TECNOLOGIA: As novidades em smartphones que chegam ao mercado
V IT RIN E D O VARE J O
ED. 141
2014
ENTREVISTA
Especialistas analisam como será o próximo ano para o varejo Novembro/Dezembro
QUEBRAS
Como reduzir as perdas e lucrar mais
2014
ESTRATÉGIAS
Número 141
PARA 2015
Ano 17
Torne seu negócio mais competitivo planejando com eficiência as compras, o estoque e as margens
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CARTA EDITORIAL
SISTEMA INTEGRADO MARTINS
EM 2015,
APOSTE NA ESTRATÉGIA
COMPETITIVA O
Porém, todas essas mudanças colocam os varejistas em xeque, exigindo práticas cada vez melhores, adoção contínua de sofisticadas ferramentas de gestão e ações destinadas a manter e desenvolver os resultados. Nesse contexto, um conceito se destaca: a inovação. O varejo deve pensar na inovação como produto de primeira necessidade, essencial para quem quer permanecer competitivo nesse mercado. A inovação deve ser um exercício diário para todos os empreendedores. Repito: no próximo ano, serão fundamentais a inovação e a evolução dos negócios de forma eficiente, como prática cotidiana. Os novos tempos demandam uma gestão produtiva, um posicionamento determinado e eficiente em tudo o que se fizer. É preciso lembrar que a qualificação e o
desenvolvimento que vieram na esteira das grandes mudanças ocorrida nos últimos anos, por si sós, não garantem o futuro ou a sobrevivência das empresas desse importante setor da economia brasileira. Precisamos vender mais, sim – mas, acima de tudo, com mais qualidade. Por isso, ao se aproximar um novo ano, o Martins continua determinado a apostar em tecnologia e adotar ações criativas que objetivam a continuação plena de seus negócios e de seus parceiros. Adequar permanentemente operação a cenários mais complexos e às necessidades de nossos clientes é uma das nossas principais resoluções de Ano Novo.
definir o seu negócio como um diferencial de seus concorrentes aos olhos dos consumidores. Essa diferença define por que o consumidor escolhe este ou aquele varejista. É isto que oferecemos aos nossos clientes: uma estratégia competitiva que se adeque ao seu sucesso, seja qual for a dimensão de seu negócio. Que em 2015 continuemos juntos porque, juntos, cada um vale mais. Boas festas e um ano novo pleno de realizações juntamente com sua família. Grande abraço!
Ao agradecer aos nossos mais de 400 mil clientes em todo o Brasil pelas ações vencedoras que desenvolvemos em 2014, reafirmamos nossa decisão de continuar estabelecendo por todo o Brasil relações de qualidade que possam se transformar em ações efetivas para o desenvolvimento de bons negócios para nossos parceiros. Acreditamos que relacionamentos de qualidade produzem frutos capazes de serem fatores críticos de sucesso. O Martins tem orgulho de fazer parte da solução e levar estratégias capazes de virar o jogo, oferecendo ao varejo brasileiro um desenvolvimento competitivo capaz de
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varejo brasileiro encerra mais um ano repleto de resultados positivos, mudanças e desafios. O ano de 2014 continuou demonstrando que houve uma grande evolução na última década, que colocou o varejo em uma fase de transformação, impelido por um mercado em mutação e pelo próprio consumidor. Esse cenário influenciou todo o setor, desde a criação de novos produtos pela indústria até a logística de distribuição e abastecimento, as vendas e a abordagem do consumidor final.
WALTER FARIA Diretor-geral do Atacado
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ALÉM DO CONTEÚDO DA REVISTA IMPRESSA, A VITRINE DO VAREJO ESTÁ DISPONÍVEL NO MUNDO VIRTUAL
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O conteúdo da Revista Vitrine do Varejo pode ser acessado de forma interativa nos tablets e smartphones com sistema Android. Faça o download gratuito na App Store ou no Google Play e fique por dentro do que há de mais importante no mercado varejista.
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A versão digital da Revista Vitrine do Varejo também está disponível no portal da Universidade Martins do Varejo. Acesse o site, leia as matérias na íntegra e fique por dentro de tudo o que movimenta o setor. www.umv.com.br
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EXPEDIENTE MARTINS Presidente do Conselho de Administração Alair Martins do Nascimento Diretor-Geral do Atacado Walter Faria Jr. Diretor do Trade Marketing Marco Antonio V. Tannus Filho Gerente Universidade Martins do Varejo Pedro Magazoni – magazoni@martins.com.br Supervisão e Coordenação da Revista Lidia Fernandes – lidia@martins.com.br MEGAMIDIA GROUP Presidente Celso Hey Diretor Executivo Eduardo Jaime Martins Gerente de Marketing & Comunicação Fernanda Fadel Hey MEGAMIDIA EDITORA Coordenação Geral Rafaela Tasca MTB 6747/PR Edição de Arte Camile Semes VITRINE DO VAREJO Coordenação Vitrine do Varejo Juliana Fernandes Projeto Gráfico Debora Pinheiro Design Jonny Santos e Suellen Winter Redação Juliana Fernandes Colaboradores desta edição: (texto) Camila Latrova, Edileuza Soares, Gino Carneiro, Letícia Murta e Mahani Siqueira (fotos) André Oliveira, Jane Gomes e Renan Prado Revisão Felipe Martynetz Arte-Final Anderson Oliveira MÍDIAS DIGITAIS Jonel Souza e Maurício Ribeiro PUBLICIDADE Executivo de Vendas Andressa Leal / andressa.leal@megamidia.com.br Atendimento Carolyne Bruce Impressão Gráfica Plural Distribuição Dirigida / Venda Proibida PROJETO EDITADO POR MEGAMIDIA GROUP Dúvidas e Sugestões (41) 2106-8576 / revista@megamidia.com.br Rua Brigadeiro Franco, 3991 – Rebouças – Curitiba – PR – CEP 80.220-100 – Fone: (41) 2106-8500 megamidia.com.br
A Revista Vitrine do Varejo é uma publicação bimestral do Sistema Integrado Martins, desenvolvida e publicada pela UMV – Universidade Martins do Varejo. www.martins.com.br / umv.com.br
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ÍNDICE
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10 VAREJO EM FOCO
Notícias sobre o mercado varejista brasileiro e as novidades internacionais do setor
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IMPORTAÇÃO
Aumente seu mix para o fim de ano com os carrinhos Maisto
20 TENDÊNCIAS
As prateleiras virtuais chegam para ampliar sua loja na internet
22 ENTREVISTA
Especialistas refletem sobre o ano de 2015 para o varejo
26 MERCADO
Fim de ano aquece o mercado em todo o país
CAPA
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34 POR DENTRO DO SIM
Os smartphones que foram destaque na IFA 2014
42 RADAR DO SIM
TECNOLOGIA
Planejamento estratégico: a alma do negócio
Conheça as novidades do Sistema Integrado Martins Martins inaugura novo Centro de Distribuição em Jundiaí
44 GESTÃO
Como precificar seus produtos sem perdas
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48 TREINANDO A EQUIPE Aproveite o Natal para exercitar sua gestão de pessoas
60 ESTRATÉGIAS
Previna-se contra as perdas e eleve os lucros de sua empresa
64 EU DIGO SIM
FERTAG dobra o faturamento com a revitalização do PDV
72 SUSTENTABILIDADE
Indústrias criam alternativas sustentáveis para seus produtos
76 DICAS DE SAÚDE
A aposta para o verão são os bloqueadores solares
82 ONDE ESTAMOS
Mapa do Sistema Integrado Martins no Brasil
SMART
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Veja como foi o encontro dos filiados no SmartDay
78
AQUI TEM MARTINS
Conheça as belezas de Itatiaia, a cidade que recebe novo CDE do Martins
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HISTÓRIA DAS MARCAS A BIC que conquistou o Brasil
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VAREJO EM FOCO
DE OLHO NOS TEMPORÁRIOS A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o comércio varejista oferecerá 138 mil vagas de trabalho no fim deste ano. O número é quase o mesmo de 2013 e considerado o pior resultado desde 2009. Apesar do mau desempenho, os postos temporários devem contribuir para a recuperação dos índices de desemprego no país. Somente o segmento de hiper e supermercados deverá contratar cerca de 26 mil pessoas e a previsão é que as vendas cresçam 3%, com movimentação financeira de R$ 32,5 bilhões.
ESPUMANTES EM ALTA
A venda de espumante nacional deverá crescer 8%, atingindo o volume de 17 milhões de litros vendidos, indica o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). Somente durante o período entre setembro e dezembro, que costuma ser o de maior comercialização do produto, as vendas podem chegar a 11 milhões de litros. O bom desempenho também é atribuído aos festejos da Copa, ao aumento do dólar e ao não repasse dos valores da inflação aos consumidores no preço final do produto.
ATENDIMENTO
ACIMA DE TUDO
O Consumer Commitment Index, índice que avalia o comprometimento do consumidor, realizado pela Officina Sophia em todo o país, mostrou que o atendimento é o atributo mais valorizado, respondendo por 25% do comprometimento, superando quesitos como preço e estrutura. Por outro lado, o preço abusivo é o fator que mais influencia negativamente. O estudo buscou identificar maneiras de fazer um cliente virar fã de uma marca ou empresa, avaliando os aspectos que mais satisfazem as pessoas na hora da compra.
O Banco Central determinou que bancos e credenciadores de cartões deverão transmitir arquivos padronizados entre si, a fim de facilitar a antecipação de recebíveis pelo varejo. Atualmente, cada empresa possui uma forma de relacionamento com o comerciante, forçando relações de exclusividade e reduzindo as possibilidades de novas credenciadoras no mercado. Agora os lojistas poderão, a partir de fevereiro de 2015, escolher com qual banco querem negociar a antecipação de vendas parceladas e até o dia 25 de novembro todas as credenciadoras deverão apresentar pedidos de autorização para seguir atuando no mercado. 10
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NOVOS PROCESSOS
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VAREJO EM FOCO
JOGANDO NO FACEBOOK Jogar no Facebook pode ser um bom treinamento para empreendedores. Essa, ao menos, é a ideia lançada pela maior rede social do mundo e pelo Sebrae, que criaram um jogo online gratuito para pequenos empresários. O Empreenda com o Facebook é uma capacitação desenvolvida em cinco etapas de fácil compreensão, que apresenta um conjunto de informações teóricas e exercícios sobre a importância do marketing digital, do desenvolvimento de estratégias de negócios e da criação de páginas e anúncios dentro da ferramenta.
LIVRE DE IMPOSTOS
NOME LIMPO O brasileiro é muito preocupado com o nome na praça, aponta estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Mais de 82% da população reconhece a importância de manter as contas em dia e considera que “ter o nome limpo” é um dos bens mais preciosos que uma pessoa pode ter. Apesar da aparente preocupação, a avaliação mostrou que outra parcela significativa da população (64%) admitiu que em algum momento da vida atrasou pagamentos. Outro dado interessante é sobre planejamento financeiro: pelo menos 40% das pessoas não atentam ao controle de gastos.
Fotos: Tsyhun / Shutterstock
Para manter o incentivo nas vendas de computadores, notebooks, tablets, smartphones e roteadores digitais, o governo federal decidiu prorrogar a alíquota zero de PIS/Cofins. O benefício terminaria em 31 de dezembro deste ano, mas foi prorrogado por mais quatro anos, favorecendo o consumo, pois a redução deve ser repassada integralmente ao preço final dos produtos. Além disso, segundo o fisco, a medida contribui para combater a informalidade e a pirataria de produtos.
MARCAS PRÓPRIAS
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Marcas Próprias (ABMAPRO) constatou que 29,4 milhões de residências consumiram produtos de marcas próprias de supermercados entre junho de 2013 e de 2014. O mercado é promissor no país, embora o maior desafio, segundo o levantamento, seja a comunicação: quase metade (47%) dos entrevistados acha que a visualização dos produtos é fraca e apenas 22% reconhecem a marca sem o nome do varejista.
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IMPORTAÇÃO
Aqueça suas vendas de Natal com carrinhos Maisto
BRINQUEDO
RENTÁVEL
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Neste período os carrinhos Maisto ganham ainda mais destaque. O Martins é o distribuidor exclusivo da marca no Brasil. O produto, importado da China, é feito de metal, o que proporciona maior durabilidade, e está presente em mais de 160 países. Registra grande apelo de vendas em supermercados, farmácias e lojas de conveniência, a um custo final muito atraente. Para o gerente de Importação do Martins, Albani Cardoso Fagundes, a febre dos carrinhos Maisto acontece pela similaridade com os automóveis dos pais que as crianças desejam ter em seus brinquedos. “Os filhos querem ter o mesmo modelo de carro que o pai tem: se o pai tem uma Ferrari, o menino quer ter uma miniatura de Ferrari para falar que é igual ao do pai”, comenta. Além dos carros em miniatura, o Martins oferece o produto
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“OS CARRINHOS MAISTO REGISTRAM UM EXCELENTE
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RESULTADO DE VENDAS DURANTE O ANO TODO,
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MAS EM PERÍODOS SAZONAIS, COMO DIA DAS
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CRIANÇAS E NATAL, AS VENDAS QUASE TRIPLICAM”
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Albani Cardoso Fagundes, gerente de Importação do Martins
na escala de 1:24, que são os carrinhos maiores, vendidos geralmente em épocas especiais como Dia das Crianças e Natal. Além da linha de carrinho de valor mais acessível, que são os de três polegadas, o mix da marca oferece opções de motos, aviões e carrinhos de fricção, todos com excelente valor agregado. “Os carrinhos Maisto registram um excelente resultado de vendas durante o ano todo, mas em períodos sazonais, como Dia das Crianças e Natal, as vendas quase triplicam”, ressalta Albani. Todos os carrinhos Maisto são licenciados e passam por um rigoroso controle de qualidade. O preço de venda dos carrinhos Maisto é bastante
competitivo e isso se deve à parceria do Martins, que importa direto da fábrica. “A gente repassa essa competitividade para o lojista, que vai ter um produto mais barato, com bom giro no ponto de venda“, comenta Albani. Para aumentar ainda mais as vendas no período natalino, o Martins disponibiliza o expositor de metal, onde os produtos ganham ainda mais destaque no ponto de venda. Durante todo o ano de 2014, o Martins trocou os antigos expositores de papelão pelos expositores de metal. “Assim, o produto fica mais bem exposto nas lojas e é esteticamente melhor, o que alavanca as vendas”, finaliza Albani.
Divulgação
ntre as estratégias para alavancar o fluxo nas lojas e consequentemente aumentar as vendas no período natalino está a diversidade do mix oferecido ao cliente. A escolha certa dos produtos pode ser determinante para a decisão de compra dos clientes, que nessa época buscam, não só opções alimentares, mas sugestões de presentes.
