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Comida de Caboco

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Empreendedor: Norte Energia - Consórcio Belo Monte Consultoria: Verthic Papel: Apoio técnico de pesquisa, realização das ações de oficina cultural, captação de fotografias e vídeos - Programação Visual, Editoração Eletrônica, Assistência Editorial. Realizado de dezembro de 2014 até julho de 2015.

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Realização: UAMÃ

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A CULINÁRIA INDÍGENA RA CITADINA DE ALTAMI A LT VO DA HA IN EIR E RIB U G N I GRANDE DO X


Realização:

Pesquisa Paulo Serpa Renan Arnault Audiovisual e design Matheus Zati Helder F Pomaro

Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

O projeto Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e da Volta Grande do Xingu tem como objetivo geral proteger e fortalecer o patrimônio cultural dos grupos indígenas da cidade de Altamira e da Volta Grande do Xingu impactado pela instalação da UHE Belo Monte, de forma a salvaguardar a produção e a transmissão de suas práticas e saberes tradicionais frente às transformações inerentes a esse processo.

Programa de Patrimonio Cultural Material e Imaterial PBA– CI da UHE Belo Monte Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

Miriam - Xipaya

Apoio:

O projeto Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e da Volta Grande do Xingu tem como objetivo geral proteger e fortalecer o patrimônio cultural dos grupos indígenas da cidade de Altamira e da Volta Grande do Xingu impactado pela instalação da UHE Belo Monte, de forma a salvaguardar a produção e a transmissão de suas práticas e saberes tradicionais frente às transformações inerentes a esse processo.

Realização:

Apoio: Programa de Patrimônio Cultural Material e Imaterial

Pesquisa Paulo Serpa Renan Arnault Audiovisual e design Matheus Zati Helder F Pomaro

Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

Programa de Patrimônio Cultural Material e Imaterial

Programa de Patrimonio Cultural Material e Imaterial PBA– CI da UHE Belo Monte Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

Xipayinha - Kuruaya


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Pesquisa Paulo Serpa Renan Arnault Audiovisual e design Matheus Zati Helder F Pomaro

Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

O projeto Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e da Volta Grande do Xingu tem como objetivo geral proteger e fortalecer o patrimônio cultural dos grupos indígenas da cidade de Altamira e da Volta Grande do Xingu impactado pela instalação da UHE Belo Monte, de forma a salvaguardar a produção e a transmissão de suas práticas e saberes tradicionais frente às transformações inerentes a esse processo.

Programa de Patrimonio Cultural Material e Imaterial PBA– CI da UHE Belo Monte Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

José Mineiro “Kaneco”- Kayapó

Apoio:

O projeto Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e da Volta Grande do Xingu tem como objetivo geral proteger e fortalecer o patrimônio cultural dos grupos indígenas da cidade de Altamira e da Volta Grande do Xingu impactado pela instalação da UHE Belo Monte, de forma a salvaguardar a produção e a transmissão de suas práticas e saberes tradicionais frente às transformações inerentes a esse processo.

Realização:

Apoio: Programa de Patrimônio Cultural Material e Imaterial

Pesquisa Paulo Serpa Renan Arnault Audiovisual e design Matheus Zati Helder F Pomaro

Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

Programa de Patrimônio Cultural Material e Imaterial

Programa de Patrimonio Cultural Material e Imaterial PBA– CI da UHE Belo Monte Fortalecimento Cultural dos Indígenas Citadinos de Altamira e Ribeirinhos da Volta Grande do Xingu

José Marialves Xipaya


Comida de Caboco

Os povos originários, segundo Nimuendaju (1948), compreendem os povos canoeiros restritos aos rios Xingu, Iriri e Curuá: Juruna e Xipaya; povos do centro da floresta: Kuruaya, Arara, Asurini e Araweté e povos dos cerrados que eventualmente exploram a mata: Kayapó do Norte. Segundo Nimuendaju, há similaridades no conjunto linguístico Tupi do Médio Xingu, já que a língua Kuruaya é tão semelhante à língua Munduruku, quanto a língua Juruna é da língua Xipaya. Além dessas características, observou Galvão (1960) que o Médio Xingu pertence à Área Cultural Tocantins-Xingu, mas também está profundamente relacionado à Área Cultural Tapajós-Madeira, onde predominam povos falantes de línguas do tronco Tupi, como os Munduruku, Parintintim, Apiaká, Piranhã, entre outros. Nesta área, que Melatti chama de Amazônia Centro-Meridional, a articulação entre os grupos presentes, pelo menos no passado, caracteriza-se pela existência de um fundo cultural comum onde a caça de cabeças não era privilégio apenas dos Munduruku, mas também dos Xipaya, Kuruaya, Arara e Parintintim. Essa prática podia estar combinada ou não com o canibalismo, outrora mantido pelos Parintintim, Apiaká, Xipaya, bem como pelos Piranhã e também pela importância simbólica do caxiri, bebida fermentada feita de mandioca, bastante evidente entre os Munduruku e Arara. Na região do Médio Xingu, a agricultura da mandioca (farinha) e o peixe desde sempre foram a base da subsistência de todos esses povos. Entretanto a caça de vários animais, a coleta de mel, de castanha-do-pará, de babaçu, aparecem também como itens fundamentais da alimentação. Comida de Caboco

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Comida de Caboco

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Raras são as informações sobre as características culturais dos Kuruaya, mas a inegável semelhança com os Munduruku mereceu observações de vários viajantes e cronistas, além da observação de Nimuendaju sobre as semelhanças linguísticas. No Médio Xingu vive também o povo Arara, que fala uma língua do tronco Karib. Até recentemente, ocupava o divisor que separa as águas que correm para o Iriri, afluente do Xingu, das que descem diretamente para o Amazonas. Entretanto, sobre esse divisor passa atualmente a Transamazônica (BR 263), o que provocou a transferência daqueles grupos que estavam ao norte para a margem sul da rodovia e exigiu grande esforço dos sertanistas da FUNAI para estabelecer o contato, dada as reações violentas dos colonos à presença indígena (cf. Teixeira Pinto, 1997). Vale ressaltar que esse povo Arara, originário da área do rio Iriri, que ocupa no presente as Terras Indígenas Arara e Cachoeira Seca, diferencia-se culturalmente do povo Arara da Volta Grande, também chamado de Arara do Maia, provavelmente um subgrupo Arara (Karib), que viveu na foz do rio Bacajá no século XIX e que se misturou com os Juruna e outros não indígenas ao longo do processo de contato interétnico. A caracterização cultural dos povos do Médio Xingu contempla também os Asurini, os Araweté e os Parakanã. Segundo Melatti, esses povos Tupi, apesar de falarem línguas da mesma família linguística (família tupi-guarani), não são uniformes culturalmente já que diferem sensivelmente, tanto no que diz respeito às tradições como no que se refere à situação de contato interétnico.


Comida de Caboco

Relação dos casamentos entre indígenas e com não-indígena (famílias cadastradas para a realocação urbana do reservatório de Belo Monte – 2011)

Indígena com não-indígena Xipaya com Xipaya Xipaya com Kuruaya Xipaya com Kayapó Xipaya com Juruna Kuruaya com Kuruaya Outros casamentos entre indígenas

Fonte: Norte Energia, 2011.

O gráfico apresenta um aspecto fundamental da constituição sociocultural dos indígenas da área urbana de Altamira: a situação disseminada de casamentos interétnicos, entre as diversas etnias indígenas de Altamira (17% dos casamentos), e principalmente entre indígenas e não-indígenas (87% dos casamentos). Esse dado expõe duas facetas da condição indígena para os grupos que têm um intenso e antigo contato com a sociedade nacional: o primeiro refere-se às perdas sofridas devido às diversas violências que sofreram, seja por serem forçados ao abandono sistemático de suas terras, o trabalho forçado, o conflito direto que muitas Comida de Caboco

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Mingaus O mingau, termo de origem tupi minga’u (‘comida que gruda’), assume um papel importante, principalmente na culinária dos Xipaya e Kuruaya e se apresenta sob variadas formas. Algumas receitas consistem simplesmente em cozinhar em água o ingrediente, que pode ser a batata-doce, o cará, o inhame, a banana-comprida, que é em seguida amassado e apurado na própria água de cozimento e ingerido com ou sem tempero. Outros são mais requintados quando feitos com peixe desfiado e bananacomprida ou quando combinam o milho verde com o leite de castanha-do-pará. Ovas, ovos e bebidas Entre os petiscos considerados mais deliciosos dessa culinária indígena estão aquelas receitas preparadas com ovas de jabuti e de curimatá. A farofa de ovas de jabuti é muito cobiçada e apreciada por todos, mas o palpar, um tipo de bolinho cozido feito à base de ovas de curimatá e farinha puba é uma iguaria exclusiva dos Xipaya. Na culinária Kuruaya destaca-se o uso dos ovos de tracajá para o preparo de receitas deliciosas como um tipo de bolo de consistência fofa ou o mujanguê (muya’ngwe) bebida cremosa, um tipo de gemada preparada com açúcar e farinha puba. Na cozinha das matriarcas as receitas rememoradas e praticadas transmitem valores, falam das raízes e das origens familiares e reforçam as relações afetivas do grupo doméstico. Tanto que as receitas apresentadas a seguir e sugeridas por elas conformam apenas uma parte dos saberes e fazeres da culinária indígena citadina e ribeirinha, mas representam os principais significados afetivos, emocionais e culturais que as lembranças, desejos e vontades não deixam desaparecer.

