Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura
Inês bogéa (org.) Alberto Martins Alcino Leite Daniel Galera Eliana Caminada Marcela Benvegnu Noemi Jaffé Sayonara Pereira Sidney Molina
terceiro sinal ensaios sobre a são paulo companhia de dança
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terceiro sinal ensaios sobre a são paulo companhia de dança Inês Bogéa (org.)
SUMÁRIO
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apresentação andrea matarazzo introdução Terceiro sinal | inês bogéa
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A arte da provocação | alcino leite neto
ensaios, perfis e conto
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Perfil Jirí Kylián
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Balanchine: entre a tradição e a ruptura | eliana caminada
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Perfil George Balanchine
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Equilíbrio no desequilíbrio | inês bogéa
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Perfil Maurício de Oliveira
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Derrota feliz do espectador | noemi jaffé
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Entre Nijinsky e Marie Chouinard: um olhar sobre a releitura e a remontagem | marcela benvegnu
105 Uma fábula com os pés no chão | sidney molina 122 Notas para um fauno | alberto martins 125 Perfil Marie Chouinard 131 Patrimônio experimentado “na pele” | sayonara pereira 143 Sobre cada instante ser um universo inteiro | daniel galera
156 Repertório da spcd 2008-2011 167 Sobre os autores 171 Referências bibliográficas 175 Créditos das imagens
Apresentação
Nos teatros, o terceiro sinal marca o momento em que um espetáculo terá início. Para o público, é o fim da expectativa; para os artistas, é o ponto em que meses ou anos de preparativos encontrarão, no palco, a sua razão de ser. E quanto trabalho precede este instante. Este volume, terceiro de uma série, traz ensaios de escritores com perfis diversos, convidados para acompanhar os bastidores da São Paulo Companhia de Dança (spcd) ao longo de um ano. Cada um partiu dessa experiência para refletir sobre a dança como forma de expressão artística. Assim, esse livro – também ele um Terceiro Sinal – descortina o espetáculo de outra maneira, em outra linguagem. Criada em 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a spcd é motivo de orgulho, tanto pelo nível técnico e artístico que alcançou em tão pouco tempo, quanto pelo esforço dedicado à formação de plateia e à reflexão sobre a arte que leva aos palcos. Terceiro Sinal é fruto desse esforço, que se insere dentro da política estabelecida pela Secretaria de Estado da Cultura de aliar excelência na qualidade à democratização no acesso – entendendo por democratização inclusive, a geração do conhecimento e a preservação da memória da dança. Fora dos palcos, a Companhia também merece os nossos aplausos.
Andrea Matarazzo secretário de estado da cultura
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Inês Bogéa
Em todos os teatros do mundo, três sinais sonoros anunciam o início do espetáculo, tanto para a plateia quanto para os artistas. No primeiro sinal, todos ficam avisados de que a apresentação se aproxima. No segundo, artistas e espectadores tomam seus lugares. No terceiro sinal, o tempo ganha outra dimensão: começa a apresentação. Público e intérpretes mergulham numa sucessão de momentos únicos, que só se realizam nesse encontro, nesse dia específico. Ao final, cada um retoma seu tempo, transformado em alguma medida e aberto a outras possibilidades, a cada novo espetáculo, a cada futuro encontro. A São Paulo Companhia de Dança nasceu há três anos, pela ação direta do Governo do Estado de São Paulo. Tem sua sede na capital de uma gigantesca metrópole do século xxi, cuja marca é a diversidade de pessoas, a pluralidade de ações e o cosmopolitismo – ao mesmo tempo em que compõe um verdadeiro mapa do Brasil. E a Companhia procura refletir em suas ações o espírito de São Paulo, atuando na dança cênica em diferentes vertentes: a Produção e Circulação de Espetáculos caminha lado a lado com os Programas Educativos e de Formação de Plateia e os de Registro e Memória da Dança. O repertório contempla remontagens de obras clássicas e modernas, além de peças inéditas, criadas especificamente para o seu corpo de bailarinos. Da fundação até aqui, já foram, no total, 15 obras: seis criações inéditas
