Ano 2 6ª Edição
Fevereiro 2009 Distribuição Gratuita
a i r é t a M G8 Industrial prospecta oportunidades
O banco que revolucionou a forma de conceder crédito Entendendo a crise: motivos e histórico da turbulência mundial
• Empreendedorismo
• Qualidade
• Sustentabilidade • Logística • Economia
Fevereiro/2009
ÍNDICE
MA TÉRIA DE C AP A MATÉRIA CAP APA A qualidade mundial para a indústria daqui Leandro Gonçalves da Silva fala sobre a Interfasul e suas parcerias ousadas para oferecer o que há de melhor no mundo para a indústria brasileira
8 e9 REPOR REPORTTAGEM ESPECIAL Herdeiros de sonhos, tradições e negócios As empresas familiares por vários ângulos
18, 19 e 20 O banco que revolucionou a forma de
conceder crédito Muhammad Yunus, criador do banco Grameen, mostra que é possível conceder crédito aos pobres e ter um índice de inadimplência quase zero.
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Renova inaugura célula de trabalho em presídio .............................. 06 Metalúrgica Fallgatter apresenta planos de expansão ................................ 11 Sidermetal cresce em meio à crise ........ 12 Novas medidas para empresas optantes do Simples ............................... 14 Entendendo a crise ................................ 17
Fevereiro - 2009 - Ano II - 6a Edição Circulação: 5000 Exemplares Coordenação: - Roselaine Vinciprova - roselaine@trcomunicacao.com - Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com
Normas ISO ganham novo formato ...... 24 Menos enxofre no diesel ....................... 27
Geral: 51 3041.2333 - materiaprima@trcomunicacao.com www.trcomunicacao.com/materiaprima Comercial: Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova - roselaine@trcomunicacao.com (MTB 11043) Colaboração: Camila Schäfer - jornalismo@trcomunicacao.com Micael Rodrigues - micael@trcomunicacao.com
Novos setores obrigados a emitir NF-e .......................................... 29
Fontes: Fiergs, administradores.com.br, Fecomércio, Federasul, Portal PGQP, Sebrae RS, Portal da Qualidade, CIC, Prefeitura de Gravataí, www.fnq.org.br, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Secretaria Estadual da Fazenda, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Agência Brasil.
Conflitos podem ser oportunidade de mudança .................... 32
A importância do setor de RH .............. 30
Matéria Prima é uma publicação bimestral da TR Comunicação e Marketing. Todos os direitos reservados.
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TR Comunicação e Marketing Av. João Batista da Silveira e Souza, 37 / 207 Centro - Cachoeirinha / RS CEP: 94920 - 100 51 3041.2333
Lixo tecnológico com destino errado traz sérios problemas à sociedade ........ 34
INFORME COMERCIAL
Uma família que respeita as tradições e a arte culinária Em março o Mercato inaugura dois espaços: o Itália e o Express Comer bem é um dos poucos hábitos que ninguém gostaria de abrir mão. Poucas coisas trazem tanto bemestar para o corpo e a alma quanto prestigiar um requintado ambiente e degustar sabores e especiarias. O Restaurante Mercato, inaugurado há mais de sete anos, brindou a região com uma grata surpresa. A cozinha contemporânea explorada na sua melhor essência durante o dia e as tradicionais pizzas à noite surpreenderam. O público gostou tanto que a trajetória natural seria criar novas roupagens para o Mercato, buscando agradar o seu fiel público e novos clientes. O Café Mercato, localizado no coração da cidade, é uma idéia ousada. O ambiente foi projetado para ser um local aconchegante de encontros e negócios. Para Volmir Carboni, o Café Mercato surpreendeu porque demonstrou um público em busca de qualidade e diferenciais. O Café, durante este ano, ainda apresentará muitas novidades para o público. “Estamos construindo a verdadeira essência do Café Mercato. É isso que vamos apresentar ao público”, revela Carboni. Mas neste ano as duas grandes novidades são o Mercato Express e o Mercato Itália. Novas roupagens para a família Mercato. Os dois têm previsão de inauguração na primeira quinzena de março. O Mercato Express é um restaurante voltado para um público que quer almoçar com qualidade e preço mais acessível. Também tem a opção do self service à quilo. O espaço ainda será um local para festas, casamentos, aniversários. A direção do Mercato também planeja promover eventos periódicos abertos ao público com uma boa música ou atração especial. O Mercato Itália é um restaurante preparado com respeito às tradições e a arte culinária. Os grandes diferenciais serão o tradicional galeto à moda italiana, e uma ilha de risotos, onde o cliente monta o molho de sua preferência. O cardápio oferece ainda massas, antepastos e especiarias italianas além de outras surpresas que o público só irá conhecer na abertura do espaço. O Mercato Itália funcionará junto ao Pátio Rio Grande, no Distrito Industrial de Cachoeirinha.
Fevereiro/2009
EDITORIAL
A marolinha virou
tsunami
Não tem como não se perder em meio à crise. Em dar as empresas, dentre elas protelação de prazos de todos os sentidos. A marolinha virou um tsunami. São pagamento dos impostos. O Banco Central cedeu às prestantas notícias que, às vezes, nos perguntamos se todas sões e baixou a taxa básica de juros para 12,75%. Para falam do mesmo mundo. No mesmo dia, são divulgadas Paulo Tigre, presidente da Federação das Indústrias do notícias como o corte de salário dos funcionários da SuRio Grande do Sul (FIERGS), este deve ser o ano do BC zuki e o maior aumento de vendas no mundo da Volks. O ser mais ousado no corte dos juros e dos governos repenMinistério do Trabalho divulgou o corte de 654 mil vagas sarem estímulos, reduzindo impostos e, principalmente, em dezembro ao mesmo tempo em que a Disneylândia fazendo investimentos em infraestrutura, logística, enerde Tóquio contratou mais de dois mil e a indústria do gia e saneamento. A próxima reunião do Copom acontefumo gaúcho intensifica contratações. ce em março. Muitas das demissões vêm da indústria automotiva. Aqui na região, uma das melhores notícias é a geraPara alguns, isso não é surpresa porque o gráfico consução de mais de mil postos de trabalho para as melhomidores x carros não pode estar em rias em Cachoeirinha, fruto do ascensão durante tantos anos. Poempréstimo do Fonplata - FunAs empresas diretamente rém, a redução dos impostos adodo Financeiro para o Desenatingidas são as que têm tada pelo governo em dezembro fez volvimento da Bacia do Prata. ligação com exportação. Por com que as vendas aumentassem. E São obras, basicamente, do aí muitos analistas perguntam: "por isso vemos algumas indo muito conduto forçado, além de alarque tantas demissões?". gamento e construção de avemal ao mesmo tempo em que As empresas diretamente atinnidas. outras crescem, como a G8 gidas são as que têm ligação com Realmente são muitas notíIndustrial e a Sidermetal. exportação. Por isso vemos algucias. O bom de tudo isso é que mas indo muito mal ao mesmo temcada pessoa pode tirar de cada po em que outras crescem, como a G8 Industrial e a uma o melhor proveito. O importante é que nós, da Sidermetal. Revista Matéria Prima, procuramos a cada edição traA crise causa uma precaução em todos os setores zer um balanço dos principais acontecimentos que afecom a estagnação dos investimentos ou aquisições. Muitam a nossa indústria. Pessoas daqui da região que tratos já dizem que essa é uma crise de confiança, uma vez balham para mostrar que é possível construir um munque atingiu esse patamar porque muitos investidores e do melhor. Desejamos a todos uma boa leitura, lemconsumidores estão "desconfiados". brando que na próxima edição de abril estaremos comMas, por outro lado, a crise gera oportunidades para pletando o primeiro ano de circulação. Convidamos as empresas que conseguem ter uma visão mais clara. você, leitor, a participar desta edição mandando eManter a estratégia é uma ótima ideia, se a empresa tiver mails com mensagens e sugestões. Até abril. certeza do seu negócio. Outras áreas, como a de Tecnologia da Informação, já encontram na crise oportunidaEquipe da des. Revista Matéria Prima O Governo anunciou um pacote de medidas para aju-
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INFORME COMERCIAL
DIVISÓRIAS | PISOS | FORROS | CARPETES | GESSO ACARTONADO | PERSIANA
Amigos, clientes e fornecedores estiveram presentes no coquetel de inauguração da nova sede.
Divimonta inaugura nova sede Buscando oferecer o que há de mais moderno e seguro no ramo de divisórias, forros, gesso acartonado, pisos, carpetes e persianas, a Divimonta inaugurou sua nova sede localizada no acesso ao bairro Morada do Vale I. O coquetel contou com a presença de amigos, clientes e familiares no dia 10 de janeiro. As novas instalações contam com um completo show room dos produtos Divimonta. Ao completar 10 anos de atividades, a empresa comemora a conquista de clientes em todo o Brasil. O atendimento personalizado e capacitado garante à Divimonta uma lista de grandes empresas no seu portfólio. As divisórias são capazes de multiplicar espaços. Elas são muito usadas para maximizar ambientes. É possível transformar uma sala em um novo ambiente. Mas, para isso, também é importante contar com qualidade em todos os processos. Desde a perfuração até o projeto certo na hora de aproveitar o espaço. A Divimonta também conta com assessoria completa para remodelagem com forros, gesso, pisos, carpetes e persianas. Visite a Divimonta.
Conheça nossa linha no conforto da nova sede.
Av. Alexandrino de Alencar, 30. Morada do Vale I . Gravataí - RS 51. 3490.5861
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G8 Industrial prospecta oportunidades Divulgação G8/MP
A empresa G8 Industrial entrou em 2009 com o pé direito. Contrariando as perspectivas de crise, a empresa definiu em seu plano estratégico que os mercados de petróleo e gás, além da indústria naval, seriam seus principais focos de atuação, por se tratar de setores com uma política consolidada de investimentos, mesmo que possíveis revisões possam ocorrer ao longo do período. Desta forma, em sua primeira prospecção de mercado ao Rio de Janeiro, a G8 Industrial pode desenvolver as primeiras parcerias com o foco nesta especialidade produtiva. Foram visitados os Estaleiros Cassinú e Atlântico Sul. Como resultado destas agendas, a G8 Industrial já está desenvolvendo um projeto tecnológico para a nacionalização de uma peça de embarcações, tanto de grande porte como rebocadores. "Também se concretizou uma prestação de serviços para a reparação de um eixo de navio", destaca Nélcio Pereira, um dos sócios da G8 Industrial. Além destas prospecções, foi realizada uma
visita à empresa Continental, cliente da G8 na aquisição de ferramentas de trepanação (Ferramentas de Corte para manutenções em dutos). De acordo com Egídio Palaoro Neto, também sócio da G8, as perspectivas para 2009 são muito boas. O Grupo está revolucionando a forma de entregar soluções customizadas à indústria nacional. Como principal foco para os próximos anos, os sócios da G8 destacam o investimento em tecnologia. "Investiremos muito em pesquisa e desenvolvimento, focando a nacionalização de itens e a agregação de valor" salienta Egídio Palaoro Neto.
G8 quer investir nos setores de petróleo e gás, além da indústria naval
Renova inaugura célula de trabalho em presídio
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A Renova, dentro do Plano de Ação Conjunta (PAC) e numa parceria com a Instituição Penal Irmão Miguel Dario, inaugurou em dezembro uma célula de trabalho dentro da sede da instituição penitenciária. De acordo com o diretor presidente da Renova, Joarez Venço, esse é um projeto que vem dando excelentes frutos e possibilita que os apenados em regime semiaberto trabalhem na empresa com os mesmos direitos dos demais colaboradores. Atualmente, dez apenados trabalham na produção da Renova, contando com ônibus da empresa que busca e levaos de volta ao presídio. "A partir de agora estaremos dando mais uma oportunidade de valorização a essas pessoas, pois acreditamos que com oportunidades todos podem mostrar seu conhecimento", afirmou Venço. Depois de cumprida a pena, a Renova dá a oportunidade de o apenado continuar trabalhando. "Isto é muito importante, pois essas pessoas saem do presídio estigmatizadas e não conseguem novos empregos, o que contribui para a reincidência. Temos tido ótimos exemplos na Renova, inclusive casos de promoção dentro da empresa", destacou o diretor presidente. Para o Juiz Corregedor dos presídios da Vara de Execução Criminal de Porto Alegre e Novo Hamburgo, Sidnei José Brzuska, a pena tem a função de reinserir o preso na sociedade. Para ele, a iniciativa da Renova vem oportunizar melhores condições de vida a essas pessoas. "Não há como melhorarmos a vida desses detentos sem fazermos com que trabalhem. Faço votos que esse projeto aumente ainda mais", disse. De acordo com o Diretor da Susepe, Luis Galbari da Sil-
Divulgação Renova/MP
va, o programa é um exemplo de como inserir os presos na sociedade como cidadãos melhores. "Estamos muito satisfeitos com esse projeto e vamos nos unir para que ele tenha um crescimento maior a cada ano", finalizou. O diretor do Miguel Dario, Rubiara Costa, Diretor presidente da Renova, Joarez Venço, destacou a grande parceassinou parceria em dezembro ria com a Renova, que gerou a oportunidade de ampliação do projeto. "Gostaríamos que a sociedade gaúcha conhecesse esse trabalho, pois só assim poderemos fazer com que cresça e dê maiores oportunidades", definiu. A célula de trabalho instalada no Miguel Dario empregará de 20 a 25 detentos e o projeto pode chegar a 80 oportunidades. A função dos apenados é de separar, classificar e embalar as toalhas industriais da Renova. NOVA PARCERIA - A Renova fechou no mês passado uma parceria com a indústria alimentícia Frangosul para o fornecimento de uniformes nas unidades de Montenegro/RS (2.200 colaboradores) e de Carapó/MS (400 colaboradores). A empresa irá criar um sistema onde cada funcionário terá o seu armário para reposição e recebimento dos uniformes.
INFORME COMERCIAL
Na natureza do
Laranjal passa o mundo real! Chico
O que o Laranjal oferece O Sítio Laranjal, conhecido por seus atrativos e beleza natural, está com um novo projeto para as escolas e creches: é o “Espaço Educacional”. Com o slogan “Na Natureza do Laranjal passa o Mundo Real”, o parque oferece um espaço onde as escolas podem colocar em prática o que é visto na teoria e aos estudantes a oportunidade de participar de oficinas pedagógicas, trilhas ecológicas interpretativas e de ajudar na manutenção de uma horta orgânica. O projeto conta com o apoio técnico e pedagógico de geógrafos, biólogos e um técnico em enfermagem (que faz plantão no sítio). A Mini Fazendinha, grande atração do Sítio Laranjal, é um espaço para
vivenciar todo o processo e estruturação de um ambiente rural. Lá, os alunos encontram uma Horta Orgânica. “Mas o grande ídolo das crianças é o Chico, nosso bode”, conta a coordenadora pedagógica Valdete Groff de Azevedo. Todo o trabalho é feito de acordo com a idade dos estudantes, que podem usufruir da infraestrutura do parque, composta por: Parque Aquático; Área para jogos e Vídeo; Quadra poliesportiva: futsal e volei; Praça Infantil; Salões; Churrasqueiras junto à Natureza; Enfermaria; Lancheria; Área para Alimentação e Estacionamento. O Laranjal ainda pretende atender em outro endereço, na parada 120 da RS 020 (Faixa de Taquara) a fim de oferecer uma área para camping e trilha.
