Ano XXX edição nº 1521
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29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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Créditos: Stella Jurgen
Mulheres: quase lá?
P28
Marcelo Rebelo de Sousa “Joga-se tudo nas próximas semanas”
apresentador Vince Nigro convidados Cristina Da Costa Angie Camara
Temas em discussão
Se Canadá concordar Pfizer envia vacina em menos frascos
P33
Futsal Jorge Braz e Ana Catarina Pereira eleitos os melhores do mundo
P45
1. Análise do situação política - nacional e internacional 2. A Covid-19, as novas estirpes e o grau de contágio cada vez maior 3. A mulher e a igualdade de género - o que já se conquistou e o que está por conquistar
Krystle Ferreira, B.A. (Hons), LLB
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sexta-feira às 18h
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MILÉNIO | EDITORIAL
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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EDITORIAL
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Ano XXIX- Edição nº 1521 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021 Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si! Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5 Telefone: 416-900-6692
Sou uma mulher… oiçam-me rugir Manuel DaCosta Editorial
Em 1971, Hellen Reddy cantou a música “I am Woman” que se tornou num hino feminista na luta pelos direitos das mulheres e inclui a letra “… e eu estive lá no chão. Ninguém me vai derrubar de novo…”
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um ano marcado pela crise e incerteza, as corporações da América do Norte encontram-se numa encruzilhada. As escolhas que as empresas fazem hoje terão consequências na igualdade de género das próximas décadas. Esta pandemia tem, mais do que nunca, destacado o papel da mulher em inúmeras atividades onde a sua presença tem aumentado substancialmente. A desigualdade de género e a mulher no local de trabalho continuam a ser um tópico de discussão. A mulher tem feito grandes progressos no local de trabalho, contudo a desigualdade persiste. A questão da igualdade de remuneração ainda é um assunto atual porque o reconhecimento do valor da mulher no local de trabalho ainda não se reflete no valor de remuneração. O Globe and Mail completou um estudo “Power Gap” (lacuna do poder) entre homem e mulher e os resultados são alarmantes. Demonstra que o desequilíbrio de poder continua na presidência e nas salas da dire-
ção. A primeira legislação referente à remuneração igualitária entrou em vigor em 1951, delegando que os homens e mulheres sejam pagos de forma igualitária quando desempenhados trabalhos semelhantes. Ao longo dos últimos 70 anos, entrou em vigor legislação adicional que proíbe a discriminação com base no sexo e ilegaliza o despedimento de uma mulher por estar grávida. Apesar do pronunciamento político e das leis aprovadas, a mudança tem-se feito lentamente e, em alguns casos, tem sido regressiva. As corporações têm adotado abordagens estoicas e estão agora a atropelar-se para remediar essas condições, no entanto, foram feitos danos suficientes para que a perda da mulher no mercado de trabalho seja irreversível. Porque é que não se tem feito um progresso maior na igualdade homem/mulher na composição e poder do local de trabalho? Alguns sugerem que as mulheres continuam a ser o seu pior inimigo no que diz respeito a abraçar as suas carreiras e promoções. A incerteza quanto à dedicação ao trabalho por longos períodos de tempo, devido às ocorrências do estilo de vida, tem um impacto na mentalidade da administração quando se trata da promoção de uma mulher. Certamente que o ditado que considera as mulheres como o sexo mais fraco foi desacreditado e, agora, superam os homens nos graus académicos, assim sendo, não é por falta de educação que são muitas vezes ignoradas. Não há dúvida que a desigualdade de género existe, mas a solução não é simples. Preencher cargos para corresponder a certas quotas não é o caminho. As quotas fa-
zem com que as pessoas tenham uma reação profundamente errada e evidenciam que corporativamente se está a preencher um mandato irrealista e que, a longo prazo, não resultará num desfecho positivo. As mulheres têm de querer lutar pelas suas posições, mas, muitas vezes, não foram orientadas ou monitorizadas e por isso desistem. uma em cada quatro mulheres consideram reduzir a sua carreira ou sair do mercado de trabalho. Isto terá um impacto negativo durante vários anos. Durante a crise da Covid-19, principalmente as mulheres têm vindo a sofrer um impacto negativo, particularmente mulheres de cor. As mães no mercado de trabalho, sempre trabalharam “turnos duplos”, desempenhando dias inteiros de trabalho, seguidos de horas a cuidar de crianças e de trabalhos domésticos. Mais de 75% dos CEO’s incluem a igualdade de género como uma prioridade nas suas empresas, contudo o resultado ainda não sofreu alterações. Os homens simplesmente não estão empenhados em garantir que essa igualdade acontece. O que foi conquistado há 70 anos está lentamente a ser erodido pela masculinidade, movida pelo ego, com receio das medidas repressivas que possam ser impostas por colegas do sexo feminino. “Sou forte… Sou invencível…” questiono-me o que a Helen pensaria agora e se modificaria a letra da música.
Versão em inglês
P. 19
Direção: Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com Madalena Balça Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com Marketing: José M. Eustáquio Vice-Presidente, MDC Media Group Inc. jm.eustaquio@mdcmediagroup.com Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com Publicidade: Rosa Bandeira Telefone: 416-900-6692 info@mdcmediagroup.com Colaboradores do jornal: Adam Care, Adriana Marques, Aida Batista, Anselmo Borges, Augusto Bandeira, Catarina Balça, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Inês Barbosa, Inês Carpinteiro, Joana Leal, Lizandra Ongaratto, Luís Barreira, Paulo Gil Cardoso, Paulo Perdiz, Rosa Bandeira, Telma Pinguelo, Vincent Black. Cartoonista: Stella Jurgen Traduções: Inês Carpinteiro e David Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.
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Créditos: DR
CAPA
Eles e elas no mercado de trabalho As mulheres canadianas e portuguesas são a maioria nas universidades, mas nem um curso superior lhes garante o mesmo acesso ao mercado de trabalho do que a um homem, sobretudo a nível de salário. As posições de liderança dentro das empresas públicas e privadas continuam a ser lideradas pelos homens. A informação não é revelada diretamente porque o setor público proíbe a divulgação do género, mas pelo primeiro e último nome é possível perceber que os homens continuam a representar 95% das posições de liderança em empresas públicas.
N
a Europa a realidade é igual. Dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos apontam que as mulheres têm salários inferiores aos dos homens em praticamente todas as profissões. A desigualdade de género começa no momento em que nascemos e prolonga-se pelo resto da vida, inclusive nas aposentações. É difícil de perceber e de aceitar que em média uma mulher tenha mais escolaridade, inclusive formação superior, e que mesmo assim entre em desvantagem no mercado de trabalho porque vai ter acesso a empregos mais precários do que os dos homens. Não surpreende por isso que a Fundação Francisco Manuel dos Santos aponte que as mulheres têm um risco de pobreza mais elevado quando comparado com os homens. Outro dos problemas apontado num estudo desta entidade é o facto das mulheres serem líderes em número de horas de trabalho que não é remunerado - aqui inclui-se o tempo extra que investem na carreira profissional como na vida doméstica.
No Canadá, a pandemia agravou este fosso entre homens e mulheres e um relatório do RBC divulgado em 2020 concluiu que a participação das mulheres no mercado de trabalho caiu para os níveis mais baixos dos últimos 30 anos. Resta agora saber quanto tempo vai ser preciso para recuperar os níveis da década de 90, se é que vamos voltar a vê-los. O relatório do RBC indica que 1,5 milhões de mulheres canadianas perderam o seu emprego nos primeiros dois meses da pandemia e 45% das mulheres viu as suas horas serem cortadas. A explicação, ou parte dela, parece estar no facto de que as mulheres são dominantes em setores como a hotelaria, retalho, serviços educacionais e assistência social. Os direitos das mulheres constam da The Canadian Charter of Rights and Freedoms e do Canadian Human Rights Act, mas a diferença salarial, a maternidade, as doenças relacionadas com o trabalho e o equilíbrio entre a vida familiar e profissional não são problemas novos. Em 2018 o Governo federal dedicou um ministério à questão do género e da igualdade - o Women and Gender Equality Canada (WAGE) -, o que revela que o problema continua a ser bem atual, apesar de todos os esforços. O ministério dedica-se à promoção da igualdade da mulher em três eixos essenciais: aumentar a segurança económica e a prosperidade das mulheres; encorajar a liderança das mulheres e a participação democrática e acabar com a violência de género. Em 1951 a província de Ontário foi a primeira província canadiana a adotar a primeira legislação de igualdade de remuneração do país. Oito anos depois todas
as províncias seguiram Ontário, exceto o Quebec e Newfoundland & Labrador. Os benefícios relativos à maternidade só foram incluídos no subsídio de desemprego em 1971. O código do trabalho do Canadá só foi alterado em 1978 para eliminar a gravidez como justificação para despedir uma mulher. Em 2009, pela primeira vez na história do Canadá, o mercado de trabalho tinha mais mulheres do que homens. Agora a pandemia mudou o mundo e as conquistas que a mulher adquiriu nas últimas décadas voltam a estar em risco uma vez mais. As mulheres também são afetadas porque assumem mais responsabilidades de cuidar dos filhos, pelo menos quando comparadas com os seus colegas homens e não hesitam em pedir uma redução do horário de trabalho se os filhos não regressarem à escola no outono. Outras preferem voltar ao trabalho mais tarde porque colocam a família em primeiro lugar. Dados da Statistics Canada apontam que o emprego entre mulheres com crianças em idade escolar caiu 7% entre fevereiro e março. Ainda não existem dados em relação aos outros meses, mas tudo aponta para que a tendência se mantenha. Nos homens com crianças da mesma idade o desemprego caiu 4%. As mães solteiras com um filho pequeno ou em idade escolar viram a sua taxa de emprego cair 12% entre fevereiro e junho, quase o dobro quando comparado com pais solteiros. O relatório da RBC compara a recessão económica criada pela pandemia com recessões anteriores e conclui que antes os homens tinham uma probabilidade maior de serem despedidos. O banco compara as recessões dos anos 80 com a crise
financeira de 2008 e conclui que agora as mulheres têm mais riscos. Com a pandemia o RBC adianta que um terço das mulheres que perderam o emprego entre fevereiro e junho não procuraram um novo emprego e por isso enfrentam mais riscos de demissão a longo prazo e/ou futuras penalizações no salário. As mulheres que não perderam o emprego alegam por sua vez que uma das hipóteses poderá ser deixarem o seu emprego definitivamente porque ganham menos do que os companheiros e precisam de tomar conta dos filhos. Mas uma pausa na carreira também pode significar perder a confiança e a rede de contatos. Por outro lado, há também quem argumente que não existem condições para procurar emprego porque as creches são agora ambientes instáveis que a qualquer momento podem ter um surto de COVID-19 e o novo empregador pode não ter esta flexibilidade. Em jeito de conclusão fica aqui a nota de que até hoje o Canadá só teve uma primeira-ministra na sua história. Kim Campbell foi eleita em 1993 e uma das suas frases conhecidas é de que ficaria ainda mais orgulhosa se um dia fosse uma das 10 primeiras-ministras do país. Em Portugal, que acabou de reeleger Marcelo de Rebelo de Sousa para Presidente da República, a diplomata candidata Ana Gomes foi a mulher mais votada de sempre numas eleições presidenciais em Portugal. Razões que nos levam a crer que ainda existem áreas onde as mulheres dificilmente conseguem chegar dentro da organização de uma sociedade. Joana Leal/MS
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Desigualdade de género
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Canada Portugal
classificação entre 153 países
Média global
Economia
Política
Educação
Canada 19 Portugal 35
Participação económica e oportunidade Lugares de direção ocupados por mulheres (%) 81 CN
Salários médios ganhos $31.05
80.1 PT
19
€1,008.80
(per hour)
CN 19.9
(per month)
PT $26.92
€859.1
13.3% gap
15% gap
(per hour )
(per month)
Poder político Mulheres no parlamento (%) 73 CN
Mulheres em cargos ministeriais
CN
PT 27
PT 50
35.7
70.6
50
64.4
29.4
Nível de educação Matrícula no ensino pós-secundário (%) 59.1 CN
PT 79.3
Créditos: David Ganhao
60.1
67.7
Fontes: weforum.org 150.statcan.gc.ca theportugalnews.com
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Créditos: Melissa Askew
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“The pandemic is having an unprecedented impact on vulnerable women and girls throughout Canada” - Kate Hawkins
Although we live in an era that has evolved immensely since the days of our grandmothers and even mothers, we are far from achieving justice in terms of gender equality. With many gaps to fill and many barriers to break, there are still circumstances where women are considered inferior and ultimately second options.
Kate Hawkins, responsible for managing, public relations and online engagement for the The Canadian Women’s Foundation
C
cision-makers who reflect the diversity of Canada. Tackling these large, systemic issues can feel overwhelming at times. But a gender equal Canada is possible.
anada has shown an effort to fight this problem, but the fact is that it still happens - several studies prove this point, showing us very discriminatory results. The Canadian Women’s Foundation (CWF) is an organization that seeks to fight for women’s rights and gender equality. They fund programs across the country, addressing four urgent issues: genderbased violence, economic security, girls’ empowerment and inclusive leadership. We had the opportunity to speak with Kate Hawkins, responsible for managing, public relations and online engagement for the foundation. She helped us better understand the CWF’s work as well as their perspective on women in the workforce— especially now, throughout the pandemic.
MS: Is it common in your association to have complaints from women who feel discriminated against in their professional environment simply because they are women? Does the fact that men occupy most of the high-level decision-making positions, contribute to the barriers encountered by women throughout their careers?
Milénio Stadium: Despite progress, there is still a clear gender gap in the world and particularly in Canadian society. This is one of the reasons why associations like the Canadian Women’s Foundation exist. What kind of work do you do in this area?
• Deliver critical services to women and girls through our annual and multi-year grants program; • Deal with staffing and volunteer shortfalls; • Invest in PPE like gloves, masks, and cleaning supplies; • Invest in wraparound supports for their MS: The studies are done and the numclients, like childcare, food, and transit; bers are clear. What is lacking for effective • And begin the work of digitizing their gender equality in Canadian society? services. KH: There is still so much work to be done when it comes to achieving gender equalWe’re also launching a new program, ity in Canada. We have to invest heavily Safer + Stronger Grants, which will address in long-term, community-based solu- the rising risks of gender-based violence tions to prevent and intervene in situa- in the pandemic and ensures critical sertions of gender-based violence. We need vices continue to reach survivors and their pay equity, better education and work dependents. Applications for this grant opportunities, and equitable, safe work- stream will be accepted on a continuous places. We need affordable, accessible, basis until Feb. 15. and universal childcare. And we need deCatarina Balça/MS
Kate Hawkins: The Canadian Women’s Foundation is Canada’s public foundation for women and girls. We’re committed to advocating for gender equality in Canada by lifting women and girls out of violence, out of poverty, and into confidence and leadership. We do this by funding programs that focus on addressing the root causes of the most critical issues and helping women, girls, two-spirit, trans, and non-binary peoples who face the greatest barriers nation-wide. You can read more about the programs we fund on our website. (canadianwomen.org)
KH: The Canadian Women’s Foundation funds and supports organizations that help women and girls, but we do not provide services directly. All the same, we know that women in Canada often face discrimination at work and now, due to the pandemic, things are only getting worse. Women are being pushed out of the workforce at historic rates, especially racialized women and those in precarious work. The pay gap persists, and has always been worse for Indigenous women, black women, newcomer women, and women with disabilities. The burden of unpaid child and elder care work, already disproportionately falling to women, has only grown.
MS: How does your association help women during these complex pandemic times? KH: The COVID-19 pandemic is having an unprecedented impact on vulnerable women and girls throughout Canada. Programs and services are seeing a surge in gender-based violence and economic problems, and they’re struggling to meet women’s needs. We’re doing what we can through our Tireless Together COVID-19 response fund, which supports service providers to help them:
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Créditos: Revista Amar
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“Como mulheres, temos a obrigação de nos ajudar umas às outras e de nos elevar” - Cristina Martins Cristina Martins, com a sua carreira profissional e política que tem, ao longo do tempo, desenvolvido, é um bom exemplo de uma mulher que se tem sabido afirmar na sociedade. Precisamente por ter estado num cargo de destaque no parlamento provincial e também pela sua proximidade à realidade social no Canadá e, em particular, em Ontário, Cristina Martins ajuda-nos a perceber nesta entrevista que concedeu ao Milénio Stadium, qual é o ponto da situação no que à igualdade de género diz respeito – o caminho já feito e o muito que há ainda por percorrer.
principais fatores, é que é a mulher que fica em casa em licença maternidade e muitas vezes é também ela a cuidadora principal. Isso faz com que a mulher pare a sua carreira e, consequentemente, o seu progresso profissional. Essas interrupções e faltas ao trabalho resultam em menos oportunidades de promoções e aumentos salariais. Outro fator é a falta de diversidade nas funções de liderança. Embora tenha havido progresso, especialmente nas grandes corporações e no Governo, há ainda mais trabalho a ser feito nesta área. Precisamos continuar a ter mais mulheres em posições de liderança para ajudar a quebrar os estereótipos sobre quem e o que é ser um bom líder. Além disso, quando mulheres mais diversificadas estão envolvidas nos processos de tomada de decisão, elas estão numa melhor posição para trazer uma mais forte perceção do género feminino para o processo e trazer as “questões das mulheres” para cima da mesa e para primeiro plano. Mais mulheres líderes também permitem que meninas mais novas tenham um modelo a seguir nas quais se inspirem.
Milénio Stadium: Um estudo recente elaborado pelos jornalistas do The Globe and Mail mostra, de uma forma muito clara, que no Canadá há ainda diferenças muito significativas entre homens e mulheres. Tanto ao nível do posicionamento hierárquico, quanto ao nível salarial. Como mulher - que desenvolveu atividade política relevante durante tantos anos e também tem a sua carreira profissional fora da política - que análise faz da permanência deste MS: O que é que tem sido feito em termos facto na sociedade canadiana? práticos para promover uma maior igualCristina Martins: Temos a sorte de viver dade de género no país? uma sociedade e num país onde meninas e mulheres de todas as cores, religiões e CM: Os direitos das mulheres estão bem esconvicções políticas têm permissão e são tabelecidos na Canadian Charter of Rights incentivadas a ir à escola, ir em busca de and Freedoms e na Canadian Humans uma educação superior e ocupar cargos Rights Act. A Canadian Humans Rights Act de poder na sociedade. No entanto, ainda afirma que todos os canadianos devem ter existem barreiras no local de trabalho, e na direitos e oportunidades iguais. No entansociedade, que proíbem ou dificultam que to, a nível do Governo federal existe um as mulheres recebam o mesmo salário que Ministério para a Mulher e a Igualdade de os homens nos mesmos cargos e dificultam Género, o que significa que ainda há mais que elas tenham as mesmas oportunidades trabalho a fazer para promover a igualdade que os homens com o mesmo nível de edu- em todo o país e que o nosso trabalho como cação ou experiência. Por que razão isso país e como sociedade não acabou. acontece, não apenas aqui no Canadá, mas O Governo federal priorizou o progresso da em todo o mundo? Um dos fatores que conigualdade de género e, como tal, nomeou o tribui, na minha opinião, e talvez um dos primeiro gabinete federal tendo em conta o
equilíbrio de género em 2015. Também investiu bastante em mulheres e meninas em áreas como desenvolvimento económico, violência contra as mulheres e projetos que promovem a liderança das mulheres. Isso, por sua vez, melhora a segurança económica e a prosperidade das mulheres. Em 2017, a nível provincial, sob a liderança da primeira Premier feminina na história de Ontário, um ministério autónomo - o Ministério do Status da Mulher - foi criado para lidar com a desigualdade na nossa província. Sob o atual Governo provincial, esse ministério deixou de existir e este tema da mulher passou a ser incluído no Ministério da Criança, Comunidade e Serviços Sociais. Isso significa que entre 2017 e 2018 “resolvemos” as questões das mulheres a nível provincial? Não, significa apenas que, mais uma vez, não estamos a trabalhar para garantir a promoção e garantia da igualdade de género. Infelizmente, o atual Governo provincial desviou o foco das questões das mulheres e empurrou-as para o fim da linha. Como podemos esperar progredir como mulheres quando o nosso Governo tira o foco da promoção da igualdade? MS: Há quem defenda que, em muitas circunstâncias, são as próprias mulheres que levantam barreiras à consolidação de uma cada vez maior igualdade de género. O que pensa a este respeito? CM: Concordo que há momentos em que essa afirmação é verdadeira. Acho que as mulheres tendem a minimizar as suas contribuições e, portanto, não ajudam a promover a sua causa no que diz respeito à igualdade de género no trabalho e/ou na sociedade. Eu também acho que às vezes as mulheres, por qualquer motivo, travam o progresso de outras mulheres e isso é errado. Como a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Madeleine Allbright, disse uma vez:
“Há um lugar especial no inferno para as mulheres que não se ajudam”. Acho que, como mulheres, temos a obrigação de nos ajudar umas às outras e de nos elevar. Só assim continuaremos a promover a igualdade de género e a eliminar todos os tipos de lacunas que existem atualmente. E também temos que começar a acreditar que, enquanto mulheres, também podemos alcançar o que quisermos e sermos o que quisermos. MS: Neste quadro de pandemia que tem afetado muito o mundo laboral, na sua perspetiva, como é que as mulheres têm sido (ou não) mais prejudicadas? CM: As mulheres atualmente ocupam profissões que as colocam na linha de frente dos cuidados de saúde (trabalhadores de apoio pessoal, cuidadores, enfermeiras) e empregos que são considerados serviços essenciais (retalho, serviços de alimentação e hospitalidade, limpeza, serviços educacionais) durante a pandemia provocada pela COVID-19. Ter mais mulheres nesses serviços essenciais da linha de frente resultou em mais mulheres do que homens com diagnóstico de COVID-19 e, como consequência, mais mulheres a morrer devido à COVID-19. As mulheres também constituem a maioria dos trabalhadores com salário mínimo e trabalhadores de a meio tempo no Canadá. Com o encerramento de muitas indústrias devido à COVID-19, não é surpresa que as barreiras económicas que as mulheres enfrentam estejam a piorar. Além disso, com mais mulheres a serem diagnosticadas com COVID-19 e tendo que ficar em casa, não é de admirar, e como disse na minha primeira resposta, que essas interrupções e ausências do trabalho resultem em menos oportunidades de promoções e aumentos salariais. Catarina Balça/MS
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Destaques do dia, notícias de Portugal, dos países da lusofonia e ainda economia, negócios, finanças e curiosidades interessantes.
Desde as últimas notícias aos destaques do entretenimento, passando pela ciência, tecnologia, cinema e estilo de vida.
Com Nuno Miller Seg-Sex 7h
Seg-Sex 11h
Um programa voltado para aqueles que curtem a boa música, com os clássicos dos anos 80, 90 e 2000, e os hits do momento.
Muita animação, juntando a melhor música para o seu regresso a casa e uma variedade de informações que não pode perder.
Gustavo Carona, médico intensivista e anestesista do Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, está habituado a lidar com situações em que a vida e a morte se decidem em poucos instantes. No Portugal à Vista desta semana confessa que apesar da sua experiência em cenários de guerra, nunca viveu algo tão intenso como esta verdadeira catástrofe que tem um nome: Covid-19.
Seg-Sex 14h
Seg-Sex 18h
Sáb 14h30
No Timeline desta semana, Adriana Marques e Catarina Balça mostram-nos uma sandes gigante, muito estranha, com conteúdo suspeito, falam-nos da experiência de assistir a um concerto dentro de uma bolha e contam-nos tudo sobre a nova fotografia romântica do filho mais velho de David Beckham.
Manuel DaCosta conversa esta semana com Mitzie Hunter, MPP, Scarborough— Guildwood, pelo Partido Liberal. A mulher na política, as oportunidades e os desafios na constante luta pela igualdade de direitos.
Com Telma Pinguelo esta semana no Body& Soul fala-se de produtividade. Vamos conhecer a técnica Pomodoro, que é uma ferramenta que nos permite gerir facilmente as tarefas do dia a dia e também eliminar uma boa dose de ansiedade quando temos dias bastante preenchidos.
Sáb 18h
Sáb 21h
Dom 16h
Cristina Da Costa conduz uma saborosa conversa no It’s Showtime desta semana com José Avillez o mágico da cozinha. É um dos mais conceituados chefs de Portugal. No início de 2012, José Avillez inaugurou o restaurante Belcanto totalmente renovado e, menos de um ano após a sua abertura, foi distinguido com uma estrela Michelin.
Esta semana conversamos com a Bióloga Ambiental e Ecologista, Érica Tavares, co-fundadora e Diretora Executiva da EcoAngola, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal o desenvolvimento da educação ambiental. Teremos o nosso momento musical e o Top 10, das mais tocadas no programa de rádio Espaço Mwangolé.
Interviews with Sofia Areal, a contemporary painter from Lisbon known for her paintings with bold colours and circles of life; and AnaBela Taborda, Chairperson of the Little Portugal on Dundas BIA to discuss the Barcelos Rooster painting competition for a public installation in downtown Toronto.
Dom 17h
Dom 18h30
Dom 21h
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29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
Here’s The Thing Interview with Mitzie Hunter
“If you can see me you can be me” As an immigrant black woman Mitzie Hunter, faced two strong obstacles: colour and gender. Hunter was born in Jamaica and she settled in Scarborough with her family. She quickly realized that education would be the key to success in her country. Hunter is an example of empowerment and determination. A woman that achieved a top position in her professional career and we, should be proud of her and take her as an example. Mitzie Hunter was elected as MPP for Scarborough—Guildwood in 2013; She is a former Ontario Minister of Education and she is well known for her activism in the community. This week she was the guest in “Here’s the Thing”, hosted by Manuel DaCosta, on Camões TV. Manuel DaCosta: You have been a community activist for several years, getting involved in social issues that affect your community, including your work with Goodwill Industries. Are you focused mostly with the younger generation or do you get involved across the board? Mitzie Hunter: I’m very passionate about young people and making sure that they have full opportunities. Since talking about
difficult, it needs a certain dedication and they’re much better for it. We, as contractors, are also much better for it because we understand how they live, we get to know them and the difficulties they experience. It could serve as model, for many other areas in the city and it’s something that doesn’t cost very much.
MH: actually, I think it really saves society a lot more when we give young people an opportunity. The mentorship and the apprenticeship training that they know they can do. They have the passion, they just need that guidance. I think those who are advocacy, I’m currently working with our in the trades can make a tremendous diflocal city councillor, Paul Ainslie to bring ference by just bringing in some of these about a community hub, so that young youth, giving them that opportunity and people have recreational spaces and even really changing their lives because once employment access through training in they learn that skill and that trade they the skilled trades, because we know there will all be able to make better choices for is a shortage of skilled trades in Ontario themselves. and the unemployment rates for youth in Scarborough is quite high, so there’s huge MDC: This program is watched mostly by potential there for them. Bringing training immigrants and I always like to use people opportunities closer to where they live, so as yourself as an example of what immigratthat they get access to those really good ing to this country and becoming the person jobs is something I believe in and I want to that you are today. Certainly, I’m sure there work together with those in the industry to were challenges and difficulties. As an imbring that about. migrant and a woman of colour what kind of challenges have you encountered that MDC: There are programs that could serve maybe a white woman would not have? as models. We (Viana Roofing & Sheetmetal Inc) have been working at Regent Park for MH: That’s a really important question. about 11 or 12 years, and as contractors one Given your audience, I want to share my of the things that we have to do is to partici- brother’s story. I have a young brother who pate in an employment of young people that also saw the importance of education and live in Regent Park and provide training, he played basketball, so he went to the USA and skills during the time that were work- on an NCAA Division One scholarship. He ing on the project. We’ve been participating completed university and the first counevery year and it’s an eye opener to see how try to recruit him to play professionally in many young people come in and embrace Europe was Portugal. So, he spent a numa new trade. By the end, they understand ber of years there, and really enjoyed the that to earn a living is not always easy. it’s beautiful country and people. Once again it
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shows what can happen when you’re dedicated, and you work hard. I saw how hard he practiced, and as his older sister I insisted that he complete his university education. Back to your question. As a black woman, I always knew that I had to be excellent—you had to break the stereotypes. I remember I was the president of a technology association and I would speak all over the USA and Canada, and I was in the USA and a man come up to me and he said: “Mitzie, that was an amazing talk that you gave” and he also said, “You’re the most articulate black person I’ve ever seen.” Coming from Canada, I was so surprised that he said that. I was educated with, and I know so many people of so many backgrounds because Scarborough is such a diverse community. We all live together and everybody is articulate, so I thought: “Why is this so surprising to this individual?”. It really shows that you know you’re up against that stereotype. MDC: In Canada most people are immigrants or descents of immigrants. Despite this, there is still some bias in the system that you might have felt sometime. Tell us about that. MH: Statistically there’s a huge bias, because even when you have someone like myself or my young brother, who is an educated black person with a degree, we still earn less than our white counterparts. That’s built into the system and it’s something that we need to change. I’m very pleased to see some of the awareness that is now being built because of what happened last year, unfortunately with that terrible killing of George Floyd, that we all witnessed. We were all at home because of Covid, sort of watching the world and this happens on our
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screens. It really brought in to question our own systems, here in Canada, and where do we have to make them fair, and more equal and more just. So, everyone can have that opportunity and not be held back because of the color of their skin. MDC: Gender equality, for women’s pay to be equal to men has been around for 70 years. Personally, I know a lot of very intelligent women that still earn less than their male counterparts, or even being treated at an equal level. There is still a huge gap between men and women, particularly, women of colour. I sometimes feel that we are regressing rather than progressing, do you feel that at all? MH: Often, you just have to look around the room. Who is leading corporations? Who are on the boards of directors and the executive suites? Who are the CEOs? And not just private corporations but public sector corporations and nonprofits as well. When you look across society, you would think that leadership looks like men and does it have to be like that? No, it does not. So, we have to change that, and we have to make sure that our society is more reflective of everyone at all levels and all ranks. The pandemic has actually shone a light on those inequalities because when you look of who are the pandemic heroes—who are the essential workers? Who are the frontline workers? The exhausted women of this country—and also underpaid, even when they’re doing the same job. So, we have to fix that and close the gender wage gap, by paying women fairly—equal pay for equal work—and also making sure people of all backgrounds, black, indigenous and diverse range of people, are promoted and given opportunity to lead in all areas.
