TFG - TCC - Arquitetura e Inclusão - Desenhando para autistas

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Arquitetura e Inclusão: Desenhando para Autistas

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Trabalho Final de Graduação

Milena Camila de Paula Aranibar Lopez

Prof. Orientador:

Arq. Ivanir Reis Neves Abreu

São Paulo

2020

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Arquitetura e Inclusão: Desenhando para Autistas
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“No fundo, vejo a arquitetura como serviço coletivo e como poesia. Alguma coisa que nada tem a ver com arte, uma espécie de aliança entre dever e prática científica.”

– Lina Bo Bardi, em documentário de Aurélio Michiles.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu querido professor e orientador, Ivanir Reis Neves Abreu, que me guiou nessa jornada nos ultimos meses.

Ao Ricardo Martos e Ricardo Gusmão por aceitarem participar da minha banca.

Ao meus pais João Carlos e Lena Lopez e meus irmãos João Victor e Enzo Lopez que estava sempre me incentivando e me aconselhando.

Além dos ensinamentos do meus pais que sempre me diziam para nunca desistir dos meus sonhos e ser feliz, assim me tornando a mulher que sou hoje.

As minhas eternas amigas e companheiras desde o primeiro ano da graduação Aparecida Silva, Brenda Profeta, Débora Bariani e Stefany Rivero, as quais seram minhas companheira de profissão e de vida.

Agradeço também os professores do Centro Universitário Belas Artes que estiveram comigo nesse caminho, onde aprendi muito e amadureci como pessoa e profissional.

E a Belas Artes em si, onde tive à oportunidade de conquistar uma bolsa de estudos integral, que sem ela, não estaria aqui realizando o meu sonho e construindo meu futuro.

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SUMÁRIO

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9 O PAPEL DA ARQUITETURA PARA A QUALIDADE DE VIDA DO AUTISTA 1.1 O Autismo 1.2 Contextualização (Autismo no Brasil) 1.3 Conceituação 1.3.1 Saúde Humanizada 1.3.2 Inclusão Social 1.3.3 Fenomenologia 1.3.4 Arquitetura para autismo 13 17 19 22 24 26 28 INTRODUÇÃO Contextualização CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEITURA URBANA 3.1Localização 3.2Passado e evolução urbana 3.3 Leitura Técnica 3.4 Legislação incidente no lote 43 48 50 56 REFERÊNCIA PROJETURAL 2.1 Advance Center for Autism 2.2 Center For Autism And The Developing Brain 2.3 Hospital Sarah Kubitschek – Rio De Janeiro 2.4 AMA - Associação De Amigos Do Autista 2.5 Entrevista Ama - Associação De Amigos Do Autista / O Autista E A Covid 19 31 34 36 39 41 PROJETO 4.1 Diretrizes Projetuais 4.2 Partido 4.3 Legislação Aplicada No Terreno 4.4 Sistema Construtivo 62 64 69 72 104 106 11 01 02 03 04
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O trabalho final de graduação, aqui apresentado, consiste em um projeto de edificação, onde é proposto um centro de apoio ao autista que se desenha como resposta a uma demanda real existente no país. O equipamento transcende a questão meramente física ao propor, através de um programa arquitetônico aberto à cidade, a inclusão social do autista, é um espaço planejado a fim de proporcionar melhores condições no atendimento, tratamento e suporte à população com o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e de seus familiares.

O objetivo geral deste tfg consiste na aplicação das teorias da influência arquitetônica no autismo como fundamentos para a intervenção projetual em um equipamento urbano na cidade de São Paulo, promovendo uma arquitetura que dialogue com a sensorialidade como elemento terapêutico, para ajuda no tratamento e suporte às famílias a pessoas que tenham TEA.

Sendo que os objetivos específicos se resumem em criar um local na cidade, onde a arquitetura é totalmente voltada ao bem estar dos autistas que ali frequentam, ajudar no seu desenvolvimento intelectual, emocional e educacional priorizando a inclusão social, proporcionar às pessoas a oportunidade de aprender, evoluir e dialogar suas relações externas com outras instituições de caráter educacional e de saúde, ou seja, conscientizar e incentivar o uso do equipamento em todo o seu potencial.

