TECNOLOGIA: as casas inteligentes e a certeza de que o futuro já chegou VI TRI NE DO VAREJO
ED. 139
2014
APRENDIZADO ONLINE Sistema Integrado Martins oferece programa de ensino a distância com mais de 350 cursos para lojistas e gestores
Julho/Agosto 2014
CONSUMO MUDANÇA NO PERFIL DE
Número 139 Ano 17
Altamente exigentes, os novos consumidores brasileiros compram mais pela internet e desafiam os varejistas a inovarem em seus negócios
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CARTA EDITORIAL
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O OBJETIVO É
IR MAIS LONGE Como não gosto de me acomodar, nem de repetir “mais do mesmo”, quero gerar desenvolvimento para todos os públicos envolvidos com a nossa organização: clientes, fornecedores e colaboradores. Todos devemos ter uma filosofia de multiplicação: dos valores, dos resultados e do contínuo crescimento. No fundo, é isso: é agir em conjunto para que possamos gerar mais desenvolvimento em tudo o que fazemos. Isso nos motiva e desafia. E sempre olhando de uma maneira otimista. A melhoria contínua é a nossa meta. Devemos melhorar todos os dias. Porque essa também é a filosofia do fundador dessa organização, o sr. Alair Martins: “Nada é tão bom que não possa ser melhorado”. O futuro depende diretamente das atitudes e decisões do nosso presente. Se fazemos hoje um bom trabalho, devemos planejar com critério o que fazer para aperfeiçoar o nosso futuro e desenhar o caminho para onde vamos. O momento agora é de preparar a organização para as próximas décadas. O planejamento para essa conquista inclui tudo o que teremos que antecipar para nos
desenvolver. Por exemplo, que outras categorias irão surgir, pois o mundo é dinâmico; que outros canais de vendas poderão ser criados, como um meio eletrônico diferente; ou que outras formas de entregar, armazenar e despachar produtos precisaremos criar e desenvolver. Também teremos de optar pelas tecnologias que poderemos utilizar e para isso estaremos sempre pesquisando novas tecnologias. Outro grande passo é apoiar nossas equipes e as pessoas individualmente, para que cresçam com a organização; aperfeiçoar o relacionamento com os fornecedores e nos aproximar a cada vez mais de nossos clientes. A grande ideia é trabalhar em equipe, com as pessoas conscientes de que terão de compartilhar mais. E isso demanda uma mudança de atitude: “Vamos juntos”, “Compartilhe”, “Vamos tomar as decisões juntos”. Ao compartilhar, as coisas acabam saindo melhores. Leva um pouco mais de tempo, mas é aquela história: com o “Deixa comigo”, você vai mais rápido, mas o “Vamos juntos” nos leva mais longe. E queremos ir mais longe, e não chegar mais rápido. Isso requer uma mudança de atitude, de comportamento, a fim de que as pessoas saibam trabalhar de forma conjunta. Esta é a estratégia que fará com que o Martins continue evoluindo, transformando-se e conseguindo, no atual cenário brasileiro, fortalecer-se ainda mais.
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onsidero que devemos ser movidos a desafios e acho que ainda existem muitas oportunidades. Não gosto de me acomodar, não gosto de resultado fácil. Para mim, as conquistas vêm com trabalho, desenvolvimento e investimentos, agregando valor para todos os envolvidos.
Vamos juntos! Juntos, cada um vale mais!
WALTER FARIA Diretor-geral do Atacado
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VITRINE DIGITAL
ALÉM DO CONTEÚDO DA REVISTA IMPRESSA, A VITRINE DO VAREJO ESTÁ DISPONÍVEL NO MUNDO VIRTUAL
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O conteúdo da Revista Vitrine do Varejo pode ser acessado de forma interativa nos tablets e smartphones com sistema Android e iOS. Faça o download gratuito na App Store ou no Google Play e fique por dentro do que há de mais importante no mercado varejista.
Portal WEB
A versão digital da Revista Vitrine do Varejo também está disponível no portal da Universidade Martins do Varejo. Acesse o site, leia as matérias na íntegra e fique por dentro de tudo o que movimenta o setor. www.umv.com.br
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EXPEDIENTE MARTINS Presidente do Conselho de Administração Alair Martins do Nascimento Diretor-Geral do Atacado Walter Faria Jr. Diretor do Trade Marketing Marco Antonio V. Tannus Filho Gerente Universidade Martins do Varejo Pedro Magazoni – magazoni@martins.com.br Supervisão e Coordenação da Revista Lidia Fernandes – lidia@martins.com.br MEGAMIDIA GROUP Presidente Celso Hey Diretor Executivo Eduardo Jaime Martins Gerente de Marketing & Comunicação Fernanda Fadel Hey MEGAMIDIA EDITORA Coordenação Geral Rafaela Tasca MTB 6747/PR Edição de Arte Camile Semes VITRINE DO VAREJO Coordenação Vitrine do Varejo Juliana Fernandes Projeto Gráfico Debora Pinheiro Design Jonny Santos Redação Juliana Fernandes e Kamila Schneider Colaboradores desta edição: (texto) Camila Latrova, Edileuza Soares, Gino Carneiro, João Frey, Letícia Murta, Mahani Siqueira e Thaís Vaurof / (foto) André Oliveira, Hilário Júnior e José Natal Revisão Felipe Martynetz Arte-Final Anderson Oliveira MÍDIAS DIGITAIS Gerente de Mídias Digitais Flávio Serpa Aplicativo Digital Luíz Canet Filho e Maurício Ribeiro PUBLICIDADE Executivo de Vendas Andressa Leal / andressa.leal@megamidia.com.br Atendimento Carolyne Bruce Impressão Gráfica Plural Distribuição Dirigida / Venda Proibida PROJETO EDITADO POR MEGAMIDIA GROUP Dúvidas e Sugestões (41) 2106-8576 / revista@megamidia.com.br Rua Brigadeiro Franco, 3991 – Rebouças – Curitiba – PR – CEP 80.220-100 – Fone: (41) 2106-8500 megamidia.com.br
A Revista Vitrine do Varejo é uma publicação bimestral do Sistema Integrado Martins, desenvolvida e publicada pela UMV – Universidade Martins do Varejo. www.martins.com.br / umv.com.br
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ÍNDICE
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10 VAREJO EM FOCO
Notícias sobre o mercado varejista brasileiro e as novidades internacionais do varejo
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14 TENDÊNCIAS
Contêineres usados são a base da nova e futurística arquitetura de casas e lojas
24 ENTREVISTA
Sucesso como jornalista e empresária, Ana Paula Padrão fala do poder das mulheres nos negócios
28 INOVAÇÃO
Especialista da FGV ensina o que é preciso para inovar no varejo
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CAPA
As mudanças que definem o novo perfil do consumidor brasileiro
32 MERCADO
Consumo de produtos de higiene e beleza cresce no varejo e gera bons negócios
36 RADAR DO SIM
Tribanco lança nova versão do Compror
38 MARCAS PRÓPRIAS
Linhas de higiene oral Smart e Enlace ganham reforço no mix
TECNOLOGIA
Os eletrodomésticos do futuro já são realidade em alguns países
44 ESTRATÉGIAS
Dicas de especialista para acabar com as filas no checkout
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58 TRICARD
70 HISTÓRIAS DAS MARCAS
60 TREINANDO EQUIPE
74 SUSTENTABILIDADE
64 EU DIGO SIM
76 DICAS DE SAÚDE
Supermercado Meio a Meio comemora cinco anos de parceria com a Tricard
A doce e lucrativa história do Leite Moça no Brasil
As vantagens do treinamento a distância e as opções do Form@r
Lâmpadas LED são a nova opção para quem quer economizar energia
Com a consultoria e o apoio da UMV, a Drogatec de Uberlândia reabre com nova estrutura
Saiba mais sobre o crescente mercado das fórmulas infantis
68 POR DENTRO DO SIM
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Conheça todas as vantagens de proteger seu automóvel com a Tribanco Seguros
SMART INFORMA
Saiba como foi o SmartDay, que reuniu quase 700 filiados em Uberlândia
© Luiz Braga / Paratur
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AQUI TEM MARTINS Conheça a URN do Pará, instalada em Ananindeua
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VAREJO EM FOCO
O Sebrae oferece capacitações gratuitas pela internet, promovendo uma nova forma de levar conhecimento a microempreendedores e pequenas empresas. Temas de interesse dos microempresários, como legalização de empresas, orientações sobre como vender mais e melhor, dicas de como obter crédito e estruturação de ideias de negócios, são apresentados de forma clara e concisa. Para participar, basta o empresário acompanhar antecipadamente os horários das palestras com os especialistas, podendo interagir com perguntas e dúvidas que serão esclarecidas durante a transmissão ao vivo dos eventos. Os conteúdos têm duração média de uma hora, depois, ficam disponíveis na videoteca do site. sebraepr.com.br/virtual
SETOR AQUECIDO O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria do mundo, cujas vendas nas farmácias brasileiras cresceram 14,74% nos quatros primeiros meses de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013. O faturamento do setor alcançou R$ 10 bilhões, impulsionado pelas vendas de itens da categoria “não medicamentos”. Somente estes produtos tiveram crescimento de 18,27% e foram responsáveis por arrecadar R$ 3,3 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Fotos: © Renato Alves – MTE / Tmcphotos / Art Allianz Shutterstock
PALESTRAS ONLINE
FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO O governo federal estuda mudanças nas regras trabalhistas que devem garantir mais flexibilidade nos horários dos trabalhadores, o chamado part time. A regulamentação é uma demanda do setor varejista, que espera cortar gastos com o pagamento de horas extras, regularizar folgas de funcionários e reduzir disputas judiciais. No entanto, antes de alterar a legislação, é necessário haver um consenso entre o Ministério do Trabalho, os movimentos sindicais e os setores patronais.
LIMPEZA EM DIA
Mudou o local onde os brasileiros compram seus produtos de limpeza, segundo a Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins). Enquanto as vendas nos supermercados caíram, cresceram nos pequenos varejos e no atacado. Em mercadinhos e lojas de balcão, a fatia passou de 20,3% para 23,8%, ao passo que os atacados saltaram de 6,1% para 6,5% das vendas entre 2012 e 2013. Outro dado interessante é que do total de gastos 41% saiu do bolso da classe C, 32% das classes A e B e 28% das classes D e E.
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DIA DOS PAIS COM BOSCH É NO MARTINS Fotos: © Renato Alves – MTE / Tmcphotos / Art Allianz Shutterstock
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VAREJO EM FOCO
COMÉRCIO ELETRÔNICO O comércio eletrônico nacional deve crescer significativamente em 2014. A Conversion, empresa especializada em SEO – Search Engine Optimization (estratégias para melhorar o posicionamento de um site na internet), estima que esse tipo de mercado deve gerar um faturamento de R$ 39 bilhões, um avanço em comparação com os R$ 28 bilhões movimentados em 2013. A previsão é que, até o final deste ano, mais de 133 milhões de pedidos online sejam feitos e que cada compra custe, em média, R$ 292,47.
CASE DE SUCESSO Alair Martins do Nascimento foi um dos 20 cases de sucesso apresentado no livro Todo Mundo Disse Que Não Ia Dar Certo, escrito pelo jornalista Ricardo Viveiros. A obra revela histórias de empreendedores que conseguiram transformar sonhos em sucesso profissional. Além do Alair Martins – do Sistema Integrado Martins – o livro conta a trajetória de empreendedores das empresas Avianca, Bio Ritmo, Buscapé, Cacau Show, Casa do Pão de Queijo, China in Box, Ciao Mao, CVC, Diletto, Expand, Farmácias Pague Menos, Giuliana Flores, Granja Mantiqueira, Grupo Multi, Habib’s, Mandic magiC, Multicoisas, Storm Security e The Gourmet Tea estão presentes na publicação.
TRIBUTAÇÃO DE BEBIDAS A alíquota de tributação das bebidas frias (cervejas, refrigerantes, refrescos e isotônicos) poderá mudar nos próximos meses. Desde 2008, as bebidas são tributadas conforme um modelo misto que envolve uma tabela de preços no varejo, de acordo com o volume e o tipo de embalagem, acarretando muitos reajustes no preço final. O setor exige mudanças e sugere que as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins incidam sobre os preços de fábrica, em vez de serem cobradas sobre uma tabela de preços de referência.
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A Kantar Worldpanel, empresa especialista em analisar as preferências do consumidor, divulgou a lista das marcas mais escolhidas pelos consumidores no planeta. As líderes do ranking são velhas conhecidas dos brasileiros: na primeira posição, está a Coca-Cola, que somente no ano passado perdeu o posto de marca mais valiosa do mundo para a Apple. O refrigerante esteve presente na casa dos consumidores quase 5,8 bilhões de vezes. Em seguida, a Colgate figura na vice-liderança, com 3,6 bilhões, e em terceiro lugar o Nescafé, da Nestlé, com 2,1 bilhões.
Fotos: © M. Unal Ozmen / © Popartic / Shutterstock
AS ESCOLHIDAS
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Fotos: © M. Unal Ozmen / © Popartic / Shutterstock
TENDÊNCIAS
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Há quatro anos, depois de muitas pesquisas, o arquiteto Danilo Corbas resolveu que sua própria casa seria feita com os imensos caixotes. Ele desenvolveu o sistema construtivo, colocou a casa de pé e deu início, com a própria residência, à Container Box, empresa especializada em projetos criados com contêineres, tanto na área residencial quanto na comercial. Segundo Corbas, a maior área de atuação da marca é na construção de estandes em eventos e lojas temporárias, o que garante um processo econômico, prático e ecológico ao cliente.
CAIXOTES À
OBRA
Fotos: © Tatiana Hultmann / © Jorge Mariano / Divulgação
ouve um tempo em que contêineres só podiam ser vistos em portos ou a bordo de gigantescos navios no meio do oceano. Houve um tempo em que as gigantescas caixas metálicas tinham uma única finalidade: transportar quantidades colossais de mercadorias ao redor do mundo. Em plena segunda década do século 21, no entanto, os tempos são outros e os contêineres agora, além de levar as mais diversas cargas de um continente para outro, têm um surpreendente – e sustentável – papel na arquitetura.