MDC: When you were in government with your Caucus, how were these issues looked at and why don’t we make more progress provincially and federally, if this situation is so important. Are women making enough noise to make change? MH: I don’t think the onus is on women to make that noise. Women have surpassed men in graduate degrees from universities right now, so they’re highly educated and highly qualified. They need opportunities and to be given a chance to lead. Under the former Premier Kathleen Wynne, in 2013 I was invited to run for public office and to be part of her team and a year later after winning my second election in 2014, I was invited into Cabinet, to be the Associate Finance Minister in this province, to create a pension plan, for working Ontarians, which later led to the extension of the Canada Pension Plan and it hands benefits for all working Canadians. A remarkable opportunity given by Ontario’s first female Premier. What’s sad is that now, Canada only has one woman Premier, all of the rest are male. So, you’re right, in a sense that we can quickly lose the games that are made, if we don’t stay vigilant. We need women to see themselves as leaders in those roles and to seek those levels of office. Last year I ran for leader of the Ontario Liberal Party and there were three women that were part of the slate of candidates and it was very important that young women and women of colour could see themselves becoming the premier of this province and that there was nothing holding us back.
They can be the Minister of Education and strive to lead a major party and become the Premier or Prime Minister of this country. When I speak to young people, I always say, “If you can see me you can be me,” because you can work hard, create your own path and go after these opportunities too. MDC: Having been Minister of Education that implemented several policies, looking what’s happening now with this pandemic and how the Ministry has been run, how do you feel?
so making it mandatory in grade 10, was something that I started, and this government has actually continued that and even extended into other grades. I want to see more investments and I want to see education as a priority in funding. That is not happening over all and therefore is disappointing.
MDC: In another year and a half, we’re going to have elections. I’m sure recruiting has started and I’m hoping a few Portuguese people run because we certainly need some representation at Queen’s Park, MH: It’s disappointing to me because when What do you think is necessary for the Libyou look at the back to the school plan in eral Party to once again regain power? the midst of the pandemic, the province of Ontario did not provide new funding for MH: First of all, it’s going to be making a safe return to school. By that I mean we sure that Ontarians know that there’s an could have invested in smaller classes sizes alternative to what is happening right now and that would mean that we would have in government, It’s been so disappointing to hire more teachers, so that students can for education, health care, long-term care learn in person in smaller and safer class and the elderly. Frankly, it’s disappointing sizes. We didn’t do that and the reluctance in terms of how they’re responding to all under Premier Doug Ford and his govern- aspects of the economy, to women, and ment to invest in public education is un- those who want to get a hand up. There fortunate and very sad. I’m the Finance isn’t enough investment in skills developCritic for the Liberal Party, so I look at the ment or training, in terms of the shifts budgets and the numbers and I can see that that we’re seeing. So that is the message, there’s no new investments in education. that there’s an alternative and the Ontario The Government has six billion dollars in Liberals are ready to lead and to return to unspent reserve and much of that money some of those progressive policies that comes from the federal government—92 made a difference in people’s lives. We cents from every dollar comes from the are looking for candidates, so if there are federal government for Covid response, so people out there that are interested, just go there is no excuse in not to invest in edu- ontarioliberal.ca to find out how they can cation, which is a provincial responsibil- become involved and to really allow their ity. It’s disappointing. At the same time, voices to be heard and to not be ignored by there are programs that I started that have the present government. MDC: Is that one of the reasons you ran? continued and that is important to me. Lizandra Ongaratto/MS MH: It definitely is one of the reasons why Programs such as Equity in Education, I ran because I want every young person Financial Literacy is another one, I knew to see that they can do that, they can lead. how important it was for young people,
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Barreiras estruturais
impedem mulheres de
assumir funções de liderança
O Canadá é o sétimo país com maior disparidade salarial por género numa lista de 29 países que foram examinados pela OCDE em 2019. Segundo a OCDE, países como Coreia, Japão e Israel têm uma grande disparidade salarial por género e o Canadá apresenta uma média de 16.7. Neste ranking Portugal surge na 19.ª posição, com cerca de 9.6 e a média dos países da OCDE corresponde a 12.9. Na Coreia, o país onde existe mais diferença salarial entre homens e mulheres a média ronda os 32.5. Países como Suíça, Alemanha e Reino Unido surgem no ranking imediatamente abaixo do Canadá com 15,1; 15,3 e 16.0, respetivamente.
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e acordo com a Statistics Canada, uma mulher ganha em média no Canadá cerca de 75% por cada dólar que um homem ganha. O valor é relativo a um emprego a tempo inteiro. Quando as mulheres são newcomers (novas imigrantes), indígenas ou têm algum tipo de deficiência a diferença é ainda maior. O que significa que uma mulher demora em média 15,5 meses para conseguir ganhar o mesmo que um homem em 12 meses. Segundo o Ontario Gender Wage Gap Strate-
Dra. Amber Fletcher, professora de sociologia e diretora do departamento de investigação da Universidade de Regina, em Saskatchewan.
gy Steering Committee, uma mulher que reside em Ontário ganha em média menos $7.200 por ano do que um homem com a mesma experiência, histórico socioeconómico e demográfico. A questão da diferença salarial entre homens e mulheres começou a ser estudada quando a mulher começou a ter um trabalho remunerado tal como o homem. Aquela que foi uma das mudanças sociais mais dramáticas do século passado trouxe um problema que parece estar longe de ser resolvido. No Canadá, segundo estatísticas de 2015, cerca de 82% das mulheres tinham um trabalho remunerado, um aumento superior a 20% se comparamos com o início dos anos 80 onde apenas pouco mais de 65% das mulheres tinha um trabalho remunerado. A desvantagem existe até nos próprios governos que continuam a ser ocupados maioritariamente por homens. Mas existem outras profissões onde um dos géneros tem uma posição maioritária. É o caso dos condutores de camiões no Canadá, que emprega 97% de homens, ou das educadoras de infância, onde cerca de 97% são mulheres. Mas a diferença salarial entre estas profissões é bastante diferente porque enquanto que um condutor ganha em média mais de $45.000 por ano, uma educadora de infância ganha no mesmo ano pouco mais de $25.000. Setores como saúde, assistência social, restauração e hotelaria eram, em 2015, setores onde as mulheres correspondiam à maioria. As mulheres canadianas são as que recebem mais salários mínimos e cerca de um terço ganha menos de $14.25 por hora, o salário mínimo na província de Ontário. Um estudo da Leger, a maior empresa de estudos e análise de mercado do país, que foi conduzido em 2019 refere que uma mulher canadiana ganha quase menos um quarto do que um homem. Ou seja, em 2019 as mulheres levaram para casa um salário médio de $51.352 enquanto que os homens ganharam $67.704, uma diferença de 24%. Em entrevista ao Milénio Stadium, a professora de sociologia e diretora do departamento de investigação da Universidade de Regina, em Saskatchewan, Dra. Amber Fletcher, diz que as desigualdades de género no mercado de trabalho continuam bem presentes no Canadá sobretudo em alguns setores, e avança que aqui uma mulher ganha em média menos 13% do que um homem. Ao nosso jornal a investigadora alerta que a pandemia pode servir para reconstruir um país melhor e mais justo para
todos, inclusive para as mulheres. Abaixo res que estão historicamente enraizadas. publicamos a entrevista com Fletcher que O que não significa que todas as mulheres políticas vão pensar ou agir da mesma majá foi consultora para as Nações Unidas. neira, mas podem trazer perspetivas e coMilénio Stadium: Os homens e as mulhe- nhecimentos cruciais que podem desafiar res têm hoje trabalhos remunerados no o status quo que, até o momento, tem sido Canadá, mas ainda existem diferenças de frequentemente baseado nas experiências e perspetivas dos homens. No entangénero? to, também acho importante reconhecer Amber Fletcher: Os homens e mulheres que apenas criar mais oportunidades para participam no mercado de trabalho canaas mulheres na política não vai aumentar diano em taxas quase iguais, mas existem automaticamente a sua participação. Prediferenças importantes na forma como os cisamos de abordar barreiras estruturais dois géneros participam nesse mercado. que impedem as mulheres de assumir funAs mulheres têm muito mais probabilidações de liderança. É fundamental uma disdes de ter trabalho a part-time do que os tribuição mais igualitária do cuidado e do homens, devido à responsabilidade destrabalho doméstico. As mulheres políticas proporcional das mulheres pelo trabalho também enfrentam misoginia e ameaças doméstico e de cuidado infantil que não é violentas que podem desencorajá-las de remunerado. Em média, as mulheres conassumir cargos públicos, portanto, é precitinuam a fazer muito mais desse trabalho so abordar essa cultura profundamente endo que os homens. Portanto, as mulheres raizada de sexismo violento se quisermos também podem ter menos probabilidades que as mulheres ganhem e permaneçam na de aceitar empregos a tempo inteiro ou política. promoções no trabalho por causa das suas outras responsabilidades. As mulheres esMS: Mas existem diferenças entre setor tão mais representadas em certos setores, público e privado? como retalho e serviços sociais, enquanto que estão sub-representadas na manufatu- AF: As mulheres estão mais representadas ra e nas áreas designadas por STEM (Ciên- em empregos no setor público do que no cias, Tecnologias, Engenharias e Matemá- setor privado. Isso pode ser devido às difeticas). Ocupações dominadas por mulheres rentes ocupações que mulheres e homens tendem a ser menos bem pagas do que tendem a ter (por exemplo, mais mulheres aquelas que são dominadas por homens. em serviços sociais), ou pode ser o produto Estes fatores, em combinação com outros de diferentes esforços para aumentar a di(como sexismo e discriminação), causam versidade, as culturas do local de trabalho uma diferença salarial significativa no Ca- ou outras diferenças entre o público e o prinadá, onde as mulheres ganham, em mé- vado setores. dia, cerca de 13% menos do que os homens. MS: Quais são as barreiras estruturais que impedem as mulheres de progredirem MS: Em 2007, o gabinete do Governo do mais na carreira? Quebec tinha o mesmo número de homens e mulheres. Precisamos de mais mulheres AF: A raiz do problema é social, cultural, política e económica. O status quo está na política para mudar as regras? profundamente enraizado. Ideologias e AF: É importante que os nossos represenestereótipos de género continuam a existantes políticos sejam realmente representir - por exemplo, algumas pessoas ainda tativos da população - o que significa nútêm a crença incorreta de que os homens meros iguais de homens e mulheres, além são “naturalmente” mais adequados para de mais pessoas de grupos sub-representamatemática e ciências e que as mulheres dos, como indígenas, pessoas de cor e pessão “naturalmente” mais adequadas para soas LGBTQ2+. Uma representação mais cuidar. Essas crenças estão erradas. Essas equitativa das mulheres é importante por crenças não são apoiadas por evidências. muitas razões. Pessoas com experiências Em vez disso, são ideias que foram repede vida e diversos conhecimentos vão tratidas com tanta frequência que as vemos zer novas perspetivas para a política. Mucomo “verdade”. As ideias são mutáveis lheres com funções importantes podem ser e, de facto, as nossas ideias sobre génemodelos importantes para mulheres e mero mudaram dramaticamente ao longo da ninas porque podem ajudá-las a ver possihistória e da cultura. Quando começarmos bilidades para além das funções das mulhea reconhecer que “do jeito que é” não é “do
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jeito que tem que ser”, podemos começar a mudar as nossas ideias sobre o que é possível. O próximo passo é a socialização, que inclui criar os filhos com ideias menos rígidas sobre género. De lá, talvez possamos mudar para um lugar onde as mulheres não experimentem ameaças violentas e misoginia se escolherem entrar numa profissão historicamente dominada por homens, como a política. A nível económico, temos todo um sistema que atualmente depende do trabalho não remunerado das mulheres para manter a força de trabalho em movimento. A pandemia mostrou-nos as consequências quando não existem creches disponíveis: os trabalhadores não podem trabalhar, as empresas fecham e as economias desaceleram. Então, se isso é o que acontece quando não temos creches,
enquanto cuidam dos filhos pode ser difícil ter um bom desempenho e continuar com a mesma produtividade, o que aumenta o stress nas mulheres. A pandemia expôs a desigualdade, mas também expôs a verdadeira importância dos cuidados infantis, MS: Segundo um estudo do RBC, a pande- da educação e da saúde - setores dominamia reduziu a participação das mulheres na dos por mulheres. Agora que mais pessoas economia para o nível mais baixo dos últi- entendem como as nossas escolas e lares mos 30 anos. Porque é que isto aconteceu? de idosos são realmente importantes, talvez possamos reconsiderar a forma como AF: A pandemia expôs muitas desigualdavalorizamos economicamente estas trabades, incluindo desigualdade de género. O lhadoras. emprego feminino foi severamente afetado pelo encerramento de escolas e de creches. MS: Como podemos voltar aos mesmos Quando a creche fecha e alguém tem que níveis antes da pandemia? O Governo tem ficar em casa com as crianças, é muito mais um papel a cumprir? As mulheres preciprovável que as mulheres fiquem em casa. sam trabalhar juntas? Para as mulheres que mantiveram os seus empregos, mas que estão em teletrabalho AF: Vejo a pandemia como um momento é óbvio que investir em creches com apoio público teria o efeito oposto: quando mais mulheres podem ir trabalhar porque têm creches, os benefícios económicos superam os custos.
para repensar o nosso status quo, mas não acredito que devemos voltar ao “normal”. A pandemia permitiu-nos ver a desigualdade com mais clareza, pois alguns grupos (como mulheres, pessoas com rendimentos baixos, imigrantes e pessoas de cor) foram mais afetados pela pandemia do que outros. Para aqueles que negavam a desigualdade antes, é cada vez mais difícil negar agora. A pandemia também revelou o verdadeiro valor das profissões que atualmente são mal pagas e subestimadas - como aquelas (principalmente mulheres) que cuidam de nossos filhos e idosos. Sugiro que usemos o momento de pandemia para reconsiderar os nossos sistemas, estruturas e políticas, e para reconstruir de uma forma que funcione melhor para mais pessoas. Joana Leal/MS
Fonte: OCDE
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Quando a maternidade não impede uma carreira de sucesso “Claro que teria tido mais sucesso na minha carreira se não tivesse tido filhos” - Renata Brum
Renata Brum nasceu nos Açores, em S. Miguel, Rabo de Peixe, um dos concelhos mais pobres de Portugal e da Europa. Depois de emigrar para o Canadá apostou na formação académica e nem o facto de ser mãe de cinco filhos a impediu de ter uma carreira profissional de sucesso. Renata trabalhou cerca de seis anos como Citizenship Judge no departamento de Citizenship and Immigration Canada e tem experiência de cinco anos como Senior Citizenship Judge do ministério da Immigration, Refugees and Citizenship Canada. Em 2018 abriu o seu próprio escritório de consultoria em imigração e agora ajuda imigrantes a legalizarem-se no país. O Brum Immigration está localizado em Otava e abriu as portas em 2018. Renata acredita que as mulheres têm capacidades extraordinárias para o mundo empresarial e não trocava o papel de mãe por nada. Milénio Stadium: Diria que nascer homem já é por si mesmo uma vantagem no mercado de trabalho? Renata Brum: As mulheres têm a desvantagem de, além da luta humana básica para sobreviver e prosperar, carregarem o fardo reprodutivo e terem menos força física. Mas também não foi fácil para os homens. Os homens tiveram que ir para a guerra, sofreram sob o peso do trabalho físico que levou a muitos dos luxos (como saneamento excelente, edifícios e infraestrutura bem construídos) e ainda hoje escolhem empregos mais arriscados. Quando a eletricidade
cai durante a noite e estão 30 graus negativos no inverno, são os homens que reparam estas linhas. Agradeço pessoalmente. Acho que a conversa desde os anos 60 tem sido dominada por descrever as dificuldades que as mulheres sofrem - e com razão - que eclipsou as desvantagens que os homens sofrem. Como mãe de cinco filhos, sei que existem vantagens que os homens não têm. Eles nunca experimentam a vibração de uma criança no útero, ou o triunfo do parto, por exemplo, que são experiências mágicas e que nos transformam. E os homens passaram por maus bocados ultimamente, por exemplo, quando muitos no movimento Me Too também proclamaram a culpa de alguns homens sem o devido conhecimento do processo. Em termos de educação, enquanto os homens costumavam dominar as universidades, os números mostram que os universitários são agora na maioria mulheres. No Canadá, se excluirmos os empregos na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, as estatísticas são favoráveis às mulheres. Quase 80% dos estudantes de saúde, administração pública, psicologia e educação, ¼ de todos os cursos, são mulheres. As mulheres ocupam cada vez mais posições de liderança em todos os setores. Isto é algo bom, mas acho que as feministas perderam de vista o facto de que algumas mulheres não querem estar em posições de liderança ou trabalhos a tempo inteiro porque querem apenas ser mães. Algumas sentem que é muito difícil ter um trabalho no ramo das finanças ou do direito quando precisam de estar acordadas às quatro da manhã para amamen-
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tar o filho. Nas sociedades livres, quando as mulheres têm liberdade de escolher as suas carreiras, a diferença entre homens e mulheres aparece nas carreiras que eles escolhem e, na minha opinião, isso não significa que as mulheres não alcançaram a igualdade. O que devemos ter é igualdade de oportunidades - mas resultados iguais não são uma garantia. A competência e não o género é que devem determinar o sucesso no mercado de trabalho. Mas ainda é importante que homens e mulheres lutem na nossa sociedade contra a discriminação das mulheres porque ainda existem lacunas. As mulheres que moldaram as suas sociedades para que estas se tornassem mais iguais precisam de ajudar as de outros países que ainda não têm as mesmas oportunidades. MS: As mulheres têm características que são úteis no mundo dos negócios? RB: As mulheres possuem competências muito importantes para o mundo dos negócios. Por exemplo, há empresários bem conhecidos e ricos que indicaram que as empresas dirigidas por mulheres ganharam mais dinheiro. Os motivos são vários: as mulheres são multitarefas porque têm de conciliar as responsabilidades da maternidade e isso faz com que se tornem excelentes na gestão do tempo; as mulheres tendem a ser mais realistas sobre os seus objetivos (talvez por serem mais modestas do que os homens ou porque têm o chamado síndrome do impostor) e, por isso, estabelecem metas alcançáveis que os seus funcionários e as empresas podem
alcançar. Isso faz com que o ambiente de trabalho seja saudável e os trabalhadores tenham índices de felicidade elevados. Mas existem outras competências como o facto de as mulheres ouvirem realmente os outros, entenderem as necessidades dos seus colegas e dos clientes e terem a capacidade de aceitar críticas. Mas existem tantos exemplos de setores onde as chamadas características “femininas” melhoram os locais de trabalho.
“A competência e não o género é que devem determinar o sucesso no mercado de trabalho” MS: A sua carreira foi afetada pela maternidade? RB: Tive cinco filhos em cinco anos e meio, por isso não fazia sentido ir trabalhar quando estava grávida todos os anos, ou durante os anos em que os meus filhos eram muito pequenos. Eles precisavam de mim e eu era insubstituível para eles. Mais importante, eu não queria trabalhar fora de casa, porque ia implicar que eu tivesse que abdicar do meu papel de mãe e esse era um papel que eu não queria passar para mais ninguém. Claro que eu poderia ter feito mais progressos na minha carreira se não tivesse filhos. Mas ter cinco filhos tornou-me uma pessoa impressionante para os outros, em todos os empregos que ocupei, especialmente porque o fazia bem. Mas nunca pensei na minha carreira quando os estava a
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nhei reconhecimento e tive oportunidades maravilhosas.
criar. Queria um emprego porque precisava de um emprego e então a minha carreira tornou-se muito importante por motivos muito práticos: porque pude ajudar outras pessoas com as minhas capacidades e, mais importante, porque poderia dar aos meus filhos uma vida melhor.
MS: Acha que as mulheres foram as mais sacrificadas durante a pandemia? (Perderam empregos, ficaram com horas reduzidas e viram a produtividade cair no teletrabalho porque tiveram que ficar a tomar conta dos filhos devido ao encerramento das creches)
MS: Na sua profissão os homens ganham o mesmo que uma mulher? RB: Como consultora de imigração, o que determina o nosso salário são as taxas que cobramos, a inteligência, a competência e o quanto trabalhamos para ganhar, manter e atender os nossos clientes. Mas suspeito que os homens talvez estão mais determinados a ganhar mais e a cobrar preços mais elevados, enquanto as minhas colegas levam em consideração o histórico financeiro dos clientes e ajustam as taxas com base na compaixão. Mas esta é uma observação anedótica. Como Citizenship judge, todo os juízes, independentemente do género, tinham o mesmo salário. No Governo, existem tabelas de pagamento que correspondem a anos de experiência e educação e os salários são determinados por um padrão objetivo e os aumentos anuais são baseados em critérios automáticos e objetivos. É o caso do Governo e de outros setores, como ensino, enfermagem, entre outros. Na minha experiência pessoal, descobri que trabalhei muito mais e realizei muito mais do que os meus predecessores homens com o mesmo emprego. Mas precisei de trabalhar muito mais para ganhar a credibilidade dos outros, o que pode ocorrer por uma série de
Renata Brum, proprietária da Brum Immigration, com a atual família. Crédito: DR.
razões complexas. Eles tinham características que eu não tinha: eu era muito mais jovem do que eles – na altura devia ter 35 anos - e a perceção era talvez a de que eu poderia agregar menos valor ao trabalho. Era mais baixa e a minha voz era mais fraca - um de meus predecessores tinha mais de
1 metro e 80 cm de altura, pesava 150 kg, tinha uma voz estrondosa e era fisicamente intimidante, então as pessoas ficavam atentas quando ele falava; por ser mais jovem, tive menos empregos impressionantes do que eles e isso afetou as perceções. Apesar disso, consegui chegar ao cargo, ga-
RB: A pandemia foi difícil para todos. O tipo de trabalho que as mulheres fazem molda as implicações de género da pandemia, mas o efeito tem sido inconsistente. É verdade que, de certa forma, a pandemia atingiu as mulheres com mais força: as mulheres ainda arcam com a maior parte das responsabilidades de cuidar dos filhos, podem trabalhar a part-time e ter empregos menos flexíveis. Mas o fator mais importante é provavelmente a natureza do trabalho: mulheres e homens tendem a ocupar diferentes ocupações em economias maduras e emergentes: as mulheres podem estar desproporcionalmente representadas em setores mais afetados pela COVID-19. As mulheres trabalham no retalho, serviços, recreação e administração pública, setores que estão a sofrer. No entanto, em algumas áreas, como educação e saúde, a maioria das mulheres não foi afetada pela COVID-19. Mas, por outro lado, alguns setores, como a indústria de transformação, em que os homens são a grande maioria dos empregados, também foram gravemente afetados. Joana Leal/MS
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VOXPOP O assunto é antigo, entretanto sempre atual, já que as desigualdades permanecem, apesar de significativos avanços na área. O facto é que, ainda hoje, anos após a sua inserção e consolidação no mercado de trabalho, as mulheres enfrentam desigualdades nessa área quando comparadas aos homens. E não são poucas.
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começar pelo salário. Mesmo quando ocupam cargos similares, diversos estudos realizados em diferentes países apontam que algumas profissionais ganham menos, simplesmente pelo seu género, apesar de leis que regulamentam e proíbem essa prática terem sido criadas pela primeira vez há mais de 70 anos, no Canadá, por exemplo.
Uma vez que conseguem romper barreiras, e chegar ao topo, ocupando cargos de chefia e liderança, precisam de mais resistência para se manterem em pé: a discriminação ali também é sentida, sendo as suas ações mais contestadas do que aquelas tomadas por chefias masculinas. A sensação é de que competência feminina é posta à prova com mais frequência. Deixemos para o final a questão da maternidade que é, até hoje, fator de desequilíbrio nessa suposta balança de igualdade, e pesa, por óbvio, sempre contra as mulheres. A distinção é velada, mas sabe-se que várias companhias e empresas optam por contratarem mulheres sem filhos, já que o pressuposto é sempre de que a responsabilidade final pelas crianças caberá à mãe.
Não é à toa que muitas profissionais bem-sucedidas e com cargos expressivos em grandes corporações optam por não terem filhos, ou adiam ao máximo essa decisão. Aquelas que escolhem por se aventurarem na maternidade sabem, ou descobrem depois, que a luta para equilibrar os papéis não é igual, e que a ascensão na carreira pode ser comprometida, isso quando não acabam por perder, ou se veem obrigadas a deixar o emprego. A pandemia de Covid-19 veio para nos mostrar e escancarar essa realidade. No Canadá inúmeras pesquisas recentes apontaram que um número muito superior de mulheres cogitou, ou de fato, abandonou, o emprego para ficar com os filhos durante o encerramento de escolas e creches, ou até mesmo para orientá-los nas
monstre liderança, força e criatividade, e ao não ver esses atributos na figura feminina num contexto profissional, diminuem as oportunidades dessas potencialidades peComo é que avalia a atual situação da mulher no mercado rante o mercado de trabalho, gerando mais um outro rede trabalho de uma forma geral? flexo: baixos salários. Adriana Marques, 36 anos, apresentadora de Rádio e TV
Acredito que houve avanços importantes e que como consequência há uma sensação de empoderamento muito grande, o que alimenta a vontade de conquistar cada vez mais espaço e equiparação salarial. Obviamente, ainda não chegamos lá! Há um longo caminho e que requer muita determinação para que atinjamos um nível adequado e igualitário.
Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as mulheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, etc.?
