Projeto Fonte da Vida Elaborado por Elisabete Cunha e SĂlvia PompĂŠia
Projeto “Fonte da Vida”
consciência e ações para um melhor uso da água
O projeto Fonte da Vida, uma iniciativa da Associação do Verde e Proteção do Meio Ambiente (Avepema)1, partiu do princípio de que os esforços de melhoria das condições de vida numa localidade só se tornam efetivos quando se consegue contar com a vontade consciente da sociedade. Elaborado com o objetivo de melhorar as condições ambientais das comunidades escolares, especialmente em relação ao uso da água, apoia-se na educação ambiental – que além de desenvolver uma consciência cidadã nos jovens, atinge também, através deles, as famílias e toda a comunidade. O tema das águas foi escolhido por ser uma das questões ambientais mais preocupantes da atualidade: bem indispensável para a vida, sua produção, distribuição e uso devem atender às necessidades locais em termos de quantidade e qualidade. No entanto, a maioria das políticas públicas nessa direção só é efetiva quando conhecida e apoiada pelo conjunto da população, no que as escolas podem contribuir substancialmente dada a sua presença junto às famílias, associada à sua obrigação de promover educação ambiental. 1A Avepema é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), fundada em 1986 com enfoque na área ambiental. Desde 2002 é membro do FEHIDRO por intermédio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
Justificativa utilizada no projeto junto ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) Segundo o relatório “EDUCAÇÃO: um tesouro a descobrir”, coordenado por Jacques Delors e encaminhado à Unesco pela Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, a educação deve transmitir cada vez mais saberes e saber-fazer que acompanhem o nosso processo evolutivo e, simultaneamente, permitam encontrar e priorizar as referências capazes de desenvolver a cidadania e a autonomia. Para tanto, faz-se necessária uma nova concepção ampliada de educação que ultrapasse a visão puramente instrumental que se tem dela. Via obrigatória para se obterem certos resultados (saber-fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem econômica), a educação precisa ser considerada em sua plenitude: a realização da pessoa que, em sua totalidade, aprende a ser – com capacidade de intervir, debater, decidir, ocupar e conquistar espaços para participar, ou seja, tomando parte nos processos de desenvolvimento coletivo. Não há, contudo, uma participação dada, doada, preexistente. A participação somente existe na medida em que a conquistamos, num contexto de esforço consciente. Por isso é fundamental que a organização da coletividade se realize: uma construção social permeada pela realidade sociocultural e política mais ampla, incluindo a influência de forças externas e internas marcadas por interesses de grupos sociais, frequentemente contraditórios e conflituosos. Com base nessas considerações, entende-se que a escola só cumpre bem seus objetivos na medida em que atua levando em consideração a vida dos estudantes – partindo da comunidade em que vivem e chegando à sociedade como um todo. O tão frequente distanciamento escola-comunidade precisa, portanto, ser substituído por uma nova forma de relação.
A verdadeira atitude participativa inclui o processo de decisão: é um ato de “ingerência”, não apenas a atitude do espectador que se limita a assistir ou a contemplar, de mais ou menos longe.. Licínio Lima (2000).