Escolas e Instituições Educacionais: agendem uma visita pelo fone (51) 8505-4203 ou conheçam os atrativos do parque através do site: www.sitiolaranjal.com.br e-mail:sitiolaranjal@terra.com.br
SÍTIO LARANJAL RS 020, 7009 - Parada 75 (a 1Km do Pampas Safari) Gravataí - RS
Parque Aquático: • Piscinas infantil, bebê e adulta. Toboágua, rampa, toboguito, tampa infantil, bar molhado, vestiários; Oficinas Pedagógicas: • Aulas vivência; • Oficinas Complementares Educacionais; Prática de Conjunto: • Oficinas RH – Capacitação Profissional; • Atividades de Recreação e Integração; Produtos Agroecológicos: • Horta Orgânica (hortaliças, temperos e chás) e Pomar; • Minhocultura, Composteira, Aquário, Terrário, Formigueiro, Cupinzeiro; Espaço Rural: Mini Fazendinha (pônei, mini bovinos, coelhos, ovelhas, cabritos, galinhas,...); Circuito Ecológico Monitorado (vertentes, açudes, animais e matas nativas e exóticas); Passeios de pônei; Alimentação Saudável; Atrativos Ambientais da Área: • Indicadores de diversidade ambiental (Fauna e Flora); • Observação e comparações com a interface vegetacional da área; • Clima, umidade do ar, temperatura, e pluviosidade; • Determinação dos tipos de cobertura de solo, sequencialmente na(s) vertente(s); • Inclinação da(s) vertente(s). Temas abordados durante as trilhas: • Proteção do solo (interceptação da chuva); • Armazenamento dos mananciais; • Erosão – Assoreamento; • Deposição de matéria orgânica; • Sequestro de carbono; • Fauna – Corredores Ecológicos; • Banhado: áreas alagadas permanentes ou temporárias; • Matas Nativas e Exóticas; • Rios e Lagos (afluente Rio Gravataí); • Alimentos e água; • Poluição, preservação e reciclagem.
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ENTREVISTA
LEANDR O GONÇAL VES D A SIL LEANDRO GONÇALVES DA SILVVA
A qualidade mundial para a indústria daqui Leandro Gonçalves da Silva, é diretor do Grupo Bringer do Brasil, Brix e Interfasul. Empresas que congregam 20 anos de atuação. O entrevistado fala sobre, principalmente, a atuação da Interfasul, empresa que faz intermediação de produtos do primeiro mundo.
Como iniciou o trabalho do Grupo? Nosso trabalho iniciou, há 20 anos, em dois segmentos: um em transporte internacional, com a Bringer, e outro em agenciamento de compras no exterior, com a Interfasul. Hoje, a Bringer é uma companhia aérea, registrada em todos os órgãos competentes. Somos a única que realiza voos internacionais com cargueiros para Porto Alegre. Contamos com serviços diferenciados em todo o Brasil, através de escritórios que representam a Bringer do Brasil e a Interfasul em Cachoeirinha (RS), em Joinville (SC), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).
Atualmente, as transações com países orientais e europeus são comuns, mas há algum tempo isso era muito difícil. Como vocês implantaram essa nova forma de negócio? Há 15 anos, quando ninguém acreditava ou falava do potencial da Ásia, a Interfasul iniciou uma parceria ousada com uma traiding de Taiwan cha-
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mada Legrand. Começamos, naquela época, a negociar e trazer para o Brasil produtos com tecnologia de ponta que mais tarde iriam conquistar o mercado mundial. Desenvolvemos todo o trabalho de assessoria, suporte, negociação e identificação dos melhores produtos para o potencial de cada cliente.
Quais os diferenciais da Interfasul? A primeira dificuldade para quem quer negociar com o exterior é o idioma. Contamos com uma equipe capacitada, tanto aqui como na Ásia, com experiência nas negociações. Apesar de o inglês ser um idioma mundial, usamos o mandarim para as negociações, através do nosso parceiro, o que facilita muito. Além disso, temos o conhecimento de uma cultura muito diferente da nossa. Depois de tantos anos, contamos com parceiros que conhecem a realidade
INTERFASUL .: Escritórios em Cachoeirinha (RS), Joinville (SC), Curitiba (PR) e São Paulo (SP); .: 20 anos; .: Em maio estará na 12a Feira Internacional de Máquinas - Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura - Feimafe;
Roselaine Vinciprova / MP
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Torno CNC e Centro de Usinagem à pronta entrega
da nossa indústria, dos clientes e trâmites legais. As quena, média e grande empresa. Acreditamos tanto especificações brasileiras constam no portfólio originesta parceria que montamos um show room para os nal da Legrand. Trabalhamos empresários terem uma noção da com uma grande linha de com“Há 15 anos, quando ninguém qualidade das máquinas. Hoje, ponentes eletrônicos e compotemos à pronta entrega Centro nentes automotivos como sinte- acreditava ou falava do potencial de Usinagem e Torno CNC, toda Ásia, a Interfasul iniciou uma talmente equipados, com conrizados, forjados e fundidos. parceria ousada com a Legrand. troles numéricos e sistema high Quais as últimas novidaspeed (alta velocidade).
des da Interfasul?
Começamos a negociar e trazer para o Brasil produtos com tecnologia de ponta”
Muitos clientes começaram a pedir máquinas, como tornos CNC e Centros de Usinagem. Fizemos uma exaustiva pesquisa de mercado e solicitamos à Legrand, um parceiro com qualidade mundial, para fornecer esses equipamentos. A Legrand identificou a Euma, que é a número 1 de Taiwan, e uma joint venture com uma empresa alemã chamada Spinner, que contam com clientes na Europa como a Bosh, TRW, Ford, Volkswagen, Siemens, Sagem, e no Brasil, por exemplo, a WEG Motores e Rio Solense, entre outros.
Como é a parceria com a Euma/Spinner? A Interfasul é representante exclusiva no Brasil e na América Latina para trabalhar com todos os produtos fabricados pela Euma/Spinner, com linhas para pe-
Qual a vantagem para quem adquire um maquinário com qualidade mundial?
Somos um representante autorizado para fornecer garantia e assistência técnica para todas as máquinas. A indústria pode contar com uma linha de produção de primeiro mundo e ter bem perto uma empresa que fornece toda assessoria pré e pós venda.
Quais os próximos projetos? Em maio estaremos participando da 12ª Feira Internacional de Máquinas - Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura - Feimafe - em São Paulo. Nesta oportunidade, vamos lançar o Centro de Usinagem com cinco eixos interpoláveis.
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ESTADO
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CANOAS TEM GRANDE PAR TICIP AÇÃO NO PIB ARTICIP TICIPAÇÃO NACIONAL Canoas esteve entre os 100 maiores municípios com participação no PIB (Produto Interno Bruto) do País em 2006. A cidade aparece em 32º lugar no último estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com participação relativa de 0,41%. Porto Alegre e Caxias são os outros dois municípios gaúchos na lista. A Capital aparece em sétimo lugar, com um Produto Interno Bruto que representa 1,27% do nacional e Caxias do Sul figura em 36ª lugar, com 0,36%. Em 2006, apenas cinco municípios geraram aproximadamente 25% de toda a renda do Sul: Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Joinville (SC), Canoas (RS) e Caxias do Sul (RS). Aproximadamente 50% de toda a renda da Região Sul vinha de 27 municípios. Além disso, Triunfo (RS), Garruchos (RS) e São Francisco do Sul (SC) eram os maiores PIB per capita da região.
Apoio às
incubadoras Trinta e três incubadoras do País foram aprovadas na primeira etapa da chamada 08/2008 do Sebrae Nacional em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). A idéia é que as incubadoras aprovadas nas próximas etapas passem a prestar serviço de atendimento empresarial para as micros e pequenas empresas que estejam fora do ambiente de incubação. Foram selecionadas incubadoras do Distrito Federal e de 15 Estados (GO, MS, MT, AL, BA, CE, PB, PE, PI, TO, ES, RJ, SP, RS, SC). O Rio Grande do Sul foi o Estado que mais teve incubadoras aprovadas e vai contar com apoio para sete entidades. A partir de fevereiro de 2009, as 33 incubadoras selecionadas serão chamadas a participar da segunda etapa, que é composta de uma capacitação. Ao término da capacitação, as incubadoras deverão apresentar uma proposta de trabalho. Essas propostas serão apreciadas e os projetos classificados receberão apoio financeiro. Trabalham em conjunto neste processo as Unidades de Acesso à Inovação e Tecnologia e de Atendimento Individual do Sebrae Nacional.
MAIS EMPRESAS REGISTRADAS O Estado ganhou 50.266 novas empresas registradas em 2008, um aumento de 10,6% em relação a 2007, de acordo com dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs). De acordo com o presidente da entidade, Jorge Melo, este crescimento se deve aos bons reflexos da economia do Estado em 2007 e à confiança do empresariado no mercado gaúcho, desencadeando um acréscimo de empresas em 2008. O aumento do número de negócios legais foi resultado do crescimento econômico médio anual, que não chegou a ser afetado pela crise no final do ano. No entanto, o governo irá monitorar os primeiros meses deste ano para conseguir quantificar qual é o efeito real da
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crise. De acordo com o último censo do IBGE, em 2003 existiam cerca de 701 mil empresas informais no Rio Grande do Sul, sendo 263 mil na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os dados mostram que antigamente havia muita dificuldade na formalização de novos negócios. Atualmente, empresas individuais podem ser criadas em apenas 24 horas, tempo bem menor do que os antigos 20 dias necessários para a formalização. A informatização da Jucergs, o preenchimento das fichas de cadastramento pela internet e novos pontos de autoatendimento foram essenciais para garantir maior agilidade na hora de formalizar uma empresa.
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A Metalúrgica Fallgatter, empresa de Cachoeirinha especializada na fabricação de peças e equipamentos para a indústria metalmecânica, apresentou seus planos de expansão ao novo governo municipal. Os secretários de Desenvolvimento Econômico, Luiz Carlos Müller, e de Planejamento, Saul Sastre, visitaram a empresa e foram recebidos pelo diretor geral Sérgio Neumann. A Fallgatter comprou o prédio da extinta Sulmecânica, localizado estrategicamente em frente à atual sede da empresa, no Distrito Industrial. A nova operação já está em funcionamento e, conforme Neumann, vai propiciar um reposicionamento da empresa no mercado gaúcho e nacional. O novo pavilhão foi reformado
e está recebendo algumas máquinas compradas no exterior. A empresa, que está desde 1998 em Cachoeirinha, também está construindo um novo prédio de 4 mil metros quadrados. O plano é dividir os segmentos de produção entre as duas fábricas e há a expectativa de geração de 200 empregos. De acordo com o secretário Saul Sastre, a metalúrgica vai construir a calçada da Rua Vereador José Stuart da Silva, que liga o Distrito Industrial à Vila da Paz. O trecho sem passeio fica atrás da nova fábrica e era um dos principais bolsões de depósito irregular de lixo da cidade. Sastre afirmou que a obra soluciona parte do problema e espera agora, com o passeio, que a comunidade ajude na fiscalização do local.
REGIÃO
Metalúrgica Fallgatter apresenta planos de expansão
MARCAS MAIS LEMBRADAS Pelo segundo ano consecutivo, Cachoeirinha elegeu as suas marcas preferidas. Numa promoção da Prefeitura Municipal, como o apoio essencial do Cesuca, foram avaliados 31 ramos da indústria, comércio e prestação de serviços. Cada segmento teve três indicações que foram destacados pela preferência com troféus ouro, prata e bronze. A Marcas de Cachoeirinha conta com o apoio de diversas entidades. Mais do que eleger as preferências locais, a pesquisa demonstra a importância de cada setor estar atento a divulgação, atendimento e qualidade.
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DESENV OL VIMENT O DESENVOL OLVIMENT VIMENTO Saul Sastre Secretário Municipal de Planejamento de Cachoeirinha saulsastre@terra.com.br
Pai rico, filho nobre e neto pobre O título é um velho "chavão" quando se refere a empresas com administração familiar e ilustra uma realidade enfrentada, não só em se tratando de sucessão, como também na sobrevivência do dia-a-dia. Em algum momento da vida o patriarca, que trabalhou muito e conseguiu criar seu império sente a necessidade de passar o bastão, desencadeando conflitos quando o filho(a) tenta impetrar seu estilo administrativo, ou quando não está preparado para dirigir os negócios, ou então quando ninguém da família gosta dos negócios. Outra situação clássica em uma empresa familiar é a ocupação de parentes desqualificados em cargos chaves da empresa. São indicados pela confiança em detrimento da competência. A grande pergunta é: até que ponto uma empresa é capaz de crescer? A resposta está na capacidade gerencial da equipe, ou seja, quanto mais o dirigente estudar e se desenvolver, mais os negócios prosperarão, e não se fala apenas em conhecimento acadêmico, mas sim capacidade de leitura de mercado que se adquire com visitas a clientes, fornecedores, feiras, viagens e leituras dirigidas. A administração é uma das ciências mais difíceis, que mescla a habilidade exata dos negócios com a capacidade de extrair resultados positivos com pessoas, tendo como grande juiz o mercado, que não perdoa em caso de erros, obrigando a todos buscar o máximo de profissionalização. Das empresas familiares que estão se perpetuando, os novos gestores estão sendo preparados desde muito cedo com muito estudo e desenvolvimento, e quando o sucessor não está preparado, opta-se por buscar alguém do mercado, com capacidade para preservar o patrimônio da família. Também se faz necessária a preparação de quem está sendo sucedido, geralmente ocupando cargo no conselho da empresa. Existem várias consultorias especializadas no assunto. Para as empresas familiares, a grande dica é perseguir a competência. Filho(a) ou parente não qualificado não deve fazer parte do staff. O mercado para 2009 dá sinais de crescimento para quem estiver preparado e se os negócios estagnarem, a saída é vender a empresa ou 12 então profissionalizar a gestão.
