Jornal de Abrantes - março 2023

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/ Abrantes / Constância

/ Mação / Sardoal / Vila Nova da Barquinha / Vila de Rei

/ Diretora Patrícia Seixas

MARÇO 2023 / Edição n.º 5625

Mensal / ANO 122 / DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ENTREVISTA MÁXIMO FERREIRA E O “SEU” CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DE CONSTÂNCIA

QUE COMEMORA 19 ANOS Págs. 3 e 4

ABRANTES

HÁ UMA MULTICULTURALIDADE DE POPULAÇÃO A CHEGAR AO CONCELHO

Pág. 12

CHMT HOSPITAL DE ABRANTES REABRIU CUIDADOS INTENSIVOS DE CARDIOLOGIA Pág. 7

CARLOS SARAMAGO (1972 - 2023)

Município de Mação, Governo e Presidente da República estiveram juntos na homenagem ao pintor surrealista Carlos Saramago a 4

de fevereiro. A Galeria recebeu o seu nome. O Embaixador para a Arte no concelho de Mação faleceu no dia 25.

Págs. 16 a 17

uma nova forma de comunicar. ligados por natureza.

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VILA NOVA DA BARQUINHA

Trilho Panorâmico do Tejo recebe caminhantes há um ano.

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122 ANOS
/ JORNAL
j
DE ABRANTES

A ABRIR /

EDITORIAL / FOTO OBSERVADOR /

Morreu o Carlos Saramago. Mas o “Pintor de Mação” vai car para sempre. Eternizou-se pela sua obra e ca também o seu nome associado à Galeria de Arte do seu concelho que, em vida, lhe prestou uma digna homenagem. Foi no início do mês de fevereiro que o Município de Mação, o Governo e o Presidente da República estiveram juntos na homenagem ao pintor surrealista, naquela que seria a sua última aparição pública. A Galeria recebeu o nome de Carlos Saramago que passou também a ser Embaixador para a Arte no concelho de Mação. Carlos Saramago faleceu no passado dia 25.

Mas como a vida tem de seguir, também há motivos de comemoração. O Centro Ciência Viva de Constância celebra este mês 19 anos. Desde uma pequena sala com uma cúpula até ao património que hoje está à disposição da comunidade, foram mais de duas décadas de muito trabalho e muito amor “à camisola”. O astrónomo Máximo Ferreira é o coordenador cientí co e o mentor de todos este projeto. Nas páginas deste jornal contam-se algumas histórias, mas poderá ouvir esta entrevista na íntegra, na rádio Antena Livre, nos Podcasts do programa Disto & Daquilo.

Na área da política concelhia, Abrantes voltou a ter uma Juventude Social Democrata. João Morgado reuniu uma equipa e prometem ouvir os jovens do concelho para poderem depois ser parte ativa no programa a apresentar ao PSD de Abrantes.

Em Sardoal, é o PS que pede a destituição do Executivo da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre.

Em questão, a investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária relativamente à apropriação indevida de dinheiros públicos por parte do ex-secretário da Junta. O Partido Socialista de Sardoal apresentou uma participação à Inspeção Geral de Finanças.

Mas voltemos à festa. É que ainda há feira de S. Matias e, se ainda não foi, apresse-se. Este ano há Mostra de Atividades Económicas e concertos musicais, para além de um reforço nos divertimentos. A roda gigante, dizemme, continua a dar boas vistas.

Está também aí a BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, que é a maior montra do nosso país no que ao Turismo diz respeito. Todos os nossos concelhos vão ter atividades na Feira, no âmbito da CIMT e no stand do Turismo Centro de Portugal. Quem tiver oportunidade de visitar, não deixe de passar por lá. Vai ver que há lugares e tradições, mesmo da nossa região, que ainda não conhece. É até dia 5. Depois, é só aproveitar os dias de sol e partir à descoberta deste nosso imenso território que tem sempre algo para descobrirmos ou revisitarmos. Nas páginas do seu JA pode descobrir alguns. Até ao próximo mês.

PERFIL

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/ Lurdes Gonçalves, 57

/ Técnica de loja no supermercado “Meu Super” em Tramagal

/ Naturalidade / Residência: Portela (Santa Margarida da Coutada) e vivo no Tramagal. / Qual é o seu maior medo? Na verdade, gostava de não pensar nestas coisas, mas com os tempos que vivemos, dou por mim a pensar na morte. Tenho muito medo de morrer, de ter uma doença grave e não ver o meu neto crescer. É a luz dos meus olhos.

/ Qual é a pessoa que mais admira?

A minha lha Cátia. Pela forma como cresceu e na mulher que conseguiu ser. Tenho um grande orgulho nela. É a minha melhor amiga e aprendemos muito uma com a outra.

Onde e quando foi mais feliz? Foram os meus tempos de animadora na Rádio Tágide. Passei de ouvinte dos discos pedidos para ser a apresentadora do programa durante anos e anos. Até 2014, quando a Rádio Tágide fechou, foram muitas alegrias, muitas lágrimas, muito riso. A Rádio Tágide foi uma grande parte da minha vida. Hoje continuo ligada à Rádio Tágide (projeto on line) e também à Antena Livre. E sou muito grata a quem me fez o convite.

/ Se pudesse mudar uma característica em si, qual seria? Uma característica que ganhei ao longo da vida e que não devia ser tão acentuada em mim: o ser direta. Mas foi inevitável. É uma coisa que vem com o tempo. Mas às vezes vale mais ignorar do que dizer

A Feira de S. Matias voltou à margem sul do Tejo e com duas novidades: concertos e uma tenda com mostra de atividades sócio económicas dos diversos setores produtivos. A aposta na roda gigante manteve-se, havendo um reforço dos divertimentos. A mostra de atividades económicas juntou Nersant, Associação Comercial e Empresarial, Associação de Agricultores, Tagus e Tagusvalley com a a promoção de atividades aos fins de semana. A Feira começou a 17 de fevereiro e decorre até 5 de março e promete, em 2024, voltar ao mesmo local.

ou responder. Depende das situações e das pessoas.

/ Se morresse e voltasse, que pessoa ou coisa seria?

Esta resposta pode parecer um bocadinho “palerma” mas eu sempre me imaginei em sonhos…a ser um peixe.

/ O que mais valoriza nos seus amigos?

Lá está outra coisa que na minha opinião também chega com a idade: a sinceridade. A partir de determinada altura sabemos quem são os nossos amigos sinceros.

/ Qual é a caraterística que mais detesta nos outros?

Pode parecer frase feita, mas na verdade…é a falsidade.

/ Em que ocasiões mente?

Se for uma mentira que de alguma forma venha ajudar alguém…minto. Uma mentirinha saudável até pode ser engraçada, numa brincadeira com amigos, etc.

/ Quem são os seus artistas favoritos?

Tenho muitos. Como sou ligada à rádio sempre ouvi muita música. Internacional: Os Scorpions e Nacional, o eterno

António Variações.

/ Quem é o seu herói da cção?

O lindíssimo e charmoso George Clonney

/ Com que gura história mais se identi ca?

Eduardo Duarte Ferreira. Escolho-o por tudo o que signi cou para a vila de Tramagal que é também a minha vila.

/ Quem são os seus heróis da vida real?

As pessoas que amo profundamente. Família e amigos.

/ Qual o seu destino ideal de férias? Porquê?

Maldivas. Pela água, pela paz e pela paz de espírito que me iria dar.

/ Se fosse presidente de Câmara do seu concelho, o que faria?

Não lia o Facebook e as coisas inacreditáveis que por lá se escrevem sobre quem gere Abrantes e os concelhos em redor. Toda a gente, atualmente, parece saber exatamente como é ser presidente de Câmara. Se eu o fosse, faria tudo para que a ponte de Tramagal fosse uma realidade.

FICHA TÉCNICA Direção Geral/Departamento Financeiro Luís Nuno Ablú Dias, 241 360 170, luisabludias@mediaon.com.pt. Diretora Patrícia Seixas (CP.4089 A), patriciaseixas@mediaon.com.pt Telem: 962 109 924 Redação Jerónimo Belo Jorge (CP.7524 A), jeronimobelojorge@mediaon.com.pt, Telem: 962 108 759. Colaboradores: CMHT, Paula Gil, Paulo Delgado, Teresa Aparício. Cronistas: Alves Jana; Armando Fernandes e Nuno Alves. Departamento Comercial comercial@mediaon.com.pt. Design gráfico e paginação João Pereira. Sede do Impressor Unipress Centro Gráfico, Lda. Travessa Anselmo Braancamp 220, 4410-359 Arcozelo

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Ablú Dias. Tiragem 15.000 exemplares. Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo ERC 100783. Estatuto do Jornal de Abrantes disponível em jornaldeabrantes.sapo.pt RECEBA COMODAMENTE O JORNAL DE ABRANTES EM SUA CASA POR APENAS 10 EUROS (CUSTOS DE ENVIO) IBAN:

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DE ABRANTES / Março 2023
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/ Patrícia Seixas / DIRETORA

“Até me parece impossível como é que conseguimos fazer isto”

// Foi há 19 anos, a 19 de março, que as portas do Centro Ciência Viva de Constância abriu as portas ao público pela primeira vez. A aventura começou anos antes, com uma sala e uma cúpula, e é com muito amor pelo que se faz e muito trabalho pelo meio que hoje é uma marca de referência no país. Do alto de Santa Bárbara vê-se o céu e ouve-se as explicações do que estamos a ver. Mas há mais, muito mais. O JA foi conhecer melhor o trabalho destes 19 anos com o coordenador científico do CCV e astrónomo

Máximo Ferreira.

São 19 anos no dia 19 de março. Parece que foi ontem...

É verdade e, na realidade, não são 19 anos mas 23. É que este espaço começou a funcionar com uma pequena sala, com uma cúpula no terraço, no ano 2000. Como Centro Ciência Viva (CCV) foi, de facto, a 19 de março de 2004 e tem esta curiosidade de casar os anos com a data.

Foi uma luta sua que, como disse, começou muito antes. Até antes de 2000.

Começou em 1995 e até podemos dizer que começou antes. O meu envolvimento na questão da divulgação da ciência e o meu apoio a iniciativas da área da astronomia para relacionar com outras áreas do conhecimento, começou em 1990. Quer na Faculdade de Ciências, no apoio a recém licenciados no ensino da Física e da Química que iam depois para as escolas fazer estágio, quer no Museu de Ciência da Universidade, onde em 92/93, começámos com um programa mais alargado onde apoiávamos professores, escolas e autarquias. Em 1994 fizemos um evento, que temos feito desde sempre, com as autarquias

atividade cultural para os seus residentes e solicitavam o apoio. A Astrofesta em Constância, a segunda que foi feita, deu origem a um Clube de Astronomia na escola e estabeleceu-se um protocolo com o Museu para ir dando algum apoio até que a Câmara Municipal arranjou financiamento para a tal primeira sala com a cúpula e o telescópio. E foi assim... no ano 2000 inaugura-se o Observatório Astronómico, em 2004 o Centro Ciência Viva de Constância.

A própria escolha deste lugar onde está o CCV também tem história...

Era interessante escolher um local relativamente elevado e que não estivesse dentro do meio urbano. É bom para a astronomia, é menos bom para os visitantes porque têm que fazer dois quilómetros da vila até aqui. A Quinta de Santa Bárbara era uma quinta grande que depois se fragmentou e foi parar a mãos de várias pessoas. A Câmara, na altura, até teve dificuldade em encontrar o proprietário do terreno mas, quando o identifica - era um construtor civil de Almada - o senhor achou

tanta piada ao projeto que disse para escolhermos o terreno - escolhemos quatro hectares - e ele deu-nos o terreno. Ainda aqui esteve algumas vezes a visitar o espaço e acredito que se não tivesse falecido entretanto, ainda nos dava mais. Mas este chega muito bem.

Que espaços compõem o CCVC?

Temos uma parte dedicada à astronomia e uma outra parte mais ligada ao património local, com uma parte de memórias. Temos também um parque de apoio, não é um parque de campismo porque não cumprimos as exigências mas também não é isso que nos interessa. Na área dedicada à astronomia, um Observatório Astronómico, onde está o maior telescópio público do país, um Planetário, um Observatório Solar, uma escultura intitulada “Máquina do Mundo”, um anfiteatro, um laboratório de holografia... e um avião militar, que parece não ter nada a ver com astronomia mas tem a ver com os conceitos de gravidade, peso, massa.

Para um astrónomo, como tem sido viver esta aventura desde o dia zero?

Muitas vezes eu penso que foi ontem, que foi há muito pouco tempo. Até me parece impossível como é que conseguimos fazer isto. Nunca me passou pela cabeça que eu estivesse num local como este. O que é certo é que todos os que aqui estão, achamos isto tudo natural. Temos a noção do que o que temos já chega para desempenhar o nosso trabalho. Gostávamos de ter mais algumas coisas mas também precisávamos de mais pessoas, que não podemos ter, e portanto não vale a pena. No entanto, de vez em quando, lá vem ao pensamento mais uma coisinha que gostávamos de ter e que talvez fossemos capazes de fazer... Mas tem que haver um equilíbrio e uma certa moderação para não correr o risco de esticar muito o projeto e depois não ser possível colocar tudo a funcionar. Claro que há momentos, como agora, em que gostávamos de conservar o edifício, pintá-lo nalgumas partes mas temos que ficar à espera. Portanto, os nossos desejos agora são mais moderados.

Quem mais procura o CCV?

Mais, mais, são as escolas, em -

3 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES
ENTREVISTA /
Entrevista por Patrícia Seixas
“Numa circunferência que vá até 30 ou 40 quilómetros daqui desse território, todo, vêm menos de 5% dos nossos visitantes”

bora tenha acontecido uma coisa que nos agrada muito e até gostávamos que acontecesse mais. Nos últimos tempos, a partir da pandemia, mesmo com entradas condicionadas, tivemos sempre lotação esgotada e, a partir daí, aumentou extraordinariamente o número de adultos que vêm ao fim de semana.

E vêm por curiosidade, para perceber?

Querem o Planetário, querem o avião, essencialmente isso. Mas depois acham isto tão interessante que vêm o resto do parque. E, algumas vezes, vêm várias vezes para ver outras coisas que não viram antes, como enxames, galáxias, nebulosas...

E os visitantes são mais da região ou vêm de fora?

Nós costumamos brincar com isso. Se eu pegar num mapa do país e, com um compasso, fazer uma circunferência que vá até 30 ou 40 quilómetros daqui, desse território todo vêm menos de 5% dos nossos visitantes. A esmagadora maioria vem de fora.

Quais os números de visitantes ao longo destes 19 anos?

Estamos perto dos 400 mil visitantes. Tendo em conta que nos dois anos da pandemia tivemos menos de 10%, digamos que o número médio anual é de 25 a 28 mil. O ano de 2009 foi muito bom pois foi o Ano Internacional da Astronomia e aproximámo-nos dos 30 mil. Em 2022 já se ultrapassou os 25 mil e tudo indica que este ano vai superar todos os anteriores. Também ajustámos um pouco a nossa estratégia. Sempre houve dificuldades financeiras nas escolas mas isso agora foi muito agravado com a questão dos transportes. Há muitas escolas que fazem marcação e depois dizem que não podem vir porque lhes pedem 10 mil euros pelo autocarro. Então, vamos nós às escolas. Temos um Planetário idêntico ao que está aqui fixo, temos uma cúpula insuflável e montamos isto nas escolas e fazemos as sessões. Recebemos 120 a 150 alunos numa escola e isto fará aumentar o número de participantes.

Partilha muito dos seus conhecimentos...

Sim, partilho com as pessoas, partilho com a equipa mas incentivo-os a saberem junto dos que nos visitam a partilharem também a opinião que tiveram. Isto não é 100% fiável, até porque não podemos fazer um questionário muito grande porque as pessoas depois não querem responder. Mas preocupamo-nos em fazer sempre melhor (...) e estamos sempre a aprender.

de estrelas, as pessoas procuram o CCV?

Vem muita gente. Há telescópios para toda a gente e às vezes não recebemos mais pessoas porque nós próprios podemos não conseguir acompanhar. O que fazemos é colocar duas ou três cúpulas com telescópio, mais um telescópio ao ar livre, e eu a falar do céu e do que podem ver. Chegamos a ter 150 a 200 pessoas numa noite.

Para este ano, quais vão ser os momentos altos no panorama astronómico?

Há um eclipse do sol a 22 de abril mas a uma hora em que em Portugal é de noite. Nós temos um contacto com o Observatório da Austrália e o eclipse vai ser visível na costa ocidental e ainda apanha o lado leste de Timor. A nossa intenção, se tudo correr bem, é ligarmos e fazermos a transmissão em direto aqui no Centro.

E há a Astrofesta...

Para além do nosso aniversário agora em março, a Astrofesta é o outro grande evento do ano. Vai ser no último fim de semana de agosto e, em agosto, ao nível das estrelas e do céu, o panorama é sempre igual. Como a lua é o mais bonito para as pessoas verem, escolhemos sempre um fim de semana em que haja lua perto do quarto crescente. Isto porque ao início da noite as pessoas vêm a lua, bonita, mas com o passar do tempo a lua esconde-se e o céu fica escuro, o que permite depois ver outras coisas. Normalmente tem observação à sexta-feira mais ou menos até à meia noite.

Há quem fique acampado no parque de apoio, há quem vá dormir a casa. Na noite de sábado para domingo é que é uma direta para quem resiste, até ver o nascer do sol.

Os Circuitos Ciência Viva têm resultado?

Foi uma boa operação de marketing. Sai relativamente barato às pessoas que adquirem o cartão e oferecem a possibilidade de visitarem todos os centros durante o ano. Do ponto de vista financeiro, é uma desgraça. É que a pessoa compra o cartão com 50 euros, leva a família aos centros todos, e esses 50 euros são repartidos pelos centros. Significa que dá nada. Mas foi uma operação de marketing interessante a que as pessoas aderiram muito.

“Promoção e disseminação da cultura científica” é, desde sempre, o grande objetivo do CCV de Constância. Sente que está a ser conseguido?

Está a ser conseguido mas nós gostávamos que fosse mais. Que fosse mais fácil ter mais pessoas com sentido crítico das coisas.

Ninguém pode garantir que as coisas são 100% eficientes ou eficazes mas o que é certo é que temos, em primeiro lugar, que acreditar na ciência e acreditar que o que não se resolver pela ciência, não se resolve com coisas sobrenaturais.

Cabe a nós ir arranjando estratégias para mostrar às pessoas que determinado aspeto da ciência é credível por isto e por aquilo. Naquilo que não temos a certeza, dizer que não temos a certeza. E há pessoas que não aceitam bem o facto da ciência ainda não dizer tudo. E isso é mau porque depois

fazem disparates, como no tempo da pandemia. Achavam que podiam fazer tudo porque depois vinha a vacina e resolvia o problema. Houve pessoas que não se preocuparam com a questão da higiene, não usavam máscara, faziam festarolas... Isto de considerar a ciência como um Deus, em que eu faço asneiras mas Deus depois perdoa-me, é preciso que as pessoas ganhem consciência.

Têm tido ofertas de outras instituições, mesmo militares, como o avião.

Este avião tem uma história muito interessante. Em determinada ocasião, achei que era interessante ter um avião. Primeiro porque permitia abordar os aspetos da Física mas também porque, julgava eu, seria mais um objeto de atração. Superou em muito este meu julgamento. A Força Aérea disponibilizou um avião e o 1919, que estava em Beja, é o que está aqui. Colocaram uma pequena exigência, que eu percebo perfeitamente, que era o não gostarem nada que o avião ficasse ao ar livre. E foi bom porque, na ocasião, não tínhamos possibilidades para criar um hangar e esse foi um empurrão para procurarmos dinheiro para o fazer. O avião foi desmontado por técnicos da Força Aérea em Beja e foram os transportes do Exército que o trouxeram aos bocados. Foi um cortejo extraordinário de Beja até aqui, com motas da Polícia do Exército à frente.

Qual o orçamento anual do CCV? De onde vem?

Nós tínhamos, até há pouco tempo, financiamento de 150 mil euros. Eram 50 mil euros de apoio da Câmara, 50 mil da Ciência Viva nacional e os outros 50 mil arranjávamos nós da bilheteira e das atividades. Há dois anos, a Ciência Viva cortou esse apoio e nós ficámos com o apoio da Câmara que, entretanto, passou de 50 para 55 mil euros. O que fizemos foi esfarraparmo-nos para conseguir passar de 33% para 45% do orçamento, que sai do nosso trabalho e dos serviços que prestamos.