Contêineres marítimos ganham um novo papel e oferecem soluções criativas e ecológicas à arquitetura
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Fotos: © Tatiana Hultmann / © Jorge Mariano / Divulgação
Ações promocionais e lojas temporárias se tornaram a especialidade da Container Box
“Nossa proposta é que a montagem de um evento não precisa ser sofrida ou dar trabalho para o cliente. Oferecemos a solução completa, com estrutura do estande, comunicação, planejamento, iluminação, mobiliário e o que mais for preciso. A rapidez na montagem, a praticidade e a ausência de resíduos e desperdícios, além de uma linguagem moderna que atrai as pessoas, são as principais vantagens dos nossos serviços e produtos”, comenta o arquiteto. São vários os motivos que fazem da construção com contêineres uma alternativa ecológica e sustentável. Além de se aproveitar de materiais que já são usados no transporte marítimo, a técnica garante uma considerável diminuição na produção de resíduos. Para Danilo Corbas, não há dúvida de que se trata de um modelo de construção eco-friendly. “Em vez de usarmos tijolos que levam carvão na sua queima, ou de utilizarmos areia, que é retirada de forma indiscriminada da natureza em grandes quantidades, assim como o cimento e a água, usamos uma estrutura existente que já terminou um ciclo de uso. E, por serem muito leves, essas estruturas também são um fator de economia na fundação. O próprio tempo de construção, bastante reduzido, ajuda em termos de sustentabilidade”, avalia Danilo, que ainda estima uma economia financeira de até 25% com seus projetos em relação a construções convencionais.
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TENDÊNCIAS
Hamburgueria em Curitiba aposta no uso de contêineres no projeto arquitetônico
ENTRE HAMBÚRGUERES E CONTÊINERES O empresário Fábio Muzeka juntou o antigo sonho de abrir um empreendimento culinário com a criatividade e a sustentabilidade dos contêiners para desenvolver a Muzik Hamburgueria, restaurante construído a partir de um projeto que mistura os caixotes com acabamentos em madeira. Segundo o proprietário, a ideia surgiu com a vontade de fazer algo novo e que fugisse do convencional, além de impactar positivamente o meio ambiente. “A reutilização de materiais é uma necessidade real e imediata. Os recursos estão a cada vez mais escassos e caros. Além disso, a construção apresenta uma estética diferenciada e inusitada. Já perdi a conta de quantas pessoas param para admirar e fazer perguntas sobre os contêineres”, conta o dono da hamburgueria, que fica em Curitiba.
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O arquiteto Danilo Corbas fez questão de construir a própria casa com contêineres, em iniciativa que discutiu a sustentabilidade e deu origem à empresa especializada no assunto
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“A RAPIDEZ NA MONTAGEM, A PRATICIDADE E A AUSÊNCIA DE RESÍDUOS E DESPERDÍCIOS, ALÉM DE UMA LINGUAGEM MODERNA QUE ATRAI AS PESSOAS, SÃO AS PRINCIPAIS VANTAGENS” Danilo Corbas, arquiteto
Entre os responsáveis pelo projeto da hamburgueria, a arquiteta Luiza Mussnich nunca havia trabalhado com contêineres e precisou de vários estudos para colocar as ideias em prática. No entanto, ela acredita que os contêineres serão uma tendência a cada vez mais forte, graças às vantagens sobre o sistema convencional e à criatividade que oferecem ao design das construções. “A ideia é dar uso a uma estrutura que, após dez anos transportando
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mercadorias no mundo todo, torna-se inútil em qualquer outro setor da economia, podendo ser implantada com uma arquitetura inovadora, reduzindo a possibilidade de mau uso ou descarte impróprio do recurso. Além disso, os contêineres geram rapidez na obra e economia de recursos naturais”, afirma Luiza, segura de que pretende continuar no ramo dos contêineres e seguir desenvolvendo projetos sustentáveis, inovadores e tecnológicos.
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QUEM É O NOVO
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ompradores bem-informados, com mais poder de influência, ávidos por novidades, conveniência, versatilidade, preço competitivo, qualidade e bom atendimento. São alguns dos traços do perfil do atual consumidor, que tem mudado bastante nos últimos anos, sobretudo com a popularização da internet e a disseminação das redes sociais. Hoje, as exigências são maiores e os varejistas precisam inovar constantemente para atender os anseios de seus clientes. O processo de transformação do perfil dos consumidores brasileiros veio com o fortalecimento da economia, que aumentou o poder aquisitivo da classe C, chamada
Compradores estão mais exigentes e buscando, não apenas preço, mas custo-benefício, desafiando o varejo a inovar para atender seus anseios
também de “nova classe média”. A abertura das fronteiras de consumo deu origem a um comprador mais exigente, consciente, bem-informado e que sabe o que quer. Ele procura novidade, sofisticação, qualidade e pesa o tempo todo o custo-benefício. A nova classe média é mais exigente porque não pode errar na compra, nem se dar ao luxo de fazer uma segunda aquisição. Não é à toa o aumento do consumo por camada de produtos multifuncionais, os chamados “x em 1”, com mais de uma funcionalidade e que se destacam pela praticidade e pela economia. Basta ver os exemplos nos segmentos de eletrodoméstico, moda, beleza, limpeza e alimentos.
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CAPA
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
Elcio Assis Cardoso Junior, professor de marketing e administração da faculdade Unisuz, avalia que o consumidor atual é muito diferente do das décadas de 1970, 1980 e 1990, que era passivo ao bombardeio das campanhas pelas mídias tradicionais. Nos anos 2000, com a popularização da internet, os compradores passaram a acessar mais informações de produtos na web, comparar preços, acompanhar lançamentos globais e até fazer pedidos online, já que o varejo virtual funciona 24 horas.
OS CONECTADOS
Mais recentemente, esse consumidor ganhou outro forte aliado: as redes sociais, nas quais sua voz tem longo alcance. É um canal de comunicação poderoso para reclamar, compartilhar experiências boas e ruins e influenciar grupos infinitos, que aceleram a propaganda “boca a boca”, considerada a maior alma do negócio. As redes sociais influenciam compras e o comportamento, constata Cardoso Junior. Um exemplo são os jovens criados em ambientes com internet e que passam parte do tempo conectados. “Eles são muito objetivos, não suportam filas e querem tudo muito rápido”, informa o professor. Esses consumidores transpõem para o mundo real as expectativas de velocidade da web. “Os consumidores ficaram muito mimados com a internet. O varejista tem que conhecer o perfil do novo consumidor para buscar formas diferentes de conquistá-lo”, recomenda Cardoso Junior. Agilidade e autenticidade são fundamentais para esse público antenado e que se baseia muito em comentários de outros consumidores.
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Fotos: © Max Herman / © Goran Bogicevic / © Ljupco Smokovski / Shutterstock / Divulgação
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“ENQUANTO OS HOMENS SÃO MAIS CONSERVADORES, AS MULHERES SÃO MAIS ABERTAS ÀS NOVIDADES” Edgar Barki, professor da FGV
MULHER NO COMANDO
O aumento da participação da mulher no mercado de trabalho é outro fator que contribuiu para a sofisticação do consumidor brasileiro. Ela não só tem mais dinheiro como participa ativamente das compras da família. “Enquanto os homens são mais conservadores, ela é mais aberta às novidades”, analisa Edgar Barki, professor do curso de mestrado profissional internacional da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). A mulher experimenta mais frequentemente novos produtos até para encontrar tecnologias que simplifiquem seu dia a dia, uma vez que tem menos tempo para cuidar da família e da casa.
O QUE OS COMPRADORES ESPERAM DOS LOJISTAS
Patrícia Fernandez, de 36 anos, professora de português da rede pública, adora comprar esmaltes e maquiagem, mas antes pesquisa bastante. Para ela, o bom atendimento e a educação dos vendedores são essenciais. Achar o produto de que precisa sem ter de dar muitas voltas na loja e encontrar atendentes para tirar dúvidas também fazem a diferença. O aposentado Valdir Ferreira Cunha, de 60 anos, que vai aos supermercados três vezes por semana, endossa a importância do layout da loja e do bom atendimento. Mas também valoriza a variedade de produtos, preços baixos e a qualidade: "Olho muito as promoções por TV e jornais vou à loja para conferir as ofertas". Apesar de buscar preços baixos, Cunha se permite colocar em sua cesta itens que não consumia antes porque o dinheiro precisa ser economizado para a educação dos dois filhos já crescidos. Já Cesar Santana, publicitário de 25 anos que não mora mais com os pais e sustenta sua casa, é um consumidor imediatista. Como outros jovens de sua idade, ele não planeja compras e, às vezes, até vai a supermercados menores para não enfrentar fila. Cesar se diz frustrado quando tem de se dirigir ao caixa e acha que os varejistas precisam melhorar nesse quesito.
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CAPA
MATURIDADE E EXPERIÊNCIA
Chamados de “consumidores maduros”, eles vão mais vezes ao supermercado e dão preferência aos horários comerciais. Apesar de planejarem suas compras, esses clientes não costumam levar listas de compras. São muito atraídos por categorias como sobremesas, cafés e sucos concentrados, além de itens de higiene e beleza. A maior frequência aos pontos de venda, aliada ao desejo por bons preços e ofertas, faz dos consumidores maduros um público cobiçado para o varejo. Sua longevidade promete boas perspectivas para o futuro. Projeções do IBGE estimam que a expectativa de vida do brasileiro pode chegar até 76,7 anos em 2020, ante 69,8 anos em 2000. Em 2050, o tempo médio de vida subirá para 80,7 anos, fator que exigirá adequação das lojas para atender esses compradores.
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O IBGE também prevê encolhimento das famílias. A decisão dos casais de ter menos filhos fará com que o Brasil passe por fenômeno similar ao da Europa, com o envelhecimento da população. Outro fator a que os varejistas devem ficar atentos é a desaceleração da economia. Pela primeira vez em dez anos, após o Plano Real, as compras caíram 0,4% em 2013, segundo o estudo Mudanças do Mercado Brasileiro, divulgado em março pela Nielsen. De acordo com o analista de mercado da Nielsen, José Lourenço Fraga, o
principal motivo da retração é o endividamento, especialmente da classe C, que está visitando o supermercado com menos frequência e comprando o estritamente necessário. “Agora esse público se planeja mais, busca embalagens maiores e econômicas”, constata o consultor. O consumidor está buscando outros canais de compras com melhor custo-benefício e trocando marcas tradicionais por outras, mais baratas. O conselho de Fraga para manter clientes fiéis é procurar conhecê-los melhor. Aprimorar o atendimento e reforçar os serviços também contam ponto nesse esforço.
Fotos: © Tyler Olson / Shutterstock / Divulgação
Entender as mudanças de perfil do consumidor é importante para se preparar para atender melhor a terceira idade, que vai aumentar sua participação no mercado de consumo pelo aumento de expectativa de vida da população brasileira. Hoje, 38% dos lares do país contam com pessoas acima de 50 anos, que já respondem por 40% dos gastos com produtos de consumo de massa.
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ENTREVISTA ANA PAULA PADRÃO
No comando de duas empresas, Ana Paula Padrão é uma empresária que acredita no poder empreendedor das mulheres
Fotos: © Caio Kenj / Divulgação
EMPREENDENDO A PRÓPRIA
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om uma simpatia inigualável, Ana Paula Padrão concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Vitrine do Varejo, no lançamento do seu livro O Amor Chegou Tarde Em Minha Vida. Com mais de 20 anos de trabalho nas principais redes de televisão do Brasil, Ana Paula decidiu assumir as rédeas da sua rotina e abriu duas empresas. Hoje, como empresária, ela defende a decisão das brasileiras de serem donas do próprio negócio e acredita que as mulheres já conquistaram o poder para gerir empresas de sucesso no Brasil.
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ENTREVISTA ANA PAULA PADRÃO
“HOJE, A GENTE NÃO ESTÁ MAIS DISCUTINDO SE AS MULHERES TÊM PODER OU NÃO. A DISCUSSÃO É O QUE ELAS VÃO FAZER COM ESTE PODER E PARA ONDE ELAS VÃO” Ana Paula Padrão
REVISTA VITRINE DO VAREJO: Como foi a transição de mudar do jornalismo para a vida de empresária? Ana Paula Padrão: A primeira empresa que eu abri foi uma oportunidade. Eu estava no SBT e comecei a fazer um programa semanal, o SBT Realidade. Na época, eu propus ao Silvio Santos que o programa fosse inteiramente produzido pela minha empresa e fosse apenas finalizado pelo SBT. Ele topou e por isso eu abri a minha primeira empresa, a Touareg, que acabou se especializando em comunicação interna e hoje a gente trabalha desenvolvendo estratégias para a comunicação interna das empresas, em várias e diferentes plataformas. A segunda empresa que eu abri foi por desejo, porque eu queria realmente conversar com mulheres e fiz uma longa pesquisa sobre elas antes de abrir o negócio, cujo foco também foi pesquisado. Ela foi bem mais planejada que a primeira e obteve sucesso bem mais rápido mesmo. RVDV: Você ainda exerce a função de jornalista ou agora é administradora? APP: Eu sou jornalista sempre! Sabe o que acontece com jornalista? Somos igual a médico, é uma profissão vocacionada. Um médico pode estar de férias e, se alguém passar mal, ele não vai se recusar a atender. Jornalista é a mesma coisa. Se aparecer uma boa história na sua frente, 26
você conta! Não tem jeito [risos]. Jornalista é contador de histórias e eu adoro contar uma boa história. Hoje, o que eu estou fazendo, ao lançar o livro, é contar a história das mulheres da minha geração. Por que e como a gente chegou até aqui. Eu posso empreender para vários lados, mas vou ser sempre uma jornalista empreendendo, é uma questão de vocação. RVDV: Por ser mulher, você sofreu algum preconceito como empresária? APP: Não. Hoje, a gente não está mais discutindo se as mulheres têm poder ou não. A discussão é o que elas vão fazer com este poder e para onde elas vão. Sabemos que somos diferentes e vamos usar armas muito próprias para chegar aonde queremos. RVDV: Você teve alguma dificuldade quando mudou de ramo e foi comandar as suas empresas? APP: O que eu sinto e senti muito, quando abri minha empresa, foi uma dificuldade por ser muito conhecida. Muita gente pensava que para mim seria mais fácil ser empresária, mas foi ao contrário, porque eu precisava ser onipresente. Todos os clientes queriam estar comigo, me ver, nunca podia ser um dos meus diretores ou funcionários. Isso me prejudicou muito no início e foi muito difícil até meus clientes sentirem confiança no resto da minha equipe.
