O Almanaque

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Faculdade de Belas-Artes Largo da Academia Nacional de Belas-Artes 1249-058 Lisboa


colófon

TÍTULO Almanaque 13/14 IMPRESSÃO março de 2014 Faculdade de Belas-Artes

CAPA/GUARDAS/FOLHA DE FACE/ /COLÓFON/ÍNDICE/EDITORIAL Ana Raquel Fonseca, Anaís da Silva, Catarina Correia, Mara Abreu, Teresa Penas

CADERNOS I

Maria Inês Tiago da Silva, Maria Teresa Novais, Vera Ávila Rebelo

II

Ana Catarina Lourenço, Ana Luísa Farinha, Carolina Ribas Fernandes, Catarina Gomes, Neuza Rodrigues III Francisca Esteves,Francisca Martins, Inês Pires, Natacha Martins, Sara Moura Santos IV Carolina Stein Novais, Maria Ana Galaz Marta Gaspar, Marta Vaz de Carmo, Paula Proença, V Adriana Geraldes, Beatriz Coimbra Machado, Carolina Malato, Vitor Cardoso VI Ana Raquel Medeiros, Filipa Oliveira, Filipa Semedo, Marta Costa VII Inês Ribeiro, João Luís da Silva, João Ribeiro, João Rodrigues, Diogo Cruz Marques VIII Catarina Marques, Joana Dias da Costa, Joana Alves, Mafalda Moura, Mariana Carreiro IX Carmo Cunha e Sá, Constança Dias, Flávio Bernardes, Mariana Pena Monteiro, Marina de Araujo X Ana Marta Pires, Beatriz Brilhante, Beatriz Pereira, CarinaTavares XI Carlos Silva, João Desidério, Ricardo Mateus XII Ana Raquel Fonseca, Anaís da Silva, Catarina Correia, Mara Abreu, Teresa Penas XIII Ana Patrícia Borges, Délia Abigaela Micu, Tomás Barão XIV Délia Abigaela Micu, Ana Patrícia Borges, Tomás Barão XV Ana Inês Tavares, Daniel Morgado, Filipe Martins,Inês Sobral, João Soromenho,


índice

XII 01 Serralves: Fotografia 02 Matosinhos - Lisboa 04 Calendário e astrologia 05 Filme do mês: “Trás-os-Montes” 06 De que forma evoluem os objectos? 07 Passatempos 08 Fundação Serralves 10 Cildo Meireles 12 Mercado de Matosinhos 14 Exposição Almanaque 15 Soluções e Sabedoria Popular 16 Mercado de Matosinhos: Fotografia XII

01 Em Destaque 02 (re)interpretar Literatura 04 2001: Odisseia no Espaço 06 Um toque de pimenta Passatempos 08 Almanaque 10 Less no! 11 Crónica Bus 14 O dia-a-dia do designer 15 Viagem ao mercado 16 Passatempos XI XIII

01 Fundação de Serralves: Fotografia 02 O teatro na vertical 04 Viagem a Matosinhos 07 Casa da Arquitectura 09 Culinária: Francesinha 10 O mar de Maria Keil 14 Astrologia 16 Notícias insólitas XIV

02 Introdução 04 Lisboa Matosinhos Lisboa 06 Exposição Almanaque 06 Um toque de pimenta Passatempos 08 Programação Cultural 10 Horóscopo 12 Actividades de Design de Comunicação e Metodologias do Projecto 14 Blow Up 16 António, um rapaz de Lisboa XV XI

01 Senhor de Matosinhos 02 Lisboa/Matosinhos/ Lisboa 04 Passatempos 05 História do Garfo 06 Alunos do 1º ano de Design de Comunicação descobrem Lisboa I

01 Um almanaque sobre almanaques 02 Exposição: Uma história do Design Português em Revista 04 A arquitectura é uma coisa séria! 06 Cildo Meireles 10 Matar coelhos 12 Cultura da batata: Uma ciência de decisões 14 Filme do mês: Trás-os-Montes 16 Animalesco! II