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DESCRIÇÃO Refresco em pó Maitá Abacaxi Refresco em pó Maitá Laranja Refresco em pó Maitá Maracujá Refresco em pó Maitá Morango Refresco em pó Maitá Uva
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CAPA
PLANEJAMENTO
Definir ações de médio e longo prazo pode ser a chave para manter o ano e os negócios sob controle
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ma das características da gestão do pequeno e médio varejo brasileiro ainda é a informalidade na gestão, em que o feeling e o achismo ainda têm seu lugar. Boa parcela do segmento, entretanto, procura se desenvolver para crescer e ter condições de enfrentar a concorrência, atender as demandas do mercado e satisfazer os anseios e caprichos do consumidor. Para chegar a este estágio, é fundamental ter uma competência: o planejamento. Ele é indispensável às empresas, independentemente do segmento em que atuam, mas o varejo ainda carece de entendimento e execução acerca do que é realmente planejar. As explicações são várias, mas vale a pena lembrar a ciranda financeira que o país enfrentava antes da criação do Plano Real. Com os preços subindo de forma avassaladora, não havia como se planejar, e o comerciante era obrigado a improvisar e tirar da cartola soluções criativas e imediatas para enfrentar os desafios que surgiam diariamente.
A situação impedia, portanto, de se trabalhar com cenários a médio e longo prazo. O gerenciamento naquela época era na base do “tudo ao mesmo tempo agora” – e, nesse mundo caótico, o planejamento era deixado de lado. Esse “jeitinho” deixou um legado cultural no varejo contemporâneo e hoje é não é incomum encontrar empresários que miram seus holofotes gerenciais somente para o hoje, relegando ao futuro a própria capacidade de lidar com o imprevisto. No pequeno e médio varejo, que representa uma fatia enorme do segmento, ainda há um campo considerável para que a ferramenta do planejamento se desenvolva. E, para se tornarem mais competitivos, os empresários podem lançar mão de planejamento estratégico, de suprimento, tributário, de expansão, gestão estratégica de compras, análises de investimentos, contratos de longo prazo e outros monitoramentos que vão contribuir para dar solidez ao negócio. Quando deixam de se preparar para aspectos que vão e que podem acontecer no futuro, apostando somente na capacidade de adaptação aos fatos, o varejista tende a perder rentabilidade. São comuns casos de empresários do segmento que perderam dinheiro por não terem se preparado para enfrentar questões em médio e longo prazo. Quem pilota o negócio às cegas, na base da intuição, certamente terá dificuldade para controlar o manche. Para José Ricardo Mendes, consultor/ parceiro da UMV e especialista em varejo, um planejamento eficiente deve contemplar, no mínimo, o período de um ano. Esse tempo, para ele, é suficiente para buscar definições de metas claras em todos os setores (financeiro, compras, estoque, gestão de pessoas, etc.). Ele lembra
que muitos varejistas conduzem os negócios levando em conta apenas o dia a dia: “Para se fazer um bom planejamento, é necessário estender o tempo para no mínimo um ano, a fim de desenvolver ações que direcionem a empresa a atingir seus objetivos”. Ele afirma que o planejamento pode ser aplicado em diversas as áreas e setores da loja: planejamento de vendas (dividido em meses, semanas do mês e dias da semana), planejamento de estoque (de acordo com a cobertura de estoque de cada categoria ou grupo de produtos), planejamento de compras necessárias e planejamento do recebimento necessário para obter os estoques planejados. Pode-se, ainda, elaborar planejamentos em plano de metas de venda, planejamento de quadro de pessoal (definido por cargo e função, considerando o turnover) e planejamento fiscal e tributário (em parceria com o contador). Para desenvolver essa competência e aplicar a ferramenta, o varejista deve, segundo José Ricardo, seguir um roteiro básico inicial: “O primeiro passo deve ser encontrar um tempo adequado na agenda para planejar. Se não for dada a devida importância para esse momento, o planejamento nunca será realizado ou será feito de forma apressada apenas para justificar que foi feito”. O momento seguinte seria definir um modelo de planejamento anual adequado ao perfil do negócio. Não se pode apenas copiar modelos prontos, mas desenvolver um a partir das próprias informações contidas no varejo. “E o terceiro passo é encontrar pessoas dentro da empresa que possam auxiliar no planejamento, dando sugestões e participando ativamente das ações, que deverão ser realizadas para que o planejamento saia do papel e seja executado na prática”, completa o especialista.
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CAPA
Roberto Kanter, especialista em varejo e professor de MBAs da Fundação Getulio Vargas
Roberto Kanter, especialista em varejo e professor de MBAs da Fundação Getulio Vargas, afirma que a cultura do planejamento ainda precisa se consolidar na gestão do pequeno e médio varejo brasileiro. Para ele, o executivo deste segmento é pouco afeito à ferramenta e aposta na criatividade para vencer os desafios diários do negócio dele. “Só que ele confunde criatividade com improviso, o que resulta, muitas vezes, em escolhas equivocadas”, adverte. Kanter acompanha as tendências do segmento varejista e diz que, no que tange ao planejamento, pouca coisa mudou nos últimos anos. “A realidade chega a ser caótica. O executivo de balcão, em sua grande maioria, toca o dia a dia da operação monitorando somente as atividades de comprar e vender, o tempo
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Fotos: Shutterstock / Divulgação
UMA FERRAMENTA À PROCURA DE CONSOLIDAÇÃO
todo acompanhando o estoque, a lista de clientes que pagaram e aqueles que ainda são credores. E isso é muito pouco para uma atividade complexa como o comércio”, avalia. Independentemente do tamanho do negócio, para o professor da FGV, fazer com que o planejamento saia do plano teórico e seja posto em prática já é um processo difícil e o empresário do segmento varejista, ao conseguir implementar a ferramenta gerencial na sua loja, dá um passo importante. Para que esse quadro possa mudar para melhor, Roberto Kanter afirma que os gestores devem procurar nos
seus parceiros comerciais a solução do planejamento. Para ele, esse papel de oferecer ao lojista uma forma de planejamento voltado para as características de seu negócio pode ser ocupado pela cadeia de valor, pela indústria, pelo atacado distribuidor. “Esses setores já detêm conhecimento da atividade e podem levar uma solução semipronta e adequada a esses lojistas, o que facilitaria bastante na implementação, na manutenção, na mensuração e no desenvolvimento de ações e medidas indicadas como necessárias pelo processo”, afirma Kanter.
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“PARA SE FAZER UM BOM PLANEJAMENTO, É NECESSÁRIO ESTENDER O TEMPO PARA NO MÍNIMO UM ANO, A FIM DE DESENVOLVER AÇÕES QUE DIRECIONEM A EMPRESA A ATINGIR SEUS OBJETIVOS” José Ricardo, consultor/parceiro da UMV e especialista em varejo
Fotos: Shutterstock / Divulgação
Outra alternativa seria optar por consultores externos, mas o caminho do planejamento anual para o pequeno e médio varejo segue, na opinião do especialista, um caminho com poucas variações. “Ele deve ser implementado e aplicado de forma sistemática, e que tenha diagnóstico, planejamento, objetivos, estratégias e ações, e que contemple produto, canal de venda, comunicação e, quando for o caso, recursos humanos”, lista. A visão abrangente e ao mesmo tempo pormenorizada do negócio surge após análises pontuais e conjunturais exigidas para se iniciar um planejamento. Isso começa com uma análise do momento atual, seguida da observação das tendências sob vários pontos de vista, incluindo o econômico, o mercadológico e o de consumo, estudo interno dos pontos fracos da empresa e busca por novas oportunidades na atividade. Isso fecha a etapa de diagnóstico. Com essas informações, chegou o momento de definir os objetivos, como valor das vendas, margens, contribuições, ticket médio, venda por loja, checkout, por categoria, nível de satisfação do atendimento, rede de fornecedores. “São muitos os indicadores em que o lojista deve pensar no momento de escolher as metas a serem alcançadas”, afirma Kanter. E, então, os gestores elaboram uma estratégia para atingir esses objetivos, que devem se converter em ações concretas.
Quem adota o planejamento pode colher muitas vantagens e a melhora da performance do negócio como um todo é a principal delas. Até mesmo em um aspecto histórico que aflige o varejo podem-se perceber bons resultados com o planejamento, que é o alto turnover. Para Roberto Kanter, há uma retenção maior de talentos e a empresa também passa a lidar melhor com a rotatividade, pois ela já seria prevista nos planos da loja.
O planejamento, de acordo com Kanter, não é um bicho de sete cabeças, como boa parte dos executivos do pequeno e médio varejo costuma enxergar a técnica. “Se utilizada corretamente, gera enormes benefícios para o negócio. Ter parceiros que já detêm expertise no segmento e no gerenciamento varejista proporciona uma vantagem ainda maior àqueles que optarem por sair da realidade caótica em que porventura se encontram”, finaliza.
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TENDÊNCIAS
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m um mundo cada vez mais tecnológico, o varejo também está se adaptando às novas necessidades e oportunidades de consumo, oferecendo ao consumidor modernidade na hora de realizar compras. Uma tendência mundial que usa um formato híbrido, no qual se vende virtualmente em pontos físicos, já está ao alcance dos varejistas brasileiros. Para tanto, lançam mão de novas tecnologias que permitem, por exemplo, que os produtos à venda sejam cadastrados com a tecnologia QR Code, gerador de códigos que possibilita a visualização de um conteúdo multimídia para o item com leitura feita por aplicativos instalados em smartphones e tablets, expostos em telas. As prateleiras virtuais, como estão sendo chamados esses serviços de vendas, revolucionam a exposição de mercadorias e atingem consumidores com a possibilidade de compras mais dinâmicas. Segundo Otávio Yamanaka, CEO da E-lemento, o serviço funciona como uma ponte entre o mundo físico e o virtual.
VALOR DE PROJETO ACESSÍVEL
VIRTU@IS
Tecnologia permite que produtos sejam expostos virtualmente em ambiente físico 20
“Sempre que o lojista tiver um produto ou serviço a ser exibido em uma vitrine física, poderá se valer do QR Code. Caso o objetivo seja efetuar a venda e a cobrança, deve-se avaliar o custobenefício, pois essa abordagem já envolve um maior grau de complexidade, como manter uma loja de comércio virtual. A tecnologia propriamente dita é simples de ser implementada e tem custo zero, pois existem na web diversos geradores de QR Code”, explica.
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VITRINES
Para Vicente França, idealizador e desenvolvedor do Vitrine Móvel QR Code, as prateleiras virtuais maximizam a exposição de produtos e permitem “oferecer a vitrine na palma da mão do cliente”. Segundo ele, os custos devem ser avaliados de acordo com o tamanho do projeto, mas é possível implantá-lo em vários níveis.
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LIGAÇÃO ENTRE O REAL E O VIRTUAL
“O QR CODE PERMITE
O especialista explica que o QR Code atua como um braço ou extensão das informações, levando o consumidorusuário a um novo ambiente: digital e, principalmente, mobile. Por meio do código QR, o potencial consumidor poderá acessar pelo smartphone conteúdos relevantes aos produtos – por exemplo, vídeos, fotos e informações sobre a origem – e também efetuar compras.
REALIZAR PAGAMENTOS PELOS DISPOSITIVOS MÓVEIS DE UMA FORMA RELATIVAMENTE BARATA E PRINCIPALMENTE SEGURA”
Fotos: Shutterstock / Divulgação
“Imagine que você saiu da última sessão do cinema em um shopping qualquer e, já tarde da noite, não é possível encontrar loja alguma aberta. Mas vamos supor que, ao passar por uma das vitrines – que podem estar em estações de metrô, corredores de galerias, entre outros lugares fora de uma loja tradicional –, você se depara com um lindo sapato, cujo preço é imperdível. Como fazer para comprar neste horário? Para isso, aciona-se o QR Code na vitrine e efetua-se a leitura do código. Ele abrirá a página do produto e o cliente poderá escolher o tamanho, a forma de pagamento e finalizar o pedido. Dentro de alguns dias, aquele sapato de preço imperdível será entregue no conforto da residência do cliente. Simples e seguro”, garante. De acordo com Yamanaka, a tecnologia é interessante para qualquer lojista e tem tudo para abranger o varejo. Fora do país, ela já alcança esse mercado e tem ótima aceitação dos consumidores. “Com a popularização dos planos de internet das operadoras de telefonia móvel e o aumento do poder de compra dos brasileiros, segundo pesquisas, hoje no Brasil temos entre 57 e 60 milhões de dispositivos mobile (smartphone e tablet) contra os 40 milhões de 2013. Isso mostra um expressivo crescimento de pessoas utilizando esses aparelhos e auxiliando no surgimento de um novo consumidor, o consumidor mobile”, ressalta.
Otávio Yamanaka, CEO da E-lemento
ACEITAÇÃO POPULAR De acordo com Fábio Petruceli, analista de marketing do Sebrae, o consumidor está pronto para ampliar sua visão sobre compras feitas virtualmente: “Mesmo aqueles avessos a tais inovações tecnológicas e meios de comunicação/interação estão se interessando a cada vez mais pelas vantagens e facilidades”. Ele ainda acredita que o mercado se beneficia com o formato, na
medida em que amplia a oferta e acirra a concorrência. “O virtual acaba intensificando a concorrência, o número de opções para o consumidor, a economia de tempo, a redução de custos, a agilidade para pesquisas de características, atributos e preços de produtos, bem como de opiniões e avaliações, entre tantas outras vantagens que se tornaram reais”, opina.
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ENTREVISTA
De todos os segmentos, o varejo é o que sente mais rapidamente as influências do desaquecimento e da alta dos preços. Apesar de não girar em sua plena rotatividade, Marco Aurélio Cordeiro de Lima, diretor-executivo da GfK, e Walter Cove, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), acreditam que o Brasil retoma o rumo do crescimento em 2015. Em entrevistas concedidas à Revista Vitrine do Varejo Varejo, os dois especialistas responderam as mesmas cinco perguntas. Confira a seguir as opiniões e expectativas de ambos.
O QUE ESPER A 22
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REVISTA VITRINE DO VAREJO: Qual cenário o senhor enxerga para a economia brasileira pós-eleição em 2015? Walter Cover: Acredito que em 2015 o cenário será mais positivo. Grande parte das dificuldades atuais da economia está relacionada com a incerteza sobre o próximo governo. O simples fato de ter isso claro melhora as expectativas. As variáveis renda, emprego e crédito continuarão crescendo. Mas em patamares menores. Os ajustes deverão ser feitos de forma gradual, sem choques. A inflação deve ficar na faixa de 5% a 6%. Renda e emprego deverão crescer, porém, a taxas menores que nos últimos cinco anos. Para amenizar o déficit de moradias, o crédito imobiliário continuará crescendo e o crédito ao consumo deverá ser mais controlado. Programas de governo como Minha Casa, Minha Vida, o Programa de Aceleração do Crescimento, as concessões e o Produto Interno Líquido serão incrementados, independentemente de quem ganhar as eleições. O câmbio será mais realista, favorecendo exportações. Os juros deverão ser menores, com a taxa real da Selic na faixa de 3%. Os investimentos privados deverão voltar de forma gradativa à medida que as incertezas sobre a economia se dissiparem. Marco Aurélio: Não há possibilidade de o país sair da estagnação em que se encontra atualmente para uma mudança radical já em 2015, independentemente do presidente escolhido. O país precisará mudar de forma lenta em questões tributárias/fiscais, nos investimentos em infraestrutura, na redução de impostos, no apoio à microempresa, etc. E isso requer um plano a longo prazo. Em 2015, não conseguiremos recuperar o tempo perdido, mas poderemos montar uma base sólida de crescimento para os próximos cinco a dez anos. Eu prevejo um mercado em crescimento, mas com taxa bem pequena.
