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DOENÇAS RELACIONADAS À MUCOSA INTESTINAL

CELÍACA

A Doença Celíaca é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveias, cevadas, centeio e seus derivados.

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"Os principais sintomas desta condição são dor abdominal, diarreia e gases", observa a nutricionista.

Principais sintomas: dor abdominal, diarréia e gases.

@Microflora | Pixabay

Condição crônica, trata-se de uma doença autoimune afetando o intestino delgado de pessoas geneticamente predispostas.

Ela causa atrofia da mucosa do intestino, promovendo alta deficiência na absorção dos nutrientes, sais minerais e de água.

"Diferentemente da Doença Celíaca, existem os casos de sensibilidade ao glúten ou intolerância ao trigo. Neste caso, os sintomas são semelhantes aos da doença, como dores abdominais e cansaço, mas a sensibilidade ao glúten não danifica o intestino delgado".

A Doença Celíaca clássica é muito comum na infância, nos primeiros anos de vida, quando se introduz dietas alimentares diferentes do leite materno.

Outros tipos desta doença apresentam poucos sintomas ou são assintomáticas.

"Neste casos, é preciso atenção para quando se tem, por exemplo, anemia resistente a reposição de ferro, irritabilidade, fadiga ao acordar, pouco ganho de peso e estatura, prisão de ventre crônica, manchas nos dentes, esterilidade ou abortos repetitivos e mesmo a osteoporose antes da menopausa”, alerta a nutricionista.

CHRON

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória que afeta predominantemente os intestinos.

Seus sintomas mais comuns são diarreia, cólica abdominal, febre, perda de apetite e de peso e sangramento retal provocados por hemorróidas, fissuras, fístulas e abscessos.

Regina Turnes explica que a Doença de Crohn não progride da mesma maneira em todos as pessoas, o que pode dificultar o seu diagnóstico e o controle dos sintomas, que se confundem muito com os da Colite Ulcerativa.

"Ambas são hoje agrupadas na categoria de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Dependendo da área afetada, a Doença de Crohn pode ser chamada de enterite regional, ileite, ou colite. E por isso podemos usar o termo

Doença de Chron para identificar a doença em diferentes regiões do corpo: íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno”, explica a nutricionista.

WHIPPLE

O bacilo recebeu o nome do patologista americano George Hoyt Whipple, que descreveu a doença pela primeira vez em 1907. Atualmente pesquisadores já sequenciaram o genoma da bactéria T. whipplei.

@Microflora | Pixabay

Distúrbio infeccioso raro, a Doença de Whipple atinge principalmente homens de meia idade. Ela é causada por uma bactéria chamada Tropheryma whipplei e pode afetar muitas partes do corpo.

O principal órgão afetado por esta doença é o intestino delgado, promovendo alterações em suas paredes que interrompem a Bile.

Como resultado, alguns nutrientes não são absorvidos adequadamente e não atingem o resto do corpo, causando doenças do coração, do sistema nervoso, no cérebro, nos pulmões, olhos e pele.

Geralmente os sintomas aparecem lentamente e ocorrem em etapas. Na primeira surgem dores nas articulações (em 90% dos casos) e febre.

Com o diagnóstico tardio, outros sintomas adicionais se apresentam, como Dor e inflamação no abdome, Diarréia, Fezes grossas e odoríferas, Sangramento dos intestinos, Perda de peso e Fraqueza.

"Tomar antibióticos pode curar a Doença de Whipple, por isso é sempre importante consultar um médico e fazer os exames indicados. Entretanto, sabemos que antibióticos promovem a disbiose, já que matam não somente as bactérias nocivas, como as ‘bactérias do bem’ que temos naturalmente nos nossos intestinos. Suplementar com Probióticos durante a antibióticoterapia é também fundamental”, conclui Regina Turnes.

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