A onça-parda O que leva uma onça-parda a perambular em meio ao movimento de uma rodovia? Ora, em meio a grande devastação provocada por pessoas sem a mínima consciência de preservação do meio ambiente, a pobre onça sai em busca do pouco alimento que lhe resta na região e acaba colocando sua própria vida em risco. Ao invés de encher sua barriga de alimento, acaba sendo atropelada e taxidermizada para estudo. Triste fim da onça que só pretendia comer e agora virou objeto de estudo por causa da falta de cuidado e de atenção de um motorista. Um animal tão bondoso inofensivo, agora morto e taxidermizado. Os animais estão cada vez mais entrando em extinção por culpa do ser humano. Infelizmente ele matou uma onça, mas poderia ter sido pior, ele poderia ter matado uma pessoa. Mas o ser humano infelizmente faz as coisas sem pensar nas consequências. A onça, logicamente estava no lugar errado na hora errada, mas qual era o nível de atenção do ser humano que a atropelou, pois ela é um animal de grande porte, não vê-lo é algo impressionante, o homem além de estar sem nenhuma atenção, devia estar em uma velocidade muito elevada ou estar ao celular.
Gabriel Fonseca, Matheus Augusto, Paulo Curi e Thaís
A Reserva Especial Em um dia comum de trabalho e cansativo como hoje, cheguei na minha casa, tirei meus sapatos e sentei no sofá, me jogando. Peguei o controle e liguei a televisão. Naquele momento estava na propaganda do “Jornal Nacional”, logo voltou ao programa. Começo a assistir concentradamente e o jornalista diz que falaria sobre uma notícia de um animal morto na estrada. No dia seguinte, quando estava indo ao trabalho, percebi uma coisa diferente no meio da estrada. Comecei a me aproximar, e não acreditava no que via! Sem dúvidas, peguei meu “walk-talk” e já comecei a falar com meus colegas. Por eu ser policial militar ambiental, ajudei a retirar e levar aquela linda onça-parda até o laboratório em que trabalho. Fiquei horrorizado coma atitude da pessoa que provavelmente atropelou a onça. Ninguém sabia com ela tinha ido parar na estrada. Alguns dias se passaram, e a onça foi se recuperando. Quando estava melhor, a acompanhei até a mata mais próxima da estrada, mais foi aí que eu descobri tudo! A onça não vivia na mata, e sim em uma reserva especial para animais em extinção. Fui procurar o responsável pela reserva, e o homem apareceu, porém quando ele viu a onça, foi correndo em sua direção. Parecia preocupado, mas alegre. Depois de conversar horas com o homem, descobri que ele cuidava da reserva e da onça desde pequena, por isso tinha um grande afeto por ela. Voltando para casa, começo a pensar no dia e nas situações que se passaram... Que absurdo! Além de ser um animal selvagem e irracional, não tem culpa, pois não sabe para onde está indo, apenas está explorando seu território, que por acaso nós invadimos com nossos prédios, estradas, etc.
Gabriela, Julia Weiss, Nicolle e Sophia Coelho
A tensão na estrada Esses dias estava lendo o jornal, e me deparei com uma notícia muito diferente e estranha. A notícia abordava sobre uma onça-parda que está na lista de animais em extinção. O acidente ocorreu pelo fato do motorista estar distraído no celular, atropelando acidentalmente a onça-parda ao não olhar a estrada. Infelizmente hoje em dia as pessoas acabam ficando muito viciadas e muito entretidas no celular, esquecendo totalmente o mundo à sua volta. Além disso, atualmente o mundo é um lugar perigoso, não estou dizendo que o homem que atropelou a onça-parda fez para machucá-la, mas temos que prevenir acidentes com pequenas atitudes do dia a dia. Seus filhotes foram levados ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Fico indignada com acidentes que ocorrem pelo simples fato da falta de atenção. Muitas pessoas não param um segundo do seu dia para dar atenção a esses tipos de problemas diários que poderiam acontecer com qualquer um de nós. Assim como diz um livro “O ser humano é o mais bonito quando faz o bem, e quando faz o mal é o pior”. Hoje percebi que todos nós devemos nos preocupar verdadeiramente com os animais e as plantas, pois fazem parte do meio ambiente, não são piores do que nós.
