Matéria de Saúde - 9ª edição

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EDITORIAL

Índice COLUNA VERTEBRAL

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Dor nas costas: tratamentos não cirúrgicos Dr. Fernando Sanchis

CIRURGIA PLÁSTICA

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As indesejáveis cicatrizes Dr. Ricardo Lodeiro

É sempre bom poder contar com um conselho, uma dica ou uma recomendação quando estamos diante de um problema, um momento diferente ou simplesmente quando decidimos mudar. Por isso, nessa edição da revista Matéria de Saúde trouxemos diversos assuntos, acompanhados de dicas e recomendações. Na reportagem especial, temos opções de como se preparar para a estação mais quente do ano, que chega nos próximos meses. São recomendações de nutricionistas, dermatologistas e educadores físicos para que você possa, além de se sentir mais bonito, ter mais saúde. Para as mamães e papais também trouxemos uma matéria e um artigo para que possam conhecer o comportamento e os cuidados necessários com os recém nascidos, além de entender melhor situações como a prematuridade. Assuntos já frequentes da revista Matéria de Saúde também estão presentes nessa edição, como psiquiatria, quiropraxia, pilates, coluna vertebral, cirurgia plástica, urologia, geriatria e muito mais.

GERIATRIA

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Boa leitura e até novembro!

Um carinho, um olhar, uma presença

Expediente Setembro - 2011 - Ano II - 9a Edição

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REPORTAGEM ESPECIAL

Em forma para o verão

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Protegendo a sua coluna Dr. Fernando Sanchis

PROFISSIONAIS QUE COLABORARAM COM ESTA EDIÇÃO Fernando Sanchis (CRM 25665), Ricardo Lodeiro (CRM 18066), Carlos Da Ros (CRM 16962), Eneida Kompinsky (CRM 15849), Lilian S. Santos (ABQ 0476), Arianne Barbosa (CRP 07/15985), Angela Bohlke (CRF 11949), Patrícia Panni (CRM 27244), Denise Lazzari (CREFITO 5 70441), Sabrina Pereira (CRF 10120), Sandra Regina Fagundes (CRN2 8903), Renato Bender Castro (CRM 16838), Helena Beatriz Juenemann (CRP07/20062), Márcia de Fátima Pereira (CRP07/14947).

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Circulação: 5000 Exemplares

Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043) * Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria de Saúde e são de inteira responsabilidade dos autores. * Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis na revista Matéria de Saúde possuem apenas caráter educativo.

Contatos:

Coordenação: - Roselaine Vinciprova - roselaine@trcomunicacao.com - Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com Fone: 51 3041.2333 e-mail: saude@trcomunicacao.com Comercial: Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com Colaboração: Camila Schäfer (MTB 15120) camila@trcomunicacao.com Fernando Junges - criacao@trcomunicacao.com Kamyla Jardim - redacao@trcomunicacao.com

Matéria de Saúde é uma publicação bimestral da TRCOM. Todos os direitos reservados.



Dor nas costas: tratamentos não cirúrgicos

Sintomas de dor nas costas atingem mais de 80% das pessoas em algum momento de suas vidas. Entretanto, apenas uma pequena parcela desses pacientes irá necessitar de cirurgia

A maioria das pessoas que apresentam dores das costas terá uma melhora significativa com as técnicas não invasivas. Abaixo seguem algumas das opções mais utilizadas para tratar os problemas de coluna. Medicação - Vários tipos de medicamentos podem ser utilizados no tratamento dos problemas da coluna. A escolha de qual ou quais são mais adequados para cada caso depende do tipo de dor, da intensidade dos sintomas, dos efeitos colaterais e das limitações ou contra indicações para cada paciente. Analgésicos: são os remédios específicos para controlar a dor. Via de regra, sua função não é curar o problema que causa a dor, mas apenas aliviar os sintomas. A maioria dos tratamentos para dor na coluna utiliza pelo menos um analgésico, associado a outras medicações. Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs): funcionam para tratamento da dor e também da inflamação dos tecidos machucados. Têm um poder analgésico médio. Tomados em doses adequadas, costumam ser bem tolerados pelo corpo, mas seu uso excessivo ou crônico, sem controle, pode trazer vários problemas, desde gastrite ou úlcera até mesmo perda de função dos rins. Corticoides: são medicações com grande poder anti-inflamatório, porém com maior número de contra indicações e de efeitos colaterais, principalmente se utilizadas por períodos longos. Relaxantes musculares: funcionam reduzindo as contraturas da musculatura que, quando não são a causa principal, pelo menos são um dos fatores envolvidos na dor. A maioria das medicações é segura, mas várias podem causar alguma sonolência. Estabilizadores nervosos: são medicamentos bastante específicos, utilizados principalmente quando a dor é originada por lesões nos nervos. Em sua maioria são medicações desenvolvidas 4 | setembro de 2011 |

originalmente para o tratamento de convulsões, tendo seu uso restrito a poucos casos. Anti-depressivos: alguns anti-depressivos são utilizados como medicações complementares no tratamento de dor crônica, tanto por seu efeito no humor, como também porque apresentam uma ação analgésica própria. Fisioterapia - A fisioterapia é um dos tratamentos mais comuns para as dores nas costas. No caso das lombalgias agudas, ela pode acelerar a recuperação e o retorno do paciente às atividades normais. Nos casos de dores crônicas, a fisioterapia tem função tanto no controle da dor como na manutenção e adequação da atividade física, que é vital para estes pacientes. Além disso, a fisioterapia tem um papel importantíssimo na reabilitação dos pacientes submetidos à cirurgia, orientando toda sua recuperação. Divulgação

Acupuntura -A colocação das agulhas em pontos específicos faz com que o corpo produza e libere algumas substâncias naturais que ajudam a controlar a dor. Isso é especialmente útil em casos de dores originadas nos músculos e tendões, nas contraturas e em vários tipos de dores crônicas. A colocação das agulhas pode ser associada à estimulação por calor ou eletricidade, para tornar o tratamento mais eficaz. A acupuntura deve ser praticada por pessoas especializadas, com formação específica, geralmente anestesiologistas, fisiatras e fisioterapeutas.

Pilates - O pilates é um método de tonificação muscular, realinhamento postural e alongamento corporal que integra corpo e mente. As aulas de pilates se caracterizam pela utilização de acessórios, como bolas, tubos, rolos, discos e outros, bem como equipamentos especiais de mecanoterapia, que têm função de auxiliar o movimento estimulando, facilitando e desafiando a execução de forma assistida e resistida. Divulgação

RPG - Reeducação Postural Global - É um método fisioterapêutico que trata as desarmonias do corpo, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente. O método de RPG não visa apenas atender aos pacientes que estão com dor, mas também aqueles que buscam encontrar um melhor equilíbrio e viver em harmonia com o corpo. Manipulação vertebral - A manipulação vertebral, ou quiropraxia, é uma técnica que visa conseguir alívio da dor e melhora da postura por manuseio das vértebras. Embora seja uma especialidade separada, pode ser definida como um tipo específico de fisioterapia. A manipulação tem-se mostrado útil para acelerar a melhora de quadros agudos e para tratar as crises que ocorrem nos quadros de dor crônica. Atenção: nunca inicie nenhum tratamento acima por conta própria, sem diagnóstico correto. Muitas vezes você poderá atrasar o diagnóstico e comprometer o adequado tratamento de algo mais grave como hérnias de disco, discopatias, infecções e mesmo alguns tipos de tumores/câncer.


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As indesejáveis

cicatrizes

A cicatrização é um processo natural do corpo, sempre que houver uma ruptura, ele irá repará-la O maior algoz dos bons resultados em cirurgia plástica é, sem dúvida, a cicatriz. Há no imaginário popular uma ideia de que existe um profissional de excepcional qualidade que é capaz de operar sem deixar cicatrizes. Toda vez que se procura por uma cirurgia plástica, a pergunta se repete: doutor, e as cicatrizes?, esperando a improvável resposta: não haverá cicatrizes... Vamos entender: a cicatriz, onde quer que ela esteja, corresponde à “cola” que o corpo produz com o objetivo de fechar e lacrar alguma abertura ou rompimento entre os tecidos que o compõem. Sempre que houver uma ruptura, o organismo tentará repará-la. No caso de um corte, a camada mais profunda também é lesada, tornando impossível naquela linha haver recuperação da pele. Se os dois lados do ferimento ficarem afastados, o tecido de substituição tratará de preencher todo o espaço. Uma vez existindo o corte, cabe ao cirurgião aproximar as margens para ajudar o organismo: haverá necessidade de reparação apenas em uma linha estreita que é composta pela união dos tecidos. Independente do instrumento que cortou, seja um vidro, uma lâmina de bisturi, 6 | setembro de 2011 |

uma faca ou um feixe de laser, se a profundidade total da pele foi atingida, o processo de reparação será o mesmo. A diferença está no grau de destruição causado pelo instrumento cortante. Os cortes feitos por laser podem ser tão finos como os de um bisturi ou até mais grosseiros, podendo ainda causar perda da coloração do tecido que resta vivo (deixando uma cicatriz branca, sem pigmento). Hoje o laser é uma alternativa ao bisturi convencional muito questionável, embora em mãos hábeis possa ser adequado. Porém, a cicatriz será praticamente a mesma. É a infecção no corte que impede o fechamento e também será responsável por alargamentos. Um fator de grande importância no alargamento é a tensão na união dos tecidos. Vemos isto, por exemplo, nas cirurgias de abdômen. A tensão sempre é grande, mas a posição arqueada da paciente nos primeiros momentos pós-operatórios permite que, com o tempo, haja aproveitamento da elasticidade da pele que restou enquando a cicatriz vai tornando-se mais forte. Caracteristicamente, a cicatriz é sempre mais fraca que a pele e , em casos de retirada excessiva de pele, assim que atingido o máximo

da elasticidade que a pele tem, inicia-se o alargamento da cicatriz operatória. As tentativas de reduzir esta largura encontram um inimigo: como a pele não mais se estica, a cicatriz tenderá sempre a novo alargamento. Características constitucionais de cada pessoa podem determinar comportamentos diversos das cicatrizes que nem sempre podemos prever ou prevenir. O mais temível acontecimento para o cirurgião plástico é o queloide ou cicatriz queloidiana. Trata-se de uma doença cicatricial que corresponde à produção em demasia de cicatriz, como se cola em excesso fose colocada entre dois blocos de madeira a serem unidos. É importante lembrar que nem toda cicatriz alargada é queloide, e a diferenciação nem sempre é feita a olho nu, exigindo exames microscópicos. Podemos dizer que há tendências para formação de queloide, mas não certezas. Existe a contribuição da má prática na formação de cicatrizes defeituosas? Claro que sim, mas a análise precisa de muita cautela para não misturar culpa com acaso. Portanto, escolha com cuidado e critério seu cirurgião. Procure alguém que mostre dedicação e não pressa em operar.


