TCC2 - Ecovila Panapaná - Michelle Hasegawa

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MICHELLE MAKI HASEGAWA - 11171101994

ECOVILA

Panapaná processo de conscientização ambiental na reafirmação de ideais

Mogi das Cruzes, SP 2021



UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MICHELLE MAKI HASEGAWA - 11171101994

ECOVILA PANAPANÁ: processo de conscientização ambiental na reafirmação de ideais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para crescimento e amadurecimento em mais uma etapa

Profs. Orientadores: Silvia Beatriz Zamai Paulo Sergio Pinhal

Mogi das Cruzes, SP 2021



MICHELLE MAKI HASEGAWA ECOVILA PANAPANÁ: Processo de conscientização ambiental na reafirmação de ideais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para crescimento e amadurecimento em mais uma etapa

Aprovado(a) em: _______________

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ Professor Orientador: Paulo Sergio Pinhal

________________________________________________________ Professor(a) Convidado(a): ____________________

________________________________________________________ Arquiteto(a) Convidado(a): ____________________


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas oportunidades e benções que a mim foram conferidas até então. Agradeço com muito amor a minha família, de sangue e de coração, que se faz um dos meus pilares, seu apoio foi e é imprescindível em minha trajetória, não só de curso como de vida, fazendo o possível para que não ficasse desamparada, sempre ao meu lado fornecendo seu amparo e suporte com imenso amor e carinho. Agradeço a todos os meus queridos professores, e é com muita admiração e carinho que constato o importante papel que todos tiveram no amadurecimento e formação de uma nova mentalidade, visão e olhar para a vida, partilhando conosco de suas experiências, ensinamentos e lições no decorrer dos anos cursados e até o momento presente. E claro, agradeço com muito carinho aos meus professores orientadores Professora Silvia Beatriz Zamai e Paulo Sergio Pinhal por suas instruções e direcionamentos, e apesar de todas as dificuldades encontradas diante ao afastamento social, aulas online e a Pandemia, fizeram o que estava ao seu alcance para que seus orientandos não ficassem desamparados, sempre muito atenciosos e prestativos, buscando também trazer mais leveza as aulas com suas brincadeiras e posicionamentos. Agradeço com muito apreço a minha turma e sala tão querida e amada, pela qual tenho um carinho enorme, as palavras são poucas, mas os sentimentos muitos. Cada um fez dos meus dias muito marcantes e especiais. Agradeço com muito carinho aos integrantes e meus amigos de grupo, que em meio a tantos momentos, alegres ou difíceis, me ajudaram e seguiram me apoiando. Com certeza crescemos muito uns com os outros, seja com nossas diferenças ou familiaridades, trouxeram mais alegrias aos meus dias com suas brincadeiras e amizade, sou muito grata a eles. E é com muito e carinho que agradeço aos meus amigos e colegas sempre dispostos a me ajudar, fornecendo todo o apoio que podiam, da melhor forma que encontraram. Constantemente me recebendo com muito amor e consideração. A presença e participação deles se fez essencial, não apenas ao longo da minha trajetória como também para vida.


Para mim faz-se muito difícil agradecer a todos que tiveram importância até aqui, ainda assim me sinto muito grata, mesmo que não tenha conseguido expressar todos os meus sentimentos.


RESUMO

O trabalho teve como objetivo analisar e verificar a disponibilidade da aplicação e implantação de um projeto de ecovila no distrito de Cocuera, dentro do município de Mogi das Cruzes, SP. A partir dos estudos, pesquisas e referencias relacionados a temática foi possível obter um melhor entendimento do surgimento, necessidade, justificativa e dinâmica do tema e projeto. Os estudos de caso realizados, por sua vez, complementam informações até então encontradas, demonstrando como esses locais funcionam, o que pode ser aplicado e adotado, como a população age, se posiciona e vive, assim como o perfil dessas pessoas. Através da análise do local de intervenção, sob consulta das legislações e normas, houve a verificação de pontos a dar direcionamento no projeto, para então começar a definir dimensionamentos iniciais, criando noções prévias dos espaços, sistemas, técnicas e soluções a serem utilizadas. Percebe-se então que no decorrer do trabalho, assimilando os conhecimentos adquiridos, como todos os tópicos estão interligados entre si, logo passamos a conhecer a dinâmica de uma ecovila, que aos poucos exprime cada vez mais seus valores, princípios, e o que ela e sua comunidade defendem e buscam aplicar para com o meio ambiente e os seres vivos que o rodeiam, se tornando conceito e base do projeto, reforçando a importância não só da consciência ambiental, como o despertar para ela e a preocupação e zelo com a vida em seu todo.

Palavras chaves: Ecovila, Comunidade, Consciência Ambiental, Vida.



LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Ecovila Findhorn................................................................................................ 11 Figura 2 – Ecovila Findhorn................................................................................................ 11 Figura 3 – Cohousing .......................................................................................................... 19 Figura 4 – Ecovila Findhorn................................................................................................ 20 Figura 5 – Ecovila Findhorn................................................................................................ 21 Figura 6 – Membros da Ecovila Findhorn ........................................................................... 22 Figura 7 – Exemplo de Bioconstrução: Templo realizado com superadobe, bambu e revestimento ecológico......................................................................................................... 24 Figura 8 – Construção em Pau a Pique ................................................................................ 25 Figura 9 – Formas e Curvas proporcionadas pelo Superadobe ............................................. 26 Figura 10 – Tijolos em Adobe ............................................................................................. 27 Figura 11 – Uso de Adobe nas construções ......................................................................... 27 Figura 12 – Bambu ............................................................................................................ 28 Figura 13 – Técnica construtiva fazendo a utilização de Bambu .......................................... 28 Figura 14 – Flor da Permacultura ........................................................................................ 29 Figura 15 – Flor da Permacultura ........................................................................................ 31 Figura 16 – Comunidade de Christie Walk .......................................................................... 34 Figura 17 – Implantação de Christie Walk........................................................................... 35 Figura 18 – Imagem representando a cobertura verde formada por Christie Walk ............... 36 Figura 19 – Interação entre membros na comunidade .......................................................... 37 Figura 20 – Jardim Comunitário da Vila.............................................................................. 37 Figura 21 – Jardim Comunitário da Vila.............................................................................. 38 Figura 22 – Estacionamento Compartilhado pela vila .......................................................... 38 Figura 23 – Estacionamento Compartilhado pela vila .......................................................... 39 Figura 24 – Sistema de gestão de água Pluvial .................................................................... 39 Figura 25 – Boca de Lobo ................................................................................................... 40 Figura 26 – Sistema de captação, distribuição e armazenamento de água na comunidade .... 41 Figura 27 – Ventilação Cruzada .......................................................................................... 41 Figura 28 – Ventilação Cruzada .......................................................................................... 42 Figura 29 – Fachada de uma Habitação presente em Christie Walk .................................... 42 Figura 30 – Utilização de placas solares .............................................................................. 43 Figura 31 – Utilização de placas solares .............................................................................. 43 Figura 32 – Jardins encontrados em Christie Walk .............................................................. 44 Figura 33 – Interação entre membros da comunidade .......................................................... 44 Figura 34 – Interação entre membros da comunidade .......................................................... 45 Figura 35 – Volumetria de Christie Walk ............................................................................ 47 Figura 36 – Material Alternativo utilizado em Christie Walk............................................... 48 Figura 37 – Projeto Casa Bosque......................................................................................... 49 Figura 38 – Projeto Casa Bosque á noite ............................................................................. 51 Figura 39 – Integração com o Bosque e o Terraço interligando as habitações ...................... 51 Figura 40 – Elevação do Projeto com a presença das palafitas e a harmonização com o Bosque e sua vegetação ........................................................................................................ 52


Figura 41 – Implantação do Projeto..................................................................................... 52 Figura 42 – Planta Modular ................................................................................................. 53 Figura 43 – Detalhe das Casas e Janelas Toldo .................................................................... 54 Figura 44 – Ambientes Internos das Habitações .................................................................. 54 Figura 45 – Fluxograma ...................................................................................................... 55 Figura 46 – Ambiente Interno da Casa Bosque .................................................................... 56 Figura 47 – Eco-cabana Majamaja Wurio ........................................................................... 58 Figura 48 – Implantação da Eco-Cabana ............................................................................. 59 Figura 49 – Planta Baixa da Eco-Cabana ............................................................................. 60 Figura 50 – Planta do Mezanino .......................................................................................... 60 Figura 51 – Corte Transversal ............................................................................................. 61 Figura 52 – Corte Longitudinal ........................................................................................... 61 Figura 53 – Cozinha presente na Eco-Cabana com as portas do banheiro seco a esquerda e chuveiro a direita ................................................................................................................. 61 Figura 54 – Terraço da Residência ..................................................................................... 62 Figura 55 – Residência em Madeira e Terraço da Eco-cabana ............................................. 63 Figura 56 – Perspectiva da Eco-Cabana .............................................................................. 63 Figura 57 – Painéis Solares presentes na residência ............................................................. 64 Figura 58 – Composição de aspectos naturais presentes no terreno e a inserção da EcoCabana ................................................................................................................................. 64 Figura 59 – Madeira Pintada presente na fachada da Residência e no Terraço ..................... 66 Figura 60 – Vila Taguaí ...................................................................................................... 68 Figura 61 – Implantação da Vila Taguaí .............................................................................. 69 Figura 62 – Habitação com utilização de palafitas e terraços jardins .................................... 70 Figura 63 – Habitação entre as espécies arbóreas ................................................................ 70 Figura 64 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 1,4 e 6 .................................................. 71 Figura 65 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 1,4 e 6 ................................. 71 Figura 66 – Planta Tipo do Piso Superior das Habitações: 1,4 e 6........................................ 72 Figura 67 – Elevações das Habitações 1,4 e 6...................................................................... 72 Figura 68 – Cortes das Habitações 1,4 e 6 ........................................................................... 72 Figura 69 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 2,5 e 7 .................................................. 73 Figura 70 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 2,5 e 7 ................................. 73 Figura 71 – Planta Tipo do Piso Superior das Habitações: 2,5 e 7........................................ 73 Figura 72 – Elevações das Habitações 2,5 e 7...................................................................... 74 Figura 73 – Cortes das Habitações 2,5 e 7 ........................................................................... 74 Figura 74 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 3 e 8..................................................... 74 Figura 75 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 3 e 8 .................................... 75 Figura 76 – Elevação das Habitações 3 e 8 .......................................................................... 75 Figura 77 – Elevação das Habitações 3 e 8 .......................................................................... 75 Figura 78 – Elevação das Habitações 3 e 8 .......................................................................... 75 Figura 79 – Corte Transversal das Habitações 3 e 8............................................................. 76 Figura 80 – Corte Longitudinal das Habitações 3 e 8 ........................................................... 76 Figura 81 – Exemplo de Ventilação Cruzada no Projeto ...................................................... 77 Figura 82 – Madeira utilizada no projeto ............................................................................. 77


Figura 83 – Exemplo de um painel desenvolvido ................................................................ 78 Figura 84 – Painéis pré-fabricados ...................................................................................... 78 Figura 85 – Habitação em construção e utilização dos painéis ............................................. 79 Figura 86 – Exemplo de Painel ........................................................................................... 79 Figura 87 – Exemplo de Painel ........................................................................................... 80 Figura 88 – Área Comum das Habitações............................................................................ 80 Figura 89 – Esquema demonstrativo do Sistema de captação de águas pluviais, aquecimento solar das águas e tratamento de esgoto ................................................................................. 80 Figura 90 – Fluxograma da Vila Taguaí .............................................................................. 82 Figura 91 – Corte evidenciando a Volumetria do projeto ..................................................... 82 Figura 92 – Sistema Construtivo Misto ............................................................................... 83 Figura 93 – Painéis de Madeira ........................................................................................... 83 Figura 94 – Sistema Construtivo Misto ............................................................................... 84 Figura 95 – Ambiente Interno da Habitação na Vila Taguaí ................................................ 84 Figura 96 – Edificação presente na comunidade IPEMA .................................................... 86 Figura 97 – Logo do Instituto IPEMA ................................................................................. 87 Figura 98 – Atividade desenvolvida no IPEMA .................................................................. 87 Figura 99 – Implantação da Ecovila IPEMA ....................................................................... 88 Figura 100 – Sala de Aula/ Escritório do IPEMA ................................................................ 88 Figura 101 – Imagem do ambiente interno da Sala de Aula/ Escritório do IPEMA .............. 89 Figura 102 – Minhocário..................................................................................................... 89 Figura 103 – Turbina Elétrica da Comunidade .................................................................... 89 Figura 104 – Refeitório e Cozinha do IPEMA ..................................................................... 90 Figura 105 – Vista externa do Refeitório e Cozinha ............................................................ 90 Figura 106 – Vista da Cozinha e Refeitório do IPEMA ....................................................... 91 Figura 107 – Refeitório da Comunidade .............................................................................. 91 Figura 108 – Refeitório da Comunidade .............................................................................. 91 Figura 109 – Salão de Eventos ............................................................................................ 92 Figura 110 – Alojamento 2.................................................................................................. 92 Figura 111 – Alojamentos 1 e 3........................................................................................... 92 Figura 112 – Casa do Caseiro e Cisterna de Água ............................................................... 93 Figura 113 – Fluxograma da Ecovila IPEMA ..................................................................... 94 Figura 114 – Utilização e prática de bioconstrução, técnica de pau a pique.......................... 94 Figura 115 – Ecovila Clareando .......................................................................................... 96 Figura 116 – Ecovila Clareando .......................................................................................... 97 Figura 117 – Mapa do Município de Mogi das Cruzes ...................................................... 103 Figura 118 – Visão Parcial do Município de Mogi das Cruzes........................................... 104 Figura 119 – Distrito de Cocuera....................................................................................... 105 Figura 120 – Local de Intervenção .................................................................................... 106 Figura 121 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes com local de intervenção ........................................................................................................................ 106 Figura 122 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes – ZDU-2 ............ 107 Figura 123 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes – ZCM .............. 107 Figura 124 – Análise Micro Ambiental ............................................................................. 108


Figura 125 – Estudo de Insolação...................................................................................... 108 Figura 126 – Ventos Predominantes .................................................................................. 109 Figura 127 – Ilustração do Terreno – Estufa Existente....................................................... 110 Figura 128 – Ilustração do Terreno.................................................................................... 110 Figura 129 – Ilustração do Terreno – Caminho de Terra.................................................... 111 Figura 130 – Ilustração do Terreno – Tanques Existentes .................................................. 111 Figura 131 – Ilustração do Terreno – Poços Existentes ...................................................... 112 Figura 132 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo ................................................................ 113 Figura 133 – Equipamentos Urbanos................................................................................. 113 Figura 134 – Mapa de Gabarito de Altura ......................................................................... 115 Figura 135 – Mapa de Vegetação e Hidrografia................................................................. 116 Figura 136 – Mapa do Sistema Viário ............................................................................... 117 Figura 137 – Acesso até o Local de Intervenção ................................................................ 118 Figura 138 – Acesso até o Local de Intervenção ................................................................ 118 Figura 139 – Parâmetros destinados a reservatórios de águas pluviais ............................... 125 Figura 140 – Parâmetros destinados a circulação dos estacionamentos: 30º, 45º e 90º ....... 127 Figura 141 – Parâmetros destinados a número mínimo de vagas........................................ 128 Figura 142 – Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento recomendável para 90°..... 129 Figura 143 – Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento consecutivo de 90° com percurso intermediário, Caso 1 e Caso 2 ............................................................................. 129 Figura 144 – Número mínimo de Sanitários Acessíveis segundo NBR 9050 ..................... 130 Figura 145 – Sanitário Acessível ....................................................................................... 130 Figura 146 – Dimensionamento de rampas ........................................................................ 131 Figura 147 – Dimensionamento de rampas ........................................................................ 131 Figura 149 – Garagem de Equipamentos ........................................................................... 133 Figura 150 – Interação entre Membros de Christie Walk ................................................... 139 Figura 151 – Comunidade e Colaboradores ....................................................................... 140 Figura 152 – Comunidade e Colaboradores ....................................................................... 140 Figura 153 – Fluxograma da Ecovila ................................................................................. 140 Figura 154 – Organograma da Ecovila .............................................................................. 142 Figura 155 – Agenciamento da Ecovila ............................................................................. 142 Figura 156 – Interação entre membros .............................................................................. 145 Figura 157 – Conscientização Ambiental .......................................................................... 146 Figura 158 – Borboleta ..................................................................................................... 147 Figura 159 – Panapaná às margens do Rio Floriano .......................................................... 147 Figura 160 – Projeto Calçada de Todas as Cores ............................................................... 148 Figura 161 – Jardim comunitário presente em Christie Walk ............................................. 148 Figura 162 – Pomar sem Agrotóxico ................................................................................. 149 Figura 163 – Horta Comunitária de Christie Walk............................................................. 150 Figura 164 – Horta Comunitária de Christie Walk ............................................................. 150 Figura 165 – Painéis Solares Fotovoltaicos ....................................................................... 151 Figura 166 – Processo de Compostagem e Composteira .................................................... 152 Figura 167 – Minhocário................................................................................................... 152 Figura 168 – Funcionamento de um Sistema de Captação de Águas Pluviais..................... 153


Figura 169 – Filtro Caseiro ............................................................................................... 153 Figura 170 – Sistema de Tratamento de Esgoto e Águas Cinzas ........................................ 154 Figura 171 – Exemplo de Representação do Círculo de Bananeiras ................................... 155 Figura 172 – Exemplo de Representação de Jardim Filtrante ............................................. 156 Figura 173 – Técnica de Pau a Pique ................................................................................. 157 Figura 174 – Técnica de Pau a Pique ................................................................................. 157 Figura 175 – Bambu como material alternativo ................................................................. 158 Figura 176 – Tijolos de ADOBE ....................................................................................... 158 Figura 177 – Exemplo de edificação feita a partir de Adobe .............................................. 159 Figura 178 – Exemplo de edificação feita a partir de Tijolos de Solo Cimento .................. 159 Figura 179 – Exemplo de Pintura com Cal ........................................................................ 160 Figura 180 – Tintas à base de Terra................................................................................... 160 Figura 181 – Piso Drenante ............................................................................................... 161 Figura 182 – Detalhamento do Piso Drenante.................................................................... 161 Figura 183 – Centro Comunitário da Ecovila Findhorn ..................................................... 162 Figura 184 – Setor Administrativo .................................................................................... 169 Figura 185 – Setor Comunitário ....................................................................................... 169 Figura 186 – Setor Habitacional – Módulo Habitacional ................................................... 170 Figura 187 – Estudo de Massas ......................................................................................... 171 Figura 188 – Estudo Preliminar de Implantação da Ecovila ............................................... 172 Figura 189 – Estudo Preliminar de Implantação da Ecovila ............................................... 172



LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Programa de Necessidades de Christie Walk ........................................................ 46 Tabela 2: Análise de SWOT de Christie Walk ..................................................................... 49 Tabela 3: Análise de SWOT da Casa Bosque ...................................................................... 57 Tabela 4: Análise de SWOT da Eco-Cabana Majamaja Wurio ............................................ 67 Tabela 5: Análise de SWOT da Vila Taguaí ........................................................................ 85 Tabela 6: Análise de SWOT da Ecovila IPEMA .................................................................. 95 Tabela 7: Análise de SWOT da Ecovila Clareando .............................................................. 99 Tabela 8: Parâmetros e Índices Urbanísticos do Terreno .................................................... 107 Tabela 9: Programa de necessidades – Setor Habitacional – Modelo Habitacional ............. 163 Tabela 10: Programa de necessidades – Setor Comunitário – Parte 1 ................................. 164 Tabela 11: Programa de necessidades – Setor Comunitário – Parte 2 ................................. 165 Tabela 12: Programa de necessidades – Setor Administrativo............................................ 166 Tabela 13: Programa de necessidades – Setor de Serviço................................................... 167 Tabela 14: Programa de necessidades – Setor de Lazer...................................................... 168


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APA – Área de Proteção Ambiental CNUMAD – Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPEMA – Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica IPT – Instituto de Pesquisa e Tecnologia GEN – Global Eco-villages Network / Rede Global de Ecovilas NBR – Norma Brasileira Regulamentadora ONG – Organização Não Governamental ONU – Organização das Nações Unidas UMC – Universidade de Mogi das Cruzes UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)


SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 TEMA: ECOVILAS........................................................................................................... 1 TEMA: BIOFILIA ............................................................................................................. 1 TEMA: BIOARQUITETURA............................................................................................ 2 IMPORTANCIA DO TEMA ................................................................................................. 2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 3 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................................ 3 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 4 OBJETIVO ESPECÍFICO ..................................................................................................... 4 ESTUDOS DE CASO............................................................................................................ 5 METODOLOGIA .................................................................................................................. 5 1 TEMA: ECOVILAS ........................................................................................................... 8 1.1 HISTÓRICO DO TEMA ............................................................................................ 11 1.2 HISTÓRICO DA TIPOLOGIA .................................................................................. 18 1.3 BIOCONSTRUÇÃO .................................................................................................. 24 1.3.1 Pau a pique .......................................................................................................... 25 1.3.2 Terra na Bioconstrução ........................................................................................ 26 1.3.2.1 Tijolos de Solo Cimento.............................................................................................26 1.3.2.2 Adobe ........................................................................................................................27

1.3.3 Bambu ................................................................................................................. 28 1.4 PERMACULTURA ................................................................................................... 29 2 ESTUDOS DE CASO ....................................................................................................... 34 2.1 CHRISTIE WALK ..................................................................................................... 34 2.1.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 35 2.1.2 Projeto ................................................................................................................. 35 2.1.2.1 Conceito ....................................................................................................................45 2.1.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................45 2.1.2.3 Programa de Necessidades .........................................................................................46 2.1.2.4 Volumetria.................................................................................................................47 2.1.2.5 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................47 2.1.2.6 Materiais Utilizados ...................................................................................................47 2.1.2.7 Legislação pertinente à tipologia e sua aplicação ........................................................48 2.1.2.8 Ergonomia e Humanização.........................................................................................48 2.1.2.9 Sustentabilidade .........................................................................................................48


2.1.2.10 Referenciais .............................................................................................................49 2.1.2.11 Matriz SWAT ..........................................................................................................49

2.2 CASA BOSQUE ........................................................................................................ 49 2.2.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 50 2.2.2 Projeto ................................................................................................................. 50 2.2.2.1 Conceito ....................................................................................................................55 2.2.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................55 2.2.2.3 Fluxograma................................................................................................................55 2.2.2.4 Estudo de Massa ........................................................................................................55 2.2.2.5 Volumetria.................................................................................................................56 2.2.2.6 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................56 2.2.2.7 Materiais Utilizados ...................................................................................................56 2.2.2.8 Ergonomia e Humanização.........................................................................................56 2.2.2.9 Sustentabilidade .........................................................................................................57 2.2.2.10 Matriz SWAT ..........................................................................................................57

2.3 ECO-CABANA MAJAMAJA WUORIO ................................................................... 58 2.3.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 58 2.3.2 Projeto ................................................................................................................. 59 2.3.2.1 Conceito ....................................................................................................................65 2.3.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................65 2.3.2.3 Volumetria.................................................................................................................65 2.3.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................66 2.3.2.5 Materiais Utilizados ...................................................................................................66 2.3.2.6 Sustentabilidade .........................................................................................................66 2.3.2.7 Referenciais ...............................................................................................................66 2.3.2.8 Matriz SWAT ............................................................................................................67

2.4 VILA TAGUAI .......................................................................................................... 68 2.4.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 68 2.4.2 Projeto ................................................................................................................. 69 2.4.2.1 Conceito ....................................................................................................................81 2.4.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................82 2.4.2.3 Fluxograma................................................................................................................82 2.4.2.4 Volumetria.................................................................................................................82 2.4.2.5 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................83 2.4.2.6 Materiais Utilizados ...................................................................................................84 2.4.2.7 Ergonomia e Humanização.........................................................................................84


2.4.2.8 Sustentabilidade .........................................................................................................85 2.4.2.9 Matriz SWAT ............................................................................................................85

2.5 ECOVILA IPEMA ..................................................................................................... 86 2.5.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 86 2.5.2 Projeto ................................................................................................................. 86 2.5.2.1 Conceito ....................................................................................................................93 2.5.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................93 2.5.2.3 Fluxograma................................................................................................................94 2.5.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................94 2.5.2.5 Materiais Utilizados ...................................................................................................95 2.5.2.6 Sustentabilidade .........................................................................................................95 2.5.2.7 Matriz SWAT ............................................................................................................95

2.6 ECOVILA CLAREANDO ......................................................................................... 96 2.6.1 Ficha Técnica ...................................................................................................... 96 2.6.2 Projeto ................................................................................................................. 96 2.6.2.1 Conceito ....................................................................................................................98 2.6.2.2 Partido Arquitetônico .................................................................................................98 2.6.2.3 Programa de Necessidades .........................................................................................98 2.6.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos ...............................................................................98 2.6.2.5 Materiais Utilizados ...................................................................................................98 2.6.2.6 Legislação pertinente à tipologia e sua aplicação ........................................................99 2.6.2.7 Sustentabilidade .........................................................................................................99 2.6.2.8 Referenciais ...............................................................................................................99 2.6.2.9 Matriz SWAT ............................................................................................................99

3 O LOCAL DE INTERVENÇÃO .................................................................................... 103 3.1 MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES ................................................................... 103 3.2 DISTRITO DE COCUERA ...................................................................................... 104 3.3 LOCAL DE INTERVENÇÃO ................................................................................. 106 3.3.1 Índices Urbanísticos .......................................................................................... 106 3.3.2 Análise Micro Ambiental ................................................................................... 108 3.3.3 Informações do Terreno ..................................................................................... 110 3.3.4 Análise Macro Ambiental .................................................................................. 113 3.3.4.1 Uso e Ocupação do Solo e Equipamentos Urbanos ................................................... 113 3.3.4.2 Gabarito de Altura ................................................................................................... 115 3.3.4.3 Vegetação e Hidrografia........................................................................................... 116 3.3.4.4 Sistema Viário ......................................................................................................... 117


4 DIRETRIZES E PREMISSAS ........................................................................................ 121 4.1 DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 – LEI SANITÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ........................................................................................... 121 4.1.1 Dimensões mínimas ........................................................................................... 121 4.1.2 Circulação: Corredores, Escadas e Rampas ........................................................ 121 4.1.3 Pé-direito ........................................................................................................... 122 4.1.4 Iluminação e Ventilação .................................................................................... 122 4.1.4.1 Iluminação ............................................................................................................... 122 4.1.4.2 Ventilação................................................................................................................ 122

4.1.7 Refeitórios ......................................................................................................... 123 4.2 CÓDIGO DE OBRAS DE MOGI DAS CRUZES .................................................... 124 4.2.1 Sustentabilidade das Obras e das Edificações ..................................................... 124 4.2.2 Disposições Gerais para as Edificações .............................................................. 124 4.2.2.1 Terreno .................................................................................................................... 124

4.2.3 Elementos Permeáveis e de Retenção das Águas Pluviais .................................. 125 4.2.4 Instalações Hidráulicas ...................................................................................... 125 4.2.4.1 Água não potável ..................................................................................................... 125 4.2.4.2 Captação de Águas Pluviais ..................................................................................... 125

4.2.5 Estacionamento e Vagas .................................................................................... 126 4.2.5.1 Acessos.................................................................................................................... 126 4.2.5.2 Circulação................................................................................................................ 126 4.2.5.3 Vagas....................................................................................................................... 127

4.3 NBR 9050 ................................................................................................................ 129 4.3.1 Acessos ............................................................................................................. 129 4.3.2 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento .............................................. 129 4.3.3 Sanitários........................................................................................................... 130 4.3.3.1 Dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível ................................. 130

