Paraná Rural Ed. 10

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Carga e Transporte So


Soluções Sob Medida


EDITORIAL

Com foco no agronegócio Se de um lado estão as empresas de pesquisas, com excelentes profissionais e suas descobertas constantes para a melhoria da produção agrícola, no outro está o agricultor e suas buscas contínuas por novas tecnologias. Ou seja, um detém o conhecimento, o outro precisa dele para alavancar o seu trabalho. E, para fazer o encontro dessas duas pontas, são realizados inúmeros eventos tecnológicos, de pequeno ou grande porte, onde o agricultor e o pesquisador ficam frente a frente e trocam todas as informações possíveis. Entretanto, a quantidade de novidades do agronegócio é infinitamente maior do que o número de eventos realizados pelo setor. Tanto quanto a rapidez em que as coisas acontecem, é bem maior do que o tempo disponibilizado pelos profissionais da área para fazer a troca de conhecimentos. Assim sendo, esse processo pode ser complementado de uma forma mais dinâmica e rápida, por meio de veículos de comunicação confiáveis e que estejam ao alcance do produtor rural. E aqui está a revista Paraná Rural, como um desses veículos que tem como objetivo levar informações a todas as pessoas envolvidas com o agronegócio, seja na abrangência regional ou nacional. Nossa intenção é fazer deste, um bom aliado do agricultor, do empresário rural, com notícias sobre o agronegócio, informações tecnológicas, curiosidades sobre o campo, entre outros conhecimentos que gerem benefícios à produção agrícola e bem-estar às famílias que vivem no campo. De certa forma, queremos contribuir para que as inovações técnicas e científicas possam ser cada vez mais aplicadas na agricultura e ajudem a transformar as propriedades em empresas agrícolas, facilitando a produção e melhorando a produtividade do agricultor. E a partir desta edição vem com nova editoração, ainda mais recheada de conteúdo e com nova roupagem em termos de diagramação e imagens. Para que assim, além de agregar em conhecimento, se torne um veículo atrativo ao olhar e à leitura. Então, tenha uma boa leitura!

Paraná RURAL

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ÍNDICE

REpoRTAGEM ESpECIAL

MUNICípIoS

08

74

Agricultura do oeste baiano em plena expansão

prefeitos mostram ações em evidência no município

pECUáRIA

60

Copacol investe no leite e foca na criação de bezerras

EVENToS

AGRICULTURA

42 Mulheres investem em 46indústria de tomates Bicho da seda muda vida de agricultores

28

Bahia Farm Show inova e movimenta agricultura

MoDA

94

o eterno charme dos chapéus

pESqUISA

apresenta tecnologias 50 Iapar para a cultura do feijão

EXpEDIENTE Revista Paraná Rural Ltda.-ME - CNPJ 15.454.495/0001 - 04 Rua Aroeira, 362, Parque Verde - Cascavel/PR - CEP 85807-802

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DEPARTAMENTO COMERCIAL . Mauro Silva (45) 9966-9667 maurosilvapr@hotmail.com CONTATOS PUBLICITÁRIOS . Londrina: (43) 9843-4324 andreluyluy@gmail.com . Maringá: (44) 3026-4457 glaucia@guerreiro.agr.br ASSESSORIA CONTÁBIL . Bonfim Contabilidade

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NO ESPLENDOR DO HORIZONTE BAIANO

“OS HOMENS QUE TENTAM FAZER ALGO E FALHAM SÃO INFINITAMENTE MELHORES DO QUE AQUELES QUE NÃO TENTAM FAZER NADA SEM ENTENDER AS FALHAS”

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REPORTAGEM ESPECIAL

Por Mauro Silva Fotos: Sérgio Sanderson

Estou pela primeira vez em visita a trabalho a Luis Eduardo Magalhães (antiga Mimoso do Oeste), na Bahia, que foi fundada ainda em 1987, mas se emancipou de Barreiras no ano de 2000. De acordo com o último censo, realizado em 2013, a cidade possui 68.977 habitantes. Entretanto, um levantamento de dados local mostra que a população já alcança os cem mil habitantes. E continua crescendo vertiginosamente. A economia do município vive basicamente da agricultura, em especial do cultivo de soja, café e algodão, mas é impressionante o seu desenvolvimento e a sua riqueza. Tanto que se pode afirmar que as tecnologias de precisão utilizadas na região tem contribuido significativamente para acordar este solo gentil, adormecido em berço esplêndido.

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Com apenas 14 anos de emancipação, Luis Eduardo Magalhães tem porte de cidade grande e continua crescendo...

O

município era antes um pequeno povoado denominado Mimoso do Oeste, que passou em 3 de dezembro de 1987, a ser distrito de Barreiras. Através da Lei n° 395/1997, em 17 de novembro de 1998, recebeu a nova denominação, após referendo decorrente de um projeto elaborado pela então deputada estadual Jusmari de Oliveira. Assim, em 30 de março de 2000, pela Lei 7619/00, transformou-se município e recebeu o nome de Luis Eduardo Magalhães, em homenagem ao falecido deputado federal, filho do senador Antônio Carlos Magalhães. E, entre os muitos atritos e contravenções que ocorreraram inicialmente, o município se superou e continuou firmando-se cada vez mais, ante a vontade de seu povo. Hoje é incontestável que o município tem a maior taxa de crescimento do país, tendo se tornado, em pouco mais de 14 anos de emancipação, a própria força e ferramenta de crescimento do agronegócio do oeste baiano.

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UMA ECONOMIA EM ASCENSÃO Possui significantemente umas das maiores economias do estado da Bahia.A região é responsável por boa parte da produção de grãos e a renda per capita está entre as maiores do Brasil. O parque industrial é composto por empresas líderes em seus segmentos, inclusive quase trinta multinacionais. Entre as empresas pioneiras que se instalaram no município, estão a Cooperativa Agrícola de Cotia, na época a maior cooperativa do Brasil, a Ceval, indústria de esmagamento de soja, mais tarde incorporada pela Bünge Alimentos, sendo hoje esta unidade a maior esmagadora de soja de toda a América Latina, e também uma grande cooperativa regional, a Cooperativa do Oeste de Minas Gerais. Além destas, muitas outras empresas encontram-se em crescimento acelerados e acreditando neste fabuloso oásis do nordeste. O município está situado em uma das regiões mais prósperas do Brasil, com uma das maiores produ-

ções de soja e milho do mundo, segundo em produtividade para algodão, com mais de dois milhões de hectares produzindo a todo vapor, a qual podemos definir como uma locomotiva do progresso brasileiro. Sua agricultura é pujante, diversificada e de grande produtividade. Possui gigantescas áreas irrigadas. Sua pecuária é de alta qualidade, tanto na área genética como tecnológica. No ano de 2007, entrou em funcionamento um grande e moderno frigorífico de aves, paralelamente está funcionando uma fábrica de ração para sustentar os produtores integrados de mais de um milhão de aves por mês, transformando-se assim o município num dos maiores produtores de aves da Bahia. Sua capacidade de produzir pode ser afirmada pela lógica da tecnologia empregada em tudo o que se produz. A EVOLUÇÃO EM BERÇO ESPLÊNDIDO O município é um dos cinco do Brasil que sediam um dos


...com a mesma rapidez que aumenta a produção no campo e surge a imponência das grandes indústrias na cidade

maiores eventos de equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio a Bahia Farm Show, este ano em sua 10ª edição. Participando anos anteriores junto ao Agrishow, que teve a sua primeira edição na cidade de Ribeirão Preto, e entre outras com a de Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR). A rede de hotéis é diversificada, indo dos mais simples até os de categoria internacional. Viabilizando a feira e proporcionando aos visitantes a satisfação de estar em Luis Eduardo Magalhães. O comércio é suficiente para atender toda a demanda de seus habitantes, tanto na área de alimentos como produtos e implementos agrícolas, produtos agropecuários e na área da construção civil. Mas mas como toda cidade em grande desenvolvimento, Luís Eduardo está caminhando para se consolidar como cidade modelo. Porém, com uma visão futurista. Para chegar lá, o prefeito Humberto Santa Cruz, está proporcionando aos seus habitantes soluções para problemas de infra-es-

trutura, tais como: tratamento de esgoto, galeria de águas pluviais, pavimentação asfáltica e habitação para famílias de baixa renda, “com o tudo o que é necessário para o crescimento de uma cidade em ritmo acelerado de crescimento”, diz o prefeito. A ideia, segundo ele, é planejar o desenvolvimento uniforme de Luis Eduardo Magalhães, para os próximos 40, 50 anos. “É um legado que quero deixar para a população desta cidade. Vou dedicar todo o meu esforço e empenho para que este ‘plano diretor’ se torne referência aos futuros governantes do município”, salienta Humberto, ao explicar que, para isso, ouve as necessidades e os anseios da população, desde o empresario até o cidadão mais humilde. Na área da saúde e educação a prefeitura tem feito um grande esforço, o que tem tornado esses serviços bem aceitos. Na área habitacional de médio e alto padrão, a cidade conta com grandes investimentos, tanto na construção de edifícios residenciais de seis, oito,

dez ou mais andares (mais de quinze em construção, com edifícios de até vinte andares), bem como em condomínios horizontais de altíssimo padrão, inclusive com campo de golfe e pista de pouso para aeronaves de seus moradores.

AS RAIZES DE UM POVO É notável no município a mistura de culturas e etnias, com destaque para goianos e paranaenses devido à migração dos povos vindos do sul do país, formando uma nova homogenização de povos que vem de todas as partes do Brasil . Sua população é muito religiosa, havendo na cidade duas paróquias católicas e mais de cinqüenta templos evangélicos. Estima-se que mais de sessenta por cento da população seja evangélica. Formando uma nova consciência social.

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REPORTAGEM ESPECIAL

Agricultura moderna se contrapõe aos nativos A cultura da soja é introduzida de forma acelerada, novos cultivos são testados, diversificando-se a base produtiva agrícola. Em paralelo, novas unidades industriais são atraídas para a região, com produtos e serviços de alta tecnologia. Em conseqüência, consolida-se um espaço dos mais promissores do Nordeste, com uma agricultura mecanizada, operada em moldes empresariais e com integração às cadeias agroindustriais. O Oeste da Bahia passa a ser o mais importante espaço nordestino receptor de imigrantes, onde os nativos passam a olhar abismados, com tamanha revolução nesse novo tempo, pois no seu tempo as coisas eram menos aceleradas. Agora, aos poucos passam a conviver com uma cultura que tem todas as características dos estados do sul do Brasil. Os vales, antes caracterizados pela pequena exploração agrícola familiar em minifúndios, começam a serem identificados como áreas bastante promissoras para o cultivo de frutas. Esta nova dinâmica possibilitou as potencialidades, em sua grande parte ainda inexplorada, e expôs a região a crises características dos períodos iniciais das áreas e expansão de fronteira econômica. Atualmente a região conta com incremento e diversificação de atividades, tais como: ampliação da pecuária, ovinocultura, caprino cultura, fruticultura, cafeicultura irrigada e o surpreendente crescimento rápido da cultura do algodão com aumento sucessivo das áreas plantadas, da produção e da produtividade. “Podemos traduzir tudo isso em recusrsos tecnológicos.

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Das modernas casas construídas pelos fazendeiros, em suas sedes, às típicas choupanas, onde vivem os nativos, e a venda de galinhas na feira. Tudo é visivelmente contrastante, porém com vivência em plena harmonia, numa região que está em pleno desenvolvimento.


REPORTAGEM ESPECIAL

Com um olhar mais ecológico A ocupação econômica do oeste baiano está incorporando a variável ambiental, está determinado a ter um controle efetivo por parte de seus agentes, mas a preocupação no desenvolvimento sustentável hoje é extremamente presente, visto que na região existem órgãos estaduais, federais e ONGs que estão atuando diretamente e constantemente na preservação dos recursos naturais tais como: Superintendências de Recursos Hídricos – SRH; Departamento de Defesa Florestal – DDF; Centro de Recursos Ambientais – CRA, IBAMA entre outros. O município possui ainda áreas inexploradas, próprias para agricultura e pecuária. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em convênio com órgãos públicos e privados, vem pesquisando variedades diversas de cana de açúcar com o objetivo de encontrar a mais produtiva e que melhor se adapta na região, para a implantação de um complexo sucroalcooleiro no município. A região conta com grande possibilidade turística, pois o município fica em área de manancial e grandes nascentes, que se transformam em rios caudalosos e de água totalmente transparentes. Em município vizinho é possível encontrar grutas com lagos subterrâneos de águas azuis. Então, se você quer conhecer o paraíso, seja bem vindo a LEM, os Luis, Os Eduardos, os Magalhães e todos aqueles que acreditam que a Bahia é realmente um Estado ‘bom de santo’. Para os que já estão aqui, um agradecimento especial, por este solo gentil, Luis Eduardo Magalhães, da nossa pátria amada Brasil. (Por Mauro Silva, Filho de um Magalhães, e por incrível que pareça, nascido em Mimoso).

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REPORTAGEM ESPECIAL

EM BERÇO ESPLÊNDIDO Dos filhos deste solo és mãe gentil... Verás que um filho teu não foge à luta nem teme, quem te adora, a própria morte. Berço esplêndido, Luis Eduardo Magalhães, meu solo gentil, simbolizado pelas flores do meu cerrado, do meu país. Pátria amada Brasil. “Sou filho desta terra, mãe gentil, nativo por natureza”. Permita-me descrever esse povo tão representativo em seu solo gentil, quase único; nativos, naturais, ativos ao Brasil. Quem observa tudo isso, os descrevendo, com o naturalismo na essência. Suas simplicidades é algo realmente leve e sutil, como as flores do cerrado, consolidando seu estado de pureza e singeleza. Mostrada em seus espaços, pela explícita forma de ser. Cada flor tem uma cor, um perfume e um significado muito especial. Representativas como estimulantes, alegres, otimistas, outras serenas e tranquilas. Antigamente, se sabia que a luz do sol regia nas cores das flores, com maior ou menor intensidade, pois influenciam biologicamente em todos. E assim também sãos todos eles: os nativos do Cerrado. (Mauro Silva)

UM PIONEIRO COM ESPÍRITO INVESTIDOR

Trajetória de empreenderorismo feita com dedicação e confiança O paranaense Jacob Lauck foi um dos primeiros a chegar à localidade hoje batizada de Luís Eduardo Magalhães. Em 1985, Lauck pousava seu aviãozinho agrícola onde hoje é a rua da igreja matriz. Ele tornou-se um dos mais prósperos moradores da cidade. Além de ser o vice-prefeito, é o sócio majoritário do Saint Louis, o mais novo hotel da cidade. Os representantes de empresas ligadas ao agronegócio estão entre os maiores clientes dos hotéis da região. Lauck é um dos agricultores que saiu do Sul para o Nordeste e hoje têm contas milionárias. É dono de uma fazenda de 4,5 milhões de pés de café e de uma cobertura de 700 metros quadrados, avaliada em 1,5 milhão de reais, no bairro mais caro da cidade com cara de fronteira agrícola, cheia de ruas de terra e poeira. Foi pensando nos benefícios gerados pelo Ipanema que o produtor rural João Carlos Jacobsen Rodrigues, da cidade de Barreiras, decidiu comprar o avião. Ele foi um dos três clientes a fechar negócio logo no primeiro dia do Bahia Farm Show. Outro produtor rural do oeste baiano a encomendar o Ipanema foi Jacob Lauck. “Temos diversos aviões Ipane14 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

ma operando no oeste da Bahia e o interesse dos produtores aumentou bastante nos últimos anos. O Bahia Farm Show se transformou em uma ótima oportunidade para rever clientes e divulgar a importância do produto para o desenvolvimento do agronegócio na região”, afirmou W. Rangel de Sá, Diretor da Cavok Aviação Ltda., representante comercial do Ipanema para a Bahia.