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Pelo MUNDO

Principais estudos e pesquisas realizados na área de saúde

Quinze minutos de exercícios por dia podem aumentar expectativa de vida dias por semana. Especialistas esperam que a dose menor motive mais pessoas a levantar do sofá. O pesquisador Chi Pang Wen, do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde de Taiwan, disse que dedicar 15 minutos do dia a formas moderadas de exercício, como um andar mais acelerado, poderia beneficiar a todos. O estudo foi feito com 416 mil pessoas durante 13 anos. Depois de considerar as diferenças de idade, peso, sexo e uma série de outros indicadores ligados à saúde, eles descobriram que os que faziam apenas 15 minutos de exercícios moderados por dia aumentavam a expectativa de vida em três anos, comparados àqueles que permaneciam inativos. Divulgação

Uma pesquisa feita em Taiwan mostrou que fazer apenas 15 minutos de exercício moderado por dia pode acrescentar três anos na vida de uma pessoa. Isso representa um volume de atividade física menor que o recomendado, que são 30 minutos diários, cinco

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Cães farejadores podem ser a nova arma para detectar os primeiros estágios do câncer de pulmão em humanos, segundo aponta um estudo divulgado pelo European Respiratory Journal, publicação médica sobre o sistema respiratório. O trabalho foi conduzido por pesquisadores do hospital Schillerhoehe, na Alemanha. Os cães foram treinados para detectar compostos orgânicos que evaporam com facilidade (VOCs, na sigla em inglês) e que estão ligados à presença do câncer. Durante o estudo, 200 voluntários - saudáveis, com câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica - tiveram a sua respiração “analisada” pelos cachorros treinados. Os animais usados identificaram 71 pessoas com câncer de pulmão de um total de 100 possíveis. Os animais também foram eficientes em mostrar que outras 372 amostras - de um total de 400 - não apresentavam tumores.

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que normalmente são desempenhadas pelo lado esquerdo. Isso mostra que essas pessoas têm problemas para estabelecer uma ligação com o que elas escutam e o que elas dizem. A expectativa é de que o estudo possa prover mais informações quanto ao tratamento e a cura desse mal.

Cães farejadores identificam pessoas com câncer

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade ou sobrepeso, um dos indícios de que o colesterol pode estar elevado. Pesquisa realizada com 2 mil crianças e adolescentes com idades entre 5 e 20 anos mostrou que 53% delas apresentavam excesso de gordura no sangue. Esse aumento do colesterol é geralmente causado por maus hábitos alimentares e sedentarismo. Especialistas dizem que combater o colesterol é tarefa que exige o envolvimento de toda família, já que as crianças tendem a imitar o comportamento dos adultos.

Dança previne o Alzheimer

Gagueira pode estar relacionada ao lado direito do cérebro Um novo estudo realizado na Alemanha sugere que o cérebro das pessoas que gaguejam desde a infância tem um funcionamento diferenciado. Através de experimentos, cientistas desenvolveram uma teoria que aponta que o lado direito do cérebro de um gago realiza tarefas

Crianças estão com colesterol mais alto

Um estudo publicado numa das revistas de maior impacto científico, a Nature, mostrou que dançar pode ajudar na prevenção da doença de Alzheimer. A dança pode não ser o primeiro tratamento preventivo, mas pode ser uma alternativa para aqueles preocupados com a memória em declínio. Perminder Sachdev, neuropsiquiatra da Universidade de New South Wales, em Sydney – Austrália comenta que a atividade inclui uma associação de estímulos que ajudam a prevenir a demência. A dança pode envolver uma associação de atividade cognitiva, física e interação social. Apesar de resultados animadores sobre este assunto, é importante avaliar a quantidade de exercício, qual o melhor tipo de atividade intelectual e em que estágio cada um desses fatores poderia influenciar o curso da doença.


:: REGIÃO

Campanha de vacinação contra a poliomielite O Rio Grande do Sul finaliza a imunização infantil com sucesso, mais de 605 mil crianças menores de cinco anos de idade foram vacinadas no Estado

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O Rio Grande do Sul registrou uma das maiores coberturas na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Segundo dados do Sistema de Informações do Plano Nacional de Imunizações, mais de 605 mil crianças menores de cinco anos de idade foram vacinadas, o que representa cerca de 92% da população nesta faixa. A cobertura foi a segunda maior do país, que tem média de 81%. Na região metropolitana, os postos de saúde também foram muito procurados. Antes do término da campanha, Cachoeirinha já havia imunizado 75,8% das crianças e Gravataí, 85,48%. Somente com a segunda parte da imunização está garantida a proteção contra a pólio, também conhecida por paralisia infantil. A vacinação é importante para manter o Brasil livre da circulação do vírus, que foi registrado pela última vez no país em 1989. Contudo, 26

países ainda registram casos, sendo quatro deles endêmicos (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão). A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Apesar de na maioria das vezes não evoluir para o óbito, a criança infectada adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a infecção se dá principalmente por via oral.

Na região metropolitana, os postos de saúde foram muito procurados

Calendário básico de vacinação fora das campanhas: Vacina poliomielite oral - Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, recebem o primeiro reforço.

Porém, todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas doses durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

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:: UROLOGIA

As dúvidas em relação às medidas penianas Muitos homens acreditam que o tamanho do pênis pode ser inferido baseado na medida de outras partes do corpo, como nariz, porém nunca foi encontrada nenhuma correlação Por Carlos Teodósio da Ros Urologista CRM 16962

As lendas e mitos sobre o pênis estão presentes em todas as culturas do mundo e os homens costumam relacionar sua masculinidade com a capacidade erétil e com o tamanho do membro. É comum para urologistas fazerem aconselhamento sexual a pacientes jovens e adultos em relação à dimensão do pênis. Às vezes, são as mães que estão angustiadas em relação ao tamanho do pênis de seu filho. E, na absoluta maioria das vezes, trata-se de uma percepção anormal da imagem corporal, pois o falo, como outras partes do corpo, pode apresentar variações de forma e tamanho. Esta percepção anormal do pênis promove o surgimento de angústia, do trauma do “pênis pequeno” e tudo isto pode afetar o desempenho sexual e até profissional. Um detalhe interessante é que a maior parte dos pacientes que procuram informação sobre tamanho de pênis apresenta dimensões normais. Não existe definição absoluta do que seria considerado normal quanto ao comprimento do pênis em homens adultos. Alguns trabalhos científicos revelam que 85% dos pacientes que procuraram cirurgias para aumento peniano superestimavam o tamanho normal do pênis. Felizmente, 70% deles mudaram de opinião em relação ao procedimento após saberem os valores considerados normais quanto à dimensão real do falo. As medidas penianas são feitas das mais diversas maneiras, sendo que muitas delas não são tão fidedignas, como mostram alguns estudos onde ocorreram diferenças de medidas entre o teste e o re-

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teste, isto é, os próprios pacientes mediam seus pênis em dias diferentes, e os médicos também, e os valores não eram os mesmos. As medidas com o pênis tracionado estão sujeitas à crítica, pois a força empregada para esticar varia, o número de esticadas pode levar a um relaxamento diversificado com outras medidas, diferentes examinadores obtêm medidas variadas, se a temperatura da sala de exame está baixa, o pênis estará mais contraído e da mesma forma se o paciente estiver ansioso com a consulta. Isso tudo serve para mostrar que realmente é muito difícil obter tais medidas. Então foi sugerido que a medição fosse feita com o pênis em ereção. Existem publicações que demonstram que um pênis grande, em estado flácido, não apresenta um aumento proporcional quando em ereção, ao contrário dos pênis pequenos, que podem apresentar grandes aumentos de tamanho durante a ereção. O folclore também está presente nesta temática. Muitos acreditam que o tamanho do pênis pode ser inferido baseado na medida de outras partes do corpo, como nariz, mãos ou mesmo pés. Mas tudo isto já foi testado cientificamente e não foi encontrada nenhuma correlação. O tamanho e a forma do pênis não apresentam relação com nenhuma parte do corpo, nem com a raça, experiências sexuais ou masturbação. Há alguns anos, a população começou a apresentar um maior interesse em relação à estética corporal. O pênis foi incluído neste tema e algumas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas com o objetivo de

tentar aumentar o pênis em comprimento e espessura. Muitas cirurgias são propostas, com resultados imprecisos ou discutíveis, e muitos pacientes, que estão com baixa autoestima ou mesmo em dúvida quanto à sua masculinidade, aceitam o procedimento. Dos pacientes que procuram estas cirurgias, 6% possuem algum defeito congênito e os demais estão apenas interessados em mudar a sua imagem corporal. As indicações cirúrgicas do pênis pequeno são precisas: portadores de micropênis e malformações congênitas. Baseado nisto, podemos dizer que somente seriam candidatos à cirurgia de aumento peniano aqueles homens que apresentam pênis menores do que 4 cm em flacidez ou 7 cm em ereção, o que realmente poderia comprometer a penetração vaginal. Muitas técnicas são propostas e os resultados cirúrgicos são imprecisos. A taxa de insatisfação com tais procedimentos é alta e as principais queixas dos pacientes são: cicatrizes largas e sem pelos, presença de pelos na haste do pênis devido ao avanço da pele da bolsa escrotal, perda da sensibilidade peniana, “orelhas de cachorro” na bolsa escrotal, rigidez inadequada devido à gordura excessiva aplicada na haste e também nódulos irregulares de gordura. A percepção distorcida da aparência física, como a do pênis pequeno, necessita de uma completa avaliação psicológica, pois provavelmente a maioria dos pacientes continuará insatisfeita após um procedimento de alongamento peniano, uma vez que este distúrbio psicológico geralmente não é abordado.