O que é que ainda falta ter ou fazer no CCV?

Agora estou impedido de pensar em fazer coisas. Para já, pintar os muros e pintar este edifício que tem 20 anos e que nunca foi pintado. É manter o que temos (...) e dispomo-nos a fazer tudo pelo amor que temos a este projeto que eu nunca quis que fosse só do concelho de Constância. É da região, é do país.

(Pode ouvir esta entrevista na íntegra nos Podcasts em antenalivre.pt)

4 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
ENTREVISTA /
“Gostávamos que fosse mais fácil ter mais pessoas com sentido crítico das coisas”
“Muitas vezes eu penso que foi ontem, que foi há muito pouco tempo”

REGIÃO / Abrantes

Endesa vai arrancar com Plano Global de Formação na região

// A Endesa está a arrancar com o seu Plano Global de formação para promover o desenvolvimento socioeconómico e a criação de emprego na região de Abrantes. Este plano começa com um primeiro curso de formação em “Auxiliar Administrativo e Ferramentas Digitais” e realizar-se-á com a colaboração institucional do Tagusvalley - Tecnopolo do Vale do Tejo.

Será dada prioridade de acesso a residentes na região de Abrantes, pessoas que se encontrem em situação de desemprego e mulheres. Não é necessário nenhum requisito prévio para frequentar este curso.

Esta formação terá uma certificação profissional que vai permitir em 2023 qualificar 25 pessoas, nesta primeira fase.

O curso “Auxiliar Administrativo e Ferramentas Digitais”foi desenvolvido através de uma parceria da Endesa com a Manpower. Visa promover a capacitação digital na região, terá início no dia 20 de março 2023 e termina a 12 de maio de 2023, com uma duração total de 310 horas de formação. O horário será diurno das 09 às 17 horas.

Esta formação gratuita terá duas convocatórias a realizar nos anos de 2023 e 2024, estando as mesmas agendadas para os meses de março a maio dos respetivos anos.

Os interessados podem inscrever-se nas instalações do TAGUS-

VALLEY - Tecnopolo do Vale do Tejo ou on-line, em www.tagusvalley.pt. O curso será ministrado nas instalações do TAGUSVALLEY, na Rua José Dias Simão, em Abrantes. Os candidatos selecionados que completarem com sucesso o curso, receberão uma certificação profissional, para acreditar a sua formação.

Plano Global de Formação da Endesa

A proposta apresentada pela Endesa inclui um projeto de formação e de desenvolvimento social e económico para a região.

A Endesa elaborou um Plano Global de formação, que permitirá a reciclagem profissional, abrindo também a possibilidade de futuros empregos

para os desempregados da região. Este Plano Global de formação inclui cursos que vão desde a construção e instalação de centrais solares, à operação e manutenção de centrais renováveis. Adicionalmente, inclui atividades do setor primário, uma vez que estas vão passar a fazer parte da atividade de todas as instalações da Endesa, que vão integrar agricultura, pecuária ou apicultura entre os painéis. Também estão incluídos cursos de competências transversais, em funções administrativas e ferramentas digitais.

As iniciativas do Plano Global de formação destinam-se principalmente aos habitantes da região de Abrantes, sendo dada prioridade, a pessoas que encontrem se em situação de desemprego e mulheres.

Esta formação “é essencial na abordagem aos novos projetos de energias renováveis da Endesa na região, pois será necessária mão-de-obra qualificada”.

A Endesa compromete-se a criar 75 postos de trabalho diretos perma-

nentes, recorrendo prioritariamente a mão-de-obra de antigos trabalhadores da Central do Pego.

Autarca de Abrantes satisfeito

Manuel Jorge Valamatos mostrou-se satisfeito com este anúncio da Endesa. O autarca de Abrantes disse estar “satisfeito que a Endesa esteja a pôr em prática e a desenvolver o projeto que candidatou a um concurso nacional para o Ponto de Injeção na Rede e o Plano de Formação faz parte desse projeto. Tal como integrar os trabalhadores que saíram da Central a carvão”.

Manuel Jorge Valamatos mostrou-se ainda confiante com outros projetos que resultam de candidaturas ao Fundo de Transição Justa e que poderão trazer para Abrantes mais projetos nas áreas da energia e do hidrogénio verde. “É um momento de grande agitação”, disse, esperando que “nos próximos tempos, tenhamos boas notícias para afirmação de Abrantes no contexto da energia renovável”.

5 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES PUBLICIDADE
/ O curso será ministrado no TAGUSVALLEY, em Alferrarede

ETAR de Valhascos com trabalhos suspensos devido a achados arqueológicos

// A obra da ETAR de Valhascos, no concelho de Sardoal, tem as escavações com máquinas suspensas. É que no decorrer da empreitada, foram encontrados vestígios de achados materiais arqueológicos, mais concretamente, estruturas de materiais cerâmicos de cronologia romana.

A informação foi transmitida por Miguel Borges, presidente da Câmara de Sardoal, que em reunião do Executivo de dia 8 de fevereiro, fez o ponto de situação desta obra da responsabilidade da empresa Águas do Vale do Tejo. As “escavações mecânicas estão suspensas” numa área da ETAR de Valhascos “para que possam ser realizados trabalhos de escavação arqueológica para caracterização e contextualização dos achados de cronologia romana”.

Os vestígios foram encontrados “em depósitos que iriam ser escavados para a construção da ETAR”. Segundo a informação técnica enviada à Câmara Municipal, “uma vez que os mesmos iriam sofrer destruição pela execução da obra, (...) devem os trabalhos de escavação mecânica ser suspensos nesta área onde apareceram os vestígios arqueológicos”.

Como explicou depois Miguel Borges, “a obra não parou, o que parou foi a escavação mecânica naquele local e até serem validados e serem feitas as escavações técnicas arqueológicas, pelo menos neste local não há intervenção”.

À margem da reunião, o autarca disse que “este tipo de obras, principalmente em determinados

/ Escavações para ETAR de Valhascos revelaram vestígios de achados arqueológicos

Miguel Borges lembrou que a Câmara Municipal não é a donaso território, não posso deixar de ficar satisfeito pelo facto de as

coisas funcionarem. Há vestígios históricos e, como tal, tem que se verificar o que lá está. É uma salvaguarda para a nossa história e para o nosso património”.

O presidente da Câmara reconhece que estes achados poderão vir a atrasar a obra pois “quando isto acontece, poderá atrasar ou não, mas depende de muitos fatores”.

Na sua página na internet, a Águas do vale do Tejo faz saber que “A Águas do Vale do Tejo informa que foi consignada em novembro a “Empreitada de Conceção-Construção da ETAR do Carvoeiro (Mação) e ETAR de Valhascos (Sardoal)”, intervenção localizada na área de intervenção do Médio Tejo, abarcando os municípios de Mação e Sardoal. A obra, com um prazo de execução de 480 dias, foi adjudicada à empresa Ambiágua, SA., com um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.

A empreitada contempla a construção das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Carvoeiro e Valhascos, situadas no concelho de Mação e Sardoal, respetivamente, visando garantir o tratamento eficiente das águas residuais destas povoações, protegendo o ambiente e a saúde pública”.

Município distinguido como destino turístico de sucesso em Portugal

// O Município de Sardoal foi distinguido como um dos cinco municípios como destino turístico de sucesso em Portugal. Sardoal conquistou o 4.º lugar.

A distinção foi atribuída pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT). O galardão foi entregue ao presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges, no dia 23 de fevereiro, durante a Tourism Conference 2023, evento que decorreu em Vila Nova de Gaia.

De acordo com uma informação do Município de Sardoal, a cerimónia contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, da secretária regional de Turismo dos Açores, Berta Cabral, e do presidente da Região de Turismo do Centro, Pedro Machado.

Na sua intervenção, após receber a distinção, Miguel Borges referiu-se à região de uma forma que já

não é nova. Ou seja, salientou que “no interior do país as pessoas têm tempo para usufruir da qualidade de vida que existe e que o Sardoal tem-se vindo a afirmar ao nível do turismo religioso, de natureza e cultural”. Realçou que esta distinção “é uma honra, mas também uma responsabilidade para o Município que estará atento e trabalhará para manter os bons indicadores e melhorar os outros.”

A avaliação que baseou os prémios analisou 17 indicadores: Proporção de superfície das áreas classificadas (%); Resíduos urbanos recolhidos por habitante (kg/ hab.); Proporção de massas de água com bom estado/ potencial ecológico (%);Água distribuída por habitante (m³/ hab.); Consumo doméstico

de energia elétrica por habitante (kWh/ hab.); Emissões de CO2 eq por habitante (ton/hab); Total de crimes por 10000 habitantes; Disparidade no ganho médio mensal (Entre sexos - %) da população empregada por conta de outrem; Violência doméstica contra cônjuge ou análogos por 10000 habitantes; Intensidade turística (dormidas/100 habitantes); Densidade turística (dormidas/km2); VAB por trabalhador - Alojamento, restauração e similares (€); Taxa sazonalidade (%); Rev Par (€) nos estabelecimentos de alojamento turístico; Estada média (N.º) nos estabelecimentos de alojamento turístico; Taxa desemprego e Certificação do Município por entidade acreditada ou reconhecida pelo GST.

6 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 REGIÃO / Sardoal

Hospital de Abrantes reabriu Cuidados Intensivos de Cardiologia

// O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reabriu a 17 de fevereiro, em Abrantes, a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC), que marcou igualmente o encerramento da fase Covid-19 que levou a uma transferência de serviços entre as várias unidades.

Com a pandemia e a decisão de ter o Hospital de Abrantes como unidade hospitalar de referência Covid-19 houve a necessidade de deslocalizar, temporariamente, serviços entre unidades hospitalares “para ter o hospital de Abrantes dedicado praticamente à covid.” Neste momento com o retomar da normalidade, processo que gradualmente começou a ser implementado em meados do ano passado faltava um único serviço voltar à normalidade que era a Cardiologia.

De acordo com Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, esta decisão passava pela unidade de Abrantes reabrir a Unidade de Cuidados Intensivos de nível 2 – Cardíacos, que tinha sido também encerrada em 2019 por força dos constrangimentos da pandemia.

Nos últimos três anos os doentes mais críticos tinham de ser transportados para uma outra unidade, nomeadamente para o Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, para poderem ser tratados na Unidade de Cuidados Intensivos.

Casimiro Ramos revelou que os números na atividade assistencial, consultas e cirurgias, no final do ano passado foi superior que foi em 2021 e próximo de 2019. E há ainda, de acordo com o administrador, a escala de apoio à urgência que se trata de um ponto de honra. Trata-se da patologia que está em segundo lugar no número de intervenções cirúrgicas, com 9%. “Esta é uma patologia que nas idades mais avançadas, como todos aqui sabem, é bastante perigosa, grave e frequente.”

Após agradecer a todo o corpo médico, enfermagem e de auxiliares, do serviço voltou a agradecer

o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Abrantes.

Casimiro Ramos vincou depois que só se avança com projetos porque o sonho comanda a vida, mas é preciso haver projetos. E nesta fase agradeceu o empenho do corpo médico, tanto os que fazem parte do quadro como os tarefeiros contratados e que, só com este empenhamento, é possível ter seis camas nesta Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia.

E se a abertura juntou todo o serviço na ala do piso 6 para a reabertura do serviço, durante a mesma ficou a saber-se que passado o momento estariam três doentes em urgência que poderiam ter de subir para esta unidade. Ou seja, em vez

de irem para Santa Cruz, como até aqui, subiriam para o piso 6 onde vão receber toda a atenção dos profissionais de Cardiologia.

José Linder, diretor interino do serviço de Cardiologia, que poderá ocupar o cargo em definitivo já que está aberto o concurso, disse que o objetivo é ter um projeto bem definido para que possa responder a situações agudas. Mas há também um desafio para os médicos cardiologistas e que passa pela abertura de dois laboratórios de Cardiologia de Intervenção.

Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes, esteve presente na cerimónia onde agradeceu todo o trabalho feito pelo Conselho de Administração.

O autarca destacou o regresso ou reabertura da UCIC e recordou o início do período da Covid-19, quando houve necessidade de encerrar e transferir alguns serviços da unidade de Abrantes. Na altura houve quem duvidasse que as mesmas iriam regressar, mas o facto é que, passada a pandemia, os serviços estão a voltar à normalidade.

Aos jornalistas Casimiro Ramos voltou a repetir a importância da reabertura da UCIC. Sendo a Cardiologia uma área muito sensível tem dois focos: apoio ao doente crítico emergente em Abrantes e atividade programada ou assistência ao doente não crítico será em Torres Novas. “Isso é um ponto de honra, porque se tra-

ta da vida das pessoas no imediato. Aqui há uma janela de tempo que pode ir a quatro horas. E isso era uma grande preocupação no Médio Tejo. Felizmente a partir de outubro, com nova direção do serviço, permitiu desenvolver o projeto”, disse Casimiro Ramos. E apontou que este desafio passava pela reabertura da UCIC e depois avançar par a sala ou laboratório de Cardiologia de Intervenção. O presidente do Conselho de Administração deixou a nota de que o serviço tem de estar preparado para dar apoio à Urgência e confirmou que naquela tarde, 17 de fevereiro, estavam para subir à UCIC três doentes.

A unidade está preparada para seis doentes que é uma capacidade adequada à região que serve porque, salientou, há um trabalho de prevenção que tem de ser feito cada vez com mais intensidade, nomeadamente no tabagismo e na obesidade.

Casimiro Ramos confirmou que a sala está preparada para ter quatro doentes, sendo que os seis, da capacidade máxima, já é uma exceção.

Segundos os dados remetidos divulgados pelo CHMT, em 2022 foram realizadas 363 cirurgias cardíacas (1,3 por dia útil), 6.986 consultas da especialidade (28 por dia útil) e 27.000 exames (MCDT - meios complementares de diagnóstico) da especialidade, dos quais 21.000 eletrocardiogramas.

A UCIC reativada na sexta-feira dispõe de seis camas e conta com o suporte de uma equipa multidisciplinar, que integra em permanência, 24 horas por dia, médicos cardiologistas, enfermeiros e assistentes operacionais.

7 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Abrantes
Jerónimo Belo Jorge
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/ A UCIC terá 4 camas permanentes, mas pode alargar a 6

Nova escola de Abrantes passa a chamar-se Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo

Recorde-se que a escola ainda não foi inaugurada, mas entrou em funcionamento o início deste ano letivo com salas de Jardim de Infância e do Primeiro Ciclo. Aliás, a entrada das crianças até se faz por portas diferentes, consoante sejam para a escola ou para o jardim de infância. A informação sobre esta homo-

logação foi apresentada na última reunião do executivo municipal em que o presidente Manuel Jorge Valamatos apresentou a correspondência do Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo que informou a autorização de alteração do nome da Escola Básica de Abrantes que passa agora a adotar a denominação de

/ A nova escola de Abrantes já funciona e deverá ser inaugurada em breve

Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo. Esta foi uma proposta do Município que pretende homenagear “esta extraordinária abrantina, figura incontornável do panorama cultural, social e político português.”

Em novembro passado, a Câmara Municipal de Abrantes aprovou por unanimidade a proposta de atribuição do nome à nova escola que iniciou a sua atividade em setembro do ano passado para o presente ano letivo, após as obras de requalificação do edifício do antigo Colégio de Fátima, escola provada que durante 75 anos exerceu funções em Abrantes.

A notar que Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu em Abrantes a 18 de janeiro de 1930, na antiga Rua do Brasil, onde viveu até aos 12 anos. O seu percurso começou a diferenciar-se quando se formou em Engenharia Química, durante os anos 50 do século XX. Ligada aos movimentos estudantis católicos, entrou na vida política antes da revolução de 1974, foi a primeira mulher Secretária de Estado, a primeira a assumir uma pasta ministerial, única primeira-ministra, primeira embaixadora e primeira mulher a candidatar-se à Presidência da República.

Para o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, “esta é uma justa homenagem a uma mulher humanista e figura incontornável do panorama cultural, social e político português e o seu nome naquela escola contemporânea

ajusta-se muito bem”.

Mesmo assim ainda houve alguma divergência de opiniões entre o vereador eleito pelo PSD, Vítor Moura, e o presidente da Câmara. A divergência não teve a ver com nome atribuído, mas Vítor Moura releva o facto de existirem abrantinos que poderiam ser homenageados, por exemplo, o ex-presidente da Câmara José “Bioucas”. Afirmou o eleito pelo PSD que Maria de Lourdes Pintasilgo apenas nasceu em Abrantes não tendo deixado qualquer marca local.

“Estamos completamente alinhados com o valor de Maria de Lourdes Pintasilgo com o seu papel a nível nacional e não vimos nada de errado. Mas não tanto pela circunstância de ser abrantina, apenas nasceu aqui e não me consta que tenha tido algum contributo de relevo na sociedade abrantina em concreto.”

Daí para a crítica recorrente do social-democrata à criação desta nova escola foi um passo. Vítor Moura repetiu que esta escola não fazia falta e que há um gasto de 5 milhões de euros numa escola que não fazia falta. “São cinco milhões que fazem falta em tanta coisa, como nas zonas industriais” apontou o vereador.

Na resposta imediata Manuel Jorge Valamatos rejeitou as críticas e não gostou das contas feitas pelo vereador, porque os cinco milhões que indicou é o valor total pago, mas há uma comparticipa -

ção financeira da União Europeia. “Nós não gastámos 5 milhões de euros, gastámos 2 e fomos buscar 3 a fundos da União Europeia.”

Vítor Moura retorquiu a dizer que foi um investimento desnecessário, uma nova escola porque afirmou que há outras escolas que têm muitas salas vazias.

Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Educação, pediu depois a palavra para discordar do vereador do PSD. Indicou que a escola tem 200 alunos e que só quem está por dentro é que sabe como é que as coisas funcionam. E depois acrescentou: “não me venha falar em salas vazias, porque nas escolas de Abrantes temos 270 alunos estrangeiros, de diversas nacionalidades e estamos a acolhe-los da melhor forma que qualquer criança ou aluno que chega a um país.”

Depois mostrou-se incomodada com a posição sobre Maria de Lourdes Pintasilgo, quando disse que “não deu contributo para a sociedade abrantina, mas deu a nível nacional e internacional. Quer mais que uma mulher que deixa o pensamento sobre como cuidar do futuro.”

Seja como for a agora Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo tem 200 alunos de Jardim de Infância e do Primeiro Ciclo, está a funcionar desde setembro, arranque do ano letivo, e deverá ser inaugurada em breve, de acordo com a indicação do presidente da Câmara de Abrantes.

Jerónimo Belo Jorge

8 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 REGIÃO / Abrantes
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// Escola Básica Maria de Lourdes Pintasilgo é, desde dia 10 de fevereiro, o nome oficial da nova escola de Abrantes que funciona no antigo Colégio de Nossa Senhora de Fátima.

Nacional 2 vai ser pavimentada em Arrifana... Em Alferrarede não há desclassificação da via

// A Câmara de Abrantes aprovou a adjudicação da pavimentação de um quilometro da estrada Nacional 2 em Arrifana à empresa JJR e Filhos por 187 mil euros mais IVA. Obra vai ter a duração de 120 dias.

A EN 2 é uma estrada desclassificada entre a Ponte sobre o Rio Tejo e o km 407.440, o limite urbano de Abrantes, por isso cabe ao Município fazer as intervenções necessárias. Já em 2022 tinha sido pavimentada esta via entre a ponte e a passagem de nível. Agora será uma intervenção entre a passagem de nível e o limite urbano de Abrantes.

De referir que a Estrada Nacional 2 é da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP), antiga Junta Autónoma de Estradas, que ao longo do seu percurso de mais de 700 quilómetros foi desclassificando troços urbanos. Ou seja, nos troços que passam por dentro de localidades a IP tem vindo a passar a gestão e responsabilidade desses troços para as autarquias.

É o caso do troço da EN 2 que atravessa Rossio ao Sul do Tejo e Arrifana, até ao limite urbano da cidade de Abrantes, a responsabilidade é da autarquia. Tanto mais

/ A intervenção é complexa, pois as casas estão encostadas à estrada

que no ano passado foi executada a pavimentação desta via entre a ponte sobre o Tejo e a passagem de nível de Arrifana.