RVDV: Como o varejo de material de construção e o varejo alimentar podem ser influenciados por esse momento? Walter Cover: O varejo é fortemente influenciado pelas variáveis renda, emprego e crédito, que continuarão crescendo, mas em taxas mais moderadas. Deve haver estímulo dos investimentos públicos e privados, mas não haverá, a meu ver, desestímulo ao consumo. O consumo é a roda que move a economia e, sem ele, os investimentos não acontecerão. Grande parte do déficit de moradias é contemporizado com reformas e ampliações, sendo o grande mercado das lojas de materiais. Os créditos direcionados ao consumo de materiais como o Construcard, hoje em torno de R$ 6 bilhões, continuarão crescendo. Neste ano, o varejo foi muito prejudicado pela Copa, pelo número maior de feriados e pelo clima de incerteza na economia. Marco Aurélio: O brasileiro hoje é muito mais cuidadoso com o seu dinheiro e tem aprendido a se controlar a cada vez mais, sem grandes endividamentos. Provavelmente, teremos um crescimento maior que o PIB no varejo alimentar, e que ocorrerá também em 2015, mas num patamar menor do que ao que estávamos acostumados nos últimos anos. Os varejistas precisam se posicionar nesta nova realidade, de crescimento menor, mas ainda positivo. RVDV: Há caminhos para contornar ou amenizar uma possível crise econômica? Walter Cover: Não podemos falar em crise. Grande parte do baixo crescimento da economia em 2014 deve-se à situação internacional e às incertezas sobre a economia. No plano internacional, a redução da demanda mundial por bens e serviços continuará afetando nossa economia. Já no plano nacional, ambos os postulantes ao governo falavam em mudanças, principalmente no sentido de incrementar
“ACREDITO QUE EM 2015 O CENÁRIO SERÁ MAIS POSITIVO. GRANDE PARTE DAS DIFICULDADES ATUAIS DA ECONOMIA ESTÁ RELACIONADA COM A INCERTEZA SOBRE O PRÓXIMO GOVERNO” Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat)
investimentos públicos e privados e no controle maior da inflação. Será um ano de ajustes, embora graduais. Será difícil aprovar uma ampla reforma tributária, mas mudanças importantes, principalmente na simplificação dos tributos, devem ocorrer. Será necessário aprovar um programa consistente para reduzir o Custo Brasil, hoje em torno de 35%. Também será preciso combater insistentemente a informalidade na economia e as importações fraudulentas, o dumping, bem como os produtos nacionais e internacionais fora de conformidade com as normas e leis brasileiras. O câmbio precisa ser mais realista para amenizar a falta de competitividade do produto nacional. O esforço na qualificação de mão de obra e o incentivo à inovação terão de ser incrementados, para melhorar a produtividade na economia.
R AR DE 2015?
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ENTREVISTA
“EM 2015, NÃO CONSEGUIREMOS RECUPERAR O TEMPO PERDIDO, MAS PODEREMOS MONTAR UMA BASE SÓLIDA DE CRESCIMENTO PARA OS PRÓXIMOS CINCO A DEZ ANOS” Marco Aurélio Cordeiro de Lima, diretor-executivo da GfK Marco Aurélio: O varejo alimentar sempre depende do crescimento da renda do trabalhador, do nível de desemprego e da estabilidade econômica, mas ele por si só não tem como alavancar a economia. Porém, tem um papel importante no que diz respeito a qualificar sua mão de obra e investir nesta qualificação, gerando um corpo mais consistente de colaboradores. Além disso, muitos varejistas têm atuado em atividades de responsabilidade social, o que deveriam continuar fazendo de forma mais intensa. RVDV: Com o dólar subindo, os preços tendem a subir. Como o varejo pode atuar nesse cenário de possível inflação? Walter Cover: O dólar precisa ficar num patamar mais realista ou a indústria nacional continuará em ritmo declinante, com impactos muito negativos para toda a cadeia. O dólar tem um efeito reduzido na inflação em função do baixo nível de internacionalização de nossa economia. E o impacto é ainda menor num momento de baixa atividade econômica, como o que estamos vivendo. No médio prazo, escala e melhoria de competitividade da 24
indústria tendem a reduzir preços no mercado nacional. Marco Aurélio: Os preços de produtos importados poderão subir, mas não os dos produtos nacionais, que são a grande maioria. A cesta básica já subiu demais neste ano e tende a dar um “refresco” ao consumidor neste segundo semestre. O Brasil é um grande produtor de matéria-prima e produtos industrializados, diferentemente do que era há 20 anos, então não sofrerá tanto um impacto inflacionário. Porém, teremos como positivo o aumento das exportações, pois teremos um preço mais competitivo no mercado internacional. RVDV: Nos segmentos de material de construção e alimentar, quais categorias devem apresentar um bom desempenho e merecem uma atenção especial? Walter Cover: Nos últimos dois anos, o segmento de produtos de acabamento foi melhor em função da manutenção do consumo das famílias. Acredito que com as intenções de melhorar os investimentos públicos e privados, com o incremento
do MCMV, do PAC, do investimento privado e das PPP, além de haver um controle maior nas importações irregulares, os produtos de base serão beneficiados. Marco Aurélio: Em 2014, as bebidas de forma geral tiveram um bom desempenho. Isto se deu por causa do calor excessivo no primeiro semestre e da realização da Copa do Mundo no Brasil. Além disso, a carne tem um desempenho bom e provavelmente continuará assim, pois a Rússia acabou de aprovar as exportações de muitos frigoríficos nacionais, com interesse de substituir as importações provenientes dos Estados Unidos e da União Europeia. No primeiro semestre, tivemos um aumento grande nas vendas de TVs por causa da Copa, o que contribuiu para ser um ano excelente. Porém, o desafio dos varejistas é ewntender melhor o consumidor e para onde ele está migrando. No caso de bebidas, há uma forte tendência de substituir os refrigerantes por outras bebidas: água, chás e isotônicos. O varejista precisa estar atento a isto.
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MERCADO
Somente o setor de bebidas frias no Brasil – que compreende a produção de sucos, águas, refrigerantes, cervejas, chás e isotônicos – é hoje responsável por 3% de todo o PIB nacional e movimenta uma extensa
cadeia produtiva. Ele também tem se destacado por grandes investimentos: aportes desta indústria na economia brasileira mais do que triplicaram nos últimos cinco anos, passando de R$ 2,2 bilhões em 2009 para R$ 7,4 bilhões em 2013. Neste período, as empresas de bebidas frias investiram R$ 30,8 bilhões. Para a Ambev, gigante de bebidas e considerada a maior empresa da América Latina, o ano de 2014 deve retomar a expansão, recuada em 2013. E dois fatores indicam um crescimento consolidado ao longo do ano: a realização da Copa do Mundo e grandes períodos com altas temperaturas e estiagem, que fomentam o consumo de líquidos. De acordo com informações da companhia, a Copa também representou um importante momento para o fortalecimento das marcas Budweiser e Brahma, as cervejas oficiais do Mundial, que tiveram uma grande visibilidade e apresentaram excelente desempenho no volume de vendas, influenciado principalmente pela manutenção dos preços durante o torneio.
SEDE DE
UMA PAIXÃO NACIONAL A cerveja é uma das paixões do brasileiro, de acordo com a pesquisa do Ibope intitulada “As paixões dos brasileiros”, realizada com mais de duas mil pessoas em todo o país. Na pesquisa, a cerveja ficou entre as três maiores paixões, junto com o futebol e o Carnaval. A loura gelada já é considerada e reconhecida como parte da nossa cultura. Outro estudo do Ibope apontou que a cerveja é a escolha de 64% dos brasileiros para comemorar bons momentos. Ao todo, são mais de 120 milhões de pessoas consumindo a bebida, o que coloca o país na terceira posição na lista de maiores produtores de cerveja do mundo.
Mercado de bebidas segue em ritmo acelerado de expansão
CRESCIMENTO 26
Fotos: Shutterstock / Divulgação
A
lguns itens simplesmente não podem faltar no carrinho de compras dos brasileiros por mais que a economia tenha altos e baixos. E o segmento de bebidas é a prova de que os consumidores não deixam de consumir estes produtos mesmo em tempos de estagnação. Um estudo feito pela Mintel, empresa especializada em pesquisa de mercado, indica que, embora 2014 tenha sido até agora um ano de consumismo cauteloso, alguns segmentos devem apresentar taxas de crescimento fortes até 2018, como o de bebidas alcoólicas. O mercado, avaliado em R$ 46 bilhões em 2013, deve atingir os R$ 90 bilhões em 2018, o que representará uma alta de 96%. Além disso, novos lançamentos de cerveja e o aumento do consumo de variedades importadas devem impulsionar o volume de vendas e de valor desse mercado.
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SÓ UM GOLE As bebidas mais consumidas no Brasil
CACHAÇA A mais brasileira de todas as bebidas, cuja primeira fabricação data oficialmente de 1536, tem apresentado crescimento no mercado internacional, sendo o terceiro maior destilado do mundo. A cachaça também ocupa posição de destaque no mercado nacional de bebidas, correspondendo a 50% do volume do segmento de destilados. É o segundo maior mercado de bebidas alcoólicas no Brasil, atrás apenas da cerveja.
VINHOS Os brasileiros consomem cerca de 300 milhões de litros de vinho anualmente. E a previsão é que o aumento do consumo per capita cresça de 1,9 litro (média dos últimos anos) para 2,5 litros até o final de 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Fotos: Shutterstock / Divulgação
VODKA A tendência da categoria é a expansão no mercado internacional e brasileiro, cujas vendas crescem a taxas próximas a 4% ao ano. Especificamente o segmento de super premium apresentou crescimento de 1000% nos últimos anos. Fonte: Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe)
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MERCADO
“O MARTINS É HOJE UMA REFERÊNCIA NAS CATEGORIAS DE VODKA E UÍSQUE ” Gustavo Henrique Borges, gerente de compras do Martins
ESTÍMULO
Preço é o fator mais importante na regulação do mercado de bebidas e, de acordo com o governo federal, alguns estímulos devem continuar. As bebidas frias não devem ter aumento de preço até o fim do ano, segundo o Ministério da Fazenda, a pedido dos empresários do setor. A ideia é criar um novo modelo tributário, com previsão de vigência em 2015. Até lá, será discutido um novo sistema que substitua o atual, no qual as alíquotas não afetem os preços no varejo, mas sobre uma tabela de preços pesquisada pela Fundação Getulio Vargas e atualizada anualmente. De acordo com o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues, a medida terá impacto irrisório sobre os preços, o que evitará aumentos até o fim do ano.
TENDÊNCIAS
Além da maior atenção ao custo de venda das bebidas alcoólicas e não alcoólicas, as empresas estão preocupadas com as tendências do mercado e com a mudança do perfil do consumidor, a cada vez mais exigente, preferindo produtos segmentados e de alta qualidade.
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“O mix vendido no Brasil ainda é relativamente pobre e o consumo está concentrado em poucas marcas com fortes identidades regionais. Quando comparamos aos grandes mercados de bebidas, como os Estados Unidos, ainda temos bastante espaço para inovações e, nos últimos anos, temos percebido as empresas de bebidas mais preocupadas em ampliar o mix com produtos inovadores destacam-se produtos como a vodka, o rum ( saborizados ) e cervejas especiais, com ou sem álcool. ”, ressalta Gustavo Henrique Borges, gerente de compras do Martins. Segundo ele, o Martins procura oferecer a seus clientes também as categorias de melhor valor agregado. “Queremos rentabilizar a operação e também a de nossos clientes. É neste contexto que construímos parcerias sólidas com as principais empresas do segmento e estamos experimentando crescimentos anuais de dois a três dígitos. O Martins é hoje uma referência nas categorias de vodka e uísque e nosso desafio é ajudar o pequeno e médio varejista a rentabilizar seu negócio, abrindo mais espaço na gôndola para o desenvolvimento destas categorias”, conclui.
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ACELERE SUAS VENDAS
ABSOLUT é líder do segmento de vodcas premium no Brasil e por isso é geradora de tráfego para loja ou casa noturna. No Brasil, 7 em 10 vodkas importadas premium são Absolut (fonte Nielsen). 68% dos shoppers são fiéis a marca e trocam de loja, mas não trocam de marca, caso não encontrem o produto. O ticket médio do shopper de Absolut é de R$ 280,00 e sua cesta é composta por itens de alto valor agregado.
INGREDIENTES: 50 ml de ABSOLUT VODKA, 100 ml de suco de laranja. MODO DE PREPARO: Em um copo longo com gelo adicione os dois ingredientes, mexa, coloque uma fatia de laranja de guarnição e sirva.
Ballantine’s Rusty Nail
BALLANTINE’S tem o melhor custo benefício da categoria premium. Ballantine’s aumenta o ticket médio da loja por ser o principal influenciador na evolução dos shoppers para o consumo do whisky 12 anos. Ballantine’s Finest acumulou um crescimento de vendas de 92% vs o mesmo período do ano anterior (fonte Nielsen, Jan-Jun14). Ballantine’s 12 anos tem o preço mais acessível da categoria, promovendo a migração do consumidor para a categoria super premium.
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INGREDIENTES 50 ml BALLANTINE’S 12 30 ml de licor de whisky (Drambuie) MODO DE PREPARO Coloque os ingredientes em um copo old-fashioned com gelo, mexa e sirva. Guarnição: Twist de limão siciliano.
VENDA E CONSUMO PROIBIDOS PARA MENORES DE 18 ANOS.
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TECNOLOGIA
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aior feira de tecnologia da Europa, a IFA de 2014 foi sediada em Berlim e movimentou a capital alemã entre os dias 4 e 9 de setembro com os principais lançamentos do mercado de tecnologia. Entre as novidades prestes a chegar às prateleiras, os visitantes ainda puderam se divertir com atrações preparadas pelas gigantes do setor (lojas de camisetas, quiosques de doces e até um salão de beleza improvisado). No entanto, por mais que os espaços lúdicos tenham feito a alegria do público, todos os olhares se voltaram mesmo para os produtos que devem estar à disposição dos consumidores ainda antes do final do ano. Como não poderia ser diferente, os tablets e smartphones tiveram destaque especial durante os seis dias da feira. A junção dos dois em um único produto também esteve sob os holofotes de várias fabricantes. Os phablets – como acabaram sendo batizados – são celulares com um tamanho maior, que se aproxima das dimensões dos tablets, sem deixar de lado as funções originais de um telefone. Com um aparelho que tem tela até em uma das bordas, a Samsung se destacou na IFA 2014, mas Nokia e Motorola não ficaram atrás e também apostaram em lançamentos que devem cair no gosto dos usuários.
DE BERLIM
Maior feira de tecnologia da Europa, IFA 2014 revela diversos lançamentos de smartphones que devem chegar por aqui em breve
PARA O SEU BOLSO 30
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MERCADO AQUECIDO
Com um total de 17,9 milhões de celulares (senvendidos entre os meses de abril e junho (sen do 75% do total referentes a smartphones), o Brasil teve um aumento de 22% na venda de messmartphones em comparação com o mes mo período do ano passado. Com esses números, o Brasil superou a marca de 300 milhões de aparelhos vendidos. deNo mundo, o mercado também não de monstra desaceleração, o que dá segurança para as fabricantes continuarem investindo em apostas ousadas para seus lançamentos. O Martins está atento a todas as tendências e se prepara para o melhor período do ano na procura de smartphones.
