ

PQ. CIDADE IND. LAGOINHA

LOTEAM. PANAMBY 1

PARQUE PREFEITO DR. LUIZ ROBERTO JÁBALI

COND.

CPFL

LOT. PQ. DOS LAGOS

COND. VALPARAISO

LOT. NOVA RIBEIRÃNIA

VERDE

PQ. DOS SERVIDORES

COND. CAMPOS DO JORDÉO

BARA�NA RES.

VILLA COND. SAMAMBAIA

INTERNACIONAL

COND. ORPHEU P. SOBRINHO

JD.

IGUATEMI

JD SÉO JORGE

SUBESTAÍÉO CPFL

CADEIA P�BLICA FORUM ESTADUAL

JD. LARANJEIRAS

ALTO DA BOA VISTA

FORUM FEDERAL

COND.

UNAERP

NOVA

RESID. MOEMA

CJ. HAB. JD. MARIA DA GRAÍA

ATERRO

PENITENCIÁRIA

D.E.R

VL. GUIOMAR LOT. RIBEIRÃNIA

SANTA CRUZ

JD. MARCHESI

JARDIM MONTE CARLO

COND. CHÁCARAS

JULIANA "A"

LACERDA

VL. SANTANA

JD. SUMARÔ

PQ. RIBEIRÉO PRETO

PQ. DOS SERVIDORES

CJ. HAB. JD DAS PALMEIRAS 1

JD.AMÔRICA

CLUBE A. PORTUGUESA DE ESPORTES ATLÔTICOS

JD MARIA GORETTI

SUBESTAÍÉO

PQ. RIBEIRÉO PRETO

RECREIO INTERNACIONAL CJ. HAB. JD DAS PALMEIRAS 2

VILLAS MABEL

ANHANGUERA

PQ. CIDADE IND. LAGOINHA

RES. BOA VISTA

VL.EUROPA

JD. CENTENÁRIO

JD. IBIRAPUERA JD.MORUMBI

JD.BRANCA SALES

JARDIM HELENA

COND.PORTAL DOS PINHEIROS

PQ. INDUSTRIAL

COND. EUROPA

FLORA

JD. DELBOUX JD. MORUMBI

CASA

DE FRANCE

CHÁCARA

ACLIMAÍÉO VL.STA. TEREZINHA

CJ. HAB. ADÉO DO CARMO LEONEL

JD. VISTA ALEGRE

VILLAGE

COND.

CJ. HAB. JD.

JD.

VL. ABRANCHES

JD. PRIMAVERA

JD.PALMA TRAVASSOS

HIGIEN�POLIS

JD. GENÔSIO MASSARO

JD. DO TREVO

VL. COMERCIAL

JD. CASTELO BRANCO 2

VL.D.PEDRO II

COND.

JD.FRANCISCO GUGLIANO

COND.RES. GUEDES E TONANI

FUNDAÍÉO

SÉO SEBASTIÉO

JD.DAS PEDRAS

SEIXAS VL.VELLUDO

JD. DOM BOSCO JD. BELA VISTA

JD. JOSÔ FIGUEIRA

PQ.

JD. ZARA

JD. ITAPORÁ PQ.

PARQUE ROBERTO GENARO

VL. GUANABARA

CJ. SOLAR BOA VISTA

U M

VL. PAULISTA

UNI MAUÁ

COND. CIDADE DA CRIANÍA

JD. FORMOSO

COND. PORTAL DAS BANDEIRAS

BANDEIRANTES

LOT. JOSÔ PITTA

SE

PQ. BANDEIRANTES

JARDIM ITA�

H

ZIN

ÍO RT

DE IO

�P IC

JD. DO TREVO

JD. GRAJA�NA

O RESS PROG VL. VL. VIRGÚNIA

VL. ISABEL

MUNIC �PIO DE SERRAN A

VL.AURORA ANTIGA

JARDIM RECREIO

JD. IRAJÁ RES. FL�RIDA

SANITÁRIO

NOVO SHOPPING

JD SANTA RITA

JD. PROGRESSO

COND.

COND. CARMEL

JD. VIDA NOVA

LOT. RIBEIRÃNIA

VILLAGE SÉO

CONDO PARK

JD. CALIF�RNIA

FRANCISCO

COND.RES.

