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Escape À Descoberta das Maravilhas de Malange, em Angola 68 Gourmet As Tendências da Gastronomia em 2022 na Voz dos Melhores Chefs 69 Adega Trava-Línguas, o Vinho Que Nos Leva ao Universo das APP´s 71 Arte As Lentes do Escritor Agualusa Descobrem “O Mais Belo Fim do Mundo” 72 Ao volante Do Mercedes-Benz Vision EQXX, o Carro Eléctrico Com Autonomia de Mil Quilómetros
ANGOLA Uma aventura por uma das sete maravilhas do país
e
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Angola As Maravilhas de Malanje
ao aterrarmos em malanje,
Angola, descobrimos uma cidade onde passado e presente se cruzam. Primeiro, destacam-se edifícios da ocupação colonial bem preservados e que se sucedem ao longo da Avenida Comandante Dangereux, que atravessa a cidade, cruzando-se com o rio Malanje no seu percurso entre a Lagoa da Guiné e o Kwanza, onde desagua.
Bem no centro urbano encontramos as sedes do Banco Nacional, do Governo Provincial, o verdejante Jardim Municipal em frente à moderna estação dos comboios e a imponente Sé Catedral, classificada, em 2017, como património histórico-cultural de Angola.
Nas redondezas descobrimos construções e condomínios modernos que revelam o crescimento recente da cidade, elevada a esta categoria no dia 13 de Fevereiro de 1932, e que está agora empenhada numa reconstrução que a torne cada vez mais apelativa.
E é a partir daqui que saímos à descoberta das várias atracções da província, um território com uma diversidade de paisagens, de fauna e flora capazes de encantar quem o visita. A primeira paragem da viagem está marcada para a vila de Cacuso, em cujo centro encontramos ainda muitos edifícios típicos da época colonial. Rumamos ao sul, em direcção às famosas Pedras Negras de Pungo Andongo.
Após alguns quilómetros, começamos a vislumbrar no horizonte de uma das intermináveis rectas da estrada, a silhueta das formações rochosas que, ao longo de milénios, os elementos se encarregaram de arredondar e que testemunharam momentos fulcrais da História do país.
Atravessamos a planície, que começa a ser rasgada por gigantescas pedras com formas curiosas onde tentamos “encaixar” animais e objectos para, em poucos quilómetros, desviarmos à esquerda, onde somos recebidos por uma placa de boas-vindas na estrada que dá acesso aos pontos mais espectaculares da região.
Percorremos a pé um corredor de pedra a partir do qual temos uma vista única sobre o vale onde o rio Kwanza se espalha, bloqueado poucos quilómetros à frente pela Barragem de Capanda cuja albufeira também podemos visitar na fronteira com a província do Kwanza Sul. Protegidas por estruturas simples de cimento, encontramos as míticas pegadas impressas nas rochas que o povo garante serem dos reis Ngola Kiluanji e da sua filha, Njinga a Mbande, que reinaram nas terras do reino Ndongo — aliás, o nome original do lugar é precisamente Pungo-a-Ndongo.
Dedicámos o segundo dia ao património natural, que inclui várias reservas naturais, como as do Luando e Milando, onde se procura preservar a rica fauna da região. Na impossibilidade de visitarmos todas, optamos pelo Parque Nacional de Kangandala, que, em 2005, ganhou enorme importância quando por ali foram avistados exemplares de palancas negras gigantes, subespécie rara de antílope, endémica de Angola, exclusiva da província de Malanje e que se julgava extinta.
Embora seja ainda considerada como em perigo crítico de extinção, a palanca negra gigante encontra neste espaço um santuário que poderá representar a sua sobrevivência.
É na expectativa de podermos observar um destes magníficos animais que chegamos ao mais pequeno de todos os Parques Nacionais de Angola,
estabelecido em 1970. Não temos a sorte de ser premiados pela esquiva estrela do parque, mas descobrimos outros exemplares da fauna local. Aproveitamos a proximidade para um salto à zona dos impressionantes rápidos do rio Kwanza, que ali ganha fôlego na sua rota em direcção ao Oceano.
A atracção que nos levou a Malanje fica reservada para o fim. De manhã cedo, dirigimo-nos para norte, em direcção às famosas quedas de água da Kalandula. Eleitas uma das Sete Maravilhas Naturais de Angola, têm no currículo o título de serem as segundas maiores de África, com as águas do rio Lucala a espalharem-se ao longo de mais de 400 metros de comprimento para se despenharem de uma altura de mais de 100 metros, num espectáculo único.