4.3.4 Rampas.............................................................................................................. 131 4.4 DECRETO Nº 17763 DE 16 DE OUTUBRO DE 2018 ............................................ 132 4.5 NEUFERT ............................................................................................................... 132 4.5.1 Garagem de Equipamentos ................................................................................ 132 4.5.2 Oficina da Garagem de Equipamentos ............................................................... 133 4.6 VIVEIRO DE MUDAS, FRUTICULTURA E ÁREA DE PLANTIO ...................... 133 4.6.1 Viveiros de Mudas ............................................................................................. 133 4.6.2 Área de Fruticultura ........................................................................................... 134


4.6.3 Área de Plantio .................................................................................................. 134 4.7 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS E NEGRAS ....................... 134 5 ESQUEMAS ESTRUTURANTES ................................................................................. 138 5.1 PERFIL DO USUÁRIO ........................................................................................... 138 5.1.1 Público Alvo...................................................................................................... 138 5.1.2 Funcionários e Colaboradores ............................................................................ 139 5.2 FLUXOGRAMA, ORGANOGRAMA E AGENCIAMENTO .................................. 140 5.2.1 Fluxograma ....................................................................................................... 140 5.2.2 Organograma ..................................................................................................... 141 5.2.3 Agenciamento.................................................................................................... 142 6 PROPOSTA PROJETUAL ............................................................................................. 144 6.1 CONCEITOS ........................................................................................................... 144 6.1.1 Fraternidade, Comunidade ................................................................................. 144 6.1.2 Preocupação com o Meio Ambiente e Conscientização Ambiental ..................... 145 6.1.3 Borboleta ........................................................................................................... 146 6.1.4 Panapaná ........................................................................................................... 147 6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO ................................................................................ 147 6.2.1 Fraternidade, Comunidade ................................................................................. 147 6.2.1.1 Pequenas Praças Comunitárias ................................................................................. 148 6.2.1.2 Jardins Comunitários................................................................................................ 148 6.2.1.3 Pomar Comunitário .................................................................................................. 149 6.2.1.4 Horta Comunitária ................................................................................................... 149

6.2.2 Ambiental .......................................................................................................... 151 6.2.2.1 Uso de Painéis Solares ............................................................................................. 151 6.2.2.2 Composteira e Minhocário ....................................................................................... 152 6.2.2.3 Sistema de Captação de Águas Pluviais .................................................................... 153 6.2.2.4 Sistema de Tratamento de Águas Cinzas e Sistema de Tratamento de Esgoto ........... 154 6.2.2.4.1 Círculo das Bananeiras ...................................................................................... 155 6.2.2.4.2 Jardim Filtrante ................................................................................................. 156

6.2.3 Ambiental: Bioconstrução ................................................................................. 157 6.2.3.1 Pau a pique / Taipa de Mão ...................................................................................... 157 6.2.3.2 Bambu ..................................................................................................................... 158 6.2.3.3 ADOBE e Tijolos de Solo Cimento .......................................................................... 158

6.2.4 Ambiental: Tintas à Base de Cal e de Terra........................................................ 160 6.2.5 Ambiental: Pisos e Calçadas Drenantes.............................................................. 161


6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................... 162 6.5 VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO ........................................................................ 169 6.5.1 Setor Administrativo.......................................................................................... 169 6.5.2 Setor Comunitário ............................................................................................. 169 6.5.3 Setor Habitacional: Módulo Habitacional .......................................................... 170 6.6 ESTUDOS DE MASSA INICIAIS ........................................................................... 171 6.7 IMPLANTAÇÃO INICIAL ..................................................................................... 172 ANTEPROJETO: ECOVILA PANAPANÁ ....................................................................... 175 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 238 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 242 PALAVRAS FINAIS ......................................................................................................... 254




1 INTRODUÇÃO TEMA: ECOVILAS Ecovilas são assentamentos ecológicos, locais em que suas comunidades, sejam elas de pequeno ou grande porte, auxiliam na convivência dos membros, interagindo e cooperando entre si, com o ideal de uma vida com menos impactos ambientais a sua região e consequentemente ao planeta. Estas comunidades visam a autossuficiência e vivem por e para o meio natural. Há aquelas que ainda procuram por uma ‘regressão as raízes’, simbolizado pela conexão estabelecida entre o meio humano e o meio natural. Dentro das ecovilas são encontradas iniciativas mais verdes e sustentáveis, em que se utilizam técnicas ecológicas, reforçando sua busca na redução dos impactos ambientais da comunidade, assim como trazer rentabilidade ao local, assuntos que fazem parte do planejamento e diretrizes partilhadas e discutidas entre seus usuários, propondo tais soluções ou alternativas, com o objetivo de melhorar as condições de vida, trazendo mais bem-estar a sua comunidade, região e ao meio ambiente, e ao mesmo tempo fortalecendo seus laços. TEMA: BIOFILIA O termo ‘Biofilia’ se origina do grego, em que ‘bio’ que significa ‘vida’, e ‘philia’ significa ‘amor a’, tendo por significado: “amor pela vida”, ou “amor às coisas vivas”. Esta terminologia foi usada pela primeira vez pelo psicólogo Erich Fromm no ano de 1964, e mais tarde popularizada pelo biólogo Edward O. Wilson, sustentando a teoria de que os seres humanos têm uma ligação emocional genética com a natureza, além de demonstrar em como os processos de urbanização, avanços da revolução industrial, até os tempos modernos promoveram e influenciaram na desconexão entre o ser humano e o meio ambiente. Dessa forma, a Biofilia se faz notável e até, de certa forma, essencial. Essa filosofia se faz justamente na necessidade da interação entre os seres humanos com a natureza, em nos relacionamos e nos sentirmos próximos a ela, é estabelecer uma conexão, melhorando nosso bem-estar, qualidade de vida, saúde física e mental. A compreensão dos termos da Biofila assim como ela em seu todo, se faz muito importante em nossas sociedades atuais, uma vez que a população tem menos acesso a espaços


2 verdes livres de lazer, ou espaços abertos, e que ainda não é uma realidade o fácil acesso a áreas públicas como parques e praças em todo o perímetro das cidades e consequentemente menos contato e interação com áreas verdes. Constatando ainda mais a importância da ligação existente entre os seres humanos e o meio natural, deixada um pouco de lado pelo viés da urbanização e crescimento desenfreado, visando aspectos materiais antes de aspectos humanitários. TEMA: BIOARQUITETURA A bioarquitetura nasceu na década de 60, se preocupando com questões ambientais, e o objetivo de fazer partido de técnicas e elementos ecológicos, transformando-os em soluções arquitetônicas mais sustentáveis e rentáveis aos projetos e edificações. Consiste em maior preocupação com o meio ambiente, principalmente na região em que se encontra, se preocupa com a rentabilidade da construção, no conforto ambiental, pensando na economia de água, melhor aproveitamento de luz solar para fornecer energia elétrica, assim como no gerenciamento da demanda de resíduos sólidos por meio de práticas de reciclagem. Ela também é marcada pela utilização de materiais vernaculares e predominantes da região em que está ou será inserida, da mesma forma acontece com a mão de obra, servindo de incentivo a economia regional, valorizando as práticas e costumes locais, reduzindo impactos ambientais e consequentemente contribuindo para a questões ambientais e sustentabilidade.

IMPORTANCIA DO TEMA É evidente que cada vez mais nossas sociedades estão destinadas e caminhando para um colapso, a balança não está mais equilibrada, o ser humano extrai mais do que preserva, e se é retirado mais do que se é reinstituído para a natureza. Nossas cidades cada vez mais conurbadas, com poucas áreas livres de qualidade ambiental, diminuindo cada vez mais a qualidade de vida das pessoas, atreladas ao impacto no meio ambiente. O despertar de uma consciência comovida e sensibilizada em adotar práticas ecológicas e sustentáveis se faz cada vez mais crucial. A ideia do trabalho é abordar sobre questões


3 ambientais e em como a arquitetura, através de suas soluções e técnicas podem contribuir com essa causa, atreladas especificamente as ecovilas, tema principal da pesquisa. JUSTIFICATIVA Ainda que a preocupação com o meio ambiente tem crescido ao longo dos anos, é possível dizer que as sociedades ainda estão, de certa forma, presas a uma identidade enrijecida pela busca de um crescimento sem o alerta para os impactos de suas escolhas. Este trabalho tem como intenção despertar assim como trazer uma reflexão em relação a conscientização para as questões ambientais, e a importância do vínculo entre o ser humano e a natureza. As ecovilas se fazem como uma idealização de projeto que tem o potencial de trazer consigo toda essa materialização de ideias, ideais, conceitos, técnicas e esperança para um mundo melhor e mais verde.

PROBLEMATIZAÇÃO Mais uma vez, trazendo à tona o fato de que as cidades cada vez passam pela tendência de se tornarem adensadas e conturbadas, sem espaços livres adequados, resultante de processos de crescimento urbanístico e populacional, advindas do planejamento convencional com medidas de curto prazo e centralização de poder, que visam e almejam os interesses econômicos, assim como o lucro, acima dos interesses sociais e ambientais, gerando diversas problemáticas dentro de todas as esferas em nossa sociedade. A ideia pretendida seria que a partir da inserção e do estudo das ecovilas, trouxessem uma nova possibilidade de fazer com que as moradias se tornassem uma opção, proporcionando mais bem estar, saúde, qualidade de vida, aliado a ecoeficiência, demonstrando preocupação com as questões ambientais, além da tentativa de resgatar os laços entre as pessoas, cooperação entre elas como uma comunidade, reavivando o lado ‘humano’, como a própria empatia. As ecovilas funcionariam como, um caminho, uma ponte, medida a ser aplicada e seguida, auxiliando na conscientização ambiental e avivando nas pessoas mais afeição e sentimento de pertencimento as suas moradias, compreendendo a importância que o meio tem com a vida.


4 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma proposta projetual de uma ecovila, seguindo premissas da biofilia e a bioarquitetura, pensando no conforto ambiental e ecoeficiência do projeto como um todo. Despertar e resgatar sentimentos de união e pertencimento aos usuários e futuros moradores, pressupondo que os membros formariam vínculos, criariam afinidades e elos, para assim zelarem pelo espaço que dividem e habitam, reverberando as sensações e sentimentos para o meio externo que se encontra a cidade. Demonstrar a importância da preservação e conscientização, a importância do nosso papel com o meio ambiente quanto a conscientização para o tema, pois sem os recursos naturais, e a natureza, a humanidade está fadada. Buscar ampliar, a partir das perspectivas arquitetônicas, conhecimentos sobre a aplicação de soluções, medidas ou técnicas mais ecológicas e rentáveis, possivelmente tornando-os mais viáveis e acessíveis, tentando contribuir com ideais que busquem contribuir para a pesquisa, bem como na vida profissional, aliado a questão e conscientização ambiental.

OBJETIVO ESPECÍFICO •

Buscar uma melhor compreensão do tema ecovilas

Entender a dinâmica deste

Realizar estudos de outros projetos relacionados a temática

Analisar a aplicação do projeto tema, bem como o local de intervenção pertinente

Gerar partes gráficas com pontos e elementos relevantes ao projeto

Iniciar estudos para implantação do projeto, a partir de legislações, dentre outras referências


5 ESTUDOS DE CASO Foram realizados ao total seis estudos de caso, sendo eles três nacionais e três internacionais. Quanto as visitas técnicas, em razão da Pandemia vivenciada no contexto atual, gerada pela COVID-19, houve a substituição dessas por estudos de caso. Dentre estes estudos se encontram: A ecovila Christie Walk, que funciona como uma fração de eco-cidade. A casa bosque, em que são dispostas e implantadas habitações dentro de uma área arborizada já existente buscando a harmonia entre ser humano e natureza. A ecocabana Majamaja Wurio nos traz um exemplo de habitação autossuficiente, assim como parâmetros para ambientes e dimensões. Os três estudos de casos nacionais: Vila Taguaí, um empreendimento de habitações com um sistema construtivo alternativo e sustentável, visando aproveitar o máximo de iluminação e ventilação natural em suas residências, com o próprio sistema de tratamento de esgoto, dentre outros pontos pertinentes. A ecovila IPEMA, do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica, que assim como a ecovila Clareando buscam com técnicas e elementos alternativos baixos impactos em suas respectivas regiões e locais inseridos.

METODOLOGIA A metodologia do trabalho compreende-se em buscar referencias com o intuito de conhecer e compreender melhor o tema. Através de análises e estudos de assuntos referentes a ecovilas, buscar descrever e realizar itens gráficos exprimindo estas observações e pesquisas. Além de averiguar sobre técnicas e soluções sustentáveis para serem aplicadas. Por fim, a partir da legislação, normas e outros referenciais iniciar estudos de dimensionamento e implantação do projeto de estudo ecovilas.


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9 1 TEMA: ECOVILAS As

ecovilas

são

assentamentos

e

comunidades

que

atuam e

acontecem

internacionalmente, podendo elas serem urbanas ou rurais, trazendo alternativas diferentes das usuais encontradas e demonstrando soluções transformadoras, envolvendo diversas esferas: social, cultural, econômica e ecológica, trabalhando de forma multidisciplinar, para proporcionar mais qualidade de vida a sua comunidade com rentabilidade e baixo impacto ambiental. Uma ecovila é uma comunidade intencional, tradicional ou urbana que está planejando conscientemente seu caminho por meio de processos participativos de propriedade local e que visa abordar os Princípios da Ecovila nas 4 Áreas de Regeneração (social, cultura, ecologia, economia em um design de sistema completo). Ecovilas são laboratórios vivos pioneiros em belas alternativas e soluções inovadoras. São assentamentos rurais ou urbanos com estruturas sociais vibrantes, amplamente diversificadas, mas unidas em suas ações voltadas para estilos de vida de baixo impacto e alta qualidade. (Global Ecovillage Network, 1995, p.1)

Além disso, as ecovilas incentivam não só a interrelação entre o ser humano e a natureza, mas da própria comunidade em si, em que essas pessoas buscam de forma mais sustentável, melhorar seus próprios estilos de vida, todas juntas defendendo e trabalhando para um desenvolvimento humano mais saudável e ecológico, em que estas visam e utilizam de meios a longo prazo, na esperança de um futuro mais consciente e com Comunidades de pessoas que se esforçam por levar uma vida em harmonia consigo mesmas, com os outros seres e com a Terra. Seu propósito é combinar um ambiente sociocultural sustentável com um estilo de vida de baixo impacto. Enquanto nova estrutura societária, a ecovila vai além da atual dicotomia entre assentamentos rurais e urbanos: ela representa um modelo amplamente aplicável para o planejamento e reorganização dos assentamentos humanos no séc. 21. (SVENSSON, 2002, p.10)

Da mesma forma em que a autora Capello (2013) comenta, ecovilas transmitem a junção de duas ideias, ‘ecologia’ e ‘vila’, em que a primeira expressa a riqueza das relações sistêmicas da vida, e a segunda traz uma escala e dinâmica humana, e juntas transpõem o significado de ecovila, simples como a própria vida que ela sugere e ampara, e ao mesmo tempo dotado de muita complexidade, e cheia de vivacidade e essência. Entende-se por sua vez, que uma ecovila é um local no qual seus moradores compartilham dos mesmos ideias, e ainda assim possuem suas diferenças, e dentro de sua comunidade defendem o propósito de coagirem para um futuro mais verde e sustentável, funcionando de forma multidisciplinar, buscando alternativas e soluções mais rentáveis com menores impactos ao local em que vivem e ao meio ambiente como um todo.


10 Elas ainda passam uma essência singular, dotadas de muitas riquezas e energias vibrantes, contudo partilham uma imagem com muita simplicidade e respeito com a vida de sua comunidade e da natureza, frisando a importância do convívio entre os seres humanos, resgatando a ‘humanidade’ entre as relações, assim como o paralelo entre ser humano e meio ambiente. Pode-se dizer que as ecovilas também além de impulsionarem um despertar a consciência, trazem consigo responsabilidade e cuidado ecológico, elas também auxiliam na criação de sentimento de pertencimento, em que o autor Faria, comenta do impacto em que a sua falta nos traz. “despertencidos e desapropriados de nossas raízes perambulamos por nossas cidades, sem mitos fortes que nos amarrem, nossas heranças se perderam e não temos o que colocar no lugar: somos seres desagregados e sem coesão” (FARIA, 2000, p.5) Fazendo um paralelo com o autor Grinover (2006), aborda sobre as características de uma cidade e da responsabilidade que esta possui, é necessário que as cidades transpassem uma identidade adequada, construída de forma consciente, mesmo que ainda haja aspectos históricos ou culturais tão positivos. É necessário que essas também, imprescindivelmente sejam acessíveis, tanto fisicamente como culturalmente e socialmente, além de proporcionar uma boa e adequada legibilidade, para que boas impressões sejam causadas, passando assim sensações de acolhimento, pertencimento e integração com as áreas e espaços de uma cidade. A identidade expressa por determinada cidade irá atrair ou expelir as pessoas pertencentes a elas, além de questões já mencionadas como pertencimento e acolhimento de uma cidade, pois se uma cidade não possui uma identidade acolhedora, a tendência é de repulsão de habitantes ou usuários. (GRINOVER, 2006, p. 29-50) Concluímos assim que tais sentimentos se fazem muito importantes, e de certa forma agem de forma muito similar as ecovilas, uma vez que se entende e concebe proximidade, cuidado e amor pelo o espaço em que vivemos e ao meio ambiente, criamos e desenvolvemos maior conscientização e responsabilidade por estes espaços e a natureza.


11 A partir do momento em que as pessoas sentirem que pertencem a um lugar e sentirem a importância que ele expressa, automaticamente criam um senso de responsabilidade e cuidado, por isso a conscientização também se faz muito importante no processo. As ecovilas começam e agem em escalas menores, voltadas para suas comunidades, mas demonstrando com características globais de seu conceito e ideais que tanto as motivam, assim como a seus estilos de vida. Entendendo que todos estes processos de desenvolvimento humano e ambiental, e da conscientização e aplicação sustentável, levam tempo, mas caminham associadas a práticas de longo prazo, visando um futuro melhor e ainda incerto, pois a variante ‘humana’ exprime essa mesma essência. Figura 1 – Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2020)

Figura 2 – Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2020)


12 1.1 HISTÓRICO DO TEMA Compreendendo a definição das ecovilas, seus ideais e objetivos, é importante contextualizar um pouco sobre a dimensão ambiental, partindo de épocas que marcaram o desenvolvimento desta vertente. O surgimento das Ecovilas, assim como como o movimento hippie, nos Estados Unidos, e o início de um despertar as temáticas ambientais como um todo, remetem à década de 1960. O movimento hippie, por sua vez, tinha como objetivo de quebrar o modelo socioeconômico vivenciado pela guerra fria, buscando viver afastado dos centros urbanos, combatendo a sensação de insegurança e incerteza expressas pela época. (SANTOS, 2019) Notou-se ainda que as formulações econômicas convencionais, apresentadas e aplicadas até então, começaram a apresentar dificuldades ao solucionar e exibir resoluções à problemática ambiental, ficando mais claro o planejamento convencional demandava de alterações. (BUTZKE, L; THEIS, I, 2007). A partir de então deu-se origem a propostas voltadas para a o desenvolvimento e conscientização ambiental. No ano de 1962, a fundação Findhorn foi criada, operando como uma ONG a promover a sustentabilidade ecológica, cultural, espiritual e econômica, além de estar atrelada ao departamento de informação pública das nações unidas. (CAPELLO, 2014). Segundo Keeler (2008), em 1968 o movimento ambientalista começou a caminhar para uma escala e unidade global com a formação do Clube de Roma. Este, por sua vez, consistia em uma organização não governamental internacional, nela havia estudiosos, pesquisadores, cientistas, empresários, e chefes de estados de todos os continentes, em que juntos, debatiam questões relacionadas à problemas mundiais abrangendo esferas: política, social, tecnológica, cultural e ambiental. Pode-se dizer que o evento possui um caráter multidisciplinar e visava medidas de longo prazo. O despertar da consciência ambiental, a preocupação com meio ambiente, a dimensão ambiental como um todo ganhava mais destaque a partir de então. (KEELER, 2018) Momentos e relatos foram amadurecendo para que a preocupação com a dimensão ambiental ganhasse mais ênfase durante a década de 1970, que se fez um marco para o desenvolvimento, preocupação e consciência ambiental.


13 Em 1972, o Clube de Roma contribuiu com uma importante publicação, ‘Limits of Growth’, que se fazia pioneira em escala global, abordando sobre a capacidade de carregamento ecológico do planeta, demonstrando através de modelos matemáticos que os recursos naturais existentes seriam esgotados até o ano de 2072, resultando na incapacidade de suprir as necessidades da raça humana, levando a diminuição no número de pessoas e das populações. (KEELER, 2018) Ainda no ano de 1972, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (UN Conference on the Human Environment), em Estocolmo, se iniciava estabelecendo um novo ambientalismo, e agora com um âmbito mais político. Este evento compreendia em encontrar soluções para os problemas ambientais em todo o planeta, de forma a corrigir as problemáticas expostas. Assim sendo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano faz uma declaração sobre a necessidade de um critério e de princípios comuns destinado a todos os povos do mundo, convergindo para uma temática ambiental, guiando-os para a preservação do meio ambiente e buscando um planeta melhor. Ainda dentro da conferência, foram definidos 26 princípios da Declaração de Estocolmo. Os 26 princípios fundados pela Declaração de Estocolmo abordam sobre premissas para a vida humana e ambiental, envolvendo uma temática global. Dentro deles é discutido e aludido sobre o direito fundamental do homem à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade, e transferindo a ele uma vida mais digna, proporcionando mais bem estar, assim como a obrigação de preservar, cuidar do meio ambiente, para si e para as gerações futuras. O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. (DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, 1972, p. 9)

Dentro dos princípios, é definido que todos os tipos de recursos naturais presentes em nosso planeta devem ser preservados, incluindo o ar, a água, a terra, a flora e a fauna, procurando mantê-los, e sempre que possível buscar a restauração e melhoria na capacidade da terra na produção de recursos vitais renováveis.


14 Ainda é necessário cuidar e se atentar tanto com os recursos renováveis quanto com os não renováveis, pensando na vida desses e nas consequências de seu uso, como sua exaurição, para que todos estes possam estar presentes na vida de toda a humanidade, se beneficiando da forma correta e com uma boa gestão e utilização desses recursos, pensando também na prevenção dos danos ao meio ambiente, combatendo a poluição para os ecossistemas. Estes fundamentos também determinam que os governos são responsáveis pela preservação dos patrimônios ambientais, saúde e segurança pública, criando medidas para prevenir depredação desses locais e consequentemente para melhorar a vida da população, assim como aumentar o potencial de crescimento atual ou futuro dos países de aliando as questões ambientais, prevendo consequências econômicas que poderiam resultar de tais medidas tanto nos planos nacional e internacional. O desenvolvimento de um planejamento racional também se faz necessário, de modo a proteger e melhorar o meio ambiente, conciliando as adversidades, diferenças que possam surgir em seu desenvolvimento ou o que o envolve. A temática defendida envolve todas as nações, não havendo distinção de porte ou poder, tamanho ou desenvolvimento internacional. As nações sejam elas grandes ou pequenas é imprescindível que ambas trabalhem com um espírito de cooperação entre elas, e em pé de igualdade quando tratados de assuntos na temática ambiental, direcionando seus olhares à proteção e melhoramento do meio ambiente. A esfera ambiental se faz imprescindível, porém, não se deve esquecer das demais, pois a vida é multidisciplinar, e é necessário pensar em questões sociais, econômicas, institucionais, políticas e tecnológicas para viabilizar melhores condições de vida. Todas essas esferas devem trabalhar em prol com o meio ambiente, cada uma contribuindo dentro de sua realidade. Quanto aos assentamentos humanos e a urbanização, vertente em que as ecovilas pertencem, a preocupação quanto a temática ambiental se faz presente. Entretanto, é necessário pensar na qualidade social e econômica para todos, sem qualquer tipo de repressão ou discriminação das diferenças entre as pessoas de determinado espaço ou da população. Para o crescimento demográfico desses assentamentos, é necessário prevenir desde as consequências de concentrações excessivas, pois são capazes de causar impactos no meio ambiente, até os impedimentos em suas melhorias, gerados pela a baixa densidade, buscando


15 aliar as políticas demográficas adequadas respeitando os direitos humanos e ambientais. (DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, 1972) Deve-se aplicar o planejamento aos assentamentos humanos e à urbanização com vistas a evitar repercussões prejudiciais sobre o meio ambiente e a obter os máximos benefícios sociais, econômicos e ambientais para todos. A este respeito devem-se abandonar os projetos destinados à dominação colonialista e racista. (DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, 1972, p. 11)

Além das diretrizes e princípios apresentados e feitos pelo evento, foi desenvolvido um plano de ação, conferenciando sobre questões de recursos naturais, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e normas ambientais para cada nação. A partir de então a linha cronológica da dimensão ambiental foi marcada por demais eventos como conferências e comissões, que se preocupavam com temáticas ambientais, que assim como na Conferência de Escolmo, apresentavam planos de ação, propostas de comprometimento com a causa e seus objetivos futuros de longo prazo quanto a esfera ambiental. No ano de 1973, houve a criação do termo ‘ecodesenvolvimento’, sendo estreado na primeira reunião do Programa das Nações Unidas para o Ambiente pelo diplomata Maurice Strong como forma alternativa de planejamento, buscando a descentralização das políticas da economia e do mercado e baseando-se em uma ‘lógica de necessidades’, de forma a conseguir aliar e conciliar de maneira harmônica questões as sociais, econômicas e ecológicas. (BUTZKE, L; THEIS, I, 2007) No ano de 1978, foi criado o termo ‘Permacultura’, na Austrália, pelo naturalista Bill Mollison e o estudante de Design Ecológico David Holmgren, fruto de um estudo e trabalho desenvolvido pelos dois. (PAMPLONA, 2013) Segundo Mollinson (1991), a permacultura consistia em uma cultura permanente, um sistema de vida sustentável de longo prazo. E assim como Pamplona (2013) discrimina o termo ‘Permacultura’: junção das palavras em inglês “permanent” e “agriculture”, que juntas traduzidas significa “agricultura permanente”, caindo novamente na ideia de um sistema de vida permanente baseado na agricultura, de modo a suprir as necessidades humanas regionais, através de um planejamento que pudesse integrar os seres humanos à paisagem e suas questões ambientais.


