Março de 2015 - Ano 1 - nº 1
ACELERANDO A ECONOMIA Em meio a crise das grandes montadoras, a chinesa Chery se instala em Jacareí e movimenta economia do Vale do Paraíba
Em 16 anos de PSDB foi feita a regularização de um bairro. Nós, em pouco mais de dois anos, fizemos 12 regularizações Carlinhos Almeida pág. 8
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SEM ÁGUA? Veja a real situação da crise hídrica e a opinião de especialistas sobre o futuro que não se revela promissor pág. 14
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EDITORIAL Editor-Chefe Fábio Figueira Diretora Comercial Fabiana Domingos
Elaine Rodrigues
Um novo momento
João Pedro Teles Repórteres
Moisés Rosa Rodrigo Ribeiro Thiago Fadini
Ao completar um ano no ar, o Grupo Meon de Comunicação caminha para ampliar a forma de entregar a notícia ao público da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Se pelo Portal Meon a informação chega em tempo real, a revista Metrópole Magazine aprofundará reportagens jornalísticas sobre temas importantes que interessam não só àqueles que residem e trabalham na região, mas também para todos que vislumbram a riqueza e prosperidade que afloram nesta promissora parte do Brasil. A Metrópole Magazine chega em março de 2015, com distribuição de 15 mil exemplares, gratuita e para um público direcionado. Em 12 meses, o Portal Meon conquistou respeito e credibilidade para se firmar como um veículo de grande difusão na internet. Neste período foram mais de cinco milhões de páginas visualizadas, com um jornalismo sério, sempre buscando levar ao internauta a notícia em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Agora trazemos esta credibilidade também para o impresso. Para quem gosta de ler sobre política, economia, esportes e cultura, voltado especialmente para o regional, aqui está o espaço ideal.
César Rosati Elaine Santos Colaboradores
Flávio Pereira Marcus Alvarenga Nathalia Mantovani
Arte Gabriel Gaia
Enthony Liberalino Departamento Comercial Izabela Dragone Naiara Damasio
Departamento Administrativo
Lucimar Vieira Maria José Souza
Metrópole Magazine Avenida São João, 2.375 - Sala 2.010 Jardim das Colinas - São José dos Campos CEP 12242-000 PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br
A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação Tiragem: 15 mil exemplares
Boa leitura!
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Fábio Figueira Editor-Chefe
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Vou entrar de cabeça em todo o processo eleitoral com o claro objetivo de ganharmos as eleições
Sumário
Emanuel Fernandes pág. 20
Crise na indústria? Montadora chinesa Chery mantém cronograma de investimentos em Jacareí apesar da crise que o setor automobilístico vive no país. Expectativa é de expandir a capacidade de produção para 150 mil veículos por ano
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Em entrevista à Metrópole Magazine, prefeito Carlinhos Almeida defende a regularização de bairros, que até agora já beneficiou mais de 10 mil famílias em São José dos Campos
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Aplicativos do bem. Parcerias entre sociedade e poder público geram aplicativos que se tornam ferramentas viáveis para a solução de problemas nas cidades
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Baixo nível nos reservatórios, falta de ações educativas e a possibilidade de racionamento. Saiba como a crise hídrica pode afetar a rotina dos moradores da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Em constante crescimento, setor turístico do Vale do Paraíba representa 31% do PIB da RMVale Você sabia? Na década de 40, italiano Remo Cesaroni construiu o principal observatório da América Latina em São José
Frases& Aconteceu& 10 anos do Bolsa Família
Artigo&
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Esportes& Cultura& Social& Artigo&
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ENTREVISTA
Em pouco mais de dois anos, governo Carlinhos Almeida regularizou 12 bairros
São José dos Campos avança na regularização de bairros clandestinos Rodrigo Ribeiro SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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esde que assumiu o comando da Prefeitura de São José dos Campos em 2013, uma das principais ações do prefeito Carlinhos Almeida (PT) tem sido a regularização de bairros clandestinos. Prova disso foi a criação da Secretaria de Regularização Fundiária. “Foi muito importante a criação da secretaria. Não existia um órgão específico para tratar do assunto. Em 16 anos de PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) foi feita a regularização de um bairro. Nós, em pouco
De 2013 para cá, mais de 10 mil famílias foram beneficiadas pelas regularizações. Agora, meta da prefeitura é de chegar a 14 mil famílias
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mais de dois anos, fizemos 12 regularizações”, diz Carlinhos. Atualmente, de acordo com o prefeito, existem cerca de 50 mil pessoas vivendo em 148 bairros clandestinos em São José dos Campos, o que representa 7,9% da população da cidade. “Existem bairros grandes, mas também pequenos, com 30 casas ou uma rua”, conta o prefeito. No dia 28 de fevereiro, a prefeitura normalizou a situação no bairro Santa Hermínia, região leste da cidade –até então, o maior bairro irregular de São José. No Santa Hermínia, a prefeitura entregou 867 títulos de posse, o que vai beneficiar cerca de 3.500 pessoas. Além da segurança jurídica sobre a posse das casas, a regularização permite que a área receba melhorias de infraestrutura. Algumas obras começaram quando o Santa Hermínia entrou em processo de regularização. Segundo informações da prefeitura, o bairro já recebeu um posto de Saúde da Família, asfalto nos corredores de ônibus e, até o final do ano, terá 21 ruas pavimentadas. O investimento é de cerca de R$ 4 milhões. “A habitação tem um caráter inclusivo, a moradia é uma das primeiras coisas que a família busca. A primeira é a alimentação, a segunda é a moradia. A regularização é muito positiva porque permite que toda uma infraestrutura seja feita no local. Além disso, com a regularização aumenta-se a oferta de lotes populares para atender a
demanda da população de baixa renda com programas habitacionais”, conta Carlinhos. “Era muito ruim. Quando chovia, tinha que sair de casa levando uma sacola de plástico para colocar no pé ou um segundo par de sapatos. Quando estava seco, era aquele pó. Agora, está muito melhor”, diz Luís Machado da Silva, presidente da SAB (Sociedade Amigos de Bairro) e um dos mais antigos moradores do Santa Hermínia.
Regularização Além do Santa Hermínia, outros 11 bairros foram regularizados em São José. São eles, o Recanto dos Eucaliptos (85 títulos), Santa Rita (112), Portal do Céu (224), Jardim Primavera 1A (85), Jardim Primavera 1B (206), Michigan 2 (179), Cidade Jardim (157), Jardim Coqueiros (326), Vila Abel (24), Vila Dirce (37) e Chácaras Araújo 2 (356). Segundo números da Secretaria de Regularização Fundiária, cerca de 10 mil famílias já foram beneficiadas pelas regularizações. Ainda de acordo com a pasta, com os processos que estão em andamento, esse total subirá para mais de 14 mil. As próximas entregas de títulos serão para os moradores da Vila Matilde, Santa Cecília 1B, Vila Araújo 1, Boa Esperança e Altos de Caetê. “Nossa programação é cumprir essa meta de mais de 14 mil famílias e ultrapassá-la”, conclui Carlinhos.•
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Frases& O mercado já está diferente e passa por mudanças. No ano passado tivemos o Carnaval, a Copa do Mundo e as eleições, que deixaram o mercado desaquecido, trazendo prejuízos. Frederico Marcondes César, diretor do Secovi no Vale do Paraíba, sobre a expectativa do mercado imobiliário na região para 2015
tra as grandes disUma das minhas missões é trazer cussões para a Câmara. Trazer a população para perto, com oitivas e audiências públicas, mas sem fazer discussões com projeto projetos já desenhados. Shakespeare Carvalho, presidente da Câmara de SSão José dos Campos em relação a discussão sobre a vinda do WTC (World Trade Center) Cente para a cidade
Há dois anos a Petrobras não con contribui com a cidade. Há dois anos não entra um centavo da ano estatal nos cofres municipais. esta Ernane Primazzi, prefeito de São Sebastião Erna que afirma que o acumulado depositado em juízo já está na ordem dos R$ 65 milhões
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Vamos analisar cada caso e verificar quais vão ser os impactos na cidade, já que alguns projetos foram aprovados na época. Miguel Sampaio, secretário de Habitação de São José dos Campos, sobre decisão da Justica que derrubou 26 alterações na lei de zoneamento, aprovadas em 2010
Muitas pessoas não sabem. Mas doar sangue não dói nada, o cachorro ou gato doador ainda ganha check-up completo, com exames de sangue, urina, avaliação física e cardíaca, gratuitamente. Luiz Carlos Pedra, veterinário do Hemocão de Taubaté, local que funciona como um banco de sangue para cães e gatos
Todos os impostos estão aumentando, principalmente os derivados do combustível, e a nossa categoria está sem um reajuste na tarifa há quatro anos.
É um absurdo pagar R$ 3,40 pela má qualidade do serviço. É muito precário você ter que esperar o ônibus por horas e o motorista passar e não parar. Já reclamei e nada. Marco Antônio Figuereido, analista financeiro, que usa a linha do Jardim das Indústrias, região oeste de São José dos Campos e pede mais ônibus nos horários de pico
O governo não fez tudo que queria fazer, mas fez muitas coisas. O que observamos é que a sociedade não tem percepção do que foi feito. Sebastião Cavali, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos durante encontro com empresários na sede do Ciesp
Carlinhos Moura, presidente do sindicato dos taxistas de São José dos Campos sobre pedido de reajuste da categoria
Revelar uma vida e uma beleza completamente diferentes do que os iranianos estão acostumados, foi uma experiência muito interessante. Eles ficaram encantados com todas as cores oferecidas pela nossa natureza. Ricardo Martins, fotógrafo joseense representou o país na Semana Brasileira no Irã. A convite do Itamaraty, Martins expôs 13 fotografias sobre a natureza brasileira na galeria da Milad Tower
Queremos construir o plano de mobilidade urbana com as sugestões sobre as formas de deslocamento, trazendo alternativas para o uso do carro, que apesar de colaborar para o transporte rápido também ‘esgota’ o trânsito. Luiz Marcelo Silva Santos, secretário de Transportes de São José dos Campos sobre as oficinas do PlanMob
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Após denúncias do uso de drogas e bebidas alcoólicas por adolescentes em frente a um shopping de Jacareí, o Ministério Público abriu inquérito civil para apurar as responsabilidades sobre a realização do ‘rolezinho’. O promotor José Luiz Bednarski (foto) pede que o trânsito nas vias próximas ao centro de compras seja interditado no dia do ‘rolezinho’, por volta das 19h. Segundo a denúncia, os jovens se reúnem em frente ao Jacareí Shopping, todas as sextas-feiras a partir de 20h, e a concentração chega a passar das 23h. Também é relatada que a situação vem acontecendo desde 2011, além do consumo de bebidas alcoólicas e do uso de drogas pelos participantes.
Divulgação/Unitau
MP de Jacareí quer acabar com ‘rolezinhos’ na cidade
Sandra da Silva/CMJ
Aconteceu&
O Governo do Estado vai reflorestar a mata ciliar presente na bacia do rio Una, em Taubaté. Em um projeto de mapeamento das áreas de reflorestamento no rio Una realizado pela Unitau (Universidade de Taubaté), foram detectadas as áreas de preservação e as que deveriam ser recuperadas. Os estudos vão ajudar o governo estadual a reflorestar a região. De acordo com o professor Dr. Marcelo Targa (foto), coordenador do curso Mestrado em Ciências Ambientais, a proposta fez com que o Vale do Paraíba tivesse a maior área destinada ao reflorestamento. “O governo irá reflorestar quatro mil hectares nas margens e nascentes do Una. Outras bacias também foram contempladas, como a do Alto Tietê e do Piracicaba, mas com áreas menores”, afirma.
Hotéis e pousadas da RMVale estão entre os 25 melhores do Brasil Uma pesquisa realizada pelo site TripAdvisor, maior plataforma na internet de viagens do mundo, classificou cinco hotéis e pousadas do Vale do Paraíba e Litoral Norte entre os 25 melhores do Brasil. No ranking dos melhores hotéis nacionais, o hotel Le Renard (foto) em Campos do Jordão aparece na 3ª posição. Na 15ª posição a Pousada Alcatrazes, localizada em São Sebastião, ficou entre as mais bem classificadas. O Hotel
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Divulgação
Um grupo de 60 integrantes, entre alunos e professores, do Cephas (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza), de São José dos Campos vai representar o país na First Robotics Competition (FRC), realizada pela FIRST (Para Inspiração e Reconhecimento da Ciência e Tecnologia), que acontecerá em Nova York entre os dias 12 e 15 de março. A competição de robótica envolve escolas de ensino médio e técnico de todo o mundo. A montagem do “robô ecológico” começou no dia 3 de janeiro e foi enviado ao território norte-americano no dia 17 de fevereiro. Como o tema da competição é a reciclagem, a ideia é que o robô acomode e processe a maior quantidade de lixo possível em um tempo de três minutos. Ao todo, os alunos do Cephas ficarão seis dias nos Estados Unidos.