REPORTAGEM ESPECIAL

A Land Rover ressurge com visual atualizado Os novos modelos foram apresentados ao público durante a Bahia Farm Show, realizada LEM O novo Discovery 2014 recebeu atualizações e chega ao mercado brasileiro. A Land Rover atualizou o visual externo do modelo com novos faróis, que agora contam com luzes diurnas de LED, os retrovisores ganharam uma seta embutida e o sistema de monitoramento de ponto-cego, o que permite manobras e mudanças de faixa com mais segurança. O Blind Spot, até então, era item exclusivo do Range Rover. A grade dianteira e o emblema Discovery no capô também são novidades do novo modelo. O Discovery 2014 conta com duas opções de motorização a diesel, ambas 3.0 V6, com câmbio automático de 8 marchas. A primeira, que equipa a versão S, gera 211 cv e 53 kgfm de torque. A segunda, é capaz de desenvolver 256 cv de potência e torque de 61,18 kgfm.

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REPORTAGEM ESPECIAL

Produção agrícola com olhar voltado ao futuro Alta tecnologia adotada pelos agricultores está transformando o cerrado brasileiro, com novos impulsos à economia regional A agricultura da região Oeste da Bahia ganhou força nas décadas de 70 e 80, com a migração de fazendeiros do Sul do país, atraídos pela geografia e pelo clima favorável que encontraram lá Hoje, ao registrar recordes de produção, com mais de 7,3 milhões de toneladas em grãos e 6,7 bilhões em receita, na safra 2013/2014, a região de cerrado vive um momento bastante importante na sua história de desenvolvimento econômico e social. Os dados acima, divulgados em relatório da Conab, mostram um impulso que tem base no perfil de organização e dinamismo dos seus pioneiros, principalmente os agropecuaristas que desbravaram a região e continuam suas buscas incessantes por novas tecnologias e mais conhecimentos, para produzir cada vez mais e melhor. E isso faz com que a força produtiva do agronegócio regional seja cada vez mais reconhecida também nos níveis nacional e internacional. Na linha de frente do desenvolvimento está a produção agrícola, com grande participação da soja, do algodão e do milho. Mas sem desmerecer outras culturas, como o café, o feijão, as florestas e até os rebanhos bovinos, cada vez mais relevantes à economia local. Quando se trata de algodão, a região é a segunda maior do país em volume de pluma, mas é a alta qualidade do produto que a torna reconhecida externamente. E em

soja e milho, esta é a principal fornecedora, considerando-se o Norte e Nordeste do Brasil. O volume colhido na última safra e divulgado pela Conab, representa 38% de aumento em comparação com a safra do ano passado, mas ao fazer uma retrospectiva dos últimos 10 anos, o crescimento foi de 70%, comparando-se as safras de 2014 com a de 2004. Enquanto que o aumento da área plantada nesse mesmo período foi de 60%. O total de área cultivada hoje, no oeste da Bahia, é de 2,25 milhões de hectares, enquanto que o estado todo cultiva 2,9 milhões de hectares, mostrando que o forte da produção está mesmo no cerrado. Já a produtividade tem evoluído significativamente, resultado da elevada tecnologia utilizada na atividade agrícola, empregada pelos seus agropecuaristas. E boa qualidade na produção também significa bom retorno financeiro, com preços mais atrativos. E é isso que traz a satisfação a quem trabalha. A principal entidade representativa do Oeste da Bahia – Aiba, estima que a produção das três principais culturas deverá dobrar nos próximos 10 anos, consolidando a região como grande fornecedora e beneficiadora de matérias primas agrícolas. Para alcançar a produção estimada, a maioria dos produtores investe alto em projetos de irrigação, os quais também são incentivados pelos órgãos governamentais. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 17


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SOJA AVANÇA NO CERRADO O grão dourado vem sendo cultivado no Oeste da Bahia desde o final dos anos 70, quando começou de forma bastante tímida, mas continua em permanente expansão. Somente nesta última década dobrou a área de cultivo, ocupando mais de 1,3 milhão de hectares na safra 2013/2014. A produção atingiu 3,6 milhões de toneladas, com crescimento de 36% em referência à safra anterior, conforme relatório da Conab. A produtividade também cresceu bastante. Foram 2.860 kg por hectare, 36% a mais que os 2.100 kg colhidos na safra passada. A expressividade registrada na oleaginosa se deve ao uso da alta tecnologia adotada pelos agricultores. A região também é uma grande produtora de sementes,

Acima, as lavouras de algodão que cobrem de branco o cerrado baiano. Abaixo, a colheita do milho que encanta os olhos do do agrônomo Lindberg, que ensina os agricultores a investir em tecnologia para obter melhor produtividade.

com importantes investimentos em UBS – Unidades Beneficiadoras de Sementes. Com isso as sementes beneficiadas atendem melhor às expectativas locais em termos de clima e de solo. 30% da produção de semente permanece na região e o restante vai para outras áreas produtoras. Enquanto que da produção de grãos, 58% foi exportado para outros países na última colheita, e 42% comercializado internamente. ALGODÃO COBRE DE BRANCO O SOLO BAIANO Na safra 2013/2014 a pluma branca passou a ocupar novas áreas e registrou alta produção, além da reconhecida qualidade do produto. Um avanço perante o período difícil em que passou nos últimos anos, quando registrou preços baixos, em consequência do produto que sofreu intenso ataque de pragas, o que danificou as lavouras. De acordo com o relatório da Conab, a cultura foi plantada em 320 mil hectares de cerrado baiano na safra 2013/2014, com produção de 1,25 milhão de toneladas de algodão em caroço e 480 mil toneladas de algodão em plumas. O produto superou em 38% a safra anterior e retoma a trajetória de ascensão que o caracterizou como importante cultura regional. A produtividade média de 3.900 quilos por hectare demosntra aumento de 17% . MILHO SURPREENDE COM ALTA PRODUTIVIDADE Ao ultrapassar a marca de 2,2 milhões de toneladas, segundo a Conab, o milho registrou crescimento de 17,5% sobre a safra anterior e se destaca pela alta produtividade, que foi de 150 sacas por hectares no último ano agrícola. Mas o principal valor do cereal deve-se à sua importância para região, uma

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vez que abastece as fábricas que produzem alimentos para consumo humano e ração animal. Se comparar o crescimento registrado nos últimos dez anos, este supera 50%, com 37% de aumento somente na última safra. Atualmente o cereal ocupa 632 mil hectares de lavouras. Sendo que a expressividade no crescimento da cultura é consequência do manejo de solo e das sementes adaptadas, mas também pelas máquinas dotadas da tecnologia de precisão, muito presentes nas propriedades daquela região. CAFÉ É RECONHECIDO PELA BOA QUALIDADE No oeste da Bahia as lavouras de café são, em sua maioria, irrigadas e, isso contribui para que produzam mais e melhor. A produtividade média está na faixa dos 40 sacos por hectare, totalizando uma produção de 26 mil toneladas/ano, numa área de 14 mil hectares cultivados. Geograficamente o solo é bem favorável para os cafezais, que adotam cada vez mais a irrigação pela possibilidade de controle sobre o ciclo produtivo da planta que esta oferece, além de favorecer a produtividade e a qualidade do grão. MAIS ESPAÇO PARA NOVAS CULTURAS Reflorestamento, sorgo, arroz, feijão, mamona e gado, são, entre outras, as culturas que ocupam menos espaço no solo do oeste baiano, mas nem por isso menos importantes. Ao contrário, elas estão abrindo novas áreas e marcando o seu lugar na produção agrícola regional. l FEIJÃO. O feijão por exemplo, já ocupa perto de 467 mil hectares de terras baianas, com crescimento de 2,5% sobre o ano anterior, de acordo com a Conab. Já a produtividade foi superada em

22%, chegando a 507 kg por hectare. O cereal, que vem sendo visto como uma alternativa à rotação de culturas e produziu 76 mil toneladas na última safra. l ARROZ. Com igual importância na mesa dos brasileiros, o arroz ocupa 8,6 mil hectares em áreas consideradas novas na exploração agrícola local. O aumento da área foi de 9% no último ano, mas a produtividade cresceu 83,7%, favorecida pelas boas condições do clima. E as 15,5 mil toneladas produzidas neste anorepresentam 101% a mais, e tem mercado garantido no comércio interno. l SORGO. Utilizado como opção na cobertura do solo, após a colheita das safras de grãos, o sorgo se torna cada vez mais representativo. A produção chegou a 133 mil toneladas, colhidas em 88 mil hectares de plantio em solo baiano. O aumento foi de 313% em comparação com o ano agrícola anterior, quando a produção ficou em 32 mil toneladas. Na colheita, cada hectare rendeu 1.500 quilos em produtividade. l MAMONA - Despontando como uma boa surpresa à diversificação agrícola da região, a mamona também vem ocupando novas fronteiras no Oeste da Bahia. Somente na última safra foram cultivadas 117 mil hectares, uma aumento de 70% sobre as lavouras do ano anterior. O clima e o solo favoráveis garantiram uma excelente produtividade, com 646 quilos por hectare. No total, a produção de 76 mil toneladas representam um aumento de 560% sobre as 11 mil toneladas colhidas anteriormente. Esse avanço mostra que os agricultores apostam na cultura e investiram mais em tecnologias, o que elevou a produtividade da mamona em 289% no comparativo com o ano passado.

Acima, os grãos dourados da soja que acaba de ser colhida. A produção de mamão e o café são processados nas indústrias da própria região PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 19


REPORTAGEM ESPECIAL

Irrigação: um salto para produtividade Lavouras irrigadas possibilitam a realização de duas safras anuais, com isenção de riscos climáticos e produção garantida

O missionário africano Patriarche David Aimé Kalenga

A BAHIA VISTA PELOS OLHOS DA ÁFRICA No último mês a região recebeu a visita do pastor, o missionário internacional, Patriarche David Aimé Kalenga, que veio do Congo, no Continente Africano, para conhecer a agricultura do cerrado. Segundo ele, hoje a agricultura brasileira é a mais conhecida do mundo, pela alta tecnologia e pela avanço em produção e produtividade. “Aqui as terras são muito produtivas e com potencial para expandir”, disse. Ele ainda comparou com as terras de lá, que também são boas para a produção agrícola, mas não tem o mesmo incentivo que aqui. “No passado sofremos muito pois os governantes só se interessavam pela extração de minérios. Hoje já temos duas províncias que estão trabalhando muito com agricultura, porque seus governadores entendem bastante do assunto e estão desenvolvendo projetos nesse sentido”, disse o missionário. 20 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

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e acordo com o engenheiro agrícola Celso Sanderson, a Bahia se diferencia dos demais estados do Brasil pelos muitos rios que alimentam o sistema fluvial e possibilitam a irrigação. E por meio desta ocorre me-

nos desmatamentos de áreas para a produção. “Comparando-se com áreas de sequeiro, a derrubada de florestas chega a ser cinco vezes menor, considerando que em áreas irrigadas a produtividade é mais segura e a produção é maior, além


REPORTAGEM ESPECIAL

“A REGIÃO OESTE DA BAHIA OFERECE RECURSOS INIGUALÁVEIS EM RECURSOS HÍDRICOS, TANTO SUPERFICIAIS QUANTO SUBTERRÂNEOS, PROPICIANDO PROJETOS DE IRRIGAÇÃO” de aumentar a geração de empregos e apresentar uma receita garantida, independente das condições climáticas”, explica, ao salientar que os financiamentos também são facilitados quando destinam-se a projetos de irrigação. A escassez de novas áreas para a produção agrícola no Brasil hoje, coloca a irrigação como uma importante ferramenta para aumento da produção, sem agredir o meio ambiente. “Além de reduzir o desmatamento, há o aproveitamento dos recursos hídricos disponíveis

na região, que garantem maior produtividade sem riscos”, afirma Sanderson. Segundo ele o risco de produção no Brasil tem se tornado elevado por conta das estiagens, pragas, doenças, invasoras e outras intervenções da natureza nas safras agrícolas. “Portanto a irrigação, ao garantir a produção de alimentos, vem de encontro à segurança alimentar brasileira e mundial”, diz, lembrando que o Brasil tem sido reconhecido no mercado mundial pela sua produção agropecuária.

Celso Sanderson faz projetos de irrigação para o cerrado baiano

“O Oeste da Bahia tem suas riquezas. Os solos corrigidos, aqui se tornam muito férteis. Há ainda os mananciais aquíferos para a irrigação e as altitudes elevadas, que permitem alta produtividade”, enaltece o engenheiro. Ao afirmar que tudo isso favorece as atividades agrícolas, sejam em áreas de sequeiro ou irrigadas. Os agropecuaristas que investem aqui também contam com o apoio de importantes agentes financeiro, a exemplo do Banco do Brasil, do Banco Nordeste e do Desembahia. “Nos projetos feitos para o desenvolvimento da Bahia, são observados três aspectos: o social, o ambiental e o econômico”, salienta Sanderson. O Mais importante, segundo ele, é o ambiental, onde são seguidas todas as orientações das instituições federais, estaduais e municipais, para que tudo esteja de acordo com a legislação. O cerrado brasileiro é uma nova oportunidade, em se tratando de terras produtivas no Brasil. E o mais importante é que nesta região, para cada hectare desmatado para uso de agricultura irrigada, outros seis hectares deixam de ser desmatados, devido a maior produção e possibilidade de duas safras anuais. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 21


REPORTAGEM ESPECIAL

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Fertilidade do solo evolui anualmente A Bahia se tornou uma das principais regiões produtoras do país em rentabilidade por área

Ivanir Maia, engenheiro agrônomo da Aiba

A

s terras da Bahia não são suficientemente férteis para a produção, mas o uso de tecnologias adequadas para a correção do solo, com base em muito calcário e gesso, incrementados anualmente, tem proporcionado condições ideais para a alta produtividade. Assim as áreas agricultadas estão melhorando o solo a cada ano. A matéria orgânica original, por exemplo, é abaixo de 1%, devido a vegetação desfavorável. Porém nas áreas de lavouras, este índice chega até a 3%”, explicou o engenheiro agrônomo Ivanir Maia, da Aiba. A CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA A presença da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, de acordo com Maia, contribuiu muito para essa grande mudança no cerrado baiano, auxiliando na intro-

dução da mesma linha tecnológica que vinha sendo trabalhada no Planalto Central. Inicialmente houve atraso no avanço tecnológico por condições adversas, porém, o relevo plano, a luminosidade e as boas condições ambientais contribuíram para essa nova realidade. “Hoje invertemos a situação e nos tornamos uma das principais regiões produtoras no sentido de rentabilidade por área. De quatro anos para cá o cerrado se tornou um polo de produção, principalmente de algodão, soja e café”. Destacou Maia. FERTILIZANTES E BOA SEMENTE Com o uso de corretivos de solo e boas cultivares de sementes a Bahia está se tornando essa referência nacional e até internacional em números de produção. “O que achávamos impossível quando comparávamos com os Estados Unidos, hoje já superamos, principalmente

MAIS IMPORTANTE DO QUE A IRRIGAÇÃO É A FERTILIDADE, PORQUE ELA SUPRE O DÉFICIT

HÍDRICO DAS PLANTAS”

em milho e algodão. Então, essa condição de alta tecnologia, de fertilidade do solo e a genética, aliadas à mecanização em grande escala, que só é possível numa área plana como esta, permitiu que tivéssemos este cenário que é hoje o Oeste da Bahia”, disse o agrônomo. Essa realidade compreende 11 municípios do cerrado baiano, e totaliza 5,3 milhões de hectares aptos para a agricultura, respeitando-se as áreas de preservação ambiental. Destes, 2,3 milhões de hectares já estão em plena produção de grãos. Ainda restam três milhões de hectares para ser explorados. USO DO PIVÔ ASSEGURA A PRODUÇÃO A região é rica em água, o que favorece o uso do pivô. Maia explica que esta tecnologia é favorável porque garante segurança na produção e o agricultor pode controlar, usando-o nos momentos mais adequados para as culturas. “Entretanto, a melhoria da fertilidade é mais importante do que a irrigação, porque além do aumento na produtividade e qualidade do grão, ela supre o déficit hídrico às plantas”, afirma Maia.

