Caderno de Morfologia Urbana - Av. Hélio Prates

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CADERNO DE

MORFOLOGIA URBANA Avenida Hélio Prates

Ana Cláudia Simon . João Victor Daquila . Matheus S. Oliveira



CADERNO DE MORFOLOGIA URBANA

Dezembro de 2020

Departamento de Teoria e História em Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Brasília

AV. HÉLIO PRATES


INTRODUÇÃO Trabalho apresentado como requisito de avaliação na disciplina optativa de Morfologia Urbana da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Universidade de Brasília), ministrada pela professora Dra. Elane Peixoto no 1º semestre de 2020. A Avenida Hélio Prates é o foco da análise morfológica, sendo importante eixo de estruturação e ligação no meio em que se insere. A via foi sendo construída juntamente com o crescimento das RAs que a abrigam: Ceilândia e Taguatinga. Sua caixa viária é variável durante toda a sua extensão de mais de 7 quilômetros de via contínua, assim como os edifícios que a emolduram, com diferentes traçados, gabaritos, fachadas e afastamentos. Seu forte caráter comercial se destaca na cidade, recebendo grande parte dos estabelecimentos mais importantes. Pontos como a Caixa d’água de Ceilândia, a Feira de Ceilândia, a Feira dos Goianos de Taguatinga e o centro comercial de Taguatinga (Taguacenter) são pontos de grande procura e movimento em todos os dias da semana. A via conta com presença de abundante transporte público, envolvendo ônibus em toda a sua extensão e metrô em Ceilândia.


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LOCALIZAÇÃO E ENDEREÇAMENTO

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Legenda: Taguatinga

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Principais avenidas Local de estudo Fonte: SEDUH (2020) 2,5 km


SETORES Extensão: 7,5 Km Data: Surgimento em meados dos anos 70

Taguatinga

Sol Nascente Ceilândia Legenda:

N

Setores Hélio Prates Limites RA

Sem Escala Fonte: SEDUH (2020)


QUADRAS Vicente Pires

Taguatinga

Sol Nascente Ceilândia Legenda:

N

Quadras Limites RA

Sem Escala Fonte: SEDUH (2020)


QUADRAS - AV. HÉLIO PRATES

Vicente Pires

Taguatinga: 4,4 km

Ceilândia: 3,1 km

Sol Nascente

Fonte: SEDUH - Geoportal (2020)


HIERARQUIA VIÁRIA

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Legenda: Av. E

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Ceilândia Vias transversais Av Hélio Prates Via Transversal2 o

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Via Periférica

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Fonte: SEDUH - Geoportal (2020)

1,5 km


PRINCIPAIS LOCALIDADES N

Fonte: prรณpria.


CRESCIMENTO DA MANCHA URBANA 1964

Ceilândia já presente

1986

1975

1980

Muitos caminhos informais

1991

1997

Traçado mais regular e consolidado Fonte: SEDUH - Geoportal (2020)


CRESCIMENTO DA MANCHA URBANA 2009

2013

2015

2018

Fonte: SEDUH - Geoportal (2020)

2014


USO DO SOLO: CEILÂNDIA Levantamento 2019

HÉLIO PRATES

Levantamento em Ceilândia (2019) Fonte: Google Street View© e Openstreetmap©


USO DO SOLO: TAGUATINGA Vera Brandão (2003) Uso segundo as Normas de Edificação Uso e Gabarito

Hélio Prates

Uso real (2003)

Hélio Prates

Segundo Brandão(2003), este sistema viário com hierarquia bem definida é fruto de um conjunto de alterações significativas na configuração espacial de Taguatinga que aconteceram no início dos anos 70. Estas alterações diziam respeito à relação dos lotes com os espaços de circulação pública, que ocorreram como consequência direta á mudanças no uso do solo.


ESTUDO VOLUMÉTRICO



CARACTERIZAÇÃO GERAL DA AVENIDA N


CARACTERIZAÇÃO GERAL DA HÉLIO PRATES

Traçado Geral: Em Grelha, Regular, via ortogonal. Quarteirões: Retangulares, distribuidos no sentido longitudinal ao longo da Avenida. Avenida Hélio Prates A Avenida Hélio Prates como um todo é delimitada por barreiras ambientais, sendo ao norte um cinturão verde entre Taguatinga e Vicente Pires, e ao sul entre Ceilândia e Sol Nascente, que depois de ocupação informal se tournou uma RA.