Thiago Fadini/Meon
Joseenses criam ‘robô ecológico’ para competição nos EUA
Estado vai recuperar 4 mil hectares de mata ciliar da bacia do rio Una
Fazenda Mazzaropi, em Taubaté, figura na pesquisa como o 20º melhor do Brasil, por conta da tranquilidade e do contato com a natureza. Outros dois hotéis aparecem na listagem, ambos de Campos do Jordão. O Vila Inglesa e o Grande Hotel Campos do Jordão, respectivamente na 22ª e 23ª posição. A premiação de 2015 leva em conta as avaliações dos turistas sobre as acomodações, atendimentos, preços e serviços oferecidos.
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Divulgação/Embraer
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Moradores de São José criam sistema para captação de água da chuva
No dia 3 de fevereiro, a Embraer (empresa Brasileira de Aeronáutica) testou com sucesso o KC-390, a maior aeronave já produzida no país. O avião voou por 1 hora e 25 minutos, realizando avaliação de qualidades de voo e de desempenho. O Tenente-Brigadeiro do Ar, Nivaldo Luiz Rossato, comandante da aeronáutica, classificou o KC-390 como a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. “Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania”, disse.
Divulgação/Agência Brasil
Resolução facilita o bloqueio de celulares roubados
Gabriela Minini/Arquivo pessoal
Daniele So uza/Santuário Nacional
A Secretaria de Segurança Pública definiu novos procedimentos para garantir o bloqueio de celulares roubados. A nova resolução prevê o bloqueio dos Imeis (International Mobile Equipment Identity) após realizado o Boletim de Ocorrência. Os Imeis são como o “documento de identidade” dos aparelhos, uma vez bloqueados, impedem o funcionamento e comercialização do celular no mercado ilegal. De acordo com a SSP, as ocorrências com celulares foram responsáveis pelo crescimento de 20,6% dos furtos entre os anos de 2013 e 2014 no Estado.
A crise hídrica que tem atingido alguns pontos do Brasil motivou três moradores de São José dos Campos a criarem um sistema “caseiro” para captação de água da chuva. Juntos, pai (Tácito Torres), filho (Gabriel Torres) e genro (Rafael Minini), precisaram de três dias para colocar a ideia em prática. O sistema é simples: tubulações foram fixadas nas calhas, que desviam toda a água das chuvas diretamente em dois tambores de 250 litros, que estão totalmente fechados e com um filtro provisório para evitar a entrada de sujeira vinda das calhas. Agora, o trio estuda uma maneira viável para o tratamento da água.
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Embraer realiza primeiro voo da aeronave KC-390
‘Fábrica de água’ do Santuário vai produzir até 8 milhões de garrafas Com o término da construção da fonte, em fevereiro, a fábrica de água que está sendo construída pelo Santuário Nacional de Aparecida inicia a sua produção em março. A expectativa do Santuário é que a produção chegue a até 8 milhões de garrafas por mês. A fonte de água Mariah, que fica na zona rural de Taubaté, foi adquirida pelo Santuário em 2013, onde foram investidos R$ 12 milhões. Inicialmente, a produção será de garrafas de 510 ml, que serão vendidas em pontos na Basílica de Aparecida. A área da fonte do Santuário possui de 720 mil metros quadrados e terá capacidade de produzir 18 mil litros por hora.
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NOTÍCIAS REGIÃO
A CRISE P DA ÁGUA
Elaine Rodrigues SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Uma discussão sem fim, mas com a necessidade de um começo imediato: economizar para não faltar
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ara muita gente a crise hídrica na bacia do rio Paraíba do Sul ainda não parece uma realidade. Mas os especialistas alertam: o problema é mais grave que aparenta. A situação ainda não é tão crítica nas torneiras de São José dos Campos. Apenas uma interrupção ou outra no fornecimento de água para manutenção de rotina, mas nada que os moradores não estejam acostumados. Na região norte da cidade, um pescador já idoso, olha desolado para a água que corre mais calma que nunca no leito do rio Paraíba do Sul. Carlos Lourenço, aos 80 anos, vê pela televi-
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Medo As imagens de um rio secando, assim como das represas mais vazias, impressionam e preocupam o pescador, mas também assustam prefeitos, produtores e indústrias. Apesar de não haver desabastecimento na maioria das cidades do Vale do Paraíba, muitas pessoas que dependem economicamente da água, sabem que esta estiagem já é mais grave que parece. Um exemplo são os rizicultores em Guaratinguetá, que perderam quase meta-
de da safra de arroz de 2014.
Para onde vai a água? Segundo a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, 50% da água captada do rio Paraíba do Sul é usada para abastecimento humano. O restante é dividido entre: irrigação (25%), setor industrial (20%), rural (4%) e outros (1%). A alguns quilômetros de São José, três cidades inteiras não sabem ainda como serão os próximos anos e temem uma crise sem precedentes. Redenção e Natividade da Serra, nas margens da represa de Paraibuna, e Igaratá, na represa de Jaguari, se desdobram na busca de soluções para a falta de água.
As três cidades têm uma característica em comum: tiveram que se deslocar inteiras para as partes altas da região, na década de 70, para a construção das represas e depois cresceram ao redor baseando toda a economia no turismo e piscicultura. “Igaratá precisou mudar de endereço, sair do fundo do vale e não obteve o reconhecimento que merecia”, diz o prefeito da cidade, Elzo Elias de Oliveira Souza (PR). O chefe do Executivo hoje teme que a interligação entre o Sistema Cantareira e a represa de Jaguari afaste ainda mais a água da cidade. “Concordo com a interligação, desde que, mandar água para São Paulo, enquanto manda para o Rio de Janeiro, não signifique a perda total da represa, uma vez que a cidade
Seca na represa do Jaguari atingiu o volume morto em 2015
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Flávio Pereira/Meon
são a crise no Cantareira e sente aflição pelo que ainda pode vir pela frente. “O Paraíba está mais baixo do que nunca. Não tem peixe, não tem força. Esses dias meus filhos colocaram 18 redes e só pegaram seis peixes. Dificilmente vai ser o mesmo”, comenta Lourenço.
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Estamos abandonados pelos turistas, sem dinheiro, sem água e com problemas financeiros Ricardo Lobato PREFEITO DE REDENÇÃO
está economicamente ligada ao reservatório”, afirma Souza. Em Redenção da Serra, de acordo com o prefeito Ricardo Evangelista Lobato (PTB), a solução será pedir ajuda. “Estamos abandonados pelos turistas, sem dinheiro, sem água e com problemas financeiros. O centro histórico da cidade, que também poderia ser uma atração turística, está abandonado e precisa ser recuperado, mas não temos verba. Somos uma cidade que precisa urgente de socorro. E vamos recorrer ao Governo Estadual e Federal”. A mesma situação se repete na cidade vizinha, Natividade da Serra.
Reflexos da crise
Pescador Carlos Lourenço lamenta seca no rio Paraíba do Sul
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Olhando superficialmente, é possível dizer que foi a estiagem no verão de 2014 que deu início a atual crise hídrica na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Choveu muito abaixo da média no ano que passou e a previsão para 2015 não apresenta melhoras. De acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre fevereiro e abril do ano passado o índice de chuvas chegou a ficar 80% abaixo da média histórica, que varia
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entre 400mm e 800mm na região. Em 2015 o quadro não se revela promissor. “Desde o início do ano até agora, tem chovido entre 100 mm e 200 mm abaixo do esperado na região do Vale do Paraíba, ou seja, o déficit pluviométrico tem variado entre 40% e 60%”, alertou Adriana Cuartas, hidróloga e pesquisadora do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, para os especialistas, a crise começou muito antes e voltou por falta de planejamento e vontade política. “Triste é ver que vivemos a mesma crise em 2003, fizemos as mesmas reuniões, colocamos as mesmas propostas e nada foi feito. Talvez alguma coisa ou outra, como investimentos em novas tecnologias ou tratamento, mas ainda é pouco perto do que tinha que ter acontecido”, afirma André Luis de Paula Marques , diretor executivo da Agevap ( Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul ), que também coordena hoje, pela ANA (Agência Nacional de Águas), o GTOH (Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica) do Paraíba do Sul. Para Edilson de Paula Andrade, geólogo do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) do Governo de São Paulo, a bacia do Paraíba tem apenas mais um ano de reservas suficientes para abastecer a região. “Temos que adotar já algumas medidas que o governo só assumiu em São Paulo quando a crise se agravou. Até secar definitivamente, a nossa bacia tem água suficiente para abastecer por um ano a região, isso sem chuva. Não podemos esperar mais. É preciso investir agora em campanhas e estratégias para diminuir a vazão e o consumo”, destaca Andrade.
Respostas À frente do principal órgão de gestão para a Bacia do Paraíba do Sul, a Agevap, André Luis de Paula Marques ressalta que a curto prazo é preciso
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Flávio Pereira/Meon
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Seca na represa do Jaguari, em Igaratá
reduzir cada vez mais a vazão do Rio Paraíba do Sul para o Rio de Janeiro, na barragem de Santa Cecília. “Vamos propor a redução de 140m3/s para 110m3/s, mas queremos chegar até 90 m3/s, que seria ideal para manter o abastecimento no lado fluminense e preservar nossas represas”, explica. Outra medida, segundo Marques, foi a liberação de R$ 15 milhões, feita pela Ceivap, para a adaptação das estações de captação de água no leito do Paraíba do Sul. “São cerca de 20 pontos de captação que precisam ser modernizados. Precisamos colocar bombas flutuantes que captem mesmo com pouca água. No sistema atual as bombas param por que já não alcançam o rio. Isso garante o abastecimento, é simples, barato e rápido, fica pronto no máximo em três meses”. Para o especialista em recursos hídricos da ANA, Roberto Moraes, a Agência Nacional não cogita um colapso no sistema de abastecimento do Vale do Paraíba e por isso não estuda planos emergenciais, como usar água de outras regiões. “O Rio de Janeiro está em uma posição pior que a de São Paulo, porque não tem de onde tirar água e é totalmente dependente da Bacia do
Paraíba do Sul. Já aqui na região, é preciso trabalhar com as nascentes e preservar os afluentes do rio”, disse. Procurados pela reportagem, nem o Governo do Estado de São Paulo, nem o Ministério do Meio Ambiente souberam dizer quando as medidas sugeridas pelos especialistas serão colocadas em prática. Sem chuvas regulares, mas com as propostas dos especialistas, os reservatórios da Bacia do Paraíba do Sul devem ser suficientes para a região atravessar a atual crise hídrica. Contudo, sem a certeza de quando volta a chover ou como serão os próximos anos, todos os especialistas e agentes políticos concordam que a melhor forma de estender a capacidade de abastecimento e garantir água é economizar. Para o superintendente da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, é uma questão de educação coletiva e diária. “Tem que economizar não só em casa, mas nas indústrias, na infraestrutura, em tudo. Cada produto que você compra gasta milhares de litros de água para ser feito. Pensar no que realmente precisa comprar, ou reutilizar e reciclar, também economiza água e ajuda a passar por essa crise”, conclui Oto Elias Pinto.•
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ENTREVISTA
PARA VENCER AS ELEIÇÕES
Divulgação/PSDB
A pouco mais de um ano e meio das eleições, Emanuel Fernandes volta a São José dos Campos para liderar campanha eleitoral tucana contra Carlinhos Almeida
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São José osé dos do doss Campos, Març Março de 22015 015 | 21
João Pedro Teles SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
D
e volta ao cargo de carreira no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) após 18 anos afastado para exercer carreira política, o ex-deputado federal e ex-prefeito de São José dos Campos, Emanuel Fernandes (PSDB) já está com as atenções voltadas para as eleições municipais de 2016. Em sua volta à cidade, o tucano promete participar ativamente das decisões do diretório e define como prioridade vencer o pleito do ano que vem. Um dos políticos mais importantes na história da cidade, Emanuel foi prefeito de São José por dois mandatos, no período entre 1997 e 2004. Em 2005 e 2006, foi secretário de Habitação do governador Geraldo Alckmin. Em 2006, foi eleito deputado federal com mais de 328 mil votos. Emanuel foi reeleito nas eleições de 2010, com 218 mil votos. Em 2014, apadrinhou a campanha vencedora de Eduardo Cury (PSDB), seu sucessor na prefeitura em 2004 e, recentemente, na Câmara dos Deputados. Em entrevista à Metrópole Magazine, o ex-prefeito garante que vai “entrar de cabeça” nas eleições de 2016 e que o PSDB, ao contrário das eleições de 2012, deve definir rapidamente o nome para a disputa do pleito. A nomeação do candidato deve acontecer ainda este ano. O desempenho dos tucanos nas eleições de 2014, quando conseguiram eleger o deputado federal Eduardo Cury e o estadual Helio Nishimoto, com votações expressivas anima o ex-prefeito, mas Emanuel avisa que o foco agora é o fechamento das propostas e o que ele chamou de oxigenação do partido.
