FESTURIS 2022 | ENQUETE AVIAÇÃO
SETOR AÉREO VISLUMBRA FUTURO POSITIVO COM RESULTADOS SUPERIORES À PRÉ-PANDEMIA EM 2023 Abear cita três grandes desafios para o próximo ano, incluindo a redução dos custos operacionais Questionamos representantes de grandes companhias aéreas brasileiras e internacionais sobre o que podemos esperar do setor aéreo no próximo ano. A maioria apontou a in-
tenção de expandir ainda mais suas operações e buscar novas oportunidades de negócios. Seja dentro do Brasil ou para o exterior, o otimismo reverbera diretamente na possibi-
lidade de aproveitar o potencial de retomada em toda a América Latina. Entre todas as respostas, uma certeza: as perspectivas são as melhores para 2023.
M&E - Qual a perspectiva para o setor da aviação no próximo ano? “Pensando e avaliando o comportamento das rotas que conectam a América com Madri e, especialmente, as nossas com saídas do Brasil (São Paulo-Madri/Salvador-Madri), enxergamos 2023 com entusiasmo e, paralelamente, com grandes desafios. Analisando as vendas em questão de demanda, ocupações e antecedência de compra das viagens, acreditamos que 2023 será um ano de recuperação para nosso setor, especialmente durante o primeiro semestre. Falando dos segmentos, ainda continua muito forte a demanda por viagens de turismo e há uma recuperação acelerada do segmento corporativo ou viagens de negócios desde maio deste ano. Tudo indica que teremos um 2023 de contínua recuperação para o setor. No entanto, é necessário agir sempre com cautela e nos manter atentos aos desafios relacionados à questão de custos”. Gonzalo Romero, diretor geral da Air Europa no Brasil
“Posso afirmar que certamente as perspectivas para o próximo ano são as melhores possíveis. Em um cenário como o que vemos atualmente - com a pandemia estabilizada -, contamos que o mercado vai proporcionar oportunidades de retomada e crescimento da indústria como um todo. Para o mercado de lazer, projetamos que a demanda continuará interessante, até mesmo pelo represamento que aconteceu nos últimos anos, quando muitas pessoas deixaram de viajar. Assim como o mercado corporativo, que nos próximos meses também deve apresentar índices de retomada, alcançando sua normalidade. Essas oportunidades certamente serão exploradas pela indústria, mas com racionalidade, haja vista que ainda há desafios a serem superados tanto internamente quanto no exterior”. Antônio Américo, diretor de Vendas e Comercial da Azul
“Acreditamos que, mesmo com muitas dificuldades enfrentadas no período de pandemia, o setor do turismo se mostrou resiliente e com bastante união entre os players. Se olharmos para o cenário do lado do consumidor, podemos observar que também há uma movimentação muito positiva, pois as viagens voltaram a fazer parte do planejamento das famílias. Na Copa Airlines, até o momento, foram reativadas 75 das 80 rotas que eram operadas no pré-pandemia e incorporadas seis novas rotas. As projeções também indicam que continuaremos sendo uma das maiores empregadoras do setor privado no Panamá. Ao final de 2022, estimamos ter mais de 6,8 mil colaboradores em nosso quadro de colaboradores e esperamos fechar 2023 com 7,5 mil colaboradores no Panamá, 3% acima do nível de 2019”. Monica Afonso, gerente de Vendas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Manaus e Porto Alegre da Copa Airlines 26