Lotes: Retangulares, com comércio voltados para a rua. Em Ceilândia temos bolsões de estacionamento, enquanto em Taguatinga não. Usos: Residêncial unifamiliar e multifamiliar e Institucional, com comércio e serviços voltados para as vias.


CARACTERIZAÇÃO GERAL DA HÉLIO PRATES

Canteiro central em Taguatinga: 3 a 15 metros.

Canteiro central em Ceilândia: 15 a 20 metros.

- Canteiro central menor, de 3 metros que vai aumentando conforme chega em Ceilândia;

- Canteiro central maior, de 15 metros extendendo-se até o máximo de 20 metros;

- Circulação estreita no comércio;

- Há recuos maiores para a circulação no comércio;

- As calçadas são bem estreitas e não há bolsões de estacionamento, ocorrendo muitas vezes de maneira irregular.

- Há bolsões de estacionamento frente aos comércios.


PADRÕES MORFOLÓGICOS DA HÉLIO PRATES N

Padrão 1 Residêncial Taguatinga Norte

Padrão 4 Centro de Ceilândia

Padrão 2 Setor Industrial Padrão 3 Transição RAs

Sua posição no contexto urbano de Brasília é caracterizado como “urbanismo periférico”. É facilmente identificado 4 Padrões distintos ao longo da Av. Em geral ruas são monotonas, é dificil se localizar.


FICHA PADRÃO 1 - RESIDENCIAL DE TAGUATINGA NORTE MORFOLOGIA PADRÃO 1 N

B

Intervalo “A” predominantemente residêncial; Intervalo “B” Institucional e comercial. Observa-se maior regularidade e densidade do que em Ceilândia.

A

A

B B

B

Traçado Geral: - Em grelha regular - Vias ortogonais - Interseções em “X” Quarteirões: - Retangulares, distribuidos no sentido longitudinal e transversal ao longo da Avenida. Lotes: - Retangulares em média 10x30 - Voltados para as vias. Gabarito: - Em média 2 a 3 pavimentos. Usos: - Residêncial (Predominante) - Comércio adjacente às vias.

Interseções em “T” Uso: Institucional e Comercial Gabarito: Média de 2 pav. Lotes: - Institucional média 50x80 - Comercial média 8x20


FICHA PADRÃO 1 - RESIDENCIAL DE TAGUATINGA NORTE N

PERSPECTIVA CORTE EM PERSPECTIVA

DETALHE - PLANTA


FICHA PADRÃO 1 - RESIDENCIAL DE TAGUATINGA NORTE


FICHA PADRÃO 2 - SETOR INDUSTRIAL MORFOLOGIA PADRÃO 2 Observa-se através do polígono “lote legal” da Seduh que nessa região foi autorizada remembramento, que ocorre em todo o setor industrial.

Essa região é caracterizada pela predominância do uso comercial, com comércio de vários tipos. Ruas muito monotonas, é dificil se localizar.

Traçado Geral: - Em grelha regular - Vias ortogonais - Interseções em “T” Quarteirões: - Retangulares, distribuidos no sentido transversal ao longo da Avenida. Lotes - Retangulares em média 10x60. - Remembramento de até 4 lotes ficando na média de 40x60. Gabarito: - Em média 2 a 3 pavimentos. Usos: Todos os usos, com comercial predominante.


FICHA PADRÃO 2 - SETOR INDUSTRIAL N

PERSPECTIVA CORTE EM PERSPECTIVA

DETALHE - PLANTA


FICHA PADRÃO 2 - SETOR INDUSTRIAL


N

FICHA PADRÃO 3 - TRANSIÇÃO RAs MORFOLOGIA Nesse espaço de transição entre as RAs podemos perceber uma grande variação de dimensões dos lotes e quarteirões, mas percebe-se uma lógica distribuída nesse conjunto.