RVDV: No seu livro, você conta a história e fala do futuro das mulheres. Como você vê o futuro das mulheres no Brasil? APP: Eu acho que há um grande desejo de empreender no nosso país. Todas as pesquisas mostram que as brasileiras querem empreender, existe mais de 50% de intenção de empreender entre as mulheres em todas as regiões brasileiras. É um dado muito impressionante. RVDV: Por que você acredita que existem tantas profissionais querendo ser empreendedoras? APP: Eu nunca vi, como vejo hoje, tantas empreendedoras no Brasil. Eu acho que isso advém do fato de que elas não estão felizes nas empresas, existe uma sensação latente e silenciosa de que a gestão é masculina demais para elas. As empresas
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têm que mudar neste sentido, porque senão vão perder talentos femininos. E, por outro lado, a mulher tem o sonho de que, empreendendo, vai mandar mais na própria agenda e atender melhor aos vários universos que ela quer atender hoje – o que, na verdade, é uma falácia, pois a gente sabe que quem tem empresa tem vários chefes e não descansa nunca, mas há uma sensação de liberdade. RVDV: O que está faltando para essas mulheres tomarem coragem e terem sucesso nos seus negócios? APP: O que eu acho que falta, basicamente, é as mulheres terem mais assistência e conhecimento. Quem quer empreender normalmente empreende “sentindo o vento”, não faz pesquisa, não sabe se naquele mercado é aquilo que vai dar certo. É necessário fazer pesquisa, é
fundamental você estar orientada para abrir um negócio que tenha minimamente chance de dar certo. E, em segundo lugar, ter conhecimento sobre como tocar um negócio. A gente não aprende no Brasil sobre como tocar um negócio, o que é uma lástima. Em países muito empreendedores, como os Estados Unidos, o empreendedorismo se aprende na escola, desde cedo, e as pessoas associam o empresário a um cara legal, que está gerando emprego, fazendo o país crescer, rodando a economia. No Brasil, o empresário ainda é visto como aquele que explora a pobre mão de obra sem defesa e, enquanto a gente não superar isso, vai ser difícil ser um país de empreendedores. RVDV: Você acha que hoje, como empreendedora, tem mais liberdade para fazer a própria agenda?
APP: Muito mais! Você faz a sua agenda. Se você quer lotar a sua agenda, você lota, a decisão é sua. Eu não loto mais a minha agenda, a não ser que eu queira. Agora, nos lançamentos dos livros, por exemplo, eu estou sacrificando muito os meus fins de semana, porque quero fazer isso, em geral não trabalho nesses dias. Eu mando na minha agenda como jamais mandei. Mas é necessário tomar cuidado e treinar a sua empresa para andar sem você, senão ela fica dependente e acaba engolindo você. Ana Paula Padrão é formada pela Universidade de Brasília. Trabalhou na Rede Globo de 1987 a 2005, sendo correspondente internacional em Londres e Nova York e como âncora do Jornal da Globo. Comandou o jornalismo do SBT de 2005 a 2009 e, de 2009 a 2013, o Jornal da Record. Hoje está à frente das duas empresas que fundou: a Touareg Agência de Conteúdo e o portal Tempo de Mulher.
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INOVAÇÃO
PERCEPÇÃO PARA
M
uito já foi falado e continua a ser pontuado quando o assunto é inovação no varejo. A tecnologia revolucionou os costumes das pessoas e o ato de fazer compras também vem mudando constantemente. Diferentemente do tempo de nossos avós, a relação entre cliente e vendedor ficou impessoal, rápida e quase independente, dispensando intermediários em alguns setores. Em semelhante cenário, o maior desafio de um negócio é saber de que maneira inovar para conquistar e fidelizar clientes. Em lugar de ações mirabolantes ou investimentos grandiosos, algumas ações óbvias podem fazer a diferença na hora de construir um relacionamento
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amistoso e duradouro com os consumidores brasileiros. Para Maurício Morgado, especialista em marketing e vendas e professor da FGV, independentemente do porte da empresa, seja uma rede de supermercados ou uma lojinha de bairro, o segredo é armazenar o máximo de informações sobre o cliente: qual é seu perfil, que produto compra, a que horas e quantas vezes costuma ir ao estabelecimento, qual é seu comportamento. Quanto mais dados sobre o consumidor, mais bem preparado o comerciante estará para traçar estratégias de marketing e comunicação. “Com este conhecimento em mãos, é hora de determinar como será construído o relacionamento com os clientes”, orienta.
Atualmente, existem diversas ferramentas para todos os portes de empresa, e mesmo uma simples página no Facebook pode ser eficiente se bem-utilizada. Segundo Morgado, o diferencial é ser atuante e criar conteúdos relevantes para o público-alvo da empresa. “E não apenas virtualmente: é importante criar um vínculo real com a localidade que abriga o negócio, ou seja, participar da comunidade, conhecer o bairro e colaborar de alguma forma para a melhoria da região”, explica.
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Nada de planos mirabolantes: para inovar, basta ouvir seu cliente
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A RECOMENDAÇÃO É CONHECER BEM O SEU CLIENTE, PARA DETERMINAR O QUE VALE A PENA OFERECER NAS PRATELEIRAS DA LOJA
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
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A longo prazo, um fator determinante para demarcar território no varejo é antever o envelhecimento da população. Além de se casar mais tarde, o brasileiro tem conseguido aumentar sua expectativa de vida, hoje cerca de 75 anos. “As previsões indicam que, em 2050, a proporção será de um idoso para cada quatro jovens no Brasil. Isso significa um grande mercado a ser explorado”, ressalta Morgado. O perfil das pessoas de mais idade é bem peculiar: quase não têm dependentes, pois os filhos estão crescidos e educados; provavelmente têm suas casas quitadas (segundo o IBGE, 75% dos brasileiros vivem em casa própria); estão preocupados com a saúde e o bem-estar, garantindo que certos luxos estejam entre as prioridades na hora das compras. Itens para o lar, artigos de lazer, produtos de culinária, vinhos e outros supérfluos podem começar a fazer parte do seu cardápio de consumo. Morgado afirma que este público específico quer conforto na loja, atendimento especializado e muitas facilidades: “Oferecer um produto pronto, especialmente pensado, é importante para conquistá-lo”.
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INOVAÇÃO O ATO DE INOVAR VAI ALÉM DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS: REQUER ENXERGAR AS OPORTUNIDADES COM UM NOVO OLHAR
PENSAR FORA DA CAIXA
O ato de inovar vai além das novidades tecnológicas: requer enxergar as oportunidades com um novo olhar no padrão estabelecido. Em artigo, o especialista afirma que no varejo inovar pressupõe um constante treinamento de percepção: “As antenas do varejista e de sua equipe devem captar os sinais que os clientes estão emitindo, nem sempre claros e verbalizados. É praticar a empatia antes do que qualquer outra análise mercadológica feita: se eu fosse o meu cliente, o que gostaria de ter?”, reflete Morgado. De acordo com ele, é a partir destes questionamentos que grandes ideias e soluções aparecem.
CONSUMIDOR ESPERTO
O consumidor está mais informado e ciente dos seus direitos. Somado a isto, a elevação do poder econômico do brasileiro nos últimos anos criou uma geração de clientes extremamente exigente, com preferências e necessidades a cada vez mais requintadas, demandando nichos de mercado especializados. Assim, ao comprar algo, o cliente adquire um produto para um fim específico e seu respectivo benefício. Ele utiliza o exemplo da lasanha: “Não adianta oferecer apenas uma versão do produto, deve-se oferecer vários sabores, a versão reduzida para uma pessoa e a opção light para o dia em que ele quer se sentir mais saudável”. Ele complementa que o brasileiro anda sem tempo, quer praticidade, conveniência e preço acessível. “A
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população brasileira conquistou um poder de consumo (sobretudo as classes C e D) que não quer perder, está receosa com o cenário econômico, principalmente no que tange à inflação. Portanto, vai pensar muito antes de colocar um artigo no carrinho”, pondera. Por isso, a recomendação é conhecer bem o seu cliente, para determinar o que vale a pena oferecer nas prateleiras da loja. Por parte do público feminino, principal frequentador dos supermercados nacionais, a exigência é maior e requer atenção redobrada dos varejistas. De acordo com a pesquisa realizada pelo IBOPE Media, as brasileiras gostam de uma boa oferta (84%) e planejam muito antes de adquirir produtos caros (69%). Por outro lado, 70% delas são fiéis às marcas e procuram nas gôndolas seus produtos preferidos.
Maurício Morgado, professor da Fundação Getulio Vargas e especialista em varejo
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MERCADO
TRAZ BONS NEGÓCIOS Classes C e D estão consumindo mais produtos de higiene pessoal e beleza. Supermercadistas devem investir em ações para atrair esses clientes ávidos por novidades que aumentem o bem-estar e a autoestima
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CULTO À BELEZA
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brasileiro é um povo vaidoso e gosta de cuidar do corpo. Influenciado pelas campanhas de culto à beleza, ele vem investindo a cada vez mais para se sentir bem e melhorar sua autoestima. Prova disso é que o Brasil é o terceiro maior mercado na venda de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), atrás somente de Estados Unidos e Japão, com faturamento de R$ 38 bilhões em 2013, ante R$ 34 bilhões em 2012. É um setor em aquecimento, que registra taxas de expansão de 10%, puxado por diversos fatores. Entre eles, o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, o aumento da expectativa de vida da população brasileira e a ascensão
das classes C e D, que estão comprando mais itens dessa categoria, principalmente em supermercados. As estatísticas são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), cuja previsão é que em 2020 o Brasil ultrapasse o Japão, tornando-se o segundo maior do mundo em HPPC. Mas em dois itens o brasileiro já está na frente, como o maior consumidor de perfumes e desodorantes, segundo dados da entidade. Esforço da indústria é o que não falta para atrair as classes C e D com lançamentos constantes de produtos com fórmulas novas de xampu, desodorantes, esmaltes, maquiagens e uma infinidade de
hidratantes faciais e corporais. Em 2012, o setor investiu R$ 13,6 bilhões em ampliação de fábricas no Brasil, pesquisa e desenvolvimento, além de campanhas para divulgação das marcas. O III Caderno de Tendências de 2014-2015 Higiene Pessoal, Perfumes e Cosméticos, elaborado pela Abihpec, pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio ao Micro e Pequeno Empresário (Sebrae), informa que existem quase 2,4 mil fabricantes na disputa por esse mercado no país. Apesar disso, esse setor tem a força de multinacionais como Unilever, Johnson & Johnson e L'Oréal, que têm os supermercados como um forte canal para venda de suas marcas. 33
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MERCADO
COMO ALAVANCAR NEGÓCIOS
Os produtos de higiene pessoal e beleza têm um grande apelo entre as classes C e D, conforme os especialistas. Mas é importante que os pequenos e médios supermercadistas conheçam esse público, bastante sensível a preços, e façam campanhas direcionadas para atraí-lo. Haroldo Matsumoto, consultor do Sebrae de São Paulo, recomenda que os comerciantes avaliem quem são seus clientes antes de promover qualquer tipo de ação. A dica dele é primeiramente perceber a faixa etária da clientela que frequenta a loja. Verifique se é formada mais por consumidores jovens ou da terceira idade.
“INVISTA NO MIX DE ACORDO COM O PERFIL DOS CONSUMIDORES DE SUA LOJA” Haroldo Matsumoto, consultor do Sebrae-SP
Depois dessa etapa, invista no mix de acordo com o perfil dos consumidores. O consultor observa que, com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, as pessoas de mais idade estão comprando mais produtos de beleza para tentar rejuvenescer e cuidar da aparência. Os especialistas ressaltam que os produtos de HPPC vendem sonhos e fantasias. Todo mundo quer ficar mais bonito. Os supermercados não têm muito espaço para fazer ações glamourosas como montar mesas de maquiagens do jeito que fazem as lojas especializadas, mas é possível fazer parcerias com fabricantes para, por exemplo, colocar uma demonstradora na loja. Elas podem fazer teste de pele, cabelos ou outros itens que estimulem o consumo. Matsumoto indica também acordos com cabeleireiros da vizinhança. Um profissional desses pode passar um dia na loja, orientando as consumidoras, e as que comprarem produtos para pintura de cabelo ganham um desconto na aplicação no salão. Assim, supermercado e cabeleireiro saem ganhando. O consultor chama a atenção dos varejistas para a abordagem ao público jovem. "Essa geração gosta muito de ídolos. É importante aproveitar as ondas das campanhas publicitárias", ensina. Um exemplo é Neymar, jogador da Seleção Brasileira que participou dos
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comerciais do desodorante Rexona e do Tenys Pé Baruel, e pode atrair vendas. Nesse caso, os comerciantes podem trabalhar com a indústria e expor um cartaz do ídolo em uma esquina das gôndolas com os produtos que ele anuncia. A mesma estratégia pode ser aplicada para atrair os consumidores mirins, explorando fotos de personagens de que eles gostam. É importante ainda não se esquecer do básico, como boa exposição dos produtos e boa iluminação das prateleiras.
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MERCADO AQUECIDO
Com um mix de aproximadamente três mil itens, o Martins acompanha as tendências do segmento e está preparado para atender as demandas do lojista e do consumidor. O gerente de compras HBL do Martins, Marcus Cesar de Aguiar Alves, revela que a empresa cresceu 17% em 2013 nessas linhas e a expectativa é que, sob esse aspecto, 2014 seja ainda melhor: “Esperamos um segundo semestre bastante aquecido,
pois estamos ganhando participação de mercado e o varejista, com um sortimento correto e adequado ao seu público, com boa visibilidade das categorias nas gôndolas, pode capitalizar mais esse movimento”. Marcus Cesar lembra que trabalhar com a solução completa das categorias pode intensificar o desempenho dessas seções. “Quando a compra de forma orientada é incentivada, o consumidor é induzido a
adquirir outros produtos da categoria, aumentando o ticket médio e a rentabilidade da loja”, explica. Ele orienta ao lojista que trabalhe com o “desconfinamento” das categorias de maior valor agregado, fazendo com que elas “saltem” aos olhos do consumidor. “O lojista deve ficar ligado aos lançamentos da indústria, principalmente nas marcas presentes na mídia, pois têm apelo maior, atraindo o cliente para o ponto de venda”, arremata Marcus Cesar.