Assim que paramos o carro no estacionamento próximo do miradouro, somos abordados por jovens guias que se oferecem para nos mostrar os melhores ângulos das cascatas, enquanto no antigo parque de merendas algumas mulheres vendem ginguba e outros petiscos para ajudar a enganar a fome. À medida que nos aproximamos do miradouro ouvimos o trovão crescente da queda das águas e vislumbramos a névoa que resulta dos pingos que se soltam do imenso caudal. Em dias de vento, alguns são projectados para cima, dando aos visitantes a sensação de uma “chuva que sobe”.
No cacimbo, quando o caudal é menor, podemos aventurar-nos a caminhar sobre as rochas do leito a que as correntes deram formas intrigantes, arredondadas e suaves. Olhando para o vale à frente, deixamo-nos encantar com a imagem do Lucala seguindo tranquilo o seu caminho, depois das dramáticas quedas, num curso que o levará até ao Kwanza. Estas cataratas atraem muitos visitantes seduzidos ao primeiro contacto.
TEXTO Susana Gonçalves FOTOGRAFIA D.R.
“Dirigimo-nos para o norte, em direcção às famosas quedas de água da Kalandula. Eleitas uma das Sete Maravilhas Naturais de Angola têm no currículo serem as segundas maiores de África
ROTEIRO
COMO IR
A partir de Luanda, o acesso por estrada até Malanje é feito através da EN 120, numa viagem de cerca de cinco horas para cumprir os quase 400 kms de distância. A nova rota da TAAG operada pelos Dash 4-800 reduz consideravelmente este tempo, levando-nos até Malanje de forma tranquila em apenas 45 minutos.
O QUE FAZER
Na cidade de Malanje procure as iguarias locais em restaurantes como “O Quintal”, na Rua Sacadura Cabral; “O Triângulo”, na Rua 28 de Maio; ou “O Kapri”, na Rua Comandante Dangereux. Na Pousada da Calandula o restaurante está aberto ao público.
ONDE COMER
A Pousada da Calandula oferece a possibilidade de acordar com vista para uma das mais belas paisagens de Angola: as quedas da Kalandula. Na cidade de Malanje as opções podem passar pelos hotéis Palanca Negra, Portugália, Regina II ou Njinga Hotel.
Nem mesmo depois do covid-19 o sector da restauração voltará a ser o mesmo
g
a conceituada revista norte-americana food & wine,
fundada em 1978, especializada em dicas de culinária, críticas de restaurantes, combinação e degustação de vinhos e até em viagens apresentou, recentemente, o panorama do que se pode esperar da postura dos restaurantes ao longo deste ano, desde os aspectos organizacionais até às opções gastronómicas de eleição.
O ponto de partida é o facto de que o covid-19 alterou a maneira de estar no sector, introduzindo grandes inovações na forma como se opera e se consomem produtos dos restaurantes.
Então, a Food & Wine pediu que alguns dos melhores chefs e proprietários de restaurantes espalhados pelo mundo revelassem qual seria o panorama de 2022. A primeira novidade é que os investidores diversificarão os seus modelos de negócios como resultado da pandemia. Ou seja, haverá muito mais híbridos de venda a retalho (tendência de fazer colaborar as opções físicas e digitais) do que conceitos tradicionais de restaurante, uma vez que este modelo não é mais sustentável num ano em que os restaurantes abrirão menos dias da semana (a previsão é de que a maior parte dos restaurantes opere quatro ou cinco noites por semana).
Também se espera um 2022 de muito mais colaboração entre os chefs, que acreditam que uma grande tendência do presente ano sejam os jantares colaborativos, nos quais dois ou mais chefs se reúnem para criar menus de degustação, que combinem os seus estilos únicos. Com convidados desejosos de interacções sociais e chefs famintos por serem criativos após um longo período de sobrevivência, esses jantares são a oportunidade perfeita para a diversão, sem falar na vantagem de poderem atingir o dobro do público que um chef sozinho não conseguiria.
Além disso, 2022 será marcado pelo regresso dos jantares finos e sofisticados. A ideia apresentada pelos especialistas baseia-se na experiência de que as tendências dos restaurantes nos períodos pós-turbulência social, como o 11 de Setembro ou a crise económica de 2008, são marcadas pelo retorno aos restaurantes super sofisticados e criativos na cozinha. Os chefs entendem, por isso, que este momento é propício para esse retorno, já que as pessoas estarão dispostas a sair, reunir-se em torno de uma experiência de jantar mais formal e gastar mais. Também será, definitivamente, o ano da comida caseira. É que, ao longo do último ano e meio, as pessoas voltaram-se para alimentos reconfortantes e isso continuará em 2022, até mesmo porque que muitos chefs qualificados preparam-se nesse sentido utilizando os melhores ingredientes e técnicas para executar confortos simples nas refeições.
Muitos dos especialistas que falaram à Food & Wine acreditam que a pandemia trouxe várias alterações irreversíveis à forma de estar no sector da restauração em todo o mundo.