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REPORTAGEM ESPECIAL

Matopiba, a nova ousadia da agricultura brasileira União de municípios e grandes produtores agrícolas acelera o crescimento de uma das regiões mais promissoras do país Maurício Antônio Lopes Presidente da Embrapa Matopiba. Nome estranho, pouco conhecido pela maioria dos brasileiros, mas que está impactando a produção de grãos e de algodão do Brasil. O termo denomina a região que reúne áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (daí o nome), até então sem tradição forte em agricultura. Terras mecanizáveis, de um tipo diferente de cerrado, constituem a mais nova fronteira de intensificação agrícola do Brasil. Lá, agricultores inovadores, com

Terras, por séculos descartadas para a agricultura, é atraída por agricultores que investem em tecnologia e conhecimento, têm alta produtividade, geram emprego e renda e, promovem o desenvolvimento social

24 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

muita coragem enfrentam o desafio de implantar uma agricultura moderna e eficiente, baseada em ciência e tecnologia. Agricultura que busca mais aumentar a produção por planta do que simplesmente espalhar mais plantas na imensidão. Na safra de 2012/13, a região produziu 15 milhões de toneladas de grãos, em municípios como Balsas (MA), Barreiras (BA), Campos Lindos (TO) e Uruçuí (PI). Projeções indicam que, em 2022/23, a região vai colher 18 milhões de toneladas de grãos. A safra crescerá 22%, en-

quanto a área plantada aumentará apenas 15%. DIVERSIDADE DE CULTURAS A região chama a atenção por seu dinamismo, complexidade e diversidade. Lá convivem a agricultura empresarial, áreas de preservação, agricultura familiar, quilombolas e indígenas. A região tem área maior que a Alemanha e população parecida com a de Curitiba. As perspectivas de escoamento da produção agrícola estão melhorando. Há estradas em construção, a ferrovia Norte-Sul levará as safras a portos do Maranhão e Pará, a Leste-Oeste ligará Figueirópolis (TO) a Ilhéus (BA) e a hidrovia Tocantins-Araguaia deverá reduzir os custos de transporte. Sua produção será fator de segurança alimentar para o Nordeste, assolado por secas que matam as plantas de sede e os animais


REPORTAGEM ESPECIAL

de fome. Milho, sorgo e soja são essenciais para manter a produção animal, como ovos, carnes de frango e de suínos e leite. Ganha a região e o Brasil como um todo: desenvolvimento regional mais equilibrado, com geração de mais empregos e renda e menos perdas na pecuária do semiárido. MATOPIBA É UMA BOA NOTÍCIA A agricultura floresce e acelera o crescimento de uma região que era carente, demandava alimentos e desenvolvimento social. Com maior produção, fazendeiros aumentam sua renda; indústria e comércio crescem mais. Surgem cidades com infraestrutura e empregos, atraindo profissionais como agrônomos, engenheiros, médicos, advogados e professores. Um ciclo social e econômico vigoroso, alimentado pela agropecuária. A região acelera a dinâmica de expansão da agricultura brasileira em terras por séculos descartadas como área agrícola. Nos cerrados do Centro-Oeste foi preciso que os agricultores pioneiros fossem desbravadores da terra e do conhecimento, para fazer a transição de

uma situação de uso da fertilidade e tecnologia escassas, do passado, para o atual convívio com as novas fronteiras do conhecimento. No Matopiba, a agricultura e os sistemas de produção já nascem intensificados. O custo da terra ainda é relativamente baixo, mas o ambiente oferece limitações que tornam obrigatórios altos investimentos em tecnologia. Além da fertilidade baixa, as temperaturas são elevadas, mesmo à noite, e há muitas áreas degradadas. Programas governamentais de incentivo à irrigação poderão viabilizar duas ou três safras por ano. É ainda importante lembrar que Matopiba é área complexa, de transição entre os biomas Cerrado

NO MATOPIBA A AGRICULTURA E OS SISTEMAS DE

PRODUÇÃO JÁ NASCEM

INTENSIFICADOS E CONTRIBUEM PARA ACELERAR O CRESCIMENTO DA REGIÃO

e Semiárido. As condições de clima não são iguais às de Goiás ou Mato Grosso. Alí a ocupação ocorre em áreas antes ociosas ou de baixa utilização, mas com uma visão moderna de produção, com conservação dos recursos naturais. Exige-se uma expansão planejada, a partir de políticas públicas amparadas em largo conhecimento científico. Pesquisadores e agricultores estão estudando a região para encontrar as melhores alternativas de produção sustentável. Trabalham para criar variedades de plantas bem adaptadas à região, que tenham elevada produtividade e sejam resistentes a doenças e pragas. É, pois, o momento perfeito para garantir o desenvolvimento com equidade, em que todos ganhem com o progresso da região. Governantes, pesquisadores e agricultores estão juntos no desafio. É o começo de uma transformação benéfica em um ambiente historicamente carente e sofrido. Ainda vamos ouvir falar muito, e bem, do Matopiba. Guarde esse nome. * Artigo publicado pelo jornal Correio Braziliense em 11 de maio de 2014)

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BAHIA

FARM SHOW

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ais que uma tendência, a inovação tecnológica é uma necessidade ao homem do campo. A prova disso esteve na Bahia Farm Show, feira agropecuária realizada no final de maio em Luís Eduardo Magalhães. Esta foi considerada a maior vitrine do agronegócio da Bahia e está entre as mais importantes feiras de tecnologia agrícola e negócios do país.

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Em 2014 foi realizada a décima edição da feira que contou com um aumento de 13% no número de visitantes, somando 71.100 pessoas. Neste ano a feira também se consolidou como a segunda maior do Brasil em vendas por visitante. Nos 92 mil metros quadrados do parque de exposições e experimentos agrícolas, mais de 600 marcas foram oferecidas pelos 190 exposi-

tores. Destes, 90% já haviam participado em 2013 e os 10% restantes foram de estreantes. E novas tecnologias foi o que não faltou no evento, que ofereceu aos compradores diversas opções de maquinários para o uso no campo, mostrando que as máquinas agrícolas de alta precisão e elevada tecnologia deixou de ser tendência e se tornou necessidade.


EVENTOS

Júlio Cézar Buzatto presidente da Aiba

MELHOR OPORTUNIDADE

Entre as novidades, por exemplo, um pulverizador que oferece tudo na ponta dos dedos. Por meio de um computador próprio é possível saber se a área está realmente sendo tratada, a velocidade da máquina, a pressão e, a quantidade de produto aplicada, impedindo qualquer erro na pulverização da lavoura. Com tecnologia semelhante,

uma plantadeira de grãos, que também é comandada com simples toques na tela. O equipamento monitora até a quantidade de sementes por hectare para evitar desperdício. Trata-se da tecnologia de precisão, que avança rapidamente

A 10ª edição da Bahia Farm Show surpreendeu em todos os sentidos. E, de acordo com o presidente da Aiba e coordenador da feira, Júlio César Busatto, “contrariando uma tendência nacional de baixos rendimentos nas feiras agropecuárias do país em 2014, a Bahia Farm Show, superou as expectativas ao atingir R$ 1,019 bilhão em negócios”. A estimativa foi feita pela coordenação da feira junto às instituições financeiras e aos expositores, uma semana após o encerramento da edição comemorativa. Com abrangência nacional, a Bahia Farm Show reuniu 71 mil visitantes e 210 expositores e apresentou novidades em tecnologias de: - máquinas e equipamentos agrícolas, - sementes, - fertilizantes e defensivos, - silos, armazéns e irrigação, - veículos e caminhões - implementos rodoviários, - linha amarela, logística, - aviões, pneus, - lubrificantes e equipamentos. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 29


no campo em função da redução no consumo de combustível e de insumos agrícolas. Assim os frequentadores da feira puderam perceber que as novidades da agricultura de alta precisão estiveram presentes na maioria dos 210 expositores que participaram neste ano. E, pela primeira vez, a Bahia Farm Show ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em faturamento. HOMENAGEM AOS PIOEIROS E quem visitou a Bahia Farm Show este ano conferiu uma série de homenagens ao agricultor brasileiro. Já na cerimônia de abertura, o agricultor Antônio Cansanção, que há quase 30 anos chegou ao Oeste da Bahia para plantar, recebeu as honrarias do presidente da Feira, Júlio Cézar Busato. “Antônio chegou na região, ge30 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

rou emprego, renda e criou seus filhos. Foi um dos idealizadores da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, a Aiba, bem como o grande responsável pela implantação da cultura do algodão no Oeste”, disse Busato, acrescentando que “ Cansanção é um símbolo do agricultor do Oeste da Bahia, que deixou suas origens para assentar morada no Cerrado baiano”.

AS NOVIDADES EM

TECNOLOGIAS DE MAQUINÁRIOS, E NAS FORMAS DE CULTIVO,

SÃO TANTAS A CADA ANO, QUE IMPOSSIBILITA A QUALQUER PESSOA DE DIZER QUE SABE TUDO SOBRE COMO TRABALHAR NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

O presidente Júlio Busatto, mostra que a feira foi bem divulgada


EVENTOS

Uma proposta para a evolução do agronegócio Com vontade, conhecimento e determinação, sulistas desbravam o Oeste baiano e levam um novo horizonte aos nativos

A BFS é uma das únicas do país com exposição e venda de aviões

A Bahia Farm Show realmente representa no oeste baiano uma resposta espetacular para o produtor brasileiro. Com uma ciência em tecnologia disciplinar e um modelo para todos. Assim tornou-se referencia no agronegócio com tecnologias evolutivamente corretas. Abrindo uma enorme plataforma de perspectivas para outros países, viabilizando os melhores negócios para todos os expositores de grandes marcas de equipamentos, motores, insumos e como também na área de sementes, possibilitando uma verdadeira vitrine de tecnologia aplicada do agronegócio. O Oeste bahiano representa o 1º para Estado e o Estado da Bahia o 7ª no ranking brasileiro na produção de soja. Com eficiência e padrão de qualidade, consolidando como alto sustentável. A bahia farm show foi absolutamente um salto acertado para as grandes possibilidades para todos os envolvidos no mundo do agro-business. Parabenizando o município de Luis Eduardo Magalhães e em especial a Bahia, que possibilitou esse salto adiante e entendendo essa proposta para a evolução do agronegócio brasileiro. Sendo altamente representativo no crescimento econômico do estado da bahia. Com uma referencia especial à soja no setor, que é relevante na produção brasileira. As chuvas escassaz para esse setor é suprida pela grande eficiência da irrigações nos plantios, viabilizando um alto índice de produ-

ção agrícola, aliada a disciplina dos produtores aqui aportados, como os sulistas. Sendo os paranaenses,os catarinenses e os gaúchos, inserindo suas competências e disciplina com uma relação muito ampla nas questões de produtividade agrícola empregadas no sul do brasil. A competência desses desbravadores selou o grande desenvolvimento sustentável para tudo que planta neste solo bahiano, onde todos ganham com tudo isso, a Bahia que os acolheu de braços abertos e essa força sulista que soube responder com tamanha precisão e excelência em tudo que faz. Proporcionando áreas extremamente férteis, com tecnologias aplicadas neste solo do cerrado brasileiro, com disciplina e vontade de fazer tudo dar certo, mostrando excelentes resultados na produção de soja, milho, algodão e com muitas outras variedades no setor agrícola. Proporcionando o aumento do alto índice de produção da soja na plataforma de exportação para a china e outros países. Os sulistas, hoje bahianos, somam os valores para a realidade dos produtores e o modo cooperativista da Aiba, multiplicando essa real força mútua em um tripé na’’ mesa de plantio’’ de produção agrícola. A Aiba, os produtores e o governo bahiano produzem com eficiência, sendo um modelo para todos que almejam uma produção altamente eficiente e sustentável. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 31



Construtora

Corretor

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Case IH participa da maior feira da região Nordeste Entre os destaques na Bahia Farm Show estão os tratores de média potência da linha Puma e as colheitadeiras Axial-Flow

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Case IH apresentou diversas soluções para o agronegócio durante a Bahia Farm Show, em Luiz Eduardo Magalhães (BA) entre os dias 27 e 31 de maio, levando sua linha completa de produtos e serviços com a mais alta tecnologia e com foco na redução dos custos de produção e no aumento da rentabilidade. Considerada uma das maiores feiras do Brasil, a Bahia Farm Show reuniu produtores referências na agricultura de larga escala e que demandam equipamentos de

alto desempenho. Nesse sentido, a Case IH apresentou como destaque sua linha de tratores de média e alta potência, a mais completa linha colheitadeiras axiais, entre elas a Axial-Flow 8230, além de pulverizadores e plantadeiras de alta precisão. Na 10ª edição e antes do seu encerramento, a feira já registrou crescimento de 170% em volume de negócios fechados e com a expectativa de atingir a marca de R$ 1 bilhão neste ano. Ricardo Gusmão, gerente comercial da concessioná-

ria Maxum Case IH, destaca a importância comercial do evento com relação aos faturamentos anuais da revenda. “O oeste baiano é uma das regiões mais prósperas do Brasil, nós atendemos produtores nas mais variadas culturas, entre grãos, algodão e café. A feira é a maior de todo Nordeste e também uma grande oportunidade para divulgar as nossas tecnologias. Quando falamos em resultados comerciais, cerca de 40% das nossas vendas, como concessionário, são finalizadas aqui na Bahia Farm Show”.