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CANÇÃO DO GUARIBA VERMELHO

Uã-i catá ubabá maripuquém (Você não sabe plantar minhas pimentas,) Uã-i a bagudém (Não arranque minhas pimentas.) Hê, hê, hê, hê. (imitação do canto do guariba)

Acatá itiauá aripá aripá, (Eu bebo o vinho da capeba e não fico tonto.) Cayú tiauá anaripá ripá, (Bebo o vinho do caju e fico tonto.) Curu, curu, a-uê, a-vê. (imitação do grito do guariba) (Coudreau, ([1896] 1997), p.152)


Comida de Caboco

CONDIMENTOS



Comida de Caboco

“Esse gongo a gente assa pra comer. Faz um espetinho e serve pra remédio para quem tem rachadura no pé. Espoca ele e passa no local. Só que não come mais, porque senão volta tudo de novo” (Juruna) “Ele é tirado do coco do babaçu quando mais velho e serve de alimento e come cru, come assado, frito” (Arara)

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Comida de Caboco

MUTUM NO LEITE DE CASTANHA- DO- PARA UÍTUM (Kuruaya) PAUÍ (Arara)

Ingredientes – 1 Mutum – Leite de castanha-do-pará – Óleo de cozinha – Temperos

Observações A mesma receita pode ser feita usando o jacu.

Modo de fazer O processo de preparo da carne é idêntico ao usado para preparar a galinha doméstica. A ave é despojada do fato, lavada em água quente para facilitar a retirada das penas e sapecada em fogo brando para completar a limpeza do couro. Em seguida são cortados os pedaços conforme o costume da cozinheira e esses pedaços são temperados com sal, alho, pimenta do reino e outros temperos a gosto e deixada reservada por um tempo para o tempero pegar. Depois os pedaços são refogados e fritos no óleo e acrescentada a quantidade necessária de água para cozinhar, tal com se cozinha a galinha doméstica. Quando estiver quase cozido é o momento de colocar o leite de castanha-do-pará previamente preparado (ver receita de preparo); deixar cozinhar por 15 minutos, mas sempre mexendo bem para o leite não coalhar. Comida de Caboco

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Juntos Nessa Arte Empreendedor: Editora Leya Papel: Programação Visual, , Editoração Eletrônica. Realizado em outubro de 2014.

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ano

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Manual do Professor

Arte

Juntos Nessa

volume único

iciais ental – Anos In Ensino Fundam – rricular Ar te Componente cu

i Gabriela Briosch

e e Artes da USP Comunicações de la co os Es tic la pe livros didá Artes Plásticas sora e autora de Graduada em tista visual, profes Ar . de da rsi ive esma un licenciada pela m e paradidáticos.

Cibele Lucena

sores e adora de profes , professora, form ta tis Ar useus P. m US em la o ografia pe , com atuaçã Graduada em Ge te e à educação ar à s do . lta ra vo s à cultu diversos projetos tituições dedicada participante de diversas outras ins em e P -S AM como o M

1a ed. Leya 2016


Veja reflexões complementares na AP.

Capítulo 2 • Ritmos brasileiros Você já deve ter ouvido frases como estas: “Esse músico tem ritmo!”, “Aquele casal está dançando fora de ritmo” ou “Não consigo acompanhar o ritmo dessa música”. Para você, o que é ritmo? Cite um ritmo tipicamente brasileiro. Respostas pessoais.

• •

1. Xilogravura de J. Borges retratando o músico e sanfoneiro Luiz Gonzaga. 2. Músicos tocando samba, em desenho do compositor e caricaturista Nássara (1910-1996). 3. Músicos tocando tambor e berimbau, instrumentos percussivos, em roda de capoeira. A capoeira une elementos de luta – sua origem está ligada à necessidade de defesa corporal – ao ritmo desses instrumentos e a cantos específicos.

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1.

lazyllama/ Shutterstock

Nássara

J. Borges

3.

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Núcleo

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Arte em toda parte:

manifestações da cultura brasileira

Thomaz Vita Neto/ Pulsar Imagens

Em quase todos os lugares, talvez bem perto de você, as pessoas costumam se reunir em celebrações que envolvem danças, cantos, contos, comidas, festas, rezas e orações. Essas celebrações comemoram encontros, conquistas, tradições, costumes, nascimento, morte, amor… a vida, com todas as suas belezas e desafios, formas e manifestações. • Qual das imagens mais chamou sua atenção? Por quê? • Qual delas mostra uma manifestação artística presente no seu dia a dia? • Que manifestações culturais ocorrem à sua volta durante o ano? • No lugar onde você vive há artistas populares? Que tipo de arte eles produzem? • De que manifestações artísticas você mais gosta? Pense em filmes, músicas, danças, festas que conhece e comente com os colegas e o(a) professor(a). Respostas pessoais.

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Cesar Diniz/ Pulsar Imagens Marco Ant么nio S谩/ Pulsar Imagens

Roda das Imagens

1.

2.

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Marco Antônio Sá/ Pulsar Imagens

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4. Luciano Coca/ Fotoarena

<G16_F1_ARTE1_ UNIDADE1_FOTO_4: Foto de festa com enredo>

1. Moça costurando fantasia do grupo de Maracatu Cambinda Brasileira, em Nazaré da Mata, PE, 2014. É com muito trabalho, mas também com muito prazer, que as pessoas se reúnem para preparar os cortejos do maracatu. 2. Meninas do grupo folclórico Ô de Casa fazem o Trança Fitas, na Festa do Divino Espírito Santo, m São Luiz do Paraitinga, SP. 2013 3. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Fusce rhoncus, nunc at ornare bibendum, enim dolor adipiscing augue, et auctor neque nisi viverra nibh. Sed malesuada sollicitudin arcu. 4. Em São Luiz de Paraitinga, integrantes de grupos de Congada se apresentam durante as comemorações da Festa do Divino Espírito Santo (interior de Sâo Paulo, 2014

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Capítulo 3 • Arte popular Veja reflexões complementares na AP.

Muito provavelmente você já visitou uma feira de artesanato e teve a oportunidade de ver expostas esculturas, pinturas e outros objetos. Ou então descansou em uma rede feita artesanalmente, admirou um boneco usado em alguma festa… Nas quadrilhas, nas Folias, nos Reisados, no Carnaval o povo também imprime sua marca, sua arte. Muitos desses objetos fazem parte da arte popular, como você vai descobrir neste capítulo. • Onde mais podemos ver a arte popular? • Quem são os produtores da arte popular? 1.

2.

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Marco Antônio Sá/ Pulsar Imagens

Marco Antônio Sá/ Pulsar Imagens


1. Mulher enfeitando de lantejoulas uma vestimenta de Maracatu, em Nazaré da Mata, PE, 2014. Nos bastidores de todas as festas populares existe um grande número de pessoas que dividem tarefas, preparativos, responsabilidades, fazeres e conhecimentos. 2. Participante do grupo de Maracatu usa vestimenta toda bordada de lantejoulas. Em Nazaré da Mata. PE. 3. Cerâmica produzida pelos artesãos da Associação de Artesãos de Santana do Araçuaí, Vale do Jequitinhonha, Ponto dos Volantes, MG. 2007. 4. Artesã produzindo renda de bilro em Lagoa Conceição, SC, 2013. Esta técnica de origem europeia se difundiu pelas regiões litorâneas brasileiras, sobretudo em Santa Catarina e alguns estados do Nordeste.

3.

Edson Sato/ Pulsar Imagens

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Gerson Gerloff/ Pulsar Imagens

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Teatro, a arte de narrar histórias pelos atores e com diálogo O teatro é uma linguagem artística que acontece através da arte do(a) ator/ atriz. É ele(a), com sua presença, sua expressão e suas palavras, vai nos apresentando uma história, de maneira que a sentimos como viva diante de nós. O diálogo entre os atores é uma das formas poderosas que essa linguagem artística tem de nos convencer e nos fazer viver emoções relacionadas àquela história que se apresenta. Para apresentarem a história, em geral os atores seguem um texto escrito, que eles memorizam. A fala do ator transmite esse texto escrito. Quando não há um texto escrito, apenas uma ideia do que a história quer mostrar, ocorre o que se chama de “teatro de improviso” ou improvisação. Existem também formas que combinam o texto memorizado com a improvisação dos atores. Além disso, chamamos de “diálogo” a conversação entres duas pessoas, e de “monólogo” a fala de um só ator. Os textos de teatro mais antigos que chegaram até nós foram escritos na Grécia antiga. E os gêneros teatrais que conhecemos ainda hoje – tragédia, comédia, sátira – foram também estabelecidos naquela época. Cada gênero tinha então estilos e funções bem definidas: transmitir valores morais, divertir ou satirizar políticos e governantes etc. Tudo pode ser fonte de inspiração para o teatro, o texto teatral – situações do cotidiano, fatos históricos, fantasias, lendas e mitos. E como você já viu anteriormente, também existem a mímica, a arte do teatro com o corpo, sem palavras; a arte do palhaço, que não deixa de ter relações com o teatro; as improvisações do teatro de rua, a dança-teatro e uma série de combinações de linguagens artísticas. Hoje em dia, é grande a liberdade dos artistas para criar suas peças, intervenções, performances, mesclando todos os estilos.

1. Você conhece alguma história de teatro, já viu alguma história ser interpretada no teatro? 2. Você já leu alguma peça de teatro?

Respostas pessoais.

3. Você já viu algum filme ou novela baseada em peça de teatro?

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Exposição de diálogos Ao final da atividade anterior, a classe deve ter acumulado várias pequenas cenas teatrais. Vamos fazer uma exposição dessas cenas, desses diálogos. Para complementar a exposição, seria interessante uma apresentação desses diálogos. Organize a apresentação com seus colegas.