Beatriz Queirós, Isabella Pasquarelli, Luisa Fontes e Maria Eduarda Amaral
Onça parda atropelada Em uma manhã corriqueira de outono, estava dirigindo na BR 262, próximo à região de Três Lagoas (MS), quando me deparei com uma triste cena, embaixo dos meus olhos. Parei o carro e avistei uma onça que acabara de ser atropelada. Ao conversar com o policial militar ambiental que já havia recebido as informações do ocorrido, ele me disse que o animal poderia ter escapado da reserva legal de propriedades rurais, que ficava próximo ao local do acidente e seu possível lugar de refúgio. Aqui ela é caçada por ter características de matar animais para ensinar seus filhotes a sobreviverem. Não é culpa delas de exterminar suas presas onde o lugar é movimentado. Somos nós que invadimos seu território, privando-as de criar seus filhotes. A falta de atenção e cuidado dos motoristas geram um grave acidente e, infelizmente, o final é esse... Recolheram-na e encaminharam-na para serem empalhadas e servirem de pesquisa para os PMS. Triste em saber que além de perdermos mais um ser vivo, perdemos uma espécie linda, especial e em extinção. Essa é a realidade que vivemos hoje.
Pedro José Zolési, Matheus Camargo, Gabriel Carneiro, Lucca Carminholi
Tartaruga em agonia No dia 24 de junho de 2016 o Projeto Tamar resgata e encaminha mais uma tartaruga marinha para o Instituto, pois tinham recebido uma ligação de umas pessoas que estavam na praia. Eles disseram que perto do raso avistaram o animal marinho que estava sangrando, parece que tinha algo em seu nariz, pois respirava pela boca. Logo depois a equipe de biólogos chega e vai direto ao mar. Quando eles se aproximam do local a tartaruga pede socorro. Arrastando-se com a maior dificuldade. Eles estão com um alicate para retirar o lixo, e tentam fazê-lo por muito tempo. Fico imaginando o sofrimento. Eu me lembrei de uma onça atropelada na estrada e de um policial, que, heroicamente, foi ajudá-la. Pensei que a tartaruga passara pelo mesmo problema da onça, pois o que elas devem ter passado foi horrível. Até que eles retiram um graveto de madeira pequeno e começa a sangrar ainda mais pelo nariz da coitada. Eles a devolvem ao mar. Eu acho esse trabalho uma coisa surpreendente. É um projeto que ajuda as tartarugas a não entrarem em extinção.
Bernardo Z. Passoni , Enzo More, Fernando Concato e Marissa Iovino
Um dia tudo acaba Lá estava eu, mais um dia na triste poluição de São Paulo, mas o problema não era a poluição, e sim o fato das pessoas não ligarem para o ar que respiram, que as árvores estão salvando o nosso ar, mas mesmo assim as pessoas continuam desmatando, sem dó nem piedade. As pessoas aqui gastam água e tudo. Lembro-me de um dia em que vi uma mãe ao telefone, sem nem ao menos se importar com o que seu filho (que estava ao seu lado) fazia. Ele estava pisando em umas plantas e flores, as quais nem faziam parte da propriedade da mãe, que, por sinal, achava tudo aquilo que seu filha fazia, lindo!uma onça morta, sem respeitar a pobre coitada. A sociedade não se importa com os atos que fazem, mas na hora das consequências, a culpa é do governo. Quando os animais entram em extinção, eles culpam os outros. Nem se lembram que aqueles que mataram os animais, agora em extinção, foram eles mesmos.
Pedro Felipe Gomes, João Paulo Massabki e João Pedro Barbosa
Uma trágica notícia Estava eu de bom humor lendo meu jornal como sempre faço. Um detalhe, sempre espero coisas boas, mas sempre vêm coisas ruins. E hoje não foi diferente. Virei a página e me deparei com mais uma tragédia. Mas essa mexeu comigo de um modo especial. Ela falava de onças, e eu amo onças. É um animal exótico e selvagem que me traz confiança, poder, só pelo simples fato de existir. A matéria conta sobre o acidente na BR 262, lugar onde passo todos os dias para vir para casa. Lendo pude observar a expressão do policial ambiental de quem não podia fazer nada no momento, além de chamar socorro para recolher o corpo da onça. Terminando de ler esta triste notícia, me veio à cabeça. Cadê o amor pelo bicho? Por que eles matam esses animais sem pensar em seus filhotes, na dor, em nada podem evitar, como conseguem fazer tantas maldades. A cada dia vejo como o mundo está, e aí fica a pergunta: Foi mesmo um mero acidente? Será que já não está na hora de mudar, proteger os bichos, cuidar deles como garantimos que cuidem da gente? Pensando nisso fui trabalhar muito triste, mas ainda acreditando em mundo melhor e mais amoroso.