16 A permacultura é uma filosofia de vida que funciona de forma multidisciplinar, que não envolve apenas temáticas ambientais, assim como Mollinson (1989) defende que o ser humano deve coagir e trabalhar “com” e não “contra a natureza”. Esta cultura envolve práticas de cunho econômico, espacial, territorial e regional, tecnológico, cultural, social, educacional, espiritual e de saúde pública. É uma visão ecocêntrica que trata os organismos vivos e os elementos materiais como construções, ferramentas, e demais, de forma integrada, e não como elementos isolados, tudo fazendo parte de um grande sistema. Pode-se dizer, contudo, que a ecovila é a materialização de conceitos desenvolvimentos pela Permacultura. Em 1987, foi fundada na Dinamarca, pelo casal Ross e Hildur Jackson, a ‘Gaia Trust’, uma associação de caridade, com o objetivo de fornecer auxílio e apoio na transição para uma sociedade sustentável e mais espiritual por meio de doações e iniciativas proativas externas. A Gaia Trust seguia a filosofia yin yang, seguindo uma estratégia dupla. O componente yin era fornecer apoio ao movimento de ecovilas através de doações, enquanto o componente yang era para investir seu capital em empresas “verdes”, consequentemente complementando a política de doações, gerando novos empregos e promovendo uma economia mais sustentável. (GAIA TRUST, 2021) Posteriormente no ano de 1991, a associação entra em contato com o casal Robert e Daiane Gilman, editores do Instituto Context, pedindo um relatório que se tornaria o livro ‘Ecovilas e Comunidades Sustentáveis’ (Eco-Villages and Sustainable Communities). Sua obra reunia comunidades que tinham como principal ideal o desenvolvimento sustentável, ao todos foram 26 comunidades, e estes estudos auxiliaram na primeira definição de ecovila. (CAPELLO, 2013, p.22) Uma Eco-Vila é um assentamento em escala humana, com todas as características de uma vila presentes e acessíveis na mesma área, onde as atividades humanas estão integradas de forma não danosa à terra e sua natureza, de tal forma que encorajem o desenvolvimento humano de forma saudável, e que possam continuar de forma próspera e continua no futuro. (GILMAN, 1991, p. 20)

Em 1992, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), chamada também de ECO-92 ou Cúpula da Terra. O evento tinha como objetivo entender as problemáticas que causavam impactos ambientais negativos,


17 chegando à conclusão de que as questões ambientais e o desenvolvimento são duas faces que caminham lado a lado, envolvendo também esferas social e política (KEELER, 2018) Ainda segundo Santos (2019) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, foram criados documentos importantes quanto as problemáticas socioambientais globais, dentre eles se destaca a Agenda 21, um dos documentos que abrange uma gama maior de vertentes. Dentre tais vertentes, estão as recomendações aos diferentes níveis de aplicação sobre assentamentos humanos, e o compromisso com os conflitos e problemáticas socioambientais globais. No ano seguinte, em 1993, inspirado pelo Eco-92/Cúpula de Terra, o Comitê sobre o meio ambiente do American Institute of Architects publicou ‘The Environmental Resource Guide’, um catálogo que abordava sobre a teoria, prática e a tecnologia das edificações “sustentáveis”. (FARR, 2013) No ano de 1995, na Fundação Findhorn, situada na Escócia, foi organizada a primeira conferência mundial sobre o tema ‘Ecovilas e Comunidades Sustentáveis: modelos para o século XXI’ reunindo diversos grupos sociais, dotados de pessoas vindas de todas as partes do mundo, abrindo uma discussão sobre o novo conceito estabelecido, envolvendo o tema sustentabilidade, e posteriormente estabelecida e nomeada como GEN (Rede Global de Ecovilas). (SANTOS, 2019). Um ano mais tarde, a GEN, participou Segunda Conferência sobre Assentamentos Humanos, em Istambul, e denominada como HABITAT II. (ARRUDA, 2018). Em 1997 a Organização das Nações Unidas reconheceu a Fundação Findhorn como uma ONG atrelada ao Departamento de Informação Pública. Desde então, a fundação atua como um participante ativo em uma variedade de atividades e eventos da organização. (FINDHORN FOUNDATION, 2002) Pode-se dizer que as ecovilas tiveram seu início na década de 1960, de certa forma até que espontânea, advindas de conflitos gerados pela revolução industrial, na busca de condições melhores de vida. Posteriormente na década de 1970, junto com a temática ambiental, as ecovilas foram começaram a se conceituar e estabelecer pelo mundo, e no final da década de 1990, estas comunidades foram evoluindo e recebendo mais destaque internacionalmente.


18 Até que em 1998, a Organização das Nações Unidas reconhece o modelo de Ecovilas dentro do SCDP (Programa de Desenvolvimento de Comunidades Sustentáveis), entrando entre as 100 melhores práticas sustentáveis descritas ONU-HABITAT. (GEN, 2017) A GEN busca estabelecer ligações e construir pontes entre formuladores de políticas, governos, ONGs, acadêmicos, empreendedores, ativistas, redes comunitárias e indivíduos com mentalidade ecológica pelo mundo todo, com o intuito de empregar e desenvolver estratégias e soluções a caminhando para aplicação e estabelecimento de comunidades e culturas resilientes. O objetivo da GEN é encontrar uma transição global para estas comunidades, na esperança da regeneração do planeta, trabalhando e contribuindo para a catalogação de ecovilas, assim como auxiliando estas a se estabelecerem em suas respectivas nações. (GEN, 2017) Ao tratarmos de ecovilas vale ressaltar os empreendimentos que não são considerados como ecovilas. Segundo Santos (2019), o Setor imobiliário pode utilizar das imagens das ecovilas, buscando vender loteamentos que aparentemente se preocupam com questões ambientais. Na verdade, esses empreendimentos se apropriam erroneamente dos conceitos defendidos pelas ecovilas para gerar mais lucro, uma jogada puramente estratégica do marketing. Utilizando de expressões como: “Bairros Verdes”, “Extensa Área Verde”, “Ótima Localização”, “Alto Padrão”, como se fossem apenas mais uma particularidade a ser agregada. Estas práticas além de não contribuírem para a formação de uma sociedade mais ambiental e consciente, ainda segregam as pessoas, passando a imagem de que a preocupação ambiental e a sustentabilidade, são uma característica “comprável” e acessível somente para aqueles com o poder aquisitivo mais elevado. “Um empreendimento imobiliário pode e deve ter ambições sustentáveis, mas ele nunca nasce como uma ecovila. Até que a comunidade habite o território e forme sua identidade coletiva, não passa de um empreendimento concreto, sem vida.” (SANTOS, 2019, p.44)


19 1.2 HISTÓRICO DA TIPOLOGIA As primeiras ‘versões’ das ecovilas nasceram ainda na década de 1970, na Dinamarca, e são chamadas de ‘cohousings’, se dissipando posteriormente para a Suécia e Noruega, e mais tarde aos Estados Unidos, Canadá e Austrália. As ‘cohousings’ foram criadas pelo casal de arquitetos Katie McCamant e Chuck Durret, elas simbolizavam a esperança no combate aos problemas da sociedade pós-industrial, e assim como as ecovilas, elas defendiam ideais colaborativos e um estilo de vida alternativo. Segundo Capello (2013), As cohousings funcionavam como uma espécie de condomínio residencial, no qual os ambientes privativos, geralmente, se restringiam a: dormitórios e banheiros, e optavam a compartilhar alguns ambientes, facilidades e trabalho, dessa forma, elas eram dotadas de espaços comunitários como: sala de estar, cozinha, refeitório, lavanderia, biblioteca, ateliê de artes, sala de multimídia, horta, garagem, bicicletário, dentre outros ambientes que pudessem ser compartilhados entre os membros. Esses tipos de habitações abrigavam, em média, 20 famílias, e seu projeto permitia a aplicação de técnicas e tecnologias sustentáveis como reaproveitamento e a reutilização de água. era feito pelos próprios futuros moradores, sendo eles a escolher como funcionaria esse condomínio, e quais ambientes seriam partilhados. (CAPELLO, 2013) “Essa disposição para compartilhar cria a possibilidade do que gosto de chamar de abundância de simplicidade.” (CAPELLO, 2013, P.20) Figura 3 – Cohousing

Fonte: Stein (2018)


20 Segundo a Associação de Cohousing dos Estados Unidos, as cohousing são comunidades projetadas para promover conexão entre as pessoas, em que os ambientes e espaços físicos permitem que os membros possam interagir com seus vizinhos, como as áreas comuns desses empreendimentos, argumentando que a tomada de decisão colaborativa constrói relacionamentos. (The Cohousing Association of the United States, 2021) A diferença entre as cohousing e as ecovilas é que nas cohousings, cada membro é livre para escolher seu nível de integração com a comunidade, o que resulta que em que este modelo de habitação não tem o objetivo de se tornar autossuficiente, o que cria certa dependência externa e fragiliza o conceito de assentamento humano sustentável, que as ecovilas defendem. (CAPELLO, 2013, p.22) A fundação Findhorn, criada no ano de 1962 por Peter e Eileen Caddy e Dorothy Maclean, nasceu espontaneamente, operando como uma ONG (Organização não Governamental) e seus três fundadores se dedicaram a seguir um caminho espiritual, o qual foi empregado por muitos anos posteriormente. Figura 4 – Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2020)

A fundação Findhorn ficava em um parque de caravanas na vila costeira próxima de Findhorn. O terreno e o solo desse parque eram arenosos e secos, ainda assim sem desistir, eles cultivavam enormes plantas, ervas e flores, e até mesmo, os famosos, repolhos de 18 quilos. O grupo cresceu com a vinda de outras pessoas para ajudar a família Caddy e Dorothy Maclean, se transformando em uma comunidade, atrelados ao seu caminho espiritual e com o objetivo de expansão do jardim, preocupados sempre com os impactos causados a natureza. No final da década de 1960, Peter e a comunidade constroem o Parque Santuário, um dos maiores


21 santuários de meditação da fundação, assim como o Centro Comunitário, local em que a comunidade ainda se encontra. (FINDHORN FUNDATION, 2002) A comunidade da Fundação Findhorn, no ano de 1972, foi formalmente registrada como uma instituição de caridade escocesa e posteriormente, até a década de 1980 cresceu para aproximadamente 300 membros. No final de anos 80, passou a contribuir internacionalmente para o progresso do modelo de ecovilas. A fundação continuou crescendo e se desenvolvendo, agora com 90 edifícios ecológicos, três geradores eólicos e uma estação de tratamento biológico de esgoto, denominada ‘The Living Machine’. No ano de 1995, a fundação e a rede de ecovilas informais em evolução, se reuniram e organizaram uma conferência: Ecovilas e Comunidades Sustentáveis para o Século 21, e dessa iniciativa, surgiu a Rede Global de Ecovilas (GEN). No ano de 1998, a fundação Findhorn foi reconhecida pela ONU como uma ONG, ganhando o direito de participação ativa na Organização das Nações Unidas. (FINDHORN FUNDATION, 2002) A Findhorn Ecovillage pode ser considerada como um modelo de ecovila em constante evolução, sua comunidade foi erguida a partir de materiais ecológicos, e ainda é responsável por uma parte da energia elétrica consumida anualmente. A comunidade é responsável pela produção de seus próprios alimentos, e o esgoto é tratado pela própria comunidade. (FINDHORN FUNDATION, 2002; DUARTE, 2016) Figura 5 – Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2020)


22 Essas comunidades, que denominamos ecovilas, em diversas vezes, são reconhecidas por estarem estabelecidas em locais com mais presença de espaços verdes, como a Fundação Findhorn, dentre outras, entretanto existem aquelas que são encontradas nos meios urbanos, mas que possuam e protejam os mesmos conceitos que qualquer outra ecovila. É necessário reconhecer a multidisciplinaridade e a heterogeneidade do movimento e modelos de ecovilas, e que estes aspectos fazem parte da concepção dessas comunidades, e que a inexistência de um padrão para elas se dá por conta de variantes e de adaptações ao seu ambiente original ou natural em que são estabelecidas. Não há constatação de ‘a melhor ecovila’, ou a existência de uma ‘ecovila ideal’, nenhuma ecovila é igual a outra. (SANTOS, 2019). Por isso se faz necessário pensar com mais flexibilidade e entender os conceitos e ideais que esse modelo de comunidade emprega, a se ater a uma regra, ecovilas são singulares e derivam do espaço em que são inseridas e dos membros que ali irão habitar. “As ecovilas são apenas um dos vários modelos modernos de comunidades "voluntárias" que surgiram, principalmente, a partir da descrença ou desilusão nas promessas do mundo industrializado.” (CAPELLO, 2013, p. 7) As ecovilas atuais nascem a partir de diferentes aspectos, seja por necessidade ou oportunidade advinda de limitações ambientais, seja pelo grau de conscientização atingido, ou pelo desenvolvimento de tecnologias aprimoradas por esta esfera, independente do que as impulsionou, essas comunidades são pautadas por ideias sustentáveis aliados ao baixo impacto ambiental. (SIQUEIRA, 2015) Essas comunidades buscam soluções alternativas, inovadoras e solidárias, envolvendo diferentes esferas: econômica, social, de saúde e claro, ambiental, trilhando juntos um caminho para o desenvolvimento de um estilo de vida mais saudável e com mais qualidade de vida, incentivando a possibilidade de sociedades alternativas com aplicações holísticas. (SIQUEIRA, 2015) Não existe uma regra ou exatamente um modelo a se seguir quando tratamos sobre ecovilas, cada comunidade atua de um jeito, estabelecendo seu próprio projeto no tempo apropriado de seus membros e meio natural, baseado nas necessidades que cada assentamento possui.


23

Figura 6 – Membros da Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2021)

“Cabe às Ecovilas, enquanto laboratórios vivos, estimular a inteligência coletiva e escolher o modelo que mais se adapta a sua realidade.” (SANTOS, 2019, p. 42)


24 1.3 BIOCONSTRUÇÃO Buscando amenizar os impactos ambientais causados pelo ser humano quando tratamos de construção de edificações, a bioconstrução se faz uma aliada no processo de conscientização ambiental e combate aos malefícios encontrados nas técnicas construtivas mais convencionais. Ela ainda adota técnicas alternativas, conferindo mais sustentabilidade aos projetos. Segundo Soares (2007) a indústria da construção civil é responsável pelo maior consumo de recursos naturais em nosso planeta, que além do desperdício também possuem muitos compostos químicos prejudiciais não só para o meio ambiente como também para todos os seres vivos. Diante desse cenário, a construção natural se mostra como solução ou forma de amenizar as preocupações e consequências da ação humana. A arquitetura sustentável, presente na bioconstrução pretende assim conciliar a concepção arquitetônica, sua forma, elementos e volumetria, com o uso de recursos e materiais construtivos. A bioconstrução busca encontrar um equilíbrio que minimize os impactos ambientais e diminua o desperdício de nossos tão valiosos recursos naturais. (SILVA; FERREIRA,

2020)

Figura 7 – Exemplo de Bioconstrução: Templo realizado com superadobe, bambu e revestimento ecológico

Fonte: Krickante (2016)


25 Trazendo a bioconstrução aplicada a temática, segundo Capello (2013), as ecovilas planejam e empenham-se para ‘tomar de volta o controle de seus recursos’, em que a comunidade busca validar seus direitos de escolher seu estilo de vida, seja quanto a seleção de seus alimentos, as formas com que irão gerar e gerir seus recursos naturais, como água e energia coletadas, ou as técnicas e soluções que pretender utilizar em suas habitações, sem que se tornem submissos a uma conjuntura que não consintam ou aprovem. Pensando dessa forma, vale apontar algumas técnicas presentes na bioconstrução: 1.3.1 Pau a pique A técnica de pau a pique também é conhecida como taipa de mão, taipa de sopapo, taipa de sebe, ou barro armado, uma técnica construtiva que consiste no entrelaçamento de madeiras verticais, com madeiras horizontais, podendo ser utilizado o bambu, gerando uma trama, a estrutura da parede, que mais tarde será preenchida com uma mistura homogeneizada composta de barro, terra, ou solo local, água e alguma fibra até estar completa. (IPOEMA, 2020) Figura 8 – Construção em Pau a Pique

Fonte: Kickante (2016)


26 1.3.2 Terra na Bioconstrução A terra é um dos recursos naturais mais abundantes do planeta, e mais que a metade da população mundial habita em construções ou residências erguidas com este material. “A arquitetura de terra é também umas das mais antigas. Há mais de dez mil anos o homem já usava o barro para levantar casas. E ainda hoje construir com terra continua sendo uma técnica viva e criativa.” (SOARES, 2007, p.13)

1.3.2.1 Tijolos de Solo Cimento Os tijolos de Solo Cimento são fabricados a partir de terra, água, e um pouco de cimento em sua constituição em sua composição para se tornar mais resistente. Essa mistura é prensada, mais tarde, é esperado seu tempo de cura, passado esse processo, pode ser utilizado normalmente. (MILANI, 2020) A ideia é que os próprios membros da comunidade possam produzir os tijolos e até mesmo comercilizá-los, gerando assim recursos para causas fora e dentro da Comunidade. Figura 9 – Formas e Curvas proporcionadas pelo Superadobe

Fonte: Pórtis (2020)


27 1.3.2.2 Adobe O ADOBE é um sistema construtivo que consiste em um composto formado por um composto de água, argila e areia, um pouco diferente do COB, que segundo Zorowick (2017) adiciona a palha em sua composição, e assim como a técnica de pau a pique, também possui paredes grossas, fornecendo conforto térmico, uma vez que a construção possui uma boa dinâmica climática, em que é possível mantém o calor durante o inverno, e se manter fresca internamente durante o verão. Figura 10 – Tijolos em Adobe

Fonte: Archdaily (2020)

A técnica com ADOBE, por não possuir a fibra natural (palha), necessita de uma estrutura, para isso utiliza-se de formas, geralmente constituídas de madeira, para constituir os tijolos de ADOBE, deixando-os secar por cerca de 15 dias. (IPOEMA, 2017) Figura 11 – Uso de Adobe nas construções

Fonte: Homecrux (2018)


28 1.3.3 Bambu O bambu é um recurso natural, que quando aplicado a técnicas construtivas se torna uma boa alternativa nas construções das edificações. Essa planta e suas hastes são materiais flexíveis e duráveis, são fáceis de transportar e trabalhar, possui também uma força de tração paralela as fibras, similar à do aço, características que contribuem para a difusão de técnicas com o uso do bambu além de proporcionarem mais sustentabilidade aos projetos por ser um material de fonte renovável. (JUNIOR, A; KENUPP, L; CAMPOS, R, 2009) Figura 12 – Bambu

Ciclo Vivo (2015)

Figura 13 – Técnica construtiva fazendo a utilização de Bambu

Ciclo Vivo (2015)


29 1.4 PERMACULTURA A permacultura, apesar de já ter sido mencionada, vale uma ressalva para este tema. Entendemos o surgimento da temática, que consiste em uma cultura permanente, um sistema baseado na vida sustentável de longo prazo. Uma filosofia de vida que funciona de forma multidisciplinar, assim como comenta Pamplona (2013). Neste subcapítulo do trabalho, o foco é demonstrar a Flor da Permacultura, em que nela é possível observar os 3 princípios éticos e 12 princípios de design defendidos por ela. Figura 14 – Flor da Permacultura

Fonte: Instituto de Permacultura IPOEMA (2016, p.14)

A permacultura é uma filosofia de vida que funciona de forma multidisciplinar, envolvendo não só temáticas ambientais, assim como Mollinson (1989) defende que o ser humano deve coagir e trabalhar “com” e não “contra a natureza”. Segundo apresentado pelo Instituto IPOEMA (2016), os três princípios éticos da permacultura são: •

Cuidado com o planeta

Cuidado com as pessoas


30 •

Distribuição dos Excedentes Os doze princípios de design da permacultura são: •

1. Observe e interaja: Consiste em observar o meio e buscar interagir com ele

2. Capte e armazene energia: Para nós a energia se tornou essencial, e para isso se faz necessário pensar em

estratégias de captação e armazenamento. •

3. Obtenha rendimento: É necessário que exista um planejamento para a plantação e colheitas dos alimentos

da comunidade, interferindo em seu bem estar. •

4. Pratique a auto regulação e obtenha feedback: Ao realizar atividades, busque ficar atento ao resultado, de forma a aprimorar essas

atividades ou técnicas ou recriá-las. •

5. Use e valorize os recursos renováveis: Dar valor as riquezas naturais, os próprios recursos que a mãe natureza nos oferece,

tirando partido deles, pensando na diminuição do consumo, ou consumo mais consciente. •

6. Não produza desperdícios: Pode-se dizer que é consequência do princípio anterior, (5º princípio), ao valorizar

os recursos naturais e diminuir o consumo, obtemos menos desperdício, e é justamente o que o 6º princípio defende. •

7. Design a partir dos padrões para se chegar aos detalhes: Fazer dos padrões da natureza, os padrões aplicados ao design da ecovila.

8. Integrar ao invés de segregar:


31 Saber interagir com o meio ambiente, dispondo os elementos de forma estratégica, visando a interação do todo e não a segregação. •

9. Use soluções pequenas e lentas:

Sistemas de longo prazo (pequenos e mais devagar) são mais fáceis para manter. •

10. Use e valorize a diversidade: O ideal é maximizar e utilizar da diversidade encontrada no meio natural.

11. Use as bordas e valorize os elementos marginais: Valorizar e utilizar as interfaces dos elementos naturais.

12. Use criatividade e responda às mudanças: Utilizar da criatividade nas atividades, soluções e processos, para que dessa forma,

seja possível potencializar os resultados e impactos positivos causados. Figura 15 – Flor da Permacultura

Fonte: ECO Green (2017)

Observando tanto os princípios éticos quanto os princípios de design presentes na permacultura, entendemos a quão próxima é a relação entre os valores defendidos nessa filosofia, assim como dentro das ecovilas.


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35 2 ESTUDOS DE CASO Os estudos de caso são instrumentos de estudo importantes, trazendo informações e referências para a elaboração da pesquisa e projeto preliminar. 2.1 CHRISTIE WALK Figura 16 – Comunidade de Christie Walk

Fonte: In Habitat (2010)

2.1.1 Ficha Técnica Nome: Christie Walk Escritório: UEA (Urban Ecology Australia) Organização sem Fins Lucrativos Localização: Adelaide, sul da Austrália Data de início: ano de 1999 Data de Finalização: ano de 2006 Construtora: – Área: 2.000,0m²


36 2.1.2 Projeto Christie Walk fica localizada no sul da Austrália, na capital estadual de Adelaide. A comunidade funciona como um “pedaço” de uma Eco Cidade. Foi construída em um terreno baldio em formato de ‘T’ bem degradado, onde ficavam casas e pequenas indústrias em mal estado. Figura 17 – Implantação de Christie Walk

Fonte: Ecopolis Architects (2021)

O projeto foi pensado e lançado pela organização sem fins lucrativos UEA (Urban Ecology Australia). O funcionamento e desenvolvimento desse projeto funcionaria como um “teste” de um processo de empreendimento que poderia ser aplicado a outras partes da cidade e que foi bem sucedido. As soluções aplicadas em Christie Walk poderiam ser aplicadas a qualquer cidade. Christie Walk possui 2.000m² e a primeira cobertura verde intensiva do sul da Austrália, totalizando 170 metros quadrados de cobertura produtiva, além de possuir uma área verde produtiva com 700 metros quadrados. Pode ser considerado um bairro de alta densidade, possuindo 27 habitações, abrigando 45 pessoas, dados apresentados até o ano de 2011.


37 Dentre as 27 habitações, quatro moradias são geminadas de três andares feitas de blocos de concreto aerado, um bloco de três andares com seis apartamentos, quatro cabanas de fardos de palha independentes e equipamentos comunitários, e a edificação mais recente, um bloco de cinco andares, com 13 apartamentos, a construção também abriga um pequeno salão comunitário, com cozinha comunitária e banheiros. Figura 18 – Imagem representando a cobertura verde formada por Christie Walk

Fonte: Change Media (2011)

Figura 19 – Interação entre membros na comunidade

Fonte: Change Media (2011)

Dentre os elementos sustentáveis presentes na vila estão: Jardim e Horta Comunitário Os moradores produzem seus próprios alimentos dentro da comunidade. Figura 20 – Jardim Comunitário da Vila


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Fonte: Domain (2019)

Figura 21 – Jardim Comunitário da Vila

Fonte: Domain (2019)

Sistema de automóveis compartilhados Os membros de Christie Walk estipularam uma capacidade máxima para carros, assim como um membro ampara o outro, diminuindo a necessidade da utilização de veículos. Figura 22 – Estacionamento Compartilhado pela vila


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Fonte: Change Media (2011)

Figura 23 – Estacionamento Compartilhado pela vila

Fonte: In Habitat (2010)

Sistema de gestão de água Pluvial As águas pluviais são captadas e armazenadas in loco. Figura 24 – Sistema de gestão de água Pluvial


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Fonte: Water Sensitive AS (2021)

Tratamento de Esgoto A água captada é tratada, e posteriormente utilizada na manutenção de Christie Walk, assim como para regar um parque próximo a ecovila. Figura 25 – Boca de Lobo

Fonte: Water Sensitive AS (2021)

A figura 26 ilustra o funcionamento do sistema de captação de águas pluviais, mostrando o caminho que ela percorre, abastecendo a comunidade, assim como por onde ela percorre até o sistema público da cidade.


41 Figura 26 – Sistema de captação, distribuição e armazenamento de água na comunidade

Fonte: Water Sensitive AS (2021)

Utilização de Ventilação Cruzada e a presença de vegetação nas fachadas das suas habitações: Figura 27 – Ventilação Cruzada


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Fonte: In Habitat (2010)

Figura 28 – Ventilação Cruzada

Fonte: Ecopolis (2021)

Figura 29 – Fachada de uma Habitação presente em Christie Walk

Fonte: Water Sensitive AS (2021)

Impacto do Planejamento no consumo de energia das edificações


43 Há pouco consumo de energia pública, devido ao uso de tecnologias responsivas ao clima como placas solares instaladas nos telhados das edificações, que aquecem a água com o calor do sol, uso de massa termo acumuladora e sistema de ventilação operado pelos próprios moradores. A comunidade também possui um arranjo fotovoltaico de 5kW conectado à rede pública de energia elétrica. Figura 30 – Utilização de placas solares

Fonte: Water Sensitive AS (2021)

Figura 31 – Utilização de placas solares

Fonte: Clarke (2017)


44 Christie Walk também possui jardins e mobiliário urbano interligando seus espaços, trazendo mais conforto, graças a presença de vegetação, além de incentivar a interação entre os membros da comunidade. Figura 32 – Jardins encontrados em Christie Walk

Fonte: Water Sensitive AS (2021)

Além da consciência ambiental e práticas sustentáveis, um dos princípios fundadores de Christie Walk é a participação da comunidade na vila, os próprios moradores aprendem sobre as tecnologias, manutenção e funcionamento do espaço. Algo introduzido pelo projeto desde o início e os voluntariados se mostraram muito comprometidos com o projeto desde o começo. Apesar de ser um empreendimento de alta densidade, relatos dos próprios moradores de Christie Walk, afirmam que existe uma grande solidariedade e irmandade entre os moradores, existe também mais contato e interação entre eles na vila, e ainda os aprendizados e experiências que essas pessoas podem levar a diante. Figura 33 – Interação entre membros da comunidade

Fonte: Urban Ecology (2021)


45 Pode-se dizer que os envolvidos com sua vontade e determinação de buscar por soluções melhores para o mundo em que vivemos, criaram um projeto sustentável excepcional e que pode ser aplicado em empreendimentos sustentáveis mundo afora. Figura 34 – Interação entre membros da comunidade

Fonte: Doyle (2007)

2.1.2.1 Conceito O conceito de Christie Walk era a sustentabilidade e a participação da comunidade na vila. O projeto consistia em utilizar de técnicas alternativas pensando nos impactos ambientais caudados pela ação antrópica, demonstrando que as soluções utilizadas na vila poderiam ser aplicadas em outras cidades e bairros.

2.1.2.2 Partido Arquitetônico • • • • • • • • •

Praça interna Jardim comunitário Espaços compartilhados Sistema de automóveis compartilhados Sistema de gestão de água pluvial Tratamento de Esgoto Utilização de Ventilação Cruzada e a presença de vegetação nas fachadas Utilização de Placas Solares Vegetação nas fachadas (Jardins Verticais)


46 2.1.2.3 Programa de Necessidades

Tabela 1: Programa de Necessidades de Christie Walk

Fonte: Autoria Própria (2021)


47 2.1.2.4 Volumetria A comunidade nasceu no meio urbano, onde ficava um terreno baldio degradado, a volumetria de Christie Walk acompanha as edificações vizinhas, mas recebe destaque graças a cobertura verde nela desenvolvida. Figura 35 – Volumetria de Christie Walk

Fonte: In Habitat (2010)

2.1.2.5 Técnicas e Sistemas Construtivos Vale comentar das dificuldades que houve para encontrar profissionais que pudessem e soubessem executar as técnicas desejadas e propostas para Christie Walk, e em algumas situações os próprios membros da comunidade buscavam aprender e se especializar para continuar o projeto, o que causou atrasos em seu desenvolvimento. Ponto positivo pela iniciativa de seus moradores e sua determinação, contudo negativo pois resultou em uma execução mais lenta na comunidade. 2.1.2.6 Materiais Utilizados No projeto de Christie Walk existiu um grande reaproveitamento de materiais, tijolos e pedras de prédios demolidos no local foram reaproveitados em sua construção, as cinzas


48 volantes (cinzas de combustível pulverizadas) foram usadas em concreto e madeira reciclada nas janelas, bem como o uso de fardo de palha em parte da construção, encontrado em alguns os chalés, chamados de “Strawbale Houses” ou “Strawbale Cottages”, ou casa de fardos de feno, em que é utilizado esse material alternativo para controle termoacústico. Figura 36 – Material Alternativo utilizado em Christie Walk

Fonte: Change Media (2011)

Todos os materiais de construção e acabamentos foram selecionados por sua não toxicidade, incluindo as tintas, pigmentos, vernizes e colas utilizados no projeto. Nenhum formaldeído (componente do formol) foi usado no projeto até agora e o PVC foi evitado tanto quanto possível, com a maioria dos encanamentos em polietileno e alguns em cobre.