As barreiras que as mulheres enfrentam estão justamente na falta de vontade por parte de algumas lideranças masculinas em se atualizarem e a perceberem o quanto perdem por não investir nas potencialidades femininas. Uma Acha que ainda existem muitas diferenças de salários, das grandes formas de mudar esse quadro e gerar efeitos oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e está na educação das novas gerações. mulheres no ambiente de trabalho? Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foSim. Há muitas empresas que insistem manter padrões ram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional machistas, não enxergando na mulher uma figura que de- que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como
Tal como disse na resposta anterior, as desigualdades ainda são muitas. Basta dizer que em Portugal, por exemplo, as mulheres continuam a ganhar cerca de 27% menos que os homens, no que a salários diz respeito, ainda que exisComo é que avalia a atual situação da mulher no mercado tam mais mulheres com ensino superior completo. de trabalho de uma forma geral? Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as Ainda que se tenham vindo a fazer progressos notáveis, é mulheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, do conhecimento geral que ainda não existe total igualdaetc.? de de género no meio laboral. Posições de topo ou cargos políticos são ocupados na sua maioria, ainda hoje, por ho- Acho que é sempre pedido um esforço “extra” a uma mumens. lher. Ou seja, existe uma certa tendência em pedir a uma mulher que “mostre o que vale”, principalmente em ativiAcha que ainda existem muitas diferenças de salários, dades vistas como sendo “de homem” (outro importante oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e estigma a ser combatido). E sim, a maternidade também é mulheres no ambiente de trabalho? Inês Barbosa, 30 anos, criadora de conteúdos
Stella Jurgen, 54 anos, diretora artística
aulas “online”. Algumas por vontade própria, outras por não terem escolha, e o fato de que uma grande parcela ganhar menos que o marido faz a decisão ser óbvia. A edição desta semana do Milénio Stadium propõe-se a discutir essas diferenças no mercado de trabalho, e porque ainda acontecem ou são perpetuadas até mesmo pelas próprias mulheres. Por isso decidimos, neste Vox Pop, dar voz às “nossas mulheres”, as profissionais de diferentes áreas que atuam na MDC Media, que detém o Milénio Stadium, Camões Rádio e a Camões TV. Abaixo estão as opiniões delas sobre o assunto. Lizandra Ongatto/MS
analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? Felizmente, a empresa no qual trabalho, tem uma visão atualizada e não sofri nenhum tipo de prejuízo, mas conheço sim, infelizmente, mulheres que perderam seus empregos e muitos colegas homens foram mantidos. Analiso também que, em tempos de pandemia, muitas delas tiveram que sair dos seus empregos para que pudessem exercer seu papel de mãe, uma vez que, com as escolas fechadas, tudo se torna mais difícil para quem tem filhos. Muitas dessas mães não têm o apoio de seus companheiros porque tem uma visão binária de que a mulher deve cuidar dos filhos e o homem assumir o papel de provedor. Dessa forma, elas tiveram apenas uma escolha, desistir do seu trabalho. As que continuam trabalhando, tem que se desdobrarem para dar conta de todos os âmbitos da vida, sobrecarregando ainda mais.
uma enorme barreira - grande parte das mulheres assume que acabaram por ser prejudicadas - com uma interrupção na progressão das suas carreiras, por exemplo - depois da gravidez. Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? Pessoalmente não, não senti, mas sei que vários estudos apontam que, na Europa, foram as mulheres quem mais “sentiu na pele” as consequências económicas da Covid-19, com perdas remuneratórias na ordem dos 8,1%.
oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e cação, estado civil e idade. Empresários fazem distinção mulheres no ambiente de trabalho? ao empregar mulheres para determinados trabalhos.
A verdade é que não tenho conhecimento da diferença de Como é que avalia a atual situação da mulher no mercado nível de salários, oportunidades ou tratamento entre hode trabalho de uma forma geral? mens e mulheres onde trabalho. Depende do tipo de emprego, há organizações onde os homens são inferiores às Na minha opinião, no mercado de trabalho ainda se vê demulheres, e vice-versa. Também penso que há trabalhos, sigualdade entre as mulheres e os homens, especialmente como por exemplo na construção, em que geralmente a entre aqueles com mais de 40 anos. Estamos a fazer promulher não tem físico para se igualar ao homem. gresso e sempre temos que provar que somos capazes. Mas a nova geração já é diferente. Agora vemos mulheres jo- Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as vens saídas da universidade e que são diretoras e doutoras, mulheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, com mestrados em vários campos. etc.? Acha que ainda existem muitas diferenças de salários, As barreiras são: maternidade, estigma social, raça, edu-
Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? Durante a pandemia, eu trabalhei mais que nunca para sustentar a família e as despesas diárias. Claro que há famílias que têm filhos em casa e penso que essa situação é muito mais difícil, mas não é o meu caso.
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Felizmente para mim, ao longo de toda a minha vida profissional, nunca senti qualquer tipo de discriminação, diferença de tratamento ou limitação na minha progressão de carreira. Mas não só acho como sei, porque os dados Como é que avalia a atual situação da mulher no mercado estatísticos são demasiado evidentes, que há ainda uma escandalosa diferenciação tanto ao nível de oportunidades de de trabalho de uma forma geral? carreira, como ao nível salarial, entre homens e mulheres. Apesar de sentir que tem havido uma evolução nessa matéria, é para mim demasiado evidente que há ainda um longo ca- Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as muminho a percorrer. A mulher continua a ter que demonstrar lheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, etc.? de uma forma muito mais esforçada que tem a mesma ou até Na minha opinião a principal barreira é mesmo o facto de maior capacidade do que os homens, seus colegas de trabalho. os homens ocuparem os lugares de decisão. Consciente ou O que, convenhamos, é inadmissível em pleno século XXI. inconscientemente entre duas pessoas – um homem e uma Acha que ainda existem muitas diferenças de salários, mulher - com as mesmas competências e experiência prooportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e fissional, tendem a decidir pela escolha do homem. Apesar de todo o caminho já feito, o facto de a mulher potencialmulheres no ambiente de trabalho? Madalena Balça, 56 anos, diretora de produção e desenvolvimento
Fa Azevedo - 48 anos, designer e criadora de conteúdo para redes sociais
mulheres no ambiente de trabalho?
Acredito que ainda a questão salarial continua abaixo do esperado, comparada com o ganho salarial dos homens. No Canadá é ilegal existir diferenças, o país tem regras, Como é que avalia a atual situação da mulher no mercado regulamentos e procedimentos muito claros referentes a de trabalho de uma forma geral? isso, que têm que ser seguidos. Mudou bastante com o passar dos anos, finalmente uma Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as mumulher irá comandar eventualmente a maior nação terlheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, etc.? restre. Dá para perceber que as mulheres estão tornando-se parte da chefia desempenhando um papel mais ativo Sim, acredito que a maternidade possa ser um agravante, em vários setores. ainda que financeiramente o Governo tem que arcar com estas despesa. O papel da mulher perante a sociedade ainAcha que ainda existem muitas diferenças de salários, da é prover as necessidades dos filhos, já que o papel do pai oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e
Catarina Balça, 28 anos, jornalista
Como é que avalia a atual situação da mulher no mercado de trabalho de uma forma geral? Acho que tenho a sorte de viver numa era bem melhor que aquela que viveram as minhas avós e até (com a minha idade) a minha mãe. As coisas estão a evoluir, a mulher tem - devagarinho - ocupado o lugar que merece no mercado de trabalho. Infelizmente há ainda muito terreno a conquistar, muitos muros a derrubar. Muitos países que estão longe de saber o que é a igualdade de género, muitos homens (ainda demasiados) formatados para se acharem superiores, muitas empresas com preconceitos camuflados e outras tantas que nem se preocupam em camuflar os cargos de topo estão, na sua grande maioria, ocupados por homens e contra factos não há argumentos. Algo que não acontece porque os homens têm mais escolaridade, ou porque têm mais experiência, ou porque têm mais talento - acontece porque nasceram homens, apenas. Acha que ainda existem muitas diferenças de salários,
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mente ter que “repartir” o seu lado profissional com o lado de mãe, também ajuda a levantar as tais barreiras. Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? Não me surpreende, infelizmente. É o chamado elo mais fraco. Fico muito triste com essa realidade. No que me diz respeito, o que senti foi o impulso de, apesar de tudo o que está a acontecer à nossa volta, continuar a trabalhar para cumprirmos a nossa missão de informar e entreter o nosso público, através das diversas plataformas da MDC Media Group. E temos conseguido, graças a um extraordinário trabalho de equipa.
ainda fica como segunda opção, na maioria dos casos. Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? Falando especificamente no meu caso, afetou a falta do convívio e ideias que sempre surgiam no ambiente de trabalho, mesmo com a ajuda das conexões virtuais não é a mesma coisa. Quando se trabalha como “homeoffice”, a comunicação se reduz. Não tenho filhos e morando sozinha a tendência ao isolamento, a meu ver, não ajuda muito.
oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e da - porque eventualmente vai engravidar! mulheres no ambiente de trabalho? Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foEu tive a sorte de, até hoje, nunca ter sentido esse tipo de ram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional diferença na minha vida profissional - mas, como disse, que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como tenho tido sorte. Sei que de uma forma geral acontece, analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo constantemente, a muitas mulheres. De uma forma ge- da pandemia na tua vida laboral? ral, a nível mundial, todos os estudos feitos até hoje nos A questão da maternidade tem aqui um peso enorme. Quem dizem que as diferenças salariais entre homens e mulheres tem filhos e está a passar por esta situação de pandemia, continuam a existir. Dizem-nos também que quem ocusente uma fragilidade diferente daqueles já não têm que pa cargos de grande importância são, maioritariamente, cuidar dos seus filhos ou daqueles que não têm ninguém a homens. Há definitivamente um preconceito com base no seu encargo. Por norma, é a mulher que fica em casa a tratar género e não acredito que isso mude tão cedo. dos filhos - por isso durante esta fase preocupante pela qual Na sua opinião, quais são as principais barreiras que as mu- passamos, não será diferente. Algumas têm sorte porque a lheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, etc.? empresa lhes permite trabalhar de casa, outras são absolutamente postas de parte porque... vejam só... são mães. Eu A maternidade é sem dúvida um dos maiores obstáculos. não senti absolutamente nada de diferente na minha vida Penso que ainda vivemos numa sociedade com uma esprofissional, fui sempre (e continuo a ser) tratada com o trutura machista, que continua a colocar a mulher num máximo de respeito e consideração, tendo em conta a sipapel secundário e no que diz respeito à maternidade essa tuação que vivemos. Mas eu, pelo que me apercebo que tem disparidade de tratamento é gritante. Vivemos ainda num acontecido pelo mundo, sou a exceção à regra. mundo em que a mulher é para ficar em casa a cuidar dos filhos. Ou então, a mulher não é, simplesmente, contrata-
É difícil generalizar e falar no nome de todos, mas acho que a igualdade de género é de certa forma como a democracia, nunca vai poder ser entendida como um dado adquirido, é uma luta diária constante. Esperemos que um dia Como é que avalia a atual situação da mulher no mercado seja diferente e que tudo isto seja História. E quem sabe se de trabalho de uma forma geral? o Canadá não poderá um dia ser um “case study” mundial A questão é muito complexa, mas de uma forma curta as em matéria de igualdade de género. mulheres sempre foram discriminadas, sobretudo nas soNa sua opinião, quais são as principais barreiras que as ciedades mais antigas. Hoje o mercado de trabalho contimulheres ainda enfrentam? nua a ser duro com as mulheres e se por um lado existem mulheres que conseguem conciliar a carreia profissional Acho que talvez uma das realidades mais difíceis de entencom a maternidade sabemos que existem empresas onde a der seja o facto de uma mulher que desempenha um cargo gravidez não é propriamente bem-vinda. de liderança numa empresa ganhe menos do que um colega que por acaso nasceu homem. Mas também é difícil de Acha que ainda existem muitas diferenças de salários, aceitar que algumas mulheres tenham de abandonar o seu oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e emprego para se dedicarem aos filhos porque o seu salário mulheres no ambiente de trabalho?
é inferior ao de uma ama e inferior ao do companheiro.
Sim, é um facto que existem muitas diferenças. Dependendo das regiões do mundo, encontramos diferenças mais ou menos preocupantes. Consoante o peso dos valores culturais, o desenvolvimento dos países e das sociedades, veComo é que avalia a atual situação da mulher no mercado mos discrepâncias que vão desde valorização salarial infede trabalho de uma forma geral? rior a situações de abuso profissional e pessoal. Nas últimas décadas a participação da mulher no mercaNa sua opinião, quais são as principais barreiras que as mudo de trabalho tem aumentado cada vez mais, no entanto lheres ainda enfrentam? Maternidade, estigma social, etc.? ainda continua a luta pela igualdade, respeito e reconhecimento profissional. Há muito para ser melhorado em vá- No contexto de países desenvolvidos penso que as princirios aspetos. pais barreiras estão ligadas ao salário, ao assédio sexual e também há uma grande pressão relativamente à materniAcha que ainda existem muitas diferenças de salários, dade e as suas consequências na carreira. oportunidades e até mesmo tratamento, entre homens e mulheres no ambiente de trabalho? Diversos estudos recentes apontam que as mulheres fo-
ram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na sua vida laboral?
Joana Leal, 34 anos, jornalista
Telma Pinguelo, 29 anos, apresentadora de Rádio e TV
Diversos estudos recentes apontam que as mulheres foram mais afetadas e prejudicadas no ambiente profissional que os homens, por causa da pandemia de Covid-19. Como analisa essa situação? Pessoalmente, sentiu algum reflexo da pandemia na tua vida laboral? As mulheres são a principal força de trabalho em alguns dos setores que foram mais afetados pela pandemia. Assim de repente lembro-me de indústria hoteleira e da indústria da aviação. São profissões onde o teletrabalho não é possível e talvez por isso estes números. A nível pessoal, a pandemia obrigou-nos a trabalhar à distância para evitar o contacto social e o Queen’s Park ou o City Hall parecem agora mais perto de nós!
Pessoalmente, sou grata por ter sido sempre tratada com o maior respeito e igualdade profissional durante estes tempos difíceis. Infelizmente, no geral, a crise gerada pela pandemia veio acentuar os problemas que já existiam no mercado de trabalho. Também é importante ver que grande parte das mulheres trabalham nos setores mais afetados pela pandemia, como hotelaria, serviços domésticos, educação, serviços de cuidados pessoais, entre outros, o que explica os números.
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Nós Mulheres e o estado do nosso Mundo
Cristina Da Costa Opinião Caro leitor/a. Espero-vos bem. ais uma semana volvida e janeiro prestes a findar. Ao fim ao cabo, 2021 tem sido mais do mesmo e até, de certa forma, bem pior. O alarmismo e o desleixo social instauraram-se por entre nós e onde vamos nós orar, que rumo seguir? Ao fim e ao cabo, este século deveria ser diferente a muitos níveis, creio que um dos mais destacados seria em liderança feminina. Já que esta semana o Jornal Milénio se debruça sobre a mulher, o seu papel de líder na sociedade, apeteceu-me, sim esse é o termo, apeteceu-me aprofundar mais a
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questão e escrever sobre alguns factos muitas das vezes ignorados ou simplesmente colocados de parte. Até há pouco tempo, a mulher era educada para ser exímia dona de casa, mãe e esposa perfeita, situação que a colocava bem dependente da figura masculina. O objetivo maior de uma mulher costumava ser o casamento e a constituição de uma família, já que o marido era o principal cabeça de cartaz e claro, providenciava de tudo para manter a família. Embora essa ainda seja uma realidade em alguns lares, as últimas décadas têm sido fundamentais no que se refere às análises que descrevem e explicam as mudanças no perfil da força de trabalho feminino. Estudos evidenciam que, no final dos anos de 1970, as trabalhadoras que eram, na sua maioria, jovens, solteiras e sem filhos, passaram a ser mais velhas, casadas e mães, situação em que houve um crescimento na necessidade de contribuir para
a renda familiar, em função do aumento do nível de consumo. Consequentemente, ocorreu a expansão do nível de escolaridade, o ingresso nas universidades e nas escolhas de carreira. Apesar do habitual ser a formação em áreas como educação, saúde e cultura, as mulheres começaram a alcançar postos de decisão e entraram em setores mais prestigiados, e tradicionalmente masculinos, como medicina, advocacia, e até mesmo em engenharia. A ideia de que às mulheres só cabe o cuidado com o lar, marido e os filhos, mostra-se um discurso absolutamente ultrapassado em relação ao entendimento da identidade de género. Hoje é percetível a profissionalização das mulheres que, por sua vez, ainda não abandonaram as atividades domésticas na sua totalidade. Assim, aspetos da luta pela igualdade no mercado de trabalho transcendem a vida privada, no que diz respeito à constante e dificultosa tarefa de igualar as atividades da casa, para
além de um ponto de vista machista. Assim sendo e após muito caminho percorrido, há ainda mais que percorrer. Ainda não há a tal igualdade de género que caminha a par e passo. Apesar de muito cargo de chefia e de grande responsabilidade. Há que “derrubar” um pouco mais o mundo machista. Repartir mais ainda as tarefas domésticas. Onde ambos têm deveres, mas também os mesmos afazeres. Há que continuar e persistir para que daqui a pouco tempo e menos caminho percorrido até aqui, a liderança feminina prevaleça. Até porque as mulheres são por norma mais dedicadas e organizadas nas tarefas que executam. Fiquem bem... Com muita saúde e perseverança conseguiremos lá chegar. Se Deus quiser e os homens e, claro, as mulheres deixarem. :)
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English version
I am woman…hear me roar In 1971, Hellen Reddy sang the song “I am Woman” which became a feminist anthem for woman’s rights and included lyrics such as “… and I have been down there on the floor. No one’s ever going to keep me down again…”
I
n a year marked by crisis and uncertainty, corporate North America is at a crossroads. The choices companies make today will have consequences on gender equality for decades to come. This pandemic has highlighted the roles of women more than ever with the number of activities undertaken by women increasing substantially. Gender inequality and women in the workplace continues to be a topic of discussion. Women have made great strides in the workplace, but inequality persists. The issue of equal pay is still a hot issue because the recognition of women’s value in the workplace has not been reflected in the rate of compensation. The Globe and Mail has completed a study on the “Power Gap” between men and women and the results are startling. It shows that the imbalance of power continues in the Chairman suites and in Board rooms. The first equal pay legislation came into effect in 1951 which mandated that men and women get paid equally for similar jobs. Over the last 70 years additional legislation has come into effect to mandate the banning of discrimination on the basis of sex and becoming illegal to fire a woman for becoming pregnant. In spite of all the enacted laws and political pronunciations, change has been slow and in
some cases regressive. Corporations have adopted stoic approaches and are now falling over each other to remedy conditions, however sufficient damage has been done that the loss of women from the workplace may be irreversible. Why has not more progress been made in the equalization of men/women workplace composition and power? Some suggest that women remain
Também estamos disponíveis na
their own worst enemies when it comes to embracing careers and advancements. The uncertainty of dedication to job for long periods of time because of lifestyle occurrences have an impact on the mindset of upper management in the promotion of women. Certainly the old adage of females being a weaker sex has been disproven and now outnumber men in university gradua-
tion therefore it’s not for lack of education that they are often bypassed. Recent events regarding sexual harassment accusations have further darkened the minds of many male executives in dealing with women. There is no doubt that gender inequality exists but the solution is not simple. Filling positions to meet quotas is not the way to go. Quotas cause people to have the wrong visceral reaction and show that corporately you are fulfilling a mandate which is unrealistic and will not result in long-term positive outcome. Women have to want to fight for their rightful positions but often have not been properly mentored or monitored so they just give up. 1 in 4 women are contemplating downshifting their careers or leaving the workforce altogether. This will have a negative impact for many years to come. During the Covid-19 crisis women in particular have been negatively impacted, particularly women of colour. Working mothers have always worked a “double shift” doing a full days work followed by hours of caring for children and household work. More than 75 per cent of CEO’s include gender equality as a priority for their corporations but the outcome has not changed. Men are simply not committed to ensure that this equality happens. What was accomplished 70 years ago is slowly being eroded by the ego driven masculinity afraid of reprecautionary measures which may be raised by female colleagues. “I’m strong…I’m invincible…” wonder what Helen would think now and if she would modify the lyrics. Manuel DaCosta/MS
, para todo o Canadá,aos domingos, entre as 10 e o meio-dia Esta semana Percorremos a história de vida dos Xutos e Pontapés lendo a Biografia escrita por Ana Ventura Conhecemos o DJ Dias Rodrigues à conversa com Francisco Pegado Percebemos o esforço e a dedicação dos que lutam pela nossa saúde com o médico Gustavo Carona Passeamos pela beleza das imagens de Portugal captadas pela lente de Diego Ueno Analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable E voltamos a viver a vida bem portuguesa de Bem-Vindos a Beirais
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“A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística.” - Estaline
O antes e o depois Aida Batista Opinião
Estamos habituados a ver publicitar “o antes e o depois” da utilização dos mais variados produtos em diferentes áreas de consumo. Para nos tentarem convencer da eficácia da sua utilização, é manifestamente notório o confronto entre dois espaços temporais em que os resultados nos são apresentados de forma quase milagrosa. Tanto pode ser o detergente que rapidamente atua sobre a placa do fogão mais sujo e gorduroso, como a cinta que nos come quilos de gordura enquanto dormimos, ou o creme que, em menos de nada, passa a ferro a cara mais enrugada.
S
empre que sou confrontada com um destes blocos publicitários, desejaria muito que, no mínimo, uma daquelas tiradas persuasivas fosse mágica, pelo me-
nos no que às limpezas diz respeito. Fico-me por estas porque, na minha idade, as rugas são já a marca natural da passagem do tempo que nenhuma baba de caracol consegue eliminar. Lembrei-me disto porque estando nós na reta final deste mês de janeiro, confesso-vos que esperava poder escrever sobre o antes e o depois da pandemia. Quando, de forma responsável, conseguimos ultrapassar a primeira vaga; no verão, nos começámos a movimentar de forma mais solta, apesar de mantermos as três regras sanitárias impostas (lavagem e desinfeção das mãos, uso de máscara e prática do distanciamento social), havia interiorizado que o pior já tinha passado e que o slogan “vai ficar tudo bem” seria uma realidade. Seguiu-se a segunda vaga, os números voltaram a subir, mas depois de termos atingido o pico em novembro, convenci-me novamente de que mais uma batalha estava ganha. Aproximou-se o Natal e o ano novo, e ergueram-se vozes a vaticinar que o pior estava para vir. E a profecia cumpriu-se! Encontramo-nos a viver os momentos
mais dramáticos de sempre, e o número de mortos diários equivale, como disse um médico, à queda de um avião por dia no nosso país. Assim que ouvi esta comparação, não a tomei como figura de estilo de mau gosto. Pelo contrário, de imediato me vi perante as imagens de catástrofe que um acidente desses provocaria. Imagino quantas horas de direto televisivo seriam relatadas, quantos testemunhos de familiares, amigos e conhecidos das vítimas teríamos a entrar-nos pela casa dentro. Imagino o desespero de quem tivesse de ouvir esta notícia repetir-se, dia após dia, durante uma semana e com um número cada vez maior de “passageiros”. Mantendo a comparação, não responsabilizemos apenas o piloto, o pessoal de cabine e a torre de controlo. Sejamos todos responsáveis e cumpramos as regras que nos são pedidas. Percebamos de uma vez por todas que, exceções são exceções e, por isso, assim se chamam. Condenemos o chico-espertismo que faz de uma fresta da lei uma porta escancarada à transgressão, a exigir a intervenção das forças da autoridade e a multa pesada para travar o interdito.
Algum tique nos deve ter ficado do período da ditadura, porque continuamos a precisar de ouvir estalar o som do “chicote” no lombo e no bolso. Devido ao nosso (mau) comportamento, estamos como estamos. Por isso, não venham também os partidos políticos engrossar o clamor do laxismo no Natal. Alguns votaram contra o confinamento, e de outros não se ouviu uma voz dissonante contra a circulação. Se ao nosso desleixo juntarmos as mutações do vírus e as novas estirpes, temos a tempestade perfeita para que, nos próximos dias, os números não parem de crescer. Números que deixaram de ter rosto, reduzidos ao anonimato de uma curva ascendente com que se apresenta a tragédia anunciada. Confinada, e a cumprir religiosamente as regras, desespero pelo texto do “depois”, suspensa neste intervalo de espera pelo milagre de que a tragédia não passe a ser uma estatística.
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O Papa Francisco e o desporto
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Parte 3
Anselmo Borges Opinião Os jornalistas da Gazzeta dello Sport perguntaram-lhe se tinha pensado em escrever uma encíclica sobre o desporto. Francisco: “Explicitamente não, mas há muitos elementos dispersos nas minhas intervenções, sugerindo, por exemplo, como o desporto pode ajudar ou pelo menos dar um contributo para a globalização dos direitos. A cada quatro anos há os Jogos Olímpicos, que podem servir de farol para os navegantes: a pessoa no centro, a pessoa orientada para o seu desenvolvimento, a defesa da dignidade de todas as pessoas. Contribuir para a construção de um mundo melhor, sem guerras nem tensões, educando os jovens através do desporto praticado sem discriminações de nenhuma espécie, num espírito de amizade e de lealdade.”
J
ogos Olímpicos. “O lema olímpico: “Citius, Altius, Fortius” (Mais veloz, Mais alto, Mais forte) é belíssimo. Com os cinco círculos e a chama olímpica é um dos símbolos dos Jogos. Não é um convite à supremacia de uma equipa sobre a outra, ainda menos a uma espécie de incitamento ao nacionalismo. É uma exortação aos atletas, para que tendam a trabalhar sobre si mesmos, superando de modo honesto os seus limites, em ordem a construir algo de grande,
sem se deixar bloquear por eles. Tornou-se uma filosofia de vida: o convite a não aceitar que alguém assine a vida por nós.” Dos Jogos Olímpicos fazem parte integrante “os Paraolímpicos, uma das formas mais altas de igualdade, dignidade, redenção”. Francisco: “No desporto, agrada-me a ideia de inclusão. Aqueles cinco anéis entrelaçados, com cores diferentes e representando as cinco partes do mundo, são uma imagem fantástica de como o mundo poderia ser. O movimento paralímpico é preciosíssimo: não só para incluir a todos, mas também porque é a oportunidade para contar e dar direito de cidadania nos média a histórias de homens e mulheres que fizeram da deficiência a arma da redenção. São histórias que fazem nascer histórias, quando todos pensam que já não haveria nenhuma história para contar.” Mas os negócios rondam a maravilha e a beleza do desporto, fazendo-lhe perder a alma. “O atleta é um mistério fascinante, uma obra-prima de graça, de paixão. Mas é facílimo transformá-lo num objecto, uma mercadoria que gera lucro. Na Fratelli Tutti, quis tornar claro que o mercado só não resolve tudo, embora a cultura de hoje pareça fazer-nos crer a todo o custo neste dogma de fé neoliberal. Isto acontece quando o valor económico faz lei, tanto no desporto como em tantos outros sectores da nossa vida. Vimos, nos últimos meses, como a pandemia tornou claro que nem tudo se resolve com a liberdade do mercado.” Aqui, nesta crise, permita-se-me uma reflexão pessoal. A nossa palavra escola vem do grego scholê, que significa ócio (do
latim otium), não no sentido de preguiça, mas de tempo livre para pensar, pesar razões, reflectir sobre o essencial. Desgraçadamente, hoje parece que tudo se trasformou em negócio (do latim nec-otium, negação do ócio). O resultado está à vista. Até o desporto, que pode e deve ser uma escola de vida, se tornou negócio, um gigantesco espaço de negócios, com imensa corrupção pelo meio. Por detrás de um campeão há um treinador. Treinar é um pouco como educar? Francisco: “Sim. No momento da vitória de um atleta, quase nunca se vê o treinador. Mas, sem treinador, não nasce um campeão, um treinador que invista tempo, que saiba entrever possibilidades que nem o atleta imaginaria. Não basta, porém, treinar o físico; é preciso saber falar ao coração, motivar, corrigir sem humilhar. Quanto mais genial for o atleta mais delicado tratar com ele: o verdadeiro treinador, o verdadeiro educador sabe falar ao coração de alguém que nasce campeão.” O segredo para competir no campeonato da santidade? Francisco: “Que faz um jogador quando é convocado para um jogo ou um atleta antes de uma competição? Deve treinar, treinar, treinar um pouco mais. A cada um Deus deu um campo no qual jogar a sua vida; sem treino, até o mais talentoso continua a ser um perdedor. Para treinar — até um Papa tem de continuar a treinar —, perguntar a Deus todos os dias: ‘Que queres que eu faça?, que queres da minha vida?’ Pedir a Jesus, confrontar-se com ele como treinador.” O segredo da vitória. Francisco: “Penso
que, se perguntássemos a qualquer desportista o segredo último das suas vitórias, mais de um nos diria que vence porque é feliz. E a felicidade é a consequência de um coração em ordem, em estado de graça, pronto para o desafio.” Uma sã competição pode ajudar também o espírito a amadurecer? Francisco: “São Paulo escreveu aos Coríntios: ‘Não sabeis que, nas corridas no estádio, todos correm, mas só um conquista o prémio? Correi também vós de modo a conquistá-lo’. É um belíssimo convite a entrar no jogo, para não olhar o mundo pela janela.” A Igreja e o desporto. “A Igreja sempre alimentou um grande interesse pelo mundo do desporto. Podemos dizer que no desporto as comunidades cristãs identificaram uma das gramáticas mais compreensíveis para falar com os jovens.” O desporto contribui para um desenvolvimento saudável e harmónico. Votos para 2021. “O meu desejo é muito simples, exprimo-o com as palavras escritas numa camiseta que me foi oferecida: ‘Mais vale uma derrota limpa do que uma vitória suja.’ Desejo isto para toda a gente, não só para o mundo do desporto. É a forma mais bela de jogar a vida com a cabeça erguida. Que Deus nos conceda dias santos. Por favor rezem por mim, para que não desista de treinar com Deus.” Anselmo Borges *Padre e professor de Filosofia
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Marcelo, Luis Barreira Opinião
No passado domingo (24) realizou-se a eleição do próximo Presidente de Portugal.