“É um mercado muito atrativo pela rentabilidade que proporciona, pela movimentação em loja gerada e ainda pela possibilidade de agregar outros produtos na venda. Sem contar que a demanda gerada normalmente é maior do que a oferta e estamos falando de um mercado aquecido em constante migração para um produto de valor agregado mais alto. Os três últimos meses do ano compõem a maior sazão da linha de telefonia em função do abastecimento para a Black Friday e o Natal, ficando acima do Dia dos Pais e do Dia das Mães”, analisa Daniela Stoque Esteves, do departamento de compras do Martins.
DE IGUAL PARA IGUAL
A Nokia aproveitou a feira para lançar os modelos Lumia 830 e 730
Se alguém tinha dúvidas de que os celulares da Nokia – com sistema operacional da Microsoft – podiam competir de igual para igual com os de Samsung e Apple, a IFA 2014 serviu para colocar um fim em qualquer interrogação. A marca apresentou o Lumia 830, seu novo top de linha, com uma câmera de desempenho impressionante e um preço que promete superar a concorrência. A fabricante aproveitou ainda para lançar o Lumia 730, uma opção mais popular que tem foco nas selfies (as câmeras e os aplicativos foram todos pensados nas tradicionais “autofotos”) e entrada para dois chips.
SEGUINDO OS PASSOS
COM UM TOTAL DE 17,9 MILHÕES DE CELULARES VENDIDOS ENTRE OS MESES DE ABRIL E JUNHO (SENDO 75% DO TOTAL REFERENTE A SMARTPHONES), O BRASIL TEVE UM AUMENTO DE 22% NA VENDA DE SMARTPHONES EM COMPARAÇÃO
A cada vez mais firme na lista de gigantes do setor, a Motorola apresentou, durante a feira, o seu novo Moto X. O aparelho, carro-chefe da marca, ganhou um caprichado upgrade, com direito a uma estrutura de metal e um processador com capacidade bem maior. A tela de 5,2 polegadas com resolução de 1080p mostra a preocupação com a tendência dos phablets e a nova câmera, de 13 MP (contra 8 da versão anterior), deixa bem claro que a fabricante não tem a mínima intenção de brincar em serviço.
COM O MESMO PERÍODO DO ANO PASSADO
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TECNOLOGIA
MAÇÃ REINVENTADA
Também em setembro, mas fora da IFA, a Apple apresentou as novidades nos seus novos modelos de smartphone e garantiu que o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus representam a maior novidade da marca desde seu primeiro celular. O primeiro, além de ter uma tela bem maior do que a da versão anterior, aposta em novidades no processador, no sistema operacional, na câmera e na resolução. Já o segundo é a entrada definitiva da Apple no mundo dos phablets, já que o iPhone 6 Plus tem uma tela de 5,5 polegadas.
Enquanto o iPhone 6 tem tela de 4,7 polegadas, a versão 6 Plus chega com 5,5 polegadas
UMA BORDA A MAIS
A principal e mais aguardada novidade da Samsung no evento de Berlim não decepcionou os fãs da marca sul-coreana, líder absoluta no mercado de smartphones no mundo. O Galaxy Note Edge tem características e especificações bem parecidas com as do Galaxy Note 4 (também apresentado na IFA 2014), mas possui detalhes que fazem toda a diferença no design e, principalmente, no formato da tela. O edge estende seu visor para uma das laterais do aparelho, o que aumenta a área de visualização e facilita diversas tarefas, como o acesso à barra de notificações e a ferramentas como previsão de tempo, calendário e e-mail.
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Considerado um phablet graças à tela de 5,6 polegadas, o aparelho pode ser adquirido em versões de 32 ou 64 GB, além de ter um compartimento livre para um cartão micro SD de até 64 GB. O sistema operacional do Galaxy Note Edge é o Android KitKat 4.4 e a câmera traseira tem um sensor Sony de 16 MP. Um atrativo que deve agradar muitos usuários é a tecnologia de rápido carregamento da bateria, com 300 mAh.
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POR DENTRO DO SIM
MAIS PRODUTIVIDADE
Com o TEF Martins, você melhora o atendimento e aumenta seus ganhos
E
studos apontam que o mercado de cartões de crédito e débito vai crescer, em média, 17% ao ano até 2016. Ainda de acordo com pesquisas, o gasto médio com cartão de crédito no Brasil cresceu 23% entre 2010 e 2013, passando de R$ 566 para R$ 699 mensais. E, se a tendência é crescimento, o mercado varejista precisa ficar atento aos consumidores que estão dispostos a fazer compras usando o “dinheiro de plástico”. Não basta estar abastecido e ter um mix completo. A etapa de pagamento é um momento importante na experiência de compras. É necessário também oferecer modernidade nos pagamentos por meios eletrônicos. Além das tradicionais maquininhas POS (com fio) e POO (sem fio), ideais para atender as contingências da loja, existe o TEF, que é mais ágil e seguro.
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Esse sistema integra a frente de loja ao mundo dos cartões de forma automática, atende a uma exigência legal e contribui para melhorar a experiência de compras ao reduzir o tempo de espera e as filas, ao mesmo tempo que aumenta a produtividade do caixa. Com o TEF Martins, o varejista tem acesso à tecnologia com um mínimo de investimento, tem benefícios comerciais e financeiros nas negociações com o Martins e o Tribanco e atende à
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“FICOU TUDO MUITO MAIS FÁCIL. EU JÁ CONHECIA O TEF E, QUANDO FUI PROCURADA PELO GERENTE DO TRIBANCO, ESCOLHI TER O SISTEMA NO SUPERMERCADO. GOSTEI TANTO QUE ESTOU MUDANDO PARA O TEF SATÉLITE, MAIS SEGURO E ÁGIL.” Tatiele Nunes, administradora do Supermercado Nunes
exigência legal, conforme explica Pedro Antonio Alves, chefe da Administração Fazendária de Uberlândia (MG): “É obrigatória a emissão de documento fiscal por um equipamento [como o TEF] na operação de venda, à vista ou a prazo, de mercadoria ou bem, promovida por estabelecimento que exercer a atividade de comércio varejista, inclusive restaurante, bar e similares.
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O sistema é um cruzamento de dados da administradora de cartões com o que o cliente enviou ao fisco. A lei existe para
Pedro Antônio Alves, chefe de Administração Fazendária de Uberlândia
facilitar a vida de todos e o sistema é uma evolução que só trouxe facilidades. Em vez de manual, a prestação de contas é feita pelo sistema automaticamente. É um ganho para todas as partes, tanto para o contribuinte quanto para o consumidor”. O varejista que usa as maquininhas POO e POS perde produtividade na frente de caixa ao fazer a mesma operação duas vezes: quando a compra é registrada no caixa da loja e quando o cliente paga a compra usando um desses equipamentos. Já com o TEF Martins, o tempo usado nas transações é bem menor, pois o pagamento é feito diretamente na caixa registradora ligada à maquininha Pin Pad. E não foi somente para cumprir a legislação que o Supermercado Nunes, situado em Xinguara (PR), implantou o TEF Martins. De acordo com a administradora do supermercado, Tatiele Nunes, o sistema facilitou o dia a dia e a operação da loja. “Ficou tudo muito mais fácil. Eu já conhecia o TEF e, quando fui procurada pelo gerente do Tribanco, escolhi ter o sistema no supermercado. Gostei tanto que estou mudando para o TEF Satélite, mais seguro e ágil. Mesmo sendo um pouco mais caro, vale a pena, pois meus ganhos são inúmeros. Atendo o consumidor de forma mais ágil, facilita minha operação e agora tudo é registrado em
um lugar só, sem precisar parar a operação para passar nas outras maquininhas que uso hoje para pagamentos durante entregas na rua ou, em último caso, se algo acontecer no caixa”, disse Tatiele. Dessa maneira, quem opta pelo TEF Martins, além de atender à legislação vigente em relação à emissão de cupom fiscal, ganha um pacote de vantagens que reúne o que o Martins e o Tribanco têm de melhor. Entre os ganhos, preço diferenciado nas compras no Martins, bonificação em produtos no Martins, prazo de sete dias sem juros para compras feitas no Martins (benefício SUPERCONTA Tribanco), preço especial na mensalidade do TEF, seis meses de isenção no aluguel dos Pin Pads e muito mais. Não deixe a oportunidade passar na sua porta. Fale com o seu vendedor Martins ou com o gerente do Tribanco. Você ganha em tudo com o TEF Martins. * Para que o TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) funcione na loja, o cliente precisa da Licença SITEF. A contratação dessa licença deve ser feita por você, por meio da sua SoftwareHouse. Sem essa licença, o estabelecimento não pode utilizar o TEF.
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CAPACITAÇÃO
Com o apoio da Tricard, rede de supermercados do Ceará realiza treinamento para mais de 500 funcionários
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permanente parceria estabelecida entre o Sistema Integrado Martins – SIM e seus clientes gera frutos em todo o país. Nos dias 12, 13 e 14 de agosto, a rede Moranguinho, localizada em Pacajus (CE), recebeu a equipe da Tricard para uma ação de treinamento que envolveu 517 funcionários. A atuação da rede, que já contava com duas lojas na cidade, ganhou um terceiro ponto. A nova loja, com cerca de dois mil metros quadrados de área de vendas, foi inaugurada em para ser âncora de um pequeno shopping que será construído ao lado.
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Segundo Cleunice Vasconcelos, analista de recursos humanos da Tricard, os funcionários foram divididos em seis turmas, durante os três dias de treinamento. Estavam presentes colaboradores de todas as áreas da empresa, desde frentes de caixa até assistentes administrativos e atendentes de setores como açougue e padaria. O tema trabalhado durante o encontro foi excelência no atendimento ao cliente. “A empresa que conta com uma equipe bemtreinada para prestar um bom atendimento faz com que o cliente sinta prazer em voltar mais vezes à loja. O resultado é um público fidelizado e um excelente retorno em vendas”, ressalta Cleunice.
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Para Maria Gerlane Silva, colaboradora da rede, o treinamento apresentou novas ferramentas para o atendimento ao cliente: “Aprendemos formas corretas de como nos portarmos dentro e fora da empresa, sobretudo a importância de atender bem cada cliente”.
“A PARCERIA COM A TRICARD, O TRIBANCO E O MARTINS TEM ACRESCENTADO DIFERENCIAIS COMPETITIVOS
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AO NOSSO NEGÓCIO. É UMA EMPRESA COMPROMETIDA COM SEU TRABALHO, QUE NOS APOIOU BASTANTE DURANTE OS ÚLTIMOS ANOS”, José Albecir da Silva, diretor da rede Moranguinho
De acordo com Carolina Veríssimo, gerente de relacionamento da região, ações como essa têm resultado positivo também na conquista de novos clientes para os cartões da empresa. “Nesse cenário, em que o cliente se sente bem-atendido, os ganhos são grandes para o varejo, que conta com maior fluxo de loja e aceitação dos produtos de crédito, como o cartão Private Label”, declara. Cliente do SIM há oito anos, a rede Moranguinho opera com os cartões Private Label e Híbrido. Hoje, sua base de clientes ultrapassa cinco mil usuários e o faturamento representa 13% do total de vendas.
“A parceria com a Tricard, o Tribanco e o Martins tem acrescentado diferenciais competitivos ao nosso negócio. É uma empresa comprometida com seu trabalho, que nos apoiou bastante durante os últimos anos. Vale ressaltar que é um grupo que tem como principais características seriedade, comprometimento, organização e eficiência no que se propõe a fazer. Estamos muito gratos pelo treinamento proporcionado nos últimos dias pela Tricard, um grande sucesso porque, além de trazer desenvolvimento profissional aos nossos colaboradores, foi ministrado com excelência de qualidade”, ressalta José Albecir da Silva, diretor da rede Moranguinho.
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Conheça quem já está comemorando os bons resultados com as campanhas do SIM
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Quem já ganhou nas campanhas do SIM, como é o caso do filiado Smart Petrucio Justino, de Maceió (AL) está comemorando. Além de fortalecer o negócio, o proprietário do Supermercado Leste Oeste contou com o atendimento do SIM, através de representantes de Martins, Smart, Tribanco e Tricard, para planejar suas ações e se destacar na campanha. “Tivemos um atendimento
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campanha Natal com Tudo, lançada pelo Sistema Integrado Martins, segue a todo vapor promovendo e incentivando bons negócios no ponto de venda e premiando clientes Brasil afora. Além de benefícios como aumento das vendas e melhores condições de compra, o cliente conquista os prêmios de acordo com as faixas alcançadas.
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“ATUAMOS EM VÁRIAS FRENTES, DESDE A CAPITALIZAÇÃO PARA A COMPRA DE MERCADORIAS, POR MEIO DO TRIBANCO, ATÉ OS TRABALHOS DE DIVULGAÇÃO DE CATEGORIAS PRIORITÁRIAS, PONTA DE GÔNDOLAS, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO” Petrucio Justino, proprietário do Supermercado Leste Oeste
Fotos: Divulgação
personalizado de todas as empresas, que, juntas, me ajudaram a traçar as melhores estratégias. Atuamos em várias frentes, desde a capitalização para a compra de mercadorias, por meio do Tribanco, até os trabalhos de divulgação de categorias prioritárias, ponta de gôndolas, treinamento e desenvolvimento”, conta. De acordo com o supervisor de operações do Smart na região, Anderson Batista da Silva, o cliente recebeu um acompanhamento mês a mês do SIM. “Avaliando seu potencial de vendas, chegamos ao patamar de investimento que o cliente poderia fazer com segurança para atingir os prêmios e, ainda, promover um crescimento expressivo no seu negócio. O crédito concedido pelo Tribanco lhe deu o fôlego essencial para comprar no
Martins e investir em ações que renderam excelentes resultados”, destaca. No quadrimestre da primeira fase da campanha, o supermercado registrou um crescimento na ordem de 59% em relação ao mesmo período do ano passado. Só em referência às Marcas Próprias, o número impressiona ainda mais, atingindo 136% a mais de vendas. “A campanha se destaca pelos prêmios generosos, mas, acima de tudo, o trabalho oferecido pelas empresas do SIM é focado no crescimento das empresas, por meio de uma atuação consistente e focada”, ressalta Anderson. Com o resultado positivo nas vendas, a conquista dos prêmios foi consequência. O investimento e o trabalho realizado no seu negócio fizeram com que o
empresário alagoano atingisse as metas com todas as empresas e conquistasse quatro prêmios: uma moto e uma TV 55 polegadas pelo Martins, um notebook pelas metas alcançadas no Tribanco e um smartphone do Smart. “Estou feliz com os resultados e os prêmios, que chegaram naturalmente, frutos de uma estratégia bem-desenvolvida”, finaliza Petrucio. Focado nos bons resultados obtidos, o cliente SIM já se prepara para comemorar também no fim do ano, com as boas vendas e os resultados da campanha Natal com Tudo.
Fique por dentro da campanha e participe através do site: www.natalcomtudo.com.br
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RADAR DO SIM
NOVO CENTRO DE
DISTRIBUIÇÃO A
cidade de Jundiaí recebeu, em setembro, um novo Centro de Distribuição Estadual do Martins. De acordo com o diretor de logística, Cássio Macedo Neto, o centro foi montado para atender todo o mercado do estado de São Paulo e faz parte da estratégia da empresa de descentralização, que objetiva implementar uma gestão e uma visão mais regionais. “Captamos os benefícios locais e oferecemos um serviço melhor aos clientes, com entrega mais rápida devido à proximidade”, explica.