2.1.2.7 Legislação pertinente à tipologia e sua aplicação As normas da Austrália, preveem moradias com uma vida útil planejada para 100 anos, algo que acontece e é aplicado na construção de Christie Walk.

2.1.2.8 Ergonomia e Humanização Um dos princípios que norteiam a comunidade é a interação e a participação de seus membros na vila, aliados as perspectivas e ideias ambientais. Aspecto que proporciona mais acolhimento e pertencimento a comunidade, além dos espaços compartilhados por Christie Walk.


49 2.1.2.9 Sustentabilidade •

Jardim e Horta Comunitário

Sistema de automóveis compartilhados

Sistema de gestão de água pluvial

Tratamento de Esgoto

Utilização de Ventilação Cruzada e a presença de vegetação nas fachadas

Utilização de Placas Solares

2.1.2.10 Referenciais A comunidade foi pioneira em aplicar conceitos sustentáveis e desenvolver uma vila rentável, de baixo custo, assim como bem sucedida em seus testes, formada por membros comprometidos em transformar sua cidade e alcançar uma melhor qualidade de vida a um custo mais acessível.

2.1.2.11 Matriz SWAT Tabela 2: Análise de SWOT de Christie Walk

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos  Christie Walk apresenta muitas soluções e técnicas sustentáveis que foram bem sucedidas  Comunidade engajada nos ideais e propósitos defendidos e baseados em práticas humanitárias e ambientais

 Dificuldade experimentada em obter materiais reciclados localmente.  Dificuldade encontrada na procura de profissionais que executassem algumas das técnicas desejada, como o sistema de captação e gestão de águas.

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades 

 As decisões tomadas eram feitas pelos próprios membros, o que eventualmente significaram deficiências organizacionais e financeiras na entrega do projeto.

Técnicas e elementos utilizados na comunidade servem de exemplos para a cidade, assim como modelo de aplicação em outros projetos Financiamento externo como os do governo para aplicação de técnicas sustentáveis. (Obtidas também pela iniciativa dos membros, trabalhando voluntariamente por um empreendimento sem fins lucrativos)

Fonte: Autoria Própria (2021)


50 2.2 CASA BOSQUE Figura 37 – Projeto Casa Bosque

Fonte: Wongwan (2010)

2.2.1 Ficha Técnica Nome: Casa Bosque (Forest House) Escritório: Studio Mitti Localização: Tailândia Data de início: – Data de Finalização: 2014 Construtora: – Área: 132,0 m² 2.2.2 Projeto A casa Bosque está localizada na Tailândia, projetada pelo escritório de arquitetura, Studio Mitti, com o conceito e objetivo de estabelecer uma ponte entre a natureza e o ser humano.


51 A proposta era criar um projeto habitacional em que houvesse casas integradas ao bosque já existente, sem interferir nas árvores. O projeto consistia na busca da interação das quatro habitações previstas e o bosque, o desejo era que estes dois elementos conversassem entre si. Figura 38 – Projeto Casa Bosque á noite

Fonte: Wongwan (2010)

No total de fazem quatro habitações, elas foram previstas e construídas todas em madeira. As palafitas foram o recurso utilizado para que as casas fossem niveladas assim como para que estas entrassem em harmonia com o bosque e a altura de suas árvores. Entre as habitações, existe um terraço também de madeira, que as conecta. Figura 39 – Integração com o Bosque e o Terraço interligando as habitações

Fonte: Wongwan (2010), com anotações do próprio autor


52 Figura 40 – Elevação do Projeto com a presença das palafitas e a harmonização com o Bosque e sua vegetação

Fonte: Archdaily (2020)

As plantas do projeto são modulares, e o maior comprimento da casa foi baseado em relação ao espaçamento das árvores, portanto o espaço mínimo encontrado foi de 2,70 m. Figura 41 – Implantação do Projeto

Fonte: Archdaily (2020)


53 Figura 42 – Planta Modular

Fonte: Archdaily (2020)


54 O projeto, como já mencionado, é todo composto em madeira, inclusive algumas das janelas funcionam como um toldo, uma vez que as habitações não possuem varandas. A “janela toldo”, proporcionam proteção além da visão e interação com o Bosque. A técnica utilizada na construção dessas janelas é original feita por um técnico local. Figura 43 – Detalhe das Casas e Janelas Toldo

Fonte: Wongwan (2010), com anotações da própria autora

A parte interna e os ambientes das habitações também foram construídos em madeira. Figura 44 – Ambientes Internos das Habitações

Fonte: Wongwan (2010)


55 2.2.2.1 Conceito O conceito do projeto sugere maior interação entre o ser humano e a natureza, respeitando o perfil natural do terreno em que as habitações foram inseridas, assim como a preservação das espécies ali encontradas, desenvolvendo um projeto que também integrasse as casas as árvores.

2.2.2.2 Partido Arquitetônico A utilização de Palafitas para que as habitações se integrassem ao nível das espécies arbóreas existentes. Utilização da madeira como principal material no projeto, trazendo mais conforto e proximidade com a natureza e o meio ambiente. 2.2.2.3 Fluxograma Figura 45 – Fluxograma

Fonte: Archdaily (2020), com anotações da própria autora

2.2.2.4 Estudo de Massa A volumetria e disposição das habitações se faz conforme os níveis e alturas das árvores presentes no bosque.


56 2.2.2.5 Volumetria As casas são modulares, salvo a configuração de alguns terraços que mudam conforme o local em que a habitação fosse estabelecida, ainda assim essa característica modular faz com que uma habitação seja muito parecida com a outra O interessante da volumetria do projeto é que cada casa está em um nível, detalhe proposição para compor com o bosque em que a comunidade foi inserida. 2.2.2.6 Técnicas e Sistemas Construtivos O projeto segue uma modulação em todas as habitações do projeto. Houve a utilização de palafitas, respeitando o perfil natural do terreno, também para que as habitações se alinhassem ao nível das árvores presentes no local. Vale ressaltar que as técnicas construtivas utilizadas foram técnicas locais, assim como a mão de obra, principalmente para a construção dos elementos de esquadrias.

2.2.2.7 Materiais Utilizados O material utilizado no projeto foi predominantemente a madeira, desde a estrutura até as caixilharias.

2.2.2.8 Ergonomia e Humanização A presença e a utilização da madeira no projeto transmitem mais aconchego aos ambientes tanto externos quanto internos. Figura 46 – Ambiente Interno da Casa Bosque

Fonte: Wongwan (2010)


57 2.2.2.9 Sustentabilidade O projeto se preocupa com o impacto das habitações, sem haver nenhuma retirada das espécies existentes, a utilização de mão de obra e técnicos locais também foram utilizados no projeto, ainda assim o projeto não é autossuficiente.

2.2.2.10 Matriz SWAT Tabela 3: Análise de SWOT da Casa Bosque

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos  Preservação arbórea  Preservação do Perfil Natural do Terreno  Material Regional (Madeira)  Uso de Técnicas Locais  Interação com a Natureza e o Meio Externo

Aspectos Ameaças

 Ausência de alguns elementos sustentáveis  Não é autossuficiente

Aspectos Oportunidades

 Ausência de elementos sustentáveis no projeto  Impactos Ambientais para o local a longo prazo

 A viabilidade de inserção de técnicas e elementos arquitetônicos sustentáveis ao espaço

Fonte: Autoria Própria (2021)

O projeto é consciente em manter e preservar as espécies existes no bosque, utiliza de materiais que transmitam conforto e humanidade as habitações, como a forte presença da madeira, faz uso de técnicas e mão de obra locais, contudo a longo prazo, podem haver impactos na área, além de o tornarem muito dependentes do meio externo, a caracterizando como uma comunidade não muito rentável, lhe carece da utilização de elementos e técnicas mais sustentáveis dentro desde assentamento. O ponto forte e mais considerável do projeto é a forma com que as habitações foram estabelecidas, o partido, os materiais e as técnicas aplicadas. A preocupação com o impacto e a modificação no terreno que a implantação dessas habitações possui, o conceito de integrar as casas ao bosque sucinta e fomenta ideias presentes na biofilia.


58 2.3 ECO-CABANA MAJAMAJA WUORIO Figura 47 – Eco-cabana Majamaja Wurio

Fonte: Goodwin (2021)

2.3.1 Ficha Técnica Nome: Eco-Cabana Majamaja Wuorio Escritório: Littow Architectes, arquiteto Pekka Littow (escritório localizado em Paris) Localização: cidade de Helsinque, Finlândia Data de início: ano de 2020 Data de Finalização: ano de 2020 Construtora: – Área: 23,0m²


59 2.3.2 Projeto A eco-cabana Majamaja Wuorio fica localizada na cidade de Helsinque, Finlândia, e faz parte do projeto da primeira vila residencial totalmente independente da rede de energia elétrica, projetado pelo arquiteto finlandês Pekka Littow. Figura 48 – Implantação da Eco-Cabana

Fonte: Archdaily (2021)

Tal projeto visa e incentivada a reflexão quanto a temática ambiental, de forma a minimizar os impactos ambientais causados no meio ambiente, buscando demonstrar como uma arquitetura de pequena escala, aliada a tecnologia podem substituir grandes volumes e sistemas vulneráveis.


60

A residência possui 23,0m², composta por: um terraço, sala de estar, cozinha, banheiro seco, ambiente com chuveiro, uma área técnica, um mezanino podendo funcionar como dormitório, e um depósito localizado “abaixo” da laje de piso da casa, demonstrado pelos cortes da residência nas figura 51 e 52, pela letra ‘g’. Figura 49 – Planta Baixa da Eco-Cabana

Fonte: Archdaily (2021), com anotações do próprio autor

Figura 50 – Planta do Mezanino

Fonte: Archdaily (2021), com anotações do próprio autor


61

Figura 51 – Corte Transversal

Fonte: Archdaily (2021)

Figura 52 – Corte Longitudinal

Fonte: Archdaily (2021)


62 Figura 53 – Cozinha presente na Eco-Cabana com as portas do banheiro seco a esquerda e chuveiro a direita

Fonte: Goodwin (2021)

Figura 54 – Terraço da Residência

Fonte: Goodwin (2021)

A unidade é modular e são compostas de elementos pré-fabricados de madeira, além de ser transportável, podendo ser montada no próprio terreno planejado, assim como pode ser desmontada e transportada para outros locais.


63

Figura 55 – Residência em Madeira e Terraço da Eco-cabana

Fonte: Goodwin (2021)

A casa foi projetada para ser autossuficiente, pois possui um módulo de tecnologia patenteado com um armazenamento de energia verde e um sistema de tratamento de águas residuais, permitindo sua construção até em locais mais isolados, pois independe da infraestrutura externa. Seu sistema hídrico opera em um circuito fechado, baseando-se na captação de água da chuva e das águas cinzas filtradas por um sistema de purificação. As águas cinzas do sistema são coletadas e filtradas, dessa forma nada é descartado na natureza. Figura 56 – Perspectiva da Eco-Cabana

Fonte: Goodwin (2021)


64 Já a energia da casa provém do calor captado pelos painéis solares e uma célula de combustível presente na residência que funciona como uma bateria de alto desempenho, fornecendo energia ao sistema hídrico e o equipamento básico da casa, já inclusos no projeto: a iluminação, uma televisão, uma geladeira, um micro-ondas e ar-condicionado, sendo este último opcional. Figura 57 – Painéis Solares presentes na residência

Painéis Solares

Fonte: Goodwin (2021), com anotações do próprio autor

A eco-cabana é aquecida com gás natural não poluente, e os resíduos sólidos produzidos, como os provenientes do banheiro seco são compostados, posteriormente podendo ser reutilizados como fertilizantes. O arquiteto do projeto, além de buscar trazer uma arquitetura mais consciente e sustentável, também espera que a longo prazo, seu projeto se torne modelo ou exemplo para as próximas habitações, graças as soluções e técnicas apresentadas dentro da eco-cabana Majamaja Wuorio. O projeto se compromete com a sustentabilidade, apresentando uma infraestrutura leve e mais verde, em que a casa funciona de forma independente, evitando danos ao meio ambiente. O projeto da vila residencial quanto ao da eco-cabana buscam ser independentes, de forma a evadir possíveis danos a natureza, seja pela própria construção das residências, pela conexão com sistemas de água potável e esgotos ou com a construção de estradas no local.


65 Figura 58 – Composição de aspectos naturais presentes no terreno e a inserção da EcoCabana

Fonte: Goodwin (2021)

2.3.2.1 Conceito Sustentabilidade, ecoeficiência e minimalismo É através da eco-cabana autossuficiente que o arquiteto Pekka Littow busca demonstrar que projetos menores podem contribuir para uma vida com menos impacto ao meio ambiente. 2.3.2.2 Partido Arquitetônico • • • • • • •

Dimensão da residência: 23,0m² Sistema construtivo modular de madeira, com elementos pré-moldados Utilização de painéis solares Sistema inteligente e independente de energia elétrica Sistema híbrido e independente Compostagem de resíduos sólidos Sistema de aquecimento a base de gás natural não poluente

2.3.2.3 Volumetria A volumetria, a estática e o design da eco-cabana são singelos e, em uma visão generalizada, possuem muita similaridade as residências convencionais, porém seguindo um conceito minimalista e ambiental.


66 2.3.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos As unidades da eco-cabana são construídas a partir de elementos pré-fabricados de madeira, podendo estes ser montados sem a necessidade de pesados equipamentos de construção, assim como desmontados e locomovidos para outros terrenos.

2.3.2.5 Materiais Utilizados Principal material para construção da Eco-cabana é a madeira. O destaque e diferencial da eco-cabana são os sistemas autossuficientes presentes no projeto. Figura 59 – Madeira Pintada presente na fachada da Residência e no Terraço

Fonte: Goodwin (2021)

2.3.2.6 Sustentabilidade • • • • • •

Uso de modulação nas eco-cabanas e um sistema construtivo com elementos prémoldados Sistema Inteligente e independente de energia elétrica Utilização de painéis Solares Sistema híbrido e independente, reaproveitando tanto as águas pluviais quanto as águas cinzas Compostagem de resíduos sólidos Sistema de aquecimento a base de gás natural não poluente

2.3.2.7 Referenciais O projeto da eco-cabana foi inspirado na vida do arquipélago finlandês e os elementos presente nele, como seu habitat natural, os edifícios de escala humana e o modo de vida do ser humano, buscando uma harmonia e equilíbrio entre o meio humano e o meio natural.


67 2.3.2.8 Matriz SWAT Tabela 4: Análise de SWOT da Eco-Cabana Majamaja Wurio

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos  Otimização de Espaço  Projeto autossuficiente  Estrutura permite a fácil construção da residência e fácil implantação.  Aspectos sustentáveis presentes:  Sistema construtivo modular de madeira, com elementos pré-moldados  Utilização de painéis solares  Sistema inteligente e independente de energia elétrica  Sistema híbrido e independente  Compostagem de resíduos sólidos  Sistema de aquecimento a base de gás natural não poluente

 Falta de acessibilidade no projeto  Não comporta famílias muito grandes

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades

 Levando em consideração uma casa com dimensões menores, causa certa ‘dependência’ com o meio externo, levando em consideração a proposta de uma ecovila que incentive a interação, não há problemas, ainda assim, a proposta da eco-cabana atende a um público mais limitado  Apesar da ecovila incentivar o convívio entre a comunidade e o meio externo e natural, seria mais acolhedor prever espaços com dimensões um pouco maiores do que as apresentadas

Utilizar da modulação prevendo a ampliação da casa

Fonte: Autoria Própria (2021)


68 2.4 VILA TAGUAI Figura 60 – Vila Taguaí

Fonte: Ducci (2014)

2.4.1 Ficha Técnica Nome: Vila Taguaí Arquiteta do Projeto: Cristina Xavier Colaboradores: Henrique Fina, Lucia Hashizume e João Xavier Estrutura: Helio Olga Elétrica: Sandretec Hidráulica: Hagaplan Localização: Carapicuíba, São Paulo Data de início: ano de 2007 Data de Finalização: ano de 2010 Construtora: ITA Construtora Área do Terreno: 12.000,0m² Área do Projeto: 1.250,0m²


69 2.4.2 Projeto Projeto da vila Taguaí fica localizado em Carapicuíba, no estado de São Paulo, à 22 km do centro de São Paulo. A vila consiste em 8 habitações dispostas em um terreno que necessita de preservação em uma área verde periférica da cidade, com declive de 35%, predominantemente situado na face Leste, a implantação da Vila mantém o terreno natural o máximo possível, abrindo espaço para terraços jardins graças ao uso de palafitas, deixando-as mais elevadas. Figura 61 – Implantação da Vila Taguaí

Fonte: Archdaily (2014)


70 Figura 62 – Habitação com utilização de palafitas e terraços jardins

Fonte: Ducci (2014)

A implantação das habitações no local não causou tantos impactos, as espécies arbóreas foram preservadas, e novas espécies nativas foram plantadas, os caminhos destinados aos veículos foram pavimentados com pedras, mantendo a permeabilidade do solo. Figura 63 – Habitação entre as espécies arbóreas

Fonte: Ducci (2014)


71 As habitações da vila variam entre três plantas-tipo com áreas entre 129m² à 173m² com um ou dois pavimentos, criam espaços multifuncionais em residências compactas. Nelas existe a utilização do máximo de iluminação e ventilação natural possível, e possuem aquecimento de água a partir de energia solar proveniente das placas solares implantadas. O projeto ainda faz proveito do uso de ventilação cruzada. Figura 64 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 1,4 e 6

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 65 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 1,4 e 6

Fonte: Archdaily (2014)


72 Figura 66 – Planta Tipo do Piso Superior das Habitações: 1,4 e 6

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 67 – Elevações das Habitações 1,4 e 6

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 68 – Cortes das Habitações 1,4 e 6

Fonte: Archdaily (2014)


73 Figura 69 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 2,5 e 7

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 70 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 2,5 e 7

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 71 – Planta Tipo do Piso Superior das Habitações: 2,5 e 7

Fonte: Archdaily (2014)


74

Figura 72 – Elevações das Habitações 2,5 e 7

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 73 – Cortes das Habitações 2,5 e 7

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 74 – Planta Tipo do terraço das Habitações: 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)


75

Figura 75 – Planta Tipo do Pavimento Térreo das Habitações: 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 76 – Elevação das Habitações 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 77 – Elevação das Habitações 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)


76 Figura 78 – Elevação das Habitações 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 79 – Corte Transversal das Habitações 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)

Figura 80 – Corte Longitudinal das Habitações 3 e 8

Fonte: Archdaily (2014)


77

Figura 81 – Exemplo de Ventilação Cruzada no Projeto

Fonte: Archdaily (2014)

O principal material utilizado no projeto é a madeira, ela se torna destaque, seu uso de forma racional está aliado a estratégias de fácil execução e inserção de tecnologia de baixo custo. A madeira utilizada é proveniente de áreas de manejo sustentável da Amazônia. Figura 82 – Madeira utilizada no projeto

Fonte: Xavier (2014)


78 Houve pesquisa e colaboração entre dois campos, a Arquitetura e a Engenharia, que desenvolveram pesquisas dentro deste sistema construtivo, com base em painéis de madeira para as paredes, e para lajes de piso e cobertura. Todas as peças foram projetadas pensando no reaproveitamento das peças de madeira maciça, além de serem pré-fabricadas. Esses painéis tinham alterações quanto a sua largura: de 0,20m a 3,00m, sua altura: de 1,00m a 5,50m, mas sempre seguindo uma modulação de 10,00cm em 10,00cm. A elaboração desses painéis facilitou nos processos de pré-fabricação, armazenamento, transporte e montagem na obra, e consequentemente no andamento do projeto. Figura 83 – Exemplo de um painel desenvolvido

Fonte: ITA (2014)

Figura 84 – Painéis pré-fabricados

Fonte: Xavier (2014)


79 Figura 85 – Habitação em construção e utilização dos painéis

Fonte: Xavier (2014)

A utilização e desenvolvimentos desse sistema de painéis frisava conceitos importantes do projeto, como menor impacto ambiental possível, através de técnicas de fácil e rápida execução, com custo baixo e controlado, e pouco desperdício de material e mão de obra, além de aliar esses aspectos a industrialização, uma vez que seguiam padrões, mas também flexibilidades pelas diferentes medidas apresentadas pelos painéis. Figura 86 – Exemplo de Painel

Fonte: ITA (2014)


80 Figura 87 – Exemplo de Painel

Fonte: Xavier (2014)

Para menores impactos ao ambiente, a vila utiliza de um sistema de captação de águas pluviais e um sistema de tratamento de esgoto dentro dela. As águas pluviais são captadas e encaminhadas ao córrego existente no terreno, o sistema de esgoto é enterrado, os esgotos são tratados nela para uso posterior na manutenção da vila, para irrigação e nos vasos sanitários, ajudando na redução de consumo de água em 30%. As áreas privativas ainda são integradas às áreas comuns, como o grande jardim, e o acesso a piscina compartilhada pelos membros da vila. Figura 88 – Área Comum das Habitações

Fonte: Xavier (2014)

Figura 89 – Esquema demonstrativo do Sistema de captação de águas pluviais, aquecimento solar das águas e tratamento de esgoto


81

Fonte: Archdaily (2014)

2.4.2.1 Conceito O conceito da vila Taguaí consistia na ocupação de áreas periféricas da cidade, aliado ao baixo impacto ambiental nessas áreas. Além do reaproveitamento de materiais, e a utilização de um sistema construtivo de baixo custo, fácil e rápida execução, que foi bem sucedida com o sistema de painéis criados para o projeto.


82 2.4.2.2 Partido Arquitetônico •

Painéis de Madeira

Sistema construtivo eficiente e sustentável (com reaproveitamento de madeira advindas de áreas de manejo da Amazônia)

Jardim Comunitário

Sistema de Captação de Águas Pluviais

Sistema de Tratamento de Esgoto

Pavimentação da circulação de automóveis de pedra, auxiliando na permeabilidade do solo

2.4.2.3 Fluxograma Figura 90 – Fluxograma da Vila Taguaí

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.4.2.4 Volumetria A volumetria do projeto se dá pelas três modelos de habitação existentes no projeto e principalmente pela disposição delas, acompanhando um terreno com 35% de declive. Figura 91 – Corte evidenciando a Volumetria do projeto

Fonte: Archdaily (2014)


83 2.4.2.5 Técnicas e Sistemas Construtivos Foi utilizado um sistema estrutural misto, de concreto e madeira, mas predominantemente em estruturas em madeira. No projeto também houve a elaboração de um sistema de painéis, baseando-se na pré-fabricação desses painéis. Os painéis foram utilizados em tanto nas paredes quanto em lajes de piso e cobertura. O sistema visava o reaproveitamento de peças de madeiras provenientes de áreas de manejo sustentável da Amazônia. Apesar da variação nas dimensões dos painéis, que proporcionava flexibilidade ao projeto e adaptando-se facilmente às condições locais, e ainda assim possuíam um padrão que auxiliava em sua produção, montagem, transporte e execução em obra, ou seja, havia racionalidade para o projeto. Este sistema ainda era de fácil acesso para execução, de baixo custo e de rápida execução. Figura 92 – Sistema Construtivo Misto

Fonte: Xavier (2014)

Figura 93 – Painéis de Madeira

Fonte: Xavier (2014)


84 Figura 94 – Sistema Construtivo Misto

Fonte: Xavier (2014)

2.4.2.6 Materiais Utilizados O principal material utilizado foi a madeira proveniente de áreas de manejo sustentável localizadas na Amazônia. 2.4.2.7 Ergonomia e Humanização A utilização da madeira traz mais conforto e acolhimento ao projeto, além do máximo aproveitamento de luz e ventilação natural nas habitações. Figura 95 – Ambiente Interno da Habitação na Vila Taguaí

Fonte: Ducci (2014)


85 2.4.2.8 Sustentabilidade • • • • • • •

Reaproveitamento de peças de madeira Elaboração de um sistema de painéis de baixo custo e rápida aplicação e execução Sistema de captação de Águas Pluviais Sistema de Tratamento de Esgoto Jardim Comunitário Uso de pedras na pavimentação em auxílio na permeabilidade do solo Preservação e plantio de espécies nativas da região

2.4.2.9 Matriz SWAT Tabela 5: Análise de SWOT da Vila Taguaí

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos 

      

Sistema construtivo em painéis elaborado no projeto, reutilizando madeira provenientes de áreas de manejo sustentável da Amazônia Sistema de captação de Águas Pluviais Sistema de Tratamento de esgoto Preservação das espécies nativas Plantio de mais árvores Presença de um jardim comunitário Uso de pedras na pavimentação, mantendo a permeabilidade do solo Busca do máximo de aproveitamento de aberturas para iluminação e ventilação natural

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades 

Falta uma maior diversidade na utilização de alternativas mais sustentável e autossuficientes

A proposta visa também a ocupação de áreas periféricas das cidades, entretanto é preciso que haja um incentivo correto e bem orientado, para não haver impactos nocivos ao meio ambiente.

