PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 1
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EDITORIAL
No coração dos desbravadores Da Bahia ao Mato Grosso e ao Sul do Brasil. Nesta edição fechamos o tripé em que apresentamos os estados de maior força na produção agropecuária. Um corredor formado com quase cem por cento de descendentes europeus, que entraram no país pelas portas do Rio Grande do Sul e depois foram migrando, aos poucos, para desbravar outras regiões, principalmente as de cerrado. O objetivo das reportagens foi mostrar que onde se estabeleceram, estes desbravadores tornaram as terras produtivas, plantam e colhem, transformando as regiões com o desenvolvimento socioeconômico que vem no bojo da agricultura ou da pecuária. Mais do que isso, ajudaram a transformar a imagem do país em celeiro mundial da produção de grãos. Tanto que os olhos das principais entidades mundiais se voltam para o Brasil, na expectativa que este seja um dos responsáveis pela sustentação alimentar da humanidade, nos próximos anos. O que se percebe é que, alicerçado por estes produtores, temos um setor bem mais preparado para enfrentar a reconfiguração na corrente internacional do comércio alimentício, a qual iremos enfrentar nos próximos anos. Pois, a tendência é que os grandes exportadores de alimentos e commodities sejam afetados com as transformações, caso não priorizem a agregação de valor nas cadeias produtivas. E o mundo volta os olhos ao Mercosul e ao Brasil, e começa a reagir ao perceber que há um grande crescimento desse mercado enquanto exportador de grãos, cereais, carnes e ovos. É uma espécie de reação a essa commoditização dos alimentos. Na Europa, por exemplo, campanhas incentivam o consumo de produtos tradicionais de suas respectivas regiões, visando reduzir as importações de produtos padronizados. Assim, quem apostar na agregação de valor de sua cadeia produtiva poderá estar em melhores condições para competir internacionalmente. E pode ser que, em meio a tantas mudanças, surjam novas práticas de modificação genética na agricultura e na produção de alimentos para combater a fome no mundo, pois essa somente será erradicada se houver união de esforços. No Brasil o agronegócio deverá continuar crescendo na safra 2014/2015. E, com a eleição do novo presidente, provavelmente o assunto fará parte dos planos de governo com previsões mais otimistas e concretas. Quem sabe seja também um bom momento para o setor produtivo cobrar das entidades representativas, as mudanças necessárias para que possam competir no mercado mundial, em igualdade de condições com os países de primeiro mundo, nesses próximos 10 anos.
Paraná RURAL 4 I Setembro/Outubro de 2014 I PARANÁ RURAL
ÍNDICE
ENTREVISTA
PECUÁRIA
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O presidente da Sociedade Rural do Oeste prepara 35ª Expovel com atrativos para todos os públicos.
Iapar realiza evento sobre Integração Lavoura e pecuária para produtores de toda a região.
REPORTAGEM ESPECIAL
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“Paraná Rural” fecha ciclo histórico com a origem dos agricultores que desbravaram o cerrado. PAISAGISMO
48 AGRICULTURA
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Reportagem especial para colorir a sua primavera, com sugestões de flores e orientações de cultivo.
O plantio da safra de verão aponta novas tendências.
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
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Especialista aponta cuidados para com os pneus agrícolas.
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DIREÇÃO GERAL . Mauro Silva DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA . Sérgio Fernando Sanderson EDITORA . Lurdes Tirelli Guerra (45) 9972-4550 mrltg@terra.com.br DIAGRAMAÇÃO . HDS - (45) 3326-3537 hd@certto.com.br
COLABORADORES . Heinz Schmidt . Lurdes Tirelli Guerra . Inara Gabrielle Rufati . Ass Imprensa Iapar . Ass. Imprensa Coodetec . Ass. Imprensa Embrapa . AI Expovel . Paulo Edison . Ass. Imprensa Cisop
DEPARTAMENTO COMERCIAL . Mauro Silva (45) 9966-9667 maurosilvapr@hotmail.com CONTATOS PUBLICITÁRIOS . Maringá: (44) 3026-4457 glaucia@guerreiro.agr.br ASSESSORIA CONTÁBIL . Bonfim Contabilidade ASSESSORIA JURÍDICA . Advogados Associados - Dr. Reneu PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 5
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ENTREVISTA
Expovel. Uma grande festa À frente da Sociedade Rural do Oeste, o agropecuarista João Cunha Jr. projeta tornar a entidade ainda mais representativa perante a comunidade. Para a Expovel, prepara novos atrativos e conta com o apoio dos expositores para agradar o público e fazer do evento uma
JOÃO CUNHA JR. à frente da Sociedade Rural do Oeste desde 1o de agosto de 2014
grande festa Está chegando mais uma edição da grande feira agropecuária do Oeste do Paraná, a Expovel. E nesse ano, sob o comando do agropecuarista João Cunha Jr. Um líder do setor agro cascavelense, que desde a juventude participou de entidades e já esteve à frente de importantes órgãos públicos. Por sua vez, a Expovel, representa todo o potencial agropecuário do Oeste do Paraná, está realizando a sua 35º edição, com o rótulo de uma das mais importantes exposições rurais do Sul do Brasil, com expositores, tecnologias e atrações que consolidam o seu sucesso. A maior festa da cidade acontece de 11 a 16 de novembro, no
Parque de Exposições Celso Garcia Cid. Serão seis dias para prestigiar não apenas a força do agronegócio, mas também as melhores atrações, com gastronomia variada, shows, leilões e rodeios, incluindo-se aqui o ‘Top Team Cup’, o maior campeonato de rodeio do país. Para falar sobre sua atuação à frente da entidade e as novidades da feira, a Paraná Rural conversou com João Cunha Jr. PARANÁ RURAL: O que o levou a aceitar a presidência da Sociedade Rural do Oeste? Isso estava nos seus planos? JOÃO CUNHA: Eu sempre participei ativamente de diversas
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entidades do agronegócio cascavelense. Desde jovem já me via envolvido na atividade e trabalhando pelos pleitos da agricultura. Lembro que aos dezesseis anos já me via envolvido com os diretores do Sindicato Rural Patronal de cascavel. Entre os anos de 2009 a 2012 fui secretário da Agricultura do Município e alguns meses depois assumi a direção da Fundetec. Na sociedade Rural participei de diversas diretorias. Na última, como tesoureiro. O que mostra que sempre contribui com a entidade, mas não era a minha intenção ser presidente. Havia me disponibilizado a continuar apoiando, mas não com a função maior, pois pretendia dar
ENTREVISTA
um tempo para focar nas minhas empresas (de insumos agrícolas) em Cascavel e no Mato Grosso. O problema foi que, na hora de escolher houve ausência de pessoas com disponibilidade para o desafio, e então tivemos que encarar. PARANÁ RURAL: Porque vê como um desafio? JOÃO CUNHA: É um desafio muito grande ser presidente de uma entidade agrícola pelo momento em que vive o setor. Todo o agronegócio é muito bem falado, mas pouco valorizado. Só falar não é o suficiente, precisamos de ações, precisamos de estradas adequadas, de melhores condições para produzir. É preciso que haja mais respeito à constituição e direito à propriedade agrícola. E tudo isso pesa na direção da Sociedade Rural. PARANÁ RURAL: A sociedade Rural é vista como uma entidade representativa para Cascavel e região? JOÃO CUNHA: Eu a vejo como uma entidade bem representativa, totalmente voltada aos produtores rurais, e está aí para defender às suas demandas, mas também depende de uma união de todos, de um engajamento maior da classe produtora. O agricultor, por natureza, é muito pacífico, se preocupa em produzir e cuidar do que é seu e acima de tudo em obedecer às leis, na esperança de que todos os façam. Mas isso não acontece. Se todos respeitassem a legislação, a convivência social seria muito mais harmoniosa. Logicamente que todos têm seus direitos e todos deveriam ser respeitados. PARANÁ RURAL: Falando nisso, o que espera de um próximo governo paranaense e brasileiro, em termos de apoio para a agricultura e pecuária? JOÃO CUNHA: Ante a situação que estamos notadamente a atual política governamental não tem a unanimidade dos brasileiros. Isso mostra claramente que é
INOVAÇÃO. Informatização irá interligar todos os setores da SRO durante a realização da Expovel
“
Venda de ingressos pela internet facilita compra antecipada e melhor escolha do visitante de acordo com a programação disponível.” preciso que haja mudanças. Hoje o país é movido pelo agronegócio, que representa quase 29% do PIB (Produto Interno Bruto). É a produção do campo que tem segurado as pontas na economia nesses últimos tempos. Então isso precisa ser mais respeitado, mas valorizado. E todos temos esperanças que essas mudanças aconteçam. PARANÁ RURAL: O agronegócio ganhou dinheiro nos últimos anos? JOÃO CUNHA: Sempre houve as épocas de vacas gordas e de vacas magras. Os últimos anos foram muitos bons, principalmente pelo aumento na produtividade e pelo fim da correção monetária, que passou a nos permitir um planejamento do investimento com
expectativa de retorno mais acertada. Outra ação que contribuiu para o desenvolvimento do setor foi a criação do Moderfrota, há quase 20 anos, que favoreceu uma recuperação dos produtores. Atualmente os mercados externo e interno também estão bastante favoráveis, mas lembro que não vai ser sempre assim. Os agricultores precisam aprender a ter um equilíbrio financeiro, a fazer um caixa para as épocas de maior dificuldade. E eu acredito que os próximos anos o mercado vai se manter numa linha estável, com tendência ao declive. PARANÁ RURAL: Falando em mercado externo, não há certo risco em se manter atrelado a poucos compradores, como a China? JOÃO CUNHA: Tudo isso depende da oferta e demanda dos continentes. É uma questão de negociação entre os países, que varia de acordo com o momento político, o volume de produção, entre outros fatores. PARANÁ RURAL: Voltando à Expovel, o que pode ser feito para evitar que sua imagem seja desgastada com o tempo? JOÃO CUNHA: A comunidade tem que saber que são 35 anos de uma grande festa do produtor rural, onde é mostrada a sua riqueza e o que temos de melhor. No decorrer desse tempo houveram muitas mudanças e a feira também passou por uma evolução natural. Lembro que na 1ª Expovel, realizada em 1979, aconteceu o lançamento do Dodge Dart. Quantos veículos, cada vez mais modernos, foram lançados até hoje? Da mesma forma houve uma evolução na genética dos rebanhos e em toda a produção agrícola. E é isso que a feira mostra anualmente, as inovações tecnológicas. Automaticamente vai acontecendo uma evolução de público também. No início eram dez mil pessoas em todo o evento, hoje são dez mil por dia.
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ENTREVISTA
PARANÁ RURAL: E então, quais são as novidades deste ano? JOÃO CUNHA: Hoje toda a sociedade rural está informatizada. Teremos 28 câmaras cuidando do parque. Os ingressos serão todos feitos pela própria Sociedade Rural. Todos os dados estarão interligados, para que tenhamos o controle de tudo o que está acontecendo em relação ao evento. Também fizemos uma pesquisa junto às entidades e expositores e, com a aprovação de 93% dos envolvidos, vamos reduzir o número de dias da feira, de dez para seis. Ou seja, neste ano a Expovel começará na terça-feira dia 11 e terminará no dia 16 de novembro. Também reduzimos o valor do ingresso, que, aliás, estão à venda na internet. Para compras antecipadas o valor é de dez (R$10,00) reais para todos os dias, e para compras no dia o valor é de R$ 20,00. Para o estacionamento o valor é de dez reais para qualquer dia do evento. PARANÁ RURAL: Normalmente em feiras, além de apresentar novidades e lançamentos, o preço dos produtos expostos é menor que o do comércio em geral, o que se torna um atrativo para o visitante. Não vimos muito isso nas últimas edições da Expovel. Não seria uma questão a ser repensada? JOÃO CUNHA: Nós vivemos num país de livre mercado, portanto, cada expositor cuida dos valores que estabelece para os seus produtos. Entretanto os convidamos a pensar nessa questão. A Sociedade Rural está fazendo a sua parte ao baixar os preços dos ingressos e do estacionamento, ao manter os preços de locação dos terrenos e demais espaços do parque e ainda baixar o preço da bebida. Portanto, estamos fazendo tudo para que seja uma grande festa. Esperamos que os expositores também deem a sua contribuição ao trazer novidades e com preços atrativos. Quere-
ATRATIVOS. Ingressos mais acessíveis e diálogo com expositores visa tornar a feira mais atrativa aos visitantes
mos que venham com a mentalidade de realizar bons negócios.
cobrando pontualidade dos artistas contratados.
PARANÁ RURAL: E as novidades para a exposição deste ano? JOÃO CUNHA: Temos bons shows, gado com genética avançada em todas as raças, uma ala especial para ovinocultura, que tem crescido muito na região nos últimos anos e é uma atividade interessante, principalmente para pequenas propriedades. Temos ainda a Feira de Sabores, da Emater e muitos expositores vindos de outras regiões. Diariamente haverá Shows sertanejos e rodeios. É importante ressaltar que vamos ser rigorosos quanto aos horários estabelecidos para os shows,
PARANÁ RURAL: Projetos da atual gestão para a Sociedade Rural? JOÃO CUNHA: Vamos realizar uma feira ao final de maio, exclusivamente voltada para novas tecnologias de produção de gado de leite e corte. Este evento será realizado em parceria com o Sindicato Rural Patronal, no final de maio, e contará com palestras, orientações técnicas e informações aos pecuaristas. Esse terá foco em tecnologia, portanto sem cobrança de ingressos e aberto a todos os interessados em aprender, para se manter na atividade com eficiência.
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REPORTAGEM ESPECIAL
AGRICULTORES EM NOVAS FRONTEIRAS
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O espírito empreendedor dos desbravadores das áreas agrícolas, dotado de coragem e força de vontade, é herança de alemães, italianos e açorianos. Da Redação Fotos: Sérgio Sanderson / Divulgação
N
a edição de número 10, a reportagem da Paraná Rural mostrou a descoberta, pelos agricultores sulistas, de um novo cenário agrícola no Oeste da Bahia. Lá transformaram as paisagens de cerrado em extensas lavouras de grãos. Introduziram tecnologias e desvendaram um imenso potencial produtivo, com volume e qualidade dos produtos. Também do Sul saíram os agricultores que descobriram o cerrado do Mato Grosso, onde investiram tudo o que tinham para fazer desse Estado um dos maiores e mais promissores produtores de grãos do país,
conforme descrito na edição de número 11. Nesta edição, a revista mostra a origem desses destemidos produtores rurais, que deixaram suas famílias e partiram com o pouco que tinham, em busca de um novo horizonte. Não encontraram nada de graça, mas construíram o horizonte que buscavam. A maioria dessas famílias saiu dos três Estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde ainda residem muitos dos seus parentes. Mas a origem de seus antecedentes está em países europeus como a Alemanha, a Itália e Ilha de Açores (Portugal). Até porque, no período de coloni-
zação do Rio Grande do Sul, por onde entraram os imigrantes, só era permitida a entrada de europeus ou casais de outros países, desde que não fossem de origem inglesa, holandesa ou castelhana. DIFICULDADES SIMILARES Se os migrantes que foram do Sul aos cerrados baiano e mato-grossense, enfrentaram dificuldades para se instalar e para transformar as terras improdutivas em áreas agricultáveis, ainda maiores foram as dificuldades de seus antecedentes quando chegaram aos Estados do Sul.
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REPORTAGEM ESPECIAL
NOVAS ÁREAS. Da mesma forma que no Sul do País, ao chegar no cerrado da Bahia e Mato Grosso, os agricultores precisaram limpar as áreas e preparar o solo para implantar suas lavouras. Um trabalho árduo
Foi por meio da política imigratória vigente no período imperial e republicano que aconteceu o do processo de colonização dessa região. O objetivo do governo imperial, segundo a historiadora Dra Vânia Herédia, da Universidade de Caxias do Sul, era povoar as terras devolutas do Nordeste do Rio Grande do Sul com a instalação do trabalho livre, o regime da pequena propriedade, a agricultura subsidiária e a mão-de-obra branca, assegurando a hegemonia nas regiões de fronteiras. Em diferentes épocas a colonização esteve sob direção do governo central ou do governo gaúcho. Estes criavam colônias nas terras devolutas da união, que eram doadas, até a década de cinquenta do século passado, ou vendidas posteriormente. “Também existiram colônias particulares, geralmente surgidas em áreas próximas às das colônias oficiais, em que a terra era vendida por companhias particulares”, descreve o professor e historiador Fabrício Colombo, para quem o Rio Grande do Sul foi o estado em que a colonização obteve
maior sucesso. Esses imigrantes se dedicaram, na maioria, à agricultura e à pequena pecuária, mas também à extração de bens naturais, como a erva-mate. “A partir dessa iniciativa foi possível estabelecer o desenvolvimento econômico na região à medida que se alterava o regime de trabalho, fortalecido pela instalação das colônias agrícolas”, relata Vânia Herédia. O programa inicial de colonização foi chamado de Walkerfield, que constituía na “distribuição de um lote de terra, ferramentas, animais, sementes aos agricultores, pagamento de módicos subsídios para a alimentação dos colonos no primeiro ano de estabelecimento”, descreve a professora.