Finalidade O Projeto Fonte da Vida visou promover a formação ambiental de professores e coordenadores pedagógicos de escolas municipais e estaduais do Ensino Médio e dos anos finais do Ensino Fundamental, por meio da preparação de educadores com atuação em regiões abrangidas por algumas das sub-bacias do Alto Tietê situadas na Grande São Paulo. Para tanto, formaram-se vários grupos de professores, coordenadores pedagógicos e alguns diretores, juntamente com técnicos das Secretarias de Educação e de setores correlatos ao Meio Ambiente e Saneamento nos respectivos municípios. A fim de permitir trocas de experiências, fundamentais em processos criativos e participativos, em cada aplicação desse projeto foi realizada uma capacitação simultânea de equipes mediadoras abrangendo pelo menos dois municípios. O foco pedagógico foi no trabalho com professores especialistas, apoiando-os especialmente na superação de três dificuldades recorrentes: o trabalho em relação à leitura e escrita dos alunos; o planejamento da atuação pedagógica; e a prática interdisciplinar. Impactos e resultados esperados Como impacto na realidade local, esperava-se que professores e alunos, além de conhecer bem a questão das águas em seu município, inclusive as iniciativas municipais e estaduais em curso na localidade, encontrassem formas práticas de atuar junto às comunidades para promover o melhor uso desse recurso. Foram propostos indicadores de sucesso tanto do aprendizado como de melhoria no uso da água, tais como a redução do consumo na escola e nas residências e contribuições para o controle social do uso da água. Como resultados imediatos para as escolas e os alunos, esperava-se proporcionar ainda aos educadores o domínio de uma metodologia de ensino baseada em projetos motivadores para os alunos, por meio de:
➔➔ melhor planejamento da ação pedagógica, com explicitação de objetivos, boas estratégias de ensino e de avaliação; ➔➔ maior proximidade em relação aos alunos, reconhecendo suas aspirações, seus pontos de vista e suas necessidades;
➔➔ maior domínio sobre questões socioambientais da região; ➔➔ maior domínio no uso de temas transversais de interesse dos alunos como importante forma de promover o aprendizado; ➔➔ maior domínio, por parte dos alunos, de conteúdos e competências – tanto os relacionados aos conhecimentos escolares de cada disciplina previstos pelos professores como para o desenvolvimento de projetos próprios de transformação de sua realidade, de sua comunidade. Também para esses resultados foram propostos e medidos indicadores. Metodologia O projeto Fonte da Vida baseou-se em uma metodologia desenvolvida pela Associação Educacional Labor2, pela qual associa-se teoria e prática em um trabalho vinculado à realidade dos alunos e em interface com sua comunidade. Nessa metodologia, os alunos criam projetos de intervenção na própria realidade: com orientação do professor, planejam, executam seu projeto e o avaliam, registrando cada atividade em “diários de bordo”. O professor, por sua vez, também aprende a planejar detalhadamente toda a sua atividade didática que envolve de um lado a orientação dos alunos para que aprendam a propor e redigir projetos de forma consistente, assim como executá-los com responsabilidade, registrando e avaliando suas ações, e de outro, a formulação de seu plano didático, no qual delimita temas e formas de interagir com os estudantes de modo a abordar e aprofundar partes relevantes de seu conteúdo programático relacionadas aos projetos dos alunos – o que lhes permite motivá-los para o estudo desses temas ao abordá-los tanto em seu sentido real, imediato, como em seu significado mais geral e abstrato. A maneira como o plano didático do professor se interliga aos projetos dos alunos é apresentada na representação gráfica a seguir.
2A Associação Educacional Labor é uma organização sem fins lucrativos com atuação de âmbito nacional que, desde 1991, apoia educadores de escolas públicas em suas funções pedagógicas e de gestão, para que as escolas sejam bem-sucedidas especialmente com alunos em risco de exclusão social.
Estratégia geral do projeto Numa primeira etapa, realizam-se reuniões com gestores das Secretarias de Edu-
cação nos municípios envolvidos, para a escolha das escolas nas quais o projeto será aplicado – sempre por adesão voluntária e nunca por imposição. Paralelamen-
te, é feito um levantamento das práticas de educação ambiental (EA) e da realidade ambiental na região (com foco nas águas), que auxiliará na produção de
material didático específico para o projeto – uma apostila de orientação didática e uma apostila abordando o tema dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas, em especial a do Alto Tietê. As Secretarias de Educação, por meio de seus técnicos locais, também assumem compromissos em contrapartida, como o apoio à orientação dos trabalhos e a oferta de locais para reuniões e para o evento final.
Numa segunda etapa, procede-se à formação dos professores e gestores das escolas envolvidas, com acompanhamento de técnicos dos órgãos públicos a cargo de projetos desse tipo (Secretarias de Educação, órgãos ambientais, gestores de Unidades de Conservação da região etc.). Essa etapa é realizada por meio de 3
encontros presenciais de 2 dias em imersão, em três momentos diferentes do processo. Nesses encontros, os participantes realizam tarefas criativas orientadas
presencialmente e a distância, trocando ideias na medida em que avançam no planejamento, aplicação e avaliação de suas ações junto aos estudantes. Por fim, o processo culmina em um evento final, com a apresentação dos projetos
dos alunos e das experiências dos professores, que também registram e relatam seu plano didático por meio de um “Caderno de Experiência”.