REGIÃO
Astória lança o Eco A Astória Papéis, de Gravataí, lançou nas regiões Sul e Sudeste o Eco, o primeiro papel higiênico ecológico do Brasil. Durante os últimos anos, a empresa investiu na qualificação de seu parque industrial a fim de desenvolver produtos com sustentabilidade ambiental. Como primeiro resultado,
chega ao consumidor o Eco - um papel higiênico com 100% de fibras ecológicas. A empresa acondicionou o Eco em formato compacto, diminuindo, assim, o descarte de embalagens plásticas na natureza e contribuindo para a redução de CO2 no meio ambiente.
Terex e Conterra fortalecem parceria A Conterra Construções e Terraplanagens adquiriu, recentemente, uma Usina de Asfalto Magnum 140, da Terex Roadbuilding, empresa de Cachoeirinha. O objetivo é a modernização de seu parque de equipamentos e máquinas, localizado em Gravataí, e para isso conta com a tecnologia dos produtos Terex. Os equipamentos fornecidos através dessa parceria contribuíram para a realização de inúmeras obras da Conterra, com destaque para: • Execução da Macrodrenagem da Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre (RS); • Rede de Esgoto Sanitário no Projeto Rio Guaíba, em Cachoeirinha e Gravataí (RS); • Trevo de acesso a General Motors, em Gravataí (RS); • Construção da RS-471 entre a cidade de Vera Cruz e Santa Cruz do Sul (RS); • Execução de infraestrutura e pavimentação da Av. Severo Düllius, em Porto Alegre (RS); • Restauração da BR-285, trecho São José -
São Borja (RS); • Construção das RS-809/810/811, na região de Cachoeira do Sul (RS); • Restauração da BR-116 (RS), trecho Nova Petrópolis, Porto Alegre (RS). "Nos sentimos honrados pela longa e vitoriosa parceria entre a Terex e a Conterra. A troca de experiências e conhecimentos, auxiliada pela proximidade geográfica, vem trazendo ganhos não só para as duas empresas, mas para a sociedade gaúcha como um todo", avalia o supervisor de vendas da Terex RB LA no Rio Grande do Sul, Alessandro de Almeida. Divulgação Terex/MP
Usina de Asfalto Magnum 140
Sidermetal cresce em meio à crise Mesmo com a crise, a Sidermetal, de Cachoeirinha, está investindo na ampliação da empresa. Recentemente foram adquiridas novas máquinas operatrizes e mais postos de trabalho foram abertos. A empresa é fabricante de equipamentos para perfuração de poços tubulares, tem atuação a nível nacional e é a única no Brasil que fabrica bombas para poços acionadas por
energia solar que viabilizam oferta de água potável com equipamentos que utilizam energias renováveis. "A crise colocou o dólar dentro da realidade mundial, com isto ficamos mais competitivos no mercado interno, pois nossos concorrentes são empresas estrangeiras", relata com entusiasmo Magali Semeniuk, sócia e diretora da Sidermetal.
Fevereiro/2009
Camila Schäfer/MP
Maria Angélica de Medeiros Jacques Contabilista - Sócia da Fiscontarh Assessoria Contábil
No contexto mundial, as empresas familiares se destacam entre pequenas e médias companhias, muitas especializadas e altamente competitivas, enfrentando os desafios gerados pela globalização, indo até grandes conglomerados que cresceram e se acomodaram em mercados protegidos e que precisam reformular suas atividades para concorrer num regime de abertura econômica. A globalização é um grande desafio para as empresas familiares, que pode ser comparado ao impacto que teve os meteoros sobre os dinossauros, ou seja, as mudanças são tão rápidas que a empresa que não consegue acompanhar pode ser "extinta". Empresas familiares têm sua própria complexidade, pois, além de lidar com questões relativas ao negócio, têm também de lidar com a questão da propriedade e com questões familiares. O método de gestão, nem sempre é claro e definido, em função da necessidade de se manter harmonia na família e ao fato de ela crescer muito mais rápido do que os negócios. A forma pela qual os familiares entram na empresa é muito importante para o futuro do empreendimento. Muitos empresários encorajam seus filhos a seguirem carreiras condizentes com a
Entrega da Dirf 2009 As empresas ou pessoas físicas (que pagaram ou creditaram rendimentos que tenham sofrido retenção do IR na fonte), já podem enviar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) 2009. O prazo vai até às 20h do dia 27 de fevereiro e o programa gerador da declaração está disponível na página da Receita Federal na internet. A Dirf não deve ser confundida com a declaração de Imposto de Renda anual que tem de ser enviada pelos contribuintes pessoa física. A primeira é feita pela fonte pagadora, destinada a informar à Receita Federal o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte, dos rendimentos pagos ou creditados em 2008 para seus beneficiários. Com base nessa declaração, a Receita Federal pode confrontar os dados com as informações enviadas, a partir de março, pelos contribuintes na sua declaração anual de ajuste. A falta de apresentação da Dirf no prazo fixado, ou sua apresentação após o prazo, sujeita o declarante à multa de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante dos tributos e contribuições informados na declaração, ainda que integralmente pago limitado a 20%. O valor mínimo aplicado é de R$ 200 para pessoas físicas, empresas inativas ou enquadradas no Simples Nacional e de R$ 500 para os demais casos. Maiores informações podem ser obtidas no site www.receita.fazenda.gov.br.
atuação da companhia, o que é um erro. Por mais que o fundador queira manter seu estilo com a próxima geração, isso é praticamente impossível. Os valores e os objetivos podem ser os mesmos, mas cada um tem um estilo de liderança, e isso tem um impacto enorme na empresa, por mais sutil que possa parecer. Além disso, uma nova forma de comandar é muito salutar, já que muitos anos com o mesmo estilo podem deixar a empresa sem o Angélica afirma que algumas empresas viço da mudança. familiares têm desempenho superior Porém, essa complexidade dá às empresas familiares uma força tremenda - as famílias têm valores, credibilidade e se preocupam com as futuras gerações e com a sustentabilidade da empresa e as estatísticas mostram que as empresas familiares têm, muitas vezes, desempenho superior às companhias de capital aberto. O modelo dos três círculos (Patrimônio - Família - Gestão) através da implantação de uma estrutura do sistema de governança corporativa, com a criação de um conselho administrativo (de preferência, com profissionais de fora do círculo familiar), um conselho de acionistas e outro conselho de família, está entre as opções que trazem equilíbrio à estrutura. Para tornar ou manter uma empresa familiar competitiva, é preciso estar permanentemente atento às particularidades de sua gestão, de modo a tirar um bom proveito das vantagens de ser familiar e, ao mesmo tempo, saber lidar com as dificuldades que essa condição implica. O desafio para o sucesso depende da visão positiva e diria até mesmo estratégica dessa complexidade, mesclando a tradição com a inovação, lidando de forma objetiva com questões específicas de cada etapa, profissionalizando a empresa e a família na mesma velocidade, preparando sucessores para enfrentar novos desafios, transformando uma família comum em uma família empresária - com visão empreendedora. A Fiscontarh conhece a realidade das empresas familiares e tem soluções para melhoria da gestão e contabilidade dessas empresas.
CONTABILIDADE
Empresas Familiares: os desafios para atingir o sucesso
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CONTABILIDADE
Fevereiro/2009
Cuidado ao emitir notas fiscais As microempresas que deixaram de fazer parte do Simples Nacional precisam prestar atenção este ano na hora de emitir notas fiscais. A Receita Estadual do Rio Grande do Sul publicou novas normas regularizando a situação dessas empresas: a Instrução Normativa nº 77/08. Desde o início do ano, os estabelecimentos que voltaram ao Lucro Real ou Lucro Presumido precisam destacar o ICMS da nota. De acordo com o documento, a empresa que, no dia 22 de dezembro, constava na lista de exclusões do Simples Nacional deverá elaborar um inventário completo de seus estoques. Além disso, deve relacionar, em separado, as mercadorias cujas saídas estejam sujeitas ao pagamento do ICMS, pelos valores constantes dos documentos fiscais de aquisição mais recentes e com especificações que permitam sua identificação. Para tais empresas também será necessário, naqueles
casos em que a exclusão do Simples for retroativa, recompor a escrituração fiscal a partir da data dos efeitos da exclusão, bem como recolher o ICMS devido pelo regime normal de tributação, com os acréscimos legais. Por fim, emitir documentos fiscais suplementares aos emitidos desde a data de efeitos da exclusão e destinados a contribuintes do ICMS, para destaque do imposto que passou a ser devido. Um dos problemas dessas empresas que mudaram de regime tributário está nos talões de notas que muitas vezes já estão formatados como empresas do Simples Nacional. Por isso, atenção às normas é fundamental para que esse empresário não venha a ter problemas no futuro. Para ter acesso à Instrução Normativa nº 77/08, basta acessar o endereço: www.agencia.fecomercio-rs.org.br/ ANF/NOTICIAS/fotos/20081229/113406.doc
TRABALHADOR PODE VENDER FÉRIAS SEM PAGAR IMPOSTO DE RENDA O trabalhador que quiser vender dez dias de suas férias estará, a partir de agora, isento do recolhimento de Imposto de Renda na fonte. A polêmica, que se estendia há vários anos, foi esclarecida pela Receita Federal no início do ano. Mesmo com o STJ (Superior Tribunal de Justiça) tendo posição favorável ao trabalhador e da Procuradoria Geral de Fazenda já ter desistido de recorrer de ações na Justiça sobre o assunto, muitos trabalhadores ainda tinham o IR descontado. Pela legislação, o trabalhador tem o direito de vender para a empresa 10 dos seus 30 dias de férias. Mas a tributação desses valores era alvo de polê-
mica. Uma súmula do STJ (Superior Tribunal de Justiça) estabeleceu que a venda das férias corresponde a um abono indenizatório e, portanto, não caberia a cobrança do imposto. O tribunal julga procedente esse tipo de ação desde 1993 e entende que, por se tratar de verba indenizatória, e não de caráter de acréscimo patrimonial, o dinheiro não pode ser tributado como renda. A Receita mantinha a tributação por entender que não há lei específica que isente as férias vendidas ou pagas em forma de indenização.
Novas medidas para empresas optantes do Simples Nacional
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Visando dar mais fôlego às pequenas empresas, o governo anunciou novas medidas para as optantes do Simples Nacional. Após reduzir impostos e adiar o recolhimento de tributos para grandes empresas, o governo deu mais prazo para o pagamento de impostos, as multas são menores e novos optantes têm direito a um parcelamento especial de dívidas com União, Estados e municípios. O adiamento foi um pedido das em-
presas em relação à crise financeira, para terem mais folga no final do ano. Com a mudança, o pagamento de tributos relativos a dezembro das optantes pelo Simples Nacional foi adiado para 13 de fevereiro. Os tributos de janeiro têm vencimento em 20 de fevereiro. Os tributos sobre as vendas ou serviços de fevereiro podem ser quitados até o dia 13 de março. Depois do agravamento da crise, em outubro, o governo tomou uma sé-
rie de medidas para reduzir o impacto negativo sobre a economia. Entre elas está a injeção de mais dinheiro no sistema financeiro, adiamento do recolhimento de IPI, PIS e Cofins em novembro, e o corte no IPI para automóveis em dezembro. A Receita estima em 200 mil o número de novas empresas que devem optar pelo Simples Nacional. Hoje, o sistema beneficia 3 milhões de micro e pequenas empresas.
Fevereiro/2009
A fim de apoiar o crescimento de micro e pequenas empresas que já estão estabelecidas há algum tempo e com problemas básicos de gestão resolvidos, o Sebrae está lançando uma nova ferramenta: o “Programa Sebrae para Empresas Avançadas”. O programa é destinado a empreendedores que querem realizar voos mais altos e focar ações no crescimento. Composta por três fases, a ferramenta traz soluções que abordam vários temas como Gestão Financeira, Inovação e Internacionalização. Na primeira fase, há o diagnóstico da empresa, que ocorre com base nos Fundamentos e Critérios da Excelência, que compõem o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), disseminado pela FNQ (Fundação Nacional da Qualidade); no Modelo Internacional de Avaliação de Gestão Empresarial, com referência no Prêmio
Malcom Balridge; e na Avaliação dos Sete Critérios de Excelência de Gestão de Negócios. Na segunda fase, o consultor visitará as empresas para conversar com os empresários sobre sua situação atual e planos para o futuro. Com essa análise, ele identificará as potencialidades de melhoria e poderá concluir se o Programa atende às necessidades da empresa naquele momento. As informações obtidas servirão de base para a elaboração de um Projeto Empresarial para o participante do programa e de indicadores de resultado. Na terceira fase do “Programa Ferramentas de Gestão Avançada”, acontecerá o monitoramento mensal dos resultados e a implantação de projetos ou plano de ação
Steve Woods - stock.xchng/MP
ECONOMIA
Programa Sebrae para Empresas Avançadas
específicos, workshops sobre gestão empresarial nas áreas de Finanças, Clientes, Pessoas e Processos e consultoria individualizada para implantação de projetos específicos com foco nos temas dos workshops e Encontros Empresariais. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho, existem aproximadamente 312 mil pequenas empresas no País. O programa do Sebrae atenderá empreendimentos com dois ou mais anos de vida, que já tenham ultrapassado a fase inicial de consolidação no mercado. Maiores informações no site www.agenciasebrae.com.br.
Vantagens para os empreendedores Neste ano, cerca de 11 milhões de empreendedores brasileiros poderão aproveitar as vantagens do Projeto de Lei Complementar 02/07 (PLP 02/07). Na prática, o PLP amplia a quantidade de brasileiros que poderão usufruir da Lei Complementar 123/06, mais conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, permitindo a adesão de novos setores ao Simples Nacional (Supersimples) e criando a categoria do Microempreendedor Individual (MEI). Com a sanção, as medidas começaram a valer já em 1º de janeiro, exceto o MEI, que terá vigência a partir de 1º de julho. A nova lei propõe uma série de mudanças importantes para os empreendedores. Facilitará, por exemplo, a formalização de cerca de 10,3 milhões de empreendedores que trabalham hoje na ilegalidade e sem direito a nenhum benefício previdenciário. O MEI possibilitará que este cidadão contribua, com um valor acessível, para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e possa, com isso, usufruir dos direitos que a previdência oferece.
O projeto também corrigiu algumas distorções na cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos Estados, nacionalizando e padronizando as suas regras de aplicação. Para enquadrar-se como MEI, o empreendedor deverá ser um empresário individual (sem sócios), com receita bruta anual de até R$ 36 mil e poder optar pelo Simples Nacional, dentro dos requisitos dos anexos I (comércio), II (indústria) ou III (serviços em geral). Ainda em relação ao MEI, aqueles que aderirem ficarão isentos de quase todos os tributos, pois pagarão mensalmente apenas R$ 45,65 de INSS, R$ 1 de ICMS e/ou R$ 5 de Imposto Sobre Serviços (ISS). Além de unificar impostos, a Lei Geral reduz a burocracia para a abertura e a baixa de empresas, estabelece condições para parcelamento de dívidas tributárias de micro e pequenas empresas, entre outros benefícios. A legislação também confere preferência aos pequenos empreendimentos em licitações de até R$ 80 mil promovidas pelo Poder Público.