Conexões Site • Grupo Sobrevento – Premiado grupo teatral brasileiro, formado em 1986, que se dedica à pesquisa de animação de bonecos, e cujos espetáculos mesclam vários elementos. O site traz fotos, materiais técnicos, e toda a história do grupo. Disponível em: <www.sobrevento.com.br/>. Acesso em: 24 abr. 2014.

Livro • O cavalinho azul e outras peças, de Maria Clara Machado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. Maria Clara Machado (1921-2001) é uma importante escritora e dramaturga brasileira, autora de várias peças infantis e fundadora do Teatro Tablado, celeiro de atores, no Rio de Janeiro.

CD • Os Saltimbancos, de Chico Buarque. Brasil, Universal Music, 1996. O CD traz as treze faixas com as músicas do espetáculo teatral de mesmo nome. Existe também a obra em livro, com a história completa.

Vamos pensar no que aprendemos neste capítulo? Copie no caderno os itens para os quais sua resposta for SIM. Converse com os colegas e com o(a) professor(a) sobre os itens para os quais sua resposta for NÃO. • Eu já sei que o teatro narra histórias que podem ser muito antigas. • Eu já sei que peças de teatro também são um gênero de textos escritos. • Eu já sei que roteiros de cinema e de novela podem ser baseados em peças de teatro.

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PNLD 2017 Empreendedor: Editora Leya Papel: Diagramação de provas e fechamento.

Capítulo

8

Resenha crítica

O. LIVRO. NO LIVR A NO REVA ESCREV NÃO ESC NÃO

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Leitura 1

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cultural a ver a programação tar jornais e revistas par a etc.? em cin Você costuma consul s, çõe de teatro, exposi shows musicais, peças ente ralm ge is ana de sua cidade, como sem publicações diárias e nas e qu o vad ser ob em geral. Você já deve ter ada às artes e ao lazer os ou uma página dedic ê vai ler voc e qu to há suplementos, cadern tex o mação cultural que gra pro de ões seç s ssa informações e coFoi em uma de uma resenha crítica com de se taTra . ado u blic a seguir foi pu e esse filme? Já assisti ção Rio. Você conhec ma ani de e film o re mentários sob ou ouviu falar?

Que coisa mais cheia

de graça

s conios rivais apostam na ano em que os estúd um em e, – do ori Rio é alegre e col la originalidade tinuações, ganha pe

a característica do travescência tem sido um es pequena, e agora ant balho de Saldanha na corrência, ameacon a a diri cada vez maior (e, mação Blue Sky. Não çadora), produtora de ani que esse tom brejeiro, surpreende, também, exímias sequências de carregado à frente por do em asa-delta, uma hoa bal ação – um voo ata moto por entre as vieatordoante corrida de apropriadamente apolas de uma favela, um al no Sambódromo nav teótico desfile de Car

CREDITO

1), o novo deseRio (Estados Unidos, 201 Saldanha, que estreia nho do diretor Carlos com uma explosão nesta sexta-feira, começa o: uma coreografia ent de cor, música e movim por centenas de a zad oni vertiginosa protag uriantes das encospássaros nas matas lux trilha encomendada tas cariocas, ao som da de a década de des a Sergio Mendes, que iros nos Estados sile bra os 1960 compõe ritm a surpresa; essa eferUnidos. Até aí, nenhum

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–, se mantenha sem descanso nem esforço aparente durante todos os 96 minutos de projeção: esse é outro talento marcante do animador carioca radicado nos Estados Unidos. Da mesma forma que o são a meiguice dos personagens e o despojamento com que ele abdica de ironia pop ou de mensagens complicadas (hoje, as vertentes de tratamento dominantes entre os desenhos) para fazer um filme capaz de divertir e estimular, sem apelos excessivos à precocidade, as crianças. O elemento de fato inesperado de Rio é o equilíbrio que ele alcança entre seus ponexíguo Muito pequeno. crível Em que se pode acreditar, crer.

BLUE SKY STUDIOS/ TWENTIETH CENTURY FOX ANIMATION/ ALBUM/ LATINSTOCK

ornitólogo Estudioso das aves.

tos de vista: este é, sem dúvida, aquele Rio de Janeiro que deslumbra os estrangeiros com a exuberância, os biquínis minúsculos (a pedido do estúdio Fox, eles são aqui menos exíguos que na realidade) e a disposição caprichosa entre as coroas de montanhas e o mar. E é também um Rio de Janeiro crível (menos aquele lado mostrado em Tropa de Elite, é evidente) para o espectador nativo: do ornitólogo dublado na versão original e na nacional por Rodrigo Santoro a um segurança brutamontes, do tucano que morre de medo de sua mulher espevitada a um bandido do morro, os personagens aqui têm cara, jeito, fala e atitude de carioca. O público estrangeiro provavelmente não se dará conta disso; para o público brasileiro, é um alívio constatar que este passeio não é só para turistas.

Cena do filme Rio (2011), direção de Carlos Saldanha.

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Capítulo 8 | Resenha crítica ARTE

NÃO ESCREVA NO LIVRO.

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NÃO ESCREVA NO LIVRO.


Essa combinação feliz de olhares distintos sobre o Rio decorre do arranjo da história. Blu (na dublagem, com a voz de Gustavo Pereira), um macho de ararinha-azul, foi capturado ainda bebê, antes de aprender a voar, e despachado para o gelado interior americano do estado de Minnesota. Lá, ganhou uma dona adorável, Linda (Sylvia Salustti), que o criou e não se separa dele – porque Linda, em que pesem seus encantos, é uma tímida dona de livraria e não parece ter muitos amigos ou namorados. Blu cresceu, assim, preso ao chão. Nunca bateu as asas, adora chocolate quente com marshmallow e é um tantinho neurótico, como o são as pessoas (pássaros, vá lá, embora em desenhos a distinção seja irrelevante) que vivem confinadas. Mas eis que a oportunidade de alargar os horizontes bate à porta: Túlio, um ornitólogo brasileiro, visita Linda para anunciar que Blu é talvez o último macho de sua espécie – e que ele está de posse da provável última fêmea, Jade (Adriana Torres), o que parece constituir um convite irrecusável a que se combine um encontro e se perpetue a espécie. Cheios de trepidação, Blu e Linda desembarcam no Rio. Onde, como não poderia deixar de ser, tudo dá errado. Jade não vai com a cara de Blu; eles são raptados, acorrentados um ao outro e perseguidos por contrabandistas de espécies silvestres que, sediados na favela, se aproveitam de um garotinho órfão para executar seus roubos. Macacos malandros, que vivem de furtar joias de turistas distraídos, se intrometem na bagunça; Linda e Túlio, desesperados – e já meio apaixonados –, correm para lá e para cá sem saber o que fazer; e uma cacatua australiana (Guilherme Briggs) de maus bofes usa sua inteligência maléfica para prejudicar os pássaros mais bonitos do que ela. Tanta é a graça de Rio que ele corre o risco de parecer mais simples ou ligeiro do que realmente é. Mas basta prestar atenção no desvelo com que o bairro de Santa Teresa é retratado, ou no detalhe dos chinelinhos e regata da seleção do garotinho, para perceber que aqui há afeição real, traduzida em competência artística. No ano em que tanto a Pixar como a DreamWorks decidiram investir em continuações (Carros 2 e Kung Fu Panda 2, respectivamente), Saldanha encontrou a originalidade no mais óbvio: uma homenagem à sua cidade.

FOX FILMES

Filme

Rio Direção de Carlos Saldanha. Estados Unidos: Blue Sky Studios; 20th Century Fox, 2011. A animação 3D conta a história de Blu, uma arara-azul macho que vivia nos Estados Unidos, criado por Linda, com quem tem um forte laço afetivo. Linda e Blu partem para o Rio de Janeiro para que ele possa se acasalar com a única fêmea de sua espécie. Mas Jade, a arara fêmea, que tem um espírito livre e detesta ficar engaiolada, bate de frente com Blu assim que o conhece. Juntos, eles vão enfrentar muitos perigos e viver uma grande aventura na cidade maravilhosa.

BLUE SKY STUDIOS/ TWENTIETH CENTURY FOX ANIMATION/ ALBUM/ LATINSTOCK

desvelo Cuidado extremo, dedicação.

BOSCOV, Isabela. Revista Veja São Paulo. São Paulo, 6 abr. 2011. p. 126-127

Fatos da língua A palavra ornitólogo é formada pelos radicais gregos ornito + logo. Ornito significa “pássaro, ave”; logo, derivado de logia, significa “estudioso”. Portanto, ornitólogo é o especialista, estudioso das aves. É também conhecido como ornitologista.

Nossa REVISTA (II) | Projeto 2

NÃO ESCREVA NO LIVRO.

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1. Inicialmente, a crítica se volta para os efeitos de cor, música e movimento, considerados fundamentais para descrever um filme de animação. De acordo com a autora do texto, esses efeitos são bem construídos nesse filme.

Para entender o texto

2. A crítica é extremamente favorável à animação e ressalta elementos considerados positivos. Professor, é importante que os alunos percebam que o texto é produzido com a finalidade de divulgar o filme Rio.

1. A resenha crítica “Que coisa mais cheia de graça” faz comentários a respeito da

animação Rio. Quais são os primeiros elementos do filme para os quais a autora chama a atenção? 2. A crítica desenvolvida ao longo do texto é favorável ou desfavorável ao filme?