Qual é a sua rotina no Inpe desde que o senhor voltou ao instituto? » Não quis um cargo na política por
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algum tempo e venho para encerrar uma página aqui no Inpe, onde pretendo me aposentar em aproximadamente um ano. Reassumi meu cargo no instituto no início de fevereiro e, aqui, tenho atuado como um assessor, fazendo uma ponte entre o que podemos oferecer de tecnologia do ponto de vista da demanda atual. O que pode ser incrementado em soluções tecnológicas à crise hídrica é um bom exemplo. Procuro ajudar a levantar recursos e construir projetos. Esta tem sido a minha rotina. Quanto as eleições municipais de 2016 pesaram na sua volta a São José dos Campos? » Estando na cidade, minha atuação política vai ser mais frequente. Fora de São José sempre acompanhei, mas agora a frequência certamente será maior. Vou ‘entrar de cabeça’ em todo o processo eleitoral neste ano com o claro objetivo de ganharmos essas eleições. Em que fase estão os trabalhos para tentar levar o partido de volta ao Paço Municipal? » Março será um mês de reuniões para definir as mudanças que vão acontecer em nosso diretório. Queremos oxigenar o partido, trazendo pessoas novas para então iniciar um pacote de propostas para o ano que vem. Não se trata de um plano de governo, mas do início de um novo ciclo que o partido pretende construir na cidade. Não adianta prometermos o mesmo que já oferecemos no passado. A fase é de reconstrução. Queremos um discurso de mudança que seja coerente. Mudar o quê, para quê? Não pode ser na base do “vota na gente porque a gente foi bom para a cidade”. O PSDB já tem um nome forte para disputar as próximas eleições com o atual prefeito Carlinhos Almeida (PT)?
» Está nos nossos planos definir um candidato ainda este ano e já trabalhar com ele desde o início. Não tenho como adiantar com quais nomes trabalhamos, porque isso ainda depende de reuniões dentro do partido e a questão ainda é incipiente. Evidente que não dá para fazer campanha antes da hora, mas queremos dispor de tempo para definir nossas estratégias e entrarmos sólidos na disputa. Quais lições o partido tirou da derrota no pleito de 2012? » O principal fator nessas eleições é que o eleitorado estava com um sentimento de mudança. As pessoas não queriam continuidade. Mas, passados esses anos, o que percebemos é que o sentimento de mudança continua nas ruas. Ou seja, não houve um contentamento da população com o que está aí atualmente. Agora esse anseio por alternância de poder sopra a nosso favor. Mas, reafirmo, não podemos oferecer uma mudança por si só. É preciso ter um lastro de propostas bem definidas. E este é o trabalho que precisamos desenvolver neste momento. Qual a avaliação que você faz do atual governo da cidade? » Não tenho um diagnóstico muito preciso para passar por hora. O que percebo nas ruas é um certo descontentamento. Não existe um padrão de isso ou aquilo está ruim, mas as pessoas em geral não estão satisfeitas. As chances de você assumir mais uma candidatura são mesmo inexistentes? » Veja, o ideal, como na eleição anterior é contar com uma candidatura nova, que represente essas nossas novas propostas que vamos construir no decorrer deste ano. Uma coisa é clara, nós queremos ganhar essa eleição.
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OS 10 ANOS DO
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Edu Lopes/SECOM
NOTÍCIAS REGIÃO
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Edu Lopes/SECOM
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Saiba como o maior programa social já implantado no país mudou a vida de milhares de famílias na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte César Rosati SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
F
aça chuva ou faça sol, ela acorda de manhã e sonha arrumar um emprego para fazer de seus três filhos professores formados. Solteira, Amanda de Moura parece ter se inspirado nas palavras de Chico Buarque para tocar a vida difícil de cada dia. O seu amor, que ela jura ser eterno como a moça de "Cotidiano", são pelos pequenos Leônidas, 3, Matheus, 8, e Marcela, 2. Moradora do Dom Pedro 2º em São José dos Campos, a jovem de 27 anos é uma das 18 mil pessoas que se beneficiam do Bolsa Família na cidade, mas isso não é vergonha muito menos desânimo para ela. Quando vai para a "cidade" batalhar pelo futuro das crianças, o coração de Amanda aperta, mas desistir não está entre suas opções, definitivamente. Como mesmo diz: a vida é difícil, assusta, marca o rosto, mas "não posso deixar eles sem o que comer". O benefício é seu ganha pão atualmente. São cerca de R$ 300 que ela divide para pagar as contas e ainda dar algum luxo para os rebentos, que assim como todas as crianças, querem brinquedos entre outros mimos. "É duro ter que dizer não, mas faço de tudo para não deixar-los sem nada", contou Amanda, que se orgulha em dizer que seus filhos já sabem ler. "Eles gostam de ir na escola e eu por obrigação tenho que manter-los lá estudando, senão perco o 'bolsa'", explica Amanda. O valor que uma família recebe pelo benefício, que este ano completa 12 anos de existência, varia de acordo com
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Se não fosse o Bolsa Família, não sei o que faria. Com ele, consigo comprar material escolar e ter uma vida mais confortável. Sei que não é muito dinheiro, mas é o que me sustenta
entre 78.961 beneficiários. "Se não fosse o Bolsa Família não sei o que eu faria. Com ele consigo comprar material escolar e ter uma vida mais confortável. Sei que não é muito dinheiro, mas é o que me sustenta", diz Amanda. Dentre todas as cidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos é a que tem a maior quantidade de beneficiários. Mas, proporcionalmente, Cunha, com 2.496 pessoas incluídas no programa, é a maior dependente do Bolsa Família. No total, 10,4% da população da pequena cidade cravada no alto da Serra do Mar, próximo a Guaratinguetá, depende do benefício. Diferentemente de São José dos Campos, a maioria dos dependentes do Bolsa Família vivem na zona rural e tiram da terra o seu sustento.
Amanda de Moura BENEFICIÁRIA
a renda e com a composição familiar. "Quanto maior a família, maior o benefício. Quanto mais pobre a família, maior o benefício", afirma o secretário Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luís Henrique Paiva (Leia a entrevista nas págs. 26 e 27). De 2004 até o ano passado, o número de beneficiados pelo Bolsa Família aumentou cerca de 160% no Vale do Paraíba. Exemplos como o de Amanda se multiplicam por praticamente todas as cidades da região. De Ubatuba a Arapeí, são R$ 149.289.297 divididos
Inspiração Até a criação do Bolsa, apenas famílias com longa trajetória de contribuição para a Previdência Social tinham acesso à proteção social. Com o benefício, famílias que trabalham, mas são muito pobres, também passaram a ter direito a um benefício modesto, que complementa a sua renda. "Nesse sentido, ele é um elemento não contributivo da proteção social. Programas assim existem em todas as sociedades desenvolvidas", diz o secretário Nacional de Renda de Cidadania, Luís Henrique Paiva. O modelo brasileiro virou artigo de exportação para países em desenvolvimento e também ricos. Benefícios similares existem em praticamente todo o mundo.
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Segundo um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2013, a cada R$ 1 gasto com o programa há um acréscimo de R$ 1,78 no PIB
ao redor do mundo", disse à epoca. Canadá, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e até a Noruega, uma das nações socialmente mais avançadas do planeta, já enviaram delegações ao Brasil para estudar o programa de transferência de renda. No total, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, mais de 60 países aplicam o modelo.
Economicamente falando O Bolsa Família tem um dos menores custos entre os chamados programas de transferências sociais, mas é o que tem o maior efeito multiplicador sobre a economia. Segundo um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2013, cada R$ 1 gasto com o programa há um acréscimo de R$ 1,78 no PIB.
Divulgação/MDS
Do Egito, na África, até na Guatemala, na América Central, governos aplicam a iniciativa de transferência de renda inspirado na experiência do país. A vantagem, segundo declarações de representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) é de que o programa é barato no ponto de vista econômico e suas vantagens extrapolam as questões sociais. Ao lançar o Opportunity NYC em 2007, o então prefeito de Nova York Michael Bloomberg lembrou que a experiência brasileira serviu de inspiração para o programa, que lá beneficia cerca de 5.000 pessoas. "Este é um inovador programa de transferência de renda com condicionalidades que visa auxiliar os novaiorquinos a romper o ciclo de pobreza e é baseado em programas bem sucedidos
Em 2004, no início do programa, mais 30 mil famílias recebiam o Bolsa Família na região
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Uma década depois, o número de famílias beneficiadas na região subiu 160%
Bolsa Família 2004 Município
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Bolsa Família 2014 Valor Total
Município
Famílias
Valor Total
Aparecida
723
R$ 212.885
Aparecida
1.112
R$ 1.922.322
Arapeí
133
R$ 49.727
Arapeí
158
R$ 337.516
Areias
135
R$ 79.635
Areias
304
R$ 626.177
Bananal
466
R$ 285.804
Bananal
839
R$ 1.552.718
Caçapava
349
R$ 231.570
Caçapava
1.832
R$ 2.950.395
Cachoeira Paulista
775
R$ 260.539
Cachoeira Paulista
1.754
R$ 3.952.901
Campos do Jordão
723
R$ 332.055
Campos do Jordão
1.790
R$ 3.132.582
Canas
115
R$ 18.404
Canas
422
R$ 984.550
Caraguatatuba
2.177
R$ 630.704
Caraguatatuba
3.670
R$ 6.363.898
Cruzeiro
1.744
R$ 1.099.166
Cruzeiro
2.660
R$ 4.842.621
Cunha
782
R$ 393.253
Cunha
2.496
R$ 4.345.753
Guaratinguetá
1.515
R$ 707.032
Guaratinguetá
3.116
R$ 5.503.394
Igaratá
364
R$ 178.174
Igaratá
595
R$ 1.038.843
Ilhabela
308
R$ 133.789
Ilhabela
592
R$ 958.869
Jacareí
1.195
R$ 684.978
Jacareí
5.626
Jambeiro
144
R$ 77.408
Jambeiro
195
R$ 378.183
Lagoinha
289
R$ 121.234
Lagoinha
311
R$ 543.738
Lavrinhas
4
R$ 1.356
Lavrinhas
289
R$ 579.195
1.510
R$ 645.468
Lorena
3.524
R$ 6.087.802
Monteiro Lobato
199
R$ 71.786
Monteiro Lobato
215
R$ 414.834
Natividade da Serra
310
R$ 81.607
Natividade da Serra
410
R$ 736.984
Paraibuna
359
R$ 123.960
Paraibuna
935
R$ 1.811.559
R$ 1.456.908
Pindamonhangaba
Lorena
Outros programas sociais do governo custam mais e não são tão eficazes na erradicação da pobreza. É o caso do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que garante a transferência mensal de um salário mínimo ao idoso, com 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência. De acordo com o estudo do Ipea, este programa custa 0,6% do PIB e rende um acréscimo de R$ 1,19 a cada real aplicado. Situação similar acontece com o seguro-desemprego e outros programas. Em outras palavras: o dinheiro do Bolsa Família gasto pela jovem Amanda, moradora do Dom Pedro 2º de São José dos Campos, pode ir mais longe que ela imagina. Na compra do material escolar de seus filhos, o dinheiro recebido pelo dono da papelaria, que fica no centro por exemplo, pode ser reaplicado na própria loja que pode ampliar as suas vendas e até mesmo contratar novos funcionários, e por que não, contratar a jovem Amanda.•
Famílias
Pindamonhangaba
2.996
R$ 10.642.920
5.909
R$ 10.413.967
866
R$ 1.784.319
Piquete
234
R$ 95.762
Piquete
Potim
288
R$ 48.222
Potim
1.006
R$ 1.804.815
Queluz
/
Queluz
483
R$ 824.506
Redenção da Serra
214
/
R$ 65.362
Redenção da Serra
297
R$ 614.399
Roseira
228
R$ 120.420
Roseira
508
R$ 978.401
Santa Branca
368
R$ 200.292
Santa Branca
708
R$ 1.452.146
Santo Antôno do Pinhal
238
R$ 98.530
Santo Antôno do Pinhal
394
R$ 732.686
São Bento do Sapucaí
294
R$ 110.515
São Bento do Sapucaí
654
R$ 1.183.429
São José do Barreiro
162
R$ 96.482
São José do Barreiro
363
R$ 676.654
São José dos Campos
5.698
R$ 3.727.197
São José dos Campos
18.978
São Luiz do Paraitinga
468
R$ 173.525
São Luiz do Paraitinga
479
São Sebastião
498
R$ 342.773
São Sebastião
Silveiras
164
R$ 68.877
Silveiras
388
R$ 592.028
Taubaté
2.383
R$ 752.590
Taubaté
5.472
R$ 8.892.252
610
R$ 334.138
Tremembé
1.615
R$ 3.278.622
1.092
R$ 662.711
Ubatuba
4.791
R$ 9.436.572
30.254
R$ 14.774.838
78.961
R$ 149.289.297
Tremembé Ubatuba Total
Total
3.205
R$ 39.704.629 R$ 765.326 R$ 6.446.792
Fonte/MDS
Divulgação/MDS
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ENTREVISTA
PAÍS SEM MISÉRIA
Divulgação/MDS
Em entrevista exclusiva à Metrópole Magazine, Luís Henrique de Paiva, secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, diz que o programa custa apenas 0,5% do PIB nacional e que ampliou, para milhões de famílias, o acesso à proteção social
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São José osé dos do doss Campos, Març Março de 22015 015 | 27
César Rosati
que alcancemos a população pobre com serviços públicos de qualidade.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Qual é a análise que o senhor faz sobre os 10 anos do benefício? » O Bolsa Família foi concebido para aliviar a pobreza de milhões de brasileiros. O programa foi fundamental para que o Brasil deixasse o mapa mundial da fome. Ele é hoje o maior programa de transferência condicionada de renda do mundo. O programa brasileiro é bem avaliado internacionalmente pela sua boa focalização, isto é, por alcançar de fato a população mais pobre. Cerca de 40 países em desenvolvimento adotaram programas semelhantes. Nós também acompanhamos a frequência escolar de mais de 15 milhões de alunos e as condições de saúde de mães e crianças de mais de 8 milhões de famílias, com a ajuda do MEC, do Ministério da Saúde, e dos governos estaduais e municipais. Temos um programa apartidário, que alcança todos os municípios brasileiros. E que custa apenas 0,5% do PIB. O Bolsa Família faz muito pela população brasileira e custa muito pouco.