:: QUIROPRAXIA

Sistema nervoso em equilíbrio Quando temos uma coluna saudável, ou seja, articulações vertebrais bem alinhadas, a rede nervosa periférica executa bem sua função, mantendo o equilíbrio do organismo Por Lilian S. Santos

Quiropraxista da Tríade Vitallis ABQ 0476

O corpo humano possui um funcionamento complexo. Cada célula, tecido, órgão em nosso corpo executa uma tarefa vital para o equilíbrio orgânico e a manutenção da vida. Quem controla e coordena toda esta engrenagem é o sistema nervoso onde, através da capacidade de captar, interpretar e responder aos estímulos externos e internos ao nosso corpo promove a homeostase (capacidade do organismo em se manter bem, em equilíbrio). Mas para que isto ocorra é necessário que o sistema nervoso esteja em condições para desempenhar esta função. O cérebro é a central de comando, situa-se dentro do crânio. A medula é a extensão do cérebro e localiza-se no canal medular, percorrendo toda a extensão da coluna vertebral. A cada espaço, entre uma vértebra e outra, sai uma

ramificação nos dois lados, direito e esquerdo, onde irá inervar órgãos, tecidos, etc. Esta inervação realiza a comunicação de cada estrutura do corpo com o cérebro, sendo de fundamental importância que esta rede nervosa esteja livre em todo o seu trajeto. Vários são os motivos que interferem neste processo. Um deles se torna presente quando, em alguma parte do trajeto nervoso, esta comunicação entre uma estrutura do corpo com o cérebro fica comprometida. Quando temos uma coluna saudável, ou seja, articulações vertebrais bem alinhadas, a rede nervosa periférica executa bem sua função. Porém, quando estas articulações vertebrais estão em desequilíbrio, ou seja, mal posicionadas (subluxadas), podem interferir nesta comunicação. Imaginem uma mangueira na

qual ligamos a água e pressionamos em algum lugar no trajeto da mangueira, automaticamente ocorrerá uma interferência na saída do fluxo da água. Ao liberarmos esta interferência, o fluxo de água retorna à sua normalidade. Uma coluna livre destes desequilíbrios articulares proporcionará um equilíbrio na percepção e comando da função nervosa e, consequentemente, trará um equilíbrio orgânico. Para realizar este realinhamento da coluna vertebral existem algumas profissões que executam manobras manualmente. A quiropraxia é uma delas. Lembre-se, dor nas costas pode ter causas simples ou graves. Não permita que manipulem sua coluna sem uma avaliação minuciosa realizada por um profissional capacitado para isto.

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:: GERIATRIA

Um carinho, um olhar, uma presença Divulgação

Os idosos que possuem animais, por se sentirem mais úteis, necessários e se manterem ativos, acabam preservando a saúde física e mental A maior queixa das pessoas em relação à velhice é o sentimento de solidão. Os filhos já possuem suas próprias casas, muitas vezes o(a) companheiro(a) de toda a vida já faleceu e o idoso permanece morando sozinho com suas lembranças. Mesmo quando estes têm a oportunidade de morar com os filhos, resistem enquanto podem, com o intuito de manterem-se independentes e evitarem transtornos à rotina dos filhos. Estudos revelaram que o animal pode representar a compensação para o “ninho vazio”, a vida sem sentido e a falta de convívio com os familiares. O bichinho supre as carências, traz novas responsabilidades e facilita a comunicação com as pessoas, além de estabelecer uma relação afetiva. Uma das vantagens do contato com o animal, na terceira idade, é a diminuição do estresse e da tristeza, um pequeno tempo diário dedicado aos animais funciona como uma terapia para os idosos. A sensação de alegria libera endorfina no cérebro, um hormônio capaz de relaxar o ser humano, colaborar com seu bem-estar, controlar a pressão sanguínea e melhorar o sono. Por isso, os idosos, mesmo que inconsciente12 | setembro de 2011 |

mente, dedicam-se aos animais e sentem-se melhor com esse contato. Segundo a psicóloga Márcia de Fátima Pereira (CRP 07/14947), a convivência com um animal de estimação auxilia também na interação social dos idosos, que ficam menos agitados e irritáveis. Este fato deve-se à conjugação de diversos fatores, entre eles a distração, a sensação de que há alguém que depende deles e a companhia amigável que faz esquecer os problemas. “O relacionamento entre os humanos e animais estimula o estado de espírito, a generosidade e a compreensão sobre as fases e os ciclos da vida. Muitas vezes é o melhor tratamento e o mais eficaz para casos de perdas na vida de um idoso”, revela a psicóloga. O bicho de estimação pode servir como um refúgio emocional, explica Márcia, um ouvinte paciente e um elo que proporciona ao idoso, em quaisquer que sejam as dificuldades, um senso de propósito e integração. Contudo, a relação homem-animal não deve substituir a relação homem-homem. O cão não pode substituir um filho ou marido, mas pode ensinar como as pessoas devem

agir nos seus relacionamentos. Os idosos que possuem animais, por se sentirem mais úteis, necessários e se manterem ativos, acabam preservando a saúde física e mental. Segundo a médica, especialista em geriatria, Patrícia Panni (CRM 27244), a presença de um bicho de estimação está relacionada à melhora nos quadros neurológicos (demência, Alzheimer), cardiorespiratórios (pressão arterial, frequência cardíaca), osteomusculares (força muscular, disposição física) e do sistema imunológico. “A convivência com um animal estimula, além da interação social, atividades físicas que melhoram a saúde do idoso, como um simples passeio com o bichinho”, afirma Patrícia. Entretanto, antes da escolha do animal, algumas questões devem ser levadas em consideração. Os idosos costumam ter uma vida muito calma e rotineira, por isso devese observar os hábitos antes de adquirir um bichinho. Segundo Patrícia, é preciso também ter atenção especial às condições de saúde do idoso. “Uma pessoa diabética, por exemplo, sofre de problemas de circulação, por isso, não deve ser escolhido um


:: GERIATRIA animal muito agitado e brincalhão, pois ele pode machucá-la mais facilmente”, revela a geriatra. A idade do bicho também deve ser analisada. Os filhotes, assim como as crianças, precisam de muita atenção e atividade, e isso pode ser muito desgastante para os idosos. Os animais ideais para a terceira idade são gatos e cães adultos. Dependendo do estado da saúde, podem ser indicados pássaros ou peixes, para evitar um contato físico direto. Independente da raça ou da espécie, o que vale é o contato, o amor, o carinho e o vínculo que se estabelece entre o homem e o animal. É importante também que as pessoas desejem fazer o bem, dedicando-se a um animal que precise de carinho. Para ser uma relação mútua de ajuda e benefícios, é interessante que os idosos considerem a adoção no momento de adquirir um animal.

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Principais benefícios que os animais proporcionam: Benefícios psicológicos: • Diminuição da depressão; • Diminuição da solidão; • Diminuição da ansiedade; • Diminuição do estresse; • Melhora do humor; • Melhora da qualidade de vida. Benefícios fisiológicos: • Diminuição da pressão arterial; • Diminuição da frequência cardíaca; • Aumento da expectativa de vida; • Estímulo a atividades saudáveis. Benefícios sociais: • Auxílio na socialização dos idosos; • Auxílio em programas de reabilitação; • Aumento da interação social. O animal supre as carências do idoso e traz novas responsabilidades, além de estabeler uma relação afetiva

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:: HORMÔNIOS

Você conhece a andropausa?

Apesar da expressão andropausa fazer referência à menopausa, o distúrbio atinge apenas uma pequena parcela da população masculina, ao contrário da menopausa Assim como as mulheres sofrem com a queda na produção de hormônios, chegando à menopausa, os homens também passam por essa fase, chamada de andropausa. Ela é caracterizada pela diminuição do hormônio masculino testosterona e pode trazer alguns problemas, como diminuição da massa muscular e perda de libido. No entanto, o distúrbio ainda é de difícil detecção, pois seus sintomas são confundidos com os sinais normais do envelhecimento, e muitos homens ainda não sabem como lidar com o problema. De maneira geral, a testosterona diminui com a idade, em média 1% ao ano a partir dos 40 anos. Porém, quando essa taxa cai muito, alguns homens podem apresentar problemas como diminuição da massa muscular, aumento do peso, tendência à anemia e osteoporose, diminuição do interesse sexual, dificuldade de ereção, maior sonolência, dificuldade de concentração, problemas de memória, apatia e

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depressão. Apesar de a expressão andropausa fazer referência à menopausa, existem diferenças entre os dois tipos de distúrbio. Enquanto que a menopausa atinge todas as mulheres após uma certa idade, a andropausa atinge uma parcela muito reduzida de homens. Atualmente, cerca de 20 a 30% dos homens tem esse problema. Como a andropausa se desenvolve? Os testículos são responsáveis por 90% da produção de testosterona. Eles são estimulados pela glândula hipófise, que fica na base do cérebro. Entre os fatores que podem determinar a andropausa está a falência e atrofiamento do testículo ou quando a hipófise para de exercer sua função de estimulálo. Por isso, os homens com mais de 50 anos devem realizar a medição de testosterona regularmente, principalmente se apresentarem diminuição do interesse sexual e

dificuldade de ereção associados ou não aos demais sintomas. Tratamento e prevenção: O tratamento é feito à base de reposição hormonal de testosterona e é muito eficaz. No entanto, é importante lembrar que a reposição hormonal deve ser feita com total acompanhamento médico, pois o aumento da testosterona em homens pré-dispostos ao câncer de próstata não é indicado. A dieta também pode ser uma aliada para prevenir a andropausa. Evite as gorduras saturadas, mas não diminua a quantidade de gorduras mono e polinsaturadas, que ajudam na produção dos hormônios masculinos, como óleo vegetal cru, azeite, castanhas, peixes gordurosos, fibras e legumes crus. Também é importante conciliar a alimentação balanceada com exercícios físicos regulares e banhos de sol.