3. São destacados a trilha sonora e episódios como o voo de asa-delta das personagens, uma corrida de moto na favela e o desfile de Carnaval no Sambódromo, mesmo não sendo surpreendentes.

3. Quais aspectos do filme são ressaltados pela autora, mesmo que, segundo ela,

não sejam surpreendentes? • De acordo com o texto, por que esses elementos não são surpreendentes?

3. Professor, considera-se que a ocorrência mais representativa seja o trecho “centenas de pássaros nas matas luxuriantes das encostas cariocas”. Outras respostas podem ser aceitas, desde que transmitam intencionalmente o mesmo efeito de brasilidade. 4. Após levantar diferentes aspectos do filme, a crítica finalmente chama a atenção para o aspecto no qual residiria a grande surpresa da animação: trata-se do equilíbrio entre pontos de vista. Segundo a autora, o filme consegue recuperar o Rio de Janeiro visto pelos estrangeiros, mas sem permanecer nos estereótipos; o filme parece crível também para os brasileiros (conforme é explicitado pelo trecho “Este passeio não é só para turistas”). Professor, é interessante discutir com a turma a noção de estereótipo, partindo da própria caracterização do Rio de Janeiro e dos costumes brasileiros presentes no filme. Os alunos podem observar de que modo o Brasil é visto por olhares estrangeiros e discutir se essa imagem corresponde à realidade. Outros exemplos de estereótipos podem ser levantados, encaminhando uma discussão sobre preconceito e respeito às diferenças. 5. Sim. A autora reserva alguns parágrafos para fazer uma sinopse da história. O objetivo é promover a divulgação do filme e despertar o interesse do público. Esse recurso é muito comum em textos que tratam de programações culturais.

Porque são características marcantes e já conhecidas do diretor do filme, Carlos Saldanha.

3. Extraia do texto um trecho intencionalmente criado para reproduzir o espírito de

brasilidade presente na animação Rio. 4. Segundo a autora, onde reside a efetiva surpresa do filme Rio? Esse aspecto, de

acordo com o texto, é positivo ou negativo? 5. O texto conta brevemente alguma passagem do filme? Em caso afirmativo, por

que você acha que isso ocorre? 6. Você conhece outros desenhos animados que tenham o Brasil como cenário

principal? Quais?

As palavras no contexto 1. Pesquise no dicionário o significado dos seguintes adjetivos, utilizados no texto

“Que coisa mais cheia de graça” para caracterizar o filme Rio. vertiginosas – brejeiro – luxuriante – exímia – atabalhoado •

Releia os trechos em que essas palavras aparecem e escreva no caderno o significado delas nesse contexto.

2. O sentido com que essas palavras foram empregadas no texto já se encontram

1. Respostas possíveis: vertiginoso – que provoca vertigens; que gira ou corre com muita rapidez ou intensidade; brejeiro – malicioso, galanteador, malandro; luxuriante – exuberante; exímio – talentoso, habilidoso, excelente naquilo que faz; atabalhoado – atrapalhado.

registrados nos dicionários?

Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos percebam que sim.

3. Como se trata de um texto sobre cinema, alguns termos são próprios do univer-

3. Professor, espera-se que os alunos percebam que, mesmo não sabendo o significado de um termo, por comparação de sentidos com termos já conhecidos e pelas construções frasais, é possível deduzir ou construir o sentido. No caso da crítica sobre Rio, é provável que não haja termos de difícil compreensão. Algumas palavras e expressões que podem ser identificadas como pertencentes ao campo semântico cinematográfico são: coreografia, trilha (sonora), animação, animador, sequências de ação.

192

Resposta pessoal. Professor, os alunos podem realizar uma pesquisa na Internet para encontrar comentários sobre filmes e até mesmo trechos de animações em que a história se passa no Brasil.

so cinematográfico. Localize os termos que você acha que fazem parte desse universo e releia os trechos em que eles foram empregados. Pelo próprio texto (sem recorrer ao dicionário), é possível deduzir o sentido desses termos específicos? Na sua opinião, por que isso ocorre? BLUE SKY STUDIOS/ TWENTIETH CENTURY FOX ANIMATION/ ALBUM/ LATINSTOCK

Capítulo 8 | Resenha crítica ARTE

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18/05/2015 / P2 NÃO ESCREVA NO LIVRO.


Leitura 2 O texto que você vai ler a seguir analisa um grande sucesso da literatura infantojuvenil, uma série literária de aventuras fantásticas, com sete livros publicados, que também foi transportada para as telas do cinema. Você já leu algum livro ou assistiu a um filme do Harry Potter? Qual? Trata-se de uma crítica mais ampla sobre a relação do público com o universo mágico das histórias vividas por essa personagem, e não sobre um filme ou livro específico. O texto foi publicado na revista Carta Capital na Escola.

Geração Harry Potter dos seus 20 anos, que nasceram em torno da década de 1990 e pegaram a onda quando chegavam à puberdade ou no começo da adolescência. Em razão de que outras marcas ideológicas entraram em declínio, tornou-se comum as pessoas se referenciarem e identificarem na condição de consumidoras de certas obras literárias. O universo que J.K. Rowling criou é sem dúvida uma delas, mas esse fenômeno é partilhado por fãs, até então mais velhos, de sagas como Star Trek, O Senhor dos Anéis ou Star Wars, a galáxia distante de George Lucas. As crianças que celebrizaram o bruxinho de Rowling, além de habitar esse complexo reino mágico, o WARNER BROS/COURTESY EVERETT COLLECTION/ EVERETT COLLECTION/ LATINSTOCK

O observador desavisado pode pensar o fenômeno Harry Potter apenas como um investimento bilionário da indústria cultural. De fato foi, mas só depois de ter trilhado um caminho solitário, com tropeços e sem outro incentivo que não o de ter tocado o coração dos seus primeiros leitores. Foi na base de uma difusão boca a boca que esse livro, de uma autora estreante, conseguiu seus pequenos admiradores. Claro, depois da história se provar viável, a mídia investiu forte e fez dela o que é: marco literário da ficção para jovens. Podemos inclusive falar que existe uma “geração Harry Potter”. São jovens que estão hoje ao redor

Cena do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (2011), dirigido por David Yates.

NÃO ESCREVA NO LIVRO.

Nossa REVISTA (II) | Projeto 2

193


ULLSTEIN BILD/ GLOW IMAGES

acompanharam enquanto ele nascia, com cada livro e filme aguardados ansiosamente. Ou seja, trata-se de uma geração e uma série que cresceram juntas. Mas o que podemos aprender com o fenômeno Harry Potter? Se ele realmente fez eco em tantos é impossível que não traduza questões que estão postas para esses jovens. Uma resposta para esse encontro feliz entre obra e geração está no mais óbvio: a busca da magia, mas entender o que significa essa magia é algo que requer um esforço a mais. Max Weber notava que a marca mais forte da modernidade foi o desencantamento do mundo, no sentido do pensamento mágico que revestia o cotidiano, a cultura e o raciocínio dos antepassados. O declínio das religiões e o avanço do pensamento científico reposicionaram o ser humano ante o cosmo. Mas, infelizmente, as promessas do iluminismo, da ciência, da razão, falharam.

Max Weber (1864-1920): pensador alemão influente nas discussões sobre a sociedade; segundo ele, as ideias e os valores são capazes de provocar transformações sociais.

Espaço Mágico Acreditávamos num mundo racional, no qual, graças ao avanço das ciências, as paixões humanas perniciosas estariam dominadas, mas o que realmente vivemos foram duas guerras mundiais que devastaram a Europa, supostamente o lugar mais avançado. Acrescente-se a isso Hiroshima, Auschwitz, totalitarismos e a Guerra Fria, com sua possibilidade de um desastre nuclear em que todos perderiam. O século XX é um cemitério de promessas, como então seguir confiando em tais ideais? Assim, o apelo ao mágico dessa série ganha contornos de uma crítica nostálgica ao nosso tempo. A sobrevivência da barbárie tornou inegável que ainda existem fatos obscuros nos seres humanos e na sociedade, que a ciência e a razão não conseguem explicar suficientemente. Representando uma forma lúdica de lidar com esse lado sombrio, a literatura nos restou como o único espaço possível da magia. idílico: Fantasioso.

194

Acompanhando os acontecimentos do mundo dos bruxos e as batalhas de Potter, fica claro que Rowling está em busca de circunscrever o mal. Afinal, uma das questões que estão em aberto é sobre a essência do mal. O que ele seria? Como entendê-lo e, principalmente, como contê-lo? Haja feitiços suficientes para neutralizar e tentar reparar um século tão trágico como o XX! Especialmente no Brasil, temos uma dificuldade com a ficção de inspiração mágica. Nossa literatura é essencialmente realista, com poucas exceções, e nosso pensamento político lhe faz eco. A ideia de fundo é: como, com tantos problemas sociais, poderíamos reforçar o pensamento mágico, já que este nos afastaria da nossa difícil realidade? Por sorte os jovens não aceitaram essa prevenção absurda, que não capta a essência das possibilidades da fantasia. O mundo fantástico permite outra forma de apreensão da realidade e não um afastamento. Quem imagina o mundo encantado de Rowling como refúgio idílico onde encontraremos as

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Capítulo 8 | Resenha crítica ARTE

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MARTINS FONTES

Resenha II – O senhor dos anéis: a sociedade do anel A sociedade do anel é a primeira parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. R. Tolkien, O senhor dos anéis. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa e diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes. Nas palavras do romancista Richard Hughes, “quanto à amplitude imaginativa, a obra praticamente não tem paralelos e é quase igualmente notável na sua vividez e na habilidade narrativa, que mantêm o leitor preso página após página”. Tolkien criou em O senhor dos anéis uma nova mitologia, num mundo inventado que demonstrou possuir um poder de atração atemporal. In: TOLKIEN, J. R. R. O senhor dos anéis: a sociedade do anel. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Orelha da capa.