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em sei que tenho dedicado poucas linhas a este ato eleitoral de importância nacional mas, no contexto das maiores preocupações dos cidadãos portugueses, entre os quais saliento que, no mesmo domingo em que se realizaram as eleições, Portugal contabilizou mais 275 mortos (um novo máximo) e 11.721 infetados pela Covid-19, atingindo no dia em que esta crónica foi escrita um total de 10.469 vítimas mortais e 636.190 infeções, para além do contínuo aumento dos doentes internados, que colocam as instalações hospitalares e os seus sacrificados profissionais de saúde em estado de rutura. A minha inquietação fundamental esteve e está intimamente associada à saúde dos portugueses. Para que este ato eleitoral se realizasse, o Estado de Emergência e o confinamento obrigatório foram suspensos nesse dia e os portugueses votaram, acima das expetativas abstencionistas, naquele que já era antecipadamente “uma carta fora do baralho” dos restantes candidatos, ou seja, reelegeram Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente e com uma confortável maioria de 60,7% dos votos. Não havendo grandes surpresas quanto
o grande ganhador!
ao vencedor previsto desde há muito tem- mento de Estado para 2021, recuando para po, este ato eleitoral trouxe, no entanto, al- mínimos históricos; guns “presentes envenenados” para a futu• O liberal Tiago Mayan, um recente ra política portuguesa, agora a braços com: “aprendiz de feiticeiro” que conseguiu um • Um novo protagonista, André Ventusexto lugar com 3,22% dos votos e que vai ra do partido Chega (ou Chega do partido acentuando a lenta progressão do seu ParAndré Ventura, tal é a personalização deste tido Liberal, sem que, no entanto, possa mini-Trump), que quer “rebentar com o convencer os portugueses da justiça das atual sistema político português” sem um suas propostas; ideário que sustente as suas afirmações, para além das suas habituais atitudes pro• Finalmente o “não” candidato do parvocatórias, mas que obteve um terceiro lutido RIR, Vitorino Silva, o calceteiro “Tino gar com 11,9% dos votos; de Rans” com aspirações a profissional de eleições presidenciais (subsídios eleitorais • Um partido socialista que dividiu o seu do Estado ajudam…) que obteve 2,94% dos eleitorado entre o apoio a Marcelo e a canvotos e já prometeu a sua presença nas pródidata Ana Gomes, que obteve um segundo ximas eleições! lugar com 12,97% dos votos e que conduziu a sua campanha com um radicalismo “desNestas circunstâncias, o significado e a bocado”, que lhe deve ter custado algum importância deste ato eleitoral pouco ou capital simpatia e o estatuto de “persona nada valeu sobre a vitória de Marcelo Renon grata” dentro do PS; belo de Sousa, embora tenha valorizado o seu segundo mandato com a estrondosa • O candidato do PCP, João Ferreira, quarvitória que alcançou, por ter conseguido to classificado com 4,32% dos votos que, ganhar em todos os concelhos de Portugal agarrado à defesa do ‘livrinho” da Consticontinental e ilhas, mas muito mais pela tuição portuguesa (tal como os seus inimidistribuição das forças políticas portuguegos históricos do Partido Comunista chinês, sas em presença e pela leitura de alguns brandiam o “livro vermelho” de Mao Tsé sobre os resultados, na forma e no estilo a Tung), não foi capaz de ultrapassar os seus que sempre nos habituaram (descurando a magros resultados nesta eleição e perder nossa inteligência…). todo o Alentejo (!?...) para a extrema-direita O CDS veio gritar a terreiro “Ganhámos” populista de André Ventura, deixando uma (???...), como tendo sido o único partido grande interrogação sobre a consistência do que apoiou Marcelo. Esta baboseira do jomilitantismo comunista do PCP; vem presidente do CDS, instantes após a eleição, deixou toda a gente estupefacta! • Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Não só o CDS, pelas sucessivas estatísticas Esquerda e quinta classificada com 3,95% que têm sido realizadas, está em constante dos votos, que parece não ter deslocado o desaparecimento, pela deslocação do seu seu partido do anterior “divórcio” da “geeleitorado mais conservador para as hosringonça” do PS e da contestação ao Orça-
tes da extrema-direita populista do Chega e outra parte para o PSD, como o seu peso eleitoral é tão diminuto que nada contou nesta eleição de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas a nossa admiração não ficou por aqui. O próprio presidente do PSD, Rui Rio (com receio de que alguém acreditasse que a vitória de Marcelo se devia ao CDS…), apressou-se a declarar que o seu partido tinha ganho esta eleição (???) e, com ar de quem pode e deve aconselhar o Presidente eleito, “avisou-o” para passar a ser mais duro com o atual Governo! Bem sei que todos participaram nestas eleições presidenciais a pensar nas próxima autárquicas e legislativas, mas “esqueceram-se” dos seus próprios resultados partidários (bem evidenciados) no inquérito de opinião realizado após estas eleições presidenciais e no facto de o Presidente eleito ter sido apoiado por uma maioria significativa do eleitorado socialista, além de muitos outros que a sua simpatia consegue granjear, é de uma falta de pudor aflitiva. O que é que estes destacados políticos não perceberam? Não tardou por isso o “balde de água fria” lançado pelo Presidente, no final das eleições, repetindo: “não sou nem serei um Presidente de fação”! No meio deste trágico cenário pandémico, numa situação económica e social a derrapar para um patamar insustentável, que só a ajuda externa pode minorar e um complexo palco político saído destas eleições, um futuro digno para o nosso país precisa, urgentemente, da capacidade e empenhamento ético de todos aqueles que acreditam nas ambições que o 25 de Abril de 1974 nos proporcionou e que o “novo” Presidente afirma interpretar.
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Começou como terminou
Nada de surpresas nas eleições presidenciais, o primeiro lugar para quem se esperava e bem merecido os outros no lugar que o povo decidiu. das pernas e não podem contradizer porque assinaram um acordo no primeiro mandato por escrito e no segundo verbal. Assumiram estar ao lado do PS. O Presidente esAugusto Bandeira teve de mãos atadas no primeiro mandato, Opinião e agora será que vai continuar? Primeiro o PSD tem uma bota para descalçar, trabaMarcelo Rebelo de Sousa mais cinco lhar mais, vai ter que tomar medidas para anos - era sem dúvida o candidato com salvar a social democracia, porque o paro perfil para chefe de Estado, com a sua tido do André com o resultado que teve é inteligência e experiência dificilmente os outros o poderiam vencer, só mesmo com um desastre, mas o país ainda sabe o que quer, tanto foi que conseguiu mais votos do que nas últimas eleições. Mal seria tal facto não acontecer com o tipo de candidatos a concorrer ao lado do Marcelo.
sinal de que o atual regime não responde a boa parte dos problemas dos portugueses, a nível económico e de representatividade política. Os portugueses não estão a ver ninguém a representar a classe media e foi essa uma das razões, e também porque estão descontentes, que votaram em André, e sorte foi muitos mais não terem votado, mas numas próximas pode duplicar a votação, ou não, tudo depende do pulso do Pre-
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u pessoalmente gostei da vitória, mas não queria que fosse tão alargada, queria um cartão mais amarelado, com todo o respeito pelos outros candidatos. Nada era de esperar a não ser a reeleição do Presidente, esperemos que o novo mandato seja diferente, um Presidente mais ativo, mais atento e não com a cabeça do primeiro-ministro nos ombros. No último mandato podemos dizer que não tinha pano para mangas, isto é, não podia fazer muito mais pelo facto da direita estar em descida nas sondagens e seria um erro grave dissolver o Governo e convocar eleições antecipadas, isto era quase como sai e volta a entrar. Se a direita estivesse mais unida, que não acontece desde que Passos Coelhos saiu, a história teria sido outra no meu entender, assim tivemos que aguentar. Mas aqui só há uma pessoa a culpar: Rui Rio não faz oposição ao Governo, parece que fala mais cá fora do que lá dentro e as pessoas querem uma oposição e a prova está na quantidade de votos que o candidato André Ventura teve. Por uma razão muito simples: é o único que faz oposição ao Governo. Outra das provas é a descida da esquerda, do PCP e do BE - estes dois partidos eram voz crítica a qualquer governo mas agora com a geringonça estão com o rabo no meio
sidente da República e do trabalho da social democracia. Rui Rio tem de ser mais ativo e colocar soluções como alternativa, coisa que não tem acontecido. Sabemos que esta é a pior altura para se ser primeiro-ministro e com uma equipa como o Costa tem, meu Deus! Mas a culpa é dele: consente e assina por baixo. Mais uma vez esperemos que o Presidente reeleito lhe coloque uma linha vermelha, ele próprio disse que os portugueses querem uma mudança, disse que vai ser mais solidário com o povo que o elegeu e que vai envolver um maior número de partidos e de parceiros económicos. Assim o prometeu fazer no seu discurso, primeiro resolver o problema da pandemia para depois passar ao resto tão essencial que tem de se fazer, espero que assim seja. Marcelo, entre muitas outras coisas, no seu discurso afirmou ainda que os portugueses querem que a democracia responda aos dramas e angústias, e foi bem claro: uma democracia que respeite a Constituição, uma democracia democrática. Disse que os portugueses querem sair deste quase ano de vida congelada, e que tem sido adiada, disse que tinha consciência de que a confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco, que vai continuar a ser um Presidente de todos e de cada um dos portugueses, um Presidente próximo, um Presidente que estabilize e um Presidente que una. Ele, como sempre, soube falar muito bem por isso mesmo esperamos que as suas palavras passem a ações e que termine o seu segundo mandato como o merece - com uma qualidade melhor do que foi o primeiro. Não quer isto dizer que foi mau de todo, sabendo que esteve de mãos atadas. Espero da parte social democrata mais empenho e não medo de governar, que parece que é isso que estão a demonstrar, espero ver mais jovens na política sem vícios e espero menos corrupção. Espero algumas mudanças urgentes como muitos dos portugueses querem ver.
Os notáveis exemplos de solidariedade das comunidades portuguesas em tempos de pandemia Daniel Bastos Opinião
Nestes tempos difíceis que atravessamos, devido aos efeitos da pandemia de coronavírus que ao longo do último ano gerou uma crise socioeconómica mundial sem precedentes, as comunidades portuguesas têm sido palcos constantes de muitos e bons exemplos de solidariedade.
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ma generosidade que perpassa a geografia universal dos portugueses no estrangeiro, e que se tem revelado essencial para mitigar o espectro de desemprego, as perdas de rendimento e as grandes dificuldades de vida que ba-
teram à porta de muitos compatriotas. Os exemplos deste sentimento de responsabilidade, partilha e auxílio no seio da diáspora lusa têm sido muitos, verdadeiramente inspiradores, a todos os títulos notáveis, e não devem deixar de ser enaltecidos e prosseguidos no nosso quotidiano. É o caso, por exemplo, da incomensurável onda de generosidade que tem sido dinamizada em França, onde vive a maior comunidade portuguesa de emigrantes, mais de um milhão, e que através do coletivo “Todos Juntos” reuniu, no decurso do ano transato, várias toneladas de alimentos para ajudar famílias carenciadas de emigrantes lusos que vivem na região parisiense. Na mesma esteira solidária, e durante o mesmo período, a comunidade portuguesa e de luso-descendentes na África do Sul, que se estima que atualmente ronde o meio milhão de pessoas, na sua maioria com raízes madeirenses, através do
Fórum Português da África do Sul, entregou cerca de 400 toneladas de alimentos ao Governo sul-africano para ajudar no combate à fome na província de Gauteng, a mais afetada pela pandemia da covid-19. Por esta altura em Toronto, a maior cidade do Canadá, onde reside uma das mais dinâmicas comunidades portuguesas da América do Norte, uma das mais relevantes plataformas de comunicação social lusa, a MDC Media Group, presidida pelo comendador Manuel DaCosta, um dos mais ativos e beneméritos empresários luso-canadianos, que incorpora órgãos de informação como o jornal Milénio Stadium, as revistas Amar e Luso Life, e a Camões Rádio e TV, persevera na recolha de alimentos para entregar no Food Banks Canada. Ainda na maior cidade do Canadá, e com o apoio constante dos diversos órgãos de informação da MDC Media Group, ao longo dos últimos tempos a equipa de voluntários liderada por
José Dias, Luís Miguel de Castro e Carlos Lopes têm dinamizado a “Food for Thought”. Através da generosidade de vários estabelecimentos e figuras gradas da comunidade luso-canadiana, o grupo de voluntários tem conseguido distribuir “alimento para a alma” de vários agregados de concidadãos que por estes dias vivem com mais dificuldades. Estes notáveis exemplos de solidariedade, e muitos outros que estão atualmente a ser dinamizados no seio das comunidades portuguesas, dão sentido à incitação universal e intemporal de Nelson Mandela, um dos símbolos dos direitos humanos mais reconhecidos do século XX: “Um dos desafios do nosso tempo, sem ser beato ou moralista, é reinstalar na consciência do nosso povo esse sentido de solidariedade humana, de estarmos no mundo uns para os outros, e por causa e por meio dos outros”.
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How safe are Vaccines? Vincent Black Opinion
It seems that our only saving grace to get back to some type of normalcy is to get this vaccine in our arms and hope that it works. Even this new strand that has been surfacing seems to be conquered by the vaccine and its effects on the spread. Whether it’s the Pfizer, the Moderna vaccine the results have been amazing based on the turnaround time of eight months in the making.
S
o, then why are we here in Canada so far behind in getting the vaccine and ultimately rolling it out to our citizens? I heard a great line the other night on late night television that “they are rolling out the Popeyes chicken sandwich faster than we are with the vaccine”. The answer is bad leadership at the top of the food chain and that all falls at the feet of our Prime Minister, Justin Trudeau. What they are telling us today is that the majority of Canadians should be vaccinated against coronavirus by September 2021, according to Prime Minister Justin Trudeau. But with the current pace of the country’s vaccination distribution, l don’t feel it will hit the target anytime soon. Canada has fallen behind countries like Israel, the United States and the United Kingdom in vaccine distribution. Accord-
ing to recent numbers from global data, the total number of vaccinations does administer per 100 for Canada was 0.3 as of January 2. For the United States it was 1.28, in the U.K. it was 1.39. We are so far out of the game for a G7 country that it is embarrassing to Canada. Early on in the game Trudeau kept telling us that we have ordered enough vaccine to supply all our citizens here in Canada. It appears that our Prime Minister in the early stages of ordering large supplies of vaccine that he was introduced to a Chinese businessman that convinced him and the Canadian government to buy from China most of our vaccine. However, when we requested the vaccines to be shipped, the Chinese government wanted a quick pro quo for a Chinese citizen that was held here in Canada. It seems that the Chinese government is holding us hostage in return for vaccine quota. It seems that our procurement procedures and our Prime Mainister are either inexperienced or totally inept and have dropped the ball completely when it comes to procuring vaccine quota for Canadian citizens. Its approximately one year from when the first strain was observed here in Canada and if these rumours can be confirmed, this government has totally mismanaged the vaccine procurement and protection of all Canadian citizens. Justin Trudeau should resign if it is found that we are being kept hostage over this alleged purchase from the Chinese government. It appears that we have a classic bait and switch when it comes to working with the lives of citizens, China has taken advantage of our Canadian goodwill. Meng Wanzhou is this prominent person
that is in question. She is a former Huawei executive and daughter of Huawei founder back to China. She was held here in Canada at the request of the United States authorities. And it appears that we here in Canada are being used at the expense of lives and again if true, we need to put an end to this and regroup and buy a new vaccine supply from other sources. The lies that you are hearing from our Prime Minister is just a decoy to buy him further time to regroup and save face. This was a colossal mistake and political inexperience which should be dealt with accordingly. According to some media sources, its sounds like the shipment of vaccine was withheld or delayed as part of China’s retaliation against Canada over the Meng Wanzhou arrest. The Chinese state media outlet obviously has denied such statements, but if you follow the dots it all makes sense. Its only recently that the partnership with a Chinese company called CanSino and Canada have surfaced about the vaccine trials and partnerships with Canadian University Dalhousie. The government announced its major vaccine purchases in August after it confirmed the CanSino partnership had fallen through. At the time, it said its decision had come after careful consultations with its vaccine task force of health experts. This past week, Prime Minister Justin Trudeau created a firestorm when he said Canadians will have to wait a bit to get vaccinated for COVID-19 because the first doses off the production lines will be used in the countries where they are made. In the face of mounting questions about the CanSino deal, Trudeau continued to defend his government’s vaccine pro-
curement policy, which he says has secured multiple options for the country. Trudeau also appointed a Canadian Forces general to lead the logistics of an eventual vaccine rollout with the Public Health Agency of Canada. Canadian officials have confirmed to media that maker Moderna has indicated that Canada is at the front of the line and will receive 20 million doses of the COVID-19 vaccine it pre-ordered. The Canadian government has also indicated to these companies and in particular Moderna, that it has the right to reserve the ability to increase its amounts. This timeline is so important because when Canada started getting serious with Pfizer, Moderna, Trudeau’s government was willing to almost double down on partnering with China earlier in the pandemic. The reason why this is so important, is that we could have been dealing with many of the reputable suppliers and not working with China. Just like Israel where they have vaccinated almost half their population and well under way to vaccinate all of Israel before the end of spring. This is leadership and this is what a leader in Benjamin Netanyahu does to take care of his country and its citizens. Justin Trudeau is in damage control these days and is pushing the narrative that he is willing to approve further vaccines by Johnson & Johnson and AstraZeneca along with the initial orders from Pfizer and Moderna. Mr. Trudeau you have one task and one task only…do the right thing and get us as much vaccine as soon as you can…. stop with the games as our lives are on the line.
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Dividends Vs. Salary We work with business owners from across Canada and we are often asked about the difference between salary and dividends. If you own a business through that corporation, you can pay yourself a salary or dividends or a combination of both.
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his article will look at the difference between salary and dividends and the main advantages and disadvantages of each. Salary / Wages If you are paying yourself a salary, wage, or a bonus (all three are the same thingwages), the payments become an expense of the corporation and then the wages are your employment income- you’ll get a T4. The expense reduces the corporation’s taxable income which reduces corporate taxes owing. HOW IT’S DONE To pay yourself a wage, the corporation will need to register a payroll account with CRA. Each time you are paid, the corporation will need to withhold source deductions (CPP and Income Tax) from your pay. These source deductions are then remitted to the Receiver General (CRA) on a regular basis. In addition, each year the corporation must prepare and file T4s for any employees that earned wages. WHY CHOOSE SALARY? Paying yourself a wage means: 1. Since a wage is spread over the full year, then taxes are paid through the year. 2. This means you would receive a steady and predictable income through the year. 3. Increases your RRSP Contribution Room – Dividends do not increase your RRSP Room. 4. CPP Contributions – adds to your annual future benefit. But it also means that the CPP contributions are a cost for your corporation. Less cash now, more cash later. 5. No EI! If you own more than 40% of the company Employment Insurance is exempt but can be requested by the shareholder.
6. Fewer Surprise Tax Bills – through payroll remittances Income tax is withheld and paid to CRA. While through dividends income tax is not withheld and remitted. This creates personal taxes owing every April. 7. When Applying for a Mortgage - When you are attempting to qualify for a mortgage, banks like to see steady, predictable income. Earning employment income like this will help show that steady income, whereas dividend income may not be looked at as favorably by the bank. 8. Having Children / Parental Leave Maternity or Parental Benefits, are only valid when EI Employment Insurance payments for the shareholder. 9. Paying Bonuses - Sometimes tax can be reduced or deferred by paying wages in the form of a bonus to business owners. This is a bit complicated and is not applicable in every scenario, but it is important to know that the technique exists.
WHY CHOOSE DIVIDENDS Paying dividends can be a simple way for business owners to withdraw money from their corporation. Some key advantages include: 1. Lower Cost - Paying dividends removes the need to contribute to CPP, which reduces corporate and personal costs. The downside is that it does not allow you to contribute to the Canada Pension Plan. More cash now, less cash later. 2. Simplicity - If you own 100% of your corporation, you can just declare a dividend and transfer cash from the company to your personal account. No need to register for payroll and remit source deductions. 3. Less Chance for Payroll Penalties Payroll remittances are relentless and late payments come with stiff penalties. Paying dividends eliminates the chance of late or missed payroll remittances. 4. Filing of T5s must be completed ontime once per year when paying dividends by February 28th, of every year. Dividends 5. Bad at Administrative Tasks - If makTYPE OF TRANSACTION Dividends are payments to sharehold- ing payments on time is a weakness that ers of a corporation that are paid from the you have, then it may be easier and less after-tax earnings of the company. This costly to pay yourself using dividends. means that dividends are not a corporate Wages require the regular, on-time payexpense and do not reduce the corporate ment of source deductions. If source detaxes paid. The flip side is that dividends duction payments are missed or late, the carry less personal tax liability than wages penalties can add up quickly. because they come with a dividend tax Which Method Creates Less Tax? credit (more on tax differences below). (Spoiler - the answer is “it depends”) Ok, so the most common question we get HOW IT’S DONE 1. Dividends are only paid to those about salary vs. dividends is “which methshareholders who own shares of the cor- od allows me to pay less tax?”. This is an important question, but changes to legisporation. 2. Dividends are declared and cash is lation that took effect at the beginning of transferred from the corporate account to 2018 have made it more difficult to reduce a shareholder’s personal account in one or taxes by choosing one method or the other. Often, the results of calculations show many transactions. 3. Each year, the corporation must pre- minimal tax savings one way or another, pare and file T5s for any shareholders who and there is a reason for that. received dividends. 4. Each year in the corporation tax re- INTEGRATION There is a tax concept called integration turn the dividends are reported. 5. Dividends are issued and paid based that legislation aims to implement. The idea is that there should be little to no difon share ownership. ference in the overall income tax paid (per-
sonal tax + corporate tax) when comparing dividend payments and wage payments of the same amount. How this works: • Wages reduce corporate taxes but create higher personal taxes than dividends. • Dividends do not reduce corporate taxes but create less personal taxes than wages. DIVIDEND SPRINKLING In the past, corporate shareholders could skirt the issue of integration and tip the scales of tax savings in their direction by using a technique called dividend sprinkling. This was accomplished by spreading out dividend payments to a lower income earning spouse or adult family member. Because the spouse or adult family member are in a lower tax bracket than the person operating the business, there would be less personal tax to pay on their dividend income. Now that it is more difficult, due to TOSI, implementing dividend sprinkling. We should consider the non-financial factors discussed earlier when deciding which method of payment to use. CALCULATING AND COMPARING TAXES Although there may not be as much in tax savings to be had as in the past, we can still do some simple calculations to help determine whether dividends or wages are more tax efficient. The idea is to calculate the total taxes (corporate + personal) that would be paid if dividends were used and compare that with the total taxes that would be paid if wages were used. We can Help!!!! There are a lot of moving pieces and things to consider when deciding to pay yourself through wages or dividends. Luckily, we like talking about this stuff for a long time, so give us a shout if you have any questions!!! Teixeira Accounting Firm www.helpingbusinesses.com
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CANADÁ
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Pfizer vai enviar vacina COVID-19 em menos frascos se Canadá concordar com alteração do rótulo que pode enviar menos frascos. Os EUA e a Europa já aceitaram e em janeiro receberam menos frascos. Agora a Pfizer pediu ao Canadá para fazer o mesmo, mas a Health Canada é quem vai decidir. Se for aceite o país vai receber 40 milhões de doses de vacinas da Pfizer em cerca de 6,7 milhões de s profissionais médicos nos frascos. Se o Canadá concordar com a EUA foram os primeiros a des- mudança, mas não conseguir obter as cobrir em dezembro que po- seis doses de cada frasco, a sua meta diam obter seis doses de um frasco em para vacinar 20 milhões de pessoas com vez de cinco se usassem seringas mais as 40 milhões de doses da Pfizer vai ser pequenas. Os contratos assinados impossível de cumprir. CBC/MS com a Pfizer são referentes a doses e não a frascos, por isso o fabricante diz
Otava pediu para descriminalizar posse de pequenas quantidades de droga Um número crescente de funcionários e organizações no Canadá, incluindo polícias, estão a pedir ao Governo federal que descriminalize a posse de pequenas quantidades de droga. Na Colúmbia Britânica, a mudança já começou.
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a quarta-feira (27), a cidade de Vancouver anunciou que a Health Canada concordou em iniciar discussões formais sobre o plano da cidade para descriminalizar a posse de pequenas quantidades de droga. Benjamin Perrin, professor de direito da Universidade de British Columbia em Vancouver, diz que se Otava se recusar a mudar a lei, a província deve avançar para tribunal. O professor trabalhou antes como assessor de justiça de Stephen Harper. Perrin acredita que não faz sentido punir pessoas que têm dependências e que isso só vai fazer com que os
casos de overdose aumentem. O primeiro-ministro Justin Trudeau já se pronunciou sobre este assunto e disse que a descriminalização não é uma bala de prata. A Associação Canadiana de Chefes de Polícia defende que a descriminalização é o caminho certo a seguir. O ministério da saúde informou na semana passada que o governo está a par do problema e que está a analisar a descriminalização. No ano passado, os paramédicos da Colúmbia Britânica responderam a 74 overdoses por dia. O Premier de BC pediu ao Governo federal para mudar a lei e esta terça-feira (26) o conselho da cidade de Montreal também votou a favor de pressionar Otava para descriminalizar a posse de pequenas quantidades de droga. Segundo a Statistics Canada, em 2019 cerca de 18.000 pessoas foram acusadas deste crime. CBC/MS
Clientes TD em várias províncias atingidos por cobranças de débito fraudulentas da DoorDash
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serviço de entrega de comida tornou-se popular durante a pandemia e estas pessoas dizem que nunca usaram o serviço antes. Nos últimos anos os bancos melhoraram os cartões de débito para que os clientes os pudessem usar não apenas para levantar dinheiro num multibanco, mas também para fazerem compras online como se fossem cartões de crédito, mas o serviço tornou os cartões de débito alvos para fraudes. Esta é a opinião de vários especialistas em segurança. O telefone
e o e-mail podem ser dois dos veículos de recolha de informação pessoal dos clientes. O TD tem mais de 13 milhões de clientes no Canadá e confirma que o problema está a ser resolvido. A DoorDash também confirmou que está a trabalhar com o banco para ajudar a reembolsar as pessoas que foram vítima de fraude. Esta não é a primeira vez que o TD lida com esse tipo de golpe. Em 2019, dezenas de usuários de cartão de débito TD disseram que foram vítimas de cobranças fraudulentas do Spotify, um serviço de streaming de música. Uma forma de se proteger contra cobranças fraudulentas é pedir ao seu banco para bloquear o recurso de compra online do seu cartão de débito. CBC/MS
Um em cada três enfermeiros registados em Ontário considera abandonar a profissão devido à pandemia Quase três quartos dos enfermeiros registados em Ontário chegaram a um ponto crítico durante a pandemia e um em cada três diz que está a pensar abandonar a profissão.
