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Um ser consciente
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Desde que nasce, a criança aprende sobre o mundo que a rodeia e sobre si própria. E antes de ter vocabulário suficiente para fazer perguntas a curiosidade está lá, ela só não a consegue expressar. À medida que vai sendo cada vez mais eficiente na comunicação começa a questionar os outros sobre tudo o que quer compreender e os temas são quase infinitos. As crianças começam a ter uma maior consciência relativamente aquilo que as envolve, à origem das coisas e aos problemas sociais à sua volta. Começam a formar uma opinião própria relativamente a um determinado assunto e a típica pergunta “porquê?” serve apenas para a mesma começar a juntar pontos e formular um pensamento e uma opinião consistente sobre alguma coisa. 1
Criança com um papel ativo na sociedade Todos os dias a criança contemporânea é bombardeada com informações que mostram a situação atual do planeta e da sociedade. São confrontados com a dura realidade da desigualdade de género, do abuso de poder, da pobreza extrema, das mortes desnecessárias, da destruição do planeta e a lista continua infindavelmente. Isto faz com que as mesmas se tornem muito mais suscetíveis a apresentar preocupações relacionados com estes assuntos e tentem perceber o porquê de isso acontecer, procurando, consequentemente, soluções para os problemas.
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No entanto, esta preocupação não é algo apenas da criança contemporânea. Registos fotográficos provam-nos que a criança sempre foi um elemento presente nos discursos ativistas e nos movimentos/protestos sociais e ambientais.
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De protestos pelo direito da mulher ao voto, a protestos dos panteras negras e posteriormente Black Lives Matter, a presença da criança, quer como sujeito ativo ou até mesmo passivo, na luta por um futuro melhor, é evidente.
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activismo | n. m. ac·ti·vis·mo |àt| (activo + -ismo) 1. Atitude moral que insiste mais nas necessidades da vida e da acção que nos princípios teóricos. | 2. Propaganda activa do serviço de uma doutrina ou ideologia. | Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: ativismo.
O que o ativismo pode ensinar às crianças sobre a vida?
A criança e os animais
A criança é um agente racional e, como tal, reflete e contrói opiniões sobre temáticas que o rodeiam, opiniões estas que não devem ser menosprezadas.
Ironicamente, em contexto infantil, muitas são as adaptações de animais em desenhos animados ou personagens de um conto que enchem os dias das crianças. No entanto, o animal para muitas crianças do contemporâneo é um boneco apenas presente nesses mesmos formatos. O contacto físico que as mesmas têm com uma cabra, uma vaca ou até mesmo uma galinha é inexistente, a não ser quando o mesmo lhes é apresentado num prato, durante uma refeição.
Dito isto, a verdade é que continuam a ser vários os vídeos que inundam as redes sociais, onde crianças choram à mesa por não quererem comer o pedaço de carne que têm no prato. Esta atitude, ingenuamente, é muitas vezes associada ao mau comportamento ou até mesmo à infantilização por parte da criança. Tal atitude é desvalorizada ou ignorada por parte dos pais e ao invés de existir uma conversa relativamente à temática para que o adulto perceba o porquê de tal reação, o assunto é simplesmente ignorado e invisibilizado.
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Katie Arnold (2018)
“O ativismo é tão essencial para o bem-estar das crianças quanto uma boa nutrição, ar fresco ou exercício. (...) A criança deve ser incentivada a defender aquilo em que acredita, pois essa é uma parte fundamental para criar futuros adultos independentes e compassivos.”
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Segundo a Caroline Paul (2018), muita tem sido a resistência nas redes sociais de pessoas que defendem que os pais deveriam ser os ativistas e deixar as crianças serem crianças. No entanto “As crianças desde muito novas compreendem a desigualdade (...) Veem isso no mundo. Eles sabem que os ursos polares estão a morrer à fome. Sabem sobre os ciclos meteorológicos estranhos e famílias que precisam de ser evacuadas devido a incêndios ou inundações. Portanto cabe ao adulto não esconder ou manipular a criança, mas sim ajudar a mesma a sentir-se capacitada para agir.”
A criança é um agente racional e, como tal, reflete e contrói opiniões sobre temáticas que o rodeiam, opiniões estas que não devem ser menosprezadas.
Ironicamente, em contexto infantil, muitas são as adaptações de animais em desenhos animados ou personagens de um conto que enchem os dias das crianças. No entanto, o animal para muitas crianças do contemporâneo é um boneco apenas presente nesses mesmos formatos. O contacto físico que as mesmas têm com uma cabra, uma vaca ou até mesmo uma galinha é inexistente, a não ser quando o mesmo lhes é apresentado num prato, durante uma refeição.