1. Pesquise resenhas críticas em jornais, revistas e catálogos de editoras e escolha

algumas para ler. Em geral, nos órgãos de imprensa esses textos aparecem nas seções dedicadas às artes e aos espetáculos. Verifique como o texto é organizado, sua extensão, que tipo de informação é apresentado sobre a obra, o que as resenhas têm em comum. 2. Tendo como base as resenhas que você analisou, elabore uma resenha crítica

para um filme escolhido pela turma, que pode ser exibido numa sessão de cinema na sala de aula. 3. Compare sua resenha com as de seus colegas para verificar quais aspectos do

filme foram analisados. 4. Em seguida, com a ajuda do professor, produzam coletivamente uma única re-

senha crítica do filme, a partir dos pontos comuns entre as resenhas de todos os alunos.

1. Professor, auxilie os alunos, selecionando resenhas para leitura e análise coletiva. Questione-os sobre aspectos como objetivos do texto, estrutura, linguagem (nível de formalidade, recursos linguísticos, classes de palavras que mais aparecem e suas funções discursivas – o adjetivo, por exemplo), destacando, com eles, as principais características do gênero, seus elementos objetivos e subjetivos. 4. Professor, esta produção coletiva é mais uma oportunidade para acertar eventuais dificuldades dos alunos quanto à caracterização e à organização de textos argumentativos trabalhados neste volume.

Para ir mais longe 1. Conversem coletivamente sobre os gêneros de filmes preferidos pela turma. O

professor vai anotá-los na lousa, organizando um quadro com as informações. Em seguida, indiquem exemplos de filmes pertencentes a esses gêneros, ampliando o quadro de anotações. 2. Vocês podem escrever resenhas breves para indicar os filmes listados para os

colegas e também podem publicá-las no blog da turma. 3. Com base nessa lista de gêneros de filme, façam uma enquete com pessoas

próximas (familiares, amigos, vizinhos, conhecidos etc.) e registrem quais são os gêneros de filmes que as pessoas preferem.

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NÃO ESCREVA NO LIVRO.

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18/05/2015 / P2

213


Etnológica Empreendedor: Etnológica Papel: Desenvolvimento de Template em word. para padrão de relatórios e mapa síntese de pesquisa.



REFERÊNCIAS CULTURAIS DA POPULAÇÃO NEGRA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Etapa 2 Fevereiro de 2015


Sumário 1. Apresentação

02

2. Resultados

07

2.1. Mapa das Referências Culturais da População Negra em São José dos Campos

12

2.2. Fichas das Referências Culturais da População Negra em São José dos Campos

15

2.3. Referências Culturais Inativas e/ou de Qualificação Complexa

22

3. Análise dos Resultados e Sugestões Técnicas

25

4. Bibliografia utilizada

33

1


1. Apresentação

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ebisim ent ex et venitae ptatem quam sin comnis non cores quat aut inum unt, sum aut quia velignatur reptas de nitam iur repudan debitio. Nem essi tempori aborro comnis ides vent aut aut aut qui acepro eatemqui utati re vendia nist, sit, temporuptat volores ium de eritaquo cum, utet ent. Icae. Itatio. Nam, temperumquo eatempeles alis antes vellis eum evendae rchilignatur soluptat volorro endit laut aut laut qui dis praestore re sit lam hari restium a nat eribusc iantint quatio consecto qui ut audae et occullo ribus, qui rem ent voloratam invel iur?

Aquae Qui cum rata

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2


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5


CAPOEIRA

Mestre Saci tocando berimbau

Atabaques da academia Besouro Mangangá

Espaço da academia Besouro Mangangá

A capoeira é uma prática que mistura esporte, arte, dança e música. No século XX, configuraram-se duas maneiras distintas de jogá-la: a denominada “capoeira Angola” e a chamada “Capoeira Regional”. A difusão de cada uma dessas modalidades é atribuída à influência decisiva de um mestre: respectivamente, Mestre Pastinha e Mestre Bimba. O aprendizado da capoeira envolve principalmente a “transmissão oral de suas práticas, rituais e herança cultural” (IPHAN, 2008a). A dinâmica desta iniciação é centrada na relação entre o mestre e seu discípulo, mediada pela roda de capoeira. Na roda “se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e os rituais de herança africana – notadamente banto – recriados no Brasil” (IPHAN, 2008b). Entre os principais movimentos corporais desta prática encontram-se a ‘ginga’, o ‘aú’, a ‘benção’, o ‘martelo’ e a ‘armada’. Tanto os toques de berimbau como os cânticos entoados durante a execução de uma roda têm como função ditar o ritmo do jogo e marcar o início, o revezamento e o seu final. Entre os toques de berimbau podem ser citados o ‘São Bento Grande’, o ‘São Bento Pequeno’, o ‘Angola’ e o ‘Cavalaria’. Os tipos de cânticos podem ser diferenciados em ‘ladainha’, ‘chulas’ e ‘corridos’. Os instrumentos utilizados durante a roda de capoeira são o berimbau, o atabaque, o pandeiro, o agogô e o reco-reco. LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO:Campos dos Alemães, Chácaras Reunidas, Jardim Motorama, Jardim Paulista, Jardim Portugal, Jardim Santa Inês I, Jardim Santo Onofre, Jardim São Dimas, Parque Novo Horizonte, Vila Nova São José e Vila Tatetuba.

10


MESTRES ENTREVISTADOS

Mestre Lobão

NOME

Sidney Aparecido dos Reis

IDADE

43 anos (1971)

NATURALIDADE

São José dos Campos

PROFISSÃO

Educador físico

GRUPO

Escola de Capoeira Angola Raiz Negra

Mestre Saci iniciou a prática de capoeira aos 14 anos, em São José dos Campos, como aluno de Mestre Lobão, aprendendo a capoeira contemporânea. No início dos COMO APRENDEU O OFÍCIO

anos 90, por volta de 1989, 1991, teve contato com a capoeira angola por meio do Mestre Claudio, Mestre Renê e Mestre Paulo dos Anjos, que eram angoleiros, e aí começou a seguir essa vertente. Foi para a Bahia para se especializar, permanecendo por nove meses. De 2000 para cá dedica-se exclusivamente à capoeira angola.

Telefone:(12) 9768.15.20 CONTATOS

e-mail: sacisjc@hotmail.com

11


RIMA Comperj Empreendedor: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS Consultoria: Mineral Engenharia e Meio Ambiente Papel: Programação Visual - Restrita, Editoração Eletrônica, Orientação ao corpo técnico em como proceder com revisões e acabamento de conteúdo do material gráfico. Realizado em maio de 2012.


RIMA

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL E UNIDADE DE ÓLEOS BÁSICOS E LUBRIFICANTES - COMPERJ


RIMA

Apresentação

APRESENTAÇÃO

4

Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) apresenta os principais temas tratados no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a Implantação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e da Unidade de Produção de Lubrificantes (ULUB), dentro do Complexo Petroquímico de Rio de Janeiro (COMPERJ), localizado no munícipio de Itaboraí, com o objetivo de divulgar o empreendimento a todos os interessados e possibilitar uma discussão abrangente para o seu licenciamento ambiental. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) é um complexo industrial destinado ao refino de petróleo e à produção de petroquímicos básicos e resinas plásticas e as instalações do COMPERJ já foram licenciadas junto ao órgão ambiental do Rio de Janeiro. O COMPERJ receberá gás natural proveniente da camada Pré-Sal da Bacia de Santos que será processado na UPGN, já a matéria prima (UCO) para produção dos óleos básicos lubrificantes será proveniente de unidade já licenciada do COMPERJ. Os produtos que serão gerados na UPGN (gás natural processado, etano, GLP e C5+) e na ULUB (óleos lubrificantes, gás combustível, nafta e diesel) poderão ser direcionados ao mercado consumidor, utilizados como combustível ou direcionados como matéria-prima para as unidades petroquímicas que serão instaladas dentro o COMPERJ. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) possibilitou identificar quais serão os impactos decorrentes do empreendimento e como tratá-los com a adoção de medidas e programas ambientais adequados, de forma que as unidades possam ser instaladas e operadas sem causar problemas na região. Este documento foi elaborado de acordo com a Instrução Técnica do INEA (IT CEAM Nº 09/2012), que é o órgão responsável pelo licenciamento de empreendimentos que estejam localizados no estado do Rio de Janeiro e que possam afetar o meio ambiente.


INFORMAÇÕES GERAIS

Razão Social:

PETRÓLEO BRASILEIRO S.A - PETROBRAS

Endereço:

Avenida República do Chile, 65 - 19º andar - Centro - Rio de Janeiro / RJ - 20.031-912

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EIA/RIMA Razão Social:

MINERAL ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA

Endereço:

Rua Mourato Coelho, 90, cj 21 – São Paulo – SP

CEP:

05417-000

Telefone/Fax:

Tel/Fax: (11) 3085-5665

E-mail:

mineral@mineral.eng.br

Cadastro Técnico IBAMA

Nº 52869 - validade: 12/06/2012

Apresentação

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

5


RIMA PROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA OPERAÇÃO O Programa de Monitoramento e Controle da Operação é composto pelos seguintes Planos:

Programas e planos

J Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

44

O PGRS tem como objetivo garantir a manutenção da qualidade ambiental durante as atividades de operação da UPGN e ULUB, mediante implantação de controles operacionais que assegurem as responsabilidades para uma adequada gestão de resíduos, levando em conta as atividades de geração, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte, reciclagem/reutilização/recuperação, tratamento e destinação dos resíduos.