COLHEITADEIRAS AXIAL-FLOW A marca passa a oferecer ao mercado brasileiro oito modelos de colheitadeiras axiais: Axial-Flow 2566; Axial-flow 2688; Axial-Flow 2688 arrozeira; Axial-Flow 2799; e Axial-Flow 2799 arrozeira. Além disso, tem como destaque também a série 230 de colheitadeiras axiais da Case IH, com a Axial-Flow 9230, a maior colheitadeira em capacidade produtiva de fabricação nacional. Outros modelos são as Axial-Flow 8230 e 7230, e atualizações dos modelos Axial-Flow 8120 e 7120. A marca foi pioneira no desenvolvimento do sistema axial de colheita e é líder na tecnologia desde 1977. Os maquinários oferecem um projeto simples, que resulta em melhor qualidade de grãos e produtividade superior a qualquer outra colheitadeira do mercado nacional. A tecnologia de ponta do sistema de fluxo axial é o grande diferencial das máquinas. A massa colhida é introduzida ao sistema de debulha em movimento espiral, com um cone de transição, garantindo um processamento suave com menor dano mecânico e latente aos grãos. 34 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Seguindo a linha de desenvolvimento de produtos avançados para o homem do campo, a marca apresentou pela primeira vez na região os quatro novos modelos dos tratores de média potência da linha Puma, 140, 155, 170 e 185. Equipamentos que trazem como diferencial tecnologias antes só disponíveis nos modelos de alta gama. Para Rafael Tonette, especialista de Marketing de produto da Case IH, os novos modelos deixam a linha de tratores Puma ainda mais completa e podem atender todo o tipo de cliente. “Os tratores Puma completam uma importante faixa de potência e com tecnologias que se destacam pela eficiência energética. Entre os principais diferenciais, podemos destacar as transmissões eletrônicas, o sistema de gerenciamento automático de produtividade, o APM. Essa tecnologia, já bem conhecida nos tratores de alta gama da Case IH, possibilita que o próprio trator interprete as variações de trabalho, acionando automaticamente a melhor marcha, de acordo com a potência exigida, gerando, assim, uma economia de combustível de até 20%”.

TRATORES PUMA Com seis modelos no total, a Case IH revoluciona o mercado de tratores de média potência. Os modelos Puma 205 e 225 chegam com transmissão fullpowershif e apresentam potências nominais de 197 e 213, respectivamente. As versões Puma 140, 155, 170 e 185 são alguns dos grandes lançamentos da marca em 2014 e trazem tecnologias como motores eletrônicos com Common Rail e transmissões semipowershift. SOBRE A CASE IH A Case IH coloca a tecnologia ao alcance do homem do campo, oferecendo um sistema completo de produtos e serviços capazes de preparar o produtor rural para os desafios do seu dia a dia. Entre as soluções oferecidas pela marca, estão as colheitadeiras de grãos Axial-Flow, colhedoras de cana, café e algodão, além de tratores de todas as potências, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras. Produtos que fazem da marca a melhor opção do plantio à colheita. Case IH é uma marca da CNH Industrial. Mais informações podem ser encontradas no site www. caseih.com. (AI Case IH) PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 35


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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Tendências da colheita mecanizada do café A Jacto apresentou as novas perspectivas para colheita mecanizada de lavouras cafeeiras, em evento do setor, realizado no início de junho

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Jacto participou, no dia 3 de junho, do 5º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, com a exposição sobre as “Tendências da Colheita mecanizada do Café”. A palestra foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Walmi Gomes Martin, gerente de produto do segmento de colhedoras da Jacto. Durante a palestra foram abordados tópicos sobre o impacto da mecanização nas lavouras de café bem como as dificuldades ou entraves para que o processo seja definitivamente incorporado. Walmi explica que a mecanização das lavouras tem tornado as operações mais rápidas e precisas, e, com isso, há realmente um incremento importante de produtividade. “Para que todo esse ganho seja alcançado pelo produtor é necessário a mudança do modelo da cafeicultura e principalmente de mentalidade. Os novos materiais genéticos, irrigação, sistematização das lavouras com podas, espaçamentos, etc., tem trazido ganhos consistentes de produtividade e qualidade para a cafeicultura brasileira, mas um entrave é justamente a mudança do modelo”, avalia. Atualmente, cerca de 25% de todo o café produzido no Brasil é colhido mecanicamente e as lavouras que fazem uso desta tecnologia são as que elevam a média nacional. “Este percentual vem subindo

a cada ano. Com as renovações das lavouras cafeeiras de modo que se faça uso da mecanização plena, adubação, poda, pulverização, controle ervas daninhas, colheita do café na árvore e no chão, dentre outras operações, mas também está havendo a migração das lavouras para topografias mais planas. O próprio Sul de Minas ainda tem muitas áreas planas para a expansão da cafeicultura mecanizada, sendo uma região muito importante para o setor”, comenta. MELHOR RENDIMENTO NA COLHEITA DO CAFÉ Sobre melhorias do processo mecanizado para as lavouras, o especialista destaca que o modelo permite que a colheita seja realizada de forma rápida e no melhor momento de qualidade do café, sem contato com o solo. “Para se ter uma ideia, uma colhedora pode colher entre 8 mil a 12 mil litros de café de roça por hora, desempenho semelhante a 100 homens. Uma colhedora, a cada 8 horas, realiza o trabalho de 80 a 100 homens com a mesma jornada de trabalho”. Em termos de tendências e pesquisas para o mercado do café, Martin faz uma análise do setor desde o lançamento da primeira colhedora, desenvolvida pela Jacto em 1979, e de como as mudanças na própria economia impactaram a produção e exigem equipamentos

cada vez mais precisos, e, sobretudo, que vislumbrem uma nova forma de colheita, pensando na possibilidade do adensamento do café. “A primeira colhedora de café do mundo foi desenvolvida pela Jacto e lançada em 1979. Tardou quase 15 anos para que o mercado percebesse as suas e todos os benefícios do pacote de mecanização que esta técnica possibilita. A partir da segunda metade da década passada, com a carência crescente de mão de obra no campo, o mercado começou a percebê-la”, explicou Martin, ao salientar que, a cada ano surgem novidades que geram maior valor agregado aos clientes da empresa Jacto. “A maior tendência que estamos visualizando será uma nova revolução, ou seja, um novo modelo de cafeicultura adensada, mas mecanizada”. EXPOCAFÉ 2014 - Na sequência, a Jacto inicia sua participação na Expocafé, levando suas principais tecnologias de pulverização e todo seu pioneirismo na colheita do café para o evento, reforçando as comemorações pelos 35 anos de lançamento da primeira colhedora de café desenvolvida no mundo, a K 3 da Jacto. Também durante o evento o produtor poderá conhecer as vantagens da nova linha do Consórcio Nacional Jacto, exclusiva para colhedoras de café e Família Uniport. (Fernanda Cicillini/Jacto)

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Inovação em mecânica melhora produção agrícola Infraestrutura e tecnologias são as novidades para os produtores que conhecem novas tendências em máquinas agrícolas

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New Holland esteve mais uma vez presente na Bahia Farm Show, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do país. No evento, realizado em Luís Antônio Magalhães entre os dias 29 de maio e 2 de junho, estiveram expostos os destaques da marca, que traz uma linha completa de produtos para o campo, do plantio à colheita. “São as novidades do setor que atraem o agricultor à feira. A New Holland levou lançamentos e produtos com alta tecnologia que colocam a marca como destaque neste evento”, declara Bernhard Kiep, vice-presidente da New Holland para América Latina. As concessionárias da New Holland, Justi Tratores e Jaraguá Bahia apresentaram as colheitadeiras da linha CR, com exclusivo sistema de duplo rotor, a linha de tratores da New Holland, com destaque para os novos modelo T8 e T9, o pulverizador autopropelido SP3500, e as novas plantadeiras, fruto da parceria com a tradicional marca gaúcha Semeato. A Jaraguá Bahia aproveitou o evento e apre-

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sentou aos clientes suas novas estruturas na cidade de Luís Eduardo Magalhães. O diretor comercial da New Holland para o Brasil, Luiz Feijó, afirma que foi montada uma estrutura muito boa, com produtos que atendem ao mercado de larga escala e alta produtividade, que são características marcantes dessa região. “Mostramos que a New Holland se faz presente, e teremos bons resultados daqui pra frente nesta região do país”, completou. A MARCA NA EXPOFOREST Antes de participar da Bahia Farm Show, a New Holland participou da feira florestal, a Expoforest, realizada em Mogi Guaçu, São Paulo, em final de maio. Lá o destaque foi para a Colhedora de biomassa, tratores de pequena e média potência e com esteira Durante os dias de evento,

a marca terá em exposição a colhedora de biomassa, os tratores cabinados e plataformados da linha de tratores TK, os tratores da linha TL e da linha T7 e o veículo utilitário, o Rustler. A feira, organizada pela Malinovski Florestal, acontece no meio de uma plantação de eucalipto e é focada nas máquinas e equipamentos do segmento, assim como na tecnologia voltada para a produção de madeira e derivados de florestas plantadas. Segundo o especialista florestal da New Holland, Douglas Santos, é importante a presença


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

nesse evento para potencializar a preocupação da New Holland em atender também os clientes deste segmento. “A Expoforest é uma oportunidade que a New Holland encontra em aproximar a tecnologia que oferece para os trabalhadores que atuam com silvicultura. Além dos tradicionais tratores azuis, também outras máquinas e equipamentos estarão expostos e poderão atender esse mercado com qualidade e conforto”, diz ele. COLHEDORA DE BIOMASSA A New Holland está presente no mercado brasileiro com os modelos FR500 e FR600, os quais representam, respectivamente, as FR9050 e FR9060 com visual renovado e opcional de agricultura de precisão. A colhedora de biomassa atende produtores que colhem as madeiras das florestas destinadas para projetos de geração de energia.Tratores TK são cabinados e plataformados TRATORES DE ESTEIRA Para os produtores que precisam da versatilidade dos tratores com esteira, a New Holland conta no seu portfólio com a linha TK4000, originalmente da Itália, que é ideal para terrenos aciden-

tados e com declives, garantindo maior estabilidade na movimentação da máquina. Douglas Santos explica: “O destaque do TK4000 é, sem dúvida, sua capacidade de atingir terrenos diferenciados como em encostas de morros com alto risco de tombamento, pois seu baixo centro de gravidade o torna mais seguro que o trator de pneus, além da baixíssima compactação de solo”.

forto durante as operações. A linha TL proporciona ao produtor economia, fácil manuseio, excelência operacional, sistema hidráulico de grande capacidade e tecnologia acessível. Além do modelo em exposição na Expoforest, TL85, a linha é formada pelos modelos TL60, TL75 e TL95, com potências que variam de 60 a 95 cavalos nas versões cabinado e plataformado.

NOVO DESIGN À LINHA DE TRATORES TL Com o objetivo de proporcionar conforto, versatilidade e economia, a New Holland apresenta a sua linha de tratores TL, com design moderno, novos itens de série e capô frontal com os exclusivos faróis cat eyes. Assim como os faróis das outras linhas da marca, o TL apresenta esse novo conjunto ótico para melhorar a iluminação, permitindo estender o trabalho para o período da noite com segurança. A linha atende os grandes produtores de grãos e de pecuária, assim como aqueles da citricultura, da horticultura e da agricultura familiar e agora a silvicultura. Com as exclusivas versões cabinadas climatizadas, as máquinas unem, a essas características, maior con-

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DE DIAMANTE PARA A FRANÇA

DIOMAR DE SOUZA com Carlos Assoni, Darci Tirelli e os filhos Marcos Daniel, Dieimes, Diego, João Batista e Vitor Fernando. Trabalho em família.

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AGRICULTURA

O pequeno município de Diamante do Sul ocupa a primeira posição em volume de casulos no Estado e está entre os produtores da melhor seda industrializada no país

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elo 4º ano consecutivo o município de pouco mais de três mil habitantes também ocupa o primeiro lugar em melhor qualidade de seda produzida no Paraná. “São cerca de 100 agricultores que produzem 92 mil kg de casulos por anos”, conta o prefeito Darci Tirelli. O produto que é comercializado a um preço médio de R$ 17,00 o quilo, gera uma renda mensal média de R$ 250 mil reais que circula no comércio local. A atividade é considerada excelente para pequenos agricultores, por exigir pouca área e investimento baixíssimo. Apenas um barracão com estrutura simples e o cultivo de amoreiras. Em Diamante do Sul os sericicultores contam com apoio total da prefeitura para ingressar na atividade. Entre os benefícios oferecidos pelo município estão a terraplanagem, preparo do solo, transporte e plantio das mudas de amoreira, cobertura do barracão e subsídio para adubação orgânica. “O nosso objetivo é criar uma fonte de emprego e renda às famílias do município, fazendo com que estas se mantenham no campo, mas com qualidade de vida”, afirma Darci Tirelli. O projeto inicial foi desenvolvido pelo próprio prefeito ainda em 1997, quando era funcionário da prefeitura. Agora fortaleceu o trabalho e ampliou os benefícios aos produtores. INTEGRAÇÃO GARANTE COMÉRCIO Os sericicultores trabalham em sistema de integração à Bratac, a única empresa de fiação de seda do

Brasil, que tem sede em Londrina, mas que atua em três estados brasileiros – Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para ser produtor, o ideal é ter uma área de terra igual ou superior a 18 mil metros quadrados, ou meio alqueire. “Proporcionalmente a essa ares um produtor pode cultivar três caixas com 33 mil larvas cada”, explica Carlos Roberto Assoni, técnico agrícola e gerente da Bratac, que há 15 anos atua no município. A empresa integradora entrega a larva, presta assistência técnica, compra os casulos e os encaminha à fábrica em Londrina. A Bratac também tem uma fábrica em Bastos/SP, considerada a maior e mais moderna fábrica de fiação de seda do mundo. Toda a produção é exportada para países da Europa. “A França é a maior compradora”, afirma Carlos Assoni. PARA MUITAS FAMÍLIAS É A ÚNICA RENDA Um dos primeiros a ingressar no projeto de integração de Diamante do Sul, há 17 anos, o casal de sericicultores Neiliane e Airton Raimundo tem na atividade sua única fonte de renda. Eles cultivam 18 mil metros quadrados de amoreiras e mantém três caixas de larvas a cada ciclo de 28 dias. “São oito lotes por ano, com uma média de 250 quilos de casulos por lote”, conta o produtor. O inverno é considerado período de entressafra, quando a produção para por quatro meses devido ao frio, que impede o desenvolvimento das amoreiras e a lagarta de PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 43


AGRICULTURA

formar o casulo. “Nesse intervalo os sericicultores recebem duas cestas básicas da empresa integradora, como forma de incentivo”, explica Carlos. “Temos emprego para nós dois sem precisar sair de casa para trabalhar”, conta Airtonque trabalha ao lado da esposa e, que além da sericicultura produz alimentos apenas para o consumo doméstico, como hortaliças, legumes e frutas. Apesar de dedicar o dia todo ao trabalho de cortar as folhas da amoreira, servir as lagartas e pulverizar o ambiente em dias quentes, o trabalho não exige esforço físico e tem os dias de descanso, enquanto as larvas dormem (elas se alimentam durante três dias e meio e dormem durante dois). Após o 18º dia as lagartas começam a subir para o bosque para formar os casulos, e então o trabalho fica apenas para a colheita, que acontece no 28º dia. “Cada casulo rende 1200 metros de fio”, explica Carlos.

