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Diogo Viegas: “Seleção de cor digital – conceito L*a*b

Seleção de cor digital – conceito L*a*b*

Diogo Viegas

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Médico dentista e técnico de prótese dentária. Especialização em Prostodontia pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). Assistente convidado de Prostodontia Fixa e Reabilitação na FMDUL.

Ciência e prática

Um dos grandes desafios da Medicina Dentária é a expectativa no resultado final. A seleção de cor é um processo complexo. Esta interpretação depende de uma série de observações tais como a textura de superfície, brilho, translucidez, opalescência, fluorescência e a cor 1 . A cor é um processo físico. Atualmente, existem dois métodos de seleção de cor: a visual, utilizando escalas de cor (Vita, 1956); e a instrumental, que pode ser realizada por espectrofotômetros, colorímetros e câmaras fotográficas digitais. Mais recentemente foi proposto uma técnica de fotocolorimetria digital para a interpretação de informações relativas à cor dos tecidos dentários e dos materiais restauradores, independemente da acuidade visual e experiência do operador 2 .

O maior conhecimento na área da física levou a uma evolução na interpretação do mecanismo de propagação e interação da luz com os tecidos dentários. Assim sendo, o espaço de cor Cielab foi desenvolvido pela Comissão Internacional de Iluminação em 1976. A partir daí, há diversos sistemas com esse propósito: eLab e Matisse. Tratam de ser métodos de mapeamento da cor e têm três componentes: L* (luminosidade), a* (eixo verde-vermelho) e b* (eixo azul-amarelo).

O objetivo é a partir da quantificação da “cor” tornar mais previsível a obtenção de um resultado e facilitar a comunicação dentista-técnico de prótese. Esta técnica tem como vantagens fazer prova de cor sem a presença do paciente e não ter limitação geográfica.

Segue-se uma representação da aplicação destes conceitos num caso clínico.

Fig. 1. Fotografia sorriso máximo (boca entreaberta).

Fig. 2. Descoloração azulada do dente 21 (vista frontal).

Fig. 3. Remoção do espigão metálico e colocação de espigão de fi bra com resina composta.

Fig. 4. Preparo do 21 em resina composta (vista frontal).

Fig. 5. Fotografi a intraoral com Polar Eyes e cartão de balanço de brancos.

Fig. 6. Aspeto da fotografi a quando carregada no software Lightroom CC Classic.

Fig. 7. Coroa do dente 21 com cutback vestibular pré-sinterizada (vista frontal).

Fig. 8. Coroa do dente 21 com cutback vestibular sinterizada (vista frontal no modelo).

Fig. 9. Aplicação da primeira camada de dentina.

Fig. 10. Aplicação da camada de esmalte.

Fig. 11. Fotografi a do caso fi nalizado em sorriso máximo (visto frontal).

Fig. 12. Fotografi a intraoral do caso fi nalizado (vista frontal).

Nota final: Caso feito em parceria clínica com o Prof. Doutor Guilherme Saavedra e laboratorial com o Prof. Doutor Hilton Riquieri.

Bibliografi a

1. Dudea D, Gasparik C, Botos A, Alb F, Irimie A, Paravina

RD. Influence of background/surrounding area on accuracy of visual color matching. Clin Oral Investig 2016; 20(6): 1167-73.

2. Hein S, Tapia J, Bazos P. eLABor_aid: a new approach to digital shade management. Int J Esthet Dent 2017; 12(2): 186-202.

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