Fotos: ©José Natal / Divulgação
Martins chega a Jundiaí com nova operação logística para garantir ainda mais agilidade na entrega
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A OPERAÇÃO CONTA COM 120 FUNCIONÁRIOS DIRETOS, QUE ATENDERÃO A DEMANDA DE CERCA DE 18 MIL CLIENTES MENSAIS Segundo Cássio, a unidade, que possui 7.500 metros quadrados de área de armazenagem e expedição, tem capacidade para estocar mais de quatro mil itens. A operação conta com 120 funcionários diretos, que atenderão a demanda de cerca de 18 mil clientes mensais: 14 mil pela força de venda do Martins, que atua em todas as cidades do estado de São Paulo, e quatro mil pelo portal de compras efacil.com, que vende diretamente ao consumidor. As categorias atendidas pelo CDE serão Higiene e Beleza, Eletro e Informática, Alimentos e Telecom. Além de diretores, gerentes comerciais, fornecedores e colaboradores do Martins, a solenidade que marcou o início das operações contou com a presença de Alair Martins, presidente do Conselho de Administração do Martins, Walter Faria, diretor-geral do Atacado, Pedro Bigardi, prefeito de Jundiaí, e Marcelo Cereser, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. “Para nós, é uma honra contar com uma empresa desse porte, cuja vinda é resultado
Fotos: ©José Natal / Divulgação
dos investimentos que temos feito para tornar Jundiaí uma cidade a cada vez mais atraente para os empreendedores. Não se trata de apenas mais uma empresa, mas de um grupo que acredita no sucesso do país”, ressaltou o prefeito. Cássio justificou a escolha da cidade para sediar o novo centro: “Jundiaí tem boa localização, próxima à capital, posição estratégica tanto para o abastecimento pelas indústrias quanto para a distribuição aos nossos clientes em todo o estado”. Da direita para a esquerda: Marcelo Cereser, João Ayres Rabello Filho, Alair Martins Junior, Alair Martins, Pedro Bigardi, Jose Dimas Gonçalves, Walter Faria 43
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PREÇO CORRETO
CERTO
para o produto A precificação passa pela lógica do mercado e envolve três componentes: custo, valor percebido pelo consumidor e análise de concorrência. Consultores ensinam como fazer os cálculos 44
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GESTÃO
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“A ESTRUTURA DE CUSTOS É A PRIMEIRA ARMADILHA DOS VAREJISTAS PARA A PRECIFICAÇÃO ERRADA DOS PRODUTOS DO SEU MIX” Fernando Chinaglia, da unidade Excelência Competitiva & Desenvolvimento da consultoria Gouvêa de Souza
Mudanças do
Fotos: Shutterstock / Divulgação
S
aber precificar os produtos de todo o seu mix corretamente é essencial para rentabilizar o capital aplicado no negócio. Entender esse processo exige a adoção de uma política bem-elaborada para que sua loja possa praticar o preço justo, sem prejuízo. Muitos dos pequenos e médios varejistas têm dificuldade de fazer essa gestão com eficiência e especialistas no assunto tentam ensinam como trilhar esse caminho com margem de acerto. Muitos donos de supermercados, principalmente os pequenos, desconhecem a estrutura de custos que está por trás da formação de preços, constata Fernando Chinaglia, da unidade Excelência Competitiva & Desenvolvimento da consultoria Gouvêa de Souza. Esse problema é maior nos estabelecimentos conduzidos por famílias, que ainda não têm uma gestão de negócio profissionalizada.
MERCADO "A estrutura de custos é a primeira armadilha dos varejistas para a precificação errada dos produtos do seu mix", afirma o consultor. Muitos ainda adotam uma política de preços, levando em consideração apenas as margens de ganhos, sem conhecer as boas práticas que geram impacto nos resultados financeiros. Um erro grave que ele percebe são as vendas a prazo, que causam um descontrole do fluxo de caixa. Alguns falham nos cálculos das taxas com administradoras de cartão de crédito e da quantidade de dias para recebimento do pagamento das mercadorias. Sua recomendação é que os comerciantes trabalhem a fixação de preços, analisando com atenção todos os custos (fixos e variáveis) envolvidos na compra e na venda dos produtos, como despesas com salários, aluguel, seguro, tributação, logística, armazenamento e comissão
As políticas de formação de preços devem ainda levar em consideração as mudanças de comportamento dos consumidores. Sassaki menciona os novos hábitos dos clientes, que estão em busca de mais qualidade de vida e comprando produtos com o apelo de serem mais saudáveis. É o caso dos isotônicos, sucos de frutas e à base de soja, bem como as águas com sabor, que estão substituindo os refrigerantes. Os comerciantes podem até perder vendas de refrigerantes e biscoitos recheados, por exemplo, mas têm a oportunidade de oferecer os novos itens com valor agregado, que possibilitam margens maiores. Seguir essa tendência, contudo, exige conhecer muito bem quem são seus consumidores, do que gostam e o que compram mais.
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“GERALMENTE, OS PEQUENOS VAREJISTAS NÃO CONSEGUEM BRIGAR POR PREÇOS E DEVEM INVESTIR EM SERVIÇOS PARA ATRAIR O CONSUMIDOR” Alexandre Sassaki, professor e coordenador do MBA Varejo do Laboratório de Finanças da Labfin
de vendas. Além disso, devem manter gastos os mais enxutos possíveis para gerar rentabilidade. A orientação de Alexandre Sassaki, professor e coordenador do MBA Varejo do Laboratório de Finanças (Labfin), ligado ao Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), é que a formação de preços seja estabelecida pelo seguinte tripé: custo, valor percebido pelo consumidor e análise de concorrência. O primeiro pilar, que é custo, leva em consideração a margem de gastos para venda do produto, que é a política mais adotada pelos varejistas, segundo Sassaki. Entretanto, apenas essa estratégia não será eficiente se o comerciante não souber identificar o valor da mercadoria percebido pelo consumidor e quanto ele está
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disposto a pagar por determinado item. Observar a concorrência também faz parte desse processo, porém, com lógica invertida. "Geralmente, os pequenos varejistas não conseguem brigar por preços e devem investir em serviços para atrair o consumidor", aconselha o professor. É preciso oferecer diferenciais competitivos para poder justificar a ele por que determinado item está sendo comercializado por um valor mais alto do que o praticado pela concorrência. Sassaki ressalta que preço é importante para compra, mas não é o único fator observado pelo consumidor. Ele chama a atenção dos comerciantes para que procurem conhecer bem a sua clientela e encontrem formas de encantá-la.
INDO ALÉM
Existem outras táticas para precificação e que trazem bons resultados aos negócios. Sassaki cita a política do “preço-isca”, com valores mais agressivos para trazer cliente à loja. Nesse caso, a margem de determinado item pode ser reduzida para atrair consumidor. O professor lembra que não é ético, nem saudável, reduzir drasticamente preços, mas eventuais promoções dão resultados, como ofertas em dias marcados na semana para comercialização de frutas, verduras, carnes, enfim. Outra dica é a adoção do “preço psicológico”, que embute nos valores os “99 centavos”, sem mudar a faixa dos preços para determinados itens. Exemplo, um produto que custa R$ 19,99 e não R$ 20,00. Segundo Sassaki, essa estratégia gera no consumidor a percepção de que está economizando dinheiro. Porém, essa política não funciona para produtos premium, pois gera depreciação. Comprar bem também faz parte da boa política de precificação, de acordo com o consultor Fernando Chinaglia, da Gouvêa de Souza. O comerciante precisa negociar com fornecedores em busca de descontos e gerenciar os pedidos para não comprar mais, nem menos. O consultor orienta que a dinâmica de preços varia muito de acordo com o estoque. Produtos que estão com prazos de validade próximos de expirar exigem maior flexibilidade dos comerciantes, que precisam fazer promoções para vendêlos rapidamente. As áreas com maior risco para quebra de preços são as de laticínios, frios, carnes, verduras e frutas. “Se o supermercadista não comprar bem esses itens e não souber controlar os estoques, poderá ter perdas e impactar a rentabilidade”, adverte Chinaglia.
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TREINANDO A EQUIPE
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varejo enfrenta, durante todo o ano, uma série de batalhas que se sucedem em forma de sazonalidade, concorrência, volatilidade econômica, turnover, entre outros desafios. Essas situações se apresentam ora separadas, ora em conjunto, exigindo esforços coletivos e solidez permanente para serem superadas. O ano, período cíclico que começa com as férias de janeiro e encerra-se com o Natal e a passagem de ano, é entremeado por diversas datas importantes do calendário promocional. Durante essa busca contínua por rentabilidade e crescimento é preciso valorizar quem esteve ao lado dos gestores: a equipe de colaboradores. Você, de certo, promoveu no ano corrente uma série de encontros e reuniões para fortalecer alinhamentos ou com foco em treinamento. Esses momentos são fundamentais para deixar a equipe coesa e ciente de seu papel e suas potencialidades. Mas quando foi a última vez que a liderança gerencial na empresa promoveu um encontro de confraternização, no quel se fala de tudo, inclusive de trabalho?
NATAL PARA Por Pedro Magazoni
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TODOS
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Aproveite o fim de ano para reunir os colaboradores e dividir com eles as alegrias e conquistas, que são de todos
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“É IMPORTANTE PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL FORMAR ENTRE A EQUIPE UM SENTIMENTO DE COLETIVIDADE E O NATAL É UM EXCELENTE MOMENTO PARA ISSO” Pedro Magazoni, gerente da Universidade Martins do Varejo
O Natal é o momento em que acontece a maior mágica do varejo. O segmento, nesse período, ajuda as pessoas a suprirem as suas expectativas, oferecendo soluções em presentes, em produtos para uma mesa farta, contribuindo para que as festas natalinas e de final de ano sejam realmente alegres e fraternas. Para atender essas demandas, o universo do varejo se desdobra em todos os aspectos. O consumidor, que já era rei, torna-se imperador. Todas as atenções convergem para ele, que é responsável por movimentar a roda da economia e por quem os sinos dobram em todas as lojas do comércio.
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Mas, diferentemente daquela famosa canção natalina, todos são filhos de Papai Noel. Inclusive o seu colaborador, tão importante quanto o consumidor. Talvez, no cotidiano trabalhoso e corrido da operação de loja, às vezes esquecemos que o funcionário também merece vivenciar o Natal como eu, você, nossa família e nossos amigos. É importante para o clima organizacional formar entre a equipe um sentimento de coletividade e o Natal é um excelente momento para isso. As reuniões que acontecem durante o ano já têm como conteúdo seu caráter gerencial e administrativo, portanto, aproveite a ocasião para unir os seus colaboradores em
momentos informais, alegres, bem-humorados, com a presença da família, de preferência fora do ambiente de trabalho. É nesse momento que o líder vai conhecer realmente as pessoas com quem trabalha, seus anseios, expectativas, frustrações, alegrias e tantos outros sentimentos que nos caracterizam de forma única. É quando todos revelam os seus sonhos, apresentam a família, enfim, se mostram. E essa interação é o melhor combustível para formar uma equipe verdadeira, sólida e que trabalha unida. A motivação é uma chama que queima dentro de cada um e quando o ambiente é saudável e favorável, cresce naturalmente. O verdadeiro líder cria condições para que as pessoas se sintam bem, valorizadas, desafiadas e sempre prontas para se envolverem e se engajarem nos projetos e desafios que surgirem, que no varejo são muitos. Portanto, fica a dica: aproveite o período natalino para deixar as pessoas se conhecerem e se mostrarem. Você, gestor, verá que sabe pouco acerca de quem trabalha na sua equipe. E poderá ter boas surpresas. Bom Natal e boas festas.
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ENCARTE SMART ENCARTE SMART
SMARTDAY Em outubro, a segunda edição do SmartDay, realizado em Uberlândia, recebeu cerca de 550 filiados de todo o Brasil. O evento foi um show de confraternização e um momento que propiciou a troca de informações, assim como a discussão de assuntos que estão na pauta do dia a dia dos varejistas. Confira a cobertura completa nas próximas páginas e saiba ainda como melhorar o desempenho de sua padaria. Na área de gestão, trazemos uma nova plataforma online para ajudar no controle de retaguarda. Boa leitura!
52. SMARTDAY
56. PADARIA
Como o aperfeiçoamento técnico pode melhorar a gestão nas padarias
58. MAHAGESTÃO
Plataforma online de gestão administrativa
Fotos: © André Oliveira
Confira como foi o encontro com os filiados
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SMART Cerca de 550 filiados ao Smart Supermercados assistiram a palestras, trocaram informações e adquiriram conhecimento para aplicar nos seus negócios
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A segunda edição de 2014 do SmartDay aconteceu nos dias 7 e 8 de outubro, no Castelli Master, em Uberlândia (MG). O evento contou a presença de 350 lojas filiadas ao Smart Supermercados dos estados de Acre, Amazonas, Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins, além de 36 parceiros, fornecedores de produtos e serviços.
O diretor do Smart Supermercados, Gilmario Cavalcante, afirmou que os objetivos foram atingidos com êxito: “O SmartDay tem como proposta alinhar as estratégias de Smart, atacado Martins, Tribanco e Tricard, reunindo todos esses representantes em um mesmo local para oferecer a oportunidade de trocar experiências e fortalecer ainda mais essa união”. Os filiados assistiram a palestras de Alair Martins, fundador e presidente do Conselho Administrativo do Martins, Walter Faria, diretor-geral do Atacado, João Rabello, presidente do Tribanco, Gilmario Cavalcante, diretor do Smart Supermercados, além dos consultores Ellcio Coutinho, João Carlos da Lapa, Cristina Lopes e do professor Pachecão.
Fotos: ©José Natal / Divulgação
Durante o encontro, os lojistas puderam trocar experiências, participar de momentos de alinhamento estratégico, assistir a palestras de representantes das empresas que compõem o Sistema Integrado Martins e também da indústria. O SmartDay superou as expectativas, principalmente no que se refere a troca de informações e à união entre os filiados. Para a supervisora de marketing do Smart Supermercados, Leila Silva de Oliveira, esta edição do evento teve resultados muito positivos. “Contamos com a presença maciça das lojas e o apoio dos fornecedores foi excelente. Acreditamos que esse é um momento muito importante para os filiados e, para nós, uma oportunidade quase única de alinhamento, capacitação e motivação”, afirma.
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LOJISTAS SMART ELOGIAM ORGANIZAÇÃO E REPASSE DE CONHECIMENTO GILMARA ALEXANDRINA DA SILVA “Esta é a terceira edição do SmartDay que participo e a cada ano a organização está melhor. É importante nos informarmos, pois se deixamos de participar, ficamos atrasados. Aqui vislumbramos parcerias e conhecemos outros colegas pertencentes à rede. Então é um momento de nos relacionarmos, de trocar conhecimento com outros filiados e com o Smart, acumulando informações, conhecimentos e técnicas para aplicarmos no nosso negócio. No SmartDay temos tudo isso, crescimento com informação.”