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INTRODUÇÃO

O PAPEL DA ARQUITETURA PARA A QUALIDADE DE VIDA DO AUTISTA

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O autismo ou nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos) que demanda um diagnóstico complexo, levando, infelizmente, a uma certa exclusão e discriminação na sociedade.

São muitos e variados os subtipos do transtorno, classificações tão abrangentes que levou-se a necessidade de usar termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento, desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com uma vida comum que nem sabem que são autistas pois jamais tiveram diagnóstico.

13 1.1 O AUTISMO

LINHA DO TEMPO

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1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO

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AUTISMO NO BRASIL

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) cerca de 1% da população mundial é autista, a CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos EUA, revela que o TEA tem crescido de forma expressiva, sendo que 1 a cada 54 crianças tem o transtorno e quando comparado com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o qual revelou que no ano de 2018 o Brasil tem uma população de 208 milhões de habitantes concluímos que, ao cruzarmos com os dados do CDC, temos cerca de 2 milhões de autistas no Brasil.

De acordo com um estudo feito em 2013 chamado “Retratos do Autismo no Brasil”, com o objetivo de mapear e observar a situação do autismo no país foi possível observar que cerca 106 instituições prestam algum tipo de atenção para apenas 3480 autistas de todas as faixas etárias no país, sendo que 47 instituições estão no estado de São Paulo, onde existe uma demanda alta de 255.763 pessoas com o transtorno.

GRAUS DO ESPECTRO

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Fonte: Autora (2020) Fonte: Andrea Don - Pixbay (2016)

1.3 CONCEITUAÇÃO

A partir de uma inquietação, da humanização dentro dos ambientes hospitalares a conceituação do projeto se dividi entre os prinipais conceitos: saúde humanizada, fenomenologia, inclusão social e a arquitetura para o autista.

Todas elas tem em comum a participação da sensorialidade e a comprovação que com um projeto pensado no autista traz com que tenha um melhor tratamento voltado neste transtorno, assim a relação entre a conceituação anda junto com o projeto desde o início.

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1.3.1 SAÚDE HUMANIZADA

A humanização dentro o ambiente hospitalar é um debate pertinente aos dias atuais,um dos princípios da Política Nacional de Humanização do SUS que define a valorização dos processos e as mudanças na produção da saúde, atendendo e aperfeiçoando propostas de cuidado, dinâmica, interação e planejamento. (PASSOS, 2005)

Por humanização pode-se entender um conjunto de atitudes que visam melhorar a qualidade do ambiente como um todo e, desta maneira, fazer com que ele contribua de maneira benéfica para qualidade de vida dos seus usuários. No caso do ambiente hospitalar, em relação ao paciente, que melhore suas condições de estada e recuperação, em relação à equipe técnica, que melhore suas condições de trabalho (CIACO, 2010)

A ética na saúde está totalmente ligada à humanização, sendo um dos instrumentos de que o homem lança mão para garantir a coesão social. A ética e a reflexão crítica sobre o comportamento humano que interpreta, discute e problematiza os valores, os princípios e as regras morais, à procura da "boa vida" em sociedade, do bom convívio social (FORTES, 2004).

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A ética na saúde está totalmente ligada à humanização, sendo um dos instrumentos de que o homem lança mão para garantir a coesão social. A ética e a reflexão crítica sobre o comportamento humano que interpreta, discute e problematiza os valores, os princípios e as regras morais, à procura da "boa vida" em sociedade, do bom convívio social (FORTES, 2004).

Uma critica relacionada á humanização é quando comparada ao luxo, como por exemplo clinica ou hospitais particulares, onde tem a comparação no serviço de hotelaria, mas não é esse tipo de “humanização” que faz a qualidade do ambiente, sendo que o conceito que prevalece da saúde humanizada é garantir ao paciente um atendimento mais humano e empático, não voltado ao luxo, mais no comprometimento de elaborar um projeto eficiente, é a arquitetura que tem no ser humano o seu protagonista. (CIACO, 2010)

A conceituação dos autores citados acima, revela a importância de um espaço que melhore a qualidade de vida do paciente, voltado à humanização dentro dos ambientes hospitalares. Por isso esta foi a principal preocupação para a definição do partido,arquitetônico do projeto.