O
estudo foi conduzido em dezembro pela Registered Practical Nurses Association of Ontario. Foram ouvidos cerca de 765 enfermeiros e a associação diz que está surpreendida com estes números. Segundo o sindicato existem cerca de 47.000 enfermeiros registados na província. Estes enfermeiros trabalham em lares de idosos e em hospitais, mas não exercem a profissão em serviços de urgência ou em cuidados intensivos. Cerca de 90% dos enfermeiros que foram ouvidos neste estudo relataram terem tido um aumento da carga de trabalho e 83%
disseram sentir que a sua saúde mental foi afetada pelo trabalho e cerca de 67% informou que não teve ajuda profissional para lidar com a pressão na saúde mental durante a segunda vaga. A cidade de Toronto abriu um serviço de apoio à saúde mental gratuito e disponível 24 horas por dia para crianças, jovens, idosos e trabalhadores da linha de frente. Entre abril e janeiro, Toronto adianta que mais de 110.000 pessoas usaram este serviço. Os enfermeiros que foram ouvidos neste estudo contaram ainda que reduziram o tempo que passaram com a sua família devido ao risco de contágio. Cerca de 57% disse ter passado por dificuldades económicas quando o Governo de Ontário proibiu que os enfermeiros trabalhassem em duas instituições diferentes. CBC/MS
Médico diz que perdeu cargo na rede de hospitais da área de Toronto porque criticou o Governo de Ontário Um médico da área de Toronto disse que foi afastado de sua posição como diretor médico interino de cuidados intensivos numa rede de hospitais porque criticou publicamente a resposta da província à pandemia.
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Várias pessoas de diferentes províncias alegam ter sido vítimas de fraude porque os seus cartões de multibanco do TD tiveram cobranças da DoorDash sem que tenham feito qualquer pedido.
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A Pfizer e a BioNTech vão reduzir a quantidade de frascos da vacina COVID-19 que enviarem para o Canadá este ano se o regulador federal de saúde concordar em mudar o rótulo da vacina para dizer que cada frasco contém seis doses em vez de cinco.
rooks Fallis culpa a influência do Governo na decisão do hospital em afastá-lo da posição de diretor médico interino de cuidados intensivos e explica que devido às suas declarações o Sistema de Saúde William Osler tinha receio de vir a perder fundos públicos. O hospital nega que a influência do Governo de Ontário tenha pesado na deci-
são de afastar o médico do cargo. O gabinete do Premier já reagiu e disse que a acusação não tem fundamento. Fallis vai continuar no hospital como médico de cuidados intensivos. Recentemente, Fallis publicou no Twitter que o Governo precisava de fazer mais para travar a transmissão da nova variante britânica do vírus. Fallis não está arrependido e diz que a sua responsabilidade como médico é cuidar das pessoas. Um grupo de 23 médicos do hospital escreveu uma carta e disse que não apoia a decisão do hospital de afastar Fallis do cargo. Os médicos revelam-se “tristes e chocados” e garantem que Fallis é “um líder exemplar”. Os colegas dizem ainda que Fallis criou novos protocolos em áreas onde não existia orientação para preservar o bem-estar da equipa e evitar esgotamentos durante a pandemia. A carta diz que os membros da Mesa de Comando de Cuidados Críticos de Ontário usaram os protocolos de Fallis como exemplo para ser usado noutros hospitais e que Fallis melhorou a reputação e a influência da rede hospitalar através de iniciativas como o site de cuidados intensivos dedicado à COVID-19. CBC/MS
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Canada Summer Jobs Canada Summer Jobs 2021 Canada Summer Jobs is an initiative of the Youth Employment and Skills Strategy, which aims to provide flexible and holistic services to help all young Canadians develop the skills and gain paid work experience to successfully transition into the labour market. The Canada Summer Jobs program objectives align with the redesigned Youth Employment and Skills Strategy and are as follows:
Employer Flexibilities For CSJ 2020, the Department introduced temporary flexibilities to respond to the needs of employers and youth in the context of the COVID-19 pandemic. The program will continue to offer these temporary flexibilities for 2021 in order to continue to support employers and youth. The following temporary flexibilities will be in place for CSJ 2021:
• provide quality work experiences for youth • respond to national and local priorities to improve access to the labour market for youth who face unique barriers • provide opportunities for youth to develop and improve their skills
• Wage subsidies: Funded public and private sector employers will be eligible to receive a wage subsidy reimbursement of up to 75% of the provincial or territorial minimum hourly wage. Under regular rules, private and public sector employers are only eligible to receive up to 50% of the provincial or territorial minimum wage.
The program provides wage subsidies to employers from not-for-profit organizations, the public sector, and private sector organizations with 50 or fewer full-time employees, to create quality summer work experiences for young people aged 15 to 30 years. Funded employers are not restricted to hiring students — all youth aged 15 to 30 years may be eligible participants.
• Part-time employment: All funded employers may offer part-time placements (for example, fewer than 30 hours per week). Under regular rules, all CSJ-funded employment has to be full time (a minimum of 30 hours per week).
In delivering on the program objectives, the Government of Canada aims to ensure that youth job opportunities funded by the program take place in safe, inclusive, and healthy work environments free from harassment and discrimination. To support Service Canada in screening and assessing the eligibility and quality of each project, the Application Form collects information from you such as your organization’s health and safety practices, work environment policies, supervision and mentoring plans, skills development plan, and other details related to both your organization and the proposed job(s). • Using Grants and Contributions Online Services (GCOS); • In person; and, • By mail.
• Employment period: All funded employers may offer job placements between April 26, 2021 and February 26, 2022. Under regular rules, all CSJ-funded positions have to be completed during the summer months. • Changes to project and job activities: All funded employers may amend project and job activities if the proposed project is impacted by COVID-19 restrictions after an agreement is signed. In such cases, the employer should contact Service Canada to discuss potential amendments. All changes must be approved by Service Canada. How to submit your application You can submit your application(s) in several ways: • Using an online fillable application.
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Covid-19
Até final de março 810 mil pessoas terão completado vacinação e 520 mil iniciam Francisco Ramos, presidente da Comissão Nacional Técnica para a vacina contra a covid-19, afirmou, esta quinta-feira (28), que até ao final do mês estarão vacinadas com as duas doses 74 mil pessoas e iniciaram a vacinação 178100 pessoas com a vacina da Pfizer e 5400 com a da Moderna. Até ao final de março está prevista a vacinação completa de 810 mil pessoas e que 520 mil iniciem.
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Já recebemos 377 770 doses da vacina da Pfizer, mais 19500 para os Açores e Madeira, e 8400 da vacina da Moderna. Até ao final deste mês estarão vacinadas cerca de 74 mil pessoas com as duas doses da vacina da Pfizer, 178 100 iniciaram a vacinação com essa vacina e 5400 com a vacina da Moderna”, começou por informar Francisco Ramos. “Em termos de grupos, entre os profissionais de saúde do SNS há 57500 com a vacinação completa, 16 mil iniciaram a vacinação. Profissionais de saúde de hospitais privados e das misericórdias são 2370 com vacinação iniciada e ainda nenhum com vacinação completa. No grupo de pessoas com mais de 50 anos e com comorbilidades, há 12 mil com vacinação iniciada”, acrescentou. Foram registadas 1332 reações adversas, como tumefação do braço ou dor de cabeça. “Não houve até hoje nenhuma notificação de reações que não estivesse prevista”, assegurou Francisco Ramos, notando que “0,65 reações adversas por 100 vacinados é um valor que está em linha com os dados provisórios que conhecemos do resto da Europa”. “A execução da vacinação está a decorrer como previsto”, garantiu. A vacinação nos lares e nos cuidados continuados está praticamente concluída, disse o coordenador do plano, explicando
que as vacinas da Pfizer são usadas desde 27 de dezembro e as da Moderna desde 14 de janeiro. Francisco Ramos diz ter esperança de que a vacina da AstraZeneca seja aprovada hoje, sexta-feira (29), pelas autoridades europeias e espera uma decisão da vacina da Johnson&Johnson para o primeiro trimestre. Das duas vacinas aprovadas, Portugal espera 1,5 milhões de doses no primeiro trimestre e cerca de cinco milhões no segundo. “O nosso país tem contratados quase 30 milhões de doses de vacina”, afirmou Francisco Ramos, observando ainda que os critérios para os grupos de risco com prioridade vão ser alterados: vai-se manter na primeira fase da vacinação “o grupo dos 50 até aos 79 anos com comorbilidades específicas, para prevenir a mortalidade, mas vai incluir também todas as pessoas com mais de 80 anos independentemente de qualquer comorbilidade ou patologia, passa a ser apenas a idade”. A partir dos 50 anos, quem tem insuficiência cardíaca, doença renal e doença respiratória também passa a integrar o grupo de risco com prioridade na vacina. Até final de março 810 mil pessoas terão completado vacinação Francisco Ramos afirmou que, caso a vacina da AstraZeneca seja aprovada, espera receber 2214 mil doses até ao final de março. “Até ao final de março está prevista a vacinação completa de 810 mil pessoas e que 520 mil iniciem”, perspetivou Francisco Ramos. Desse total, o coordenador espera ter cerca de 100 mil profissionais de saúde vacinados, 90 mil dos quais com vacinação completa, mais 50 mil do setor privado e social, 30 mil dos quais com vacinação completa. Do grupo de forças armadas e bombeiros
esperam-se 40 mil vacinados, dos quais 21 mil completos. Todos os lares terão a vacinação completa e os restantes grupos com mais de 50 anos com 50% de vacinação completa até essa altura e outros 50% em abril. Do novo grupo incluído na primeira fase, com mais de 80 anos, estima-se que mais de 300 mil tenham iniciado a vacinação e cerca de metade a tenha completado. Este novo grupo prioritário começa a ser vacinado já na próxima segunda-feira (1). “Em termos de acesso à administração, estamos neste momento num ponto de viragem, estamos numa fase em circuito fechado, os profissionais de saúde no seu local de trabalho, os residentes nos lares, e vamos passar para uma fase em que a administração da vacina vai passar a ocorrer em centros de vacinação a partir de fevereiro”, disse o coordenador do plano, apontando o objetivo de que durante o mês de fevereiro haja “pelo menos um centro de vacinação em cada Agrupamentos de Saúde” e, numa segunda fase, em todos os concelhos, o que dependerá da quantidade de vacinas. Haverá sempre marcação prévia da vacinação e a convocatória será de preferência por SMS, acrescentou Francisco Ramos, assegurando que o plano logístico da distribuição das vacinas já está definido. O coordenador do plano disse ainda que vai ser feita uma auditoria pela Inspeção Geral da Saúde para perceber como estão a ser aplicados os critérios da vacinação dos grupos prioritários e que medidas estão a ser adotadas pelas entidades de saúde no desperdício. “Estamos a falar de um plano que é uma gigantesca operação que começou há um mês e não há um ano. Na vacinação dos idosos nos lares, falta começar a vacinação de cerca de 30 mil pessoas, por causa de surtos nos lares”, explicou.
Mil vacinas para titulares de órgãos de soberania Sobre a questão das atividades essenciais, como os órgãos de soberania, Francisco Ramos clarificou que a proposta sempre existiu e “não é de desvalorizar”. Entre decisores e cargos indispensáveis para a vida em sociedade incluem-se titulares de órgãos de soberania, altos cargos com funções no quadro de emergência, responsáveis da Proteção Civil e altos dirigentes da PGR e do Ministério Público. “O que está previsto é que nas próximas semanas haja mil vacinas”, acrescentou. “Quem já teve a doença e já recuperou da doença não será vacinado nesta fase. É o que consta das normas”, explicou ainda o responsável. “A nossa avaliação é que neste primeiro mês face ao volume de trabalho é francamente positiva, naturalmente há incidentes e acidentes como no carro de transporte, mas o que é mais importante é que temos já mais de 200 mil pessoas com a vacinação iniciada”, concluiu Francisco Ramos. Os utentes que não são seguidos no Serviço Nacional de Saúde terão de se inscrever para a vacinação contra a covid-19 num formulário disponibilizado pelas autoridades na internet. De acordo com a informação disponibilizada no site do SNS, que explica todas as fases do plano de vacinação contra a covid-19, as autoridades de saúde pedem aos cidadãos para esperarem até serem contactados pelos serviços de saúde, mas dizem que os utentes não seguidos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os profissionais de saúde “em prática isolada e que não estejam inscritos numa ordem profissional” devem inscrever-se num formulário próprio. JN/MS
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Discriminação
Instituto do Sangue averigua médico que diz que homossexuais estão impedidos de doar
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um email, ao qual a Lusa teve acesso, um médico do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) escreve que “os homens que têm sexo com homens estão impedidos de dar sangue”. “Este critério não [é] nacional. É internacional. Muitos dos países da Europa e do mundo têm essa regra para defesa da saúde do doente que recebe a unidade de sangue”, sustenta o médico Luís Negrão, que se apresenta como médico de saúde pública. O clínico sublinha que “90% dos casos de VIH positivos [identificados] nas dádivas de sangue são de homens que têm sexo com homens e que o omitiram na triagem clínica”. Confrontado com estas afirmações, o IPST confirma que o médico trabalha para o organismo e que a “situação já está a ser averiguada internamente”. “Esta não é a posição do IPST”, garante o instituto, sublinhando que a posição oficial é a que tinha sido anteriormente transmitida à Lusa. Na terça-feira (26) a Lusa contactou o IPST na sequência do caso de um homem que denunciou ter sido discriminado quando tentou dar sangue no sábado, dia 23, no
podem doar sangue”. Confrontado o IPST, a resposta dada à Lusa foi que o instituto “não questiona a orientação sexual dos seus potenciais dadores” e que “todo e qualquer cidadão [pode] candidatar-se a dar sangue, sem quaisquer diferenças de género ou orientação sexual”. Garantiu também que, “se não forem referidos comportamentos considerados de risco, nem no consentimento informado nem na triagem clínica, o dador é aceite para a dádiva”. Disse ainda que “na sequência de reclamações apresentadas, procede internamente ao esclarecimento das decisões tomadas pelos profissionais”. Em 2016 tinha sido definida o fim da proibição das doações de sangue por parte de homens que têm sexo com homens através de uma norma da Direção-Geral da Saúde e a polémica com esta questão teve como resultado a demissão do então presidente do instituto, Hélder Trindade, que, na altura, alegou razões pessoais. Estava também programado que em 2019 fosse constituído um grupo de trabalho para avaliar o impacto da alteração do critério de suspensão do dador, no que diz respeito a homens que têm sexo com outros homens. posto fixo de doação do IPST em Lisboa, e confrontado com várias questões que par“O relatório técnico final com as concludepois de este organismo ter feito um apelo tiam do princípio de que teria parceiras. sões deste grupo de trabalho será conheciQuando fez questão de corrigir e assumir público à doação. do em breve”, disse o IPST, garantindo que A situação passou-se com Bruno Gomes que tinha um parceiro, ouviu como respos“apoiará as recomendações apresentadas d’Almeida que, depois de três horas na fila ta que “então não pode doar sangue” e que por este grupo de trabalho”. e mais uma hora de espera na triagem, foi “homens que fazem sexo com homens não JN/MS Créditos: DR
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação abriu uma averiguação interna a um médico do organismo depois de este ter afirmado que os homens homossexuais estão impedidos de dar sangue, garantindo que esta não é a posição oficial.
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Covid-19
Governo limita viagens e repõe controlo de fronteiras O Conselho de Ministros desta quinta-feira (28) decidiu limitar as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e repor o controlo nas fronteiras terrestres.
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Aprovou-se a limitação às deslocações para fora do território continental por parte dos cidadãos portugueses efetuadas por qualquer via, designadamente rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial ou marítima”, precisou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, numa conferência de imprensa, que o JN acompanhou ao minuto, no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou as medidas que regulamentam o novo estado de emergência, que começa no próximo domingo (31) até 14 de fevereiro. O Governo decidiu ainda repor o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres, estando também prevista a possibilidade de suspensão de voos, se assim se justificar, e de determinação de confinamento de passageiros à chegada quando a situação epidemiológica assim o justificar. Relativamente à limitação de deslocação para fora do território continental, por parte de cidadãos portugueses, que a ministra definiu como um “auto-confinamento”, estão previstas exceções que contemplam
as deslocações impreteríveis por motivo de trabalho ou de saúde. “Sabendo que Portugal está neste momento com um número de casos muito elevado, pareceu-nos ser um bom exemplo mostrar esta disponibilizar para o país se autolimitar nas saídas”, disse Mariana Vieira da Silva, adiantando ainda que o modelo aprovado para a reposição do controlo de pessoas nas fronteiras terrestres é semelhante ao que vigorou no anterior confinamento geral. “Relativamente às fronteiras terrestres, [as regras] são em tudo semelhantes às que aconteceram no primeiro confinamento. As exceções são os trabalhadores transfronteiriços, as necessidades de passagem por motivos de saúde, por regresso a casa de cidadãos que vivam em Portugal e as mercadorias internacionais”, referiu a ministra da Presidência. Mariana Vieira da Silva acentuou que a situação pandémica que o país atravessa “é muito grave”, lembrou o crescimento diário do número de novos casos, de internamentos e de mortes, e apelou às pessoas para que cumpram as regras do confinamento e para se manterem em casa, saindo apenas quando tal for estritamente essencial. JN/MS
Relatório
Portugal desce três lugares no Índice de Perceção da Corrupção Portugal desceu três lugares no Índice de Perceção da Corrupção de 2020, publicado esta quinta-feira (28) pela Transparência Internacional, colocando-se no 33.º lugar com 61 pontos, a pontuação mais baixa de sempre.
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egundo o relatório da Transparência Internacional, Portugal situa-se agora “bastante abaixo dos valores médios da Europa ocidental e da União Europeia, fixados em 66 pontos” num índice que continua a ser liderado pela Dinamarca e Nova Zelândia. Desde 2012 que Portugal regista variações anuais mínimas e a pesquisa da Transparência Internacional demonstra “que os países menos equipados para lidar com crises, como a pandemia de covid-19, são precisamente aqueles que apresentam as pontuações mais baixas”. “Em ano de pandemia covid-19, os resultados do Índice de Perceção da Corrupção de 2020 são reveladores do impacto da corrupção nos sistemas de saúde e de proteção social, nos processos democráticos e no respeito pelos direitos humanos”, analisa a associação Transparência e Integridade (TI-PT), filial portuguesa da organização aqueles onde há menor propensão para se internacional. violarem as normas e instituições demoPara a associação cívica, “os países com cráticas ou o estado de direito”. bom desempenho no índice são aqueles Pouco ou nada tem sido feito pelo comque mais investem em saúde, e também
bate à corrupção em Portugal Para a presidente da TI-PT, Susana Coroado, apesar de o país ter descido no ‘ranking’, “ao longo dos últimos 10 anos pouco
ou nada tem sido feito pelo combate à corrupção em Portugal, e os resultados são expressão dessa deriva”. No entender da presidente da Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, “a covid-19 não é apenas uma crise económica e sanitária. É uma crise de corrupção”, que colocou os governos à prova. “E é uma crise que não estamos a conseguir gerir”, sublinha. A pandemia, observa, “colocou governos à prova como nunca e os países com níveis mais elevados de corrupção têm sido menos capazes de enfrentar este desafio. Mas mesmo aqueles que estão no topo do Índice devem abordar urgentemente o seu papel na perpetuação da corrupção a nível interno e externo”. O Índice de Perceção da Corrupção da ONG Transparência Internacional é uma ferramenta que mede a corrupção no mundo, analisando os níveis de corrupção no setor público de 180 países, pontuando-os de 0 (muito corrupto) a 100 (muito transparente). A Dinamarca e Nova Zelândia continuam no topo da tabela de 2020, com 88 pontos, seguidas da Finlândia e Singapura, com 85. Nas posições mais baixas estão este ano a Síria, com 14 pontos, e a Somália e o Sudão do Sul, ambos com 12 pontos. JN/MS
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Covid-19
Universidade de Aveiro cria teste de saliva para substituir zaragatoa Um teste de saliva ultrassensível para a covid-19 está a ser desenvolvido na Universidade de Aveiro, em colaboração com vários hospitais, visando eliminar o desconforto da colheita de amostras com zaragatoa.
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egundo fonte académica, foi desenvolvido naquela universidade um kit de um teste de saliva ultrassensível, “altamente reprodutível, para a covid-19”. “O novo teste elimina o desconforto e a pesada logística da colheita de amostras com zaragatoa. Utiliza a robusta tecnologia de RT-PCR existente nos laboratórios nacionais, simplifica a automação dos processos laboratoriais, baixa o custo e facilita a testagem comunitária, em lares, escolas e empresas”, salienta a Universidade. Segundo os investigadores, a saliva é o principal veículo de transmissão do SARS-COV-2, o que torna a sua colheita de fácil execução no domicílio ou no local de trabalho, sem recurso a profissionais de saúde. “Numa abordagem inicial os resultados dos testes com saliva mostraram que eram menos sensíveis do que os obtidos com colheitas por zaragatoa nasofaríngea, mas após ajustes no protocolo técnico, confirmou-se que a saliva pode igualmente ser usada na deteção de SARS-CoV-2 sem perda de sensibilidade”, asseguram. Até agora, a necessidade de treinar e mobilizar profissionais de saúde para a testagem com zaragatoas, bem como os gastos associados a material de proteção individual, limitavam a massificação dos rastreios. Tais dificuldades são ultrapassadas com o novo teste covid-19 criado em Aveiro, que substitui a colheita efetuada com zaragatoa nasofaríngea por uma colheita de saliva, refere a instituição. Com a colaboração das unidades hospi-
talares envolvidas no projeto, “foi validado um novo método de RT-PCR altamente sensível e reprodutível, que permite testar em paralelo um grande número de amostras de saliva a baixo custo”. Em parceria com a empresa Muroplás, de engenharia de plásticos para o setor médico-hospitalar, foi desenvolvido também um novo kit para a colheita de saliva, que pode ser enviado pelo correio ou outro meio para os laboratórios. O coordenador do Laboratório de Medicina do Genoma e diretor do Instituto de Biomedicina (ibimed), da Universidade de Aveiro, Manuel Santos, que coordenou o projeto de investigação colaborativa, considera que o novo teste representa um avanço significativo no controlo da covid-19 por permitir a realização de testes na comunidade, de modo simples, a baixo custo, e fácil automação do processo laboratorial, possibilitando assim escalar o número de rastreios diários. Segundo Manuel Santos, o kit de saliva desenvolvido pela empresa Muroplás também é útil para a recolha de amostras para a vigilância genética das variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que o laboratório de Aveiro também avalia através de um projeto de investigação da covid-19 financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O projeto foi desenvolvido pelos investigadores do laboratório de Medicina do Genoma, do Instituto de Biomedicina, da Universidade de Aveiro, em parceria com o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV-Sta Maria da Feira), o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV-Aveiro), o Centro Médico da Praça de São João da Madeira e a empresa nacional de engenharia de plásticos Muroplás, com sede na Trofa. JN/MS
Pandemia
Marcelo: “Joga-se tudo nas próximas semanas”
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No dia em que o Parlamento renovou o estado de emergência até 14 de fevereiro, o Presidente da República diz que é necessário ficar em casa para que Portugal consiga superar a crise pandémica.
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arcelo Rebelo de Sousa afirmou em declaração ao país, esta quinta-feira (28), que esta é a “pior situação que vivemos desde março [de 2020]”. “Não vale a pena esconder a realidade e iludir”, disse. O Presidente da República avançou que o que se fizer até março [deste ano] vai “determinar o que vai ser a primavera, verão” e até ao outono. “Joga-se tudo nas próximas semanas, até março inclusive”,
precisou. O chefe de Estado reconheceu que as medidas do estado de emergência têm um “custo brutal”, ainda que, “de longe, muito inferior” a uma destruição de vidas e do tecido económico. Para Marcelo, as restrições são necessárias “para que a vaga inglesa passe sem surgir outra vaga de outros continentes”. A pressão nos hospitais, o número elevado de mortos e a evolução galopante de infetados levam Marcelo Rebelo de Sousa a afirmar que é “preciso agir e drasticamente” contra a pandemia. O Presidente reeleito no passado domingo deixou ainda um aviso: “temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância mais duradouros do que se pensava antes desta escalada”. Nos últimos dias, a notícia de que os responsáveis políticos vão ser vacinados com prioridade contra a covid-19, que gerou críticas e opiniões em todos os quadrantes, não ficou de fora do discurso do Presidente. “Ninguém pensaria em passar à frente dos idosos”, referiu. “Será que ainda vamos a tempo? Claro que ainda vamos a tempo. Mas este é o tempo de fazermos todos, poderes públicos e portugueses, mais e melhor”, concluiu. JN/MS
2ª TEMPORADA Não perca as novas aventuras de Diogo Almada, Clara Rodrigues e Teresa Sampaio
SEGUNDA A SEXTA ÀS 7.30 PM
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AUTONOMIAS
Presidente eleita da Ordem dos Médicos nos Açores quer relançar Plano Regional de Saúde
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A recém-eleita presidente do Conselho Médico dos Açores da Ordem dos Médicos, Margarida Moura, defendeu a necessidade de o Governo Regional promover o relançamento do Plano Regional de Saúde.
Governo dos Açores extingue estrutura para a Casa da Autonomia O Governo dos Açores, liderado pelo PSD em coligação com CDS-PP e PPM, decidiu extinguir a estrutura para a Casa da Autonomia, um projeto museológico lançado em 2014 e nunca concluído pelo anterior executivo do PS.
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a decisão, publicada esta terça-feira (26) em Jornal Oficial, lê-se que “a estrutura para a Casa da Autonomia, criada pela resolução do Conselho do Governo n.º 87/2014, de 09 de maio”, é extinta no dia “31 de março de 2021”. No documento é referido que a antiga coordenadora daquela estrutura, Luísa Vale César, apresentou um pedido de exoneração em 19 de janeiro, que foi aceite pelo presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, e pela secretária regional da Cultura, Ciência e Transição Digital, Susete Amaro. Para substituir Luísa César, assumirá as funções de coordenador interino da Casa da Autonomia João Paulo Constância, que já fazia parte da estrutura e cujo mandato terminará em 31 de março de 2021. O projeto foi criado em 2014, mas só em abril de 2015 foi lançado o concurso para a construção da Casa da Autonomia, um pro-
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jeto museológico sobre a história do regime autonómico açoriano, a ser implementado no palácio da Conceição, com prazo de execução de 365 dias. Em 2016, a então coordenadora, Luísa César, adiantou que o projeto de recuperação do palácio e instalação da Casa da Autonomia remontava a 2009 e esteve “inicialmente orçado em 10 milhões de euros”, valor que foi “drasticamente diminuído, passando para metade”, com “o surgimento da crise e a necessidade de dar prioridade a outras despesas públicas”. A recuperação do Palácio da Conceição, “gravemente afetado por contaminação de térmitas, estava orçada em 3,5 milhões de euros e 1,5 milhões de euros”, tendo a então coordenadora informado que iriam ser apresentadas candidaturas a fundos comunitários para financiamento. Em novembro de 2019, o secretário da Educação e Cultura do anterior executivo açoriano, Avelino Meneses, disse, em declarações à RTP Açores, não existir data para a conclusão do projeto, reconhecendo um “alongamento de prazos” e um “acréscimo de custos” devido à descoberta de achados arqueológicos. AO/MS
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Queremos contribuir para que sejamos um parceiro ativo [na definição das políticas de saúde]. A Ordem quer ser parte da solução e não do problema. O Governo Regional tem que voltar a promover o desenvolvimento do Plano Regional de Saúde”, afirmou à agência Lusa Margarida Moura. O Plano Regional de Saúde, criado pelo anterior governo socialista dos Açores, é um documento estratégico que “engloba recomendações, orientações e ações para maximizar os ganhos em saúde para toda a população da Região Autónoma dos Açores, tendo por base um processo de planeamento centrado nas necessidades de saúde identificadas na região”. A também antiga diretora clínica do Hospital de Ponta Delgada quer que todos colaborem na “promoção, definição e no planeamento das políticas de saúde” e preconiza a criação de três observatórios “em áreas bastante críticas”, tais como a saúde mental, doenças não covid-19 e pandemia. Margarida Moura considera que, no âmbito da saúde mental, vivem-se momentos “particularmente complicados” e salvaguarda que se habita “numa região ultraperiférica e arquipelágica onde, de facto, os recursos diferenciados nesta área são escassos”. Na área das doenças não covid-19, a recém-eleita presidente especifica que, “nos Açores, há semelhança do resto do país, houve um aumento da mortalidade”, uma vez que “com a pandemia houve muitos atos médicos que deixaram de ser realizados, aumentaram as listas de espera para consulta, cirurgias e exames complementares de diagnóstico”, sendo que os rastreios “têm que
retomar a sua agenda”. Margarida Moura aponta que, nos Açores, no âmbito do combate à pandemia da Covid-19, existem ilhas com e sem hospitais “com recursos humanos exíguos e respostas que nem sempre deixam muitos tranquilos” os médicos. A responsável manifesta-se empenhada em “pugnar que os açorianos tenham uma medicina de qualidade e acesso aos cuidados de saúde”, tendo considerado “fundamental que nos Açores haja uma medicina preventiva, onde todo o euro que é gasto é poupado a longo prazo”. “Algo que falta muito no Serviço Regional de Saúde é planeamento, nomeadamente nos recursos médicos. Nós temos uma carência muito preocupante em determinadas especialidades precisamente por não se ter feito um planeamento a dez anos , algo que pretendemos fazer”, declara Margarida Moura, que quer fixar jovens médicos nos Açores, algo que “tem sido difícil”. A presidente do Conselho Médico dos Açores da Ordem dos Médicos quer que sejam dadas as estes profissionais “condições de trabalho para que sintam que são uma mais valia permanecerem no Serviço Regional de Saúde”, sendo necessário que, “quando o médico termina as suas provas públicas da especialidade, seja contratado até 30 dias depois”. “Não podem terminar a especialidade e continuarem a desenvolver trabalhos como especialistas recebendo como internos de especialidade, o que é um fator para desmotivar e que tem feito com que muitos jovens médicos em vez de ficarem no Serviço Regional de Saúde terem ido para outras zonas do pais, o que é erro clamoroso”. A responsável reivindica a abertura de vagas da especialidade “por forma a que haja a retenção de quadros médicos diferenciados na região”. AO/MS
BE e PSD dos Açores querem auditoria do Tribunal de Contas à SATA 2020 – “começou mal”, ao anunciar que a companhia teria de devolver 73 milhões de euros à região devido às injeções de capital realizadas pelos anteriores Governos Regionais e que estão a ser investigadas pela Comissão Europeia. “Afinal, entre dívidas conhecidas e desconhecidas e novas ajudas no valor de 19 milhões - a SATA só teria de devolver menos de dois milhões. Uma feliz contabilidade criativa, selada com um acordo de cavalheiros, entre o Governo e a Comissão, mas que afinal uma das partes não confirma”, acrescentou António Lima. O BE criticou a “opacidade” que o executivo regional, de coligação PSD/CDS/ PPM, mantém sobre a SATA, sobretudo por não divulgar o plano de reestruturação, e anunciou que irá propor uma auditoria do Tribunal de Contas à empresa. “Se o Governo Regional quer transparência sobre a SATA então deve acompanhar o que o Bloco de Esquerda há muito defende e voltará a propor: uma auditoria anúncio foi feito durante o plenário às contas da SATA por uma entidade isendo parlamento regional, que decorta e independente: o Tribunal de Contas”, reu via ‘online’ devido à pandemia afirmou. da Covid-19, a propósito de uma intervenDestacando que a SATA perdeu 260 mição política do BE sobre a situação na translhões de euros em oito anos, o deputado do portadora aérea regional. PSD António Vasco Viveiros salientou que O líder parlamentar do Bloco, Antóas “soluções hoje em dia são condicionadas nio Lima, considera que o atual executivo pelos erros do passado” e anunciou um peregional – empossado em novembro de dido de auditoria ao Tribunal de Contas. Créditos: DR
O BE e o PSD dos Açores vão propor à Assembleia Legislativa Regional que seja realizada por parte do Tribunal de Contas uma auditoria às contas da transportadora aérea regional SATA.