Como o senhor enxerga o Bolsa Família daqui a 10 anos? » Até a criação do Bolsa, apenas famílias com longa trajetória de contribuição para a Previdência Social tinham acesso à proteção social. Com o Bolsa, famílias que trabalham, mas são muito pobres, também passaram a ter direito a um benefício modesto, que complementa a sua renda. Nesse sentido, ele é um elemento não contributivo da proteção social. Programas assim existem em todas as sociedades desenvolvidas. Nos países em desenvolvimento, esses programas surgiram mais recentemente, muitos deles inspirados no Bolsa Família. No futuro, continuaremos a ter programas para esse mesmo público. O Cadastro Único e o Bolsa Família continuarão a ser uma plataforma para
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Em 10 anos houve um aumento de 160% no número de beneficiados no Vale do Paraíba. A que o senhor atribui esse aumento? » O programa completou 11 anos em outubro de 2014. No início, o número de beneficiários era pequeno e tínhamos que aumentar a cobertura. Isso foi feito, com grande esforço dos nossos municípios para alcançar a população mais pobre. Um fator importante foi Plano Brasil Sem Miséria. Assumimos o compromisso de combater a extrema pobreza e de buscar ativamente as famílias mais pobres e inserir no Programa. É um ponto positivo que essas famílias tenham, pela primeira vez, ganhado visibilidade para a política de proteção social.
Qual é o porcentual de pessoas que deixam de receber o benefício por ter melhorado de vida? Esse número é satisfatório para o Governo Federal? Como melhorar essa estatística? » Cerca de 1,7 milhão de famílias já deixaram o Bolsa Família por declarar aumento de renda ou por pedir voluntariamente desligamento do Programa. Mas essa não me parece ser a questão central. Muitas famílias pobres nunca, eu repito, nunca tiveram nenhuma atenção do Estado e é um pouco triste que algumas pessoas insistam em perguntar quando elas vão se desligar. Elas migrarão, aos poucos, para formas de proteção social contributiva, que são, inclusive, mais caras para o Estado e para a sociedade brasileira, na medida em que sua situação social e econômica for melhorando. Mas não se corrige séculos de injustiça e desigualdade em alguns poucos anos. O importante é que as famílias pobres tenham acesso a uma renda modesta, que ajude a melhorar a alimentação e a manter as crianças na escola. Isso transformará o Brasil nas
próximas décadas.
Como o senhor vê as principais críticas ao programa? » O Bolsa Família sempre foi lei, desde outubro de 2003, quando começou. Ele foi criado por uma Medida Provisória, que tem força de lei. Posteriormente, a Medida Provisória foi convertida na Lei n° 10.836, de janeiro de 2004. Portanto, quem diz que quer transformar o Bolsa Família em lei está ou desinformado ou mal intencionado. Outras críticas também caíram por terra. Vários estudos mostraram que os beneficiários trabalham tanto quanto as pessoas que não recebem o benefício. Outros estudos demonstraram que o Bolsa Família contribui no planejamento familiar e ajudou a reduzir o número de filhos. Está na hora de superar os preconceitos e reconhecer que o programa trouxe benefícios para toda a população brasileira.
Como funciona o benefício? Quem tem direito a ele? » Qualquer família com renda por pessoa igual ou menor a 77 reais por mês pode ser beneficiária. Famílias com renda maior do que 77 reais por pessoa, até 154 por pessoa, por mês, também podem ser beneficiárias, desde que tenham crianças. O valor que uma família recebe por mês varia de acordo com a renda e com a composição familiar. Quanto maior a família, maior o benefício. Quanto mais pobre a família, maior o benefício. Na média, pagamos R$ 170 por mês para as famílias beneficiárias. Sabemos que é um benefício modesto, mas que ajuda a melhorar a vida dessas famílias, melhora a alimentação e ajuda a comprar material escolar e remédios. A presença dos filhos na escola é verificada. Mães e crianças devem ser acompanhadas pelo sistema de saúde. Os serviços de educação e saúde também melhoram a vida dessas famílias e são um grande investimento de longo prazo para o país.•
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Artigo&
A paixão digital
Q
uem nunca percebeu o brilho nos olhos das pessoas diante de uma tela colorida, cheia de movimentos e com botões que te levam para vários lugares que parecem não ter fim? É, a internet tem esse poder, e a tecnologia hoje, mais do que nunca, está a favor da navegação e da imersão em um mundo com conteúdo digital. Segundo a Pesquisa IBOPE 2014, encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da
República (SECOM), com mais de 18 mil entrevistados entre os dias 05 e 22 de novembro de 2014, praticamente metade dos brasileiros utiliza a internet, ou seja, próximo de 100 milhões de pessoas. Não pense que esses olhos brilham somente na frente de
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grandes telas, nas horas vagas no trabalho (nem sempre tão vagas) ou a noite em casa. Eles estão brilhando dia e noite em todos os lugares que você possa imaginar. É a internet móvel como ferramenta de democratização da informação e de acesso a novas marcas e produtos, até então desconhecidos para muita gente. Segundo a mesma pesquisa, um número que vai além das tendências observadas nas ruas: desses quase 100 milhões de pessoas, 66% utilizam o celular como forma de conexão à internet, competindo com 71% de acesso via computadores. Entre
os usuários da internet com ensino superior, 72% acessam a internet todos os dias, com uma intensidade média diária de 5h41, de 2ª a 6ª feira. Se crescimento percentual de pessoas que utilizam a internet todos os dias foi de 26% no ano de 2013 para 37% do ano de 2014, pergunto qual será o crescimento para os próximos dois anos.
No meu dia a dia, conversando com as pessoas, percebo que isso é um fato que passa desapercebido, talvez pela forma natural que o ser humano está incorporando o uso da internet como meio para realizar quase tudo. Desde fazer consultas sobre assuntos desconhecidos, comprar produtos do outro lado do mundo, fazer amigos, marcar encontros, marcar consulta médica, encontrar o produto ou serviço ideal, escolher o novo carro, ter facilidades no trânsito através de um app que custa zero centavos e, claro, se divertir muito nas redes sociais. A internet não é regida pelos gurus digitais, não é ditada pelos publicitários, muito menos pelos anunciantes. Ela é feita pelas pessoas. Partindo do princípio que as pessoas mudam, a internet irá mudar muito ainda. Mais uma vez, voltamos para observar nós mesmos e ver a internet como um reflexo do nosso comportamento.• Mais informações sobre a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 acesse: http://blog.planalto.gov.br
Fernando Griskonis Formado em Publicidade e Propaganda e pós-graduado em Marketing Político, Griskonis atua profissionalmente há mais de 11 anos no mercado do Vale do Paraíba, Campinas e região. Em 2009, ao lado dos sócios Eduardo Spinelli e Fabiano César, fundou a Molotov Propaganda.
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Otimistas, chineses afirmam que em três anos vão produzir cinco vezes mais, chegando a 150 mil veículos/ano em 2018
ECONOMIA REGIÃO
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Divulgação/Chery
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João Pedro Teles e Moisés Rosa JACAREÍ
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uncionários em regime de layoff, férias coletivas, planos de demissões voluntárias e fechamento de turno são alguns dos reflexos da crise da indústria automobilística no Vale do Paraíba em 2014. E para 2015 as previsões ainda são pessimistas. Em ano de ajustes fiscais e diminuição do poder de compra, a tendência é de que os números de venda continuem estagnados.
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Enfrentar este panorama negativo será o desafio da Chery já no primeiro ano de atividades no Brasil. A montadora chinesa teve sua planta de Jacareí inaugurada em agosto do ano passado. Com investimentos de U$ 400 milhões, a fábrica tem como meta produzir 30 mil veículos neste primeiro ano de funcionamento, gerando, num primeiro momento, 500 empregos –até 2018 seriam 3.000 vagas preenchidas. Mesmo com a crise do setor no ano passado, a empresa chinesa manteve os esforços para a conclusão da planta de Jacareí. A Chery acredita que o
mau humor do mercado é passageiro e não pretende mudar a programação de investimentos. Roger Peng, presidente da empresa no país, explica que o momento ruim não assusta a multinacional, que trabalha com investimentos a longo prazo para conquistar o mercado brasileiro. “Preocupa, mas não assusta. Um negócio a longo prazo está sujeito a variações de humor do mercado econômico, não é um cenário totalmente inesperado. Acreditamos que a situação irá melhorar e, no futuro, todo o investimento será compensa-
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Alex Brito/PMJ
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Planta da Chery em Jacareí vai produzir modelos do Celer e do QQ do”, afirma o presidente. Tamanha é a confiança dos chineses que as metas de produção para os próximos anos são ambiciosas. Segundo Peng, até 2018, a Chery pretende aumentar a capacidade máxima de produção para 150 mil veículos por ano.
Estratégia A estratégia da empresa é apostar em seu principal diferencial: incluir grande leque de adicionais nos pacotes considerados básicos. Em Jacareí, serão produzidos inicialmente o Celer e o QQ. Para vencer a resistência inicial do consumidor brasileiro, a empresa vai investir pesado em redes de concessionárias no país. O número atual, de 72 lojas, deve aumentar nos próximos anos. “Queremos aumentar o número de test-drives, fazer com que mais e mais pessoas tenham a oportunidade de
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experimentar o nosso carro e ver com os próprios olhos o quanto estamos investindo nos detalhes, na qualidade diferenciada. Além disso, com a fábrica no Brasil, provamos que viemos para ficar, deixamos de ser uma marca chinesa e nos tornamos brasileira. Também temos investido na modernização do SAC, com constantes pesquisas de qualidade, para aprimorarmos cada vez mais o atendimento pós-venda”, explica o presidente.
Fábrica A planta de Jacareí conta com uma área de 400 mil metros quadrados, divididos em setores de montagem, soldagem e pintura. O local também conta com uma pista de testes para a empresa. Dois fatores principais pesaram para a escolha de Jacareí. O primeiro deles é a política de isenção fiscal que a cidade
oferece para empresas que geram mais de 500 empregos na cidade e o segundo é a localização privilegiada do Vale do Paraíba, sempre bem avaliada em termos logísticos. “Esta decisão foi tomada há alguns anos, pensada no longo prazo. Estamos em pleno processo de início de produção e comercialização e pretendemos continuar”, diz o presidente. Falando sobre logística, o famigerado “custo Brasil” é outro assunto importante para a vinda da empresa ao país. Peng afirma que pretende enfrentar as dificuldades de infraestrutura com “otimização e racionalização de processos e as negociações com fornecedores de produtos e serviços”.
Tecnologia Com um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento previsto para 2016, a Chery
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investirá não só na produção, mas também no desenvolvimento de tecnologia em solo brasileiro. De acordo com a empresa, o centro firmará parcerias com universidades do país para desenvolvimento conjunto de conhecimento. “A parceria com universidades é parte fundamental para a implantação do projeto do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Brasil. Estamos em contato com algumas instituições, mas ainda não temos uma definida”, afirma Peng.
Empregos indiretos
abriram filiais na cidade. “Estima-se que para cada emprego gerado diretamente pela indústria automobilística outros três, até quatro, sejam gerados indiretamente. E, junto com a montadora, toda a cadeia de fornecedores também se movimenta, atraindo ainda outros serviços e gerando mais postos de trabalho”, diz o prefeito.