introdução
Terceiro sinal
e nove remontagens. Cabe salientar que no Brasil não temos tradição de apresentar obras canônicas da dança, como o repertório antológico do século xx, por exemplo. Ao levar estas obras e as criações inéditas para o público das diferentes regiões do país, colocamos em cena um passado que aqui se renova, assim como o presente se faz mais vivo pelo diálogo com o que veio antes. Em especial, as criações desenvolvidas para esse corpo de dança enfrentam o desafio de trabalhar de modo original os temas do nosso próprio tempo, e dão ainda oportunidade ao intérprete de participar do processo de elaboração. Em 2010, a criação inédita para a Companhia foi Os duplos (2010), de Maurício de Oliveira; e remontamos Theme and variations (1947), de George Balanchine; Prèlude à l’aprés-midi d’un faune (1994), de Marie Chouinard e Sechs tänze (1986), de Jíri Kylián. Registre-se que a São Paulo foi a primeira companhia brasileira a dançar as obras de Chouinard e Kylián. Theme and variations (1947) de Balanchine dialoga diretamente com a obra de Marius Petipa, criador do balé O lago dos cisnes, seja na austeridade das construções cênicas, seja na elegância das linhas e sofisticação das combinações coreográficas (chama a atenção, em especial, a entrada e saída dos bailarinos). Podemos ver ali uma influência direta da cultura americana sobre a obra do grande coreógrafo russo. Por exemplo, no trabalho de pés do segundo solo da bailarina, que lembra o sapateado; ou, quase ao final do balé, na fila de bailarinas deslocando-se para frente e lançando as pernas para cima, lembrando um musical. A narrativa está aberta às percepções da plateia, pois Balanchine não conta propriamente uma história, para além das emoções e sentimentos humanos presentes em cada movimento. Jíri Kylián é por consenso um dos grandes criadores de nossa época. Ele se vale acima de tudo da música para dar forma e traçar o caminho da sua dança. A coreografia lê a música; cada mudança musical tem um equivalente coreográfico. Em Sechs tänze até os costumes da época de criação
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da música por Mozart (fins do século xviii) servem de mote para a construção da coreografia, que faz uma crítica bem-humorada à moral afetiva e erótica, em transformação com os ventos da Revolução Francesa. Tanto a musicalidade dos gestos, quanto o entendimento preciso e intenso das mecânicas corporais – e uma correspondente reflexão sobre as relações humanas – são marcas de toda a obra de Kylián. E o desafio para os intérpretes, por isso mesmo, vai além da técnica da dança. Nessa peça, em particular, a cena é marcada por ambiguidades quase cômicas da vida e da morte, da alegria e da tristeza, do erotismo e da agressão. De Marie Chouinard, pode-se dizer que é uma coreógrafa em busca das possibilidades arquitetônicas do corpo. Seu Prèlude à l’aprés-midi d’un faune (1994) revisita a emblemática coreografia de 1912 de Vaslav Nijinsky (1889-1950), sobre música de Debussy, atualizando a obra com provocações eróticas e sensoriais. O corpo do intérprete é transformado por próteses e explora traços da natureza mais animal no ser humano. O chifre do Fauno que se transforma em falo, ganha depois uma cobertura vermelha, não só lembrando o sexo dos animais, mas também, segundo a própria coreógrafa, aludindo aos tempos da aids. As ninfas da obra original aqui são fachos de luz, perseguidos pelo Fauno. Com o trabalho de Maurício de Oliveira, chegamos ao Brasil contemporâneo – num espírito aberto, com influências diretas de William Forsythe, que por sua vez dialoga com a filosofia de Foucault, a desconstrução de Derrida e a arquitetura de Libeskind, sem jamais diluir teses em movimentos. Em Os duplos os corpos se articulam e formam estruturas que desenham a cena, iniciando os movimentos nas diversas articulações corporais. Individualidade e coletivo, limite e expansão, solidão e integração são questões presentes nessa dança que encara de frente os atritos da sociedade atual.