ALBERTO NOBRE OLIVEIRA “O SmartDay é uma renovação na nossa energia para nos motivar a buscar as inovações que hoje o mercado exige, principalmente no segmento do varejo. As palestras que abordaram aspectos como controle de perdas e gestão da loja também foram muito enriquecedoras. Eu vou levar bastante conhecimento e esse aprendizado poderá melhorar ainda mais a minha operação e gestão de loja.” Supermercado Nobre – Santana do Ipanema (AL)
Fotos: Divulgação
MPR Supermercados – Ipojuca (PE)
LUCAS AQUINO
“No evento, trocamos informações, conhecemos um pouco mais tudo o que o Martins pode nos oferecer e o que o Smart Supermercados disponibiliza para nós. E isso é muito importante, porque às vezes ficamos isolados e só temos noção do que acontece na nossa região, mas, quando chegamos aqui, vemos o grande potencial que a rede tem. Sou filiado há um ano e meio e saio daqui com a bagagem renovada, com muita motivação e com a certeza de que poderei aplicar todo esse conhecimento na minha loja.” Supermercado Aquino – Bodoquena (MS)
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APERFEIÇOAMENTO
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setor de padaria representa, em média, de 6% a 15% das vendas em um supermercado. Um número considerável para um segmento que nem sempre é trabalhado adequadamente. Para extrair maior benefício dessa seção, o Smart Supermercados oferece, de forma continuada, técnicas de gerenciamento de padaria, o que impacta o negócio de maneira efetiva e sustentável. Esse projeto faz parte do propósito da rede em desenvolver e proporcionar maior crescimento a seus filiados e fidelizar os seus clientes.
Fotos: Shutterstock / Divulgação
Com o objetivo de aumentar a rentabilidade, é fundamental que a padaria seja bem-gerenciada, pois a seção atrai um grande fluxo de clientes e melhora a percepção, na lembrança do consumidor, de loja bem-sortida, além de deixar uma margem representativa para a loja. O projeto vem sendo desenvolvido há pouco mais de um ano e quatro lojas já participaram desta transformação: uma em Uberlândia (MG), uma em Araguari (MG) e duas em São Paulo, capital. O próximo foco do trabalho será a região do Vale do Paraíba (SP). O objetivo é fazer com que a experiência de compra seja ainda melhor nas lojas Smart, determinando a preferência do consumidor com base no trinômio formado por qualidade, preço justo e bom atendimento. “Para o filiado, esperamos
QUALIDADE NA
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Com gerenciamento correto, filiados assistem a um crescimento médio de 35% no faturamento da seção
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aumentar a rentabilidade e as vendas do setor, tornando a loja uma referência na região. Quanto aos consumidores, esperamos que eles possam encontrar o sortimento adequado de pãezinhos, bolos, roscas e outros produtos de fabricação própria na hora em que precisarem”, afirma Luciano Eugênio Gomes, coordenador Smart. Rodrigo Bezerra da Silva é consultor de padaria do Smart Supermercados e administra o programa. Ele conta que o setor passou por grandes transformações: “Antigamente, não havia o cuidado em trabalhar de maneira diferenciada o setor, que era considerado apenas mais um na loja. Hoje, porém, isso mudou e é possível constatar que quem frequenta a loja busca mais do que um pão quentinho: espera encontrar praticidade e variedade com qualidade”. Para ele, se o setor é melhor trabalhado e gerenciado, o comércio se torna mais sólido.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Para a implantação do projeto, é feito inicialmente um estudo, com foco no perfil dos filiados, na definição da área de
Rodrigo Bezerra da Silva, consultor de padaria do Smart Supermercados
vendas destinada à seção, na avaliação dos equipamentos e na organização da estrutura mercadológica, tudo isso para mostrar aos lojistas de que forma o setor deve ser posicionado dentro da loja. Como o Smart está presente em todas as regiões do país, a aplicação do mix, mesmo sendo comum nas padarias, está sujeita a variações e é importante que isso seja levado em consideração. “Esse não é um mix que trabalhamos de forma engessada, mas maleável e passível de alterações, porque os clientes não são os mesmos de norte a sul”, detalha Rodrigo. Mediante a definição do mix ideal para a loja, é realizada uma apresentação validando tudo com o filiado. Posteriormente, os fornecedores parceiros são convidados a fazer uma produção na loja com o objetivo de ensinar como deve ser trabalhado o mix. Também é montado um cronograma que orientará todo o processo de transformação da loja.
O trabalho conta ainda com um treinamento, realizado até mesmo por técnicos especialistas dos fornecedores, que vão pessoalmente às lojas e se reúnem com os profissionais da área para esclarecer dúvidas e solucionar eventuais dificuldades. “O objetivo central do gerenciamento é transformar a padaria do supermercadista filiado, de modo que se torne uma ‘categoria-destino’, transformando a loja Smart em referência”, explica Rodrigo. A comunicação visual é outro importante aspecto trabalhado no gerenciamento de padaria. Esse trabalho leva uma nova identidade visual para o setor, a fim de aumentar sua visibilidade. “Uma padaria bem-trabalhada, com o mix ideal exposto, transforma a loja em destino para o consumidor. Isso atrairá mais clientes, com grandes possibilidades de fidelizá-los”, conclui Rodrigo.
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Fábio Túlio Felippe, diretor-executivo da Jiva
APERFEIÇOAMENTO
Plataforma inovadora para mensuração e evolução de processos em gestão oferece diagnóstico específico para supermercadistas filiados ao Smart Supermercados
MEDIR PARA
O
segmento varejista enfrenta diariamente desafios espinhosos para sobreviver e crescer em um ambiente bastante competitivo, com margens a cada vez mais apertadas. Neste cenário, uma gestão fina e processos mais enxutos conduzem a menores perdas, afinal, refletem maior eficiência e, por consequência, maior rentabilidade. A busca por melhorias deve ser constante. Atento a essa necessidade, o Smart Supermercados busca utilizar a tecnologia para melhorar a gestão de seus filiados e, por isso, oferece uma importante ferramenta para alavancar resultados na loja: o MahaGestão. Trata-se de uma plataforma online desenvolvida pela empresa Jiva, e que serve de apoio aos processos administrativos. O programa é utilizado atualmente por cerca de cinco mil empresas dos mais diversos setores do varejo em todo o Brasil. O Smart firmou parceria com a empresa e disponibiliza essa importante ferramenta para seus filiados. Os filiados Smart, por meio da plataforma, começam a gerir seus negócios de forma inovadora, pois passam a ter em mãos um recurso que mede e monitora todos os indicadores da operação do supermercado. Todo o processo se inicia com um questionário que dará origem a um diagnóstico da situação da loja. O próprio sistema gera uma análise do negócio, com base na qual é traçado um plano de ação. À medida que ele for
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sendo executado, novas ações serão sugeridas, entrando em um ciclo virtuoso. Fábio Túlio Felippe, diretor-executivo da Jiva, lembra que no segmento do varejo, especialmente pequeno e médio, a maioria das pessoas que estão à frente das empresas conhece o negócio, mas não possui tantos conhecimentos ou foco na gestão. É justamente aí que entra o apoio desta importante ferramenta que promove o monitoramento e a identificação dos pontos fracos e fortes da gestão. “O Maha permite ao filiado ter uma visão global do seu negócio e, com o auxílio dos supervisores Smart, passa a gerenciar principalmente os pontos fracos da empresa, evidenciando causas e efeitos que, muitas vezes, não são percebidos pelo empresário”, afirma. O acompanhamento minucioso de dados ao longo do tempo mostra com precisão os estágios da evolução do negócio em todos os aspectos, apontando em quais são necessárias mudanças e melhorias. O MahaGestão faz isso de maneira bastante simples.
MAHA NA PRÁTICA
O supervisor Smart é responsável por apoiar o filiado para a aplicação do MahaGestão na loja. Eleandro Pastorello, supervisor do polo do Rio Grande do Sul, acredita que a maioria dos problemas não é resolvida nas lojas porque é difícil identificá-los: “Quando começa a haver gestão de cada processo individualmente,
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EVOLUIR conseguimos detectar a origem do problema e temos a oportunidade de resolvê-lo. O MahaGestão proporciona isso”. A plataforma é autoexplicativa e extremamente fácil de manusear, de acordo com Eleandro, bastando seguir as orientações para usar e explorar a ferramenta. “Eu sempre fico atento ao Painel para o Tweets, que nos traz sites e informativos sobre atualidades e tendências do mercado, o que pode nos ajudar no dia a dia de gestão da loja”, conta. Roque Scaravonato é proprietário do Supermercado Planalto, localizado no bairro Dona Júlia, em Passo Fundo (RS). Há dois meses ele utiliza o Maha Gestão e afirma que a plataforma já apresentou bons resultados: “Principalmente no controle de perdas, nesse tempo já foi possível notar melhoria de 2%”. O filiado alega que o principal motivo pelo qual adotou o sistema é que, por meio dele, as tarefas são executadas corretamente. “Muitas coisas passam despercebidas no dia a dia da loja e com o Maha não há necessidade de controle manual. É um meio totalmente confiável e me proporciona otimização de tempo”, ressalta. Para Roque, a plataforma veio para compor melhor as margens de lucro, avaliação que antes era realizada por estimativa. “O programa é muito interessante porque auxilia a melhorar a rentabilidade e o controle da empresa. Com o sistema, nada escapa”, enaltece.
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ESTRATÉGIA
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Apesar disso, a entidade avalia uma evolução no segmento para combater esse problema. Fernando Yamada, presidente da Abras, afirma que o setor vem aprimorando as formas de apurar as perdas (furtos por departamento da loja, quebras de produtos por seção, etc.), com a criação e o desenvolvimento de áreas de gestão de perdas nas empresas supermercadistas, com profissionais capacitados. “Hoje o indicador de perdas da entidade é um instrumento importantíssimo para os supermercadistas compararem seus dados e desenvolverem a partir deles diversas ações de prevenção de perdas, que incluem investimentos em tecnologia e processos”, enaltece. Os dados da Abras mostram mais a realidade dos grandes estabelecimentos. Ao olhar para o segmento de pequenos e médios supermercadistas, João Carlos da Lapa, sócio-diretor da Pratika, autor do livro Ganhar Mais Perdendo Menos: Como Combater Perdas no Varejo e consultor da Universidade Martins do Varejo (UMV), afirma que os índices são maiores. “Podemos auferir que nessas redes que não têm programas estruturados de prevenção de perdas os prejuízos variam de 4% a 6% do faturamento. Ao comparar com o lucro líquido do varejo, que gira entre 3% e 5%, o consultor diz que esses comerciantes estão jogando seus ganhos fora, perdendo rentabilidade, o que pode colocar o negócio em risco.
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Fernando Yamada, presidente da Abras: setor vem aprimorando as formas de apurar as perdas com a criação e o desenvolvimento de áreas de gestão de perdas
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s prejuízos com perdas em supermercados representam 2,52% do faturamento líquido do setor. As estatísticas são referentes ao ano de 2013 e constam da 14ª Pesquisa de Prevenção de Perdas no Varejo, elaborada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em parceria com FIA/Provar, Ibevar e Nielsen, divulgada em agosto. O índice está bem acima do registrado nos dois anos anteriores, que foram 1,95% (2012) e 1,96% (2011).
CONTROLE AS P E R DA S
Consultor ensina como os pequenos e médios supermercadistas podem controlar melhor seus negócios para combater as perdas
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ORIGENS DAS PERDAS
Geralmente, as perdas em supermercados ocorrem por falhas nas áreas patrimonial (com ocorrências de furtos e fraudes envolvendo clientes e entregadores) e operacional-administrativa, segundo Lapa, que já foi gerente do Carrefour e conhece bem o assunto. Ele calcula que 45% das perdas são devido aos furtos e 55% por erros operacionais.
45% DAS PERDAS SÃO DEVIDO AOS FURTOS E 55% POR ERROS OPERACIONAIS
Fotos: Shutterstock / Divulgação
Os principais motivos para essas estatísticas são ausência de cultura de prevenção de perdas, fragilidade dos controles e monitoramento para mitigar os riscos e punir os culpados. O consultor percebe falta de treinamento de pessoas pela área operacional-administrativa, de controle eficiente e inventários periódicos, problemas com a qualidade (principalmente em relação aos prazos de validade dos produtos), sistemas de informações falhos e erros de processos. Uma das recomendações de Lapa para reduzir as perdas nos pequenos e médios é a criação de programas com ações voltadas para esse problema, o que é simples e difícil ao mesmo tempo, pois mexe com a cultura da loja. As grandes redes, por exemplo, contam com departamentos estruturados de prevenção de perdas, com uma equipe de auditores e fiscais liderada por um diretor. Esse diretor não é subordinado ao gerente-geral de loja, uma vez que o novo setor passa a auditar seu trabalho, conscientizando pessoas e monitorando processos para reduzir perdas. Tal mudança gera conflito nos estabelecimentos, segundo o consultor. Essa área audita processos de qualidade, acompanha compras de mercadorias, entregas, armazenamento, manipulação, atendimento, promoções, enfim. Esse time também fiscaliza a área patrimonial, atuando com câmera de filmagem para detectar furtos, sistemas de alarme, etiquetas eletrônicas, radiocomunicação, entre outros recursos.
Programa nas
PEQUENAS LOJAS
a mesma estrutura Embora não contem com uenos e médios sudas grandes redes, os peq ar ações para compermercadistas podem cri o as lojas com um bater perdas. Até mesm seguir essa filosofia, ou dois PDVs têm como cionários para fatreinando um de seus fun cimento ou deixar a zer auditoria no estabele s donos. Essa pessoa missão a cargo de um do liar a qualidade dos fica responsável por ava idade, verificar se produtos, os prazos de val reto, apurar estoo armazenamento está cor iódicos, etc. que, fazer inventários per
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ESTRATÉGIA
“MUITOS DESCONHECEM OS VOLUMES DAS PERDAS E, AINDA MAIS GRAVE, NÃO SE DÃO CONTA DO TAMANHO DO PREJUÍZO FINANCEIRO” Ellcio Coutinho, consultor/parceiro da UMV
Capacitação
PERMANENTE Ao longo de 2014, a Universidade Martins do Varejo promoveu o treinamento Formação Gerencial, que contou com a presença de dezenas de proprietários e gestores em várias cidades brasileiras. Durante o encontro, foram tratados temas relevantes à operação nos pontos de venda. Acesse o site da UMV e saiba mais sobre esse e outros cursos que estão disponíveis exclusivamente para clientes Martins: umv.com.br
ENFRENTANDO O PROBLEMA Os prejuízos causados pelas perdas nas lojas Super Kuzma, em Curitiba, chegavam a 7%, segundo Marlos Cassiano Kuzma, diretor comercial da rede. Ele conta que sempre ouviu falar sobre o assunto, mas, devido à falta de conhecimento, mão de obra especializada e cultura interna, nunca havia conseguido lidar efetivamente com o problema. “Via o desperdício acontecer em todos os setores: compras, vendas, balanço, estoque e no manuseio. Tínhamos muitas informações, mas não conseguíamos consolidá-las para combater as quebras”, afirma. No início do ano, porém, Marlos decidiu enfrentar a situação. Contratou uma consultoria dirigida pelo consultor/ parceiro da UMV, Ellcio Coutinho, que o ajudou a identificar os pontos críticos e
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definir estratégias para combatê-los. Entre as ações, o cronograma incluía a criação de um departamento de prevenção de perdas, o treinamento das equipes envolvidas e a definição um plano de recompensa, que prevê remunerar os funcionários com comissões variáveis. De acordo com Ellcio Coutinho, a maioria dos varejistas ainda não despertou para o problema. “Muitos desconhecem os volumes das perdas e, ainda mais grave, não se dão conta do tamanho do prejuízo financeiro”, alerta. O consultor alega que atuar preventivamente é a melhor maneira de enfrentar as quebras. Na rede Kuzma, o trabalho começou a ser desenvolvido no açougue, setor do mercado que, segundo Marlos, é responsável
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Na rede Kusma, as ações para prevenção de perdas começaram pelo açougue, área responsável por 28% do faturamento das lojas
por 28% do faturamento das lojas. Os funcionários receberam treinamento para readequar o manuseio com as carnes e foram inseridos em um programa de comissões, que leva em conta os resultados obtidos no setor, gerando naturalmente um maior comprometimento dos colaboradores. “Com as variáveis, é possível ganhar um valor correspondente a um décimo quarto salário”, ressalta. Para garantir o sucesso da estratégia, a rede instituiu uma equipe qualificada para atuar permanentemente na prevenção das perdas e, em cada loja, destacou um colaborador para ser auditor. “Nosso melhor funcionário da TI ficou responsável por gerenciar o departamento com o auxílio de outros dois analistas, que verificam os balanços e inventários, agora mais frequentes, e fazem a mensuração dos resultados”, conta.