Boa rentabilidade com pagamento por qualidade A qualidade do produto é avaliada pela formação do casulo, e o produtor recebe de acordo com a sua produção, variando entre R$ 15,00 a R$17,00 o quilo. “A qualidade do casulo depende dos cuidados do produtor no galpão, mas principalmente do manejo da amoreira”, diz o gerente da Bratac, Carlos Assoni. “Cuidamos muito para evitar perdas e os descontos na nossa produção não passam de 1%”, complementa o sericicultor Airton. Segundo ele, o custo de produção, descontando-se o investimento inicial, é muito baixo: “Gastamos com a adubação anual e a desinfecção do galpão após a saída de cada lote”. A rentabilidade média, explica Assoni, é de R$ 1.000,00 líquidos por caixa de larvas. Alguns produtores do muni-

cípio pararam com a atividade, mas agora estão voltando, porque perceberam que o momento está muito bom para a sericicultura. Somente no ano passado, 14 produtores retomaram ou ingressaram na atividade em Diamante do Sul. Proprietário de 1,5 alqueire de terra, o produtor Diomar de Souza mantém oito caixas de larvas e produz 500 quilos de casulos por mês em dois barracões que somam 375 metros quadrados. Ele está há dez anos na atividade e com a renda consegue sustentar a família formada pelo casal e mais cinco filhos. Aliás, os filhos todos ajudam no trabalho de alimentar as lagartas. Nos intervalos, eles se dedicam a cuidar da horta que, com a venda de verduras e legumes, garante uma renda extra à família.

DESDE 1940 n A empresa Bratac foi criada em Londrina em 1940 por imigrantes japoneses. Possui 3,5 mil produtores integrados em todo o Brasil. n “O mercado da seda é um mercado firme, que só tende a crescer, uma vez que a concorrência está entre os compradores e não entre os fornecedores”, afirma Carlos Assoni.

O CASAL de sericicultores Neiliane e Airton Raimundo, na foto com o prefeito Darci Tirelli, tem na atividade sua única fonte de renda 44 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


AGROPECUÁRIA CAVALO DE FERRO Uma empresa do segmento agropecuário: nFundada no ano de 1991, nTem como princípio a satisfação do cliente, seu maior patrimônio n Procura sempre atualizar-se conforme a necessidade do mercado n Prima por um bom relacionamento com clientes, fornecedores e parceiros. n É fundamental a harmonia entre seus colaboradores. n Dentro dessa filosofia vem mantendo um crescimento sólido e contínuo.

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AGRICULTURA

Quando tomate vira produto nobre Agricultores de Braganey elaboram produtos diferenciados a partir de frutos descartados pelo mercado por imperfeições ou excesso de amadurecimento

T

omate seco, molho de tomate, doce de tomate com bimenta, patê de tomate com berinjela. Essa parece apenas mais uma lista de produtos encontrados em qualquer prateleira de supermercado. A diferença aqui está no princípio de tudo, a industrialização. Esse case de sucesso faz parte da vida de 18 famílias de produtores de tomate do município de Braganey, que se uniram e formaram uma associação, a ASTOB, e a partir dela dar uma nova finalidade aos tomates descartados pelo mercado, por defeitos na formação da fruta ou maturação em excesso. São cerca de seis mil quilos de produtos que antes eram jogados fora, ou no máximo servido no co-

cho como alimento para animais da propriedade, e agora são industrializados e comercializados com marca própria. PROPOSTA SAI DO PAPEL Tudo começou em 2011, com um programa da Universidade sem Fronteiras, da Fundação Araucária, que foi conduzido por uma professora da UTF de Toledo, que encontrou parceria nos produtores de tomates de Braganey. Num segundo momento houve a necessidade de buscar recursos para montar a fábrica. Então a nutricionista Graziela Bragueto elaborou o projeto industrial, através do qual vieram importantes parcei-

ENTRESSAFRA Quando não há tomates para processar, a indústria se transforma em panificadora, com a confecção de pães e outros salgados 46 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

ros, como a “Eletrobrás, que doou os equipamentos, cerca de 50% do valor do investimento e a Fundação Araucária, que participou com a outra metade”, relata a coordenadora da indústria Marinete Bini. A fabricação fica por conta de uma equipe de mulheres, todas associadas à Astob. Hoje, um dos carros chefes da fábrica é o molho de tomate, fornecido à merenda escolar das escolas municipais e estaduais situadas em Braganey. Mas a diversidade de produtos é bastante grande, feitos a partir de receitas bem caseiras, o que garante o sabor característico aos produtos. Alguns são inventados ali mesmo e se tornam novidades no comércio, a exemplo do salgadinho de tomate, do patê de tomate seco e do doce de tomate com pimenta. NUM MERCADO CONCORRIDO Os produtos ainda estão engatinhando em termos de comercialização. Uma parte é vendida em feiras, em parceria com a Emater, que organiza esses eventos direcionados a todos os produtores do Paraná e oferece os espaços gratuitamente. A outra parte vai aos supermercados da cidade e às escolas públicas. Organizadas pela Emater são quatro feiras regionais denominadas “Sabores do Paraná”, mas há ainda a feira nacional, uma por


AGRICULTURA

ano, organizada pelo MDA, na qual os produtos derivados do tomate também estão presentes. O forte da safra de tomates é em novembro e em maio. É nessas épocas que as mulheres da indústria se dedicam com afinco para processar toda a sobra da colheita. A produção é armazenada em locais apropriados até a chegada das feiras ou a venda direta. Mas nas entressafras, a indústria não fecha. Toda a estrutura é aproveitada pelo grupo para confecção de pães e massas para a merenda escolar, salgados congelados para os supermercados e outras entidades da cidade. Dali também sai cucas, bolachas, tortas, entre outras guloseimas para venda direta. “Foi a alternativa que encontramos para a indústria não ficar parada na entressafra do tomate”, explica Marinete, ao salientar que a atividade também garante uma renda extra às mulheres da Astob. O fornecimento de produtos para a merenda escolar é feito através de um cadastramento junto ao

governo do Estado, por meio de um programa de incentivo aos pequenos produtores, o PENAI. “É um bom programa porque motiva muitas famílias a continuar no sítio”, diz Maria Cleonice Bragueto ao explicar que a produção tem que ser padronizada e fiscalizada pelo governo. Na indústria o trabalho é em sistema cooperativo, onde todas trabalham dois dias por semana, as segundas e às quintas-feiras. Do valor faturado é reservada uma parte para o pagamento das despesas e custos extras, como consertos de equipamentos. O restante é dividido em partes iguais entre as mulheres que atuam de forma direta na indústria. Entre os custos então a energia elétrica, a água e as matérias primas adquiridas nos supermercados. O local é isento de aluguel, uma vez que a prefeitura do mu-

nicípio reformou uma escola rural abandonada e a cedeu para a associação montar a indústria. DE AGRICULTORAS A EMPRESÁRIAS Cada uma delas tem sua própria história. A maioria sempre viveu no sítio dedicando–se à família e sequer imaginava o passo que poderiam dar algum dia. “Eu era muito tímida e cheia de preconceitos e medos”, conta Marinete, lembrando que por pouco deixou de ir à feira nacional, em abril de 2012, por medo de viajar de avião. A participação em cursos e palestras motivacionais, por meio da Unicoop, foi uma das contribuições para Marinete romper suas próprias barreiras e superar as dificuldades internas. “Descobri que não preciso me sentir culpada ao sair de casa para trabalhar e viajar às feiras, mas que isso me faz bem”, disse ela que já é vovó e, assim como as colegas, anda quilômetros para ir ao trabalho, que as entusiasmam.

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AGRICULTURA

EM SOCIEDADE Maria Cleonice e Marinete viajam o Brasil para apresentar os produtos da marca ‘Sabores de Tomate’ em feiras e eventos

Crescimento com foco no empreendedorismo rural Marinete Bini e Ana Maria, assim como as demais mulheres da Associação dos produtores de Tomates de Braganey, conseguiram superar muitos desafios da indústria porque constantemente buscam se aperfeiçoar por meio de cursos e palestras. Muitos deles promovidos pela Universidade Coopavel. “O desenvolvimento intelectual é o conhecimento e quanto maior o conhecimento, mais ferramentas para o desenvolvimento humano e a organização”, explica a gerente da Unicoop Sandra Santos. Muitas pessoas possuem barreiras internas que se originam no meio onde a pessoa foi criada e educada e, “uma das formas na 48 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

superação é a força de vontade e o apoio de pessoas e instituições”, afirma Sandra ao salientar que as empresas hoje, procuram ter qualidade, e para ter esta qualidade precisam de pessoas preparadas, motivadas que saibam trabalhar

A panificação foi a alternativa que encontramos para a indústria não ficar parada na entressafra do tomate”

em equipe, cooperar, liderar, representar a instituição. De acordo com Sandra Santos, “é justamente com o objetivo de promover o desenvolvimento das pessoas que a Unicoop vem realizando trabalhos com mulheres, jovens e casais desde 2010”, a exemplo dos programas: n Mulheres cooperativistas, que resgata a autoestima feminina e valoriza sua atuação nas atividades do agronegócio, visando o desenvolvimento e exercício do conceito de liderança, com ênfase nas questões psíquicas e emocionais. n Casais cooperativistas, que visa construir e fortalecer a tomada de decisão familiar, compartilhada entre os cônjuges, a partir de um trabalho que evidencie a importância da cooperação dos membros que constituem a família, dê conhecimento para manutenção de uma harmonia conjugal, contribuindo para a prosperidade no casamento, o diálogo, o entendimento entre os pares e consolide a união. n Formação de jovens, que orienta para o empreendedorismo e liderança no ambiente rural, atrelado à tomada de decisão compartilhada entre pais e filhos, fomentando a continuidade do trabalho no campo e a forte parceria entre pais e filhos minimizando os conflitos e estimulando a permanência do jovem no campo, em prol do desenvolvimento de empresas rurais, com responsabilidade, liderança, otimismo. Este programa também prepara os jovens para atuar como lideranças na cooperativa, no ambiente rural e na sociedade, a partir de um trabalho de formação em âmbito contínuo com atividades de cursos, palestras e imersões.


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TECNOLOGIAS PARA O FEIJÃO 50 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


NOVAS TECNOLOGIAS

Com o objetivo de atender as expectativas de produtores e consumidores, Pesquisa trabalha em busca de qualidade no grão e eficiência na produção das lavouras

E

m uma tarde de campo, com palestras a céu aberto, agricultores, estudantes de agronomia e profissionais da área técnica de toda a região, receberam informações sobre novas variedades, rotação de culturas, zoneamento e manejos para a cultura do feijão. O evento foi realizado na estação experimental do IAPAR em Santa Tereza do Oeste. Em uma das estações, o tema ‘rotação de culturas’ foi apresentado pelo pesquisador Eloir Myzka. “A rotação é importante para que haja sobra de palhada para cobertura do solo antes do plantio do feijoeiro, permitindo assim maior armazenamento de água”, explica Eloir. Segundo ele, o feijão é bastante exigente em umidade e a camada de palha permite um armazenamento de 20% a mais de água na terra. FEIJÃO E ESPÉCIES GRAMÍNEAS É importante que as plantas utilizadas nas lavouras anterior e posterior ao feijão sejam de espécies gramíneas, como o milho, a aveia e o trigo. De acordo com o pesquisador, “se utilizar o nabo, por exemplo, é preciso monitorar bem a lavoura devido à alta incidência de mofo branco”. Já a sobressemeadura de aveia no milho safrinha tem boa recomendação porque formará palhada para o plantio do feijão em agosto. “Não orientamos o plantio de feijão sobre soja, devido às doenças que poderão permanecer nas lavouras”.

No Paraná, de acordo com o zoneamento agrícola estabelecido para o estado, é possível fazer três safras de feijão. Na primeira, denominada safra das secas, o plantio compreende o período de 22 de dezembro a 31 de janeiro. Já a safra de inverno tem plantio recomendado entre primeiro e 20 de fevereiro. Enquanto que o plantio da safra das águas vai de 11 de setembro a 20 de agosto. “É claro que essas datas são especificadas para a região de Cascavel, mas mudam de acordo com o clima de cada localidade”, enfatiza o pesquisador Eloir. Todas as cultivares disponíveis no mercado podem ser plantadas

Clima e solo do Sul do país permitem fazer até três safras de feijão por ano, mas para que as lavouras atinjam o potencial de produção, é preciso seguir recomendações técnicas diferenciadas para cada uma das estações

em qualquer uma das safras, o que muda é o manejo da planta e as culturas utilizadas na rotação. PRAGAS QUE CAUSAM DANOS ÀS LAVOURAS Quando se trata de pragas na cultura do feijão, felizmente a região não está entre as mais afetadas, mas ainda assim é preciso monitorar as lavouras e fazer o controle quando necessário. De acordo com o pesquisador Humberto Godoy Androcioli, entre as principais pragas do feijoeiro estão o percevejo, a mosca branca e a lagarta da vagem, além da vaquinha, que ataca na fase inicial da planta. O tratamento de sementes ajuda no controle destas pragas, mesmo assim é preciso acompanhar durante todas as etapas. Ao perceber o ataque das pragas, fazer a contagem de adultos em 10 pontos da lavoura para saber se aplica ou não os inseticidas indicados. No caso da vaquinha, aplicar o produto ao identificar 20 insetos adultos. Para percevejo, dois insetos em cada amostragem já indica controle. Para a lagarta, a aplicação deve ser feita ao encontrar 20 vagens perfuradas em 2 metros quadrados. A Helicoverpa é mais destruidora, então ao encontrar uma única praga na lavoura já deve entrar com aplicação. “Os produtos são bastante caros e matam somente os insetos, por isso não recomendamos o controle preventivo”, explica Humberto ao salientar a importância de se manter a população de inimigos naturais, como a mosca. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 51


NOVAS TECNOLOGIAS

Décadas em busca da eficiência

VALOR AGREGADO

Principal órgão de pesquisa em feijão do país, há 42 anos o Iapar pesquisa as melhores tecnologias para o cultivo do feijão. Durante esse período também lançou mais de 30 cultivares diferentes, com adaptações ao clima, ao solo e ao gosto do consumidor brasileiro. Este ano estamos lançando variedades de ciclo mais curto, que levam entre 70 e 75 dias do plantio à colheita. Uma destas variedades, a Curió, foi a mais produtiva em experimentos realizados na região. Presente no evento, o diretor de pesquisas do Iapar, Armando Androcioli Filho, destacou a importância da cultura para o Estado. Segundo ele, o Instituto Agronômico do Paraná é o detentor da maior parte das variedades cultivadas no Paraná e no Brasil e tem desenvolvido tecnologias de ponta para potencializar a cultura. “O

feijão faz parte da diversificação das propriedades e também contribui muito para a agricultura familiar”, enfatiza. Um dos objetivos da pesquisa é atender a demanda de consumo. “Precisamos estar atentos às exigências dos consumidores, que querem um grão de qualidade e sabor, e às exigências dos produtores, que querem plantas resistentes às pragas e doenças e às adversidades do clima”, finaliza Armando. Segundo ele, foi a partir de pesquisas do Iapar que se tornou possível a mecanização da colheita de feijão, com o desenvolvimento de variedades mais retas e altas, ao alcance das máquinas. PORQUE SE PLANTA TÃO POUCO FEIJÂO Segundo Lollato, os agricultores estão bastante habituados ao

cultivo de soja e milho e por isso têm receio em plantar uma cultura nova. “Falta familiaridade com o feijão”, diz. Entre as dificuldades enfrentadas pelos agricultores estão o controle de doenças e pragas, principalmente as lagartas, remanescentes das lavouras de soja, que elevam os custos de produção. “Ainda assim, quem vem cultivando feijão, tem tido muito sucesso. E se a gente não fizer, outros farão”, afirma Lollato. O pesquisador salienta que outras regiões já estão plantando o que o Paraná deixou de plantar nos últimos anos. “Todo agricultor deveria reservar um pedaço da sua área para o plantio do grão”, diz, justificando que, como as variedades importadas não atendem ao hábito de consumo brasileiro, tudo o que for cultivado aqui, tem espaço no mercado.

n O Brasil produz e consome diversos tipos de feijão, destacando-se os do grupo I, que inclui feijão-comum, com 64% da produção, preto 2%, os cores, principalmente, o grão tipo comercial carioca, com 42% e o grupo II: feijão-caupi com 36% da produção. n Paraná é o maior Estado brasileiro produtor de feijão, com 691 mil toneladas em 2013, representou 23,21%. n Dica para a dona de casa. Na hora de comprar, escolha variedades nacionais. Para saber se o feijão é velho na prateleira, basta olhar a cor. O carioca, quanto mais novo, mais claro. Vai escurecendo com o tempo. O preto, ao envelhecer vai ficando opaco e perdendo o brilho.