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RADAR DO SIM
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lientes ativos do Tribanco já contam, a partir de julho deste ano, com uma nova versão do Compror, uma linha de financiamento destinada ao pagamento dos compromissos junto aos seus fornecedores, inclusive a vista. A grande novidade do produto, disponibilizado pelo banco há oito anos, fica por conta do acesso. Agora, toda a operação poderá ser feita pelo Internet Banking, oferecendo mais agilidade e segurança. Segundo o coordenador de produtos do Tribanco, Thiago Maier, um dos grandes diferenciais da nova versão está na autonomia que a operação via internet oferece. “Com o novo Compror, nosso cliente tem toda a comodidade de sentar na frente do computador, verificar as taxas, simular e fechar o crédito, em apenas seis cliques”, ressalta.
NEGOCIAÇÃO
RENTÁVEL 36
Para adquirir o produto, o varejista deve ser cliente do banco, ter acesso ao Internet Banking e possuir o token (gerador de senhas). O gerente comercial do Tribanco implanta os limites e, a partir daí, todas as transações passam a ser independentes e autônomas, podendo ser realizadas de qualquer lugar, bastando apenas o acesso à internet. “Somos pioneiros desse modelo de transação. Além de o cliente não
Com a nova versão do Compror, clientes do Tribanco ganham mais agilidade em seus negócios
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Além de ser um apoio durante as negociações com fornecedores, dando ao cliente a chance de fechar compras mais vantajosas, o crédito pode ser usado para alongar os prazos de pagamento, dando novo fôlego ao capital de giro da empresa. “O cliente pode lançar os boletos prestes a vencer no sistema e simular um novo prazo de pagamento. Estando dentro da sua necessidade, ele apenas conclui a operação e os boletos são pagos automaticamente aos fornecedores, sem a necessidade de falar com o gerente do banco ou enviar qualquer tipo de documentação”, explica Thiago.
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“COM O NOVO COMPROR, NOSSO CLIENTE TEM TODA A COMODIDADE DE SENTAR NA FRENTE DO COMPUTADOR, VERIFICAR AS TAXAS, SIMULAR E FECHAR O CRÉDITO, EM APENAS SEIS CLIQUES” Thiago Maier, coordenador de produtos do Tribanco
EMPRÉSTIMO FINANCIAMENTO
BENEFÍCIOS DIFERENCIAL Você negocia suas compras à vista e ainda escolhe o prazo mais adequado para o pagamento do Tribanco.
FACILIDADE Você consulta suas operações com apenas um clique e ainda recebe um SMS a cada operação.
COMODIDADE A contratação das operações é realizada no Internet Banking Tribanco, de forma rápida e independente.
FLEXIBILIDADE Pagamentos de fornecedor por meio de boletos bancários, DDA, TED e DOC.
Fotos: Dragon Images / Shutterstock / Divulgação
AGILIDADE Liberações simples, sem exigência de documentação.
precisar enviar qualquer tipo de documentação ao banco, ele pode, em tempo real, negociar uma compra à vista com o seu fornecedor e, ao mesmo tempo, simular o financiamento pelo Internet Banking, optando pela negociação que garantir maior margem na compra”, orienta Thiago. Colocando toda a operação dentro do ambiente digital, o Tribanco inova na oferta do produto e reforça seu compromisso de
SIMULAÇÕES ONLINE Acesse o nosso Internet Banking e verifique nossas condições de financiamento.
oferecer soluções focadas nas necessidades dos varejistas brasileiros. “Desenvolvemos produtos que ofereçam aos nossos clientes agilidade e autonomia para gerir seus negócios da melhor maneira. Em breve, disponibilizaremos também a nova versão do Compror mobile, garantindo o acesso à ferramenta a partir de qualquer smartphone, dando ainda mais agilidade aos negócios”, finaliza Thiago.
Apesar de ambos os produtos terem relação direta com a instituição financeira, a diferença entre empréstimos e financiamento é grande. A começar pelas características: em um empréstimo, o cliente empresta do banco uma quantia em dinheiro para usar da maneira como desejar. Nessa modalidade, o recurso fica à disposição do cliente para ser utilizado da forma que ele quiser Já no caso de um financiamento, o valor disponibilizado pelo banco sempre está atrelado a alguma compra, seja um bem, como carro ou imóvel, ou um planejamento de estoque de mercadorias. Nesse formato, a negociação é feita tendo aquele bem de consumo atrelado ao contrato, servindo como garantia, e o dinheiro vai diretamente para a conta do fornecedor. Assim, o risco do banco torna-se menor. O Tribanco oferece as duas modalidades de produtos. Avalie sua necessidade e, seja qual for ela, não deixe de consultar seu gerente e adquirir as melhores condições para o negócio crescer. Acesse o site e obtenha mais informações: tribanco.com.br
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MARCAS PRÓPRIAS
Cerdas macias com pontas arredo ndadas que protegem a gengiva e o es malte dos dentes
MIX
REFORÇADO
ão Sensaç scância de refre uro, p e hálito a ntando e m le comp ão ç a v o c es
Linhas Enlace e Smart incrementam categoria de higiene oral com novo enxaguante bucal, escovas e spray aromatizante
A partir de maio, as linhas de produtos Enlace e Smart ganharam um importante reforço na categoria de higiene oral. Fabricado pela indústria paranaense Dental Clean, referência do segmento no mercado nacional, o enxaguante bucal volta a integrar o mix da linha, que passa a ser produzida pala empresa, oferecendo escovas de dente, spray aromatizante e fio dental. Ainda neste ano, a linha ganhará novos itens com personagens Disney. Para crianças de zero a três anos, as escovas
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baby trarão o personagem Nemo e as escovas que atendem os pequenos de três a cincos anos e acima de seis serão estampadas pelos personagens do desenho Phineas e Ferb, todos licenciados pela marca norte-americana. Para Edgar Evangelista, analista de trade marketing do Martins, tal opção tem muito a oferecer aos varejistas. “Além de um mix completo, os produtos de Marca Própria Martins garantem uma boa margem de venda, já que são comercializados diretamente junto aos lojistas. O custo-benefício ainda agrega a vantagem de ser uma opção de qualidade em relação às marcas líderes”, ressalta. Hoje, as Marcas Próprias Martins são compostas ainda pela Maitá, que atende as categorias de alimentos e bebidas, e pela Pratik, que contempla itens de limpeza, bazar e materiais de construção.
Com sabor de m desliza fa enta, cilmente entre os dentes e auxilia na remo ção da p laca bacteria na e dos resíduos de alime ntos
na Proporcio o esc fr o lit um há or muito e puro p po mais tem
Fotos: Divulgação
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entro da variada seleção de produtos oferecidos pelo Martins, os itens de Marca Própria ocupam lugar de destaque, principalmente por garantirem excelente custo-benefício. Outra vantagem diz respeito à qualidade dos produtos, característica primordial para conquistar e fidelizar clientes.
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TECNOLOGIA
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segundo semestre do ano promete boas vendas no varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e aparelhos tecnológicos. Durante esse período, a indústria apresenta lançamentos que vão se esforçar para figurar na preferência do consumidor até o fim do ano. A venda de eletroportáteis voltou a avançar no ano passado e cresceu 20% no mercado brasileiro, com faturamento de mais de R$ 3,5 bilhões. Desta vez, sinaliza a Growth from Knowledge (quinta maior empresa de pesquisas do mundo), é a vez dos produtos que aumentam o conforto
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e satisfazem o emocional do consumidor, os chamados “produtos ‘satélite”. De acordo com o engenheiro de informação Lucas Gomes, as mudanças já estão acontecendo e, aos poucos, ganhando as prateleiras e o interesse do consumidor: “Com componentes cada vez menores e mais inteligentes, os aparelhos podem ser integrados a outros eletrodomésticos ou mesmo à internet e deixam de ser simples equipamentos para atuar como dispositivos. O resultado é a simplificação dos afazeres e o melhor aproveitamento do tempo”.
Fotos: Divulgação / Samsung
Eletrodomésticos conectam-se a aplicativos prometendo deixar as tarefas do dia a dia mais dinâmicas
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“A TENDÊNCIA É QUE TUDO ESTEJA CONECTADO, FACILITANDO A ROTINA E AMPLIANDO A NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO” Lucas Gomes, engenheiro de informação
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INTERNET DAS COISAS
A próxima onda de tecnologia está sendo chamada de “internet das coisas”. O conceito foi elaborado pela multinacional Cisco, que aposta em um mercado de mais de US$ 19 trilhões na próxima década. A proposta é disponibilizar conexão em todos os lugares e fazer com que os objetos interajam mutuamente. “Acredito que, em
cinco ou dez anos, veremos mais impacto na sociedade do que a internet causou até aqui", afirmou John Chambers, CEO da Cisco, durante a CES 2014, principal evento de eletrônica de consumo, realizado em Las Vegas, no início deste ano. De acordo com a análise da Cisco, as casas inteligentes, controladas por aplicativos, já
demonstram o potencial do que está por vir. Chambers estima que, em 2020, cerca de 50 bilhões de aparelhos estarão conectados à internet. Ele ainda ressaltou que o total de dispositivos móveis já ultrapassa a população mundial, que em 2014 terão sido baixados 77 bilhões de aplicativos em celulares e, em 2015, dois terços do tráfego de dados móveis serão de vídeos.
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CONTROLE TOTAL REFRIGERADOR
AR-CONDICIONADO
É possível ligar, desligar, ajustar a temperatura com um toque na tela do smartphone
Com o aplicativo é possível ligar o ar-condicionado antes mesmo de chegar em casa
CASA CONECTADA
A ideia é fazer com que os aparelhos da casa executem comandos de acordo com situações específicas. Ao enviar uma mensagem de texto como “Vou sair de férias”, o usuário recebe, como resposta, a pergunta “Devo mudar para o modo Férias?” Se sua resposta confirmar o comando, o refrigerador começa a operar em modo de economia de energia, o aspirador de pó ativa a programação para limpar o chão todos os dias em um horário determinado e a lavadora se programa para um ciclo de lavagem na véspera de sua volta. A tendência é mundial e as empresas apontam para a direção da conectividade a fim de facilitar a vida do consumidor. No começo deste ano, a LG anunciou os serviços HomeChat, que permitem aos consumidores uma comunicação com seus eletrodomésticos por meio de um smartphone, possibilitando ao usuário comunicar-se, controlar, monitorar e compartilhar conteúdos com eletrodomésticos LG por meio do LINE, popular aplicativo de mensagens móveis.
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Disponível inicialmente apenas no mercado sul-coreano, a linha inclui uma geladeira com uma câmera que envia imagens dos alimentos armazenados, uma máquina de lavar que responde a mensagens de texto e pode ser programada a distância, um forno micro-ondas com NFC (tecnologia que permite a troca de informações entre dispositivos sem a necessidade de cabos) e Wi-Fi, que auxilia na preparação de pratos e na elaboração de receitas. A Samsung vai na mesma direção e lançou recentemente o Smart Home, um
serviço que permite gerenciar todos os eletrodomésticos inteligentes da casa a partir de um único aplicativo para celular ou tablet. O aplicativo conecta os eletrodomésticos inteligentes ao seu dispositivo móvel e permite que você, remotamente, programe ou desprograme o que for de seu interesse. Por enquanto, a tecnologia está disponível nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. De acordo com a empresa, a linha será expandida para outros países e o Brasil está incluso, mas ainda não há uma previsão de data certa.
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LAVADORA
ASPIRADOR DE PÓ
Basta colocar as roupas dentro da lavadora e fazer toda a programação por meio do aplicativo
Vai sair de férias? A tecnologia permite programar o aspirador para fazer o serviço com um simples comando
“ACREDITO QUE O GRANDE DESAFIO SEJA INTERLIGAR EQUIPAMENTOS DE MARCAS DISTINTAS. OS APLICATIVOS SERÃO OS RESPONSÁVEIS POR ESSA GRANDE INTERLIGAÇÃO” Lucas Gomes
INVESTIMENTOS NO BRASIL No Brasil, algumas empresas já se adiantaram e oferecem ao consumidor opções inteligentes. A Brastemp, por exemplo, recém-colocou no mercado modelos de produtos entre fogões, lava-louças, micro-ondas, coifas e purificadores de água, com sistemas inteligentes e tecnológicos. “O grande lançamento da marca é o fogão Brastemp Ative! Smart Cook – o primeiro com conectividade com smartphone do mercado nacional. Com o produto, é possível baixar receitas e programar o fogão, usando o aplicativo Brastemp Club, disponível para smartphones e tablets com sistema operacional iOs ou Android”, detalha a empresa a respeito do eletrodoméstico.
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ESTRATÉGIA
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e acordo com dados do Sebrae, cerca de 80% do segmento no Brasil atua no formato de autosserviço e as manifestações do consumidor, favoráveis ou não, convergem para o atendente de caixa. E boa parte das percepções negativas diz respeito à demora no atendimento, ou seja, referem-se às filas que fazem o cliente perder tempo, paciência e, muitas vezes, levam-no a procurar a concorrência para efetuar as próximas compras.
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FILAS Investimentos em organização, monitoramento, tecnologia e valorização do atendente podem reduzir filas nos checkouts
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Na avaliação de Paulo Marcelo Tavares Ribeiro, gerente do Sebrae de São Paulo, são três os principais fatores que podem influir negativamente na operação do checkout. O primeiro deles é o aspecto organizacional da operação. “É preciso atentar de forma minuciosa aos horários de pico da loja. Funcionar durante todo o expediente com o mesmo número de operadores faz com que os caixas funcionem de forma ociosa em momentos de pouco movimento e de maneira intensa nos horários de pico, gerando filas e insatisfação”, comenta. Ao estudar o movimento da loja, é possível definir melhor o número de caixas abertos conforme o fluxo de clientes. Para ele, muitos proprietários e gestores têm essas informações, mas não aplicam com vistas à melhoria do atendimento. “E esta é uma medida simples, sem custos e que pode gerar resultados excelentes”, afirma. Há estratégias consolidadas no mercado que contribuíram para reduzir as filas, como os caixas expressos e duplos para pequenas compras até dez itens, os destinados a idosos, gestantes, mães com crianças pequenas e portadores de deficiência. Mas mesmo assim são corriqueiros a formação de filas e o estresse em horários de maior movimento. O segundo aspecto que deve ser levado em conta é a valorização da mão de obra
destinada a esta função. “E isso passa por treinamento, desenvolvimento, planos de carreira, o que gera retenção e melhor produtividade dos colaboradores”, avalia Paulo. Ele lembra que o turnover alto é um problema histórico do varejo brasileiro e amenizar e até mesmo extinguir este cenário passa pela implementação de uma política de reconhecimento e investimento no operador de checkout. Ele inclui como terceiro ponto deste tripé a questão tecnológica e a que exige maior investimento, mas que gera resultados bastante positivos, seja do ponto de vista operacional ou no âmbito da formação de boa imagem do negócio na percepção do consumidor. “O parque de informática, que inclui programas e equipamentos, deve funcionar com agilidade, segurança e sem interrupções. O mesmo vale para a conexão à internet, pela qual trafega toda a base de dados, especialmente onde há modelos de pagamento com cartão”, afirma. Paulo Marcelo ressalta que a insatisfação com a operação de caixa e a consequente formação de filas é decisiva para que o consumidor final procure outras alternativas para as compras, especialmente a fim de suprir as necessidades diárias de consumo. “E isso vai contra o modelo de vizinhança, que tem como premissa atrair clientes que moram perto e procuram produtos de uso rotineiro”, acrescenta.