As novas categorias que poderão optar pelo Supersimples são: Serviços de instalação, reparos e manutenção em geral; Decoração e paisagismo; Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; Serviços de prótese em geral; e Escolas de ensino médio e cursos preparatórios para concursos.
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CIC Centro das Indústrias de Cachoeirinha cic.comunicacao@terra.com.br
Iniciativa de empresa associada A Empresa Parks SA Comunicações Digitais, associada ao Centro das Indústrias de Cachoeirinha está em busca de mantenedores para implantar o Projeto Pescar em 2009. O Projeto Pescar é um sistema pioneiro de Franquia Social, onde as organizações que compõem a Rede Pescar abrem espaço em suas dependências para a formação pessoal e profissional de adolescentes em vulnerabilidade social. Após o período de 8 a 11 meses de qualificação profissional e a formatura na Unidade Pescar, estes jovens são encaminhados para o mercado de trabalho. A criação de uma Unidade do Projeto Pescar na Parks auxiliará 16 adolescentes em situação de risco social a se socializarem no mundo profissional, através de conhecimentos adquiridos em aulas teóricas e práticas durante o curso. Os jovens também poderão ser, após a formação, aproveitados na empresa, nas empresas mantenedoras, parceiras e demais organizações na comunidade. A unidade está em fase de estruturação, por isso são necessários equipamentos para as salas de aula e orientação e os Laboratórios Técnicos de Eletrônica e Informática. Fundada em 1966, a Parks é líder nacional no fornecimento de produtos e aplicações para o transporte eletrônico de informações. Através de tecnologias de última geração, desenvolvidas internamente ou em parcerias nacionais e internacionais, a Parks oferece uma linha diversificada de equipamentos de transmissão de dados. Para saber mais sobre a Unidade do Projeto Pescar Parks, basta entrar em contato com a Orientadora Giane da Silva Farina, pelo telefone (51) 3205 2148 ou e-mail 16 gfarina@parks.com.br.
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ECONOMIA
Notas de R$ 1 estão saindo de circulação Você tem visto cédulas de R$ 1 com frequência? Não estranhe se a resposta for não. O gradual sumiço das tradicionais notas verdes se deve a uma decisão do Banco Central (BC), que até 2011 deve concluir a substituição total por moedas de R$ 1. O motivo da troca é a redução dos custos com a fabricação de dinheiro. Isso porque as notas de R$ 1, por circularem mais, desgastam com facilidade, tendo uma vida útil de, em média, 13 meses. Já as moedas, mesmo com um custo de produção 180% superior, têm uma vida útil de aproximadamente 20 anos. A substituição iniciou em 2006, quando a Casa
da Moeda confeccionou o último lote de cédulas de R$ 1. De lá para cá, as notas em mau estado vêm sendo recolhidas pelo BC e substituídas por moedas, o que justifica a queda no número dessas cédulas em circulação. Segundo a assessoria de imprensa do Banco Central, não há um prazo definido para o término do recolhimento e nem uma data limite para que as cédulas continuem valendo. No entanto, se mantido o atual ritmo, a nota do beija-flor não deve superar o ano de 2011. Somente em 2008, foram recolhidas 90 milhões, o que corresponde à metade das que ainda circulam.
Desafio para o País Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o desenrolar da crise financeira internacional, crescer 4% em 2009 será desafio. Entre as medidas que poderão ser tomadas pelo governo está ampliar os investimentos e diminuir tributos para garantir o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) previsto para 2009. Para ele, a situação fiscal do País está favorável à realização de ações anticíclicas, já que
entre janeiro e outubro o governo registrou superávit primário de 5,6%. Mantega acredita que o país tem condições de mobilizar recursos para enfrentar a crise. Na avaliação do ministro, o Brasil está bem posicionado em relação a países como Rússia (que em outubro perdeu US$ 120 bilhões em reservas), China e Índia, considerados emergentes "dinâmicos", como o Brasil.
Brasileiro está confiante A confiança dos empresários do mundo todo está em forte queda, exceto nos países emergentes, como o Brasil. Hoje, somos o quarto país mais otimista do mundo, perdendo apenas para Índia, Botsuana e Filipinas. Os resultados do estudo internacional foram divulgados pela empresa de auditoria e consultoria Grant Thornton International. Foram pesquisadas sete mil empresas de capital fechado em 36 países. De acordo com a análise, no ano passado o índice de otimismo no mundo caiu 56% ante o ano anterior, passando de 40% para -16%. O índice de confiança entre as empresas brasileiras é de 50%. Na Índia o percentual é de 83%, na Botsuana 81% e nas Filipinas 65%. Os países em que as empresas estão mais pessimistas com o cenário econômico são Japão (-85%) e Espanha (-65%). Mas não são apenas os empresários que
estão otimistas. O cidadão brasileiro também está, apesar de o pessimismo dominar quase a metade da população mundial, revela pesquisa feita pelo Ibope Inteligência em parceria com a rede global de pesquisas Worldwide Independent Network of Market (WIN) em 17 países. O estudo mostrou que 49% dos 16 mil entrevistados nesse conjunto de países acredita que a situação econômica de seu país vai piorar nos próximos três meses. Mas, no Brasil, apenas 19% apostam na deterioração da situação econômica do País e 34% acreditam numa melhora. A pesquisa mostra que a Islândia, o primeiro país a pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional, e o Japão, são os países com a população mais pessimista, seguidos pela França, Alemanha e Reino Unido.
Fevereiro/2009
Nos últimos tempos temos ouvido falar muito na crise financeira internacional. Notícias de empresas demitindo e chegando à falência recheiam os jornais todos os dias. Mas, no meio dessa turbulência, ainda há muita gente que não entendeu como essa crise chegou no patamar em que está e como ela atinge e ainda pode atingir o Brasil . Como tudo começou Um período de forte liquidez (disponibilidade de recursos) no mercado internacional fez com que ocorresse um esgotamento de clientes no segmento de financiamento imobiliário e hipotecas nos Estados Unidos. Com recursos sobrando e poucos consumidores com bom histórico de pagamento, os bancos passaram a emprestar dinheiro nestas modalidades a pessoas com um histórico não tão bom assim. Mas os problemas começaram a surgir em julho de 2007, quando os bancos anunciaram perdas com esse tipo de negócio, uma vez que não conseguiam recuperar os empréstimos concedidos. A crise também chegou às bolsas de valores, já que estes mesmos bancos vendiam papéis atrelados a esses empréstimos imobiliários. O medo das perdas fez com que houvesse uma corrida para resgatar o dinheiro aplicado nestes fundos. Os problemas se agravaram em 2008. Em setembro, o Lehman Brothers - 4º maior banco de investimento dos EUA - pediu concordata, afetado por perdas acumuladas de US$ 7,8 bilhões. Ainda em setembro, o banco Washington Mutual - maior de poupança e empréstimos nos EUA - foi fechado pelo governo, na maior falência de um banco na história do País.
No Brasil No Brasil, algumas medidas já foram tomadas para evitar maiores prejuízos com a crise como, por exemplo, a redução de impostos e taxa de juros. Porém, as demissões não puderam ser evitadas. Só em dezembro foram mais de 650 mil. Com isso, os brasileiros já colocam o pé no freio do consumo, e, sem consumo, a economia não consegue reagir. O início de 2009 vem apresentando um cenário econômico difícil para o Brasil, com a divulgação dos resultados de dezembro. Os números indicam que a crise financeira internacional chegou ao País de forma repentina e bem mais forte do que se esperava. Agora, o governo tenta manter o otimismo, tarefa que já se torna difícil.
GERAL
Entendendo a crise
No Rio Grande do Sul No Estado, muitas empresas deram férias coletivas, diminuíram salários ou demitiram funcionários. A indústria foi o setor que mais sentiu os impactos da crise. Por isso, em janeiro, autoridades do noroeste do Estado foram à Brasília pedir a inclusão das empresas do setor metalmecânico e de agricultores no plano de ajuda do governo às indústrias. O objetivo é evitar mais desemprego. De acordo com a sondagem promovida pela PricewaterhouseCoopers (PwC) em parceria com a Câmara Americana de Comércio em Porto Alegre (Amcham), 96,3% das principais companhias instaladas em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já são ou ainda serão afetadas pela turbulência global.
HISTÓRICO Novembro de 2007: Bancos anunciam perdas bilionárias ligadas à crise hipotecária. Janeiro de 2008: O índice de calote nas hipotecas imobiliárias chega a 21%. Como medida emergencial, o Federal Reserve (Fed) faz dois cortes seguidos na taxa de juros da economia. Março de 2008: O Fed disponibiliza mais US$ 200 bilhões para bancos em dificuldade. Abril de 2008: O Fundo Monetário Internacional (FMI) calcula em US$ 945 bilhões o custo da crise - que qualifica como a maior desde a década de 1930 - para o sistema financeiro mundial. Maio de 2008: O número de bancos com problemas nos EUA chega a 90, no maior nível desde 2004. Setembro de 2008: O Silver State Bank, de Nevada, é o
11° banco norte-americano a falir só em 2008. O banco de investimentos Lehman Brothers quebra, arrastando as bolsas mundiais a quedas históricas. Os BCs mundiais injetam centenas de bilhões de dólares no mercado para controlar os danos da crise. Em uma só tacada, o Fed despeja US$ 180 bilhões nos mercados. Na Bovespa, a queda ultrapassa os 10% e interrompe as negociações pela primeira vez em quase dez anos. Outubro 2008: Pressionado pelo governo Bush, o Senado se adianta à Câmara e aprova o pacote de resgate dos mercados, acrescentado de algumas vantagens aos contribuintes. Em um dia tenso, a Câmara dos EUA volta atrás e aprova o pacote modificado de US$ 700 bilhões. O plano é sancionado em seguida pelo presidente Bush. Ainda assim, o pessimismo predomina e as bolsas caem.
Sbardecar completa 30 anos e presenteia Cachoeirinha com uma nova concessionária No mês em que completa 30 anos, a Sbardecar presenteou a cidade de Cachoeirinha com a sua nova concessionária da marca Fiat. Num espaço arrojado, localizado na principal avenida da cidade, a Sbardecar oferece um amplo espaço com estacionamento e oficina próprios. O proprietário da marca, Reinaldo Sbardelotto, não escondeu a emoção ao voltar a sua terra natal. "O destino quis que eu voltasse para Cachoeirinha, no mês de
aniversário da Sbardecar. Essa é uma concessionária do tamanho que Cachoeirinha merece", afirmou no discurso. Reinaldo aproveitou a data para entregar um carro que doou para o Distrito 4670 do Rotary Internacional para arrecadar fundos para a Fundação Rotária, maior entidade social do mundo, que é responsável por enviar dinheiro aos projetos do Rotary no mundo todo, principalmente aos mais pobres, como o Brasil.
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Herdeiros de sonhos, tradições e negócios
No século XIX as formas de negócios começaram a ganhar uma atitude mais comercial. As atividades familiares deram espaço para as empresas modernas, e essa mudança aconteceu a partir do momento em que elas começaram a ter mais de uma unidade operacional e a construir uma hierarquia de profissionais assalariados. Não é errado afirmar que as empresas surgiram da família, e depois de algum tempo foram sendo organizadas para serem mais rentáveis e não só para o autosustento. O mercado cresceu, as relações de trabalho mudaram, e a tecnologia obrigou cada empresa a se modernizar. A essência familiar nas companhias é uma constante mundial. Em alguns países como a Itália, as empresas familiares representam 85% da economia. As organizações familiares que já estão na segunda geração ou mais representam uma tradição. Carregam consigo marcas, valores e sonhos de uma geração passada. Quando há esse conhecimento e cuidado dos sucessores, a empresa vive muito bem. O caso mais famoso é o da Ford. A família, apesar de ter aberto o capital em 1956, ainda detém boa parte das decisões. EXEMPLOS Grupo RBS, Perdigão, Gerdau e Grupo Pão de Açúcar estão na lista de exemplos de sucesso na administração familiar. Conseguiram romper a barreira das gerações com uma gestão voltada para os resultados. Em Cachoeirinha, a Conservas Ritter figura entre exemplos de tradição e qualidade. Fundada em 1919 por Frederico Augusto Ritter, a empresa fabricava leite e
derivados destinados ao mercado de Porto Alegre. A precariedade das estradas obrigou a Ritter a montar uma linha de produtos industrializados. Já em 1929, a Conservas Ritter ganhou Medalha de Ouro pela qualidade de produção das geléias. O pioneirismo do fundador conseguiu inundar a família. Os sucessores souberam dar a visão certa para a empresa que hoje é a maior produtora de doces e geléias do País. Na década de 90, a Ritter investiu em novas pesquisas e ampliou a linha de produção. Hoje, a administração da Conservas Ritter está na terceira geração. A empresa guarda com orgulho as lembranças e fotos do fundador. Um dos pontos decisivos na sucessão é a chegada de familiares no ambiente de trabalho. A Bebidas Fruki, fundada há 80 anos por Emílio Kirst, em Lajeado, tem uma política clara para a sucessão. Todo o familiar que quer trabalhar na empresa começa como estagiário e deve estar cursando uma faculdade. “Ele ingressa como qualquer outro profissional”, afirma Aline Bagatini, neta do fundador. Outro exemplo de sucessão familiar é a Metalúrgica Carlos Becker, de Gravataí. Em 1945 o idealizador Carlos Becker iniciou uma pequena serralheria. As atividades foram crescendo. No final da década de 70 e no decorrer da década de 80, os administradores viram a necessidade de readequações. Foi aí que iniciou o processo de profissionalização, reestruturação administrativa e reorganização dos segmentos. Atualmente, é administrada por Décio Becker, que representa a segunda geração da família.