“
Agricultores imigrantes promoveram o desenvolvimento econômico sustentável no sul do país”
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FORMAÇÃO DE PEQUENAS PROPRIEDADES Em 1884, houve a emancipação dessas colônias, suspendendo ao mínimo as responsabilidades do governo, ao acreditar que o sucesso surgiria do trabalho humano e da expansão da agricultura. Entretanto, em 1892, o estabelecimento de novas regras determinava que os lotes coloniais seriam vendidos, porém em áreas menores de 30 hectares, preferindo, para a compra famílias residentes nos núcleos, aos quais seus antecedentes poderiam afiançar o aproveitamento das terras. A dimensão das áreas para a lavoura seria de 100 hectares e das destinadas à área de colonização, de 400 hectares. Os pequenos proprietários tornaram-se pequenos produtores que através da mão-de-obra familiar, iniciaram a história da zona colonial com muito trabalho e esforço. O sistema agrícola adotado nessa região foi o de rotação de terras, predominando inicialmente a cultura do milho e da capoeira. Esse sistema de lavoura, chamado de “rotação de terras melhorada”,
A CUIABÁ DE ANTIGAMENTE
prosperou apesar da pobreza do solo enfraquecido com o tempo devido a essa prática de esgotamento, pois, segundo Vânia, o milho era “cultivado consecutivamente no mesmo terreno, por um período de seis e dez anos”. Esse processo apresentou, uma baixa fertilidade do solo, desencadeando um aumento no ciclo da rotação de terras e implicando alternadamente novas culturas como o centeio, a cevada, o feijão, a batata doce, a cana e a mandioca. A cultura do arroz e do trigo, eram uma prática de inverno. Esses cereais eram alternados sendo produzidos na mesma roça. O trigo era plantado para o próprio consumo no início da colônia, usando sementes importadas; porém após 1900, o Governo do Estado incentivou a lavoura tritícola, desencadeando um lugar de destaque na economia rio-grandense. O plantio de frutas temperadas como uvas, marmelos, peras e maçãs também foi frequente nessa região. Entretanto, foi o milho a cultura de sustentação da colônia italiana, visto que a base de toda a alimentação do colono era a polenta. A COLHEITA QUE VAI AO PRATO O acompanhamento dessa refeição se diferenciava segundo a zona italiana e segundo a condição econômica. Na nova terra, essa refeição era muitas vezes acrescida
REPORTAGEM ESPECIAL
de folhas de salada, um copo de vinho e, quando possível de complementos como o queijo, ovos, salame, etc. Além de alimento para o homem, o milho era utilizado também como fonte de criação de animais como aves, porcos, etc. Essa cultura de fácil plantio, sem grandes exigências quanto ao preparo da terra, foi a primeira fonte de subsistência dos imigrantes. Com o tempo, os imigrantes italianos alteraram o sistema de plantio, devido aos contatos com os alemães na parte Superior da Encosta da Serra. Entretanto, não ocorria preocupação nenhuma com a proteção da natureza nem defesa contra a erosão. Para a historiadora Vânia Herédia, a política de colonização no Rio Grande do Sul foi de grande êxito, uma vez que os resultados históricos desse processo resultaram na construção de um Estado de economia diversificada, na qual a colonização representou a riqueza da sua proposta. “A pequena propriedade colonial no Brasil e especificamente no Rio Grande do Sul, não foi resultado da conquista de grupos subalternos nacionais, nem de transformações sociais que tivessem tornado inviável a grande propriedade monocultora; foi uma concessão das classes dominantes, latifundiárias para com os estrangeiros, tendo como finalidade salvar os interesses da grande lavoura”.
HISTÓRIA. Família de italianos que se estabeleceu no RS. Abaixo as ruínas de São Miguel e a primeira fábrica de ferramentas para a agricultura, de SC, a Folchini.
POLENTA E VINHO. Roda d’água e casa de madeira construida pelos colonos, primeiros imigrantes italianos, no Caminhos de Pedra. A colheita do milho para fazer a polenta e a plantação de uvas era a base da alimentação. PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 15
REPORTAGEM ESPECIAL
Agricultura dos imigrantes reflete na produção de hoje Com o aumento das famílias e a expectativa de encontrar terras mais produtivas, os pequenos produtores migraram para o Paraná e Santa Catarina HORTIFRUTI. Diversificação servia como fonte de alimentos nas pequenas propriedades
CAFÉ. Uma das primeiras culturas a ser desenvolvida no Estado ainda é representativa na economia
SUINOCULTURA. organização dos produtores de SC deu origem aos primeiros frigoríficos do Sul do País
Atualmente o Rio Grande do Sul se destaca pela sua produção agrícola e pecuária com significativa participação no produto interno bruto do estado e do país, a partir de culturas como soja, trigo, arroz e milho, na pecuária e nas agroindústrias de couro e calçados, alimentícia, têxtil, madeireira, metalúrgica e química. Tanto que o Rio Grande do Sul é a quarta maior economia nacional, pelo tamanho do seu produto interno bruto, que chega a 8,8% do PIB nacional, superado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente. A economia do estado possui uma associação com os mercados nacional e internacional superior a média brasileira. Desta forma, a participação da economia gaúcha tem oscilado conforme a evolução da economia do Brasil e também de acordo com a dinâmica das exportações. SANTA CATARINA, A PRÓXIMA PARADA Mais tarde muitas das famílias que haviam se estabelecido no Rio Grande do Sul começaram a migrar para os estados de Santa Catarina e Paraná, com o mesmo objetivo, o de trabalhar na produção agropecuária. O aumento das famílias e o sonho de encontrar terras mais produtivas os motivou a abrir novas áreas de terra. Em Santa Catarina, fizeram da agricultura familiar a base da for-
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mação social e econômica da região oeste. Ali a abertura da fronteira agrícola se deu com a extração de madeira e da erva-mate, logo dando lugar ao desenvolvimento de uma agropecuária mercantil que culminou com uma produção altamente tecnificada e integrada à agroindústria. Apesar da crise que abalou, principalmente, a suinocultura nos anos de 1980, a agricultura familiar pôde manter-se como protagonista das mudanças regionais através de sua inserção na economia leiteira. A capacidade de organização desses pequenos agricultores ajudou para que a suinocultura se sobressaísse e logo fosse destinada ao abastecimento de metrópoles nacionais. A seletividade imposta pelas relações de produção com os frigoríficos não foi suficiente para destituir os agricultores familiares de sua capacidade de redefinir estratégias e permanecer como o segmento sócio-produtivo fundamental no campo. A partir da associação e expansão de capitais comerciais locais nasceram, entre 1930 a 1940, os primeiros abatedouros no Oeste Catarinense, entre eles a Perdigão, o Comércio e Indústria Saulle Pagnoncelli e a Sadia. Esta última teve como impulso inicial as atividades do moinho, especialmente na comercialização de produtos agrícolas, como o trigo e, os lucros dessa atividade permitiram a construção do frigorífico.
REPORTAGEM ESPECIAL
O PARANÁ FICOU NO MEIO DO CAMINHO Particularmente, no Paraná, a ocupação europeia aconteceu por duas vias: uma espanhola e a outra portuguesa. Desde o início do século XVI, exploradores europeus atravessaram de norte a sul e de leste a oeste, o território paranaense tendo sempre como ponto de partida o litoral. A colonização empresarial privada, como estratégia de desenvol¬vimento rural, se constituiu em importante base de sustentação do processo de ocupação e exploração econômica da terra agrícola no Paraná a partir dos anos 30. Atualmente a agricultura no Paraná é, historicamente, uma das principais atividades econômicas desse estado. Os mais importantes cereais produzidos aqui são o trigo, o milho e a soja, que já tiveram recordes de safras, competindo com os demais estados. A cultura da soja é a última das três e teve sua expansão tanto na parte seten-
trional como na parte ocidental do território estadual e, mais tarde, na parte meridional. A cafeicultura, que é uma das principais atividades econômicas do Paraná, se não é mais esplendorosa como era no passado, ainda o tem conservado o entre as unidades federativas do Brasil que mais produzem café. Em território paranaense, o alcance da zona produtora atinge a elevação dos índices de produtividade e, em sua estrutura fundiária, são predominantes as diminutas fazendas. O solo fértil e a topografia foram os agentes responsáveis pela transformação do Estado, em algumas dezenas de anos, numa das principais unidades federativas do Brasil que mais produzem culturas agrícolas. O Paraná, aquilo que se chama de “Celeiro Agrícola”, deu a sua contribuição com uma fração superior a um quarto da produção brasileira de alimentos e de matéria-prima para a atividade agroindustrial.
Diversidade na produção agrícola A economia paranaense sofreu várias transformações até chegar ao seu estado atual, passando pela extração do ouro, a produção de gado, erva-mate e café. Nos fins do século XIX, o Paraná foi economicamente alavancado por investimentos de capital estrangeiro, aumentando assim a concentração de renda e da propriedade de terras no Estado. Atualmente, o Paraná está entre os primeiros Estados brasileiros economicamente desenvolvidos, graças à agricultura e, principalmente, à indústria, que abriga muitas fábricas do polo automotivo e recebe constantes investimentos externos. Além disso, o Estado desempenha importante papel nos setores de energia, turismo, transportes, minérios e extrativismo vegeta
MILHO. Cultivado inicialmente para consumo familiar, na polenta dos italianos, o milho é hoje uma das culturas economicamente mais importantes para os três estados do Sul.
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REPORTAGEM ESPECIAL
Expointer, a grandiosidade da agropecuária gaúcha Os números alcançados na 37ª edição foram considerados muito positivos pela organização da feira realizada em Esteio/RS
O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, do RS, Claudio Fioreze, informou que 502.074 pessoas visitaram a feira entre os dias 30 de agosto e sete de setembro. O sucesso de público, que supera as últimas três edições, também foi motivado pelo novo acesso, via BR 448, que garantiu mais fluidez ao trânsito, consolidando a rodovia do Parque como o principal caminho para a feira. O secretário ressaltou os bons resultados em todos os setores que totalizaram R$ 2, 729 bilhões em prospecção de negócios, sendo R$ 2,713 em máquinas, R$ 12, 431 milhões em animais, R$ 1,4 milhão em artesanato, e 2,028 milhões na agroindústria familiar.
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Fioreze lembrou que a Expointer priorizou o diálogo direto com o homem do campo, apresentando políticas públicas e inovações para as cadeias produtivas. “Superamos nossas expectativas e confirmamos o bom momento vivido pelo campo, tanto que somadas as vendas nas duas maiores feiras, Expointer e Expodireto, os resultados foram superiores ao ano de 2013”, afirmou Fioreze. Em 2011, as duas feiras alcançaram R$ 1,9 bilhão. No ano seguinte somaram R$ 3,1 bilhões e em 2013 saltaram para 5,8 bilhões. Este ano os números atingiram R$ 6 bilhões. “Portanto, não há crise no agronegócio gaúcho, ao contrário, o campo contínua otimista
REPORTAGEM ESPECIAL
e investindo pesadamente em tecnologia através das políticas públicas federais e estaduais”, explicou Fioreze. Além do novo acesso pela BR 448, foram apresentadas durante a Expointer melhorias como: as obras de contenção de cheias, lavatório de bovinos de corte, camping com mais 111 boxes. Para o produtor rural, foram disponibilizadas novidades eletrônicas que vão agilizar o cadastro e a fiscalização agropecuária, são elas: a Guia de Trânsito Animal Eletrônica (eGTA), a Permissão Eletrônica de Trânsito de Vegetais (e-PTV) e o SIGA, sistema de gestão dos agrotóxicos. A e-GTA permite que o próprio criador faça, via internet, o documento necessário para o transporte de rebanho. A e-PTV, voltada para o trânsito de itens com restrições fitossanitárias, facilita a rastreabilidade, além de proporcionar mais credibilidade ao produtor ,que tem a origem e destinos dos produtos registrados. Já o SIGA reúne informações sobre fabricantes, vendedores e compradores de agrotóxicos. É a partir desses dados que será emitido o receituário para a compra dos compostos. EMPREENDEDORISMO GAÚCHO MOTIVOU EVENTO “Nesse cenário, com projeção de mais avanços para o campo, finalizamos mais uma edição da Expointer, a maior feira do agronegócio da América Latina. É importante ressaltar que estes números
não vêm do acaso. São reflexos de vários fatores como crédito, o conhecido empreendedorismo dos produtores gaúchos, de nossas indústrias e setor de serviços. Essa foi a Expointer da maior safra da história do RS e as grandes colheitas têm capacidade de dinamizar o campo e gerar renda a produtores, aos municípios e a toda nossa economia, consagrando a expressão: toda vez que o campo vai bem, a economia também vai bem”, detalhou Fioreze. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A irrigação foi outro tema que mereceu destaque na feira, encerrando com 560 propostas, o que equivale a mais 31.710 hectares irrigados e um investimento de 208 milhões. Com os resultados, o Rio Grande do Sul já soma 308.210 hectares irrigados em culturas de sequeiro como soja, milho, hortícolas e pastagens. Antes do ‘Mais Água, Mais Renda’, que foi instituído pela Lei 14.244/2013 e serve de modelo para o restante do País, existiam 105 mil hectares irrigados em todo estado. Com o programa, o agricultor pode contar com instrumento de subvenção de irrigação, em que o Governo Estadual reembolsa parte do investimento privado aos produtores, com índices de 12% a 30%. “Nosso plano decenal projeta 1 milhão de hectares irrigados. Já superamos nossa meta anual e nesse ritmo vamos chegar lá antes do previsto”, ressaltou Fioreze.
HIPISMO. Provas compuseram a agenda de eventos extras e atraíram o público
JULGAMENTO. Grandes competidores de cada raça desfilaram em busca do 1º lugar, o de grande campeão da festa
“
Considerada a maior feira do agronegócio da América Latina, a administração da Expointer relega o seu sucesso ao empreendedorismo dos produtores gaúchos bem como ao setor agroindustrial, que têm capacidade de dinamizar o campo e gerar renda”
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REPORTAGEM ESPECIAL
MÁQUINAS SUPERA EDIÇÃO ANTERIOR Neste ano, a Expointer chega ao fim com R$ 2.713.250.000,00 em vendas de máquinas. O número é 17% menor do que em 2013, mas é considerado ótimo pelo setor. E se comparado à edição retrasada, o balanço atual ainda é positivo, considerou o presidente do Simers, Claudio Bier: “O ano passado foi atípico, teve uma série de fatores que facilitaram a antecipação de negócios. E mesmo assim, nesta edição superamos em 34% o ano de 2012”. ANIMAIS As vendas de animais atingiram R$ 12.4 milhões, com destaque para a qualidade dos exemplares trazidos a Esteio RS. “Neste ano os expositores fizeram uma seleção muito criteriosa. Os jurados tiveram muito trabalho. O reflexo, está no preço médio pago por animal, que está mais alto em 2014. E os negócios não param aqui, porque a Expointer é vitrine para as próximas feiras”, disse o presidente da Febrac, Eduardo Finco. AGROINDÚSTRIA FAMILIAR O secretário do Desenvolvimento Rural, Elton Scapini, destacou a participação do agricultor familiar no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, que representa em torno de 30% da nossa economia. “Temos um crescimento sistemático de expositoes e visitantes. Maior diversidade e qualidade dos produtos a cada edição”. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, completou: “A agricultura familiar está consolidada na Expointer. Tivemos um número recorde e uma excelente Feira, o que era o esperado pelo contexto que vivemos aqui”. Os números deste ano superaram 2013. O aumento é sucessivo ao registrado nas últimas edições. Desta vez, o resultado é de R$ 1.953.000,00. “Alguns expositores, aliás, tiveram os produtos esgotados até mesmo antes do fim da Feira”, informou o secretário Scapini.
ARTESANATO. O Pavilhão do Artesanato também teve balanço positivo. Neste ano foram movimentados R$ 1.400.000,00 em negócios na Feira.
RODEIO. Os Shows de laço encantaram ao grande público que diariamente se juntava para ver os espetáculos típicos do Estado
BANCOS
O Badesul registrou R$ 550 milhões em negócios. O número supera em quase R$ 200 milhões o ano passado. As demais instituições, Banco do Brasil, BRDE, Banrisul, Sicredi e Caixa Econômica Federal não divulgaram resultados na coletiva.
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MAIS SOJA Região oeste segue tendência nacional no plantio da safra
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AGRICULTURA
Conforme seguia a colheita de trigo, as lavouras iam cedendo espaço às culturas de verão. Soja, milho e feijão são as principais do Estado Da Redação Fotos: Lurdes T Guerra
O panorama que se desenha para a próxima safra de verão, em todo o país é de um aumento de área no plantio da soja, em consequência da redução na extensão das lavouras de milho. Na área de abrangência do Núcleo Regional da Seab, que engloba 28 municípios do oeste paranaense, as perspectivas de safra não são diferentes. A cultura da soja está ganhando mais espaço, com aumento de 3% de área na previsão de plantio. De acordo com informações concedidas pelo técnico administrativo do Deral em Cascavel, Jovelino José Pértille, na safra 2013/14 a região plantou 530,9 mil hectares de soja, enquanto que senta safra serão plantados 546,5 mil hectares. Sendo que mais de 10% dessa área já está plantada com variedades superprecoces e precoces. “Na última safra os produtores tiveram uma colheita muito, com produtividade média de 3.600 quilos por hectare e a expectativa é de que este ano seja ainda maior”, diz Pértille, lembrando que as previsões para o clima são muito favoráveis, contando com a presença do El niño. Ao se confirmar essa expectativa, é bem provável que a região ultrapasse as duas milhões de toneladas na colheita da oleaginosa. Na última safra foram colhidas 1,910 milhões de toneladas.
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AGRICULTURA
Milho desvalorizado pelos baixos preços Apesar de a região ser uma grande consumidora de milho, ante a diversidade da pecuária, com grandes frigoríficos de suínos e aves, o milho está deixando de ser um bom atrativo aos agricultores na safra de verão. No ano passado, por exemplo, quando os agricultores plantaram a safra de milho em 2013/14, o preço da saca estava em torno de R$ 24,00, mas quando colheram já havia baixado para média de R$ 16,00. “O produtor desanima e entende que não compensa quando percebe essa volatilidade no preço”, justifica Pértille ao salientar que a soja tem a tendência de manter o preço estável, mesmo com as safras recordes. Diante deste cenário, a previsão é de uma redução de 36% na área cultivada com o cereal. Enquanto que no ano passado foram plantados mais de 36 mil hectares, neste ano o milho deve ocupar pouco mais de 20 mil hectares. Nem por isso os produtores deixam de investir em tecnologia. Ambas as culturas tem apresentado altos rendimentos em resposta ao pacote tecnológico disponibili-
zado para as lavouras. MIGRAÇÃO DE SAFRA Por outro lado, a demanda da re- PÉRTILE. Plantio da safra de verão está sendo gião pelo milho é influenciado pelos preços previstos para os grãos suprida com a saO clima também colaborou, frinha, que elimina o risco de faltar o grão. Essa conta com qualidade com ausência de geadas, e permide grãos e produção equiparada à tiu colheita acima de 5,7 mil quilos safra de verão, com exceção das in- por hectare. terferências climáticas que muitas PARANÁ SEM vezes acabam afetando a produtiGRANDES VARIAÇÕES vidade. “Neste ano tivemos uma O Paraná deverá ter um plantio colheita de safrinha excelente”, lembra Pértille. Mas a produtivida- recorde de soja nesta safra, com a oleaginosa ganhando terras antes de não se equipara. Enquanto que na safra de verão, dedicadas ao milho e ao feijão, encom clima em boas condições, uma quanto o cereal registrará a menor lavoura de milho produz em média semeadura da história, com recuo 174 sacas por hectares, a safrinha, de 14,0% no plantio, apontou a também em clima favorável, atinge primeira estimativa do governo pamédia de 96 sacas por hectare. “O ranaense para a nova safra. Em condições normais de clique equilibra a balança é a quantidade de área a mais que se planta ma, a safra da oleaginosa atingiria um recorde de 17,1 milhões de na safrinha”, disse Pértille. Tanto é que neste ano foram toneladas no Paraná, aumento de plantados 286 mil hectares de mi- 18% na comparação com o ano lho safrinha, ante os 20 mil hecta- passado, quando a seca reduziu o potencial de produção em cerca de res que serão semeados no verão.