Álvaro Milantonio, Ruan Boni e Ryan Reis
A Arte do Vinil Eu sempre gostei muito de música. A pessoa que mais me influenciou nessa característica foi, sem dúvida, o meu pai. Lembro que costumávamos ficar em casa escutando música depois do jantar, às sextas-feiras. Em geral, ouvíamos bastante Rock. Embora tivéssemos o gosto musical parecido, ele era mais das antigas: gostava de colecionar discos dos anos 70 e não se simpatizava com as novas tecnologias da época. Como eu não tinha tempo (e paciência) para ter o hábito de pegar um disco, colocá-lo para tocar e me concentrar na audição, utilizava mais aplicativos para ouvir música, mas, mesmo dessa forma, não conseguia me concentrar para ouvir várias canções seguidas e não achava nada excepcional em escutá-las. Certo dia, arrumando o armário do escritório, o meu pai decidiu pegar um disco para ouvir. Após tirar a vitrola, dar um forte sopro para remover o pó e, finalmente, colocar o vinil para tocar, iniciamos a audição. A música tocava – embora com alguns ruídos, o som permanecia claro – e eu observava atentamente a velha agulha no disco. O que mais me chamou a atenção foi a capa do vinil: um fundo azul-escuro e uma coruja formosa ocupava o centro do desenho. Fiquei muito interessado nessa atividade e na originalidade do áudio, e acabei por pegar alguns discos. Os dias se passavam, e eu ficava cada vez mais cativado com esse hobby. O meu pai, percebendo o meu interesse crescendo, me indicava bandas e álbuns para eu começar a entender com uma nova visão o ofício de colecionar e selecionar vinis. Ele falava sobre o afeto que ele desenvolveu após anos colecionando-os. No início, eu não entendia muito bem o que o meu pai queria dizer com a diferença entre ouvir música por via digital e por meio de um disco. Mas, aos poucos, fui percebendo o porquê de ele falar tantas vezes sobre isso. Ao mexer com o vinil, há uma espécie de simbolismo: pegar o disco, analisar o encarte da capa, colocar na vitrola e deixar o som tomar conta do local. Tudo isso representa uma ação única. Isso hoje praticamente não existe mais. Atualmente as pessoas têm um enorme acervo de músicas do mundo a um simples clique no YouTube e em outros aplicativos a qualquer hora do dia, no celular ou no computador, e não valorizam esse benefício. É tudo fácil, o que poderia ser bom, porém, na maioria das vezes, acaba não sendo. Com menos facilidade para adquirir música, as pessoas antigamente tinham que escolher e procurar com cautela um disco bem feito, para compensar o dinheiro gasto que tiveram para achá-lo e comprá-lo. Com isso, acabavam desenvolvendo um gosto musical mais apurado, para ter e apreciar um trabalho que realmente fosse bom, criado por grandes músicos que, por sua vez, sabiam dar valor a outros artistas do passado que os influenciaram.
Hoje não. As pessoas vão pelo caminho mais fácil; ouvem qualquer coisa que faz sucesso em mídias sociais, de “artistas” que têm uma grande quantidade de seguidores em redes sociais. Dessa forma, desvalorizam o trabalho feitos menos conhecidos.