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ESTRATÉGIA
“FUNCIONAR DURANTE TODO O EXPEDIENTE COM O MESMO NÚMERO DE OPERADORES FAZ COM QUE OS CAIXAS FUNCIONEM DE FORMA OCIOSA EM MOMENTOS DE POUCO MOVIMENTO E DE MANEIRA INTENSA NOS HORÁRIOS DE INSATISFAÇÃO” Paulo Marcelo, gerente do Sebrae-SP
Mesmo com a implementação de estratégias reconhecidamente eficazes para reduzir a espera, há momentos em que o ponto de venda apresenta fluxos inesperados de clientes, com aumento do número de pessoas aguardando atendimento nos caixas. É possível amenizar esse momento de desconforto. Uma das medidas sugeridas é disponibilizar monitores de TV para entreter as pessoas com programas e notícias. Outra dica é veicular ofertas e promoções da loja e VTs de utilidade pública.
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Estratégico para a loja, o checkout também é um espaço onde podem ser feitas pesquisas de satisfação. Isso pode acontecer de forma espontânea, pois é onde o consumidor critica, sugere e elogia, ou como estratégia da loja, em que o operador consulta o cliente acerca dos produtos que não encontrou, quais sugestões de mix daria, entre outros aspectos. “O mais importante é usar essas informações, retornando posteriormente para o consumidor, por telefone, e-mail ou SMS, as respostas e o que foi feito na loja a partir da manifestação dele”, enaltece Paulo. Para finalizar, Paulo lembra que o checkout é uma das operações mais importantes de um supermercado e o principal ponto de relacionamento com o consumidor: “Por isso, o atendente e todo o universo tecnológico, de atendimento e treinamento que o cerca deve ser tratado com atenção, pois, dependendo da qualidade da operação, pode ser um fator de atratividade e diferenciação do negócio”.
MIX DE LEMBRANÇA → → → →
Preservativos Fio dental Esmalte Barbeadores
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Pilhas Fósforos Isqueiros Brinquedos
MIX DE RECOMPENSA → Chocolates pequenos → Drops → Chicletes → Doces
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Salgadinhos Amendoim Biscoito Refrigerantes Sorvetes
Fotos: © Pavel L Photo and Video / Shutterstock / Divulgação
PICO, GERANDO FILAS E
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
DICAS UMV Denis Salum, analista da Universidade Martins do Varejo, acrescenta que o consumidor leva para casa uma imagem ruim da loja quando passa muito tempo na fila. Ele afirma que a insatisfação gerada pela demora no atendimento no checkout derruba boas percepções causadas por uma ambientação correta, preços competitivos, exposição adequada, mix bem sortido, entre outros diferenciais: “A última impressão é a que fica e o estresse da espera, em pé, pode contribuir para que ele conclua que a experiência de compra naquela loja foi ruim”.
Fotos: © Pavel L Photo and Video / Shutterstock / Divulgação
Além de oferecer aparelhos de TV com atrações interessantes para quem estiver na fila, Denis diz que uma estratégia interessante é oferecer produtos para degustação enquanto o cliente espera pela chegada ao caixa. “Isso ajuda também a diminuir um pouco a irritação causada pela demora”, orienta o analista da UMV.
AO ESTUDAR O MOVIMENTO DA LOJA, É POSSÍVEL DEFINIR MELHOR O NÚMERO DE CAIXAS ABERTOS CONFORME O FLUXO DE CLIENTES
PARA REDUZIR AS FILAS NOS CHECKOUTS → Prepare uma escala de trabalho que favoreça o atendimento nos momentos de pico → Invista em treinamento e reciclagem contínuos dos colaboradores → Mantenha o caixa limpo e organizado → Garanta o bom funcionamento dos equipamentos → Faca manutenções preventivas → Mantenha postura discreta e equilibrada → A objetividade cordial deve prevalecer durante o atendimento → Anote sugestões, nomes e contatos dos clientes → Disponibilize monitores de TVs para quem estiver esperando na fila → Concentração e foco durante a jornada de trabalho
Salum aponta outra solução que pode ser um diferencial de vendas: transformar o caixa em um espaço para vender mais. Ao utilizar gôndolas no caixa, conhecidas como checkstand, a loja dá uma opção a mais de entretenimento e consumo para o cliente. “O consumidor, quando chega ao caixa, conclui que está no estágio final da jornada de compras e nesse momento a dica é chamar a sua atenção com produtos que vendem por impulso”, detalha Denis. Dois tipos de produtos devem compor o mix do checkstand: itens de lembrança e de recompensa (ver box). Produtos de lembrança são aqueles que o consumidor vê e lembra que precisa dele em casa e os de recompensa são os itens que ele compra para presentear a si próprio. “Nos dois casos, os produtos devem oferecer fácil decisão de compra (impulsividade), baixo desembolso, distraí-lo enquanto ele está na fila, ter bom giro e oferecer alta conveniência”, finaliza o especialista.
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SMART INFORMA EXPANSテグ
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ENCARTE SMART ENCARTE SMART
SMARTDAY O Smart Supermercados recebeu em Uberlândia mais uma edição do SmartDay, que reuniu nos dias 27 e 28 de maio mais de 650 filiados de cinco estados. Durante o evento, os participantes puderam conferir palestras e uma intensa agenda, com foco em capacitação técnica, motivação e treinamento. Confira como foi o evento nas páginas a seguir. Na busca pela melhoria contínua nos processos, consultores Smart iniciam um projeto-piloto nas categorias de perecíveis (FLV, padaria e açougue). Conheça os detalhes dessa promissora iniciativa e os resultados que começam a aparecer. Boa leitura!
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Auditório lotado em dois dias de evento em Uberlândia
Fotos: © André Oliveira
Iniciativa prevê controle nas categorias de perecíveis
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PROJETO-PILOTO
SALTO DE
VENDAS O
vendas, pedidos, perdas e precificação. As primeiras lojas já colhem resultados positivos, mesmo com a implementação ainda parcial do projeto.
Para construir este modelo e potencializar ainda mais esses resultados nas lojas, o Smart Supermercados criou uma equipe de três consultores especialistas em perecíveis, um para cada setor (FLV, padaria e açougue). Em parceria com a Evolution Consulting, foi desenvolvido o projeto para estes setores. Esta parceria resultou na construção de rico material, com orientação sobre os setores, sortimento ideal, dicas de exposição, orientação para o manuseio dos produtos, abastecimento, planilhas de gestão
Adriano Ribeiro Nava é o consultor Smart à frente do programa de açougue. “Nossa proposta é implantar e treinar. Nós analisamos o consumidor de cada setor, trabalhamos o gerenciamento da categoria, implementando sortimento ideal, padrão de exposição, planograma, gestão de controle de quebras de vendas e preços, além de realizarmos um treinamento para que os açougueiros atuem dentro de um padrão de corte e exposição”, conta. Adriano avalia que esses cuidados agregam valor ao açougue e, consequentemente, à loja. Em Minas Gerais, a loja Mega Tejotão, de Araguari (MG), que participa do projeto, apresentou um crescimento de 12% no setor de açougue e com destaque para o balcão de autosserviço, cujo crescimento na venda de carnes em bandeja foi de 256%. Em São Paulo, o Supermercado Kibe teve um aumento médio de 22% na venda de carnes.
Smart Supermercados, com o propósito de desenvolver a cada vez mais o crescimento rentável e sustentável de seus filiados, está pilotando um projeto nas categorias de perecíveis, FLV (frutas, legumes e verduras), padaria e açougue. “O Smart Supermercados busca ser para o shopper a melhor opção de compras nestas categorias. Pensou em perecíveis de qualidade com frescor e sortimento adequado, lembrou do Smart”, afirma Luciano Eugênio, gestor do projeto.
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Fotos: © André Oliveira / Divulgação
Smart Supermercados desenvolve programa de gerenciamento do açougue e os resultados já começam a aparecer
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ENCARTE SMART
NA FASE DE IMPLEMENTAÇÃO, É IMPORTANTE QUE TODO O TIME ESTEJA ALINHADO NA LOJA COM A ESTRATÉGIA SUGERIDA PARA SETOR
Fotos: © André Oliveira / Divulgação
ETAPAS DO PROJETO
O projeto é iniciado com uma avaliação de desempenho destes setores na loja, sortimento e do espaço destinado para os produtos. A partir desta análise, é proposta para o filiado a adequação do cadastro da estrutura mercadológica do setor, bem como a adequação do sortimento ao tamanho da loja. Então são sugeridos, com base no sortimento ideal, o layout do setor e planogramas para itens. O lojista também é orientado com relação à utilização das planilhas de gestão, importantes para a identificação das necessidades do setor. Nesse momento, ele entende a necessidade de gerenciar bem o açougue da loja, pois há aumento de lucratividade, redução de ruptura de perdas e quebras, além de passar a oferecer produtos de qualidade reconhecida, pois o Smart trabalha com grandes fornecedores, como a JBS e outros. Na fase de implementação, é importante que todo o time esteja alinhado na loja com a estratégia sugerida para setor. “Ter um funcionário dedicado, treinado e capacitado para o setor faz toda a diferença para colocarmos em prática a orientação e atingirmos os resultados esperados com o projeto”, afirma o consultor Adriano Nava.
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PROJETO-PILOTO
ETAPAS DO CURSO
O primeiro passo do curso oferecido aborda a questão da higiene sanitária. Em reunião com os açougueiros, proprietários e supervisores, o consultor explica a importância de manter o ambiente sempre bem-higienizado e as formas adequadas de vestimentas e equipamentos de trabalho. Outro aspecto é conversar a respeito de contaminação cruzada dos animais e o modo de armazenamento das carnes. Adriano também aborda no curso o planograma ideal, ou seja, o mapa de exposição do alimento, e explica detalhadamente a exposição das carnes tanto no balcão de atendimento quanto no de autoatendimento. “Existe uma tática de vendas que, muitas vezes, passa despercebida pelos lojistas, que é selecionar o tipo de carne e expô-la em locais estratégicos. A parte mais nobre de um balcão é o que fica à altura dos olhos do consumidor, onde é ideal expor o produto de maior valor agregado”, orienta o consultor.
Supermercado Tejotão – Araguari (MG)
O curso também aborda o aspecto da exposição, detalhando como o produto deve ser exposto no açougue. “O layout permite que o cliente circule no supermercado de maneira inteligente para que ele veja na seção os produtos com qualidade”, afirma Adriano. Um ponto importante na prática de atendimento é o padrão de corte das carnes. “Existem os cortes tradicionais e os especiais, que também diferem nos preços. No curso, nós mostramos ao açougueiro que há maneiras de agregar valor ao produto e levar praticidade para o cliente ao mesmo tempo”, conta. Para o consultor, os principais pontos a que o lojista deve atentar ao realizar a gestão de açougue são compra, qualidade com que o filiado recebe o produto, forma de armazenamento, padrão de qualidade e diferencial. Com base em parcerias, treinamentos e acompanhamentos, o Smart Supermercados vem há 14 anos agregando crescimento rentável e sustentável aos seus filiados. 52
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Fotos: © José Natal / Divulgação
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Smart Supermercados reúne filiados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Pará para alinhar estratégias, repassar tecnologia e promover interação entre fornecedores, empresas do SIM e lojistas 54
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Smart Supermercados promoveu nos dias 27 e 28 de maio, no Center Convention, em Uberlândia (MG), mais uma edição do SmartDay. O evento reuniu mais de 650 filiados de aproximadamente 360 lojas dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Pará, tendo como principais objetivos capacitação técnica dos lojistas, motivação, treinamento e alinhamento estratégico com a rede.
No segundo semestre de 2014, os filiados dos estados de Amazonas, Ceará, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins poderão participar deste megaevento.
Fotos: © José Natal / Divulgação
Durante o SmartDay, os filiados assistiram a diversas palestras ministradas por grandes nomes, como Patrícia Santos, Jaime Costa Xavier, Cristina Lopes e Carlos Hilsdorf. Também falaram com os presentes o sr. Alair Martins do Nascimento, fundador e presidente do Conselho de Administração do Martins, Walter Faria, diretor-geral do Atacado, e Gilmario Cavalcante, diretor do Smart Supermercados e João Rabello, presidente do Tribanco.
Para Cavalcante, o encontro, mais uma vez, foi bastante positivo. O envolvimento e a participação de todos superaram as expectativas. “O nosso principal objetivo é que o filiado cresça ainda mais, aproveitando ao máximo ferramentas, vantagens, benefícios e diferenciais que a rede oferece a ele”, enalteceu. Para o diretor do Smart Supermercados, o SmartDay consolida a proposta de valor do Smart, pois é o momento em que todos podem perceber mais intensamente as oportunidades, os produtos e os serviços que o Sistema Integrado Martins (SIM) propicia, além de ser um encontro rico em experiências.