O modelo do sistema construtivo se faz como oportunidade de disseminação da prático e como exemplo de sistema sustentável e mais rentável. O projeto como um todo pode se tornar um modelo aplicável a outras áreas que apresentem características parecidas, ou até mesmo declives como apresentado no terreno do projeto, sempre observando as legislações de casa município. A utilização de soluções e técnicas mais ecológicas e sustentáveis também se faz uma oportunidade para o empreendimento, pois traria mais qualidade de vida as pessoas com menores impactos ambientais

Fonte: Autoria Própria (2021)


86 2.5 ECOVILA IPEMA

Figura 96 – Edificação presente na comunidade IPEMA

Fonte: IPEMA (2021)

2.5.1 Ficha Técnica Nome: Ecovila IPEMA – Instituto IPEMA Escritório: equipe do IPEMA Localização: Bairro Brava da Fortaleza, no município de Ubatuba, SP Data de início: ano de 1999 Data de Finalização: ano de 2004 Construtora: – Área: 60 hectares (uma área sendo APP, Área de Proteção Permanente) 2.5.2 Projeto O IPEMA, Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica, nasceu no ano de 1999, é uma Organização Não Governamental que tem a missão de disseminar permacultura e agroecologia e sustentabilidade, principalmente da Mata Atlântica, através de suas práticas, incentivando e contribuindo na formação de indivíduos e comunidades conscientes dos


87 impactos no meio ambiente. O IPEMA ainda é formado por uma equipe de vasta diversidade, experiências e conhecimentos na área. Figura 97 – Logo do Instituto IPEMA

Fonte: IPEMA (2021)

O instituto já atuava e se consolidou em 1999, mas foi no ano de 2003 quando deu início a suas atividades, oferecendo e realizando cursos, visitações monitoradas, programas especiais para grupos, imersões e vivências incentivando a conscientização ambiental e capacitando pessoas nas áreas de permacultura, ecovilas, bioconstrução e atividades correlatas através de seu Centro Experimental e Educacional de Permacultura, chamado de CEEP, até em 2004 se institucionalizou como ONG. Dentro do IPEMA existem duas vertentes, a primeira atua com o CEEP (Centro Experimental e Educacional de Permacultura) que consiste na ecovila, em que a comunidade serve de local e ponte para as atividades da instituição acontecem, e disseminar conhecimentos, princípios e ideias defendidos pelo instituto. A segunda vertente consiste no desenvolvimento de projetos e programas externos a comunidade, como acontece no projeto Juçara do instituto, em que nele, o IPEMA trabalha junto às comunidades tradicionais caiçara, indígena e quilombola, propondo consolidar os arranjos produtivos presentes na socio biodiversidade. Através de atividades que consistem na extração dos frutos da palmeira juçara e mantendo a árvore e devolvendo as sementes ao solo, gerando novas mudas e árvores. Figura 98 – Atividade desenvolvida no IPEMA

Fonte: IPEMA (2021)


88 A Ecovila IPEMA originou-se da iniciativa e ideias de oito amigos, a partir de então surgiram as primeiras construções da comunidade, como o refeitório que possuía um alojamento em seu mezanino, e a sala de aula. Com o passar dos anos a ecovila foi se desenvolvendo e atualmente conta com três alojamentos, salão de eventos, a sala de aula que também funciona como um escritório, o refeitório com uma cozinha, sanitário convencional próximo a estes dois ambientes. A ecovila possui um viveiro de mudas e um banheiro seco próximo a ele, minhocário, filtro biológico, casa do caseiro próxima aos alojamentos e ao escritório/sala de aula, um local para a triagem de resíduos sólidos, e uma turbina elétrica, em que toda a energia é produzida dentro da ecovila, além dos jardins dispostos pela comunidade, com alimentos nascendo de forma ‘espontânea’. Figura 99 – Implantação da Ecovila IPEMA

Fonte: Resende (2014)


89 Figura 100 – Sala de Aula/ Escritório do IPEMA

Fonte: Koitat (2011)

Figura 101 – Imagem do ambiente interno da Sala de Aula/ Escritório do IPEMA

Fonte: Folha de São Paulo (2018)

Figura 102 – Minhocário

Fonte: Vimeo; Vespa Filmes (2012)


90

Figura 103 – Turbina Elétrica da Comunidade

Fonte: Vimeo; Vespa Filmes (2012)

O IPEMA também se baseia e utiliza dos conceitos de construção natural, fazendo o reuso de materiais de demolição e materiais geralmente são descartados nas obras, assim como o reaproveitamento de resíduos como vidros e garrafas. O Instituto faz a substituição de materiais convencionais na construção civil, como o ferro e o cimento, utilizando de elementos como: terra, pedras, palha, bambu e serragem em suas construções para gerar menos impactos ao meio ambiente. Alguns projetos realizados dentro do IPEMA, como salas de aula, alojamentos e dentre outras edificações, foram desenvolvidos com técnicas de bioconstrução, a partir de princípios do conforto ambiental, tirando proveito da insolação e ventilação natural, gerando mais conforto aos usuários e aproveitamento energético. O refeitório e a cozinha, ilustrado pela figura 104 foram feitos em estrutura de madeira, com a utilização de telhas tetrapak e a criação de uma cisterna para captação de águas pluviais. Figura 104 – Refeitório e Cozinha do IPEMA

Fonte: Resende (2014)


91 Figura 105 – Vista externa do Refeitório e Cozinha

Fonte: Benfeitoria (2016)

Figura 106 – Vista da Cozinha e Refeitório do IPEMA

Fonte: Benfeitoria (2016)

Figura 107 – Refeitório da Comunidade

Fonte: IPEMA (2021)

Figura 108 – Refeitório da Comunidade

Fonte: IPEMA (2021)


92 O salão de eventos, assim como os alojamentos 2 e 3, foram feitos a partir de uma estrutura de madeira, utilizando a técnica de pau a pique (taipa de mão), e a utilização de materiais alternativos como pedras, placas de serragem, rolo de palha, garrafas, vidro, dentre outros, além do uso de telhas tetrapak. Figura 109 – Salão de Eventos

Fonte: Camargo (2017)

Figura 110 – Alojamento 2

Fonte: Folha de São Paulo (2018)

Figura 111 – Alojamentos 1 e 3

Fonte: Resende (2014)


93 A casa do caseiro também foi construída com técnica de pau a pique, durante os cursos realizados pelo IPEMA, a única construção independente da rede de energia da comunidade, em que utiliza de energia solar, através das placas solares instaladas, também possui telhado verde em sua cobertura. As águas pluviais são captadas na Sala de Aula/Escritório, posteriormente encaminhadas a Cisterna, que fica bem próxima a construção. Figura 112 – Casa do Caseiro e Cisterna de Água

Fonte: Vimeo; Vespa Filmes (2012)

Devido a situação e contexto provenientes da Pandemia, a ecovila IPEMA suspendeu seu funcionamento e passa por reformas e adequações para fornecer mais segurança e conforto aos seus membros e visitantes. 2.5.2.1 Conceito O conceito, missão e objetivo do IPEMA é atuar e disseminar a permacultura, a agroecologia e a sustentabilidade da Mata Atlântica. Incentivando na formação de pessoas e comunidades mais autossustentáveis.

2.5.2.2 Partido Arquitetônico Técnicas construtivas da bioconstrução, como COB, Pau a pique, e a utilização de materiais alternativos, tintas naturais, sistema de captação de águas pluviais, turbina Elétrica, funcionando como uma ‘mini estação de energia’, jardins comunitários dispostos pela comunidade, presença de um minhocário e um viveiro de Mudas, local para Triagem de Resíduos Sólidos e a construção de um banheiro seco, fazem parte do partido arquitetônico da ecovila.


94 2.5.2.3 Fluxograma Figura 113 – Fluxograma da Ecovila IPEMA

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.5.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos Dentro da Comunidade e Instituto IPEMA, foi-se utilizado: • • •

Sistema Estrutural e construtivo de Madeira Pau à Pique (Taipa de Mão) Utilização de Materiais alternativos para construção (pedras, garrafas, vidros etc.), substituindo elementos como ferro e cimento. Figura 114 – Utilização e prática de bioconstrução, técnica de pau a pique

Fonte: IPEMA (2021)


95 2.5.2.5 Materiais Utilizados Dentre os materiais utilizados no projeto se destacam: a madeira, rolo de palha, pedras, sementes e materiais alternativos como garradas e vidros, além da reutilização de materiais de construção advindos de obras que geralmente são descartados.

2.5.2.6 Sustentabilidade • • • • • • • • • • •

Técnicas construtivas da bioconstrução, como COB, Pau a pique, e a utilização de materiais alternativos. Sistema de captação de águas pluviais Turbina Elétrica (‘mini estação de energia’) Jardins Comunitários Minhocário Viveiro de Mudas Local para Triagem de Resíduos Sólidos Banheiro Seco Técnicas Construtivas como Pau a pique Utilização de Técnicas e Materiais Alternativos Cursos e Atividades que promovem educação ambiental

2.5.2.7 Matriz SWAT Tabela 6: Análise de SWOT da Ecovila IPEMA

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos  Todos elementos sustentáveis apresentados se fazem como ponto positivo para ecovila  Turbina elétrica, traz independência ao projeto, principalmente por não utilizarem da energia pública.

Aspectos Ameaças

 A comunidade apresenta locais que não possuem acessibilidade

Aspectos Oportunidades

 Aparentemente os espaços precisam de manutenção constante

 O projeto da ecovila IPEMA e suas iniciativas, se fazem como um modelo, com técnicas viáveis e aplicáveis em outras comunidades ou projetos.

Fonte: Autoria Própria (2021)


96 2.6 ECOVILA CLAREANDO Figura 115 – Ecovila Clareando

Fonte: ecovila clareando (2021)

2.6.1 Ficha Técnica Nome: Ecovila Clareando Escritório: Integrantes do Acampamento Franciscando Localização: cidade de Piracaia, SP Data de início: aprovação do loteamento no dia 11 de março de 2004 Data de Finalização: – Construtora: – Área: 97 lotes, variando entre 1.000m² a 1.400m² 2.6.2 Projeto A ecovila Clareando nasceu da iniciativa dos integrantes do Acampamento Franciscando, pois gostariam de dar continuidade às reuniões que eram realizadas em datas especiais. Dois idealizadores, Sandra Mantelli e Edson Hiroshi, se reuniram e começaram a dar vida ao empreendimento, investindo na ideia e dando início na ecovila Clareando.


97 A comunidade está localizada na Serra da Mantiqueira, entre os vales e vales e montanhas da Mata Atlântica, uma região no meio da cidade de Piracaia e Joanópolis, a cerca de 14km do centro da cidade de Piracaia. Figura 116 – Ecovila Clareando

Fonte: Ecovila Clareando (2021)

Seu terreno está inserido dentro de uma Área de Preservação (APA), caracterizado como uma zona rural de expansão urbana, o projeto de loteamento do ecovila foi aprovado contendo 97 lotes, com cada um deles variando entre 1.000,0m² a 1.400,0m². Dentro do loteamento ainda existem cinco nascentes de água, uma área verde de 81.506,20 m², a área destinada a mata preservada e ainda estão previstos, 12.100,00 m² destinados à área institucional. O loteamento ainda possui ruas com guias e sarjetas, um sistema de captação de águas pluviais, sistema de produção de energia elétrica, além das áreas comuns compartilhadas pelos membros e famílias. Sendo a pavimentação de suas vias feita com cascalhamento e bloquetes ecológicos, e a utilização de canos verdes (PPR e PEAD) ao invés dos canos de PVC. Dentro dos 97 lotes presentes no projeto, 95 deles são residenciais, e atualmente estão todos vendidos, possuindo um total de 33 residências já construídas, abrigando 28 famílias fixas. O projeto da ecovila ainda está em desenvolvimento, existem ainda 7 casas sendo construídas, 2 em fase de aprovação e as demais estão passando por uma fase de estudos. A ecovila Clareando também possui uma edícula com horta orgânica comunitária localizada logo na entrada da comunidade, assim como a casa do caseiro, estão presentes também, um pomar com diversas espécies e um Centro Comunitário para uso coletivo e realização de eventos e reuniões.


98 2.6.2.1 Conceito O conceito da ecovila Clareando consiste em buscar harmonia entre o viver do ser humano e a natureza e a utilização de práticas sustentáveis. 2.6.2.2 Partido Arquitetônico • • • • • • •

Utilização de técnicas construtivas alternativas Centro Comunitário Horta e Pomar comunitário Sistema de Captação de Águas Pluviais Sistema de Energia Elétrica Uso de Painéis Solares em algumas residências Utilização de materiais alternativos nas construções e instalações

2.6.2.3 Programa de Necessidades • • • • • • •

97 lotes ao total, sendo 95 deles, lotes residências 33 residências Centro Comunitário Edícula Horta Orgânica Comunitária Pomar Comunitário Casa do Caseiro

2.6.2.4 Técnicas e Sistemas Construtivos As construções e residências presentes na ecovila Clareando utilizam estruturas de madeira (eucalipto), além de fazer uso de técnicas como pau-a-pique, e utilizam de materiais alternativos como tijolos de adobe e/ou solocimento. 2.6.2.5 Materiais Utilizados Os materiais utilizados na ecovila Clareando em sua maioria são materiais alternativos e reaproveitados como: o uso de madeira do eucalipto, bambu, terra, barro, esterco, vidro reaproveitado, dentre outros Ela também faz uso de elementos alternativos como: tijolos de adobe, pintura com tintas naturais, chamada tintacal e o acabamento de suas construções em terraesterco.


99 2.6.2.6 Legislação pertinente à tipologia e sua aplicação Apesar da ecovila estar inserida em uma Área de Proteção Ambiental, está dentro de uma zona classificada como zona rural de expansão urbana, permitindo a comunidade de se estabelecer no local.

2.6.2.7 Sustentabilidade • • • • • •

Sistema de Captação de Águas Pluviais Sistema de Energia Elétrica Uso de Painéis Solares em algumas residências Pavimentação de vias com cascalhamento e bloquetes ecológicos Utilização de canos verdes (PPR e PEAD) ao invés dos canos de PVC Utilização de técnicas construtivas alternativas

2.6.2.8 Referenciais A ecovila utiliza de referência a agenda 21, além de cumprirem padrões definidos na Rio92 para a construção e o desenvolvimento de ecovilas. 2.6.2.9 Matriz SWAT Tabela 7: Análise de SWOT da Ecovila Clareando

ANÁLISE DE SWOT Aspectos Positivos Aspectos Negativos      

Ambientes e locais comunitários como horta e pomar Utilização de técnicas construtivas alternativas Sistema de Captação de Águas Pluviais Sistema de Energia Elétrica Pavimentação de vias com cascalhamento e bloquetes ecológicos Utilização de canos verdes (PPR e PEAD) ao invés dos canos de PVC

 A ausência de um sistema de tratamento de esgoto na ecovila

Aspectos Ameaças -

Aspectos Oportunidades  

Ampliação e rotatividade de membros Aplicação de outras técnicas e soluções sustentáveis Fonte: Autoria Própria (2021)


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103 3 O LOCAL DE INTERVENÇÃO 3.1 MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES Figura 117 – Mapa do Município de Mogi das Cruzes

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (2021), com anotações da própria autora

O município de Mogi das Cruzes fica localizado no estado de São Paulo, próximo a capital com 46km de distância entre eles. Mogi das Cruzes pertence a região do alto Tietê, com uma extensão de713 km² e uma população de 387.779 de habitantes, definida pelo último censo de 2010 realizado pelo IBGE, com previsão de 450.785 habitantes para o ano de 2020. Seu clima predominante é o tropical de altitude, com temperaturas predominantemente mais baixas que as registradas em áreas típicas de clima tropical, e seus ventos predominantes seguindo para sudeste. O município possui muitos elementos naturais, como a Serra do Itapeti e a Serra do Mar, além de que 60% de seu território é composto por áreas de proteção aos Mananciais. É banhado pela bacia Alto Tietê Cabeceiras, sendo o Rio Tietê um de seus destaques, assim como a Área de Proteção Ambiental do Rio Tietê. Mogi das Cruzes ainda possui três maiores represas: Represa Taiaçupeba, Represa Biritiba Mirim e Represa Jundiaí. Possui ainda um caráter de


104 serviço, pois serve aos demais regiões e caráter agrícola, fazendo parte do Cinturão Verde de São Paulo. A área urbana predominante do município é linear com vetores de crescimento sentido Oeste Leste, representado pelas manchas em cinza, como ilustrado pela figura 117 com a presença da linha férrea que corta a cidade, Mogi das Cruzes é interligada com as demais regiões pelas vias: Rodovia Ayrton Senna (SP 70), Rodovia Mogi-Dutra (SP 88), Rodovia SP 66 (antiga estrada Rio-São Paulo), Rodovia Mogi-Salesópolis (SP 88) e Rodovia Mogi-Bertioga (SP 98), e faz divisa com os municípios de: Bertioga, Biritiba Mirim, Guararema, Itaquacetuba, Santa Isabel e Suzano. Figura 118 – Visão Parcial do Município de Mogi das Cruzes

Fonte: Santiago (2012)

3.2 DISTRITO DE COCUERA O terreno para estudo fica localizado dentro do distrito de Cocuera. Segundo o Plano Diretor vigente de Mogi das cruzes, o município está dividido em 11 distritos, sendo um deles o de Cocuera, evidenciado pela figura 119. O distrito de Cocuera é predominante mais agrícola


105 e rural, com áreas de proteção ambientais como a Área de Proteção Ambiental do Rio Tietê e as Áreas de Proteção aos Mananciais. O município de Mogi das Cruzes é marcado pela imigração japonesa, O distrito pode servir como um exemplo de representação da influência da cultura japonesa na cidade, e possui nome de ruas característicos da cultura, assim como algumas famílias e equipamentos urbanos que representam essa cultura. O casal formado por Shiguetoshi Suzuki e Fujie Suzuki, saíram de Sabaúna em destino ao bairro de Cocuera nos anos de 1919, buscando melhores condições de vida e de trabalho. Em 1927 havia mais de trinta famílias habitando o novo bairro. (KUNIYOSHI, C; PIRES, W. 1984) Existem relatos e depoimentos de que os imigrantes japoneses chegavam até Mogi das Cruzes por indicação do médico Sentaro Takaoka, que tratava dos japoneses atingidos pela malária contaminada no Vale do Ribeira, além da promessa de a cidade era uma terra livre de doenças, devido as suas condições climáticas e sua altitude de 700,0 metros acima do nível do mar. (KUNIYOSHI, C; PIRES,W. 1984) Figura 119 – Distrito de Cocuera

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (2021), com anotações da própria autora


106 3.3 LOCAL DE INTERVENÇÃO 3.3.1 Índices Urbanísticos Figura 120 – Local de Intervenção

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

Segundo o Zoneamento Municipal do município de Mogi das Cruzes, junto da Lei de Uso de Ocupação, o terreno é caracterizado como ZDU-2, Zona de Urbanização Urbana 2, ZUC-2, Zona de Uso Controlado 2, e ZCM, Zona de Cinturão Meândrico. Figura 121 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes com local de intervenção

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (2021), com anotações da própria autora


107 Figura 122 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes – ZDU-2

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (2021), com anotações da própria autora

O zoneamento Municipal estipula que dentro da Zona de Dinamização Urbana 2 (ZDU2), a Taxa de Ocupação (TO) seja de 50%, o Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAb) de 1, e o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAm) equivale a 1,5, com recuo frontal de 5,0 metros, laterais de 1,5 metros e dos fundos de 2,0 metros e uma taxa de permeabilidade de 20% de sua área total Aplicando esses parâmetros dentro do terreno, 54% de sua área pertencente a Zona de Dinamização Urbana, temos os seguintes índices: Tabela 8: Parâmetros e Índices Urbanísticos do Terreno Área Total do Terreno

Área que pode ser utilizada para Ecovila

204.044,0m²

110.047,0m² (54% da Área Total)

Taxa de Ocupação (TO)

Taxa de Permeabilidade (TP)

CAb

CAm

50% 20% 1 1,5 55.023,5 22.009,4 110.047,0 165.070,5 m² m² m² m² Fonte: Autoria Própria (2021)

Recuo Frontal

Recuo Lateral

Recuo dos Fundos

5,0m

1,5m

2,0m

Figura 123 – Zoneamento Municipal do Município de Mogi das Cruzes – ZCM

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (2021), com anotações da própria autora


108 3.3.2 Análise Micro Ambiental Assim como já mencionado, o local de intervenção fica localizado no distrito de Cocuera. O Terreno possui 204.044,00m², sendo que 54% de seu território pode ser destinado a implantação de uma ecovila. Os terrenos vizinhos são predominantemente residenciais, com exceção ao terreno evidenciado em verde na figura 124, resultando ser um terreno utilizado para uso agrícola. A via principal é a Rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura, podemos observar pontos de ônibus próximos ao terreno, ainda assim existe a ausência de faixas de pedestres. Figura 124 – Análise Micro Ambiental

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

A seguir temos o estudo de insolação no terreno, em que mais a nordeste e ao Sul temos a mata que de certa forma faz uma pequena sombra no terreno. Os ventos predominantes se direcionam à Sudeste, e não há muito ruído no terreno e próximo a ele, graças também à presença de mata que o cerca, e aos terrenos vizinhos serem predominantemente residenciais, sendo a fonte de ruído mais relevante, os sons advindo da Rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura, que ainda assim não causa ruídos muito elevados.


109 Figura 125 – Estudo de Insolação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Figura 126 – Ventos Predominantes

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


110 3.3.3 Informações do Terreno O terreno possui uma estufa que será mantida e requalificada, como ilustra na figura 127, assim como o espaço que está prevista a horta comunitária, onde nas demais figuras, é possível visualizar como acontece o local de intervenção. Figura 127 – Ilustração do Terreno – Estufa Existente

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

Figura 128 – Ilustração do Terreno

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


111 A figura 129, ilustra um dos caminhos de terra existentes no local de intervenção e a figura 130 ilustra os tanques existentes no terreno. Figura 129 – Ilustração do Terreno – Caminho de Terra

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

Figura 130 – Ilustração do Terreno – Tanques Existentes

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


112 Ainda no terreno de intervenção, possuem quatro poços artesianos, que abastecem os ambientes e edificações, assim como ilustrado na figura 131. Figura 131 – Ilustração do Terreno – Poços Existentes

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


113 3.3.4 Análise Macro Ambiental 3.3.4.1 Uso e Ocupação do Solo e Equipamentos Urbanos O uso do solo próximo ao local de intervenção é predominantemente Residencial, ainda assim próximo ao terreno podemos encontrar equipamentos urbanos como a Igreja Evangélica Javé, a Escola Estadual Doutor Sentaro Takaoka, o Posto de Saúde de Cocuera, Centro de Treinamento de Tennis, Auto Posto Cocuera Matuzaki Miyasaka, a Associação de Agricultores de Cocuera, além das indústrias como NGK do Brasil, Blue Skies Brasil e Kimberly Clark Brasil. Existem poucos pontos e empreendimentos comerciais na área. Figura 132 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


114 Figura 133 – Equipamentos Urbanos

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


115 3.3.4.2 Gabarito de Altura Pela característica da própria região e distrito, predominam edificações de 1 a 2 pavimentos, a maior parte das construções possuem apenas um pavimento, enquanto algumas habitações e algumas das edificações pertencentes as indústrias possuem gabaritos maiores até 2 pavimentos. Figura 134 – Mapa de Gabarito de Altura

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


116 3.3.4.3 Vegetação e Hidrografia É possível notar a predominância de áreas verdes na área, principalmente a existência de massas arbóreas da região, assim como áreas de proteção ambiental. A hidrografia do espaço também se faz presente, principalmente pelo Rio Tietê. Figura 135 – Mapa de Vegetação e Hidrografia

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


117 3.3.4.4 Sistema Viário A principal via presente na área de estudo é a Rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura, seguidas das vias arteriais: Estrada do Mario Shimizu e Estrada Fujitaro Nagao, posteriormente as estradas rurais: Estrada Jinichi Shigueno, Estrada Ritsuiji Kayasima, Estrada Cocuera, Estrada Yamashita, Estrada Takaoka e Estrada Ichiro Konno, sendo as demais vias presentes, vias privadas, tanto das residências quanto dos demais equipamentos urbanos e indústrias. Figura 136 – Mapa do Sistema Viário

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


118 Conforme os estudos, nota-se que a região possui infraestrutura suficiente para comportar esse tipo de empreendimento, tal como uma ecovila. Existem equipamentos urbanos que possam servir a comunidade, e ainda assim é uma área não muito afastada do centro e de locais de serviço da cidade de Mogi das Cruzes, em que o local de intervenção situa-se a 6,30km do shopping de Mogi, e a 6,70km da universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e dos terminais dos modais, o terminal de ônibus Estudantes e o terminal ferroviário Estudantes. Figura 137 – Acesso até o Local de Intervenção

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

Para aqueles que vem sentido Mogi das Cruzes – Bertioga, é necessário seguir até uma rotatória localizada próxima ao autoposto Matuzaki Miyasaka, totalizando 1,0km ela. Figura 138 – Acesso até o Local de Intervenção

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


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121 4 DIRETRIZES E PREMISSAS 4.1 DECRETO Nº 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978 – LEI SANITÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 4.1.1 Dimensões mínimas Dentro do decreto nº 12.342, lei sanitária do estado de São Paulo, quanto as normas gerais das edificações, para as dimensões mínimas estão previstos: Para salas, nas habitações: 8,0m² Para sala destinadas a escritórios, comércios e serviços: 10,0m² Para os dormitórios: 8,0m², e para os dormitórios coletivos: 5,0m² por leito Para as salas-dormitórios: 16,0m² Para as cozinhas: 4,0m² Já para os compartimentos sanitários, é prevista uma área 1,50m², com dimensão mínima de 1,0m para sanitários com bacia sanitária e lavatório; E 2,50m² com dimensão mínima de 1,0m, para sanitários com bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório. Para os ambientes que preveem apenas bacia sanitária ou apenas chuveiro, devem possuir uma área mínima de 1,20m², com dimensão mínima de 1,00m. Para as áreas destinadas a ante câmaras, com ou sem lavatórios, estão previstos 0,90m², com dimensão mínima de 0,90m. E para mictórios tipo caina, está previsto 0,60m, com 0,60 m entre eles, de eixo a eixo.

4.1.2 Circulação: Corredores, Escadas e Rampas Quanto a largura dos corredores, é definido 0,90m para as habitações unifamiliares e unidades autônomas de habitações multifamiliares. Já para os demais tipos de tipos de edificações, é definido 1,20m quando de uso comum ou coletivo, podendo haver uma redução para 0,90m se o uso desses locais for restrito. Dentro da lei, quando as escadas não seguirem padrões específicos estipulados por suas respectivas normas, devem possuir uma largura de 1,20m, podendo haver uma redução para 0,90m. Já seus degraus, pisos (p) e o espelho (e) devem atender a relação:


122 0,60 m: 2e + p 0.65 m Em que o número máximo de degraus seja de 16 entre os patamares, e a altura máxima dos degraus (espelho) deverá ser de 0,16m, e a largura (piso) de 0,30 m. Para as rampas são permitidas uma largura mínima de 1,20m e declividade máxima de 15%

4.1.3 Pé-direito Quanto aos pés direitos destinados as edificações reservadas a habitações, são previstos para as salas e dormitórios: 2,70m, para as garagens: 2,30m e para os demais ambientes, como cozinha, lavanderia, dentre outros: 2,5m. Já para as edificações reservadas a comércio e serviços, são previstos para pavimentos no térreo 3,0m e para os pavimentos superiores 2,70m, e para as garagens 2,30m. Para armazéns, salões e depósitos, excetuadas os domiciliares, precisam ter 3,00 m de pé direito.

4.1.4 Iluminação e Ventilação 4.1.4.1 Iluminação Quanto a parâmetros relacionados Iluminação dos ambientes, deve-se considerar quanto a área iluminante: 1/5 da área do piso para locais destinados a trabalho, ensino, leitura ou atividades similares, 1/8 da área do piso, com o mínimo de 0,60 m², para ambientes destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários, e para os demais tipos de ambientes, 1/10 da área do piso com o mínimo de 0,60 m². Para locais de trabalho, a área para iluminação natural precisa corresponder, no mínimo, a 1/5 da área total do piso.

4.1.4.2 Ventilação Já quanto aos parâmetros destinados a ventilação natural é previsto que em qualquer caso, o mínimo a ser atendido é que a metade da superfície de iluminação natural, ou seja, 1/10 da área do piso para locais destinados a trabalho, ensino, leitura ou atividades similares, 1/16 da


123 área do piso, para ambientes destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários, e para os demais tipos de ambientes, 1/20 da área do piso. Para os locais de trabalho, a área total das aberturas de ventilação natural, precisa corresponder, no mínimo, a 2/3 da área iluminante natural. E o uso da ventilação artificial é obrigatória sempre que a ventilação natural não corresponder as condições e conforto térmico.

4.1.5 Habitações Coletivas: Hotéis, Motéis, Casas de Pensão, Hospedarias e Estabelecimentos Congêneres A lei prevê, para esta tipologia de edificação, que todas as paredes internas, até a altura mínima de 1,50 m, deverão ser revestidas ou pintadas com material impermeável, e que o uso de paredes de madeira não é permitido para a divisão dos dormitórios. Quanto as instalações sanitárias de uso geral, devem ser separadas por sexo, contendo no mínimo uma bacia sanitária, um chuveiro com box e um lavatório para cada grupo de 20 leitos, ou fração, do pavimento a que servem, e nos pavimentos sem leitos, deverão conter no mínimo, uma bacia sanitária e um lavatório para cada sexo. Quanto aos dormitórios, devem ter uma área de no mínimo 5,00m² por leito, não inferiores a 8,00m² em qualquer caso, e quando não houver instalações sanitárias privativas, precisarão dotar de lavatório com água corrente.