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AGRICULTURA
2,0 milhões de toneladas. A soja e o milho geralmente concorrem em área no estado, segundo produtor de grãos do Brasil, atrás de Mato Grosso. E na nova safra, novamente, a oleaginosa deverá ganhar espaço, pois sua rentabilidade está maior que a do cereal. “Vamos ter aumento da soja, segue a tendência no Brasil”, afirmou em 4 de agosto o economista do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido. Segundo ele, a soja está cotada a R$55,00/saca, enquanto o milho vale R$16,00/saca no Estado. O milho perdeu área no Paraná nas últimas duas safras, com produtores apostando no cereal na segunda safra (safrinha), que cada vez ganha mais importância no Brasil, com a opção pela soja no cultivo de verão. A produção de milho, cujo plantio já começou no Paraná, foi estimada em 4,9 milhões de toneladas, queda de 10,0% ante a temporada anterior, que só não é maior por conta da expectativa de um aumento na produtividade de 5,0%. Garrido afirmou ainda que a soja tomou área do feijão primeira safra, uma vez que esse produto também enfrenta preços baixos, em função do excesso de oferta. A área plantada com feijão cairá em 14,0%. A safra total de verão do Paraná atingiria 22,6 milhões de toneladas, aumento de 2,0 milhões de toneladas ante a temporada anterior, principalmente pela expectativa de maior colheita da soja.
NÚMERO
200,3
milhões de toneladas é a projeção de colheita para a próxima safra nacional de grãos. Um novo recorde para o país da agricultura.
SOJA. Expectativa é de aumento em 4,3% na produtividade
PANORAMA DA SAFRA NACIONAL No Brasil a área de cultivo de grãos deve permanecer estável na safra que se inicia, quebrando uma sucessão de altas acentuadas, que vinha acontecendo desde 2009. Período em que a área total de grãos no país aumentou em 20,8%, com expansão de 9,7 milhões de hectares. A projeção é de que o plantio total atinja 56,8 milhões de hectares, a mesma registrada na última safra. O fato se deve à expectativa de uma expansão mais moderada da área de soja, anulada pelos recuos acentuados previstos na área de milho primeira safra, feijão, algodão e trigo. Com isso a produção total de grãos deve confirmar a estimativa de um recorde de 200,3 milhões de toneladas no Brasil na safra 2014/2015, com um incremento de 2,5% sobre a anterior. Essa expectativa é perante o desenho de um clima favorável para as principais regiões produtoras do país, principalmente durante a safra de verão, que corresponde a 70% da produção total. A neutralidade climática deve proporcionar um incremento de 2,5% na produtividade média dos grãos, recuperando o patamar registrado na temporada 2012/2013. Em relação à soja, a área a ser plantada deverá chegar a
31,6 milhões de hectares, com produção prevista em 95,1 milhões de toneladas, ante as 87,8 milhões colhidas no último ano. Já a produtividade média nacional da oleaginosa está estimada em 2.976 quilos por hectare, 4,3% acima da verificada na última colheita, quando foi afetada pela estiagem que atingiu os principais estados produtores. Já o milho de safra de verão a previsão é de que a área diminuirá para 6,2 milhões de hectares, ante 6,6 milhões de hectares que acabaram de ser colhidos. A produção em primeira safra deve cair para 29,2 milhões de toneladas ante as 29,8 milhões de toneladas no ciclo anterior. A redução se deve tanto à migração para a soja, em virtude da possibilidade de melhor remuneração, como pela concentração da produção brasileira de milho na segunda safra, a safrinha. Em muitos Estados, a alternativa dos produtores tem sido de diminuir a área de verão do milho e plantar mais do cereal na safrinha. Há ainda um sentimento positivo para a produtividade da próxima safra, contribuindo para as expectativas favoráveis em termos de produção. E, o ano é de El Niño, onde normalmente os rendimentos são superiores.
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AGRICULTURA
Mercado reflete no plantio das culturas A justificativa para a estagnação da área de cultivo de grãos no Brasil está no expressivo recuo dos preços globais dos grãos, com a confirmação de safras recordes de soja e de milho nos Estados Unidos, a queda acumulada de 38% das cotações futuras do milho e de 29% da soja nos últimos 12 meses, além da perspectiva de safra global recorde de trigo em 2014/2015. Mas, mesmo com o recuo no preço da soja, a cotação da soja ainda deve ficar acima da média dos últimos anos, apresentando maior rentabilidade ao produtor. Isso deve estimular o produtor brasileiro a trocar o milho pela soja pelo menos na produção de verão, transferindo o cereal para a safrinha. Também pode-se considerar os estoques mundiais de algodão em níveis recordes no ciclo 14/15; a forte baixa dos preços domésticos do feijão em 2014, após o aumento de 22,7% da produção brasileira. Os demais produtos, como arroz, carnes, entre outros apresentam cenário muito semelhante ao praticado na última safra. ALGODÃO EM QUEDA No caso do algodão, os baixos preços no mercado global têm estimulado a substituição do produto por outras culturas. E mesmo com a redução da área plantada, os preços não devem se recuperar. Esse comportamento se deve, em especial, ao fato dos altos estoques chineses. Assim, os produtores brasileiros deverão plantar menos na próxima temporada. O levantamento de intenção de plantio indica queda de 4,3%. Se for confirmado o aumento similar na produtividade, a produção brasileira deverá permanecer praticamente inalterada, em torno de 1,7 milhão de toneladas. O aumento dos estoques brasileiros deve ser uma consequência dire-
PLANTIO. Projeção nacional é de redução de área em várias culturas
tada e na produtividade, devido à maior utilização da tecnologia nas lavouras do Estado. O Rio Grande do Sul, o maior produtor do cereal no Brasil, com quase 67% do total da produção, deverá apresentar uma queda pouco significativa.
ALGODÃO. Estoques altos devem reduzir plantio da cultura
ta deste mercado em queda, fazendo com que os produtores busquem comercializar em um momento mais interessante financeiramente. ARROZ TEM PLANTIO REDUZIDO A área plantada com arroz no Brasil em 2014/2015 deverá sofrer leve corte de 0,5% na comparação com o ano anterior, passando para 2,4 milhões de hectares. Levando em conta uma produtividade de 5,012 quilos por hectare a produção brasileira deverá totalizar 12,2 milhões de toneladas. Alguns Estados, como Santa Catarina, possuem uma tendência de ligeira queda, devido ao receio de que as chuvas atrasem o plantio, mas em Tocantins existe uma expectativa de aumento na área plan-
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FEIJÃO DERROTADO PELO MERCADO A área plantada com feijão na primeira safra deverá recuar 13,7% no Brasil em 2014/2015, ocupando um milhão de hectares. Apostando em uma produtividade 5,5% inferior, de 1.033 quilos por hectare, a produção da primeira safra deverá cair 20,5%. “A projeção de queda é reflexo, em grande parte, do cenário do mercado atual, que não apresenta muitas expectativas de mudança, retirando muito mercado de feijão de menor qualidade, e sendo menos atrativo para os produtores, que deverão apostar em outras culturas”, explica técnico administrativo do Deral em Cascavel, Jovelino José Pértille. O feijão deve recuperar os preços ao produtor a partir do início de 2015. Embora o preço do grão esteja abaixo do mínimo, a menor oferta do produto no fim do ano tende a mudar esse cenário.
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AGRICULTURA
Nem só de pão vive o triticultor A colheita mal termina e os produtores já encontram entraves para a comercialização da safra de trigo Da Redação Foto: Divulgação Case IH
N
o Paraná as lavouras de trigo estão rendendo boa produtividade e boa qualidade de grão. Entretanto, como a área plantada cresceu bastante em todo o Brasil, o excesso de oferta está afetando os preços e os agricultores estão tendo dificuldade em encontrar compradores para a produção. Como referência, na região Oeste do Estado, os agricultores tiveram uma safra muito ruim em 2013, quando perderam boa parte das lavouras para as geadas. “Com a produtividade baixa e menor produção, os preços foram bons e isso os animou a plantar mais neste ano”, explica o técnico administrativo do Deral, Jovelino José Pértile. O aumento de área plantada na região foi de 50%, passando de 92,8 mil hectares em 2013 para 140 mil hectares em 2014. Em todo o país, a área com o grão aumentou 21% este ano, chegando a 2,6 milhões hectares. E como o mercado funciona de acordo com a demanda, significa que mais produto é igual a menor valor. Na época do plantio o preço estava bom e influenciou na decisão, entretanto, a saca que estava em torno de R$ 45, hoje está abaixo de R$ 30. “Esse valor é menor que o preço mínimo estabelecido pelo governo federal, que é de R$ 33,45 a saca”. Até o momento, com mais de
90% da área colhida, a produtividade média é de 45 sacas por hectare. Mas algumas lavouras da região de Cascavel chegaram a 62 sacas por hectare. De acordo com Pértile “infelizmente o mercado não está pagando o preço que o produtor esperava receber, mas ele fez a sua parte, com investimento em tecnologia e colhendo uma boa safra”. Ele ressalta que todo o trigo que está sendo colhido deverá ser de boa qualidade, com média de ph (peso hectolitro) chegando a 84. PRODUÇÃO MENOR QUE A DEMANDA DE CONSUMO A previsão é que a safra passe dos quatro milhões de toneladas de trigo no Paraná. Isso representa mais da metade do que o Brasil vai colher em 2014, mas, ainda que o consumo nacional seja maior do que a produção, os produtores estão reclamando que não têm para quem vender o produto. Segundo o técnico da Secretaria de Agricultura do Paraná, o principal motivo é a concorrência com o produto importado nessa época. “A taxa de importação foi zerada no primeiro semestre, o que levou os moinhos a se abastecer com o trigo de fora do país”. A solução depende de políticas de médio e longo prazo e a industrialização regionalizada do produto. De janeiro a agosto deste ano, o Brasil importou quatro milhões de toneladas de trigo. O Uruguai ganhou espaço nesse mercado. Nos
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oito primeiros meses deste ano, o país comprou mais de 763 mil toneladas de trigo do Uruguai. O produto uruguaio ganhou mais espaço no mercado brasileiro depois que a Argentina, um dos grandes fornecedores, restringiu a venda do cereal. Mesmo com o crescimento, o Uruguai é o terceiro colocado no ranking de exportadores de trigo para o Brasil. Em segundo lugar está a Argentina. O primeiro fica com os Estados Unidos. MAPA LIBERA RECURSOS PARA COMERCIALIZAÇÃO No final de setembro o Ministério da Agricultura publicou uma portaria liberando R$ 150 milhões para ajudar no comércio do trigo. O dinheiro irá beneficiar os estados onde a saca do grão estiver sendo vendida abaixo do preço mínimo que é de R$ 33,45. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, que garantiu a disponibilização dos recursos no valor de R$ 350 milhões para
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PARANÁ AUMENTA VOLUME EXPORTADO COLHEITA. praticamente 100% da área cultivada com trigo já está nos armazéns
formação de estoques públicos e apoio ao escoamento da produção. O ministro também anunciou a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) no mercado de trigo. A medida, que tem orçamento de R$ 150 milhões visa garantir a sustentação de preços para a triticultura na região Sul do país. A intervenção está sendo complementada com um aporte de R$ 200 milhões para formação de estoques públicos.
O benefício também contempla produtores que já fizeram a colheita do cereal. “Basta colocar o produto em um armazém credenciado, levar o recibo e receber o dinheiro”, assegurou o ministro em entrevista à imprensa.A medida tenta conter a desvalorização do trigo nos dois principais estados produtores do grão (Paraná e Rio Grande do Sul) que devem ajudar o país a colher uma safra recorde de 7,6 milhões de toneladas.
DE QUEM O BRASIL MAIS COMPRA TRIGO
1º Estados Unidos 2º Argentina 3º Uruguai
O estado exportou US$ 1,20 bilhão em agosto de 2014 e subiu uma posição do ranking nacional de exportações A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o ranking dos estados que mais exportaram em agosto de 2014. O estado de São Paulo continuou em primeiro lugar, com a cifra de US$ 1,59 bilhão. Com exportações que atingiram o montante de US$ 1,39 bilhão, o estado de Mato Grosso permaneceu em segundo lugar. Já o Paraná subiu de posição, atingindo US$ 1,20 bilhão, alcançando o terceiro lugar. E o Rio Grande do Sul, com o montante de US$ 1,18 bilhão, ficou na quarta posição. Por último, dos cinco primeiros, destaca-se o estado de Minas Gerais, com US$ 719,79 milhões exportados em agosto. No Paraná, o total de produtos exportados de janeiro a agosto foi de US$ 9,13 bilhões. O destaque ficou por conta do complexo soja, que exportou US$ 4,72 bilhões. O setor de carnes foi o segundo que mais exportou no estado, alcançando a marca de US$ 1,72 bilhão. Os produtos mais com maior quantidade enviada ao exterior foram so setor sucroalcoleiro, carnes e soja, por São Paulo. Soja e Carnes pelo Rio Grande do Sul e Em Minas Gerais, o produto mais vendido foi o café, segui pela soja.
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AGRICULTURA
Bahia amplia área de soja para a safra 2014/15
Levantamento realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia prevê aumento de 1,4 milão de toneladas de soja no estado baiano
A
Bahia deverá plantar 1,4 milhão de hectares de soja para a safra 2014-15, área 6,8% maior do que na safra passada. A ampliação se deve a abertura de novas áreas e a redução de lavouras de milho e algodão. Esta previsão foi feita pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que também apresentou dados para as culturas de milho e algodão. De acordo com as previsões do Conselho Técnico, com a ampliação da área da soja, estima-se colher 4,7 milhões de toneladas do grão, enquanto que na safra passada, foram colhidos 3,3 milhões de toneladas. Isso se deve ao fato
da soja ainda representar melhor rentabilidade em relação a outras culturas. Já o milho tem perspectiva de baixa de preço em razão do aumento da produção mundial e recuperação dos estoques. Com isso, a área plantada sofrerá uma redução de 10%, passando de 265 mil hectares para 240 mil hectares. Porém, a produtividade de 165 sacas/ha deverá ser mantida. A cultura do algodão deverá ter 5% de redução de área plantada, passando de 308 mil hectares para 292,5 mil hectares, motivada também pelo alto volume dos estoques mundiais que fizeram os preços da pluma cairem. Para a safra 2014-
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15, a expectativa é que o Oeste da Bahia colha 1,1 milhão de toneladas de algodão, mantendo a posição de 2º maior produtor nacional. Formado por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais e órgãos governamentais, o Conselho Técnico da Aiba se reúne de acordo com os calendários de plantio e colheita das safras do Oeste da Bahia, mas também em momentos estratégicos para deliberação de assuntos pertinentes ao setor produtivo. As previsões são feitas sempre considerando fatores como perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle fitossanitário. (Ascom Aiba - Rassana Milcent)
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O pneu certo para
a sua máquina Da Redação Fotos: Lurdes T. Guerra
Qual é a atenção que você dá para os pneus da sua colheitadeira ou do seu trator? Um bom desempenho e a durabilidade dos pneus dependem da correta pressão recomendada pelo fabricante.
E
mbora sejam pouco perceptíveis, os cuidados dispensados a esse acessório aumentam o rendimento do trabalho na lavoura, reduzem custos com horas trabalhadas e com combustível e ainda garantem mais segurança à vida do motorista. Durante toda a vida útil ao momento da troca do pneu, há alguns critérios importantes a serem observados pelo proprietário ou o responsável pelo maquinário da fazenda. De acordo com Leandro Pavarin, gerente de vendas para o Brasil da Titan Pneus, quando se percebe que a máquina (trator ou colheitadeira) estiver patinando, ou com 75% de desgaste do pneu, então está na hora de trocá-lo. Para saber qual o pneu certo, há alguns indicativos que constam na lateral do próprio acessório, tais como o diâmetro do aro e as polegadas de largura, além da ca-
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pacidade de carga do pneu, especificada em quantidade de lonas. Por exemplo, se o número que consta no pneu for 18.4.30, o primeiro número (18.4) representa as polegadas de largura, e o último número (30) é o tamanho do aro, também em polegadas. Outra observação é em relação ao uso da máquina, se para áreas irrigadas, lavouras de grãos, cana-de-açúcar, café, construção ou outras finalidades. “Os modelos são classificados como R1, R2 e R1W, que se diferenciam pela altura da borracha, para a finalidade para a qual foi fabricado”, explica Leandro ao salientar que essas são referências do pneu diagonal, o modelo mais antigo, mas também se pode optar pelo equivalente na construção radial. Este é um pneu sem câmara, protegido internamente com duas voltas de uma cinta de têxtil que
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
ajuda na proteção contra furos e aumenta a pegada do pneu no chão. Segundo Leandro, o radial é fabricado com tecnologia mais moderna e seu uso representa 7% em economia de combustível. “Isto porque proporciona maior eficiência na tração do motor, reduzindo o desperdício de energia”, diz. CALIBRAR SEMPRE GARANTE VIDA LONGA Leandro explica que o ideal é que a cada vez que o produtor mudar o tipo de serviço faça a calibragem dos pneus: “Se pela manhã estiver utilizando uma grade e à tarde uma plantadeira, por exemplo, é necessário fazer o calibre, pois os equipamentos têm pesos diferentes e a pressão do ar no pneu está relacionada à carga que o trator está puxando”. Nos manuais das máquinas agrícolas constam os valores de calibragem de acordo com as cargas tracionadas. Caso isso não seja possível, outra alternativa é calibrar diariamente, ou ainda, em última condição, uma vez por semana. Além do peso da carga, o tipo de solo e a inclinação da área também devem ser levados em conta. Numa região montanhosa, por exemplo, o pneu que está na parte mais baixa deve ter quatro libras a mais que o outro lado. “Mas por questões de segurança, não se deve trabalhar com tratores ou colheita-
Oeste do Paraná. “Além de fabricar e vender os produtos, a empresa tem a obrigação de fornecer orientações e suporte aos clientes”. Para o gerente de vendas da Titan também “o produtor precisa também buscar informações além da fazenda”. E há muitas orientações disponíveis através dos meios de comunicação, da internet e até das revendas de pneus. Quem vende maquinários agrícolas ou pneus sempre vai indicar a melhor opção em cada caso.