Qualificação A prefeitura está intermediando investimentos em cursos de qualificação na cidade. No ano passado, foi inaugurado em Jacareí o ITF (Instituto Técnico Federal), que oferece capacitação para jovens que procuram qualificação, por meio de cursos técnicos. A unidade tem capacidade para atender até 1.200 alunos. Também uma unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) está sendo construída e cursos profissionalizantes gratuitos são oferecidos no EducaMais. “Além da geração de empregos, a reação em cadeia da chegada dessas indústrias exige mais e melhores investimentos na formação dos nossos
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A Prefeitura de Jacareí estima um cenário positivo para a vinda da Chery à cidade. De acordo com a administração, para cada emprego gerado diretamente outros três são gerados indiretamente. Para atrair empresários que queiram investir na cidade, a administração tem oferecido incentivos fiscais, como a isenção de tributos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As faixas de isenções variam a cada empresa, dependendo, principalmente, da geração de empregos oferecida na cidade.
Assim, a isenção fica da seguinte maneira: dez anos para empresas que gerarem mais de 200 postos de trabalho; 15 anos para mais de 500 empregos e mais de R$50 milhões de valor adicionado; e 20 anos para mais de 1.000 empregos e mais de R$100 milhões de valor adicionado. Para o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota (PT), os incentivos contribuem positivamente para as empresas se instalarem na cidade. Segundo Mota, a desburocratização possibilita novas vias de investimentos. “A chegada da Chery a Jacareí é fruto de muito trabalho e resultado de uma série de ações que implementamos na cidade, desde a Lei de Incentivos à regulamentação do Plano Diretor, entre outras. Já contamos com um parque industrial bastante diversificado, que ganha um forte incremento com a chegada de novas indústrias e que exige uma maior qualificação de mão de obra”. Paralela à implantação da montadora na cidade, outro cenário positivo também se formou: a vinda de microempresas –que fabricam peças e estofados para o setor automobilístico– e que
Prefeito de Jacareí, Hamilton Mota visita instalações da Chery
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jovens. No ano passado inauguramos o Instituto Técnico Federal, agora o Senai trabalha na construção de uma nova unidade na cidade. Oferecemos também cursos gratuitos profissionalizantes gratuitos no EducaMais Lamartine. Para completar, todo o setor de serviços também é estimulado, já que a vinda de grandes empresas naturalmente gera novas demandas”, destaca Mota.
Cenário
Desafios Apesar do otimismo dos chineses da Chery, o delegado do Conselho Regional de Economia da RMVale, Jair Capatti, prevê que 2015 e 2016 sejam anos difíceis para a indústria no país.
O economista, que também é diretor da Métrica Assessoria Financeira, afirma que não são apenas os fatores econômicos que assustam. “Além da situação ser desfavorável devido ao desaquecimento da economia e a desconfiança do consumidor em relação ao futuro, também há de se lembrar que o período é de incertezas também na área de abastecimento de água e energia elétrica. Cabe à empresa superar essas adversidades”, afirma. Por outro lado, o especialista defende que os investimentos da montadora chinesa vão movimentar a economia da cidade. O melhor cenário, de acordo com ele, seria a Chery investir na capacitação de mão de obra local e no fechamento de acordos com fornecedores da região. “O tamanho do impacto positivo para a região vai depender muito das decisões que a montadora tomará daqui em diante. Mas, de qualquer forma, a chegada de uma montadora deste porte para a cidade, ainda mais no momento de estagnação econômica que vivemos, é uma ótima notícia”, afirma.•
Alex Brito/PMJ
Apesar do cenário desfavorável para o setor automobilístico, as perspectivas são boas, segundo a prefeitura. “Temos boas perspectivas a médio prazo. Além dos efeitos já gerados pela vinda da Chery –desde a construção civil ao incremento a novos serviços e fornecedores–, o impacto da arrecadação do ICMS deverá ser sentido nos próximos anos (o cálculo do ICMS é feito a partir de dados de dois anos anteriores, ou seja: se a Chery atingir sua produção máxima este ano, o impacto somente será efetivado em 2017)”, completa. Para o presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, a região oferece boas condições de instalação para as empresas, já que está no ‘centro’ de grandes metrópoles –São Paulo e Rio de Janeiro. “Temos mão de obra de qualidade na região e isso contribui muito para atrair as montadoras para o Vale do Paraíba, além de estarmos no ‘centro’ do mercado”, explica. Macapá afirma que o sindicato também vai manter o diálogo com a montadora para sempre buscar boas condições de trabalho. “Já estamos realizando reuniões com a diretoria da Chery e iremos acompanhar os trabalhos na planta. Vamos manter e continuar com esse diálogo aberto”, diz o presidente do sindicato.
Com investimento de R$ 1,2 bilhão, Chery inaugura unidade em Jacareí
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Sããoo Jo São José sé dos do dos C dos Campos, amp mppoos, ss, Março Março Ma ç de ço d 220 2015 0155 | 35 3
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Em constante crescimento, setor turístico do Vale do Paraíba representa hoje 31%, ou seja, R$ 15,8 bilhões, do PIB da RMVale
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José Carlos Ducatti SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O
turismo brasileiro está mais competitivo. O país obteve, em 2014, o melhor resultado da série histórica do Índice de Competitividade do Turismo Nacional, iniciada em 2008. E o Vale do Paraíba, impulsionado por São José dos Campos acompanha esses resultados. De acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o índice permite avaliar, ano a ano, a capacidade de
um destino de se superar e alcançar níveis cada vez mais significativos de desenvolvimento. Em uma escala de 0 a 100, a média geral dos destinos monitorados foi de 59,5 pontos, sendo que as capitais obtiveram 68,2 pontos e os demais municípios 53,4 pontos em média. A ferramenta de monitoramento foi desenvolvida pelo Ministério do Turismo e pelo Sebrae, com execução da Fundação Getúlio Vargas. O Brasil está em pleno crescimento da economia turística. O país é hoje a sexta economia mundial do turismo, responsável por 9,3% do PIB nacional.
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TURISMO NO BRASIL ESTÁ EM EVOLUÇÃO E O VALE ACOMPANHA Em pesquisa recente da agência virtual ViajaNet, que listou os dez municípios mais cobiçados durante o ano passado, a cidade de São Paulo foi o destino mais visitado em 2014. Na segunda posição está o Rio de Janeiro, com as famosas praias de Ipanema e Copacabana e o Cristo Redentor, seguido por Salvador, conhecido por seu carnaval de rua e pelo Pelourinho, que é uma atração à parte. A Copa do Mundo pode não ter sido satisfatória dentro de campo para o time brasileiro, mas os resultados para o turismo foram muito bons, tanto no
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presente quanto para o futuro. A cidade de São Paulo obteve bons resultados na Copa do Mundo de futebol. Recebeu 68,94% dos visitantes do Mundial, de acordo com a SPTuris, a empresa municipal de promoção turística, contra 5,25% do Rio e 5,11% de Minas. Quem veio, gostou: 81,4% avaliou a cidade com notas positivas. Estrategicamente entre São Paulo e Rio de Janeiro, responsável por uma parcela considerável do PIB brasileiro, o Vale do Paraíba – que ocupa uma área de mais de 16 mil quilômetros quadrados no estado - tem sua
influência não somente na indústria e agropecuária. O Centro de Estudos de Turismo e Desenvolvimento Social (Cetes) da USP iniciou em 2014 um trabalho direcionado à região serrana do Vale, onde é o turismo que se destaca e movimenta a economia. Para o Diretor da Secretaria de Turismo de São José dos Campos, Diego Nicolau de Carvalho, é preciso que se faça a conscientização da população para a importância do turismo. “O turismo é fundamental para o crescimento da economia, do desenvolvimento social, da educação, da ecologia. Por
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Flávio Pereira/Meon
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POTENCIAL TURÍSTICO DA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO PARAÍBA E LITORAL NORTE O PIB do Vale do Paraíba é, em números absolutos, de R$ 57 bilhões e o turismo representa 31%, ou seja, R$ 15,8 bilhões. • 39 municípios destacando-se para São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba e Aparecida. • R$ 57 bilhões de PIB , superior a países como El Salvador, Panamá e Bolívia. • R$ 20.777,00 de PIB per capita, valor de 42% superior ao PIB per capita Brasil. • R$ 13,5 bilhões de exportações, 17,4% do total exportado pelo Estado de São Paulo. • R$ 36,7 bilhões é o potencial de consumo estimado, um consumo per capita 22,8% superior a média brasileira isto é importante que o cidadão tenha esta consciência, pois é a população, de uma forma geral, que faz a recepção ao turista”.
Números Os números são muitos significativos e indicam a evolução do setor para a economia. O turismo tem 9,9% de representatividade no PIB Mundial, sendo US$ 7,56 trilhões de movimentação financeiro, por meio de 924 milhões de turistas no mundo, o que promove 238,2 milhões de empregos. No Brasil, a representatividade do turismo é de 9,3% do PIB, com uma
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receita cambial de US$ 5 bilhões, promovida pela circulação de 9,5 milhões de turistas estrangeiros o que gera 5,5 milhões de empregos. Os resultados mais recentes chamam a atenção para a importância deste novo mercado, o que está sensibilizando também os governos federais, estaduais e municipais. No Brasil, no período de 2000 à 2012 foram gerados pela atividade turística no país 1,2 milhões de empregos, formais e informais. A atividade turística cresceu 76% nesse período: os gastos de turistas estrangeiros em visita ao Brasil foram de US$ 10,3 bilhões.
• Mais de 200 mil empresas ativas (indústrias, comércio, serviços e agronegócios). • Mais de 900 mil de veículos automotivos por dia na rodovia Presidente Dutra. • 41 milhões de turistas/ano circulam na região. Principais áreas turísticas são: Litoral Norte, as montanhas da Serra da Mantiqueira, as riquezas naturais e culturais do Vale Histórico e o turismo religioso nas cidades de Aparecida, Guaratinguetá e Cachoeira Paulista.
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Pioneira A maior cidade do Vale do Paraíba foi apontada em uma pesquisa internacional, realizada pela FORBES (a maior revista de negócios e economia dos Estados Unidos) em 2011, como a 9ª melhor cidade do mundo para se fazer negócios; foi a primeira cidade a conquistar o maior prêmio de segurança viária do mundo (“Prince Michael Internacional Road SafetyAwards”); e a primeira cidade do mundo a receber pagamento de compras com cartão de crédito ou débito pelo celular. O turismo enquanto parte integrante da administração nacional, estadual e municipal é muito recente. Criada pela Lei Municipal N° 8.904, de 21 de fevereiro de 2013, a Secretaria de Turismo-SETUR é o órgão da Prefeitura de São José dos Campos responsável por divulgar as potencialidades turísticas da cidade, em cooperação com organismos do governo e não governamentais. Cabe a ela promover o intercâmbio com entidades ligadas ao setor e ampliar os fluxos e a permanência dos visitantes nacionais e estrangeiros na cidade. Ela tem a incumbência de apoiar a realização de feiras, exposições de negócios, viagens de incentivo, congressos municipais, nacionais e internacionais, além de estimular a formação e o aperfeiçoamento de profissionais da área. Segundo o diretor de turismo da entidade, Diego Nicolau de Carvalho, a SETUR tem como objetivo desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com o papel relevante na geração de emprego e renda. É responsável também pela definição de políticas públicas de turismo, juntamente com as demais entidades municipais e/ou regionais.
Turismo regional O ano começou com boas notícias para o Hotel Ema Palace, de São José dos Campos. O site Trivago, consi-
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O turismo é fundamental para o crescimento da economia, do desenvolvimento social, da educação, da ecologia. É importante que o cidadão tenha esta consciência Diego Carvalho DIRETOR DA SETUR/SJC
derado o maior buscador de hotéis do mundo, classificou o Hotel Ema Palace como o melhor da cidade em sua categoria, segundo a avaliação de seus hóspedes e com o melhor preço/ benefício. Segundo Fernando de Magalhães Jimenez, gerente de Marketing do hotel, este é o resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo destes três anos de existência do hotel e que tem como princípio estar alinhado às características de São José dos Campos e mantendo-se como o mais charmoso da cidade. Os números já demonstram esta colocação, uma vez que ele conta com uma taxa de ocupação semanal em torno de 85%, sendo que destes 30% são hóspedes estrangeiros. Números que se consolidam com a inauguração de sua Suíte Presidencial. O site Trivago compara 719.154 hotéis de 254 sites de reservas diaria-
mente, em 49 plataformas com mais de 25 línguas e disponibiliza com alta tecnologia informações para quem busca hospedagem em hotéis com elevado conteúdo e preços atraentes. Em 2014 o hotel investiu em inovações e uma delas foi a inauguração da suíte presidencial que reúne conforto, luxo, uma vista panorâmica da Serra da Mantiqueira e um serviço que condiz com o crescimento do turismo da cidade. Fernando de Magalhães Jimenez constatou que o empreendimento segue uma política adequada para a evolução de São José dos Campos na recepção de turistas nacionais e estrangeiros tanto para o lazer, esporte, artes e negócios. Jimenez participou juntamente com representantes técnicos da rede hoteleira de reuniões com a Prefeitura de São José dos Campos para a troca de informações e discutir o planejamento turístico a ser implementado. A proposta foi fortalecer a atividade na cidade e aprimorar o atendimento, buscando incrementar este setor que vem crescendo nos últimos anos e com tendência de evoluir ainda mais diante dos eventos que irão marcar os setores esportivo, artísticos, sociais e tecnológicos. O Hotel Ema Palace tem uma política de constante evolução para atender a uma clientela cada vez mais exigente quanto ao conforto e requinte no setor hoteleiro. Com esta visão, o diretor Miguel Jimenez Massa fez viagem à Europa, onde visitou 14 cidades de Portugal e Espanha para uma pesquisa de como os empresários deste setor estão atuando. Miguel Massa se hospedou em hotéis 5 estrelas e confirmou que o Hotel Ema Palace está equiparado em relação a equipamentos e estrutura, “mas nunca é demais aprimorar o atendimento, principalmente considerando que dos seletos hóspedes, cerca de 35% são estrangeiros”, comenta. A Suíte Presidencial veio comple-
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Genilson Júnior/PMI
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Mais de 40 milhões de pessoas circulam pelas cidades turísticas do Vale do Paraíba e Litoral Norte anualmente. Ilhabela é um dos destaques
mentar a proposta do hotel para atender a executivos que querem o quarto para permanência estendida, sendo considerada também uma opção sob medida para casais em núpcias. O local contou com um investimento de R$ 70 mil, e veio para preencher um filão ainda pouco explorado na cidade, que já conta com cerca de 700 mil habitantes e na região do Vale do Paraíba, com mais de 2,3 milhões de pessoas. São 133 m² para um espaço com quatro ambientes. A suíte conta com lareira, sala de estar equipada com som ambiente, televisor full HD 50” e outros equipamentos eletrônicos de entre-
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tenimento e varanda com bela vista panorâmica. O quarto principal possui amplo closet e toilet com banheira de hidromassagem, televisão e som ambiente e também oferece frigobar, climatizador de vinhos, café da manhã no quarto, entre outros serviços especiais.