J Plano de Gerenciamento de Efluentes O Plano se justifica para que sejam tomados os devidos cuidados na disposição dos efluentes sanitários e industriais gerados durante a operação da UPGN e ULUB, e tem como objetivo principal garantir que os efluentes líquidos gerados sejam descartados dentro dos padrões legais e de forma a não impactar o meio ambiente.

J Plano de Monitoramento das Emissões Atmosféricas O objetivo geral deste Plano é implementar um sistema de gestão e supervisão ambiental para monitorar continuamente as emissões atmosféricas provenientes da combustão nos fornos da ULUB, bem como o cumprimento da legislação ambiental vigente em todos os âmbitos quanto às emissões atmosféricas e à qualidade do ar.

J Programa de Gerenciamento de Risco O objetivo geral deste PGR é a prevenção de riscos por meio do gerenciamento de riscos, dado sob a forma de um sistema de gestão, ao quais os trabalhadores devem se submeter. Também constitui objetivo deste PGR a identificação antecipada e controle dos riscos, o preparo e treinamento dos trabalhadores para precauções contra os riscos durante a operação das unidades.

J Plano de Ação de Emergência O PAE tem como objetivo principal estabelecer os procedimentos técnicos e administrativos a serem seguidos quando da ocorrência de emergências durante a operação das unidades, para atuações rápidas e eficazes, visando fornecer segurança às comunidades circunvizinhas.


CONCLUSÃO As medidas e ações recomendadas para maximizar os impactos positivos, minimizar os impactos negativos identificados para a Implantação das unidades UPGN e ULUB, as quais foram consolidadas no Programa de Gestão Ambiental, são mecanismos eficientes que manterão um elevado padrão de qualidade socioambiental para a instalação e operação do empreendimento.

Conclusão

Desse modo, a Implantação de uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e uma Unidade de Produção de Lubrificantes (ULUB), dentro do COMPERJ pode ser considerada como viável em termos técnico, social e ambiental.

45


RIMA Raízen Empreendedor: Raízen Paraguaçu S.A. Consultoria: Mineral Engenharia e Meio Ambiente Papel: Programação Visual - Restrita, Editoração Eletrônica, Orientação ao corpo técnico em como proceder com revisões e acabamento de conteúdo do material gráfico. Realizado em julho de 2012.

Imagens para fins de portifolio - textos não consolidados nem imagens finais.


Índice Identificação do Empreendedor

Apresentação

Áreas de Influência

2 Caracterização do Empreendimento

3 Diagnóstico Ambiental

8 Meio Físico

t

11 Meio Biótico

26 Meio Socioeconômico

38 Programas Ambientais

Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais

48 Conclusão

64

26

52 Equipe Técnica

67

68 RIMA

\\ \\

1 | 70


Apresentação 1

A legislação ambiental do Brasil determina que atividades modificadoras do meio ambiente, como instalação e ampliação de Usinas de Açúcar e Etanol, sejam avaliadas ambientalmente através de um Estudo de Impacto Ambiental – EIA que é um documento técnico contendo informações sobre as atividades, as consequências da sua implantação, as medidas previstas para redução dos impactos negativos e o aumento dos impactos positivos. Esse estudo foi elaborado de acordo com o que determina o Parecer Técnico nº 30/12/IE, emitido em 07 de fevereiro de 2012 pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, órgão responsável pelo licenciamento de atividades que podem afetar o meio ambiente e a população no Estado de São Paulo. O presente Relatório de Impacto Ambiental - RIMA é um resumo do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e deve ser

2 | 70

\\ \\

RIMA

2

exposto de forma objetiva e de fácil entendimento para garantir a compreensão pública sobre os impactos ambientais causados pelas atividades do licenciamento. A empresa Raízen Paraguaçu S.A. pretende ampliar a produção de açúcar, etanol e cogeração de energia elétrica da Unidade Paraguaçu Paulista (SP) e expandir as áreas de plantio de cana-de-açúcar para seu abastecimento. A Empresa é uma das 24 unidades pertencentes à Raízen, uma parceria entre Shell e Cosan. O nome Raízen é a união de duas forças: raiz e energia. A opção pelo nome em português reforça a origem de uma organização brasileira e a cor roxa da marca mostra à aparência da cana-de-açúcar madura. Cogeração : Processo de produção e utilização de calor e eletricidade produzida a partir da queima de um combustível.


Identificação da atividade e do empreendedor Empreendedor Razão Social:

Raízen Paraguaçu S.A.

CNPJ:

52.189.420/0001-61

Inscrição Estadual:

503.008.790.116

Endereço:

Sítio Parácool, s/n.°, Bairro Brejão, Estrada Municipal Paraguaçu Paulista, Paraguaçu Paulista, SP - 19.700-000

Pessoa de contato:

Giuseppe Eduardo Zermo

Telefone:

19 3403 – 2205

E-mail:

giuseppe.zermo@raizen.com

Empresas Responsáveis pelo EIA/RIMA Razão Social:

CONAM – Consultoria Agrícola e Ambiental Ltda.

CNPJ:

04.933.392/0001-00

Endereço:

Rua Alfredo Guedes, 1.949, Sala 509, Piracicaba, SP - 13.416-901

Telefone:

19 3422 7058

Cadastro Técnico IBAMA:

968249

Registro junto ao CREA:

0603477

Pessoa de contato:

Gabriel Nalle Bertoli

E-mail:

gabriel@conamambiental.com.br

Razão Social:

MINERAL ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA

CNPJ:

02.761.715/0001-92

Endereço:

Rua Mourato Coelho, 90, cj 21, São Paulo, SP - 05417-000

Telefone:

11 3085.5665

Cadastro Técnico IBAMA:

52869

Registro junto ao CREA:

994492

Pessoa de contato:

Marcos Eduardo Zabini

E-mail:

mezabini@mineral.eng.br

1. Imagem ilustrativa de canavial 2. Fotos: Mineral/CONAM 2012

RIMA

\\ \\

3 | 70


Meio socioeconômico 1

Os municípios estudados como Área de Influência Direta (AID) do meio socioeconômico foram os que possuem área rural que poderá ser utilizada para o plantio de cana-de-açúcar para abastecer a nova capacidade produtiva da Unidade após sua ampliação. São eles: Assis, Campos Novos Paulista, Lutécia, Platina, Paraguaçu Paulista (pertencentes à Região de Governo de Assis) e Echaporã e Oscar Bressane (RG de Marília). As Regiões de Governo desses municípios foram consideradas como Área de Influência Indireta (AII).

População A região passou por anos de crescimento populacional especialmente nas décadas de 80 e 90, crescimento resultante da expansão do cultivo da cana-de-açúcar e das usinas de álcool e açúcar. Entre os municípios da AID, Assis e Paraguaçu Paulista são

os que possuem maior população, enquanto os demais tem menos de 7.000 habitantes. A quantidade de moradores, bem como o percentual de habitantes em área urbana de cada município e o ritmo de crescimento da população são dados apresentados na Tabela a seguir. Durante esses anos a ocupação do território dos municípios mudou, especialmente com a migração de moradores do meio rural para área urbana. Ainda assim, a taxa de urbanização mostra que a área rural abriga cerca de 20% dos moradores de Campos Novos Paulista, Lutécia, Platina e Echaporã. Além de mais populoso, Assis é importante pólo fornecedor de produtos e serviços. É o município preferencialmente procurado por moradores de Campos Novos Paulista, Echaporã, Platina e Paraguaçu Paulista, que por sua vez é referência para os moradores de Lutécia e Oscar Bressane. Taxa de crescimento

Localidade

População (2010)

Densidade demográfica

1991

2000

2010

RG de Assis

236.982

43,69

2,04

1,40

0,66

92,51

Assis

95.144

124,41

2,17

1,61

0,88

95,64

Campos Novos Paulista

4.539

9,36

0,65

0,45

0,82

77,73

Lutécia

2.714

5,72

-1,15

1,00

-0,64

79,52

Paraguaçu Paulista

42.278

42,21

3,33

1,82

0,66

90,62

Platina

3.192

9,73

1,99

0,18

1,07

78,74

RG de Marília

334.715

67,02

1,35

1,51

0,65

92,64

Echaporã

6.318

12,29

0,94

0,90

-0,76

79,64

Oscar Bressane

2.537

11,46

-1,72

0,04

-0,06

82,74

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010. SEADE, Informações dos Municípios Paulistas.

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\\ \\

RIMA

Tx. Urb.


2

IDH: Índice de Desenvolvimento Humano é um indicador que analisa dados de educação, riqueza e longevidade para avaliar a qualidade de vida de uma localidade. Cinco grupos: Grupo 1: nenhuma vulnerabilidade Grupo 2: vulnerabilidade muito baixa Grupo 3: vulnerabilidade baixa Grupo 4: vulnerabilidade média Grupo 5: vulnerabilidade alta Grupo 6: vulnerabilidade muito alta

1. Foto panorâmica de Paraguaçu Paulista 2. Fotos: Mineral/CONAM 2012

Primários: A economia é dividida em três setores: Setor primário: agricultura Setor secundário: indústrias Setor terciário: comércio e serviços PIB: Produto Interno Bruto é a renda gerada pelo município. Valor adicionado: é o total de riqueza gerada por determinado setor da economia.