O infográfico apresentado acima sobre o Plano do Professor mostra uma síntese dessas etapas estratégicas.
Locais em que o Fonte da Vida foi aplicado Entre os anos de 2006 e 2008, o projeto foi aplicado em 3 ocasiões, abrangendo 4 subprefeituras da capital paulista (Campo Limpo, Cidade Ademar, Butantã e Pinheiros) e 4 outros municípios da Grande São Paulo (Embu das Artes, Ribeirão Pires, Taboão da Serra e Osasco). Nesses locais, atuou junto a 140 educadores de 56 escolas, além do corpo técnico de 4 Coordenadorias de Ensino da cidade de São Paulo, 4 Secretarias Municipais de Educação e 3 Diretorias de Ensino relacionadas à Secretaria Estadual de Educação.
Foram apresentados cerca de 80 projetos elaborados e aplicados pelos próprios estudantes em seu contexto de vida – na escola, em suas moradias ou em seus bairros, conforme as circunstâncias. Processo avaliativo e resultados obtidos Neste projeto, cada atividade de formação e orientação dos educadores foi sistematicamente avaliada pelos participantes sob a forma de observações, críticas e sugestões. Ao final de cada encontro, todos recebiam um questionário de avaliação a ser preenchido de forma anônima, para maior liberdade e autenticidade nas respostas. Com vistas ao aperfeiçoamento do material didático desenhado especialmente para o projeto, que poderia ser estendido a mais educadores e escolas, foi aplicado um questionário específico para sua avaliação, com ênfase nas duas apostilas – uma sobre a metodologia, outra sobre a temática da água. Nas três experiências de aplicação do projeto, o processo avaliativo foi semelhante, assim como os resultados obtidos – com poucas diferenças, relacionadas às condições de logística mais ou menos favoráveis. A título de exemplificação, apresentamos na tabela a seguir o resultado da tabulação das respostas aos 24 questionários entregues no encontro final do projeto realizado nas escolas de Campo Limpo (subprefeitura paulistana), Embu das Artes e Taboão da Serra.
Tabela 1 – Resumo das notas atribuídas pelos participantes a cada atividade – 3º Encontro, agosto/2006 1º dia – sexta-feira, dia 11/ agosto
MÉDIAS Relevância
Conteúdo
Metodol.
TOTAL
Visita à Sabesp
4,43
4,13
4,13
4,23
Acolhida e dinâmica de reencontro
4,78
4,77
4,77
4,78
Exposição dialogada sobre Contextualização
4,83
4,83
4,70
4,78
Apresentação sobre os Planos Didáticos
4,83
4,87
4,74
4,81
1º dia – sexta-feira, dia 11/ agosto
MÉDIAS Relevância
Conteúdo
Metodol.
TOTAL
Preparação da apresentação através dos “cartazes”
4,65
4,65
4,57
4,62
Apresentação dos Planos em cada miniplenária
4,57
4,65
4,22
4,48
Noite cultural
4,32
4,32
4,45
4,36
2º dia – sábado, dia 12/ agosto
MÉDIAS Relevância
Conteúdo
Metodol.
TOTAL
Observações e comentários dos docentes
4,71
4,57
4,65
4,64
Revisão e aperfeiçoamento dos Planos Didáticos
4,50
4,52
4,48
4,50
Discussão sobre avaliação e indicadores
4,75
4,61
4,52
4,63
Planejamento do encontro final
4,29
4,04
4,13
4,16
Pela tabela, pode-se ver que as atividades em geral obtiveram notas avaliativas bastante elevadas para esse tipo de instrumento, ficando em média entre 4,04 e 4,87, numa escala de 0,0 a 5,0. Portanto, o encontro e o projeto como um todo foram bem avaliados, o que foi reiterado por vários comentários dos participantes nesse sentido:
“Não tenho críticas.” “Que seja um projeto continuado, isso é muito importante: a continuidade da formação.” “O projeto está ótimo e bem estruturado.” “Gostei de tudo. Ver que realmente o projeto está funcionando.” “Tudo ok.”