Agora vai avançar a pavimentação do troço entre a passagem de nível e o limite urbano. É um

trabalho de um quilómetro. No final da reunião do executivo municipal de Abrantes desta terça-feira, dia 14 de fevereiro, quando questionado sobre a Nacional 2, mas a norte do Tejo, ou seja, entre as rotundas da A23 e a ponte sobre

o Tejo Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes, voltou a manifestar a vontade de ter a desclassificação. Indicou ser um processo que vinha a ser conversado com Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas, e que o autarca quer colocar na mesa com o atual, João Galamba.

O autarca diz que o que está a prender uma eventual decisão será uma questão administrativa. Não será nem política, nem financeira, mas será um qualquer entrave que teima em não avançar.

Recorde-se que já são muitos anos à espera de uma decisão que permita passar a gestão deste troço para a autarquia. Mas o Município quer receber estes 5,6 quilómetros de Nacional 2 com as obras de requalificação feitas, ou seja, será uma intervenção de peso porque não se trata apenas de colocar pavimento. É transformar uma estrada nacional numa rua ou em ruas urbanas.

É preciso fazer a intervenção no subsolo, nomeadamente nas redes de esgotos, águas pluviais, águas de abastecimento público, gás, eletricidade e telecomunicações, para além dos passeios e depois da pavimentação. E uma intervenção destas tem também um peso financeiro muito grande.

Acresce ainda que a própria cidade vai evoluindo e que uma qualquer ideia de há dez anos terá de ser repensada. Manuel Jorge Valamatos indicou as mudanças que estão a acontecer na Avenida António Farinha Pereira, a ligação A23 à cidade, ao parque industrial, ao parque tecnológico ou à margem sul. É preciso voltar a pensar no que será esta via.

Já em Arrifana a pavimentação foi adjudicada à empresa JJR e Filhos por 187 mil euros mais IVA. A empreitada, que terá um prazo de execução de 120 dias.

Jerónimo Belo Jorge

9 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Abrantes PUBLICIDADE AF_Imprensa_Abrantes_CampD_I_257x140.indd 1 1/18/23 18:05

Município abate 27 árvores em espaço público por questões de segurança

// O Município de Vila Nova da Barquinha aprovou, por unanimidade, o abate de 27 árvores no espaço público do concelho. Trata-se de uma medida tida como a última opção, mas que é assumida por questões de segurança para os cidadãos.

De acordo com a proposta de deliberação, no enquadramento é referido que a árvore é um elemen to do espaço urbano que, apesar de muitas vezes vista como uma construção imóvel, semelhante a edifícios ou mobiliário urba no, ela é um elemento vivo que nasce, cresce, adoece e morre. E acrescenta que “na fase final do seu desenvolvimento (...) poderá desenvolver riscos” que devem ser supervisionados pelos Municípios. E esta supervisão segue até ao momento “irremediável em que coloca em perigo as pessoas e bens circun dantes”, pelo que deve ser cortada.

“Todos nos recordamos da tra gédia no Monte, ilha da Madeira, ocorrida em 2017, onde a queda de uma árvore grande porte provocou a morte de 13 pessoas, tendo sido os autarcas constituídos arguidos e pronunciados por 13 crimes de homicídio por negligência e 24 de ofensas à integridade física invo luntária ou negligente”, justificou Fernando Freire. E depois acres centou que em condições naturais o arvoredo poderá viver mais de 100 anos, “como é o caso de alguns dos nossos plátanos, no parque ribeirinho, que foram plantados no dia 20 de agosto do ano de 1908”. Quer isto dizer que os plátanos são, portanto, exemplares com 115 anos de vida. E depois acrescenta que “alguns apresentam fortes sinais de declínio devendo por isso ser vigiados com atenção e regularidade.”

Tendo em atenção estas preocupações, em 2019, o Município de

XXIX Mês do Sável oferece visitas ao Castelo de Almourol e Centro Templário

/ As árvores começaram a ser arrancadas e substituídas por exemplares da mesma espécie motivo é que subiu a reunião do executivo municipal o plano de intervenção que dá a conhecer o estado fitossanitário do arvoredo sobre a gestão municipal.

arvoredo municipal de Vila Nova da Barquinha.

E de acordo com o trabalho dos especialistas houve já intervenção em diversas árvores localizadas em espaço público, em todo o concelho. Modo geral, as intervenções foram Sendo feitas com podas em diversas espécies. Houve poda em

O Município de Vila Nova da Barquinha está a promover a mostra gastronómica “Mês do Sável”, até ao dia 19 de março.

Os amantes desta iguaria poderão degustar o sável frito com açorda de ovas, em seis restaurantes do concelho de Vila Nova da Barquinha, e ganhar passeios de barco ao Castelo de Almourol e visitas ao Centro de Interpretação Templário. Esta promoção é válida apenas ao fim de semana, sendo atribuído 1 bilhete por dose, nos restaurantes aderentes.

Nesta época do ano, o sável e outras espécies sobem as águas do Tejo, dando origem a sabores únicos, confecionados de acordo com receitas centenárias.

Esta é a 29.ª edição consecuti -

plátanos, mélias, grevíleas, alfarrobeira, araucária, amoreira, acácia, eucalipto, sobreiro, choupo, casuarinas, pinheiros-mansos de grande porte, jacarandás e tipuanas. No enquadramento feito Fernando Freire diz estar ciente que “o abate deve ser o último recurso e que devemos sempre procurar outras formas de salvaguardar e recuperar o arvoredo, se tal for possível, sem prejuízo da plantação de novas árvores para substituir aquelas em fim de vida”. Por este

E é, de acordo com o documento, que foi apresentada a proposta para implementação deste plano de intervenção ao que acrescenta a deliberação que o tema seja enviado ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e à Assembleia Municipal.

Aos jornalistas Fernando Freire

explicou que é a decisão que tem de ser tomada na prevenção de acidentes que possam suceder.

Fernando Freire indicou que vão ser abatidas 27 árvores em “grau de perigosidade P1”, ou seja índice elevado de perigosidade. O autarca vincou que esta não é, contudo, uma operação avulso. No plano feito pelo Instituto Superior de Agronomia há um relatório árvore a árvore, sobre as condições fitossanitárias e de segurança de cada exemplar.

O executivo aprovou a operação por unanimidade com a indicação de que por cada árvore abatida no mesmo local seja plantada outra da mesma espécie.

Foi ainda decidido enviar a deliberação para conhecimento da Assembleia Municipal e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

Jerónimo Belo Jorge

Igreja Matriz de Atalaia, o Centro de Interpretação Templário, o Parque de Escultura Contemporânea, ou o mais recente Trilho Panorâmico do Tejo, entre outras atrações.

Este festival da gastronomia ribeirinha, fruto da parceria do Município com os restaurantes, tem como principal objetivo difundir a cozinha típica e tradicional de um concelho banhado por três rios - Tejo, Zêzere e Nabão – e cuja história está intimamente ligada à atividade piscatória.

va deste evento que anualmente promove tanto o Sável como a Lampreia (espécie que este ano não integra a mostra), animando

a restauração e atraindo milhares de visitantes a um território onde se pode visitar os monumentos nacionais Castelo de Almourol e

São restaurantes aderentes: Almourol (Tancos), Grilo (V.N. Barquinha), Loreto (V.N. Barquinha), Ribeirinho (V.N. Barquinha), STOP (Atalaia) e Trindade (V.N. Barquinha).

10 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 REGIÃO / Vila Nova da Barquinha
As árvores que vão ser substituídas representam perigo para a comunidade

Autarquia “obrigada” a comprar um novo autocarro

O Município de Constância aprovou a aquisição de um novo autocarro, com um valor de 315 mil euros, para substituir o que está atualmente em funções. A opção de compra recaiu num autocarro HD 13 TEMSA através da central de compras do estado porque, de acordo com o vereador Alexandre Marques, que conduziu todo o processo, se verificou como o mais favorável para o Município.

A necessidade de compra de um novo autocarro prende-se pelo facto de o atual ter completado 15 anos de circulação e, legalmente, dentro de um ano deixará de poder realizar o transporte escolar a menores de 16 anos.

O vereador Alexandre Marques explicou que se trata de um veículo multifacetado. É que, afirmou, vai ser utilizado para “o transporte escolar em Santa Margarida, as visitas de estudo na escola secundária, como também faz o passeio sénior”, e acrescentou ainda que o mesmo virá equipado com plataforma elétrica para passageiros com mobilidade reduzida.

O vereador fez questão de explicar que a central de compras até tinha autocarros com menor capacidade e a mais baixo preço, mas que este já vem equipado com extras que permite essas funções necessárias ao serviço. Acrescentou que deverá ser feita a aquisição com capacidade idêntica ao que está neste momento ao serviço.

A vereadora da CDU, Manuela Arsénio, deixou um lamento em relação à legislação em vigor. As câmaras e outras instituições são “obrigadas a ter este procedimento de um país sem dificuldades financeiras. É muito triste que haja legislação para mandar os outros fazer”, apontou.

“Vamos tomando consciência que se vão alterando algumas Leis, porque os autocarros que aí andam nos transportes não terão 16 anos”, e fez questão de adiantar que é “muito triste que haja legislação para mandar os outros fazer este tipo de coisas.”

A vereadora afirmou de seguida compreender a necessidade de

Montalvo voltou a ter carnaval

aquisição do autocarro pelo valor previsível.

Sérgio Oliveira, presidente da Câmara, fez questão de vincar que acompanha a opinião da vereadora ao reconhecer que a legislação obriga a que o município “tenha de se desfazer de um autocarro que está em ótimo estado, está novo! Duraria pelo menos mais 20 anos… ou 30, mas infelizmente ainda ninguém se lembrou de alterar a legislação e temos de ir agora, desnecessariamente, gastar 315 mil euros”. Sérgio Oliveira destacou ainda que poderia ser uma verba a investir noutra coisa.

O que se passa é simples. A Lei indica que a licença é automaticamente suspensa no caso de antiguidade do automóvel superior a 16 anos, contada desde a primeira matrícula após fabrico.

A aquisição do novo autocarro, com custo 315 mil euros, será feita por ajuste direto e foi aprovada por unanimidade. Já o atual, e ainda de acordo com a informação de Sérgio Oliveira, será vendido.

Jerónimo Belo Jorge

A Confraria Quintas do Tejo regressou à realização do Carnaval de Montalvo. Foram dois dias, domin go e terça-feira, de muita animação com um desfile de cerca de dois quilómetros que juntou os foliões.

Nuno Cristóvão, presidente da Confraria, explicou que este é o mote de Montalvo voltar a ter os carnavais que noutros tempos a JICA promoveu. Só que a JICA, sendo associação juvenil, repre sentava alguns problemas em ter mos da sua atividade e acabou por “fechar”.

Agora a Confraria permite-se a outro tipo de apoios, de atividades, e por isso este carnaval de 2023 constitui um arranque pós-pandemia desta festividade.

Este ano o tema proposto foi o “arraial popular” numa “homena gem” aos arraiais que estiveram “proibidos” durante dois anos por causa da pandemia. O dirigente destacou o trabalho de muitos montalvenses e garantiu que o carnaval nesta aldeia tem sempre muita crítica social e política “até nos criticamos a nós.”

11 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Constância PUBLICIDADE

Pedidos de apoio aumentam com tendência para piorar

// Durante o ano de 2022, foram registados 138 pedidos de apoio no âmbito do Programa a Estratos Sociais Desfavorecidos que abrangeu um total de 286 pessoas. Os dados foram apresentados em reunião do executivo municipal pela vereadora com o pelouro da Ação Social.

De acordo com o documento, em 2022, o serviço social do Município registou 138 pedidos de apoio, abrangendo 286 pessoas. A nível financeiro estes 138 pedidos representaram mais de 65 mil euros em apoios efetivados. Ainda segundo o mesmo documento, 85% do valor atribuído é destinado à área da habitação. Segue-se a área da saúde que se traduz em 8,6% dos apoios atribuídos, essencialmente destinados a medicação, e em terceiro lugar 5,4% do apoio é destinado à área da educação.

Ainda de acordo com o mesmo documento, em 2022, 60% dos pedidos a este programa foram renovações sendo que 40% do total corresponde a novos pedidos.

Por outro lado, a origem dos pedidos aponta a mais de 60% para beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) e 74% dos pedidos de apoio são oriundos das freguesias urbanas do concelho de Abrantes.

Raquel Olhicas, vereadora com responsabilidade da área social, vincou que entre 2021 e 2022 notou-se uma diminuição dos apoios aos estratos mais desfavorecidos (90 mil para 65 mil euros) porque em 2021 ainda havia pandemia e muitas pessoas em casa. O 2022 levou a pandemia e trouxe uma maior autonomia financeira para alguns estratos do concelho. Há, por outro lado, agregados que necessitavam de apoio, mas que

// Os números do apoio social em Abrantes

• 106: processos registados

• 104: agregados beneficiários

• 138: pedidos de apoio

• 286: pessoas abrangidas

• 65.353€: de valor atribuído

• 61%: dos beneficiários são reincidentes

• 68%: dos apoios atribuídos são de emergência

• 73%: dos apoios são na área da habitação, essencialmente destinados a rendas ou prestações, despesas correntes e bens essenciais

• 22%: dos apoios são na área da saúde, essencialmente destinados a medicamentos

• 85%: do valor atribuído é destinado à área da habitação

• 79%: dos requerentes têm entre 26 e 59 anos de idade, integrando assim a população ativa

• 67%: dos requerentes são mulheres

• 56%: dos agregados são compostos por um ou dois elementos.

Relativamente às famílias mais numerosas, registam-se seis agregados com seis elementos

• 50%: dos agregados não têm dependentes a cargo. O maior número de dependentes (4) registam-se em cinco agregados

• 74% dos pedidos de apoio são oriundos das freguesias urbanas do concelho de Abrantes

foram tendo apoio de familiares e deixaram de ir à ação social da autarquia.

Só que a crise de 2022 cria a perspetiva de que este ano a situação vai agravar-se com “o número de pedidos de apoio possa aumentar por isso houve um reforço orçamental para este programa que passa a dispor de um total de 120 mil euros”.

Com esta ideia de uma procura cada vez maior. A vereadora

// Carrinha do cidadão com 2.500 atendimentos

• Nos últimos quatro anos, entre 2019-2022, a Carrinha do Cidadão realizou 2.527 atendimentos num serviço de excelência junto das várias comunidades de todas as freguesias do concelho de Abrantes.

• A carrinha do cidadão, percorre as várias aldeias do concelho de Abrantes, diariamente e de acordo com um itinerário divulgado todos os meses, e presta o apoio aos munícipes. Só em 2022 foram realizados 999 atendimentos, o que representa um crescimento elevado em relação ao total dos últimos 4 anos.

• De acordo com o relatório apresentado na reunião do executivo municipal, do total dos 999 atendimentos, em 2022, 71% foram presenciais e os restantes 29% foram efetivados através de telemóvel, e-mail e whatsapp. O que denota também um maior crescimento das tecnologias mesmo nas populações mais idosas.

• Olhando para os quadros, a União de Freguesias

revelou que entre 14 de fevereiro de 22 e 14 de fevereiro de 23 há um registo mais pedidos e de mais pessoas apoiadas “que é indício que a situação está a agravar-se.”

Raquel Olhicas mostrou uma preocupação com as questões da habitabilidade, pois uma das áreas de mais pedidos de apoio tem a ver com a habitabilidade.

“As pessoas não têm como fazer face aos créditos e se a rede de

de Abrantes e Alferrarede, S. Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo e Freguesia de Bemposta registaram mais atendimentos: 154, 149 e 125, respetivamente. Analisando por localidades, foi em Martinchel que, durante o ano de 2022, se realizaram mais atendimentos (111), seguindo-se

S. Miguel do Rio Torto e Rio de Moinhos.

• Mas se olharmos para os quatro anos (20192022), foi a freguesia de Bemposta que registou mais atendimentos (373), seguindo-se Rio de Moinhos (354 ) e União de Freguesia de Abrantes e Alferrarede (331).

• Ainda de acordo com o mesmo relatório os utentes com mais de 60 anos, representam 59% dos atendimentos realizados pela Carrinha do Cidadão, seguindo-se os utentes entre os 26 e 59 anos (39%).

• Os serviços relacionados com as Finanças, Segurança Social, Serviços Municipalizados de Abrantes e carta de condução foram os mais

apoio familiar não funcionar vamos ter muitas pessoas a bater-nos à porta.”

Já no apoio com cabazes alimentares o apoio registado tem sido similar. Mas notou que se houve diminuição dos cabazes entregues à população do concelho o apoio dado a população estrangeira aumentou e bastante. Raquel Olhicas deixou a nota sobre a vinda de famílias numerosas

solicitados pelos munícipes, na Carrinha do Cidadão, durante 2022.

• A Carrinha do Cidadão tem ao dispor do munícipe um conjunto de serviços municipais e de acesso à aplicação 360 Mobile. Por outro lado há outros serviços como pedidos de cópia de documentos administrativos; pedido de certificado de matrícula de ciclomotor; reclamação para limpeza de terrenos; reclamações ou sugestões diversas; emissão de plantas de localização; pedido para realização de queimas e queimadas entre outros.

• Na Carrinha do Cidadão é ainda possível encontrar apoio na resolução de outras questões como, por exemplo, preenchimento de requerimentos e formulários; segurança social e/ ou encaminhamento para outros apoios sociais; finanças (IRS/IMT/IUC); renovação/alteração do Cartão de Cidadão; renovação da Carta de Condução e serviços IMT; esclarecimento nas mais diversas áreas e outros serviços disponíveis online.

para Abrantes, mas como só um dos cônjuges é que trabalham, criam estas necessidades alimentares. Mas, notou, que está a ser efetuada uma filtragem de quem recebe este apoio alimentar por forma a que não se repitam casos de uma família receber cabazes de quatro entidades.

A Câmara, neste momento, é a porta de entrada para todo o tipo de apoio: habitação, medicação, saúde, alimentação ou emprego. Depois é que são encaminhados.

E a vinda de população estrangeira é tal que, a 14 de fevereiro de 2023, as escolas de Abrantes têm 200 alunos estrangeiros matriculados, de acordo com a informação da vereadora com o pelouro, Celeste Simão.

Na população estrangeira que vai bater à porta do apoio social da autarquia Raquel Olhicas aponta a vários pontos do mundo. Há uma multiculturalidade de população a chegar a Abrantes. A vereadora revelou um caso de na primeira semana de fevereiro ter chegado a esta porta de entrada social um “casal brasileiro com 4 crianças a bater à porta da Câmara. Arrendaram um imóvel, mas já não tinham condições de subsistência e foram bater à porta da Câmara.”

Jerónimo Belo Jorge

12 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
REGIÃO / Abrantes
/ A Carrinha do Cidadão foi um projeto vencedor do Orçamento Participativo Municipal

Falta de médicos de família leva Município a entrar no “leilão”

// É mais um concelho da região a debater-se com a falta de médicos de família. Mação tinha dois médicos no ativo mas, desde o dia 1 de março, conta com apenas uma médica. Isto porque um dos médicos passou à situação de aposentado.

Na reunião do Executivo Municipal de dia 22 de fevereiro, Vasco Estrela alertou para o facto do concelho de Mação ver agravar-se a situação da falta de médicos de família. O presidente da Câmara assumiu que a Autarquia terá que apresentar uma proposta para que seja possível “ter alguma esperança” de incentivar clínicos para exercer no concelho.

Vasco Estrela falou de um “leilão” de médicos a que os Municípios estão sujeitos e que, nas suas palavras, “no campeonato do quem dá mais”, as possibilidades dos Municípios são diferentes.

Apesar de afirmar que a situação, ou a sua possível solução, não é responsabilidade da Autarquia, o presidente da Câmara de Mação reconhece que é preciso fazer algo. Contudo, não poupa críticas ao Estado, mais concretamente ao Ministério da Saúde, por ter permitido que a situação chegasse a este ponto.