01 Lisboa/Matosinhos/ Lisboa 06 Ma(is)tosinhos 08 Crónica do mês: a senhora das galinhas 09 Grafologia 10 Blow Up 1 11 Recreio Humorístico 12 Blow Up 2 14 Pausa para café 15 Receitas em Família III

X IV

01 Calendário 02 Estações do ano 03 Exposição Almanaque 04 Lendas 06 Nomeação da Vedeta do Ano 07 Tudo para comer & Nada de estimação 08 Ele é o barbeiro de que todos falam 09 O trabalho numa funerária 10 Opinião 11 Voz do Povo 12 Em análise: Cigarros com história 14 Cultura e Lazer 15 Passatempos

V

01 Jano 02 Calendário 04 De Lisboa a Serralves 06 Exposição do mês: Almanaque 07 Sátira do mês: Mercado Municipal de Matosinhos 08 O sapateiro: conto do mês 10 Teatro do mês: “Como Queiram” 12 Aperitivo 14 Charadas 15 Cartoon 16 Palavras Cruzadas

VI

VII

01 Infografia 02 Calendário 04 Almanaque - Uma história do Design Português 06 Fundação Serralves 08 Pavilhão Chinês 09 Deuschter Werkbund 10 Lendas 12 Astrologia 14 O mercado municipal de Matosinhos 15 Passatempos

01 Jano 02 Calendário 04 De Lisboa a Serralves 06 Exposição do mês: Almanaque 07 Sátira do mês: Mercado Municipal de Matosinhos 08 O sapateiro: conto do mês 10 Teatro do mês: “Como Queiram” 12 Aperitivo 14 Charadas 15 Cartoon 16 Palavras Cruzadas

VIII VIII

01 Agenda cultural 03 Actualidades 04 Exposição Serralves 06 A Brasileira 07 História do Café 08 Fábula: Cavalo e o Javali 10 António, o rapaz de Lisboa 12 Horóscopo 14 Passatempos 16 Colófon

VIII IX IX

01 04 08 10 11 12 14

Calendário Almanaque Maria Keil Passatempos File #4 Visita a Matosinhos Exposição Almanaque 16 A lenda

VIII X X

01 Mês de Janeiro: poema 02 Índice 04 António, um rapaz de Lisboa 06 Trás-os-Montes 07 Os segredos da mão 08 Tradição cultural: O Capote 10 Exposição Serralves: À descoberta de uma exposição 12 Almanaque 14 Astrologia 16 Passatempos

XI

XI

01 Almanaque 02 Calendário 04 Lisboa/Matosinhos/ Lisboa 06 Serralves 07 Cildo Meireles 08 Mercado de Matosinhos 10 Textos: Reflexão e Dificuldade 12 Lírica 14 Espaço Lúdico 16 Classificados


prefácio Um dia. Duas cidades. Os alunos da licenciatura de Design de Comunicação. Quinze grupos de alunos do primeiro ano. Esta foi a viagem que originou, inspirou e preencheu as páginas que se seguem. São páginas de Almanaque, povoadas de charadas e jogos e informação prática (não muito diferentes da realidade da viagem, em que os tempos mortos de deslocação e espera são preenchidos com todo o tipo de “passatempos” ), mas não são só isso. São quinze cadernos, cada um deles oferecendo uma visão distinta da viagem, um resultado diferente do contacto com as realidades de Lisboa e de Matosinhos por parte dos diferentes grupos de alunos. O tema é o mesmo, mas a forma como é explorado é por vezes, radicalmente diferente: alguns são tradicionais e sérios, e põem em destaque o mais interessante de uma forma objectiva, outros são mais humorísticos e irreverentes, partindo de situações quotidianas para expressar uma posição, muitas vezes com ironia. Na maioria dos casos, é o equilibrio destas duas abordagens que tornam este objecto um espécie de homenagem ao espírito que unifica as várias publicações que se podem considerar Almanaques (como as que vimos na Exposição Almanaque, em Matosinhos), e neste caso unifica os diferentes cadernos deste Almanaque 13/14. É a conjugação do útil com o agradável, do informativo com o lúdico, do notável com o trivial. É descontraído mas cativante, tradicional mas sem perder a sua frescura e criatividade.