A infraestrutura urbana desses municípios também tem passado por mudanças, com o aumento do número de residências e ampliação das redes de abastecimento de água, esgoto e coleta de lixo. Em 2000 todos os municípios da AID apresentaram IDH superior a 7,0. Ainda no que diz respeito à qualidade de vida, o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) distribui a população entre cinco grupos. Os resultados obtidos pelos 7 municípios em questão podem ser vistos na Figura abaixo. Nos municípios com maior população observam-se menores índices de vulnerabilidade, em que os grupos 2 e 3 possuem importância. Nos demais municípios é marcante o percentual de população pertencente ao grupo 5 – vulnerabilidade alta.

Economia A AID tem vocação agrícola, em torno da qual funcionam estabelecimentos comerciais, infraestrutura de logística de armazenamento e transporte, bem como instituições de ensino e pesquisa. Além disso, muitas indústrias desses municípios também possuem ligação com a agricultura, e trabalham com o processamento de produtos do setor primários. Nesse contexto, as cadeias produtivas que se destacam são a da cana-de-açúcar, carne bovina e produção de ovos, que juntas somam 63% da produção local. A Figura abaixo traz os dados do PIB dos municípios entre 2007 e 2009, e mostra como houve melhora no desempenho econômico da região. O setor de serviços compõe a maior parcela do valor adicionado desses municípios, e em Assis e Paraguaçu Paulista destacam-se pela importância exercida pelo setor secundário (indústrias), que representa cerca de 10% da renda produzida.

RIMA

\\ \\

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RIMA Sta. Maria

Empreendedor: Scopel Desenvolvimento Urbano S.A. Consultoria: Geoflor Consultoria Florestal Ltda. EPP. Papel: Programação Visual - Restrita, Editoração Eletrônica, Orientação ao corpo técnico em como proceder com revisões e acabamento de conteúdo do material gráfico. Realizado em julho de 2012.

Imagens para fins de portifolio - textos não consolidados nem imagens finais.


ÍNDICE

APRESENTAÇÃO | 4

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR | 5

DADOS GERAIS | 6

ÁREAS DE INFLUÊNCIA | 15

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO | 9

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL | 16

IMPACTOS AMBIENTAIS | 39 PROGRAMAS AMBIENTAIS | 45 CONCLUSÕES | 51 EQUIPE TÉCNICA | 52


SISTEMA VIÁRIO INTERNO O Sistema Viário do loteamento é composto por duas avenidas e 17 ruas, com leito carroçável variável entre 7 e 9,5m e calçada de 3,50 m. As diretrizes de elaboração do sistema viário estão de acordo com o proposto pela Lei Federal 10.098/00 e Decreto nº 5.296/04 sobre acessibilidade das vias públicas de pessoas portadoras de deficiência física ou mobilidade reduzida.

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS O sistema de drenagem do loteamento será destinado à captação, condução e lançamento das águas provenientes de precipitações pluviométricas incidentes sobre o loteamento. Será constituído basicamente por um sistema de captação superficial através das sarjetas das vias públicas e por galerias subterrâneas, que conduzirão as águas pluviais e as descarregarão no córrego mais próximo. Deverão também ser executados poços de visita, caixas de passagem, muros de ala com dissipadores de energia e bocas de lobo complementando o sistema de drenagem superficial. Os lançamentos das águas pluviais em pontos localizados no córrego serão realizados de forma a evitar o aparecimento de sulcos de erosão e rupturas.

R I MA

12

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O Residencial Santa Maria III será abastecido pela rede pública de abastecimento da SABESP, com interligação localizada a Estrada Fernando Nobre X Rua Antônio P. de Castro.

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS O empreendimento será interligado na rede pública de esgotamento sanitário através do Coletor Nova Higienópolis.Os efluentes coletados serão encaminhados para a Estação de Tratamento Barueri.

COLETA E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES A coleta de lixo de origem domiciliar interna do loteamento será efetuada pela Associação de Moradores, sendo posteriormente recolhido pela Prefeitura Municipal de Jandira e encaminhado para aterro particular em Itapevi, o qual possui IQR (Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos) de 2010 (CETESB, 2011) no valor de 9,4, considerado adequado.

Relatório de Impacto Ambiental


ENERGIA ELÉTRICA E ABASTECIMENTO DE GÁS

POPULAÇÃO FIXA E FLUTUANTE

O suprimento de energia elétrica do empreendimento será feito por meio de uma rede de distribuição interligada a rede pública (AES Eletropaulo Metropolitana SA), sendo que o empreendedor arcará com os custos de implantação. A manutenção e a operação serão de responsabilidade da concessionária.

A população fixa esperada para o empreendimento será de 2.048 habitantes, considerando uma taxa média de 4 habitantes por lote, além de uma população flutuante e diária de cerca de 600 habitantes, desde trabalhadores até visitantes. A densidade de ocupação residencial prevista para a gleba é de 32,62 hab/ha.

SISTEMA VIÁRIO

INVESTIMENTO E CRONOGRAMA

A Estrada Fernando Nobre é o principal acesso ao empreendimento, à Jandira e à Rodovia Raposo Tavares, passando também pelo município de Cotia. No trecho de Jandira, atualmente está sendo feita a duplicação completa da via, através de parceria com a Scopel. Após as obras o trecho ganhará duas novas pistas de cada lado, totalizando quatro faixas de rolagem, facilitando a vida dos usuários da estrada. Além disso, será feito o recapeamento das pistas em Cotia por parte do Governo do Estado. A extensão da Estrada Fernando Nobre é de cerca de sete quilômetros, que cruza o município de Jandira e vai até Barueri, com saída para a Rodovia Castello Branco. Mais de 8 mil veículos passam por ela diariamente.

R I MA

13

O valor total previsto para investimento no empreendimento Residencial Santa Maria III é de R$ 6.469.688,98 (seis milhões, quatrocentos e sessenta e nove mil e seiscentos e oitenta e oito reais), considerando o projeto urbanístico proposto, suscetível a alterações, podendo ser superior ou inferior, conforme o andamento das obras.

Relatório de Impacto Ambiental


MEIO SOCIOECONÔMICO Para a caracterização do meio socioeconômico da área de estudo foi utilizada a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) como cenário de referência para a AII do empreendimento e os municípios de Jandira e Cotia para a AID, que estão situados na Sub-Região Oeste da RMSP.

f POPULAÇÃO No município de Jandira, a população recenseada no período de 2000 a 2010 foi de 108.436 habitantes (IBGE), dos quais 53.105 (48,97%) eram homens e 55.331 (51,03%) mulheres. A taxa geométrica anual de crescimento da população para este período foi de 1,70% a. a., um índice relativamente alto em comparação ao Estado de São Paulo (1,09% ao ano). Há predominância da população jovem e adulta no cômputo total da população do município de Jandira. Verifica-se também, queda nos números relativos aos nascimentos e aumento da população idosa, isto, certamente, como consequência da melhoria da qualidade de vida e dos serviços de saúde. Em Cotia, a taxa geométrica anual de crescimento da população para o mesmo período foi de 3,50% a.a. (ao ano), um índice relativamente alto em comparação ao Estado de São Paulo (1,09% a. a.). A população recenseada em 2010, segundo dados disponibilizados pelo IBGE era de 201.023 habitantes, dos quais 98.372 (48,93%) eram homens e 102.651 (51,07%) mulheres. Pela avaliação etária pode-se verificar que a população jovem e adulta é predominante em Cotia. Verifica-se também uma pequena queda nos nascimentos.

f ECONOMIA De modo a apresentar as condições de vida da população, é utilizado o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), segundo o qual, os números do município são avaliados a partir de três critérios: riqueza, longevidade e escolaridade.Assim, os municípios são classificados em grupos, de acordo com seu desenvolvimento social. O município de Cotia, segundo avaliação do período de 2000 e 2002, está classificado no Grupo 2,economicamente dinâmico e de baixo desen-

R I MA

30

Relatório de Impacto Ambiental


volvimento social. No que se refere ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o Município alcançou o 44º lugar no Estado de São Paulo. Em Jandira, o IPRS para o mesmo período também está no Grupo 2, municípios que, embora com níveis de riqueza elevados, não exibem bons indicadores sociais. O município está em 163º lugar no IDH do Estado de São Paulo. Já o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) indica que 69,68% da socioeconomia do município de Jandira está classificado no Grupo 4, caracterizado por municípios que apresentam baixos níveis de escolaridade e níveis intermediários de longevidade e/ou escolaridade. E para o município de Cotia, o IPVS indica que 40,88% do município também estão neste grupo. O Município de Cotia verificou uma receita orçamentária de R$ 339.198.653,00 no ano de 2010. A atividade econômica predominante é a de serviços, registrando em 2009, 1.341 estabelecimentos deste setor que empregavam 28.981 trabalhadores formais. No município de Jandira a receita orçamentária para o ano de 2010 foi de R$

133.935.037,00, conforme dados do IBGE (2010). O total de vínculos empregatícios verificados para o ano de 2009 (SEADE) foi de 13.197, caracterizando apenas 12,17% da população municipal trabalhando formalmente no próprio município. Esse indicador revela como a cidade de Jandira se situa dentro do mercado econômico da RMSP, na medida em que oferece uma estrutura imobiliária que abriga grande fatia da população economicamente ativa. Apesar disso, deve-se considerar a ocorrência do mercado informal de trabalho, apesar da ausência de indicadores. A oferta de empregos de maior expressividade no município encontra-se no setor da indústria, com 175 estabelecimentos, que disponibilizavam 6.274 empregos formais diretos.

f INFRAESTRUTURA Saneamento Em termos de abastecimento de água, Jandira se aproxima muito do modelo de São Paulo, com 96% de atendimento à população.