:: PSIQUIATRIA

Bulimia e anorexia: A excessiva preocupação com a

aparência física pode desencadear graves transtornos alimentares Por Eneida Kompinsky Psiquiatra CREMERS 15849

O cuidado com o corpo e a boa forma física é muito importante. Ele traz satisfação pessoal e, claro, mais quantidade e qualidade de vida. Mas quando a preocupação com o peso se torna doença? Nesse caso, existem duas situações principais: a anorexia nervosa e a bulimia. A anorexia acomete principalmente adolescentes, enquanto que a bulimia começa no final da adolescência e no início da idade adulta. Cerca de 90% dos bulímicos são mulheres brancas de classe média à alta, embora o número de homens tenha aumentado principalmente entre os homossexuais. Anorexia nervosa se caracteriza por perda de peso intensa devido a dietas muito rígidas, distorção da imagem corporal (a pessoa se enxerga gorda mesmo estando magérrima) e busca desenfreada pela magreza, chegando à desnutrição e até alterações do ciclo menstrual. A pessoa muitas vezes se recusa a comer, mente que já comeu, evita refeições em família e exagera no exercício físico. Já a bulimia nervosa se ca-

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Campanha de conscientização da associação sueca Anorexi/Bulimi-Kontakt

racteriza pela grande e rápida ingestão de alimentos, com sensação de perda de controle e mecanismos de compensação inadequados para manter o peso como forçar o vômito, uso de diuréticos, laxantes ou inibidores de apetite, dietas ou exercícios físicos com excessiva preocupação com o peso e a forma corporal. O peso costuma estar adequado ou levemente acima do ideal. É muito comum a sensação de

vergonha pelos sintomas. As causas não estão bem estabelecidas, mas são estudadas causas genéticas, biológicas (hipótese de que poderia haver alterações em neurotransmissores moduladores da saciedade), sócio-culturais (valorização da magreza e desvalorização através de anedotas até de quem não é magro). As características psicológicas são baixa autoestima, rigidez no comportamento,

distorções cognitivas, necessidade de manter controle sobre sua vida e falta de confiança. Muitas vezes, algumas mães que possuem preocupação excessiva com peso e imagem corporal, incitam as filhas a dietas muito restritivas. No tratamento da anorexia, a estimativa é de que 30 a 40% das pessoas tenha uma boa recuperação, outros 30 a 40% costumam ter períodos de melhora e piora, podendo evoluir para bulimia nervosa. O restante, que pode ser quase 15%, costuma ter um curso grave ou chega a óbito devido a complicações físicas ou suicídio. Na bulimia, 50 a 60 % das pessoas têm boa recuperação. O tratamento consiste em atendimento por equipe multidisciplinar como psiquiatra, nutricionista e psicólogo e até terapeuta ocupacional, enfermeiro e educador físico. Pode ser feito em ambulatório ou com necessidade de internação. É comum o uso de terapia cognitivocomportamental e muito comumente o uso de psicofarmacos, vitaminas, etc. Fonte: Síndromes Psiquiátricas (ARTMED 2006)

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:: ESPECIAL

Pense no verão. Que imagens vêm em sua cabeça? Praia, biquíni, sol, mar? Ou você só consegue pensar em quilinhos a mais, pele queimada, cabelo ressecado e uma verdadeira tortura na academia? Se você é do grupo que vê esse lado negativo, muita calma! Estamos apenas em setembro e ainda faltam três meses para o verão. Por isso, que tal começar agora a eliminar alguns probleminhas adquiridos no inverno para chegar com o pé direito no verão?

Alimentação Inverno lembra vinho, feijoada, chocolate quente, mas também lembra cama, cobertor, sofá e televisão. Essa combinação comida + sedentarismo é uma verdadeira bomba relógio, que vai explodir lá no verão, quando você decidir colocar o biquíni ou a sunga. Mas resolver essa situação é mais fácil do que muitas pessoas pensam. Com uma reeducação alimentar é possível chegar em forma não apenas neste verão, mas também nos próximos. Com o tempo, a dieta não parecerá mais uma tortura, mas parte de uma rotina. Para começar, afirmam os nutricionistas, não é preciso declarar guerra à fritura, doces e sorvetes, mas consumi-los sempre com moderação. O segredo é uma dieta variada e equilibrada. Modifique o cardápio o máximo possível e aposte no colorido na hora de montar seu prato.

e facilitam o bronzeado uniforme e sem manchas. Portanto, para quem quiser estar preparado e com uma pele pronta para o bronzeado, precisa começar a pensar nessas mudanças alimentares. Abaixo, listamos mais algumas dicas:

• Faça uma lista somente com os itens necessários antes de ir ao supermercado. Nunca faça compras de estômago vazio ou você acabará caindo na tentação de comprar o que não deve; • Inclua na sua dieta os alimentos funcionais, como aveia, semente de linhaça, iogurte, azeite de oliva, soja, peixes e oleaginosas (nozes, castanhas e amêndoas); • Não exclua definitivamente os alimentos que você gosta, apenas diminua a quantidade e a frequência com que os consome. Faça isso de forma gradual. • Alguns alimentos não engordam, a não ser que sejam ingeridos em quantidades preocupantes, por isso preste atenção também nas quantidades; • Mantenha uma rotina. Faça suas refeições sempre no mesmo horário e procure se alimentar de 5 a 6 vezes por dia; • Evite alimentos muito gordurosos, tais como feijoada, carnes gordas e frituras, que dificultam a digestão e podem provocar mal estar.

A ingestão de líquidos também é muito importante no verão, já que o corpo perde líquidos e minerais devido ao aumento da temperatura do corpo e à transpiração excessiva. As frutas, verduras e legumes também podem ajudar no processo de hidratação, pois possuem alguns minerais e eletrólitos importantes para a saúde. Outras substâncias, como o licopeno do tomate, goiaba e outras frutas vermelhas, são antioxidantes e se transformam em vitamina A em nosso organismo, que promove a recuperação da pele e auxilia na formação da melanina, que dá cor à pele. Outras vitaminas, como C (frutas cítricas), complexo B e zinco (carne vermelha, ostras, castanhas e feijão), também melhoram o aspecto da pele

Em forma para o


:: ESPECIAL

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e p a d o d n a d i Cu

Estações mais frias, como o outono e o inverno, são um verdadeiro castigo para a pele. Os banhos quentes e o vento gelado acabam deixando-a ressecada e facilitam a descamação. Além da alimentação, para chegar no verão com a pele preparada, aposte na hidratação e não esqueça do protetor solar, que deve ser utilizado em todas as estações. Para o corpo, vale investir na esfoliação semanal. As células mortas, proteínas e componentes orgânicos e inorgânicos do suor, partículas depositadas provenientes do ambiente e ingredientes provenientes de outros produtos cosméticos se transformam em compostos que podem atrapalhar a atividade natural da pele.

microdermoabrasão e é indicado para quem tem acne e manchas. O ideal é fazer de três a cinco sessões, duas vezes ao ano. Já as manchas mais graves, que não saem com cremes, devem ser tratadas somente no próximo inverno, com laser, que também não combina com sol. Se você está fazendo ou fez algum desses tratamentos recentemente, fale com seu dermatologista e siga suas orientações. Quando chegar o verão, não esqueça que sol é bom, mas não em exagero. Tome sol aos poucos, antes das 10h e depois das 16h, se quiser um bronzeado bonito e uniforme. Se preferir, comece desde já, aos pouquinhos. Afinal, ninguém quer chegar na estação mais quente do ano já parecendo um camarão não é?

Receita para uma pele bem cuidada

O que os dermatologistas recomendam são os produtos esfoliantes e buchas vegetais, que combatem a proliferação de bactérias patogênicas e refinam a pele para receber tratamentos complementares.

1 - Faça um banho de vapor, expondo o rosto à uma bacia com água recém fervida durante 10 minutos.

Depois da esfoliação, é preciso hidratar a pele para que ela mantenha sua umidade natural. Para fazer isso de dentro pra fora, basta consumir uma quantidade de líquidos diária de aproximadamente dois litros. Já para cuidar da parte externa, procure produtos que contenham em sua fórmula vitamina A (Palmitato de Retinol – previne a desidratação e envelhecimento), vitamina E (Acetato de Tocoferol – age contra a formação de radicais livres) e óleo de amêndoas doces.

3 – Aplique na pele uma loção tônica e comprima-a suavemente com o auxílio de gaze.

Essa época do ano também é ideal para tratamentos de pele que não podem ser feitos no verão, por causa da exposição ao sol. É o caso daqueles feitos com ácidos (glicólico e kójico), que devem ser realizados no outono ou, no máximo, primavera. O ácido glicólico é indicado no tratamento de acnes e o kójico para clarear manchas. O peeling de cristal também é mais recomendado antes do verão. Ele faz uma

6 - Retire a máscara com água fria, enxaguando bem.

2 - Com as mãos limpas e os dedos envolvidos em gaze, retire levemente os cravos.

4 - Aplique uma máscara facial que tenha em sua formulação ingredientes ativos como Alantoína, que acelera a regeneração dos tecidos da pele, ou Extrato de Camomila, de ação calmante. 5 - Repouse por 20 minutos, deitando-se com os pés ligeiramente acima do nível da cabeça.

7 - Enxugue a pele e aplique um hidratante indicado para seu tipo de pele em todo o rosto e pescoço.