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SMARTDAY
OPINIÃO DOS FILIADOS SMART SUPERMERCADOS “Foi muito interessante e a organização foi perfeita. Achei muito produtivo, pois aprendemos muito trocando ideia com outros filiados e com os palestrantes. Isso nos ajuda a trabalhar melhor no dia a dia da loja, em termos de administração, gerenciamento de categorias e outras áreas.” Fádilo de Araújo Lins
“O NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO É QUE O FILIADO CRESÇA AINDA MAIS, APROVEITANDO AO MÁXIMO FERRAMENTAS, VANTAGENS, BENEFÍCIOS E DIFERENCIAIS QUE A REDE OFERECE A ELE” Gilmario Cavalcante, diretor do Smart Supermercados
Mercadinho Brasil Lins – Mãe do Rio (PA)
“Eu tenho um ano de filiação ao Smart, então estou aprendendo muito ainda. É o segundo evento de que estou participando, fora as reuniões, e estou gostando muito. Tenho melhorado minha loja, aprendi a gerenciar o operacional e melhorar o atendimento ao cliente. Estou aproveitando ao máximo.” Robson Procópio Cerqueira Supermercado Econômico – Feira de Santana (BA)
“Eu acho o evento de grande relevância porque está agregando conhecimento, tanto com as palestras quanto com os fornecedores. É um momento em que se tem a oportunidade de buscar aprender, estabelecer parcerias, conhecer quem participa com você, quem está junto do Smart e conhecer o Martins também, no qual estamos inseridos. É a primeira vez em que participo e já quero participar mais vezes e de outros eventos, se possível. Achei muito bom!” Antônio Gomes Damião Neto Supermercado Cosme e Damião – Santa Luzia (MG)
Fale com o Smart Supermercados: redesmart@redesmart.com.br ou 0800 701 5565
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TRICARD
CINCO ANOS N
o mês de julho, a rede de supermercados Meio a Meio comemora cinco anos de parceria com a Tricard. Nesse tempo, entre os clientes das duas lojas comandadas pela proprietária Agna Maria Nolasco, 12 mil são portadores dos cartões Private Label e Híbrido.
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Localizada na cidade de Palmas (TO), a matriz da rede, hoje com oito anos de vida, foi uma das pioneiras em implementar o cartão na região. Agna conta que o sucesso na adesão aos cartões foi surpreendente na capital, aumentando o faturamento da loja e o poder de compra de seus clientes. O resultado positivo impulsionou a rede a levar o cartão Tricard também para a filial da rede na cidade de Araguaína. “Muitas pessoas do interior não tinham cheque e nem conta em banco. Então, decidimos levar essa opção para elas, sendo muito bem aceita”, conta. Para alavancar a adesão ao cartão, a rede aposta em ações diretas. “Temos atendentes na porta das lojas abordando os clientes e oferecendo o cartão. Também fazemos promoções periódicas para os clientes da base. Muitas vezes, enviamos SMS para informar oportunidades de compra para nossos 58
consumidores”, ressalta Agna. Além disso, a proprietária investe em comunicação de PDV, anúncio em TV e outras mídias locais. “No intuito de oferecer ainda mais benefícios aos nossos clientes portadores do cartão, aderimos a essa modalidade também em nossos outros empreendimentos”, explica Agna. Além dos supermercados, os cartões são aceitos em um posto de gasolina e uma farmácia, outros negócios da rede. As modalidades escolhidas pela Meio a Meio são os cartões Private Label e Híbrido. O primeiro garante aos clientes a compra a prazo somente nas lojas da rede e, no segundo caso, o cartão bandeirado permite compras em qualquer estabelecimento que aceite a bandeira. “Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos até aqui. Temos um apoio consistente da Tricard, que nos acompanha de perto e nos auxilia nas melhores ações de captação e promoção para nossos clientes”, reforça Agna. Hoje, o cartão já representa 10% do faturamento da rede e, além do resultado positivo, garantiu a fidelização dos clientes, que desfrutam da ampla gama de benefícios oferecidos pelo cartão Tricard.
Fotos: Divulgação
DE SUCESSO
Rede de supermercados do Tocantins comemora a parceria com a Tricard e os bons resultados com a adesão ao cartão, que chegam a 10% do faturamento da loja
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PUBLIEDITORIAL
Sistema de automoção completo para gerenciamento de lojas de varejo totalmente na web
Fotos: Divulgação
Campinas, julho de 2014 – Iniciando a comemoração de seus 25 anos de vida, a Getway Gestão de Varejo, ainda neste ano, lançará o Samb@net – Sistema de Automação do Mercado Brasileiro Alimentar na Web. Por ser uma ferramenta moderna, não necessita de servidor local de banco de dados utilizando o servidor na nuvem (Cloud Computing). Suas informações poderão ser armazenadas nos melhores datacenters em qualquer lugar do mundo, permitindo ao cliente a utilização e escolha de vários bancos de dados, dentre eles o SQL Server, MySQL, Oracle, e outros. Tendo ainda, backups automáticos e total segurança, deixando que o usuário escolha uma empresa de Cloud Computing que melhor lhe convenha e tenha um melhor SLA (Service Level Agreement – Acordo de nível de serviços), são outras vantagens. Esse produto é totalmente na web, com uma facilidade incrível de operação, permitindo o acesso por meio de todos os navegadores além de todos os sistemas operacionais (Windows, Linux, etc) e estará disponível inicialmente em Português e em um futuro próximo em Inglês e Espanhol. Como grande diferencial, o Samb@net pode ser acessado em qualquer dispositivo como tablets, smartphones, computadores, etc. Integrado a frente de loja da Getway, as quais hoje já somam 3 versões – PAF ECF, Cupom Fiscal Eletrônico e SAT Fiscal – a troca de informações com o back Office (retaguarda) é totalmente transparente ao usuário, permitindo agilidade na tomada de decisão. Gerando um ganho de produtividade nas compras das lojas bem como no recebimento de clientes, a integração entre lojas é realizada diretamente na nuvem, dispensando qualquer meio de comunicação que não seja uma internet e um browser.
As atualizações são feitas pela própria Getway, remotamente, sem que o varejista tenha necessidade de fazê-las, eliminando problemas de comunicação e gerando ganho de produtividade. Tendo vídeos de treinamento e utilização em todo o sistema, o Samb@net reduzirá muito o custo em treinamentos iniciais e em re-treinamentos em caso de turn-over. Controle de produtos com impostos e formação de preço de venda, controle financeiro com contas a pagar/receber e fluxo de caixa, controle de estoque com inventário, controle de compras com sugestão, cotação e pedidos, controle de perdas, relatórios das operações diárias, mensais e da empresa, são algumas das funcionalidades que o sistema apresentará baseadas no sucesso de vendas que foi o seu antecessor, o Profit. Em breve esse será mais um produto de sucesso da Getway no mercado varejista brasileiro e internacional. Aguarde.
www.getwayautomocao.com.br
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TREINANDO EQUIPE
C
apacitar e organizar as suas equipes é um dos desafios atuais do mercado, que pode garantir a sobrevivência e o crescimento das empresas de pequeno e médio varejo no Brasil. É notório que o segmento, que assiste a uma concorrência acirrada com grandes players e multinacionais, carece de mão de obra qualificada e isso se reflete diretamente no desempenho geral do negócio. Se comparado a outros setores da economia, o varejo ainda não conta com políticas de remuneração que retenham o colaborador, ocasionando turnover alto, nem com programas de valorização, reconhecimento e desenvolvimento dos seus recursos humanos. O cenário pode e deve mudar, sob o risco de perder competitividade. E essa transformação deve começar no entendimento e na atitude de gestores e empresários do segmento. Pedro Magazoni, gerente da Universidade Martins do Varejo – braço de desenvolvimento e capacitação profissional do Sistema Integrado Martins voltado para o crescimento do varejo por meio de repasse de tecnologia e informações –, revela que treinar a equipe pode ser muito mais acessível e menos trabalhoso do que se pensa. Ele afirma que, primeiramente, o empresário deve analisar quais pontos necessitam de melhorias, assim como a política de treinamento da empresa, se ela existe, se é possível incrementá-la e qual é a periodicidade dos treinamentos. “Muitos nem se lembram de quando foi ministrado o último treinamento ou curso para a equipe e isso é preocupante”, avalia.
Programa de ensino a distância (EAD) do SIM oferece mais de 350 cursos para lojistas e gestores do varejo
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ESTUDO
ONLINE
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
Com mais de 312 mil pessoas treinadas, representando 110 mil lojas do Brasil, a UMV, que surgiu em 1998 com a missão e a vocação de repassar tecnologia, informação e conhecimento para o fortalecimento do varejo, criou e implementou ao longo do tempo programas de consultoria personalizados e cursos presenciais e a distância que abrangem todos os aspectos de uma loja. “Todo esse volume de conhecimento que a UMV acumulou está disponível para os clientes Martins e os cursos via internet apresentam um custo-benefício muito interessante para o lojista”, pontua Magazoni.
O Form@r, programa de ensino a distância oferecido pela UMV, disponibiliza mais de 350 cursos que abrangem os mais diferentes aspectos do varejo e pode ser acessado por todos os clientes do Martins. Pedro Magazoni diz, no entanto, que qualquer varejista (cliente Martins) pode fazer os cursos inicialmente, a título de degustação. “O Form@r facilita a vida do lojista, pois os cursos podem ser feitos na própria loja, em casa, no horário que melhor lhe convier, e ser estendido à equipe. Para o Form@r, não há fronteiras, basta ter um computador conectado à internet para acessar os cursos”, contextualiza.
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TREINANDO EQUIPE
“TODO ESSE VOLUME DE CONHECIMENTO QUE A UMV ACUMULOU ESTÁ DISPONÍVEL PARA OS CLIENTES MARTINS E OS CURSOS VIA INTERNET APRESENTAM UM CUSTO-BENEFÍCIO MUITO INTERESSANTE PARA O LOJISTA” Pedro Magazoni, gerente da Universidade Martins do Varejo
A plataforma do Form@r oferece oportunidades iguais para todos com os cursos disponibilizados. Vale lembrar que os módulos são desenvolvidos por profissionais de varejo e pela indústria, com informações que, já testadas na prática, realmente surtem efeitos na produtividade e na gestão do negócio. “O ensino a distância facilita o acesso, barateia o processo e pode ser acessado por todos na empresa, constituindo-se em um valoroso programa de capacitação e desenvolvimento para o lojista, que ganha uma excelente oportunidade de preparar os seus colaboradores”, afirma Magazoni.
ACESSO ONLINE
No Form@r, o lojista encontra informações, tecnologia e cursos sobre layoutização de loja, gerenciamento das mais diferentes categorias de um supermercado, departamentalização, lucratividade, atendimento, operador de checkout, gestão de perdas, entre muitos outros. Em suma, assuntos que mexem diretamente na performance da loja. Para se ter ideia da qualidade do Form@r, o programa de ensino a distância do Martins é o atual campeão do prêmio Learning & Performance Brasil, reconhecimento que recebeu pela sétima vez, concorrente com grandes empresas e multinacionais do segmento industrial. “O Form@r é realmente uma universidade em varejo, na qual o lojista acessa conhecimento e tecnologia acumulados nos 60 anos de Martins, empresa líder e referência no segmento atacadista-distribuidor brasileiro”, finaliza Pedro Magazoni.
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Para conhecer o programa, basta acessar o site da UMV (umv.com.br), clicar no ícone do Form@r, no alto, à direita, e depois em “Clientes”. Serão solicitados alguns dados para acessar. No ambiente do Form@r, que é bastante intuitivo, o que facilita a identificação e a navegabilidade, há os menus de treinamentos, notícias, comunidades, webtv, central de mensagens, rota sugerida de cursos, avaliações, entre outras possibilidades, todas com o objetivo de facilitar a aprendizagem e a interatividade.
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PARCERIA MAIS QUE
SAUDÁVEL Rede de farmácias implementa projeto de loja modelo desenvolvido pela Universidade Martins do Varejo e se torna referência para consumidores da região
Adilson começou a atuar em uma farmácia na cidade de Patos de Minas, distante cerca de 200 quilômetros de Uberlândia, onde atuou como balconista e entregador, entre outras atividades. “Isso me ajudou a ter uma visão melhor do negócio. Depois, também fui colaborador 17 anos em um atacado, o que me deu nova visão do varejo”, detalha. Depois, já em Uberlândia, cursou Administração de Empresas e Ciências Contábeis, que acrescentaram ainda mais. Em 2008, resolveu partir para um negócio próprio. Abriu uma farmácia até chegar às seis unidades. Para adquirir mais conhecimento, em 2011 investiu em uma franquia. São três com a marca Drogatec e o restante com a outra bandeira.
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Cliente do Martins desde o início da sua trajetória como empresário do varejo, quando adquiriu equipamentos para montar a primeira farmácia, Adilson assistiu a um fortalecimento neste relacionamento à medida que enxergava as vantagens e os benefícios que a parceria poderia proporcionar. “O primeiro contato que tive com a Universidade Martins do Varejo foi por intermédio de um gerente de vendas do Martins, que me solicitou a visita de outro colaborador. Como eu já tinha a intenção de abrir mais uma farmácia e possuía o terreno bem-localizado, partimos então para realizar mais este sonho”, lembra. Adilson revela que, logo nos contatos iniciais, soube da intenção da Universidade Martins do Varejo de desenvolver o projeto de uma drogaria-modelo. A partir daí, foi dado o pontapé inicial, com a UMV elaborando todo o desenvolvimento da estrutura física da farmácia. Esse trabalho englobou fachada, consultoria na aquisição de equipamentos, orientações acerca da estrutura física da loja, departamentalização, iluminação, entre outros aspectos.
Fotos: © André Oliveira
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mpreendedorismo e confiança nos parceiros. Duas características de Adilson José Caixeta, proprietário da rede de farmácias Drogatec, localizada em Uberlândia (MG). À frente de seis unidades, duas como único dono e as outras quatro com sócios, ele lembra que a experiência da família no segmento farmacêutico também é de grande valia para que ele possa administrar bem os seus negócios.
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DE CARA NOVA
Fotos: © André Oliveira
Inaugurada em maio, a farmácia se distingue de todas as outras da região. Localizada em uma via de acesso que abrange dez bairros, assiste a um alto fluxo de veículos na avenida. Com estacionamento para sete carros, área de vendas de aproximadamente 500 metros quadrados (que inclui um mezanino), oito colaboradores, ambientação clara e agradável e de mix sortido, a farmácia contempla um crescimento médio de 30% em quase dois meses de atividades. Um dos grandes diferenciais para atrair consumidores, na avaliação de Adilson, é a fachada. “Como a farmácia é relativamente nova, precisávamos de algo que chamasse a atenção e, nesse quesito, o layout faz toda a diferença. Bastante iluminada, com mais de cem lâmpadas na parte frontal, a fachada atrai os olhares de quem passa”, conta. Ele, no entanto, sabe que a fachada bonita é o início de um relacionamento com o consumidor final. E preparou o negócio para suprir todas as suas necessidades de consumo e fidelizá-lo. A preocupação com o sortimento ideal foi uma das estratégias adotadas.