As páginas que se seguem, páginas de Almanaque, povoadas de charadas e jogos e informação prática (não muito diferentes da realidade da viagem, em que os tempos mortos de deslocação e espera são preenchidos com todo o tipo de “passatempos” ), pretendem dar a conhecer as realidades de Lisboa e de Matosinhos com que nós, alunos de Design de Comunicação e editores deste “caderno”, entrámos em contacto na nossa viagem de um dia ao Norte do país, que no fundo serve de mote a esta publicação. É oferecida uma visão práctica mas com conteúdo, tentando selecionar aquilo que é interessante, tanto na selecção dos assuntos a abordar como no método de abordar esses

“Sobre sete colinas, que são outros tantos pontos de observação de onde se podem desfrutar magníficos panoramas, espalha-se a vasta, irregular e multicolorida massa de casas que constitui Lisboa.” Fernando Pessoa

“Porque é uma terra de mar, Matosinhos sempre viveu aberta à pluralidade do longe, aos diferentes modos de viver e de estar, às diversas actividades fruto de diferentes competências.” Isabel Lago

assuntos. A intenção deste objecto é não só informar mas também cativar, especialmente quando o enfoque cai sobre lugares com a Fundação Serralves ou a Exposição Almanaque no mercado de Matosinhos, que tanto nos fascinaram. Aumentar a cultura geral dos que as lêem é outra função destas páginas. Para isso incluimos artigos sobre filmes, história do design e sobre agricultura, tentando assim abranger uma variedade liberal de temas. Em suma, tentámos criar um objecto de leitura fácil e que não seja apenas agradável, mas verdadeiramente divertida. Acima de tudo a nossa prioridade foi tornar este “caderno” de almanaque acessível e apelativo a todos.


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FILME DO MÊS

DEZEMBRO D

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2 9 16 23 30

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3 4 5 10 11 12 17 18 19 24 25* 26 31

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7 14 21 28

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ASTROLOGIA SAGITÁRIO

de 22/11 a 21/12

Este mês vai sentir-se muito introspectivo e com vontade de mudança. Não se tem andado a sentir bem e vai dar o primeiro passo para uma nova vida. Em vez de se sentir prisioneiro dos seus pensamentos , use-os a seu favor. Não seja demasiado duro com o seu par. Seja sincero, os outros não adivinharão o que vai na sua cabeça. Haverá um recomeço a partir do momento em que se souber expressar em frente aos seus. No trabalho vá à procura das suas verdadeiras inspirações. Não deixe de dar um pouco de si em tudo o que faz.

CAPRICÓRNIO de 22/12 a 20/01

Encontra-se num período de grandes mudanças na sua vida, em todos os campos. Este mês vai ser forçado a mudar a sua maneira de ver certas situações e encontrar novas formas de lidar com elas. Não julgue antes de tentar perceber. Perceba o outro antes de tomar decisões precipitadas. Tenha especial cuidado com a sua visão, evite passar muitas horas em frente ao computador. O trabalho não é tudo. Se se sentir demasiado pressionado e nervoso com as suas responsabilidades vá tomar um copo com amigos e aproveite o momento.