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:: ESPECIAL

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Quer chegar no verão com tudo em cima? Então é melhor começar a se mexer! Isso porque, para que os resultados dos exercícios físicos sejam percebidos, são necessários em média dois meses suando a camisa. Para gordinhos e magrinhos, existem diversos programas de exercícios, mas é importante consultar um profissional para ter os resultados desejados e não arriscar a saúde. Para quem está começando a deixar o sedentarismo de lado e quer perder peso, a dica é começar aos poucos. Exercícios na bicicleta e esteira ajudarão a queimar gordura, enquanto que a musculação garantirá um apoio correto para as articulações, evitando as lesões. Já para quem quer ganhar massa, a recomendação é musculação. A dica é, de novo, começar aos poucos, aumentando os pesos e as repetições gradativamente. Como complementação, podem ser desenvolvidos exercícios aeróbicos (como bicicleta e esteira), mas com pouca intensidade, ou eles podem roubar a energia da musculação. Também é importante lembrar que não se deve misturar em um dia exercícios que trabalhem o mesmo grupo muscular, sob o risco de provocar uma sobrecarga. Lembre-se ainda que todos os programas de exercícios devem ser acompanhados de alongamentos, para garantir que o corpo não perca flexibilidade e de um profissional para que o programa seja equilibrado. O verão está chegando, mas não é preciso pressa. O ideal é que a atividade física e a alimentação balanceada façam parte da rotina o ano inteiro. Muitas pessoas deixam para se exercitar em dezembro, esperando chegar em janeiro com um corpo já sarado. Nessa correria, acabam adquirindo lesões. Então se você procurar um profissional ou uma academia agora, conseguirá chegar na estação mais quente do ano em forma. Só não deixe para a última hora e não leve o exercício físico ao extremo ou poderá adquirir mais problemas ao invés de um corpo esbelto.

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:: NUTRIÇÃO

Os riscos da obesidade infantil A obesidade, já na infância, está relacionada a várias complicações e, quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a chance de os problemas ocorrerem Por Sandra Regina Fagundes Nutricionista CRN2 8903

Muito se sabe que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, o manejo pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. O aumento da prevalência da obesidade infantil está estritamente relacionado com mudanças no estilo de vida (mais tempo frente à televisão e jogos de computadores, maior dificuldade de brincar na rua pela falta de segurança) e nos hábitos alimentares (maior facilidade de fazer comidas ricas em gorduras e calorias e menor custo nos produtos de padaria). Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles, fatores externos (atitudes de pais e amigos, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos e manias alimentares) e fatores internos (necessidades psicológicas, imagem corporal, valores e experiências pessoais, autoestima, preferências alimentares, saúde e desenvolvimento psicológico). Complicações da obesidade infantil A obesidade, já na infância, está relacionada a várias complicações. E, quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a chance de as complicações ocorrerem, assim como mais precocemente. A quantidade total de gordura, o excesso de gordura na região abdominal e o excesso de gordura visceral

são três aspectos da composição corporal associados à ocorrência de doenças crônicodegenerativas. O aumento do colesterol sérico é um fator de risco para doença coronariana e esse risco é ainda maior quando associado à obesidade. Esta, por sua vez, é fator de risco para dislipidemia, promovendo aumento do colesterol, triglicerídeos e redução da fração HDL colesterol. Já o sobrepeso triplica o risco de desenvolvimento do diabetes. O nível de colesterol aumentado, a presença de hipertensão arterial sistêmica, diabetes e sedentarismo são fatores de risco independentes para doença coronariana. Vale lembrar que a ingestão alimentar da criança está intimamente relacionada com a ingestão alimentar dos pais. Eles devem encorajar a ingestão de fibras e desestimular a de alimentos ricos em colesterol e gordura saturada, bem como o uso excessivo de sal e açúcar refinado. Quando houver necessidade de aumentar a taxa de gordura, isso deve ser feito preferencialmente através de gordura monoinsaturada. Prevenção da Obesidade infantil A prevenção da obesidade infantil deve ser iniciada antes da idade escolar e mantida durante a infância e a adolescência. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir, de uma forma racional e menos onerosa, a incidência de doenças crônico-degenerativas. Uma das formas importantes de se prevenir a obesidade é através da atividade física. A atividade físi-

ca, mesmo que espontânea, é importante na composição corporal, por aumentar a massa óssea e prevenir a osteoporose e a obesidade. A aptidão física, por sua vez, é uma característica do indivíduo que engloba potência aeróbica, força e flexibilidade. O conjunto desses componentes pode auxiliar na identificação de crianças e adolescentes em risco de obesidade. A criança e o adolescente tendem a ficar obesos quando sedentários e a própria obesidade poderá torná-los ainda mais sedentários. O aumento da atividade física é a meta a ser seguida, acompanhada da diminuição da ingestão alimentar calórica. Geralmente a criança obesa é pouco hábil no esporte, não se destacando. Para a atividade física sistemática, deve-se realizar uma avaliação clínica criteriosa. No entanto, a ginástica feita em academia, a menos que muito apreciada pelo indivíduo, dificilmente é tolerada por um longo período, porque é um processo repetitivo. Portanto, deve-se ter ideias criativas para aumentar a atividade física, como descer escadas do edifício onde mora, pular corda, caminhar na quadra, jogar futebol, correr, andar de skate, bicicleta... A criança deve ser motivada a se manter ativa, e essa prática deve ser incorporada preferencialmente por toda a família. O fato de mudar de atividade, mesmo que ela ainda seja sedentária, já ocasiona aumento de gasto energético e, especialmente, mudança de comportamento, de não ficar horas numa só atividade sedentária, como se fosse um vício.

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:: NEUROLOGIA

Neuróbica: a ginástica do cérebro Assim como o restante de nosso corpo, nossa mente também precisa de exercícios para se manter ativa, por isso foi criada uma ginástica específica para o cérebro Aproximadamente 80% do nosso dia-adia é ocupado por rotinas que, com o tempo, acabam se tornando automáticas e limitando o cérebro. Por isso é importante treiná-lo. Foi pensando neste aspecto que o neurocientista norte-americano Larry Katz criou o que chama de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o órgão. De acordo com a teoria de Katz, é co-

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mum as pessoas não prestarem atenção naquilo que fazem de forma mecânica, esquecendo a atividade e perdendo a concentração pouco tempo depois. É por este motivo que a mente deve ser constantemente treinada e estimulada. Mas antes que os mais sedentários fiquem com preguiça só de ouvir falar em exercício, vale lembrar que hábitos bem simples já fazem toda a diferença. Como o objetivo da neuróbica é estimular os sentidos por meio de exercícios, não é necessário acrescentar novas atividades à rotina, apenas fazer de um jeito diferente o que é realizado diariamente. Assim, a pessoa presta mais atenção nas suas ações e melhora seu poder de concentração e memória. Vale até andar pela casa de trás pra frente! A inversão de alguns movimentos do nosso diaa-dia, aliás, faz parte dos exercícios propostos pela neuróbica. O objetivo é executar de forma consciente as ações que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do corpo a fim de treinar o cérebro e deixá-lo afiado. A proposta da teoria de Katz, então, é mudar o comportamento rotineiro a fim de “forçar” a memória. É importante lembrar ainda que, mesmo seguindo

as dicas e exercícios da neuróbica, uma pessoa com 40 anos não voltará a ter o mesmo cérebro de quando tinha 20, mas pode ativar áreas do órgão que deixou de usar por falta de “treino”. Entre alguns médicos, a aceitação ainda é controversa, mas não custa nada tentar não é? Confira algumas dicas: • Use o relógio de pulso no braço direito; • Ande pela casa de trás para frente; • Vista-se de olhos fechados; • Estimule o paladar, coma comidas diferentes; • Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado; • Veja as horas num espelho; • Troque o mouse do computador de lado; • Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto; • Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual; • Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro; • Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras; • Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos; • Ouça as notícias no rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais que se lembrar.


:: ACUPUNTURA

Qualidade de vida na terceira idade O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas variáveis, as quais influenciam significativamente na maneira como vamos alcançar determinada idade Por Renato Bender Castro

Acupuntura / Medicina Esportiva / Tratamento da Dor CRM 16838

No ano 2030, o número de indivíduos acima de 65 anos poderá alcançar 70 milhões somente nos Estados Unidos. O segmento populacional que mais cresce é o de pessoas com 85 anos ou mais. Segundo dados do IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá a sexta população mundial em número absoluto de idosos. O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas variáveis, por exemplo: genética, estilo de vida, doenças crônicas, que interagem entre si e influenciam significativamente na maneira como vamos alcançar determinada idade. A participação em atividade física regular (exercícios aeróbicos e de força) fornece um número de respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável. Muito tem sido aprendido recentemente em relação à adaptabilidade dos vários sistemas biológicos, assim como os meios em que o exercício regular pode influenciá-los. A participação em um programa de exercício regular é uma modalidade de intervenção efetiva para reduzir/prevenir um número de declínios funcionais associados ao envelhecimento. Adicionalmente, a treinabilidade dos indivíduos idosos (incluindo octo e nonagenarianos) é evidenciada pela habilidade de se adaptarem e responderem a ambos os tipos de treinamento: aeróbico e

força. O treinamento aeróbio pode ajudar a manter e melhorar vários aspectos da função cardiovascular. Importante: a redução nos fatores de risco associada com os estados de doença (doença cardíaca, diabetes, etc.) melhora o estado de saúde e contribui para o incremento na expectativa de vida. O treinamento de força ajuda a compensar a redução na massa e força muscular, tipicamente associadas com o envelhecimento normal. Benefícios adicionais do exercício regular incluem melhora da saúde óssea, portanto, redução no risco de osteoporose; melhora da estabilidade postural, reduzindo assim o risco de quedas, lesões e fraturas associadas; e incremento da flexibilidade e amplitude de movimento. Algumas evidências sugerem que o envolvimento em exercícios regulares pode também fornecer muitos benefícios psicológicos relacionados à preservação da função cognitiva, alívio dos sintomas de depressão e comportamento, além de uma melhora no conceito de controle pessoal e autoeficácia. Portanto, os benefícios associados à atividade física e o exercício regular contribuem para um estilo de vida independente e mais saudável, melhorando muito a capacidade funcional e a qualidade de vida nesta po-

pulação. Por outro lado, os indivíduos desta faixa etária apresentam, muitas vezes, alterações degenerativas e doenças que levam à dor e dificuldade de movimento, prejudicando a prática do exercício físico. Portanto, é importante o tratamento, principalmente, das alterações osteoarticulares e musculoesqueléticas frequentes nesta população (artrites, artroses, lombalgias, cervicalgias, neuropatias, entre outras). Podemos usar nestes pacientes acupuntura, bloqueios anestésicos, tratamento medicamentoso, terapia física e até tratamento cirúrgico, quando indicado. A acupuntura em pacientes idosos é de grande importância, já que não apresenta efeitos colaterais e não interfere com medicamentos frequentemente usados por estes indivíduos. Os efeitos anti-inflamatório, analgésico, relaxante muscular, ansiolítico e modulador da imunidade são de grande valia para que indivíduos da terceira idade possam se beneficiar da grande melhora da qualidade de vida que o exercício físico proporciona. Atenção: antes de praticar qualquer atividade física procure um profissional da saúde para auxiliá-lo nos exercícios.