Projeção O FOHB - Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil apresentou a segunda edição da pesquisa “Perspectivas de Desempenho da Hotelaria”, em outubro do ano passado. O estudo traz o panorama de desempenho das redes hoteleiras associadas ao FOHB, compa-
rando dados de 2014 com 2013, assim como projeções para 2015 e 2016. Esta edição anual do estudo abrange 467 hotéis em 16 cidades brasileiras, além da Grande São Paulo. As principais capitais e municípios mais focados em turismo foram pesquisados, sendo: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Jundiaí, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. As projeções até o final de 2014 apontam um aumento nas taxas de ocupação em comparação com o ano anterior. As expectativas de crescimen-
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to das taxas de ocupação durante o 1º semestre de 2015 também se destacam positivamente. As perspectivas positivas se devem a vários fatores, como o crescimento do turismo doméstico, em especial pela Classe C, a expansão do crédito para o setor, a evolução dos gastos públicos com infraestrutura, qualificação profissional e promoção, o fortalecimento da gestão descentralizada do turismo e a visibilidade com a realização de megaeventos internacionais.
Oportunidades Recentemente o presidente da Federação Paulista de Ginástica, Márcio TabashiIshizaki, esteve em São José dos Campos para conhecer o projeto do primeiro ginásio da cidade específico para treinamento e competições das modalidades artística e rítmica, localizado no
Clube Thermas do Vale. O local além de ser usado para treinamento das equipes que representam a cidade em competições oficiais, servirá também para competições de ginástica artística e rítmica. Em 2016, o equipamento esportivo poderá ainda ser um centro de treinamento dos ginastas brasileiros e estrangeiros que vão participar dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro. Os aparelhos serão os mais modernos do mercado. O projeto conta com um ginásio de 55 metros de comprimento por 40 de largura, com arquibancada para 700 pessoas (com possibilidade de mais 800 vagas móveis), vestiários para atletas e árbitros.
Encontro Em junho de 2015 haverá um encontro internacional do Rotary em
São Paulo que deve reunir em torno de 10 mil pessoas, sendo 4 mil do exterior. Neste evento será dada posse aos governadores distritais, sendo que o distrito 4600 que é composto por 67 clubes de 38 cidades do Vale do Paraíba e Região terá como governador Antônio Custodio, do Rotary Clube Leste de São José dos Campos. Neste mesmo mês terá sua posse festiva no Parque Tecnológico de São José, em um novo encontro que irá reunir rotarianos das 38 cidades o que representa cerca de 3 mil pessoas vindo para São José. Os dados destas atividades demonstram a importância de São José dos Campos para o turismo brasileiro, por sua localização e infraestrutura. O setor hoteleiro fica com um incremento acentuado e que significa um foco importante para a economia da cidade e da região.•
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Respeito porque cuida de milhares de pessoas. Porque é humano. Porque se aprimora e inova todos os dias e ajuda em ações sociais e sustentáveis. E, principalmente, porque luta contra o câncer. Afinal, o nosso maior objetivo é ter respeito pela vida.
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NOTÍCIAS ESPORTES
INÍCIO PROMISSOR X FALTA DE INVESTIMENTO Linha de distribuição de energia é vistoriada na capital paulista
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Campeões da Superliga B, times de vôlei de São José decepcionam a torcida na elite da modalidade no Brasil
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Equipe feminina campeã da Superliga B em 2014
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temporada de 2014 da Superliga B foi promissora para os times feminino e masculino de São José dos Campos. Com campanhas irrepreensíveis, as duas equipes saíram com o título e a vaga para a Superliga, um dos melhores campeonatos de clubes do mundo. As meninas venceram oito dos nove jogos disputados e venceram com propriedade a grande final contra o Bauru, por 3 sets a 1. Já entre os homens, o time chegou a acumular dez jogos invictos antes de bater os gaúchos do Voleisul na final da liga. Entretanto, veio a estreia na elite do vôlei brasileiro e, a partir de então, as derrotas passaram a ser rotina nas campanhas tanto do time feminino quanto do time masculino. As meninas tiveram um início complicado na competição, quando pegaram logo o Sesi e o Rexona nas primeiras rodadas, respectivamente vice-campeão e campeão da tempora-
Na Superliga B, o time feminino venceu oito dos noves jogos que disputou. Já no masculino, a campanha foi ainda melhor: foram 10 jogos invictos até a conquista do título sobre o Voleisul
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da passada. Depois de uma vitória contra o Maranhão na terceira rodada, a única do time até agora, as meninas acumularam uma série de 16 derrotas e carregaram a lanterna durante quase toda a fase de grupos. O time chegou a ficar seis jogos sem vencer um set sequer, muitos deles nos quais não conseguiu passar dos 20 pontos. Com a má campanha, há grandes chances das joseenses voltarem à disputa da Superliga B na próxima temporada. Até o fechamento desta reportagem, o time contava com 5 pontos, cinco a menos do que as vice-lanternas do Uniara/Afav. Se a campanha frustrou as expectativas de quem viu as meninas atropelarem as adversárias na Superliga B, o técnico Washington Araújo Gomes, não se abala com a série de maus resultados. De acordo com o comandante, o time repleto de jovens atletas formadas em São José chegou à Superliga antes do planejado e teve esta temporada como experiência para os desafios futuros. “Não nos iludimos na campanha da Superliga B, quando fomos mais longe do que o esperado, e também não vamos nos abater com os resultados ruins nesta Superliga. O que o torcedor
precisa entender é que o nosso projeto de formação é de longo prazo e nosso papel é o de formar jogadoras para em um ano ou dois, podermos pensar em ir mais longe pela competição”, explica o treinador. Apesar das derrotas, o ambiente entre as meninas, garante o técnico, é o melhor possível. O grupo de jogadoras vem jogando junto desde a categoria infanto-juvenil o que, de acordo com Gomes, é fato raro no vôlei brasileiro. “Há poucas equipes formadoras no panorama de hoje. Quem tem mais recursos contrata as atletas mais consagradas, mas de equipes formadoras mesmo são poucas. Por isso é importante que o São José continue trabalhando na base para consolidar-se em um projeto de longo prazo”, afirma. O projeto do Pinheiros, que até o fim desta reportagem ocupava o sexto lugar na Superliga, serve como um exemplo para os joseenses. Investindo nas pratas da casa, a equipe paulistana evoluiu gradativamente e, em 2015, vive sua melhor temporada. O time chegou ao inédito título da Copa Brasil de Vôlei em campanha na qual venceu o então invicto Rexona nas semifinais e o Sesi na grande final. “O Pinheiros representa um projeto bem parecido com o que estamos insta-
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O ex-capitão Rodolpho Granato foi afastado pela diretoria
lando em São José. É um time de baixo investimento, que investe muito nas categorias de base e que, ano a ano, vem mostrando evolução. É preciso levar em consideração que o vôlei é um esporte que exige muito recurso financeiro. Quando temos uma base boa, só precisamos de contratações pontuais para manter uma equipe competitiva. Isso viabiliza muito a permanência do time em termos financeiros”, diz.
Crise Se no time feminino o ambiente é bom apesar das dificuldades, o mesmo não se pode dizer dos meninos do São José. Após estreia com quatro derrotas
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Tião Martins/PMSJC
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consecutivas, a diretoria demitiu o técnico Reinaldo Bacilieri em novembro de 2014. Para o seu lugar, foi contratado o treinador Alexandre Rivetti, que já havia levado o Brasil Kirin a um terceiro lugar na temporada 2013/2014. A troca de comando contrariou os atletas e o clima nos bastidores do clube começou a esquentar. Sem alcançar os resultados, o novo treinador era questionado por parte do elenco. O estopim da crise aconteceu no dia 23 de janeiro, quando, após derrota para o lanterna São Bernardo, a diretoria decidiu afastar três jogadores, entre eles o capitão da campanha da Superliga B, o central Rodolpho. “O grupo não concordava muito com a troca de comando, mas o que acontece é que o São José estava em um estilo um pouco amador ainda. Mesmo com a expectativa criada depois da boa campanha na Superliga B, era preciso colocar a cabeça no lugar e lembrar que a divisão de acesso, com todo o respeito, tem um nível juvenil. Alguém tinha que arrumar a casa porque a Superliga é um campeonato onde todos os times estão muito bem preparados, todos os jogos são complicados”, explica. Mesmo com a vice-lanterna do campeonato, o São José deve se manter na Superliga para a próxima temporada. Fato que anima o treinador da equipe, que acredita em um projeto de crescimento gradativo da equipe a partir do ano que vem. “Com um elenco reforçado e com a
mentalidade que implantamos nesses últimos jogos de que disputar uma Superliga requer mais profissionalismo e doação dos atletas, tenho certeza que este time ainda vai colher bons frutos. Foi a primeira vez para a maioria dos jogadores e deu para perceber que o nível é alto”, afirma. O São José venceu apenas dois jogos na competição, mas protagonizou boas batalhas contra os times que disputam o topo da tabela. Os dois jogos contra o Sesi, por exemplo, foram decididos apenas no tie-break. No segundo turno, o clássico contra o Taubaté teve o mesmo roteiro.
Água fria Apesar do discurso dos dois técnicos ser de continuidade, o secretário de Esportes, José Luiz Nunes, deixou bem claro que a Prefeitura de São José dos Campos, principal mantenedora das duas equipes, vai diminuir o orçamento para o vôlei na cidade. De acordo com o secretário, embora ainda não haja um planejamento definido, os clubes terão de procurar outros investidores para se manterem na Superliga no ano que vem. “Esses dois times precisam imediatamente ter força para captar recursos no mercado. O financiamento do vôlei vai ser pauta para avaliação da secretaria nos próximos dias. Lembrando que estamos em um momento de escassez de recursos”, afirma o secretário.•
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A Prefeitura José está Sãode JoséSão dos dos Campos, Marçoabrindo de 2015 | 45 caminho para as ciclovias. Nos últimos anos foram entregues mais de 28 km, interligando os bairros e regiões da cidade. O novo plano de mobilidade garante mais conquistas para que pedestres, ônibus, carros e ciclistas circulem em ambientes adequados, com segurança, sustentabilidade e trânsito fluindo para todos. E vem muito mais por aí: além da construção de novas ciclovias, a Prefeitura também está interligando os trechos já existentes na cidade. Na região central, a revitalização da Av. Nove de Julho prevê mais 2,2 km de ciclovia interligada com a Av. Manoel Borba.