Em menos de um ano da implantação das estratégias, Marlos já comemora grandes conquistas. As ações se estenderam aos setores de padaria, hortifruti e frente de caixa e as perdas caíram para 3%. “Os ganhos foram ainda maiores. Com todos os incentivos, conseguimos reduzir nossa rotatividade nos departamentos, otimizar nossos processos e controlar as quebras”, comemora.
Em menos de um ano da implantação das estratégias, Marlos já comemora grandes conquistas. As ações se estenderam aos setores de padaria, hortifruti e frente de caixa e as perdas caíram para 3%. “Os ganhos foram ainda maiores. Com todos os incentivos, conseguimos reduzir nossa rotatividade nos departamentos, otimizar nossos processos e controlar as quebras”.
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UM SONHO
REALIZADO Empresário apostou na mudança e hoje possui loja referência no varejo agropecuário em Minas Gerais
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FERTAG, localizada em Pirapora, no norte de Minas Gerais, é comandada há mais de dez anos pela família de Geovani Donizetti da Silva, de 54 anos. Formado em Engenharia Agrícola, Donizetti sempre sonhou ter uma loja agropecuária e trabalhar na sua área de conhecimento. “Durante dois anos, pesquisei o mercado, de norte a sul do estado, e vi que a cidade de Pirapora estava com mercado propício para abrir um negócio”, afirma.
Com a decisão foi tomada, ele alugou um ponto comercial e estava preparando o espaço, quando surgiu a possibilidade de comprar a FERTAG. Passados alguns anos, em 2009, surgiu a necessidade de inovar e investir na loja, especialmente na fachada, que estava precisando urgentemente de reforma. Foi quando o representante do Martins, orientou-o sobre a possibilidade de a UMV fazer a proposta de revitalização do ponto de venda, já que a FERTAG é
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cliente do SIM: “Gostei da ideia, enviei fotos da fachada da loja e logo em seguida recebi o projeto. Fiquei encantado, o desenho elaborado pela UMV era maravilhoso”.
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No entanto, algumas dúvidas pairavam na cabeça do empresário: “Não tínhamos capital, nem a certeza de que teríamos o retorno do investimento”. Mesmo assim, Donizetti foi buscar ajuda financeira e em setembro de 2009 começou a obra. Três meses depois, era visível a mudança. “A FERTAG, que era um galpão, se transformou em uma loja com fachada moderna e chamativa”, conclui o empresário. Para complementar a mudança, a empresa capacitou a equipe de colaboradores para atender a demanda crescente de clientes.
ATENDIMENTO ESPECIAL
O gerente de vendas Martcon do Martins, Luiz Tannus, conta que a ideia surgiu depois que Geraldo Campolina, representante do Martins na região, comentou com Donizetti sobre outro trabalho de modernização de fachada que a UMV havia executado: “Ele já acompanhava as ações da UMV, lia a revista e achava que estava precisando também mudar”. Segundo Campolina, é muito importante procurar ajuda profissional antes de fazer grandes investimentos e alerta que a falta de orientação pode sair caro na hora da reforma. “Sai mais barato, pois se trabalha em cima de um projeto definido, sabendo como vai ficar o resultado no final, diminuindo as chances de errar e gastar duas vezes”, adverte. No caso dos comerciantes atendidos pela UMV, o apoio vai além do projeto de remodelação: começa com a orientação sobre como financiar a obra e organizar o planejamento financeiro, contando ainda com capacitação de funcionários e aconselhamento sobre as demais questões que vão surgindo ao longo do processo de mudança. “Os clientes ficam plenamente satisfeitos. No caso da FERTAG, a reforma só trouxe benefícios. Uma nova fachada foi capaz de praticamente duplicar o faturamento da loja”, ressalta Tannus. Donizetti confirma a satisfação e complementa que a parceria com o Sistema Integrado Martins não parou depois da reforma: “As principais virtudes são a rapidez e a pontualidade nas entregas. Assim, melhoramos o giro de mercadorias, empatamos menos capital e nunca falta mercadoria na loja”.
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“PERCEBEMOS QUE OS CLIENTES SE SENTIAM BEM DENTRO DA LOJA, ORGULHOSOS DE COMPRAR EM UM LOCAL BONITO E ACOLHEDOR” Geovani Donizetti da Silva Geovani Donizetti, a direita, junto com sua esposa Marlene e o filho Túlio, todos atuam na administracão da Fertag
Após a reforma, Donizetti conta que a reação dos clientes e fornecedores foi a melhor possível. “Foram só elogios, percebemos que os clientes se sentiam bem dentro da loja, orgulhosos de comprar em um local bonito e acolhedor”. Segundo ele, a loja virou referência no varejo agropecuário em Pirapora e consegui ampliar a oferta de crédito nas instituições bancárias. O retorno foi positivo do outro lado do negócio também. Para o empresário, os fornecedores sentiram mais confiança na FERTAG, pois a imponência da loja chamava a atenção: “Muitas marcas queriam se expor na loja e começaram a colaborar com os custos de manutenção da fachada, exibindo placas de produtos”. Hoje, no lugar das dúvidas, somente a satisfação pela ampliação do negócio: “A mudança foi extremamente positiva e o retorno foi além das expectativas. Nenhum outro fator neste período justificaria tamanho crescimento”. O balanço da loja aponta que, em 2008, a taxa de crescimento da FERTAG estava em 8,8%, mantendo-se praticamente estagnada em 2009. Em 2010, logo após a reforma, a loja cresceu 40% e, em 2011, 46%. “Somente nos últimos dois anos voltamos a patamares regulares de crescimento, em torno de 4,5%”, compara Donizetti.
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HISTÓRIA DAS MARCAS
HISTÓRIA
BEM-ESCRITA Responsável por revolucionar a escrita, fundador da BIC deu início a uma marca que aposta sempre em soluções simples e engenhosas
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m 1944, na França, quando adquiriu a patente para uso e venda da caneta esferográfica – invenção de um jornalista húngaro na década anterior –, o barão Marcel Bich provavelmente não preveria toda a revolução que sua decisão causaria. Graças ao desenvolvimento de um elaborado processo industrial que reduzia consideravelmente o valor por unidade e tornava o produto acessível ao grande público, Bich lançou suas canetas em 1950 e escreveu (de todas as formas imagináveis) definitivamente seu nome na história da escrita.
Cinco anos antes, o empreendedor havia inaugurado sua empresa e batizado o negócio de BIC, uma abreviação do seu sobrenome que seria mais bem entendida e pronunciada em outros países, já projetando a internacionalização da marca. Lançada como BIC Cristal, a caneta logo caiu no gosto do público e, conservando até hoje o nome, continua sendo o carro-chefe da empresa que ganhou o mundo, com fábricas ao redor de todo o planeta – prova de que Marcel Bich estava certo ao pensar em um nome de pronúncia mais fácil em qualquer idioma.
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CANETA ENGENHOSA
A caneta esferográfica é, sem dúvida, instrumento de trabalho indispensável para muita gente. Mas como ela funciona?
• Adicionados a um solvente, os pigmentos molham a minúscula esfera que fica na ponta da caneta. A pequena bola gira e transfere a tinta para a superfície.
A BIC EM NÚMEROS Faturamento dos últimos anos
2009 2010 2011 2012
R$ 622 milhões R$ 703 milhões R$ 778 milhões R$ 801 milhões
PREVISÃO
atingir R$ 1 BILHÃO de faturamento até 2016
• A pequena esfera na ponta da caneta é a responsável por dar o nome “esferográfica” ao produto. • O furo no meio do corpo da esferográfica é um artifício utilizado para manter a pressão atmosférica dentro da caneta igual à de fora, empurrando a tinta para a ponta. • Já o furo da tampa foi adaptado em 1991, a fim de melhorar a segurança dos usuários, adultos e crianças, que costumam mastigar a ponta e podem engoli-la. Assim, o furo garante que a passagem de ar não seja interrompida.
Depois do sucesso com as esferográficas, a BIC ainda foi responsável pela criação do primeiro isqueiro de bolso com chama ajustável, que lidera o mercado até hoje, 41 anos depois de sua invenção. Ainda na década de 1970, a empresa lançou o inédito barbeador descartável, conhecido hoje como BIC Sensitive. Segundo Emerson Cação, diretor de marketing da BIC Brasil, todos os produtos colocados à venda pela marca seguem a filosofia instaurada pelo criador da empresa. “A BIC mantém como objetivo o lema de seu criador, Marcel Bich: oferecer soluções simples, engenhosas e confiáveis para todos, em qualquer lugar, a toda hora. Desta forma, a empresa está sempre inovando, buscando novas soluções e
aperfeiçoando os produtos que já possui em seu catálogo. Um bom exemplo desse espírito da BIC é a caneta BIC Cristal, que já passou por várias mudanças nos últimos anos, acrescentando tecnologia e segurança ao produto, juntamente com todas suas variações que foram desenvolvidas desde então”, comenta Cação. Falando em BIC Brasil, a marca surgida na cidade francesa de Clichy possui uma
bem-sucedida trajetória em solo brasileiro. Instalada no país desde 1956, primeiramente em São Paulo, a fabricante de canetas, isqueiros e barbeadores se mudou para Manaus em 1973. Desde então, a unidade é responsável por abastecer todo o mercado brasileiro e sul-americano. Além da fábrica no Amazonas, a empresa possui instalações no Rio de Janeiro, onde produz itens da Pimaco – empresa que faz parte do grupo desde 2006 –, e em Cajamar (SP).
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HISTÓRIA DAS MARCAS
Marcel Bich: fundador da BIC
ALÉM DE SER A SEGUNDA MAIOR E MAIS IMPORTANTE OPERAÇÃO DO GRUPO BIC EM VENDAS, ATRÁS APENAS DA NORTE-AMERICANA, A BIC BRASIL JÁ FOI ELEITA PELA MATRIZ A FILIAL MAIS RENTÁVEL DO MUNDO POR TRÊS ANOS CONSECUTIVOS Além de ser a segunda maior e mais importante operação do Grupo BIC em vendas, atrás apenas dos Estados Unidos, a BIC Brasil já foi eleita pela matriz a filial mais rentável do mundo por três anos consecutivos, sempre com crescimento em vendas e lucro líquido superior a todos os outros países. E as perspectivas, segundo Emerson Cação, são promissoras para que, num futuro próximo, a sede brasileira da empresa continue obtendo bons resultados.
R$ 40 milhões de 2013 a 2015 na ampliação da capacidade da fábrica, em Manaus, principalmente nas categorias de barbeadores e instrumentos de escrita.
IMPORTAÇÃO
90% dos produtos vendidos pela BIC no Brasil são produzidos em Manaus e 10% são importados de outros países. Já a maioria da matéria-prima é importada.
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Perguntado sobre os objetivos da marca para os próximos anos, Cação conta que a BIC pretende continuar com um crescimento sustentável, focada em papelaria, isqueiros e lâminas, mantendo a liderança nos dois primeiros mercados e acelerando o crescimento no terceiro, como forma de se tornar ainda mais competitiva nos cenários nacional e mundial.
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Fotos: © Radu Razvan / Shutterstock / Divulgação
INVESTIMENTOS
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“É um momento de apostas e com uma perspectiva muito boa para os próximos anos. Por isso, a BIC continua trazendo novidades para o mercado brasileiro e investindo ainda mais na produção local. Exemplos disso são as lâminas femininas BIC Soleil, que chegaram neste ano ao mercado brasileiro, linhas de marcadores de colorir, todos produzidos nacionalmente, em Manaus. No momento atual, a BIC continua crescendo, acreditando e investindo no país com novas fábricas para linha de lápis de cor, marcadores e barbeadores”, afirma o diretor de marketing da gigante francesa.
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PROCESSADOR: Intel Celeron - 1037U (2MB de Cache e Clock de 1,8GHz)
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DISTRIBUÍDO POR
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SUSTENTABILIDADE
CONSUMO
INTELIGENTE Consumidores estão mais atentos às suas escolhas e varejo oferece produtos sustentáveis
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CERCA DE 33% DOS BRASILEIROS JÁ POSSUEM UMA RELAÇÃO COM O CONSUMO CONSCIENTE EM ESTÁGIO AVANÇADO E ESTÃO PREOCUPADOS COM O BEM-ESTAR COLETIVO
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grande desafio da sociedade moderna é conseguir equilibrar a produção e o consumo de forma consciente. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta Estatística (IBGE), o brasileiro chega a gerar até seis vezes o seu próprio peso em resí resíduos a cada ano. muiNo entanto, a mudança já começou e mui motos lares brasileiros optam por uma mo dificação nos hábitos de consumo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Akatu mostra que cerca de 33% dos brasileiros já possuem uma relação com o consumo consciente em estágio avançado e estão preocupados com o bem-estar coletivo.
ADAPTAÇÃO DO MERCADO
Especialistas do mundo todo afinam o discurso de que é necessário repensar as relações de consumo e mudar os hábitos. E as empresas já começaram a refletir essa tendência. Segundo Carlos Frederico Ha Habel, professor de Administração Mercado Mercadológica e de Serviços da faculdade IBS/FGV, consumidores estão se tornando a cada vez mais exigentes em suas escolhas, ao que o mercado procura corresponder. “A concorrência mais forte, a presença de reguuma legislação específica e agências regu ladoras estão transformando o mercado de consumo no país. A valorização da sus sustentabilidade como vantagem competitiva leva as empresas à busca de soluções que sejam impactantes na sustentabilidade do planeta, bem como na sua própria susten sustentabilidade”, contextualiza.