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TRÁS-OS-MONTES de António Reis e Margarida Cordeiro

“Trás o Montes” (1976), através da representação do mundo rural, que surge em destaque, revela ao espetador não apenas um olhar etnográfico, ou poético, leva-o mais além, ao retrato social e económico de um país. Seja pelas cartas de um parente que está fora do país e são lidas pelo filho à mãe que as não sabe ler, devido à precariedade da educação. Seja pela filha que só aos 10 anos conhece o pai emigrado ou pela família numerosa com pouco para se alimentar,, que se reúne à mesa para “desfrutar” de uma refeição de neve. Este mundo rural salienta não o que “muda” mas o que “persiste”. É um local em que o tempo parece não passar. Acumula-se. Tanto o património como as gentes são parte integrante dessa paisagem natural. Essa beleza deixa transparecer o seu aspeto económico, a política, a realidade. É uma pista que permite desvendar os tempos retratados. É tratado como um pequeno mundo impenetrável, num total estado natural, longe do que conhecemos hoje como as alterações tecnológicas da

sociedade e que apesar da vida agreste, resiste à censura do período Salazarista e em que as crianças que aí vivem podem brincar em liberdade, contrariamente às citadinas – exploradas em minas e em que as famílias vivem em condições miseráveis “em casa cujas paredes namoram umas com as outras”. O conhecimento de que existe uma dualidade, campo e cidade, não se faz através de uma viagem, mas de testemunhos. Surge imune a todas as leis, como se cita numa das cenas do filme “O povo não conhece os seus governantes. Nem as suas leis. As leis são pura imaginação. Talvez nem sequer existam, e as memórias, são como mortos.” Ainda neste retrato, exclui-se o papel da igreja no pós 25 de Abril. Para os realizadores, existiria nessa época religiões que se impunham acima do catolicismo, um retrato social não o seria se apenas o fizesse em torno de uma igreja que se apoia numa capela e no padre da aldeia. A dimensão deste local ultrapassa a mera religião.


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DE QUE FORMA EVOLUEM OS OBJECTOS?

Máquina de Café AEG 44610, criada por Peter Behrens em 1929

Nespresso Pixie, lançada pela marca Nespresso em 2011

Ao longo do tempo, os objetos utilizados no quotidiano modificam-se, tornando-se mais funcionais e adequados aos ideiais estéticos da sua época. Por vezes essa mudança é drástica, como no caso da máquina de café: não só o aspecto exterior deste objecto mudou, mas também a tecnologia. usada. A utilizaçãoo destes novos processos é uma consequência não só do progresso científico e tecnológico mas também de uma mudança na sociedade, que cada vez mais exige objetos eficazes, e com uma utilização automatizada e rápida. Se tomarmos compararmos por exemplo as máquinas de café acima ilustradas veremos concretamente a evolução deste objecto. A máquina mais antiga foi criada por um dos mais influentes designers do século XX, considerado um pioneiro do ‘Movimento Moderno’ no design industrial. Em 1929 criou a “Máquina de Café AEG 44610”. Este objeto tem uma forma cónica sendo a parte inferior arredondada, é suportado por três pés, tem duas asas laterais, uma ‘torneira’ frontal de onde se extrai o café depois de feito, e uma porta de alimentação atrás (é uma

cafeteira eléctrica). No interior encontram-se as várias peças necessárias à produção do café, que consiste em aquecer água em conjunto com o café moído num escoador. Do ponto de vista estético este objeto revela a simplicidade e fluidez, e o aspecto industrial característicos da Art Deco. Cerca de 80 anos depois, a tecnologia utilizada em máquinas de café é muito diferente. Em primeiro lugar a comercialização para as massas exige uma produção industrial de uma vasta variedade de máquinas e de tecnologias diferentes. Uma dessas tecnologias é o sistema de cápsulas, utilizado pelas máquinas de café da marca Nespresso, como a máquina Pixie acima ilustrada. Esta é pequena e assemelha-se a um paralelepípedo com a face superior arredondada. Tem um depósito de água na parte de trás e uma plataforma para a chávena à frente. Para fazer café insere-se a cápsula (que contém café moído) no orifício em cima, pressiona-se um botão, e a água é bombeada, aquecida, injectada na cápsula e expelida pela torneira, produzindo uma chávena de café expresso perfeita.