Dito isto, a verdade é que continuam a ser vários os vídeos que inundam as redes sociais, onde crianças choram à mesa por não quererem comer o pedaço de carne que têm no prato. Esta atitude, ingenuamente, é muitas vezes associada ao mau comportamento ou até mesmo à infantilização por parte da criança. Tal atitude é desvalorizada ou ignorada por parte dos pais e ao invés de existir uma conversa relativamente à temática para que o adulto perceba o porquê de tal reação, o assunto é simplesmente ignorado e invisibilizado.
Caroline Paul (2018)
“O ativismo é uma grande oportunidade para ensinar habilidades para a vida. (...) Ser um ativista é educacional, social e constrói cidadãos melhores”
A criança e os animais
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Caroline Paul (2018)
Ativismo não é uma palavra suja. É uma participação ativa. É apenas ser um bom cidadão.”
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A criança e os animais A criança é um agente racional e, como tal, reflete e contrói opiniões sobre temáticas que o rodeiam, opiniões estas que não devem ser menosprezadas. Ironicamente, em contexto infantil, muitas são as adaptações de animais em desenhos animados ou personagens de um conto que enchem os dias das crianças. No entanto, o animal para muitas crianças do contemporâneo é um boneco apenas presente nesses mesmos formatos. O contacto físico que as mesmas têm com uma cabra, uma vaca ou até mesmo uma galinha é inexistente, a não ser quando o mesmo lhes é apresentado num prato, durante uma refeição.
Dito isto, a verdade é que continuam a ser vários os vídeos que inundam as redes sociais, onde crianças choram à mesa por não quererem comer o pedaço de carne que têm no prato. Esta atitude, ingenuamente, é muitas vezes associada ao mau comportamento ou até mesmo à infantilização por parte da criança. Tal atitude é desvalorizada ou ignorada por parte dos pais e ao invés de existir uma conversa relativamente à temática para que o adulto perceba o porquê de tal reação, o assunto é simplesmente ignorado e invisibilizado.
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Atrocidade do programa 4-H O programa 4-H, segundo Tsem Tulku Rinpoche (2019) no artigo “The Tale of a Boy and His Cow” é um programa financiado e que ensina crianças a criar animais de quinta para serem exibidos e vendidos em feiras agrícolas. Todos os anos circulam fotografias online de crianças a chorar nos dias dessas mesmas feiras. Ao contrário dos criadores tradicionais, que geralmente têm dezenas, senão centenas de animais, as crianças 4-H trabalham em estreita colaboração com um ou dois animais por um ano ou até mais, dependendo do animal. Estes jovens aprendem que faz parte da sua responsabilidade criar gado para o mercado, pois para a sua família é um meio de sobrevivência. No entanto, embora a criança saiba que eventualmente terá de se despedir do animal que criou, a sua separação não é fácil. Aliás, podemos até dizer que é visivelmente dolorosa, pois durante esse tempo a criança ganha laços para com o animal. A intensa contradição entre aprender a cuidar e criar uma ligação com um animal, sabendo que o objetivo desse 6
cuidado é vender o mesmo para abate, ensina as crianças a desconsiderarem os seus sentimentos e a não se apegarem a estes seres. Dessa forma existe um distanciamento da ideia de que os animais devem ser considerados parte da família, defendendo-se então que os mesmos são meros “animais de mercado” e uma forma da criança poder lucrar e economizar dinheiro para o futuro.
valem dinheiro. Vacas, porcos, ovelhas e cabras podem facilmente ser animais de estimação, mas as crianças pequenas são lentamente condicionadas a considerá-los como alimento. Isto cria uma incoerência e a criança começa a associar um conjunto diferente de regras para interagir com o gado, pois acabam por perder a sensibilidade, a empatia e o cuidado que tinham inicialmente para com estes animais.
É aqui que podemos ver como as relações entre os jovens e os animais destinados ao abate se desenvolvem e o processo pelo qual as crianças mais novas aprendem a distanciar-se dos seus animais. Também é preocupante que as crianças estejam a aprender a ver os animais como mercadorias que
O dilema emocional e moral com que as crianças têm de lidar, enquanto criam e vendem animais para obter o lucro máximo e para ganhar uma competição, aumenta o trauma de saber que, no final das contas, o gado será morto para comer.
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E essencial que as criancas aprendam os valores de compaixao e respeito pela vida de outros seres sencientes, em vez de se concentrarem em como os mesmos podem ser uteis numa sociedade dominada pelo consumismo.