4.1.6 Vestiários Dentro da lei, os vestiários devem ser separados por sexo, possuindo uma área de 0,35 m² por empregado que neles deva ter armário, com o mínimo de 6,00 m². Estas áreas ainda deverão ter comunicação com as de chuveiros, ou ser conjugadas a estes ambientes. 4.1.7 Refeitórios Os refeitórios devem possuir pisos revestidos com material resistente, liso e impermeável, forro de material adequado, ou ser dispensado seu uso em casos da presença de uma cobertura que ofereça proteção suficiente, paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e impermeável, até a altura mínima de 2,00 m, e possuir lavatórios individuais ou coletivos.


124 4.2 CÓDIGO DE OBRAS DE MOGI DAS CRUZES 4.2.1 Sustentabilidade das Obras e das Edificações O Código de Obras e Edificações dá preferência a utilização de conceitos da sustentabilidade, para que estes prevejam medidas construtivas que melhores a eficiência das construções, visando a diminuição do impacto ambiental nos terrenos, dentre as medidas estão: a conservação, reuso e reaproveitamento de água potável nas edificações, aumento da eficiência energética, gestão dos resíduos sólidos de construção e demolição das obras, a utilização de materiais sustentáveis, vernaculares e regionais, utilização de técnicas e fontes alternativas e a implementação da infraestrutura verde. Dentro da aplicação de infraestrutura verde, ao Código sugere os seguintes elementos: sistemas de biorretenção, ou seja, jardins de chuva, jardins verticais, ecopavimentos, ecotelhados, reservatórios de infiltração, árvores com área para desenvolvimento de raízes, uso de brises vegetais, dentre outras soluções e elementos.

4.2.2 Disposições Gerais para as Edificações 4.2.2.1 Terreno O código diz que nenhuma edificação poderá ser construída sob terrenos alagadiços, antes que sejam tomadas medidas assegurando o escoamento devido das águas, e em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, também antes que sejam tomadas as medidas e providencias que garantam a estabilidade do solo.

4.2.2.2 Componentes Técnicoconstrutivos da Edificação: Paredes Para os andares acima do solo como terraços, balcões, garagens dentre outros, que não forem vedados com paredes externas, deverá ser previsto guarda-corpos por medidas de segurança contra quedas, em que está prevista uma altura interna mínima de 1,10, a contar do nível do piso acabado. O código também prevê um muro de no mínimo 1,80m, encostado ou a menos de 1,50m das divisas, sempre que existir piso utilizável e descoberto acima do solo.


125 4.2.2.3 Componentes Técnicoconstrutivos da Edificação: aberturas, portas e janelas O Código veta a existência de quaisquer tipos de vãos com menos de 1,50m das divisas.

4.2.3 Elementos Permeáveis e de Retenção das Águas Pluviais Para os elementos de piso, a área máxima a ser considerada permeável será de 50% da área total coberta pelo elemento estipulado, independente dos ensaios técnicos mesmo estes comprovando uma permeabilidade maior que a prevista pelo Código, e quando houver a ausência de um ensaio técnico são utilizados os seguintes parâmetros: 20,00%, para pisos de “blocos de concreto intertravados”, e 50,00% tanto para pisos de concregrama, quanto para pisos de concreto drenante.

4.2.4 Instalações Hidráulicas 4.2.4.1 Água não potável O sistema hidráulico de fontes alternativas de água não potável deverá ser totalmente e absolutamente independente, ou seja, separado do sistema hidráulico de água potável e dos demais sistemas hidráulicos de fontes alternativas, e devidamente identificado no local.

4.2.4.2 Captação de Águas Pluviais É obrigatória a presença e a execução de reservatórios para acumulação de águas pluviais em empreendimentos que tenham uma área impermeabilizada superior a 500,0m². Entretanto, imóveis com características rurais, aqueles que comprovadamente agrícolas, ou para aqueles que possuem áreas permeáveis acima de 60% da área total do terreno, estão isentos desta obrigação. Para a aprovação do projeto, se faz necessário se basear na seguinte equação, estipulada pelo Código, para os reservatórios de acumulação das águas pluviais:


126 Figura 139 – Parâmetros destinados a reservatórios de águas pluviais

Fonte: Código de Obras do município de Mogi das Cruzes (2019)

O Código ainda comenta que a água contida pelo reservatório deve ser preferencialmente absorvida e infiltrada no solo, podendo ela ser despejada na rede pública de drenagem após uma hora de chuva, assim como ser destinada para outro reservatório, fazendo o reuso dessa água, utilizando-a em finalidades não potáveis.

4.2.5 Estacionamento e Vagas 4.2.5.1 Acessos Quanto aos acessos, o código de obras define que as aberturas para entrada e saída deverão ser separadas, permitindo que a entrada e saída aconteçam por ruas diferentes. Para estacionamentos com capacidade inferior ou igual a 24 vagas para imóveis residenciais, a entrada e a saída poderão ser feitas por um único acesso simples de no mínimo 3,50m. Já em edifícios multirresidenciais, para estacionamentos com a capacidade superior à de 24 vagas, a entrada e a saída poderão ser feitas por um único acesso duplo com largura mínima de 6,00m.

4.2.5.2 Circulação Os parâmetros aplicados aos corredores de circulação terão largura da faixa de acordo parâmetros técnicos de acordo com Anexo 05 do código.


127 Figura 140 – Parâmetros destinados a circulação dos estacionamentos: 30º, 45º e 90º

Fonte: Código de Obras do município de Mogi das Cruzes (2019)

4.2.5.3 Vagas As vagas de estacionamento e garagens destinadas aos automóveis precisam atender seguintes dimensões mínimas: 2,50m x 4,80m. A vagas destinadas para bicicletas: 0,70m x 1,85m e as vagas para motos: 1,20m x 2,50m. Já as vagas reservadas para pessoas com deficiência: 2,50m + 1,20m x 5,00m. O número mínimo de vagas privativas definido pelo código está representado no anexo 05D, em que prevê o mínimo de uma vaga por unidade residencial.


128 Figura 141 – Parâmetros destinados a número mínimo de vagas

Fonte: Código de Obras do município de Mogi das Cruzes (2019)

O código ainda aborda que as edificações unirresidenciais em lotes internos de vilas em que os acessos às mesmas, pelo logradouro, tenham largura inferior a 2,50m, podem ser isentas da obrigatoriedade da existência de locais para estacionamento ou guarda de veículos.


129 4.3 NBR 9050 4.3.1 Acessos No estacionamento a distância máxima prevista para as vagas de estacionamento destinada a pessoas com deficiência e pessoas idosas, é de 50 m até um acesso acessível.

4.3.2 Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento Figura 142 – Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento recomendável para 90°

Fonte: NBR 9050 (2015)

Figura 143 – Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento consecutivo de 90° com percurso intermediário, Caso 1 e Caso 2

Fonte: NBR 9050 (2015)


130 4.3.3 Sanitários A norma define que os sanitários devem possuir entrada independente, de modo a possibilitar que a pessoa com deficiência possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto. Definindo que em edificações de uso privado com áreas de uso comum o número mínimo de sanitários acessíveis seja de 5% do total de cada peça sanitário, com a existência de no mínimo 1 sanitário acessível onde houver sanitários. Figura 144 – Número mínimo de Sanitários Acessíveis segundo NBR 9050

Fonte: NBR 9050 (2015)

4.3.3.1 Dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível Figura 145 – Sanitário Acessível

Fonte: NBR 9050 (2015)


131 4.3.4 Rampas A norma recomenda que seja considerado a implantação de rampas para superfícies de piso com declividade igual ou superior a 5%. A inclinação das rampas, deve ser calculada conforme a seguinte equação, sendo i, a inclinação da rampa em porcentagem (%), h seria a altura do desnível e c, o comprimento da projeção horizontal: i = h x 100 / c Figura 146 – Dimensionamento de rampas

Fonte: NBR 9050 (2015)

As rampas ainda devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos pela figura 147. Nos casos em que a inclinação dentro das normas, estiver entre 6,25 % e 8,33 %, recomenda-se que a cada 50,0 metros sejam criadas áreas de descanso nos patamares. Figura 147 – Dimensionamento de rampas

Fonte: NBR 9050 (2015)


132 4.3.5 Assentos Públicos A norma define que deve ser existir um Módulo de Referência ao lado dos assentos fixos, de modo que não interfiram na faixa livre de circulação. Figura 148 – Assentos Públicos

Fonte: NBR 9050 (2015)

4.4 DECRETO Nº 17763 DE 16 DE OUTUBRO DE 2018 O decreto nº 17763 define a classificação viária do Município de Mogi das Cruzes, fazendo a definição das vias urbanas caracterizadas em quatro tipologias: vias locais, vias coletoras, vias arteriais e vias de trânsito rápido. As vias arteriais geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes, assim como as vias secundárias locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade e município. Já dentro da definição das vias rurais temos: as estradas e as rodovias, as estradas são definidas como vias rurais não pavimentadas e as rodovias, por sua vez, como vias rurais com pavimentação. A vias Estrada do Mario Shimizu e Estrada Fujitaro Nagao são definidas como vias arteriais, sendo as demais vias: Estrada Jinichi Shigueno, Estrada Ritsuiji Kayasima, Estrada Cocuera, Estrada Yamashita, Estrada Takaoka e Estrada Ichiro Konno, consideradas como estradas rurais sem pavimentação.


133 4.5 NEUFERT 4.5.1 Garagem de Equipamentos Assim como já disposto no decreto nº 12.342, os ambientes de manutenção e galpões em geral precisam ter área mínima de 10,0m², um pé direito mínimo de 3,0m e sua área de iluminação é de 1/5 da área do piso e sua ventilação é de 1/10 da área do piso. Entretanto como a garagem da ecovila possa abrigar equipamentos e máquinas de porte maior, seguindo as indicações encontradas na obra Neufert, em que deparamos com esquemas ilustrativos e informações, então é possível concluir que uma garagem precisa aproximadamente de 600,0m² de área mínima e pé direito entre 4,2m a 4,5m. (NEUFERT, E. 2013) Figura 149 – Garagem de Equipamentos

Fonte: NEUFERT (2013, pág. 457)

4.5.2 Oficina da Garagem de Equipamentos Ainda baseado na obra Neufert, as dimensões estipuladas pelos estudos coletados do livro preveem para a oficina da garagem de equipamentos, uma área mínima de 12,0m² e um pé direito entre 4,2m a 4,5m, equivalente ao da garagem, uma vez que a oficina estaria prevista dentro desta. (NEUFERT, E. 2013)


134 4.6 VIVEIRO DE MUDAS, FRUTICULTURA E ÁREA DE PLANTIO 4.6.1 Viveiros de Mudas O viveiro de mudas não apresenta uma área mínima nem pé direito estipulado, pode ser uma área que comporte a quantidade de mudas que o proprietário desejar. Baseado no Manual de Viveiro e Produção de Mudas da EMBRAPA, os canteiros para a produção de mudas podem ter uma área de 10,0m², com dimensões de 10m e 1m. (EMBRAPA, 2016). Baseado no manual de Orientação para Implantação de Viveiro de Mudas, elaborado pelo Governo do Estado de São Paulo e Secretaria do Meio Ambiente, comentam que os canteiros de produção serão definidos de acordo com o sistema de produção que será adotado pelos responsáveis, estes canteiros, geralmente são construídos diretamente no chão, com 1,0m de largura, sendo que seu comprimento varia com o porte do viveiro de mudas. Já para a produção de mudas, o manual comenta sobre as mudas em sacos plásticos, ou em tubetes, e para essa última opção pode haver a construção de bancadas suspensas para receber os tubetes, com uma altura média entre 0,8m a 1,0m, ou em bandejas propriamente para estes tubetes, que podem ser encontradas por fabricantes dos tubetes. (INSTITUTO DE BOTÂNICA DE SÃO PAULO, 2014) As mudas cultivadas no viveiro são preferencialmente espécies nativas brasileiras bem adaptadas no município de Mogi das Cruzes, como as variações de ipê, oiti, inclusive as espécies frutíferas: goiabeira, jabuticabeira, pitangueira. (PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES, 2017)

4.6.2 Área de Fruticultura Baseado no artigo, Sistema Filho: fruticultura integrada com lavouras e hortaliças, publicado pela EMBRAPA relacionado a atividade fruticulturista, é possível estabelecer uma área para esta atividade equivalente a 288,0m² com 16 árvores frutíferas, com espaçamentos de 20,0m² (5,0m x 4,0m) para cada árvore. (GUIMARAES, T. G.; MADEIRA, N. R. 2017).


135 4.6.3 Área de Plantio As áreas de Plantio são determinadas para cada tipo de espécie a ser cultivada em determinado espaço, um exemplo é como apresentado anteriormente na fruticultura, dependendo da particularidade da espécie que será aplicada, consequentemente afetará e implicará em diferentes dimensões e parâmetros. 4.7 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS E NEGRAS Com base nos estudos apresentados pela Arco Pré Moldados, seguindo as exigências da NBR 7229/82, como base seguindo parâmetros para empreendimentos multifamiliares, utilizando assim um diâmetro de 3,00m e 2,80m de altura.


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139 5 ESQUEMAS ESTRUTURANTES 5.1 PERFIL DO USUÁRIO 5.1.1 Público Alvo Para o público alvo destinado às ecovilas, o mais importante dentro da comunidade seria justamente a consciência ambiental, a preocupação e cuidado com o meio ambiente, a motivação, determinação e comprometimento em contribuir com uma moradia mais sustentável e um local mais acolhedor em se habitar, buscando um equilíbrio do meio humano e a o natural. Pessoas que busquem zelar pelo planeta, assim como umas às outras, é entender que é necessário respeitar tanto uns aos outros como seres humanos, e nosso planeta. Dessa forma, não existe a intenção de limitar os ideais defendidos por conta da idade de um membro. Ainda assim a ecovila se faz mais destinada a faixa etária adulta, entre 20 a 59 anos, não excluindo a possibilidade de abrigar outras faixas etárias, como crianças, uma vez os membros queiram constituir suas famílias dentro da ecovila, ou jovens, e os idosos, levando em consideração que os membros adultos também irão envelhecer. As habitações buscam atender diferentes famílias, sendo elas de dois membros a famílias de 4 membros, e para aqueles que preferem morar sozinhos, será previsto um alojamento com ambientes comunitários. Figura 150 – Interação entre Membros de Christie Walk

Fonte: Change Media (2011)


140 5.1.2 Funcionários e Colaboradores Dentro de uma ecovila, a comunidade tem papel fundamental na manutenção desse espaço, agindo e trabalhando de forma a contribuir para o seu bom funcionamento, pois entendem e buscam fazer sua parte para a própria comunidade e meio ambiente. Entre a gama de colaboradores e membros da comunidade, podem existir profissionais como: ambientalistas, arquitetos, ecologistas, engenheiros ambientais, professores, dentre outros ligados à área e ao tema, todos dentro da faixa etária adulta. Quanto a funcionários, se faz necessário a presença de um caseiro, também dentro da faixa etária adulta, para auxiliar na vistoria e manutenção da ecovila. É preciso que exista um profissional especializado para a manutenção da área técnica da ecovila, como para os diferentes sistemas a serem implantados, como o sistema de captação de águas pluviais, sistema de tratamento de esgoto, sistema de águas cinzas, sistema independente de energia, dentre outros. Porém, de uma maneira geral, para gestão da ecovila, geralmente os próprios membros da comunidade assumem a administração e o manejo dela. Figura 151 – Comunidade e Colaboradores

Fonte: Faúndez; Paz; Ciclo Vivo (2014)

Figura 152 – Comunidade e Colaboradores

Fonte: IPEMA (2021)


141 5.2 FLUXOGRAMA, ORGANOGRAMA E AGENCIAMENTO 5.2.1 Fluxograma Figura 153 – Fluxograma da Ecovila

Fonte: Autoria Própria (2021)


142 5.2.2 Organograma O organograma acontece acompanhando uma forma circular, em que o projeto gira em torno da comunidade, da preocupação com o meio ambiente e a vida em si, os demais setores se encontram interligados, mas ao redor dos valores, ideias princípios e ideais defendidos na ecovila e por seus membros. Figura 154 – Organograma da Ecovila

Fonte: Autoria Própria (2021)

5.2.3 Agenciamento Figura 155 – Agenciamento da Ecovila

Fonte: Autoria Própria (2021)


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145 6 PROPOSTA PROJETUAL 6.1 CONCEITOS 6.1.1 Fraternidade, Comunidade A participação, a interação e os laços entre os membros da comunidade são muito importantes, a ideia de cuidado com o próximo também se faz presente dentro da ecovila, pois é com essas pessoas e membros que será construído o local em que se irá habitar, conviver, zelar, cuidar e viver. Figura 156 – Interação entre membros

Fonte: Faúndez; Paz; Ciclo Vivo (2014)

Vale comentar que não é objetivo do estudo segregar e separar a comunidade, mas sim torná-la ponte viável e possível de sociedades um pouco mais conscientizadas e preocupadas com as questões ambientais. O início se dá pelo incentivo e atitude de pessoas que tiveram seu despertar ambiental, mas não pode haver desunião ou discriminação com outros grupos ou indivíduos que se encontram fora da comunidade. A ideia de comunidade defendida nas ecovilas, é buscar resgatar sentimentos humanísticos, como a empatia e pertencimento, de forma que os membros se sintam parte de algo especial e ao mesmo tempo, defendendo valores e princípios similares, para que assim, passem adiante para as próximas gerações, ou pessoas próximas seus exemplos, e posteriormente buscar alcançar demais pessoas que ainda desconhecem ou não compreendem a importância da temática.


146 6.1.2 Preocupação com o Meio Ambiente e Conscientização Ambiental Esse tópico é bem abrangente, pois nele cabem conceitos como Sustentabilidade, buscando uma comunidade mais próxima da autossuficiência com baixos impactos no meio ambiente, podemos entrar na Biofilia, filosofia que acredita no “amor a vida”, e que os seres humanos possuem uma ligação emocional com a natureza. A proposta se dá pela união estes dois, buscando caminhos, decisões, soluções e elementos a serem implantados, todos convergindo para um planeta melhor, pensando nos baixos impactos ambientais, cuidando da natureza e das pessoas. Figura 157 – Conscientização Ambiental

Fonte: Faúndez; Paz; Ciclo Vivo (2014)

Deste modo, a ecovila se torna a junção desses dois conceitos, uma vez que todo esse conjunto apresentado se encontra dentro dos princípios de uma ecovila, e principalmente em sua comunidade, que é aquela que cuidará e defenderá todos esses conceitos. É justamente entender que tudo precisa e exige cuidado, pois tratamos de corpos vivos, sejam seres humanos, animais, plantas, a vida em si, e que todos somos responsáveis por nossas ações, e com elas os impactos causados em nosso meio.


147 6.1.3 Borboleta A borboleta pode ser considerada como simbolismo de mudança, transformação e metamorfose. Dessa forma, os membros da comunidade são simbolizados pela Borboleta, pessoas buscando transformações dentro do contexto em que vivemos e que enfrentamos. Figura 158 – Borboleta

Fonte: Mundo Ecologia (2019)

6.1.4 Panapaná Panapaná significa e simboliza ‘um grupo de borboletas’, pois é um fenômeno sazonal em que diferentes grupos e espécies de borboletas migram até as margens dos rios. Figura 159 – Panapaná às margens do Rio Floriano

Fonte: Conexão Planeta, (2019)


148 Assim sendo, nasce o nome da Ecovila Panapaná, A comunidade é expressa pelo fenômeno Panapaná, e seus membros como a representação de borboletas, visando mudanças e transformações para um futuro melhor e mais verde. 6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO 6.2.1 Fraternidade, Comunidade Elementos Arquitetônicos que auxiliariam na interação do convívio dos membros da comunidade, como: Praças, Horta, jardins e o pomar comunitário. Praças dispostas ao longo da ecovila incentivando o convívio social nessas áreas, buscando nutrir as relações fraternais entre os membros, criando e fortificando esses laços tornando-os mais duradouras, e ao mesmo tempo trazer mais qualidade de vida para a ecovila e seus usuários. Da mesma forma acontece com a horta, os jardins e o pomar comunitário, como um com sua determinada caracterização e uso, mas com o mesmo objetivo, a união dos membros. 6.2.1.1 Pequenas Praças Comunitárias Locais de lazer e contemplação que proporcionem mais qualidade em morar, de forma a interligar os demais espaços e setores dispostos na ecovila. Figura 160 – Projeto Calçada de Todas as Cores

Fonte: Eiko; CasaCor (2018)


149 6.2.1.2 Jardins Comunitários Assim como praças, os jardins estariam dispostos pelas áreas comuns da ecovila. Figura 161 – Jardim comunitário presente em Christie Walk

Fonte: Urban Utopia (2013)

6.2.1.3 Pomar Comunitário O pomar é um local em que a comunidade irá cultivar espécies frutíferas. Figura 162 – Pomar sem Agrotóxico

Fonte: Cultura mix (2008)


150 6.2.1.4 Horta Comunitária A horta comunitária é o espaço em que a comunidade irá cultivar hortaliças e verduras para o próprio consumo. Figura 163 – Horta Comunitária de Christie Walk

Fonte: Urban Utopia (2013)

Figura 164 – Horta Comunitária de Christie Walk

Fonte: Urban Utopia (2013)


151 6.2.2 Ambiental Elementos que auxiliem a concretizar os princípios dos membros da ecovila, preocupação com a vida, e baixo impacto ao meio ambiente, e através deles é possível ficar mais próximo dessa realidade desejada.

6.2.2.1 Uso de Painéis Solares Os painéis fotovoltaicos, ou também conhecidos como painéis solares, são compostos por células fotovoltaicas preparadas a partir de materiais semicondutores que absorvem a luz solar, transformando-a em energia elétrica. A energia gerada por estes painéis também pode ser considerada como limpa e renovável, se tornando uma alternativa interessante a ser aplicada no projeto da ecovila. Figura 165 – Painéis Solares Fotovoltaicos

Fonte: pxhere (2021)

Tendo em vista que a latitude do município de Mogi das Cruzes é de 24º, entende-se que o painel terá uma rotação de 25º para que a luz solar incida perpendicularmente na placa fotovoltaica, aumentando seu rendimento energético. A proposta visa a implementação de um sistema de geração fotovoltaico misto, em que a própria ecovila gerará energia elétrica, a partir da energia solar. O sistema misto possibilita a


152 interação com a rede pública de energia elétrica, em que o excedente produzido pela ecovila pode ser ‘vendido’ para o órgão público, assim como se a comunidade pode utilizar da energia elétrica pública caso seja necessário. Segundo uma simulação feita pela empresa EletroBidu, para uma família de 4 pessoas, seriam necessárias 8 placas fotovoltaicas de 400Wp, sendo assim, possível fazer um dimensionamento mínimo para a ecovila, considerando que essas 8 placas utilizam uma área aproximada de 16,0m², prevê-se uma estação de painéis fotovoltaicos de 400,0m², sendo 104,0m² apenas para o setor habitacional. 6.2.2.2 Composteira e Minhocário Como maneira de tratar os resíduos sólidos domésticos, está previsto a prática de compostagem, um processo de reciclagem de matéria orgânica, em que microrganismos são responsáveis por este processo, através da elaboração de composteiras ou um minhocário dentro da ecovila. Figura 166 – Processo de Compostagem e Composteira

Fonte: Universidade de São Paulo (2012, p.14)


153 Figura 167 – Minhocário

Fonte: Ferreira; EMBRAPA (2017)

6.2.2.3 Sistema de Captação de Águas Pluviais Serão utilizados sistemas de captação de águas pluviais nas edificações da ecovila, fazendo o reuso dessa água para a manutenção dos jardins, horta e pomar comunitários. Para a última etapa, pode ser proposto a utilização de um filtro com camadas de substratos, como na figura 172. Figura 168 – Funcionamento de um Sistema de Captação de Águas Pluviais

Fonte: Instituto de Pesquisa Tecnológicas – IPT (2015)


154 Figura 169 – Filtro Caseiro

Fonte: Sustentável (2021)

6.2.2.4 Sistema de Tratamento de Águas Cinzas e Sistema de Tratamento de Esgoto As águas cinzas são resultantes das águas utilizadas nas pias, tanques, chuveiros, máquinas de lavar, esses líquidos possuem produtos químicos advindos do detergente, sabonete, sabão, shampoo, dentre outros. Já o esgoto são águas do esgoto vindo das bacias sanitárias. Para o tratamento de Águas Cinzas e do Esgoto, serão previstos dois sistemas separados, utilizando o mesmo processo, mas cada um sendo tratado em seu próprio sistema. A água a ser tratada (seja o esgoto ou as águas cinzas) passam primeiro por uma Câmara Aeróbica (fossa séptica), depois passa por uma Câmara Anaeróbica (filtro anaeróbico), ao invés da água ser destinada a um sumidouro, ela passará pelo círculo de bananeiras, em que água será aproveitada pelas próprias espécies, ou até um jardim filtrante, em que após passar por eles, a água pode ser reaproveitada para manutenção da ecovila. Figura 170 – Sistema de Tratamento de Esgoto e Águas Cinzas

Fonte: Autoria Própria (2021), referência Claret (2021)


155 6.2.2.4.1 Círculo das Bananeiras

Assim como já mencionado, após passar pelo sistema de tratamento adequado, as águas passam pelo círculo das bananeiras, um buraco escavado a 1,0 metro da superfície, posteriormente preenchido com troncos e galhos, e acima é sobreposto com palha, são feitas barreiras com a própria terra ao redor do buraco. Neste ciclo, a água é aproveitada pelas próprias bananeiras, provenientes da família das musas. Figura 171 – Exemplo de Representação do Círculo de Bananeiras

Fonte: Água sua linda (2017)


156 6.2.2.4.2 Jardim Filtrante

O jardim filtrante é um sistema que realiza a depuração físico-química e a reciclagem dos nutrientes. O sistema é composto por um tanque com o fundo impermeabilizado por uma manta impermeável, depois preenchendo este tanque respectivamente com brita (pedra) na parte inferior e areia na parte superior, na parte com meia-água é preciso implantar plantas macrófitas aquáticas nativas da região, como por exemplo o aguapé, dessa forma as águas sujas passam pelo tanque, são filtradas pelas plantas e os demais compostos do sistema. Figura 172 – Exemplo de Representação de Jardim Filtrante

Fonte: Água sua linda (2017)


157 6.2.3 Ambiental: Bioconstrução 6.2.3.1 Pau a pique / Taipa de Mão Figura 173 – Técnica de Pau a Pique

Fonte: Bauer (2009)

Figura 174 – Técnica de Pau a Pique

Fonte: Ciclo Vivo (2017)


158 6.2.3.2 Bambu O bambu, é um material regional, facilmente encontrado no município de Mogi das Cruzes, dessa forma, fica prevista a utilização deste material nos sistemas construtivos do projeto, assim como para design da ecovila. Figura 175 – Bambu como material alternativo

Fonte: Viva Decora (2019)

6.2.3.3 ADOBE e Tijolos de Solo Cimento Fica previsto o uso das técnicas como Adobe e a utilização de tijolos ecológicos de solo cimento para a ecovila. Figura 176 – Tijolos de ADOBE

Fonte: Viva Decora (2019)


159 Figura 177 – Exemplo de edificação feita a partir de Adobe

Fonte: Archdaily (2020)

Figura 178 – Exemplo de edificação feita a partir de Tijolos de Solo Cimento

Fonte: Verde Equipamentos (2020)


160 6.2.4 Ambiental: Tintas à Base de Cal e de Terra Fica prevista a utilização de tintas à base de Cal e de Terra. Figura 179 – Exemplo de Pintura com Cal

Fonte: Cimento Mauá (2018)

Figura 180 – Tintas à base de Terra

Fonte: Bianchini (2021, p.7)


161 6.3 PARTIDO URBANÍSTICO A região em que o local de intervenção está situado não apresenta uma precariedade tão crítica, considerando um distrito e bairro com características mais rurais, pois existem muitos espaços livres verdes, vias de terra, dentre outras características, porém, ainda assim apresenta pontos a serem melhorados. Há ausência de calçadas, baixa iluminação que influencia na segurança da região, dado que nessa área ocorre muitos furtos de fiações. Não há uma faixa de pedestres próxima, os trabalhadores das indústrias vizinhas atravessam a rodovia com menos segurança, as faixas de pedestres existentes ficam mais afastadas, próxima a escola estadual e um outro empreendimento industrial mais afastado do local. Dessa forma, seriam propostas melhorias na infraestrutura da região. 6.3.1 Implantação de calçadas drenantes Figura 181 – Situação atual sem calçadas

Ponto de Ônibus próximo ao terreno

Fonte: Google Maps 2019, com anotações da Própria Autora

Figura 182 – Simulação de situação pretendida

Fonte: Google Maps 2019, com anotações da Própria Autora


162 Para as calçadas, ainda pode ser pensado na implantação de calçadas drenantes, para auxiliar na permeabilidade do solo, diminuindo os impactos da aplicação dos pisos, uma vez que o espaço era todo em terra e vegetação. Figura 183 – Piso Drenante

Fonte: Folha Regional Cianorte (2018)

Figura 184 – Detalhamento do Piso Drenante

Fonte: Viva Decora (2020)


163 6.3.2 Implantação de uma área de desaceleração e faixa de pedestres A implantação de sinalização para desaceleração com a faixa de pedestres traria mais segurança aos usuários da região, tanto para os as pessoas que trabalham nas indústrias, nas áreas agrícolas próximas, quanto para aos membros da ecovila. Figura 185 – Faixa de Pedestres localizada próxima a Escola Estadual Dr. Sentaro Takaoka

Fonte: Google Maps (2019)

6.3.3 Melhoria na segurança pela implantação de mais postes de luz São feitas rondas policiais, em que os membros da comunidade e do bairro de Cocuera, são atualizados e comunicados através de um grupo formado em uma rede social, em que os policiais enviam mensagens divulgam e notificam os residentes. Ainda assim o local ainda se encontra com menos luminosidade, e por ser um pouco afastado da área urbana, causa e traz mais fragilidade a região. A implantação de mais postes de luz, vem como forma de amenizar a situação, buscando trazer mais segurança à região, aos moradores e trabalhadores que frequentam o bairro. Seria interessante a previsão da inserção dos cabeamentos no subsolo, porém ocorrem muitos furtos de cabos, o que pode gerar conflitos e inconveniências para região.


