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Foto: Frederico Mombach
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índice
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MATÉRIA DE CAPA
Tecnomola renova sua tradição e planeja o futuro A Tecnomola completou 40 anos com uma posição de destaque na produção de molas no estado. O fundador José Alfredo Faverzani, o Zé das Molas, pensando no futuro da empresa, convidou quatro funcionários para serem sócios.
8e9 Câmara entrega Selo de Compromisso Ambiental 2012 ... 03
12 minitendências de consumo .......... ...................................................... 25
Metalúrgica Kondak: qualidade e precisão em usinagem ................. 07
Coworking: escritórios colaborativos ...................................................... 26
Facensa: 10 anos de educação de qualidade ...................................... 12
Poluição visual e a qualidade de vida nos centros urbanos .................... 29
Número de trabalhadores com mais de 50 anos cresce nas empresas .... 15
Desemprego entre jovens pode aumentar ..................................... 30
Uma feira de grandes negócios ....... ....................................................... 18
Transformando pessoas em resultados .................................... 31
EXPEDIENTE Outubro - 2012 - Ano V - 28a Edição
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Fontes: Fiergs, Fecomércio, Federasul, Sebrae RS, Portal da Qualidade, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil, InfoMoney e Administradores. * Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria Prima e são de inteira responsabilidade dos autores.
Coordenação: - Roselaine Vinciprova - roselaine@trcomunicacao.com - Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com
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Câmara entrega Selo de Compromisso Ambiental 2012 Neste ano, foram apresentados 18 projetos, nas modalidades empresa, estabelecimentos comerciais e de serviço, instituições de ensino, órgão público e sociedade civil organizada A Câmara de Vereadores de Gravataí entregou no início de setembro o Selo de Compromisso Ambiental. Esta é a terceira edição da certificação, que tem como objetivo incentivar e promover as ações de sustentabilidade e preservação ambiental desenvolvidas no município. Neste ano, foram apresentados 18 projetos, nas cinco modalidades previstas: empresa, estabelecimentos comerciais e de serviço, instituições de ensino, órgão público e sociedade civil organizada, representando um crescimento significativo de ações em comparação com o número de participantes nas edições anterio-
res. Em 2011 foram apresentados nove projetos. A comissão julgadora contou com a participação dos representantes das bancadas dos partidos que compõem a Câmara Municipal, da Fundação Municipal do Meio Ambiente – FMMA, da Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí – APNVG, do Sindicato do Comércio Varejista de Gravataí - Sindilojas Gravataí, da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí – Acigra, da Associação Gravataiense de Engenheiros e Arquitetos – Agrega, e da Secretaria Municipal de Educação – Smed.
Conheça os projetos vencedores: Modalidade empresa: “Programa Zero Aterro da Unidade de Gravataí GM do Brasil - Preservar é o melhor caminho!” - General Motors do Brasil. Modalidade estabelecimento comercial: “Caneca reutilizável” - Hospital Dom João Becker. Modalidade instituição de ensino: “Descarte e reciclagem de resíduos sólidos” - EMEF Alberto Pasqualini. Modalidade sociedade civil organizada: “É preciso reciclar para não terminar 2” - Associação Comunitária do Bairro Neópolis – Centro Infantojuvenil Neópolis.
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editorial
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É preciso ir em busca do cliente Passou o tempo em que as empresas esperavam pacientemente seu telefone tocar para fazer negócios. Hoje o empresariado acordou para uma nova realidade em que é preciso, não só correr atrás do cliente, como também saber encantá-lo. A participação em feiras tem se mostrado uma ótima ferramenta de aproximação. É quando a empresa decide participar de um evento que ela pensa sobre como está a sua imagem, por exemplo, pensa no banner, na sua identidade visual e, sobretudo, pensa no que os clientes vão levar a seu respeito. Só essa discussão já é super salutar e importante. Mas aí vem efetivamente os dias da feira, onde outro universo se abre. É possível avaliar o que os concorrentes estão fazendo, é o momento onde o
contato com o cliente e os fornecedores acontece de forma direta e, além disso, é um momento de negociação. Na Feira de Subcontratação e Inovação Industrial – Mercopar – outras oportunidades ainda se abrem, como rodadas de negócios e palestras. É um momento onde o empresário pode saber se está antenado com o mercado e o que esperar dele. A sintonia com o mercado é essencial nestes tempos de muita velocidade. Preparamos uma reportagem especial sobre a Mercopar, com exemplos de empresas daqui que vão estar em Caxias do Sul. Além disso, a Revista Matéria Prima estará presente no evento. Nesta 28ª edição da revista, o leitor poderá acompanhar várias outras
reportagens, como a história do Zé das Molas, que está renovando sua tradição de mais de 40 anos. Pioneira na produção de molas no estado, a Tecnomola conseguiu acumular uma história de credibilidade e superação. Hoje ao lado de funcionários que viraram sócios, Zé das Molas busca a evolução da marca, resguardando sua história de qualidade. Ainda tem várias outras reportagens especiais com tendências de consumo no mundo, como por exemplo, a moda dos aplicativos e a possibilidade de pedir um produto com apenas um toque de dentro da nossa casa. Acompanhe também as reportagens sobre negócios, sustentabilidade e contabilidade, entre outras. Boa leitura e até dezembro!
Envie sua sugestão ou mensagem para nós! jornalismo@trcomunicacao.com
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Novas regras do CNPJ Entraram em vigor no dia 28 de agosto as novas regras do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que valem apenas para os novos pedidos de registro de pessoa jurídica. As empresas que já estão cadastradas na Receita Federal não sofrerão nenhum tipo de alteração. O Ato Declaratório Executivo Codac n° 1/2012 foi publicado no Diário Oficial da União no dia 22 de agosto pela Receita Federal do Brasil, aprovando a substituição do Anexo XIII pelo Anexo XIV. Ele trata a respeito da inscrição, alteração de dados cadastrais, baixa e certidões do CNPJ. A partir de agora, o nome empresarial a ser cadastrado deve corresponder fielmente ao que estiver
consignado no ato constitutivo da entidade. Só serão admitidas abreviações quando ultrapassar 144 caracteres. Além disso, a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, deve solicitar sua inscrição no CNPJ sem acrescentar a respectiva partícula (ME ou EPP, conforme o caso) ao final do seu nome empresarial. Todas as pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclusive as equiparadas, estão obrigadas a inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos localizados no Brasil ou no exterior, antes do início de suas atividades.
Muitas empresas fecham após três anos no mercado De acordo com a pesquisa Demografia das Empresas 2010, divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos negócios brasileiros não sobrevive após três anos da abertura. O levantamento informa que do total de 464,7 mil novos negócios iniciados em 2007, 48,2% deles fecharam as portas 36 meses depois. As menores taxas de sobrevivência foram apresentadas pelos segmentos de artes, cultura, esporte e recreação (45,6%), além de outras atividades de serviços (46,5%). Também não tiveram muito sucesso os novos negócios que eram ligados a atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (47,4%).
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estado
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Atividade industrial gaúcha cresce O faturamento real registrou forte crescimento, de 8,1%, com ajuste sazonal Depois de enfrentar três quedas consecutivas, a atividade da indústria gaúcha voltou a crescer na passagem de junho para julho. O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), elaborado pela Fiergs, apresentou elevação de 3,4%, com os ajustes sazonais. De acordo com a entidade, esse aumento pode ter sido influenciado por uma base de comparação deprimida, por conta das cinco retrações nos últimos meses. A redução dos estoques também pode ter influenciado o resultado positivo. Na base de comparação, com exceção da massa salarial, que caiu 0,4%, todas as demais variáveis que compõem
o IDI-RS mostraram evolução. O faturamento real registrou forte crescimento, de 8,1%, com ajuste sazonal, recuperando parcialmente as perdas anteriores; as compras industriais aumentaram ainda mais (8,8%), enquanto o nível de emprego ficou estável. As expansões das horas trabalhadas na produção (0,6%) e da utilização da capacidade instalada (1,7%), ainda que em menor intensidade, também avançaram. Em relação a julho do ano passado, a atividade industrial apresentou uma elevação de 2%. Nesse período, o comportamento dos componentes do índice não foi uniforme. O faturamen-
to (6,1%), as compras (5,5%) e a massa salarial (3,5%) avançaram, enquanto as horas trabalhadas na produção (-1,2%) e a utilização da capacidade (0,6%) instalada seguiram em desaceleração, embora em intensidade inferior à apresentada nos meses anteriores. O emprego, por sua vez, aumentou o ritmo de queda: -2,5%. Os setores industriais que se destacaram positivamente foram Químicos e Refino de Petróleo (9,7%), Produtos de Metal (6,6%) e Móveis e Indústrias Diversas (6%). Já na direção inversa estiveram Vestuário e Acessórios (-11,3%), produtos Têxteis (-9,8%) e Metalurgia Básica (-11,1%).
ABRH-RS comemora aniversário com Fórum Especial de Gestão de Pessoas RESPONSABILIDADE SOCIAL COMO DIFERENCIAL O Sistema Fiergs, por meio do Sesi-RS e Centro Internacional de Negócios (CIN-RS) no âmbito do programa Al-Invest IV, em parceira com a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, promove nos dias 15 e 16 de outubro o Congresso Internacional de Responsabilidade Social Empresarial, no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. O tema do evento será Responsabilidade Social Empresarial como Diferencial Competitivo de Mercado e tem como público-alvo as micro, pequenas e médias empresas. Maiores informações pelo fone 3362.2323 ou pelo site www.fiergs.org.br/ congressorse.