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NOVAS TECNOLOGIAS

A falta de sementes á mais um agravante. “Muitos agricultores plantam grão por falta de semente”, disse Lollato. A oscilação nos preços também gera insegurança. TEMPERATURA IDEAL A planta também é bastante sensível ao clima, não tolerando temperaturas muito altas e nem muito baixas. Segundo o pesquisador, o ambiente ideal é entre 18 e 22 graus, principalmente na fase entre o início da floração e a formação da vagem. “Nessa fase a planta joga toda a sua força para a produção de grãos e fica suscetível ao ataque de pragas e doenças, então o produtor tem que se atentar para o controle, se não quer perder produtividade”, explica Lolatto.

Voltando ao clima, o frio moderado diminui a multiplicação celular nas nervuras e nas bordas da folha. Conforme a temperatura vai caindo a força das células também vai diminuindo e o metabolismo da planta chega a parar aos 7°C. Mas o calor é ainda mais prejudicial. ”Algumas variedades já param de produzir aos 29°C, mas acima de 33°C nenhuma variedade suporta”, explica Lollato ao salientar que em regiões como o Oeste, onde faz temperaturas acima de 30°C no verão, os produtores deveriam evitar o plantio com previsão de colheita no forte do verão. O recomendado seria plantar bem no cedo, para a florada e formação de vagem aconteça no máximo em outubro.

O pesquisador do Iapar, Lollato, explica sobre os tipos de feijão

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NOVAS TECNOLOGIAS

New Holland e Unioeste com foco na mecanização agrícola Principais pontos envolvem cursos sobre manutenção de máquinas que beneficiarão produtores do oeste do Paraná

A fim de estimular e realizar atividades, projetos, eventos de cooperação em assuntos técnicos, científicos, educacionais e de uso de tecnologias, e visando à correta utilização e manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas, a New Holland e a UNIOSTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) firmaram parceira nesta quarta-feira (11). A solenidade da assinatura do termo de convênio aconteceu na estação experimental da UNIOESTE de Entre Rios do Oeste, próximo à cidade de Marechal Cândido 54 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

Rondon (PR). Com o objetivo de contribuir para a difusão e transferência de tecnologias aos agricultores brasileiros, os principais pontos da parceria envolvem aulas teóricas e práticas, cursos, treinamentos e palestras que possibilitem o treinamento e a formação de estudantes, agricultores, trabalhadores rurais, mecânicos de máquinas agrícolas, instrutores e professores. PELO CONHECIMENTO “Essa é uma parceria muito importante para a New Holland,

pois, além de ser com uma instituição que é modelo em trabalhos e avaliações de máquinas agrícolas, insere a marca no meio acadêmico em uma região extremamente agrícola e de referência do Paraná”, afirma Cristiano Conti, especialista de produto da New Holland. Para proporcionar inovação tecnológica e atestar a eficiência operacional do maquinário agrícola, a New Holland e a UNIOESTE realizarão ensaios, avaliações e testes das máquinas e equipamentos agrícolas fabricados e comercializados pela New Holland.


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NOVAS TECNOLOGIAS

Tubo para irrigação Vetro é mais qualidade no campo Os produtos da marca Vetro apresentam características diferenciadas que fazem toda a diferença às lavouras irrigadas A Vetro é especializada na fabricação de produtos e execução de serviços em fibra de vidro. Com mais de 20 anos no mercado, tem experiência comprovada no segmento, prova disso são os prêmios recebidos pela excelência em qualidade de seus produtos e serviços. A preocupação com a satisfação do cliente é prioridade para Vetro, por isso buscamos constantemente soluções inteligentes que agreguem qualidade aos nossos produtos. A linha de produtos Vetro conta com tubos e conexões de PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro) e RPVC (Tubo de PRFV com liner de PVC), também conhecidos como tubos com liner termofixo e termoplástico, fabricados conforme as normas AWWA C-950 e NBR 15.536 e ensaios correspondentes. A indústria trabalha com diâmetros de 50mm até 1.200mm, classe de pressão de 2 Kgf/cm² até

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32 Kgf/cm² e rigidez de 2.500 N até 10.000 N. VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE TUBOS DE RPVC E PRFV Resistência à corrosão: São totalmente inertes a qualquer tipo de corrosão. Tanto interna como externa não sofrendo nenhum tipo de agressão química, genérica, galvânica, corrosão intergranular ou grafítica que afetam os tubos metálicos. Resistência à abrasão: A superfície interna totalmente lisa oferece uma resistência à abrasão maior que os tubos metálicos. Os tubos de RPVC e PRFV são especialmente requisitados em casos de abrasão extrema. Resistência à temperatura: Em aplicações normais com temperaturas de operação de até 60ºC, os tubos de RPVC e PRFV não sofrem nenhuma interferência pela temperatura e não exigem nenhuma

reclassificação dos valores de pressão de serviço. Para temperaturas de 120ºC são indicadas as tubulações de PRFV. MAIS DURABILIDADE E RESISTÊNCIA AO TEMPO A superfície externa de acabamento é composta por resina termofixa que confere aos tubos excelente resistência ao tempo. Em instalações aéreas, podem ficar expostos aos raios ultravioletas por um período maior em relação aos materiais metálicos, devido a utilização de um produto que é adicionado a resina inibindo os raios. Resistência mecânica: O coeficiente de segurança para pressão interna é de até 4 vezes a pressão nominal de operação. Nosso tubo de pressão nominal (PN) 06 kgf/ cm² foi testado hidrostaticamente a mais de 24 kgf/cm² sem apresentar qualquer falha. Consideramos


NOVAS TECNOLOGIAS

além da pressão de trabalho uma rigidez mínima a fim de garantir as propriedades mecânicas dos tubos. Propriedades hidráulicas: O RPVC e o PRFV são um dos materiais que apresentam um dos menores coeficientes de rugosidade, sendo mundialmente classificado como um tubo hidraulicamente liso. As características hidráulicas mantêm-se inalteradas por toda vida útil da tubulação, não aumentando a perda de carga e não diminuindo a eficiência da tubulação. LEVEZA AO TRANSPORTE E FACILIDDE NO MANUSEIO Os tubos de RPVC e PRFV possuem 1/11 do peso dos similares em concreto e aproximadamente 1/6 do peso dos similares em ferro fundido ou aço. Com o baixo peso, o manuseio torna-se mais simples e rápido, representando maior economia e mais segurança nas obras. Estabilidade dimensional: Os tubos são perfeitamente cilíndricos, e não apresentam nenhuma variação dimensional tanto no diâmetro interno como no externo.

BAIXO CUSTO DE INSTALAÇÃO Vários fatores reduzem os custos de instalação: n O baixo peso facilita o transporte e o manuseio na obra; n A possibilidade de intercâmbiabilidade com outros materiais dispensa peças especiais de adaptação; n O sistema de junta elástica com anel reduz o tempo de montagem; n Não precisa ser feito nenhum sistema de proteção contra corrosão, mesmo em solos agressivos; n Em instalações aéreas dispensam pinturas ou revestimentos contra intempéries; Baixo custo de operação: Devido à baixa rugosidade hidráulica e o diâmetro interno útil permanente, o consumo de energia em bombeamentos é reduzido, e para uma mesma condição de projeto o consumo é inferior quando comparado aos similares em ferro ou aço. Baixo custo de manutenção: Em aplicações normais os tubos de RPVC ou PRFV dispensam qualquer tipo de manutenção preventiva ou corretiva, sendo que

O baixo peso dos materiais facilita o trabalho de instalação no campo

os mesmos não sofrem corrosão e não necessitam de proteção catódica. Além do diâmetro interno útil e o coeficiente de rugosidade manterem-se originais.Além disso, possuem vida útil estimada de 50 anos o que otimiza o investimento e evita a renovação prematura. A versatilidade dos produtos Vetro permite que sejam utilizados na condução e armazenamento de fluídos que vão desde água e esgoto até produtos corrosivos e com altas temperaturas. Com isso, a Vetro atende os mais variados mercados, dentre eles o da Irrigação.

IRRIGAÇÃO EM PROCESSO CRESCENTE Este mercado encontra-se em grande expansão e pensando nisso a Vetro instalou uma unidade fabril em Luís Eduardo Magalhães/BA. Os produtores da região podem contar com produtos de qualidade e procedência Vetro e a rapidez do nosso suporte técnico que assegura a instalação e o uso adequado de seus equipamentos. Nossos tubos são utilizados desde a captação de água no rio até na entrada do equipamento de irrigação.

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FOCO NAS BEZERRAS

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PECUÁRIA

Produtores de leite, associados à Copacol, ganham tempo e qualidade em genética animal ao entregar suas novilhas aos cuidados da cooperativa

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elhoramento genético, alimentação equilibrada para cada fase do desenvolvimento, falta de mão de obra na propriedade, atendimento especializado, entre inúmeros outros benefícios, estão motivando os produtores de leite, associados à Copacol, de Cafelância/Pr, a deixar a deixar as fêmeas recém-nascidas na Unidade de Produção de Bezerras e Novilhas (UPBN), da cooperativa. Quando todo o rebanho, do nascimento à lactação, fica sob os cuidados dos produtores, começa a haver um acúmulo de animais na propriedade, sobrecarregando a família e faltando a atenção necessária para cada fase das fêmeas. “Esse problema é bastante comum na grande maioria das propriedades brasileiras, mas pode ter a sua solução a partir da prestação de serviços terceirizados”, Zootecnista Amauri Bernardi, Encarregado da unidade da Copacol que acompanha o projeto desde o princípio. Diferente de outros sistemas de criação de bezerras, que normalmente mantém a novilha ou a vaca até a cria, na Copacol o espaço é destinado especificamente para as bezerras. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MAIS ESPECIALIZADOS Inaugurada em outubro de 2011, a unidade conta hoje com 300 bezerras vindas de 40 propriedades. Esse volume representa 40% dos produtores integrados, mas muitos aguardam na fila de espera para enviar seus animais à UPBN. Estamos no limite, é por esse motivo que a cooperativa decidiu aumentar as estruturas ampliando a capacidade para 720 animais. O projeto já foi aprovado e está em processo de construção. A cooperativa, que foi uma das primeiras do Paraná a investir na avicultura, e que já está bastante estabilizada nas produções de suínos e peixes, decidiu que precisa investir mais no setor lácteo e, de acordo com Amauri, foi melhor começar pelo melhoramento genético e da produção. A implantação de uma estrutura adequada, com profissionais especializados na criação de bezerras foi a primeira opção acatada pela diretoria, que abraçou a causa e já pensa em novos projetos que venham de encontro aos produtores de leite. Segundo o presidente da Cooperativa, Valter Pitol, a Copacol investe em todas as atividades que trabalha em parceria com os associados e a bovinocultura de leite, está passando por várias estruturações para atender melhor os produtores. “Os investimentos na UPBN atendem o planejamento que estamos fazendo para melhorar a qualidade, produtividade e a rentabilidade da produção leiteira dos cooperados da Copacol”, destaca Pitol. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 61


PECUÁRIA

Em benefício dos cooperados Quando as bezerras chegam à UPBN é feito um check list para verificar as condições das bezerras. “Em seguida é feita a identificação com um brinco contendo o número que fica com ela por toda sua permanência na unidade e feita uma foto para armazenar no sistema de controle da Copacol. No momento da devolução o produtor recebe uma ficha contendo todos os controles realizados na unidade”, explica Amauri. Ao chegar na UPBN as bezerras são logo encaminhadas para instalações apropriadas, onde permanecem durante toda a fase de aleitamento, que dura entre 80 e 90 dias. ali recebem o leite sucedâneo e água à vontade. Nesta etapa elas também recebem ração pré-inicial e a partir dos 40 dias de vida começa a introdução do feno. Cumprida essa etapa as novilhas são encaminhadas para o primeiro barracão, em sistema de semiconfinamento. Ao todo são cinco barracões, com quatro baias cada com capacidade para quatorze bezerras, onde os animais são separados por lotes, de acordo com a fase em que se encontram. A última etapa é a de insemina-

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ção, onde as novilhas permanecem até o sexto mês de gestação, quando retornam para a propriedade, ainda antes de completar dois anos de idade, entre 22 e 24 meses. NUTRIÇÃO ESPECIFICA PARA CADA FASE A alimentação em cada uma dessas etapas é conduzida de acordo com a categoria de consumo dos animais, mas sempre seguindo dieta balanceada, à base de ração, feno e silagem, além das gramíneas na pastagem. “Nosso objetivo é formar uma novilha com bom escore corporal, preparando-a para ser uma boa produtora de leite”, afirma Amauri.

OS CUIDADOS SANITÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS DA COOPERATIVA, QUE PROVIDENCIAM TODOS OS EXAMES E VACINAÇÕES, A EXEMPLO DA BRUCELOSE E DA AFTOSA, OBRIGATÓRIAS NO

ESTADO DO PARANÁ

Para alojar suas bezerras na cooperativa o pecuarista paga 22 parcelas de R$120,00 por cabeça. O valor é destinado apenas a cobrir os custos de mão-de-obra, alimentação e cuidados sanitários. “Por se tratar de um sistema cooperativista, não visamos lucro, o ganho está na captação do leite e no melhoramento genético do rebanho dos associados”, afirma Amauri, ao explicar que se trata de uma prestação de serviços com benefícios a ambas às partes. Como a estrutura é aberta apenas aos integrados à cooperativa, esta também acaba fidelizando-os, uma vez que visualizam melhores resultados na sua atividade. A maioria são pequenos produtores, que chegam a deixar duas ou três bezerras na UPBN. Alguns escolhem apenas as melhores para enviar e seguram as demais na propriedade, “mesmo assim vale compensa porque estabiliza a produção”, diz Amauri. Ele lembra que no início foi difícil convencer os integrados sobre os benefícios que os teriam ao deixar suas bezerras sob os cuidados da cooperativa, “mas agora já há fila de espera”.