Contudo, “não podemos ficar indiferentes a esta situação e penso apresentar uma proposta que possa possibilitar, pelo menos, alguma esperança no sentido de podermos ter médicos de família dispostos a fazer serviço o concelho de Mação. Infelizmente, entrando naquela situação em que eu, pessoalmente, acho que não deveria acontecer e que é entrar neste leilão de quem dá mais para que alguém possa vir a ter médico de família. É lamentável que assim seja e que cheguemos a este ponto mas considero que é isto que temos que fazer, com a atribuição de valores pecuniários muito consideráveis para atrair médicos”, afirmou Vasco Estrela que disse ainda que “a situação pode vir a tornar-se muito dramática a muito curto prazo”.

As sugestões

Nuno Barreta, vereador eleito pelo PS e enfermeiro de profissão, sugeriu que “podíamos tentar copiar uma opção, como Abrantes copiou, que foi o incentivo à criação de Unidades de Saúde Familiares (USF). Sem uma Unidade de Saúde Familiar não vão ser clínicos gerais recém-formados a vir para Mação. Legalmente, é onde eles podem ganhar mais dinheiro é se existir uma USF”. Por outro lado, o vereador socialista deixou ainda a proposta de “averiguar no concelho os médicos que estão reformados, tal como

tem acontecido noutros concelhos. Em vez de se reformarem e dar um passo para a clínica ao lado, poderiam fazer uma avença com o ACES e ficarem vinculados pela avença durante uns meses, uns anos...”

Vasco Estrela disse respeitar “a opinião de quem sabe bem mais do que eu desta matéria” mas não concordou com o facto de ter que ser a Câmara a fazer. “Que eu saiba, há entidades neste país que têm responsabilidades sobre esta matéria e não é a Câmara Municipal de Mação nem nenhuma outra câmara seguramente. Este é que é o problema e nós, autarcas, deixamo-nos enredar nisto. Nós não temos que fazer nada, o Ministério é que tem que resolver o assunto. Mas nós é que temos que despoletar a USF? Venham ter connosco e nós estamos disponíveis para criar todas as condições”, afirmou.

“Este é um assunto de gravidade extrema que o Estado deixou chegar a este ponto”, desabafou o presidente da Câmara.

À Antena Livre, o autarca explicou que “a esmagadora maioria da população já não tem médico de

família” e que esta situação “não era previsível que viesse a acontecer de forma tão abrupta” pois “ninguém esperava, nem desejava, os problemas de saúde do doutor Novais Tavares” que se encontra de baixa prolongada, “nem que o doutor Fernando Afoito tomasse a legítima decisão de se reformar”.

“São as regras do jogo a que o Estado nos conduziu” Vasco Estrela lembrou que aquando da aprovação dos documentos previsionais para o ano 2023, a maioria que gere a Câmara deixou a sua posição sobre esta matéria. O Executivo “parte do princípio que este assunto tem obrigatoriamente que ser resolvido pelas entidades que têm competência na matéria, que não tem grande simpatia por aquilo que tem acontecido um pouco por todo o país, que é a pesca à linha dos médicos”. Reconhecendo que esta situação não é do seu agrado, pois significa “atratividade para os médicos virem” e “a forma como essa atratividade está a ser gerida e o facto de serem os municípios a fazerem essa atra-

tividade é que não do meu agrado”. Já do ponto de vista dos médicos, o presidente da Câmara disse perceber “que seja legítimo quererem ir para onde têm melhores condições económicas, financeiras, sociais, profissionais...” Mas sendo assim, acrescentou, “à Câmara competirá, de alguma forma, criar condições de atratividade para que os médicos possam vir, dentro das nossas possibilidades e dentro do que achamos que temos para oferecer”.

Quanto ao facto de os Municípios poderem oferecer condições diferentes, Vasco Estrela afirmou que “infelizmente, são as regras do jogo a que o Estado nos conduziu” e que, “cada vez mais, se começa a perceber neste país que as câmaras é que têm que resolver grande parte das situações. Sublinho que as câmaras começam a ser os únicos poderes que estão nos territórios”.

Relativamente à sugestão da criação de uma USF, reforçou que “a Câmara está disponível para tudo fazer, se for essa a solução, e penso que poderá ser uma solução que, aliás, já estava a ser pensada. Se passar por aí, a Câmara cá

estará para fazer parte desse processo. Digam o que é que é preciso a Câmara fazer para que as coisas aconteçam”.

Já quanto à ideia de se contactar médicos já reformados, Vasco Estrela assumiu que já falou com alguns e aproveitou para “lançar o apelo a alguém que conheça médicos reformados, em pré-reforma ou com alguma disponibilidade... pois nós estaremos do lado da solução”.

Mação ainda não aceitou a transferência de competências na área da Saúde, “nem as vai aceitar nos termos que estão a ser propostos pela ARS Lisboa e Vale do Tejo”.

Já a proposta para tentar atrair médicos para o concelho será apresentada numa próxima reunião de Câmara para que “na Assembleia Municipal de abril possamos ter esta situação resolvida”.

De lembrar que Mação tem uma área de 400 km2, uma população envelhecida e muitas vezes distante da sede do concelho e, a partir de dia 1 de março, se nada se alterar até lá, terá apenas uma médica de família.

13 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES REGIÃO / Mação
Patrícia Seixas / Há apenas uma médica de família para uma população de 6402 residentes (Censos 2021)

Trilho Panorâmico do Tejo já oferece história há um ano

// O Município de Vila Nova da Barquinha assinalou o 1.º aniversário do Trilho Panorâmico do Tejo, no dia 25 fevereiro.

A atividade, uma caminhada pela GR12 E7 Etapa Panorâmica do Tejo – Almourol, teve lugar durante a manhã.

Com o percurso linear livre, contou com animação, apontamentos históricos e prova de produtos locais. Contou ainda com a participação da Associação Cultural Paio de Pele, Galeria Gourmet O Cantinho e Bar Pitoresco.

Para fazer a caminhar ou a pedalar, o Trilho Panorâmico do Tejo tem uma extensão de cerca de 10,5 quilómetros à beira rio, num percurso linear que pode ser feito em qualquer altura do ano, entre a foz do rio Zêzere e Vila Nova da Barquinha. Permite aos visitantes um contacto único com a natureza e com alguns dos ícones do património cultural nacional, num cenário de enorme beleza paisagística.

O Fluviário da Foz do Zêzere, no Centro Náutico de Constância, será o ponto de partida. Neste local, entre a Ponte sobre o Zêzere e a Ponte sobre o Tejo (a primeira em Portugal, obra de arte de Maison Eiffel), avista-se uma paisagem deslumbrante, com o desaguar do rio Zêzere no Tejo e a vila de Constância como pano de fundo.

Continuando até à vila de Praia do Ribatejo, pode-se observar as cegonhas e a imponência de alguns edifícios, que testemunham a época áurea em que a indústria

da serração de madeiras transportadas pelo rio Zêzere abaixo, constituía uma atividade económica relevante para a povoação.

No Cais Pai Avô, mais uma paragem para contemplação da paisagem.

Um pouco adiante surge a fonte da Galiana. Depois, eis que surge, imponente, o Castelo de Almourol, a fortificação com o mais belo enquadramento paisagístico em Portugal, numa ilhota do Tejo. Após uma visita ao Castelo, aprecie um cenário ímpar. Os barqueiros e as suas embarcações típicas fazendo a travessia dos turistas que visitam o Monumento Nacional.

Nas imediações de Almourol, numa colina próxima, na margem direita do Tejo, existe o Convento de N. Sr.ª do Loreto, que terá sido fundado por D. Álvaro Coutinho, neto de D. Vasco Coutinho, que foi o 1º Conde do Redondo.

Após a passagem pelas piteiras já referidas por Alexandre Herculano, surge agora com toda a propriedade a vila de Tancos e o Cais d’el Rei, com a sua beleza e graça naturais. Durante a Idade Média foi um porto fluvial muito importante, estabelecendo a ligação entre as terras do interior e Lisboa, tendo por via comercial o rio. Hoje a povoação de Tancos mantém aspetos da sua Arquitetura tradicional e alguns dos vestígios do seu passado ainda podem

ser admirados. É considerada uma das vilas mais floridas da Europa, tendo conquistado em 1999 uma Medalha de Bronze no Concurso Europeu de Vilas Floridas. Nas traseiras da Igreja da Misericórdia, pode ser apreciada uma das obras de arte pública do projeto Artejo, da autoria dos artistas Violant e Carlos Vicente.

Continuando com o Tejo como “pano de fundo”, merece uma visita em Tancos a Igreja Matriz, Monumento de fins do século XVI dedicado a N. Sr.ª da Conceição. As paredes estão revestidas por azulejos do século XVII, e um conjunto de talha dourada do século XVII cobre o altar na parte frontal da Capela-Mor.

Entre Tancos e Vila Nova da Barquinha, para começar, aprecie a flora e faina piscatória no rio Tejo. São muitos os que se dedicam à pesca. Fataça, sável, lampreia e enguias são algumas das espécies de peixe mais procuradas por quem exerce esta atividade económica, sobretudo nas localidades ribeirinhas de Vila Nova da Barquinha, Tancos e Praia do Ribatejo.

O percurso continua em direção à sede de concelho que foi até ao século XVIII um pequeno aglomerado que se designava “Barca” pois existia no local um ponto de passagem para a margem esquerda do Tejo. O aglomerado desenvolveu-se em função do Rio Tejo, a partir dos finais do século XVIII, transformando-se num importante entreposto comercial do comércio de madeiras, sal e azeite. Devido a essa prosperidade económica em 6 de novembro de 1836, foi elevada a sede de concelho.

Chegará por fim a Vila Nova da Barquinha, mais concretamente ao parque ribeirinho, onde está instalado o Parque de Escultura Contemporânea, um verdadeiro museu ao ar livre com cerca de sete hectares, onde estão juntos os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa. Este é o local ideal para apreciar a beleza da paisagem ribeirinha e desfrutar de um espaço verde onde existem equipamentos de lazer, desportivos e espaços lúdicos com caminhos que serpenteiam o antigo leito do Tejo.

Local de excelentes ligações com o rio, Vila Nova da Barquinha foi outrora um porto fluvial importante de cuja memória restam alguns belos edifícios do século XIX e a toponímia das suas ruas que evocam os tempos da navegabilidade do maior rio da península.

Em Vila Nova da Barquinha merece uma visita o Posto de Turismo, o novo Centro de Interpretação Templário de Almourol, a Galeria do Parque, bem como as recentes obras de arte pública com a chancela da Fundação EDP.

14 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 REGIÃO / Vila Nova da Barquinha

Município garante água segura na torneira dos consumidores

// Vila de Rei é um dos Municípios que surge em evidência no estudo da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), relativo ao controlo da qualidade da água por concelho, em 2021, apresentando uma classificação de “Água Segura”.

De acordo com o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP 2022), agora publicado pela ER SAR, que sintetiza a informação mais relevante referente à cara terização e evolução do setor, in cluindo a avaliação da qualidade do serviço prestado aos utilizado res, o benchmarking do desem penho das entidades gestoras, a monitorização legal e contratual e o enquadramento económico-fi nanceiro do setor.

O Município de Vila de Rei, na qualidade de entidade gestora dos sistemas públicos de abastecimento de água para consumo huma no, tem por obrigação legal, e no âmbito da implementação do Programa de Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano aprovado anualmente pela Enti dade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, a realização de

foram analisados quase três cen tenas de parâmetros à qualidade da água sobre amostras de água

legal em todos os parâmetros. Com 100% das devidas análises realizadas, a água no concelho de

Vila de Rei obteve uma conformidade situada no intervalo de ≥ 99 % da Escala de classificação para os indicadores do controlo da qualidade da água, comprovando a segurança e a qualidade da água que surge nas torneiras dos vilarregenses.

Em Portugal continental, importa registar a evolução significativa nos níveis da qualidade da água fornecida na torneira dos consumidores, podendo garantir-se hoje que 99 % da água é controlada e de boa qualidade (água segura), quando em 1993 este indicador se cifrava apenas nos 50 %.

O presidente da Autarquia vilarregense, Ricardo Aires, afirma que “o Município de Vila de Rei tem, ao longo dos últimos anos, concretizado um forte investimento na renovação da captação e reabilitação de reservatórios e condutas de distribuição de água. Os resultados dessas ações não podiam ser me-

lhores, com Vila de Rei a surgir em destaque com pontuação de excelência atribuída no que respeita à sua segurança e qualidade. O serviço de fornecimento de água para consumo humano parece assim estar alcançado, mas ainda falta muito trabalho e muito caminho a percorrer no combate às perdas de água, ruturas e na promoção de mais eficiência neste sistema”. Com este resultado, o Município vê assim reforçado o seu contributo para com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, mais concretamente com o ODS 6 - Água Potável e Saneamento, ou seja, garantir a disponibilidade e a gestão sustentável de água potável para todos, procurando-se aumentar a confiança dos consumidores e incentivar o consumo de água da torneira. Se a confiança na água da torneira melhorar, os cidadãos também podem contribuir para reduzir impacto no meio ambiente, reduzindo as emissões de CO2 e os resíduos de plástico de água engarrafada.

O Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal referente aos dados de 2021, encontra-se disponível em: https://www. ersar.pt/pt/site-comunicacao/site-noticias/Paginas/publica-relatorio-anual-rasarp-volume1-2023.aspx

15 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES PUBLICIDADE REGIÃO / Vila de Rei

A homenagem e o agradecimento à arte de Carlos Saramago, o “Pintor de Mação”

// Município de Mação, Governo e Presidente da República estiveram juntos na home-nagem ao pintor surrealista Carlos Saramago. A Galeria recebeu o nome de Carlos Saramago que passou a ser Embaixador para a Arte no concelho de Mação.

Ao longo dos anos o Município de Mação foi adquirindo pinturas e desenhos do artista Carlos Saramago. E resolveu organizar uma exposição em nome do pintor surrealista de Mação, mostrando mais de 30 obras que pertencem ao espólio artístico que foi sendo construído ao longo de cerca de três décadas.

Só que, mais do que abrir portas a mais uma exposição, o Município de Mação quis prestar uma homenagem, larga, ao artista e deixar uma marca que perdurará para o futuro. Só que esta homenagem, ou este momento, acabou por ser uma tarde de emoções fortes para quem conhece o Carlos Saramago e mesmo para quem não o conhece muito bem ou só conhece a obra não ficou indiferente. E por entre os vários momentos de aplausos houve mesmo, a espaços, uma lágrima no canto do olho.

O Carlos Saramago é um artista, mas acima de tudo um homem resiliente. A doença ou as doenças, desde cedo começaram a marcar a sua vida e, por entre lápis ou pincéis a vontade interior de criar o fantástico, desenhar ou pintar o surrealismo, foi sempre mais forte. Foi sempre a sua grande força para se adaptar à vida e às contrariedades. A epidermólise bolhosa, doença que lhe afetou as mãos não o impediu de continuar a trabalhar. Mesmo depois de um cancro que lhe amputou um braço, adaptou-se e continuou agarrado às telas e ao surrealismo.

O Carlos é um resistente e não se esconde na doença, nem mesmo agora que vai regressar a tratamentos agressivos. E nessa força o Município de Mação,

Carlos Saramago, o “Pintor de Mação”, morreu no sábado, dia 25 de fevereiro, no Hospital de Tomar. O pintor, homenageado a 4 de fevereiro, estava debilitado devido ao cancro que tida sido diagnosticado tendo sido essa a última aparição em público.

Carlos Saramago faleceu a 25 de fevereiro tendo as cerimónias fúnebres sido realizadas na segunda-feira, dia 27, com a missa a ter decorrido na capela de S. Sebastião, em Mação, tendo o corpo seguido para o crematório do Entroncamento.

A homenagem ao Carlos Saramago aconteceu no dia 4 e o trabalho do jornalista Jerónimo Belo Jorge estava paginado. Em jeito de homenagem ao “Pintor de Mação” tanto o jornalista como a diretora do JA decidiram manter a reportagem original, deixando esta nota de pesar e de esclarecimento.

“E aquele trabalho em banda desenhada que fizeste, o “Eurico, o Presbítero”, lembras-te?” E o Carlos Saramago lembrou-se, claro!

e muitos amigos, resolveram organizar uma homenagem, mais do que uma exposição ou uma placa com o seu nome. Teve mais lastro. Teve Presidência da República, Governo, Câmara de Mação e amigos. Um reconhecimento justo que o deixou emocionado, a dizer que não merece, por um lado, mas por outro, ao lado da família, a abrir a sua alma em jeito de agradecimento. Foi, seguramente, um 4 de fevereiro, que o Carlos não mais irá esquecer, por foram, pelo menos, cinco os momentos de emoção.

Ainda na rua, o professor “Pina”

Mal acabara de sair do carro, conduzido pela mulher, e após o cumprimento ao presidente da Câmara Municipal de Mação, uma surpresa, um abraço e um desfolhar de memórias.

João Pina, o seu professor de Educação Visual dos tempos da escola de Mação, lá dos anos 80, estava ali para o abraçar. É que foi este homem, hoje reformado, que viu no traço do miúdo Carlos um traço de artista. Ainda sem a carga de um estilo, muito menos surrealista, João Pina viu um miúdo que sabia desenhar, que sabia o que fazia.

E foi neste sábado, 4 de fevereiro, que, por volta do meio-dia, viu uma mensagem do ex-deputado Duarte Marques, a convidá-lo, mesmo em cima da hora, para ir a Mação. João Pina contou que a mulher insistiu que se deslocasse a Mação para esta homenagem.

Um abraço emotivo e ao Jornal de Abrantes o professor Pina faz questão de dizer que foi acompanhando o trabalho do Carlos. Num misto de memória e orgulho agarra no telemóvel para mostrar um “surrealismo” do Carlos que tem em casa e depois ainda mostra uma fotografia de ambos na Nazaré. “Um dia encontrei o Carlos na Nazaré e ele fez uma caricatura minha, que ainda guardo”, diz João Pina ao mesmo tempo que recorda os primeiros desenhos do Carlos: “Um dos quadros foi para o Papa João Paulo II. Foi na altura que o Papa começou a sensibilizar a comunidade para a destruição da camada de ozono [daí vem o prémio do Al Gore “Uma verdade inconveniente”]. Uma vez fui levar um quadro à Nunciatura Apostólica e ele depois recebeu uma carta do Vaticano a dizer que tinha recebido o quadro.”

No desfolhar das memórias, lembra um outro trabalho do Carlos quando o ministro Silva Peneda veio inaugurar um lar a Envendos ou o cartaz da primeira Feira Mostra de Mação “que tenho emoldurado em casa” que tem o desenho que foi para o Papa, trata-se “da Terra, a desfazer-se o gelo...” e é hoje uma memória.

“E aquele trabalho em banda desenhada que fizeste, o “Eurico, o Presbítero”, lembras-te?”

E o Carlos Saramago lembrou-se, claro! E lembrou-se que recebia incentivos do professor Pina, “ele é que acreditava mais em mim”, diz com uma voz, um tanto ou quanto, trémula, pelo momento.

A Galeria Carlos Saramago

Os poucos metros até à entrada para a Biblioteca e para a Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira é feito com muitos abraços e cumprimentos. Pensava o Carlos que estavam todos ali para ver a sua exposição. Pensava bem, mas havia mais, muito mais do que a exposição.

Carlos Saramago viu o seu nome atribuído ao espaço que, em Mação,

16 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 REPORTAGEM /
Texto e fotos de Jerónimo Belo Jorge
SARAMAGO 01.07.1972
CARLOS
- 25.02.2023

acolhe a arte e os artistas, locais e de fora. A sala do Centro Cultural Elvino Pereira passa assim a chamar-se Galeria Carlos Saramago. Uma homenagem merecida, deliberada por unanimidade em reunião de Câmara e que, nas palavras de Vasco Estrela, Presidente da autarquia representa “uma honra” para o Concelho.

Descerrada a placa que fica à entrada da Galeria, abrem-se as duas portas para mostrar os trabalhos do Carlos Saramago, pertencentes à coleção adquirida pelo Município. O artista diz ao presidente da Câmara que quer dizer umas palavras ao que Vasco Estrela lhe pede uns instantes para poder avançar com os outros momentos, que eram apenas do conhecimento de poucas pessoas.

O Embaixador para a Arte do Concelho de Mação

A Câmara Municipal de Mação deliberou igualmente Carlos Saramago “Embaixador para a Arte do Concelho de Mação”. E para assinalar este momento Vasco Estrela entregou ao artista um Certificado com a nomeação, assim como colocou a Medalha ao peito de um, agora muito emocionado, Carlos Saramago.