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Alcino Leite Neto
A São Paulo Companhia de Dança levou aos palcos no segundo semestre de 2010 uma trinca de coreografias sobre as quais não basta dizer que repre sentam um momento relevante da dança no país, pela elevada qualidade técnica, beleza plástica e apuro intelectual. É preciso ressaltar ainda que as montagens de Theme and variations, de George Balanchine, Prélude à l’après-midi d’un faune, de Marie Chouinard, e Sechs tänze, de Jíri Kylián, mostradas num mesmo programa e nesta ordem, construíram um espetáculo tanto emocionante quanto provocador. O entusiasmo do público, que testemunhei nas duas vezes em que assisti às montagens, foi uma prova de maturação da sensibilidade e de uma adesão enfática aos desafios colo cados pela Companhia. Sendo apenas um amador da dança, esta arte de infinita complexidade, peço ao leitor que me conceda aqui a liberdade para refletir um pouco, com meu vocabulário nada especializado, sobre o que quero dizer ao utilizar palavras como “provocação” e “desafio”. Penso, por exemplo, na heterogeneidade do programa citado. O que levaria a São Paulo Companhia de Dança a reunir peças tão diversas entre si num mesmo espetáculo? É certo que Theme and variations (1947) fez parte de uma apresentação no primeiro semestre, ao lado de Serenade (1935), ambas de Balanchine, exemplos máximos do alto modernismo no balé e passagens obrigatórias para toda companhia de dança à caminho da maturidade.
ensaiois, perfis e conto
A arte da provocação
Mas qual seria a razão de inserir o mestre Balanchine, mesmo que separado estrategicamente por um intervalo, em um programa que trazia a seguir duas obras contemporâneas notáveis, mas que ainda aguardam a consa gração, Prélude à l’après-midi d’un faune (1994) e Sechs tänze (1986)? Eis aí um primeiro desafio, e que não é para poucos. A São Paulo Companhia de Dança foi criada e é mantida pelo Estado paulista, do qual se tornou nos últimos anos uma das mais firmes instituições culturais. Soube, porém, manter sua autonomia em relação aos ditames políticos e ideológicos, não se tornando uma linha de frente das inclinações populistas que costumam atingir qualquer governo e são uma espécie de praga no ambiente cultural brasileiro. A excelência de seu repertório é prova disso. Ele é composto por um meticuloso equilíbrio entre obras canônicas da dança, trabalhos brasileiros feitos exclusivamente para a Companhia (como Os duplos, de Maurício de Oliveira, exibido também em 2010) e apresentação de obras contempo râneas estrangeiras, como as citadas. O conjunto demonstra tanto a sabe doria com que age a Companhia como também a sua vitalidade intelectual, no sentido de tornar o balé um fato atual, com coisas a dizer à nossa época, e não apenas um acontecimento ocioso, museológico ou oficial. Também não caiu em armadilhas do marketing cultural com sua ansiedade por mais e mais público, o qual é transformado em puro índice numérico. E não se pode dizer que a Companhia esteja alheia a este fenômeno apenas por que dispõe da proteção do Estado e do apoio de entidades privadas. Mesmo entre as instituições culturais públicas, vê-se crescer a cada dia a demagogia mercantil, que coloca como prioridade, no lugar da paciente formação do espectador, a ambição desmesurada por recordes de público. Sendo assim, o outro desafio da Companhia é proposto justamente aos espectadores. O programa de coreografias, que é objeto deste artigo, evidencia o desejo da instituição de manter com o público uma relação
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Equilíbrio no desequilíbrio Inês Bogéa
São corpos esculpidos na sombra e na luz, em detalhes do movimento no tempo e no espaço, reconstruídos pelos bailarinos em suas múltiplas sobreposições. Foram quatro meses de montagem da coreografia. Um tempo de contenção e também de extravasamento, fundamental para coreógrafo e bailarinos decantarem seu equilíbrio no desequilíbrio. Maurício de Oliveira acompanha o trabalho da Companhia desde seu início – na criação de Polígono, já fora assistente de direção. Seu conhecimento do elenco contribuiu para maior contato com os intérpretes, que foram verdadeiros cocriadores da obra. Para ele, o processo coreográfico é “o ato de compor partituras de movimentos e gravá-los no corpo. Para isso, contamos com todo arsenal do artista, seu arco e sua flecha, que imbutirão nele mesmo, na sua topologia, a visão geral e particular da obra. […] Os artistas da matéria devem, a princípio, interferir dire tamente na obra, subvertê-la, transformá-la e colocá-la a seu dispor. E é claro que, aqui, imaginamos que ele tenha apreendido o teor do trabalho e que, juntamente com o coreógrafo, incitem neles mesmos, cocriadores, o desafio de ter o obra transformada diariamente, a cada apresentação, a cada discussão”.28 28. oliveira, Maurício de. Texto da proposta coreográfica enviado a spcd.