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:: MATERNIDADE Visitas:

No primeiro mês é bom evitar que o bebê saia de casa e frequente locais muito aglomerados. Passeios ao ar livre devem ser matinais (entre 9h e 10h), de modo que o nenê possa tomar sol, que ajuda a sintetizar vitaminas importantes e a diminuir a icterícia, muito comum na primeira semana de vida.

Troca de fraldas:

Para remover os resíduos de fezes e urina, use algodão molhado em água morna ou óleo especial. Se o nenê for uma menina, os movimentos de limpeza devem ser feitos de frente para trás. Para prevenir assaduras, passe um creme protetor à base de óxido de zinco. As fraldas de pano devem ser lavadas com sabão neutro.

Manchas, espinhas e descamações:

A pele do recém nascido é muito mais sensível a fatores externos que a dos adultos e o contato com produtos químicos, por exemplo, pode causar pequenas espinhas. Evite usar amaciante e perfumes e dê preferência a sabão e sabonete neutros.

Recém nascidos: primeiros cuidados

Frágil e indefeso, os primeiros dias de vida do bebê necessitam que os pais fiquem mais atentos ao comportamento e aos cuidados necessários com o filho O ser humano, diferentemente das outras espécies animais, não nasce pronto para a vida e é dependente do cuidado de outras pessoas durante alguns anos. No entanto, até completar 28 dias de vida, o ser humano é considerado recém nascido e, nesse período, necessita de muitos cuidados maternos. Por este motivo, muitas mamães de primeira

viagem ficam com dúvidas e receosas por não conhecerem o comportamento e os primeiros cuidados com o bebê recém nascido. Sono, regurgitação, soluços, banho, vacinação e choro são algumas das principais dúvidas que povoam a cabeça das mães. Para ajudá-las nesse primeiro mês do bebê, a revista Matéria de Saúde separou algumas dicas, confira.

Vacinação:

Até o primeiro mês de vida, o bebê deve fazer as seguintes vacinas: BCG-ID (evita formas graves da tuberculose – principalmente nas formas miliar meningea) e Hepatite B (1ª e 2ª dose).

Regurgitação:

É comum em recém nascidos e quase sempre ocorre depois das mamadas. Se o bebê estiver ganhando peso satisfatoriamente, essa situação é considerada normal.

Diarreia:

Para evitar diarreias, o melhor é amamentar no peito. Se o bebê só toma leite de vaca ou em pó, está mais sujeito a infecções intestinais. Se ocorrer diarreia, um soro reidratante pode compensar a perda de líquidos e sais. O soro caseiro tem uma fórmula especial para recém nascidos: uma pitada de sal e um punhado de açúcar para 1 copo de 250 ml de água.

Nariz entupido: Soluços:

Os soluços são muito comuns nos primeiros meses de vida do bebê, pois os movimentos do diafragma ainda não estão bem coordenados. São frequentes na hora do banho, quando o bebê é manuseado e, às vezes, após as mamadas. Eles não provocam nenhum mal, mas podem indicar que o bebê esteja com frio. Verifique se os pezinhos estão gelados.

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Se você perceber que o nariz do bebê está entupido por uma pequena secreção, pingue, cuidadosamente, o conteúdo de um conta-gotas de soro fisiológico, em temperatura ambiente, em cada narina do bebê. Descongestionantes comuns, para adultos, são perigosos para a criança.

Prisão de ventre:

Dificilmente os bebês que mamam no peito têm prisão de ventre. Isso acontece com mais frequência em crianças que tomam leite de vaca ou em pó. O intestino demorar dois ou três dias, não significa que o bebê esteja com prisão de ventre, desde que o cocô seja mole ou pastoso. Mas se as fezes estiverem duras ou se houver algum sangramento, procure orientação médica.


:: MATERNIDADE Amamentação:

A mãe deve dar prioridade ao leite materno até, no mínimo, seis meses, quando será introduzida, uma dieta especial, com pequenas porções de frutas e sucos e, mais tarde, sopinhas. Deixe o bebê em pé durante meia hora após a amamentação, para que haja um esvaziamento gástrico mais rápido e não haja regurgitação.

Cariza Lima

Umbigo:

O coto umbilical cairá entre o 5º e o 14º dia de vida, mas às vezes o umbigo é mais grosso e gelatinoso e poderá cair em torno de 25 dias. É normal sangrar um pouco após a queda do coto umbilical. Até o desprendimento, o coto deverá ser envolvido em gaze esterilizada embebida em solução de álcool absoluto. Depois que ele cair, é importante manter a mesma higiene no local, até que cicatrize completamente.

Choro:

Para o recém nascido, essa é a forma de ele comunicar algum desconforto. A criança pode chorar se estiver com fome, sede ou frio, por causa de fraldas molhadas ou roupas apertadas. Ela também pode chorar se sentir coceira ou cólicas.

Sono:

Na primeira semana, o recém nascido dorme de 15 a 20 horas por dia. Então se você achar que ele está dormindo demais, não se preocupe.

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:: HOMEOPATIA

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A cura está na causa dos sintomas A homeopatia se baseia na lei da semelhança, a qual revela que uma substância capaz de produzir determinado sintoma em uma pessoa saudável também pode curá-la do mesmo Utilizando remédios naturais destinados a aumentar as capacidades curativas que o organismo possui, a homeopatia trata a pessoa dentro da sua globalidade. Segundo os homeopatas, qualquer substância encontrada na natureza pode ser transformada em um remédio. A doença é vista como um desequilíbrio interno e os homeopatas se esforçam para resolver os problemas sem atacar unicamente os sintomas. Com este objetivo, os profissionais utilizam substâncias específicas, fortemente diluídas que, quando absorvidas de uma forma não diluída, produzem, numa pessoa sã, os sintomas de uma determinada doença. Os princípios homeopáticos foram determinados pelo médico Samuel Hahnemann, no final do século XVIII, e foram baseados na cura pelo semelhante. A lei da semelhança revela que uma substância capaz de produzir determinada alteração (sintoma) em um indivíduo saudável, teria a capacidade de curar esta alteração, em uma condição de doença, quando utilizada

em doses pequenas. Segundo os homeopatas, quanto mais os efeitos de uma substância se aproximam dos sintomas do paciente, mais suas virtudes terapêuticas são importantes na cura do paciente. Ao mesmo tempo, quanto mais uma substância é diluída, maior será sua eficácia. Assim, os remédios são preparados segundo regras estritas de diluição, visando reforçar o seu poder. As terapias homeopáticas são diferentes de qualquer outro tipo de medicina. Um único medicamento homeopático trata todos os sintomas do paciente, não somente a sua queixa principal. O efeito de uma dose pode durar meses ou mesmo anos. Além disso, os medicamentos não têm prazo de validade. Entretanto, a formulação do remédio é exclusiva para cada paciente, por exemplo, dez pessoas asmáticas podem precisar de dez medicamentos diferentes. Tudo depende dos sintomas e da situação de cada um. Apesar de a homeopatia já ter sido reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e constar no Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira, deixando assim de fazer parte de terapias alternativas, essa forma de tratamento ainda é vista cercada de mitos e até preconceitos. Confira alguns a seguir: Os medicamentos homeopáticos agem devagar? O período de reação a um medicamento homeopático depende da natureza da doença, da força vital do paciente e da precisão da receita. Muitas vezes, a resposta a uma

doença aguda é muito rápida. Isso não é uma regra. Não há nada nos remédios homeopáticos? Os medicamentos homeopáticos são preparados por meio de diluições em série. A maioria dos homeopatas costuma usar diluições centesimais, isto é, diluições C. Não há nada de químico ou fisiológico, porém, há uma espécie de padrão da substância original que permanece. Portanto, embora cada medicamento homeopático tenha aparência e sabor idênticos, cada um tem seu próprio padrão e propriedades. A homeopatia não funciona? É certo que um remédio homeopático erroneamente receitado pode não fazer efeito algum sobre os sintomas, mas uma receita correta irá produzir resultados positivos. Sem acreditar na homeopatia, ela não funciona? Mesmos as pessoas mais céticas podem se beneficiar do tratamento homeopático. Contanto que a descrença não leve alguém a sabotar ou abandonar o tratamento. A homeopatia não é somente para aqueles que acreditam nela, porque crianças e animais — sem nenhum interesse ou convicção na eficácia da homeopatia — reagem muito bem a esses medicamentos. Homeopatia só funciona com doenças simples? A homeopatia é excelente tanto para doenças crônicas como para doenças agudas. É eficaz para casos graves e também para casos corriqueiros, de natureza física, mental ou emocional. Na Índia, por exemplo, hospitais inteiramente homeopáticos se dedicam ao tratamento das doenças mais graves. A homeopatia pode ser perigosa? Pode ser apavorante pensar em tomar um remédio homeopático feito de venenos ou do produto de doenças, como a tuberculose. Entretanto, os remédios homeopáticos são feitos com apenas a memória da substância original, logo se torna óbvio que não existe o mínimo risco de toxicidade. Os remédios homeopáticos, ainda que sejam preparados de escorpiões, nunca são venenosos.