Vasco Estrela referiu, na altura, que em momentos destes “todas as palavras que se possam dizer acabam por parecer fúteis perante aquilo que sentimos, todos, nos nossos corações, em cada um de nós”.

As mensagem do Presidente da República

e do ministro da Cultura

Mas havia mais, e não apenas da Câmara Municipal de Mação. O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, enviou uma mensagem em vídeo que foi exibida na Galeria. Pedro Adão e Silva dirigiu-se a Carlos Saramago com uma nota de parabéns pelo seu trabalho referindo que “a cultura é um fator de mobilização e energia e é na cultura que

nos encontramos connosco”.

E as emoções não terminaram, pois, para além do governo, seguiu-se uma mensagem escrita do Presidente da República.

Vasco Estrela leu a carta enviada a Carlos Saramago por Marcelo Rebelo de Sousa em que se dirige de forma muito pessoal e assertiva ao artista e à sua arte, realça o facto de ser autodidata e de enfrentar as sucessivas maleitas com determinação pela forma como se “adapta, reinventa, se supera”. “Por tudo isso”, conclui Marcelo Rebelo de Sousa, “o saúdo e me junto à homenagem que Mação tão justamente lhe presta”.

Carlos Saramago agradeceu a aquisição das obras e aquele momento proporcionado pela Câmara Municipal de Mação referindo, com a humildade que o caracteriza, que “ninguém merece tanto”. E as emoções falaram mais alto e “impediram” o Carlos de falar, pelo que o melhor seria mesmo visitar a exposição.

Vasco Estrela destacou que no certificado de Embaixador para a Arte está referido o sentimento desta comunidade “pela sua relevante contribuição para a elevação do nome de Mação, pelo exemplo que é para toda a comunidade, pelo Homem e pelo Artista que Mação tem a honra de ter entre os seus.”

Vasco Estrela concluiu a tarde referindo tratar-se de um momento “importante para todos, numa fase que está a ser difícil para o Carlos, mas que superará como o grande Homem que é”. E concluiu dizendo que “estamos tão-só a fazer justiça”.

As explicações, exclamações e emoções

Aos jornalistas Vasco Estrela explicou as homenagens e depois, visivelmente, emocionado, acabou também por explicar o sentimento destas homenagens ao pintor surrealista de Mação.

A exposição vai estar patente até dia 10 de abril de 2023. Pode ser visitada nos dias úteis das 09 às 17:30 e, ao sábado, das 14:30 às 17:30.

“É uma forma de reconhecer o trabalho deste artista. O presidente da Câmara de Mação não é um crítico de arte, mas todos os relatos que temos indica a excelência do trabalho do Carlos”, começou por dizer Vasco Estrela, acrescentando depois o valor humano do lutador, de toda uma vida com muitas vicissitudes, com muitos aspetos negativos, nomeadamente em termos de saúde. “A forma como encara a vida, a forma como não desiste, acho que isso tudo é revelador do caráter da pessoa. E nesse sentido, a Câmara Municipal de Mação interpretou de uma forma muito clara aquilo que é o sentir desta população relativamente ao Carlos”, adiantou.

A Câmara era quem tinha que fazer esta homenagem, mas, acrescentou “penso que estamos aqui a representar toda a comunidade de Mação que reconhece as particularidades deste homem.”

Numa tarde com vários momentos, Vasco Estrela disse que estão na exposição cerca de três dezenas de quadros do Carlos e referiu que já em 2017 tinha sido editado um livro com as obras de Carlos Saramago. Já nessa altura foi uma forma de agradecimento.

E agora “acho que é adequado [que este espaço do Centro Cultural Elvino Pereira se passe a chamar Galeria Carlos Saramago], o Carlos é ímpar, é diferente e nós temos que tratar de forma diferente o que é diferente. E acho também que o senhor Elvino [ex-presidente da Câmara de Mação entre 1980 e 2001], esteja ele onde estiver deverá estar, nesta altura, contente com esta decisão, porque também era um homem justo e reconhecerá a justeza desta decisão.”

Há ainda uma componente simbólica e é uma novidade, não está ainda regulamentado, mas que neste momento é o menos importante, que foi a atribuição do título de Embaixador da Arte do Concelho de Mação.

A tarde foi de emoções, e de tal forma

que a pergunta feita a Vasco Estrela sobre a carga emocional desta homenagem deixou o cidadão Vasco com a voz trémula e com lágrimas nos olhos. “Não é fácil, porque há relações pessoais, que tenho com o Carlos e que dificultam muito esta homenagem. Temos de ter noção da vida que ele tem, que é uma pessoa nova e não é fácil fazer a gestão destes processos. Temos de ser fortes, temos de as fazer. Mas não é fácil. Acho que ninguém queria estar na pele do Carlos. É uma lição de vida. É difícil perceber aquilo que pode vir a acontecer. Quem me dera daqui a dois ou três anos, já não como presidente de Câmara, somente como amigo estar a inaugurar uma outra exposição do Carlos. Era isso que desejava,” concluiu o autarca de Mação.

E o artista, mostrou-se grato pela homenagem. Pelas homenagens. E começou com o primeiro abraço do professor Pina. “Ele é que me incentivou para a pintura”, e mesmo avisado em cima da hora (meio-dia) fez cerca de 300 quilómetros para estar presente. “Foi um grande apoio inicial. Era o meu professor de Educação Visual, e na altura falava-se muito no ambiente e destruição da camada de ozono.”

O artista não sabia ao que vinha. “Pensava que vinha só mostrar o trabalho. Depois foi (pausa com suspiro) emoções atrás de emoções... ainda estou sem palavra. Nunca me passou pela cabeça, com 50 anos, chegar aqui, a ser reconhecido pelo Município onde vivo.”

Carlos Saramago falou com os jornalistas, mesmo cansado de tanta emoção, disse “não saber o que é” ser nomeado Embaixador para a Arte no Concelho de Mação, mas entre risos garantiu ir pesquisar para saber o que “isso representa”.

Já sobre as mensagens de Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Adão e Silva garantiu estar “sem palavras. São portas que se abriram e é um reconhecimento, vindo de quem veio.”

A exposição é de obras que foram adquiridas ao longo de anos, adquiridas por vários presidentes de Câmara e que mostram diversas fases.

Sobre a sua vasta obra não se acha o “Picasso de Mação”, mas diz, bem-disposto, “já me chamaram o Dali de Portugal, mas Picasso de Mação... vai ficar na memória.”

Carlos Saramago diz, sempre com uma boa disposição que impressiona que “pintar é um ‘Brufen’ que tomo que fico ali a delirar e transmitir tudo o que quero transmitir a mensagem e à espera que quem veja a obra possa interpretar a mensagem.”

Nesta conversa com os jornalistas diz continuar a sua luta e revela que continua a ter nas cores azuis as suas cores preferidas e gostava de ser recordado como “Carlos Saramago, o pintor de Mação.”

As mais de 30 obras expostas são de vários momentos da vida e carreira de Carlos Saramago sendo o quadro mais antigo de 1993, há vários de várias épocas e décadas sendo, os mais recentes, de 2022.

17 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES REPORTAGEM /

REGIÃO / Abrantes

Rotary Club de Abrantes juntou bolseiros

// Foi uma reunião de todos os jovens que estão no ensino superior e recebem bolsas de estudo do clube social de Abrantes. E a mensagem passada é que os jovens recebem as bolsas por mérito e não por terem mais ou menos dificuldades. O objetivo é, claramente, apoiar o mérito com um pedido, que os jovens possam, mais tarde, devolver à sociedade algo do que ela lhes concedeu nos estudos.

Foi uma tarde de uma cerimónia Rotary, diferente do habitual, porque estiveram presentes no auditório da Escola Solano de Abreu praticamente todos os jovens que estão a fazer o seu percurso no ensino superior e que foram apoiados pelas bolsas de estudo atribuídas pelo clube social de Abrantes. Esta é, de resto, a ação com maior envergadura neste domínio em Portugal por um clube rotário para o qual muito contribui o apoio do Município e da Tejo Energia. Nesta cerimónia todos os alunos puderam receber um diploma de bolseiros e tiveram a oportunidade de dizer aos presentes qual o curso que estão a frequentar.

E, diga-se, há na área das ciências e saúde uma parte destes estudantes.

José Luís Silva, presidente do Rotary Clube de Abrantes, em exercício, destacou a forma como os bolseiros são enquadrados. Todos têm um rotário, “que é como um tutor. É com ele que devem falar e colocar problemas que vão tendo.”

É no projeto educativo do Rotary clube de Abrantes que se concentram todos os patrocínios e é daí que são feitos todos os pagamentos das bolsas, destacou o presidente, revelando que “temos muitos patrocinadores, mas nunca são demais.”

Depois deixou também uma referência a um outro projeto com jovens. Trata-se do curso de liderança que é feito todos os anos. Mas deixou um lamento: “e tenho pena que os bolseiros não estejam a participar mais no curso de liderança.”

E para espantar fantasmas, José Luís Silva deixou uma referência: “um pai entregou um filho relutante [o curso de liderança é feito no Regimento de Apoio Militar de Emergência de Abrantes]e depois do curso recebeu um filho militante. Treinam outras valências que não aprendem na escola secundária. Não é um curso militar, a envolvente é que tem componentes militares.”

Presente esteve também vereadora Celeste Simão, em representação do Município de Abrantes, e que é responsável pelo pelouro da Educação.

Dirigiu-se aos jovens, tanto aos bolseiros como aos que frequentaram o curso se liderança. “E sobre este curso, pelo que vou ouvindo, não é de voltar as costas a este desafio.”

Já sobre as bolsas de estudo recordou que, inicialmente, a câmara entregava bolsas aos jovens e não fazia mais nada a não ser transferir

o dinheiro. “Agora acreditamos no trabalho do clube e nas pessoas do clube. Porque o facto de terem uma pessoa que está em contacto convosco e que vos acompanha que faz continuar a ter esta colaboração.”

A autarca concluiu a intervenção a referir “vocês são o futuro, mas um dia destes deixaremos de fazer o nosso trabalho e vamos estar nas vossas mãos, porque estão a trabalhar hoje para desempenharem o vosso papel.”

Vítor Cordeiro, Governador distrito 1960 Rotary que vem da zona

de Castelo Branco/Fátima para sul e que junta as regiões autónomas, deixou uma nota para a realização do curso de liderança, apelidando-o de ser “um exemplo.”

Depois vincou que o Rotary Clube de Abrantes tem 42 anos e que a primeira bolsa de estudo foi atribuída há 40 anos. “O projeto das bolsas de estudo e do Rotary de Abrantes misturam-se.”

Vítor Cordeiro lembrou que o seu distrito tem 60 clubes e que já visitou 53. E sempre que visita um qualquer clube “falo sempre deste

sua dimensão. É o maior pacote de parceria autárquica com o Rotary em Portugal. Temos outras colaborações, mas este aqui é o mais forte.”

Já Fernando Regateiro, da Comissão Executiva da Fundação Rotária Portuguesa, deixou meia dúzia de informações sobre a Fundação. As linhas de ação da Fundação são quatro e uma grande parte do orçamento vai para as bolsas de estudo. “Já demos 14 002 bolsas com

Delfina Batista, representante patrocinadores, deixou uma mensagem de regozijo e um voto “este é um voto de confiança em cada um de vocês, é em vocês que está o futuro. Tenho um lema que é dar e receber e que é o mote do Rotary e deste projeto. Nunca se cansem de fazer o bem.”

A sessão terminou com uma palestra do diretor da Escola, Jorge Costa, sobre educação, antes de um momento de convívio entre todos.

Jerónimo Belo Jorge

18 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
/ José Luís Silva apresenta os projetos do clube / Membros do Rotary de Abrantes com os convidados e bolseiros / Fernando Regateiro, Vítor Cordeiro e José Luís Silva

CIMT continua com os rastreios auditivos e visuais no pré-escolar

// A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) continua a implementar o seu plano PEDIM tendo como meta a diminuição do insucesso escolar e do abandono escolar precoce, com rastreios à acuidade visual e auditiva.

A CIMT percorre todos os agrupamentos escolares para fazer o rastreio de todos os alunos que vão entrar no ano letivo seguinte no primeiro ciclo do ensino básico.

Estes rastreios coordenados pela Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo leva uma optometrista e uma audiologista a todas as escolas para despistar eventuais situações que necessitem de acompanhamento médico antes das crianças entrarem no primeiro ciclo.

Hélder Marques, o técnico da CIMT que está a coordenar estas ações do Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação (PEDIME) lembrou a importância de detetar precocemente situações que necessitem de acompanhamento. Ou com a aquisição de óculos, e nesses casos a CIMT entrega a cada criança um vale de 125 euros de apoio a essa compra,

ou o encaminhamento para um oftalmologista em situações necessitam de uma intervenção médica mais complexa. E desde que começou este pro-

jeto, ano letivo 2016/2017, já foram rastreados mais de 5 mil alunos, dos quais 15% apresentam défice auditivo e 10% défice visual. Ainda de acordo com Hélder Marques a

CIMT já emitiu mais de 500 vales [primeiro de 100 euros e com a atualização deste ano de 125 euros] para apoio à correção visual.

Trata-se de um programa que Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação destacou a importância do projeto, aludindo aos números apresentados. “É isso que se pretende, que as crianças possam entrar noutros graus de ensino mais capacitadas.” Ana Paula Gonçalves é a enfermeira que coordena este projeto deste 2016/17 que acumula com a saúde escolar no âmbito do ACES Médio Tejo. Destacou a importância do projeto e do trabalho de equipa e adiantou que é um projeto com planeamento difícil porque são 11 municípios e muitas escolas.

Já José Cunha, coordenador da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, deixou no ar a reflexão sobre o número de crianças que tiveram problemas no seu apro -

veitamento escolar por falta destes diagnósticos.

Ana Filipa Heitor, presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, fez questão de agradecer o projeto para detetar estas situações precocemente. E destacou os últimos dois anos, com a pandemia, e com o trabalho escolar muito ligado aos computadores e tablets podem ter contribuído para tornar a visão das crianças “um bocadinho mais preguiçosa.”

Já o diretor da escola, José António Almeida, fez questão de indicar a articulação entre a autarquia, escola e CIMT. E entre os vários projetos em curso destacou o PEDIME como um dos mais importantes.

Jorge Simões, secretário executivo da CIMT, vincou que esta é uma política pública virtuosa, porque quando “avançamos para este projeto sabíamos haver necessidades de acuidade visual e auditiva.” E o destaque foi para um projeto montado por várias entidades e que vêm trazer efeitos “ao bem-estar global das crianças, que não apenas na escola.”

Jorge Simões deu a garantia que, apesar de o PEDIME estar a mudar do 2 para o 3, estes rastreios “são para continuar no Médio Tejo.”

19 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES MÉDIO TEJO /
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/ Todas as crianças do Médio Tejo em idade pré-escolar estão a fazer rastreios auditivos e visuais Jerónimo Belo Jorge

Quinta de Santa Bárbara tem novo projeto e já abriu ao público

// Nasceu sob o nome Heavens's Sleepy e pelas mãos de Tiago Nabiço, Daniel Pereira e António Onofre que prestou o aconselhamento técnico e será, em breve, um dos sócios do projeto.

À primeira vista, o nome Heavens's Sleepy pode não lhe dizer nada mas se acrescentarmos que é a empresa que explora atualmente a Quinta de Santa Bárbara, em Constância, o caso muda de figura.

O Restaurante Quinhentista já abriu portas na sexta-feira, 3 de fevereiro, mas a aventura começou muito antes. Tiago Nabiço, da Costa da Caparica, e os abrantinos Daniel Pereira e António Onofre conheceram-se noutro projeto: o Bark - Biopark da Barquinha. Os três serão intervenientes nesse projeto mas, para já, enquanto o Bark não descola, a história vai ficando por Constância.

Propriedade do empresário espanhol Javier Blasco, a Quinta de Santa Bárbara ofereceu a Tiago e a Daniel uma oportunidade de entrarem numa área de negócio bem diferente da sua atividade profissional. Para António, uma hipótese de dar continuidade à sua carreira, agora num projeto diferente.

“Somos todos muito parecidos, apesar das diferenças de idade”, atira Tiago Nabiço que adianta que o projeto alia “a experiência do Onofre e a minha criatividade e do Daniel, que pensamos mais fora da caixa já que esta não é a nossa área. Pode funcionar muito bem”.

A Quinta de Santa Bárbara, com toda a sua história, “aliada ao facto de Luís de Camões ter escrito um soneto dedicado ao dono da Quinta na época, com toda a sua arquitetura, torna-a um sítio único”. A

grande aposta, para já, é mesmo na cozinha. Tiago Nabiço pretende que “as pessoas que aqui se sentem, se lembrem um pouco dos seus avós e da comida saborosa, de conforto, servida, no entanto, de forma diferente, mais atrativa”.

O Refeitório Quinhentista e o alojamento na Quinta de Santa Bárbara “estão enquadrados num projeto mais amplo que o Javier tem” e que irá ser divulgado a seu tempo.

Para já, saiba que tem disponíveis sete quartos, enquadrados num palacete em ambiente campal que oferece conforto, vistas e um serviço personalizado.

Quanto ao restaurante, funciona de terça a sexta com menus de almoço diários e com valor fixo. O menu inclui entradas, sopa, prato principal e café. Os jantares serão à la carte. Sábado, almoço e jantar à la carte e domingo só almoço, sendo que “vamos fazer o

que nos estão a pedir: almoço buffet e onde poderemos apresentar pratos como cabrito assado em forno de lenha e outras iguarias igualmente apreciadas”. Encerra ao domingo ao jantar e à segunda-feira todo o dia. Os empresários apostam na cozinha tradicional portuguesa.

Quanto ao bar, para já e por questões de alvará, “funciona exclusivamente para os clientes da Quinta”. Contudo, está-se a traba-

lhar para que, dentro em breve, o bar possa estar aberto ao público “até porque é um bar lindíssimo”. Enquanto essa hipótese não for viável, o restaurante tem a possibilidade de abrir para um pátio que proporciona um espaço de esplanada.

No que diz respeito ao alojamento, é dirigido “as pessoas que gostam da fusão do campo com o antigo, sendo os quartos muito confortáveis”. De relembrar que falamos de um Solar, “com as passagens de quarto para quarto a terem uma decoração com peças antigas onde se pode encontrar uma máquina de escrever, por exemplo, ou um afiador de facas”. Para já, estão a funcionar sete quartos sendo que há ainda três em processo de legalização. A piscina infinita também é um dos atrativos da Quinta mas um passeio pelo concelho de Constância ao volante de um carro clássico será certamente um momento inesquecível.

Todo o projeto está direcionado para “se é que ainda podemos chamar isso, a classe média, tal como o restaurante”. Os empresários querem dar um passo de cada vez e vão começar pela aposta no mercado local, expandindo depois para o nacional e internacional”.

O restaurante, “será muito com o público daqui da zona e esperamos depois atrair pessoas de fora, mais ao fim de semana onde também poderão pernoitar”. A Quinta de Santa Bárbara também está apta a receber eventos de empresas, casamentos, batizados...

A nível internacional, Tiago Nabiço sabe que os mercados “inglês e alemão adoram este tipo de turismo” e a localização estratégica da Quinta, com um Centro Hípico mesmo ao lado, também ajuda.

A ABRANCOP está a recrutar trabalhadores na área da construçao civil

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20 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
TURISMO /
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/ Dirigido “a pessoas que gostam da fusão do campo com o antigo, sendo os quartos muito confortáveis”

Turismo Centro de Portugal visitou recursos turísticos de Abrantes

// Uma equipa da Turismo Centro de Portugal, liderada pelo seu presidente, Pedro Machado, realizou uma visita de trabalho ao concelho de Abrantes, no dia 24 de fevereiro, onde ficou a conhecer com detalhe alguns dos recursos turísticos do território e conversou com o executivo da autarquia.

A equipa incluiu Sílvia Ribau, chefe do Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção, e Adriana Rodrigues, chefe do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas. A deslocação foi acompanhada por Luís Dias, vereador da Câmara Municipal de Abrantes e por outros elementos da autarquia.

A visita começou no Castelo/Fortaleza de Abrantes, com a presença do presidente da autarquia, Manuel Jorge Valamatos. Aqui, a comitiva teve oportunidade de conhecer o resultado da requalificação do Panteão dos Almeida, situado na Igreja de Santa Maria do Castelo, entre outros espaços do castelo.