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Derrota feliz do espectador Noemi Jaffé
O ballet – o ballet não, a dança, porque essa palavra, “ballet” (ou mesmo balé) – sentido histórico e definição especializada à parte – soa aristocrática e ornamental, enquanto a dança não, a dança soa exatamente como o seu nome, móvel e sinuosa – a dança é, de todas as linguagens, a única cujo material é seu próprio produtor. O autor do produto é também o seu meio, sendo que assim, processo e produto acabam por coincidir completamente, criando uma utopia poética, uma utopia da linguagem, da vida e do mundo, em que meio e fim conseguem finalmente ser a mesma e indissolúvel coisa. Não ocorre como em outras expressões estéticas da chamada arte moderna, em que o produto ostenta o processo pelo qual ele foi concebido, mas que continua, ainda assim, sendo um produto. Na dança, esta integração acontece de uma forma mais inextricavelmente necessária, de tal maneira que, nela, o produto não existe sem a exibição do processo e vice-versa. Um dançarino é dançado pela dança e a dança é dançada por um dançarino. A dança, coisa não existente em si mesma, como a poesia, a pintura, a música que só são existentes pelas palavras, pelas cores e pelos sons – comparece no momento em que dança o dançarino. É preciso que o corpo de quem olha seja tomado, ele também, pelo movimento da dança. Não basta ver, nem perceber, nem imaginar. É preciso que a dança que comparece quando o dançarino dança seja minimamente assimilada pelo centro de equilíbrio do espectador. É preciso que ele sinta o deslocamento de peso, das torções, simetrias
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Entre Nijinksy e Marie Chouinard: um olhar sobre a releitura e a remontagem Marcela Benvegnu
Gênio das contradições. Singular e plural. Multifacetado e vanguardista. Vaslav Nijinsky (1889-1950) era atormentado e frágil. Tinha alma de fauno, corpo de bailarino. Sua autonomia contrapunha-se à sua dependência. Vivia uma liberdade aprisionada pelos seus pensamentos. Figura atemporal, saltou definitivamente para a história da dança em 1912, em Paris, ao criar e dançar L’aprés-midi d’un faune. Vaslav nasceu em Kiev, Rússia, filho dos bailarinos Thomas Nijinsky e Eleonora Béreda. O rumo de sua vida foi decidido em 20 de agosto de 1900, quando no centro de São Petersburgo, na rua do Teatro, perto da Perspectiva de Nevsky, fez a audição com outras centenas de rapazes, entre nove e 11 anos, para ser aluno da Escola Imperial de Bailado. Ele era tímido, não chamava atenção pela palavra. Se por um lado, suas proporções eram um tanto desiguais, como um pescoço mais comprido do que o normal ou tendões de Aquiles excepcionalmente longos; por outro, era capaz de realizar todos os exercícios propostos na audição com facilidade. Foi o que bastou para torná-lo aluno da Escola a partir de 1 de setembro daquele ano. Desde pequeno acostumou-se ao preconceito. Polaco e pobre era visto com indiferença pelos colegas. Era insultado, desprezado, ainda mais por já conhecer alguns passos e posições da dança clássica – ensinadas pelos pais – e se colocar em sala como alguém prestes a começar uma variação.