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1.3.2 INCLUSÃO SOCIAL

A inclusão social é o compromisso com as minorias, possibilitando dar a todas as pessoas os mesmos direitos e oportunidades, independente de alguma deficiência ou não, além de ressaltar que os modelos únicos para todos, preestabelecidos, tem excluído pessoas com necessidades especiais dos recursos da sociedade, como comprovam as barreiras arquitetônicas, sociais e educacionais. Sendo que, em uma sociedade inclusiva todas as pessoas portadoras de deficiência devem ter suas necessidades especiais atendidas. (MACIEL, 2000).

Cabe a todos profissionais de escolas especiais, de classes especiais, de salas de apoio a portadores de necessidades especiais, aos teóricos da educação inclusiva, aos profissionais das escolas regulares e às equipes multidisciplinares e de saúde a função primordial da integração de ações, da otimização dos recursos e dos atendimentos, da criação de canais de comunicação que considerem a questão da inclusão social como prioritária e anterior à inclusão escolar (MACIEL, 2000, p. 55).

O arquiteto Vilanova Artigas em “A Função Social do Arquiteto” denota que o conceito a respeito da responsabilidade da Arquitetura no desenvolvimento humano se realiza na sua representação espacial nas cidades e, por consequência, na sociedade.

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Segundo Araújo (2017) é muito comum confundir o ato de incluir com o ato de acrescentar, sendo que, na verdade, a prática da inclusão significa, inicialmente, precisamos perceber que tipo de ferramentas, estratégias, paradigmas, barreiras existem a serem enfrentadas. O conceito de Arquitetura Inclusiva exige que todos os arquitetos se conscientizem da sua inexistência, revelados pela falta de políticas públicas que contemplem essas necessidades, e assim busquem continuamente soluções para melhorar o entendimento e as subsequentes respostas às necessidades que dela decorrem.

Assim, começaram a proliferar instituições, entidades e organizações, tendo por como objetivos avaliar e oferecer, às pessoas com deficiência, programas de intervenção que visam "aprontar" a pessoa diferente para o processo de integração social, entendido, por sua vez, como "processo de favorecimento da convivência de alguém tido como diferente, com os demais membros da sociedade, tidos como supostamente iguais". (ARANHA,2000 p.03).

A partir das citações dos autores citados acima podemos perceber que ambos defendem o mesmo conceito da inclusão social e que concordam no fato de que a inclusão social deve ser prioritária, dentro na arquitetura voltada à saúde, para não levar à segregação das pessoas.

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1.3.3 FENOMENOLOGIA

Através dos sentidos, dentro do espaço arquitetônico e analisando as percepções do espaço, que promovemos as sensações e seus decorrentes estímulos, através dos receptores sensoriais como os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca e a pele, estes desencadeiam reações psicológicas e estimulam a experiência espacial, resultando na união de todos os impulsos sensoriais. (CRUNELLE, 2001 apud LOURENÇO, 2016, p. 29).

A leitura sensorial é fundamental na percepção e experiência espacial, sendo que os elementos que levam a desenvolver uma função sensorial estão intrinsicamente envolvidos na materialidade do edifício, em todos os elementos que nele se inserem. (LOURENÇO, 2016)

O arquiteto pode projetar a partir das sensações que um ambiente pode causar nas pessoas, embutindo informações neste ambiente. Estas informações surgem a partir da manipulação de cores, texturas, luz, forma, temperatura, cheiros, entre outros atributos que possam ser sentidos, e interpretados de maneiras distintas, dependendo, da cultura, estado de espírito, experiências prévias, entre outras condições de quem vivencia o espaço (RASMUSSEN, 1998)

As nossas capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação social, o desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e concentração (LUDENS,2016 apud LAUREANO,2017, p.44).