Seguiu-se um pequeno percurso pedestre pelo Centro Histórico de Abrantes, que passou por elementos patrimoniais relevantes, incluindo a obra em curso do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida, a Igreja de São João e o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, além de outros locais de referência da cidade.

A paragem seguinte do programa aconteceu na aldeia de Mouriscas, para conhecer a Oliveira do Mouchão – a árvore mais antiga de Portugal, com 3350 anos – e a SIFAMECA, última unidade artesanal de fabrico de seiras e capachos para lagares de azeite. A visita terminou na margem sul do Tejo, na aldeia do Pego, com uma degustação de azeites e produtos regionais no Restaurante A Tulipa.

“Sempre que tem oportunidade, a Turismo Centro de Portugal preocupa-se em conhecer no terreno as valências turísticas dos 100 municípios que compõem a região. Desta vez, visitámos o território de Abrantes, que surpreende pela variedade de propostas. Abrantes é muito rica no turismo gastronómico e de natureza, mas também impressiona na oferta de que dispõe no turismo histórico-cultural, militar, industrial e literário, como pudemos verificar nesta visita. Foi uma deslocação muito enriquecedora para a Turismo Centro de Portugal”, sublinhou Pedro Machado.

21 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES PUBLICIDADE REGIÃO / Abrantes AF_CA_CreditoPesoal_Imp_210x285mm_cv.indd 1 01/02/2023 17:21
/ O responsável do Turismo do Centro, e a sua equipa de trabalho, visitou os Museus de Abrantes incluindo o Panteão dos Almeida / Pedro Machado quis ver como se fazem os capachos de Mouriscas depois de visitar a Oliveira do Mouchão

ECONOMIA /

Aldi já abriu nova loja no Retail Park

// A Aldi Portugal já chegou ao concelho de Abrantes, com a abertura de uma nova loja no dia 22 de fevereiro. O novo espaço “vem complementar a oferta comercial” do Retail Park de Abrantes, que ainda não possuía um supermercado, e permitiu a criação local de cerca de 20 postos de trabalho.

Situada na nova e ampliada zona do Retail Park de Abrantes, tendo sido uma das insígnias a integrar o projeto de expansão desta superfície, contou com a criação de acessos e zonas verdes.

Com uma área total de vendas de 1.040 m2, a nova loja nasce “para servir a população de Abrantes e para lhe garantir uma maior oferta e conveniência nas suas compras do dia-a-dia”. Esta é a primeira loja Aldi na cidade, sendo que as lojas Aldi mais próximas estão atualmente situadas no Entroncamento

e em Torres Novas, a cerca de 30 quilómetros.

De acordo com João Braz Teixeira, Managing Director Expansion and Construction da Aldi Portugal, “a nova loja Aldi vem trazer diferenciação ao mercado de Abrantes, com uma nova oferta discount, e está situada numa zona estratégica do concelho, que conta com bastante afluência por parte da população local. Composto por vários espaços de comércio, restauração e serviços, o Retail Park de Abrantes é um espaço único na cidade,

e a nova loja Aldi era o que faltava para garantir que os clientes conseguem fazer as suas compras de supermercado, quando visitam este espaço”.

Acrescenta ainda que “com uma população superior a 34.000 habitantes, Abrantes possui um património histórico e gastronómico significativo, que se estende à Fortaleza de Abrantes ou ao doce tradicional, que não só atraem muitos visitantes, como lhe dão visibilidade nacional e além-fronteiras. A nossa proposta de valor passa por garantirmos maior conveniência a todos os habitantes, além de oferecermos produtos frescos, de elevada qualidade, a um preço baixo”.

Rita Godinho, diretora de Comunicação da marca, disse à Antena Livre que “os abrantinos vão poder encontrar aqui uma oferta muito diversa, com um conceito muito especial”. Destaca as ofertas “altamente diferenciadoras” nas frutas e legumes, na carne e no pão e pastelaria. Rita Godinho explica que “90% das frutas e legumes e da carne que vendemos são de produção nacional, apesar de sermos uma marca assumidamente alemã”.

Segundo a diretora de Comunicação, “todas as semanas os abrantinos podem encontrar um conjunto de produtos, alimentares e não alimentares, que são de stock limitado, são as oportunidades dos achados do Aldi e que mudam semanalmente”.

Na área dos produtos biológicos, “temos um conjunto bastante alargado”, bem como

Para vegetarianos e vegan, “pessoas que tenham outro tipo de hábitos alimentares ou que tenham algum tipo de intolerância e necessitem de soluções e alternativas na

sua alimentação diária”.

O Aldi diferencia-se por “mais de 80% da nossa oferta ser das nossas marcas próprias, o que nos permite ter um controlo de qualidade muito apertado sobre os nossos produtos e, ao mesmo tempo, ter um controlo ao nível do preço, fazendo com que tenhamos preços bastante competitivos e uma oferta equilibrada na relação qualidade/ preço”.

Relativamente aos produtos com carimbo nacional, Rita Godinho explica que o Aldi tem “produtores que fabricam e produzem exclusivamente para nós” o que permite “ter os mesmos padrões de qualidade elevado em todo o grupo, mas também privilegiar o que Portugal tem de bom e aquilo que sabemos que o consumidor português valoriza”.

Quanto à dimensão da secção de Padaria e Pastelaria, que não existe nos espaços de outros países, Rita Godinho assume que essa área está “adaptada à realidade do nosso consumidor” e que “já ganhámos diversos prémios atribuídos pelos consumidores através de provas cegas”. Só este ano, “ganhámos prémios de 35 produtos «Sabor do Ano» em toda a nossa loja, alguns dos quais na secção de Pão e Pastelaria. Diria que é uma clara aceitação da nossa oferta por parte dos nossos clientes”.

Para a loja de Abrantes, o Aldi contratou 20 pessoas, privilegiando “sempre a contratação de pessoas da zona”, pois “gostamos que sejam caras conhecidas dos consumidores”.

A experiência em loja “será enriquecida com as comodidades que os clientes já conhecem e apreciam”, como é o caso da máquina self-service de sumo de laranja 100% natural, com laranjas frescas do Algarve; a premiada secção de pastelaria e padaria (“Escolha do Consumidor”), com pão quente cozido e reposto várias vezes ao dia; uma zona composta de frescos na entrada de loja, onde grande parte já é de origem nacional; e ainda artigos de bazar exclusivos a preços muito competitivos, onde se inclui a pequena eletrónica, artigos de decoração e jardim, têxteis para o lar e muitos outros.

Com o propósito de continuar a contribuir para apoiar a comunidade local, a loja de Abrantes irá doar os seus excedentes alimentares ao Centro Social de Alferrarede, que fornece apoio alimentar a cerca de 75 utentes do seu Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário; a cerca de quatro famílias carenciadas da região; e a aproximadamente 200 crianças dos serviços de Creche e Pré-escolar, que compõem a instituição.

Com a abertura da nova loja em Abrantes, a Aldi chega às 125 lojas em Portugal. De acordo com os seus objetivos de expansão, pretende abrir 25 lojas em 2023, alargando a sua oferta por todo o país.

A nova loja de Abrantes inclui um parqueamento completo com postos de carregamento elétrico, dogs parking e estacionamento para bicicletas.

22 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
/ ALDI cria mais duas dezenas de empregos em Abrantes
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Ana Cameira

No papel de assistente de bordo junta o útil ao agradável e em duas palavras pois a cada viagem a máquina fotográ ca em punho e já longe de Constância retrata luga-res e pessoas ... Ana é claro que já mais passa ao lado de referir que a última experi-ência por que passou ainda lhe faz doer o coração ...

'Ana estava na Turquia quando se deu o terramoto', a fotógrafa acabava de sair de Capadócia, a 300 km do epicentro, 24 horas antes da terra abanar e uma Turquia ferida que fe-la voltar para Portugal dois dias antes ... e um Portugal e Constância que lhe dão um tranquilizar e apaziguar de emoções!...

23 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES
é apaixonada pela arte de fotografar e voar ... Um equilíbrio perfeito
GALERIA /

POLÍTICA

João Morgado “ressuscita” JSD cinco anos depois

// Cinco anos depois, Abrantes volta a contar com uma Juventude Social Democrata (JSD) ativa. João Morgado foi eleito a 11 de fevereiro, numas eleições em que se apresentou a sufrágio apenas uma lista.

A cerimónia da Tomada de Posse teve lugar na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes e contou com a presença de Jorge Moreira da Silva, presidente Honorário da JSD, João Moura, presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Gonçalo Bento, presidente da Comissão Política Distrital da JSD, Celeste Simão, vereadora da Câmara Municipal de Abrantes, Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Damas, vereador da Câmara de Abrantes eleito pelo movimento ALTERNATIVAcom, Alexandra Simão, presidente da Juventude Socialista de Abrantes, bem como muitas caras conhecidas ligadas ao PSD e à comunidade abrantina.

José Moreno Vaz, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Abrantes foi o primeiro a usar da palavra. Disse ser “com grande gosto que vejo ser instalada esta Juventude em Abrantes porque há muitos anos que não tínhamos o órgão instalado”, sendo este um dos objetivos do PSD de Abrantes que, nos dois primeiros anos, “não nos foi possível”. O líder social-democrata em Abrantes referiu que “não é fácil juntar pessoas nesta altura e neste momento, não é fácil encontrar pessoas que participem nestas coisas, com vontade de trabalhar” e ver a sala composta por muitos jovens “deixa-me muito satisfeito”.

Quanto à equipa que agora vai liderar a JSD, “fiquei impressionado com a qualidade dos jovens que o João escolheu para o acompanhar”. Destacou “a postura, a sua forma de estar, a sua forma de ver a política e a sua disponibilidade para participarem”.

Seguiu-se a intervenção de João Moura, presidente da Comissão Política Distrital do PSD. O também deputado na Assembleia da República referiu que “grande parte do meu percurso político foi feito na JSD” e recordou que “a JSD de Abrantes já foi, há muitos anos, uma estrutura com dimensão, com peso político, com expressão”. É, portanto, nas palavras de João Moura, “um dia simbólico para a vida política da JSD mas também para o PSD de Abrantes. E diria mais: é um dia de grande esperança para o concelho de Abrantes”.

“O que nos move na sociedade e a nossa principal motivação de estarmos na política é criarmos condições para que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida”, disse. João Moura considerou que, hoje em dia, “aos jovens não interessa o que é

estar mais à esquerda ou mais à direita. Aquilo que lhes interessa são as causas e as coisas que são defendidas por cada um dos partidos políticos”.

O presidente da Distrital do PSD não esqueceu “que o Partido Socialista tem uma hegemonia quase global no distrito de Santarém” e afirmou que uma das minhas fortes batalhas é contrariar esta hegemonia das políticas socialistas que estão implantadas no distrito”. É por isso, disse, “que este momento, este dia em Abrantes, também é importante”.

João Mira, recém-eleito vice-presidente da JSD de Abrantes, começou por dizer que “após cinco anos de inatividade da JSD de Abrantes”, a equipa à qual pertence sabe “bem ao que vimos”, apesar da inexperiência na política. “Vimos defender o direito ao futuro dos jovens de Abrantes, vimos defender uma visão reformista para o concelho e para o distrito e vimos defender também políticas que puxem pela cidade e que visem o progresso. Políticas que não façam com que Abrantes deixe de ser apelativa e dinâmica, que é o tem acontecido nos últimos anos”, disse.

O jovem social-democrata considerou que “nós temos de ser mais do que oposição, temos que ser a alternativa de esperança que Abrantes necessita”. João Mira defendeu também que “um jovem não se pode sentir diminuído nem inferiorizado pela cidade onde mora”.

Também o presidente da Distrital da JSD tomou a palavra. Gonçalo Bento disse ser “um grande orgulho estar hoje em Abrantes nesta reati-

// A JSD DE ABRANTES

MESA DO PLENÁRIO:

› Presidente: Pedro Coelho

› Vice-presidente: André Dias

› Secretário: Diogo Caleiro

COMISSÃO POLÍTICA:

› Presidente: João Morgado

› Vice-presidente: João Mira

› Secretário: Luís Lopes

› Vogais: Bárbara Damásio, Francisco Prates, Mariana Lobo e João Tavares

› Suplente: Manuel Borges

vação de concelhia”, pois como afirmou, “as reativações são o principal mote da ação da minha Comissão Política Distrital”. Referiu estar de saída da JSD dentro de um ano mas que “o maior legado que podemos deixar é um distrito com atividade política, em que os jovens saiam novamente para a rua com vontade de fazer política”.

Já quase a terminar a cerimónia, mas a tempo de ainda intervir, chegou Jorge Moreira da Silva que confessou ter-se deslocado a Abrantes “basicamente para agradecer ao João e aos novos eleitos o facto de terem dado um passo em frente e de terem abraçado esta causa”. Lembrou os seus tempos de “Jota”, da qual é presidente honorário, e das lutas que travou com alguns dos presentes na sala, como “o Vasco [Estrela], o João [Moura], o Jorge

[Gaspar]… e uma pessoa que não está presente, que é um grande amigo meu deste concelho, o Pedro Marques”.

“Costuma-se dizer que cada geração tem a sua causa e o seu desafio a enfrentar. (…) A vossa geração está metida numa alhada maior”, afirmou o antigo ministro. Moreira da Silva explicou qua a atual geração “já não tem uma causa apenas (…) estão metidos numa policrise. São crises que se alimentam umas às outras, que se condicionam, que se sobrepõem, que não desaparecem. Que sempre que chega uma, torna outra ainda mais grave”.

Para exemplificar, disse que os jovens “têm uma mochila às costas. Ao contrário de outras gerações que tinham umas mochilas mais pequenas, vocês têm uma mochila de dívida, que não é só uma dívida financeira. É uma dívida em relação ao planeta e uma dívida em relação às próximas gerações”.

O discurso de João Morgado chegou no final. O recém-eleito presidente da Juventude Social Democrata de Abrantes disse que o que se pode esperar desta JSD “é intervenção ativa, consciente e pertinente. Que não criticará apenas por criticar, mas que oferecerá também e tudo fará para a concretização das soluções que acredita serem as mais corretas para os jovens deste município”.

Como principal objetivo, João Morgado quer “devolver a esperança, que há muito tempo foi perdida, num futuro próspero para Abrantes e preparar os jovens para os desafios que se aproximam”.

Numa análise sobre o concelho, o presidente da JSD considerou que “Abrantes tem estado estagnada, não oferecendo soluções de longo prazo aos seus habitantes, apenas remendando os pequenos problemas quotidianos”.

João Morgado e a sua equipa comprometeram-se, em primeiro lugar, a escutar os jovens do concelho e também outras pessoas ativas na comunidade. Posteriormente, será preparado o contributo que a JSD dará aos jovens abrantinos e ao PSD de Abrantes, aliando as suas ideias, irreverência e políticas ao que formos capazes de escutar da população mais nova”.

Da conferência que pretendem organizar, sob o mote «Que futuro para Abrantes?», “sairá depois o documento que orientará e será o guia para as definições da JSD de Abrantes”.

24 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
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POLÍTICA

PS quer destituição da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre

// Na sequência da investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária relativamente à apropriação indevida de dinheiros públicos por parte do ex-secretário da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre no período de 2017 a 2022, o Partido Socialista de Sardoal apresentou uma participação à Inspeção Geral de Finanças (IGF).

Pedro Duque, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Sardoal, confirmou essa situação Jornal de Abrantes e explicou que a intenção “é que se apurem responsabilidades para além daquelas que vierem a ser apuradas a nível criminal”. A investigação da PJ fez dois arguidos, o ex-secretário da Junta de Freguesia e um empresário, e o PS Sardoal também quer que sejam apuradas “responsabilidades administrativas relativamente a quem exerceu os cargos de eleitos locais em representação da Junta de Freguesia, quer no mandato anterior, quer no atual”.

Na opinião dos socialistas, “essas pessoas cometeram, pelos menos, uma negligência grave ao ponto de não conseguirem acautelar o património financeiro da Junta”.

A participação enviada à IGF visa “alertar para a existência desta investigação e que daqui sejam extraídas as devidas consequências que, na nossa perspetiva, poderão e deverão passar pela perda de mandatos dos atuais eleitos em exercício”.

Pelo facto de ter sido a atual presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre a fazer a denúncia à Polícia Judiciária, Pedro Duque afirmou que “contou com o patrocínio e apoio logístico por parte dos eleitos do PS na Assembleia de Freguesia”. Contudo, acrescentou, logo que foi assumida a investigação por parte do atual Executivo, a demissão dos eleitos foi pedida “na Assembleia de Freguesia seguinte” por parte dos representantes do PS, por considerarem que “não havia condições para que os eleitos agora em exercício se mantivessem nos cargos”.

Pedro Duque afirmou que “optaram por não o fazer. Optaram, inclusivamente, por substituir o secretário, que entretanto apresentou a demissão, pelo elemento a seguir e que era precisamente o anterior presidente da Junta de Freguesia”. Na perspetiva do presidente do PS Sardoal e “dos deputados socialistas na Assembleia de Freguesia, este Executivo está ferido de legitimidade e de confiança política. Por conseguinte, eles próprios deveriam ter tido a hombridade de se demitirem e

A não proposta

OPINIÃO /

porem à consideração e sufrágio da população. Não entenderam assim”. Após esta decisão do atual Executivo, o PS Sardoal entendeu fazer a participação à IGF, “uma entidade externa, sem qualquer tipo de parcialidade, para vir apurar os factos e extrair as devidas consequências”. É que, segundo Pedro Duque, do anterior Executivo para o atual “há nomes que se repetem, como é o caso da atual presidente da Junta [Dora Santos] que, creio, era a tesoureira, e agora o secretário que, na altura, era o presidente [António Fernandes]”.

Pedro Duque acrescentou ainda “que nada disto tem a ver com questões pessoais mas há que apurar responsabilidades e quem anda na política está sujeito a um sufrágio permanente. Neste caso, só pedimos a intervenção de uma entidade externa para que se apurem as responsabilidades que aqui parecem evidentes. Pelo menos, é gritante a negligência por parte dos elementos do Executivo ao ponto de, no mandato de 2017 a 2022, não ter sido feita sequer uma conveniente reconciliação bancária. Chegou ao ponto de, alegadamente de forma inesperada, terem chegado à conclusão de não terem verba nas contas bancárias. É isso que me parece inaceitável.

Vai contra tudo o que são normas de controlo interno e até contra a própria lei”.

De relembrar que os dois homens suspeitos foram detidos no dia 14 de dezembro por estarem “fortemente indiciados pelos crimes de peculato e de falsificação”, tendo lesado a Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre em valores na ordem dos 135 mil euros, segundo anunciou a Polícia Judiciária na altura.

O ex-secretário da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre e um empresário, detidos no dia 14 de dezembro, suspeitos dos crimes de peculato e falsificação, vão aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade condicionada.

“Ao antigo secretário foi decretada a proibição de contacto com a presidente e a tesoureira, e de se aproximar da junta” de freguesia de Santiago de Montalegre, no concelho de Sardoal, disse fonte da Polícia Judiciária.

O empresário, por sua vez, fica obrigado a “apresentações, três vezes por semana, às autoridades e proibição de ir à junta”, disse a fonte da PJ, relativamente às medidas de coação decididas pelo juiz de instrução criminal no dia 16 de dezembro.

nalmente a sua proposta para a paz no con ito que a Rússia iniciou com

atrás. Depois do anúncio feito pela delegação chinesa na Conferência

mundo cou na expectativa para conhecer o plano de Pequim para a paz na Europa. Finalmente, com

no aniversário do primeiro ano do con ito. A decepção ocidental foi

Kiev tentou ver a proposta pelo satisfação pela proposta vinda dos aliados chineses mostrou que Putin tem realmente a China a olhar pela sua retaguarda. O plano chinês engloba uma série de propostas: um cessar fogo (mas não diz quem deve depor as armas primeiro), m das sanções ocidentais contra a Rússia, criação de corredores humanitários para a evacuação de civis, repor a normalidade na exportação de cereais e evitar o recurso a armamento nuclear. A proposta não passa de uma laranja com pouco sumo para espremer. A China não propõe o elemento base para negociações sérias e efectivas: o m de nitivo das hostilidades e a retirada das tropas russas.