Normalmente, aos dez anos, os alunos da Escola Imperial faziam apenas figurações nos espetáculos, mas Nijinsky, já aparecia com pequenas sequências montadas especialmente para ele. Em junho de 1902, ano em que Tamara Karsavina36 brilhava no palco do Teatro Mariinsky como solista, Nijinsky era aprovado nos primeiros exames da Escola. Teve como grandes mestres, Nicolas Legat,37 seu primeiro professor, Mikhail Obukhov (1879-1914), que apesar de severo, olhava para Nijinsky com delicadeza, e Pavel Gerdt (1844-1917), na época, o mestre da pantomima. Sua estreia nos palcos do Teatro não demorou a acontecer. Ele foi selecionado para executar a mazurca do último ato do bailado preferido do Czar: Paquita,38 de Joseph Mazilier e Marius Petipa39. Depois dançou Milhões de 36. A russa Tamara Karsavina (1885-1978), grande bailarina clássica, formada pela Escola Imperial, ingressou no Teatro Mariinsky. Posteriormente integrou o Ballets Russes de Diaghilev. Foi a grande partner de Nijinsky em balés como O espectro da rosa e Petrouska, de Michel Fokine (1880-1942). 37. Nicolas Legat (1869-1937), russo, foi primeiro bailarino do Teatro Mariinsky de 1888 a 1914 e partner Anna Pavlova e Tamara Karsavina em peças emblemáticas como Giselle, O lago dos cisnes, Dom Quixote e Raimonda. Entre 1925 e 1926 foi professor no Ballets Russes de Diaghilev. 38. Paquita é um balé de dois atos e três cenas que estreou em 1 de abril de 1846, na Academia Real de Música de Paris, com libreto de Joseph Mazilier (1801-1868) e Pierre Foucher, coreografia de Mazilier e música de Edouard Deldevez (1817-1897). Conta a história de Paquita, criada por ciganos, que salva a vida do filho de um general francês, Lucien. No ano seguinte, Marius Petipa pediu a Minkus (1826-1917), que adicionasse sua música para um pas de trois (coda), trabalho de estreia para o Ballet Imperial. A versão que se conhece hoje é a de Petipa. 39. Marius Petipa (1818-1910) foi um dos maiores criadores de balés de repertório do mundo. Entre suas peças destacam-se Dom Quixote (1869), La bayadére (1877), A bela adormecida (1890), O lago dos cisnes (1895) e Raymonda (1898). Além de ter sido um dos mais importantes professores da Escola Imperial, responsável por torná-la mais popular.
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Repertório da São Paulo Companhia de Dança 2008-2011 Direção artística: Iracity Cardoso e Inês Bogéa
reginaldo azevedo
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Polígono (2008) Estreia mundial em 8 de agosto de 2008, Teatro Mario Covas, Caraguatatuba, sp Duração de 50 minutos com 32 bailarinos Em 2009, versão revisitada com aproximadamente 30 minutos
coreografia, direção e concepção cênica Alessio Silvestrin música Johann Sebastian Bach, Oferenda Musical bwv 1079, revisitada pelo conjunto belga Het Collectief iluminação Wagner Freire e Alessio Silvestrin cenário e figurino Alessio Silvestrin assistência de direção Maurício de Oliveira colaboração coreográfica Maurício de Oliveira e Ricardo Scheir
elenco de estreia Adriana Amorim, Alexandre Cardoso, Aline Campos, Ammanda Rosa, Ana Paula Camargo, Bárbara Santiago, Carolina Amares, Duda Braz, Ed Louzardo, Fabiana Ikehara, Felipe Antunes, Fernando Palma, Flávio Everton, Guilherme Maciel, Hebert Caetano, Irupé Sarmiento, Karin Chaves, Lucio Rodriguez Vidal, Manuela Gattai, Marcela Zia, Milton Coatti, Patrícia Brandão, Paula Penachio, Priscilla Yokoi, Samuel Kavalerski, Sören Magnus, Thaís de Assis, Thamiris Prata, Uátila Coutinho, Victor Hugo Vila Nova, Williene Sampaio e Yoshi Suzuki arte do cartaz/programa Carmela Gross arte do programa infantil Laerte