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A empresa familiar por vários pontos de vista No mês passado, alguns herdeiros de companhias brasileiras que haviam repassado o controle do dia-a-dia dos negócios a um profissional do mercado reassumiram o controle das empresas de suas famílias. Entre elas, estavam nomes como a Schincariol, Sadia e WTorre. O principal argumento usado para justificar a mudança de curso foi a agilidade nas decisões, que seria uma das vantagens do comando familiar, principalmente durante um período de crise financeira. Mas, se por um lado a presença forte da família fundadora pode ser fundamental para a sobrevivência de uma companhia, por outro, gerir uma empresa familiar é tarefa complexa e que exige compreensão profunda sobre as particularidades desse tipo de empreendimento. Afinal, qualquer empresa precisa ter uma boa gestão e conquistar mercados, por exemplo, mas as familiares precisam superar barreiras decorrentes de relações internas que não são apenas profissionais. Escritório de família O fundador presidente da Werner & Associados, René Werner, observa, no livro “Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresas familiares”, que nas últimas décadas muitas famílias empresárias passaram a adquirir ativos independentes dos seus negócios operacionais. A partir do momento que tal patrimônio nãooperacional se torna significativo, elas precisam organizálo. É nessa instância, também, que muitos assuntos - e problemas - da família, que não estejam ligados à operação diária da companhia, devem ser discutidos. O escritório de família normalmente é uma estrutura independente da empresa e que fica sob a responsabilidade de alguns familiares. “Essa instância existe há 300 anos no mundo e se tornou importante para a governança familiar. Não desmerecendo a governança corporativa, é preciso ter uma governança familiar, tema que se tornou muito importante de 1997 para cá, devido à entrada de grande quantidade de capital estrangeiro no Brasil”, diz. Governança invisível Sócio da consultoria societária Höft, Wagner Teixeira
assina o capítulo sobre governança invisível, que, para ele, é a base da boa relação da família com os negócios. “Fala-se muito em governança corporativa, mas ela só ocorre bem se há uma boa governança familiar e societária, que justamente não aparecem para o mercado”, diz. Ou seja, a governança invisível é a estrutura que dá suporte para que a empresa possa funcionar de forma independente, sem ser afetada pelos conflitos familiares. “O que percebemos com nossos clientes é que quando a família consegue organizar a parte invisível, a empresa cresce de modo acelerado, pois fica solta para cuidar dos negócios”, pontua. “A profissionalização de uma companhia é consequência da profissionalização da família controladora. O problema é que geralmente se começa por profissionalizar a empresa”, afirma. Segundo Teixeira, cada membro da família precisa entender o seu papel dentro do negócio. Isso passa pela reflexão do que ele almeja para sua própria vida. Para cada um dos possíveis papéis, é preciso preparação", completa. Tributos e sucessão Outra discussão relevante presente no livro é desenvolvida pelo sócio fundador da Karpos Investimentos, Andrei Bordin, que assina um capítulo sobre estratégias tributárias no processo sucessório. Segundo ele, é preciso ter em mente que o sistema tributário brasileiro é complexo. Por isso, no seu artigo, ele procura alertar os empresários sobre os tributos que mais podem gerar dispêndios na hora de trocar a geração que está no comando da companhia. "Percebo que as empresas, na sua maioria, não se preparam para a sucessão. Quando o fazem, as preocupações costumam recair sobre questões societárias, em detrimento dos aspectos tributários, postura que pode onerar a empresa e os herdeiros no futuro", alerta. No capítulo, Bordin destaca ainda a importância de as empresas terem uma visão globalizada sobre o assunto e utilizem mecanismos internacionais para criar soluções de sucessão que não são previstas pela legislação brasileira.
SUGESTÃO DE LEITURA "Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresas familiares" (Editora Saraiva e Virgíla, 448 páginas, R$ 64,90): Com 19 capítulos, escritos por nomes de destaque no mundo corporativo e educacional, a obra aborda diversos assuntos sobre o tema, sempre com objetivo de contribuir com as decisões dos gestores.
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Herdeiros de sonhos, tradições e negócios
No século XIX as formas de negócios começaram a ganhar uma atitude mais comercial. As atividades familiares deram espaço para as empresas modernas, e essa mudança aconteceu a partir do momento em que elas começaram a ter mais de uma unidade operacional e a construir uma hierarquia de profissionais assalariados. Não é errado afirmar que as empresas surgiram da família, e depois de algum tempo foram sendo organizadas para serem mais rentáveis e não só para o autosustento. O mercado cresceu, as relações de trabalho mudaram, e a tecnologia obrigou cada empresa a se modernizar. A essência familiar nas companhias é uma constante mundial. Em alguns países como a Itália, as empresas familiares representam 85% da economia. As organizações familiares que já estão na segunda geração ou mais representam uma tradição. Carregam consigo marcas, valores e sonhos de uma geração passada. Quando há esse conhecimento e cuidado dos sucessores, a empresa vive muito bem. O caso mais famoso é o da Ford. A família, apesar de ter aberto o capital em 1956, ainda detém boa parte das decisões. EXEMPLOS Grupo RBS, Perdigão, Gerdau e Grupo Pão de Açúcar estão na lista de exemplos de sucesso na administração familiar. Conseguiram romper a barreira das gerações com uma gestão voltada para os resultados. Em Cachoeirinha, a Conservas Ritter figura entre exemplos de tradição e qualidade. Fundada em 1919 por Frederico Augusto Ritter, a empresa fabricava leite e
derivados destinados ao mercado de Porto Alegre. A precariedade das estradas obrigou a Ritter a montar uma linha de produtos industrializados. Já em 1929, a Conservas Ritter ganhou Medalha de Ouro pela qualidade de produção das geléias. O pioneirismo do fundador conseguiu inundar a família. Os sucessores souberam dar a visão certa para a empresa que hoje é a maior produtora de doces e geléias do País. Na década de 90, a Ritter investiu em novas pesquisas e ampliou a linha de produção. Hoje, a administração da Conservas Ritter está na terceira geração. A empresa guarda com orgulho as lembranças e fotos do fundador. Um dos pontos decisivos na sucessão é a chegada de familiares no ambiente de trabalho. A Bebidas Fruki, fundada há 80 anos por Emílio Kirst, em Lajeado, tem uma política clara para a sucessão. Todo o familiar que quer trabalhar na empresa começa como estagiário e deve estar cursando uma faculdade. “Ele ingressa como qualquer outro profissional”, afirma Aline Bagatini, neta do fundador. Outro exemplo de sucessão familiar é a Metalúrgica Carlos Becker, de Gravataí. Em 1945 o idealizador Carlos Becker iniciou uma pequena serralheria. As atividades foram crescendo. No final da década de 70 e no decorrer da década de 80, os administradores viram a necessidade de readequações. Foi aí que iniciou o processo de profissionalização, reestruturação administrativa e reorganização dos segmentos. Atualmente, é administrada por Décio Becker, que representa a segunda geração da família.
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A empresa familiar por vários pontos de vista No mês passado, alguns herdeiros de companhias brasileiras que haviam repassado o controle do dia-a-dia dos negócios a um profissional do mercado reassumiram o controle das empresas de suas famílias. Entre elas, estavam nomes como a Schincariol, Sadia e WTorre. O principal argumento usado para justificar a mudança de curso foi a agilidade nas decisões, que seria uma das vantagens do comando familiar, principalmente durante um período de crise financeira. Mas, se por um lado a presença forte da família fundadora pode ser fundamental para a sobrevivência de uma companhia, por outro, gerir uma empresa familiar é tarefa complexa e que exige compreensão profunda sobre as particularidades desse tipo de empreendimento. Afinal, qualquer empresa precisa ter uma boa gestão e conquistar mercados, por exemplo, mas as familiares precisam superar barreiras decorrentes de relações internas que não são apenas profissionais. Escritório de família O fundador presidente da Werner & Associados, René Werner, observa, no livro “Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresas familiares”, que nas últimas décadas muitas famílias empresárias passaram a adquirir ativos independentes dos seus negócios operacionais. A partir do momento que tal patrimônio nãooperacional se torna significativo, elas precisam organizálo. É nessa instância, também, que muitos assuntos - e problemas - da família, que não estejam ligados à operação diária da companhia, devem ser discutidos. O escritório de família normalmente é uma estrutura independente da empresa e que fica sob a responsabilidade de alguns familiares. “Essa instância existe há 300 anos no mundo e se tornou importante para a governança familiar. Não desmerecendo a governança corporativa, é preciso ter uma governança familiar, tema que se tornou muito importante de 1997 para cá, devido à entrada de grande quantidade de capital estrangeiro no Brasil”, diz. Governança invisível Sócio da consultoria societária Höft, Wagner Teixeira
assina o capítulo sobre governança invisível, que, para ele, é a base da boa relação da família com os negócios. “Fala-se muito em governança corporativa, mas ela só ocorre bem se há uma boa governança familiar e societária, que justamente não aparecem para o mercado”, diz. Ou seja, a governança invisível é a estrutura que dá suporte para que a empresa possa funcionar de forma independente, sem ser afetada pelos conflitos familiares. “O que percebemos com nossos clientes é que quando a família consegue organizar a parte invisível, a empresa cresce de modo acelerado, pois fica solta para cuidar dos negócios”, pontua. “A profissionalização de uma companhia é consequência da profissionalização da família controladora. O problema é que geralmente se começa por profissionalizar a empresa”, afirma. Segundo Teixeira, cada membro da família precisa entender o seu papel dentro do negócio. Isso passa pela reflexão do que ele almeja para sua própria vida. Para cada um dos possíveis papéis, é preciso preparação", completa. Tributos e sucessão Outra discussão relevante presente no livro é desenvolvida pelo sócio fundador da Karpos Investimentos, Andrei Bordin, que assina um capítulo sobre estratégias tributárias no processo sucessório. Segundo ele, é preciso ter em mente que o sistema tributário brasileiro é complexo. Por isso, no seu artigo, ele procura alertar os empresários sobre os tributos que mais podem gerar dispêndios na hora de trocar a geração que está no comando da companhia. "Percebo que as empresas, na sua maioria, não se preparam para a sucessão. Quando o fazem, as preocupações costumam recair sobre questões societárias, em detrimento dos aspectos tributários, postura que pode onerar a empresa e os herdeiros no futuro", alerta. No capítulo, Bordin destaca ainda a importância de as empresas terem uma visão globalizada sobre o assunto e utilizem mecanismos internacionais para criar soluções de sucessão que não são previstas pela legislação brasileira.
SUGESTÃO DE LEITURA "Acontece nas melhores famílias - Repensando as empresas familiares" (Editora Saraiva e Virgíla, 448 páginas, R$ 64,90): Com 19 capítulos, escritos por nomes de destaque no mundo corporativo e educacional, a obra aborda diversos assuntos sobre o tema, sempre com objetivo de contribuir com as decisões dos gestores.
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REPORTAGEM ESPECIAL
Como alcançar o sucesso na empresa familiar Não tenha medo de descentralizar O tempo passa mais rápido do que conseguimos perceber. É importante estar atento às ideias de pessoas mais novas. O mundo é muito dinâmico.
Preparar os parentes para ingressar no ambiente de trabalho Preparar as futuras gerações e motivá-las para atuar no negócio da família.
Crie um conselho diretor misto Tome as decisões escutando pessoas ligadas à família, mas também escute profissionais com uma visão de fora.
Planejamento Estratégico Todo mundo sabe a importância de um planejamento estratégico, mas poucos estão atentos para a sua atualização. O planejamento estratégico é dinâmico e deve ser revisado periodicamente.
Código de ética Ter um código de ética que aborde os principais pontos de conflitos, objetivos, e o que não pode acontecer é importante para todos conhecerem onde a empresa que chegar.
Tr adição Manter viva a história da empresa é uma forma de demonstrar para todos o quanto cada um deve ter orgulho por estar ali. Ou seja, cada colaborador é também parte desta história.
As empresas familiares em outros países
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personalidade jurídica
Ângela Campagner Advogada - OAB/RS 31E057
A desconsideração da personalidade jurídica de uma empresa retira o privilégio de separação patrimonial entre a mesma e seus sócios. Com isto, o patrimônio pessoal dos sócios pode ser alcançado para o pagamento de dívidas da empresa. O Código Civil preceitua que tal medida somente é possível quando existir prova concreta de que houve desvio da finalidade da pessoa jurídica. Tal fato se caracteriza pelo desvio de finalidade da empresa ou pela confusão dos patrimônios da sociedade com os dos seus sócios. Ocorre que nem sempre a norma jurídica é observada. Nem sempre os juízes, na louvável intenção de tentar a satisfação do crédito daquele que venceu a demanda, atentam para as especificidades da desconsideração da personalidade jurídica. Tal fato, aliado à utilização das ferramentas ágeis e eficientes (sistemas "Bacen-Jud" e "Info-Jud") que estão à disposição dos magistrados para a obtenção de informações financeiras das partes envolvidas nos processos judiciais, tem gerado graves problemas para os sócios, que frequentemente são vítimas da má aplicação da desconsideração da personalidade jurídica. Ora, não é incomum que sócios (independentemente de serem ou não os causadores do desvio de finalidade da empresa) sejam surpreendidos pelo bloqueio judicial de seus bens ou de suas contas bancárias para a satisfação de débitos da empresa. Visando evitar este tipo de situação grave e constrangedora, foi recentemente apresentado ao Plenário da Câmara de Deputados o Projeto de Lei 3401/2008, sugerido por entidades integrantes do Plano Diretor do Mercado de Capitais e apresentado pelo Deputado Federal Bruno Araújo (PSDB/PE). O referido Projeto propõe a observância de procedimento judicial específico para a desconsideração da personalidade jurídica como meio de evitar os abusos de tais decisões judiciais.
Dentre as normas propostas, destacam-se as seguintes: a impossibilidade de os juízes decretarem a desconsideração de ofício, sendo necessário devido requerimento da parte interessada; a obrigatoriedade de oportunidade de defesa dos sócios, antes da decretação da desconsideração; os efeitos da desconsideração não atingirão os bens particulares de sócios que não tenham praticado ato abusivo da personalidade jurídica, ou seja, a desconsideração apenas se restringirá aos sócios que desviaram a finalidade da pessoa jurídica. Tais procedimentos, se aprovados, em muito colaborarão para a segurança jurídica e processual do cidadão. Entretanto, considerando que o referido Projeto ainda trilhará longo caminho legislativo, importante que os sócios e administradores de empresas demandadas em qualquer esfera judicial mantenham-se atentos ao curso dos processos judiciais, especialmente na hipótese de a empresa não possuir meios de arcar com suas obrigações. Um acompanhamento processual efetivo e cuidadoso pode evitar ou reverter a indevida desconsideração da personalidade jurídica e suas consequências indesejadas.
LEGISLAÇÃO
Desconsideração da
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INFORME PUBLICITÁRIO
Assessoria em informática Toda empresa que possua uma rede de computadores precisa de assistência ou assessoria para que um problema na rede não interfira no trabalho ou ocasione em perda de arquivos. Há 15 anos em Cachoeirinha, a AT Informática oferece serviços de suporte e consultoria, assistência técnica, redes e servidores Windows e Linux. Fundada por Edson Woycink, falecido há quatro anos, foi adquirida por Hugney Motta, que manteve o padrão de qualidade criado pelo amigo. Contando com cinco técnicos certificados, a AT Informática prepara a cada dia sua equipe para oferecer soluções e resolver possíveis dificuldades em servidores, redes e estações de trabalho, monitores, impressoras e periféricos. O diferencial da empresa está no foco do seu trabalho, voltado para a assessoria. Além disso, a AT faz a verificação de todo o equipamento, evitando que outras peças causem problemas. A empresa é autorizada Intelbras, Nova computadores, Microboard e Redesys. Entre os planos para o futuro, está a abertura de uma nova loja em Porto Alegre e uma loja de peças e acessórios em Cachoeirinha. Maiores informações no site www.atinformatica.com.br ou pelo fone 51 3471 8186.