PECUÁRIA

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Exclusividade para as vacas em produção Para ser boas produtoras de leite as bezerras exigem cuidados especiais desde o nascimento. Entretanto esses cuidados tomam um tempo que muitas vezes o produtor não tem, porque precisa dar atenção às vacas que estão produzindo e a mão-de-obra no campo está bastante escassa. Este foi, entre outros, o principal motivo que levou Jair Kottwitz, do município de Cafelândia, a entregar as fêmeas recém-nascidas na UPBN da Copacol, da qual é integrado. “As nossas instalações não eram adequadas o suficiente e acabávamos penalizando-as por falta da dedicação que precisavam”, diz. Mas esse era apenas um detalhe, conta ao relatar que além do espaço, as novilhas consumiam ali-

mentos sem produzir, “agora essa comida vai para as vacas que estão produzindo”. As pessoas também se sobrecarregavam e não conseguiam atender aos procedimentos necessários para as bezerras, que muitas vezes tiveram suas vacinas atrasadas pela falta de tempo. SOMENTE OS ANIMAIS ADULTOS Agora, na propriedade permanecem as vacas secas, as novilhas em fase final de gestação e as que estão em lactação, que somam 30 animais. Até 2011 a média anual era de 17 litros/dia. Com a dedicação exclusiva e melhoria no manejo e na qualidade nutricional, a média saltou para 25 litros nesses últimos três anos. Tendo mais tempo, Jair

melhorou a eficiência produtiva. “Com a mudança conseguimos nos profissionalizar mais e cuidar de detalhes que antes passavam despercebidos”. Outro dado importante é que quando as bezerras estavam na propriedade pariam com cerca de três anos. Agora são inseminadas com idade entre 14 e 16 meses. O custo é de cerca de R$ 2,6 mil pelo período que a bezerra fica na cooperativa. “Então, ao colocar na ponta do lápis, ganhamos um ano de lactação, que pela média de produtividade significa 7,5 mil litros no ano. Em dinheiro o valor passa de R$ 7 mil bruto. Só isso já para todas as despesas de criação desse animal durante o tempo que esteve na cooperativa”, justifica Jair

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Melhoramento genético é gradativo A inseminação das novilhas é realizada na Unidade de Produção de Bezerras e Novilhas com sêmem sexado, selecionado a partir dos melhores touros, para promover o melhoramento genético. “A qualidade das bezerras que vem de lá é impressionante”, conta empolgado Jair. Ele foi um dos incentivadores do projeto e dos primeiros a deixar animais na cooperativa. “Já tenho uma vaca em lactação que foi criada na UPBN e sua filha que veio de inseminação já voltou para a unidade. Esta novilha está produzindo 40 litros de leite. Outra bezerra que foi criada na Unidade está produzindo 30 litros, enquanto sua mãe não passava de 20 litros por dia”. Ele atribui a evolução à profissionalização do manejo durante todo o tempo em que as fêmeas permanecem sob os cuidados dos profissionais da cooperativa. Ante aos resultados que vem obtendo o produtor Jair Kottwitz garante que agora aprendeu a cuidar muito bem das bezerras, do nascimento aos 15 dias, tempo em que ficam na propriedade, antes do envio à cooperativa. “Entendi que quanto mais cuidados dispensamos no nascimento e nos primeiros dias de vida, melhor será o desenvolvimento desse animal depois”, afirma ele. 64 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL

“Minha experiência no leite me faz valorizar muito a qualidade genética do rebanho”, relata Jair Kottwitz, que é sócio antigo da cooperativa Copacol e ingressou na atividade leiteira ainda em 1994, quando decidiu se tornar independente do pai e ganhou dele quatro vacas. Um ano depois comprou mais quatro e desde então seu plantel foi aumentando somente com animais próprios, “provenientes de inseminação de boa qualidade”, garante. Ele cresceu enquanto produtor, ampliou sua área de terra e fez investimentos com a renda das vacas, a exemplo da construção do aviário e aquisição de máquinas agrícolas. “Comecei com uma bicicleta e hoje tenho tratores, caminhão, veículos e uma casa boa onde moro com a família na propriedade. Tudo veio do leite”, conta. TÉCNICAS DE MANEJO A quantidade de leite a ser produzida por uma novilha depende muito de como ela foi manejada na sua fase inicial. A etapa que vai do nascimento ao desmame é considerada a mais importante, pois é nessa fase que ocorre o desenvolvimento das papilas ruminais e capacidade de ingestão de alimentos que irão definir o potencial produtivo da futura vaca.

AS PRINCIPAIS FASES NA VIDA DA BEZERRA n O manejo alimentar é um dos processos mais importantes na UPBN, onde as bezerras são alimentadas com sucedâneos de leite até que possam comer e digerir os alimentos secos; n E o critério mais importante para se determinar quando a bezerra pode ser desmamada é a quantidade de alimento seco consumido; n Uma boa ingestão de ração também significa boa saúde; n As mudanças de ração também são feitas gradativamente; n Outro fator importante nesta fase é a redução do stress, que pode ser feito intercalando-se as ações estressantes, como: n Não desmamar, mudar de ração e mudar de instalação no mesmo dia; n A desmama é o maior dos estresses e nenhum outro desafio deve ser imposto no mesmo dia; n Portanto é interessante que se mantenha a bezerra por alguns dias na mesma casinha, ou baia, após a desmama e alimentado-a com a mesma ração; n Isto permite que ela se adapte ao consumo de alimentos secos, sem outros estresses.


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VIDA E SAÚDE

Abra bem os olhos para não comprar gato por lebre Compra de óculos exige especial atenção em relação à qualidade da lente ante a exposição aos raios ultravioletas Dr. Roberto Machado Oftalmologista-CRM 14492 Dias com as altas temperaturas e um lindo sol, podem nos reservar alguns perigos. Todos sabemos que devemos nos proteger nossa pele dos raios ultravioleta, mas e os nossos olhos? Pois é, eles também podem ser afetados e devem ser protegidos. Existem algumas profissões que estão mais expostas a esses perigos, por exemplo, agricultores, pedreiros, garis, carteiros e vendedores ambulantes. Para eles, é fundamental usar protetor solar, calçar sapatos confortáveis e resistentes, vestir-se adequadamente (chapéu que cobre a nuca e camisa de manga longa de tecido fino) e, claro, tomar muita água. É PRECISO PROTEÇÃO Os raios infravermelho e ultravioleta (UVA e UVB) aumentam muito no verão e a exposição por

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longos intervalos de tempo à luz do sol pode causar danos irreversíveis à saúde dos seus olhos. Nessa hora, seu melhor aliado são os óculos escuros, desde que filtrem os raios UVA e UVB sem alterar a definição de cores. MUITA ATENÇÃO AO COMPRAR O ÓCULOS Antes de comprar o acessório, abra bem seus olhos para não comprar gato por lebre. Óculos que não retêm 100% dos raios UVA e UVB podem causar problemas na retina e na córnea como: catarata, ceratite (queimadura de córnea), doença degenerativa da retina, dores de cabeça e proliferação do pterígio (aquela “carninha” que cresce no canto do olho). O excesso da radiação na parte central da retina (mácula) pode provocar a degeneração macular cujo principal sintomas é a perda da visão central (pode formar-se uma mancha no centro da

visão, o que leva a uma queda da acuidade visual, por vezes, severa). Dessa forma, compre óculos de marcas conhecidas e em estabelecimentos confiáveis. Se você ficar na dúvida, peça para que o vendedor faça a medição de quanto de raios ultravioleta a lente filtra (ou seja o quanto ela bloqueia). Isso é facilmente realizado com um aparelho para este fim. Usar óculos escuros que não bloqueiam os raios ultravioleta é pior do que não usar nada, pois o nosso corpo tem mecanismos de defesa - como fechamento da pupila (menina dos olhos) e diminuição da fenda palpebral (apertar a pálpebra), entre outros - e com os óculos escuros temos mais conforto em relação à luz visível, mase menos mecanismos de defesa. Logo, os raios danosos entram mais nos olhos. Bom, depois disso espero ter ajudado na sua proteção. Lleve estas informações para o maior número de pessoas que você puder, será um bem para todos...



VIDA E SAÚDE

Trate suas varizes sem sair do campo

Paciente em tratamento com laser, sendo feito pelo dr. Carlos Rover

Novo método minimamente invasivo no tratamento de varizes facilita a vida dos pacientes

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ara quem mora no campo, a maior dificuldade em qualquer procedimento cirúrgico é o internamento hospitalar e o tratamento pós-operatório, além das várias idas e vindas até as clínicas. No caso de cirurgias de varizes convencional, os dias de recuperação através de longos períodos de repouso também dificultam as atividades na propriedade. Para facilitar a vida dessas pessoas, o cirurgião vascular dr. Carlos Alberto Rover, está usando um novo método, que permite que após o tratamento o paciente saia do consultório e retorne direto para casa, podendo levar uma vida normal no dia seguinte, sem necessidade de repouso. O ‘tratamento com espuma’ é uma metodologia diferenciada, usada pelo dr. Rover há três anos, período em que já tratou mais de 2 mil pacientes com a técnica, que se utiliza de métodos minimamente invasivos, feitos na própria clínica, para resolver o problema de varizes dos pacientes e também para curar as feridas provocadas pelas varizes, de forma rápida e segura. Por meio dessa técnica, as varizes de grande e médio porte são secadas, em vez de retiradas cirurgicamente. “O tratamento é acompanhado pelo uso do aparelho de ultrasson e é realizado no próprio consultório”, explica Rover. Segundo ele, as vantagens dessa metodologia são a não necessidade de internamento, não precisa anestesia e nem repouso, podendo o paciente trabalhar normalmente após o procedimento. Outra vantagem é a rápida cicatrização das ulceras varicosas. O método também facilita para aqueles pacientes que tem riso de anestesia, pois esse procedimento devido o fato de não precisar de anestesia pode com segurança ser realizado nos pacientes com idade avançada. PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS ASSOCIADOS O tratamento depende do tipo de varizes e da queixa dos pacientes, podendo ser estética ou funcional.

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O mais importante é que as tecnologias avançadas garantem bons resultados, garantem segurança nos procedimentos e, normalmente são menos doloridos. Os principais tipos de tratamentos utilizados na clinica do Dr. Carlos Rover são: n Escleroterapia ampliada: É aplicada nas microvarizes, que formam as varicoses. É praticamente indolor permitindo várias sessões em um único dia. A técnica foi aprimorada pelo dr. Rover e apresentada pela primeria vez em 2008, em um congresso em São Paulo. n Radiofrequência transdérmica: é utilizada no tratamento das varicoses do rosto e das pernas. Pode


VIDA E SAÚDE

ser usada em todos os tipos de pele sem apresentar pigmentação. n Tratamento com laser: Utiliza-se da luz do laser para tratar varicoses e pequenas veias aparentes no rosto e nas pernas. Por ser utilizado associado a outro aparelho que resfria a pele, torna-se praticamente indolor, gerando conforto ao paciente. Para alguns pacientes, que buscam resultados mais estéticos, torna-se necessário o uso associado de algumas dessas técnicas, como a retirada de varizes, o laser e as aplicações para varicoses. Com a associação destas novas técnicas de tratamento, torna-se possível fazer tudo num único dia, sem o paciente precisar voltar várias vezes à clínica. EM RESPEITO AO PACIENTE A paixão pela medicina tem como principal razão o respeito ao ser humano. “É por isso que buscamos atender as expectativas dos pacientes tanto em termos de estética como na saúde”, explica Rover, que se utiliza de tecnologias

modernas aliadas à relação de reciprocidade com seus pacientes. “A tecnologia sofisticada precisa ser praticada e acompanhada por um profissional que a conheça bem e que esteja preocupado com o ser humano”, afirma. Uma preocupação que, alias, se estende no dia a dia de Rover. Com o apoio dos municípios que fazem parte do Ciscopar, que atende aos pacientes dos municípios da regional de Toledo, implantou o Projeto Bambu, que em 3 anos já tratou mais de 2000 pacientes com problemas de varizes, utilizando o método de espuma. Em Cascavel, atende voluntariamente pacientes assistidos pela Sociedade Espírita Paz, Amor e Caridade, no Bairro Interlagos. Para saber mais sobre o projeto bambu acesse o site www.vascularmastercenter.com.br. Após 18 anos de intensas pesquisas na área, o cirurgião Vascular Carlos Rover tornou-se referência nacional na área e passou a ensinar para médicos do Brasil todo a metodologia que ele próprio aperfeiçoou.

EXCELÊNCIA NA ÁREA VASCULAR Desde 2011 Rover ministra o Curso Master em Fleboestética, em parceria com o colega Charles Esteves Pereira. O curso tem sede em Goiânia e já capacitou mais de 300 médicos vasculares de todo o Brasil, sendo que um dos módulos é realizado aqui em Cascavel. Seguidamente ele também ministra palestras em congressos científicos no Brasil. E sua presença já está confirmada no XII encontro de Angiologia e Cirurgia Vascular do CONESUL, que será realizado em outubro, em Gramado/RS. Lá mostrará sua metodologia de tratamento de varizes para profissionais de todo o país e para o experiente médico americano Dr. Nick Morrison, um dos primeiros a tratar varizes com endolaser nos Estados Unidos.

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PISCICULTURA

Lazer com lucratividade Criação de peixes valoriza a propriedade e proporciona uma renda extra à família, uma vez que a carne tem mercado garantido Adilar Venites Presidente da Associação de Aquicultura de Toledo

C

riar peixe, além de ser um lazer, ainda pode aumentar a renda da família, sem contar com muitos benefícios atribuídos a essa criação, como dizem tá nervoso vai pescar. Todos me perguntam se é lucrativo criar peixe, ou se dá para viver só com esse tipo de criação, a resposta é simples depende muito de quanto querem ganhar, pois o custo de produção está em torno de R$ 2,16 o Kg, portanto é bastante compensador para quem possa vender diretamente ao consumi-

dor final, podendo conseguir um valor bastante expressivo, mesmo vendendo para frigorífico o lucro será certo. Um dos fatores determinantes para o sucesso do cultivo é saber para quem vender, isso ocorre em qualquer tipo de cultivo e o peixe não é diferente. O custo da produção aumenta ao passo de que o peixe já pronto com peso aceitável e você não consegue vender. Primeiro passo para quem quer começar uma criação é justamente isso, saber para quem comercializar, e se garantir no mercado. O simples fato de ter um tanque de peixe, valoriza sua propriedade e ainda pode aumentar sua renda, além de poder comer um peixe

fresco a hora que quiser. Independente do tamanho que for seu tanque, pode ser aproveitado da melhor maneira possível, solicitando um técnico para ver qual a espécie de peixe mais apropriada para o seu cultivo. Um tanque em condições normais pode produzir 0,6 a 1,0 kg de peixe por metro quadrado de água, podendo produzir muito mais com auxílio de aeradores, tudo depende da vazão da água. Os fatores limitantes na produção são: oxigênio, temperatura, alimentação, espaço e a qualidade da água. O peixe pode ser comercializado de diversas maneiras, tornando um atrativo muito grande em relação a outros animais, uma delas é o pesque-pague, que além de lazer pode ser aproveitado para servir refeições, é uma excelente forma de comercializar dependendo só da localização. Feiras livres também é uma forma de conseguir um valor mais significativo, principalmente em época da semana santa que a procura aumenta muito. VENDA INTEGRADA EM MAIOR ESCALA Outra forma de comercializar é vender para frigoríficos e também para outros pesqueiros, você pode vender um pouco mais barato mas por outro lado, levam toda sua produção, fazendo com que você possa começar outro ciclo de engorda sem perder tempo. Por tudo isso que eu recomendo a ter um tanque de peixes na propriedade, não importa o tamanho. É uma terapia ver os peixes comendo ou simplesmente passando horas na beira do lago com uma vara de pesca apostando com seus amigos para ver quem pega o maior, e saboreando um delicioso peixe fresco.