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“O grupo parlamentar do PSD irá apresentar um projeto de resolução na assembleia, tão cedo quanto possível, pedindo que a assembleia recomende ao Tribunal de Contas que realize uma auditoria às contas da SATA no período 2012 a 2020”, declarou. Do lado do Governo Regional, o secretário das Finanças e Administração Pública, Joaquim Bastos e Silva, afirmou que a dívida de 52 milhões da SATA é uma “dívida completamente documentada” e que “não tem qualquer criatividade”. Bastos e Silva avançou que o executivo regional irá aprovar o plano de reestruturação, que neste momento “está a ser devidamente acertado” com os sindicatos, para depois ser apresentado ao parlamento. Sobre o pagamento da dívida da região à SATA, o deputado do PS Francisco César disse que a operação anunciada pelo executivo açoriano “culmina em a SATA dar exatamente ao Governo aquilo que o Governo deu à SATA no passado”. “O Governo anterior [PS] tinha no seu orçamento de 2020 cerca de 75 milhões para obrigações de serviço público e devia [à SATA] cerca de 24 milhões em 2019. Aquilo que nós sabemos é que em 2020 nós pagámos cerca de 75 milhões”, apontou. Do lado do CDS-PP, Rui Martins criticou a postura do Bloco por querer “manter tudo na mesma” na companhia, “ao mesmo tempo que diz querer uma reestrutura-
ção”, defendendo que não deviam ser criadas “suspeições infundadas” sobre a gestão da empresa. Sobre a intervenção do BE, o deputado do Chega Carlos Furtado disse ser “pouco só criticar”, sendo necessário “apresentar soluções”. O deputado liberal Nuno Barata criticou o atual conselho de administração da SATA, que diz “estar a servir-se da companhia” e considerou “fundamental” que o parlamento fiscalize “todos os contratos” feitos pela administração. Em meados de agosto de 2020, a Comissão Europeia deu ‘luz verde’ a um auxílio estatal português de 133 milhões de euros à transportadora aérea açoriana SATA, mas abriu uma investigação para avaliar o cumprimento das normas comunitárias em três apoios públicos à companhia. Esse auxílio estatal não está em causa, independentemente do desfecho da investigação aos apoios públicos. As dificuldades financeiras da SATA perduram desde, pelo menos, 2014, altura em que a companhia aérea detida na totalidade pelo Governo Regional dos Açores começou a registar prejuízos, entretanto agravados pela pandemia de Covid-19. Foi devido a essas dificuldades que a Região Autónoma dos Açores aprovou, desde 2017, três aumentos de capital na companhia aérea, para colmatar carências de liquidez. AO/MS
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secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, já estabeleceu o contacto com a ministra da Saúde, Marta Temido, e a operação da transferência dos doentes covid-19 será operacionalizada assim que obtiver resposta positiva por parte do Ministério da Saúde. A ministra da Saúde agradeceu o apoio e a solidariedade demonstrada pelos governantes na Madeira neste momento difícil em que a maioria dos hospitais já estão sem capacidade para internar mais doentes. Pedro Ramos referiu que a Madeira dispõe de camas, de equipamentos e de
recursos humanos diferenciados para tratar doentes covid-19, para além de dispor de um Serviço de Medicina Intensiva de nível máximo de diferenciação para tratamento de doentes críticos. Inicialmente o Hospital Dr. Nélio Mendonça poderá receber até três doentes, mas Pedro Ramos não exclui a possibilidade de aumentar essa disponibilidade, tudo irá depender da evolução da situação epidemiológica da covid-19 na RAM. Esta decisão foi concertada, com base na informação disponibilizada pelas direções técnicas, em articulação com o conselho de administração do Serviço de Saúde da RAM. Esta operação de transferência de doentes covid-19 dos hospitais do Continente português a efetivar para o Hospital Dr. Nélio Mendonça conta com a colaboração da Força Aérea, através do Comando Operacional da Madeira. JM/MS
CDU critica a CMF pelo “incumprimento” na atribuição do “suplemento por trabalho em condições de penosidade e insalubridade” A CDU criticou a Câmara Municipal do Funchal pelo facto de não ter dado cumprimento à Resolução aprovada pela Assembleia Municipal do Funchal, sob proposta da deputada da CDU, que requeria a imediata aplicação em 2021 do “Suplemento por trabalho em condições de penosidade e insalubridade”.
seja pago, com a maior urgência, o valor do “Suplemento por trabalho em condições de penosidade e insalubridade”, contando já o correspondente aos valores deste mês de janeiro. JM/MS
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egundo a CDU conseguiu apurar junto de trabalhadores autárquicos, a CMF, que deveria já neste mês de janeiro ter procedido ao correspondente pagamento, “faltou a essa obrigação”. Nesse sentido, a CDU contesta aquela prática de “ataque aos direitos dos trabalhadores” por parte da CMF, “mais ainda quando são direitos que deveriam ser garantidos a trabalhadores especialmente expostos a situações de maior exigência no serviço à comunidade em tempos de elevado risco para a saúde pública”, aponta a CDU. O partido exige, deste modo, que da parte da CMF seja dado cumprimento à decisão da Assembleia Municipal do Funchal e
Manuel António Correia absolvido de acusação de prevaricação e abuso de poder de que esta associação não dispunha de embarcações para este tipo de atividade. O Ministério Público (MP) considerou que o antigo governante sabia deste facto e deu o aval à operação de venda das licenças a armadores japoneses e chineses, o que contribuía para que a Madeira suportasse encargos do financiamento bancário concedido para o efeito. O MP exigia, neste processo, que Maegundo a acusação, Manuel António Correia, na altura secretário do nuel António Correia pagasse uma inGoverno Regional da Madeira com demnização na ordem dos 204 mil euros a tutela do setor das Pescas, concedeu as ao Estado. JM/MS licenças para a captura do atum à Coopescamadeira, mas tinha conhecimento Manuel António Correia, ex-secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, foi absolvido pelo Tribunal do Funchal, num caso em que vinha sendo acusado de ter concedido licenças de pesca de atum que acabaram por ser vendidas a armadores japoneses e chineses.
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Cláudia Monteiro de Aguiar exige ao Ministro do Mar mais apoio às pescas A eurodeputada fez questão de questionar o ministro Ricardo Serrão Santos sobre as ações que serão desenvolvidas para apoiar aquele que foi um dos setores mais afetados pela pandemia, em especial a pesca artesanal de pequena escala que já sofre de muitas carências.
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a apresentação do programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia para os Oceanos, Economia Azul e Pescas aos Eurodeputados da Comissão de Pescas do Parlamento Europeu, Cláudia Monteiro de Aguiar interpelou o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, no sentido de saber que ações concretas seriam encetadas para apoiar o setor das Pescas, fortemente atingido pela crise pandémica. A eurodeputada centrou a sua questão num dos pilares da Presidência, a recuperação da biodiversidade marinha e na forma como pretendia o ministro “conciliar a promoção e recuperação dos ecossistemas marinhos em territórios naturalmente mais afetados pelas alterações climáticas – como é o caso das Regiões Ultraperiféricas – com a necessidade de apoiar o setor das Pescas, fortemente prejudicado pelo surto
pandémico covid-19, em especial a pesca artesanal de pequena escala, com uma frota envelhecida e a necessitar de renovação urgente”. Segundo Cláudia Monteiro de Aguiar, “a estratégia de renovação e modernização do setor, em linha com o Pacto Ecológico Europeu, implicaria o apoio à compra de embarcações mais eficientes do ponto de vista ambiental e o reforço das condições de segurança para a pesca de pequena escala, bem como um apoio robusto neste período de pandemia e que resultou num forte decréscimo de atividade e rendimento dos pescadores”. O ministro do Mar foi evasivo na resposta, garantindo apenas que as Regiões Ultraperiféricas gozam de uma diferenciação positiva conferida pelos tratados e que por certo as suas especificidades e desafios inerentes às alterações climáticas serão tidas em conta. Quanto ao apoio ao setor, reforçou a ideia de que a regulamentação do FEAMPA é um dos grandes objetivos desta Presidência, assim como a conclusão do Regime Europeu do Controlo de Pescas, essencial, segundo o ministro, para combater a pesca ilegal e preservação dos recursos. JM/MS
Governo Regional investe em novas zonas de lazer serão investidos ainda mais 200 mil euros. Porto Moniz, Santana, Calheta, Funchal, Ponta de Sol, Santa Cruz e Machico são alguns concelhos cujas zonas de lazer foram ou serão recuperadas. O Governo Regional entende que estes espaços são culturalmente muito importantes onde, além dos passeios e convívios, permitem um contacto com a natureza e a floresta. JM/MS companhada pelo presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, Susana Prada começou por explicar que o Governo Regional tem vindo a dar uma especial atenção ao espaço florestal, nomeadamente na melhoria das condições de fruição da população. “Queremos proporcionar boas condições a quem utiliza estes espaços. Estão equipados com zonas de churrasco, mesas e casas de banho. Já foram recuperadas 10 zonas e este ano vamos recuperar mais cinco perfazendo um total de 15”, disse a governante adiantando que foram investidos 320 mil euros nos últimos dois anos e que neste ano
Ao todo o Governo Regional irá investir 520 mil euros na recuperação de zonas de lazer. O anúncio foi feito pela secretária regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada, durante a vista a uma das zonas de lazer situada no Fanal e que foi recentemente alvo de intervenção.
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O Governo Regional através da Secretaria Regional de Saúde e Proteção disponibilizou ao Ministério da Saúde ajuda para receber doentes covid-19 do Continente português com necessidades de internamento hospitalar.
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Governo Regional disponibiliza ajuda ao SNS para receber doentes covid-19 do Continente português
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MILÉNIO | ÁFRICA
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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Angola: João Lourenço saúda Marcelo pela reeleição e apela a prosseguir “caminho de amizade” O Presidente angolano, João Lourenço, felicitou Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição como Presidente da República, sublinhando que Angola e Portugal vão prosseguir o caminho do reforço da amizade e cooperação.
Variantes do Reino Unido e África do Sul detetadas em mais de 100 países - OMS
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o dia 25 de janeiro, a OMS concluiu que a variante do Reino Unido já se encontrava em pelo menos 70 países e que a estirpe descoberta na África do Sul está presente em pelo menos 31. Em relação ao balanço anterior, feito no dia 12 de janeiro, a variante britânica passou para mais 10 países e a da África do Sul para mais oito. Quanto à estirpe detetada no Brasil, passou a estar presente em pelo menos oito países, mais seis do que anteriormente. Por todo o mundo, a comunidade científica debruça-se sobre a composição gené-
tica destas novas estirpes do SARS-CoV-2 para perceber o que as torna mais contagiosas, mas ainda não há certezas sobre a sua perigosidade. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse no dia 22 que a variante descoberta no Reino Unido parece também ser mais mortal, mas os cientistas assinalaram que os dados que sustentam essa conclusão são limitados. A Organização Mundial de Saúde não se pronunciou ainda sobre a perigosidade das novas estirpes, mas reiteradamente afirma que o surgimento de variações nos vírus é considerado normal. Desde que o SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, apareceu, várias mutações foram descobertas, a maior parte delas sem consequência. RTP/MS
Acredito que durante o mandato de Vossa Excelência, que ora inicia, Angola e Portugal continuarão a trilhar o caminho do reforço da amizade e da cooperação em todos os domínios que permitirão aos nossos dois países concretizarem objetivos comuns em matéria de desenvolvimento”, escreve João Lourenço, na mensagem divulgada pelo seu gabinete de imprensa. O chefe de Estado angolano salienta também que conta com o apoio de Marcelo para prosseguir “ações recíprocas no campo do combate à covid-19 e deseja ao Presidente “os maiores êxitos no
desempenho da sua nobre missão”. Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República de Portugal com mais de 60% dos votos. Para a décima eleição do Presidente da República, desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que no sufrágio anterior, em 2016. Foram sete os candidatos ao Palácio de Belém: Além do atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre). Sapo/MS
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As variantes mais contagiosas do novo coronavírus, descobertas no Reino Unido e África do Sul, já foram detetadas em mais de 100 países, afirmou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Forbes. Isabel dos Santos sai da lista dos mais ricos de África Apesar de ter saído do ‘ranking’, a revista norte-americana aponta que a empresária tem uma casa numa ilha privada no Dubai, outra residência em Londres e um iate no valor de 35 milhões de dólares. “Provavelmente, tem contas bancárias que a Forbes e as autoridades ainda têm de detetar”, segundo a publicação.
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sabel dos Santos chegou a ser a mulher mais rica de África. Mas passado um ano da divulgação dos documentos do Luanda Leaks, a empresária foi removida da lista da revista “Forbes” dos mais ricos em África. A empresária angolana era a mais rica do continente africano desde 2013, mas o arresto de bens em Portugal e Angola, ditou a sua saída desta lista. Há oito anos, Isabel dos Santos tinha uma fortuna avaliada em 3,5 mil milhões de dólares, (2,9 mil milhões de euros) que recuou para 2,2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) em janeiro de 2020, mas tudo
mudou há um ano com o Luanda Leaks. “A Forbes assume que não tem acesso e provavelmente poucas possibilidade de voltar a ganhar o controlo sobre os ativos congelados – que valem um total de 1,6 mil milhões de dólares [1,3 mil milhões de euros] – portanto, não damos nenhum valor por eles e pelos nossos cálculos ela já não é uma milionária”, segundo um artigo publicado a 22 de janeiro na revista. No entanto, a revista norte-americana alerta que a empresária pode ter mais ativos, que neste momento não é possível contabilizar. “A “princesa” africana não é de todo uma pobre. Segundo relatos tem uma casa numa ilha privada no Dubai, outra residência em Londres e um iate no valor de 35 milhões de dólares [29 milhões de euros]. Provavelmente tem contas bancárias que a Forbes e as autoridades têm ainda de detetar”. A publicação aponta que a empresária divide o seu tempo entre o Dubai, o local onde o seu marido, Sindika Dokolo, mor-
reu em outubro durante um mergulho, e Londres. Na lista publicada este ano, a Forbes identifica 18 milionários em África, um crescimento de 12% face há um ano, impulsionado pelo crescimento da bolsa nigeriana. O empresário Aliko Dangote da Nigéria lidera a lista pelo décimo ano consecutivo, com uma fortuna avaliada em 12,1 mil milhões de dólares. Na segunda posição, surge Nassef Sawiris do Egipto, com Nicky Oppenheimer da África do Sul a fechar o pódio. Devido ao caso Luanda Leaks, as autoridades angolanas solicitaram em janeiro de 2020 que a justiça portuguesa arrestasse as participações que a empresária detém no Eurobic, Efacec, e na NOS, com o objetivo de obter garantia patrimonial de mais de mil milhões de euros, valor que equivale ao prejuízo causado pelos alegados crimes cometidos por Isabel dos Santos. Em abril de 2020, um tribunal de Lisboa ordenou a confiscação preventiva de 26% das ações da telecom NOS, detidas por Isa-
bel dos Santos, com um valor de 422 milhões de euros à altura. A empresária detém esta percentagem da NOS através da sociedade ZOPT detida também pela Sonaecom (controlada em 50% pela empresária e a empresa do universo Sonae ). Também a participação de Isabel dos Santos no banco Eurobic (42,3%) encontra-se arrestada. No caso da Efacec, o Estado decidiu nacionalizar a empresa para posteriormente a vender, processo que está em curso. Isabel dos Santos tinha comprado 80% da Efacec por 200 milhões de euros em 2015. A 19 de janeiro de 2020, o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido Sindika Dokolo, entretanto falecido. Estes esquemas terão permitido a retirada de dinheiro público angolano através de paraísos fiscais, segundo a investigação. JE/MS
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29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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BRASIL
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Partido Democrático Trabalhista (PDT), entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar esses gastos, considera que os valores são “exorbitantes”. “Como se vê, o montante de dinheiro público gasto nas aludidas compras não guarda sintonia com a natureza, nem tampouco com a quantidade de pessoas que porventura consumirão os produtos, o que indica a ocorrência de prática criminosa”, indica o partido. O PDT acusa ainda Jair Bolsonaro de ter cometido peculato e prevaricação. Em causa está uma reportagem publicada pelo jornal “Metrópoles”, que revela que, no ano passado, todos os órgãos do executivo pagaram, juntos, mais de 1,8 mil milhões de reais (270 milhões de euros) em alimentos, representando um aumento de 20% face a 2019. Além dos 2,2 milhões de euros retirados dos cofres públicos para leite condensado, outros dos gastos mais polémicos são 340 mil euros em pastilhas elásticas, dois milhões em barras de cereais, 2,44 milhões em batatas fritas embaladas e 1,3 milhões de euros em bombons. As compras referem-se a todo o poder Executivo Federal, que engloba Ministérios e Universidades, por exemplo. Os gastos geraram revolta num momento em que o país atravessa uma grave crise económica e de saúde devido à pandemia, que levou à escassez de oxigénio em hospitais do Amazonas. “Gastos com chiclete, leite condensado, alfafa... Absurdo de um país sem lei!
Nove milhões de quilos de sal. Quase 25 toneladas de sal por dia. (...) Aumento dos gastos públicos em ano de pandemia e falta dinheiro para salvar vidas! Isso é corrupção”, escreveu no Twitter o presidente do PDT. “Leite condensado aos milhões, enquanto falta oxigénio? Que os responsáveis sejam punidos”, acrescentou Ciro Gomes, que defrontou Bolsonaro nas presidenciais de 2018, das quais saiu derrotado. Também o deputado David Miranda, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entregou uma ação pedindo que o procurador-geral da República investigue os gastos com bebidas e alimentação. “Bolsonaro gastou mais de 1,8 mil milhões de reais em mercado. Isso só em 2020. O Brasil não estava quebrado? Quantos cilindros de oxigénio esse valor compraria? Isso é lavagem (de dinheiro)? Sobrefaturamento?”, questionou o parlamentar. O vice-Presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, comentou a polémica, argumentando que os gastos em causa incluem a alimentação das Forças Armadas, órgãos policiais federais, sistema prisional federal e hospitais federais. “É um gasto de alimentação geral, de todo o Governo. Ah bom, tem 15 milhões em leite condensado. Lógico, tem toda uma gama de entidades que fizeram essa compra. Não significa que o Governo centralizadamente fez isso”, acrescentou Mourão em entrevista à Rádio Bandeirantes. Entretanto, durante esta semana, Jair Bolsonaro rebateu as críticas constantes feitas a esses gastos, num almoço numa churrasqueira em Brasília, com centenas de pessoas sem máscara, incluindo o ministro dos Negócios EstrangeirosErnesto Araújo e o ministro do turismo Gilson Machado. JN/MS
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Governo de Bolsonaro gastou quatro milhões em leite condensado e barritas Partidos brasileiros pediram a abertura de uma investigação aos gastos do Governo de Jair Bolsonaro com alimentação em 2020, como é o caso de 15 milhões de reais (2,2 milhões de euros) em leite condensado.
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Portugal suspende voos de e para o Brasil a partir de sexta-feira O Governo vai suspender os voos de e Portugal. Os testes PCR à covid-19 com repara o Brasil a partir de hoje, 29 de ja- sultado negativo serão igualmente exigidos neiro, sexta-feira, e até 14 de fevereiro. à entrada em território nacional, pelo que deverão ser feitos 72 horas antes do embarO Governo decidiu suspender os voos que. Na chegada à Portugal, os viajantes tede e para o Brasil, a partir das 00h00 rão de cumprir uma quarentena de 14 dias do dia 29 de janeiro, tendo em con- “no domicílio ou em local indicado pelas ta a evolução da situação epidemiológica autoridades de saúde”, precisa o documena nível mundial, o aumento dos casos de to do Governo. Caso alguém viaje de um aeroporto porinfeção por SARS-CoV-2 em Portugal e a deteção de novas estirpes do vírus”, lê-se tuguês para o Brasil terá de ter igualmente no comunicado do Ministério da Adminis- um teste negativo, caso contrário poderá “ser recusado o embarque” “Ao chegar aos tração Interna. A informação foi divulgada esta quarta- aeroportos nacionais têm ainda, obrigato-feira (27), e prevê-se que as regras sejam riamente, de aguardar pelo voo de ligação as mesmas que as aplicadas ao Reino Uni- aos respetivos países em local próprio no do. Ou seja, apenas são permitidas des- interior do aeroporto”, conclui o Ministério locações entres os dois países se forem de da Administração Interna. JN/MS natureza humanitária, repatriamento e de cidadãos com autorização de residência em
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Butantan diz que pode negociar com estados lote com 54 milhões de doses da CoronaVac caso governo federal não se manifeste
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Contrato entre instituição e Ministério da Saúde prevê entrega de 46 milhões de doses da vacina até abril, com possibilidade de ampliação para mais 54 milhões. Primeiro lote ainda não foi totalmente entregue, mas Butantan diz que já precisa se planejar por conta dos insumos e alta demanda. Na quarta (27), Dimas Covas ameaçou exportar o lote.
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diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (28) que pode negociar diretamente com estados e municípios do Brasil o lote extra de 54 milhões de doses da CoronaVac oferecidos ao Ministério da Saúde. O governo federal ainda não fez uma solicitação formal das doses e outros países também já manifestaram interesse. Nesta quarta (27), Dimas Covas chegou a dizer que o lote poderia ser exportado para países que já manifestaram interesse na compra. O contrato para a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até 30 de abril, mas há possibilidade de solicitação de outros 54 milhões, totalizando 100 milhões. A vacina contra a Covid-19 é produzida em parceria pelo Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. “Temos esse compromisso inicial com o Ministério [da Saúde] de oferta de 54 milhões [de doses de CoronaVac]. Mas nós temos uma solicitação muito grande, não só dos países da América Latina, como também de estados e municípios. Então precisamos de fato fazer esse planejamento”,
disse Dimas Covas em entrevista à GloboNews. “O Butantan tem assinado cartas de intenção com a grande maioria dos estados e com muitos municípios”, continuou. Pelo contrato, o Ministério da Saúde pode manifestar o interesse pelo segundo lote até 30 dias após a entrega de todas as doses do primeiro. Em nota na noite de quarta-feira (27), o Ministério da Saúde declarou que irá se pronunciar no prazo oficial do contrato. “O Contratante [Ministério da Saúde] possui até o dia 30 de maio para manifestar sua opção de compra das 54 milhões de doses adicionais. Deve-se nesse momento priorizar o cumprimento do objeto contratado”, afirmou. Pressão Questionado se o Butantan está pressionando o governo federal, já que o Ministério da Saúde pode se manifestar até 30 de maio, conforme o contrato, Dimas Covas argumentou que, além da alta demanda pela vacina é preciso um planejamento para garantir insumos. “É necessário que o ministério [da Saúde] se pronuncie porque estamos no fim
de janeiro, e esta produção estaria prevista para o início de abril, portanto não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceira em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação”, disse o diretor do Instituto Butantan. “É apenas essa a questão. Não estamos pressionando de forma alguma, lembrando que essa é uma vacina mundial, não é só para o Brasil. É uma vacina para o mundo inteiro. Ela já está sendo usada em vários países, começa a ser usada ainda mais intensamente nesta semana no Chile, e então a demanda está muito aquecida e precisamos nos preparar”, completou. Até o momento, foram entregues pelo Butantan seis milhões de doses que chegaram prontas da China e uma parte de 4,1 milhões que foram envasadas no Brasil e liberadas após um segundo pedido de uso emergencial feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para que as doses adicionais sejam envasadas, ainda é necessária a chegada de matéria-prima vinda da China – autoridades estimam que isso deve acontecer até a 3 de fevereiro. G1/MS
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Vaticano
Papa vai encontrar-se com grande aiatola Sistani na visita ao Iraque da Igreja católica caldeia no Iraque. Em fevereiro de 2019, em Abu Dhabi, o Papa Francisco assinou com o xeque Ahmed al-Tayeb, o grande imã da instituição do islão sunita Al-Azhar, sediada no Cairo, um “documento sobre a fraternidade humana”. Francisco foi então o primeiro chefe da urante o “encontro privado”, os dois dignitários religiosos “poderão evo- Igreja católica a pisar o solo da Península car uma espécie de enquadramento Arábica, berço do islão. O diálogo inter-religioso está no centro para condenar todos aqueles que atacam a vida”, precisou o cardeal Sako, patriarca da visita do Papa ao Iraque, de 5 a 8 de mar-
O Papa Francisco encontrar-se-á com o grande aiatola Ali Sistani, a mais alta autoridade xiita do Iraque, durante a sua visita ao país prevista para o início de março, anunciou o cardeal iraquiano Louis Raphael Sako à AFP.