Les noces (1923) Estreia pela São Paulo Companhia de Dança em 6 de novembro de 2008, Teatro Alfa, São Paulo, sp Duração de 23 minutos com 36 bailarinos
coreografia Bronislava Nijinska (1891-1972) sobre música homônima de Igor Stravinsky (1882-1971) figurinos e cenários Natalia Gontcharova (1881-1962) remontagem Maria Palmeirim elenco de estreia 1º quadro A Bênção da Noiva Marcela Zia (a noiva), Priscilla Yokoi (a mãe), Alexandre Cardoso (o pai), Aline Campos, Artemis Bastos, Bárbara Santiago, Fabiana Ikehara, Renata Bardazzi, Thaís de Assis, Thamiris Prata, Williene Sampaio (as amigas da noiva) 2º quadro A Bênção do Noivo Sören Magnus (o noivo), Beatriz Hack (a mãe), Miguel Pfizer (o pai), Bruno Lobo, Felipe Antunes, Fernando Palma, Flávio Everton, Guilherme Maciel, Hudson Oliveira, Lucio Rodrigues Vidal, Milton Coatti, Morvan Teixeira, Rafael Gomes, Raphael Panta, Uátila Coutinho (os amigos do noivo) 3º quadro A Despedida da Noiva da Casa dos Pais A Noiva / A Mãe / O Pai /
arte do cartaz/programa Elisa Bracher arte do programa infantil Maria Eugênia
Entreato (2008) Estreia mundial em 6 de novembro de 2008, Teatro Alfa, São Paulo, sp Duração de 20 minutos com 4 bailarinos
coreografia Paulo Caldas música Sacha Amback iluminação Renato Machado figurinos Raquel Davidowicz vídeo-cenário Jurandir Muller assistente de coreografia Carolina Wiehoff bailarinos/pesquisa de movimento Ana Paula Camargo, Irupé Sarmiento, Samuel Kavalerski e Yoshi Suzuki arte do cartaz/programa Elisa Bracher arte do programa infantil Caco Galhardo
joão caldas
alceu bett
As Amigas. Ammanda Rosa e Paula Penachio (as damas de honra), Flávio Everton e Hudson Oliveira (os escudeiros) 4º quadro A Festa de Casamento A Noiva / A Mãe / O Pai / As Amigas / Damas de Honra / Escudeiros Duda Braz (a 1ª dama de honra), Ed Louzardo (o 1º escudeiro)
alceu bett
A apresentação de Serenade, um Ballet Balanchine®, é feita mediante acordo com a The George Balanchine Trust e foi produzida de acordo com os padrões do Balanchine Style® e Balanchine Technique®, estabelecidos e fornecidos pela Trust.
Serenade (1935) Estreia pela São Paulo Companhia de Dança em 6 de novembro de 2008, Teatro Alfa, São Paulo, sp Duração de 30 minutos com 26 bailarinos
coreografia George Balanchine (1904-1983) música Serenade for Strings in c, Op. 48 (1880) de Peter Ilyitch Tchaikovsky (1840-1893) remontagem Ben Huys figurinos Barbara Karinska (1886-1983) iluminação original Roland Bates elenco de estreia Aline Campos e Ed Louzardo (valsa), Paula Penachio (russa), Priscilla Yokoi (anjo negro), Sören Magnus (elegia). Conjunto: Luiza Lopes, Renata Bardazzi, Thamiris Prata, Williene Sampaio, Ammanda Rosa, Ana Paula Camargo, Artemis Bastos, Beatriz Hack, Duda Braz, Fabiana Ikehara, Karin Chaves, Lidiane Vanderlei, Mariana Matos, Michelle Molina, Patrícia Brandão, Roseli Zanardo, Thaís de Assis, Alexandre Cardoso, Flávio Everton, Guilherme Maciel, Lucio Rodriguez Vidal arte do cartaz/programa Elisa Bracher arte do programa infantil Alex Cerveny