Arauterm investe em cuidados ambientais Em 2008, a Arauterm concluiu a construção de uma nova fábrica que respeita o meio ambiente. O conjunto de prédios, com 3200 m2 de área fabril e mais 1000 m2 de área administrativa, foi projetado com extremo cuidado ecológico, contando, por exemplo, com sistema de reaproveitamento das águas pluviais e utilização da energia solar. A fim de atender as necessidades térmicas dos clientes, a Arauterm abre um novo ciclo, buscando na Europa placas especiais para montagem de Trocadores de Calor de Placas (TCP), especialmente calculados de acordo com a necessidade do cliente, dimensionado por software específico desenvolvido pelo fabricante. De acordo com a empresa, cada produto é desenvolvido com elevado rendimento térmico e estrita observância das orientações de cuidados ambientais.
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Terceirizar também é solução para crise Em tempos de crise financeira internacional, reduzir os custos significa a sobrevivência de muitas empresas no mercado. Nesse momento, diminuir os gastos com mão-de-obra é a primeira atitude tomada por muitas companhias. Para evitar demissões, uma opção é contratar mãode-obra terceirizada. Há cinco anos no mercado e com aproximadamente 100 funcionários, a GP Serviços oferece soluções nas áreas de portaria, limpeza e recepção. A terceirização é um sistema que estabelece uma relação de parceria entre companhias ou entre uma empresa e profissionais, permitindo que cada um se concentre na sua atividade principal. A terceirização originou-se nos Estados Unidos, logo após a eclosão da IIª Guerra Mundial, pois as indústrias bélicas tinham que se concentrar no desenvolvimento da produção de armamentos e passaram a delegar algumas atividades a empresas portadoras de serviços. Informações com a GP Serviços podem ser obtidas no fone 51 3471 7943.
GRUPO FIUZA A Pampinox, especializada na distribuição e comercialização de produtos siderúrgicos como bobinas em aço inox, aço carbono, telhas, tubos, conexões, barras e chapas, foi reconhecida por grupos do ramo metalúrgico fora do Estado. De acordo com seu gestor, Alex Fiuza, devido a este reconhecimento e atuação no ramo, viuse a necessidade de investir em
Divulgação/MP
novas frentes, mesmo com a crise financeira internacional, que abalou a indústria. Dessa forma, foi criado o Grupo Fiuza, que deu início a novas contratações, investindo em profissionais com grande conhecimento de mercado e com mais de dez anos de experiência. A Pampinox completou cinco anos e está localizada em Canoas.
Alex Fiuza
Muito mais que uma academia Um centro de condicionamento físico, capacitação e reabilitação que tem como principal objetivo a utilização dos exercícios físicos para melhoria da saúde e qualidade de vida, estas são características do Centro de Saúde e Bemestar Iron House Personal Class. Localizado em Cachoeirinha, o espaço traz diversas atividades diferenciadas também para empresas. "O tratamento personalizado vem como resposta a esta busca de atenção e também segurança, afinal, trabalhamos com seres humanos e cuidamos daquilo que eles têm de mais precioso na vida: sua saúde", afirma Estevan de Oliveira Freitas, educador físico da Iron House. O local
integra atividade física com fisioterapia, nutrição, massoterapia, além de outros serviços. De acordo com ele, o diferencial está no trabalho individualizado que cada profissional realiza e que muitas vezes não é encontrado em academias comuns. “Porque ninguém é igual a ninguém e o atendimento personalizado faz a diferença”, afirma. A idéia é oferecer o máximo de conforto e segurança ao aluno. Localizado no coração da cidade, o Centro objetiva criar uma nova opção para aqueles que esperam o melhor em treinamento físico e fisioterapia. Maiores informações pelo fone 51 3041 1585.
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Fábia Pereira Professora, Técnica em Óptica, estudante de Optometria e Gerente de Marketing das Ópticas Pereira Divulgação/MP
O mercado de trabalho evoluiu muito nos últimos anos e está cada vez mais competitivo. Por esta razão, precisamos estar aperfeiçoados e preparados paras as dificuldades e os desafios que enfrentamos diariamente. O ser humano, dependendo da sua ocupação, está exposto aos mais diferentes riscos, inclusive para a visão. Para cada profissão existe uma forma diferente de expor os nosFábia recomenda o uso de óculos sos olhos. Enxergar bem, poder na frente do computador perceber detalhes, ter uma visão ampla e executar as tarefas sem limitações, com certeza, são os anseios de qualquer profissional, em qualquer área. A visão representa 80% da nossa percepção do mundo. Queixas de dor de cabeça, tensão na região do pescoço, ardência nos olhos e desatenção podem ser indícios de que algo está errado, ou até mesmo a consequência da falta de correção visual. Embora a indústria tenha normas claras para a segurança do trabalho, muitas ainda não estão atentas a este quadro sintomático tão vital, não oferecendo a assessoria necessária para detectar a deficiência. Um exemplo típico é de quem trabalha quase todo seu expediente em frente ao computador. Esta pessoa precisa de uma atenção especial, pois há uma excessiva exigência dos músculos do globo ocular, para que tenha real percepção da profundidade da tela. Este excesso causa o chamado "olho seco", causando coceiras e vermelhidão nos olhos, pelo simples motivo de piscar com menos frequência. Neste caso, recomendo o uso de óculos no período do trabalho, com lentes especiais com proteção ultravioleta e também com tratamento anti-reflexo (lente transparente) para que o usuário obtenha maior conforto e visualize com maior nitidez as cores e as informações da tela de seu computador.
Programas de bem-estar aumentam produtividade
QUALIDADE DE VIDA
Joshua Tan/MP
A importância dos óculos para o profissional
A prática de atividades físicas ajuda a controlar a pressão arterial, regula os níveis de colesterol, contribui para a perda de peso e previne diversas doenças, como a osteoporose. A novidade é que as empresas estão descobrindo como a saúde influencia o ambiente de trabalho. Integração de funcionários, aumento de produtividade e redução das faltas são alguns dos resultados obtidos por empresas que incentivam a prática de atividades físicas entre seus colaboradores. Segundo dados do Ministério da Saúde, os programas de bem-estar oferecidos pelas empresas podem aumentar a produtividade dos funcionários em 5% e reduzir em 15% as faltas ao trabalho. Alguns trabalhadores sabem da importância dos exercícios físicos, mas muitas vezes acabam adiando o início das atividades. Por isso, o incentivo da empresa, com programas voltados para a qualidade de vida, é fundamental para motivar esse funcionário. Além da melhora do condicionamento físico, o trabalhador se sente mais motivado e disposto para enfrentar a jornada diária de trabalho. Educadores físicos ressaltam a importância do acompanhamento profissional porque cada um tem seu próprio ritmo e necessita de programas específicos.
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QUALIDADE
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Normas ganham novo formato Em dezembro foi validada a norma ISO 9001:2008, que traz esclarecimentos de alguns dos requisitos atuais da ISO 9001:2000, com base na experiência de oito anos de aplicação da Norma. A nova reformulação da norma 9001 traz principalmente mudanças para que o entendimento do texto seja mais claro e objetivo. O IAF (International Accreditation Forum) estabeleceu que, após um ano da publicação da norma ISO 9001:2008, todos os certificados emitidos devem estar de acordo com a última versão e que, depois de dois
anos, nenhum certificado ISO 9001:2000 permanecerá válido. Segundo o plano de transição estabelecido pela ISO e pelo IAF, após 15 de dezembro de 2009 as novas certificações ou recertificações ISO 9001 deverão ser feitas na versão 2008. ISO é o termo originado da palavra grega isos, que significa igualdade e representa a Organização Internacional de Normalização, que surgiu depois da Segunda Guerra e é a maior rede não-governamental de normalização em âmbito global. O seu objetivo inicial, e que ainda está em vigência
nos dias de hoje, é criar normas que se tornassem padrão para todos os países que possuem representantes na entidade. O Brasil está ligado à ISO desde a sua criação, em 1947, e é representado na entidade pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A família 9000 de normas procura assegurar qualidade para o cliente por meio da implementação, nas organizações, dos Sistemas de Gestão da Qualidade que consiste no gerenciamento de todos os processos da organização.
ALGUNS ITENS QUE MUDAM 0.1 Generalidades: esclarece a questão da conformidade com os requisitos regulatórios e estatutários, que deverão ser atendidos quando se referem ao produto (na verdade, o resultado do processo). 3. Termos e Definições: foi eliminada a definição fornecedor x organização x cliente. 4.1. Requisitos Gerais Texto mais explicativo, além de permitir que as organizações definam os controles a serem aplicados aos processos terceirizados. 4.2 Requisitos de Documentação Melhoria no entendimento e liberdade para as organizações definirem os documentos e registros necessários para garantir a eficácia dos seus processos, além dos já requeridos pela norma.
6.3 Infraestrutura: Inclusão de mais um exemplo dentro da letra c): * Serviços de apoio como sistemas de informação. 8.2.1 Satisfação do cliente: Passou a ser considerado um indicador e não mais uma medição da performance do SGQ. 8.3 Controle de Produto não Conforme Foi incluída a letra d) que requer que, quando praticável, a organização deve tomar as ações apropriadas aos efeitos ou potenciais efeitos de uma não conformidade detectada após a entrega ou uso do produto. Anexo A: Traz uma correlação entre os requisitos da norma ISO 9001:2000 e ISO 14001:2004. FONTE: SGS do Brasil Ltda.
FNQ disponibiliza documentos para download
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Os "Critérios de Excelência 2009" e "Compromisso e Rumo com a Excelência 2009-2010" já estão disponíveis para download gratuito no site da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade). Quem optar pela versão impressa dos "Critérios de Excelência 2009" pode encomendá-la por e-mail (capacitacao@fnq.org.br). "Compromisso e Rumo com a Excelência 2009-2010" estão disponíveis somente para download. Os interessados em realizar uma autoavaliação da gestão organizacional e ainda participar do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) podem utilizar as publicações com guias complementares ao caderno "Instruções para Candidatura". As versões 2009 trazem ainda novas atualizações. O
Modelo de Excelência da Gestão (MEG) da FNQ foi aperfeiçoado principalmente para fortalecer os temas gestão do conhecimento, inovação e desenvolvimento de parcerias. Estes dois últimos temas levaram a revisões em vários itens. Acesse o link abaixo para fazer o download dos Critérios de Excelência 2009: http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/ web_CriteriosExcelencia2009_mais_recente.pdf e o link abaixo para fazer o download dos Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência: http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/ RumoExcelencia2009.pdf
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QUALIDADE
Como a ISO 9001 pode ajudar as empresas familiares Erotildes Nogueira Machado Auditora Líder e Especialista em Consultoria Diretora da Nogueira Machado Assessoria Empresarial Integrante do Comitê do PGQP - Cachoeirinha
Muito tem se escrito sobre a empresa familiar, que mostra ser uma grande força de negócios, representando 3/4 das empresas. Que seus integrantes trazem para a empresa os conflitos da família. Também por isto, que a sucessão é um risco, sendo que somente 1/3 sobrevive à segunda geração e que apenas 1/6 à terceira. Que colaboradores se sentem desestimulados, porque os melhores cargos são privativos do clã... Por outro lado, são reconhecidos a força do propósito comum e da flexibilidade de tempo, dinheiro e trabalho, que poderiam faltar num negócio não familiar, mas são supridos pelo entendimento de um compartilhamento de projeto em longo prazo... E que a liderança natural do chefe da família pode ser um fator positivo/negativo nas tomadas de decisão...
um modelo aberto, passível de ser aplicado a qualquer tipo de empresa. Precisa ser muito bem implementado e mantido para realmente representar a verdade da organização e controlar os riscos específicos identificados no diagnóstico. Na empresa familiar, auxilia a reduzir os conflitos na medida em que são mapeados os processos e identificadas as autoridades/responsabilidades. Indicadores de desempenho definem metas alinhadas com o objetivo da organização. Padroniza - sem engessar - a rotina, promovendo ações para um crescimento sustentado, que permita gerar, de forma planejada, recursos superiores ao crescimento vegetativo da família. Isto cria riqueza e oportunidades para as demais pessoas da organização. Porque empresa familiar não precisa ser sinônimo de empresa onde somente a família tem sucesso.
Empresas Familiares não são todas iguais É frequente a notícia de organizações empreendendo esforços estruturados de sucessão, transformando este desafio numa verdadeira oportunidade de alavancar negócios. Todas estas informações servem para motivar que cada empresa familiar faça seu diagnóstico e tome as ações apropriadas. Como as próprias estatísticas mostram, existem tendências que pedem cautela, mas nem todas as empresas são iguais. Em que consiste este diagnóstico? Em responder a pergunta: Qual a necessidade de sua empresa familiar?
A ISO 9001 pode ajudar Porque é um modelo de gestão muito simples. Foi testado e é reconhecido em todo o mundo. E, principalmente, porque é
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CUL TURA CULTURA Sônia Zanchetta Jornalista e Produtora Cultural sonia@camaradolivro.com.br
A Economia criativa O conceito de Economia Criativa - criado pelo empresário de mídia e consultor inglês John Howkins, autor do livro Economia criativa: como ganhar dinheiro a partir de idéias, de 2001 - é bastante recente, mas vem ganhando terreno na área do pensamento econômico. Diante da necessidade de desenvolver outros segmentos da economia, com foco na criatividade e na capacidade intelectual, a Inglaterra passou a privilegiar, a partir de 1994, três áreas que demandam alta qualificação e talento criativo, além de gerar rendimentos maiores: arte e cultura, mídias eletrônicas e design. Em 1997, Tony Blair determinou que se realizasse uma ampla pesquisa sobre as tendências do mercado internacional e as vantagens competitivas do País, para que pudesse fazer frente à concorrência global, que vinha se acirrando. Foram identificados, então, 13 setores com grande potencial de geração de renda, que têm sua origem na criatividade e na exploração da propriedade intelectual: propaganda, arquitetura, mercados de arte e antiguidades, artesanato, design, moda, filme e vídeo, software de lazer, música, artes dos espetáculo, edição, serviços de computação, rádio e tv. E, quinze anos depois de ter adotado o termo indústria criativa (inspirado no projeto australiano Creative Nation, de 1994) em sua política pública, o governo inglês nomeou um ministro especificamente para coordenar a área da Economia Criativa. O exemplo da Inglaterra tem sido replicado nos mais diversos países e, segundo a ONU, a economia criativa já responde por 7% das riquezas produzidas no mundo. Passou-se a perceber claramente o papel protagônico que pode desempenhar a Cultura no desenvolvimento socioeconômico de uma região, e a tratar o setor cultural como uma verdadeira indústria, mas também a englobar, no conceito de Economia Criativa, toda a atividade econômica que tem no conhecimento, na criatividade e no capital intelectual seus principais recursos produtivos. Ao valer-se de um recurso que, além de não se esgotar, se multiplica, a Economia Criativa surge como opção de desenvolvimento, sobretudo onde a carência ou esgotamento de recursos naturais não renováveis ou de capital levam à falta de perspectivas. No Brasil, o conceito começou a ser estudado há poucos anos e, no momento, várias cidades - entre as quais Florianópolis e Belo Horizonte - já integram ou se preparam para integrar a Rede de Cidades Criativas, criada pela Unesco, em 2004, com a finalidade de proporcionar a troca de know-how, experiências, capacidades tecnológicas e de gestão entre cidades que são centros de excelência criativa. De acordo com a Unesco, uma cidade é considerada criativa por sua capacidade de reter e atrair talentos, por contar 26 com universidades de renome e empresas inovadoras, além de um alto índice de diversidade cultural e de tolerância.