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ço, mais uma viagem sem precedentes para um bispo de Roma. O clero cristão e xiita indicou estar a discutir a questão inter-religiosa e alguns dos seus membros alertam que um acordo pode exigir várias reuniões. O cardeal Sako, no entanto, disse à agência France-Presse esperar que “haja uma assinatura durante esta visita”. Segundo informação no portal de notícias do Vaticano, as origens da Igreja Caldeia remontam ao século XIII, quando
alguns missionários católicos, fundamentalmente dominicanos e franciscanos, desenvolveram um intenso trabalho entre os fiéis da Igreja Oriental Assíria. A Igreja católica caldeia, com cerca de um milhão de fiéis, tem o patriarcado no Iraque e circunscrições eclesiásticas no Irão, Síria, Líbano, Turquia, Egito, Estados Unidos, Canadá e Austrália. JN/MS
Direitos
que realizou sobre a situação atual da pobreza extrema na União. Schutter indicou ter podido comprovar que “os planos de recuperação tiveram de ser improvisados devido ao sentido de urgência (...), tendo sobrado pouco tempo para consultas significativas aos agenespecialista admitiu ainda que os tes sociais e às organizações não-goverplanos que os governos europeus namentais”, o que permitiria incorporar estão a preparar para receber de os seus pontos de vista. “Assim, não há garantia de que os planos Bruxelas os fundos de recuperação possam não ter medidas suficientes para re- de recuperação que estão a ser preparados e que devem ser apresentados à Comissão verter a situação. “Em 2010, a UE adotou um objetivo Europeia até final de abril sejam instruambicioso de reduzir a pobreza em 20 mi- mentos eficazes para combater a pobreza e lhões de pessoas até 2020. Fracassou (...) reduzir as desigualdades”, disse, segundo em grande medida porque o crescimento a agência noticiosa espanhola EFE. O especialista indicou a meta de redue a criação de emprego durante este período não beneficiaram pessoas com bai- zir em 50% o número de pessoas em risco xos níveis de educação ou com deficiên- de pobreza até 2030, adiantando que os Estados membros têm três grandes dicia”, disse Schutter. O relator especial das Nações Unidos ficuldades para combater eficazmente a falava esta quinta-feira (28) no Comité pobreza extrema: a evasão de impostos e Económico e Social Europeu, onde apre- o “dumping” fiscal, a redução dos custos sentou as linhas gerais de um relatório laborais e as metas de redução do défi-
Na União Europeia (UE) existem 92 milhões de pessoas em risco de pobreza, sobretudo mulheres, disse esta quinta-feira (28) o relator especial da ONU sobre pobreza extrema e direitos humanos, Olivier De Schutter.
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ce definidas pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. A evasão de impostos e o “dumping” fiscal entre os 27 representa para vários Estados membros a “perda de significativas receitas públicas e torna muito difícil alcançar a justiça social”, enquanto a redução dos custos laborais “leva a uma situação em que o crescimento económico não beneficia muitos trabalhadores de baixos rendimentos”, argumentou Schutter. A propósito, indicou existirem cerca de 20 milhões de pessoas com trabalho, mas em risco de pobreza por terem empregos precários. Em relação ao Pacto de Estabilidade e Crescimento, Schutter apelou a que se aproveite a reflexão em curso na UE sobre o assunto para garantir que pelo menos 2% do produto interno bruto (PIB) dos países fique fora dos objetivos do défice e possa ser aplicado em despesa social. JN/MS
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ONU: 92 milhões de pessoas estão em risco de pobreza na UE
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Covid-19
União Europeia vai ter mecanismo de controlo da exportação das vacinas O mecanismo de controlo entrará em vigor assim que for adotado, adiantou fonte europeia. Os pedidos de exportação deverão ser respondidos num prazo máximo de 24 horas. Este mecanismo de controlo deverá funcionar no primeiro trimestre, mas, segundo a mesma fonte, poderá ser prorrogado, s medidas de emergência serão ado- caso os problemas de abastecimento de vatadas assim que possível pela Co- cinas na UE se mantenham. Todas as empresas instaladas na UE terão missão Europeia e obrigarão a que as farmacêuticas instaladas na UE preencham que “mostrar o que estão a exportar e para um formulário modelo de exportação, a onde”, a bem da transparência e da clareza enviar para a alfândega, e que carece tam- no processo, disse. “Cabe às empresas garantir que as há dobém da aprovação de Bruxelas.
A Comissão Europeia está a preparar um mecanismo de controlo das exportações a partir da União Europeia (UE) de vacinas para a covid-19, que obriga a maior transparência, face aos problemas no abastecimento, adiantou esta quinta-feira (28) fonte europeia.
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ses para todos, nós queremos assegurar que o dinheiro que gastamos garante vacinas para os nossos cidadãos”, sublinhou ainda a fonte europeia. O objetivo de Bruxelas é “ter o máximo possível de pessoas vacinadas o mais rapidamente possível”, querendo o executivo comunitário avaliar também “como foram usadas as verbas que as farmacêuticas receberam de fundos europeus”. O mecanismo para monitorizar a exportação de vacinas não inclui a participação da UE na iniciativa Covax para garantir um acesso equitativo, e universal a vacinas contra a covid-19 a preços acessíveis para
todos os que delas necessitem. A UE enfrenta uma quebra no fornecimento de vacinas para a covid-19, depois de ter assinado contratos para a compra antecipada de vacinas, num total de 2,3 mil milhões de doses. A AstraZeneca/Oxford anunciou que pretende entregar doses consideravelmente menores, nas próximas semanas, do que acordado com a UE, alegando problemas de produção, o que Bruxelas considera ser uma possível violação do contrato. JN/MS
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Enrique Tarrio, o líder dos Proud Boys que era informador do FBI A
cidade dois dias antes da invasão do Capitólio. Tarrio foi acusado de ter dois carregadores de espingarda e de queimar uma bandeira do movimento Black Lives Matter que tinha sido retirada de uma histórica igreja na baixa de Washington, em dezembro, durante uma manifestação de apoiantes de Donald Trump. O tribunal superior de Washington ordenou que ele deixasse a cidade enquanto se aguarda uma audiência em junho. Embora Tarrio não tenha participado na invasão do Capitólio, pelo menos cinco membros dos Proud Boys foram acusados do protesto. O FBI afirmou que a detenção de Tarrio foi uma tentativa de prevenir os acontecimentos de 6 de janeiro. A transcrição de 2014 traz uma nova luz sobre as ligações anteriores de Tarrio com as autoridades. Durante a audiência, o procurador e o advogado de defesa de Tarrio pediram a um juiz que reduzisse a pena de prisão de Tarrio e de outros dois arguidos. Eles declararam-se culpados num caso de fraude relacionado à reclassificação e venda de kits de teste de diabetes roubados. O procurador disse que as informações
de Tarrio levaram ao julgamento de 13 pessoas sob acusações federais em dois casos separados e ajudaram as autoridades locais a investigar uma rede de jogos de sorte. JN/MS
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zem a negação de Tarrio. A ex-procuradora federal no caso de Tarrio, Vanessa Singh Johannes, confirmou à Reuters que “ele cooperou com as forças de segurança locais e federais, para ajudar no julgamento daqueles que dirigem outras organizações criminosas, que vão desde a administração de casas de cultivo de canábis em Miami à operarevelação é feita pela agência de ção de esquemas de fraude farmacêutica”. notícias Reuters, que ouviu um ex-procurador e teve acesso a uma Detido e banido da capital dos Estados transcrição de um processo de 2014 de um Unidos tribunal federal em Miami. Enrique Tarrio, de 36 anos, é uma figura Na audiência, um procurador federal, um de destaque que organiza e lidera o grupo agente do FBI e o próprio advogado de Tarde extrema-direita Proud Boys nos seus rio descreveram o seu trabalho disfarçado confrontos contra os “antifa”, abreviação e disseram que ele ajudou as autoridades a de “antifascismo”, um movimento de esprocessar mais de uma dúzia de pessoas em querda. Os Proud Boys estiveram envolvivários casos envolvendo drogas, jogos de dos nos protestos e na invasão do Capitólio sorte e contrabando de pessoas. no dia 6 de janeiro. Em entrevista à Reuters, na terça-feira Os registos descobertos pela Reuters re(26), Tarrio negou ter trabalhado disfarçavelam que o líder de um grupo de extremado ou ter cooperado em processos contra -direita agora sob intenso escrutínio das terceiros. “Não sei nada disso. Não me lemautoridades era anteriormente um colabobro de nada”, reagiu, quando questionado rador ativo de investigadores criminais. sobre a transcrição. Os agentes de autoriA polícia de Washington deteve Tarrio dade e a transcrição do tribunal contradino início de janeiro, quando ele chegou à
Enrique Tarrio, o líder do grupo de extrema-direita Proud Boys (“Rapazes Orgulhosos”), que atua nos Estados Unidos e no Canadá, foi informador das autoridades federais e locais, depois de ter sido preso em 2012, trabalhando disfarçado em investigações.
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Suplemento Desportivo
Águias sem asas Inês Barbosa Opinião
O Benfica chegou a pedir o adiamento do encontro frente ao Nacional, mas os insulares rejeitaram. Quer tenha sido por ter grande parte do seu plantel infetado pela Covid-19 (são, no total, 10 jogadores e 17 membros do staff) ou, simplesmente, pela falta de inspiração que já tem vindo, não raras vezes, a pairar sobre a equipa de Jorge Jesus, o que é certo é que as águias não tiveram asas para alcançar altos voos no encontro desta 15ª jornada e acabaram por se “despenhar” e deixar o segundo lugar escapar.
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uita coisa mudou desde o “banho de bola” (e de golos) da época 2018/2019, altura em que o Benfica esmagou o Nacional por 10-0. Na presente edição da Liga, o Benfica já desperdiçou, nas últimas quatro jornadas, seis pontos empatou três jogos, sempre depois de estar em vantagem no marcador. Primeiro com o Santa Clara, depois com o F.C.Porto e agora com a turma de Luís Freire. Depois de uma boa combinação entre Rafa e João Ferreira, Chiquinho colocou o Benfica em vantagem logo aos oito minutos. No entanto, o tento acabaria por ser invalidado pelo VAR, por fora de jogo. Mas
aos 14’ o médio de 25 anos acabaria mesmo por atirar a contar: numa jogada individual, Pizzi deixa vários adversários para trás e cruza para o cabeceamento certeiro de Chiquinho. Numa partida pouco emocionante e onde as oportunidades não abundavam, as fragilidades defensivas do Benfica voltaram a fazer-se sentir, principalmente no golo do empate madeirense: após um lance de bola parada, Róchez antecipou-se a Svilar e João Ferreira e, também de cabeça, restabeleceu a igualdade. Os encarnados estão agora no último lugar do pódio, a dois do F.C.Porto que aproveitou da melhor maneira este “tropeção”, vencendo o Farense por 1-0… ainda que tenha suado para o conseguir. Os algarvios não se apresentavam como um adversário fácil, principalmente estando a jogar em casa. Ainda assim, o atual campeão nacional entrou bem na partida e aos 15 minutos, após oito remates enquadrados, conseguiu chegar ao golo. Manafá arrancou pelo lado direito portista, cruzou atrasado para Taremi e este, de primeira, fez o primeiro e único golo da noite. Aos 19’, o Farense ficou a pedir penálti por mão na bola de Corona, ao intercetar um canto de Amine, mas Manuel Mota mandou seguir. Ao contrário de Defendi, que somou várias boas defesas neste jogo, Marchesín teve uma noite relativamente tranquila. Ainda antes do apito final, os dragões
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tremeram.. E não foi pouco! Aos 80’, após cruzamento de Mansilla, Mbemba, ao cortar, envia a bola ao poste e na recarga Hugo Seco atira à barra. Para acabar de atar os molhos, Pepe e Loum ainda protagonizaram, já depois do final da partida, um episódio que deixou todos de boca aberta: o defesa dirigiu-se ao médio para o cumprimentar, mas o senegalês afastou os braços do capitão dos dragões e disse algo que não se conseguiu perceber. Seguiram-se os empurrões e o caso só não teve um final infeliz graças à rápida intervenção do árbitro Manuel Mota e dos colegas de equipa. Vitória de Guimarães e Braga venceram, respetivamente, o Famalicão e o Gil Vicente, por 1-0. Pelos conquistadores marcou André Almeida, aos 12’, enquanto que Iuri Medeiros foi o autor do golo que valeu a vitória dos Guerreiros do Minho na Pedreira. Em Moreira de Cónegos dividiram-se os pontos: o empate a duas bolas frente ao Portimonense deixa a equipa de Vasco Seabra no sétimo lugar, enquanto que os algarvios estão no 13.º lugar. Cassierra e Tiago Esgaio marcaram os golos da vitória do Belenenses SAD frente ao Tondela e em Vila do Conde o Santa Clara voltou às vitórias: Carlos Júnior fez o 1-0 aos 24’, Meshino empatou passados dois minutos e a um minuto dos 90’ o estreante Morita salvou os insulares, apontando o golo da vitória.
O Paços de Ferreira continua a surpreender e a assumir-se como a equipa sensação desta edição da Liga: nesta jornada bateu fora o Marítimo, com golos de Bruno Costa, aos 29’, Luiz Moreira, aos 48’, e Luther Singh, aos 85’. Por outro lado, o Boavista parece não conseguir sair da “areia movediça”. Esta jornada somou mais uma derrota, desta feita frente ao líder Sporting. Ainda que tenham demorado um pouco até encontrarem o seu lugar na “selva” axadrezada, os leões chegaram à vantagem no seu primeiro remate: aos 22’, Nuno Santos aproveitou da melhor maneira um cruzamento de Nuno Mendes. O Boavista continuava sem conseguir criar perigo e, já na segunda parte, o autor do primeiro golo leonino entregou o golo a Sporar. No entanto, o esloveno conseguiu fazer o mais difícil e falhou o alvo. Mas eis que, aos 77’, surge o grande golo de Sporar: o espanhol recebeu a bola a 30 metros da baliza, afastou Hamache e disparou um míssil que só parou no fundo das redes de Léo Jardim. A equipa de Rúben Amorim manteve assim a distância para o segundo lugar, ocupado pelo F.C.Porto. Já o Boavista continua no fundo da tabela, com 11 pontos. Não esquecer que na segunda-feira, dia 1, é dia de dérbi entre Sporting e Benfica! Terão as águias “bico” suficiente para se defenderem das afiadas garras dos leões? Veremos!
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29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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I LIGA
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Nuno Santos e Porro numa ementa de leão
Sporting maduro impõe-se no Bessa e a ver jogar a formação de Ruben Amorim. A primeira parte foi de domínio absorecupera os quatro pontos de avanço sobre o F. C. Porto. Extremo abre cami- luto do Sporting frente a um Boavista em modo 5x4x1, a procurar estancar caminho e último grande herói faz golaço. nhos para a baliza de Léo Jardim e a sentir ombate gripes, o colesterol e ajuda muita dificuldade para sair em transição. na perda de peso. Eis alguns dos be- Um momento sintomático dessa incapacinefícios do alho-porro, um vegetal dade aconteceu, por exemplo, à meia hora que, por estes dias, está na ementa do líder de jogo, quando Rami bateu a bola diretaSporting, que, após a conquista da Taça mente para Adán. O Sporting, que até demorou a criar da Liga, mostrou estofo e saúde para sair do Bessa com os três pontos. Nuno Santos mossa, marcou por Nuno Santos, num abriu o caminho da vitória e o lateral es- lance que teve validação do VAR. Inicialpanhol Pedro Porro, herói na recente final mente, o golo foi anulado, mas o videoárcom o Braga, que valeu o troféu, apontou bitro confirmou que o avançado estava o golaço (vale a pena ver as imagens) que em posição legal, por 10 centímetros. Ao fechou o resultado e quebrou, definitiva- intervalo, o resultado só não foi mais exmente, a réplica que o Boavista conseguiu pressivo porque os leões foram perduládar na segunda parte, depois de 45 minutos rios e viram Porozo tirar uma bola sobre a
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linha e Léo Jardim travar o remate à queima-roupa de João Mário. Elis, sozinho contra o mundo, deu um ar da sua graça, quando Neto atrasou, de forma disparatada, valendo Adán para emendar o erro do central. Noutra situação, o hondurenho até atirou a bola para o fundo da baliza, mas estava em fora de jogo. No recomeço, Jesualdo Ferreira abdicou da linha de três centrais e a equipa soltou-se do colete de forças, conseguindo ganhar metros na frente de ataque, mas sem nunca causar grande perigo a uma defesa consistente, onde se destacam Coates e Feddal, além do guarda-redes Adán. O Boavista ainda dispôs de alguns cantos e dois livres (ambos desperdiçados por Angel) e Porro, em momento de inspiração, atirou a contar, de fora da área, repetindo os festejos que já tinha feito contra o Braga. Com este triunfo, o Sporting já tem seis pontos de vantagem sobre o Benfica. Mais Porro e Nuno Mendes, o Sporting está muito bem servido de laterais. Bom jogo de Jovane e Nuno Santos. Léo Jardim evitou males maiores. Menos Sporar sai em branco num jogo em que teve ocasiões soberanas. Palhinha jogou 10 minutos, viu amarelo e folha o dérbi com o Benfica Árbitro Só quis mostrar cartões a 10 minutos do fim e puniu Palhinha, num lance normal. Foi a grande mancha num trabalho que estava a ser positivo. JN/MS
Iuri faz check-in no quarto Avançado açoriano desfaz o nulo a 17 minutos do fim e dá triunfo suado aos arsenalistas. Carvalhal revoluciona onze, mas desinspiração ia saindo caro.
O treinador Jozef Venglos, que orientou o Sporting entre 1982 e 1984, morreu na terça-feira (26) aos 84 anos, revelou o clube escocês Celtic Glasgow, igualmente treinado pelo técnico eslovaco, no seu site na Internet. Além dos “leões”, Venglos orientou por uma temporada o Celtic e os ingleses do Aston Villa, mas foi ao serviço da antiga Checoslováquia e da Eslováquia que mais se notabilizou, principalmente por ter conduzido a Checoslováquia aos quartos de final do Mundial de 1990, na Itália. No Sporting, Venglos rende António Oliveira e termina a temporada de 1982/83 no terceiro lugar, também não terminando a seguinte, na qual foi rendido na fase final pelo adjunto Marinho, repetindo o Sporting o terceiro lugar. O técnico orientou ainda os turcos do Fenerbahçe e várias equipas na Austrália. NM/MS
Belenenses SAD bate Tondela e deixa zona de descida A equipa comandada por Petit voltou às vitórias após cinco jornadas sem ganhar, graças aos golos de Cassierra e Tiago Esgaio. O Belenenses SAD, que não ganhava há cinco jogos no campeonato, deixou esta segunda-feira (25) os lugares de despromoção da Liga, ao vencer o Tondela, por 2-0, em jogo da 15.ª jornada, disputado num relvado miserável, no Estádio do Jamor. Cassierra (18 minutos) e Tiago Esgaio (36) marcaram os golos dos ‘azuis’, que passam a somar 15 pontos, os mesmos que o Tondela e três acima da zona de despromoção. Os tondelenses averbaram a quinta derrota consecutiva como visitantes.
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Sporting de Braga recuperou o quarto lugar na Liga, ao receber e vencer o Gil Vicente, com Iuri Medeiros a assinar o único golo do jogo, surgido já numa fase em que os gilistas pareciam bem encaminhados para segurar o ponto que tanto almejaram. Na ressaca da derrota com o Sporting, na final da Taça da Liga, a equipa arsenalista apresentou-se desinspirada e até um penálti falhou, ainda na primeira parte, por intermédio de Paulinho. Mas, depois, a equipa de Carlos Carvalhal teve discernimento suficiente para assegurar os três pontos, mantendo a tendência de não empatar na Liga, o que lhe permitiu recuperar o quarto lugar e ficar só a três pontos do Benfica, que segue na terceira posição. Já os gilistas continuam em situação incómoda, na segunda metade da classificação. Em relação ao jogo com o Sporting, Carlos Carvalhal deixou apenas três jogadores no onze (Esgaio, Castro e Galeno), destacando-se, ainda, a primeira titularidade concedida a Piazon. O Braga denotou muitas dificuldades para lidar com a organização defensiva dos gilistas. A equipa de Barcelos apresentou-se com três centrais e com clara disposição de, acima de tudo, salvaguardar o nulo. Mesmo com a equipa pouco esclarecida e a não jogar bem, o Braga podia ter passado para a frente do marcador, após a meia
Antigo treinador do Sporting Jozef Venglos morre aos 84 anos
Rio Ave derrotado na receção ao Santa Clara Os vila-condenses sofreram a sexta derrota no campeonato e afastam-se ainda mais dos primeiros lugares. Vitória dos açorianos garantida em cima do apito final. Um golo do japonês Hidemasa Morita permitiu ao Santa Clara vencer em casa do Rio Ave por 2-1, em jogo da 15.ª jornada da Liga.
inicial. Ygor Nogueira travou Galeno na área, mas Paulinho, chamado a converter o penálti, atirou ao poste. Na recarga, Galeno acertou na barra! Com o nulo a subsistir, Carlos Carvalhal foi recorrendo à artilharia pesada, mas foram dois titulares que construíram o lance da vitória. Paulinho trabalhou bem e serviu Iuri, com o açoriano a bater Denis.
O Braga tratou depois de salvaguardar a vantagem, mas o atrevimento barcelense ainda obrigou a equipa da casa a muita atenção. Rúben Fernandes e Lucas Mineiro podiam ter empatado, mas Tiago Sá evitou o pior. JN/MS
O golo do médio nipónico, reforço de inverno dos açorianos, surgiu já na reta final da partida, aos 89 minutos, desfazendo a igualdade que imperava ao intervalo, depois dos golos do avançado brasileiro Carlos Júnior, aos 24, que adiantou os visitantes, e do médio japonês Ryotaro Meshino, que restabeleceu na altura o empate, aos 26. Com este triunfo, o Santa Clara sobe ao oitavo posto, com 18 pontos, enquanto o Rio Ave é 10.º, com 15 pontos. JN/MS
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Dragão masoquista acaba jogo com os nervos em franja
a sofrer até ao fim para sair do mítico São Luís com os três pontos, que lhe permitem isolar-se no segundo posto, aproveitando o tropeção do Benfica. Este dragão carregou o modo masoquista, mas lá cumpriu a m jogo que esteve fácil para o F. C. missão. O encontro ganhou vida e criou desPorto transformou-se num carrossel de emoções e obrigou o campeão gaste emocional à equipa de Sérgio Con-
F. C. Porto passa teste no São Luís com golo de Taremi e isola-se no segundo lugar. Ineficácia azul foi combustível para o Farense.
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Vila-condenses sofrem KO perto do gongo final
ceição, o que ficou bem evidente no arrufo entre Loum e Pepe. O Farense, que tem uma estrutura bem desenhada, contou com um guarda-redes inspirado, Defendi, e conseguiu levar a decisão ao limite, tendo criado a melhor chance quando, na mesma jogada, viu a bola bater, por duas vezes, nos ferros da baliza de Marchesín (80 m). O dragão, que apresentou a equipa mais forte, no contexto covid-19, portanto sem Sérgio Oliveira e Díaz, mas com Corona e Otávio em alta rotação, teve uma entrada fortíssima e chegou à vantagem ao minuto 15, por Taremi, que correspondeu a uma excelente iniciativa de Manafá. O Farense respondeu através de bolas paradas (cinco cantos na primeira parte) e reclamou penálti por mão de Corona (19 m). Até ao intervalo, o génio de Corona marcou o ritmo, mas o mexicano e Otávio, em boa posição, não foram eficazes. Taremi, isolado, quis oferecer o golo a Corona, mas Ryan Gauld, em esforço, limpou a jogada. A segunda parte mostra um F. C. Porto sempre dominador, mas um Farense atrevido, a acreditar mais com o tempo e com o desperdício azul, nesse particular Otávio leva o prémio para casa, ao falhar quase de baliza aberta (65 m). Sérgio Vieira arriscou tudo e aproveitou o desconforto e quebra física dos dragões, criando a tal situação de golo em que a fortuna dos Deuses pro-
tegeram a baliza de Marchesín. Mbemba quase fazia autogolo e, na recarga, Hugo Seco desviou para a trave. Antes, outro susto com Pedro Henriques a isolar-se e a ser travado por Mbemba, mas o lance seria anulado por fora de jogo do brasileiro. No final, o F. C. Porto garante o essencial, de fato-macaco, mas não precisava de ter sofrido tanto. Mais Corona, um regalo a forma como trata a bola por tu. Teve lances geniais, que mereciam melhor sorte. O mesmo aplica-se a Otávio. Taremi volta a marcar e Rafael Defendi mostrou mãos de ferro. Menos A ineficácia do campeão podia ter saído caro. Zaidu desconcentrado em alguns momentos e Marega com menos fulgor. Fábio Nunes sentiu muitas dificuldades para proteger o corredor esquerdo. Árbitro Momento polémico ao minuto 19 com alegada mão de Corona. O VAR mandou jogar. Marega foi atingido por Cássio e o critério foi o mesmo. Critério largo em termos disciplinares. JN/MS
André Almeida resolve à bomba Vitorianos capitalizaram golo madru- a responder em contra-ataque e a criar gador e continuam sem perder fora. evidentes situações para ampliar a vanFamalicenses de regresso às derrotas. tagem. Confortáveis com o avançar do cronómetro, e apesar das ameaças esboum dérbi minhoto com futebol çadas por Gil Dias e Patrick William, os condizente, o Vitória de Guima- vimaranenses acabaram premiados pelo rães superiorizou-se aos vizinhos seu pragmatismo. JN/MS de Famalicão. Um triunfo decidido com uma bomba madrugadora de André Almeida, que obrigou os famalicenses a correr sempre atrás do prejuízo e, apesar de mostrarem melhorias com os reforços, não evitou o regresso às derrotas. Os vimaranenses capitalizaram uma entrada mais objetiva, e, já depois de uma primeira ameaça de Quaresma, colocaram-se em vantagem antes do quarto de hora, numa jogada de envolvência, trabalhada por Rochinha e Estupiñán, e finalizada com um remate de primeira do protagonista do jogo, André Almeida. Os locais demoraram um pouco a reagir à adversidade, mas quando o fizeram mostraram argumentos para resgatar o empate, nomeadamente em iniciativas de Kraev e Guedes, dois reforços em estreia como titulares, que forçaram o empenho do Vitória para segurar a vantagem ao intervalo. Os famalicenses mantiveram o embalo após descanso, pisando mais vezes a área rival, mas denotando dificuldades na definição, com o Vitória, mais astuto,
Pedro Cunha está no Rio Ave desde 2011 e treinava a equipa B
Santa Clara regressa aos triunfos com um golpe de Morita que expôs fragilidades do Rio Ave no duelo desta segunda-feira (25).
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Rio Ave voltou a não disfarçar a intermitência que tem sido a sua época, sofrendo mais um desaire (2-1), desta feita frente ao Santa Clara, num duelo em que o japonês Hidemassa Morita aplicou o KO aos vila-condenses já em cima do “gongo” final. A formação insular, que não vencia há cinco jornadas, manietou, por completo, o Rio Ave, nos primeiros minutos, e sem surpresa colocou-se em vantagem aos 24 m, por intermédio de Carlos Júnior, um ex-jo-
gador dos vila-condenses. O golo contrário teve o dom de despertar os nortenhos, que, na primeira oportunidade, resgataram um empate, numa jogada inventada por Gelson Dala, e finalizada numa recarga por Meshino. Motivados com o golo, os locais regressaram com embalo para a segunda parte, mas nunca mostraram a destreza do adversário em explorar os contra-ataques. Os vila-condenses foram tentando gerir o empate, mas o Santa Clara mostrou-se mais inconformado e incisivo, sendo premiado já aos 89 minutos, com um remate surpreendente do estreante Morita, a que o Rio Ave não mais se recompôs. JN/MS
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Só 15 minutos de futebol não chegam para vencer Águias entram autoritárias, mas adormecem após a vantagem e deixam voar dois pontos. Defesa falha numa bola parada e ataque revela pouca qualidade.
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O Moreirense e o Portimonense empataram (2-2) em Moreira de Cónegos, na 15.ª jornada da Liga.