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MUNICÍPIOS

Expo Anahy 2014: uma grande festa para a cidade Evento marcante no calendário de promoções sertanejas da região, a Expo Anahy é voltada para o popular e abrange todas as idades

E

ste ano, devido a acomodações do calendário de festas em cidades próximas, ocorreu no final de junho. Uma festa bonita, envolvida pelo rodeio, pelos shows, e pela alegria. Mas o grande motivo do sucesso da Expo Anahy 2014, foi a participação popular. Nos 24 anos de Anahy, a comemoração de grandes realizações. SERTANEJAO E RODEIO NA ABERTURA Dia esperado pela comunidade, foi dia 26 de junho. A abertura foi marcada pelo inicio do rodeio. A grande festa de Anahy ,teve um grande show com Pedro Paulo e Alex. Uma dupla sertaneja que vem se destacando a nível Nacional. A dupla Pedro Paulo & Alex comemorou o primeiro ano de carreira no dia 28 de Outubro de 2012. A dupla se conheceu em 2009, nas repúblicas de Umuarama-PR, e após tocarem em algumas “festas

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Shows de artistas nacionais atrairam grande público à Expo Anahy

universitárias” juntos decidiram formar a dupla. No ano passado lançaram o 1° CD, gravado ao vivo em Maringá-PR, e hoje eles já são uma referência entre as duplas universitárias, e estão ganhando o Brasil. No rodeio, as emoções das montarias lotaram os camarotes e as arquibancadas. Enquanto a festa acontecia, muita gente trabalhava. A praça de alimentação da Escola Municipal Vinicius de Morais, e o Estacionamento no comando do excelente trabalho da Apae. Na cozinha e no almoço, o serviço essencial da equipe

formada pelos amigos do Clube da Melhor idade de Anahy. Na organização da festa a preocupação com as entidades Anaienses. PRESENÇAS DE DESTAQUE Visitas ilustres, como a do Prefeito de Iguatu Flavio Brandão, do Prefeito de Cafelândia, Valdir Andrade da Silva, conhecido carinhosamente como Brugão, do Prefeito de Corbelia Ivanor Bernardi, do Deputado Estadual Welton Welter, e do Deputado Estadual Lemos, que entregou a Anahy, uma moção honrosa , registrada na Assembléia Legislativa do Paraná. Festa que ficou na historia, na lembrança, no registro dos bons acontecimentos de Anahy. Narração esperada no rodeio, feita por Almir Cambra.


MUNICÍPIOS

TRIO BRASIL REVIVEU MUSICAS DO PASSADO Um grande show, daqueles que será difícil ver de novo por aqui. Assim foi o show do Trio Brasil, o antigo “ TRIO PARADA DURA”. Formado pela velha guarda da musica sertaneja raiz, que relembrou grandes sucessos da carreira. Na segunda noite de rodeio, foi também na arena, local de fortes emoções. Quem visitou o recinto, também pode presenciar uma exposição importante, que foi do maquinário agrícola, ao vestuário. Na narração do Rodeio, ele voltou. Marco Brasil foi recebido com carinho pelo público presente. LOUBET COLOCOU PUBLICO PARA DANÇAR A terceira noite do evento foi empolgante. Quem chegou mais cedo pode passar na Praça de alimentação comandada pela Escola Vinicius de Morais. No Show de Loubet, o romantismo das letras, embalou munícipes e visitantes. O domador de cavalos, vendedor e cobrador do MS, Loubet, mostrou porque hoje é um dos principais nomes da musica sertaneja. DOMINGO DE PORTÕES ABERTOS Gente de toda a região, veio participar do último dia, que foi marcado por muito entretenimento, mas também pela saudade. No Torneio de Futebol suíço a participação de toda a região. No almoço, a quarta festa do Costelão, trouxe famílias inteiras, que aqui junto com a amizade e receptividade do povo Anaiense. Destaque para a equipe de trabalho do Costelão, que mais uma vez mostrou experiência. Porem, foi durante o almoço, o ponto alto do evento. O Deputado Federal Zeca Dirceu visitou o recinto e trouxe R$ 1.484.000.00 em recursos Federais.

ZECA DIRCEU “ Viemos a Anahy hoje para a entrega de 1,48 milhão em recursos. Isso se deve a grande articulação da Administração junto ao Governo Federal. Parabéns Anahy, pelo crescimento e pela grande responsabilidade dos seus lideres frente a administração.”

Ao lado, os assadores do Costelão. Abaixo, o professor Lemos com os prefeitos de Anahy e Iguatú.

O evento terminou na noite de domingo, com a confirmação dos campeões do rodeio e Show sertanejão dos meninos de Anahy, que mostraram o ponteado da viola. O final foi com com Tomazi e Zordell. A edição do Rodeio da Expo Anahy 2014 ficou assim definida: 1º - André Scoparo / Assis Chateaubriand; 2º - Junior César / Itaguagé; 3º - Silva Lázaro / Braganey; 4º Roberto Alves / N.S. das Graças; 5º - Alírio Costa Jr / Toledo.

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MUNICÍPIOS

Iguatu em obras

SAÚDE EM DIA - O povo de Iguatu poderá contar com um novo Posto de Saúde. As obras já iniciaram durante a última semana. Em 2013 e 2014, foram e estão sendo executadas obras de reforma e ampliação dos 02 Centros de Saúde existentes, além da construção da academia de saúde totalmente equipada. Novos investimentos estão a caminho, conseguimos aprovar projeto para a aquisição de cerca de R$ 500.000,00 (meio milhão de reais) para comprar novos equipamentos e veículos a Secretária de Saúde de Iguatu.

Para atender cada vez melhor aos seus munícipes, o prefeito de Iguatu, Flávio Brandão, tem investido em obras necessárias para o bem-estar das pessoas e o desenvolvimento da cidade.

EM ANDAMENTO - Obras do novo Centro de Saúde de Iguatu está em pleno andamento. Obra terá valor de R$ 420.816,54. O novo Centro de saúde será construído com recursos do Governo Federal e já tem todos os equipamentos garantidos. A nossa saúde agradece.

ATENÇÃO ESPECIAL - recentemente o prefeito Flávio Brandão visitou a APAE DE IGUATU, dedicando carinho e atenção especial à toda a equipe da escola e principalmente aos alunos. Na foto alunos, professores e demais profissionais 76 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


MUNICÍPIOS

NOVAS ESTRADAS - Obras de recuperação, cascalhamento e compactação de estradas rurais estão sendo executadas em Iguatu. As obras recebem importante apoio do Governo do Paraná com recursos para a aquisição de óleo diesel. É importante que a população seja paciênte e compreensiva, pois as fortes chuvas estão dificultando a execução dos serviços. A nossa meta é executar as melhorias em todas as estradas rurais do município.

TUDO NOVO - Programa de recuperação, cascalhamento e compactação de estradas rurais esta sendo executado em todo Iguatu. A meta é executar as obras em todas as estradas e carreadores de Iguatu, levando maior qualidade vida ao homem do campo.

MAIS INVESTIMENTOS - A comunidade de Iguatu receberá, nos próximos 30 dias: 1 ambulância, 1 ônibus escolar, 2 caminhões e um trator de 120 CV com uma grade niveladora. Investimento de cerca de 1 milhão de reais em saúde, educação e agricultura para o município. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 77


MUNICÍPIOS

Artagão comenta ações que fizeram a diferença em ST O comprometimento do deputado estadual em apoiar os municípios do interior do Estado gera benefícios para a população O deputado estadual Artagão Junior (PMDB), visitou Santa Tereza do Oeste nesta quarta-feira (02). Artagão falou da parceria com o município ao longo dos anos, de sua trajetória política e revelou que seu maior patrimônio é a família á quem ele preza e tem muito carinho. “Só se planeja e promete quem honrou com as promessas do passado”, disse o deputado lembrando as ações que viabilizou para Santa Tereza do Oeste - afirmando que o município só cresce e desenvolve se houver um grupo de servidores que estejam comprometidos com o trabalho. “Tivemos muitas alegrias e bons motivos para comemorar.

Viabilizamos a obra de pavimentação asfáltica (cidade e Santa Maria), quadras, biblioteca, ambulância, unidades de saúde entre outras. Estou feliz em poder atender as necessidades do município”, declarou. O prefeito Amarildo Rigolin agradeceu a visita do deputado ao município e pelos investimentos que intermediou para diversas obras e ações em Santa Tereza do Oeste. Pref. Amarildo e deputado Artagão visitam obras

Autoridades municipais acompanham deputado Artagão Junior em visita à obras

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MUNICÍPIOS

FORMATURA DE POLICIAIS MILITARES - O prefeito de Santa Tereza do Oeste, Amarildo Rigolin acompanhou ontem em frente a prefeitura de Cascavel a solenidade de formatura de 470 policiais. A cerimônia contou com a presença do governador do Estado Beto Richa.

Encontros e Caminhos em nova etapa Coordenado pelo Comitê Gestor Municipal, o projeto Encontros e Caminhos da Itaipu Binacional, iniciou mais uma etapa das atividades em Santa Tereza do Oeste. A equipe fará visitas nas propriedades para resgate da memória das comunidades rurais e suas microbacias, assim como na área urbana, para levantamento de dados sociais, econômicos e ambientais, com o objetivo de captar materiais para fundamentação de vídeo e revista com a memória do município. O material final apresentará ao público os primeiros colonizadores do município e os principais aspectos sociais e econômicos que impulsionaram o desenvolvimento. Segundo o Comitê Gestor, a partir de agora serão coletadas peças antigas que marcaram a época ou a vida dos pioneiros. Os objetos servirão para ampliar e qualificar o acervo para o futuro Museu Municipal. PARANÁ RURAL I Maio/Junho de 2014 I 79


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INFORME ESPECIAL 82 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


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INFORME ESPECIAL 84 I Maio/Junho de 2014 I PARANÁ RURAL


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GENTE & EVENTOS

fotos lopeí

Festa realizada pela comunidade Lopeí/Sede Alvorada reuniu amigos, familiares e autoridades do município, contando inclusive com a presença do prefeito de Cascavel, Edgar Bueno e do deputado federal, Nelson padovani, que prestigiaram o evento e fotografaram com os participantes.

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Em um momento muito especial da sua carreira, Rafaela Daga lança CD e decola na carreira de cantora. No lançamento a presença de familiares e amigos fizeram com que o evento, realizado no dia três de maio ficasse marcado para sempre.

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EVEN& TO S GENTE EVENTOS

Em céu de brigadeiro todos os dias são dourados poder acordar todas as manhãs, e perder o olhar na vista do horizonte é uma oportunidade que cabe a poucos. Aos poucos que foram de encontro ao cerrado e fizeram do oeste da Bahia o seu lugar de pousos e alvoradas. E é neste lugar esplendoroso, que acontece a Bahia Farm Show, para mostrar que a região não é só de planícies, mas um vasto campo onde se produz, e muito. onde a tecnologia dá show e conquista visitantes do Brasil e do mundo.... Assim foi a Bahia Farm Show.

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EVENTOS

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GENTE & EVENTOS

Bahia Farm Show Realizada no mês de junho, em Luis Eduardo Magalhães, a Bahia Farm Show contou com expositores de todos os segmentos do setor agrícola. Além dos estandes, com amostras dos produtos e das mais evoluidas tecnologias demosntradas aos agricultores, o evento também contou com apresentações culturais, palestras técnicas e a realização de grandes negócios.

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Mas muito mais que isso, foi também uma oportunidade de encontro, de rever amigos, reencontrar clientes, trocar idéias e se divertir. Enfim, um local agradável para se passar um dia, ou uma semana, conhecendo, aprendendo, e se divertindo. Na volta para casa, o que vai é uma bagagem com muitas informações novas, para quem vive o dia a dia da produção agrícola e quer continuar investindo em tecnologias para melhorar sempre. Muitos também levam novas máquinas, implementos agrícolas, veículos e até aviões, que adquirem no evento.

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MODA

Acessórios do campo Pode ter abas largas ou estreitas. Ser tipo caubói ou peão de boiadeiro. Pode ser de palha, feltro, panamá, pano ou couro. Não importa o estilo e nem a matéria prima. O que vale é que o chapéu é um acessório indispensável a quem reside ou trabalha no campo, porque muito além de criar estilo e personalidade, ele serve como protetor na lida da lavoura.

QUEM PODE USAR? O acessório pode ser usado por qualquer pessoa em qualquer idade. O que se deve analisar é se a pessoa tem ou não o estilo para se sentir bem e, claro, pensar na roupa que está vestindo, no ambiente que frequenta ou em que ocasião, pois, afinal, a moda é democrática. O importante é combinar o chapéu com a roupa, o ambiente e a ocasião em que irá frequentar.

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Aliás, desde a era dos povos primitivos o chapéu surgiu para a proteção da cabeça, ante as intempéries climáticas como sol escaldante, frio ou até da chuva, como prerrogativa masculina, uma vez que era o homem o responsável pela defesa da tribo ou do clã. Mais tarde foi estendido para a caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas, os sacerdotes a mitra e os guerreiros o elmo. Os primeiros modelos eram como uma espécie de gorro, feito em couro, ou em tecido, a cerca de 4.500 anos a.C . NA CABEÇA DOS HOMENS Cerca de 3000 a.C., na Mesopotâmia, surgem os chapéus que trazem um misto de elmo com capuz, que depois evoluiu para um formato mais aprimorado, tornando-se um adereço de dignidade, militar e sacerdotal do Antigo Egipto. O primeiro chapéu que encontra em suas formas mais semelhantes com o formato clássico atual é o pétaso grego, criado no século IV a.C.

Até a década de 1940, os automóveis tinham o teto alto, de forma que o uso de chapéus dentro dos utilitários era possível, mas a modernização dos veículos dificultou o uso do acessório. Com o tempo, passou a ser aceitável a visão de um homem sem chapéu. Em 1961, John Kennedy foi o primeiro presidente estadunidense a recusar o objeto, tornando-o opcional. CAMPEÃO DE USO O modelo panamá, que ficou conhecido quando os operários do Canal do Panamá usaram para se proteger do sol e foi imortalizado quando, em 1906, o presidente americano Roosevelt viajou e foi fotografado usando um exemplar. Em sua cor clássica, o branco, é um velho conhecido entre os homens que, posteriormente, foi adotado pelas mulheres estilosas em visuais informais, como o jeans ou vestidos. O uso do chapéu sempre variou conforme a moda. O Panamá, por exemplo, é um dos símbolos da Malandragem no Rio de Janeiro.


AMIGOS DA PARANÁ RURAL

Em dia de jogo do Brasil, toda a alegria da torcida, que se juntou e fez da ocasião um momento de comemoração da amizade e do coleguismo no ambiente de trabalho ou familiar.

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AMIGOS DA PARANÁ RURAL

Os amigos não nascem com a gente. Nós os conquistamos ao longo da jornada. E assim tem sido com a Revista Paraná Rural, que vai semeando amizades e colhendo fotos.

Não importa o nome, o lugar, ou o momento em que os encontramos. O que vale é o que fica no coração, na memória. E assim como as flores do campo, vão embelezar a nossa vida.

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AMIGOS DA PARANÁ RURAL

E é para isso que estas páginas ficam reservadas. Para publicar o resgistro das amizades conquistadas. Assim ficarão guardadas para sempre.

Que estes encontros se transformem agora em muitos reencontros, para fazer valer a pena a marca que ficou!

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oluções Sob Medida



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