PASSATEMPOS i

O Luís morreu, e o seu cadáver está no

Uma senhora foi às compras. Gastou

chão de uma sala. Essa sala tem uma janela

tudo o que tinha em três lojas.

completamente escancarada, e uma mesa

Em cada uma gastou 1 euro a mais do

vazia. No chão há uma pequena quanti-

que a metade do que tinha ao entrar.

dade de vidros partidos e água, ao pé do

Quanto dinheiro tinha a senhora

cadáver. Como morreu o Luís?

quando entrou na primeira loja? HORIZONTAIS: 1 - Inaugurado no seculo XVIII por um italiano, foi um dos primeiros cafés de Lisboa, era frequentado pelo poeta Bocage. 2 - Alberga a maior coleção pública do país de pintura, escultura e artes decorativas. 3 - Situado no Chiado, começou em 1905 como local de venda de café do Brasil ao lote, foi um local de convívio de escritores e artistas, era frequentado por Fernando Pessoa. 4 - Associação cultural situada em Matosinhos, que realiza conferências e exposições relacionadas com a áreas arquitectura. 5 - Constitui a melhor colecção de veículos dos seculos XVII a XIX. 6 - Situado no Rossio, é um local de apresentação de espetáculos. VERTICAL: 1 - Local de comércio que alia a variedade de iguarias e bancas multicolores à beleza arquitetónica do espaço.


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15 NOV 26 JAN 26 NOV 19 JAN 15 NOV 9 FEV 8 DEZ 1 DEZ 31JAN

7 DEZ 6 DEZ 24 FEV

EXPOSIÇÕES

quitetura. No interior, a iluminação artificial combina-se com a luz natural. A Casa de Serralves foi concebida originalmente como uma residência privada, a Casa de Serralves e o Parque envolvente resultaram de um projeto encomendado pelo Conde de Vizela. Projetada e construída entre 1925 e 1944, a Casa é considerado o mais notável exemplo de um edifício “art déco” em Portugal. A Casa foi aberta ao público em 1996, como local de exposições de arte moderna e contemporânea até à abertura, em 1999, do Museu. O restauro da Casa proporcionou espaços para exposições e projectos de artistas integrados no programa do Museu. O Parque foi inspirado nos modelos dos jardins dos finais de 1800. Foi crescendo sucessivamente e hoje tem 18 hectares. O projecto, que data de 1932, é caracterizado pelo classicismo modernizado, com um toque de art déco, influenciado pelos jardins franceses dos séculos XVI e XVII, integrando alguns elementos do jardim original. Foi considerado em Portugal um dos primeiros exemplos da arte do jardim da primeira metade século XX.

Cildo Meireles BES Revelação Ahlam Shibli: Phantom Home

FAMILIAR

A Fundação de Serralves é uma instituição cultural de âmbito europeu ao serviço da comunidade nacional que, com o Museu de Arte Contemporânea, o Parque e a Casa proporciona um envolvimento do público com a arte contemporânea e o ambiente. A Fundação guia-se por cinco eixos estratégicos: a criação artística, a sensibilização e formação de públicos, a valorização do ambiente, a reflexão crítica sobre a sociedade contemporânea e as indústrias criativas. Com estes objectivos, a Fundação de Serralves obtém um carácter único através da divulgação da arte e problemas contemporâneos no plano nacional e internacional. O Museu de Arte Contemporânea pretende dar a conhecer ao público em geral o que de melhor a arte contemporânea tem para mostrar. Projectado por Álvaro Siza Vieira e inaugurado a 6 de Junho de 1999, possui exposições de artistas consagrados e de artistas emergentes. É de salientar o importante carácter arquitectónico do edifício do museu. A sucessão de perspetivas longas sobre o interior do edifício e o exterior, caracteriza a ar-

