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NAÇÃO

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SUDÃO 2022 ONU Alerta Para a Maior Crise Humanitária em Uma Década

As Nações Unidas alertaram, num relatório divulgado recentemente, que 30% dos sudaneses vão precisar de ajuda humanitária em 2022, a “taxa mais alta numa década” naquele país, um dos mais pobres do mundo.

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Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, esta cifra totaliza “mais de 800.000 pessoas do que em 2021”. Entre estas pessoas vulneráveis encontram-se 2,9 milhões de deslocados, num país devastado por conflitos sangrentos durante décadas, especialmente na cidade de Darfur, uma vasta região Ocidental, onde a guerra entre os rebeldes e o regime, que começou em 2003, já fez cerca de 300 mil mortos e 2,5 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Além disso, o Sudão acolhe cerca de 1,2 milhões de refugiados e requerentes de asilo, 68% dos quais vêm do vizinho Sudão do Sul, depois da sua separação em 2011. Após o golpe militar a 25 de Outubro deste ano, o país está mergulhado numa crise política.

Crise Humanitária

Mais de 100 mil famílias em risco de fome severa, alerta a FAO

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) precisa de 45 milhões de dólares para dar assistência a 100 mil famílias afectadas pela violência em Cabo Delgado nos próximos três anos. A agência da ONU pretende incluir ainda as comunidades anfitriãs não só de Cabo Delgado, mas também das províncias vizinhas de Nampula e do Niassa, de forma a aliviar a pressão sobre os seus recursos e alimentos.

Para esta agência das Nações Unidas, a situação da crise alimentar no norte de Moçambique é cada vez mais crítica devido à falta de recursos financeiros para aquisição de alimentos. Milhares de deslocados internos dependem dessa ajuda na província de Cabo Delgado, assolada por ataques terroristas há quase quatro anos.

O representante da FAO em Moçambique, Hernani da Silva, explicou, em entrevista ao portal Diário Económico (DE), que a organização “delineou um plano de intervenção para apoiar no mínimo 100 mil famílias, o que corresponde a cerca de 500 mil pessoas”. A pior dificuldade das famílias, continuou, “é gerar rendimento, portanto, queremos criar condições para que haja cada vez menos dependência das famílias de apoio humanitário.”

Hernani da Silva afirma que o apoio serve para garantir que as famílias afectadas produzam os seus próprios alimentos, reduzindo, assim, a sua dependência.

Desde 2017, Cabo Delgado já registou mais de 800 mil deslocados internos.

Produção

Moçambique anuncia intenção de acabar com a fome até 2030

Trata-se, na verdade, do segundo Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), traçado pela Organização das Nações Unidas, e que é assumido pelo Executivo moçambicano a apenas oito anos do prazo.

Segundo o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), esta ambição vai exigir um investimento de cerca de 400 mil milhões de meticais, sendo que as acções de suporte para a materialização do objectivo devem incluir “o reforço do investimento no sector agrário a curto e médio prazo, um esforço adicional ao que já ocorre no terreno, como é o caso do programa SUSTENTA”. “Com base nas contribuições que tivemos no segundo Conselho Coordenador, foram definidas as linhas estratégicas que vão orientar a implementação do Plano Nacional de Investimento e o mesmo requer um financiamento de 400 biliões de meticais”, afirmou Yolanda Gonçalves, porta-voz do Conselho de Ministros na sessão que anunciou este objectivo.

Assim, “a partir do primeiro trimestre de 2022, serão auscultados os intervenientes da cadeia de valor do sector agrário, no sentido de aferir propostas adequadas ao plano”, sublinhou a representante do Governo.

Energia

Governo busca investidor para desenvolver o projecto Mpanda Nkuwa

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), representado pelo Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mpanda Nkuwa (GMNK), lançou, recentemente, o Concurso para a Selecção do Investidor Estratégico para o Desenvolvimento do Projecto Hidroeléctrico de Mpanda Nkuwa.

Concebido em 2008 e relançado pelo Presidente Filipe Nyusi dez anos mais tarde, o Projecto está desde Maio passado em processo de actualização de estudos de viabilidade e, agora, o Executivo pretende encontrar um investidor com capacidade de injectar entre 500 e 600 milhões de dólares para, em conjunto com as empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), desenvolver o projecto até ao fecho financeiro. “Estamos totalmente comprometidos em realizar um processo aberto e transparente, que permita a selecção de investidores mediante critérios baseados na capacidade técnica, robustez financeira e experiência comprovada no desenvolvimento de projectos similares”, afirmou o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela.

Gás Natural

Tribunal britânico analisa acção que quer bloquear investimento em Moçambique

Está a ser ouvida, em Londres, a acção judicial para bloquear o financiamento do Governo britânico a um mega-projecto de exploração de gás natural em Moçambique.

A mesma foi lançada pela organização Friends of the Earth, que pediu uma “Revisão Judicial” (Judicial Review) no Tribunal Superior (High Court) à decisão do Governo britânico de providenciar até 1150 milhões de dólares através da agência de crédito à exportação.

O argumento que sustenta a tese do bloqueio ao investimento é o de que a decisão foi tomada sem levar em conta os impactos ambientais do projecto, o qual estima que vai ser responsável pela libertação de até 4500 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera ao longo de vários anos.

Mineração

Leilão de Rubis de Montepuez Bate Recorde de 88 milhões de dólares

A mineradora britânica Gemfields anunciou, recentemente, que tinha angariado um recorde de 88,4 milhões de dólares de uma série de mini leilões de rubis da sua mina no distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado.

Os leilões tiveram lugar online entre 08 de Novembro e 09 de Dezembro e os clientes puderam ver as parcelas de rubis de qualidade mista através de visualizações presenciais e privadas em Banguecoque (Taiwan), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Jaipur (Índia). Dos 107 lotes oferecidos, 104 foram vendidos a um preço médio de 132,47 dólares por quilate.

De acordo com Adrian Banks, Director de Produto e Vendas da Gemfields, “este foi o leilão de rubis mais forte da história da empresa e estamos muito satisfeitos com a trajectória e o crescimento do sector”.

Desde o seu primeiro leilão de rubis, em 2014, a Gemfields, através da Montepuez Ruby Mining já vendeu um total de 13,6 milhões de quilates de rubis em bruto, que geraram 731,5 milhões de dólares.

Emprego

EUA lançam iniciativa para aprimorar habilidades de

O Governo norte-americano, através da USAID, lançou a Iniciativa de Desenvolvimento de Carreira do Ensino Superior, uma parceria entre a Michigan State University, a Universidade Eduardo Mondlane, o Instituto Superior Politécnico de Manica e a Universidade de Púnguè. A iniciativa visa elevar a empregabilidade de qualidade através do fomento de Centros de Desenvolvimento de Carreira sustentáveis em Moçambique.

Segurança

BM e Inspecção-geral de Jogos na luta contra a lavagem de dinheiro

O Banco de Moçambique e a Inspecção-Geral de Jogos assinaram, recentemente, um acordo de união de forças contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, que visa a partilha de informações entre as duas instituições.Segundo o Administrador do Banco de Moçambique, Jamal Omar, o memorando de entendimento permitirá, também, a troca de experiências e a realização de acções conjuntas, bem como a assistência e apoio técnicos. “Estamos confiantes de que o acto que hoje testemunhamos ajudará a reforçar o nosso sistema de detecção e monitoria de operações suspeitas e a responder aos desafios actuais sobre a matéria de segurança contra o branqueamento de capitais”, garantiu Omar.

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