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EU DIGO SIM
ESPAÇO AMPLIADO
Adilson, que é casado e pai de um filho, afirma que, pela experiência no segmento, já possuía uma boa noção de qual seria o mix. Mas tal expertise foi aprimorada com o trabalho de categorização oferecido pela Universidade Martins do Varejo. “As seções foram bem-divididas e, com os amplos corredores projetados e a comunicação interna bem-elaborada, o consumidor final identifica rapidamente o que procura. E isso facilita bastante a vida dele, que ganha a conveniência e a agilidade do autosserviço”, enaltece.
A PREOCUPAÇÃO COM O SORTIMENTO IDEAL FOI UMA DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS
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O projeto também contemplou o crescimento. Ao lado da área de vendas, há um espaço destinado à expansão, hoje utilizado como escritório. Além disso, foi construído outro cômodo espaçoso que servirá de sala de treinamento – aspecto que, aliás, é o próximo estágio do relacionamento com a UMV. “Pretendo me aprimorar a cada vez mais com os cursos e oferecer desenvolvimento profissional para os colaboradores, pois só assim podemos realmente crescer e nos preparar para enfrentar os desafios do varejo”, revela. Adilson ressalta que a UMV surgiu em um momento em que a Drogatec precisava expandir. “E ter lojas mais modernas, em sintonia com o mercado e com os anseios do consumidor, é o primeiro passo para se consolidar ainda mais e crescer. E a UMV, por meio da parceria, dos produtos, serviços e da tecnologia que oferece aos lojistas, está contribuindo para que eu atinja esse objetivo”, finaliza.
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POR DENTRO DO SIM
SEGURANÇA
Apólice única é uma das vantagens que geram redução de custos para as empresas que adotam o seguro Tribanco de Frota
O
seguro de Frotas de Veículos oferecido pelo Tribanco Seguros é uma garantia de proteção para pequenas, médias e grandes empresas que possuem no mínimo três veículos, entre automóveis, caminhões e utilitários. A preocupação com esses bens é constante na vida de empresários e esse serviço existe para minimizar as preocupações com possíveis perdas desse patrimônio. A primeira grande vantagem desse seguro é que não é necessário especificar os condutores dos veículos, pois a segmentação das empresas é diversa e, logo, as utilizações destes veículos são feitas por diferentes condutores. Outro diferencial do serviço é a comodidade do segurado. Contratando o Seguro de Frotas, o custo é reduzido devido à quantidade de itens (veículos) que entram na apólice, um fator determinante para a concessão de descontos juntos às seguradoras parceiras, ou seja, quanto mais veículos constarem da apólice de
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frota, maior é o desconto. Daniel Santiago, da Tribanco Seguros, ressalta outros diferenciais do seguro: “Toda vez que o lojista faz uma apólice individual de automóvel ou caminhão, existe toda uma análise detalhada, principalmente do perfil do condutor daquele veículo. Quando se unem todos os veículos da empresa em uma única apólice de frota, alguns itens são descartados, pois não há como analisá-los individualmente, desta forma conseguimos ter uma redução no custo”. Os carros pertencentes à frota devem estar em nome do proprietário da empresa, no nome da própria empresa ou então de sócios-proprietários que tenham algum veículo particular ou não em seu nome. Fazer seguros individuais dos veículos da empresa eleva o custo, por isso a Tribanco Seguros oferece o seguro de Frota de veículos, uma grande vantagem para os varejistas. Daniel ressalta a experiência que a Tribanco Seguros tem na área
Fotos: © Jean-Philippe WALLET / Shutterstock / Divulgação
PATRIMONIAL
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
“ENTENDEMOS A NECESSIDADE DO VAREJO E SABEMOS O QUE OFERECER PARA O LOJISTA EM MATÉRIA DE COBERTURAS ADEQUADAS, PREÇO JUSTO E A CERTEZA DE TER REALIZADO UM BOM NEGÓCIO NO MOMENTO DO IMPREVISTO ” Daniel Santiago, Tribanco
de seguro de frotas e aponta a expertise da equipe. “Temos uma boa experiência e contamos com seguradoras parceiras especializadas em frotas de veículos, além de consultores que já conhecem os trâmites de se fazer uma boa apólice de frota. Entendemos a necessidade do varejo e sabemos o que oferecer para o lojista em matéria de coberturas adequadas, preço justo e a certeza de ter realizado um bom negócio no momento do imprevisto”, avalia.
SERVIÇOS SOB MEDIDA
O seguro está disponível no mercado, porém clientes do SIM têm condições especiais. O diferencial do Tribanco Seguros é ofertar o serviço com qualidade e competitividade. Todas as negociações são realizadas por uma equipe altamente capacitada com o objetivo de oferecer o plano que melhor atenda a necessidade do cliente. As condições para que o empresário contrate este seguro com o Tribanco Seguros são: a frota deve ter no mínimo três automóveis, os veículos devem estar no nome da empresa, dos proprietários ou sócios-proprietários lembrando que no caso de uma apólice nova, a seguradora solicita vistoria dos veículos, o que é uma praxe de mercado.
COBERTURAS
As coberturas do Seguro de Frotas seguem basicamente a mesma linha dos seguros individuais de auto, nos quais se pode contratar coberturas “básicas” e “coberturas adicionais”, dependendo da necessidade e da particularidade de cada cliente. As coberturas básicas incluem colisão, incêndio, roubo/furto do veículo, danos corporais e danos materiais causados a terceiros. São também cobertos danos causados à pintura por acidente ou por atos danosos de terceiros, danos causados aos pneus em caso de acidente, inundação, alagamento, ventos fortes e granizo sobre o veículo. As coberturas adicionais contemplam vidros, lanternas, faróis, retrovisores, assistência 24h, carro reserva, guincho, cobertura por morte ou invalidez por passageiro, despesas médico-hospitalares, despesas extraordinárias, diárias de indisponibilidade, danos morais, equipamentos, acessórios, carroceria entre outras...
Fotos: © Jean-Philippe WALLET / Shutterstock / Divulgação
Com uma equipe especializada para atender os lojistas interessados em adquirir o Seguro de Frotas, é possível oferecer as melhores coberturas, pois a Tribanco Seguros, com toda a sua experiência de mercado, consegue identificar as necessidades e os anseios de cada cliente, orientando o empresário da melhor maneira para adquirir um seguro de qualidade. Com o Seguro de Frotas, a redução do custo de contratação pode chegar até 50% se comparada à emissão de seguros individuais dos veículos. Seguro de Frotas tem um excelente custo-benefício e proporciona segurança e conforto aos empresários.
ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DA TRIBANCO SEGUROS E FAÇA SEU ORÇAMENTO: 0800 979 3355 ou 3003-3366 – opção 5 (Seguros) ou pelo e-mail: comercialcorretora@tribancoseguros.com.br
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HISTÓRIA DAS MARCAS
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esde 1890 no mercado brasileiro, o Leite Moça é sinônimo de sucesso e uma das marcas mais tradicionais de leite condensado. Primeiro produto da Nestlé a ser fabricado por aqui – em 1921 –, passou por diversas campanhas de reposicionamento, evoluções de rótulo e ações de marketing que o trouxeram para o patamar em que está hoje: o Brasil se tornou o maior mercado mundial de leite condensado, com sete unidades vendidas por segundo.
QUE MOÇA! 93 anos depois da instalação da primeira fábrica no Brasil, a paixão pelo Leite Moça só aumenta
1890
O leite condensado chega ao Brasil, comercializado pela Nestlé com o nome “Milkmaid”
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1937
O apelido virou nome oficial: no mercado brasileiro, a Nestlé passa a chamar o produto de “Leite Moça”
1988
Lançamento da linha Moça Fiesta, pioneira quando o assunto são docinhos prontos para consumo
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
HOJE, ELE REGISTRA A VENDA DE SETE UNIDADES POR SEGUNDO NO TERRITÓRIO NACIONAL
Fotos: Divulgação / Shutterstock
HISTÓRIA
Em terras brasileiras, Moça já é senhora há muito tempo. O produto chegou por aqui inicialmente com o nome de Milkmaid. Em 1921, a Nestlé and Anglo-Swiss Condensed Milk Co. iniciou suas atividades no Brasil, com a inauguração de sua primeira fábrica em Araras, interior paulista. A intenção era a produção do leite condensado, cujo rótulo trazia a jovem camponesa suíça carregando um balde de leite. “La Laitière”, como era chamada, foi abrasileiradamente identificada como “a moça” e o leite condensado, como “o leite da moça”. Com sua consagração entre os consumidores, o apelido virou nome oficial e, em 1937, passou a estampar os rótulos do produto no mercado brasileiro.
2004
A camponesa suíça ganhou traços mais modernos e bem-definidos, assim como a tipologia dos textos, com ainda mais movimento e volume
2009
Foi lançada a versão light do Leite Moça, com 0% de colesterol e 95% menos gordura
2014
Chega uma nova lata, agora em formato slim e sistema Abre Fácil, características que chegam a pedido dos consumidores
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HISTÓRIA DAS MARCAS
NOSSO QUERIDO E TRADICIONAL DOCINHO, O BRIGADEIRO, FEZ PARTE DA HISTÓRIA DO LEITE MOÇA NO BRASIL
BRIGADEIRO
NOVIDADES
Pelas gôndolas do supermercado, é possível encontrar o tradicional Leite Moça em uma nova embalagem. A lata, em formato slim, ganhou também um sistema Abre Fácil, ambas as mudanças a pedido dos consumidores. A transformação retomou uma antiga tradição: as receitas no rótulo. São oito sugestões diferentes de usar o Leite Moça – entre elas, tapioca, pudim de leite e brigadeiro. Além disso, um QR Code na embalagem direciona o consumidor para conteúdos exclusivos tanto no site (leitemoca.com.br) quanto na fanpage do Facebook.
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Nosso querido e tradicional docinho fez parte da história do Leite Moça aqui no Brasil. A história conta que, em 1945, as eleitoras de Eduardo Gomes, brigadeiro da Aeronáutica e então candidato à presidência, desenvolveram o quitute a partir da união do Leite Moça com o chocolate em pó. A intenção da bem-sucedida alquimia era arrecadar fundos para a campanha do candidato. O brigadeiro perdeu a eleição, mas entrou para a história ao batizar o doce favorito de muita gente. Por volta de 1950, o produto começou a ser indicado em várias receitas de sobremesas e bebidas. Nesta época, seu rótulo recomendava: “Para bolos, tortas, pudins, cremes, sorvetes, balas, biscoitos, recheios. Para tomar com café, chá, ou chocolate, pode ser empregado sem diluir. Com o Leite Condensado MOÇA® e com o café puro concentrado NESCAFÉ®, prepara-se um delicioso café com leite: é a combinação perfeita”. O sucesso do uso do produto instigou outra tradição do Leite Moça: em 1962, receitas começaram a ser veiculadas nos rótulos. O famoso pudim e o doce de leite de lata, cozido em banho-maria,
foram apenas algumas que vieram para ficar, compondo cadernos de receitas inteiros organizados apenas com rótulos do produto.
OLHA QUE MOÇA!
O ano de 2003 foi repleto de mudanças para a marca. A camponesa suíça ganhou traços mais modernos e a tipografia teve alterações que renderam mais movimento e volume. A tradição, no entanto, seguia no rótulo, que indicava: “Fazendo maravilhas desde 1921”. Um ano depois, as mudanças chegaram também ao formato da lata, que ganhou curvas e ficou mais anatômico. O lançamento incluía ainda um novo canal de comunicação com os consumidores.
SAUDÁVEL
Como quase todos os ingredientes mais gostosos da gastronomia, o Leite Moça não figura na lista de alimentos com poucas calorias. Pensando nisso, em 2009, foi lançada a versão light do produto, com 0% de colesterol e 95% menos gordura. Além da nova fórmula, as mudanças chegaram aos rótulos, com uma série de receitas especiais, chamadas “Dicas da Moça Light”.
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SUSTENTABILIDADE
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m 2010, o governo federal publicou uma portaria que fixou índices mínimos de eficiência luminosa para as lâmpadas incandescentes fabricadas e comercializadas no Brasil. As que não atingirem o patamar estabelecido pela norma serão banidas do mercado. Esta determinação do governo abre espaço para a expansão de outras tecnologias de iluminação. Antes de a portaria entrar em vigor, a venda de lâmpadas incandescentes já vinha caindo. Foram vendidas 300 milhões em 2011 e 250 milhões em 2013, queda de quase 17%. Tal movimento põe em evidência as lâmpadas fluorescentes compactas, lâmpadas
incandescentes halógenas e lâmpadas de LED, que podem substituir as incandescentes. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), a previsão é que em 2020 cerca de 70% do faturamento em iluminação seja de produtos com LED. De acordo com Isac Roizenblatt, diretor-técnico da Abilux, os LEDs já superaram em eficiência todas as lâmpadas usuais do mercado, inclusive as fluorescentes, podendo ser utilizadas em quase todas as aplicações. “É apenas uma questão de especificação e cálculo do custobenefício”, explica.