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Para Pallasmaa (2011) a edificação, além de cumprir suas funções de usos, deve intensificar a vida de seus usuários, estimulando seus sentidos. Portanto, através da obra a arquitetura é capaz de explorar a sensação de realidade e identidade pessoal, reforçando-a por meio da integração entre espaços vivenciados, pessoas e suas experiências de mundo.

Toda experiência comovente com arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial. Nossa sensação de pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de reforço da identidade pessoal. Em vez da mera visão, ou dos 5 sentidos clássicos, arquitetura envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si. (PALLASMAA, 2011, p. 39)

O objetivo geral deste estudo é aplicar as teorias da influência arquitetônica no autismo como fundamentos para a intervenção projetual na cidade de São Paulo, promovendo um equipamento que dialogue com a sensorialidade como elemento terapêutico, para ajuda no tratamento e suporte às famílias a pessoas que tenham TEA (Transtorno de Espectro Autista).

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1.3.4 ARQUITETURA PARA O AUTISMO

O conceito de arquitetura para o autismo aplica-se ao provocar, na concepção dos espaços, uma nova percepção aos usuários que se reflete no tratamento das pessoas que sofrem deste transtorno.

O autismo é um distúrbio neuronal e de acordo com a ciência não existe uma cura, quando tratado cedo, no entanto, pode amenizar suas cognições perspectivas. O papel do arquiteto é moldar os espaços terapêuticos, como as creches e escolas, transformando-se em uma casca protetora para o mundo externo. (VERGARA, TRONCOSO, RODRIGUES, 2018)

Suspeito que os pesquisadores simplesmente não entendem a urgência do problema. Eles não conseguem imaginar um mundo onde roupas que pinicam o fazem sentir-se pegando fogo, ou onde uma sirene soa como se alguém estivesse perfurando meu crânio com uma furadeira... como socializar pessoas que não toleram o ambiente onde devem se mostrar sociáveis? (GRANDIN, 2016, p. 80)

Segundo o que arquiteto Christian Norberg-Schulz (1980) diz: para pesquisar e entender um espaço arquitetônico é necessário entender o espaço existencial, no qual, o conceito de espaço permite ao homem criar uma imagem estável do que o cerca, e que, ao mesmo tempo, permite pertencer a uma sociedade e cultura.

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O arquiteto resolve esse problema "antecipando" as atividades a serem realizadas, respondendo a essa incapacidade de criar uma imagem mental projetando uma estrutura clara e adicionando elementos que fornecem ao elemento construído um certo nível de ordem e unidade, resultando em um edifício de fácil leitura, previsível e até "imaginável". (VÁZQUEZ, TORRES, 2013, p.84)

Para Mostafa (2008) o papel da arquitetura no comportamento autista aplica-se na formulação, ou seja, na compreensão do funcionamento e do desenvolvimento de estratégias e habilidades para o projetar um ambiente tornando-o sensorialmente estimulante. Assim como as práticas arquitetônicas se ajustam para acomodar padrões cognitivos socioculturais elas aplicam-se também aos diferentes padrões cognitivos de indivíduos autistas.

Portanto, podemos concluir que todos os autores citados concordam que o planejamento do espaço arquitetônico pode ser terapêutico e que auxilia no tratamento do autismo, definindo com precisão quais elementos são necessários para projetar um espaço adequado para essa finalidade.

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REFERÊNCIA PROJETUAL

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2.1 ADVANCE CENTER FOR AUTISM

Ficha Técnica

• Autor: Magda Mostafa

• Local: Qattameya, Cairo, Egito

• Data: 2007

Fonte: Advance Special Needs Education

O Centro para autistas é um projeto feito a partir das diretrizes da teoria do design sensorial elaborado pela própria arquiteta, na sua pesquisa do inovador Autism ASPECTSS, que é um índice de projeto que estabelece parâmetros para criar ambientes favoráveis aos usuários autistas, tornando-se pioneira nesta área.

Neste projeto aborda o estudo da arquitetura e design sensorial, a sua influência nos usuários, tratamento de pessoas com autismo, desenvolvimento e percepção do comportamento, onde nos ambientes físicos aplica-se cor, textura, ventilação, vedação, acústica.