No dia 4 de outubro a Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), realizará o Fórum de Gestão de Pessoas, em comemoração aos seus 40 anos de atividade, completados no dia 19 de setembro. O evento, que terá como tema Liderança para superação de resultados, será realizado das 15h às 18h, na Fiergs, em Porto Alegre. As inscrições estão abertas e os interessados podem garantir a sua vaga no site da entidade. Para a ABRH-RS, o evento será, além de uma ótima oportunidade para celebrar o aniversário da entidade, um encontro propício para o debate sobre superação e liderança nas equipes. Dois palestrantes de renome nacional irão compor a programação do Fórum. O primeiro a se apresentar será o presidente e fundador do Grupo Empreenda, César Souza. Com sólida experiência como executivo em uma das maiores multinacionais brasileiras, Souza é considerado um dos maiores experts brasi-
leiros em Estratégia, Liderança e Cultura da Clientividade. Ele também é autor de diversos best-sellers, que figuram em várias listas na categoria Negócios, tendo vendido mais de 400 mil exemplares nos últimos 5 anos, dentre eles “Você é o Líder da sua Vida” e “Você é do Tamanho dos seus Sonhos”. Intitulada “Limites Extremos”, a palestra de encerramento ficará a cargo de Clayton Conservani, repórter da Central Globo de Esportes desde 1996. Conservani se especializou em expedições pelos cantos mais remotos do planeta, como as montanhas mais altas do mundo, desertos, cavernas. Atualmente ele comanda o quadro Planeta Extremo, do Fantástico. Programação: 14h15min – Credenciamento 14h45min – Abertura 15h - Palestra com César Souza 16h30min - Palestra “Limites Extremos”, com Clayton Conservani 18h – Encerramento * Programação sujeita a alterações.
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Para atender às exigências e especificações técnicas dos produtos fabricados, a Metalúrgica Kondak conta com laboratório metrológico e com uma diversidade em máquinas CNC Ao longo de três décadas, a Metalúrgica Kondak desenvolveu processos que permitem identificá-la pelo binômio qualidade e precisão, prestando serviços de usinagem de pequeno a médio porte, montagem e solda, partindo de barras de aço laminado e trefilado, forjados e fundidos. A experiência de vários anos fornecendo para o segmento agrícola e automotivo permitiu à Kondak desenvolver processos robustos de fabricação com baixos custos e alta qualidade, em
especial para itens como porcas e parafusos especiais, flanges e conexões, pinos de fixação com mola e conjuntos soldados. Para atender às exigências e especificações técnicas dos produtos fabricados, a Metalúrgica Kondak conta com laboratório metrológico e com uma diversidade em máquinas CNC e automáticas de última geração; processos especiais como centros de torneamento e de usinagem de quatro eixos; alimentadores
de barras com ferramentas acionadas e retíficas. Possui certificação ISO e profissionais qualificados voltados para a obtenção de um fluxo contínuo de produção, visando identificar e eliminar todas as atividades que não agregam valor ao produto, possibilitando assim oferecer um preço competitivo que possibilite manter a empresa no mercado e reduzir os custos através da melhoria contínua dos processos.
Ana Marley inaugura dois novos negócios Aluguel de trajes e outlet em Gravataí e espaço de festas em Cachoeirinha A empresária Ana Marley expandiu os negócios para Gravataí na segunda quinzena de agosto, quando inaugurou um novo empreendimento na cidade. A Ana Marley & Rossana passa a oferecer aos gravataienses seus mais de 15 anos de experiência no ramo de locação de vestidos de noivas e 15 anos. Com cerca de 200 metros quadrados, o negócio foi firmado com a empreendedora Rossa-
na Sele e traz como novidade uma outlet com marcas consagradas como Rose Nogueira, Stúdio 21, Anselmi e Camerata, entre outras, a preços convidativos. Na parte de locações, a nova loja trabalhará apenas com noivas e debutantes. O empreendimento também oferece, com exclusividade em Gravataí, vestidos da Via Sposa. Em Cachoeirinha, onde a marca
Ana Marley Eventos já é referência na locação de vestidos para festas e organização de eventos há mais de 15 anos, também foi apresentado um novo investimento: o Ana Marley Espaço de Eventos. O local conta com sistema de iluminação de última geração, 500 metros quadrados e espaço para acomodar com conforto 300 pessoas. O projeto contempla ainda uma cozinha e uma copa.
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Metalúrgica Kondak: qualidade e precisão em usinagem
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entrevista
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entrevista | José Alfredo Faverzani, Carmelita Ritt, Fabio Alves, Benhur Rodrigues da Silva e Lindomar Moacir Zollner Frederico Mombach
Sócios: Fabio, Lindomar, José, Carmelita e Benhur
Tecnomola renova sua tradição e
planeja o futuro
A Tecnomola completou 41 anos com uma posição de destaque na produção de molas no estado. O fundador José Alfredo Faverzani, pensando no futuro da empresa, convidou quatro funcionários para serem sócios. Confira a seguir a entrevista com Zé das Molas e os seus sócios.
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A Tecnomola completou 41 anos sendo referência na produção de molas, como é relembrar essa história? José Alfredo Faverzani: A Tecnomola conquistou uma posição de destaque graças ao seu comprometimento com os clientes. Temos forte tradição na nossa qualidade e no prazo de entrega. Eu fui o pioneiro na fabricação de molas. Era
uma época muito diferente. Acho que sobrevivemos porque sempre estou disposto a aprender, apesar de ter estudado somente até a quarta série do ensino fundamental. As pessoas se iludem muito com o dinheiro e não pensam em investir na própria empresa. Já vi muita empresa fechar. A Tecnomola é como se fosse minha filha. Tenho que investir nela.
Resuma a Tecnomola hoje? José Alfredo Faverzani: Fabricamos molas, anéis, presilhas e grampos. A empresa conta com equipe especializada. Todos os nossos colaboradores estão envolvidos na busca da maior produtividade e menor custo. Somos certificados ISO 9001:2008. Estamos sempre atentos às exigências que estão surgindo e quase
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Essa sintonia com as exigências do mercado foi um dos determinantes para convidar funcionários para serem sócios? José Alfredo Faverzani: Como não tenho filhos, tenho que pensar no futuro da empresa. Convidei pessoas estratégicas de cada um dos setores para me ajudarem a administrar. Apesar de não pensar em parar de trabalhar, hoje eu divido as responsabilidades com os sócios Carmelita Ritt, Fabio Alves, Benhur Rodrigues da Silva e Lindomar Moacir Zollner. Como é para vocês estarem a frente também da Tecnomola e quais os desafios do mercado? Carmelita Ritt: Somos hoje uma das melhores empresas de molas da região Sul. Trabalhamos constantemente para manter forte o nome da Tecnomola. Queremos continuar evoluindo com a mesma visão avançada do Sr José, que é um exemplo para todos. Acredito que este seja o nosso principal desafio. Fabio Alves: O grande desafio é continuar com a nossa fama de qualidade e entrega que conseguimos conquistar ao longo de todos esses anos. Hoje estamos trabalhando forte na redução de custos para também ser um diferencial. Queremos evoluir, buscando novos clientes e crescendo cada vez mais. Benhur Rodrigues da Silva: Existe a necessidade da melhoria constante em todos os procesos, pois o nível de exigência é muito forte frente aos requisitos de Qualidade. A Tecnomola tem 41 anos e apesar de alguns produtos serem feitos há anos, o nível de exigência é mais expressivo. Destacam-se a necessidade do controle dos processos e documentações que procuram evidenciar a qualidade do produto em prol da conformidade 100%. Lindomar Moacir Zollner: Essa estruturação do seu José em convidar cada pessoa de um setor estratégico da empresa foi muito inteligente, porque estamos sempre trocando ideias. Ele conseguiu engajar todos os setores com um único objetivo que é manter a empresa enxuta e competitiva. Trocamos figurinhas sempre com o olhar voltado para o mercado.
Zé das Molas foi um dos fundadores do Distrito Industrial de Cachoeirinha
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Algumas histórias do Zé das Molas
“O então prefeito Alécio Goulart me procurou para conhecer o potencial da cidade e mostrar algumas terras. Marcamos o dia da visita e outros empresários estavam junto. Porém, um dia antes havia chovido muito e a estrada Frederico Ritter era puro barro. Ninguém queria colocar o seu carro no barro. Como eu estava de Kombi, ofereci carona. O prefeito sentou ao meu lado no banco da frente. Na volta perguntei sobre as terras onde a Tecnomola está hoje e ele respondeu que era do Irga, mas a Secretaria de Indústria e Comércio queria instalar o Distrito Industrial. Fui o primeiro a procurar a secretaria e mostrei interesse na área. Indiquei outros empresários para fazerem o mesmo. E foi assim que nasceu o Distrito Industrial da cidade.” “Eu estudei só até a quarta série. O conhecimento que tenho hoje foi a vida que me ensinou. Estou sempre aprendendo alguma coisa e tentando passar isso adiante”.
“Assinei o contrato número um com a Mercopar. Durante esses 20 anos, a Tecnomola foi uma das poucas empresas a estar presente em todas as edições. Ocupamos sempre o estande número 1. Durante uma das edições notei que o pessoal saia com muito papel, então imediatamente mandei confeccionar sacolas. Foi um desfile de Tecnomola naquela edição”.
entrevista
Frederico Mombach
sempre as implantamos primeiro.
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DESENVOLVIMENTO Prof. Saul Sastre Diretor de Transportes Rodoviários - DAER/RS www.saulsastre.com.br saulsastre@terra.com.br
A política e os negócios Nos próximos dias, nossos 497 municípios gaúchos e cerca de 5.400 cidades no país, trocarão ou manterão seus prefeitos e vereadores. Trata-se de uma mudança importante e significativa na política e no poder do Estado e do País. Os partidos trabalham arduamente para adquirir poder e influência nas decisões, situação ligada intimamente na saúde financeira das empresas. Talvez muitos empreendedores não tenham se dado conta de quanto um prefeito ou vereador tem o poder de influenciar os negócios. Se um chefe de governo é eleito com propostas para incentivar o empreendedorismo, todo o seu secretariado terá esse perfil e serão facilitadores para que as empresas tenham sucesso, o que quer dizer agilidade burocrática, políticas ambientais, políticas de cobrança de tributos em atraso, políticas estruturantes, como acessos que facilitam o escoamento de produção, qualificação de mão-de-obra e, principalmente, ter a visão de deixar o empreendedor trabalhar e crescer. Por outro lado, imagine um prefeito sem essa visão, que grande desafio as empresas terão pela frente? Um vereador, no mesmo diapasão, tem poder para tornar as coisas fáceis ou difíceis, pois se quiser, pode aprovar ou reprovar leis que trancam ou aceleram o desenvolvimento do município. O próprio Plano Diretor, documento que organiza o crescimento físico regional, é uma prova verdadeira do que estamos falando. Sem dúvida, a política tem o poder de influenciar enormemente os negócios e existem empreendedores que querem participar dessas decisões, apoiando candidatos, se informando e influenciando os acontecimentos, e outros que preferem não se envolver, delegando o poder de decidir, mas é importante a consciência de que as coisas acontecem ou não acontecem por causa da política.