Tendências da Gastronomia
Também se espera um ano de 2022 de muito mais colaboração entre os chefs, em jantares colaborativos em 2022 na Voz dos Melhores Chefs
TEXTO Redacção FOTOGRAFIA D.R
A centenária casa de Vinho do Porto e Douro, Poças, lançou um novo projecto com um vinho que pretende proporcionar ao consumidor uma experiência diferente do habitual
Trava-Línguas, o Vinho Que
o trava-línguas tinto doc 2019, produzido pela Douro, a centenária casa de Vinho do Porto, foi recentemente colocado no mercado. Produzido pela Poças, este vinho representa uma aposta num segmento de consumidor mais jovem e aponta para um consumo descontraído e descomplicado. Mais do que o próprio vinho em si, importa destacar a ousadia que lhe está associado, ao juntar a um produto tipicamente conservador como o vinho, uma imagem contemporânea e irreverente.
Elaborado a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, apresenta cor rubi brilhante. Tem aroma intenso a frutos vermelhos e do bosque, com notas de chocolate e leve especiaria. Na boca revela-se envolvente e elegante, com corpo médio, taninos bem integrados, final fresco e persistente.
Poderá acompanhar bem petiscos e cozinha italiana, e tem o preço de venda ao público recomendado de 6 euros.
O projecto Trava-Línguas tem por base, como o nome indica, a exploração dos tradicionais trava-línguas de que a língua portuguesa, certamente à semelhança de outras, é rica. Para a primeira edição deste vinho foi escolhido o famoso “o rato roeu a rolha da garrafa de rum do rei da Rússia”, cujo rótulo foi concebido e ilustrado pelo artista André da Loba, que apresenta uma interpretação gráfica do trava-línguas.
A novidade consiste numa APP, desenvolvida pela consultora de tecnologia criativa BOUND, que permite a visualização de uma animação em realidade aumentada no espaço do rótulo do vinho. Para isso é necessário instalar a APP Poças Wines AR, através do QR code presente no contrarrótulo (acessível a Android ou IOS). Ao apontar o smartphone com a aplicação aberta para o rótulo do vinho, este torna-se no écran de uma animação visual, que complementa a ilustração visível do rótulo.
Por outras palavras, o rótulo abandona o seu caráter estático e transforma-se no palco de uma narrativa visual que abre portas para novas interpretações e perceções e transporta o consumidor para uma experiência imersiva original e inovadora.
A própria aplicação permite gravar e partilhar a experiência nas redes sociais. Pedro Poças Pintão, director de marketing e comunicação e Presidente do Conselho de Administração da Poças refere que “o lançamento do Trava-Línguas permite-nos mostrar um lado mais descontraído do vinho, aproximando o vinho das pessoas, de uma forma divertida”.
Um produto claramente direcionado para um público jovem e cosmopolita, ao juntar a tecnologia e a arte, num vinho destinado a momentos informais de convívio e descontração.
Para além do acesso à narrativa visual de André da Loba, a APP apresenta outras funcionalidades, como um add-on de gamificação, com um jogo, que poderá ser partilhado com amigos, que apresenta vários trava-línguas que surgem aleatoriamente e convida o jogador a pronunciá-los correctamente.Também neste caso a experiência poderá ser gravada e partilhada nas redes sociais.
Para além do jogo, a aplicação apresenta o projecto e o artista e dá acesso aos pontos de venda do produto. Pedro Poças Pintão acrescenta que está em curso a colaboração com ilustradores reconhecidos nos vários países onde o vinho venha a ser lançado: “Fizemos também uma versão em inglês – o Tongue Twister – para apresentação nos mercados internacionais e já estamos a preparar o lançamento no Canadá, com rótulo e animação ilustrados por um artista local”. Trata-se do ilustrador do Québec, Julien Posture, que aceitou conceber um rótulo baseado num trava-línguas local, na língua francesa. O objetivo, conclui, Pedro Poças Pintão, passa pela criação de uma maior empatia com o consumidor “com a utilização de trava-línguas de cada país ou região”.
A Poças é uma empresa familiar que produz vinhos do Porto e Douro. Fundada em 1918, por Manoel Domingues Poças Júnior, é uma das poucas empresas do sector que se mantém na mesma família desde a sua fundação.
Nos Leva ao Universo Das APP´s
o mundo já o conhecia por meio das palavras, mas a arte que insiste em penetrar nas suas veias obrigou-o a mergulhar num mar de significados onde a imagem iria agora falar mais do que algum dia as letras o fizeram.
José Eduardo Agualusa marcou, desta forma, a sua estreia na fotografia por meio da exposição intitulada “O Mais Belo Fim do Mundo” patente no Centro Cultural Português, em Maputo.