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O complexo é composto por 4 edifícios: Setor de repouso, esportivo, convivência e tratamento.

Esses espaços foram divididos de acordo com potencial sensorial de suas funções podendo variar de áreas estimulantes até áreas pouco estimulantes, sendo que as zonas de transição são pensadas como ponte de conexão dessas áreas. Em relação ao seu programa, o centro fornece todo o suporte terapêutico e educacional, destacando as salas individuas e coletivas de atendimento, sala de esportes e jardim.

Além disso, a partir de estudo de casos feito pela arquiteta, houve um desenvolvimento de um “modelo de design sensorial” o qual se baseia em uma tabela de dois eixos, o eixo horizontal são as percepções do ambiente físico, dividido em quatro tópicos, a estrutura, equilíbrio, característica e a dinâmica, e o eixo vertical são as necessidades sensoriais, dividido em cinco tópicos, a audição, visual, tato, cheiro e proprioceptores (captação de estímulos externos).

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Cada autista tem um perfil sensorial característico, com respostas de estímulos diferentes, ou seja, a partir da elaboração desta tabela é possível se basear, no perfil do usuário autista para definição de partidos arquitetônicos, um importante auxílio projetual para o projeto de edificação do trabalho de conclusão de curso.

Este projeto foi escolhido como estudo de caso devido à maneira como foi aplicada a teoria do design sensorial na formulação do programa de necessidades, no qual se equilibra o espaço físico com o sensorial, outro aspecto importante é a necessidade de um espaço de integração entre os usuários autistas, além da implementação do centro educacional, que leva à conquista da independência de estudantes e sua inserção na sociedade.

Fonte: MOSTAFA (2014, p.146)

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2.2 CENTER FOR AUTISM AND THE DEVELOPING BRAIN

Ficha Técnica

• Autor: daSilva Architects

• Local: White Plains, Nova York, EUA

• Data: 2013

O Centro para Autismo e Desenvolvimento Cerebral é o retrofit de um ginásio histórico, construído em 1924, no Campus do Hospital Presbiteriano de Westchester que hoje serve para avaliação e tratamento do autismo.

Tem como principal objetivo o diagnóstico e tratamento para o transtorno do espectro autista para crianças e adultos através do método que utiliza da semelhança de ambientações do dia a dia, busca internamente lembrar uma cidade, organizado em módulos pequenos de duas águas, utilizando as diretrizes sensórias.

O centro conta também com serviços clínicos e suporte familiar. Possui especialidades como: área para atividades em grupo, sala de recursos para diversos tipos de terapias, salas de atendimento psicológico, sala de atividade de alta intensidade e largos corredores e pé direito, dando a sensação de amplitude. A integração cuidadosa com componentes estruturais e arquitetônicos fornecem a proteção acústica máxima entre os espaços de tratamento

A escolha deste projeto tem como objetivo exemplificar que arquitetura inclusiva e voltada para o autista existe, e auxilia no tratamento com suas ambientações, obedecendo aos estímulos do amplo espectro do autismo.

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2.3 HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK – RIO DE JANEIRO

Ficha Técnica

• Autor: João Figueiras Lima (Lelé)

• Local: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

• Data: 2009

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Fonte: Perren (2006)

O hospital tem um sistema de iluminação natural em quase todos os ambientes, com exceção do centro cirúrgico e das salas de equipamento, cuja necessidade de assepsia, entre outras razões técnicas, precisou receber luz artificial, além de ter sistema de iluminação zenital para controlar a projeção da iluminação nos horários e quantidade necessária para a edificação. As fachadas são protegidas e voltadas à incidência solar com beirais prolongados, onde a aberturas para iluminação puderam ser melhor aproveitadas.