164 6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES Os estudos de caso auxiliaram na formação e organização do programa de necessidades, em que a partir dos ambientes apresentados por eles, foi possível realizar uma seleção de elementos para estarem presentes no projeto da ecovila. Como exemplos que exprimem e viabilizam ideais desses assentamentos temos: a horta comunitária, pomar, jardins dispostos pela comunidade, sistema de captação de água, cisternas, sistema de tratamento de esgoto, sistema de tratamento de águas cinzas, banheiro seco, composteira, minhocário e viveiro de mudas. Já o escritório age em prol da gestão e administração da comunidade, propondo também uma sala multifuncional para possíveis eventos, aulas e cursos, recebendo visitantes interessados na dinâmica e funcionamento da ecovila, dentre outros elementos observados pelos estudos, como técnicas alternativas. Figura 186 – Centro Comunitário da Ecovila Findhorn

Fonte: Findhorn Foundation (2021)


165 Tabela 9: Programa de necessidades – Setor Habitacional – Modelo Habitacional

Fonte: Autoria Própria (2021)


166 Tabela 10: Programa de necessidades – Setor Comunitário – Parte 1

Fonte: Autoria Própria (2021)


167 Tabela 11: Programa de necessidades – Setor Comunitário – Parte 2

Fonte: Autoria Própria (2021)


168 Tabela 12: Programa de necessidades – Setor Administrativo

Fonte: Autoria Própria (2021)


169 Tabela 13: Programa de necessidades – Setor de Serviço

Fonte: Autoria Própria (2021)


170 Tabela 14: Programa de necessidades – Setor de Lazer

Fonte: Autoria Própria (2021)


171 6.5 VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO Assim com o programa de necessidades, a volumetria, com o dimensionamento inicial dos ambientes surge a partir das legislações, normas, dentre outras referências para o estudo do tema.

6.5.1 Setor Administrativo Figura 187 – Setor Administrativo

Fonte: Autoria Própria (2021)

6.5.2 Setor Comunitário Figura 188 – Setor Comunitário

Fonte: Autoria Própria (2021)


172 6.5.3 Setor Habitacional: Módulo Habitacional Figura 189 – Setor Habitacional – Módulo Habitacional

Fonte: Autoria Própria (2021)


173 6.6 ESTUDOS DE MASSA INICIAIS Figura 190 – Estudo de Massas

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora


174 6.7 IMPLANTAÇÃO INICIAL Figura 191 – Estudo Preliminar de Implantação da Ecovila

Fonte: Google Earth (2021), com anotações da própria autora

Figura 192 – Estudo Preliminar de Implantação da Ecovila

Fonte: Autoria Própria (2021)


175


176


177 ANTEPROJETO: ECOVILA PANAPANÁ Nesta etapa, a partir de estudos e pesquisas, foi possível dar início ao projeto da Ecovila, e assim começar a dar mais vida ao anteprojeto da Ecovila Panapaná.


178

“As Ecovilas são comunidades intencionais sustentáveis, isto é, são grupos de pessoas que se unem para criar um estilo de vida de baixo impacto ambiental e relações interpessoais mais cooperativas e solidárias”


LEGENDA 1

PORTARIA

7

OFICINA DE RECICLAGEM

13

VIVEIROS DE MUDAS

19

ESTAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES

25

MINI HIDRELÉTRICA

2

ESTACIONAMENTO SOCIAL

8

OFICINA DE PRODUTOS NATURAIS

14

PLANTAÇÕES

20

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS E NEGRAS

26

BICICLETÁRIO

3

QUADRA

9

ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

15

POMAR

21

CÍRCULO DE BANANEIRAS

27

ESTACIONAMENTO COLETIVO 2

4

SALÃO DE EVENTOS/ REFEITÓRIO E COZINHA

10

VIVEIRO DE MUDAS EDUCATIVO

16

MODELO HABITACIONAL

22

JARDINS DRENANTES

28

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

5

COMPOSTEIRAS E MINHOCÁRIO

11

CONTROLE DE ACESSO AS HABITAÇÕES

17

LAGO CONTEMPLATIVO E DECKS

23

POMAR DE ESPÉCIES NATIVAS

6

SALAS MULTIUSO

12

ESTUFA/ ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

18

ESTACIONAMENTO COLETIVO 1

24

VIVEIRO DE ESPÉCIES NATIVAS

CALÇADAS DRENANTES

PLANTAÇÕES

ACESSOS

PISOS DRENANTES

POMARES

EDIFICAÇÕES

PISOS DE TIJOLOS DE SOLOCIMENTO

GRAMA BERMUDAS

ESPÉCIES NATIVAS

DECKS DE MADEIRA DE DEMOLIÇÃO

GRAMA ESMERALDA

CAMINHO COM MADEIRA DE DEMOLIÇÃO

GRAMA SÃO CARLOS

29

ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Rio

tê e i T

CURVA DE NÍVEL

ESPÉCIES NATIVAS

25

29 440

26 24

17

23

27 15

445

16

28 5 9

R

4

7

O

D

14

440

440

O

8

VI

A

440,50

6

1 443 445

PR

3 10 1

OF

2

12

442

3

11

442,15 4

5

6

7

8

ES

9

10

ÁREA DE PRESERVAÇÃO

13

2 740

SO

R

ACESSO ALF RE DO

21

22

440,15 440

440

20

RO

18

LI

440,15

M BICICLETÁRIO

DE 19 440,15

MO A

UR

N

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1/1000

745 744 743 742 741 740

745 744 743 742 741 740

O Terreno se encontra praticamente na cota 740, e a inclinação até a via principal (Rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura) na cota 745, se dá por 3,5%

MAPA CHAVE

ECOVILA PANAPANÁ ESTUDO TOPOGRÁFICO ESCALA: 1/500

ESCALA:

ECOVILA PANAPANÁ - IMPLANTAÇÃO 1

SEM ESCALA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

179


LEGENDA o i R

1

PORTARIA

7

OFICINA DE RECICLAGEM

13

VIVEIROS DE MUDAS

19

ESTAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES

25

MINI HIDRELÉTRICA

2

ESTACIONAMENTO SOCIAL

8

OFICINA DE PRODUTOS NATURAIS

14

PLANTAÇÕES

20

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS E NEGRAS

26

BICICLETÁRIO

3

QUADRA

9

ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

15

POMAR

21

CÍRCULO DE BANANEIRAS

27

ESTACIONAMENTO COLETIVO 2

4

SALÃO DE EVENTOS/ REFEITÓRIO E COZINHA

10

VIVEIRO DE MUDAS EDUCATIVO

16

MODELO HABITACIONAL

22

JARDINS DRENANTES

28

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

5

COMPOSTEIRAS E MINHOCÁRIO

11

CONTROLE DE ACESSO AS HABITAÇÕES

17

LAGO CONTEMPLATIVO E DECKS

23

POMAR DE ESPÉCIES NATIVAS

6

SALAS MULTIUSO

12

ESTUFA/ ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

18

ESTACIONAMENTO COLETIVO 1

24

VIVEIRO DE ESPÉCIES NATIVAS

25

CALÇADAS DRENANTES

PLANTAÇÕES

PISOS DRENANTES

POMARES

PISOS DE TIJOLOS DE SOLOCIMENTO

GRAMA BERMUDAS/ TERRA APARENTE

DECKS DE MADEIRA DE DEMOLIÇÃO

GRAMA ESMERALDA

ACESSOS

POSTES DE LUZ COM PLACAS FOTOVOLTÁICAS

EDIFICAÇÕES

ESPÉCIES NATIVAS

26 24

17 CAMINHO COM MADEIRA DE DEMOLIÇÃO

ê t e Ti

ESPÉCIES NATIVAS

GRAMA SÃO CARLOS

23

27 11

15 ÁREA DESTINADA A ECOVILA

16

28 5 9

R

4

7

O

D

14

440

440

O

8

VI

440,50

6

1

A PR

13

3 10

443

OF

1

ES

2

12

442

3

11

442,15 4

5

6

7

8

SO

9

10

ÁREA DE PRESERVAÇÃO

2

R ACESSO 21

AL

FR

22 440

ED

O

440

20

RO

18

440,15

LI

M BICICLETÁRIO

DE 19

N

A

UR MO

440,15

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA ESCALA: 1/750

ECOVILA PANAPANÁ - IMPLANTAÇÃO 2 - ECOVILA PANAPANÁ CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

180


SETORIZAÇÃO

o i R

ê t e Ti

ECOVILA PANAPANÁ SETORIZAÇÃO PREVISTA PARA O PROJETO ESCALA: 1/750

R

O

D

O

VI

A PR

LEGENDA:

OF

ES

SETOR

SO

SOCIAL

R SETOR HABITACIONAL

AL

SETOR

FR

DE SERVIÇO

ED

O

ÁREA PARA PLANTAÇÕES

RO

LI

M

POMARES

DE A

UR MO

N

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA - SETORIZAÇÃO ESCALA: 1/750

ESCALA:

ECOVILA PANAPANÁ - SETORIZAÇÃO CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

181


FLUXOGRAMA

o i R

ê t e Ti

R

O

D

O

VI

A PR

LEGENDA:

OF

ES

SO

MEMBROS DA COMUNIDADE

R

VISITANTES*

AL

CASEIRO**

FR

ED

TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO

O

RO

*

LI

M

Visitantes são pessoas que frequentam a Ecovila Panapaná para a realização de cursos, aulas, eventos ou comercialização de produtos, dentre outros usos, a depender das necessidades e atividades dos membros da Comunidade

DE

Caseiro pode acessar todas as áreas da Ecovila, inclusive as áreas frenquentadas pelos membros da Comunidade, além de possuir sua própria habitação na Ecovila. *** A visita de técnicos para alguma manutenção não é frequente, ocorrendo a cada 6 meses ou uando seus serviços forem necessitados.

A

UR MO

N

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA - FLUXOGRAMA ESCALA: 1/750

ESCALA:

ECOVILA PANAPANÁ - FLUXOGRAMA CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

182


CISTERNAS, IRRIGAÇÃO E DRENAGEM CISTERNAS Reservatórios de Águas Pluviais segundo o Código de Obras de Mogi:

o i R

MEMORIAL DE CÁLCULO: FÓRMULA:

ê t e Ti

V = 0,15 x Ai x IP x t Em que: V - Volume do Reservatório (m ) Ai - Área Impermeabilizada (m²) IP - Índice Pluviométrico, igual a 0,06 (m/h) t - Tempo de duração da chuva, igual a uma hora (h)

AMBIENTES: Modelo Habitacional:

Administração:

Salão de Eventos:

Estufa:

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V= 0,15 x 230,85m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 185,525m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 742,50m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 736,0m² x 0,06m/h x 1h

V= 2,077665 m

V= 1,66m

V= 6,6825m

V= 6,624m

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 2.000,0 L

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 7.500L

Portaria:

Salas Multiuso:

Espaço de Compostagem e Minhocário:

Bicicletário:

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V = 0,15 x Ai x IP x t

V= 0,15 x 20,16m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 45,36m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 118,80m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,15 x 227,48m² x 0,06m/h x 1h

V= 0,18m

V= 0,4m

V= 1,0692m

V= 2,04m

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 250L

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 2.000,0 L 4 Salas: 4 x 0,4m = 1,6m

São de Eventos e as Salas Multiuso estão localizadas

Administração e as Salas Multiuso estão localizadas próximas umas das outras, portanto:

próximas umas das outras, potanto:

ADM

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 10.000L

Salas Multiuso = 1,66m

Salão

1,60m = 3,26m

Optou-se por fazer uso de um reservatório de 3.000L

Espaço de Compostagem = 6,6825

1,0692 = 7,7517

CISTERNA 2.000L

SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS DAS CHUVAS As águas da chuva são captadas e armazenadas dentro de uma cisterna, e passam por um filtro, as águas filtradas são bombeadas até outro reservatório para então serem reutilizadas

CISTERNA 2.000L

Água pronta para Reúso

ÁGUAS PLUVIAIS

CÍRCULO DE BANANEIRAS

ÁGUAS DE

Filtro

Bomba

RE SO

Local para a Água de Reúso

Cisterna

SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS REFER NCIA: HARVESTING BRASIL ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

CISTERNA 10.000L

R

O

CISTERNA 3.000L

D

O

VI

A

CISTERNA 250L CISTERNA 7.500L

LEGENDA:

PR

OF

CISTERNAS / RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS

ES

SO

RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS DAS PLANTAÇÕES PARA IRRIGAÇÃO (15.000L)

R

RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS DAS PLANTAÇÕES DRENADAS (15.000L) LINHA PRINCIPAL DE IRRIGAÇÃO

AL

LINHA SECUNDÁRIA DE IRRIGAÇÃO

FR

LINHA SECUNDÁRIA DE IRRIGAÇÃO

ED

(LIGAÇÃO ENTRE SISTEMAS)

O

SISTEMA DE DRENAGEM SUBTERR NEA

RO

VALA ABERTA COM COBERTURA VEGETAL NAS LATERAIS

LI

SISTEMA DE DRENAGEM SUBTERR NEA/ LIGAÇÕES

M

POÇOS ARTESIANOS

DE

CÍRCULO DE BANANEIRAS DENTRO DO POMAR O círculo de Bananeiras auxilia no tratamento das águas ue foram captadas no ciclo das plantações. Após o processo podem ser reutilizadas para irrigar as plantações novamente

A

UR MO

N

BARREIRA VEGETAL NAS LATERAIS DA VALA ABERTA

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA - CISTERNAS - IRRIGAÇÃO E DRENAGEM ESCALA: 1/750

ECOVILA PANAPANÁ - CISTERNAS, IRRIGAÇÃO E DRENAGEM CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

183


VEGETAÇÃO A maior parte das árvores e vegetações previstas dentro da Ecovila Panapaná são espécies nativas da Região

LEGENDA: GRAMA BERMUDAS

ÁREA DESTINADA S PLANTAÇÕES

CÍRCULO DE BANANEIRAS

ESPÉCIES NATIVAS

TERRA APARENTE

o i R

GRAMA ESMERALDA

POMAR

JARDINS FILTRANTES

ESPÉCIES NATIVAS POMAR DE ESPÉCIES NATIVAS

ê t e Ti

GRAMA SÃO CARLOS

Nível da Água no Jardim

Bananeiras da Espécie Musa Cada bananeira filtra aproximadamente 70 Litros de Água por dia.

ÁGUAS NEGRAS ÁGUAS NEGRAS JÁ TRATADAS

Saída da Água Tratada

Pedra Britada

A Bacia formada Precisa de no mínimo 1,5m de Largura e 1,0m de Altura.

Manta Impermeável

Nível d'água

ESPÉCIES NATIVAS

Tela de Proteção

REFER NCIA: EMBRAPA

ÁGUAS CINZAS

ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

JÁ TRATADAS

PATA DE VACA QUARESMEIRA JACARANDA PAULISTA

Foram previstas que sejam utilizadas prefenrecialmente espécies nativas da região, auxiliando na preservação do ecossistema do município como um todo e suas Serras.

JARDIM FILTRANTE - EXEMPLO 1

ÁGUAS CINZAS

Substrato / Terra

Água Tratada

Areia Fina Lavada

O fruto pode ser consumido sem problemas

Gravetos e Troncos

POMAR DE ESPÉCIES NATIVAS

ÁGUAS NEGRAS

Palha

ÁGUAS NEGRAS JÁ TRATADAS

FILTRO VERTICAL

CÍRCULO DE BANANEIRAS

FILTRO HORIZONTAL

REFER NCIA: AMBIENTAL DA TERRA ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

Saída da Água Tratada LAGOA PLANTADA

REFER NCIA: CARTILHA DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE MOGI DAS CRUZES

MEIO RECEPTOR

ARAÇÁ CAMBUCI CEREJA DO MATO GOIABEIRA PITANGUEIRA UVAIA

JARDIM FILTRANTE - EXEMPLO 2 REFER NCIA: PHYTORESTORE BRASIL ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

IP S

16

Dentro do projeto, os ipês tiveram desta ue, pois suas cores trazem mais vida e alegria ao seu redor

R

O

D

O

VI

A

IP BRANCO

IP ROSA

IP AMARELO

IP ROXO

PR

OF

ES

SO

R BARREIRAS VEGETAIS

AL

Uso de Barreiras Naturais para separar ambientes que precisem de mais privacidade ou segurança

FR

ED

O

RO

LI

VIVEIRO DE MUDAS

M

DE A

UR MO

N

O Viveiro de Mudas proporciona o plantio de mais espécies, a educação ambiental e ainda pode compartilhar seus excedentes, como na Permacultura. As mudinhas podem ser doadas ou comercializadas para fundos de alguma causa ou para pro etos próprios da Comunidade

ESPÉCIES NATIVAS PARA A FAUNA

OITI DO SERTÃO AROEIRA PIMENTEIRA

Existem espécies ue atraem a avifaúna, por exemplo, a presença desses bichinhos também simboliza a presença de vida.

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA - VEGETAÇÃO ESCALA: 1/750

ESCALA:

ECOVILA PANAPANÁ - VEGETAÇÃO CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

184


ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS

o i R

ê t e Ti

Fossa Séptica de Diâmetro 3,0m MICRO CENTRAL HIDRELÉTICA REFER NCIA: SOLIGHT ENERGIA

REFER NCIA: NBR 7229 ARCO PRÉ MOLDADOS

ESTACIONAMENTOS COMPARTILHADOS COM PLACAS FOTOVOLTÁICAS

ÁGUAS CINZAS*

CÂMARA AERÓBICA

CÂMARA ANAERÓBICA

CÂMARA DE FILTRAÇÃO

FÓSSA SÉPTICA

FILTRO ANAERÓBICO

FILTRO SECUNDÁRIO

Sistema Fechado

Câmara em um Nível mais Baixos que as demais

ÁGUAS CINZAS* Areia Grossa/ Pedregulhos

Os estacionamentos compartilhados ficam previstos, na tentativa de incentivar a dimunuição no uso dos automóveis, em ue os membros adotam estilos de vida mais fraternos, em ue eles possam se a udar, assim também uanto ao uso de veículos. Ficam previstas as vagas para os membros da comunidade, assim como para possíveis visitantes para eventuais ocasiões.

Areia Fina Lama Sólidos

Grade

Carvão Algodão

Brita

ÁGUA FILTRADA

TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS REFER NCIA: OLIVEIRA F. ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

Encaminhada até os Círculo de Bananeiras

CONTROLES DE ACESSO COM USO DE MATERIAIS E MATÉRIAS PRIMAS VERNACULARES 12 11

Uso do Bambú para Coberturas

1

Uso do Bambú como barreiras

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Uso de Sistema Construtivo Alternativo para as estrututras do Controle de Acesso

16

R

O

ÁGUAS NEGRAS*

D

CÂMARA AERÓBICA

CÂMARA ANAERÓBICA

CÂMARA DE FILTRAÇÃO

FÓSSA SÉPTICA

FILTRO ANAERÓBICO

FILTRO SECUNDÁRIO

O

VI

Sistema Fechado

A Câmara em um Nível mais Baixos que as demais

PR

11 12 13 14

OF

1

ES

2

3

4

15 16

ÁGUAS NEGRAS*

17 18

Areia Grossa/ Pedregulhos

1

5

6

7

8

SO

9

Areia Fina Lama Sólidos

10

Grade

Carvão Algodão

Brita

R

ÁGUA FILTRADA

TRATAMENTO DE ÁGUAS NEGRAS REFER NCIA: OLIVEIRA F.

POSTES DE LUZ COM PLACAS FOTOVOLTÁICAS

PISOS E CALÇADAS DRENANTES

AL

FR

Encaminhada até os Jardins Filtrantes

13

ED

14 15 16 17 18 19 20 21 22

O

RO

Piso / Calçada Drenante

CALÇADAS DRENANTES

ELABORAÇÃO DA PRÓPRIA AUTORA

O círculo de Bananeiras e os Jardins Filtrantes também auxiliam no tratamento das Águas, em que após passarem pelas estações, passam pelos círculos e ardins.

LI

Areia Grossa / Pó de Pedra

M

Pedriscos

REFER NCIA: F. OLIVEIRA

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS* E ÁGUAS NEGRAS**

Pedras Britadas

DE

PISOS DRENANTES

Subleito

UR MO

N

ÁGUAS CINZAS Águas provenientes de chuveiros, lavatórios dos sanitários e banheiros, tanques e má uinas de lavar roupa. Águas da Cozinha são consideradas Águas Cinzas escuras, mas também se encaixam na tipologia inserida no Projeto

A

ÁGUAS NEGRAS Águas provenientes das Bacias Sanitárias

ECOVILA PANAPANÁ IMPLANTAÇÃO ECOVILA - ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS ESCALA: 1/750

ECOVILA PANAPANÁ - ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS

ESTAÇÃO DE PLACAS FOTOVOLTÁICAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

185







B

1

4

3

5

6

9

2

7

0,83

1,30

2,50

2,80

1,30

8

0,80

1,70

0,80

J8 P5

A 1,80

J7

2,40

P5

P4

2,00

BANHEIRO (Adaptável a PNE) A= 7,00m²

1,70

2,30

BANHEIRO (Adaptável a PNE) A= 7,00m²

P3

3,50

3,50

3,50

COZINHA A= 9,45m²

P3

J3

P3 0,90

440,15

1,60

J2

SALA DE ESTAR E SALA DE JANTAR A= 19,94m²

LAVANDERIA A= 4,90m²

P2

P2

J3

1,40

1,60

3,80

1,70

A

2,30

1,10

3,80

J4

0,85 2,70

1,70 J1

MAPA CHAVE

P1

P2

J3

0

1,70

2,63 GENKAN A= 2,13m² 1,43

0,9

P2

1

P2

1,2

H

1,2 1

5,70

1,60

1,60

1,50

CIRCULAÇÃO

1,70

1,10

J4

P4

4,30

P4

1,60

P4

2,00

4,30

F

1,80

SUÍTE PNE A= 12,90m²

3,00

2,50

0,80

P5

0,80

3,00

DORMITÓRIO 1 (Adaptável a PNE) A= 12,90m² 0,80

1,80

J5 2,40

1,70

G

J6

J5

1,20

0,40

E 0,40

A

0,90

2,12

C

J6

3,60

0,90

DORMITÓRIO 2 A= 8,75m²

B

D

J5

J7

3,50

1,69

J5 3,60

N

J1

0,80

MODELO HABITACIONAL PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

B

MODELO HABITACIONAL

SEM ESCALA

PLANTA ARQUITÔNICA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

191


Detalhamento da Estrutura Taipa de Mão / Sopapo Trama de Bambú

Escala: 1/25 Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Trama de Bambu

Mistura de Terra

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Tinta Branca a Base de Cal

Tinta a Base de Cal

HABITACIONAL DETALHE CONSTRUTIVO SEM ESCALA

Trama de Bambú

Mistura de Terra

Tinta a Base de Cal

N MODELO HABITACIONAL PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

HABITACIONAL

HABITACIONAL

DETALHE CONSTRUTIVO SEM ESCALA

DETALHE CONSTRUTIVO SEM ESCALA

MODELO HABITACIONAL

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

192


VARANDA

SUÍTE

DORMITÓRIO 2

DORMITÓRIO 1

VARANDA

PROJEÇÃO DO TELHADO VARANDA

GARAGEM / DEPÓSITO OPCIONAL

Marmoraria - Soleira

Piso

Cerâmica Reciclada

Piso de Bambu

BANHEIRO

Este espaço é opcional para os membros da comunidade. Pode ser utilizado como Garagem, Depósito, ou como um espaço multiuso, para realização de Compostagem, por exemplo. O objetivo é não incentivar a utilização de automóveis, na ecovila existe também a opção de utilizar o estacionamento comunitário e compartilhar o automóvel com outros membros.

BANHEIRO

PNE

PNE

Marmoraria - Tampos Cerâmica Reciclada

COZINHA

LAVANDERIA

SALA DE ESTAR E SALA DE JANTAR

Piso - Áreas Molhadas Cobogó

Cimento Queimado Branco

Bambu GENKAN

VARANDA

N MODELO HABITACIONAL PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100 MODELO HABITACIONAL

ESCALA:

PLANTA LAYOUT

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

193


Calha

Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

MODELO HABITACIONAL PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

N

MODELO HABITACIONAL

PLANTA DE COBERTURA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

194


2,86 1,80

0,58

1,80

2,10

2,80

2,10

0,82

0,44

2,10

2,80 0,46

2,86

0,50 0,56

1,89

Caixa D'Água 1000L

440,15

440,00

MODELO HABITACIONAL

0,50 0,63

0,25

2,20

2,10

2,10

2,25

1,80

0,90

0,95

2,10

1,20

0,50

0,50 0,50

0,85

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

440,15

440,00

MODELO HABITACIONAL CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

MODELO HABITACIONAL

ESCALA:

CORTES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

195


Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha) Revestimento em Tinta a Base de Terra Utilização de Madeira de Demolição para as caixilharias

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

MODELO HABITACIONAL FACHADA FRONTAL ESCALA: 1/100

Piso de Cimento Queimado Branco para áreas externas

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha) Caixilharia em Metal para as áreas molhadas

Utilização de Madeira de Demolição para as caixilharias

MODELO HABITACIONAL FACHADA LATERAL ESCALA: 1/100

OBSERVAÇÃO: Assim como o Modelo Habitacional é sugestivo, seus materiais de acabamento e revestimentos também.