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Escola
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Não podemos negar que a educação e a escola são extremamente importantes para a formação da criança, não só do ponto de vista intelectual e pedagógico, como também do ponto de vista das relações sociais. É através da escola que a criança se integra na sociedade e se prepara para a sua posterior inserção na vida social adulta. Dito isto, a escola deve ser um local que potencia o gosto pelo trabalho, fomenta a curiosidade intelectual e promove o desenvolvimento de aptidões. Tudo isto sem que a criança seja restringida ao nível do espírito de iniciativa e sentido crítico.
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Pedagogia opressiva (...) Desde o século XIX observamos avanços significativos na compreensão do desenvolvimento humano e na forma de lidar com as crianças. Castigos físicos e humilhações são práticas que a sociedade atual repudia, e a necessidade de cuidado e atenção é de conhecimento comum. Apesar disso, a educação parece estar numa crise constante, pois, por mais que haja investimentos, diminuição do analfabetismo e outros dados que deveriam expressar uma visão otimista sobre a questão, ela está sempre cercada de críticas, reclamações e denúncias. (...)” (Martins, 2014). No entanto, apesar das tentativas de melhorar o sistema de ensino, a própria ideia de escola e o modo como é organizada é pouco ou nunca questionado, como se o modelo que conhecemos fosse o único possível e tudo o que pudéssemos fazer fosse tentar melhorá-lo ou ajustá-lo. Posto isto, e segundo Bruno Martins (2014), no livro “Oprimidos da Pedagogia - de Paulo Freire à educação democrática”, uma série de educadores e jovens começam a propor a ruptura ao modelo convencional de educação, cujas origens remontam ao século XVIII. Critica-se o tempo que a criança passa a desenvolver trabalho escolar, que cada vez mais substitui o tempo
dedicado às brincadeiras, jogos, música e artes, conceitos desvalorizados em ambiente escolar, mas que pertencem genuinamente ao contexto infanto-juvenil. Favorece-se, contudo, um conhecimento técnico-científico e desprovido de imaginação. Mais: o tempo livre, sem supervisão ou orientação adulta, e toda a aprendizagem social desenvolvida espontaneamente no convívio entre iguais, é também sacrificado em favor de um ambiente hierarquizado e direcionado. A infância e a adolescência são tratadas como se não tivessem valor em si, mas como um tempo de preparo, para a vida adulta. Persiste a ideia de que o objetivo da educação é conduzir as crianças a incorporarem os valores da sociedade em que vivem, ao mesmo tempo que adquirem habilidades para exercerem determinadas funções requeridas pelo contexto onde são inseridas. 한국어 사용 전에 모든 부품을 올바르게 조립해야 합니다. 고정장치의 상태를 주기적으로 확인하고 필요하면 다시 고정시켜주세요. 日本語 ご使用前にすべてのネジや固定具をしっかり と締めてください。すべてのネジや固定具を 定期的にチェックし、 必要であれば締め直し てください。 13
O modelo de escola pensado durante a Revolução Industrial é predominante na maior parte do mundo: crianças enfileiradas em mesas a ouvir um “professor orador” a apresentar uma matéria a seguir à outra. E todo este processo acaba por ser legitimado através da ideia de que a escola oferece o único caminho tanto para a ascensão social como para o desenvolvimento intelectual. 14
ensino | n. m. en·si·no (derivação regressiva de ensinar) 1. Acto ou efeito de ensinar. | 2. Instrução. 3. Indicação. | 4. Encaminhamento.
É necessário quebrarmos o modelo antiquado do ensino e ouvirmos as necessidades dos estudantes. 1x
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Criar diálogos interativos onde existe uma relação de proximidade entre professor e aluno e ambos discutem um tema livre de julgamento é essencial e deve ser valorizado, pois permite e descobrir diferentes pontos de vista alinhar um pensamento para obter uma resposta enriquecedora para ambos os lados. A educação é o ponto de partida para criarmos uma sociedade consciente do
O modelo de escola pensado durante a Revolução Industrial é predominante na maior parte do mundo: crianças enfileiradas em mesas a ouvir um “professor orador” a apresentar uma matéria a seguir à outra. E todo este processo acaba por ser legitimado através da ideia de que a escola oferece o único caminho tanto para a ascensão social como para o desenvolvimento intelectual. 14
que a envolve e apta a responder a problemáticas. Por esse motivo deve ser pensada de forma a que não sejamos todos pequenas máquinas dentro de uma sala, a decorar textos que uns meses mais tarde são esquecidos. Deve sim, ser um local que tem como base uma aprendizagem envolvente e criativa. Que permite à criança explorar, errar e aprender através dessa dinâmica. 1x
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Bruno Martins (2014)
“Se o objetivo do processo educativo fôr simplesmente manter a ordem social como está, não faz sentido propor uma educação que instigue o pensamento crítico e a inovação ou cultive valores como liberdade e autonomia.”