Faça do seu cliente um fã Nos dias 22 e 23 de outubro o Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC) promove o seminário “Faça do seu Cliente um Fã!”. O evento acontece das 18h às 22h e tratará de diversos assuntos, como o perfil do vendedor-consultor; a importância do atendimento como
diferencial competitivo e estratégico; como estabelecer diferenciais e agregar valor aos serviços e produtos comercializados; marketing pessoal x estratégia de vendas e outros. O seminário acontece no auditório do CIC. Maiores informações e inscrições pelo fone 3471.3388.
Gravataí também tem Alvará 24h No dia 19 de setembro, Gravataí anunciou oficialmente o serviço de Alvará 24h. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), com a chegada de diversos empreendimentos à cidade e investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, era necessário resolver um dos gargalos existentes, que era o da obtenção dos alvarás de funcionamento. A partir de agora, qualquer empresa que quiser se instalar no município poderá obter o Alvará de Funcionamento em até 24 horas. O presidente do Sindilojas Gravataí, José Rosa, recorda que a agilização da documentação necessária para
instalação de novos empreendimentos é uma reivindicação antiga de sua entidade. Para a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra), uma cidade em pleno desenvolvimento como Gravataí, que tem por mês 350 novos investidores chegando, necessitava agilizar este serviço. A Associação dos Contabilistas de Gravataí e Glorinha também lembrou que esta era uma luta antiga dos profissionais da área. Os interessados em utilizar o serviço de Alvará 24 horas devem procurar a sede da SMEDT, localizada na Avenida Ely Corrêa, nº 675, no Parque dos Anjos, 5º andar.
Município ganha Centro Logístico A Secretaria Municipal de Governo de Gravataí (SMG) anunciou a construção de galpões para logística, pela empresa Centro Logístico Brasil. Serão 12,3 hectares de área construída e o investimento é de R$ 200 milhões. O empreendimento está sendo chamado de CLB Gravataí e ficará localizado na RS–118, no quilômetro
11. As obras devem iniciar este mês, pois já há a liberação da Fepam. A obra constará de galpões de alto padrão para que possam ser usados pelas mais diversas empresas que transportam suas mercadorias pelos países do Cone Sul. O empreendimento é uma parceria da Prosperitas Investimentos e da Salvadori Incorporações e Participações.
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Estudo da OCDE exibe números decepcionantes da educação brasileira Os especialistas afirmam que a qualidade não avança na mesma velocidade dos gastos Segundo estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 2000 e 2009, o Brasil foi o segundo país, entre 35 nações, que mais aumentou a parcela do PIB investida em educação. A cifra passou de 3,5% para 5,5%, aumento de 57%, inferior apenas ao registrado pela Rússia, com 90%. Agora, portanto, a relação entre investimento (público e privado) em educação e PIB se aproxima no Brasil daquele realizado pelas nações desenvolvidas: 6,2%, em média. Mais dinheiro, contudo, não foi suficiente para evitar que o país terminasse o período muito mal colocado no Pisa, avaliação internacional organizada pela própria OCDE, desta vez com 65 nações. Embora a média brasileira na avalia-
ção tenha subido quase 9% entre 2000 e 2009, terminamos na 53ª posição. Se fossem analisadas separadamente, as escolas públicas brasileiras, justamente as que educam três em cada quatro alunos do país, ficariam na 60ª posição do ranking, logo atrás do Cazaquistão. Os especialistas afirmam que a qualidade não avança na mesma velocidade dos gastos, porque há dificuldade de os governos gerirem bem o dinheiro extra que têm em mãos. Gasta-se demais onde não é preciso e, é claro, falta dinheiro onde é mais necessário. Outro fator citado que prejudica os investimentos na área é a reprovação escolar de estudantes. Todos os anos, 20% dos alunos repetem a série. Isso significa que o Estado tem, anualmente, de gastar 20% a mais do que deveria.
De acordo com o relatório da OCDE, o investimento per capita (ou melhor, por aluno) ainda é muito inferior ao praticado, em média, pelas nações desenvolvidas. Entre os 35 países analisados, o Brasil ocupa a 31ª posição, com 2.405 dólares por aluno do ensino fundamental. Na OCDE, o valor é de 7.719 dólares. No ensino médio, a comparação é ainda mais chocante: 2.235 dólares ante 9.312 dólares, respectivamente. No ensino superior, o Brasil se aproxima da cifra dos países de ponta, aplicando 11.741 dólares por estudante, frente aos 13.728 dólares da OCDE. Os dados mostram a tendência brasileira de investir no nível universitário em detrimento da educação básica: gasta-se sete vezes mais com um aluno do nível superior do que com o estudante do fundamental.
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Facensa: 10 anos de educação de qualidade com compromisso social Prof. Dr. Júlio César Machado Professor e Coordenador de Pesquisa, Pósgraduação e Extensão da Faculdade Cenecista N. Sra. dos Anjos (Facensa)
O ensino superior no Brasil vem passando por profundas mudanças quanto a sua organização didática, seu comprometimento com a comunidade e, sobretudo, com a qualidade de seus projetos e propostas educativas. A Rede CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), mantenedora da Facensa, procura enaltecer os propósitos objetivamente educativos, até porque é signatária de uma história de mais de 60 anos contribuindo com a educação dos brasileiros. O que ela quer expressar quando firma em sua missão: oferecer educação com qualidade? Certamente que seu compromisso é com projetos que agreguem valores às comunidades em que tem unidades operando educação. Com 68 anos de existência, a CNEC atua em todos os níveis educacionais, em 20 es-
tados da federação. Possui 183 unidades de educação básica, 20 unidades de ensino superior, mais de 100 mil alunos e mais de 10 mil colaboradores. A Facensa, como uma unidade dessa grande rede, integra em seu projeto os mesmos valores da rede. A convicção da qualidade, que imprimimos em nossos projetos educativos, advém quando as unidades da CNEC são avaliadas pelo Ministério da Educação. De modo geral e amplo, estas avaliações obrigatórias de Renovação de Reconhecimento do MEC apontam aspectos de excelência em cada unidade e em cada projeto avaliado. Se a qualidade é um ponto alto, expresso na missão da Instituição, a Responsabilidade Social é o outro polo de destaque, que brota no fazer cotidiano das unidades da CNEC, desde o ideário de seu fundador. Em 2010, a rede concedeu 12 mil bolsas integrais a alunos com comprovada necessidade. Adicionando-se às bolsas parciais, o montante global de alunos beneficiados ultrapas-
sou a marca de 27 mil, totalizando um investimento anual de R$ 61 milhões. Além das bolsas, outras ações são efetuadas pelas unidades. É nesse ambiente, pertencente a essa grande rede, que a Facensa, como uma unidade da CNEC na cidade de Gravataí, orgulha-se de comemorar 10 anos de serviços educacionais dedicados à comunidade. Antes da faculdade, esteve e está aqui o Gensa, hoje perto dos 60 anos, dedicados à educação básica. A Facensa cumpre seus propósitos oferecendo cursos de graduação e pósgraduação sedimentados nas necessidades da comunidade, respondendo, assim, o anseio do público que nos procura para sua qualificação profissional. É por isso que nossa rede educacional continua firme, como uma instituição sem fins lucrativos, sem motivações secundárias, mas com foco no seu negócio, cumprindo seu papel social como agente educativo, oferecendo serviços educacionais com qualidade e compromisso social.
Parks e Furukawa divulgam parceria e aumentam catálogo de serviços A aliada japonesa incrementa a linha Fiberlink com integração ao portfólio FBS-Furukawa Broadband System, focando os mercados de Telecom e ISPs A Parks firmou uma parceria com a empresa japonesa Furukawa que já este ano deverá responder por 25% de seu faturamento, projetado para chegar a R$ 50 milhões, alta em torno de 16,2% sobre 2011. A companhia japonesa mantém uma fábrica em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o que facilita o contato com a nova parceira gaúcha. Para 2013, a meta é ampliar a participação das ferramentas Furukawa para 40% a 50% do faturamento da Parks, que com a parceria reforça a entrada
no nicho de soluções para redes ópticas, o qual já vinha sondando há algum tempo. Tradicionalmente, a oferta da empresa gaúcha se baseia em soluções para redes de acesso. A aliada japonesa incrementa a linha Fiberlink com integração ao portfólio FBS-Furukawa Broadband System, focando os mercados de Telecom e ISPs. De acordo com a presidente da Parks, Regina Souza, a união proporcionará que ambas as empresas ofereçam uma solução completa e compar-
tilhem esforços comerciais e técnicos. Além disso, Regina complementa que a maior vantagem desse acordo é o mérito da parceria entre duas empresas com vasto reconhecimento no mercado. Para o cliente, a parceria agrega a possibilidade de suporte por profissionais que conhecem as peculiaridades do mercado local. Segundo o presidente da Furukawa, Foad Shaikhzadeh, o acordo com a Parks se motivou no catálogo abrangente de produtos complementares à solução FBS.