Eric Kohigashi Luz, Felipe Mogami Furtado e Lucas Lima Dos Santos
A Trilha da Melancolia Na sala de aula, o conteúdo me irritava e me fazia dormir. Pegava o livro desanimado, enquanto a professora, feliz, dava a aula sorrindo, ela não prestava atenção nos meus frequentes cochilos, então era sóbria minha relação com ela. Precisamente durante uma manhã nublada, ela explicava sobre o socialismo moderno e a influência de J. J Rousseau. Então, eu extremamente interessado, dormi. Acordei bem mais tarde, a aula já havia acabado há tempos. Saí do colégio à uma e me deparei com minha professora fumando um cigarro na esquina, pronta para atravessar a rua, com uma expressão diferente da dada durante a aula, estava com a cara fechada. Eu deveria ir para casa, pois tinha marcado uma “jogatina” de videogame às duas com meu amigo. Larguei! A curiosidade falou mais alto. Estava seguindo a professora. Com alguns trocados consegui pagar a passagem do ônibus lotado e infestado de baratinhas alemãs que iria para sua casa. Rodei por alguns quilômetros, irritado com os inconvenientes vendedores de docinhos. Eram três horas quando desembarcamos. Desci em um lugar sujo, cheio de delinquentes que como zumbis perambulavam pela rua nauseabunda. Aquele lugar não me cheirava bem, a professora seguindo seu rumo sem aquela expressão feliz que fora trocada por uma sombria e triste. Finalmente chegou ao seu destino, era uma quitinete, na Rua Paim. A parede do prédio estava sendo urinada por um mendigo fétido, as ruas esburacadas transmitiam a pobreza do local. Via também alguns fracassados se embebedando a fim de matar o tempo que resiste e dura, e acelerar a vida, que passa tão lentamente (apesar de ser um péssimo aluno, admirava Charles Baudelaire e Franz Kafka). Ela subiu, e foi direto para a varanda, depois de ter tragado meio cigarro e jogado no chão. Me escondi em um bar do outro lado da rua, enquanto me sentia um magnata pedindo uma coca e um sanduíche de mortadela, pois a fome e o cansaço se alastraram pelas minhas entranhas. Na varanda, ela estava comendo uma barra inteira de chocolate, enquanto chorava. Suas lágrimas pesadas me comoviam, e me fizeram ver a realidade. Era tudo uma farsa. Quando finalmente, após ter ponderado por alguns longos minutos, ela saíra da varanda. O bar não parecia ser o ambiente mais propício para digerir tudo aquilo, barulhento e cheio de terceira idade fedendo e jogando truco. Paguei a conta com um dinheiro no fundo da mochila, que representa uns sessenta por cento da minha miserável mesada. Pegando a condução e voltando para casa tarde daquela maneira, (já eram sete e meia quando cheguei) menti, e disse que extrapolara na “jogatina” e que meu amigo de última hora remarcara para jogarmos na casa dele, a mentira fora aceita. Jantei e dormi, pensando no que acontecera naquele dia.
No dia seguinte fui à escola, logo que vi a professora sorrindo me senti mal, e vi a farsa emocional, tendo “flashbacks” do dia anterior, por incrível que pareça, toda essa infelicidade amoleceu meu coração, o que me fez dar mais valor às aulas da pobre professora. De começo, ela estranhou. Mas o que aconteceu com este garoto? A dúvida pairava sobre ela e sobre os outros alunos, mas ninguém perguntou nada.
Eric Kohigashi Luz, Felipe Mogami Furtado e Lucas Lima Dos Santos
As aparências enganam Estava no shopping com mamãe e ela queria entrar na loja de discos para vêlos. E lá fomos nós. Havia um homem com cabelo longo e com rabo de cavalo, que me chamou muita atenção, por isso, não parei de observá-lo, enquanto minha mãe se distraia com os discos. O homem estava calmo, apreciando os produtos da loja. De repente começa a dar volta em torno de si mesmo, coloca as mãos na cabeça, fica nervoso, e eu só olhando... No meio dessa birra, minha mãe lá, vidrada em suas melhores lembranças. Até chegar a hora que a fera, radicalmente, pegou um disco e o quebrou. Eu até pensei em chamar a mamãe, mas não queria perder aquilo de jeito nenhum. Depois de uns cinco minutos, ele se acalmou e jogou o disco quebrado no lixo ao lado dele. Após essa situação, saiu discretamente da loja sem se dirigir ao caixa. E como estávamos no segundo andar da loja, o andar menos movimentado, ninguém percebeu e saiu ileso. Pensei comigo mesmo: como as pessoas conseguem, né? Usa o produto sem pagar, esconde-o e depois vai embora discretamente, com cara de quem não sabe de nada.