O modelo de escola pensado durante a Revolução Industrial é predominante na maior parte do mundo: crianças enfileiradas em mesas a ouvir um “professor orador” a apresentar uma matéria a seguir à outra. E todo este processo acaba por ser legitimado através da ideia de que a escola oferece o único caminho tanto para a ascensão social como para o desenvolvimento intelectual.
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O poder de aprender a brincar Artigo “A criança e o design - Aprender brincando” de António M. Fontoura e Alice T. C. Pereira (n.d.)
Todas as crianças nascem com a capacidade de sentir prazer em aprender e interagir com o mundo à sua volta (BAYNES, 1992). Isto é inato no ser humano. Um dos mais básicos e importantes impulsos humanos, já manifestados muito cedo na sua infância, é divertir-se descobrindo as coisas do mundo por si, acompanhadas de outras crianças ou com a colaboração dos adultos. Parece existir por trás de cada descoberta realizada pela criança, um sentimento que reforça e reafirma a sua existência. É primordial que as crianças, principalmente as mais pequenas, mesmo diante de eventuais dificuldades, persistam ou então sejam motivadas/estimuladas a continuar no caminho da descoberta. Sendo este, segundo Baynes (1992), um dos primeiros passos que as crianças devem dar em direção à aquisição da tenacidade e ao desenvolvimento do pensamento criativo, fatores essenciais no enfrentamento da vida, no exercício do controle sobre o entorno e na construção do futuro.
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Friedrich Froebel (17821852), não foi o primeiro pedagogo a analisar o valor educativo do jogo porém, foi o primeiro a colocá-lo como parte essencial do trabalho pedagógico ao criar o jardim de infância. Nele, reconhecia o valor dos jogos e das brincadeiras para a formação das crianças.
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Jogos e brincadeiras possuem um valor educacional que permitem oferecer as criancas e jovens ideias e ideais corretos e adequados sobre a vida quotidiana e sobre a cultura material. Desenhar e construir coisas pode ser tambem um modo de brincar e assim, de interagir com o ambiente e com os outros.
Esta ideia é ainda apoiada por John Dewey que atribuiu um importante papel aos jogos infantis: entendendo estes, como expressão máxima da atividade espontânea da criança e 18
como instrumento educativo poderoso, capaz de estabelecer as ligações entre as necessidades infantis de desenvolvimento e as exigências sociais (Fontoura e Pereira, n.d).
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A libertação da criança A infância é uma fase complexa do ser humano, dominada pelo condicionamento do desenvolvimento psíquico e pela formação de uma personalidade.
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Tendo este pensamento como base devemos olhar para a criança, não como um pequeno ser frágil que deve ser protegido de tudo, mas como um cidadão racional e que deve ser preparado para a sua futura inserção na sociedade adulta, tal como nos é apresentado por Alain Renault (2004), no livro “A libertação da Criança”.
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“A criança tem direito à liberdade de expressão*. Este direito compreende a liberdade de procurar receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem consideração de fronteira, sob a forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança” Impotância de quebrar tabus Investigação Científica: “Temas não Con-
vencionais na Literatura Infantil e Juvenil Contemporânea: Quebrando Tabus” de
Artigo 13 - “Convenção sobre os Direitos da Criança”
Angela de Almeida Panseri (2018).
Ao analisarmos o percurso histórico das histórias infantis, deparamo-nos com o facto de que as mesmas surgem num contexto previamente destinado ao público adulto e, com o decorrer do tempo, transforma-se em literatura para crianças. Segundo (COELHO, 2000), dentre as mais diversas manifestações de arte, a literatura infantil é um fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem e a vida, por meio da palavra. A sua função essencial atua sobre as mentes, que se expandem através das ações e na vontade de ampliar, transformar ou enriquecer a própria experiência de vida.
Os impulsos naturais da infância propõem mais do que dar conselhos e exemplos. A literatura sugere problemas a serem resolvidos, estimulando dessa forma a compreensão dos fenômenos e atitudes recetivas em relação às inovações que a vida quotidiana propõe. Esta literatura inovadora
visa, basicamente, uma nova perceção, com o intuito de levar o leitor a descobrir a realidade que o circunda, criando dessa forma uma consciência coletiva do meio social em que a criança vive, por meio da palavra e instrumentos diáticos mais adequados. Srpski Zategni dobro sve spone pre nego što počneš s korišćenjem. Redovno ih proveravaj i doteži po potrebi. Slovenščina Pred uporabo okovje dobro privij. Redno ga pregleduj in ga po potrebi dodatno privij Türkçe Ürünü kullanmadan önce monte edilen tüm bağlantı parçalarını sıkınız. Bağlantı parçalarını düzenli olarak kontrol ediniz ve gerekirse tekrar 한국어 사용 전에 모든 부품을 올바르게 조립해야 합니다. 고정장치의 상태를 주기적으로 확인하고 필요하면 다시 고정시켜주세요.