:: PSICOLOGIA

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Hipnoterapia Cognitiva Comportamental:

a efetividade da hipnose clínica no tratamento dos transtornos psiquiátricos Por Arianne de Sá Barbosa Psicóloga (CRP 07/15985) Mestre em Psicologia (UFRGS)

A hipnose existe muito antes de relatos escritos da história humana, sendo utilizada em muitas cerimônias religiosas e de cura de vários povos primitivos. O primeiro registro sobre a técnica data de 2400 a.C., na Índia e Caldeia. Porém, o termo “hipnose” só foi criado em 1842, pelo pesquisador James Braid. Etimologicamente, a palavra hipnose tem origem grega, derivando do termo hipnos (sono/deus do sono), significado esse que provocou uma ligação da técnica com o ato de dormir que perdura até os tempos atuais. No entanto, essa conexão é errônea. Para a American Psychological Association (APA), a hipnose é “um procedimento durante o qual um pesquisador ou profissional da saúde sugere que um paciente experimente mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos”. Durante o estado hipnótico, o paciente não dorme, permanece em um estado de concentração focalizada que permite acessar as estruturas cognitivas, os pensamentos e as crenças, identificando os sentimentos que estão relacionados a essa forma de processar os estímulos percebidos. Entrar em hipnose envolve tirar sua atenção da experiência externa e direcionála internamente. Assim, as distrações e a crítica diminuem e o indivíduo absorve melhor o que lhe é sugestionado. No Brasil, apenas três conselhos profis-

sionais têm legislação que regula e permite a utilização da hipnose como recurso terapêutico nas suas respectivas áreas: 1) o de psicologia; 2) o de odontologia; e 3) o de medicina. É importante realizar hipnose somente com profissionais sérios que estão treinados, registrados e autorizados pelos seus respectivos conselhos a aplicá-la. O psicólogo que utiliza a hipnose como recurso terapêutico se chama hipnoterapeuta; o odontólogo, hipnodontista; e o médico, hipniatra. Na psicologia, a Terapia Cognitiva Comportamental tem utilizado a hipnose como uma técnica de manejo de diversos sintomas e transtornos psicológicos. Ela tem se mostrado eficaz para o tratamento de distúrbios como: insônia, enxaqueca, alívio da dor, ansiedade, depressão, dependência química (principalmente de maconha, álcool e cigarro), fobias (medo de dirigir, altura, animais, falar em público, sair de casa…), estresse, distúrbios póstraumáticos, sexuais, tensão pré-menstrual, síndrome do pânico, compulsão alimentar, por compras, problemas digestivos de fundo nervoso, dentre outros. Também pode ser utilizada para melhorar o desempenho e controlar a ansiedade de atletas, prévestibulandos e concursandos. Por fim, a hipnose está sendo utilizada para a promoção da perda de peso através do “balão hipnótico”. Esta técnica foi

inicialmente desenvolvida na Espanha e promove uma “cirurgia imaginária” no indivíduo, através da qual este sente como se um balão tivesse sido colocado em seu estômago, analogamente à sensação promovida pela cirurgia de balão intragástrico real. Assim, o paciente se sente saciado e não consegue se alimentar em excesso, perdendo peso rapidamente e com saúde. Uma ótima opção para quem quer perder uns quilinhos extras até o verão!

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:: ESTÉTICA

Adeus, cílios postiços!

Descoberta inovadora para o aumento natural de cílios pode ser o fim da utilização de técnicas temporárias pelas mulheres As mulheres já podem abandonar os cílios postiços e contar com mais um cosmético que auxilia na beleza, uma solução capaz de aumentar naturalmente os cílios. Lançado pela empresa Allergan, o Latisse é um remédio controlado que alonga, escurece e dá volume aos cílios. Assim como o Botox, que foi primeiro aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) como um tratamento para os olhos e depois foram descobertos seus benefícios estéticos, com o Latisse também houve um uso diferenciado no início. Em 2001, ele foi aprovado para problemas de visão, como o glaucoma. Porém, em 2009 a novidade já foi aprovada para uso estético pelo órgão americano que regula alimentos e medicamentos. A solução oftalmológica serve para quem tem hipotricose, ou redução da quantidade normal de pelos, no caso, os cílios. A Allergan realizou uma pesquisa científica com cerca de 280 voluntários, sendo que a metade deles usou o Latisse diariamente durante 16 semanas. Nesse estudo foi provado os efeitos do produto, os cílios normalmente cresceram 25% mais longos, 106% mais espessos e 18% mais escuros. A estimativa é de que os resultados sejam visíveis em oito semanas e se completem em dois meses. Para manter o efeito alcançado é preciso continuar o uso do produto. Se suspenso, os cílios voltam ao normal. O Latisse não deve ser apli26 | setembro de 2011 |

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cado na parte inferior dos cílios, apenas na de cima. No caso de ser colocado por acidente em qualquer outra parte do corpo, é preciso retirá-lo com água e lenços de papel. Entre as reações adversas previstas pelos próprios fabricantes estão olhos vermelhos, coceira e hiperpigmentação. O produto é vendido apenas com prescrição médica e o tratamento com Latisse deve ser feito com controle de um oftalmologista.

Outros produtos: O Latisse não é o único produto dessa linha que intensifica o crescimento dos cílios. Ainda não comercializado no Brasil, o Neu Lash é uma fórmula trabalhada com proteínas, vitaminas, hidratantes e ingredientes rejuvenescedores, que garante fortalecer e dar volume, melhorar a elasticidade e devolver a nutrição e vitalidade dos cílios em apenas 30 dias de uso. O tratamento deve ser feito todas as noites antes de dormir, aplicando-o na base dos cílios, indo de um canto ao outro das pálpebras. Após os 30 dias seguidos de uso, as aplicações podem diminuir para duas vezes na semana, mas sem esquecer que para os resultados permanecerem, o tratamento deve ser contínuo. É importante lembrar que, antes de procurar qualquer um destes tratamentos, deve-se consultar um médico ou profissional da área, que poderá auxiliar na escolha do medicamento mais indicado.

O produto é vendido apenas com receita e o tratamento deve ser feito com oftalmologista


:: FARMÁCIA

Ayslim Manga é utilizado As vantagens das balas no controle da obesidade e shakes emagrecedores Divulgação

Por Ângela Maria Bohlke Farmacêutica CRF 11949

Por Sabrina F. Pereira Farmacêutica CRF 10120

O Ayslim® Extrato de Manga Africana provém do extrato das sementes de uma árvore natural da África e do sudeste asiático, chamada Irvingia gabonensis, algumas vezes conhecida pelo nome popular de wild mango, African mango ou bush mango. Estudos realizados em populações tribais da África descobriram que os povos de certa região apresentavam baixa incidência de obesidade, diabetes e doenças relacionadas devido ao uso constante de uma pasta feita das sementes da Irvingia com a finalidade de espessar sopas. Esta descoberta levou ao desenvolvimento de um extrato concentrado de Irvingia que reduz medidas pela queima de gordura ao mesmo tempo em que controla a deslipidemia, reduzindo o colesterol LDL e triglicerídeos e melhorando os níveis do colesterol HDL, assim como reduz os níveis de glicose no sangue. Considerando a extensa utilização da Irvingia gabonensis na

alimentação dos africanos, os autores dos estudos citados encorajam o seu uso com o propósito de controlar a absorção de lipídeos da dieta e o peso corporal. O Ayslim® Extrato de Manga Africana é recomendado como coadjuvante no tratamento da obesidade, diabetes e doenças relacionadas pois: • ajuda no controle da taxa glicêmica e colesterol; • tem efeito laxativo; • promove saciedade. Recomenda-se a ingestão de uma cápsula de 500mg do Ayslim® Extrato de Manga Africana duas vezes ao dia, meia hora antes das principais refeições, juntamente com um copo de água. Pacientes com problemas de pressão ou fazendo uso de hiper ou hipotensores, bem como diabéticos e pessoas com problemas glicêmicos, devem procurar um médico antes de utilizar esse produto.

A reeducação alimentar é fundamental para o sucesso de uma dieta, além, é claro, do acompanhamento médico para descartar possíveis alterações que podem estar provocando o aumento de peso. Poder comer um doce é decisivo para seguir um programa de perda de peso, ainda mais se existe a vantagem de acelerar o resultado, como é o caso das balas emagrecedoras, que além do colágeno, possuem ativos naturais que ajudam a manter a dieta. O colágeno hidrolisado, usado para dar base ao doce, tem cerca de 20 aminoácidos, mais do que na gelatina e numa concentração bem maior. Portanto, os efeitos não se comparam. No estômago, o colágeno hidrolisado vira um gel que se expande e ocupa espaço, reduzindo o apetite. Como tem digestão lenta, ainda faz com que a fome demore a voltar. Além de ajudar no emagrecimento, o colágeno previne a flacidez e é uma substância importante para firmar a pele. Os fitoterápicos, usados em associação com o colágeno, têm

o poder de diminuir ainda mais o desejo de comer doces, queimar gordura ou reduzir a absorção dos carboidratos ingeridos. Além das balas, que podem ser usadas entre as refeições, os shakes dietéticos podem substituir uma refeição. O shake emagrecedor possui em sua formulação o Vegesoy Fiber, um ingrediente funcional natural com alto teor de fibras alimentares. Além de melhorar o funcionamento do intestino, ele melhora o sistema imunológico e reduz a absorção de gorduras, o que facilita o emagrecimento e diminui os riscos de doenças coronarianas. Possui ainda: Garcínea (atua como redutor natural do apetite e acelera a queima de gorduras) e Agar-agar (alga marinha que combate a flacidez e fortalece unhas e cabelos). As balas emagrecedoras, assim como os shakes dietéticos, não contêm adição de açúcares em sua formulação, podendo ser utilizados por pessoas diabéticas. Entretanto, é importante lembrar que toda a dieta deve ser realizada com acompanhamento médico.