LEANDRO Pavarin. Falta de calibragem adequada aos pneus pode causar a perda precoce
deiras em locais com declive superior a 11%”, alerta Leandro. Com exceção das grandes fazendas, dificilmente o agricultor tem o aparelho de calibre disponível na propriedade, mas há outras opções, tais como solicitar a prestação de serviços de uma empresa especializada, ou ir semanalmente à borracharia mais próxima. “Uma ideia é que os produtores se unam em grupos e adquiram o aparelho, instalando-o em um local coletivo na comunidade”, sugere Leandro Pavarin. Ele lembra que os distribuidores da Titan possuem equipes preparadas para atender os agricultores a campo, a exemplo da Renato Pneus, que atende toda a região
POUCA OU MUITA PRESSURIZAÇÃO Quando o agricultor não dá a devida atenção aos pneus, deixando de calibrá-los por um longo período, a pressão de ar vai se perdendo com o tempo e se torna insuficiente, causando desgastes irregulares no pneu. Além de não suportar a carga, por estar vazio o pneu fica mais flexível e o seu movimento gera fadiga, criando rachaduras na borracha. A consequência é a perda total do pneu e a troca precoce. De acordo com Leandro, “isso também gera aumento no consumo de combustível, uma vez que o equipamento precisará fazer mais esforço, o que demanda maior energia”. Por outro lado, o excesso de pressão faz com que a máquina patine demais, diminuindo a eficiência da banda de rodagem do pneu.
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MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Isso também vai desperdiçar energia e consequentemente gastar mais combustível, além de tornar o trator mais vulnerável aos impactos do ambiente, como os cepos de soja ou milho, que ficam na lavoura após a colheita. Portanto, a calibragem precisa estar totalmente adequada à potência do trator, à velocidade que será adotada na tarefa da lavoura, à pressão e à medida do pneu. “Pensando na sua segurança, é importante que o agricultor observe a pressurização nos quatro pneus, para não deixar a dianteira muito elevada ou rebaixada, o que pode causar acidentes”, ressalta Leandro. Ele lembra ainda que se deve ter atenção também às curvas, aos lugares inclinados e à velocidade no trajeto, que para máquinas agrícolas não pode ser superior a 32 km/hora. “Este é o limite determinado pela legislação para a segurança pessoal e para o pneu”.
De acordo com a necessidade do campo A tecnologia para o desenvolvimento de um novo modelo de trator acompanha a mesma evolução das máquinas agrícolas. Mas é no campo que tudo começa. “Inicialmente detectamos a necessidade do produtor, por meio de visitas realizadas pelos profissionais da indústria e, em seguida, a demanda da montadora para o novo produto desenvolvido”, explica Leandro. Após a coleta das informações, desenvolve-se o projeto e cria-se um molde, através do qual os engenheiros estudam todos os componentes detalhadamente. Após a elaboração do produto, são feitos testes no campo e nas fábricas, com acompanhamento de desempenho, carga, desgaste do pneu e consumo de combustível. Quando estiver tudo certo, o pneu é libera-
NA MEDIDA CERTA Pneus muito pressurizados (calibragem alta) levam as perdas por patinamento, desgaste prematuro da banda de rolagem, aumento do consumo de combustível, etc.. Pneus com baixa pressão apresentam consumo irregular da banda de rodagem, menor resistência dos flancos à impactos do terreno, ruptura de lonas, maior consumo de combustível. Para enchê-los usar água limpa e uma solução anti-congelante se necessário.
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do para a fabricação em série. Todo esse processo demora cerca de seis meses, para que se tenha um produto de alta qualidade. E é toda essa dedicação e estudo que tem levado à melhoria dos produtos disponíveis no mercado. “A evolução tecnológica avançada das máquinas agrícolas exige pneus diferenciados e para atender essa demanda testamos novos componentes e matérias diariamente, sempre pensando em novidades que agreguem benefícios ao produtor rural”, justifica Leandro. DA FÁBRICA ÀS LAVOURAS DE TODO O PAÍS A Titan possui uma grande história na América do Norte, onde atua no mercado de fabricação de rodas há mais de 100 anos. No
CALIBRAGEM. A pressão do ar no pneu deve estar relacionada à carga que o trator está puxando
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
segmento de pneus agrícolas desde 1993, a companhia se mantém na liderança em toda a América do Norte. Na América Latina, em 2011, a empresa adquiriu a marca e a fábrica Goodyear Farm Tires, na cidade de São Paulo (Brasil) e passou a ser responsável pela produção e comercialização de pneus agrícolas e de pneus convencionais de caminhões e caminhonetas com a marca Goodyear. É considerada a marca mais preparada no mercado, reunindo um portfólio eficiente, tecnológico e de alta qualidade, porque é a primeira empresa a fabricar no Brasil uma linha completa de pneus flutuantes, preocupando-se com a compactação do solo. Este portfólio possui características diferenciadas, por gerar vantagens que traduzem maior número de horas trabalhadas, menor compactação do solo, economia de combustível e consequentemente, redução de custos para o agricultor.
EM RESUMO
VALTRA EXPÕE LINHA DE ENFARDADORAS Utilizar pastagens e forragens na pecuária de corte ou de leite é uma grande vantagem econômica. É por isso que a Valtra apresentou na Expointer 2014, sua linha de enfardadoras Challenger SB34, que combina robustez e alto desempenho, produzindo fardos nas medidas 3 x 4 e comprimento variado de 30,5 cm a 1,32 metros, e a Challenger RB452, que é uma máquina versátil, de alta durabilidade e de simples operação. Ela pode ser utilizada para silagem, biomassa e outros tipos de capim.
MELHORES SOLUÇÕES PARA A COLHEITA DE ARROZ Destinada especificamente para a cultura do arroz, a John Deere lançou na Expointer, em Esteio (RS), sua colheitadeira da Série S versão arrozeira, presente nos modelos S540, S550 e S660, esse último com a disponibilidade da plataforma Draper, que possibilita melhor corte e alimentação da máquina. Entre os principais diferenciais da máquina estão o desempenho nas mais variadas condições de
colheita e a versatilidade de poder colher outras culturas, como a soja, apenas com um simples ajuste. Ou seja, o agricultor que produz soja em rotação com arroz, também pode utilizar a Colheitadeira Série S versão arrozeira, uma grande vantagem já que em único equipamento é possível contemplar as mais diversas necessidades sem precisar investir em outro produto específico.
PLANETA MASSEY FERGUSON EM TOLEDO Toledo recebeu nos dias 8 e 9 de outubro o Planeta Massey Ferguson – iniciativa que leva as principais tecnologias da marca ao interior do Brasil. Em um espaço especialmente montado na Associação dos Funcionários da Agrícola Sperafico (AFAS), produtores tiveram a oportunidade de fazer test drive dos maiores e mais tecnológicos tratores da marca: a série MF 8600, e outros produtos. A iniciativa contou com o apoio da concessionária Camagril. O grande destaque foi o trator MF 8670, que esteve disponível para test drive com duas plantadeiras MF 513 unidas por tandem. Com 320 cv de potência, a máquina é a única no país com transmissão continuamente variável (CVT, na sigla em inglês), o mesmo conceito que leva conforto e economia de combustível aos carros mais modernos vendidos no mercado. Outros produtos apresentados no Planeta Massey Ferguson foram o pulverizador autopropelido MF 9030 e o trator MF 7415, equipado com o piloto automático. O trator apresenta a perfeita integração entre modernidade, tecnologia e rentabilidade.
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TRANSPORTE AGRÍCOLA
O caminhão do ano na Europa chega a Cascavel Iveco trouxe a Cascavel a primeira etapa do interior do projeto ‘Hi-Way na Pista - Economia no Bolso’
O
evento aconteceu na última quinta, dia 16, e contou com test-drive, simulador Iveco, demonstração de motores e espaço Iveco Store. Cascavel foi a primeira cidade do interior do Paraná a receber o “Hi-Way na Pista – Economia no Bolso”, projeto itinerante da Iveco que passará pelos principais mercados de caminhões pesados do país – com foco no segmento de transporte de cargas e logística - apresentando o desempenho do Hi-Way, top de linha da marca eleito o caminhão do ano na Europa. No evento, os motoristas e transportadores tiveram a oportunidade de testar o extrapesado na pista do Autódromo Zilmar Beux. Além de simuladores e demonstração de motores, os convidados puderam competir entre si, dirigindo um Hi-Way engatado em um carreta com lastro, divididos por tração, para ver quem consome menos combustível.
O objetivo da Iveco foi mostrar, na prática, toda tecnologia, conforto e ecomomia que o modelo oferece. “A experiência na pista é a mesma que o motorista tem ao dirigir nas rodovias. Os participantes puderam guiar um caminhão projetado para oferecer conforto para quem dirige, baixo custo operacional – em consumo e manutenção – para o transportador e eficiência na gestão e monitoramento de frota. A combinação economia/conforto se traduz em produtividade”, afirma Christian Gonzalez, diretor de Marketing da Iveco. A FORÇA DO IVECO HI-WAY O Hi-Way fez sua estreia no segmento dos extrapesados premium no país em agosto de 2013. Estradeiro por natureza, o caminhão foi projetado para percorrer, em média, 10 mil km por mês, oferecendo economia na manutenção, na operação e no consumo de combustível.
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São três faixas de potência: 440, 480 e 560 cv, três versões de tração (4 x 2, 6 x 2 e 6 x4). Destaque para o Frota Fácil, uma ferramenta eficaz de gestão com acesso aos dados completos de telemetria do caminhão, performance, dados de viagem e as informações sobre sua condução. O conforto é um dos pontos fortes do Hi-Way. Com ar digital, geladeira elétrica, caixa térmica e basculamento elétrico da cabine, o motorista se “sente em casa” dirigindo o caminhão. A hora de descanso não foi esquecida. O condutor dispõe de uma cama High Comfort, com 2 metros de comprimento e 80 cm de largura, equipada com colchão de espuma desenvolvida pela NASA. O beliche superior (opcional) conta com o auxilio de dois amortecedores para facilitar o manuseio, escada de alumínio retrátil e pode ser embutido completamente na parede para tornar a cabine ainda mais espaçosa.
TRANSPORTE AGRÍCOLA
CONFORTO AO MOTORISTA O modelo traz ainda diversos pontos de iluminação interna, luzes de led para leitura e iluminação automática de segurança. Destaque para as cortinas blackout com interior claro e cortina frontal elétrica. Ainda existem compartimentos de armazenamento que podem ser utilizados para guardar os pertences do motorista. A segurança também é um dos pontos fortes do Hi-Way. Para isso, o caminhão conta com freio auxiliar Intarder, que, combinado ao freio motor, chega a quase 1.000 cv de potência de frenagem. Como adicional, esse item gera mais segurança no sistema antitravamento das rodas. Também nesse sentido, o Hi-Way traz de série ajustador automático de freios, freios ABS e sensor do nível de desgaste da lona. A força do Hi-Way fica por conta do motor FPT Cursor 13, que reduz a emissão de poluentes e otimiza a combustão e o consumo de combustível. Com equipamentos de última geração, itens de longa
CASCAVEL. Toda a equipe da Iveco Cascavel, com o proprietário Azanor Possoli à frente, com a filha Fabíola Possoli
durabilidade e recursos exclusivos, o caminhão garante uma direção segura, confortável e econômica. UMA EMPRESA GLOBALIZADA Iveco, uma companhia da CNH Industrial, projeta, fabrica e comercializa uma completa gama de veículos comerciais leves, médios e pesados, caminhões fora-de-estrada, ônibus urbanos e intermunicipais, bem como veículos especiais para
aplicações como combate a incêndios, missões off-road, defesa e proteção civil. A Iveco emprega mais de 26 mil pessoas e gerencia centros de produção em 11 países distribuídos pela Europa, Ásia, África, Oceania e América Latina, onde fabrica veículos com as mais avançadas tecnologias. Um total de 5.000 pontos de vendas e postos de serviços em mais de 160 países garantem o suporte técnico onde quer que um veículo Iveco esteja em operação.
ETAPA CASCAVEL. Azanos Possoli na abertura do evento, dando a largada oficial, ao lado com a filha Fabíola. Abaixo os campeões de cada uma das três etapas e os caminhões desfilando na pista
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LAVOURA PECUÁRIA X
Dia de campo apresenta irrigação de precisão em diferentes alternativas de pastagens de inverno. A principal novidade do evento foi a irrigação em sobressemeaduras Da Redação Fotos: Lurdes T. Guerra
PECUÁRIA
O objetivo foi o de promover a difusão de tecnologias e o debate entre os participantes.
N
o início de setembro o Iapar reuniu cerca de 400 pecuaristas da região, em sua 1ª Jornada Tecnológica no campo, onde abordou a “integração lavoura X pecuária”. Os convidados foram divididos em dois turnos e obtiveram informações sobre os temas: Cultivares de forrageiras de inverno; Consórcio de gramíneas e leguminosas; Manejo de pastagens de inverno sob pastejo; Cultivares e uso de aveia granífera na alimentação animal; Utilização da aveia no manejo de nematoides; Pastagens Irrigadas; e, Sobressemeadura de aveia + azevém + leguminosas. O evento aconteceu no centro de pesquisas do Instituto Agronômico do Paraná, em Lindoeste, onde os pesquisadores realizaram diversos experimentos em cada uma das áreas apresentadas. Sendo que um dos destaques foi a irrigação em pastagem de verão, coberta por sobressemeadura de pastagens de inverno. INVESTIMENTOS E BENEFÍCIOS O foco da irrigação tem de ser na área onde o gado irá pastejar no verão. “Não compensa irrigar as pastagens de inverno, ou aveias, semeadas em áreas de lavouras, pois o custo é muito alto ante o ciclo curto das plantas. Mas compensa irrigar, ainda que no inverno, as gramíneas perenes, para que estejam preparadas para receber o gado na entrada do verão”, explica o pesquisador. Para que haja um melhor aproveitamento dessa pastagem, bem como do investimento da tecnologia, o recomendado é que seja feita uma sobressemeadura de forrageiras de inverno sobre a grama Tifton ou sobre a Croastcross. Esta é a área que convém ser irrigada, para aumentar a oferta de forragem e garantir alimento aos animais na entrada do verão, ou ainda, compensando os veranicos regionais da estação fria. “A irrigação na pastagem só é viável quando há sobressemeadura de espécies de inverno, incluindo gramíneas e leguminosas”, afirma Dr. Elir, que há cinco anos repete os experimentos para comprovar a teoria. COMO PROCEDER A sugestão é misturar todas as sementes de aveia, ervilhaca, ervilha forrageira e azevém, e fazer o plantio único com semeadeira, sobre a grama Tifton. Esta pastagem pode ser utilizada quando a propriedade não disponibiliza de outra área para o cultivo de aveias ou, servir de escape nos períodos em que faltam pastagens de inverno. “Também é muito importante para os dias em que chove muito, tanto para tirar o gado leiteiro do barro que se forma nos piquetes de aveia, evitando-se o risco de adensamento do solo por pisoteio excessivo dos animais”. Explica Dr. Elir, lembrando que, se as vacas permanecem na aveia em dias de muita chuva, há ainda o risco do aumento de mastite. PARANÁ RURAL I Julho/Agosto de 2014 I 41
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O incremento das leguminosas
MISTURA. Doutor Elir de Oliveira sugere irrigação em consórcio de pastagens semeada sobre Tifton 85
Segundo o pesquisador, todo o produtor deveria ter uma área de escape para utilizar nessas ocasiões, muito comuns no inverno, principalmente na região Sul do País. Enquanto que a irrigação viria maximizar a disponibilidade de alimento para o ano todo. “No inverno as pastagens perenes produzem apenas 20% do seu potencial, o que faz com que os pecuaristas invistam mais em silagem e ração, enquanto que esse consórcio de gramíneas e leguminosas disponibiliza 23% de proteína aos animais”, exemplifica Dr. Elir. As leguminosas, a exemplo da ervilhaca, são importantes porque auxiliam na fixação biológica de nutrientes no solo, fixando até 120 kg de nitrogênio, que ficará disponível, no verão, para a grama Tifton ou outra pastagem perene sobre a qual foi feita a semeadura. Isso vai auxiliar na redução do custo com adubação nitrogenada necessária para a pastagem. “A fixação biológica também contribui com o meio ambiente, uma vez que o uso de adubo nitrogenado em pastagem provoca a perda de amônia, que forma o óxido nitroso na atmosfera, aumentando o efeito estufa”.
A sobressemeadura não é novidade, mas faltava a inclusão das leguminosas. E, apesar da tecnologia do consórcio ser bastante interessante, ainda é pouco utilizada pelos produtores de leite. Um dos empecilhos é a dificuldade de encontrar sementes no mercado. “Como há pouca demanda, as revendas não tem em estoque. A disponibilidade só vai aumentar quando houver maior procura”, explica o pesquisador. Para isso é preciso que haja disseminação de informação, mostrando a importância dessa tecnologia para o pecuarista, que muitas vezes padece por falta de alimento para as vacas no inverno. No sistema de integração de lavouras com pecuária, plantase soja ou milho no verão e no inverno, forrageiras em diversas espécies consorciadas, tais como a Iapar 61 misturada com centeio IPR 89 ou aveia branca precoce, misturada com IPR esmeralda e triticale forrageiro,
ou ainda, centeio IPR 89 com aveia 126, de ciclo longo. O centeio tem a função de antecipar o momento do pastejo em 10 a 12 dias. “Após o 3º pastejo as vacas começam a rejeitar o centeio, preferindo a aveia, que é mais tardia, assim fica um resíduo de aproximadamente 3,5 toneladas de palhada por hectare cobrindo o solo e, garantida para viabilizar o plantio direto”, explica Dr Elir. Ele salienta que, a soja chega a perder 16% em produtividade, quando não há palhada para o plantio direto. Utilizando-se desta técnica, não é necessário tirar o rebanho da área 30 dias antes do plantio, pois a cobertura do solo já está garantida. Um outro dado levantado pela pesquisa, é que a soja e o milho chegam a produzir 20% a mais em áreas onde houve o pastejo do rebanho, devido aos nutrientes que ficam no solo. O que mostra a importância do sistema de produção integrada de leite com lavouras.