MAIS
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PrefeituraSJCampos
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NOTÍCIAS REGIÃO
NA PALMA DA MÃO: APLICATIVOS PODEM VIRAR ALIADOS DO SERVIÇO PÚBLICO
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Reprodução/Onde Fui Roubado
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Rodrigo Ribeiro SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
cada dia novas tecnologias surgem e com elas novos avanços, como o desenvolvimento de aplicativos. Isso não é segredo para ninguém, mas a novidade está na utilização destas plataformas na busca de soluções para problemas de serviços públicos como vias esburacadas, falta de manutenção em locais públicos e até em casos de segurança. Tudo isso, em uma parceria que envolve sociedade e poder público. Segundo a provedora de tecnologia de atendimento multicanal Contact Solutions 81% dos consumidores usam aplicativos mobile para procurar por formulários de ajuda ou atendimento e assistência. “Atualmente há uma mudança e inversão no comportamento do usuário. Hoje, o principal meio de acesso é o mobile, no qual a pessoa compra um
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As manifestações mostraram que a população quer participar, legitimar o seu poder, e os aplicativos são os meios pelos quais elas se encontram e cobram as prefeituras. Fabiano Porto ESPECIALISTA DE GESTÃO EM MÍDIAS SOCIAIS
celular, escolhe um plano de internet e já está conectada. As manifestações que tomaram o país em julho de 2014, por exemplo, influenciaram nesse comportamento”, diz o joseense Fabiano Porto, especialista de gestão em mídias sociais e representante da Abradi (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) no Vale do Paraíba. “As manifestações mostraram que a população quer participar, legitimar o seu poder, e os aplicativos são os meios que pelos quais se encontram e cobram as prefeituras. Os desenvolvedores de aplicativos, que também fazem parte desse grupo de pessoas que querem mudança, percebem essa movimentação. O que acontece é um cruzamento desse anseio pela participação com a evolução tecnológica. Esse é o futuro”, explica Porto. Dois aplicativos nacionais, o Onde Fui Roubado (disponível na internet pelo computador e como App na plataforma iOS) e o Colab (também com acesso pelo computador e App, para Android e iOS), já são provas de que a
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Reprodução/Colab
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relação entre poder público e sociedade pode ir além.
Colab Lançado em março de 2013, o Colab.re é uma rede social que promove a gestão pública colaborativa das cidades brasileiras e foi considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) o melhor aplicativo urbano do mundo, entre 20 mil participantes. O mecanismo é muito simples: ao se deparar com um problema –por exemplo, um buraco na calçada, um carro parado irregularmente, ou vegetação que precisa ser podada–, a pessoa tira uma foto com o aplicativo, seleciona a categoria em que o problema se enquadra e posta na rede. O app automaticamente geolocaliza o problema. O aplicativo incentiva a comunicação entre a sociedade e a gestão pública. Atualmente, 60 mil usuários do Colab realizam fiscalizações, avaliações e propostas de soluções de instituições e serviços públicos, que são encaminhadas aos órgãos responsáveis para que possam solucionar o problema. Mais de 50 prefeituras brasileiras utilizam a ferramenta como canal de relacionamento oficial, entre elas, Santos, Guarujá (SP), Niterói (RJ) e Curitiba (PR). “O Colab surgiu porque percebemos um interesse dos cidadãos e poder público (governos e instituições) em se comunicarem e existia uma dificuldade nessa relação. A ideia é fiscalizar, propor e avaliar. O App é uma ferramenta de fiscalização do cidadão, que está na rua e já envia a ocorrência, ajudando o governo a agir mais rapidamente”, conta Paulo Pandolf, responsável pelo aplicativo. “Além das mais de 50 cidades que usam o aplicativo, outros órgãos também estão utilizando como uma ferramenta oficial, como por exemplo a SAC (Secretaria de Aviação Civil), no qual os cidadãos avaliam os cinco principais aeroportos do país. O detalhe é que não há custo para aderir”, explica Pandolf.
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A parceria da Prefeitura de Curitiba com o Colab vai completar um ano em março e até o dia 3 de fevereiro a administração municipal recebeu 2.665 demandas pelo aplicativo, das quais 1.198 foram resolvidas. Na cidade, a equipe da Comunicação Social acessa o painel administrativo da ferramenta e faz um primeiro filtro para saber se a demanda é de responsabilidade da prefeitura. Em seguida, encaminha à secretaria competente. Uma vez resolvido o problema, o cidadão é comunicado de que sua demanda foi atendida. “O impacto da ferramenta é gran-
de. Ela permite mostrar a importância do trabalho conjunto entre poder público e comunidade. Um exemplo: nem sempre é possível remover ou multar o carro que está parado em cima da calçada, cuja foto foi enviada por aplicativo, pois até que a Secretaria de Trânsito seja acionada, provavelmente o veículo já não esteja mais no local. Mas informações desse tipo ajudam a mapear os locais de maior incidência de infrações de trânsito e programar ações concentradas, com resultados mais efetivos”, informa a prefeitura curitibana.
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Onde Fui Roubado Outra novidade é a plataforma colaborativa Onde Fui Roubado, que permite que qualquer pessoa do Brasil registre a ocorrência de algum crime que tenha sofrido e que a partir daí, seja criado um mapa de ocorrências em cada cidade do país e do mundo. A quantidade de registros relacionados ao Vale do Paraíba ainda é pequena, mas pode ajudar a mapear a criminalidade na região. Em São José dos Campos foram registrados 23 crimes nos últimos 90 dias, outros oito em Taubaté e em Jacareí, cinco casos. Em São José, das
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23 ocorrências, 30% foram contra homens, 65% aconteceram durante o dia e 43% das pessoas fizeram Boletim de Ocorrência. O bairro que lidera as ocorrências é o Jardim Satélite, na região sul. O aplicativo já recebeu denúncias de 835 cidades do país que são feitas pelo internauta de forma anônima. Uma das ocorrências registradas em São José foi uma tentativa de assalto a mão armada com veículo em movimento, que aconteceu no dia 15 de novembro do ano passado, às 22h, na rua Benedito Osvaldo Lecques, no Jardim Aquárius, região oeste.
Em São José, das 23 ocorrências no Onde Fui Roubado, 30% foram contra homens, 65% aconteceram durante o dia e 43% das pessoas fizeram Boletim de Ocorrência Segundo a ocorrência, “um carro pediu passagem e ao emparelhar, abriu o vidro e apontou um revólver, dando ordem de parada. Reduzi e entrei sentido Carrefour Jd. Aquarius, durante a fuga, o bandido perseguiu o carro, o que gerou um acidente envolvendo um táxi. A polícia ainda informou que era o 3º caso de assalto na região naquele dia”. Para José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, os aplicativos podem ajudar, dependendo da qualidade da informação. “Os aplicativos são importantes, úteis e bem-vindos, porque aumentam a oferta de informações para os policiais. No entanto, a polícia vai tomar cuidado em relação à qualidade dessa informação. No serviço de inteligência elas são classificadas pela qualidade e credibilidade da fonte. A principal arma da policia não é o revólver, é a informação. É por meio dela que se permite verificar os locais de maior incidência criminal e ela é um instrumento importantíssimo de planejamento para a polícia decidir onde vai atuar”. Ainda de acordo com José Vicente, “para ter essa incidência, a ferramenta depende que as vítimas façam o registro dos problemas, e uma forma de fazer isso é o B.O. A polícia ampliou
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Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, a principal arma da polícia é a informação esse canal e criou o Boletim de Ocorrência Eletrônico pela internet, já que hoje a quantidade de pessoas que usam a web é muito grande, e também colhe informações em reuniões nos conselhos comunitários, o que é um avanço”.
Baixa Adesão Nas três maiores cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o uso dos aplicativos de serviços ainda é baixo. Apenas São José dos Campos utiliza aplicativos para estreitar a relação com os moradores, dar transparência a serviços públicos e receber denúncias. Na área de fiscalização, o aplicativo Cidade Limpa se parece com o Colab e permite que os moradores façam denúncias de descarte irregular de lixo, entulho e pichação. Para outros casos, os moradores devem acionar a Central de Atendimento 156. Segundo dados da prefeitura, desde que foi implantado, no início de outubro do ano passado, o aplicativo foi instalado em 1.310 aparelhos de celular. Em 100 dias, o DFPM (Departamento
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de Fiscalização e Posturas Municipais) recebeu 120 denúncias de despejo irregular de lixo, 93 sobre descarte de entulho e 12 ocorrências de pichação. Desse total de reclamações, 66 foram consideradas improcedentes, por não configurar irregularidade, por falta de dados suficientes ou porque indicavam locais fora da cidade. Das demais, 68 tiveram ação fiscal iniciada, 31 foram repassadas à SSM (Secretaria de Serviços Municipais) para efetuar limpeza e outras 60 geraram ações que estão em andamento ou em processo de verificação pelo DFPM. O Cidade Limpa pode ser baixado no sistema Android. Para cada denúncia enviada é gerado um número de protocolo para acompanhamento, que fica armazenado no aplicativo para consulta do usuário. Já a Prefeitura de Taubaté informou que considera interessante a ideia dos aplicativos de smartphones, mas ainda não desenvolveu nenhum projeto neste sentido. “No atual momento, a administração municipal privilegia investimentos em áreas
como saúde e infraestrutura, essenciais para o município. Além disso, a prefeitura possui o Departamento de Ouvidoria, como um importante canal de comunicação entre população e poder público. Atualmente, o setor atende em média mais de 20 pessoas por dia pelo telefone 0800 7700 567 e pelo site www.taubate.sp.gov.br, no canal Ouvidoria”, informa a prefeitura em nota. Em Jacareí, o secretário de comunicação da prefeitura, Paulo Bicarato afirma que, apesar de o município ainda não contar com aplicativos de serviços, é uma forma da população participar efetivamente da administração. “Esses aplicativos incentivam a participação popular e o exercício da cidadania, com cobranças pontuais, sugestões e até elogios. Essas ferramentas estão muito acessíveis e são bem-vindas, aprimoram a relação e dão voz ao cidadão. Existe interesse da Prefeitura de Jacareí, alguns aplicativos estão em estudo, entre eles ferramentas desenvolvidas por nós, e a ideia é implantar a tecnologia”.•
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Divulgação
Cultura&
O cantor Tricky é um dos principais nomes do Nublu Jazz Festival
Festival traz vertentes do jazz mundial a São José dos Campos João Pedro Teles SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O
final de março será de muito jazz em São José dos Campos. Grandes nomes internacionais do gênero aportarão no Sesc da cidade para participar do Nublu Jazz Festival, que acontece entre os dias 26 e 28. Durante o evento, o público terá a oportunidade de conhecer novas vertentes jazzísticas que trazem muitos elemen-
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tos contemporâneos como o hip hop e a música eletrônica. E não adianta torcer o nariz. O gênero, que tem a marca da transgressão em seu DNA, revela-se com o vigor de sempre nestas novas roupagens, que serão reunidas e apresentadas durante o festival. Dúvida? Então assista de ouvidos bem abertos as apresentações das feras que se apresentam no festival. Os shows acontecem no ginásio do Sesc com entradas a R$ 50, R$ 25 e R$ 15. O evento terá início sempre às 20h e cada dia contará
com duas apresentações no palco. Veja: Quinta-feira (26) Chris ‘Daddy’ Dave Tricky Sexta-feira (27) Zulumbi + Brian Jackson Hiatus Kaiote Sábado (28) Istanbul Sessions + Erik Trufazz James Farm
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Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
Boyhood - Da Infância à Juventude O filme conta a história de um casal de pais divorciados que tenta criar seu filho Mason. A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude.
DVD&
Divulgação
Após ser resgatada do Massacre Quaternário, Katniss aceita a proposta desde que a resistência se comprometa a resgatar os demais Vitoriosos, mantidos prisioneiros pela Capital.
SOM&
CINEMA& Para Sempre Alice
Jair Naves Trovões a Me Atingir
Lollapalooza Nos dias 28 e 29 de março, o festival Lollapalooza traz como destaques o roqueiro Jack White, o cantor e produtor Pharrel Williams, o cantor escocês Calvin Harris, o DJ norte-americano Skrillex e o roqueiro Robert Plant. O festival acontecerá mais uma vez no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo. Estão confirmados ainda Smashing Pumpkins, Foster the People, Kasabian, Bastille, Steve Aoki, Major Lazer, Marina and the Diamonds, Interpol e The Kooks, Os ingressos estão à venda pelo site do festival com preços que vão de R$ 330 (meia, para dois dias) a R$ 660 (inteira, para dois dias). Jack White, do duo White Stripes, vai fazer show desta vez
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com banda própria (ao contrário de suas vindas anteriores com o White Stripes, em 2003 e 2005) para mostrar no palco a força de seu ótimo álbum Lazaretto. Plant também tem munição fresca para mostrar com os Shifters, a mesma que usou para gravar este ano o disco Lullaby and... The Ceaseless Roar. O ex Led Zeppelin começa a criar histórico no País. Veio em 1996 com Jimmy Page para o extinto festival Hollywood Rock e em 2012 fez show no Espaço das Américas com os Shifters. Outro nome a ser festejado pelos fãs é o de Pharrell Williams. O produtor que ganhou tudo no Grammy 2014 com a parceria Get Lucky, com o Daft Punk, chegou ao topo das paradas logo em seguida com o hit Happy.•
Em seu segundo álbum, o paulistano Jair Naves mostra que veio para se firmar como nome forte do cenário indie brasileiro Download gratuito
A Dra. Alice Howland é uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a força de sua família. Enquanto a relação com o marido fragiliza, ela e a filha Lydia se aproximam.
Simplesmente Aconteceu
Bjork Vulnicura Em Vulnicura, a cantora islandesa traz um álbum que fala sobre separação, tema mais comum na música. Mas se tratando em um trabalho de Björk até a simplicidade se torna algo complexo.