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:: PATERNIDADE

A internação do bebê aos olhos do pai

Trabalhos realizados junto a UTIS Neonatais mostraram que os pais reagem de distintas maneiras ao internamento do filho recém nascido, porém o primeiro encontro é sempre traumático Divulgação

Por Helena Beatriz P.R. Juenemann Psicóloga da Apae Cachoeirinha CRP07/20062

O parto é, geralmente, um momento que envolve grande tensão e, quando ocorre antes do tempo previsto, transforma-se num evento estressor, criando uma crise na família e gerando angústia e sofrimento para os pais. Na verdade, sendo o bebê prematuro, os pais também são “pais prematuros” e enfrentam dificuldades ao lidarem com as expectativas, desejos e representações não condizentes com a realidade. O nascimento de uma criança prematura afeta toda a família e as atenções se voltam exclusivamente à mãe e à criança. O pai, deslocado a um segundo plano, normalmente é negligenciado em seus sentimentos e preocupações. Passa pelas mesmas angústias que a mãe, mas vê-se impedido de vivenciar a paternidade em sua plenitude por não lhe ser permitido o direito de opinar e não ter com quem dividir seus sentimentos e emoções. A internação de um filho, logo ao nascer, é sempre um fato novo, totalmente inesperado e que causa forte impacto no primeiro momento. Ao visitarem seu bebê doente, cheio de fios e monitorado por aparelhos, os pais experimentam sentimentos ambivalentes e custam a reconhecê-lo como seu. Os médicos, por sua vez, quando explicam as condições de saúde da criança, o fazem com um linguajar próprio e de acordo com suas percepções, avolumando, assim, o nervosismo e a incerteza e dificultando a real compreensão do estado clínico do filho por parte dos pais. Trabalhos realizados junto a UTIS Neonatais mostraram que os pais reagem de distintas maneiras ao internamento do filho. Muitas vezes, entram em pânico frente ao ambiente de uma UTI e demonstram medo de estabelecer um vínculo maior com o bebê para depois perdê-lo. O primeiro encontro com o filho na incubadora sempre é traumático. Sendo bem diferente daquela criança esperada durante toda a gestação, a reação do pai ao vê-lo é de susto, decepção e choque, pois em nada retrata o que havia imaginado e sonhado.

O pai pode passar por um luto antecipado e se isolar por não conseguir vivenciar plenamente a paternidade

Sente-se abafado, nervoso, apreensivo, procurando superar a realidade que se apresenta. Desespera-se com o quadro clínico, se compadece da criança e se dá conta de quanto é frágil, inseguro e impotente para conseguir um desfecho rápido e feliz à estória. Vive em sobressalto, ignorado, já que todos os olhares e atenção estão voltados à criança e à mãe. O pai pode passar por um luto antecipado, entristecer-se e se isolar por não conseguir vivenciar plenamente a paternidade almejada. Como o recém nascido ainda não está a salvo, não se sente à vontade para receber os parabéns pelo nascimento do filho e de dividir a alegria com a família e com os amigos. Assim, sujeito a emoções ambivalentes e conflitantes que acontecem paralelamente à internação do filho na UTI Neonatal, o homem pode se sentir também prematuro nesta paternidade e experimenta sentimentos contraditórios que variam entre o amor e o medo de amar frente o risco de perda do

bebê, o apegar-se e o não querer apegar-se, o fazer-se presente e ao mesmo tempo, ausente, entre tantos outros. Este sujeito, denominado pai, pode precisar também de apoio e de amparo. E, após a saída da mãe do hospital sem o bebê no colo, sentir tristeza, ansiedade e solidão. Pode, igualmente, experimentar uma sensação de vazio, de fracasso, de infelicidade. Preocupa-se com as despesas hospitalares, com o sustento da casa e teme, inclusive, ter o vínculo empregatício abalado ou perder o emprego, considerando que está inteiramente voltado à família e não ao trabalho. O pai da contemporaneidade, bem mais maternal do que em épocas passadas, não tem vergonha de deixar transparecer seu medo, angústia e desespero. Sendo capaz de chorar diante do sofrimento enfrentado por seu pequenino prematuro, demonstra uma grande evolução da alma humana. Merece, assim, receber o acolhimento, a consideração e o respeito dos profissionais da saúde.


:: PILATES Divulgação

Caminhada e pilates

Enquanto a caminhada auxilia na perda de peso, o pilates fortalece a musculatura e melhora a postura para a prática do exercício físico de forma mais equilibrada Por Denise Adriana Ribas Lazzari Fisioterapeuta CREFITO 5: 70441/F

Existem dois tipos de exercícios físicos: os aeróbicos e os anaeróbicos. No primeiro grupo estão, por exemplo, corrida, caminhada, bicicleta e natação. Já no segundo estão musculação, sprints e pilates. Enquanto os exercícios aeróbicos aumentam o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca, desenvolvendo a resistência, capacidade respiratória e consequentemente o condicionamento físico, os exercícios anaeróbicos são de curta duração, necessitam de pausas e têm como objetivo principal o aumento da massa muscular e a potência. Apesar de diferentes, os dois tipos de

exercício se complementam. Enquanto um queima gordura, o outro trabalha os músculos. Isso sem contar o aumento da capacidade pulmonar e da resistência à fadiga. Duas práticas que podem se complementar são a caminhada (aeróbica) e o pilates (anaeróbico). Isso porque, enquanto a caminhada auxiliará na perda de peso, o pilates fortalecerá a musculatura para a prática do exercício físico. Outra forma de complementação é em relação à postura na hora da caminhada. Por exemplo: se uma pessoa caminha com uma postura incorreta, com a barriga solta e os ombros tensos, terá uma

sobrecarga muscular e poderá sentir cansaço e dor. Nesse sentido, o pilates pode ajudar porque auxilia a pessoa a se portar corretamente, distribuindo o peso do corpo de forma mais equilibrada. Fortalecendo o abdômen através dessa prática, por exemplo, é possível harmonizar automaticamente o movimento das pernas e dos braços. A solução então é combinar a consciência corporal do pilates com um treino básico de caminhada. A combinação da caminhada com o pilates auxilia também na prevenção da osteoporose, que atinge milhões de pessoas no mundo, especialmente os idosos.

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Centro de Especialidades Ortopédicas e Traumatológicas de Gravataí - CEOT Dr. Fernando Sanchis (Coluna Vertebral) | Dr. Paulo Velasco (Ombro) Leohnard Bayer (Mão e Cotovelo) | Dr. Pablo Lessa (Quadril e Fraturas) Dr. Roberto Schwanke (Joelho) | Dr. Alfredo Sanchis (Quadril e Fraturas) Dr. Fabrício Brinco (mão e cotovelo) | Dr. Pedro Kanan (Pé e Tornozelo)

Protegendo a sua Coluna

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Atualmente sabemos como as posições e os objetos pesados podem afetar a coluna, mas você pode aprender a minimizar este estresse Muitas pessoas apresentam episódios repetidos de dor nas costas, frequentemente causados por uma combinação de postura inadequada com estresse excessivo sobre a coluna vertebral. Atualmente sabemos como as posições e os objetos pesados podem afetar a coluna e causar problemas, mas você pode aprender a minimizar este estresse. Melhorando a sua postura: Certifique-se de que você pode se aproximar do seu trabalho sem se curvar para frente. Também é importante que você se sinta com as costas retas quando trabalhando em uma mesa. A maneira como ficamos em pé e nos sentamos é importante e pode afetar muito o modo como lidamos com a dor nas costas. Cuidados com a postura podem minimizar muito o estresse sobre a coluna. As dicas a seguir irão ajudá-lo a melhorar sua postura: • Quando estiver em pé, mantenha as costas retas, o rosto voltado para frente e evite “se largar”; • Quando estiver trabalhando em uma bancada, verifique se ela está alta o suficiente para você se manter ereto; • Uma mesa de trabalho deve ter altura adequada e espaço para as pernas, de modo que você possa estar suficientemente perto da mesa para manter-se ereto e confortável; • Manter-se parado na mesma posição por um longo período causa dor e rigidez; • Quando sentado diante de sua mesa de trabalho, certifique-se de que você pode se manter ereto com um apoio na parte inferior das costas. Examinando os seus sapatos: Mulheres que têm dor nas costas devem evitar usar saltos altos por longos períodos. É 30 | setembro de 2011 |

melhor optar por sapatos que não tenham solas rígidas de couro, pois as solas rígidas enviam ondas de choque através do seu esqueleto quando os calcanhares atingem o solo e, com frequência, agravam os problemas das costas. Dirigindo confortavelmente: A dor nas costas é frequente em todos que passam longos períodos dirigindo um carro. Aqueles com tendência a ter problemas nas costas podem desenvolver problemas específicos. Evite dirigir por períodos superiores a duas horas sem algum intervalo. Estique as pernas e caminhe um pouco a cada duas horas. Sentando adequadamente: Muitas cadeiras são mal projetadas. As piores são, frequentemente, as cadeiras baixas e as poltronas que aparentam ser tentadoramente macias, mas deixam as suas costas em uma posição curvada. Sentar na ponta de um banco com as costas curvadas para frente tende a piorar a dor nas costas e a rigidez, e deve ser evitado. Cadeiras retas, que apoiem a região lombar das costas, mantendo a curvatura desta parte da coluna, são as melhores opções. Levantando um peso corretamente: Muitos problemas das costas se desenvolvem quando se levanta peso. Frequentemente isto acontece quando se carrega um peso ao mesmo tempo em que se curva ou se torce as costas. A sobrecarga nas costas é bem maior quando o objeto é segurado à distância e não junto ao corpo. Dormindo adequadamente: Muitas dores nas costas são desenvolvidas por causa de um colchão e um estrado de baixa

Dr. Fernando Sanchis Especialista em Coluna Vertebral CRM 25665

qualidade, que cede ao peso do corpo. Muitos de nós dormimos de lado e, quando o colchão cede, a coluna se curva lateralmente, o que pode causar dor e rigidez considerável. A cama ideial deve ser firme, mas confortável. Usando apenas um travesseiro: Você deve se deitar com o seu corpo o mais reto possível, para que nem a sua coluna nem o seu pescoço se curvem lateralmente durante a noite. Se usar muitos travesseiros, o seu pescoço terá uma torção lateral que será transmitida a toda a sua coluna. É geralmente mais recomendado utilizar apenas um travesseiro, para que a sua cabeça e seu pescoço estejam alinhados com o restante de seu corpo. Mantendo-se em boa forma: Se você apresenta excesso de peso, está colocando uma sobrecarga adicional na sua coluna, e também pode ter uma postura inadequada. É importante que você perca peso, não só para as suas costas, mas também para a sua saúde global. A boa forma física e os exercícios são importantes componentes de prevenção e tratamento para quem é suscetível à dor nas costas. Os exercícios contribuem para prevenir a dor ao aumentar a capacidade do tronco em suportar pesos. Existem muitos tipos de exercícios que podem ser utilizados, como o aeróbico, a musculação, a natação e os exercícios de alongamento e curvatura simples. O que importa é manter a forma e fortalecer os músculos da coluna.


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