PLANTIO. Mistura de caixa de aveia - ervilha - azevém - ervilhaca
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Um projeto de irrigação bem elaborado O primeiro passo é o agricultor buscar uma assessoria especializada para fazer o projeto de irrigação, buscando o sistema mais adequado para a sua propriedade, considerando-se as dimensões do equipamento e a disponibilidade de água, além da obtenção da outorga para uso da água junto ao órgão ambiental do Estado. Na pastagem, é necessário fazer a análise e, se necessário, a correção do solo com calcário, gesso e os demais elementos químicos necessários. Caso ainda vai plantar a pastagem, o produtor, de acordo com as suas possibilidades, pode fazer o uso de dejetos de suínos ou aves, incorporando-os ao solo. “É importante observar a quantidade estabelecida pela legislação, que em pastagem pode ser até 200 metros
cúbicos de dejeto líquido de suíno, com 3% de sólido, por alqueire”, lembra Dr. Elir. Já a sobressemeadura deve ser feita no mês de abril, misturandose 40 kg de semente de aveia, 10 kg de semente de ervilhaca, 30 kg de ervilha forrageira e 15 kg de azevém de ciclo longo. Essa mistura é para um hectare de pastagem. O plantio pode ser feito com semeadeira, com espaçamento de 15 a 20 centímetros entrelinhas. “Recomendamos também o uso de 100 kg de MAP (Fosfato monoamônico) por hectare no ato da sobressemeadura, quando plantado com máquina”, salienta Dr. Elir. Segundo ele, este fertilizante possui 54% de fósforo e 11% de nitrogênio, o que vai repercutir em melhor emergência das plantas e crescimento rápido dos mate-
UMIDADE. Ao lado o medidor manual, à pilha. Ao ser enterrado o aparelho acusa a umidade do solo. Abaixo o medidor automático, em que uma parte permanece enterrada na pastagem e outra fica no escritório.
riais sobressemeados, atenuando a competição com a grama já instalada. A partir da semeadura já é possível fazer uso da irrigação, que pode ser utilizada durante o ano todo. Enquanto que o pastoreio pode ser iniciado entre 50 e 55 dias após a emergência das plantas. Mas, mesmo não havendo falta de forragens na propriedade, é importante que, no máximo 70 dias após, a área seja liberada para o pastoreio, como forma de manejar as forrageiras. A partir de setembro as gramíneas de inverno cedem o espaço para a Tifton, que se recupera normalmente. Nesse período o gado já pode pastejar as gramíneas de verão, ocupando áreas piqueteadas, na quantidade de 6 a 8 UA (Unidade Animal) por hectare.
QUANDO LIBERAR A ÁGUA AO SOLO O produtor pode optar por um sistema de irrigação automático ou manual. O importante é que, para ligá-lo, seja observada a umidade do solo. Esta deve estar próxima ou abaixo de 15%, na profundidade de 10 cm. Para isso é preciso usar um medidor de umidade, um aparelho simples, encontrado em lojas agropecuárias, ou então um tensiômetro, outro aparelho digital que fica enterrado no campo e pode ser controlado à distância. Em torno de 15 a 20 ml de água já são suficientes para suprir a necessidade da terra e das plantas. Quanto ao horário, é melhor que seja à noite, para evitar a evaporação da água e também por apresentar melhor absorção pelas gramíneas. “À noite o estômato das plantas está aberto e disponível para receber a água”, explica Dr. Elir. Alguns estados também possuem planos de irrigação noturna, o que reduz o custo da energia elétrica.
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PECUÁRIA
País entra em mais uma campanha contra aftosa Animais de todas as idades deverão ser vacinados na segunda etapa da campanha nacional que acontece em novembro Embora seja amplamente divulgada a importância da vacinação para a erradicação da febre aftosa, ainda assim muitos produtores não o fazem. No Paraná 3,5% dos pecuaristas não cumpriram com a obrigação na primeira etapa da campanha realizada em maio deste ano. No Brasil foram 2,5% dos produtores que deixaram de vacinar seus rebanhos. Na primera etapa, alguns estados vacinaram somente os animais com idade inferior a 24 meses, mas agora todo o rebanho deverá receber a dose da vacina. Sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agroprodutivo, o Brasil segue na luta em busca de um país livre da doença. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressi-
va e manutenção de zonas livres, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A execução do programa é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado, cabendo a cada um as responsabilidades que lhes são designadas. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela execução do PNEFA no âmbito estadual. COMO COMBATER A FEBRE AFTOSA A vacinação dos bovinos e búfalos, tem papel fundamental na erradicação e prevenção da doença. No Brasil, a vacinação contra febre aftosa é praticada em todos os estados e no Distrito Federal, com exceção de Santa Catarina, considerado livre, desde 2007, pela
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Entre as estratégias do programa de erradicação do MAPA estão a manutenção e o fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, normatização das ações, cadastramento do setor agropecuário, vigilância ostensiva, vacinação de animais, manutenção de programas de educação sanitária e comunicação social, organização e consolidação da participação comunitária. A vacinação sistemática é obrigatória, e é autorizada somente para bovinos e búfalos. A aquisição e aplicação da vacina contra a febre aftosa é de responsabilidade dos proprietários dos animais. Cabe ao serviço veterinário oficial fiscalizar a produção, para garantir a qualidade da vacina produzida, bem como inspecionar, controlar e orientar as atividades de comercialização e utilização do produto.
RESPONSABILIDADE. O rebanho brasileiro é formado por 208,4 milhões de animais. Em maio de 2014, o índice de cobertura vacinal dos rebanhos brasileiros foi de 97,5%. No Paraná o rebanho total soma 9,2 milhões de cabeças e a vacinação atingiu 96,5%.
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DEFENSIVOS
Uso sustentável de agroquímicos Mesa-redonda promove discussão sobre experiências de manejo consciente dos produtos durante o 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia O uso sustentável de agroquímicos, tanto pelo alto custo desses produtos quanto pela preservação ambiental, está cada vez mais na agenda diária do universo da pesquisa do campo. Foi essa a preocupação dos participantes da mesa-redonda Estratégias para o uso sustentável de agroquímicos, em que foram discutidas experiências de manejo consciente dos compostos. Com o objetivo de combater o uso acelerado dos fungicidas nos patógenos, o que causa maior resistência com o passar do tempo, o pesquisador Eric Guicherit, da Syngenta Crop Protection, ministrou a palestra sobre o uso das carboxinas, e alertou para a necessidade do uso racional dos fungicidas. Segundo o pesquisador, os avanços tecnológicos têm proporcionado aprimoramento dos agroquímicos. Mas os produtos demoram até dez anos para serem tes-
tados e aguardam outros cinco no Brasil para obterem a certificação. “O número de ingredientes ativos, por isso, está diminuindo bastante. Além disso, o custo de produção de uma nova variedade chega a até US$ 300 milhões”, completou. Como exemplo, citou o manejo sustentável de solatenol para combater a ferrugem de soja. “Com essa prática é possível garantir a eficácia do fungicida em até dez anos. A resistência vai chegar, mas será retardada com manejo racionalizado.” O tratamento de sementes para o controle de nematóides foi o tema da palestra de Felipe Sulzbach, da Bayer CropScience. A exposição Manejo de nematóides via tratamento de sementes com Bacillus firmus I – 1582 tratou do uso do bacilo Votivo, desenvolvido pela Bayer, como agente de controle biológico – para possibilitar a quebra do ciclo de aplicações de químicos. O bacilo, explicou, “faz
FUNGICIDAS. Uso racional vem sendo recomendado pelos especialistas
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uma barreira física frente às raízes e radicelas da planta” e impede a ação dos nematóides. Produto 100% vivo, tem baixa toxicicidade e revela-se com grande potencial de crescimento da colheita. Com a palestra Estratégias de controle de doenças visando preservar a longevidade dos fungicidas, ministrada por Rafael Pereira, presidente do Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC – Brasil), o público pode conferir experiências de controle da longevidade dos fungicidas, em especial no cultivo de soja, com enfoque no controle de doenças. Na apresentação, mostrou experiências no controle da ferrugem da soja. A promoção do evento é da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realização da Universidade Estadual de londrina (UEL), EMBRAPA Soja e Instituto Agronômico do Paraná IAPAR. (Informações 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia / AI)
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PAISAGISMO
MAIS EMOÇÃO OU MAIS FLORES? O aroma, as cores e o clima. Tudo se transforma e parece ficar mais agradável quando entramos na primavera Da Redação Fotos: Lurdes T Guerra
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esmo que a estação primaveril não tenha chego, nós a sentimos por antecipação assim que se incia o nono mês do ano. Parece incrível, mas ela altera as nossas emoções e deixa os dias mais leves. Assim como a sexta-feira é considerado o melhor dia da semana, porque antecede os dias de descanso, a primavera é considerada a melhor estação, porque antecede o verão, que nos remete às férias, às festas de fim de ano, às reuniões de família. Mas podemos deixar a primavera ainda mais agradável e bonita, se cultivarmos algumas flores adequadas para a estação. Em alguns Estados brasileiros a época apresenta por si só, um florido abundante e colorido devido ao florescimento de muitas plantas nativas ou cultivadas. Árvores, arbustos e herbáceas enfeitam os jardins públicos e privados e nos brindam com este bônus extra de beleza. Por sua vez, as flores são a expressão mais viva das plantas, evidenciando que estão adaptadas ao local e que estão aptas a se reproduzir. Plantas nativas e exóticas adaptadas podem florescer se estiverem em condições de saúde adequada, pois o seu florescimento consome grande quantidade de nutrientes e energia. No inverno a circulação de seiva diminui seu ritmo e muitas plantas entram em dormência, al-
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gumas perdendo suas folhas, para depois na primavera emergir e florescer. Mesmo as que não perdem as folhas também entram em certo descanso vegetativo. Com o prolongamento das horas de sol e as temperaturas mais amenas, as plantas despertam. ESPÉCIES MAIS ADEQUADAS À ESTAÇÃO Na primavera muitos dos arbustos que florescem durante o inverno, como as azaleias, já estarão no fim da floração ou estarão apenas verdes.Enquanto que as herbáceas e alguns arbustos que florescem no meio da estação, como as gardênias e buganvílias já estarão com botões, conforme a região do país. Assim, até as tarefas de jardinagem se tornam mais prazerosas, pois é possível andar no meio de flores e plantas preparando-se para apresentar sua roupagem mais bonita. É uma boa época para ir às floriculturas em busca de renovação para o jardim, mas é bom levar em mãos uma lista de plantas, para não comprar muito além do que o jardim poderá comportar. Também é interessante combinar os tipos de plantas, assim proporcionará harmonia ao ambiente, pois muitas espécies, apesar de bonitas isoladamente, não combinam num mesmo local. Se tiver dúvidas e quiser dispor de um profissional, algumas floricultruas dispõe de paisagistas, a exemplo da Aline Gratieri, da Floricultura Catarinense, que
PAISAGISMO
vai ao local, verifica as condições e dá sugestões. “Nós fazemos um projeto para o jardim, e sugerimos as plantas de acordo com o local e o tamanho da área”, explica Aline. O projeto não tem custo desde que as plantas sejam adquiridas na própria floricultura. A ESCOLHA DAS MELHORES ESPÉCIES Limpar canteiros, arrumar os vasos e garimpar nas floriculturas alguma planta nova, mais florida para ornamentar o espaço. Esses cuidados muitas vezes dão o toque que falta. Para não errar, pare por um tempo ante o seu jardim e observe-o. Analise como está e as plantas que possui. Depois imagine o que mudaria nele. Visualize outras plantas, pedras, adereços... Gostou? Então, mãos à obra. De acordo com Aline Gratieri, se o espaço for grande, é melhor fazer canteiros maiores com um único tipo de planta. “Quando misturamos muito as plantas não apanta, sugerindo que no recem”, salienta, meio de um gramado pode-se fazer um canteiro de uma espécie com
flores vivas. “Também podemos fazer um canteiro somente com folhagens e outro com flores”, diz a paisagista. Segundo ela, a maioria das flores tem um ciclo de floração e deve ser trocada de acordo com a estação, o que facilita se estiver em área separada. Já as folhagens podem ter alternância de alturas e tonalidades, mas precisam combinar para dar harmonia ao local. O ideal é consorciar o verde das folhagens com algumas plantas que florescem, podendo ser algumas flores mais vivas e chamativas e outras mais discretas. Intercalar flores brancas dá um equilíbrio ao multicolorido e ainda traz harmonia e paz ao ambiente. “Há algumas plantas que ficam com as folhagens verdes durante o ano todo e florescem na primavera, a exemplo da agapanthus e da hemerocallis”, frisa Aline. Estas podem ser plantadas nessa época de entrada da primavera, assim como a fênix cica, a resoluta, que são resistentes às variações do clima. Caso queira fazer uma forração no canteiro, sem usar pedras e outros materiais, pode-se plantar uma espé péécie baixa, como a liriópolis. p espécie
A cravínea (acima) pode formar manchas coloridas no meio do jardim, enquanto que a flor-de-mel (abaixo) fica bem nas bordaduras dos canteiros. Ambas são encontradas em diversas cores.
“
Além de escolher as espécies que mais se adaptam ao clima e temperatura da época, é importante combinar os tipos de plantas, visando proporcionar mais harmonia ao ambiente. A inclusão de flores brancas entre folhagens verdes e flores vivas, dá um equilibrio perfeito ao jardim”. PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro tu ub bro ro d de e 20 2 2014 01 14 4 I 49 49
PAISAGISMO
MEIO AMBIENTE
Um toque mais colorido Para acrescentar cor em locais com bastante verde, pode-se optar por pequenos arbustos que florescem o ano todo, como as lantanas, camarão-amarelo e alegria-do-jardim, encontradas em diversas cores de flor. Se gostar de Impatiens waleriana, saiba que é uma herbácea perene, fácil de propagar e cuidar, desde que o local de plantio não receba sol forte da tarde. Sob arbustos ou árvores terá por longo tempo esta planta florida, sem grandes problemas de cuidados, desde que regue regularmente. O acréscimo a este jardim pode ALINE GRATIERI. A paisagista da Floricultura Catarinense dá sugestões sobre como montar um jardim com plantas próprias para a estação
ser também de herbáceas de estação, vendidas em caixas com 15 mudinhas, com flores de uma só cor para fazer manchas coloridas ou de muitas cores, numa alegre mistura. As pequenas podem ser plantadas ao longo das bordas dos canteiros, como acabamento. A paisagista da Floricultura Catarinense, Aline Gratieri dá algumas sugestões para a primavera: flores-sálvia, amor-perfeito, onze-horas, gazânia, perpétua, petúnia, lobélia, tajetes, flor-demel, cravinas, calanchoês e begônia sempre-florida. Se for à meia sombra também pode-se plantar o beijinho. Algumas destas plantas são de
AMOR-PERFEITO. Uma das sugestões para se plantar na primavera. Já as orquídeas podem ser cultivadas durante o ano todo, embora algumas floresçam mais nessa estação.
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maior duração, como a cravina e a flor-de-mel, podendo depois ser propagada pela divisão da touceira, originando mais mudas. Uma planta perene ideal para formar conjunto com crotons é a begônia alta sempre florida. Para bordaduras, a flor-de-mel. Para não deixar monótono, insira uma planta pequena de flores com tom forte, pode ser a Kalanchoe, em laranja ou vermelho, isso formará um conjunto bonito. Também pode-se diversificar o jardim com plantas e alturas diferentes, formando um decradê na paisagem, “O que não se pode é misturar espécies de estilo tropical com outras de estilo europeu, pois não combinam”, ressalta Aline.
PAISAGISMO
Cuidados com o Jardim na Primavera Para manter o seu espaço sempre bonito, com as cores vivas e as folhas viçosas, é importante seguir uma sequência de cuidados
CANTEIROS. O plantio de uma só espécie de flores facilita o cuidado
LIMPEZA E ADUBAÇÃO Limpar e adubar as orquídeas que florescem no verão, como catléias e lélias. Retirada de inços remanescente da grama, com pazinha apropriada. Corte da grama. Adubação entre setembro e outubro com adubo granulado formulação NPK 10-10-10, para que a grama receba nutrientes completos.Espalhar cerca de 100 gramas/ m² após o corte e retirada da palha. Regar bem a seguir. Adubação dos arbustos perenes se não tiver sido feito no inverno. Para regiões quentes, adubação de árvores e arbustos. Limpeza de touceiras de herbáceas perenes, retirando folhas amareladas e talos secos, arejando a planta para entrar ar e luz. Adubar com adubo granulado formulação NPK 4-14-8 para uma bela floração. Observar se não há pragas como pulgões e cochonilhas.Caso tenha, borrifar com solução de óleo de nim dissolvido na água, três aplicações intercaladas de dois dias. Esta tarefa não deve ser feita com sol para não queimar as folhas, nem antes de uma chuva.
PLANTIO E RE-ENVASAMENTO Plantio de arbustos e herbáceas projetadas para o espaço, como por exemplo, moréias, roseiras, crotons, helicônias, strelitzias, etc. Fazer ou renovar canteiros de estação, com o plantio de herbáceas de ciclo curto: amor perfeito, phlox, petúnia, tajetes, vai garantir um jardim florido. Em regiões quentes, as celosias, lobélias e zínias vão melhor. Trocar as plantas de vaso. Para as plantas que estejam muito grandes e para aquelas que estão há mais de dois anos no mesmo vaso. Os nutrientes já foram consumidos, é hora de renovação do substrato. Preparar o vaso de acordo com as instruções dos artigos para a planta a ser manejada. Não se esquecer de regar logo em seguida e deixar em cultivo protegido.
ÁGUA - MOLHAR DEMAIS OU DEMENOS? Se a água usada para regar é a da torneira, o melhor é encher as garrafas ou baldes usados para a rega algumas horas antes, assim a água perderá uma parte do calcário e do cloro, além de estar na temperatura ambiente. Se puder recolher água da chuva ou coloca-las na chuva fina, melhor ainda. Não molhe as flores. Nunca deve encharcar a terra ou substrato. Coloque água de maneira lenta e uniforme, por todo o substrato, até que esta comece a sair pelos drenos do vaso. Se colocar água em excesso, ao escorrer do vaso esta leva muitos nutrientes, “lavando”o substrato; É melhor molhar com frequência e pouca água, do que molhar raramente, com muita água.