A EFICIÊNCIA DAS LÂMPADAS DE
CUSTO-BENEFÍCIO
O custo-benefício é um dos pontos favoráveis ao LED na hora de considerar a troca da tecnologia de iluminação de um ambiente. Lâmpadas incandescentes têm uma vida média de mil horas, já as fluorescentes compactas têm tempo de vida superior a 6 mil horas, lâmpadas a vapor de sódio em alta pressão chegam a uma vida média de 32 mil horas e lâmpadas LED podem chegar a uma vida útil superior a 50 mil horas. Tal durabilidade, aliada à sua
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eficiência, que é de seis a nove vezes superior às incandescentes, faz do LED uma tecnologia de iluminação rentável. Em princípio, uma aparente desvantagem do LED é o preço da lâmpada. Enquanto uma lâmpada incandescente pode ser comprada por menos de R$ 4,00, o preço das lâmpadas de LED varia entre R$ 40,00 e R$ 160,00. Apesar de a lâmpada ser mais cara, Esther Pecher Hamoui, gerente de produto de
lâmpadas e luminárias da Philips, afirma que o retorno do investimento no LED é garantido. “Calcula-se um retorno aproximado de três anos quando comparado às incandescentes comuns. Isso porque a vida útil do LED é em torno de 15 anos e a economia de energia é superior a 80%”, explica. A conta de Esther é a seguinte: “Em um ambiente com 20 pontos de luz, na cidade de São Paulo, onde o valor do KW/h é de aproximadamente R$ 0,35 e as luzes passam aproximadamente três
Fotos: Shutterstock / Divulgação
Além de econômicas, duram 50 vezes mais que as lâmpadas incandescentes
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horas por dia acessas, gasta-se aproximadamente R$ 460,00 por ano com lâmpadas incandescentes de 60W e um investimento médio de R$ 20,00 por ano em lâmpadas. Já com sua equivalente de LED, a de 10 W, gasta-se aproximadamente, R$ 77,00 por ano, ou seja, uma economia de R$ 383,00, que nos três primeiros anos seria utilizada como investimento inicial para transformar seus 20 pontos de luz em LED, a um preço médio unitário de R$ 45,00, sem se preocupar em trocá-las por até 15 anos”, calcula.
APLICAÇÕES NO VAREJO
“Há outros sistemas de LED que ajudam a destacar o frescor dos alimentos, a cor das roupas e também a compor a identidade visual de uma marca. Grandes redes de varejo no Brasil já trocaram sua iluminação por LED e não se arrependem disso”, finaliza.
TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL
Ainda de acordo com Esther Hamoui, atualmente, 19% de todo o consumo de energia no Brasil é em iluminação. “Uma quantidade significativa pode ser economizada convertendo para a tecnologia LED, que oferece maior e melhor aproveitamento da eletricidade que geramos”, enaltece. Ela aponta ainda que cada kilowatt de eletricidade economizado corresponde a uma redução de uma tonelada em emissão de CO2. Além disso, a longa vida útil de seu ciclo e a não utilização de mercúrio ou chumbo em sua composição facilitam o descarte e a reciclagem das lâmpadas.
Fotos: Shutterstock / Divulgação
A tecnologia LED, além de eficiente e econômica, é versátil. No varejo, de acordo com Esther Hamoui, a iluminação é uma parte importante da experiência sensorial no ponto de venda: “Desde a vitrine até os produtos em destaque, as áreas de descompressão, os provadores e caixas exigem uma iluminação dedicada, com objetivo certo e específico”.
Segundo ela, utilizando a tecnologia LED da Philips, o varejista pode mudar toda uma vitrine apenas com a cor da iluminação, interagir com um eventual cliente que esteja passando em frente à loja, explorar os produtos em destaque no interior do estabelecimento e até instalar um provador interativo, onde o cliente opta por uma iluminação diferente de acordo com a roupa experimentada.
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DICAS DE SAÚDE
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mercado de nutrição infantil no Brasil obteve faturamento acima de R$ 2,5 bilhões no ano passado, com crescimento na casa de dois dígitos, comparado a 2012. Os números são da Danone, que no Brasil comercializa as fórmulas infantis Aptamil, Pregomin, Milnutri e Milupa. “O leite materno é o melhor alimento para bebês como fonte exclusiva de alimentação até o sexto mês, podendo ser mantido até os dois anos ou mais. A introdução de fórmulas infantis ocorre conforme recomendação de um pediatra ou nutricionista, de acordo com as necessidades de cada paciente e a avaliação do profissional de saúde”, afirma Sônia Penim, diretora de marketing da Danone Early Life Nutrition. Segundo ela, o mercado de fórmulas infantis evoluiu nos últimos anos com inovações para melhorar a nutrição dos bebês que por alguma razão não podem ser amamentados com o leite materno. Ela acredita que o consumidor se torna fiel ao produto devido à sua importância na nutrição infantil. “Quando o bebê se adapta a determinada fórmula infantil, a mãe se torna fiel à marca. Cerca de 80% das mães chegam a fazer suas compras em outra loja quando não encontram o produto que procuram. Para fórmulas infantis, as mães levam em conta inicialmente a recomendação médica, a qualidade e a credibilidade da marca e a facilidade de encontrar o produto”, elenca Sônia.
Mercado diversifica oferta de alimentação complementar para bebês
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“O DESENVOLVIMENTO DE FÓRMULAS ESPECIAIS TAMBÉM TROUXE UMA EVOLUÇÃO PARA A CATEGORIA E UMA MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA DOS CONSUMIDORES” Sônia Penim, diretora de marketing da Danone Early Life Nutrition
TIPOS DE FÓRMULA INFANTIL À BASE DE LEITE DE VACA
Indicada para bebês que não apresentam histórico de alergia à proteína do leite de vaca.
SEMI-HIDROLISADAS
A proteína do leite de vaca é mais processada, reduzindo o risco de desenvolvimento de alergia. Em casos de bebês com digestão muito difícil e muitas cólicas, a fórmula pode ser recomendada pelo pediatra.
HIDROLISADAS
As proteínas são quebradas em partículas bem pequenas, com menor potencial alergênico para o bebê alérgico à proteína do leite de vaca (APLV).
À BASE DE AMINOÁCIDOS
Em casos mais severos de APLV, pode ser a única tolerada. Seu processamento é mais elaborado e, por isso, é a mais cara (uma lata pode custar mais de R$ 100,00).
MERCADO EM EXPANSÃO
Fabiano Leite, gerente de trade e categorias do Martins, conta que os números da categoria de leites especiais infantis são altamente positivos. "Em 2013 nós tivemos um aumento de 80% nas vendas e para 2014 a projeção é dobrar o tamanho da categoria", disse. O Martins tem como parceiros os dois principais players do mercado, que respondem por quase 87% do segmento, e oferecem em seu mix cerca de 30 produtos, além de outros itens da linha de leites em pó que enriquecem ainda mais o sortimento nas lojas. "O crescimento da categoria no Martins se deve, principalmente, à nossa parceria com a indústria e ao gerenciamento por categoria implantado em alguns pontos de venda", afirma o gerente. Acredita-se que a alimentação complementar infantil tende a se desenvolver ainda mais, levando-se em consideração os produtos e as inovações que caracterizam o setor. O aumento da demanda é crescente e as empresas se esforçam para oferecer produtos diversificados, observando as restrições feitas em função de dificuldades de adaptação ou estipuladas em razão de problemas de saúde. “Quanto mais completo for o portfólio de uma loja, incluindo as fórmulas especiais, maior será a possibilidade de reter e fidelizar o cliente, que verá aquela loja como uma referência de onde encontrar o produto sempre que precisar. As fórmulas infantis são geradoras de fluxo para a loja e categoria de destino, trazendo um grande potencial de rentabilidade para o setor de produtos infantis”, contextualiza a diretora de marketing da Danone Early Life Nutrition.
SEM LACTOSE
Usada em casos de intolerância a lactose, quando o corpo não consegue digerir o carboidrato do leite por falta ou produção deficiente da enzima lactase.
À BASE DE SOJA
Indicada para bebês com intolerância a lactose, com galactosemia (quando não conseguem digerir a galactose, outro carboidrato presente no leite de vaca) ou que seguem dieta vegetariana de maior restrição.
ANTIRREGURGITAMENTO
Indicada em casos de refluxo, possui um agente espessante, que torna a fórmula mais densa e, por isso, mais difícil de voltar depois que o bebê mama.
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AQUI TEM MARTINS
SEM Fotos: © Hilário Junior / © Jean Barbosa
Pelas águas dos rios ou pela estrada histórica da Transamazônica, Unidade Regional de Negócios do Pará investe em logística e atendimento de qualidade para atender 65 mil clientes
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Fotos: © Hilário Junior / © Jean Barbosa
naugurada em 2010, no município de Ananindeua, a Unidade Regional de Negócios do Pará é responsável por abastecer os 160 municípios que formam os estados do Pará e do Amapá. Para isso, a unidade conta com uma área de armazenagem de 16 mil metros quadrados, um mix com mais de dez mil produtos, 180 colaboradores diretos e mais de 250 colaboradores autônomos. De acordo com o superintendente regional da URN-PA, Flávio Tannús Moreira, anualmente são expedidas mais de 17 mil toneladas de produtos na unidade por ano, atendendo aproximadamente 118 mil pedidos para mais de 65 mil clientes por ano. Três Centros de Distribuição Avançados localizados em Ananindeua, Marabá e Santarém, concentram a distribuição dos produtos, feita por uma frota formada por 55 caminhões próprios, 20 caminhões e 25 barcos terceirizados. “Toda frota própria possui rastreamento por satélite e conseguimos saber em tempo real onde cada caminhão está, o que possibilita mais segurança e assertividade no processo de roteirização das entregas, sempre com objetivo de
realizar a entrega com exatidão e agilidade, obedecendo o prazo acordado com nossos clientes”, explica Flávio. A unidade atua nos principais segmentos de mercado, com foco em varejo alimentar, eletro, informática, telecom, material de construção e material veterinário. Durante as entregas, a equipe da URN-PA transita diariamente pela famosa e histórica Rodovia Transamazônica. Moreira conta que, neste percurso, a equipe já enfrentou de tudo: “Atravessamos pontes de madeira totalmente rústicas, deparamo-nos com protestos indígenas e superamos as frequentes chuvas torrenciais, tão comuns na região. Atendemos a região mais complexa do Brasil, do ponto de vista logístico”, recorda. Além do sistema de logística bem-estruturado, a unidade investe muito em qualificação para alcançar a excelência no atendimento. “Temos na unidade uma estrutura dedicada à melhoria do atendimento, composta por uma equipe de vendas, compras, armazenagem e distribuição que trabalha exclusivamente para identificar as necessidades locais e criar soluções”, explica Flávio.
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AQUI TEM MARTINS
NA ESTRADA
Com mais de quatro mil quilômetros de extensão, a Rodovia Transamazônica atravessa 63 municípios em sete estados – Paraíba, Ceará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará e Amazonas. O marco zero da rodovia fica na cidade de Cabedelo, na Paraíba. Criada com o intuito de ligar o Norte às outras regiões do Brasil, a Transamazônica é dividida entre trechos de asfalto e de terra batida, figurando entre as maiores rodovias do mundo.
Com uma paisagem rica e vasta, o Pará reúne em um só lugar florestas virgens, serras, lagos, rios amazônicos e praias paradisíacas de água doce e salgada. Uma das mais famosas praias do estado é a Alter do Chão, conhecida como “Caribe Amazônico” devido à beleza singular. Já Marajó, a maior ilha flúvio-marítima do mundo, localizada na foz do Amazonas, é um ótimo local para entrar em contato com o meio ambiente e conhecer as riquezas naturais do Brasil – nas fazendas marajoaras, os visitantes podem encontrar jacarés, macacos, capivaras e garças. No oeste do estado, no município de Santarém, é possível observar o encontro das águas barrentas do Rio Amazonas com as águas azuis do Rio Tapajós, que correm juntos por quilômetros sem se misturar.
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Fotos: © George Maués / © Jean Barbosa / © Héden Franco / Divulgação / Shutterstock
RIQUEZAS NATURAIS
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A RAIZ É UMA DAS BASES DA CULINÁRIA DO ESTADO, ACOMPANHADA POR FARINHA E FRUTOS DO MAR, ALÉM, É CLARO, DAS FOLHAS E FRUTAS NATIVAS, COMO AÇAÍ, CUPUAÇU, CASTANHADO-PARÁ E TUCUMÃ
SABORES DO PARÁ
Com forte influência da cultura indígena e traços das culinárias portuguesa e africana, a gastronomia paraense é formada por sabores exóticos e elementos encontrados na região da Amazônia. A raiz é uma das bases da culinária do estado, acompanhada por farinha e frutos do mar, além, é claro, das folhas e frutas nativas, como açaí, cupuaçu, castanha-do-pará e tucumã. Entre as receitas mais tradicionais, estão o pato no tucupi e a maniçoba, ambos à base de mandioca, de preparo difícil e demorado; o caruru, com quiabo, camarão e farinha seca; o tacacá, um mingau à base de tucupi, tapioca, jambu e camarão seco; e a mujica, uma espécie de caldo de peixe cremoso.
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Olá! Eu sou o Capitão Varejo, o super-herói do Sistema Integrado Martins – SIM e procuro sempre trazer as melhores dicas para o seu negócio.
Numa tarde ensolarada e tranquila, Capitão Varejo sobrevoa calmamente a Terra. Mas o seu descanso está prestes a acabar...
Minha missão é trabalhar lado a lado com o cliente do SIM, porque acredito que “juntos, cada um vale mais”.
É pra já! Estou sempre pronto para ajudar!
trim trim
Olá Capitão! Os varejistas precisam de sua ajuda.
Ótimo! Desta vez, precisamos orientar a Maria , proprietária da Merceria da Maria. Eles precisam economizar mais com sacolas plásticas.
É verdade. Estamos consumindo muitas sacolas aqui e não encontro uma solução.
Capitão Varejo! Que bons ventos o trazem aqui?
Mais rápido que a velocidade do som, Capitão Varejo voa em direção à Mercearia da Maria...
Para começar, vamos conscientizar os clientes a não jogar as sacolas plásticas fora. Sempre é bom reutilizá-las.
Então, vamos resolver seu problema agora! Olá Maria! Soube que você precisa de uma forcinha com a gestão das sacolas plásticas.
Crie também um caixa verde. Sempre que um cliente trouxer suas próprias sacolas retornáveis terá atendimento prioritário.
Caix a Ve rde
Repasse o que aprendeu hoje para toda sua equipe e clientes, assim como amigos e familiares. Isso é fundamental para todos compreenderem que é possível sim, reduzir, reutilizar e reciclar sempre. Até a próxima!
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reutilize
Outra ação importante é criar incentivos. De hoje em diante, a cada 10 compras sem utilizar sacolas plásticas, a Mercearia da Maria dará um desconto, oferecerá algum brinde ou benefício para este cliente responsável!
Para ajudar no consumo de sacolinhas dentro da loja, ainda é possível forrar os cestinhos com jornal. Depois, na hora de recolher o lixo, basta colocar tudo numa sacola só. Viu como é fácil?
Confira mais histórias do Capitão Varejo na Seção Sustentabilidade, em: www.tribanco.com.br
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Isso é LED. E LED é Philips. C
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