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Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê a embriaguez habitual ou em serviço como uma das hipóteses passíveis de demissão por justa causa Divulgação
a baixa estima do dependente. Projeto de lei aprovado na Também foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais Comissão de Assuntos Sociais do Senado prevê que o trabalhaprojeto de lei que estabelece dor dependente de álcool só poque pacientes portadores de derá ser demitido por justa caucâncer maligno terão priorisa quando recusar tratamento dade no tratamento do SUS médico, inclusive os oferecidos especialmente em casos de nepelo Sistema Único de Saúde cessidade de controle da dor. (SUS). O projeto será votado A matéria estabelece que o na Comissão de Constituição e paciente, para usufruir dessa Justiça antes de ser remetido à prioridade, deve estar cadasCâmara dos Deputados. trado em programa especial de Atualmente, a Consolidação Segundo especialistas, a demissão agrava ainda mais a baixa estima do controle da dor oncológica. das Leis do Trabalho (CLT) predependente Esses pacientes terão acesso vê a embriaguez habitual ou em a medicamentos fornecidos pela saúde (OMS) e a Justiça brasileira, quando serviço como uma das hipóteses passíveis de demissão por justa causa. Pela acionada, reconhecem que ao trabalha- pública. De acordo com o projeto, após proposta, os casos de alcoolismo passam dor dependente de álcool não se aplica a aprovação pelo Congresso, o governo a demissão por justa causa, pois, segun- federal terá um prazo de 90 dias para rea ser tratados como doença. A Organização Mundial da Saúde do eles, essa demissão agrava ainda mais gulamentar a matéria.
recursos humanos
Projeto proíbe demissão por alcoolismo
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Soluções para o Mercado Pet Criada em 1996, a Clippertec atua no ramo de indústria, comércio, importação e exportação de equipamentos para pequenos e grandes animais, desenvolvendo soluções para o Mercado Pet. A Clippertec é reconhecida pela construção de aparelhos com tecnologia exclusiva, sendo pioneira na fabricação de equipamentos mais eficientes que emitem menos ruídos, consomem menos energia, com tecnologia diferenciada, recicláveis, de alto rendimento e fácil manutenção. A linha Kyklon, lançada em 2001, ganhou força no mercado. Máquina de secar animais, secador, atomizador, soprador-secador, banho-fácil
e a máquina de secar animais Pink, cor customizada para ambientes diferenciados foram projetos reconhecidos como sinônimo de tecnologia, confiabilidade e economia. É por isso que hoje a Clippertec e sua linha de produtos Kyklon são marcas associadas a um trabalho que busca muito mais que apenas fabricar produtos e sim soluções para o dia-a-dia dos profissionais que lidam com a estética e saúde dos animais.
Divulgação
Sede da empresa em Cachoeirinha
Fallgatter inaugura Unidade de Primários em Cachoeirinha A Fallgatter Metalmecânica conta com uma nova área de 10 mil metros quadrados dedicada exclusivamente à estocagem e preparo de aços planos. A unidade conta com uma estrutura completa para o corte, dobra e preparo de peças, com capacidade instalada para processar 3,5 mil toneladas de aço por mês. A unidade conta com quatro máquinas de corte laser, incluindo a única máquina com capacidade de corte de peças de até seis metros da região sul, três máquinas de plasma, duas máquinas de oxicorte e duas viradeiras com capacidade de 1,3 mil toneladas por seis metros de comprimento. “Este investimento corrobora nosso comprometimento
A Poly-Jep, que está localizada em Cachoeirinha, é uma empresa familiar que atua no ramo da distribuição de não-tecidos (TNT) há 18 anos, atendendo clientes em todas as regiões do Brasil. Sua fundação foi em 1987, com a razão social Jep Embalagens, atuando na fabricação de sacolas e sacos promocionais de ráfia de polipropileno. A partir de 1998, a razão social da empresa passa a ser Poly-Jep Têxteis, neste momento deixa-se de fabricar sacos e sacolas, travesseiros, almofadas e capas de colchão para atuar no ramo de distribuição de não-tecidos.
O TNT é usado no segmento de descartáveis higiênicos principalmente para a fabricação de fraldas, absorventes higiênicos, lenços úmidos, roupas de proteção e acessórios médico-hospitalares. No segmento de duráveis, existem inúmeras aplicações na indústria de colchões, móveis, produtos de cama e mesa, embalagens, na indústria automobilística, agricultura e construção civil. A Poly-Jep ainda conta com estamparia própria para confecção de capas de travesseiro, capas de almofada, capas para colchão e sofá, bandeiras, sacolas e variados brindes.
JM LOG-LOGÍSTICA INTEGRADA
com a indústria metalmecânica, nossos clientes e colaboradores. Acreditamos no nosso negócio, no talento de nossos colaboradores e no potencial da nossa operação em Cachoeirinha”, salientou Sérgio Neumann, presidente da empresa, no início das atividades da nova área. A empresa segue renovando seu parque industrial e buscando as mais novas tecnologias de fabricação e desenvolvimento de novos materiais. Divulgação
Nova área da empresa
Poly-Jep: 18 anos distribuindo TNT com qualidade
A Empresa JM Logística e Paletização Ltda. foi a pioneira no Distrito Industrial de Cachoeirinha, atuando no segmento de logística de Paletização, armazenagem, distribuição, broker e crossdocking, direcionada ao abastecimento das grandes redes supermercadistas. Instalada no município há mais de 10 anos com uma trajetória de crescimento contínuo, mesmo durante o período da crise de 2008, continuou foca-
do no desenvolvimento e crescimento. Fundada e dirigida por Juvenal Monteiro e Marcelo Monteiro, a JM Logística sempre primou pela excelência no nível de serviço prestado aos seus clientes investindo nas áreas de Segurança, Rastreabilidade de Frota, Tecnologias de Informação e principalmente por sempre estar buscando e mantendo em seu quadro funcional profissionais capacitados na área de logística. “Agradecemos primeiramente a Deus, em seguida aos parceiros e colaboradores por este sucesso”, revelam os diretores. Mais informações sobre a JM Logística pelo site www.jmlogisticars.com. br ou pelos fones 3438-6499 e 3470-5790.
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Em uma década, jovens e pessoas com mais de 50 anos inverteram os lugares na força de trabalho A transformação do perfil etário do país nos últimos 10 anos mudou o retrato do mercado de trabalho. De forma acelerada, o Brasil faz a transição de uma nação jovem para uma população cada vez mais madura e o ritmo de envelhecimento traz desafios ainda maiores à nação no futuro. Para o governo, a grande tarefa será o estímulo a aposentadorias mais tardias. Às empresas, caberá um investimento maior em treinamento para prolongar a produtividade dos colaboradores. Em apenas uma década, jovens e pessoas com idade a partir de 50 anos inverteram os lugares na composição da força de trabalho. Em maio de 2002, os indivíduos de 18 anos a 24 anos eram 19,9% da população economicamen-
te ativa nas seis principais regiões metropolitanas, entre as quais a de Porto Alegre. No mesmo mês deste ano, esse percentual caiu para 14,7%. No sentido inverso, a participação das pessoas com 50 anos ou mais saltou de 14,2% para 21,4%. Apesar da percepção de maior dificuldade de recolocação, a faixa de trabalhadores que ultrapassou meio século de vida também é a que, nestes 10 anos, apresentou a mais significativa queda no desemprego e o maior avanço no número de ocupados. Os números que mostram a marcha dos trabalhadores mais maduros impressionam. Em maio de 2002, o contingente de ocupados com 50 anos ou mais nas regiões metropolitanas que integram a pesquisa mensal de emprego
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 2,68 milhões, número inferior aos 3,10 milhões de pessoas com idade de 18 anos a 24 anos. Dez anos depois, verifica-se uma ultrapassagem com folga. Enquanto o extrato jovem de ocupados cresceu apenas 1%, a faixa de maior idade disparou 91% e chegou a 5,12 milhões de pessoas. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as empresas absorverão cada vez mais pessoas maduras, pela diminuição da entrada de jovens no mercado devido à menor taxa de fecundidade e ao fato de ficarem mais tempo na escola. As empresas terão de rever preconceitos e investir mais em capacitação.
pessoas
Número de trabalhadores com mais de 50 anos cresce nas empresas
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30 anos de história, lutas e conquistas
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A história da Associação Comercial de Cachoeirinha poderia ser definida em três palavras: união, trabalho e luta. Em setembro, a entidade completou 30 anos, relembrando grandes momentos que marcaram a sua história e a da própria região. A Associação Comercial de Cachoeirinha planeja o futuro integrado com as novas tecnologias, buscando oferecer sempre o melhor aos seus associados sem perder sua história e tradição. No dia 18 de setembro aconteceu um jantar festivo na Churrascaria Ponto da Carne para comemorar a passagem desta importante data.
Palavra do atual presidente A ACC completou mais um aniversário em 1º de setembro. São 30 anos mantendo vivos os ideais de nossos fundadores; representar, defender, apoiar, mobilizar, integrar e organizar os empresários do Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeirinha. Nossa entidade oferece soluções para apoio e análise de crédito, oferece convênios médicos e odontológicos, promove campanhas de vendas, eventos como a ExpoCachoeirinha e o Natal Luz Vida e Paz, está desenvolvendo uma rede de descontos e benefícios com nosso Cartão Fidelidade, capacita o as-
sociado e seus colaboradores, entre outros serviços. Além disso, a ACC representa o associado junto aos órgãos públicos, Conselhos Municipais, entidades privadas e outros parceiros, apoia toda iniciativa voltada ao bem-estar da comunidade, promove o empreendedorismo, defende a livre iniciativa e a economia de mercado. Dar continuidade a este grandioso projeto é um enorme desafio, mas contamos com uma motivada equipe de colaboradores e principalmente com você associado. Obrigado e parabéns a todos nós! Darcy Zottis
Ex-presidentes da ACC 1ª Gestão - 1982 a 1984 Presidente: Osmar G. da Silva
5ª Gestão - 1990 a 1992 Presidente: Enaldo Fofonka
9ª Gestão - 1998 a 2000 Presidente: Beno A. Herbert
13ª Gestão - 2006 a 2008 Presidente: Augusto José Roxo
2ª Gestão - 1984 a 1986 Presidente: Osmar G. da Silva
6ª Gestão - 1992 a 1994 Presidente: Osmar G. da Silva
10ª Gestão - 2000 a 2002 Presidente: Ester Ramos
14ª Gestão - 2008 a 2010 Presidente: Paulo Gafforelli
3ª Gestão - 1986 a 1988 Presidente: Vilmar Riva
7ª Gestão - 1994 a 1996 Presidente: Vilmar Riva
11ª Gestão - 2002 a 2004 Presidente: Ester Ramos
15ª Gestão - 2010 a 2012 Presidente: Paulo Gafforelli
4ª Gestão - 1988 a 1990 Presidente: Vitor Rahde
8ª Gestão - 1996 a 1998 Presidente: Vilmar Riva
12ª Gestão - 2004 a 2006 Presidente: Vítor Rahde
16ª Gestão - 2012 a 2014 Presidente: Darcy Zottis Filho
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A recomendação é que o empresário analise se realmente é relevante manter a empresa inativa Com a alta do empreendedorismo e incentivos como o Microempreendedor Individual, muitos novos negócios e empresários aparecem a cada dia. No entanto, também é grande o número de empresas que não dão certo e permanecem inativas. Dados de 2011 apontam que o Brasil possui mais de três milhões de empresas nessa situação. Contudo, um contribuinte que mantém sua empresa inativa está exposto a uma série de riscos, principalmente por não cumprir obrigações acessórias. As empresas inativas estão dispensadas da entrega mensal da Declaração de Créditos e Débitos de Tributos Federais (DCTF), do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Pis/ Cofins (Dacon) e da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), desde que se mantenham nessa situação (inativa) durante todo o
ano-calendário. Por outro lado, não está dispensada da entrega da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) Inativa. Considera-se que a pessoa jurídica está inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais. O pagamento de tributo relativo aos anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracterizam a pessoa jurídica como inativa no anocalendário. Por ter de seguir essas regras, é grande a procura de pessoas por consultorias. Para se ter uma ideia, são muitas as multas que uma empresa de prestação de serviços está sujeita, caso deixe de apresentar suas obrigações fiscais. Por exemplo, caso não seja entregue a DCTF mensal, a multa é 2% ao mês
ou fração de mês, sobre o total dos impostos e contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pagos, limitada a 20%; tratando-se de pessoa jurídica inativa, a multa mínima é de R$ 200. O mesmo vale para o Dacon. Já a Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) anual “inativa” tem prazo de entrega até 31 de março do ano seguinte e as multas seguem os parâmetros acima. Bem como a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) mensal, que tem prazo de entrega até o dia 7 do mês seguinte. As empresas do Simples Nacional estão dispensadas da entrega mensal da DCTF e do Dacon. A recomendação é que o empresário analise se realmente é relevante manter a empresa inativa. Caso contrário, é melhor encerrar o negócio e pagar as taxas devidas apenas uma vez.