COND. ITAMARATÚ

VISTA ALEGRE

HOSPITAL

COND. MONTEREY

STA TEREZA

COND. QUINTA DA BOA VISTA

VL. ANA MARIA

PQ. ECOL�GICO

UNIV. COC PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA

CONDO PARK

COND.RES.

RECREIO ANHANGUERA

ANGELO RINALDI

GARDEN VILLA

ASSOCIAÍÉO

(HORTO FLORESTAL)

ATLÔTICA RIBEIRÉO SHOPPING

LOT. BOSQUE DAS JURITIS

JD. JOÉO ROSSI COND. QUINTA DA BOA VISTA

COND. DAS MAGN�LIAS

COND. ESTAÍÉO

COND.

BANCO DO BRASIL

LOT. BOSQUE DAS JURITIS II

RESID. JEQUITIBÁ

COND. DOS MANACÁS

PRIMAVERA

CJ. HAB. JD. MANOEL PENNA

JARDIM BOTÃNICO

COND. VILLA DEL FIORI

COND.

LOT. CITY RIBEIRÉO

JARDIM GREENVILLE

VILLAGE MONET RESERVA DO BOTANICO

JD. NOVA ALIANÍA

COND.

JD. CANADÁ

JD. MORRO

CITTÁ

COND. TERRA BRASILIS

COND. RESID. JATOBÁ

DI DO IPÕ

POSITANO

UNIP

ESTAÍÉO EC�LOGICA DE RIBEIRÉO PRETO (MATA DE SANTA TEREZA)

COND. COND.

TORINO

MILANO COND. VERONA

COND. SAN DIEGO 2

COND. SAN DIEGO 1

COND. SAN DIEGO 3

CJ. HAB. JD.ROBERTO BENEDETTI

COND. GUAPORÔ 1 CJ. HAB. JD. SÉO JOSÔ

JD. NOVA ALIANÍA SUL

COND. COLINA VERDE COND.

COND. BURITIS JARDIM COND. BUENOS

SUL

GUAPORÔ 3 POLÚCIA RODOVIÁRIA

LOT. BUGANVILE

COND. JD. DOS GERÃNIOS COND.

COND. IPÕ BRANCO

COND.

JARDIM

LOT. BELA VISTA

COND.

COND. AROEIRA

JD. DOS HIBISCUS

SUL

VILLA

D. CON RAS NJEI LARA

NT

COND.

JARDIM

SAINT GERARD ll

VICT�RIA GOLF CLUBE

COND. IPÕ ROXO

COND. RESERVA SUL

COND.COUNTRY VILLAGE

TENIS COUNTRY CLUB

COND. IPÕ AMARELO

LOT. BORDA DO PARQUE

COND.

COND.

ACÁCIAS

LOTEAMENTO

COND.

SÚTIO

SAN

SÉO BENTO 1

REMO 2

PITANGUEIRAS

QUINTA DA PRIMAVERA JARDIM CYBELLI

JARDIM CONDOM. RESERVA IGUATEMI

COND. SAN REMO 1

OLHOS D'ÁGUA II JARDIM OLHOS D'ÁGUA III

LOTEAMENTO SÚTIO SÉO BENTO 2

EVIDENCE COND.

MIRANTE ROYAL PARK

COND. VIVENDAS DO SUL

RECREIO DAS

CAIMBÔ

COND. QUINTA DO GOLF

D. CON EIRA FIGU NCA BRA

DE DU MO

PAINEIRAS COND.

JARDIM

AIRES

QUINTA DA ALVORADA

MUNIC �PIO

COND.

GUAPORÔ 2

SAINT GERARD

SHOPPING IGUATEMI

N�CLEO SÉO LUIS

RESORT

COND. PRAÍAS DO SUL ROYAL PARK COND. RECANTO

RIBEIRÉO SPLASH PARK

COND.

COND.

SIENA

FIRENZE

DO SUL

COND. VENEZA

COND. GENOVA

LOTEAMENTO

JARDIM EMBAIXADOR

COND. ARARA VERMELHA

TERRAS DE

PEDREIRA SAID

SIENA COND. BOSQUE

COND. ARARA AZUL

DAS COLINAS

LOTEAMENTO SANTA LUISA

COND. ARARA VERDE

DOS SABIÁS

COND. SANTA HELENA

COND. ITAMBÔ

VILA DOS PÁSSAROS

COND. COLINA COND. AURORA VILLAGE

LOTEAMENTO AGRA RIB. PRETO

LOT. SAN MARCO II

LOTEAMENTO TERRAS DE

COND.