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Convidados temporada 2008 professores Addy Addor, Boris Storojkov, Eduardo Bonnis, Gícia Amorim, Jair Moraes, Ricardo Odornes, Penha de Souza, Simone Ferro, Suzana Mafra, Tatiana Leskova ensaiadora Suzana Mafra (Les noces) fotógrafos Antonio Carlos Cardoso, Eduardo de Castro, Isaumir Nascimento, João Caldas, Lenise Pinheiro, Reginaldo Azevedo, Tuca Vieira designer Mayumi Okuyama
2009 Ballo (2009) Estreia mundial em 2 de abril de 2009, Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo, sp joão caldas
Duração de 34 minutos com 31 bailarinos
coreografia Ricardo Scheir música original André Mehmari encenação, direção de arte, desenho de luz Marcio Aurelio assistente de coreografia Andrea Pivatto assistente de direção Ligia Pereira elenco de estreia Samuel Kavalerski (Plutão), Milton Coatti (Eros), Ana Paula Camargo (Vênus), Irupé Sarmiento (Ariadne). Conjunto: Alexandre Cardoso, Aline Campos, Amanda Soares, Artemis Bastos, Beatriz Hack, Daiane Camargo, Diego Mejia Neves, Duda Braz, Elias Bouza, Fabiana Ikehara, Fabyanna Nemeth, Felipe Antunes, Flavio Everton, Gabriel Conrad, Guilherme Maciel, Luiza Lopes, Marcelo Germano, Patrícia Brandão, Rafael Gomes, Raphael Panta, Renata Bardazzi, Rodolfo Saraiva, Roseli Zanardo, Sören Magnus, Thamiris Prata, Uátila Coutinho, Williene Sampaio, Yoshi Suzuki arte do cartaz/programa Arthur Lescher arte do programa infantil Marcelo Cipis
Gnawa (2005) Estreia pela São Paulo Companhia de Dança em 26 de março de 2009, Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo, sp Duração de 21 minutos com 14 bailarinos
coreografia Nacho Duato músicas Hassan Hakmoun, Adam Rudolph, Juan Alberto Arteche, Javier Paxariño, Rabih Abou-Khalil, Velez, Kusur e Sarkissian figurinos Luis Devota e Modesto Lomba iluminação Nicolás Fischtel remontagem Hilde Koch e Tony Fabre organização e produção original Carlos Iturrioz – Mediart Producciones sl (Spain) elenco de estreia Pas de deux: Renata Bardazzi e Samuel Kavalerski Conjunto: Adriana Amorim, Airton Rodrigues, Ana Paula Camargo, Artemis Bastos, Elias Bouza, Irupé Sarmiento, Milton Coatti, Priscilla Yokoi, Rafael Gomes, Rodolfo Saraiva, Thamiris Prata, Uátila Coutinho
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arte do cartaz/programa Arthur Lescher arte do programa infantil Paulo Caruso
créditos das imagens [capa] Irupé Sarmiento > [fotografia] joão caldas [contracapa] Morgana Cappellari e Samuel Kavalerski > [fotografia] joão caldas
spcd [pp. 2-3] Ammanda Rosa (ensaio); [p. 4] Thamiris Prata (ensaio); [p. 30] Juliano Toscano (spcd); [p. 56] Nielson Souza (spcd); [p. 75] Fabiana Ikehara e Morgana Cappellari (spcd); [p. 124] Artemis Bastos (spcd); [pp. 128-129] Daiane Camargo, Liana Vasconcelos, Juliana Leonel, Duda Braz, Thaís de Assis, Karina Moreira, Irupé Sarmiento, Renée Weisntrof, Luiza Del Rio e Bóris Storojkov (spcd); [p. 130] Pilar Giraldo, Paula Penachio (spcd); [p. 133] Michelle Molina, Thamiris Prata, Artemis Bastos; Irupé Sarmiento, Renée Weinstrof, Juliana Leonel, Daiane Camargo e Leandro Setra (spcd); [p. 135] (Ana Paula Camargo (spcd); [p. 141] Liana Vasconcelos (spcd) [fotografias] wilian aguiar, silvia machado