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Fonte: Perren (2006, p.209) Fonte: Perren (2006, p.208)

Usando os princípios da expansibilidade e flexibilidade espacial na edificação, possibilita a ampliação de seus blocos, priorizando a integração entre meio interno e externo, entorno verde e a ventilação cruzada. Além da setorização ser bem definida, entre quatro blocos, atendendo a característica de cada ambiente. O sistema construtivo é constituído por lajes pré moldadas e vigamento metálico, tornado os espaços mais flexíveis, além de ter um piso técnico de mais fácil manutenção. A escolha deste projeto para estudo de caso se justifica pelo conforto térmico garatido pelo uso da energia passiva e seus modulares sistemas construtivos. A iluminação natural e principalmente a ventilação cruzada, dentro do ambiente hospitalar, usa os princípios da sensorialidade dentro da arquitetura, um conceito abordado neste trabalho. O projeto torna o ambiente frio do hospital em algo salubre aos pacientes, com a integração de seu paisagismo e a água.O uso de peças pré moldadas, facilita a construção do edifício e torna os espaços mais flexíveis.

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2.4 AMA - ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA

Ficha Técnica

• Autor: Sonia Longato Bitar

• Local: São Paulo, São Paulo, Brasil

• Data: 2000

GeoSampa

O AMA é uma instituição beneficente e sem fins lucrativos que oferecer atendimento 100% gratuito, tento o apoio da Secretarias de Estado de Educação de São Paulo (SEESP) e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SESSP), é a primeira associação de autismo no país. Usa a metodologia do “Sistema Educacional e Terapêutico da AMA”: o PETI (Planejamento Educacional Terapêutico Individualizado).

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Google Srteet View (2019) (2019). Modificação autoral.

O AMA é uma instituição beneficente e sem fins lucrativos que oferecer atendimento 100% gratuito, tento o apoio da Secretarias de Estado de Educação de São Paulo (SEESP) e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SESSP), é a primeira associação de autismo no país. Usa a metodologia do “Sistema Educacional e Terapêutico da AMA”: o PETI (Planejamento Educacional Terapêutico Individualizado).

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Fonte: AMA (2018)

2.5 ENTREVISTA AMA - ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA / O AUTIS-

TA E A COVID 19

Durante o mês de julho de 2020, fiz uma breve entrevista, por telefone, com a senhorita Carolina Ramos, sobre a metodologia do AMA e seus desafios para o atendimento dos assistidos em 2020 durante a pandemia.

Hoje em dia eles tem cerca de 230 funcionários e 380 crianças, jovens e adultos com autismo divididos em 4 unidades fornecendo um centro de apoio e especialização no TEA. Hoje, infelizmente as condições dos locais e espaço das unidades não conseguem suprir à quantidade de vagas necessárias, o governo de São Paulo junto com o arquiteto Ruy Ohtake fez um projeto para uma nova unidade a unidade Vila Ré , por enquanto, o projeto só está no papel por falta de verba para construção, além disso o AMA sempre está aberto para qualquer tipo de doação e também doação através da nota fiscal paulista.

Durante a pandemia provocada pelo coronavirus, houve a suspenção das unidades de atendimento, e como medida para apoio aos assistidos, foram oferecidos em sistema de aulas online e auxílio com cestas básicas para as famílias, a associação de amigos do autistas estão trabalhando ao máximo para manter seus tratamentos e apoio, mesmo com o distanciamento social, muitos relatos dos pais demonstram a dificuldade de manter um filho autista dentro de casa, onde houve ruptura de sua rotina dento da associação.

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LEITURA URBANA

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3.1 LOCALIZAÇÃO

Para a inserção urbana do equipamento aqui proposto foi necessário o estudo de um recorte urbano que, por meio de mapeamentos e dados da prefeitura como o GeoSampa, o Plano Diretor com seu Zoneamento, o levantamento dos equipamentos voltados à área da saúde e transporte, chegou-se a um diagnóstico da área.

Para a justificativa da localização partiu-se do público-alvo do projeto proposto: pessoas diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e suas famílias, sua mobilidade na cidade e a proximidade com o Hospital das Clínicas atendimento a esse público.

A intervenção projetual do centro de apoio ao autista considerou as necessidades do seu entorno imediato para o suporte do projeto. O local de intervenção está localizado na cidade de São Paulo, no bairro de Jardim Paulista, na Rua Teodoro Sampaio, esquina com a Rua João Moura, a sendo nas proximidades com o Hospital das Clínicas que está a cerca de 500 metros de distância.