CASCATAS. Além de enfeitar o jardim e harmonizar o ambiente, o som da água ajuda a relaxar PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 51
Logística e segurança alimentar em debate Da Redação Fotos: Lurdes T Guerra
As dificuldades enfrentadas pelo setor de grãos no Brasil foi o tema central da VI Conferencia de Póscolheita que reuniu profissionais da área, em Maringá
O
evento realizado entre os dias 14 e 16 de Outubro contou com diversas palestras técnicas, direcionadas aos mais de 800 participantes de todo o Brasil, com o objetivo de difundir as informações sobre as últimas novidades em termos de logística e armazenagem de grãos. A organização contou com a parceria da Embrapa e da cooperativa Cocamar e reuniu ainda 150 expositores e 92 trabalhos técnicos. De acordo com Marcelo Álvares de Oliveira, da Embrapa soja e também coordenador técnico do evento, além de mostrar as novidades nas diversas áreas da pós-colheita,
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“é preciso passar as inovações técnicas aos profissionais e incentivar para que as apliquem na prática, para que assim seja possível manter a qualidade do grão no mesmo padrão que veio da lavoura”. Para o presidente da Embrapa Soja de Londrina e também presidente da Abrapós, Irineu Lorini, o processo de pós-colheita no Brasil ainda demanda muito por qualidade. Entregando, “Precisamos garantir o que o campo está. Entretanto o gargalo é muito grande em termos de estrutura. Pois enquanto o campo esta entregando 200 milhões de toneladas, a capacidade de recepção e armazenagem e para
NOVAS TECNOLOGIAS
Fora da porteira
GUEDES. É preciso reestruturar os investimentos da agricultura
148 milhões de toneladas”. Lorini ressalta que faltam armazéns em diversas regiões do país, o que faz com que as empresas que recebem esse produto o repasse imediatamente para frente. Isso, automaticamente, faz com que aumente o custo do transporte. “Então o país precisa investir mais em estrutura para armazenar esses grãos”. RESPONSABILIDADE COLETIVA De acordo com Lorini, a necessidade de investimento e de todos, do produtor rural que produz grande quantidade e pode construir armazéns para aloja a sua produção, as indústrias e cooperativas que recebem a colheita, ao governo que precisa fomentar recursos a um custo acessível. Atualmente o maior investimento esta sendo feito pelas cooperativas e cerealistas, ou seja, pelo setor privado. MAO DE OBRA ESPECIALIZADA Outro problema enfrentado pelo setor é a falta de mão de obra qualificada. “Há uma necessidade de preparar melhor as pessoas que operam o sistema”, enfatiza Lorini ao ressaltar que o governo e as universidades deveriam investir mais em cursos especializados para preparar as pessoas que atuam na área.
Hoje ainda se perde muitos grãos durante a colheita e no transporte de grãos, mas a maior perda, segundo Lorini, está no armazenamento. O que tem levado muitas empresas a investir em automação. “Não é um processo simples, entretanto reduz a preocupação com mão de obra e garante a qualidade do grão”, salienta o presidente da Abrapós. Luiz Carlos Guedes Pinto, Convidado para a palestra de abertura, o ex-secretário da agricultura destacou alguns pontos importantes do setor, aos quais considera que merecem mais atenção por parte do governo federal. Um deles é a defesa sanitária, uma vez que muitos produtos chegam nos portos brasileiros e entram no país sem a inspeção adequada. “Nessas cargas vêm pragas e fungos que se proliferam aqui”. Guedes também considerou a necessidade de se rever a utilização de todos os recursos disponibilizados hoje por meio do Ministério da Agricultura. “É possível fazer uma boa política para o setor rural apenas reestruturando os gastos atualmente existentes. Ao se rever os recursos aplicados hoje, é possível melhorar muito”, enfatizou. Guedes atribui a dificuldade em ampliar a capacidade
armazenadora no Brasil devido à lentidão no processo burocrático de realização de obras públicas. “É um processo lento, mas estamos em marcha e espero que a gente avance bastante e dentro de 5 anos o cenário seja diferente”. Especificamente no Paraná, segundo produtor de grãos do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso, a produção de grãos, na safra 2013/14 foi de 34 milhões de toneladas (soja, milho e trigo), porém, a capacidade armazenadora é de 27,8 milhões de toneladas. “Toda cadeia produtiva precisa investir em melhoria de estrutura para recebimento dos grãos, principalmente nas regiões produtoras”, afirma o presidente da Abrapos, Irineu Lorini. “Associado a esse problema é preciso capacitar a mão de obra que atua nessas unidades armazenadoras, principalmente em função dos processos de automação dos equipamentos”, afirma. Com relação a segurança alimentar, outro tema debatido na Conferência de Pós-Colheita, Guedes Pinto reforçou a necessidade de se investir na produção de alimentos para que se possa atender à demanda mundial crescente. No caso do Brasil, especificamente, “o problema da fome está mais relacionado à distribuição de renda do que à nossa capacidade de produzir alimentos”, reforça.
EXPOSITORES. 150 empresas do setor participaram da Conferência PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 53
NOVAS TECNOLOGIAS
Empresas expositoras focam automação e novas tecnologias
A cadeia de pós-colheita tem a responsabilidade de manter a qualidade do grão que foi entregue pelo produtor rural SOBZACK. Sistema aumenta em até 7% a rentabilidade do ganho com os grãos
Pragas, fungos e aquecimento são os principais problemas encontrados nos armazéns. Para auxiliar na solução desses e manter a qualidade do grãos entregue pelo campo, os cerca de 150 expositores trouxeram as últimas novidades em termos de produtos e equipamentos para uso nos armazéns de grãos. A temperatura interna, por exemplo, causa uma série de consequências e compromete a qualidade do grão. Foi por isso que a Cycloar, empresa que está há mais de 20 anos no mercado, apresentou um moderno sistema de aeração estático, com dois cilindros, que faz a condução do calor para fora do ambiente. “É um sistema de convecção, adaptado para todos os tipos de armazéns”, explicou Gilberto Sobzack, diretor da Bioar, que distribui os produtos da Cycloar no Paraná. Os primeiros armazéns à granel tinham a entrada de ar por baixo, mas ainda assim estragavam muito
os grãos. Na década de 50 foram trazidos dos Estados Unidos os silos metálicos, um sistema mais barato e transportável, mas que se mostrou inadequado ante às grandes perdas por grãos estragados. “Dentro dos armazéns a temperatura normalmente fica 13 graus acima da externa, e com o calor o grão umedece”. Gilberto explica que essa umidade sobe para o teto e à noite, a queda da temperatura provoca um choque térmico, com isso a umidade que estava próxima ao teto cai em forma de chuva sobre os grãos, causando grandes prejuízos em termos de mofo e fungos. BOM PARA AS PRAGAS O calor também acaba proporcionando a temperatura ideal para a proliferação das pragas dos armazéns. Foi pensando em auxiliar todo o sistema de armazenagem, que a Cycloar desenvolveu um novo sistema de exaustão. “O
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equipamento, que é instalado no telhado dos armazéns renova o ar do interior durante as 24 horas do dia, evitando assim o choque térmico e o retorno da umidade sobre os grãos. Automaticamente se tornou um produto preventivo à reprodução das pragas e ao controle dos fungos. COMPROVADO PELAS PESQUISAS De acordo com pesquisas realizadas pelo doutor Osvaldo Resende, da Universidade Federal de Viçosa, por meio da aeração natural, o sistema extrai o calor da massa de grãos, o pó, os gases e a umidade do ar que se formam no ambiente de armazenamento. Também evita a deterioração e a germinação indevida de grãos, inibindo a proliferação de pragas e insetos e aumentando a eficiencia de inseticidas e fungicidas. O sistema de aeração desenvolvido pela Cycloar também impede
NOVAS TECNOLOGIAS
Vagens e grãos verdes interferem na qualidade da soja que chega à indústria
EQUIPAMENTO foi idealizado por Werner Uhlmann
a compactação da camada superior de grãos, mantendo a uniformidade da temperatura da massa e facilitando a passagem do ar da aeração forçada, reduzindo em até 50% o consumo de energia elétrica. COOPERATIVA ADOTOU O SISTEMA CYCLOAR A Cooperativa Nova Produtiva, de Astorga, que atua em 13 municípios no Paraná, possui três silos com capacidade total de 30 mil toneladas. Estes estão equipados com o Sistema de Exaustão Cycloar. Estas unidades, até bem pouco tempo, registravam algumas dificuldades na conservação de grãos, devido à quebra técnica e condensação no interior dos silos. Resultado, a qualidade inferior do grão nem sempre era valorizada na hora da venda. “Esta situação nos motivou a procurar a Cycloar, empresa conhecida por oferecer uma solução para o problema de condensação no interior das unidades”, explica o gerente da Unop Astorga, o engenheiro agrônomo, Marcos Rogério Franco. Após a instalação do equipamento já era possível notar a eliminação da condensação, e observar importante economia no consumo de energia elétrica. “Isto significa lucro para a cooperativa, e ganhos para todos os associados”, resume Franco. Os produtos passaram a ter qualidade e a cooperativa ganhou credibilidade num mercado altamente competitivo.
Nos últimos anos, os produtores estão constatando aumento no número de plantas de soja com maturação desuniforme, o que se reflete em folhas, hastes e vagens verdes mesmo depois da lavoura alcançar maturidade normal. “Esse problema tem se refletido principalmente na indústria, pois as vagens verdes embucham o sistema de recebimento”, explica o pesquisador Antonio Eduardo Pípolo, da Embrapa Soja. “Além disso, a clorofila presente nos grãos verdes escurece o óleo e aumenta os custos para clarear a produção. Em alguns casos, pode até inviabilizar a comercialização”, ressalta. O tema também foi debatido na VI Conferência Brasileira de Pós-Colheita. Para Pípolo não existe um único fator responsável pelo aumento da ocorrência de vagens e grãos verdes, mas sim uma combinação de fatores, o que torna o problema difícil e complexo. O pesquisador aponta a presença de percevejos em alta população, por exemplo, como um dos fatores associados à maturação desuniforme. “Durante os últimos anos, entretanto, este sintoma vem ocorrendo em áreas onde o percevejo não foi problema”, explica o pesquisador. Na última safra, Pípolo avalia que a presença de grãos verdes também esteve associada à ocorrência de falta d´água no final do ciclo, o que provocou a morte prematura de plantas e, consequentemente, morte de grãos ainda verdes. Para explicar o problema, Pí-
polo recorre ainda às mudanças ocorridas, a partir dos anos 1990, no sistema de produção de soja. Com o grande crescimento da área de milho safrinha, a semeadura da soja foi antecipada em 20 a 30 dias, optando-se por cultivares precoces para viabilizar a exploração de duas safras por ano. Além disso, em 2001, o aparecimento da ferrugem asiática e a utilização de fungicidas em soja reforçou a necessidade de utilização de cultivares precoces e com tipo de crescimento indeterminado para garantir porte e produtividade no plantio antecipado. “Esses fatores vem concorrer para o aumento da ocorrência de vagens e grãos verdes”, enfatiza. “Além disso, a colheita de soja foi antecipada para janeiro e fevereiro que são meses chuvosos, o que favorece a maturação desuniforme”. Como é difícil uma alteração no sistema de produção adotado atualmente, a solução do problema, a curto prazo, é a busca por melhoria dos sistemas de pré-limpeza para a retirada das vagens verdes. O coordenador de armazenagem da cooperativa Comigo, Paulo Junqueira, diz que, na última safra, a Comigo fez testes com máquinas que foram colocadas para receber os grãos e que minimizaram o problema. “Há ainda o desafio de encontrarmos uma solução para os grãos já armazenados com o intuito de perdemos menos em quantidade e qualidade”, enfatiza. (AI EMBRAPA)
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Um novo conceito em pulverização agrícola Agroferti Indústria e Comércio é uma empresa especializada na Tecnologia de Baixa Vazão, que utiliza um novo método para aplicação de defensivos. Este novo conceito de trabalho vem sendo realizado já há dois anos pela empresa na região e, nos agricultores que adotaram a técnica de pulverização obtiveram resultados surpreendentes. A Tecnologia de Baixa Vazão vem para aprimorar e melhorar os custos operacionais e horas/máquinas na agricultura, bem como reduzir a perda de produtos por deriva. O $uce$$o desse novo negócio vem somar-se a vários fatores que possibilitam um resultado excepcional na lavoura. Dentre os fatores devemos considerar que as empresas de equipamentos de pulverização estão com produtos modernos no mercado, sem falar que o manejo, limpeza, horário de aplicações, manutenção das máquinas e bicos adequados são imprescindíveis nessa técnica. Na pulverização de alta vazão utiliza-se em média 130 litros de água por hectare, ou seja, teria que molhar a planta para funcionar o defensivo utilizado, perdendose muito com DERIVA e escorrimento do produto. Porém estudos comprovam que a eficiência de uma aplicação depende de uma boa deposição de gotas e do alvo alcançado. A nova tecnologia possibilitou a utilização de 40 à 60 litros por hectare, aumentando a área de aplicação com mesmo volume de água no tanque e, diminuindo o tempo com máquina parada para abastecimento. Também reduz em 25% a perda de defensivos em aplicações, o que garante a cobertura de gotas nas plantas e evita perdas por escorrimento, além do maior direcionamento da gota no alvo.
A Agroferti, também é fabricante de adubo foliar, da marca CERTO, produto desenvolvido para auxiliar na nutrição das plantas. Certo é recomendado para uso de BAIXA VAZÃO, adaptando-se em qualquer tipo de vazão utilizado em pulverizadores e aviões agrícolas. Este produto evita danos em equipamentos e incompatibilidade de produtos, possui fórmula extra de emulsificações condicionando uma calda livre de cristalizações. Ele também aumenta a eficiência dos produtos químicos mesmo em condição pós-chuva. Na sua composição contém surfactante, um princípio ativo que cria ambiente maior de deposição de gotas. Aplicando-se em condições de orvalho ou garoa leve, tem-se a quebra de tensão superficial da gota não havendo percas por escorrimento. CERTO possui uma grande quantidade de nutrientes necessários para um bom desenvolvimento para planta proporcionando assim resultados significativos na produção. Contribui no processo de equilíbrio de PH de calda, com efeito, tamponante estabilizando e adequando o produto utilizado para um melhor desempenho da aplicação. Através de uma moderna tecnologia, por meio de cargas negativas e positivas a queda de deriva se dá pelo processo da atração. CERTO estimula uma aceleração e ativação nas aplicações para dessecação, dispensando o uso de espalhante. E ainda colabora nas funções do processo de aplicação foliar e na ativação da fotossíntese proporcionando assim rápida a absorção do produto pela planta. CERTO não produz FITO TOXIDADE nas plantas, e é indicado nas aplicações com fungicidas e inseticidas. É um estimulante foliar que promove a abertura de estômatos acelerando sua absorção.
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NOVAS TECNOLOGIAS
Erros políticos impactam sobre produção e distribuição alimentar Frente à baixa perspectiva de aumento de produtividade e de área plantada, consultor do agronegócio ressalta necessidade de acertos políticos para solucionar a questão
O crescente aumento de demanda por alimentação no mundo, provocado pela globalização e ascensão de uma “classe média global” em países emergentes, coloca produtores de alimentos e governos em uma situação única na história. São 3,7 bilhões de pessoas ascendendo socialmente e buscando alimentos com maior valor agregado e processados – alguns até mais saudáveis. O número assusta, mas acaba encobrindo outros 1,4 bilhões de habitantes, a maioria de países do interior da África, excluídos do mercado de alimentos por serem extremamente pobres. Na outra ponta, 700 milhões, habitantes dos países emergentes e também dos já consolidados na corrida do desenvolvimento econômico, consomem cada vez mais calorias e já começam a se preocupar com ganhos de peso e doenças provenientes dos maus hábitos alimentares. Esse panorama complexo foi exposto pelo diretor da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, no 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, realizado em Londrina (PR). Durante a palestra Impactos econômicos e sociais das doenças em plantas, Galvão, especialista em administração de empresas, ressaltou os problemas geopolíticos da distribuição de alimentos no mundo, sem deixar de analisar seus principais entraves – fornecimento de matrizes energéticas, guerras, oscilações no mercado e crises econômicas – para chegar num ponto, na sua visão, crucial: os erros políticos. “Os erros políticos são as maiores causas desses problemas alimentares. Grande parte da fome
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no mundo está no campo, onde nós não conseguimos garantir o sustento do agricultor, que se vê obrigado a migrar para a cidade em busca de mais conforto”, explicou. A falta de acesso à tecnologia pelo pequeno produtor, segundo ele, também é um grande entrave na produção e sustento. “Não falta terra. A solução não é reforma agrária, e, sim, acesso tecnológico”, opinou. Com quase todas as áreas de boa qualidade ocupadas para produção no mundo, expandir a área de plantio para outras regiões – muitas delas desertas, rochosas ou em conflitos étnicos, econômicos ou políticos – é seguir rumo ao fracasso, para o consultor. A saída, continua, estaria na “expansão da pesquisa”, que aumentaria a produtividade sem depender de novas áreas de cultivo. Outro problema debatido por Galvão é a crescente – e mundial – inflação do preço dos alimentos, impulsionada pelo preço de insumos e de combustíveis. No entanto, os efeitos desse aumento não são constantes: se um consumidor médio no Brasil gasta em torno de 1/3 com alimentação, nos EUA esse gasto gira em torno de 10% do salário de um estadunidense “comum”. Soma-se a esses fatores o grande crescimento de uma “nova classe média” chinesa, novos consumidores que, em potencial, exercem grande pressão nos produtores de todo o mundo, de acordo com o consultor. A promoção do evento é da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realização da Universidade Estadual de londrina (UEL), EMBRAPA Soja e Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
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VIDA E SAÚDE
Valorização humana marca trabalho do Cisop Usuários do sistema ganham tempo e qualidade no atendimento com redução de filas e aumento no número de consultas Criado ainda em 1995, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná - CISOP passou por diversas transformações nos últimos dois anos, ao realizar atividades que visam o bem-estar das pessoas que dependem do sistema para cuidar da sua saúde. Com a implantação das mudanças tornou-se perceptível a melhoria no ambiente de trabalho, no atendimento aos pacientes, bem como houve um grande aumento da quantidade de pessoas atendidas. “Conseguimos eliminar as filas de espera para o atendimento às consultas e consequentemente, acabou o tumulto de pessoas que havia em frente ao centro de atendimento”, afirma o presidente da entidade Darci Tirelli, também prefeito de Diamante do Sul. Por outro lado, com a reorganização do sistema de atendimento, foi possível ampliar o número de consultas em 20%. Atualmente o número de atendimentos internos e externos ultrapassa a 23 mil por mês, entre consultas, exames e outros procedimentos realizados pelos profissionais da entidade. REFORMA FÍSICA O ambiente confortável para o trabalho também representa melhor produtividade, ou seja, agilidade no atendimento e na realização dos serviços burocráticos demandados pela entidade. “Pensando nisso foi realizada reforma e pintura interna e externa no ambulatório de especialidade”, diz Tirelli. Ele ressalta que o ambiente também proporcio-
nando mais conforto visual agradável tantos aos usuários externos quanto aos internos. Para complementar a reestruturação dos ambientes foram adquiridas mesas e cadeiras adequadas para uso dos computa- CONSULTAS. Número de atendimentos foi dores, para todos os con- ampliado em mais de 20% nos últimos anos sultórios médicos, proporcionando conforto e segurança no problema foi solucionado com a desempenhar das atividades. contratação de novos colaboradores, por meio de processo seletiCONTROLE ELETRÔNICO vo. “Conseguimos suprir todas as O processo de agendamento necessidades de pessoal do Cisop de consultas e reconsultas, que e hoje contamos com uma equinormalmente sofria intervenções pe qualificada e preparada para o por ser feito manualmente, foi to- exercício de suas atividades”, extalmente informatizado e todas as plica Tirelli. consultas e exames passaram a ser Na questão de atendimento aos controladas eletronicamente. “Esse pacientes, foi implantado o ambulaprocesso impede que haja furo de tório de gestação de alto risco para fila, dando o direito de igualdade e atendimento ágil e direcionado às respeito a todos os pacientes, que gestantes que estejam enfrentando também passaram a ser chamados algum tido de risco na gravidez. automaticamente para as consultas de retorno”. SOBRE A ENTIDADE Segundo Tirelli, nesse procesO consórcio é formado por 25 so de informatização também foi municípios, da área de abrangência implantado o prontuário eletrô- da 10º Regional de Saúde de Casnico, assim, caso o paciente seja cavel e atende a pacientes encamiencaminhado para outro médico, nhados pelas secretarias de saúde ao acessar o sistema o profissional destes municípios. tem todo o relatório do paciente e Além de representar os munipode checar tais informações, bem cípios que o integram, em assuncomo resultados de exames feitos tos de interesse comum, relativo anteriormente. à Saúde, mais especificamente, Atendimento. O quadro redu- perante as demais esferas constituzido de funcionários acarretava no cionais de governo; e planejar, adoacúmulo de funções e repercutia tar e executar programas e medidas no atendimento aos pacientes. O destinadas a promover a Saúde dos
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VIDA E SAÚDE
PROJETO DA NOVA SEDE EM EXECUÇÃO
CONSÓRCIO. Sede do Consórcio em Cascavel atende 25 municíos
habitantes dos Municípios consorciados, bem como implantar os serviços afins, nas diversas especialidades médicas. O CISOP é mantido com recursos do SUS, através dos serviços prestados, conforme programação SUS, e apresentado mensalmente, pela fatura PAB e FAE. Para complementar os demais orçamentos do CISOP, os municípios associados, contribuem através de mensalidade, proporcional a população de cada município. Os municípios que fazem parte do consórcio são: Anahy, Braga-
ney, Boa Vista da Aparecida, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão L. Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Espigão Alto do Iguaçu, Formosa do Oeste, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema, Jesuítas, Lindoeste, Nova Aurora, Quedas do Iguaçu, Santa Lucia, Santa Tereza do Oeste, Três Barras do Paraná, Vera Cruz do Oeste. O Cisop conta hoje com um quadro de 78 médicos especialistas, que realizam consultas e procedimentos nas mais diversas áreas da saúde humana.