contabilidade
Os custos de manter uma empresa inativa
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Divulgação
Uma feira de
grandes negócios
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Cerca de 20 mil metros quadrados serão o palco da mais importante Feira de Subcontratação e Inovação Industrial da América Latina. A Mercopar, que esse ano chega à sua 21ª edição, acontece entre os dias 2 e 5 de outubro, no já conhecido Centro de Feiras e Even-
tos da Festa da Uva, em Caxias do Sul. Em 2012 serão quase 600 expositores e a expectativa é de aumento no volume de negócios. Diversas empresas de Cachoeirinha e Gravataí estarão presentes na feira e o destaque fica por conta dos estandes de entidades como do Centro
das Indústrias de Cachoeirinha (CIC) e do Setorial Metalmecânico do Vale do Gravataí (Semmegra). A Mercopar envolve empresas de vários setores, entre eles os de Automação Industrial, Borracha, Eletroeletrônico, Energia e Meio Ambiente, Metalmecâ-
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coordenadora executiva da Rede Petroo Cultural nico, Movimentação e Armazenagem de Materiais, Plástico e Serviços Industriais. O evento é realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e pela Hannover Fairs Sulamerica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG. Em 2011, o volume de negócios na feira chegou a R$ 124 milhões, número que deverá crescer cerca de 9% este ano. Para o superintendente do Sebrae/RS, Léo Hainzenreder, a Mercopar é um evento consolidado e, a cada ano que passa, cresce em volume de negócios e no interesse dos expositores em fazer parte dela. “Com este cenário positivo, as projeções em volume de transações comerciais e de público são as melhores possíveis para 2012. Continuaremos, Sebrae/RS e Hannover Fairs Sulamérica, trabalhando para melhorar ainda mais a Mercopar, permitindo que essa vitrine de negócios permaneça contribuindo para a geração de renda e emprego no Rio Grande do Sul”, disse. O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, salienta que ano após ano, a Mercopar se transforma no palco adequado para que as empresas apresentem suas novidades, dando um salto em matéria de competitividade, com expressivo aumento no volume de vendas. Para o dirigente, a Mercopar tem cumprido plenamente o objetivo de ser um dos mais importantes polos de negócios da América Latina, com um perfil absolutamente dinâmico e atualizado. Além dos espaços tradicionais, a feira contará com um estande direcionado aos setores de petróleo, gás e energia. A exemplo de anos anteriores, a parceria entre Sebrae/RS e a Rede Petro possibilitará a participação de pequenas empresas gaúchas. O estande da Rede Petro contará com toda a estrutura necessária para que as empresas possam apresentar seu trabalho, prospectando oportunidades e também participando das rodadas de negócios. “Neste ano levaremos um número maior de expositores que estarão pela primeira vez na Mer-
reportagem especial
“
A Mercopar tem um caráter diferenciado. Ela não é apenas uma exposição, mas sim um local onde são feitos contatos, oferecendo visibilidade e oportunidades concretas para o fechamento de negócios Suzana Sperry
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reportagem especial
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copar. Integrar um estande coletivo como o nosso, em parceria com o Governo do Estado e com o Sebrae, certamente confere às empresas um maior respaldo e visibilidade”, destaca a coordenadora executiva da Rede Petro, Suzana Sperry. A expectativa com relação aos resultados que a feira pode proporcionar é a melhor possível, já que o cenário é positivo em função dos investimentos em torno do polo de Rio Grande e mais recentemente do polo do Jacuí. “O Governo está mobilizado para a atração de investimentos e prospecção de negócios”, ressalta Suzana. A participação na Mercopar por parte das empresas que atuam na área de petróleo, gás e energia pode representar um impulso importante
na busca por uma maior fatia deste mercado. A coordenadora executiva da Rede Petro lembra o caso de vários expositores que já passaram pelo espaço coletivo, em edições anteriores da feira, e que hoje estão em estandes próprios. “A Mercopar tem um caráter diferenciado. Ela não é apenas uma exposição, mas sim um local onde são feitos contatos, oferecendo visibilidade e oportunidades concretas para o fechamento de negócios”, afirma Suzana Sperry. De acordo com o gestor do Programa Petróleo, Gás e Energia no Rio Grande do Sul pelo Sebrae/ RS, Guilherme Menezes, o cenário nacional oferece inúmeras oportunidades e as micro e pequenas empresas precisam estar atentas. “A presença na Mercopar também
representa a possibilidade de ter um maior conhecimento sobre o que está acontecendo nestas áreas. O certo é que existe uma demanda acentuada de fornecedores”, lembra Menezes. A edição de 2011 registrou um crescimento de 24% nas transações comerciais, totalizando mais de R$ 124 milhões. Foram 539 expositores e uma média de contatos realizados por cada expositor, em negócios fechados ou encaminhados, de 83. De acordo com a pesquisa de satisfação, 97% dos expositores do ano passado pretendem participar da Mercopar este ano, e 83% deles também tiveram suas expectativas superadas em relação aos negócios firmados na feira. A visitação da 20ª edição fechou em mais de 33 mil pessoas.
Neco Varella
Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch e Superintendente do Sebrae/ RS, Léo Hainzenreder
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Neste ano, os Projetos Comprador Nacional e Internacional acontecerão nos dois primeiros dias da feira. Já estão confirmados 45 compradores do Brasil e de outros países, com cerca de 200 empresas vendedoras inscritas. No ano passado, o projeto proporcionou uma expectativa de negócios de
mais de R$ 13 milhões. A intensa movimentação de empresários interessados em comprar e oferecer produtos e serviços representou um acréscimo de aproximadamente 8,3% com relação ao valor registrado em 2010. A cada edição a feira recebe mais visitantes, mais expositores e a projeção de negócios também aumenta.
Rodadas de Negócios No dia 4 serão promovidas as Rodadas de Negócios das áreas de Tecnologia da Informação (TI) e de Petróleo, Gás e Energia. “Para o setor de Petróleo, Gás e Energia deveremos contar com cerca de 15 compradores para atender aproximadamente 100 empresas vendedoras inscritas”, informa o técnico do Sebrae/RS Jakson da Luz, coordenador destas atividades. No ano passado, a Rodada de Negócios do Petróleo, Gás e Energia superou a expectativa. Nos dois dias de reuniões, a perspectiva de negócios gerados chegou a quase R$ 9 milhões, representando aumento de 11% na comparação com 2010. O Programa do Petróleo, Gás e Energia foi criado há nove anos no Sebrae-RS para fomentar as empresas que atuam como fornecedoras para as grandes empresas do setor, mostrando
que o Rio Grande do Sul tem potencial para tanto. “No início deste projeto, era difícil encontrar empresas dispostas a se capacitar neste segmento, porque existia a visão de que esta era uma área restrita ao Rio de Janeiro”, lembrou Guilherme Menezes, gestor do programa no Estado. Mas o cenário econômico mudou. “O Rio Grande do Sul tornou-se um mercado promissor. Basta ver os números registrados em 2011”, observou. Com um volume de negócios 362% maior em relação a 2010, a Rodada de Negócios de Software e Serviços de 2011 teve a participação de 43 empresas. Os negócios encaminhados atingiram o valor de R$ 897.321,43. Uma das novidades da Rodada de Software e Serviços do ano passado foi a presença de três reconhecidas empresas do setor: Google, Microsoft e Locaweb.
ESTATÍSTICAS Mercopar 2011 539 Expositores 33.230 Visitantes/Profissionais R$ 124,7 milhões em negócios Mercopar 2010 558 Expositores 32.000 Visitantes/Profissionais R$ 80 milhões em negócios Mercopar 2009 573 Expositores 31.068 Visitantes/Profissionais R$ 64 milhões em negócios Mercopar 2008 453 Expositores 32.128 Visitantes/Profissionais R$ 50 milhões em negócios Mercopar 2007 443 Expositores 24.706 Visitantes/Profissionais R$ 60 milhões em negócios Mercopar 2006 330 Expositores 24.715 Visitantes/Profissionais R$ 66,3 milhões em negócios Mercopar 2005 368 Expositores 23.759 Visitantes/Profissionais R$ 57,5 milhões em negócios Mercopar 2004 352 Expositores 23.585 Visitantes/Profissionais R$ 65,5 milhões em negócios
Palestra sobre inovação A 21ª edição da Mercopar contará com uma importante palestra na área da inovação. O cientista-chefe da IBM Brasil e coordenador da área de pesquisa na filial brasileira da companhia, Fábio Gandour, abordará o tema “Inovação, competição e lucratividade: o que uma coisa tem a ver com a outra?”. O evento acontece no dia 3 de outubro às 18h.