Jovens britânicos, Rosie e Alex são amigos inseparáveis desde a infância, experimentando juntos as dificuldades amorosas, familiares e escolares. Embora exista uma atração entre eles, os dois mantêm a amizade acima de tudo. Mas o destino continua atraindo Rosie e Alex um ao outro.
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NOTÍCIAS CULTURA
CINEMA, CARNAVAL E ASTRONOMIA: O “TRIPÉ SIDERAL” ESQUECIDO DE REMO CESARONI EM SÃO JOSÉ Depois de se curar de uma tuberculose, o italiano construiu na cidade o principal observatório privado da América do Sul e o mais sofisticado cinema da época
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Thiago Fadini SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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Francisca Ribeiro/Arquivo pessoal
Fachada do Cine Planetário, principal cinema de São José na década de 60
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venida Heitor Villa Lobos, 893; 899; 919, Vila Ema. Pode parecer um endereço qualquer no bairro da Zona Central de São José dos Campos, mas não é. Contrariando a normalidade, o local guarda um pouco da história da astronomia brasileira e do cinema joseense. O espaço, ocupado atualmente pelo estacionamento de um supermercado e um centro comercial, já abrigou um dos mais importantes observatórios amadores da América do Sul, na década de 40 e um dos cinemas de alto padrão da cidade na década de 60. Tudo nasceu do investimento de um italiano que encontrou em São José seu lar. Seu nome pode ser visto em uma das ruas da Vila Ema: Comendador Remo Cesaroni, ou simplesmente, Remo Cesaroni.
Remo Cezaroni no Cine Planetário que funcionava na Vila Ema
Ator e empresário, ele nasceu em Roma, filho de Nicola Cesaroni e Andréa Maria. Veio para o Vale do Paraíba no início do século XX para tratar da tuberculose que o consumia com o médico e amigo Dr. Nelson D’Ávilla (para alguns, famoso apenas pela avenida no Centro). Após a recuperação, montou um hotel próximo a Igreja Matriz, o San Remo, e comprou um terreno na Vila Ema onde construiu uma chácara. Foi então que passou a investir no que mais amava: cinema e astronomia. Todo o dinheiro veio do próprio bolso. “O cinema tinha toda uma característica. Ele era um estudioso e construiu tudo por prazer, chegou a montar uma escola dentro do observatório também, tinha professores. A estrutura que ele montou era extraordinária comparada com o que nós tínhamos”, diz o historiador Donato Ribeiro. A primeira estrutura a ser inaugurada foi a do Observatório Galileu Galilei, em 1943. O local contava com telescópios e equipamentos de ponta para a época. Três anos depois, São José dos Campos foi escolhida para ser a casa do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), hoje DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). O diretor científico era o professor Domingos de Macedo Custódio, apaixonado pela astronomia. “O professor Custódio era um estudioso. Era professor de português e um especialista em astronomia, astrologia, então gostava”, recorda o ex-prefeito de São José dos Campos nas décadas de 70 e 80, Joaquim Bevilacqua, amigo de Custódio. O reconhecimento dos estudos realizados no observatório ultrapassou as fronteiras nacionais e chegou à terra do Tio Sam. “No Arquivo Público de São José
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Entrada do Cine Planetário em São José
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Francisca Ribeiro/Arquivo pessoal
Chácara de Remo Cesaroni na Vila Ema em São José dos Campos
é possível encontrar documentos da NASA (Agência Espacial Americana). Ele era uma pessoa respeitada internacionalmente. Tinha professores e amigos que trabalhavam com ele, gente respeitada. Tinha pessoas muito gabaritadas ao lado dele”, relata o historiador. Um dos documentos emitidos pelo órgão nos Estados Unidos solicita os estudos feitos no Galileu Galilei e menciona Remo como um dos responsáveis por “uma comissão brasileira ao planeta Marte”. No início dos anos 60, Cesaroni resolveu criar o Cine Planetário, espaço que unia o glamour dos cinemas de alta classe com toda a temática do espaço sideral. “O cinema eu frequentei muito. Tinha o Cine Para Todos, o Palácio e o Cine Santana, mas os melhores filmes eram exibidos no Pla-
netário. Passavam filmes muito bons. Era uma boa sala de espetáculos”, lembra Donato Ribeiro, que assistiu à algumas sessões na época. Apesar de toda a classe italiana, Cesaroni não resistia à festa brasileira mais famosa do mundo: o Carnaval. Era adepto da folia e a espalhava pelas ruas com a mesma empolgação que mostrava atrás das lunetas no observatório e das telonas do cinema. “Era muito carnavalesco, se vestia, saía na rua. Tinha um carro conversível e na época o pessoal saía dirigindo e ele fazendo a maior algazarra atrás. Ele era muito doido, ‘um bon vivant’, gostava de viver bem a vida”, afirma Donato Ribeiro. Por todos os serviços prestados ao município, Remo Cesaroni recebeu em 1957 o título de “Cidadão Honorário de São
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Remo Cezaroni no observatório que ele mesmo construiu
Observatório Galileu Galilei que ficava dentro da chácara na Vila Ema
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José dos Campos”. Remo Cesaroni faleceu em 1968. Um decreto de 12 de setembro de 1980, assinado pelo então prefeito Joaquim Bevilacqua passou a área que pertencia a Cesaroni para a prefeitura. A ideia era que o local virasse utilidade pública e passasse para um futuro espaço cultural no bairro. Nos papéis está especificado que foi feita uma “doação” do terreno que compreendia o Cine Planetário. Mesmo com o documento, o observatório e o Cine Planetário permaneceram fechados até serem demolidos no começo da década de 80. “Era de utilidade pública enquanto foi observatório astronômico. Quando deixou de ser observatório astronômico, deixou de ser de utilidade pública. Era uma área particular. Ele (Remo Cesaroni) vendeu pro Sebastião Ascânio e criou-se um supermercado. Continuou sendo privado”, justifica Joaquim Bevilacqua. Cesaroni vendeu o terreno antes de morrer. Ascânio tinha um supermercado no bairro. E se o espaço tivesse sido preservado e transformado em um museu? De acordo com o ex-prefeito joseense, o local não suportaria a quantidade de visitantes nos dias atuais. Além disso, após a venda do terreno, os equipamentos foram abandonados e se tornaram obsoletos, sendo doados posteriormente. “Não tinha nem como. Era um espaço relativamente pequeno, um espaço privado. O professor Domingos de Macedo Custódio promovia visitas em pequenos grupos, porque a área era pequena. Os equipamentos também já eram muito antigos. Era uma coisa muito reservada”. Logo após a morte, Cesaroni foi homenageado com o batismo de uma das ruas da charmosa Vila Ema com seu nome. “Ele nunca teve ajuda, tudo o que fez foi por prazer e as pessoas o admiravam muito por ter essas atitudes”, conclui o historiador Donato Ribeiro
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Social& Por Elaine Santos
Mulheres especiais para o Dia da Mulher Cinderela do Vale A miss São Paulo Audrey Banzi está ‘encantada’ com o convite para ser a ‘Cinderela do Vale’. Ela que é de Guaratinguetá foi convidada para um trabalho voluntário e aceitou.. Vai ser a Cinderela da nova coleção da Ong Orientavida fechada para a Disney. “Vai ser um grande prazer fazer esse trabalho voluntário”, disse. A empresária e diretora da Ong, Celeste Chad afirma que esta é mais uma parceria de grande valor para a Orien-tavida e confessa estar ansiosa para que toda a coleção fique pronta. O filme “Cinde-rella” da Disney tem lançamento marcado para 13 de março, mas estreia somente em m 2 de abril aqui no Brasil. Nas telonas a atriz Lily James faz o papel de Ella a “Cinderela”. a”.
Entre brilhos e joias Ika Coelho comemora 28 anos no ramo das semi-joias. Em entrevista exclusiva ao Portal Meon, na coluna #éoquetemprahoje, Ika revelou que todas as coleções são recriadas a partir da inspiração em modelos vistos nas principais joalherias de Nova York e Miami. A partir dos modelos internacionais a designer joseense adapta para o gosto das brasileiras ajustando cores, tamanhos e até pedras.
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Arte de família Adriana Coppio trabalha mais uma vez em uma série onde criança é tema principal. A artista prepara ainda uma nova exposição para apresentar ao público de Belo Horizonte (MG) as novas telas da série Banhistas, iniciada em 2005. Fato é que uma dessas telas dos Banhistas fez sucesso na minissérie “Felizes para sempre?”, exibida em janeiro, na Rede Globo. A tela, de três metros, retrata dois meninos de costas e estava entre obras de artistas como Tomie Ohtake, Alex Flemming, Sol Le Witt entre outros tantos. “Eu sempre trabalho com fotografias de família. Escolhi esse tema porque ninguém esquece a infância, fica sempre marcado para o resto da vida. Por isso, sempre pinto as crianças de lado ou de costas, assim, o espectador pode se identificar com a tela”.
De oolhos mais que abertos Com Ina Inauguração prevista para abril, o Hospital de Olhos do Vale já eestá com 90% da estrutura pronta. O que ainda restam são ajustes ajus na parte elétrica para instalar todos os aparelhos. investimento é de 8 milhões de reais, 70 % desse valor vindo O invest nanciamento com o BNDES. Estão a frente desse investide finan mento 441 sócios investidores, todos médicos oftalmologistas e curioso, não há sócio majoritário. “Teremos capacidade de até o curioso 2. 100 m mil procedimentos mês já de imediato. Vamos trabalhar com 11 cconvênios médicos, só não atendemos com o Sistema Único de Saúde. Mas é importante frisar o diferencial desse hospital, nós não temos consultório, os pacientes que vamos atender são trazidos pelo cirurgião oftalmologista, logo, o hospibase física para as cirurgias com toda estrutura necessária tal é bas tecnologia de ponta. Acreditamos que o empreendimento irá e tecno São José dos Campos referência nesse tipo de tratamentornar Sã to”, disse diss Célia Regina Riera, gerente administrativo.
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Artigo&
A Educação como Fator na Força de Trabalho A relação existente entre anos de Estudo, Empregabilidade e Renda
T
odo mundo já ouviu uma história sobre alguém que se formou e não conseguiu nunca trabalho na área e que ganha menos que pessoas que estudaram. Esta história sim acontece, mas não com a maioria dos diplomados. O principal fator da desigualdade financeira vem da desigualdade educacional entre as classes e que este fato foi mais explicito entre os anos 60 e 70, pois o mercado passou a exigir mão de obra mais qualificada, associada à industrialização. Estudos mostram que existe uma relação entre anos de estudos e empregabilidade. O mercado de trabalho brasileiro gera maiores oportunidades para aqueles que possuem maior escolaridade - sendo este mercado cada vez mais competitivo e exigente na hora da contratação. Analisando-se
os dados referentes ao período entre 2010 e 2014, percebe-se que as vagas de emprego para pessoas qualificadas estão sendo ocupadas cada vez mais por pessoas com 11 anos ou mais de estudo. A relação tempo de estudo e salário está cada vez mais representativa no país, pessoas com menos de 8 anos de estudo ganham menos e muitas vezes podem executar a mesma função do que um indivíduo com 8 a 10 anos de estudo. Mas um indivíduo com 11 anos ou mais se torna diferenciado em relação a estes. A educação é uma das únicas formas de ascensão social, pelo qual as pessoas de classes mais baixas podem alcançar um futuro melhor. Portanto quando se olha para resultados estatísticos, percebe-se que casos como os de alguns jogadores de futebol (com grande ascensão profissional
e muitas vezes com baixa escolaridade) e de desempregados com diplomas universitários são exceções se comparados com a grande maioria (na relação entre anos de estudo e ascensão profissional). Independentemente de alguma impressão que se possa ter na atualidade, para a vasta maioria das pessoas quanto maior os anos de estudo, maiores são as chances de se conseguir um trabalho melhor remunerado. O Brasil é hoje uma nação em busca constante de desenvolvimento. Para se medir o desenvolvimento de uma nação, diversos aspectos são avaliados, sendo que um deles é o nível educacional da população. Uma nação com pessoas mais escolarizadas incentiva o exercício da cidadania, criando cidadãos que têm capacidade de acompanhar, controlar e cobrar ações dos governos, permitindo-se ter uma visão mais abrangente do mundo, aumentando o exercício da sociabilidade e da convivência em sociedade, dentre outros fatores. A educação é sem dúvida um importante fator na força de trabalho e renda, e um instrumento capaz de gerar maior igualdade de oportunidades. Neste contexto, a Educação superior se coloca como importante fator individual e para o país, por isso estude! Nunca é tarde para começar, nunca é tarde para virar o jogo e mudar de vida.•
#FICADICA Por: Carine Paiva e Priscila Stumpf Sócio-diretoras da empresa Rosa&Carvão Comunicação e Eventos.
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PODE COMPARAR, NENHUMA OUTRA RÁDIO TOCA TANTA MÚSICA COMO A ANTENA 1.
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