Retratos de Natal Cozinha Científica

CONFERÊNCIAS

FUNDAÇÃO DE SERRALVES

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Vidas Ubuntu

Férias de Natal em Serralves

O estado das coisas/ As coisas do Estado


CILDO MEIRELES

Cildo Meireles, artista plástico, nasceu no Rio de Janeiro em 1948. Em 1960 torna-se conhecido internacionalmente criando os objetos e as instalações que causam ao observador numa experiência sensorial completa. As obras de Cildo Meireles dialogam não só com as questões poéticas e sociais específicas do Brasil, mas também com os problemas gerais da estética e do objeto artístico. Nos anos 70 e 80, projectou uma série de trabalhos que faziam uma crítica à ditadura militar. Nas suas obras a questão política vem acompanhada da investigação da linguagem. Cildo examina as falhas da percepção humana, os processos de comunicação, as condições do espectador e a relação da obra de arte com o mercado. No Museu de Serralves encontra-se a exposição de Cildo Meireles, que pode ser visitada de 15 de Novembro de 2013 até 26 de Janeiro de 2014. Na exposição encontramos um conjunto de instalações de grandes dimensões e de peças emblemáticas concebidas entre 1969 e 2013. Redefiniu a arte conceptual, libertando-a do tradicional “revestimento verboso” e devolvendo-lhe “ a tentativa de seduzir”. Dá grande importância à cartografia e geografia, devido aos trabalhos que faz usando mapas. Faz também trabalhos em papel milimétrico, mas os seus trabalhos mais relevantes são as instalações de grandes dimensões. Cruzando o desenho com a escultura e a performance, a maior parte dos trabalhos de Meireles proporcionam uma experiência sensorial e cognitiva do mundo que constitui um instrumento de libertação e consciencialização do espectador. Pequenas ou enormes, as suas obras são, nas suas palavras, para guardar naquele que é “o melhor lugar para guardar uma obra de arte: a memória”.


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MERCADO O O

DE MATOSINHOS

No final do dia as comerciantes limpam as bancas onde estava o peixe. Em mercados tradicionais, como o Mercado de Matosinhos, podemos ainda encontrar animais vivos à venda, tal como galinhas, coelhos, patos e pombos, para além de frutas e vegetais frescos.

O Mercado Municipal de Matosinhos, que em 2013 completou 61 anos, mantém a sua função original, estando aberto desde a primeira metade do século XX. Associado ao centro tradicional da cidade e do concelho de Matosinhos, sendo desde sempre um ponto de referência tanto para a população residente como para os visitantes, alia a tradição dos antigos mercados, onde os visitantes enchem os olhos com a variedade das iguarias e das bancas multicolores, à beleza arquitetónica do espaço, agora também uma ‘’peça turística’’. O mercado continua a constituir um núcleo sólido de relacionamento social da população residente no concelho, através da valorização da variedade dos produtos e a qualidade associada, (sobretudo nos produtos hortícolas e no peixe), e a relação de confiança e proximidade estabelecida entre o cliente e o vendedor bem como a satisfatória relação qualidade/ preço, em contraste com impessoalidade do atendimento e relacionamento nas grandes superfícies. Como tal, o tempo em que toda a gente se abastecia já não é actual .

Os mercados passaram da actividade tradicional a actividades ligadas ao design, a exposições, e outras acções que fazem com que o Mercado de Matosinho seja ponto de visita obrigatória para quem vem conhecer a cidade, o que faz com que seja o coração na vida dos matosinhenses. Os Mercados têm, no entanto, pontos positivos para os consumidores, que valorizam a variedade dos produtos e a qualidade associada (sobretudos nos produtos hortícolas e no peixe), a relação de con- fiança e proximidade com os vendedores e a satisfatória relação qualidade/preço. Nota-se uma crescente saturação do formato hiper por parte dos consumidores, bem como da impessoalidade do atendimento nas grandes adquirem produtos naturais. São também de salientar o atendimento personalizado, que procura sempre a satisfação dos clientes e a facilidade e comodidade no acto de compra. É ainda de notar que o horário reduzido, o predomínio de empresas de cariz familiar, a falta de formação .