A questão, num processo de paz, não está em de nir como terminar a guerra. A Rússia tem de pôr termo ao con ito para sequer se pensar em paz. O que tem de ser negociado são os termos da paz após o con ito e de que forma a Rússia e a Ucrânia vão gerir a sua relação futura, já que partilham uma extensa fronteira entre si e uma grande a nidade cultural. Na prática, com esta proposta, a China apenas “passou a mão pelo pêlo” da Rússia e não foi assertiva o su ciente para dizer aos amigos de Moscovo o que deve ser dito. Não é por acaso que, pela quarta vez, a China voltou a abster-se, na Assembleia geral da ONU, de votar a favor da retirada das

forças russas de território ucraniano. E, curiosamente, as partes ucranianas, apesar de lhes ter sido comunicadas algumas ideias contidas na proposta, não foram consultadas durante o seu processo de elaboração. Na prática, a China usou esta oportunidade para fazer marketing à sua reputação no mundo e para enviar alguns recados ao Ocidente.

A China apelou ao m da mentalidade de guerra fria e alertou para os riscos de uma expansão dos blocos militares. Quererá isto dizer alguma coisa em relação às intenções chinesas em relação a Taiwan? No m de contas, esta proposta de paz é uma não proposta que serve apenas os interesses políticos de Pequim no mundo e a sua reputação internacional. A julgar por esta proposta, não é com a ajuda de Pequim que a guerra irá terminar.

25 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES
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/ Nuno Alves / MESTRE EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS / nmalves@sapo.pt

// A inauguração oficial do Centro Médico de Abrantes (CMA), clínica situada nas galerias do Intermarché, foi no dia 10 de fevereiro, mas o centro abriu oficialmente as portas uma semana depois, no dia 17.

Dividida por dois pisos e com oito salas para as consultas médicas, a nova clínica garante consultas de diversas especialidades como análises clínicas, dentista, ortopedia e pequena cirurgia, ginecologia, urologia, implantologia, transplante capilar, pediatria, medicina geral, nutrição, e psiquiatria, mas há outras que podem ser acrescentadas.

Idalécio Jesus, é gestor de saúde e o responsável pela nova empresa que garante que o CMA tem algumas especialidades em que Abrantes é deficitária.

E esta aposta resulta do trabalho prévio de benchmarking que, naturalmente, o empresário desenvolveu porque ao estar na área foi perceber o que é que já existem em Abrantes para depois poder adaptar a estratégia deste nono espaço.

Idalécio Jesus referiu que este é um investimento grande e adianta que “Abrantes precisa de mais serviços em saúde. Tentamos com isto trazer algumas especialidades que há falta.” O empresário revelou ainda que a época para investir não é a melhor.

No entanto, o empresário disse à Antena Livre que o investimento numa clínica nas galerias do Intermarché fica mais dispendiosa do que num espaço exterior, mas neste

Que nome?

Basta espreitar as redes sociais para encontrarmos este género de discurso: “a nossa democracia está ao serviço apenas de uns poucos, a maioria está a ser prejudicada pelo regime democrático”. Em consequência, o discurso continua com os piores adjetivos que encontra para (des) quali car o regime. E assim parece que vai o 25 de Abril.

OPINIÃO /

local há acessos muito fáceis, estacionamento acessível descoberto, subterrâneo e uma “casa” que tem portas abertas todos os dias da semana. “Vem ocupar um espaço em Abrantes que não tínhamos. É uma conjugação de vários fatores positivos. Temos este espaço maravilhoso, temos um conjunto de serviços e o centro médico será algo na continuidade desta oferta de serviços.”

Há ainda, explicou o gestor de saúde, uma parceria com um laboratório de análises e que “temos um conjunto de análises clínicas que não podiam ser feitas em Abrantes e que vamos passar a ter. Por exemplo, na área da genética.” No fundo, é simples, é olhar para o mercado e perceber que já “temos clínicas e boas clínicas, não queremos ultrapassar nin -

guém, mas queremos trazer algo de novo”, explicou Idalécio Jesus que acrescentou que houve essa preocupação de não colidir com os outros espaços já em funcionamento.

Desse modo o centro médico de Abrantes também estará de porta aberta aos sábados e domingos, mesmo que não acompanhe o horário do supermercado. Aos sábados funciona das 09:00 às 19:00 e aos domingos das 10:00 às 16:00 com uma aposta nas cirurgias e implantologia, porque é quando as pessoas têm mais tempo para este tipo de operações.

Idalécio Jesus ressalvou ainda que a clínica vai ter medicina do trabalho e vai trabalhar com os seguros de saúde, um processo que pode estar ligeiramente atrasado uma vez que os acordos só podem ser firmados depois da validação da clínica por parte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

A nova clínica de Abrantes situa-se nas galerias comerciais do Intermarché e conta com 8 gabinetes médicos, diversas especialidades e o empresário garante estar numa localização que permite o fácil acesso de Ribatejo, Beira e Alentejo.

Jerónimo Belo Jorge

Deixem-me fazer uma citação direta: “um país com 20% de pobres e mais 12% de cidadãos miseráveis mesmo a trabalhar mostra bem o que uma falsa democracia pode engendrar!”. Primeiro, estes números são falsos: em 2022, a pobreza em Portugal era de 18,4% (não 32% = 20% + 12%). Segundo: não foi a democracia que “engendrou” a pobreza, como se em Abril de 74 não houvesse um número signi cativo de pobres.

Estas pessoas fazem a rmações que sabem que são falsas ou não se dão ao trabalho de con rmar o que dizem. Que nome lhes devemos atribuir?

Vejamos, de modo sumário, alguns factos.

O primeiro estudo sobre a pobreza em Portugal foi feito em 1982, antes não se queria saber, nem era assunto. O primeiro inquérito sobre a pobreza foi em 1985. Resultado? As famílias pobres eram 48% do total. Notável!

A 27 de Janeiro deste ano, o Expresso dizia em título: “Em 20 anos, foi possível tirar da pobreza 440 mil pessoas”. Ainda há um imenso trabalho por fazer, é certo, mas não é verdade, de todo, que o panorama esteja pior.

Mas podemos olhar à volta para outros ângulos da nossa realidade. Como eram tratados os “de cientes”?

E as pessoas que sofriam de doença mental grave e crónica? Quantos bairros da lata havia só em Lisboa? Qual a percentagem de analfabetos?

Em 1960, numa população de 7,6 milhões de habitantes, 65,8% não tinham qualquer diploma escolar; 2,6% tinham o secundário; 0,7% tinham o ensino superior.

Em 2021, numa população de 9

milhões, 5,6% não tinham qualquer diploma escolar; 23,3% tinham o secundário; 20% tinham o ensino superior. (Fonte: Pordata)

Eu assisti a pessoas irem de Abrantes morrer a casa por não terem dinheiro para a operação. A quantas pessoas isso acontece hoje?

Já sei, isto são factos e há pessoas a quem os factos não interessam. Que nome lhes devemos atribuir?

A nossa democracia tem problemas. É evidente. O mau funcionamento em múltiplos setores da sociedade, os que abusam dela em proveito próprio, os que exigem dela o que ela (ainda) não pode dar e os que concluem ser a democracia o problema. Resultado: tem vindo a desenvolver-se a recusa da própria democracia. O que cará depois dela? Trump e o assalto ao Capitólio, Bolsonaro e o assalto ao Planalto são apenas faces mediáticas de um fenómeno que tem percursos bem mais silenciosos noutros países. Temos vindo a caminhar coletivamente para aí. Uma caminhada que se alimenta sobretudo dos que, em vez de recusarem os problemas da nossa democracia condenam a própria democracia. E logo aparece um coro a fazer eco da desinformação que se alimenta da má fé, da credulidade, do desinteresse, da ignorância.

Sempre que alguém aponta falsos factos e com eles desata aos tiros na democracia é em nós próprios que acerta. E quase aposto: são sobretudo os que nunca zeram nada pelos que mais precisam os que mais gostam do faroeste político em que nos estamos a tornar.

26 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023
/ José Alves Jana / FILÓSOFO
Tem vindo a desenvolver-se a recusa da própria democracia. O que ficará depois dela?
/ O CMA quer ter especialidades que não existem no mercado local
Centro Médico abriu portas e alarga oferta nos serviços de saúde
O centro médico será algo na continuidade desta oferta de serviços.

Há falta de casas novas e casas para arrendar em Abrantes

// A Decisões e Soluções de Abrantes, empresa que pertence ao Grupo DS, de Paulo Abrantes, assinalou no dia 22 de fevereiro, o 4.º aniversário. Foi pouco antes da pandemia que o empresário de Torres Novas, Carlos Mendes, abraçou este projeto de abrir uma imobiliária com serviços intermediação de crédito em Abrantes.

Estes quatro anos foram de conhecimento e aprofundamento do mercado em Abrantes, um mercado que tem evoluído e que tem subido os preços.

Carlos Mendes destacou que o trabalho da empresa vai muito além da compra ou venda de casas, há um outro trabalho em “que ajudamos muitas famílias a poupar dinheiro ao fim do mês”, aludindo a reconversões ou mudanças dos créditos nas instituições bancárias. E ao que revelou, conseguiram um leque de clientes razoável, mas há uma nota que faz questão de vincar e que tem a ver com a recomendação de outros clientes.

O diretor da DS Abrantes disse ainda que quando a pandemia “obrigou” ao “fecho da sociedade” e “tivemos de ir todos para casa” houve um susto. Apesar dos receios, no tempo de confinamento houve muito trabalho, principalmente na área do crédito. Depois o terceiro ano foi em crescimento e agora (2023) “temos tempos difíceis, mas vamos ver.”

Carlos Mendes deixou claro que o objetivo é reforçar a aposta em Abrantes, fazer com que haja cada vez mais pessoas a vir para esta cidade, até porque o mercado continua

outras cidades da região, aludindo aos preços de mercado de Torres Novas e Tomar, por exemplo.

Em declarações á Antena Livre Carlos Mendes diretor da Decisões e Soluções de Abrantes diz que o mercado de habitação está a crescer e tem havido uma procura grande. “Houve muitas vendas no centro histórico, vamos ver no que é que vai dar”, explica acrescentando que o que se nota é que há “investidores que estão a apostar na aquisição de imóveis no centro histórico.”

Há uma expectativa do empresário que estes investimentos representem recuperação e, logo depois, mais habitação para o mercado de arrendamento. A cidade não tem casas para arrendar e é um problema que se nota cada vez mais. E já para não falar quando começa um ano letivo, com a vinda de jovens para a Escola Superior e Tecnologia de Abrantes.

Há depois outra questão que Carlos Mendes destaca na construção nova. Se não há casas para arrendar também não há para aquisição, uma vez que nos últimos anos não se registou a construção de novas urbanizações e “os Pinheiros ou os Plátanos” já não têm casas para venda.

De notar ainda, disse o empresário, que se nota uma falta muito grande de casas ou apartamentos de tipologia T3.

Outra questão que o empresário diz haver necessidade de medidas urgentes é nos licenciamentos e burocracias, não desta ou daquela câmara, mas da Lei geral. Há processos muito complexos, que podem ser muito simples para propriedades recentes, mas assim que entramos em domínios mais antigos para a ser uma dor de cabeça.

Quando aos planos do Governo para a habitação, à data do aniversário [22 de fevereiro, cerca de uma semana depois do governo ter apresentado as linhas gerais da nova política de habitação] Carlos Mendes não se quis alargar em comentários. Não vê com bons olhos que o Estado queira “ser um agente imobiliário”, mas a falta de informação concreta sobre o que é que vai ser feito ou não vai ser feito preferiu não adiantar muitos pormenores.

A DS de Abrantes assinalou o 4.º aniversário com o foco no crescimento no mercado imobiliário em Abrantes e intermediação de crédito.

O Executivo reuniu no dia 8 de fevereiro e foram aprovados os financiamentos ao Subprograma

3 - Desenvolvimento Desportivo 2022/2023.

Consciente da “importante função”, a Câmara de Sardoal “sempre considerou que o incentivo ao associativismo é tido como um eixo central da atuação municipal”, criando apoios específicos para o desporto.

Neste contexto, foram aprovadas as candidaturas do Grupo Desportivo e Recreativo “Os Lagartos” para apoio ao desenvolvimento do Futebol de Formação (18.000 euros); Grupo Desportivo de Alcaravela para a inscrição de atletas no Campeonato Inatel (1.056 euros); Associação Cultural e Desportiva de Valhascos para apoio ao projeto “Desporto Intergeracional” (580,50 euros) e para a inscrição de atletas na Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (354 euros); Associação de Melhoramentos e Amigos de Entrevinhas para inscrição de atletas na Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta.

O Município informa que “no que concerne à candidatura da Associação Cultural e Desportiva de Valhascos, importa esclarecer que o montante proposto corresponde a 70% do valor não comparticipado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude no projeto Desporto Intergeracional”.

Para além dos montantes aprovados, a Câmara Municipal apoia ainda com a disponibilização de transporte, bem como a utilização gratuita do Parque Desportivo Municipal e de todas as suas valências para o desenvolvimento das modalidades desportivas.

No total das candidaturas, o apoio da Câmara Municipal de Sardoal às associações desportivas do concelho ascende a 20.419,50 euros.

Passos (Paços) do Concelho

Regularmente, recebo e leio o luxuoso Boletim Municipal da Câmara de Abrantes. Sendo as comparações odiosas, comparando-o com o Boletim da Câmara do Sardoal, no papel e fotos é como comparar uma bicicleta a um carro da frota do Ronaldo a arrebanhar dólares na Arábia Saudita. Já no que tange ao conteúdo, a comparação muda de gura, o o cioso abrantino é a Voz do Dono, o Boletim do Sardoal é a voz da Comunidade. Se existirem dúvidas, façam o favor de ler as duas publicações.

Ora, em Abrantes é dado mensalmente à estampa o Jornal de Abrantes em edição de papel, o qual é alvo de desleal concorrência por parte do pago por todos nós Passos/ Paços sem sabermos o real custo do boletim autárquico.

Eu sei, como todos sabem, que este artigo não vai ter qualquer eco no executivo socialista, a generalizada política do pão e circo continuará impávida e indiferente, do mesmo modo a indiferença da oposição a este desbaratar do dinheiro dos contribuintes. Até quando? Até os eleitores quiserem.

27 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES ECONOMIA / Fisabrantes Centro de Fisioterapia Unipessoal, Lda. Médico Fisiatra Dr. Jorge Manuel B. Monteiro Fisioterapeuta Teresinha M. M. Gueifão Terapia da Fala Dr.ª Sara Pereira Psicóloga Clínica Aconselhamento Ana Lúcia Silvério Audiologia / aparelhos auditivos Dr.ª Helena Inocêncio Acordos: C.G.D., SAMS, PSP, SEGUROS, PT - Consultas pela ADSE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Telef./Fax 241 372 082 Praceta Arq. Raul Lino, Sala 6, Piso 1 - 2200 ABRANTES PUBLICIDADE
/ Armando Fernandes
OPINIÃO /
/ Carlos Mendes (5.º a contar da esquerda) diz que é preciso construção nova em Abrantes
Município atribui mais de 20 mil euros às associações desportivas
// SARDOAL

Município de Constância

Câmara Municipal

EDITAL

N.º de Registo 852 Data 20/02/2023 Processo 2023/300.50.201/4

Município de Constância Câmara Municipal EDITAL

Sérgio Miguel Santos Pereira de Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Constância:

N.º de Registo 852 Data 20/02/2023 Processo 2023/300.50.201/4

CARTÓRIO NOTARIAL EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA ANDREIA SORAIA MARTINS SILVA

Extrato Notarial de Escritura Pública de “Justificação”

CARTÓRIO NOTARIAL DE MARIA DA CONCEIÇÃO RIBEIRO

Rua Dr. Eduardo de Castro, n.º19, r/c, 6110-218 Vila de Rei Telf: 274.898.162 Tlm: 927.735.540

EXTRATO DE JUSTIFICAÇÃO

Sérgio Miguel Santos Pereira de Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Constância: TORNA PÚBLICO, que a Câmara Municipal de Constância, em sua reunião ordinária realizada no dia 15 de fevereiro de 2023, deliberou aprovar a abertura do Concurso por Classificação para atribuição de 1 (uma) habitação em regime de arrendamento apoiado, a decorrer no prazo de 30 (trinta) dias úteis a contar da publicação do presente Edital nos lugares de Estilo do Município, no sítio da Internet da Câmara Municipal de Constância, em www.cm-constancia.pt, e no jornal regional de maior circulação no Concelho, nos termos constantes no Programa do Concurso, que, considerando o n.º 4, do artigo 11.º, do Regulamento Municipal n.º 121/2017, de 7 de março, define, nomeadamente:

TORNA PÚBLICO, que a Câmara Municipal de Constância, em sua reunião ordinária realizada no dia 15 de fevereiro de 2023, deliberou aprovar a abertura do Concurso por Classificação para atribuição de 1 (uma) habitação em regime de arrendamento apoiado, a decorrer no prazo de 30 (trinta) dias úteis a contar da publicação do presente Edital nos lugares de Estilo do Município, no sítio da Internet da Câmara Municipal de Constância, em www.cm-constancia.pt, e no jornal regional de maior circulação no Concelho, nos termos constantes no Programa do Concurso, que, considerando o n.º 4, do artigo 11.º, do Regulamento Municipal n.º 121/2017, de 7 de março, define, nomeadamente:

1. Tipo de Procedimento;

1. Tipo de Procedimento;

2. Data do Procedimento;

2. Data do Procedimento;

3. Identificação, Tipologia e Área Útil da Habitação;

3. Identificação, Tipologia e Área Útil da Habitação;Descrição Tipologia Localização Área Útil Artigo Matricial Descrição Predial Fração Autónoma designada pela letra “B” do prédio constituído em regime de propriedade horizontal

T3 Rua de Santa Basilissa, Lote 7, R/C Direito 2250-021 Constância 74,40 m2 1151 894

4. Regime de Arrendamento;

4.Regime de Arrendamento;

5.Critérios de Acesso ao Concurso e de Hierarquização e de Ponderação de Candidaturas;

5. Critérios de Acesso ao Concurso e de Hierarquização e de Ponderação de Candidaturas;

6. Critérios Preferenciais;

6.Critérios Preferenciais;

7.Critérios Desempate;

7. Critérios Desempate;

8.Local e Horário para Consulta do Programa do Concurso e para Obtenção de Esclarecimentos;

9.Local e Forma de Proceder à Apresentação de Candidaturas;

8. Local e Horário para Consulta do Programa do Concurso e para Obtenção de Esclarecimentos;

10.Seleção e Classificação das Candidaturas;

9. Local e Forma de Proceder à Apresentação de Candidaturas;

11. Local e Forma de Divulgação da Lista Provisória e Definitiva dos Candidatos;

12. Exclusão.

10. Seleção e Classificação das Candidaturas;

11. Local e Forma de Divulgação da Lista Provisória e Definitiva dos Candidatos;

_____ Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada na presente data a folhas vinte e duas e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número quarenta e seis, do Cartório Notarial em Abrantes, sito na Avenida 25 de Abril, número duzentos e quarenta e oito, freguesia de União das Freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede, da Notária, Andreia Soraia Martins Silva: MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA COENTRE DE JESUS, NIF 107.839.830, natural da freguesia de Alvega, concelho de Abrantes, e marido JOAQUIM MANUEL ESTEVES DE JESUS, NIF 109.482.964, natural da freguesia de Abrantes (São Vicente), concelho de Abrantes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Dom Duarte, número 8, 7400-249 Ponte de Sor, freguesia de Ponte de Sor, Tramaga e Vale de Açor, concelho de Ponte de Sor.--------------------------------------

DECLAROU A P OUTORGANTE MULHER SOB SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE: -------

---------- Que, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes; -----------------------------------------------

---------- Prédio urbano, composto por garagem e quintal, situado na Rua Principal, Lampreia, Alvega, freguesia de União de Freguesias de Alvega e Concavada, concelho de Abrantes, com a área total de setenta metros quadrados, superfície coberta de trinta e três vírgula seis metros quadrados, e área descoberta de trinta e seis vírgula quatro metros quadrados, a confrontar de norte com Estrada Principal, de sul com António Marques da Tia, de nascente com Henrique Farrolas, e de poente com Orlando Manuel Mourato da Cruz, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de União de Freguesias de Alvega e Concavada, sob o artigo 2036, com o valor patrimonial correspondente de 3.213,93€, a que atribui igual valor. ---------------------- ----

------ Que desconhece outros artigos anteriores a este imóvel, nomeadamente, o artigo rústico onde foi implantado o urbano. ---------------------------------------------------------------------------------

MAIS DECLAROU A OUTORGANTE MULHER SOB SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE: --

---------- Que, imóvel veio à posse da justificante mulher, em dia e mês que não pode precisar, mas no ano de mil novecentos e setenta e três, quando ainda era menor, por doação meramente verbal, de seus pais, Vicente Rodrigues Coentre e mulher, Idalina Maria da Silva, casados que foram entre si sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua Principal, número 5, Lampreia, Alvega, Abrantes.--------------------------------------------------------------------------------------

-------- Que dada a forma de aquisição não tem título formal que lhe permita requerer o registo a seufavor.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada em oito de fevereiro de dois mil e vinte e três, exarada a folhas CENTO E QUARENTA E DOIS e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número VINTE – A, MARIA BEATRIZ ALPALHÃO LOPES, NIF 104.346.272, e marido FRANCISCO LOPES, NIF 104.346.264, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho de Sardoal, onde residem habitualmente na Rua 25 de Abril, número 29, Entrevinhas, declararam que são donos e legítimos proprietários com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, sito em Cruz, freguesia e concelho de Sardoal, com a área total de duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte, do sul e do nascente com Herdeiros de Etelvina Rosa e do poente com Estrada, omisso na Conservatória de Registo Predial de Sardoal, inscrito na matriz sob o artigo 167, secção AC, com o valor patrimonial tributário de 8,20 euros. Que desconhecem a proveniência do artigo, em virtude de não terem obtido qualquer informação nesse sentido, apesar das buscas efetuadas.