De acordo com Gandour, funcionário da IBM há cerca de 20 anos, a inovação é, hoje, uma palavra popular e, por isto mesmo, está na agenda de todas as empresas que buscam formas de inovar para aumentar a competitividade e a lucratividade. “Mas será que todas estas empresas já encontraram o melhor caminho para inovar, serem
mais competitivas e capitalizar sobre os investimentos em inovação?”, questiona o cientista-chefe da IBM. O objetivo da palestra é justamente esclarecer a relação entre inovação, competitividade e lucratividade de forma simples e útil, a partir do conhecimento de um brasileiro com experiência internacional no assunto.
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Projeto Comprador
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Programação da 02/10 - terça-feira 14h às 21h - Exposição Salão de Inovação - Pavilhão 1 14h às 19h - Projeto Comprador Nacional e Internacional Mercopar 2012 03/10 - quarta-feira 14h às 21h - Exposição Salão de Inovação - Pavilhão 1 14h às 19h - Projeto Comprador Nacional e Internacional Mercopar 2012 18h - Palestra ‘’Inovação, competição e lucratividade: o que uma coisa tem a ver com a outra?’’, com Fábio Gandour, Cientista-chefe da IBM Brasil.
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04/10 - quinta-feira 14h às 21h - Exposição Salão de Inovação - Pavilhão 1 14h às 19h - Rodada de Negócios de Software e Serviços 14h às 20h - Rodada de Negócios do Petróleo, Gás e Energia 17h30 - Mesa-redonda - parceria PROAMB Produção Mais Limpa no Contexto da Sustentabilidade Palestrante: Fernando Almeida Muito Além de Economia Verde Palestrante: Ricardo Abramovay Moderador: Jornalista Afonso Ritter 05/10 - sexta-feira 14h às 21h - Exposição Salão de Inovação - Pavilhão 1
reportagem especial
21ª Mercopar
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eCarTec 2012 Rosani Erhart Schlabitz Jornalista Correspondente Revista Matéria Prima Munique - Alemanha
A IV Feira para automóveis Elétricos e Híbridos, que acontece em Munique/ Alemanha nos dias 22 e 23 de outubro, apresentará todas as tendências tecnológicas, de design e de consumo de energia alternativa. Esperam-se mais de 15 mil visitantes do mundo inteiro em 33 mil metros quadrados, em apenas dois dias de feira. O responsável pela organização da feira, Robert Metzger, diz que “os carros esportivos e conceito em design são o ponto de maior atração para os visitantes internacionais”. Se pode confirmar isso visitando o espaço que se chama “eCarLiveDrive”, que oportuniza a todos experimentar um automóvel elétrico e, assim, comprovar a sua eficácia. Renault, Opel e Peugeot são marcas que estarão disponíveis para os interessados. As motos, em suas diferentes categorias, são o produto estrela para o consumidor final. Elétricas ou híbridas, já contabi-
lizam mais de 50 modelos. A previsão é que em 2030 todos os carros que rodarem nas estradas europeias, principalmente na França, Alemanha e Itália, sejam em sua maioria elétricos. Este produto oferecido pelo setor automotivo está crescendo não só por uma questão ecológica, mas também porque ter um automóvel destes dá status. O design moderno e a qualidade dos acabamentos é altíssima. Cada marca procura desenvolver e oferecer o que tem de melhor e mais bonito no mercado. Sem maiores preocupações com investimentos, pois sabem que haverá retorno. Tudo é pós-moderno no design dos automóveis. No momento, o carro elétrico mais vendido não é da Renault, nem da Peugeot e tão pouco Citröen, mas sim da montadora francesa Bollore. O modelo Bluecar atingiu a venda direta ao consumidor de 700 exemplares. Desde junho de 2012, os franceses adquirem seu carro com leasing de 330 euros ao mês e um gasto de 1,50 euro por 100 quilômetros rodados. No Japão, a Nissan produziu em 2011
apenas 20 mil modelos em função do terremoto, mas neste ano chegará aos 40 mil. Na Alemanha, o mais vendido é o Kangoo, da Renault, que sai por 20 mil euros e um gasto de bateria mensal de 72 euros. O segundo lugar fica com a Opel, modelo Ampera. Na Itália, o alto do pódium fica para o Citröen C-Zero e na Dinamarca o Peugeot iOn. O crescimento deste mercado é comparado à matemática com uma progressão geométrica, cada vez tem mais. Sem contar nas produções direcionadas para os ônibus, que virão a tranformar completamente a oferta atual deste mercado. O transporte público será abastecido por carros elétricos. O segmento automobilístico é o que menos sofre com as oscilações do mercado e por isso se pode dar ao luxo de inovar, recriar e utilizar as oportunidades com tranquilidade. Os projetos se tornam realidade, a logística funciona e o retorno dos investimentos é uma realidade. Nesta engrenagem, aumentam os empregos diretos e indiretos e a indústria se beneficia. Mais uma vez, vida longa à bateria.
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Nem todas essas tendências podem ser identificadas no Brasil. No entanto, conhecê-las pode ajudar muitos empresários e especialistas em marketing a identificarem boas oportunidades Recentemente, a Trend-watching, empresa de análise de tendências, divulgou 12 minitendências de consumo identificadas no mundo todo. Os responsáveis explicam que, dependendo do local, sua manifestação ocorre ou vai ocorrer de forma diferente. Por exemplo, no Japão, Estados Unidos e América Latina. Nem todas essas tendências podem ser identificadas no Brasil, onde a desigualdade social ainda é muito grande. No entanto, conhecê-las pode ajudar muitos empresários e especialistas em marketing a identificarem boas oportunidades a explorar. 1. Tecnologia doméstica: aplicativos que cruzam informações e entregam conteúdo personalizado para facilitar a vida do usuário. 2. Custowners (consumidores e donos): são os consumidores que também se comportam como investidores das marcas, seja por interesse financeiro ou por uma ligação emocional com a marca. 3. Um toque mágico: os cidadãos de Paris já podem encomendar água mineral apertando um ímã de geladeira. A tecnologia do toque mágico pegou carona na simplicidade dos smartphones para resolver problemas de forma rápida e intuitiva. 4. Empreendedores adolescentes (teenpreneur): os adolescentes descobriram que a tecnologia pode ser um ótimo negócio e estão investindo em aplicativos, sites ou outros negócios, com profissionalismo de gente grande. 5. Marcas que governam: empresas que oferecem mais do que a simples venda dos seus produtos ou serviços. Elas realizam ações para preencher lacunas que o poder público deixou para trás. 6. Aplicativos Babá e 24/7 feedback: há um aplicativo para tudo, principalmente para monitorar cada aspecto da sua vida, seja a rotina de exercícios, o saldo no banco e outros. 7. Viciados em watts: seja por excesso de sofisticação tecnológica ou por puro improviso, surgem alternativas para recarregar a energia daquele eletrônico que deixou você no escuro.
8. Rede de segurança: aplicativos e sites com o objetivo de garantir maior segurança. 9. Consumidores atarefados (tasksumers): tendência que tem como princípio a realização de pequenas tarefas em troca de dinheiro. O PleaseBringMe é um site da Turquia pelo qual os usuários podem pedir que os turistas tragam itens difíceis de serem encontrados dentro do seu país em troca de uma recompensa. 10. Super-Eco: a moda agora não é só reciclar ou usar materiais biodegradáveis, mas estender práticas sustentáveis a todas as etapas do negócio. 11. Curtindo na vida real: a tendência agora é fazer uma ponte entre a loja física e a página na rede social. No Brasil, a C&A implementou cabides com um contador eletrônico de curtidas. 12. Escassez artificial: quanto mais exclusivo, melhor. Imagine uma música que só pode ser ouvida por uma pessoa de cada vez ou um jogo em que a morte virtual é definitiva e não permite tentar novamente.
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Coworking: Os locais de coworking surgiram nos Estados Unidos em 2005, a partir da ideia de um analista de sistemas que buscava uma alternativa para fugir do trabalho em casa.
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O colaborativismo está em pauta no mundo e principalmente no Brasil. Diversas ações estão sendo realizadas com o mesmo propósito: unir-se em prol de facilidades e melhorias. Junto com a onda colaborativa, termos, um tanto desconhecidos, surgiram para denominar as ações e as áreas em que cada uma atua. Você sabe, por exemplo, o que significa coworking? Os locais de coworking surgiram nos Estados Unidos em 2005, a partir da ideia de um analista de sistemas que buscava uma alternativa para fugir do trabalho em casa. Este modelo de negócio consiste em um lugar no qual vários profissionais, de diversas áreas, alugam espaços para desenvolverem os seus trabalhos. O coworking está crescendo no Brasil e mostra-se como uma opção prática de um escritório formal, sem oferecer os riscos da liberdade do home office. Há cerca de 2 anos eram menos de 10 e, hoje, mais de 50 unidades estão ativas no país. Este aumento explica-se pela supervalorização dos imóveis comerciais. Além disso, para ter um escritório próprio, o profissional precisa pagar aluguel, mobiliar e ter o nome regularizado, enquanto num espaço colaborativo, as facilidades são maiores. O baixo custo e a ausência de burocracias são os principais motivadores para que o profissional busque os ambientes de coworking. O conceito é bem diferente dos escritórios formais, com mais conforto e espaço amplo nas salas, o profissional pode realizar reuniões e não precisa se preocupar com café, água e limpeza, pois toda a estrutura é oferecida pelo ambiente. Pessoas que atuam nos segmentos de
Serviços, Tecnologia da Informação, Direito, consultores e assessores são os que acabam procurando mais estes locais colaborativos. Recém-formados também completam o grupo do coworking, já que ainda não possuem uma carteira de clientes muito grande e o local possibilita trocas de experiências e contatos profissionais intensos. Muito profissionais que atuam em home office trocam os lares por escritórios colaborativos para socializar, praticar networking e fugir das distrações que acontecem quando se trabalha em casa. O espaço de coworking traz um lado bastante positivo do meio corporativo que é a relação com outros profissionais. O modelo empresarial colaborativista pressupõe o trabalho em equipe, então em ambientes de coworking, um dos principais objetivos é a troca de experiência e auxílio, mesmo que cada profissional esteja trabalhando individualmente. Outras práticas colaborativas: Base da chamada web 2.0, a criação colaborativa encontrou na internet ferramentas propícias para sua expansão. Sem se deter a limitações temporais, geográficas ou de matéria-prima, o meio digital permite diferentes formas de interação e de produção intelectual de forma coletiva. Iniciativas como Wikipedia, blogs coletivos, softwares (e até mesmo hardwares) de código livre são resultados de ações executadas a partir da interação entre diversas pessoas na internet. As possibilidades de produção de conteúdo de forma colaborativa através da internet dividem-se pelas mais diversas áreas,
das pesquisas científicas ao entretenimento, porém pertencem ao mesmo elemento, crucial para a existência de qualquer ação colaborativa no ambiente digital: a utilização de ferramentas de produção e compartilhamento de conteúdo na web. Essas ferramentas se dividem em grupos de acordo com suas funções primordiais, como publicação de blogs, armazenamento de arquivos, trocas de mensagens instantâneas, transmissão de vídeos, publicação de fotos e vídeos, tendo em comum o fato de permitirem a interação de grupos geograficamente dispersos de forma não-linear e atemporal. Utilizando a internet como meio para suas ações, o crowdfunding, termo designado para o financiamento colaborativo, auxilia principalmente no fortalecimento da indústria cultural. Diversos sites foram desenvolvidos para abrigar esta espécie de “vaquinha” do crowdfunding. As iniciativas de interesse coletivo como fóruns, shows, peças de teatro, entre outros, que por algum motivo não possuem demais auxilio financeiro para sua realização, são expostas nos sites colaborativos e é proposto um valor de arrecadação. Normalmente, cada valor dado corresponde a uma premiação, como ingresso para o evento, camiseta, autógrafo. Deste modo, muitos artistas conseguem exibir seu trabalho pelo país, sem tanta burocracia. Conforme podemos observar, a onda colaborativa veio para ficar e as empresas precisam estar atentas a estas práticas, pois a inserção do colaborativismo no gerenciamento empresarial está se tornando fundamental.