JARDIM SAN MARCO

COND.

SANTA M�NICA

SANTA M�NICA

FLORENÍA

COND. SANTA FLORENÍA

QUINTAS DE SÉO JOSÔ

JD.

RESID.VILLA

ÃNGELA

JOSÔ ROBERTO TÔO

JD. SAN LEANDRO

JD.

ADA

ALVOR

COND. TOPAZIO

COND. TURMALINA

JD.ZANETI

COND. RAIOS DE SOL

JD. STA GENEBRA

PEDREIRA INDERP

DISTRITO DE BONFIM PAULISTA

LOTEAMENTO ALPHAVILLE RIBEIRÉO PRETO

CONJ. RES. ALTO DO BONFIM ll ( COND. MONTE VERDE)

S

HO

CONJ. RES.

JD. EMÚLIA

ALTO DO BONFIM PEDREIRA

N�CLEO NORIVAL C. LACERDA

�PIO IC

CONJ.RES. VILA REAL

LOTEAMENTO

IN AV CR DE

N MU

ALPHAVILLE RIBEIRÉO PRETO

CONJ. RES. SÉO FERNANDO LOTEAMENTO RESERVA SAN GABRIEL LOT. RESERVA SANT'ANA

JD.JOÉO PONTIN

LOTEAMENTO

CONJ. RES. JOSÔ SAID SOBRINHO

ALPHAVILLE RIBEIRÉO PRETO RECANTO DAS FLORES

JARDIM SANTA CECÚLIA

LOTEAMENTO

JARDIM

SANTA MARTA

VISTA BELLA

Á AR AP AT

U

DE

G

IO

COND.

�P IC

ASPEN

N

U M

RECREIO HUMAITÁ

RECREIO PANORAMA

NM

NG

NQ PROJEÍÉO : UTM ( UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR ) MERIDIANO CENTRAL : 45° W.Gr. DATUM HORIZONTAL : C�RREGO ALEGRE (MG) DATUM VERTICAL : MARÔGRAFO DE IMBITUBA (SC) COEFICIENTE DE DEFORMAÍÉO LINEAR (K) CONVERGÕNCIA MERIDIANA ( DECLINAÍÉO MAGNÔTICA 1984 (

) )

VARIAÍ]ÉO ANUAL 08'58" W

S

HO

MUN

IC�P IO

DE

�PIO IC

GU

ATAP

ARÁ

Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2017.

IN AV CR DE

N MU

ZUE ZUD 1 ZUD 2 ZUD 3 ZUD 4

ZONA DE USO ESPECIAL ZONA DE USO DISCIPLINADO 1 ZONA DE USO DISCIPLINADO 2 ZONA DE USO DISCIPLINADO 3 ZONA DE USO DISCIPLINADO 4

ZPM ZPM ZPM

FRAGMENTOS DE VEGETA�ÇO NATURAL CAMPO DE VÁRZEA ÁREA DE PRESERVA�ÇO PERMANENTE

95


Plano Diretor

ZUP - Zona de Urbanização Preferencial: composta por áreas dotadas de infra-estrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito BotucatuPirambóia. Coeficiente de Aproveitamento Entende-se por coeficiente de aproveitamento a relação entre a área edificável ou área edificada e a área do terreno ou gleba, excluída a área não computável, podendo ser: Parágrafo Único - Considera-se área não computável: a) Os pavimentos destinados à garagem; b) O pavimento térreo, quando nele não houver áreas de uso privativo; c) O último pavimento, quando neste houver somente casa de zelador, casa de máquinas e caixas d’água; d) Jardineiras e varandas. O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno. Parágrafo Único - na Área Especial do Quadrilátero Central - AQC será de até 3 (três) vezes a área do terreno. Taxa de Ocupação Artigo 38 - Entende-se por taxa de ocupação a relação entre a área da projeção, no plano horizontal, da edificação ou conjunto de edificações e a área do lote ou gleba. A taxa de ocupação máxima do solo para edificações não residenciais será de 80% (oitenta por cento), respeitados os recuos e a taxa de solo natural desta lei, exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maiores registradas em cartório, as quais deverão prevalecer. Taxa de Solo Natural É obrigatória a manutenção de solo natural coberto com vegetação, na proporção de 10% (dez por cento) da área total do lote para cada imóvel, em qualquer terreno no qual se construa. Este percentual será proporcional à dimensão do terreno, denominado de taxa de solo natural. Gabarito Básico = 10m, porém pode ser ultrapassado na ZUP, desde que atendidas as disposições pertinentes desta lei, tais como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, etc.