Que o imóvel acima identificado, foi adquirido pelos justificantes por partilha meramente verbal feita conjuntamente com os demais herdeiros das heranças por óbito dos pais da justificante mulher, Lucinda Martins e Felicíssimo Alpalhão, casados sob o regime da comunhão de geral, residentes que foram na Rua do Cabral, sem número, Entrevinhas, freguesia e concelho de Sardoal, feita em data que não sabem precisar, mas que situam no ano de dois mil, e portanto há mais de vinte anos, ao tempo os justificantes já no estado de casados entre si no indicado regime de bens.

12. Exclusão.

Município de Constância  Apartado 46, 2250-909 Constância NIPC 506 826 546  (+351)

249 730 050  (+351)

O Programa do Concurso encontra-se disponível para consulta no Gabinete de Ação Social, Saúde e Educação do Município de Constância, sito em Estrada Nacional 3, n.º 13, 2250028 Constância das 8h30 às 13h00 e das 14h00 às 16h30, bem como no sítio da Internet da Câmara Municipal de Constância. Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos e do costume.

249 739 514  geral@cm-constancia.pt  www.cm-constancia.pt Página 1 de 2 DE003E02

Paços do Município de Constância, 20 de fevereiro de 2023

O Presidente da Câmara Municipal

-- Que desde aquele ano, entrou na posse do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade plena, aproveitando todas as suas utilidades, usufruindo-o, fazendo melhoramentos e reparações, limpando-o, conservando-o e suportando os respetivos encargos, posse esta que exerceu até hoje, de modo contínuo, pacifica e publicamente e de boa-fé, pelo que se afirma proprietária do prédio, justificando a sua aquisição por usucapião, tendo agido nos termos acima prescritos, enquanto menor por si e por intermedio dos seus representantes legais, solidificando e mantendo os atos de posse depois de atingir a sua maioridade até à presente data.---------------------------

--------------------------------------------------------- Que, meramente para efeitos de registo predial, devido à distância temporal, relativamente ao prédio não descrito, supra identificado, desconhece os possuidores anteriores aos supramencionados, bem como se o prédio esteve inscrito em anterior matriz, e que não tem documento algum onde possa verificar a proveniência do artigo, para além do indicado.-------------- DECLAROU O OUTORGANTE MARI-

DO:-----------------------------------------------------------------------

------ Que confirma as declarações prestadas pelo seu cônjuge, a ora outorgante mulher, e que reconhece a natureza de bem próprio da sua mulher, sobre o identificado imóvel, neste ato ora justificado.--

-------- Está conforme o original.

_____ Abrantes, 10 de fevereiro de 2023

______A Notária, Andreia Soraia Martins Silva

Que desde que a mesma foi efetuada até esta data, sempre eles justificantes usufruíram do citado imóvel, ininterruptamente à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizarem e fruírem coisa exclusivamente sua, adquirida de anteriores proprietários, cultivando-o, limpando-lhe o mato e dele retirando os seus normais frutos, produtos e utilidades. Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública e contínua, adquiriram sobre o dito imóvel o direito de propriedade por usucapião, não tendo em face do modo de aquisição, documento que lhes permita comprovar o seu direito de propriedade perfeita.

Está conforme.

Cartório Notarial de Vila de Rei, a cargo da Notária Maria da Conceição Fernandes Ribeiro, oito de fevereiro de dois mil e vinte e três.

A Notária

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL, CRL CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA

GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do n.º 2 do artigo 26.º, do artigo 27.º e do artigo 28º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, C.R.L., com sede na Praça 5 de Outubro, em Torres Novas, pessoa colectiva n.º 503584312, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Torres Novas sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 12.308.765 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 23 de Março de 2023, às 17H00, na sede da Instituição para discutir e votar as matérias da seguinte

Ordem de Trabalhos:

1.Apresentação, discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2022 e do relatório anual do Conselho Fiscal;

2.Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;

3.Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola;

4.Designação do Revisor Oficial de Contas para o triénio 2023-2025;

5.Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação anual da implementação das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

6.Deliberação sobre a Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola para o triénio de 2023 – 2025;

7.Discussão e aprovação da Política de Remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2023;

8.Fixação do valor de reembolso dos Títulos de Capital;

9. Exoneração de Associados;

10.Exclusão de Associados;

11. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada para o início da Assembleia não estiver presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

A.Voto por correspondência

Os Associados podem exercer o seu direito de voto por correspondência, nos termos do artigo 31.º, n.ºs 3 a 6 dos Estatutos da Caixa Agrícola desde que sejam cumpridos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

iSolicitem atempadamente, por escrito, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, os boletins correspondentes a cada ponto da ordem de trabalhos e a carta que os deverá capear;

ii.O sentido de voto seja expressamente indicado em relação a todos os pontos da ordem de trabalhos;

iii.Os boletins deem entrada na sede da Caixa Agrícola até às dezasseis ho-

ras do segundo dia útil anterior ao da Assembleia Geral, sendo a data e hora da entrada registada em livro, registo que será encerrado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral logo que terminado o prazo da sua válida recepção.

Cada boletim deverá ser dobrado em quatro e inserido em sobrescrito, em cujo rosto será inscrito “Votação do(a) Associado(a)… [nome ou designação do Associado] para o Ponto… [inscrever o número] da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, convocada para as dezassete horas do dia 23 de Março de 2023”, sendo os referidos boletins capeados pela carta a que alude o requisito i. supra com a assinatura do Associado reconhecida nos termos legais.

B.Voto por Representação

Nos termos do artigo 31.º, n.ºs 7 e seguintes dos Estatutos da Caixa Agrícola, qualquer associado poderá votar por procuração, conquanto constitua como mandatário familiar seu, desde que maior de idade, ou outro Associado, sendo que este só poderá representar um mandante.

A procuração deve ser outorgada em documento escrito, dele constando a identificação do mandante e a identificação do mandatário, pelo menos através dos seus nomes completos, números de identificação civil e respectivas moradas, data, hora e local da realização da Assembleia e ponto ou pontos da ordem de trabalhos para a qual confere o mandato e, querendo, o respectivo sentido de voto.

A procuração deverá ainda ser datada e dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com a assinatura do mandante reconhecida nos termos legais.

C.Presença na Assembleia Geral

Advertem-se os Associados que poderão vir a ser adoptados na reunião procedimentos de segurança, saúde e higiene, no âmbito da pandemia da doença COVID-19, designadamente em função de orientações específicas que venham a ser dimanadas quer por dispositivo legal subsequente à publicação desta convocatória e que não se encontrem em vigor, quer pela Direcção-Geral de Saúde ou por qualquer outra autoridade competente, as quais serão devidamente divulgadas aos Associados.

Torres Novas, 15 de Fevereiro de 2023

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Jacinto Freire Rodrigues

NOTA: Os elementos relativos aos pontos da Ordem de Trabalhos, encontram-se disponíveis, na Sede da Caixa, para consulta dos Associados.

INFORMAÇÃO
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Sabe-se que esta feira é velhinha, mas não se sabe ao certo a data exata do seu início.

O santo que lhe deu o nome celebra-se a 24 de Fevereiro e, até há umas décadas atrás, era sempre este o dia do início da feira, que se prolongava depois até quase a meados de Março. Compreendia três domingos, sendo o segundo o mais concorrido, pelo que era chamado o Domingo Grande de Feira e terminava na segunda-feira que se seguia ao terceiro domingo. Nos últimos anos a abertura e o fecho variam de ano para ano, tendo sobretudo em conta a data dos ns-de-semana, por continuarem a ser os mais concorridos.

Durante muito tempo, séculos até, teve lugar no centro histórico de Abrantes, nas imediações de onde está hoje o Jardim da República, o que deu origem a que este sítio tivesse entrado para a toponímia com o nome de Terreiro da Feira, designação antiga pois já surge em documentação do século XVII. A Rua Dr. Oliveira, contígua a este espaço, foi também em tempos denominada Rua da Feira e é interessante constatar que num documento de 1363, já surge com este nome. Se era a feira de S. Matias ou alguma sua antepassada não sabemos. A política de criação de feiras teve bastante incremento logo na primeira dinastia, sobretudo no reinado de D: Dinis (1279-1325), e é possível que a feira de Abrantes date já dessa época. Só saiu deste local quando ali foi colocado o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, inaugurado a 4 de Junho de 1940 e então, para lhe dar o devido enquadramento, este terreiro, também chamado Rossio, foi arranjado e transformado em jardim.

Para sua nova morada foi escolhido o chamado Largo do Ramal, hoje Primeiro de Maio, por onde cou durante algumas décadas. Quando arranjaram o largo, foi outra vez desalojada, passou por vários locais da cidade, depois desceu a encosta, foi para Alferrarede e nos últimos anos está novamente num Rossio, mas agora na marginal do Rossio ao Sul do Tejo.

A feira já não tem hoje, junto das populações, o impacto que tinha há anos atrás, quando a sociedade de consumo ainda não invadira as nossas vidas.

Então a feira era procurada não só pelos divertimentos que atraiam sobretudo os jovens, mas pelas novidades que só

ela trazia e pela necessidade de comprar produtos a que noutras alturas se tinha menos acesso.

Até meados do século XX, na altura da feira, Abrantes enchia-se de gente que lhe dava vida e animava o comércio local. Então no Domingo Grande de Feira e se o tempo ajudava uma verdadeira multidão enchia as ruas da cidade. Havia quem viesse de longe, andando muitos quilómetros a pé, pois os transportes eram raros, mas todos faziam de bom grado esse sacrifício a troco de umas horas de divertimento e de convívio. Já perto da feira, as mulheres trocavam os sapatos velhos que traziam, sujos pelo pó e lama dos caminhos, por outros mais apresentáveis com os quais se passeavam pela feira e que combinavam com a roupa nova feita especialmente para a ocasião. Ninguém queria fazer má gura!

As barracas eram muitas e nelas vendia-se de tudo um pouco: louça de Sacavém, barros de Barcelos, roupas, talheres das fábricas de cutelaria de Guimarães, brinquedos que faziam o encanto das crianças… Havia barracas de comes e bebes para bolsas e gostos variados, farturas e outras guloseimas e mulheres que vinham de Leiria vender os seus os de pinhões, na altura bem mais baratos do que hoje

Os divertimentos atordoavam a feira com o barulho da sua música e publicidade: Venha menina, mais uma viagem, mais uma corrida. E iam distribuindo senhas gratuitas sobretudo pelas raparigas, pois já sabiam que atrás delas vinham os rapazes e esses pagavam. Os

mais concorridos eram o carrossel, os carrinhos de choque, um pouco mais tarde os aviões, o Poço da Morte e o circo que nunca faltava…Por ali perto estava a Barraca da Bruxa e nenhuma menina adolescente passava por ela sem deixar uns tostões em troca do papelucho da sina.

Em certos anos aparecia o Ti Filipe com os seus fantoches, a que chamavam Robertos. Ele era a alma do espetáculo, era o obreiro de quase tudo: fazia as peças, apenas sob a forma oral pois não era homem de grandes escritas, compunha o cenário, confecionava, manejava e dava voz aos fantoches. A mulher vestia-os com roupas garridas e atraía o público tocando com energia uma espécie de tambor, denominado Caixa. Umas tantas moedas recolhidas pelos lhos junto do público eram a magra recompensa para tanto trabalho!

A maior parte dos feirantes vinha de longe e o espaço traseiro da frágil barraca era a residência da família durante todos estes dias. Por vezes o tempo não ajudava, chovia e fazia frio o que aumentava o desconforto e lhes tornava a vida ainda mais difícil. A comida era feita num fogareiro na rua e quem passava por ali na altura não se cansava de gabar o cheirinho apetitoso da comida dos feirantes. En m, a feira era uma festa, mas como tudo, tinha também as suas zonas sombrias.

Consultas:

- Campos, Eduardo, Toponímia Abrantina, edição C.M.A. 1982

- Jornais locais

29 Março 2023 / JORNAL DE ABRANTES
NOMES COM HISTÓRIA / Feira de S. Matias PUBLICIDADE Grupo uma nova forma de comunicar. ligados por natureza. 241 360 170 . geral@mediaon.com.pt www.mediaon.com.pt Regularize o pagamento dos portes de envio do seu jornal através da nossa redação ou por transferência bancária: NIB 0036 0059 99100093265 67 PATRIMÓNIO /
/ Teresa Aparício

Hoje vamos falar-lhe da saúde do seu coração

realidade, não damos o devido valor ao nosso coração até surgir o primeiro problema.

Antes de começarmos, aproveitamos para dar-lhe uma excelente notícia: a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), localizada na Unidade de Abrantes do CHMT, acaba de ser reativada, depois de um período de três anos em que esteve exclusivamente alocada ao tratamento dos doentes críticos infetados pela Covid-19. Quer isto dizer que a população do Médio Tejo voltou a ter garantidos os melhores cuidados para a saúde cardíaca dos seus utentes a partir da cidade de Abrantes.

Em fevereiro, as montras enchem-se sempre de corações. Mas servem para nos lembrar de comprar chocolates e rosas no Dia dos Namorados e não para nos alertar para a nossa saúde cardíaca. Não podemos viver sem ele, mas, na

Cuidar da Saúde Mental

Um dos mais frequentes costuma ser a insuficiência cardíaca – a incapacidade de o coração cumprir a sua função de bombear sangue eficazmente para todo o corpo.

A insuficiência cardíaca é uma doença crónica, progressiva e que tem uma mortalidade muito elevada. É particularmente grave, porque o sangue é portador de oxigénio que é necessário para o eficaz funcionamento das células do nosso organismo – e assim sendo, o oxigénio é transportado em menor quantidade e todo o organismo e todos os órgãos podem ficar comprometidos e doentes.

Estima-se que existam mais de 400 mil pessoas que sofrem em Portugal de insuficiência cardíaca.

A incidência aumenta abruptamente a partir dos 70 anos, e é a primeira causa de hospitalização após os 65 anos, nos países industrializados.

Atualmente, há cerca de 26 milhões de indivíduos em todo o

Decorridos quase três anos após o aparecimento da pandemia COVID-19, lidamos ainda com a doença em si, e com as suas consequências, como por exemplo a saúde mental de todos: os que ficaram doentes, os que cuidaram dos doentes, os que perderam familiares e amigos, os que ficaram impedidos de conviver e socializar, em suma, todos nós de uma forma ou outra ficámos diferentes devido ao impacto da pandemia COVID-19, dependendo da faixa etária ou da própria personalidade, inclusivamente o aparecimento de sintomas como: alterações emocionais, ansiedade, perturbações do sono, momentos de tristeza e de solidão.

mundo que vivem com insuficiência cardíaca. Este número compara com os 32 milhões de pessoas que lutam contra um cancro, ou os 34 milhões que têm VIH/SIDA. Muitos dos sintomas da insuficiência cardíaca são uma manifes-

tação do organismo a compensar a incapacidade de o coração fazer chegar o sangue a todo o corpo, que pode gerar palpitações.

Pode também haver uma maior retenção de sal e água nos rins, para aumentar o volume de san -

gue circulante, causando edema e inchaço nos membros inferiores, quando a pessoa está de pé, podendo surgir também nas costas ou no abdómen quando se encontra ou quando está deitada.

Na insuficiência cardíaca já instalada, um dos principais sintomas é o cansaço. Pode também haver perda de apetite, tosse ou aumento de volume do abdómen.

A acumulação de fluidos nos pulmões pode gerar edema pulmonar, com dificuldade respiratória e falta de ar, obrigando os doentes a dormir com a cabeceira elevada, ou mesmo sentados. Como regra, a insuficiência cardíaca não pode ser revertida e o tratamento visa melhorar a qualidade de vida.

A prevenção é a chave, com a adoção de um estilo e hábitos de vida saudável. Uma dieta adequada é essencial, bem como praticar exercício físico ajustado às capacidades de cada paciente. O controlo da ingestão de sal é particularmente relevante, porque ele associa-se a uma maior retenção de líquidos e, como tal, a uma maior sobrecarga para o coração. Quando a insuficiência cardíaca é muito grave e não responde de modo adequado à terapêutica, pode haver indicação para transplante cardíaco. A diabetes e a obesidade são doenças associadas à insuficiência cardíaca.

O Relatório que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu em junho de 2022, no âmbito da Saúde Mental, faz um apelo a todos, aos governos, aos profissionais de saúde, à sociedade civil em geral, para que todos participem na transformação da forma como víamos a saúde mental, porque os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos com incapacidade. Segundo dados do referido relatório pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais

cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. A depressão, as desigualdades sociais e económicas, as emergências de saúde pública, a guerra e a crise climática estão entre as ameaças estruturais globais para a saúde mental. A discriminação e a violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades mais pobres e desfavorecidas, este relatório da OMS convida todas as partes interessadas a trabalharem juntas para aprofundar o valor e o compromisso dado à saúde mental, remodelar os ambientes que influenciam a saúde mental e fortalecer os sistemas que cuidam da saúde mental das pessoas. Para o diretor-geral da OMS: “Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais. A boa saúde mental traduz-se em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a mudança. Os vínculos indissolúveis entre saúde mental e saúde pública, direitos humanos e desenvolvimento socioeconômico significam que a transformação de políticas e práticas em saúde mental pode trazer benefícios reais e substantivos para pessoas, comunidades e países em todos os

Transforming

lugares. O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos”. Os 194 Estados Membros da OMS assinaram o Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030, que recomenda metas globais para transformar a saúde mental, e segundo o documento, a mudança é possível, uma vez que os progressos

parciais alcançados na última década provam isso mesmo. É essencial estabelecer/ manter redes comunitárias de serviços nos cuidados de saúde primários e diversificar e ampliar o acompanhamento de proximidade e continuidade a indivíduos com problemas no âmbito da saúde mental ou com fatores predisponentes para essa vulnerabilidade. Deve ser dada prioridade máxima à área preventiva e de promoção da Saúde Mental, com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta social, comunitária e de saúde, bem como o acompanhamento de situações de fragilidade no âmbito da Saúde Mental. Os cuidados de saúde primários, enquanto primeiro nível de contacto com o sistema nacional de saúde para os individuos, famílias e comunidade, deve continuar a organizar uma intervenção de proximidade, no domicílio, nas escolas, nos locais de trabalho, nas IPSS, entre outras estruturas da comunidade, permitindo o correto diagnóstico das necessidades de saúde, o planeamento e implementação das ações para responder a situações de grande vulnerabilidade e complexidade promovendo o bem-estar duma sociedade.

30 JORNAL DE ABRANTES / Março 2023 SAÚDE /
Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária – Unidade de Saúde Pública do ACeS Médio Tejo
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