Dentro do complexo das Clínicas está localizado o Instituto de Psiquiatria que é considerado referência no tratamento e pesquisa dos portadores de autismo no Brasil, o projeto propõe uma conexão entre o centro de apoio ao autista e o Instituto de Psiquiatria para poder atender o maior número de portadores possível além que é uma região de fácil acesso ao transporte coletivo.

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Subprefeituira de Pinheiros

Fonte: GeoSampa. Modificação autoral

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VISTA 1

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3.2 PASSADO E EVOLUÇÃO URBANA

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3.3 LEITURA TÉCNICA

MAPA HISPOMETRICO E TOPOGRÁFICO

Fonte: GeoSampa. Modificação autoral

Podemos perceber que a Rua Teodoro Sampaio, neste trecho, apresenta-se com uma declividade considerável, com um relevo acentuado em direção ao Hospital das Clínicas. O terreno está localizado entre as cotas 765 – 769

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MAPA HIDROGRAFIA E ÁREAS VERDES

Fonte: GeoSampa. Modificação autoral

O fluxo das águas cai em direção ao rio pinheiros, já a vegetação no entorno do terreno não

é densa, mas podemos reparar que aumenta quando olhamos para o Bairro do Jardins, onde a área verde é bem significativa.

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MAPA DE CHEIOS E VAZIOS

Com a análise de cheios e vazios podemos verificar que a região está bem consolidada, com poucos vazios, os vazios existentes são na maioria subutilizados com estacionamentos, que no caso é a atual situação do terreno.

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Fonte: GeoSampa. Modificação autoral

DIAGRAMA GABARITO PREDOMINANTE

Fonte: Google Earth. Modificação autoral

No entorno do terreno o gabarito é relativamente alto, com torres em média de 30 até 42 metros de altura, se destaca em relação à região dos Jardins que conta com gabarito por volta de 6 a 10 metros de altura.

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DIAGRAMA HIERARQUIA VIÁRIA E USO

Fonte: Google Maps. Modificação autoral

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A Rua Teodoro Sampaio, como podemos observar, tem um grande fluxo de carros e pedestres, com muitos usos diversificados, desde as Clínicas até a Largo da Batata.

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3.4 LEGISLAÇÃO incidente no lote

Fonte: GeoSampa. Modificação autoral

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A lei nº 16.402 de 2016, Lei parcelamento uso e ocupação do solo de acordo com o PDE, estabelece os quadros de parâmetros de ocupação e a quota ambiental. O terreno escolhido está localizado em uma Zona de Centralidade (ZC), com uma área segundo o GeoSampa/IPTU de 5.077m², sendo assim dentro dos instrumentos urbanísticos, conforme na tabela abaixo.

PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO

Fonte: Lei nº 16.402,2016. Quadro 3. Modificação autoral.

QUOTA AMBIENTAL

Fonte: Lei nº 16.402,2016. Quadro 3A. Modificação autoral.

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Fonte: Plano Diretor Estratégico (2014). Modificação autoral.

O Plano Diretor Estratégico, PDE, Lei nº 16.050, 2014 é uma lei municipal para orientar o crescimento de desenvolvimento da cidade com a participação da população, busca a melhoria da qualidade de vida na cidade de São Paulo.

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Será considerado neste TFG a qualificação da vida urbana nos bairros, o incentivo das fachadas ativas e a ampliação da rede de equipamentos urbanos e sociais: educação, saúde, esportes, cultura, assistência social.

Considerou-se para a concepção do projeto a Norma Corpo de Bombeiro, o atendimento a Instrução Técnica (IT) nº11.2019, sobre as saídas e emergências, e a Instrução Técnica (IT) nº13.2019, que fala sobre pressurização de escadas de segurança.

Além de toda a legislação citada, considerou-se também a NBR 9050 de 2015, que define os parâmetros de acessibilidade na edificação, estabelecendo como os espaços devem ser acessíveis a todas as pessoas, garantindo a circulação nos ambientes de forma autônoma e garantindo a total mobilidade.