As mudanças administrativas na entidade continuam, e a maior delas está em execução. Trata-se da construção da nova sede, hoje situada na Rua Erexim, centro da cidade. O novo prédio está sendo construído na Avenida Brasil, próximo à FAG. As obras estão sob a gestão da prefeitura municipal de Cascavel. São mais de 4,7 mil metros quadrados de construção, com investimento de R$ 7 milhões de reais. “Tínhamos disponibilidade de recursos de R$ 8,2 milhões, mas conseguimos reduzir em 1,2 milhões no processo licitatório”, afirma o presidente da entidade, Darci Tirelli. Entre outros benefícios, a obra vai oferecer melhoria na qualidade do serviço prestado aos usuários do sistema, um aumento na quantidade de serviços disponíveis, reorganizar a saúde dos municípios que compõem o Cisop, fortalecendo-os e dando suporte mais adequado no atendimento aos seus pacientes.
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VIDA E SAÚDE
Transporte novo a usuários do Cisop Estado destina ônibus e equipamentos de saúde para Cascavel e região Oeste
ENTRAGA das chaves dos ônibus. Miroslau Bailak, Mauricio Theodoro, Darci Tirelli, João Carlos Gomes e Paulo Wolff
FROTA entregue em Cascavel é de seis ônibus novos e totalmente equipados. 62 I Setembro/Outubro de 2014 I PARANÁ RURAL
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, participou na manhã desta quinta-feira (4/9) da entrega de veículos e equipamentos de saúde para Cascavel e outros 24 municípios da área de abrangência do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná). Participaram da solenidade, entre outros, o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, o prefeito de Diamante do Sul e presidente do Cisop, Darci Tirelli, o reitor da Unioeste, Paulo “Cascá” Wolff e o chefe da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak. Foram três os atos realizados na ocasião: assinatura de convênio para uso de um equipamento chamado de cromatógrafo por parte da Unioeste, anunciado o credenciamento de alta complexidade em cirurgia cardiovascular e intervencionista do HU (Hospital Universitário) e a entrega de seis ônibus zero quilômetro para transporte de pacientes provenientes de cidades da região.
VIDA E SAÚDE
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EXPOVEL 2014
Expovel dispõe ingressos em site e pontos de venda Com rainha eleita e atrações confirmadas, preparativos para evento ganham ritmo
A
Sociedade Rural do Oeste do Paraná intensifica os preparativos para a 35ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Cascavel/ Internacional (Expovel), que será realizada de 11 a 16 de novembro. Para esta edição, muitas novidades estão reservadas e uma delas é o valor mais acessível dos ingressos, R$ 10,00 por noite ou R$ 55,00 pelo passaporte que permite acesso ao Parque de Exposições durante as seis noites do evento. Estas entradas, bem como para o Camarote Itaipava Premium, já podem ser compradas nos postos Pra Frente Brasil e Ararajuba, nas lojas LZK e na Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), entidade que vai promover, em paralelo com a 35ª Expovel, a 2ª ExpoAcic. Os passaportes para arquibancada e camarote também podem ser compradas pelo site www.expovel.com.br. Nos dias 11 (terça-feira) e 16 (domingo), a entrada no Camarote Itaipava Premium será gratuita para associados à SRO. Basta apresentar a carteirinha na entrada do recinto. O passaporte do camarote para as demais noites custará R$ 200,00 para os associados (ou R$ 50,00 por noite). Para aproveitar a promoção, as entradas devem ser adquiridas até 10/11 na administração da Sociedade Rural. Mais informações: (45) 3228-2526 (Andrea). ATRAÇÕES Mais uma vez, a Expovel será palco do Crystal Top Team Cup, a maior competição do rodeio bra-
LANÇAMENTO. Jantar de apresentação reuniu autoridades e associados
sileiro. De 13 a 16 de novembro, os melhores de peões e montarias estarão em Cascavel em busca das premiações da modalidade no país. Dois dias antes de a poeira subir na arena, a 35ª Expovel realiza sua abertura oficial, com a presença de autoridades. Logo após, artistas locais da Sociedade Oeste Musical (SOM) comandarão o 1º Festival Regional da Música (Musivel). Eles, juntamente com os DJs Fabrício Peçanha (13/11) e Hi-Fly (15/11) serão as atrações do Camarote Itaipava Premium. Nos dias 12 e 13 sobem ao palco, respectivamente, as duplas Jads e Jadson e Pedro Paulo e Alex, estes acompanhados de seus amigos. A dupla Conrado e Aleksandro e o cantor Loubet também convidaram seus amigos na apresentação que irão fazer na sexta-feira (14). Lucas Lucco será a atração princi-
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pal de sábado (15). A última noite de festa será animada pela final do rodeio Crystal Top Team Cup. As atrações artísticas não param por aí. Durante todo o evento, grupos de toda o Brasil participarão do 4º Encontro de Orquestras de Viola Caipira e artistas da região demonstrarão todo seu talento no projeto Artista na Praça. AGRONEGÓCIO E ENTRETENIMENTO Além de contar com eventos tecnológicos do agronegócio, a programação da 35ª Expovel reserva ainda a Exposição e Mostra de Cavalo Crioulo, julgamentos e leilões de gado geral. Coordenados pela Panorama Leilões, estes ocorrerão nos dias 10 (de abertura, às 20 horas), 13 (dos Pioneiros, às 20 horas) e 16 (de encerramento, às 19 hs).
EXPOVEL 2014
PROGRAMAÇÃO COMPLETA 01/11 – sábado Cavalgada 9h – Concurso Queima do Alho 10/11 – segunda-feira Expovel Solidária 20h – Leilão de Abertura – Gado Geral
PRESTÍGIO. O presindete da SRO, João Cunha Jr, contou com o apoio do prefeito de Cascavel Edgar Bueno, no lançamento da feira
Milhões de reais serão negociados nestes eventos, que estarão cercados por completa estrutura gastronômica e de entretenimento. Com a qualidade de sempre, a praça de alimentação e o parque de diversões funcionarão a todo vapor. SOLIDARIEDADE E FÉ A exemplo do que foi realizado em outras edições, a organização do evento realizará o projeto Expovel Solidária. Um dia antes da abertura oficial, 10 de novembro, o Parque de Exposições Celso Garcia Cid receberá estudantes de escolas públicas que podeão aproveitar gratuitamente as atrações da feira. Outra ação beneficente da 35ª Expovel é o almoço em prol da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) à base de boi no rolete. A refeição será servida no domingo (16), a partir das 12 horas. Durante os seis dias da 35ª Expovel, ocorrerão as atividades do 1º Adorai Fest. Trata-se de um evento da Associação de Jovens Adorai, composta por juventude católica de Cascavel e região que terá feira de artigos religiosos, shows ao vivo de músicas sacras e corredor gastronômico “Jornada Rumo à Polônia” – uma alusão à próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada na cidade
11/11 – terça-feira 20h – Abertura Oficial 1º Festival Regional de Música (Musivel) – Sociedade Oeste Musical (SOM) Início do 1º Adorai Fest
de Cracóvia entre 26 e 31 de julho de 2016 – com os melhores pratos do país do leste europeu como a papieska, um doce muito apreciado por Karol Wojtila, o papa São João Paulo II. Estas atrações estarão divididas em 14 estandes e a organização do evento informa que alguns ainda estão disponíveis para comercialização. Mais informações, pelo telefone (45) 8818-5684 (Viviane Willeman Moll, presidente da Associação de Jovens Adorai).
12/11 – quarta-feira Show com Jads e Jadson Camarote Itaipava Premium (SOM) após o show
QUEIMA DO ALHO Embora a 35ª Expovel inicie-se oficialmente somente em 11 de novembro, no dia 1º do próximo mês já haverá um evento que integra a feira. Trata-se de uma das etapas do Circuito Queima do Alho, concurso culinário em que comitivas preparam, no período máximo de quatro horas, arroz carreteiro e feijão gordo em fogões à lenha improvisados, ao estilo dos antigos tropeiros. Os autores dos três melhores pratos serão premiados. Os lucros da Queima do Alho serão revertidos em prol da Expovel Solidária. O evento será o ponto de chegada de uma cavalgada que atravessará a cidade, desde as primeiras horas da manhã, com o objetivo de divulgar a feira.
14/11 – sexta-feira 2ª noite do Top Team Cup Shows com Conrado e Aleksandro, Loubet e amigos Camarote Itaipava Premium (SOM) após o show
13/11 – quinta-feira 1ª noite do Top Team Cup 20h – Leilão dos Pioneiros – Gado Geral Shows com Pedro Paulo e Alex e amigos Camarote Itaipava Premium após o show (SOM e DJ Fabrício Peçanha)
15/11 – sábado Top Team Cup – semifinal Show com Lucas Lucco Camarote Itaipava Premium após o show (SOM e DJs Hi-Fly) 16/11 – domingo 12h – Boi no rolete em prol da Apae/Cascavel Término do 1º Adorai Fest 19h – Leilão de Encerramento – Gado Geral Top Team Cup – Grande final Camarote Itaipava Premium (SOM) Encerramento
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EXPOVEL 2014
Késsia Cruz é eleita rainha da Expovel Escolha foi realizada em baile no Wood’s Bar no início de outubro
KÉSSIA Cruz representará a beleza da 35ª Expovel
Késsia Cruz é a nova rainha da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Cascavel (Expovel), um dos maiores eventos do agronegócio do Sul do Brasil que chega à sua 35ª edição. Em evento com grande presença de público, realizado no último sábado (04) no Wood’s Bar, ela recebeu a faixa de Karina Moura Roman, rainha da Expovel 2013. Fernanda Marcante e Claudinéia Alves da Silva são, respectivamente, 1ª e 2ª princesas. As outras seis candidatas – Ana Paula Formighieri de Oliveira, Danielle Cristina Queiroz dos Santos, Letícia Cristina de Oliveira Marcante, Luana Lasta, Patrícia Zandonai e Suelen Lima Silvério também receberam o título de princesas da feira. Filha de Benedita Ivonete Rezende e José Cruz Filho, a rainha da 35ª Expovel tem 19 anos e cursa o 1º ano de Administração na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Desde
A RAINHA ladeada pela 1ª e 2ª princesas
criança, Késsia frequenta a feira e agora tem a responsabilidade de ser a rainha da exposição. “Sempre gostei muito do rodeio, dos shows, das atrações do parque, da gastronomia e ter sido eleita rainha deste evento, que é completo, para toda a família, é uma emoção indescritível e tanto eu quanto as princesas faremos de tudo para representá-lo muito bem, com muito carisma, muita disposição e muita alegria”, destaca. DESFILE DE BELEZA E ELEGÂNCIA O desfile das nove candidatas à Rainha da 35ª Expovel – que têm entre 17 e 23 anos – foi dividido em duas partes: na primeira, elas subiram ao palco vestidas de camiseta e calça jeans; na segunda, elas mostraram toda sua elegância em trajes country chique. Em ambas as entradas, elas fizeram bonito em coreografias elaboradas e ensaiadas pelos coreógrafos e bailarinos Leandra
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Vaglatti e Genílson Gomes. Tudo isso foi acompanhado de perto pelos cinco jurados do concurso, que avaliaram a beleza, simpatia, desenvoltura e elegância das candidatas. Com o apoio de várias empresas, o evento foi promovido pela Diretoria Feminina da Sociedade Rural do Oeste do Paraná. A responsável pela diretoria, Joelma Siqueira Cunha, faz uma avaliação positiva do baile de escolha, que teve ainda, após a escolha da Rainha da 35ª Expovel, um show do cantor Matheus Andrade. “Foi uma satisfação enorme ter contado com estas candidatas, que foram as responsáveis pelo sucesso deste evento, com grande prestígio do público. Isto já mostra o que será a Expovel, que será realizada de 11 a 16 de novembro. Essas meninas vão emprestar toda sua alegria, sua beleza e o seu charme e é isso que eu e toda a diretoria da Sociedade Rural esperamos do reinado da Késsia e das suas princesas”, salienta
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MUNICÍPIOS
Pequenas propriedades têm patrulha mecanizada Benefício levado aos produtores rurais de Diamante do Sul proporciona mais renda ao campo e ao município
ACESSO. Lama e poeira são amenizadas com o calçamento
Ao todo são mais de 400 mini e pequenos produtores rurais que dispõe de um conjunto completo de maquinários agrícolas para uso na sua propriedade. O município foi dividido em seis microrregiões, sendo que em cada uma dessas localidades foi disponibilizado uma patrulha mecanizada, conforme é denominado o conjunto de um trator com os demais implementos (grade, plantadeira, ensiladeira, distribuidor de adubo orgânico, distribuidor de calcário, carretas para transportes, entre outros). Cada uma das microrregiões conta com uma associação de produtores, a qual faz a coordenação de uso dos equipamentos por meio de agenda. A associação tem total
suporte da prefeitura municipal, por meio da secretaria de agricultura, para manter os maquinários. “Fornecemos toda a manutenção dos equipamentos e reparos nos casos de danos, bem como fornecemos o combustível para as patrulhas”, explica o prefeito Darci Tirelli. Segundo ele, para custear parte das despesas e manter a associação, os produtores para R$ 40,00 a hora de uso dos equipamentos, o restante é subsidiado pela prefeitura. Entre os benefícios aos produtores está a redução no custo das atividades agrícolas desenvolvidas pelos usuários e o aumento da produtividade. “Como são pequenas áreas, não comporta ao produtor ter um equipamento para uso ex-
OBRAS. Calçamento está em andamento e levará mais conforto aos moradores das comunidades
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clusivo da propriedade, bem como muitos deles não teriam condições de adquirir um trator e todos os implementos”, diz Darci, lembrando que agora, em época de plantio da safra de verão, muitos teriam dificuldades para realizar as suas atividades, não pudessem contar com a patrulha. Ainda há o ganho financeiro que vem com o aumento da produtividade e proporciona melhor qualidade de vida às famílias. O projeto existe há alguns anos, mas intensificado em 2012 e neste ano atingiu a cobertura a cem por cento das propriedades. A patrulha se tornou uma ferramenta fundamental, com a qual os produtores contam diariamente para a realização de suas atividades agropecuárias. “Se tirarmos os equipamentos hoje, os produtores não teriam outra forma para fazer os seus trabalhos no campo e de produzir”, afirma Darci. Outro projeto que está em execução no município de Diamante do Sul, em parceria com o governo do Estado, é o calçamento de 11 quilômetros em comunidades rurais. O objetivo é facilitar o deslocamento e o bem-estar das famílias que moram no interior.