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* Liberdade de expressão “A criança tem o direito de exprimir os seus pontos de vista, obter informações, dar a conhecer ideias e informações, sem considerações de fronteiras.”
O artigo 13, ao contrário dos outros “(...) trata-se de um direito cívico e político, nitidamente orientado para o reconhecimento da criança como ser autónomo, que vale por si e que é independente da Família e do Estado. Seguramente este direito da criança é muito violado pelos Estados, pelas Famílias e pelos adultos (...)” (Lourenço, 1999, p.84) No entanto “(...) enquanto pais, podemos contribuir para a defesa desse direito, pedindo a opinião da criança em assuntos que a afetam (...)” (Lourenço, 1999, p.84). Esta exposição fomenta a ideia de que a criança não deve ser ignorada quando aborda temáticas, atualmente, desanexadas do contexto infantil. Deve existir uma sensibilidade por parte dos pais para responder e esclarecer as dúvidas da criança, com o intuito das preparar para um futuro incerto e criando cidadãos sensíveis a problemáticas sociais, ambientais, culturais, etc... 22
Impotância de quebrar tabus Investigação Científica: “Temas não Convencionais na Literatura Infantil e Juvenil Contemporânea: Quebrando Tabus” de Angela de Almeida Panseri (2018).
Ao analisarmos o percurso histórico das histórias infantis, deparamo-nos com o facto de que as mesmas surgem num contexto previamente destinado ao público adulto e, com o decorrer do tempo, transforma-se em literatura para crianças. Segundo (COELHO, 2000), dentre as mais diversas manifestações de arte, a literatura infantil é um fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem e a vida, por meio da palavra. A sua função essencial atua sobre as mentes, que se expandem através das ações e na vontade de ampliar, transformar ou enriquecer a própria experiência de vida. Os impulsos naturais da infância propõem mais do que dar conselhos e exemplos. A literatura sugere problemas a serem resolvidos, estimulando dessa forma a compreensão dos fenômenos e atitudes recetivas em relação às inovações que a vida quotidiana propõe. Esta literatura inovadora
visa, basicamente, uma nova perceção, com o intuito de levar o leitor a descobrir a realidade que o circunda, criando dessa forma uma consciência coletiva do meio social em que a criança vive, por meio da palavra e instrumentos diáticos mais adequados. Srpski Zategni dobro sve spone pre nego što počneš s korišćenjem. Redovno ih proveravaj i doteži po potrebi. Slovenščina Pred uporabo okovje dobro privij. Redno ga pregleduj in ga po potrebi dodatno privij Türkçe Ürünü kullanmadan önce monte edilen tüm bağlantı parçalarını sıkınız. Bağlantı parçalarını düzenli olarak kontrol ediniz ve gerekirse tekrar 한국어 사용 전에 모든 부품을 올바르게 조립해야 합니다. 고정장치의 상태를 주기적으로 확인하고 필요하면 다시 고정시켜주세요. 日本語 ご使用前にすべてのネジや固定具をしっかり と締めてください。すべてのネジや固定具を 定期的にチェックし、 必要であれば締め直し てください。
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Literatura altera consciências Dito isto, a partir do século XXI, temas como a desigualdade social, preconceitos, problemas familiares, separação de pais, morte e identidade de gênero, dentre outros possíveis, começaram a marcar presença também na literatura para crianças, devido às constantes e atuais movimentos em favor da legitimação e defesa da invisibilidade, inclusive discursiva. Isto fez com que a literatura infantil e juvenil, tradicionalmente conectada a objetivos pedagógicos e formativos, começasse a aparecer ligada a uma função essencial: atuar sobre as mentes por meio da
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arte, transformando e provocando a própria existência com conteúdos que gerem emoções, dão prazer ou diversão e, acima de tudo, modificam a consciência do mundo. Os livros infantis começam então a ser utilizados como recurso para introduzir e discutir temáticas menos comuns. Esta nova visão permite que o livro, uma ferramenta didática, lúdica e educacional, seja ainda utilizada como um meio de abordar assuntos considerados tabu, de uma forma natural e sem qualquer tipo de punição.
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