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SOLUÇÕES

DOS PASSA-

TEMPOS 1: O Luís é um peixe, estava num aquário na mesa. A janela abriu-se, passou uma rajada de vento e derrubou o aquário, que caíu no chão. O Luís morreu asfixiado.

EXPOSIÇÃO ALMANAQUE Uma História do design PortUgUês em revista Esta exposição é mais um dos eventos realizados em parceria entre a ESAD - Escola Superior de Arte e Design - e a Câmara Municipal de Matosinhos. A exposição incide sobre a história do design gráfico português, ilustrando-a com exemplares de cerca de cem das mais marcantes revistas publicadas desde o final do século XIX até à atualidade. O termo almanaque consagrou um género de publicação periódica de conteúdo e temática diversificados, que se popularizou na segunda metade do século XIX. Com a sua variedade, e por se dirigirem a todos, conseguem tocar todas as esferas sociais, geográficas e profissionais. Assim, os almanaques surgem-nos como um caleidoscópio onde a sociedade, multifacetada, se reflete. Assim, caracteriza-se pela sua natureza acessível e geralmente pedagógica.

"Almanaque" introduz-nos histórias do design grafico em Portugal nos últimos 100 anos, revelando autores, técnicas e ideias, através de uma vasta seleção de revistas. A organização expositiva é predominantemente cronológica, interrompida ocasionalmente por núcleos que reúnem publicações de temática específica. O que aqui se apresenta resulta de um trabalho de investigação sobre a memória e o arquivo do design gráfico em Portugal, trabalho em curso com maior espaço a percorrer do que aquele já percorrido. Deste modo, a exposição pode ser entendida como possibilidade de enquadramento e introdução ao design gráfico português e ao seu contexto cultura, social e político. No final dos anos 50 do século XX, Almanaque foi o nome escolhido para uma inovadora revista de cuja direção gráfica se ocupou Sebastião Rodrigues.

2: Quando a senhora entrou na primeira loja, tinha catorze euros.

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SABEDORIA POPULAR CAPOEIRA E QUINTEIRO: Começar a deitar as galinhas, e se o frio aperta, dar-lhes água amornada e, quando possível, aquecer-lhes durante a noite, com fogão de petróleo, a capoeira coberta. Aos perus reforçar a alimentação com milho, painço, meixoeira e couve migada com sêmea. JARDINAGEM E HORTICULTURA: No jardim, plantar angélicas, gladíolos. Íris, junquilhos, açucenas e ainda túlipas, rainúnculos, jacintos e outros bolbos. É a melhor quadra do ano para poder as roseiras e mondar as flores de inverno. Na horta semear a alface, o alho, o cebolinho, a cebola, a cenoura, a chicória, a beterraba, couves (menos couve-flor e brócolos), coentros, ervilhas, orégãos, cominhos, etc... Pode fazer-se a sementeira dos trigos e estrumar espargos e alcachofras.

POMARES E LAVOURA: No pomar, plantar pereiras, figueiras, macieiras, amoreiras, amendoeiras, ameixoeiras, abrunheiros, castanheiros, damasqueiros, etc., abrindo-lhes covas largas para estrumar e convindo preservar cada estaca com um invólucro de palha bem atada com arame fino ou cordel de esparto, para preservá-las do frio excessivo e da roedura das cabras. Podar e estrumar árvores fruteiras. Na vinha podar bacelos. Recolhe-se o azeite nas tulhas. É o mês da suspensão dos grandes trabalhos de campo, a aproveitar para coçar mato, preparar estrumeiras, arrotear terras em pousio, amanhar alqueives e alfobres, olhar pelas tulhas e celeiros. No colmear zelar pela vigilância e boa hibernagem. Aproveite para utilizar abóboras na confecção de rabanadas e outras receitas culinárias para este mês de Natal.


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