Duas expressões artísticas marcam este momento de exaltação da cultura lusófona: a literatura (a sua marca registada) e a fotografia, expostas em salas distintas.
Na primeira sala, o público pode contemplar retratos de vários escritores de língua portuguesa, registados por Agualusa em diferentes ocasiões, acompanhados de um texto do seu grande amigo escritor moçambicano Mia Couto. Na segunda sala são exibidas imagens da Ilha de Moçambique
Pelas Lentes de Agualusa
onde vive actualmente Agualusa. O escritor angolano define a exposição fotográfica como uma celebração do amor pela sua esposa e pela Ilha de Moçambique.
“O Mais Belo Fim do Mundo é uma história de amor pela Yara. A maior parte destas fotos e poemas foram feitas durante o período em que a Yara estava grávida da Kianda. Durante esse tempo fui fazendo estas imagens e escrevendo estes versos”, acrescentou.
O preto e branco das fotografias que compõem a exposição ajudam a descrever a “ilha dos poetas”, onde a natureza fala mais alto e o texto complementa o que a imagem quer dizer.
Para Mia Couto, autor do texto de apresentação da exposição, há nesta mostra uma recriação de uma fronteira nova entre o mar e o céu. “Não são fotografias, são histórias. São declarações de amor à Yara. São conversas secretas com a ilha. Estas fotografias precisam de ser lidas e não apenas vistas, precisam de ser escutadas. Porque há aqui uma voz que denuncia esse lado de escritor que o Zé, quando fotografa, não revela”, esclareceu o escritor moçambicano.
Para o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, “O Mais Belo Fim do Mundo” é uma celebração da amizade construída por meio da língua portuguesa.
“Celebramos hoje a amizade entre vários mundos, mundos que estão unidos por uma mesma língua. Eduardo Agualusa é um provocador, ele provoca-nos e remete-nos para belos fins do mundo”, concluiu.
O projecto artístico desta exposição esteve a cargo da curadora e editora brasileira Lucia Bertazzo. José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de Dezembro de 1960.
TEXTO Yana De Almeida FOTOGRAFIA Mariano Silva A exposição “O Mais Belo Fim do Mundo” estará patente no Centro Cultural Português, até 12 de Fevereiro de 2022
O Vision EQXX terá um consumo aproximado de 10 kWh a cada 100 km, superior ao já famoso EQS da marca que faz médias de 16 kWh.
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Mercedes-Benz Vision EQXX,
a mercedes-benz revelou, finalmente, o seu mais novo carro eléctrico — o Vision EQXX. Segundo a gigante alemã, trata-se do veículo zero emissão com melhor eficiência energética do mercado, além de ser o Mercedes mais competente quando pensamos no mix de consumo, desempenho e tecnologia.
Numa apresentação realizada de forma online logo no início do presente ano, 3 de Janeiro, directamente da sua sede em Stuttgart, na Alemanha, a Mercedes foi bem directa quanto ao que o seu produto vai entregar aos usuários quando chegar ao mercado. A montadora tratou de mostrar todo o aparato tecnológico do veículo e focou muito o tema que mais a preocupa quando pensamos em carros eléctricos: a autonomia. O Vision EQXX é um carro
o Eléctrico com Autonomia de Mil Quilómetros
eléctrico com condições de trafegar por 1000 km com uma única carga, mas dentro da medição europeia, a WLTP, ou seja, com percursos que privilegiam a cidade e não a estrada. No entanto, na apresentação, a montadora deixou claro que o seu sedan zero emissão será o automóvel eléctrico ideal para viagens.
Segundo a Mercedes-Benz, o Vision EQXX terá um consumo aproximado de 10 kWh a cada 100 km, superior ao já famoso EQS, sedan grande eléctrico da marca que faz médias de 16 kWh. Além dessa economia, o automóvel conta com uma bateria compacta, que permitiu à engenharia trazer um carro de dimensões amigáveis, além de um peso inferior.
Para chegar a essa autonomia, considerada excelente, a empresa não investiu apenas nas baterias. Cada detalhe do Vision EQXX foi pensado para melhorar a sua eficiência, como o seu formato aerodinâmico, materiais utilizados na construção e também em adições tecnológicas relevantes, como um painel solar localizado no tecto, que pode acrescentar 44 km de autonomia ao veículo, e peças impressas em 3D.
Segundo a marca, a Fórmula 1 também foi utilizada como inspiração para trazer todos esses benefícios num carro relativamente compacto. A Mercedes, porém, não revelou quais as medidas do Vision EQXX, mas, a julgar pelas imagens, trata-se de um sedan médio com porte semelhante ao Classe C, seu principal produto globalmente.
A empresa também não revelou o preço, nem versões nem data de lançamento do Vision EQXX, nem tão pouco os mercados em que estará presente, prometendo revelar todos estes dados em breve.