A Traçado Geral: - Em grelha regular - Vias ortogonais - Interseções em “T” Quarteirões: - Retangulares Lotes: - Retangulares em média 10x30 - Voltados para as vias. Gabarito: - Em média 2 a 3 pavimentos. Usos: - Residêncial (Predominante) - Comércio adjacente às vias. - Institucional


FICHA PADRÃO 3 - TRANSIÇÃO RAs

PERSPECTIVA

CORTE EM PERSPECTIVA

DETALHE - PLANTA


FICHA PADRÃO 3 - TRANSIÇÃO RAs


FICHA PADRÃO 4 - CENTRO DE CEILÂNDIA N

MORFOLOGIA PADRÃO 4 Se organiza em 2 intervalos: “A” e “B”:

B A

A

B

A

B

Traçado Geral: - Em grelha, regular - Vias ortogonais - Interseções em “T”

Traçado Geral: - Em grelha, regular - Vias ortogonais - Interseções em “T”

Quarteirões: - Retangulares, distribuidos no sentido transversal ao longo da Avenida.

Quarteirões: - Retangulares, distribuidos no sentido longitudinal ao longo da Avenida.

Lotes: - Retangulares em média 10x25 - Voltados para as vias.

Lotes: - Retangulares em média 20x50 - Voltados para as vias ou para as laterais. - Há muitos lotes vazios.

Gabarito: - Em média 2 a 3 pavimentos. Usos: - Residêncial (Predominante) - Comércio adjacente às vias. - Instuticional em alguns setores.

Gabarito: - Em média 6 a 8 pavimentos. Usos: Residêncial multifamiliar, Comercial e Institucional.


PADRÃO 4 - CENTRO DE CEILÂNDIA

PERSPECTIVA CORTE EM PERSPECTIVA

DETALHE - PLANTA


PADRÃO 4 - CENTRO DE CEILÂNDIA


CONCLUSÃO Foi contastado outras características em comum que coincidêm com as observações de Brandão(2003): - Edificações soltas no espaço; - Espaço extremamente permeável; - Percentual de espaços abertos muito maior que o de espaços fechados; - Áreas lindeiras constituídas por fachadas cegas. Podemos concluir que a Hélio Prates é uma importante via que estrutura as RAs de Taguatinga e Ceilândia. A forma urbana é bem uniforme, formada em geral pelo traçado em grelha regular com hierarquia viária bem definida, sendo predominante interseções em “T” que ocorrem principalmente devido à hierarquia do traçado em “árvore”.

Mapa axial Ceilândia em 2000. Fonte: Brandão(2003)

Por esse motivo também, essa hierarquia torna a Hélio Prates uma via muito solicitada, com um grande volume de tráfego. As mudanças que ocorreram no decorrer do tempo são resultados principalmente das mudanças de usos, devido ao aumento de fluxo na Helio Prates, os lotes que eram exclusivamente residenciais passaram a ter uso misto ou comercial.

Viaje com a gente pela Hélio Prates!

E como mostrado anteriormente, a maior distinção dos elementos morfológicos ocorre entre as RAs, mas sendo tudo em geral muito monotono e dificil de se localizar. https://youtu.be/I83ASDlC7K8


TAGUATINGA

CEILÂNDIA

OBRIGADO!


REFERÊNCIAS BRANDÃO, Vera Bonna. Espaço Urbano X Apropriação Social: Um estudo de caso dos espaços públicos abertos de Taguatinga. Progrma de Pós-Graduação - Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2003. COSTA, Staël de Alvarenga Pereira Costa; NETTO, Maria Manoelle Gimmler. Fundamentos de morfologia urbana. Belo Horizonte: C/Arte, 2015 KOLSDORF, Maria Elaine; KOLSDORF, Gunter; Holanda, Frederico de. Brasília: permanências e metamorfoses. In: Desenho Urbano Contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro: LTC, 2013. LEITE, Fabiana de Lamare et al. Morfologia Urbana do Plano Piloto de Brasília e a sua Imagem para o Turista. Revista Turismo e Desenvolvimento n. 13/14 de 2010, p. 275-285. LAMAS, José Manuel Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. sl: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. PANERAI, Philippe. Análise Urbana. Tradução de Chico Leitão. Brasília, UnB, 2014


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