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EMPRESAS CONCORRENTES A MULTINACIONAIS DE PAÍSES DESENVOLVIDOS Quatorze empresas brasileiras compõem a lista de 100 companhias de economias emergentes classificadas como sérias concorrentes a multinacionais de países desenvolvidos, publicada pela consultora Boston Consulting Group, em Davos, na Suíça. A característica destas 100 empresas é que, juntas, elas somaram, em 2007 (ano-base da lista) receitas de US$ 1,5 trilhão e alcançaram ou superaram rivais muito mais antigas dos Estados Unidos, Europa e Japão. O Brasil é o terceiro país com mais empresas na lista, atrás da China (36) e da Índia (20). Em seguida, vêm México (7) e Rússia (6). O destaque no Brasil vai para o conglomerado Camargo Corrêa, que atua em setores que vão da construção ao têxtil e foi incluído este ano na lista, por seu crescimento internacional em 2007, em especial na América Latina, na África e na Espanha, alcançando uma receita de US$ 6,4 bilhões naquele ano. As outras 13 empresas brasileiras já faziam parte da lista, entre elas a Petrobras, a mineradora Vale, a construtora Odebrecht, a siderúrgica Gerdau, a aeronáutica Embraer, os frigoríficos Sadia e Perdigão, a têxtil Coteminas (da família do vice-presidente José de Alencar), a cosmética Natura e o conglomerado Votorantim. Também compõem a lista a montadora de ônibus Marcopolo, a fabricante de motores elétricos WEG e a produtora de carne bovina JBS-Friboi.
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O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) aprovou o Regulamento Técnico da Qualidade 5 - Inspeção de Veículos Rodoviários Destinados ao Transporte de Produtos Perigosos, de acordo com a Portaria 457/08. Essa Portaria entra em vigor seis meses após a sua publicação no Diário Oficial da União (que foi em dezembro) e doze meses para a inspeção mecanizada. O RTQ 5, publicado pela Portaria 197/04, será revogado seis meses após a data de publicação da Portaria 457/08. Na nova regra estão incluídas algumas exigências para a realização da inspeção veicular tais como: - Apresentação do certificado de descontaminação emitido pelo descontaminador registrado, para os equipamentos que transportam produtos perigosos, exceto para os re-
gulamentados pelos RTQ 1,3 e 6; - Apresentação do certificado de verificação metrológica do cronotacógrafo emitido por representante da RBMLQ, dentro da sua validade, em atendimento à regulamentação metrológica do Inmetro; - Utilização de componentes e acessórios certificados no âmbito do SBAC, quando aplicável. Entende-se por componentes e acessórios: pino-rei, quinta-roda, válvulas de segurança e outros; - Veículos rodoviários definidos no CTB como camioneta e utilitário somente serão inspecionados se houver segregação entre o habitáculo no qual a carga (de qualquer classe) é transportada e o habitáculo destinado à condução do veículo rodoviário.
LOGÍSTICA
Nova regra para a realização de inspeção veicular
Menos enxofre no diesel Hans Thoursie - stock.xchng/MP
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) começou 2009 com uma agenda verde, que faz parte de suas atribuições. Na véspera do Natal, uma resolução da ANP reduziu o teor de enxofre do diesel utilizado pelos veículos no interior do Brasil em 10%, ou seja, para 1,8 mil partículas por milhão. Agregado a esse número, vem o "S" do enxofre, e esse combustível é então conhecido como diesel S1800. A agência também especificou o S50 e o S10, que reduzirão ainda mais a emissão de poluentes no País. O S50 e o S1800 já estão no mercado desde 1º de janeiro deste ano e o S10 passará a ser obrigatório a partir de 2012. Em 2010, será obrigatória
a utilização do S50 nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador. A ANP também homologou a especificação do asfalto borracha, produzido com a mistura de 15% a 25% de borracha moída de pneu. A geração de pneus inservíveis no Brasil é de aproximadamente 30 milhões ao ano (dados de 2005, do Conama). Aproximadamente 52% desses pneus são descartados clandestinamente, gerando um passivo ambiental considerável. Deixado ao léu, um pneu leva 400 anos para se decompor.
AUDIÊNCIA PÚBLICA A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) convocou audiência pública sobre o processo de liberar os preços em voos internacionais, como pedia o sindicato que representa as companhias aéreas brasileiras, para 11 de fevereiro, em Brasília. A agência também revogou a resolução que permitia a liberação progressiva das tarifas a partir de 1º de janeiro deste ano. Nessa primeira fase, os pisos mínimos tabelados para voos ao exterior com exceção daqueles para a América do Sul, que já têm preços livres - poderiam ser reduzidos em até 20%. Em janeiro de 2010, os preços seriam totalmente livres. Antes de editar a norma, a Anac fez consulta pública via internet, mas não convocou audiência.
Combustível S50 será obrigatório em Porto Alegre em 2010
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TECNOLOGIA
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Novas perspectivas para o setor de TI A crise financeira internacional abalou grandes setores da economia brasileira, como o automobilístico e da construção civil. Mas, para os empresários da área de tecnologia da informação, esse é um momento que pode abrir novas perspectivas para o setor. Como trabalha com melhoria de produtividade, e produtividade significa produzir mais com menor custo, qualquer que seja a solução de TI, desde uma simples planilha eletrônica até um software de gestão, pode ajudar muito as companhias afetadas pela crise. De acordo com empresários da área, os investimentos do
governo em empreendedorismo vão aumentar o número de empresas iniciantes que, certamente, trarão soluções inovadoras. Como os grandes investidores estão apreensivos, há a oportunidade para os pequenos, que podem entrar com o capitalsemente, principalmente porque, agora, estão amparados por esses projetos governamentais de empreendedorismo. O Brasil é destaque tanto na produção de soluções criativas de tecnologia como em termos de consumo. Ao contrário da Índia, o país consome 80% da produção de softwares. Esse mercado interno forte é o que dá ao País uma boa proteção contra a crise.
10 dicas para o setor enfrentar a crise 1. Postergue as aquisições de Hardware Com a redução do crédito no mercado externo e revisão dos planos de crescimento podemos esperar o corte do investimento em todas as regiões. Além disso, a subida do dólar vai provocar o aumento do custo de importação do hardware, elevando os preços. 2. Antecipe a contratação de licenças de software e manutenção As licenças de software demoram mais tempo para serem ajustadas, pois não há importação. Para os softwares de mainframe, CAD, ERP e alguns outros, há uma referência em dólar, mas você pode forçar para que o fornecedor obedeça a lei brasileira, que obriga que os contratos sejam firmados em real. 3. Avalie seu portfólio de projetos de infraestrutura e sistemas Tomara que a crise não se aprofunde, mas e se acontecer? Prepare já a sua estratégia de portfólio, elegendo quais os projetos são prioritários e quais podem ser "cortados" para que quando a ordem chegar você não corte o que é importante. 4. Inicie os projetos que reduzem a despesa operacional da TI A maior despesa da TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) é com telecomunicações. Este pode ser um excelente momento para migrar para VoIP, pois tem impacto imediato na conta. 5. Contenção de custos de atendimento e manutenção A melhor forma para reduzir o custo do suporte é reduzir a demanda por suporte.
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6. Redução do outsourcing via SLA (Acordo de Nível de Serviço) Na maioria das empresas, no Brasil, cerca de 50% do gasto da
TI é destinado aos contratos de serviço e outsourcing (mão-deobra terceirizada relacionada à gestão estratégica). Depois de telecom, o outsourcing é seu principal alvo para corte de custos. Trabalhe a tolerância: maior tempo de espera no help desk, mais tempo para resolução de problemas, nomeie os sistemas não críticos e permita uma redução da disponibilidade para eles e dilatação do prazo de projetos. 7. Renovação de contratos de outsourcing via RFP Verifique os contratos a vencer em 2009, crie uma lista e estabeleça a sua estratégia de negociação. Faça a RFP (do inglês Request For Proposal, é o processo de condução de uma cotação de serviços de TI) sempre que possível. Aproveite a oportunidade, pois 2009 vai ser um ano mais difícil para os fornecedores e eles podem ceder mais no preço. 8. Asset Management - consolidação dos contratos e revisão de T&C Os contratos de licenciamento de software e mesmo de outsourcing costumam ser bem complexos. Quando analisamos os contratos em conjunto, podemos identificar overlaps e duplicidade de serviços que, ao serem eliminados, podem reduzir o custo para o fornecedor e o preço pago pelo comprador. 9. Plano de sobrevivência: como manter tudo funcionando com tantos cortes? Faça um plano de transição, válido para um ou dois anos no máximo e contrate serviços de curta duração (outsourcing de um ano), evitando a compra de equipamentos. 10. Pode ser a vez do Software Livre Experimente os softwares livres como alternativa para o desenvolvimento de sistemas. Para servidores, prefira expandir o Linux nesse momento. Fonte: Fundamento Comunicação Empresarial
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Mais 79 setores da economia terão adotado a Nota Fiscal eletrônica (NF-e) até o final de 2009. Essa é a expectativa da Receita Federal. O esperado é que, no final de 2009, 80% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) esteja acompanhada pela NF-e. Em abril deste ano devem se adequar ao sistema 25 itens, complementando os segmentos de automóveis (incluídos em parte em dezembro de 2008), autopeças, combustíveis, álcool, GLP, GNV, tintas, resinas, bebidas, vasilhame,
fumo, alumínio e siderurgia. Já em dezembro deste ano, é a vez de 54 itens, como cosméticos, higiene pessoal, papel, informática, áudio e vídeo, trigo, café, defensivos, adubos, laticínio, dentre outros segmentos. Atualmente, mais de 15 mil estabelecimentos estão cadastrados e, só em 2 de janeiro deste ano, foram emitidas mais de 73 milhões de notas, representando mais de R$ 1,54 trilhões de operações. Pioneiro na emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e) no País, o Rio Grande do Sul terminou o ano de 2008 com cerca
de 3,5 mil empresas autorizadas a expedir o documento. Nos próximos meses, outros setores serão obrigados a adotar a NF-e, mas algumas empresas ainda não sabem como implantar o sistema. A Rezolve Informática, de Cachoeirinha, é uma das companhias que oferece o software, que faz a comunicação junto à Sefaz (Secretaria Estadual da Fazenda). O novo sistema visa acabar com livros como o diário com escrituração resumida. Maiores informações podem ser obtidas na Rezolve através do 51 3041 5467.
TECNOLOGIA
Novos setores obrigados a emitir NF-e
Perto exporta ATMs para o Chile A Perto S/A, de Gravataí, está exportando ATMs (Automated Teller Machines) - os caixas automáticos de autoatendimento - com alta tecnologia de imagem para o banco chileno BCI. De acordo com executivos da empresa, o Brasil é um dos líderes do mercado, mas ainda não conta com legislação que permita a instalação de equipamentos bancários sofisticados nas instituições nacionais. O País é o terceiro no mercado de ATMs, perdendo para EUA e Japão.
Os ATMs exportados permitem depósitos de cédulas e de cheques sem o uso de envelopes, além de impressão de folhas de cheques, recebimento de cheques visados e saque de cheques on line, até para não correntistas, em cédulas e moedas. As máquinas da empresa gaúcha o estão equipados com PertoScan, um escaner que captura a imagem de cheques. Com o uso de softwares de última geração as imagens são analisadas, é reconhecido o valor do cheque e a assinatura.
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RECURSOS HUMANOS
Kriss Szkurlatowski - stock.xchng/MP
A importância do setor de RH Em época de crise financeira, a primeira atitude tomada por muitas empresas é a demissão de funcionários. Durante este período, é essencial para a saúde das organizações saber manter seus funcionários motivados e recolocar profissionais de forma inteligente. Para tanto, a área de recursos humanos deve estar preparada. Em uma pesquisa realizada com 248 empresas estadunidenses, 65% acreditam que os problemas financeiros mundiais devem afetar seus orçamentos de RH. Além disso, 30% das organizações congelaram novas contratações. Para potencializar as funções do RH e para que o setor ajude a empresa a superar a crise, é necessário abandonar métodos tradicionais de gestão. Medidas usuais de redução de custos, como o corte de funcionários, se tornaram obsoletas e por muitas vezes atrapalham a empresa, que terá custos na demissão e em uma futura contratação para a vaga. Além disso, demissões coletivas, quando adotadas por questões de
TRABALHO VOLUNTÁRIO
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Um levantamento feito pela Gelre junto a recrutadores de grandes e médias empresas mostrou que 70,9% deles nunca fizeram perguntas aos candidatos a emprego sobre sustentabilidade. E 42,4% também não perguntam se eles participam de atividades ou programas sociais. Curiosamente, 62,5% desses recrutadores consideram a participação individual em ações de cunho social importante como característica do candidato, embora não façam perguntas a respeito. A participação em programas de voluntariado nunca é questionada por 52,8% dos recrutadores, enquanto os outros 47,2%, que responderam ao questionário da Gelre, declaram fazer essa indagação: 16,4% deles sempre; 22,9% às vezes - e 7,9% raramente. "As empresas têm criado programas voltados à sustentabilidade e à responsabilidade social, bem como de voluntariado, mas ainda não existe uma consciência da importância, do envolvimento de cada um dos colaboradores com essas questões, que têm a ver com nosso futuro comum", diz o presidente da Gelre, Jan Wiegerinck.
crises conjunturais, não apenas reforçam a espiral decrescente dos negócios, como também dificultam a recuperação das empresas, na medida em que tornam mais difícil a reconstrução do conhecimento, das competências e das experiências perdidas. Por isso, quando forem necessárias, as demissões devem ser previamente negociadas e conduzidas eticamente. A situação atual pede que o gestor tenha um trabalho eficaz para que a não se instale a cultura da crise na empresa, o que afetará o rendimento dos funcionários. O grande desafio será manter os profissionais motivados e incentivar pessoas talentosas para que elas tenham novas ideias capazes de contornar as dificuldades da nova realidade. No lugar de adotar métodos como demitir as pessoas, as organizações devem readequar seus profissionais e investir na capacitação dos mesmos. Uma saída para suprir os problemas financeiros é rever critérios de remuneração e bônus, adaptando-os à nova realidade.