PROPORÇÃO DE MORADORES POR TIPO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ABASTECIMENTO ÁGUA

JANDIRA

REDE GERAL POÇO OU NASCENTE (NA PROPRIEDADE)

SÃO PAULO

1991

2000

1991

2000

1991

2000

97,3

96,3

79,7

84,8

98,2

98,5

1,4

3,1

18,6

14,4

0,9

0,8

0,6

1,8

0,8

0,9

0,7

OUTRA FORMA 1,3 Fonte: IBGE/Censos Demográficos (1991, 2000)

R I MA

COTIA

31

Relatório de Impacto Ambiental


Apresentação OCVAP Empreendedor: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS Consultoria: Mineral Engenharia e Meio Ambiente Papel: Projeto - Programação Visual - Restrita, Editoração Eletrônica.

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OC

Caraguat

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012

UTOS

CVAP I e II

tatuba - São José dos Campos

65

[EIA] Estudo de impacto ambiental [RIMA] Relatório de impacto ao meio ambiente


Faixa de Servid達o do G

www.mineral.eng.br | mineral@mineral.eng.br | 55 11 3085566


GASTAU

65

5 | 15


Contexto

Gás Rico

Produção no mar

Separação dos produto em Caraguatatuba UTGCA

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os

65

Transporte dos produtos

GASTAU (GN) 6 | 15

OCVAP I (GLP) OCVAP II (C5+)

REVAP


Legislação Justificativas Alternativas Áreas Mão-de-obra Processo e produtos Emissões Método Construtivo

Informações Gerais

Caracterização do Empreendimento

Diag

Identificação e Avaliação Impactos Ambientais

Monitoramento Mitigadoras Programas Compensação

Medidas Associadas

Capítulos Finais

www.mineral.eng.br | mineral@mineral.eng.br | 55 11 3085566


Infográfico FÍSICO

gnóstico Ambiental

BIÓTICO

dos

65

ANTRÓPICO

Estudos Especiais Arqueologia Análise de Riscos

Qualidade do Ar Clima Água Geologia Flora Fauna Uso do Solo Organização Social Economia Infraestruturas

9 | 15


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manutenção, bem como a interação co de LED da instalação.

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módulos nos postes de seu domínio e

Todas as ordens remotas passam por

equipamentos antes de chegar aos po

como toda informação coletada pelos dos módulos. Os concentradores são

conectividade GSM, Ethernet e/ou Wi


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s ordens

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500) há um entre os

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Matheus Zati


TADUAL DE CAMPINAS departamento de Geografia

itoração:

de produção e processos is para produção de Atlas o | novembro, 2014


Oficina Unicamp Empreendedor: Unicamp Papel: Desenvolvimento e aplicação.

Estrutura E

Ì Autor: Responsável pela produção dos textos base da publicação; proponente da estrutura editorial do livro; avaliador do resultado final da obra.

Ì Editor: Responsável pela inteligibilidade dos textos base da publicação; proponente de atividades; avaliador do produto do autor. Responsável pela consolidação do Original.

Matheus Zati

Ì Diretor E Respons mediaçã departam cobrança prazos; autorizaç ações; m autor/ed Editorial/ Revisão.


Editorial

Editorial: sável pela ão entre os mentos; a dos veto e ção de mediação ditorial /Arte - Arte/

Ì Revisão: Ì Arte: Responsável pela Responsável pela programação checagem de todos visual; pesquisa de os parâmetros do livro. Verificação imagens; contratação de estúdios de de Original, se foi editoração eletrônica, seguido a risca pela contratação de Arte; se os pedidos ilustrações e editoriais estão coordenação de coerentes e se há emissão de Provas. erros de qualquer ordem.

5 | 13


Oficina Unicamp Empreendedor: Unicamp Papel: Desenvolvimento e aplicação.

Circu das Provas segun

P2 Ì Revisão:

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ÌA

P3 Ì Revisão:

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FECH Matheus Zati


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Arte: 8 | 13

retor Editorial:

Ì Autor:

retor Editorial:

Ì Arte:

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Oficina Unicamp Empreendedor: Unicamp Papel: Desenvolvimento e aplicação.

Fecham cronogr

Matheus Zati


mento de rama base 12 | 13


Ilustrações





Matheus Zati

Comunicador visual com trabalhos de programação visual, editoração eletrônica e comunicação social. Coordenador de pesquisa de meio Antrópico, Comunicação Social e Patrimônio Cultural.

Dados Pessoais Nome Nascimento CPF Tel.: e-mail:

Matheus Spada Zati 31/03/1988 – São Paulo/SP - Brasil 369014698-45 11-974-235-533 matheus.zati@gmail.com

Interesses: redação e editoração Impossível abandonar qualquer um desses dois segmentos. Iniciei minha carreira justamente com pesquisa e produção de textos para programas de comunicação, sempre com base em dados secundários e primários - muitas vezes coletados e trabalhados individualmente. Segui minha carreira explorando outras potências da veiculação de informação - da editoração, do audiovisual às artes plásticas. Minhas intenções são voltadas ao desenvolvimento dessas diferentes potências, uma oportunidade para formarse coletivamente, propondo, integrando e agregando com a equipe.

Sumário de atividades Formando em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Desde 2012 como pesquisador e coordenador de arte e produção de peças gráficas como pessoa jurídica. Experiência com pesquisa e redação de relatórios para agências ambientais. Habituado à composição, tabulação, sistematização, cruzamento de base da dados secundários e primários para realização de relatórios socioeconômicos e socioculturais. Experiência como coordenador dos núcleos de redação e editoração eletrônica de relatórios para Estudos de Impacto Ambiental (EIA), Relatórios de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), relatórios referentes a Plano Básico Ambiental (PBA) – toda atuação focada em redação, comunicação e pesquisa aplicada. Editor de produtos gráficos e audiovisuais provenientes das bases de pesquisa destinados as comunidades impactadas e órgãos governamentais reguladores (IPHAN e IBAMA) entre outras atividades.

Formação complementar 2008

1º Fórum Nacional do Patrimônio Cultural Centro de Convenções, Ouro Preto, MG, Brasil. Realizado: de 13 à 16 de dezembro de 2009

2008

Curso de Licenciamento Ambiental do Estado de São Paulo. CETESB, São Paulo, SP, Brasil. Carga horária: 40 horas

2008

Seminário sobre Cultura, Memória e Patrimônio. Centro de Organização da Memória do Estado de Santa Catarina – CEOM. Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste - Unochapecó, Chapecó, SC Brasil. Carga horária: 36 horas

2014 Redator convidado do Blog contraversão – disponível em http://contraversao.com/author/matheus-zati/ 2014

Patrimônio Cultural e Urbanismo em São Paulo: Constituição, Conflitos e Perspectivas. Centro de Preservação Cultural USP – Casa de Dona Yayá Carga horaria: 20h


Produção 1. VERTHIC LTDA. Coordenador de Registro Fotográfico e Audiovisual de Entrevistas e Oficina Culinária - PBA indígena citadinos – UHE Belo Monte, Altamira - PA, Verthic, dez/14 – jul/15. 2. SECRETARIA DE EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SERT.: Pesquisa de percepção atitudinal de beneficiários de programas voltados a inserção e re-inserção social. Coordenação de equipe de gabinete e campo no perímetro do estado de São Paulo. set/13 -. 3. MINERAL ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA.: Realização de Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA Meio antrópico, estudos socioeconômicos – Dutovia Jataí-Itumbiara, Mineral Engenharia, ago/13 -. 4. CONAM ENGENHARIA LTDA.: Realização de Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA Meio antrópico, estudos socioeconômicos – Novo Aeroporto de São Paulo – NAESP, São Roque, Conam Engenharia, jul/12 – dez/12. 5. MINERAL ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA.:Realização de Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA Meio antrópico, estudos socioeconômicos – Dutovia Uberaba-Itumbiara, Mineral Engenharia, jul/12 – . 6. MINERAL ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA.:Realização Due Diligence Ambiental – Parque Eólico Moinho de Ventos – Campo Formoso – BA, EDP Renováveis, para Mineral Engenharia, Set/12. 7. CONAM ENGENHARIA LTDA.:Realização o Relatório de Impacto Ambiental – RAP - Meio antrópico, estudos socioeconômicos, Sistema de Adequação de Drenagem do Córrego Iguaçú- Tietê, Guarulhos, Conam Engenharia, FevMar/12. 8. SCIENTIA CONSULTORIA CIENTÍFICA LTDA.:Elaboração e Coordenação de Material Audiovisual produzido na realização do Programa de Resgate da Memória da Região do Projeto de Modernização da Linha Férrea entre Horto Florestal e General Carneiro, em andamento desde Nov/08, para Vale. 9. SCIENTIA CONSULTORIA CIENTÍFICA LTDA.:Participação na realização do Programa de Registro e Valorização do Patrimônio Cultural do PBA da UHE Santo Antônio (RO), em andamento desde Out/08, para Construtora Norberto Odebrecht. 10. SCIENTIA CONSULTORIA CIENTÍFICA LTDA.: Responsável pelo Registro Fotográfico e Filmográfico na realização do Programa de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico, do PBA da UHE Foz do Chapecó (SC/RGS), em andamento desde Jan/08, para Consórcio Foz do Chapecó. (...)


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