CONCENTRAR PARA REDUZIR
O Omo líquido superconcentrado é outro exemplo de produto que incentiva o consumo consciente. A modalidade permite que o consumidor leve para casa um produto compacto, mas com rendimento equivalente ao de um sabão líquido comum. Essa é uma das apostas da Unilever para ajudar na redução das emissões de CO2, água, embalagens e transporte na produção. “Temos grande potencial para estimular consumidores a adotar novos hábitos que representam, ao mesmo tempo, uma oportunidade para melhorar sua qualidade de vida e reduzir a pegada ambiental das atividades e operações da empresa. Dessa forma, criamos as condições para gerar menos resíduos, emitir menos gases de efeito estufa e consumir menos água e energia ao longo da cadeia”, garante a Unilever. A empresa investe em análises para maximizar os recursos e influenciar os hábitos do consumidor: “O estudo do ciclo de vida dos nossos produtos mostra que cerca de 68% das emissões de gases de efeito estufa de alguns produtos que fabricamos, por exemplo, ocorrem na fase de uso. Sendo assim, para alcançar nossa meta de dobrar o tamanho do negócio reduzindo o impacto ambiental, o engajamento e a conscientização do consumidor são fundamentais”.
A Unilever lançou o primeiro Omo líquido no Brasil, em 1999
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POR SER MALEÁVEL, A EMBALAGEM AINDA PERMITE QUE SE USE O PRODUTO ATÉ A ÚLTIMA GOTA
EMBALAGEM INTELIGENTE
Ante a necessidade de dialogar com o consumo consciente, a Natura desenvolveu a linha SOU. Segundo a diretora de marketing da empresa, Andrea Éboli, a embalagem diminui o impacto ambiental, já que utiliza 70% menos plástico e reduz em 60% as emissões de CO2 em relação à média das embalagens convencionais do mercado, além de gerar três vezes menos resíduo do que as mesmas, conservando o produto por mais tempo. Por ser maleável, a embalagem ainda permite que se use o produto até a última gota.
De acordo com ela, a empresa preza pela atuação responsável já há muitos anos e continua buscando formas de reduzir o impacto ambiental. “Há 30 anos lançamos refis, apostamos na vegetalização das nossas fórmulas, usamos ingredientes de fonte renovável, valorizamos a biodiversidade brasileira, temos um compromisso com a redução das emissões de carbono e adotamos a tabela ambiental em nossos produtos”, afirma.
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PRODUTOS BIOSSUSTENTÁVEIS
A Bombril apostou em uma linha biossustentável, a Ecobril. Para tanto, foram selecionadas matérias-primas naturais e de fontes renováveis com ativos biodegradáveis para a composição de cada item. Além disso, são produtos concentrados, refis econômicos e embalagens recicladas e recicláveis. De acordo com a empresa, esses benefícios têm impacto direto na redução do consumo de água e energia. A linha também trouxe um produto inédito para o mercado brasileiro: uma pastilha para ralo que, além de tratar odores e evitar entupimentos, trata a água antes de devolvê-la ao meio ambiente. O produto ainda é 100% natural.
Fotos: Unilever / Divulgação
“A Natura sempre se preocupou com o desenvolvimento sustentável, não apenas no desenvolvimento e na fabricação dos produtos, mas em todas as suas atividades. Esta é uma crença fundamental, que guia todas as nossas ações e decisões”, garante.
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Fotos: Unilever / Divulgação
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DICA DE SAÚDE
FATURAMENTO PROTEGIDO
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uso do protetor solar é uma realidade indiscutível, mas, conforme dados das indústrias de higiene e beleza, é no verão que ocorre o maior pico de vendas da categoria. O período de outubro a março, que corresponde à alta temporada, é responsável por cerca de 70% das vendas no país. O segmento, no entanto, apresentou nos últimos anos um crescimento expressivo. Dados da Nielsen
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Aproveite o verão para aquecer as vendas de protetores solares
indicam que o mercado cresceu mais de 17% em volume na alta temporada de 2013/2014. “É o resultado de uma maior conscientização do consumidor brasileiro sobre a importância do uso de protetor solar e uma grande preocupação com os efeitos nocivos da exposição direta ao sol”, explica Regiane Bueno, diretora de marketing da Cenoura & Bronze. Entretanto, a categoria ainda apresenta uma baixa penetração – apenas 17% da população brasileira, segundo dados do Kantar.
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MIX VARIADO
A Cenoura & Bronze aposta no lançamento da primeira linha de protetores com a exclu-siva tecnologia Infra-V, que oferece proteção contra os efeitos dos raios infravermelhos, responsáveis pelos danos mais profundos na pele, além dos já conhecidos raios UVA e UVB. Outra novidade da marca são os produtos com efeito dourado, que protegem e ainda aceleram o bronzeamento natural da pele. prote“Para as crianças, apresentamos o prote tor solar Cenoura & Bronze Kids FPS 50 Spray, que, além da exclusiva tecnologia Infra-V, conta com cinco horas de resistência a água. O aplicador spray facilita o uso e a fórmula leve tem rápida absorção pela pele”, ressalta Regiane. Já a Sundown ampliou seu portfólio com duas novidades para este verão: o Sundown Kids Loção Spray Contínuo FPS 60 e o Sundown Gold Loção Spray FPS 15 e FPS 30. A marca traz ainda novas embalagens e mudanças nas fórmulas do Sundown SunBalanceTM e Sundown Facial Diário. A Nivea, gigante no segmento de higiene e beleza, contempla em sua linha opções para proteção de lábios, corpo e rosto, todas disponíveis para compra no Martins. A aposta da Loreal para o verão 2014/2015 é a família de produtos da linha Solar Expertise. Entre as novidades estão o BB Cream Solar, protetor facial com cor que, além de proteger dos raios UVA e UVB, ainda previne rugas e manchas solares, uniformiza e ilumina a pele, hidrata e suaviza imperfeições. Na linha de alta proteção, a marca apresenta o Invisilight, com textura leve e acabamento invisível. Completa a linha o Aerosol Toque Seco.
PLANEJANDO O VERÃO
De acordo com Fernanda Campolina, gestora de categorias de HBL do Martins, é fundamental que os varejistas façam um bom planejamento para abastecer bem a loja, evitando possíveis rupturas: “Os varejistas precisam estar abastecidos, antecipando feriados e idas das pessoas para o litoral. O maior pico de vendas é registrado no período que antecede o Natal e o Ano-Novo, não se esquecendo de também já se programar para as férias e o Carnaval.” Preparação que, segundo ela, deve se estender também para a exposição dos produtos. “Produtos confinados vendem menos. Procure fazer uma exposição mais adequada, para deixar os produtos mais visíveis no ponto de venda respeitando a árvore de decisão do shopper ”, ressalta. Para deixá-los ainda mais visíveis, utilize sempre que possível material de sinalização disponibilizado pela indústria como, por exemplo, displays, faixa de gôndola, mobile etc. Outro ponto que a gestora de categorias destaca está relacionado à maneira de expor os produtos na prateleira, orientando que devem começar do menor para o maior fator de proteção. “Como a decisão muitas vezes é pela marca, pode-se também separar por fabricante e, dentro de cada grupo, organizar por segmento e por tamanho de embalagem. Como trata-se de uma grande sazão, tenha sempre uma boa variedade de protetores para área diferentes do corpo, atendendo assim todos as necessidades de seus clientes”, ensina
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AQUI TEM MARTINS
EXPANSÃO
Martins abre nova frente de distribuição e amplia sua rede também no Rio de Janeiro
LOGÍSTICA O
Fotos: Divulgação / Shutterstock
estado do Rio de Janeiro ganhou mais um Centro de Distribuição do Martins situado no município de Itatiaia, na Avenida Acesso Oeste, Km 31, próximo à divisa com Resende, que conta com aproximadamente quatro mil metros quadrados e capacidade para três mil posições de paletes. Segundo o diretor de logística do Martins, Cássio Macedo Neto, a nova unidade faz parte da estratégia de descentralização da empresa, que tem com o objetivo dinamizar e aproximar o atendimento, e oferecendo melhores serviços.
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
A solenidade de abertura contou com as presenças de Alair Martins, presidente do Conselho Administrativo do Martins, Walter Faria, diretor-geral do Atacado do Martins, Luis Carlos Ypê, prefeito de Itatiaia, Denílson Sampaio, secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Macedo Neto, Ramon Zardo, José Carlos, Jorge Rodrigues e Álvaro Augusto Mendes Lopes, diretores do Martins, Júlio Cesar Sinfrônio, coordenador de logística do CDE, Maurício Pacheco, gerente de vendas, Antonio Silva Malheiros, gerente de suprimentos, além de fornecedores, parceiros e colaboradores. “Começamos a atividade no Rio de Janeiro para melhorarmos a nossa distribuição numérica. Operamos no estado com cem veículos na distribuição, então, na parte logística, são praticamente 200 funcionários fora a equipe de vendas, com quase 300 vendedores. Com o CDE em Itatiaia, vamos entregar com mais rapidez. Seremos o ponto de referência para o pequeno e médio varejista. Escolhemos Itatiaia
porque tem localização privilegiada e as praias ao redor, em municípios da Costa Verde, no verão haverá grande demanda por produtos de higiene, alimento e beleza. Somos um grande distribuidor dessas categorias. E ainda, de Itatiaia vamos abastecer a Baixada Fluminense nas categorias de material de construção, elétrica e informática”, comentou Walter Faria. O CDE ainda possibilitará linha de crédito aos varejistas, entre outros serviços. “Trazemos a tecnologia com o Tribanco para gerar o financiamento aos varejistas, a emissão do cartão de crédito com a bandeira de sua própria loja e também os
leitores de cartão de crédito. Apostamos no Rio de Janeiro e em todo o potencial desta região”, complementou Walter. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Itatiaia, Denílson Sampaio, falou sobre a importância do Martins para o município. “A empresa escolheu Itatiaia pelos investimentos realizados pelo governo municipal e pelo fato de que nossa localização facilitará em muito sua distribuição. Mostra que nossa política de desenvolvimento econômico, sobretudo na questão do setor logístico para atender as empresas aqui já instaladas e as outras que porventura cheguem, surte efeito”, opinou.
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AQUI TEM MARTINS
Já o prefeito Luis Carlos Ypê citou os empregos gerados pela empresa e tudo o que se projeta quanto ao desenvolvimento econômico e social para Itatiaia. O quadro é composto por 85 funcionários nas operações de armazenagem e distribuição, com previsão de ampliação já no primeiro semestre de 2015. Sua capacidade de expedição é de 400 toneladas mensais e conta com uma frota de 15 veículos de entrega e duas carretas diárias. “O CDE do Rio de Janeiro, assim como todas as outras unidades da empresa, empregaequipamentos de movimentação, comunicação e armazenagem dos principais fornecedores de solução
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SISTEMA INTEGRADO MARTINS
SOB A SERRA DO MAR
Localizada a cerca de 180 quilômetros da capital fluminense, Itatiaia é uma cidade serrana, próxima às divisas dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, junto à BR-116 e não muito distante de Penedo e Resende, a principal cidade da região. O nome “Itatiaia”, de origem tupi, significa “pedra cheia de pontas”. Basta observar seus arredores para perceber que os índios acertaram em cheio na hora de batizar a privilegiada região. Emoldurado pelo Parque Nacional do Itatiaia, o município é a principal porta de entrada para a reserva, a mais antiga do país, criada em 1937 e famosa por suas imensas formações rochosas. Democrático, o parque oferece atividades para visitantes dos mais variados níveis de preparo físico e que invadem a região especialmente nos meses de inverno, quando as temperaturas negativas são comuns nas madrugadas. Na parte baixa da reserva, há mirantes – o do Último Adeus é um dos mais procurados – e quedas d’água, como Véu de Noiva, Itaporani e Maromba, indicadas para banhos e acessíveis por trilhas que exigem pouco esforço.
do mercado. É comum utilizarmos coletores de dados em todas as nossas operações integrando todos os processos do armazém em um sistema de gerenciamento, chamado WMS. Isso possibilita a eliminação de controle em papel ou planilhas eletrônicas. Na área de picking, utilizamos estruturas de flowrack para itens fracionados e selecionadoras de pedidos em que a separação é verticalizada. Neste caso, aproveitamos a altura do prédio para liberação de espaço de picking, aumentando a flexibilidade da operação e possibilitando o remanejamento, a otimização e a ampliação do mix de produtos”, ressaltou o diretor Cássio Macedo Neto.
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ONDE ESTAMOS
PRESENÇA NACIONAL
Ao longo de sua história, o Martins desenvolveu a inteligência e a musculatura para enfrentar o desafio de estar presente em todo o Brasil de forma eficiente e confiável. Valendo-se de um sofisticado sistema logístico, o SIM pode chegar ao seu cliente e oferecer-lhe o melhor negócio onde quer que ele esteja.
ATUAÇÃO REGIONAL
al
IDENTIFICAÇÃO DA REDE LOGÍSTICA CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO AVANÇADA – CDA UNIDADE REGIONAL DE NEGÓCIOS – URN CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO ESTADUAL – CDE MATRIZ, localizada em Uberlândia, que abriga as sedes do Tribanco, do Smart, do E-commerce, do Televendas, da UMV e do IAMAR.
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MISSÃO LOGÍSTICA
Entregar a proposta de valor da cadeia na melhor relação custo-benefício
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Apresenta:
Olá, eu sou o Capitão Varejo, o super-herói do SIM – Sistema Integrado Martins. Minha missão é trabalhar lado a lado com você, Varejista, para contribuir com o seu desenvolvimento, porque acredito que “juntos, cada um vale mais”.
Tudo bem, Grande Gênio!
Atenção, Capitão! Hoje a sua tarefa é dar dicas ergonômicas para os varejistas.
Vou até aquele supermercado para ensinar os funcionários sobre a utilização correta dos computadores.
s upe r m e r c ad o
E não podemos esquecer os operadores de caixa!
Observe como a nossa amiga está sentada...
Eles também precisam estar atentos à postura, evitando ao máximo a flexão e torção do tronco, enquanto desempenham a sua função.
esteira
Adotar esteiras eletrônicas, é uma solução que pode facilitar a movimentação das mercadorias.
O monitor deve estar alinhado com a altura da sua testa, até sua linha de visão 110º
Mantenha uma distância de 45 a 70 cm do monitor. 45 a 70cm
Procure sentar alinhado com o eixo da cadeira
O mouse deve estar ao lado do teclado.
Suas pernas devem fazer um ângulo de 110 graus debaixo da mesa. Apoio para os pés evita contusões.
110º
E nada de braço estendido! Mantenha o antebraço apoiado na mesa. 110º Outra dica legal é sempre descansar a visão do monitor. Você pode ir ao banheiro, beber água...
Hoje aprendemos sobre a importância da ergonomia para a saúde e a segurança da equipe. E, também, como manter a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
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Investir em equipamentos adequados para a movimentação das mercadorias, pode evitar que os seus funcionários façam esforço excessivo. E contratar mais auxiliares também pode ser considerada uma opção.
Ofereça pausas durante o expediente. E não se esqueça de informar os seus funcionários sobre quaisquer alterações no processo de trabalho. Até os clientes vão notar as mudanças.
Siga à risca os direitos garantidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Já pensou em como você, Varejista, pode contribuir com a qualidade de vida e trabalho dos seus funcionários?
Saiba mais no site:
www.tribanco.com.br
Vo loglto o
Que tal sugerir outros temas para o Capitão Varejo trazer mais dicas nas próximas edições? Envie um e-mail para sustentabilidade@tribanco.com.br
Até a próxima aventura!
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