Revestimento em Tinta a Base de Terra É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

Piso de Cimento Queimado Branco para áreas externas

Revestimento em Tinta a Base de Terra Utilização de Madeira de Demolição para as caixilharias

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

MODELO HABITACIONAL

Piso de Cimento Queimado Branco para áreas externas

FACHADA DOS FUNDOS ESCALA: 1/100

Utilização de Madeira de Demolição para as caixilharias

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha) Revestimento em Tinta a Base de Terra Caixilharia em Metal para as áreas molhadas

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

MODELO HABITACIONAL

Piso de Cimento Queimado Branco para áreas externas

FACHADA LATERAL ESCALA: 1/100

MODELO HABITACIONAL

ESCALA:

ELEVAÇ ES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

196


OBSERVAÇÃO: O Modelo Habitacional é uma opção sugestiva. Cada membro pode optar e tem o livre arbítrio de escolher como sera sua habitação, e os materiais a serem utilizados, contanto que eles sigam alternativas sustentáveis, regionais, com baixo impacto no meio ambiente.

MODELO HABITACIONAL

MODELO HABITACIONAL

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

MODELO HABITACIONAL - VARANDA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA MODELO HABITACIONAL

ESCALA:

PERSPECTIVAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

197


MODELO HABITACIONAL

MODELO HABITACIONAL

SIMULAÇÃO DA SALA DE ESTAR E JANTAR SEM ESCALA

SIMULAÇÃO DA SALA DO BANHEIRO PNE SEM ESCALA

MODELO HABITACIONAL

MODELO HABITACIONAL

SIMULAÇÃO DO DORMITÓRIO 1 SEM ESCALA

SIMULAÇÃO DA SUÍTE SEM ESCALA

MODELO HABITACIONAL

PERSPECTIVAS INTERNAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

198




Salão de Eventos


B 2

3

4

7

10

5

J4

1,58

0,60 P4

1,70

1,70

J4

J4

1,95

P6

J3 1,73

P3

16,18

ESPAÇO GOURMET

P2

J2

0,28

6,00

P2

0,80

P3

4,00

G

APOIO

J3 P7

5,75

5,51

0,90

0,80

0,90

P7

1,73

P3

1,40

P4

P3 0,80

1,40

1,72 J3

0,90

F

0,80

J3 1,83

0,80

J3

0,80

0,80

3,33

1,00

2,00

1,40

0,80

SANIT. MASCULINO A= 15,40m²

COZINHA A= 18,60M²

P5

4,65

0,80

DML A= 2,30m² A= 5,50m²

P5

ARMAZENAMENTO

3,21

4,65

P6

2,78

2,75

1,40

0,80

1,00

J3

0,61

3,05

1,65

FRALD. A= 2,30m²

4,65

P6

J3

SANIT. FEMININO A= 15,40m²

J3

0,13

0,80

1,50

P6

1,72

1,63

E

D

1,10

C

0,30

B

0,80

1,17

A

1,70

J4

13

8

0,13 1,70

12

9 6

1,94

11

1,65

1

H

I

A= 290,70m²

J2

18,00

5,73

SALÃO DE EVENTOS / REFEITÓRIO

A 0,28

A J

K

J2

J2

5,75

6,00

MAPA CHAVE

440,15

J1

P1

J1

N

L 5,50

5,50

B SEM ESCALA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100 SOCIAL

SALÃO DE EVENTOS PLANTA ARQUITETÔNICA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

202


PAREDE DUPLA DE TIJOLOS Argamassa Tinta Branca a base de Cal

Argamassa Tijolos de Solo Cimento

Detalhamento da Estrutura Tijolos de Solo Cimento

Baseado na Norma Brasileira de Desempenho Térmico de Edificações foram adotadas paredes duplas. O terreno escolhido e destinado a Ecovila fica no município de Mogi das Cruzes, privilegiada por duas Serras, a cidade e a região possui um clima Tropical de altitude, encontrado na Zona Bioclimática 3, que tem por sua vez como estratégia de condicionamento térmico a adoção de paredes mais pesadas auxiliando no conforto ambiental da edificação. Funcionando assim de forma similar a parede de Taipa de Mão, fazendo trocas de temperatura com o meio externo ao longo do dia, resultando em ambientes fresquinhos durante o dia e ambientes quentinhos durante a noite.

Escala: 1/25

TIJOLO DE SOLO CIMENTO

Pilar de Madeira

7,0cm

Pilar de Madeira

m

c 25,0

cm

,5

12

Pilar de Madeira

Pilar de Madeira

N COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

SALÃO DE EVENTOS SIMULAÇÃO SEM ESCALA

SOCIAL

SALÃO DE EVENTOS PLANTA COM SIST. CONSTRUTIVO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

203


SANITÁRIO MASCULINO

DML

ARMAZENAMENTO

COZINHA COMUNITÁRIA

FRALDÁRIO

SANITÁRIO FEMININO

Marmoraria - Tampos Cerâmica Reciclada

APOIO Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras Madeira de Demolição e Bambu

LOUÇA SUJA

PRATOS LIMPOS PRATOS PRONTOS

ESPAÇO GOURMET ACESSO

ACESSO

Marmoraria - Tampos Cerâmica Reciclada

ESPAÇO GOURMET

Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras Madeira de Demolição e Bambu

Piso Cimento Queimado Branco

SALÃO DE EVENTOS / REFEITÓRIO CAPACIDADE: 104 pessoas SALÃO DE EVENTOS / REFEITÓRIO

ACESSO

N COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

SOCIAL

SALÃO DE EVENTOS PLANTA LAYOUT

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

204


Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

Calha

Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

N

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA PLANTA DE CORBETURA ESCALA: 1/100

SOCIAL

SALÃO DE EVENTOS PLANTA DE COBERTURA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

205


1,68

2,10

2,10

2,10

2,50

3,66

0,50

440,15

440,00

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

0,50

1,68

0,56

0,80

2,14

2,10

2,10

2,10

2,10

2,10

2,50

0,10

1,68

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

440,15

440,00

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

SOCIAL

ESCALA:

SALÃO DE EVENTOS CORTES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

206


Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Tijolos de Solo Cimento como Estrutura Os tijolos podem receber estruturas para compor os pilares

Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Tijolos de Solo Cimento aparentes

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados

Vidro Aberturas mais amplas

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

Piso de Cimento Queimado Branco

FACHADA FRONTAL ESCALA: 1/100

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Tijolos de Solo Cimento como Estrutura Os tijolos podem receber estruturas para compor os pilares Vidro Aberturas mais amplas Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

Piso de Cimento Queimado Branco

FACHADA LATERAL ESCALA: 1/100

SOCIAL

ESCALA:

SALÃO DE EVENTOS ELEVAÇ ES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

207


COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

COMUNITÁRIO - SALÃO DE EVENTOS/REFEITÓRIO E COZINHA

SIMULAÇÃO INTERNA SEM ESCALA

SIMULAÇÃO INTERNA SEM ESCALA SOCIAL

SALÃO DE EVENTOS PERSPECTIVAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

208


Administração e Home Office


B 4

1

5

3

8

6

9

12

7

10

2

11 0,23 2,05

0,23 4,75

J3

A

J2

2,85

P6

4,91

FRALDÁRIO A= 3,71m² 2,12

1,07

J2

J3

0,80

J3

1,75

J4

3,25

DML A= 3,71m²

ADMINISTRAÇÃO E LOJINHA A= 13,96m²

0,80

4,00 P4

P6

1,93

P4

J2

J2 1,80

P6

A

J2

1,70

F

P5

1,40

P4

4,45

J2

1,60

442,15

P4

P5

J1

1,70

J2

J1

1,60

P1 1,60

E

J2

SANIT. FEMININO A= 15,87m²

D

0,70

C

A

0,41

B

0,03

1,37

1,75

0,65

3,81

J3

P6

1,00

2,25

1,20

2,05

1,00

1,00

SANIT. FEMININO A= 15,87m²

0,65

2,12

1,93

J1

1,70

1,90

G J1

P2

2,25

5,50

2,00

J1

HOME OFFICE A= 12,235m²

442,15

H

P3

P2

CABINE HOME OFFICE A= 3,71m² 2,25

I 1,90

CABINE HOME OFFICE A= 3,71m²

J1

P2 2,27

CABINE HOME OFFICE A= 3,71m² 2,25

J MAPA CHAVE

N

B COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO, LOJINHA e HOME OFFICE PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

SOCIAL

SEM ESCALA

ADM E HOME OFFICE

PLANTA ARQUITETÔNICA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

210


Argamassa Tinta Branca a base de Cal

Argamassa Tijolos de Solo Cimento

Detalhamento da Estrutura Tijolos de Solo Cimento Escala: 1/25

Altura da Parede: 0,50m

Pilar de Madeira Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Trama de Bambu Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Tinta Branca a Base de Cal

Detalhamento da Estrutura Taipa de Mão / Sopapo Escala: 1/25

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO, LOJINHA e HOME OFFICE

N

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

PLANTA COM SIST. CONSTRUTIVO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

211


LOJINHA

Espaço destinado a exposição des Produtos como produtos de higiene pessoal realizados a partir das próprias plantas e alimentos produzidos dentro da Ecovila, assim como os Artesanatos produzidos e feitos pelos membros da comunidade.

SANITÁRIO MASCULINO

DML

ADMINISTRAÇÃO

FRALDÁRIO

SANITÁRIO FEMININO

A comunidade incentiva que as pessoas façam seus próprios produtos, mas caso queiram comprar, fica disponibilizado.

Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras Madeira de Demolição e Bambu

Marmoraria - Tampos Cerâmica Reciclada

Piso Cimento Queimado Branco

CABINE HOME OFFICE HOME OFFICE ACESSO CABINE HOME OFFICE Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras

Espaço destinado aos membros que caso necessitem de um espaço mais privativo, como para participar de reuniões, seminários, dentre outros eventos online/remotos.

Madeira de Demolição e Bambu CABINE HOME OFFICE Piso Piso de Bambu

N COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO, LOJINHA e HOME OFFICE PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

PLANTA LAYOUT

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

212


Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27% Calha

Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

N

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO, LOJINHA e HOME OFFICE PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

PLANTA DE COBERTURA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

213


0,70

0,33 442,15

0,61

0,50

0,66

1,60

0,50

0,90

0,90 0,50 1,60

0,70 0,50 1,60

2,10

0,40

442,00

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

0,40

1,60

0,50

0,92

0,50 0,60

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

1,40

1,60

0,50

0,60

0,98

2,38

Caixa D'Água 2000L

442,15

442,00

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

ESCALA:

CORTES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

214


Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Tijolos de Solo Cimento aparentes

Bambu Como Brise

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

Piso de Cimento Queimado Branco Utilização de Madeira de Demolição para as caixilharias

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE PERSPECTIVA INTERNA SEM ESCALA Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

Tijolos de Solo Cimento aparentes

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

Piso de Cimento Queimado Branco

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100 SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

ELEVAÇ ES E SIMULAÇÃO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

215


COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

COMUNITÁRIO - ADMINISTRAÇÃO E HOME OFFICE

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

SOCIAL

ADM E HOME OFFICE

PERSPECTIVAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

216


Salas Multiuso


B J1

03 2,

2, 03

SALAS DE MULTIUSO

P1

Trama de Bambu 1,80

2,13

A= 20,89m²

2,13

1,80

P1

A

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água

SALA MULTIUSO

A

442,15

ACESSO

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água

ACESSO

Tinta Branca a Base de Cal

Esses espaços podem tomar diversos usos. Serão utilizadas pelos membros da Comunidade e usuários de fora. Podem práticar Yoga, Meditação, Sessões de Fisioterapia ou diferentes Aulas.

MAPA CHAVE 2, 03

03 2,

Detalhamento da Estrutura Taipa de Mão / Sopapo Escala: 1/25 J1

N

B

N

N SALAS MULTIUSO

SALA MULTIUSO

SALA MULTIUSO

SALA MULTIUSO

PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

SIMULAÇÃO SEM ESCALA

SEM ESCALA

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

442,15

442,15

442,00

Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

2,10

1,50

0,44

0,84

Revestimento em Tinta a Base de Terra

Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

1,00

0,95

2,10

1,50

0,44

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Caixilharia em Madeira de Demolição

442,00

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

SALA MULTIUSO

SALA MULTIUSO

SALA MULTIUSO

SALA MULTIUSO

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

SALAS MULTIUSO SIMULAÇÃO SEM ESCALA

OFICINA DE RECICLAGEM Espaço destinado a produção de artesanatos ou objetos com os materiais que podem ser reutilizados ou transformados em produtos com usos diferentes.

B J1

2,

03

Trama de Bambu

1,80

2,13

2,13

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água

P1

OFICINA / LABORATÓRIO DE COSMÉTICOS E PRODUTOS NATUAIS

A

A= 20,89m²

ACESSO

ACESSO

ACESSO

ACESSO

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Tinta Branca a Base de Cal

0 2,

3

3

0 2,

Detalhamento da Estrutura Taipa de Mão / Sopapo J2

B

OFICINA / LABORATÓRIO

Escala: 1/25

1,80

N

N

N

OFICINA / LABORATÓRIO

OFICINA / LABORATÓRIO

OFICINA DE RECICLAGEM

PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

0,84

0,44

442,00

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Revestimento em Tinta a Base de Terra

Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

2,10 442,00

442,15

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Revestimento em Tinta a Base de Terra

2,94

1,50 442,15

1,00

2,10

1,50

0,44

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

SIMULAÇÃO SEM ESCALA

N

OFICINA / LABORATÓRIO

1,00

A

1,80

P1

03

2,

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também

Caixilharia em Madeira de Demolição Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

OFICINA / LABORATÓRIO OFICINAS

OFICINAS

OFICINAS

OFICINA DE RECICLAGEM

OFICINA / LABORATÓRIO

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

SIMULAÇÃO SEM ESCALA

SOCIAL

ESCALA:

SALAS MULTIUSO E OFICINAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

218




Portaria


B 1

3 2

J2

1,43

1,03 Taipa de Mão / Supapo

A

Pilar de Madeira

443,15

1,15

A

Tinta a base de Cal Piso de Cimento Queimado

0,80

P1

MAPA CHAVE

1,20

2,70

1,20

1,45 P1

71 0,

D

P2

Tijolos de Solo Cimento

Tijolos de Solo Cimento Argamassa

0, 71

C

0,80

1,20 1,16

Detalhamento da Estrutura Tijolos de Solo Cimento

J1

PORTARIA

Escala: 1/50

PERSPECTIVA SEM ESCALA

B N

PORTARIA

N

PORTARIA

PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras

SEM ESCALA

Piso

Madeira de Demolição e Bambu

Cimento Queimado Branco Calha

COPA / APOIO SANITÁRIO Telha Ecológica IBAPLAC ACESSO

PORTARIA

Inclinação: 27%

ACESSO

PERSPECTIVA SEM ESCALA

ÁREA DE CONTROLE

N

PORTARIA

N

PORTARIA

PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

0,50 0,60

1,50 443,00

0,40

2,10

443,15

Caixilharia em Madeira de Demolição

Revestimento em Tinta a Base de Terra 1,60

0,37 1,55 0,96

2,20

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

0,58

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

1,00

B

J2

2,10

A

1,60

0,08

0,80

443,15

É possível deixar a Taipa de Mão aparente também 443,00

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

PORTARIA

PORTARIA

PORTARIA

PORTARIA

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

FACHADA FRONTAL ESCALA: 1/100

FACHADA LATERAL ESCALA: 1/100

PORTARIA

PORTARIA

SIMULAÇÃO INTERNA SEM ESCALA

SIMULAÇÃO INTERNA SEM ESCALA

SERVIÇO

ESCALA:

PORTARIA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

222


Depósito de Resíduos Recicláveis


B 1

2 J1

A

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

DEPÓSITO DE LIXO RECICLÁVEL

A

A

A= 6,12m²

442,15

Tijolos de Solo Cimento

Argamassa

DEPÓSITO DE LIXO RECICLÁVEL

Argamassa

Tinta Branca a base de Cal

Tijolos de Solo Cimento

A= 6,12m²

B

Detalhamento da Estrutura P1

Tijolos de Solo Cimento Escala: 1/50

B N

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS PLANTA ARQUITETÔNICA Escala: 1/100

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

N

PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

Calha

Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27% ACESSO

N

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

N

PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

442,15

442,00

2,10

2,10

2,80

0,95

1,24

SIMULAÇÃO SEM ESCALA

442,15

442,00

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100 Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

MAPA CHAVE

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Caixilharia em Metal Tijolos de Solo Cimento aparentes Painel em Madeira de Demolição

Tijolos de Solo Cimento aparentes

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS

FACHADA FRONTAL ESCALA: 1/100

FACHADA LATERAL ESCALA: 1/100

SEM ESCALA

SERVIÇO

ESCALA:

DEPÓSITO DE LIXO RECICLÁVEL

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

224


Bicicletário


1

4

3 2 2,37

6 5

B 1,40

2,31

1,40

2,37

A

J1

J1

J1

1,80

J1

J1

0,18

J1

1,80

1,80

3,84

P1

C 3,13

B

E

A

1,28

A

17,10

1,28

D

J1

1,80

3,13

F J1

0,18

MAPA CHAVE

G J1

16,50

3,84

J1

1,80

E

440,15

P1 9,50

H 1,90 10,10

N

SEM ESCALA

B BICICLETÁRIO PLANTA ARQUITETÔNICA ESCALA: 1/100

SERVIÇO

BICICLETÁRIO

PLANTA ARQUITETÔNICA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

226


Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento Detalhamento da Estrutura Tijolos de Solo Cimento Escala: 1/25

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

Pilar de Tijolos de Solo Cimento

BICICLETÁRIO PLANTA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

N SERVIÇO

BICICLETÁRIO

PLANTA COM SIST. CONSTRUTIVO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

227


0,70

2,20 0,55

2,20 SUPORTE DE PAREDE

0,40

1,10

PARA BICICLETAS

BICICLETÁRIO

Tintas a Base de Terra

Piso

9,50

16,50

Cimento Queimado Branco

PROJEÇÃO DA COBERTURA ACESSO

BICICLETÁRIO PLANTA LAYOUT ESCALA: 1/100

N SERVIÇO

BICICLETÁRIO

ESCALA:

PLANTA LAYOUT

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

228


Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

Calha

BICICLETÁRIO PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

N SERVIÇO

BICICLETÁRIO

PLANTA DE COBERTURA

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

229


0,91

0,50 0,41

2,20

2,20

1,30

2,10

0,80 0,10

3,10 2,20

2,10

3,10

0,50

0,90

0,50 0,57 2,20

440,15

440,15

440,00

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

CORTA AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTA AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

Caixilharia em Madeira de Demolição com Revestimento de Tinta Branca a base de Cal

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Caixilharia em Madeira de Demolição

440,00

Tijolos de Solo Cimento aparentes

Tijolos de Solo Cimento aparentes

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

CORTA AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTA AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

SERVIÇO

BICICLETÁRIO

CORTES E ELEVAÇ ES

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

230


BICICLETÁRIO PERSPECTIVA SEM ESCALA

BICICLETÁRIO PERSPECTIVA SEM ESCALA

SERVIÇO

BICICLETÁRIO

ESCALA:

PERSPECTIVAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

231



Viveiro de Mudas


TINTAS A BASE DE ADOBE

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água

DOMO GEODÉSICO

Trama de Bambu 1,34

O Domo Geodésico previsto para o Viveiro de Mudas assume para sua base a forma de um degágono, um polígono composto por 10 lados iguais

A partir de diferentes tipos de terra é possível obter diversas cores que servem como revestimento natural para as paredes das edificações presentes na Ecovila, assim como para em outros ambientes e construções fora dela.

Mistura de Terra (barro), Fibras Vegetais e Água Aspecto Natural da Própria Parede Tinta Branca a Base de Cal Tintas a Base de Adobe (Terra)

440,15

ra de

Detalhamento da Estrutura

MAPA CHAVE

Mistu

Taipa de Mão / Sopapo

e

Adob

Escala: 1/25

ACESSO

N

VIVEIRO DE MUDAS - BASE

EXEMPLO DE TINTAS A BASE DE ADOBE

VIVEIRO DE MUDAS

PLANTA BAIXA COM SISTEMA CONSTRUTIVO ESCALA: 1/100

Os viveiros de Mudas presentes na Ecovila serão pintados com diferentes cores obtidos pela utilização de tipos de terras variados.

DETALHES CONSTRUTIVOS SEM ESCALA

SEM ESCALA

Es uadrias em triângulo da Base do Domo Geodésico

N

N

VIVEIRO DE MUDAS - BASE

VIVEIRO DE MUDAS

PLANTA BAIXA

VISTA SUPERIOR DO DOMO GEODÉSICO ESCALA: 1/100

ESCALA: 1/100

VIVEIRO DE MUDAS

VIVEIRO DE MUDAS

ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

VIVEIRO DE MUDAS

VIVEIRO DE MUDAS

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA

VIVEIRO DE MUDAS

VIVEIRO DE MUDAS

PERSPECTIVA SEM ESCALA

PERSPECTIVA SEM ESCALA SERVIÇO

ESCALA:

VIVEIRO DE MUDAS

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

234


Espaço de Compostagem e Minhocário


B

1

2

3

6,00

6,00 Calha

Piso Cimento Queimado Branco

A 1,00

6,75 MINHOCÁRIO A= 5,5m² r = 1,33m²

1,50

ACESSO

MAPA CHAVE

Inclinação: 27%

APOiO A= 1,5m²

6,00

1,80

COMPOSTEIRA A= 1,5m²

Telha Ecológica IBAPLAC

ACESSO

A

A Marcenaria - Mobiliário e Prateleiras 100L

Madeira de Demolição e Bambu RESERVATÓRIO PARA CHORUME

B

440,15

Pilar de Madeira

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO A= 118,81m² PROJEÇÃO DA COBERTURA

SEM ESCALA

B ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

N

2,00

PLANTA ARQUITETÔNICA E LAYOUT ESCALA: 1/100

440,15

1,00

3,25

2,00

PLANTA ARQUITETÔNICA E LAYOUT ESCALA: 1/100

1,00

N

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

440,00

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

CORTA AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

440,15

440,00

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO PERSPECTIVA SEM ESCALA Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados

Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MINHOCÁRIO

ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

ESPAÇO DE COMPOSTAGRM E MINHOCÁRIO PERSPECTIVA SEM ESCALA

SERVIÇO

ESPAÇO DE COMPOSTAGEM E MIN OCÁRIO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

236


Estufa e Espaço Aberto Multiúso


A

1

2

6,00

4

3

6,00

6,00

ACESSO

5

1

6,00

6,00

ACESSO

1

6,00

1

6,00 ACESSO

Piso

A

Cimento Queimado Branco

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

A ideia do espaço surgiu a partir da revitalização da estufa presente. A construção fica localizada próxima as Plantações, Pomar e os Viveiros de Mudas.

O piso recebeu essa configuração para que pudesse receber a estufa, mas também ganhar demais funções, podendo assim uma área ser destinada ao cultivo de algumas espécies, mas na outra área receber uma função ou necessidade da Comunidade. Lembrando que a fica a critério da necessidade o uso do espaço, pois a ideia é que os ambientes se tornassem mais dinâmicos.

6,00

A ideia é que o espaço se tornasse mais convidativo com a presença da estrutura de madeira, além de trazer mais dinamismo e flexibilidade para espaço, podendo ganhar a função de: Garagem de Equipamentos; Depósito de Materiais; Depósito para fabricação e armazenamento dos Tijolos de Solo Cimento; Dentre outras funcições;

ACESSO

ACESSO

B

A comunidade pode adaptar o espaço para sua necessidade. Ficam previstas lonas que podem ser recolhidas, elas funcionariam como cortinas e toldos retráteis de enrolar, se adaptando conforme a situação, clima ou evento.

B

6,00

B Piso Cimento Queimado Branco

440,15

C

N

Pilar de Madeira

ACESSO

ACESSO

ACESSO

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO PERSPECTIVA SEM ESCALA

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO PLANTA ARQUITETÔNICA E LAYOUT ESCALA: 1/100

A

Telha Ecológica IBAPLAC Inclinação: 27%

Calha

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO PERSPECTIVA SEM ESCALA

N

ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

3,00

3,00

PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/100

440,00

440,15

440,15

440,00

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

CORTE AA - TRANSVERSAL ESCALA: 1/100

CORTE BB - LONGITUDINAL ESCALA: 1/100

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

Telhas Ecológicas IBAPLAC Inclinação: 27% (inclinação com melhor aproveitamento da telha)

MAPA CHAVE

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados

Vigas de Madeira e Estrutura de Madeira para os telhados

Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Madeira proporciona sensações de conforto e acolhimento

Piso de Cimento Queimado Branco

Piso de Cimento Queimado Branco

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

ESTUFA / ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/100

ELEVAÇÃO LATERAL ESCALA: 1/100

SERVIÇO

SEM ESCALA

ESTUFA ESPAÇO ABERTO MULTIUSO

CURSO

TCC

TEMA

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ECOVILA

ORIENTADOR

ORIENTANDA

RGM

PAULO PINHAL

MICHELLE MAKI HASEGAWA

11171101994

ESCALA: INDICADA EM DESENHO

FOLHA:

238


239


240


241 CONCLUSÕES

Ao longo do trabalho e do estudo foi possível conectar informações relacionadas a temática, cada capítulo com a sua contribuição para o todo. O mais interessante é que o estudo em si, acaba recebendo a dinâmica da própria ecovila, cada elemento, com seu valor a agregar, possui e gera uma interligação entre todos os demais, e ao mesmo tempo todos acontecendo em torno de um único núcleo, em que se encontram seus valores, princípios, ideais que a ecovila busca transmitir e seus membros defendem e trabalham para manter e obter. A definição e o histórico nos ajudam a iniciar o processo de entendimento do que são, de como funcionam, e da justificativa do tema. Os estudos de caso complementam esses estudos, e partir deles começamos a criar uma noção maior do que pode ser aplicado, selecionando ambientes, sistemas e técnicas, sejam elas sustentáveis ou alternativas, auxiliando na definição do partido arquitetônico e programa de necessidades, junto de consultas dentro das legislações, normas e outras referências. Os estudos do local já exprimem a característica do projeto, um perímetro mais afastado da área urbanizada, ainda assim com infraestrutura para receber e fornecer serviços aos usuários, e não tão distantes dos demais pontos de serviço, comércio, dentre outros encontrados na cidade, caso haja necessidade de buscar algo fora da Ecovila. Assim como já comentado, cada ponto está ligado ao outro, temática, histórico, local de intervenção, os estudos de caso, programa de necessidades, um contribuindo para o outro, e assim começam a nascer: a setorização, fluxograma, volumetria, estudo de massas, e o estudo da implantação da ecovila, sem esquecer daquilo que a comunidade e a temática em si defende: o valor da fraternidade, o amor pela vida, e a preocupação com o meio ambiente, que exprimem o conceito e a alma do projeto da ecovila, o núcleo em que estes outros elementos circundam, assim como os conceitos de Borboleta e Panapaná que exprimem os sentimentos e vontade por mudanças.


242 A pesquisa nos faz refletir sobre nosso posicionamento e práticas, ansiando por um futuro mais verde, e com mais compaixão com a vida, e é dessa maneira que o Anteprojeto da Ecovila Panapaná, começa ganhar vida, buscando aplicar Sistemas construtivos alternativos e regionais, assim como colocar em prática conceitos presentes e defendidos pela Permacultura, tirando partido de materiais do próprio entorno, como a terra, o bambú, as águas, dentre outros elementos, com o objetivo não só de trazer mudanças, mas de certa forma tentar despertar ou levar um pouco mais de consciência ambiental para as pessoas.


243


244


245 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AECWEB.

O

que

é

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<

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LINDA.

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<https://agua-sua-

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Casa

Bosque/Studio

Miti.

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256


257

PALAVRAS FINAIS


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