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Novas regras para o descarte de pilhas e baterias Esses materiais preocupam as autoridades porque podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente Já estão em vigor as novas regras para o uso, descarte, transporte e reciclagem de pilhas e baterias. A decisão foi publicada no dia 4 de setembro, no Diário Oficial da União, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nas embalagens e manuais das pilhas e baterias, os fabricantes terão que informar sobre a adaptação às novas regras contidas na norma para o descarte e a reciclagem. O material deve ser descartado em coletas seletivas próprias, que podem ser encontradas em postos de vendas e em fábricas, mas jamais em
lixos comuns. Também haverá um lugar específico para o descarte destes materiais. Portanto, os demais recipientes de lixo devem, necessariamente, apresentar um símbolo como “X” para facilitar a coleta e evitar a mistura de pilhas e baterias com outros resíduos. Os nomes das empresas fornecedoras e responsáveis pela reciclagem, a destinação, o aterro utilizado pelas companhias e os procedimentos adotados no processo também deverão ser informados. O rigor também existe para o transporte do material, informando sobre os
envolvidos no processo e os locais de origem e destino. As pilhas e baterias preocupam as autoridades porque possuem substâncias como mercúrio, cádmio, chumbo, zinco-manganês e alcalino-manganês, que podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Há estudos que mostram que algumas substâncias podem levar à anemia, problemas neurológicos e ao desenvolvimento de câncer. No meio ambiente, o descarte das pilhas e baterias pode atingir os lençóis freáticos, o solo e a alimentação.
Contabilidade ambiental: empresas demonstram suas ações ambientais nos balanços O papel da contabilidade dentro do processo de sustentabilidade é o de evidenciar as ações das empresas, deixando clara a sua interação com o meio ambiente A onda de sustentabilidade está ganhando espaço entre as empresas brasileiras. Associar o negócio a uma imagem sustentável é um meio considerado eficaz para ganhar competitividade e conquistar consumidores. Mas o público não aceita apenas discurso. Quer a comprovação das medidas adotadas na prática. Em função disso, é cada vez mais comum as companhias traduzirem as ações em números que possam ser demonstrados no balanço da instituição. Nos últimos anos, a virtualização dos processos contábeis tem colaborado consideravelmente para a redução de emissão de papéis nos âmbitos federal, estadual e municipal. Sistemas como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) contábil e fiscal e a Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e) trouxeram grandes avanços nesse sentido. A tecnologia se tornou grande aliada na luta pela preservação do planeta. No entanto, em nível federal as obrigações fiscais já estão quase que totalmente informatizadas, mas é necessário que os estados e os municípios se modernizem mais. As empresas do lucro real não necessitam gerar papel, elas transmitem os documentos via Sped, gerando uma economia de aproximadamente um trilhão de documentos ao ano. Porém, ainda existem mais de um milhão de empresas no lucro presumido e cerca de cinco milhões no Simples Nacional que não estão totalmente dentro do processo virtual. Para algumas entidades empresariais, não é possível ter os mesmos parâmetros de tecnologia de obrigação
para cada uma delas, mas, se tudo fosse mais simplificado, com menos burocracia, a geração de papel seria ainda muito menor. Balanço demonstra as ações das instituições O papel da contabilidade dentro do processo de sustentabilidade é o de evidenciar as ações das empresas, deixando clara a sua interação com o meio ambiente. Todas as contas precisam estar no balanço da empresa. Porém, algumas instituições realizam essas demonstrações separadamente. As demonstrações no balanço ainda não são uma prática comum, pois não chegam a 1% das empresas brasileiras, o que não significa que elas não tenham uma prática sustentável.
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Maurício Fernandes da Silva Advogado OAB/RS 53419 Consultoria Ambiental Em ano de eleições municipais, muitos temas que dizem respeito à qualidade de vida dos cidadãos são repetidos. A trilogia já consagrada saúde/educação/segurança é pauta sempre presente. Outras surgiram, como a Copa 2014. Qualquer gasto público justificado para a Copa é acolhido e perdoado, a despeito de serem destinados quase que exclusivamente para obras, obras e obras (faltam investimentos em serviços. Reportagem recente mostrou taxista expulsando do veículo um repórter que se passara por turista que não falava português). Entretanto, um tema que na eleição municipal de 2008 foi pautado (não no RS, é verdade) é a poluição visual dos centros urbanos. São Paulo reelegeu em 2008 Gilberto Kassab em função de ter tido a coragem que nenhum outro prefeito teve: o enfrentamento da poluição visual. Com o “Cida-
de Limpa”, Kassab, que não era nenhuma unanimidade na maior cidade do país, credenciou-se para uma reeleição tranquila. Afirmara após a vitória: “melhor língua presa do que suja” em alusão à falha na dicção e à limpeza que fez na cidade. A iniciativa recebeu voluntariosos elogios de Fernando Meirelles, cineasta brasileiro de renome internacional, em artigo na Folha de São Paulo (2007): (...)E como é bonita São Paulo. E está cada vez mais limpa, mais verde (as paineiras rosa estão prometendo um novo show este ano) e agora também desobstruída das palavras escritas. Nós não o elegemos, mas sejamos justos, o prefeito Gilberto Kassab, como um oftalmologista competente, nos devolveu a visão ou ao menos a paisagem urbana (para que eu não pareça exagerado). Se eu o visse cruzando alguma daquelas ruas naquele momento, certamente desceria do carro para beijá-lo e agradecer: - Valeu, doutor.
Já no Rio de Janeiro, o Prefeito Eduardo Paes fez igual. Ou quase. Ao sancionar o Decreto nº 35.507/2012, criou a Zona de Preservação Paisagística e Ambiental. Esqueceram-lhe de avisar que estamos em uma democracia e a ausência de uma Lei
(em sentido estrito, com votação pelo Legislativo) fez com que em 11/09/2012 o programa fosse declarado ilegal pelo judiciário por vício legal. Fica o aprendizado. Aqui no RS, nada. Nossos “politizados” candidatos gaúchos ainda não se deram conta de que a qualidade de vida nos centros urbanos (onde vivem 85% da população Brasileira, e 99% da população da região metropolitana de Porto Alegre) passa invariavelmente pela libertação dos logradouros da poluição visual. Silenciosa, mas eficaz, não dá alternativa ao destinatário da informação e lentamente toma conta da paisagem pública como se privada fosse. Ao ser retirado o excesso de propaganda, o cidadão percebe quão bela é sua cidade. Ao valorizar seu ambiente, ajuda a cuidá-lo, trazendo mais cidadania, espírito comunitário e o zelo adquirido perpassa para todo seu cotidiano, em casa, na rua, no trabalho. Autoestima elevada qualifica a família, que qualifica o ambiente de trabalho, que qualifica e humaniza a cidade.
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Poluição visual e a qualidade de vida nos centros urbanos
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Desemprego entre os jovens pode aumentar Divulgação
De acordo com o relatório, o desemprego juvenil tende a diminuir nas economias desenvolvidas nos próximos cinco anos A Organização Internacional do Trabalho (OIT) está preocupada com o aumento do desemprego entre os jovens no mundo. Estima-se que a taxa global de desemprego juvenil irá de 12,7%, este ano, para 12,9%, em 2017. De acordo com o documento Panorama Mundial do Emprego: Perspectivas Pouco Animadoras para os Jovens no Mercado Laboral, a crise na zona do Euro contribuiu para o crescimento das taxas de desemprego na faixa etária entre 15 e 24 anos, principalmente em países emergentes, como o Brasil. Para enfrentar a situação, a OIT enfatizou a necessidade da atuação dos governos com políticas de incentivo e apoio. A propagação do desemprego juvenil, segundo a organização, terá reflexo nas economias da América Latina e do Sudeste Asiático com a diminuição das exportações. A perspectiva é que a taxa fique estável no médio prazo, por volta dos
14,6%, nas regiões. No Norte da África e no Oriente Médio, o desemprego deve ficar acima dos 26% nos próximos anos, o que é bem acima da média mundial. De acordo com o relatório, o desemprego juvenil tende a diminuir nas economias desenvolvidas nos próximos cinco anos, de 17,5%, em 2012, para 15,6%, em 2017. Antes do início da crise econômica mundial, em 2009, a taxa era 12,5%. A queda nesses países, no entanto, não significa a criação de empregos, mas a desistência de grande parte dos jovens, economicamente ativos, em procurar trabalho. Por não estarem buscando emprego, deixam de ser contabilizados como desempregados. A organização alerta que é importante o apoio do governo aos jovens por meio da criação de empregos com políticas macroeconômicas, políticas no mercado laboral, capacitação, incentivos fiscais e adoção de políticas anticíclicas.