Atividades com maior nota geral (numa escala de 0,0 a 5,0): 1. Apresentação sobre os Planos Didáticos (nota média = 4,81), em que foi recuperado um pouco o conteúdo da apostila de metodologia. Após a apresentação,
houve uma discussão e aplicação aos casos dos professores presentes. Vários participantes destacaram essa atividade como relevante para seu trabalho, especialmente como apoio à elaboração de projetos, o que se pode ver em algumas das frases sobre o que mais gostaram nesse segundo encontro: “O desafio de elaborar e desenvolver um projeto.” “A confecção de um projeto.” “A troca entre os professores, o embasamento teórico passado.” 2. Exposição dialogada sobre Contextualização (Relevância e conteúdo com nota média = 4,83). Não houve comentários específicos com relação a esse tema no item sobre o primeiro dia, mas vários participantes, em resposta à questão sobre “O que mais gostou neste encontro?”, responderam em geral sobre o que aprenderam no encontro: “Discussão e participação nas palestras.” “Todas as informações que pude obter no projeto Fonte da Vida.” 3. Acolhida e dinâmica de reencontro (nota média = 4,78), realizada utilizando
uma tradicional cantiga de roda baiana, que incluía abraços entre os colegas ao final. Isso foi comentado por alguns participantes, ao citarem a dinâmica como o que mais lhes agradou no segundo encontro.
Itens com menor nota (numa escala de 0,0 a 5,0): 1. Visita à estação de tratamento de água, especialmente quanto ao conteúdo e à metodologia usada pelos monitores do local (nota média = 4,13). Apesar de ter tido menor pontuação, nenhum participante colocou qualquer observação a respeito dessa visita que permitisse uma interpretação desse fato com maior clareza. 2. Planejamento do encontro final, especialmente quanto ao conteúdo (nota mé-
dia = 4,04). De fato, não houve uma hipótese inicial para esse evento para que os professores pudessem, sem indução, escolher uma proposta de sua própria autoria. Mas tratando-se de uma decisão complexa a ser tomada em pouco tem-
po por dois municípios e uma subprefeitura, teria sido mais favorável discutir-se a partir de uma sugestão inicial. Vejamos os comentários sobre isso: “O planejamento do encontro final no Taboão/Embu ficou com alguns pontos em aberto, mas a coordenação da Diretoria de Ensino deveria ter dados já estabelecidos, tendo uma orientação sobre isso.” “Achei muito confuso, principalmente nos momentos de planejar o encontro final.” “[O que menos gostei foi] A decisão do encontro final que foi desorganizada.”
3. Forma de apresentação dos planos dos professores em miniplenárias (nota média = 4,22). Como precisávamos ouvir as apresentações de cerca de 20 projetos,
dividimos a turma em duas miniplenárias, em duas salas, com exposições simultâneas, o que garantiu maior tempo de exposição para cada escola. No entanto, posteriormente, quando os docentes foram comentar os Planos acompanhados por toda a turma, houve um pouco de repetição das apresentações. Isso provocou algum cansaço, que se refletiu nas notas e comentários como: ➔➔ “O miniplenário acabou ficando muito cansativo, pois acabamos vendo duas vezes a mesma coisa.” ➔➔ “[O que menos gostei foi] A revisão das miniplenárias.”
Avaliação das apostilas Para que os professores examinassem as apostilas e trouxessem aportes para o seu aperfeiçoamento, considerou-se importante obter respostas para as seguintes questões avaliativas: “As apostilas foram lidas?” “Foram úteis?” “Para quê?” “Os conteúdos foram suficientes?” “O texto foi claro?” “Sugestões”. Com base nessas questões, foram aplicados os seguintes instrumentos de avaliação: ➔➔ Entrevistas Mútuas entre os professores – em pares, eles se entrevistaram a respeito dos conteúdos e do uso das apostilas e anotaram as respostas.
➔➔ Questionário de Autoavaliação – aplicado individualmente, de forma anônima para maior liberdade de expressão.