Guilherme Brito, João Guilherme Mello, Pedro Peres Chiavegato e Stefano Dignola
Coisas desnecessárias Estava com a minha mãe no shopping. Vendo vitrines e desejando um monte de sapatos e roupas. Minha mãe dá um surto e me puxa depressa. Tchau, sapatos, depois eu volto! Quando vejo estamos dentro de uma loja de vinis. Nem sei pra quê minha mãe queria, nem temos onde colocar para tocar! Desculpa da minha mãe: — É que me lembra minha infância! E aí surtei! — Mãe, você vai gastar dinheiro à toa! Nem temos o aparelho para tocar vinil! E ela me ouviu? Não! E adivinha se ela usou para alguma coisa? Não! E essa não foi a única vez. Teve uma vez que eu falei para ela não comprar um sapato de salto alto, já que ela tem problema na coluna e não usaria. Nunca usou e se tentou, não andou nem meio metro! Outra vez falei que ela não usaria um batom roxo se comprasse. Me ouviu? Não novamente! E o batom tá lá, prestes a vencer. Nem deixa eu pegar para mim! Pelo menos teria alguma utilidade. E de pouquinho em pouquinho, com essas compras por impulso, o armário está ficando cada vez mais cheio!
Giulia Alberici Segatta, Giulia Pizzolato Fortini, Giulianna Vestri e Johanna Fischer
O farol Estava a caminho de casa, com as mãos cheias de sacolas do supermercado, que estavam muito pesadas, por sinal. Quando estava atravessando a rua, tropecei. Derrubei todas as compras no chão. Os ovos quebraram, as laranjas saíram rolando e eu fiquei apavorada. Aquele farol era demorado, então eu ainda tinha tempo para levantar. Ainda tinha esperança de que alguma pessoa poderia me ajudar naquela situação. Mas as pessoas estavam atravessando, passavam por mim como se eu fosse invisível. Naquele momento levantei e decidi deixar tudo ali, pois o farol já ia abrir e não tinha mais nada a fazer, pois as compras tinham se espalhado pela rua inteira. A não ser se alguma pessoa me ajudasse, mas percebi que não seria possível. Resolvi ir embora dali, antes que um carro me atropelasse. Que judiação! Que gente mais insensível. Não deixei cair um lenço e sim um caminhão de coisas. Tive a certeza de que era invisível. Cheguei até me beliscar. Ai! Não estava invisível! Uma mulher que passava ao meu lado me olhou com cara de quem não gostou! Que foi?! Depois desse acontecimento comecei a pensar em como as coisas mudaram, pois antigamente se isso ocorresse com certeza uma pessoa teria me ajudado, mas como podemos perceber hoje em dia as pessoas não têm mais educação como antes. Nem sensibilidade! Nem nada!
Geovana Silva, Helena Zaros, Julia Soares e Sophia Fonteles
O futuro no presente Quem nunca foi aluno novo na escola?! Bom, acho que todo mundo já foi. Lembro-me do meu primeiro dia de aula. Eu estava tão ansiosa para aprender coisas novas que nem conseguia dormir direito. Para entrar na escola, fiz uma prova e passei. Eu era apenas uma garotinha de seis anos, com uma mochila de rodinhas, observando a grandeza do colégio. Minha mãe me olhava e eu estava sorrindo e olhando tudo à minha volta. Chega o momento de ir para a sala. Várias crianças correndo, umas tristes pelo o fim das férias, outras tímidas, pois eram novatos, e eu feliz, com um enorme sorriso. Entrei na sala. De cara uma japonesa veio falar comigo. Ela era simpática e fofa. Com ela veio uma garota alta de cabelos cacheados. Conversamos, fizemos amizade, o sino tocou e a aula começou. No início da aula fizemos um jogo para todos da sala se conhecerem melhor. Foi divertido! As pequenas lições começaram a ser ensinadas pela professora. Ah! A professora. Era a mais legal que eu já havia tido. A cada palavra que ela dizia, eu compreendia. A fala dela era clara e objetiva. Bom, os anos se passaram, fiz muitas amizades naquela época. Uns eu convivo até hoje. E agora é só aproveitar e continuar a caminhada da minha vida, construindo o meu futuro. Futuro? Eu disse futuro? Não! Os anos se passaram tanto assim?