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PISCICULTURA
Atual situação da piscicultura brasileira Matérias primas como alevinos e rações de boa qualidade, disponibilizadas ao mercado nos últimos anos, tem favorecido a produção de peixes Adilar Venites Presidente da Associação de Aquicultura de Toledo Criar peixes hoje em dia é uma tarefa muito prazerosa, pois é muito gratificante criar um animal que muito pouco incomoda. Aliás, só quem incomoda são os pescadores clandestinos que vem tentar roubar seus peixes. Com novas tecnologias ficou muito cômodo cuidar da criação, pois temos muita facilidades em adquirir alevinos de boa qualidade, tendo inúmeros criadores aqui na região. Outro problema era conseguir rações de boa qualidade, mas isso também foi sanado com várias fábricas de ração que se especializaram em fazer concentrados de boa qualidade e em quantidade suficiente para suprir a demanda. Rações distribuídas a granel sendo descarregada em silos como é feito na avicultura e na suinocultura, barateando o custo da produção. Um dos maiores problemas na
criação de peixe sem dúvida era o arraçoamento devida á grande quantidade de sacas que eram necessárias para alimentar, gastando muito tempo para alimentar todos os viveiros. Esse problema foi sanado com equipamentos de grande precisão, onde um operador é capaz de tratar dezenas de viveiros em pouco tempo. A despesca também não é problema, tendo hoje equipes que se especializaram em fazer esse tipo de serviço, com muita eficiência. Enfim criar peixe hoje em dia é muito fácil, o maior problema é sem dúvida a comercialização, esse sim é o grande entrave do sucesso dessa criação. Estive conversando com diversos piscicultores e todos foram unanimes em dizer que a comercialização é o grande problema a sem resolvido, uma vez que o peixe está pronto para ser comercializado e não ter para quem vender começa aí a dor de cabeça com os boletos de ração, além da conversão ali-
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mentar começar piorar. Uma das soluções para esse problema é fazer um contrato com os frigoríficos, pesqueiros, ou outros compradores que possam dar conta de absorver a produção. Antigamente o maior problema era os caloteiros que existiam por aí, que levavam os peixes para os pesqueiros do estado de São Paulo e recebiam cheques frios repassando para os nossos produtores que sem poder de reação acabavam fechando a piscicultura. Graças aos frigoríficos daqui da região é que aos poucos foram retornando à atividade com lucratividade menor mas com certeza de poder receber seus produtos. Em um balanço sobre a real situação da piscicultura da região podemos afirmar que a piscicultura está cada dia mais forte, mais sólida, muito mais profissional, e a cada dia vai conquistando um espaço muito merecido, a quem devemos agradecer ao povo batalhador que não desistiu nas primeiras dificuldades encontradas.
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MODA DO CAMPO
Fabricado em diversos modelos – de lona, de tecido, de couro, com tachas, com fivelas grandes, com desenhos, os cintos ganharam os gostos masculino e feminino e ‘vestem’ pessoas de todas as idades, tornando-se um acessório indispensável ao guarda-roupa, por que além de ser uma peça que segura àquela calça mais folgada na cintura, dá uma diferenciada no look.
Cintos: do country ao sofisticado Usado atualmente pela maioria dos homens por razões utilitárias e, pelas mulheres, com propósito de ornamentação, o cinto também tem a sua história no contexto da humanidade. Inicialmente tinha uma única função, segurar as calças na cintura. Depois passou a complementar a composição, decorando-a. Mesmo existindo desde 3000 a.C., no século passado foi substituído pelos suspensórios que tinham a mesma finalidade, segurar as calças. Já os caubóis americanos do século XIX utilizavam o cinto com a finalidade de prender cartucheiras e carregar suas armas. Mas é no cenário da moda feminina que os cintos começam a ganhar cores, formas e larguras variadas, fivelas, aplicações e enfeites. Também ficou fora de uso nos anos 20, quando estavam na moda os vestidos largos com cintura baixa. Mas logo reaparecem combinando com as roupas, confeccionados no mesmo tecido. Na década seguinte as sais rodadas e as calças compridas vinham acompanhadas de cintos estreitos.
DICAS
Para não marcar o couro, guarde-o pendurado. Compre sempre com a numeração adequada para não fazer furos a mais, estragando-o. Os cintos trançados de couro são acessórios indispensáveis no guarda-roupa dos adeptos ao estilo country. Cheios de estilos os cintos trançados de couro deixam os looks muito mais modernos e despojados e podem compor os mais variados tipos de produções.Os mais largos, por exemplo, ficam bonitos com vestidos florais e jaquetas. Camisetes e calças jeans também vestem bem com este acessório.
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Conforme os anos foram passando, surgiam novos modelos, fabricados com diferentes matérias prima - de escamas em metal, com argolas de metal, dourados e prateados, cintos de correntes de metal Chanel e cintos em vinil colorido. Mais tarde vieram largos e com tachas, utilizados soltos na cintura e nos quadris. Nos anos 80, surgem os cintos de cadarço, que se tornaram febre no Brasil. Enfim, até os dias de hoje, os cintos continuam presentes nos guarda-roupas feminino, masculino e infantil como peças indispensáveis às composições tanto diárias quanto mais elegantes. O que vale mesmo é usá-los como acessório de destaque. Ou seja, se usar as peças de roupas todas de uma cor, use um cinto de uma cor diferente, para dar um contraste. Opte por usar os cintos de lona com jeans e tênis. Em eventos formais use cintos formais. Ou seja, sapato social com cinto social. Mas se não for formal, use a criatividade, não precisa, necessariamente, combinar o cinto com o calçado.
AMIGOS DA PARANÁ RURAL
COLORINDO A ESTAÇÃO. A simpatia das recepcionistas Vanessa e Daiane, do Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, no centro de pesquisas de Santa Tereza do Oeste, dão as boas vindas à primavera.
Perfumistas e responsáveis pelo setor de compras das Farmácias Estrela
Cátia do Beal, Leticia Fabian e Conceição Oliveira
COMEMORANDO. Nada melhor do que reunir amigos e a família para comemorar os bons êxitos da vida. Foi isso que fez o vereador Márcio Pacheco, para comemorar a sua vitória no pleito para Deputado Estadual. Pacheco reconhece e agradece a valorização de toda a sociedade pelo seu trabalho.
Conceição Oliveira, supervisora da Bio Extratus
TREINAMENTO EM COSMETOLOGIA
Consultoras da Bio Extratus para Cascavel e região
A supervisora de Merchandising da marca Bio Extratus, Conceição Oliveira, esteve em Cascavel no início de outubro para ministrar treinamentos às consultoras de beleza, representantes e clientes da marca atendidos pela Bio Ativos Cosméticos, distribuidora exclusiva da Bio Extratus na região. Entre os presentes nos três dias de evento estavam os sócios-proprietários da Bio Ativos, Silvana Fabian Duarte, Letícia Fabian Barbosa, Irene Fabian e Elio Fabian, além de empresárias do setor de cosméticos de Cascavel e região. PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 79
PÓS COLHEITA / MARINGÁ
BAYER. Os profissionais da Tecnigran Alexandre Guarezi, Nivaldo Nascimento e Silvio Silva, com Paulo Baruffi e Juliana Witkowski, da Bayer.
TOLEDO. Marino Passoni, Alecssandro e Lafaiete Santana, atendendo no estande, durante a Abrapós
SAUR. João, Giovano e Stefan, no atendimento aos visitantes do estande.
OTIMIZAÇÃO dividindo o estande com outras empresas , João, Douglas e Magnos, da Winckieel, com Pedro Freitas, da Stern Tech
KEPLER WEBER. Ednilson Otto recepcionando os clientes Edson Munhoz, da Integrada e Alcemir Chiodelli - da C-valle 80 I Setembro/Outubro de 2014 I PARANÁ RURAL
COOL SEED. Na Abrapós, Fabrício, Kleber e Roberto Bortolotto atenderam aos clientes da Cool Seed.
PÓS COLHEITA / MARINGÁ
CONSILOS. Equipe da Consilos na Abrapós: Júlio, Márcio e Jonatas, recepcionando os clientes no estande da empresa.
TECNAL. Arnaldo Pocay e Marcos Bicudo da Tecnal com Gilberto Sobczak, da Cycloar.
ATENDIMENTO. Servindo os sucos e cafés da Cocamar, durante a Abrapós, Fernanda Westphal e Andressa Lago
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GENTE & EVENTOS
Crocante e muito saboroso Festa Nacional do Porco no rolete reúne visitantes de diversas regiões do Estado
MOVIMENTO. O tempo firme colaborou para que as famílias pudessem participar do evento
O sol e o calor que fizeram durante todo o dia, contribuíram para que mais de 20 mil pessoas vindas de várias regiões do Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina prestigiassem a 36ª Festa Nacional do Porco Assado no Rolete, realizada no Clube Caça e Pesca, de Toledo - PR. Cerca de 280 porcos foram assados no rolete e o consumo de carne foi de 15 toneladas. Conforme o presidente do clube, Jorge Luiz Novashisnki, o evento superou as expectativas da diretoria e já adiantou que a festa em 2010 está programada para acontecer no dia 19 de Setembro. Para o prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato, a festa é de agradecimento ao produtor rural que soube, ao longo dos anos, cultivar uma suinocultura forte no
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município. “O índice de 33% do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBPA) refere-se à suinocultura. Toledo é maior PIB agropecuário do Brasil e isso se deve ao agronegócio. A cidade é precursora em festas gastronômicas”. frisou. De acordo com o deputado federal, Dilceu Sperafico, já são 36 anos ininterruptos da festa tradicional. “A cada ano aumenta a qualidade e o número do público. Uma festa como essa mostra para os brasileiros e para o mundo que a carne é saudável, saborosa e agrada a todos os paladares, divulgando ainda mais o evento.” destacou. A mesma opinião tem o deputado estadual, Duílio Genarim que relembrou o momento em que foi prefeito de Toledo e criou a primeira festa do porco assado no rolete, a nível regional.
GENTE & EVENTOS
PREPARO. Na cozinha as mulheres que preparam os acompanhamentos
NO ROLETE. No calor do fogo os assadores capricharam na receita
PREFEITURA. Setor administrativo do município de fez presente com estande onde recepcionou autoridades
COORDENAÇÃO. Um dos casais que ajudou na coordenação da festa
HERBIOESTE. Profissionais da Herbioeste e da cervejaria Colônia trocando figurinha durante a festa
CALÇAMENTO. Investimentos em melhorias realizados no parque contribuiram para o bem-estar dos visitantes
FAMÍLIA. Clientes, famíliares e funcionários recebidos no estande PARANÁ RURAL I Setembro/Outubro de 2014 I 83
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DIVERSIDADE AGRO
Foto: Embrapa
Volume de exportações em Portos do Paraná ultrapassa as 35 mi/t Foto: APPA
Instruções técnicas para profissionais O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Paraná), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lançaram, no último dia 8, a publicação “Resultados do Manejo Integrado de Pragas na Safra 2013/14 no Paraná”. O lançamento contou com a presença do diretor técnico do Emater, Natalino Avance de Souza; do secretário executivo do programa Plante Seu Futuro, Tarciso Fialho, do chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan e dos autores Osmar Conte, Nelson Harger, Fernando Teixeira de Oliveira e Beatriz Côrrea-Ferreira. A publicação foi entregue para 100 agrônomos que assistem produtores em 15 regiões de atuação do Emater no Paraná, além de profissionais da Federação da Agricultura do Estado e da cooperativa Coperabro. Os técnicos participam nos dias 7 e 8 de outubro de treinamento em Manejo Integrado de Pragas (MIP), realizado pela Embrapa e Emater-PR. O coordenador do projeto grãos do Emater-PR, Nelson Harger, diz que o treinamento possibilita a ampliação das ações do MIP no Estado. “Pretendemos trazer informações qualificadas aos técnicos para que eles auxiliem os produtores nas tomadas de decisão referentes ao manejo de pragas no sistema da produção em que a soja participa”, ressalta Harger.
Os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 35,4 milhões de toneladas de produtos, de janeiro a setembro de 2014. O volume se manteve estável em relação ao mesmo período de 2013. Entre os destaques, as exportações de soja, em grão e farelo, seguem registrando alta. Ao todo, o Porto de Paranaguá exportou 7,4 milhões de toneladas de soja, o que representou alta de 5% em relação ao volume exportado no mesmo período do ano passado. E foram 4,1 milhões de toneladas de farelo – uma alta de 4% no comparativo com o mesmo período de 2013. O número de contêineres destinados à exportação aumentou 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 283 mil TEUs movimentados, ante os 258,3 mil exportados até setembro, em 2013. Nos importados, os fertilizantes seguem liderando a movimentação. Foram 7,5 milhões de toneladas do produto, até setembro, o que representou alta de 5% em relação a 2013. A movimentação de carga geral também foi destaque. Até setembro, foram movimentadas sete milhões de toneladas de produtos, 6% a mais do movimentado no mesmo período do ano passado. (Agência de Notícias do Paraná)
Comércio de Horti está mais atrativo no PR Foto: APPA
A boa produção de hortigranjeiros colaborou para redução da média de preços no atacado da Ceasa Curitiba. Segundo levantamento realizado semanalmente pela Divisão Técnica e Econômica (Ditec), da Ceasa Paraná, as cotações dos 30 principais produtos comercializados no atacado da empresa apresentaram queda de 1,91% se comparados à semana anterior. “As chuvas regulares das semanas anteriores colaboraram também para a boa produção dos hortigranjeiros, muitos com ciclos curtos entre o plantio e a colheita”, diz Antônio Evandro Pilati, assistente técnico de mercado da Ceasa Paraná.
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RETRATOS DA BAHIA
O Oeste Baiano
captado pelas lentes do fotógrafo Sérgio Sanderson Neste pedaço do paraíso está situada a Fazenda Onça do Barão, prestes a implantar um projeto que vai transformar a realidade agrícola daquele Estado
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RETRATOS DA BAHIA
O cerrado, representa 20% do solo no Brasil. É o 2º maior ecossistema brasileiro, e a 2ª savana mais rica do mundo em biodiversidade. Nos chapadões, campos e veredas, está a mais exuberante vegetação de reservas florestais permanentes.
No município de cocos está um dos maiores aquíferos do mundo, o Urucuia. É o maior do país. Ele transborda em diversos rios de águas limpas e perenes. A posição geográfica é propícia para produção de alimentos através da irrigação.
A região de cocos, ainda não deu vazão a todo o seu potencial. Suas terras poderão ter melhor fertilidade e o município ainda poderá melhorar seu IDH. Cocos é um lugar diferente. Cheio de contrapontos. Mas lindo por natureza.
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RETRATOS DA BAHIA
Área agrícola Cocos tem um milhão de hectares agricultáveis, mas só 5% está sendo explorado. O pouco que está sendo feito na agricultura irrigada já vem mostrando resultados positivos. Por meio de um projeto viável e consistente. O projeto de irrigação Onça do Barão está localizado às margens do Rio Formoso, a 78 km do município de Cocos. É um investimento comercial com grande impacto econômico e social na região.
Dias melhores As pessoas deste lugar são simples, humildes, mas trabalhadoras e cheias de sonhos. Carregam a esperança de uma vida melhor. Depositam essa esperança na confiança de quem vem de fora, trazendo a inovação, onde a agricultura ainda segue práticas antigas
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RETRATOS DA BAHIA
Visão de futuro Este é mais um projeto da família Branquinho, de um homem de visão, enraizado na fé, que tem uma trajetória de sucesso, que quer valorizar o povo da região e produzir alimentos.
O que vem de encontro à necessidade da população e aos apelos da ONU, que se preocupa os alimentos para o futuro. Esse crescimento populacional dependerá de investimentos na produção agrícola, para garantir o sustento e boa qualidade de vida .
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RETRATOS DA BAHIA
Dentro da lei O projeto Onça do Barão está de acordo com a legislação e conta com as autorizações ambientais já concedidas.
A irrigação propicia um salto para a produtividade. E a Bahia se diferencia dos demais estados do Brasil pelos muitos rios que alimentam o sistema fluvial e possibilitam a irrigação.
Está alicerçado em estudos e análises de dados feitas por profissionais habilitados, e embasado nos conceitos de sustentabilidade e preservação das riquezas naturais.
Dos 4.300 ha da fazenda Onça do Barão, 1 mil serão de reserva legal e 2 mil ha serão agricultáveis, com investimento de R$ 40 milhões em irrigação.
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RETRATOS DA BAHIA
Produção irrigada A água utilizada será captada do Rio Formoso, pertencente à bacia hidrográfica do São Francisco e sub bacia do Rio Carinhanha, alimentado pelo aquífero Urucuia. As águas serão bombeadas por moto bombas, conduzidas por 4 canais de distribuição com passagens e monges reguladores de nível de água, para 23 pivôs.
Os sistemas irrigados com pivô central têm se consolidado no oeste da Bahia, com menor destinação de florestas para cultivo de alimentos. A agricultura sustentável ajuda a proteger as nascentes e mananciais, a conservar o solo e o meio ambiente. Assim é possível manter mais locais com vegetação nativa e preservando o ecossistema. Com a irrigação a água dos mananciais e rios, contribui para a produção de alimentos e depois volta ao seu leito, mantendo a ordem natural.
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RETRATOS DA BAHIA
Cadeia Regional O projeto também vai movimentar a cadeia socioeconômica da região, atraindo para Cocos, agroindústrias e empresas do segmento agrícola. A fazenda onça do barão vai produzir soja, feijão, café, algodão e milho A soja é a cultura de maior importância econômica do país. O Brasil é maior exportador do mundo. O feijão comum é o grão mais consumido no Brasil e o consumo mundial demanda de maior produção. A demanda por milho no país é muito grande ante a sua necessidade na alimentação animal e humana.
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RETRATOS DA BAHIA
Ambiente favorável O clima da Bahia é ideal para produzir café irrigado o ano todo. O Brasil é o maior produtor e exportador e o 2º maior consumidor do mundo O avanço da tecnologia possibilita que o algodão tenha alta produtividade e boa qualidade no cerrado baiano. A fruticultura é responsável por 27% da mão de obra agrícola do agronegócio brasileiro.
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RETRATOS DA BAHIA
Desenvolvimento A agricultura é de suma importância para a economia do país. Ela representa 27% do PIB brasileiro e promove o desenvolvimento das cidades, como o que ocorreu no cerrado baiano, com Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, Entre outras cidades, que em pouco mais de uma década se tornaram celeiros na produção nacional de grãos. As terras da Bahia são pouco férteis para a produção, mas o uso de tecnologias adequadas para a correção do solo tem proporcionado condições ideais para a alta produtividade. A presença da Embrapa contribui muito para essa grande mudança no cerrado baiano, auxiliando na introdução da mesma linha tecnológica implantada no planalto central. Essa realidade compreende 11 municípios do cerrado, e totaliza cinco milhões de ha aptos para a agricultura 2,3 milhões de hectares já estão em plena produção de grãos. Faltam ainda três milhões de hectares para serem explorados
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RETRATOS DA BAHIA
Uma nova realidade Com todo esse potencial agrícola, o oeste da Bahia precisa de mais investimentos em armazéns e silos para guardar suas safras, uma vez que a região está em franco desenvolvimento. A região oeste da Bahia tem uma ótima infraestrutura aeroportuária, necessária para o bom desenvolvimento Com vários aeroportos particulares pavimentados, usados inclusive por autoridades governamentais de todo o brasil.
Ao se concretizar, o projeto Onça do Barão vai transformar os sonhos em realidade e a esperança das pessoas em dignidade social. Transformar o cerrado de cocos numa região próspera, melhorar a qualidade de vida, apontando novos horizontes ao futuro destes, que por ora só tinham a esperança para levar no olhar. E o mais importante é que tudo isso será feito dentro da lei.
Fazenda Onça do Barão, um investimento sólido no presente com olhos voltados ao futuro.
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