No Norte da África e no Oriente Médio, o desemprego deve ficar acima dos 26% nos próximos anos
Gestão 3.0: a reinvenção do papel do gestor O modelo foi apresentado por Jurgen Appelo em seu livro, Management 3.0 Não é mais possível simplesmente repetir boas práticas na resolução dos problemas organizacionais, pois o mundo está cada dia mais complexo. O dinamismo e a velocidade com que a informação e o conhecimento circulam fizeram com que o ambiente corporativo se tornasse instável. A chave para o sucesso está na forma como o mercado lida com essa situação. A maioria das empresas tem aplicado soluções inapropriadas que tentam simplificar os processos organizacionais. Em ambientes desse tipo, é preciso buscar soluções específicas para cada tipo de problema. Assim, as equipes de trabalho e seus líderes têm que estar preparados para um processo de adaptação contínua, que res-
ponda rapidamente aos acontecimentos imprevisíveis do mercado. Para tanto, é necessário reinventar o tradicional modelo de gestão baseado no conceito comando-controle, segundo o qual o bom gestor precisa saber cobrar bem e a palavra de ordem é a produtividade. A gestão 3.0 vem justamente transformar o papel do gestor, que deve trabalhar como uma espécie de guia de um time auto-organizado e capaz de tomar algumas decisões por conta própria. O modelo foi apresentado por Jurgen Appelo em seu livro, Management 3.0, e valoriza o fator humano, as pessoas e o processo de interação entre elas. Os principais conceitos são a motivação do time e o de-
senvolvimento de competências. O poder precisa ser descentralizado nas empresas, mas o gestor precisa estar preparado para “empoderar” as pessoas certas, mantendo a harmonia da equipe e criando as condições ideais para que os profissionais conquistem os melhores resultados. A gestão dos profissionais é considerada um dos maiores entraves da transição para a metodologia ágil. Ainda que mais empresas tenham investido na implantação de métodos ágeis de gestão de projetos, existe uma grande carência no setor de especialização para os líderes de time e gerentes de desenvolvimento no comando de equipes que trabalham segundo o conceito.
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Devido a sua grande experiência de mercado, a RH Sul criou ferramentas para qualificar ainda mais o trabalho de recrutamento e seleção Com a taxa de contratação de mãode-obra batendo recordes, o setor de recursos humanos ganha força ao mesmo tempo em que se reinventa para oferecer novas ferramentas e estratégias para satisfação do profissional e da empresa que está contratando. A função da empresa de recursos humanos hoje vai muito além do que a captação de currículos. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela RH Sul, empresa com 16 anos de experiência, localizada em Gravataí. “O objetivo é orientar e monitorar o processo seletivo desde a abertura da seleção até o período de adaptação do profissional em sua equipe”, afirma a sócia-gerente Rosane Medeiros. Devido a sua grande experiência de mercado, a RH Sul vem criando ferramentas para qualificar ainda mais o trabalho de recrutamento e seleção, além de um cadastro informatizado, conta com uma equipe especializada nas áreas de RH e psicologia. Dispõe de um espaço amplo e aconchegante para processos de seleção, onde o cliente também poderá usufruir, por comodidade ou vagas sigilosas. A empresa atende demanda de várias empresas localizadas em regiões fora do estado (São Paulo, Minas Gerais, Curitiba e outras). “A RH Sul fortalece o seu diferencial no atendimento, tendo como foco principal o ser humano, que na busca de atingir seus objetivos, vem de encontro com as ex-
recursos humanos
Transformando pessoas em resultados
Marlene Urnau e Rosane Medeiros estão à frente da RH Sul
pectativas do mercado de trabalho. Assim, acreditamos que profissionais satisfeitos (empregador/empregado) é o que nos faz referência no nosso segmento”, revela a sócia-gerente Marlene Urnau.
“
A RH Sul fortalece o seu diferencial no atendimento, tendo como foco principal o ser humano.
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Sua empresa guarda corretamente os documentos fiscais eletrônicos recebidos? É aconselhado ainda o armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos de forma organizada Muitas empresas não se atentam às regras do processo de recebimento e armazenamento de documentos eletrônicos, seja por falta de entendimento, resistência a mudanças ou até mesmo por preferir deixar para depois. Porém, receber, validar e armazenar os documentos fiscais eletrônicos recebidos é obrigatório. A legislação diz que o emitente e o destinatário deverão manter a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em arquivo digital, sob sua guarda e responsabilidade, pelo prazo estabelecido na legislação tributária, mesmo que fora da empresa, devendo ser disponibilizado para a Administração Tributária quando solicitado. Também é responsabilidade do destinatário verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e. É aconselhado ainda o armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos de forma organizada para melhorar os processos dentro da empresa e permitir que as informações estejam sempre disponíveis. A organização é fundamental
para a gestão dos documentos. Existem softwares que possuem exclusivamente esta finalidade e, muitas vezes, também contemplam a recepção e validação de forma automática. O documento com validade jurídica a ser armazenado por cinco anos é o arquivo XML e não o DANFE. Caso a empresa não possua o documento de forma acessível, em uma auditoria do fisco, as consequências podem ir além da aplicação de uma multa. A penalidade pode variar de um caso para outro, dependendo do entendimento do fiscal. A autuação pode ser feita por diferentes órgãos como a Receita Federal ou Secretaria da Fazenda Estadual e como cada estado possui legislações diferentes, autuações em estados diferentes sofrerão penalidades diferentes. Vale lembrar que, além da aplicação de multa, se o fiscal julgar que há um Crime Contra a Ordem Tributária, as consequências podem ser ainda piores, chegando a pena de dois a cinco anos de reclusão. Para o armazenamento seguro dos documentos fiscais eletrônicos, as empre-
sas precisam realizar as mudanças necessárias, investir em ferramentas adequadas e manter os procedimentos. Primeiramente, é fundamental adotar um banco de dados comercial. Não utilize pastas, diretórios, pen drives, CDs ou algo nesse sentido. Também não é seguro deixar arquivos armazenados em uma conta de email. Com um banco de dados é possível programar a execução de backups automáticos, garantindo a replicação das informações e possibilitando a recuperação em caso de sinistros. O gestor deve sempre pensar em segurança e organização. Uma boa dica é implantar um software que garanta a segurança dos dados e facilidade no acesso às informações. Não há como utilizar um banco de dados seguro se não possuir um sistema que converse com ele. Além disso, o software também auxiliará na recepção e validação dos documentos recebidos. Seguindo essas recomendações, as empresas estarão caminhando para a verdadeira gestão de documentos fiscais eletrônicos, além de manter os dados mais seguros, disponíveis e organizados.
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Pesquisa revela que 30% dos executivos não tira férias há 3 anos Os executivos creem que são insubstituíveis e que a companhia entrará em crise caso se ausentem De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, escola para executivos em Belo Horizonte, muitos profissionais do alto escalão não conseguem ficar longe do trabalho. De mil executivos entrevistados no Brasil, 30% declararam não tirar férias há três anos ou mais. Entre aqueles que param para descansar, 50% tiram, em média, apenas dez dias de férias por ano. Nos Estados Unidos não é diferente. Em um levantamento realizado com 2 mil executivos americanos pela Hudson, multinacional do ramo de recrutamento, 24% afirmaram não ter saído de férias em 2006. O estudo revela também que 37% não costumam tirar os 20 dias de férias, que têm direito. E, 14% cos-
tumam tirar menos de uma semana de férias por ano. Mesmo quem consegue sair do escritório não consegue, muitas vezes, se desligar. Durante as férias, usam seus laptops e telefones celulares para se comunicarem com clientes ou cobrarem tarefas e relatórios dos subordinados. Segundo a pesquisa da Hudson, 39% dos entrevistados checam e-mails de trabalho quase todos os dias das férias. Com o intuito de auxiliar os workaholics a largarem esse vício, alguns hotéis no Caribe e nos Estados Unidos, estão impedindo que seus hóspedes usem aparelhos eletrônicos na estada. Na unidade de Chicago da rede Sheraton, os hóspedes são obrigados a deixar laptops e smartphones trancados num
cofre. No resort Caneel Bay, nas Ilhas Virgens Americanas, há um sistema que bloqueia o sinal dos celulares. A regra é clara: quem burlá-la é transferido imediatamente para outro hotel do complexo. Diversos executivos afirmam que não conseguem tirar férias ou que precisam trabalhar durante o período de descanso, por causa do excesso de trabalho. Entretanto, especialistas afirmam que isso tem muito mais a ver com o ego e as frustrações pessoais de cada indivíduo do que com a quantidade de obrigações reais. Os executivos creem que são insubstituíveis e que a companhia entrará em crise caso eles estejam ausentes. O que, na maioria dos casos, não é verdade.
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Espaço de lazer LIVROS
FILMES
A Estratégia do Oceano Azul W Chan Kim e Renée Mauborgne, autores de A Estratégia do Oceano Azul, estudaram 30 indústrias diferentes. O que eles descobriram? Que as empresas criam nichos, fazem da concorrência algo irrelevante e encontram caminhos para crescer.
Casais Inteligentes Enriquecem Juntos A falta de diálogo sobre dinheiro é a principal causa de brigas e até separações entre casais. Agora você entende porque Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, do consultor Gustavo Cerbasi, faz tanto sucesso? O livro oferece dicas para a administração do dinheiro a dois.
Como se tornar um líder servidor James C Hunter, escreveu o famoso livro O Monge e o Executivo (entre os mais lidos na administração). Em Como se tornar um líder servidor o autor ensina como aplicar na vida e no trabalho os princípios ensinados pelo monge.
Cidadão Kane (1941) O filme Cidadão Kane (Citizen Kane), drama de 1941, conta a história de um menino de família pobre, Charles Foster Kane, que herda uma fortuna e deixa de viver com os pais para ser criado por um banqueiro, Walter Parks Thatcher. Dentre todos os negócios que passam às suas mãos na maioridade, resolve se dedicar a um dos menos rentáveis: um jornal convencional e pouco influente. Após tomar posse desse jornal, Kane passa a dedicar boa parte da vida à ele, tornando-o um jornal lido por milhares de americanos. O personagem central vai, aos poucos, perdendo suas virtudes e aumentando seus defeitos. Sua trajetória, no entanto, encerra muito do sonho americano: idealismo, espírito de iniciativa, fama, dinheiro, poder, mulheres e imortalidade.
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