Beatriz Santana, Isabela Cairo, Isabela Keler, Paola Brito
Ovos ao chão Depois das compras do mês, estava eu voltando para a casa com minha mãe e com muitos utensílios e alimentos comprados. Sempre um exagero! Já em casa, minha mãe me mandou pegar o carrinho de supermercado, perto do IX35 dela. Minha mãe abriu o porta-malas. Que desânimo! Era um amontoado de comida, bebida, detergente. Tudo junto e misturado. Começaríamos uma verdadeira batalha. O problema é que nem eu nem ela éramos super-heróis! As coisas não cabiam, então tivemos que levar na mão. Meu único trabalho era levar os ovos. Que péssima ideia! Por que deixar alguma coisa muito frágil em minhas mãos? Bom, continuando, aquela vez eu havia ignorado minha mãe. Por quê? Ela havia me dito para amarrar o tênis. Mas... Como era de se esperar, por teimosia, acabei pisando no cadarço do outro tênis e tropeçando. Paft! Os ovos quebraram em minha frente! E a decepção quando minha mãe viu! Vish! Agora eu me pergunto, para que tanta coisa! Será que vou inventar no meio de toda essa desenfreada tecnologia um ovo inquebrável? Enquanto isso não vem, ovos ao chão!
Enzo Gallone, Luis Antonio Garcia, Raphael Santos
Vinil para todos Eu estava no shopping, quando vi um homem negro em uma loja de discos de vinil. Ele estava observando os estilos que ele mais gostava, pelo jeito. Ele se dirigiu ao caixa e o homem no caixa simplesmente o ignorou. E ninguém se importou! Somente eu estava observando esta cena em que ele, embora alto, bem forte até, era ninguém. Quando ele chamou a atenção do atendente, este respondeu-lhe de modo grosseiro. O homem insistiu que gostaria de comprar um disco. — Para você não há discos. — Respondeu-lhe o atendente, olhando-o por cima dos óculos. E remendou: — Acredito que não temos o que o senhor procura, foi o que eu quis dizer. Eu achei um absurdo! E você, o que acharia? O homem ficou furioso com o atendente, pediu para falar com o gerente. O atendente se espantou com sua atitude. Então o atendente chamou o gerente e o homem que procurava seu disco preferido Disse ao gerente que o atendente estava sendo grosseiro e racista com ele. O gerente ficou espantado com a atitude do seu empregado e conferiu seu microfone. E ele acabou descobrindo que ele estava mesmo sendo racista. O gerente demitiu-o e deu o disco ao moço, e assim ele foi embora satisfeito.
Fernando Y. L. Riccio, Gabriel Miranda e Rodrigo Lazarini Querato
O Preconceito Estava a caminho da livraria. Ao chegar me deparei com muitas pessoas sendo atendidas pelos atendentes. Quando um homem negro, alto, não tinha como enxergalo, entrou, necessitando de ajuda. A funcionária passou por mim, questionando se eu precisava de ajuda. Neguei. Então foi até o negro e o ajudou, porém com muito mal gosto e grosseria, ao meu singelo modo de ver as coisas. Digo isto porque, logo depois, uma família branca entrou. Na hora foi atendida. E bem atendida! Com muita gentileza, atenção e os blá-blá-blás, típicos dos comerciantes. No entanto, do nada, aquela família que aparentava ter uma ótima educação, começou a gritar, berrar, correr. Todos ao redor, principalmente eu, ficaram espantados. O negro estava em silêncio, apenas observando os discos. Não esperávamos um ato desses por brancos. Imediatamente todos pararam e pensaram, que aquele negro que tivera sido sutilmente hostilizado pelos atendentes, era o mais educado. E a família branca, que tinha uma “ótima” educação na visão dos funcionários, na verdade era composta pelos mais sem educação. Será que tudo isso serviu para algo? Será? Não sei e não saberei, porque nuca mais voltarei lá. É o meu singelo protesto.
Giovanna Coelho