96

Recuos da Edificação Todas as construções com gabarito superior ao básico (10 metros de altura) deverão observar recuos de todas as divisas do terreno de acordo com a seguinte fórmula matemática: R=H/6, maior ou igual a 2, onde: R significa a dimensão dos recuos em metros lineares; O recuo mínimo lateral ou de fundo estabelecido no caput, será de 2m (dois metros) e o recuo frontal, no mínimo o estabelecido no Art. 46, conforme o caso; § 4º - O recuo lateral nas edificações com gabarito até 10 metros (gabarito básico) poderá ser ocupado pela caixa de escada e pelo elevador quando necessário especificamente para adequar às exigências quanto à acessibilidade. ao longo das demais vias que compõe o sistema viário, 5 (cinco) metros para os imóveis cujo gabarito seja superior a 4 (quatro) metros, podendo também seu recuo ser determinado pela fórmula H=3x(L+R) metros, onde H é a altura do prédio, L é a largura da rua e R é o recuo até o alinhamento. No polígono formado entre as ruas Florêncio de Abreu, José Bonifácio, Visconde do Rio Branco, Marechal Deodoro, Mariana Junqueira e Floriano Peixoto, situado na Área Especial do Quadrilátero Central - AQC, as edificações que não ultrapassarem o gabarito básico estarão dispensadas do recuo frontal desde que destinadas ao uso não residencial no pavimento térreo e residencial nos demais pavimentos.


Código de Obras

Estacionamentos Porcentagem de vagas destinadas a deficientes físicos e motocicletas: até 100 vagas de uso privativo, 10% devem ser destinadas para motocicletas, se for até 100 vagas para uso coletivo, então 20% devem ser destinadas para motocicletas. No cálculo de área de acomodação e manobra de veículos poderão ser consideradas as rampas e faixas de acesso às vagas de estacionamento, desde que possuam largura mínima de 5,50 m (cinco metros e cinqüenta centímetros). O acesso de veículos em lote de esquina, para estacionamento particular, deverá distar, no mínimo, 6,00 (seis) metros do início do ponto de encontro do prolongamento dos alinhamentos dos logradouros. As faixas de circulação de veículos deverão apresentar dimensões mínimas, para cada sentido de tráfego de: 2,75 m (dois metros e cinqüenta centímetros) de largura e 2,30 m. (dois metros e trinta centímetros) de altura livre de passagem quando destinadas a circulação de automóveis e utilitários. As rampas de acesso aos estacionamentos deverão apresentar declividade máxima de 20% (vinte por cento) quando destinada à circulação de automóveis e utilitários. Saliências Poderão avançar sobre as faixas de recuo obrigatório do alinhamento: As molduras ou motivos arquitetônicos, que não constituam área de piso e cujas projeções em plano horizontal não avancem mais de 0,40 m (quarenta centímetros) sobre a linha de recuo paralela ao alinhamento do logradouro.

Resíduos Sólidos Excetuadas as residências, qualquer edificação com mais de 750,00m² (setecentos e cinqüenta metros quadrados) deverá ser dotada de abrigo destinado à guarda de lixo, localizado no interior do lote e com acesso direto ao logradouro. Bebedouros É obrigatória a instalação de bebedouros; a) Nas escolas, na proporção de um para cada cem alunos, junto aos recreios e um para cada duzentos alunos distribuídos próximos as salas de aulas. b) Em cinemas, teatros, auditórios, circos, parques de diversão de uso público, na proporção de um para cada 300 (trezentas) pessoas, ou fração. Elevadores de Passageiros No caso de edificações com dois pavimentos deverá ser prevista a instalação de elemento de transporte vertical desde que possuam características que demandam acesso de público. Será dispensada a instalação de elevador no caso de edificações com dois pavimentos, quando substituído por elemento de transporte vertical compatível com o uso e que permitam o acesso de pessoas portadoras de deficiência. § 2º - Para efeito de cálculo das distâncias verticais, será considerada a espessura das lajes com 0,15 m (quinze centímetros), no mínimo. A existência de elevador em uma edificação não dispensa a instalação de escadas.