No caso do grupo de Embu/Taboão/Campo Limpo, ao se tabularem os resultados das entrevistas e dos questionários, pôde-se constatar que as apostilas foram em geral
bem apreciadas, consideradas claras e úteis aos professores, assim como aos alunos. Algumas sugestões feitas foram incorporadas ao material didático, gerando modificações e complementações para os próximos projetos de mesma natureza.
Análise final e conclusões De um modo geral, a troca de experiências entre professores e entre escolas de diferentes localidades foi considerada um dos pontos altos do encontro e do Projeto, conforme os comentários feitos em diferentes questões. Vários participantes apontaram o que mais lhes agradou no processo todo de capacitação: “As dinâmicas e apresentações dos colegas.” “A percepção de que os projetos individuais ou coletivos, quando agregados de valor, podem promover transformações profundas, tanto para quem executa como na comunidade, tornando cada um autor de sua realidade e modificando o meio.” “A troca de conhecimentos e novas informações dentro de cada projeto apresentado.” “Ver que realmente os projetos estão em andamento nas escolas.” “A cada dia cresce o vínculo com os professores. Foi legal ver alguns professores procurando soluções p/ os problemas de outras escolas.” “Entrar em contato e opinar sobre projetos realizados por outros educadores e vice-versa.” “A troca de experiências é sempre importante.”
Pelas respostas às questões “4. Para você, qual foi o aprendizado mais significativo, até o momento, que pode ser atribuído à sua participação no Projeto Fonte da Vida?” e “5. Outras críticas e sugestões a este Encontro”, pode-se constatar que: A O projeto é bem avaliado, no geral, especialmente devido à forma como foi encaminhado, possibilitando a participação, a inter-relação entre os participantes
e atividades práticas. Isso pode ser verificado em frases sobre o que foi mais significativo como:
“A troca de informações, de tudo o que foi apresentado.” “Aprendi e estou aprendendo muito a enxergar os alunos/pessoas como a peça fundamental do ambiente. Pois sem eles fica difícil.” “Aprendi a importância do meio ambiente na minha vida e no meu cotidiano.” “A união. Perceber que realizar um trabalho só depende de você.” “A realmente ver que temos que mudar nosso foco, olhar o outro como nos olhamos.” “O projeto está ótimo e bem estruturado.” “Gostei de tudo. Ver que realmente o projeto está funcionando.”
B As críticas e sugestões foram de teor variado, sem haver nenhum fator
de maior reincidência. A maioria não respondeu ou afirmou “Não tenho críticas”. Alguns colocaram sugestões avulsas como “Não tenho críticas, sugiro apenas que seja mais dinâmico e menos corrido, para não ficar cansativo.”
Muitas das sugestões foram para se dar continuidade ao projeto, como por exemplo: “Sugestão: que continue assim no próximo ano e com estes professores.” “Que seja um projeto continuado, é muito importante a continuidade da formação.” “Que de alguma forma os indivíduos se reencontrassem para trocar novas experiências e resultados.” “Sugiro que esse projeto não seja realizado apenas esse ano na nossa DE, mas que possa ter um acompanhamento nos anos posteriores.”
Concluindo, gostaríamos de citar ainda algumas frases dos participantes que qualificam o projeto como um todo, mostrando o alcance de alguns objetivos de mudanças em valores e procedimentos.
“[Aprendi...] Que o futuro cidadão precisa desde cedo sentir-se coautor do meio em que ele está inserido é isso. É possível proporcionando a ele momentos de: ação – reflexão – ação...” “[Aprendi a...] Trabalhar de maneira a dar oportunidade ao aluno de tornar-se protagonista.” “[Aprendi...] Um novo olhar adquirido nas questões referentes ao meio ambiente.” “[Aprendi a...] Partilhar o meu conhecimento.” “[Aprendi...] A percepção de que os projetos individuais ou coletivos, quando agregados de valor, podem promover transformações profundas, tanto para quem executa como na comunidade, tornando cada um autor de sua realidade e modificando meio.” “Parabéns à equipe AVEPEMA por realmente estar empenhada e transformar o projeto não apenas em números, mas numa realidade.”
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