theme and variations [p. 8] Aurora Dickie, Thaís de Assis, Artemis Bastos e Renata Bardazzi (ensaio); [pp. 34-35] Rodolfo Saraiva, Rafael Gomes, Luiza Lopes, Artemis Bastos, Renata Bardazzi, Vitor Rocha, Morgana Cappellari, Fabiana Ikehara, Fabyana Nemeth, Rafael Panta, Paula Penachio e Norton Fantinel (Teatro Sérgio Cardoso); [pp. 36-37] Artemis Bastos, Renata Bardazzi, Thaís de Assis, Aurora Dickie, Ed Louzardo e Luiza Lopes (Teatro Sérgio Cardoso); [p. 38] Yoshi Suzuki, Bruno Veloso, Nelson Pacheco, Nielson Souza, Artemis Bastos, Renata Bardazzi, Thaís de Assis, Beatriz Hack (Teatro Alfa); [p. 43] Norton Fantinel e Filipe Moreira (Teatro Sérgio Cardoso); [p. 46] Luiza Lopes (Teatro Sérgio Cardoso); [p. 55] Paula Penachio, Norton Fantinel, Morgana Cappellari, Pilar Giraldo, Thamiris Prata, Williene Sampaio, Vitor Rocha (Teatro Sérgio Cardoso) [fotografias] silvia machado, wilian aguiar
sechs tänze [pp. 16-17] Yoshi Suzuki, Fabiana Ikehara, Samuel Kavalerski, Michelle Molina, Norton Fantinel, Renata Bardazzi, Vitor Rocha e Morgana Cappellari; [pp. 18-19] Renata Bardazzi, Norton Fantinel e Morgana Cappellari; [pp. 20-21] Samuel Kavalerski, Michelle Molina, Vitor Rocha e Morgana Cappellari; [p. 22] Samuel Kavalerski, Renata Bardazzi, Morgana Cappellari e Norton Fantinel; [p. 25] Samuel Kavalerski e Morgana Cappellari; [p. 29] Milton Coatti [fotografias] joão caldas
os duplos [pp. 60-61] Joca Antunes, Allan Falieri, Samuel Kavalerski, Milton Coatti, Ana Paula Camargo, Irupé Sarmiento, Rafael Gomes e Yoshi Suzuki (Teatro Sérgio Cardoso); [pp. 62-63] Allan Falieri, Milton Coatti, Ana Paula Camargo, Samuel Kavalerski, Irupé Sarmiento, Yoshi Suzuki, Joca Antunes e Rafael Gomes (Teatro Sérgio Cardoso); [p. 64] Ana Paula Camargo e Samuel Kavalerski (Teatro Guaíra); [p. 67] Allan Falieri (Teatro Sérgio Cardoso); [p. 71] Irupé Sarmiento e Rafael Gomes (Teatro Sérgio Cardoso) [fotografias] joão caldas, tom lisboa
prélude à l’après-midi d’un faune [pp. 76-77, 78, 82, 85, 90, 95, 109, 118-119, 120-121] Irupé Sarmiento (Teatro Alfa); [pp. 102-103] Irupé Sarmiento e Carol Prieur (Teatro Alfa); [p. 104, 112] Ed Louzardo (Teatro Alfa) [fotografias] joão caldas tchaikovsky pas de deux [p. 142] Paula Penachio (Teatro Alfa) [fotografia] wilian aguiar
supernova [pp. 148-149] Rafael Gomes, Artemis Bastos, Yoshi Suzuki, Ana Paula Camargo e Nielson Souza (ensaio fotográfico; Teatro Alfa) [fotografia] wilian aguiar
inquieto [p. 166] Renata Bardazzi, Samuel Kavalerski e Irupé Sarmiento (Teatro Paulo Autran); [p. 171] Samuel Kavalerski (Teatro Alfa) [fotografias ] wilian aguiar
© 2011 São Paulo Companhia de Dança
Dados Internacionais de Catalogação – CIP
B662
Bogéa, Inês, Org. Terceiro sinal: ensaios sobre a São Paulo Companhia de Dança/ Organização de Inês Bogéa –São Paulo : Annablume; São Paulo Companhia de Dança; Associação Pró-Dança, 2011. 176 p.
isbn 978-85-65356-00-8
1. Dança. 2. Teatro. 3. Expressão Corporal. 4. Representação Teatral. 5. Dramaturgia Corporal. 6. História da Dança. 7. Historia da São Paulo Companhia de Dança. 8. Coreografia. I. Título. II. Ensaios sobre a São Paulo Companhia de Dança. III. Associação Pró-Dança. IV. Bogéa, Inês, Organizadora.
cdu 793.3 cdd 793 Catalogação elaborada por Ruth Simão Paulino
Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia dos editores Direitos reservados e protegidos (lei no 9.610, de 19.02.1998)
Organização Social de Cultura ASSOCIAÇÃO PRO-DANÇA
Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional (lei no 10.994, de 14.12.2004) Impresso no Brasil 2011 na gráfica Leograf
9 788565
356008
formato 170 x 220 mm tipologia Absara papel miolo Couché Fosco 150 g/m2, guardas Colorplus Los Angeles telado 180 g/m2, capa Couché Fosco 150 g/m2 número de páginas 176 tiragem 1.000
978-85-65356-00-8