Informalidade pode aumentar A crise financeira internacional (que secou o crédito, encareceu as taxas de juros e afetou a produção industrial do país) vai aumentar a informalidade no mercado de trabalho, de acordo com projeções de especialistas. O avanço deve chegar a 1,5 ponto percentual, passando dos atuais 32,1% para 33,6% da população ocupada. Ao longo deste ano, serão cerca de 330 mil trabalhadores a mais sem carteira de trabalho somente nas seis principais regiões metropolitanas do país, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. Para os economistas, os empregados sem carteira assinada e os que trabalham por conta própria são os primeiros a sentir os reflexos
das incertezas da economia. Indicadores já mostram que o rendimento médio real dessas pessoas teve recuo no fim de 2008. Os informais são mais sensíveis aos negócios do dia-a-dia. Com as incertezas, as empresas adiam os investimentos e, assim, as contratações. Segundo especialistas, a informalidade deve aumentar este ano em empresas terceirizadas e em setores como o de serviços. A alta na informalidade é explicada pela deterioração do trabalho formal. Com a falta de confiança, poucas empresas têm ânimo para contratar. Por isso, a participação dos formais entre a população ocupada, que hoje é de 44,5%, pode cair para 43%.
Fevereiro/2009 Divulgação/MP
técnicas ultrapassadas
Na área de recursos humanos ainda existem muitas práticas ultrapassadas. Uma delas é a avaliação de desempenho tradicional, baseada em indicadores financeiros e contábeis, a qual já é insuficiente para os profissionais da área. Atualmente, exige-se que se leve em consideração fatores subjetivos para medir um desempenho. Muitas vezes, por desconhecimento ou falta de modelos mais adequados, as técnicas da era industrial são empregadas para tentar mensurar os novos bens de capital da era do conhecimento: ideias, criatividade, inovação, sinergia, comprometimento. Outra prática considerada ultrapassada é ter o RH longe da estratégia da empresa, uma vez que é preciso analisar se as pessoas têm capacidade de dar suporte para a organização atingir seus objetivos de negócio. Se o setor não co-
nhece os objetivos da empresa e as oportunidades e ameaças que a afligem no ambiente externo, possivelmente não conseguirá alinhar os esforços da sua área aos resultados organizacionais de médio e longo prazo. Para que o RH esteja ligado à estratégia da empresa, seus responsáveis devem entender o seu papel junto ao público interno e externo. Outra dica é adotar metodologias mais adequadas à nova realidade das organizações. Um exemplo é a criação de um sistema de gestão do desempenho com foco em competências. Se bem implantado, pode ser um bom instrumento para determinar onde e para quem os esforços devem ser direcionados, quais esforços são estes e as fontes seguras para medir os resultados de suas ações. O importante é criar novos mecanismos, mas sempre alinhados à missão e à visão do negócio.
RECURSOS HUMANOS
RH: esqueça as
Recrutadores lidam hoje com bens como ideias e inovação
Número de desempregados assusta Há um mês os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) assustaram os brasileiros: 654.946 trabalhadores com carteira assinada perderam o emprego em dezembro, em reflexo direto da crise financeira. Este foi o pior resultado registrado no mês de dezembro desde 1992, segundo informações do órgão. Para o ministro do
Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a aposta é de retomada do nível de emprego a partir de março. O País encerrou 2008 com um estoque de 30,418 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Mesmo com o saldo positivo, 13 mil cortes foram feitos pela indústria de madeira e mobiliário; 8,7 mil na indústria de calçados e 2,9 mil na indústria
da borracha, fumo e couros. São Paulo liderou as dispensas em dezembro, seguido por Minas Gerais e Paraná. O saldo apontado pelo Caged leva em conta o total de admissões e o total de demissões no mês, o que demonstra outro problema da economia brasileira: a alta rotatividade da mãode-obra, ou seja, o País emprega e demite muito, tornando-se muito volátil.
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EMPREENDEDORISMO
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Conflitos podem gerar
oportunidade de mudança Você tem medo de conflitos? Isso é completamente normal, mas você sabia que eles podem ser o motor que impulsiona uma empresa? As brigas, os desentendimentos e os pontos de vista diversos sobre estratégia e implementação criam energia e oportunidade de mudanças, estimulam a criatividade e ajudam na formação de equipes bem alinhadas. De acordo com dados da American Management Association, os gestores gastam um mínimo de 24% do tempo lidando com conflitos. Para muitos pode parecer desperdício de tempo, mas, na verdade, pode se tornar uma oportunidade se o conflito for tratado de forma construtiva. Muitas das maiores multinacionais do mundo estimulam seus funcionários a levantar questões espinhosas por acreditarem que estão levando-os à inovação, a novos objetivos. Claro que encarar um conflito tem seus riscos, mas há motivos para crer que eles podem resultar em ganhos para todos. Confira as seis habilidades essenciais para resolver eventuais conflitos (de acordo com o especialista em liderança e comportamento organizacional George Kohlrieser): 1. Criar e manter o vínculo, até mesmo com o "adversário". Trate a pessoa como amiga e baseie a relação em respeito mútuo e cooperação. Os líderes devem
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aprender a separar a pessoa do problema, a querer ajudar o outro legitimamente e a evitar suas próprias reações negativas a fortes emoções dos outros; 2. Estabelecer um diálogo e negociar. Em todos os momentos, é importante manter a conversa sobre o tema em questão, focar um resultado positivo e continuar atento ao objetivo comum; 3. Levantar uma questão difícil sem se passar por agressivo ou hostil. O importante é lembrar que devemos ser diretos, ter respeito pelo outro e sempre ajudar o próximo, que, assim, vai nos respeitar também; 4. Entender a causa do conflito. Para formar um diálogo com o intuito de resolver a questão, precisamos compreender a raiz do problema; 5. Usar a lei da reciprocidade. Ela é a base da cooperação e da colaboração: o que você dá é o que você recebe; 6. Construir uma relação positiva. Uma vez que um vínculo foi estabelecido, devemos tanto fortalecer a relação como buscar nossos objetivos. Precisamos equilibrar a razão com a emoção, porque as emoções - como o medo, a raiva, a frustração e até mesmo o amor - podem perturbar a racionalidade. Precisamos compreender o ponto de vista do outro, não importando se concordamos com ele ou não.
Fevereiro/2009 Divulgação HSM/MP Divulgação/MP
O BANCO DOS POBRES
.: Já emprestou US$ 1 bilhão; .: No ano de 2007 foram concedidos empréstimos para 7,5 milhões de pessoas; .: O Banco já existe em vários países, como Guatemala, Turquia e Costa Rica; .: Tem uma filial no coração financeiro de Nova York; .: O índice de inadimplência é quase zero. Muhammad esteve no Brasil no final de 2008
EMPREENDEDORISMO
.: Financiou, em 2007, 60 mil bolsas de estudos;
O banco que revolucionou a forma de conceder crédito Roselaine Vinciprova O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Oba- concedeu para 42 pessoas um empréstimo de 27 dólares. ma, tomou posse enaltecendo a importância de ações para Nascia assim, uma nova forma de conceder crédito. O ema classe média e pobre. A concessão de crédito tem que préstimo foi concedido principalmente para as mulheres, mudar e deve atender uma camada da população que real- que estavam acostumadas e gerenciar o pouco ou nada mente precise. No Brasil, costuma-se dizer que os que têm que tinham. Numa cultura que sempre disse que era errado crédito são aqueles que não precisam dele e podem acabar ser mulher, o desafio era convencer que todas poderiam usando o dinheiro para fazer mais dinheiro. ter sua forma de negócio. "Todos diziam que pobres não Mas toda essa nova mudança na forma de conceder pagam, mas vejam hoje quem não está pagando?", questicrédito, que passa pela busca de ações mais éticas do ona Yunus. mercado e por parte dos investidores, O banco é administrado pelas própritem um grande exemplo de como é possías mulheres, que passaram a colocar seus "Nunca aprendi na vel sociabilizar o crédito. sala de aula como as filhos na escola e a gerir seus próprios Muhammad Yunus, na década de 70, negócios. Hoje, 98% dos acionistas são pessoas reais lutavam mulheres. era um professor em Bangladesh. A popara sobreviver" breza e a fome matavam pessoas diariaYunus, Ganhador do Prêmio Nobel de mente. As famílias estavam endividadas. Economia em 2006, percorre o mundo faMuhammad fez um levantamento e descobriu que cada zendo palestras e levando para os governantes modelos família devia 27 dólares para agiotas. Para ele a questão era de como implantar o banco dos pobres. Esteve no Brasil simples: se conseguisse dinheiro emprestado para essas em novembro de 2008, na Expomanagement, em São Paulo. pessoas elas poderiam pagar a dívida e criar sua própria Yunus representa mais do que um idealizador do banco forma de sustento. "Nunca aprendi na sala de aula como dos pobres. Ele questiona o sistema econômico. "A teoria as pessoas reais lutavam para sobreviver", revela. Yunus econômica foi construída por uma base egoísta. Os seres começou uma busca desenfreada para conseguir esse cré- humanos não são máquinas de fazer dinheiro", desafia. dito. Os gerentes de bancos foram enfáticos: não empres- Hoje é imensurável a revolução que o banco trouxe para a tamos dinheiro para os pobres. Quando todas as portas diminuição da pobreza. Para 2015, a meta é já ter reduzido foram fechadas, Yunus pensou que a única saída seria em 50% o nível de pobreza. Por trás de um banco está criar o seu próprio banco. "Na época criamos um banco totalmente implícita uma nova forma de pensar a econosem saber que estávamos criando um banco", afirma. mia. O ser humano é colocado como sujeito de uma muEm 1983 saiu a licença para criar o Banco Grameen ("al- dança social, onde o sistema econômico trabalha para a deia" ou "rural"), o famoso banco dos pobres. O banco sociedade e não o contrário.
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SUSTENTABILIDADE
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Lixo tecnológico com destino errado traz sérios danos a saúde, meio ambiente e gera um problema social Poucas pessoas imaginaram que a tão esperada revolução da comunicação que transformou o mundo num local sem fronteiras, fosse trazer um dano tão perverso para a natureza e para o homem. O boom da revolução, que teve seu auge em meados dos anos 90, está trazendo para esta década uma grande discussão sobre o que fazer com o lixo tecnológico. Esse tipo de material leva milhares de anos para se decompor. Além de ser um problema ambiental traz riscos para a saúde por conta das substâncias tóxicas utilizadas na sua fabricação, como chumbo e mercúrio. Essas substâncias podem contaminar o solo e lençois freáticos e causar doenças como câncer ou mutações nas pessoas que tenham contato direto com os lixões. A internet dá uma série de exemplos através de vídeos de comunidades pobres de várias regiões do mundo, incluindo o Brasil, com crianças queimando placas, memórias e componentes de computadores. Crianças destinadas a inalar produtos altamente tóxicos. Por isso, o tratamento do lixo tecnológico tem se tornado uma questão de saúde, meio ambiente e social. As pilhas e baterias são atualmente os exemplos mais comuns. A resolução 257, do ano de 2000, determina que é de responsabilidade de fabricantes e importadores a coleta, armazenamento, transporte, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos. Por isso, há um grande movimento dos fabricantes de celulares em resgatar os itens para que as pessoas não joguem no lixo doméstico. Por mês são mais de 1 milhão de novos aparelhos que entram no mercado. Mas ainda é muito pequeno o índice de tratamento. Apenas um terço das pilhas e baterias tem o destino adequado no Brasil. A Reverse, empresa de gerenciamento de lixo tecnológico, tem esses e muitos outros dados alertando para a importância das pessoas darem o destino correto ao resíduo tecnológico, que inclui cabos, computadores, modens, chips, entre outros. A Reverse está fechando parceria com diversas empresas para resgatar e tratar esse tipo de resíduo. Dentro das normas ambientais vigentes, a Reverse faz o procedimento adequado com cada uma das
Basel Action Network/MP
Criança senta na pilha de lixo "nãoreciclável" importada do resto do mundo, em Guiyu, China
peças. Desmonta, classifica e destina corretamente os resíduos. Os materiais recicláveis podem ser reaproveitados em outros processos industriais de diversos setores, sendo que os não recicláveis são destinados para aterros licenciados a recebê-los. São utilizadas somente tecnologias limpas no processo. A Reverse está em processo de certificação da ISO 14001.
As substâncias tóxicas de computadores e celulares Chumbo - Prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso. Afeta sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor. Cádmio - É um agente cancerígeno. Acumula-se nos rins, no fígado e nos ossos, o que pode causar osteoporose, irritação nos pulmões, distúrbios neurológicos e redução imunológica. Níquel - Causa irritação nos pulmões, bronquite crônica, reações alérgicas, ataques asmáticos e problemas no fígado e sangue. Mercúrio - Prejudica o fígado e causa distúrbios neurológicos, como tremores, vertigens, irritabilidade e depressão.
Obrigatoriedade da instalação de Banco de Capacitores Divulgação/MP
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A Ciclo ABS acaba de transferir parte das suas atividades para a cidade de Cachoeirinha. Especializada em todos os segmentos de montagens e instalações elétricas por meio da divisão eletrotécnica, entre elas a correção de fator de potência que se dá pela instalação de bancos de capacitores, a empresa destaca que algumas empresas de médio e pequeno porte ainda desconhecem a obrigatoriedade desse tipo de instalação. Capacitores são fontes de energia reativa. Os objetivos de sua aplicação em sistemas de potência é a compensação de energias reativas produzidas por cargas indutivas ou reatâncias de linhas. Quando adequadamente utilizados, per-
mitem a obtenção de um conjunto de benefícios correlatos que incluem a redução de perdas de energia, correção dos perfis de tensões, controle dos fluxos de potência, melhoria do fator de potência e aumento da capacidade dos sistemas. As perdas técnicas podem ser reduzidas pela instalação de capacitores em pontos adequados da rede, proporcionando "geração" de energia reativa nas proximidades das cargas. Todo esse cuidado evita multas e insere as empresas numa nova forma de cuidar do meio ambiente. Mais informações sobre a instalação de banco de capacitores com a Ciclo ABS pelo fone 51 3041 7797. Modelo de banco de capacitores