Para o auxílio da diretriz projetual levou-se em conta a lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 referente a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que considera os elementos de urbanização, arquitetura inclusiva e seus direitos. Entrando dentro do tema abordado no trabalho, existe a lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que estimula a pesquisa cientifica, estudos epidemiológicos, junto com o acesso ao serviço a saúde, para livre desenvolvimento e vida digna para os autistas.

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PROJETO

4.1 DIRETRIZES PROJETUAIS

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4.3 PARTIDO

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65 FLUXOGRAMA

SETORIZAÇÃOSETORIZAÇÃO E PROGRAMA

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O programa de necessidade, como dito anteriormente, foi estruturado a partir de estudo de casos, leis e cartilhas formuladas para pessoas portadoras do TEA.

A tabela ao lado apresenta o programa de necessidades com quantitativo de usuários em função das áreas propostas e em atendimento às normas do corpo de bombeiros.

67 N Í V E L D O U S O D E R E S T R I Ç Ã O N Í V E L D O U S O D E R E S T R I Ç Ã O
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4.2 LEGISLAÇÃO APLICADA NO TERRENO

A Lei nº 16.642, de 9 de maio de 2017 referente ao Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (COE), dispõe regras gerais para facilitar o processo de licenciamento das edificações, que trata sobre áreas não computáveis e computáveis, porcentagem permitida para diferentes ambientes e usos, junto com as Norma Técnica pertinente.

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Corte ampliado da laje nervurada

Sem escala

A NBR 6118 permite que, pré-dimensionamento:

laje nervurada protendida, para a determinação da altura da laje, fica deter-

minado pela seguinte equação: h = l/23 a l/28, sendo:

h = altura da laje nervurada

ℓ = distância entre os apoios (pilares), em cm.

Tirante apoiado viga invertida

Laje nervurada protendida em duas direções

Ou seja h=l/25 = 0,40 -- 40 cm altura

laje nervurada

Laje maciça protendida

Deve-se observar os valores mínimos norma

tivos:

15 cm para lajes protendidas apoiadas em Pilar Viga

• 40x40 cm φ h=10% do vão cargas médias

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4.3 SISTEMA
CONSTRUTIVO

Malha estrutural base

altura da normaem vigas cargas .

Malha estrutural torre

Justificativa solução estrutural

• Maior liberdade arquitetônica devido à possibilidade de vencer grandes vãos ou vãos fortemente carregados mantendo uma grande esbeltez na laje;

• Maior área útil do pavimento devido a menor quantidade de pilares;

• Economia em relação às estruturas em concreto armado para vão superiores a 7,0 m;

• Redução nas espessuras das lajes acarretando uma significativa diminuição na altura total do prédio e, consequentemente, um menor peso total da estrutura, minimizando os custos nas fundações;

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VISTA PISCINA TERAUPÊUTICA

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VISTA JARDIM SENSORIAL

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FENOLOGIA

Toda a escolha da fenologia, foi pensanda para o autista. O jardim sensorial é o despertar dos cinco sentidos, as vegetação escolhidas tem muitas cores, cheiros e até árvores frutiferas de pequena porte, a biofiolia e o contato com a natureza auxilia na sensorialidade e tratamento para o autista.

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101 ISOMÉTRICA
BRISE
+ MATERIALIDADE
C/
EXPLODIDO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após muito estudo durante um ano de pesquisa e compreendimento do tema, este trabalho final de graduação buscou entender à atual necessidade de projetar para todos sendo uma arquitetura inclusiva.

A partir de uma inqueitação que é a humanização dentro dos ambientes hopitalares e cruzandos os dados, houve uma visão que existe um defict de centros de apoio à comudade autista, assim concluindo a partir deste trabalho uma metodologia de projeto para agregar dentro de qualquer tema relacinado a área da saúde e suas atuais necessidades.

Sendo assim, espero que um futuro próximo onde o cuidado e a femenologia ande junto com arquitetura, para fazer e diferença e relevância, auxliando em tratamentos dentro do TEA.

"O Autismo é ver o mundo de um outro jeito, e cada um de nós temos que achar um jeito de entender as diferenças." (Dr. Leonardo Maranhão)

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