Passeios Os passeios públicos serão dimensionados segundo as Diretrizes Viárias definidas pelo Sistema Viário, não podendo ser inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros). Todos os cruzamentos das vias que compõem o sistema viário instalados deste momento em diante deverão possuir guias rebaixadas atendendo a: ter dimensão mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura no sentido da travessia. Dimensões Mínimas dos Compartimentos Em salas de espetáculo, auditórios e outros locais, o pédireito mínimo será de 6,00 (seis) metros.

97


NBR 9050

Parâmetros Antropométricos Área de circulação para cadeirantes: - 0,90m para um cadeirante; - 1,20m a 1,50m para um cadeirante ao lado de uma pessoa em pé; - 1,50m a 1,80m para dois cadeirantes lado a lado. Área de manobra sem deslocamento para cadeirantes: Rotação de 90°: 1,20m x 1,20m; - Rotação de 180°: 1,50m x 1,20m; - Rotação de 360°: ø 1,50m.

Estacionamento Acessível 1 vaga acessível deve ser reservada quando o estacionamento possuir de 11 a 100 vagas e 1% de vagas acessíveis quando o número de vagas for superior a 100. A vaga acessível deve contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, quando afastada da faixa de travessia de pedestres. Esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas, no caso de estacionamento paralelo, ou perpendicular ao meio fio.

Sinalização Mobiliário, espaços, equipamentos urbanos, desníveis e outros obstáculos devem ser sinalizados de forma tátil no piso. Esta sinalização pode ser de alerta e/ou direcional.

Sanitários e Vestiários Acessíveis Devem ter no mínimo 5% do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo 01 de cada. As dimensões mínimas para o boxe de bacia sanitária acessível são 1,50mx1,70m.

Acessos e Circulação As portas devem ter vão livre mínimo de 0,80m e altura de 2,10m. Larguras mínimas de corredores em relação à sua extensão: - 0,90m para corredores de uso comum com extensão até 4,00m; - 1,20m para corredores de uso comum com extensão até 10,00m; - 1,50m para corredores com extensão superior a 10,00m; - 1,50m para corredores de uso público; - >1,50m para grandes fluxos de pessoas. Desníveis de até 5mm não demandam tratamento especial; Desníveis entre 5 e 15mm usar rampa de inclinação máxima de 50%. As rampas devem ter inclinação máxima de até 8,33%. Recomendações para escadas: - A dimensão do espelho deve estar entre 16cm e 18cm e do piso entre 28cm e 32cm; - A largura mínima recomendável para escadas acessíveis é de 1,50m e a mínima admissível é de 1,20m; - Deve haver patamares a cada 3,2m de desnível ou se houver mudança de direção. Os corrimãos devem ter seção circular com diâmetro entre 3,0 cm e 4,5 cm e devem estar afastados no mínimo 4,0 cm da parede ou outro obstáculo. Para rampas e opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da geratriz superior. Os corrimãos devem se prolongar 30cm a partir do início e do fim da rampa ou escada.

98

Locais de Reunião - Auditórios, Teatros e Cinemas Os cinemas, teatros, auditórios e similares devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para P.C.R., assentos para P.M.R. e assentos para P.O. Em recintos com quantidade de assentos entre 201 e 500, 2% do total deve ser reservado para P.C.R, 1% para P.M.R e 1% para P.O. O espaço para P.C.R. deve possuir as dimensões mínimas de 0,80 m por 1,20 m, acrescido de faixa de no mínimo 0,30 m de largura, localizada na frente, atrás ou em ambas posições. Os espaços para P.C.R. devem estar deslocados 0,30 m em relação à cadeira ao lado para que a pessoa em cadeira de rodas e seus acompanhantes fiquem na mesma direção.


NBR 15.220

Zoneamento Bioclimático Brasileiro

O zoneamento bioclimático brasileiro compreende oito diferentes zonas, de acordo com a NBR 15.220, a cidade de Ribeirão Preto está inserida na zona bioclimática 4. Para cada uma destas zonas, formulou-se um conjunto de recomendações técnico-construtivas, objetivando otimizar o desempenho térmico das edificações, através de sua melhor adequação climática.

Fonte: NBR 15.220 da ABNT.

Seção 6.4. Diretrizes construtivas para a Zona Bioclimática 4

99


100




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.