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epois de dois jogos sem vencer, os encarnados não conseguiram regressar às vitórias e continuam a marcar passo, neste caso com um empate diante do Nacional (1-1), na Luz. Os encarnados podem lamentar o contexto que lhes retirou 10 elementos devido à covid-19, sete titulares, mas a ausência não explica tudo nem a pobre exibição depois de uma entrada autoritária. É verdade que a maior fragilidade está na defesa - ausência de titulares - que voltou a falhar numa bola parada, mas a grande questão esteve, essencialmente, na falta de qualidade de jogo ofensivo. Aí, com muitas primeiras linhas, a equipa só mostrou 15 minutos de dinamismo e futebol. Depois revelou uma enorme falta de capacidade para desequilibrar, falta de confiança e apatia total dos dois avançados. O último lance de Seferovic na cara de Daniel, perto do final, espelha bem o momento da formação, confusa e sem a saúde futebolística de outros tempos. Os insulares, que não pontuavam fora de casa há mais de três meses, aproveitaram algum relaxamento encarnado, após
Moreirense e Portimonense empatam a dois golos em Moreira de Cónegos
a vantagem, para acreditar que podiam ter sucesso na Luz. E, mesmo sem incomodar muito, foram letais na única chance e acentuaram o clima de tempestade que se vive na Luz. O Benfica entrou forte e criou situações claras de marcar. Chiquinho surgiu em todas, assinou dois golos, mas viu apenas um validado, já que no outro havia fora de jogo. A equipa pareceu descansar com a vantagem e permitiu ao adversário acreditar.
A perspetiva ganhou contornos de realidade, após o reatamento, já que o Nacional empatou, num lance a aproveitar os equívocos da defesa à zona benfiquista nas bolas paradas. O Nacional ganhou confiança e alma perante um Benfica que lançou vários elementos do banco, mas que nem por isso ganhou dimensão ofensiva. JN/MS
John Mortimore, treinador bicampeão pelo Benfica, morre aos 86 anos
Com este resultado, o Moreirense, que falhou um penálti aos 90+4 minutos, por Steven Vitória, colocou-se no sétimo lugar, em igualdade pontual com o Santa Clara (18 pontos), enquanto o Portimonense juntou-se no grupo dos décimos a Tondela, Rio Ave e Belenenses. JN/MS
Paços de Ferreira vence Marítimo O Paços de Ferreira venceu (3-0) na visita ao Marítimo na 15.ª jornada da Liga e somou a quarta vitória consecutiva na prova. A jogar fora, a equipa do Paços de Ferreira adiantou-se no marcador aos 29 minutos, por intermédio de Bruno Costa, com o brasileiro Luiz Carlos, aos 48, a aproveitar um erro do guarda-redes Amir para ampliar a vantagem, antes de o sul-africano Luther Singh fazer o terceiro, aos 85. Com esta vitória, o Paços de Ferreira, que não perde há seis jogos no campeonato (quatro vitórias e dois empates), está no quinto lugar, com 28 pontos, enquanto o Marítimo voltou às derrotas e está em nono, com 17. JN/MS
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manifesta pesar pela morte do seu antigo presidente. Em Portugal, John Mortimore notabilizou-se no Benfica, clube a que chegou em 1976/77, quase no fim da presidência de Borges Coutinho, conquistando nessa época o campeonato, conquista que voltaria a alcançar em 1986/87. No Benfica, o treinador inglês conquistou ainda duas Taças de Portugal, em 1985/86 e 1986/87, e uma Supertaça. Mortimore foi ainda treinador do Belenenses, tendo estado na última conquista da Taça de Portugal por parte dos ‘azuis’, ao dar início à caminhada para a conquista do troféu na época de 1988/89, que não acabou, dando lugar a Marinho Peres. Na nota de pesar pela morte do seu antigo futebolista, o Chelsea lembrou a subida ao relvado de Stamford Bridge ao intervalo de um jogo entre os ‘blues’ e o Benfica, na Liga dos Campeões de 2012, com Mortimore a ser ovacionado pelos adeptos dos dois clubes. Na carreira de jogador, Mortimore vestiu durante 10 épocas a camisola do Chelsea e uma a do Queens Park Rangers, mas como treinador passou por outros clubes além de Benfica e Belenenses, orientando também os gregos do Ethnikos, o Portsmouth e o Bétis. O antigo treinador John Mortimore, que O Chelsea Football clube informa JN/MS levou o Benfica à conquista de dois camcom grande pesar que faleceu o nospeonatos de futebol, morreu na terça-feiso antigo defesa John Mortimore, ra (26), aos 86 anos, informaram Chelsea que disputou 279 jogos pelo clube”, refee Southampton, clubes que representou. rem os ‘blues’, enquanto o Southampton
Os algarvios adiantaram-se aos 16 minutos, por Lucas Possignolo, os locais deram a volta, com tentos de Rafael Martins aos 23, e Steven Vitória, aos 35, mas a última palavra foi dos forasteiros, com um tento de Dener, aos 83.
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TAÇA DA LIGA
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Pedro Porro indica o caminho Jorge Braz e Ana Catarina Pereira da terceira Taça da Liga aos leões eleitos os melhores do mundo de futsal O selecionador português e a guarda-redes Ana Catarina Pereira, do Benfica, foram esta terça-feira (26) eleitos os melhores do mundo de futsal em 2020 nas respetivas funções.
E não é exagero dizer que o primeiro lance Lateral espanhol marcou o único golo do Sporting - Braga perto do intervalo. Pauli- de real perigo deu em golo. Um lançamento nho atirou à barra e Pote foi expulso qua- de Inácio encontrou Porro, que, de pé direito e com um remate cruzado, abriu o marcase no final. dor. O momento decisivo surgiu pouco antes Sporting venceu a terceira Taça da do intervalo e, logo a seguir, um excelente Liga, após derrotar o Braga, por 1-0, “slalom” de Pedro Gonçalves quase originou graças a um golo de Pedro Porro, no o segundo. Um belo momento de futebol. No segundo período, os treinadores mefim da primeira parte. A partida não foi bem jogada, longe disso, devido ao mau estado xeram e nos minhotos, que apresentaram o do relvado provocado pela chuva intensa, mesmo onze que derrotou o Benfica, a enmas os leões acabaram por ser mais eficazes trada de Paulinho foi revitalizadora. Depois e, por isso, levantaram o troféu. É o primei- de mais um bom lance de Pedro Gonçalves, ro de Ruben Amorim no emblema verde e o Braga colecionou várias oportunidades branco e, apesar de ter estado na bancada na com selo de golo, entre os quais um remate segunda parte, por ter sido expulso, festejou de Paulinho à barra e um pontapé bastante perigoso de Al Musrati. No último quarto a conquista de forma efusiva. Além do regresso de Nuno Mendes, que de hora, o duelo tornou-se completamenteve luz verde da DGS para integrar a equi- te aberto mas foi o Braga, em desvantagem pa, o técnico guardou outra surpresa. Jo- no marcador, que esteve mais perto de vane foi opção inicial, por troca com Nuno concretizar, num livre que Adán defendeu Santos, para manter o estilo de jogo direto com dificuldade. Nos instantes finais, Pedro dos leões, mas a primeira parte não permitiu Gonçalves foi expulso, por protestos, e logo nota artística, já que a bola ficava muitas ve- após o fim do jogo, houve confusão com alzes presa nas poças. Mas não faltou confusão gumas trocas de empurrões. Quem festejou e, após uma troca de palavras mais acalora- foi o Sporting, que sucedeu aos minhotos na da, Ruben Amorim e Carlos Carvalhal foram conquista da Taça da Liga. JN/MS expulsos com vermelho direto.
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na Catarina Pereira, de 28 anos, que já venceu o galardão em 2018, impôs-se às brasileiras Ana Carolina Caliari Sestari, do Montesilvano C5 (Itália) e Patricia Moraes Faria Giga, da AFF Chapecó (Brasil), que ocuparam a segunda e terceira posição, respetivamente. Jorge Braz foi considerado o melhor selecionador do mundo pela terceira vez consecutiva, à frente dos seus congéneres do Brasil, Marquinhos Andrade, e de Espanha, Federico Vidal Montaldo. O treinador português Nuno Dias, do Sporting, foi considerado o terceiro melhor do mundo, atrás do espanhol Andreu Plassa Alvarez, do Barça (Espanha), e do brasileiro Ricardinho, do Magnus Tutsal (Brasil).
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O brasileiro Thiago Rocha Guitta, do Sporting, ficou em segundo na lista dos melhores guarda-redes, atrás do compatriota Leonardo Leite ‘Higuita’, do Kairat Almaty (Cazaquistão) e à frente do espanhol Jesus Herrero Parrón, do Inter Movistar (Espanha). O brasileiro Ferrão, do Barça (Espanha), foi eleito o melhor jogador, numa tabela em que o italo-brasileiro Alex Merlim, do Sporting, surge em sexto, enquanto no setor feminino o triunfo pertenceu à compatriota Amandinha, do Leoas da Serra (Brasil). A seleção do Brasil foi considerada a melhor do mundo em 2020, à frente das de Espanha (2.ª), Argentina (3.ª) e Portugal (4.ª), enquanto o Barça (Espanha) venceu a eleição para o melhor clube, impondo-se a MF Sorocaba (Brasil) e Inter Movistar (Espanha). JN/MS
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FIFA
FIFA lança programa de formação para combater abuso infantil no desporto
EURO2020
UEFA quer Euro2020 nas 12 cidades previstas A UEFA avançou esta quarta-feira (27) que continua a ter a intenção de realizar o Euro2020 nas 12 cidades inicialmente previstas para acolher a competição, que foi adiada para este ano devido à pandemia de covid-19.
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A FIFA apresentou um programa, designado “FIFA Guardians” [Guardiões da FIFA], de formação global para garantir e estabelecer padrões de proteção das crianças no futebol, informou o organismo.
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programa estará à disposição das 211 federações membro da FIFA ou de quem trabalhe ou exerça funções de voluntariado no desporto profissional ou de base. “Como parte do meu compromisso em erradicar o assédio ou abuso no desporto, damos hoje um novo importante passo, com o lançamento do diploma FIFA Guardians, que salvaguarda a proteção de menores no desporto”, adiantou o presidente da FIFA. Gianni Infantino reiterou a importância de profissionalizar o papel destes “guardiões”.
“Todas as pessoas que joguem futebol, ou pratiquem qualquer outro desporto, têm o direito a ter um ambiente seguro, de bem-estar, em especial as crianças”, justificou. O ex-futebolista Rio Ferdinand é um dos embaixadores da FIFA em relação à importância do programa agora lançado e que terá cinco cursos online, o primeiro no final de fevereiro, na formação dos guardiões. “Vamos terminar com o abuso de crianças no desporto. O FIFA Guardians é um programa essencial de salvaguarda, para qualquer pessoa que trabalhe ou seja voluntário no futebol”, sublinhou o antigo defesa central. JN/MS
BRASIL
a reunião que a UEFA manteve com os representantes das 12 federações anfitriãs da prova, que vai decorrer entre 11 de junho e 11 de julho, todas as partes defenderam ser necessária “flexibilidade nas decisões que digam respeito à organização do torneio, tendo em conta os desafios e circunstâncias que cada cidade enfrenta”, face à crise mundial de saúde pública. Perante a evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus, as 12 federações terão de apresentar no início de abril o plano de organização para a admissão de público nos estádios. “A UEFA está empenhada em realizar o Euro2020 nas 12 cidades inicialmente previstas. Acredito que as coisas vão evoluir de forma positiva à medida que a competição se for aproximando. Por isso, é importante dar o maior tempo possível às cidades-sede e aos governos, para que possam ter uma previsão sólida de como estará a situação em junho e julho”, afirmou o presidente da UEFA, Aleksander
Ceferin, defendendo que “os adeptos são uma parte muito importante do futebol”. O Euro2020 deveria ter sido disputado no ano passado, mas acabou por ser adiado devido à pandemia de covid-19. A prova vai ser disputada em 12 cidades diferentes, ainda que, recentemente, a UEFA tenha aventado a possibilidade de organizar o torneio num só país, tendo em conta o aumento dos casos de infeção com o novo coronavírus na Europa. Roma (Itália), Londres (Inglaterra), Amesterdão (Países Baixos), Baku (Azerbaijão), Bilbau (Espanha), Bucareste (Roménia), Budapeste (Hungria), Copenhaga (Dinamarca), Dublin (Irlanda), Glasgow (Escócia), Munique (Alemanha) e São Petersburgo (Rússia) são as cidades europeias que vão acolher a 16.ª edição do Campeonato da Europa. O jogo inaugural será em Roma, em 11 de junho, enquanto a final será disputada em Londres, em 11 de julho. Portugal, que é o detentor do troféu, integra o grupo F, juntamente com Alemanha, França e Hungria. A seleção portuguesa vai defrontar os húngaros (15 de junho) e os franceses (23) em Budapeste, e pelo meio joga com os alemães (19), em Munique. JN/MS
ESPANHA
João Félix marca e assiste na vitória do Atlético de Madrid frente ao Valência Os colchoneros venceram (3-1), no Wanda Metropolitano, o Valência na 20.ª jornada da liga espanhola com o internacional português em destaque.
C
omeçou mal mas acabou bem. Na noite em que João Félix regressou à titularidade no Atlético de Madrid, a equipa de Simeone conseguiu mais um triunfo para cimentar a liderança na La Liga. E o internacional português não podia ter pedido melhor regresso. A equipa de Gonçalo Guedes, que começou no banco, entrou melhor e inaugurou o marcador logo aos 11 minutos, graças a
um grande golo de Racic. Pouco depois, os colchoneros reagiram da melhor forma com um tento de João Félix, na sequência de um pontapé de canto. Na segunda parte, a reviravolta no marcador: assistência de Félix para golo de Suárez e Correa, que entrou para o lugar do internacional português, fechou a contagem. Com este resultado, o Atlético de Madrid continua no topo da Liga espanhola com 47 pontos, mais sete e com menos um jogo que o Real Madrid. JN/MS
O presidente e quatro futebolistas do Palmas, clube da Série D brasileira, morreram na sequência da queda de um avião particular em Luzimangues (Tocatins), que também vitimou o piloto da aeronave.
P
ouco mais de quatro anos depois da tragédia que vitimou a equipa da Chapecoense, o futebol do Brasil voltou a vestir luto por causa de um acidente de aviação. A assessoria do Palmas
informou que a bordo do avião seguiam o presidente do clube, Lucas Meira, juntamente com os atletas Lucas Praxedes, Guilherme Noé, Ranule e Marcus Molinari, além do piloto, identificado como comandante Wagner. O acidente aconteceu numa pista particular, quando o Palmas iniciava a viagem para Goiânia, onde era suposto defrontar o Vila Nova, em jogo a contar para a Copa Verde. JN/MS
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Acidente de aviação mata presidente e quatro jogadores do Palmas
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HÓQUEI EM PATINS
Benfica vence dérbi e afasta Sporting da liderança O Benfica venceu (5-4) o Sporting na 16.ª jornada do campeonato nacional, encurtou a desvantagem pontual para os leões e deixou isolado na liderança o OC Barcelos.
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A
equipa treinada por Alejandro Dominguez esteve sempre na liderança do marcador e colocou-se pela primeira vez em vantagem aos nove minutos, por Valter Neves. Lucas Ordoñez aumentou para 2-0, aos 23, mas Matias Platero (25) e Alessandro Verona (32) empataram o jogo. O Benfica voltou a superiorizar-se pelo argentino Lucas Ordoñez (34), a que respondeu Pedro Gil (43), mas Diogo Rafael (49), com um bis, definiu o vencedor e o melhor que o Sporting conseguiu foi o 5-4 por Toni Pérez, nos segundos finais. Com este desaire, depois de já na semana passada ter perdido frente à Oliveirense, o Sporting cai para o terceiro lugar da classificação, agora liderada pelo OC Barcelos, com 36 pontos. Já o Benfica, com 32 pontos, aproxima-se do rival e mantém-se na luta pelas posições cimeiras da prova, ocupando agora a quarta posição. O jogo começou com grande intensidade, com as duas equipas focadas no ataque, e Ângelo Girão e Pedro Henriques a oporem-se aos primeiros remates de parte a parte. Contudo, aos nove minutos, Girão pouco ou nada pôde fazer para impedir Valter Neves de abrir o ativo para o Benfica. O capitão das águias foi mais lesto na resposta a um remate de Lucas Ordoñez ao poste e, depois de alguma confusão, atirou para o fundo das redes leoninas. O Sporting acusou o golo, o banco leonino pediu o primeiro desconto de tempo, e logo a seguir, num livre direto, Ferran Font desperdiçou mais uma oportunidade para os leões, com a bola a embater caprichosa-
mente no poste, e Telmo Pinto a repetir a dose na recarga. Respondeu o Benfica também com uma bola no ferro da autoria de Diogo Rafael, depois de a defesa dos leões ter estendido a passadeira ao internacional português. Aos 23, o Benfica dobrou mesmo a vantagem, após um erro de Ferran Font. O espanhol perdeu a bola quando era o jogador mais recuado da equipa, a bola sobrou para Ordoñez e o argentino partiu sozinho
para o frente a frente com Girão, batendo o guarda-redes leonino sem apelo nem agravo. Já nos minutos finais o Sporting voltou a aproximar-se do golo: Pedro Henriques defendeu uma grande penalidade de Pedro Gil, a castigar falta de Valter Neves sobre Romero, mas nada pôde fazer a poucos segundos do intervalo, quando numa jogada sempre ao primeiro toque Matias Platero apareceu solto para confirmar o 2-1.
Tal como no início, as duas formações arrancaram a todo o gás para o segundo tempo, com lances de golo de parte a parte, e acabou por ser o Sporting a marcar novamente, à passagem do minuto 32. Depois de uma recuperação da bola a meio campo, Alessandro Verona combinou com Ferran Font e, de frente para Pedro Henriques, escolheu o lado e fez o empate a dois golos. O Benfica regressou à vantagem por Lucas Ordoñez, o melhor marcador do campeonato, depois de um novo erro dos leões. João Souto cometeu falta para livre direto, viu o cartão azul, e o 9 do Benfica foi exímio na conversão do lance, com um remate ao ângulo que colocou o marcador em 3-2 para a equipa encarnada. O Sporting acusou o golo e passou pela pior fase no encontro, com Ângelo Girão a evitar males maiores com defesas consecutivas às investidas do Benfica. Não aproveitou o Benfica para ‘matar’ o jogo e o Sporting voltou à discussão do resultado depois de Pedro Gil, com um remate de meia distância indefensável, ter devolvido o empate aos ‘verde e brancos’. Com tudo em aberto para os minutos finais, o Benfica voltou a superiorizar-se, mostrou-se mais organizado na definição dos lances e, numa saída rápida e em superioridade numérica, Diogo Rafael rematou cruzado para o 4-3 e recolocou o Benfica na frente do marcador. Já dentro do minuto final, de novo Diogo Rafael, numa jogada individual, fez o 5-3 e o jogo parecia sentenciado. Contudo, o Sporting no lance seguinte fez o 5-4, por Toni Pérez, colocou algum suspense no resultado, mas com 19 segundos para jogar já não foi capaz de evitar a segunda derrota consecutiva no campeonato. JN/MS
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Report Then there were only two! Adam Care
Opinião
Two hundred and sixty eight games have been played this season; one is all that remains. In two weeks, Kansas City, the reigning Super Bowl champion, will play the Tampa Bay Buccaneers. Buffalo and Green Bay gave it a good run, but they fell short last weekend. The Chiefs hammered the Bills 38 – 24, and the Buccaneers survived a furious comeback from the Packers, hanging on to win 31 – 26.
S
ome key firsts are happening in Super Bowl LV. This will be the first time the Super Bowl is being played in a home stadium for one of the two teams, as it is being played in Tampa Bay; and this will be the first time the last two Super Bowl-winning quarterbacks will face off against each other. Patrick Mahomes won last year with Kansas City, and Tom Brady won two years ago as a New England Patriot.
Mahomes joked that he looks forward to playing Brady in what seems like his 150th Super Bowl appearance. It does seem like Brady is always there, but this will be his tenth appearance. The only other player in sports history to make the finals 10 times in their respective sport is LeBron James. Love them or hate them, this should show the dedication these two athletes have. Averaging it out, Tom Brady made the finals every two years, for 21 years. Will that ever be broken? Very hard to tell, but Patrick Mahomes has now made it two times in three full seasons of playing. I would be amazed if both teams make it back next year. So this will most likely be the one time these two stars play each other in the final. They played in the AFC Championship game two years ago, which I might add went into overtime, and the Patriots won by the slimmest of margins. Hopefully, this next game is as high scoring and has as many lead changes as that one did. Patrick Mahomes is a special player; Tom Brady is the GOAT. This should be a
Super Bowl for all to cherish. For Patrick Mahomes to ever be considered the GOAT, he needs to win this game. If he loses, even if he comes back and wins six more and breaks Brady’s TD record, a loss here will loom large in that discussion. As for now, it’s been an interesting year; everyone remain safe and enjoy the game. It is a little too early for me to pick the winner, as I am waiting on updated injury reports. But down below, the three players of the week last week all came from Kansas City; that is something to be mindful of. Having said that, I watched almost every game these two teams played this year, including the one they played against each other in November. They are BOTH without a doubt going to leave everything they have on the field. I wouldn’t be surprised if we see a big comeback in this game or a game that needs overtime to settle the score. Time will tell! Win or lose, it won’t be Brady’s last game. I am just glad that I will finish on the positive side of picking the playoffs spreads. Currently, I am sitting at seven wins and five losses. I want to get
that 8th victory. So stay tuned! *This is the Third Tampa Bay team to make the finals of their sport within a year. The Lightning won the Stanley Cup in the fall and the Devils Rays fell to the Dodgers in the World Series. Players of the week (Conference Championships) Patrick Mahomes, QB, Kansas City Chiefs 29/38, 325 YDS, 3 TDs Tyreek Hill, WR, Kansas City Chiefs 9 Rec, 172 YDS, 0 TD Travis Kelce, TE, Kansas City Chiefs 13 Rec, 118 YDS, 2 TDs Super Bowl LV Sunday, February 7 6:30 pm Raymond James Stadium, Tampa Bay Kansas City Chiefs vs. Tampa Bay Buccaneers Current Line: -3.0 Kansas City Chiefs
RAPTORS
Kyle Lowry reaches 10,000 points with Raptors in loss to Bucks the Raptors. He joined DeMar DeRozan (13,296) and Chris Bosh (10,275) as the only players to score 10,000 with the franchise.
Giannis Antetokounmpo had 24 points, 18 rebounds and nine assists, and Donte DeVincenzo sparked a five-point sequence in the fourth quarter that helped the Milwaukee Bucks pull away for a 115-108 win over the Toronto Raptors on Wednesday (27) night.
TIP-INS Bucks: Brook Lopez had his fifth straight double-figure scoring game, finishing with 21 points on 8-of-11 shooting.
T
Raptors: Played without F OG Anunoby, who missed his first game of the season with a strained left calf. ... VanVleet is the only Raptors player to have started all 18 games. ... Pascal Siakam started after missing two games with a swollen left knee and had 11 points and nine rebounds in 35 minutes. UP NEXT
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he Bucks (11-6) were leading by just three points after a dunk by DeVincenzo, who followed with a steal and drew a flagrant foul on Kyle Lowry. After DeVincenzo made the two free throws, the Bucks took the ball out of bounds and Bryn Forbes nailed a 3-pointer to put the Bucks up 92-84 with 9:54 left. The big play helped the Bucks hold off the Raptors (7-11) down the stretch despite a 14-point scoring burst by Lowry and a two-minute stretch in which Antetokounmpo sat out after getting hit in the face. Norman Powell led the Raptors with 26 points. Lowry finished with 21 points and six rebounds. Fred VanVleet, the Raptors’ leading scorer, finished with 10 points and 10 assists after a scoreless first half. Kris Middleton closed the first half with a 3-pointer to put the Bucks up 63-54, the
largest lead for either team until 3-pointers by D.J. Augustin and Bobby Portis stretched Milwaukee’s lead to 11 midway through the third quarter. Toronto scored the final nine points of the third and took an 84-83 lead on Yuta Watanabe’s lane runner early in the fourth.
Bucks: Play at New Orleans on Friday (29) night in the second of nine road games in 19 days. Coming in as the NBA’s No. 1 shooting team at 49%, the Bucks made 10 of their first 14 shots before Antetokounmpo went to the bench with 4:33 left in the first quarter. They shot 43% for the game. Lowry’s 3-pointer in the first minute gave him 10,001 points as a member of
Raptors: Play at home against Sacramento on Friday (29) night in a rematch of a game from three weeks ago in which Toronto set a franchise scoring record in a 144-123 win. SportsNet/MS
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AUTOMOBILISMO
Sébastien Ogier vence Rali de Monte Carlo pela oitava vez na carreira
Miguel Oliveira assinala regresso do MotoGP ao Algarve em 2021
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O
gier concluiu as 15 especiais do rali com o tempo de 2:56.33,7 horas, deixando o galês Elfyn Evans, seu companheiro de equipa na Toyota, a 32,6 segundos, e o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) em terceiro, já a 1.13,5 minutos. Com este triunfo, Ogier ultrapassou o compatriota Sébastien Loeb, que conta sete vitórias em Monte Carlo, tornando-se o piloto que mais vezes venceu a mítica prova do principado (em 2009, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2021) e com quatro marcas diferentes (VW, Ford, Citroën e Toyota) em três décadas diferentes. O piloto da Toyota somou ainda mais cinco pontos pelo triunfo na power stage, a derradeira especial do rali que distribui 15 pontos pelos cinco mais rápidos, sendo líder do campeonato com 30 pontos, mais nove do que Evans, que é segundo com 21, e 13 do que Neuville que é terceiro, com 17. O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) é quarto, com 16.
Esta foi, também, a 50.ª vitória da carreira de Sébastien Ogier, que nasceu e cresceu em Gap, a localidade que acolhe a base da prova, e do co-piloto Julian Ingrassia. “O carro esteve incrível, foi um prazer enorme [competir aqui]. Foi uma boa decisão fazer mais um ano [no campeonato]. A equipa é incrível. Tenho lágrimas nos olhos. Estou muito, muito feliz”, disse Ogier, mal terminou a derradeira especial. Os adversários reconheceram que o atual campeão esteve num nível superior ao longo do passado fim de semana. “Houve boas especiais, mas não consegui estar onde queria. [O segundo lugar] é um bom resultado. Queríamos lutar com ele, esperava ser mais competitivo, mas é o rali dele e não consegui estar na minha zona de conforto”, disse Evans, o segundo classificado. Já Neuville, que foi o melhor dos Hyundai depois da desistência do estónio Ott Tanäk no sábado passado (23), com dois furos, admitiu que não poderia “ter feito melhor”. “Faltou confiança em alguns momentos, mas são pontos importantes para a equipa”, concluiu. O campeonato prossegue de 26 a 28 de fevereiro, com o Rali do Ártico, na Finlândia. JN/MS
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MOTOCICLISMO
Miguel Oliveira recordou a vitória no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, após o anúncio da realização do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, em 18 de abril.
O piloto francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) venceu o Rali de Monte Carlo, na abertura do campeonato do Mundo, pela oitava vez na carreira, estabelecendo um novo máximo de vitórias nesta corrida, chegando às 50 no Mundial.
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Lá vamos nós outra vez”, escreveu o piloto natural de Almada, o único português a disputar a categoria rainha do motociclismo de velocidade, em legenda a uma fotografia de 22 de novembro de 2020, quando venceu a corrida no circuito algarvio. Miguel Oliveira, que vai alinhar na equipa de fábrica da KTM, depois de dois anos na satélite Tech3, assinalou “o retorno a casa”, após a organização do Mundial ter confirmado a realização da terceira etapa do Mundial no Algarve, depois de duas provas em Losail, no Qatar. O português concluiu a segunda temporada na categoria rainha do motociclismo no nono lugar da classificação de pilotos, depois de se ter estreado com o 17.º posto, em 2019. Na sequência do adiamento das corridas marcadas para Argentina (11 de abril) e Estados Unidos (18 de abril), devido ao aumento de casos provocados pela pandemia do novo coronavírus, o AIA
recebe pelo segundo ano consecutivo o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, depois de 12 edições, entre 2002 e 2012, sido disputadas no autódromo do Estoril e a de 1987 no circuito de Jarama, em Espanha. Em 22 de novembro de 2020, Miguel Oliveira conquistou em Portimão o ‘Grand Chelem’, ao juntar a liderança durante toda a corrida à ‘pole position’ e conseguindo a volta mais rápida, naquela que foi a sua segunda vitória na competição, depois do triunfo em Estíria, na Áustria, em 23 de agosto. O calendário do Mundial de MotoGP de 2021 tem agora previstas 19 corridas, mantendo como reserva o circuito de Mandalika, na Indonésia, e aguardando pelo reagendamento das provas na Argentina, nas Termas de Río Hondo, e nos Estados Unidos, no circuito das Américas. O campeonato encerra em Valência, em 14 de novembro, depois de a temporada de 2020 ter terminado em Portimão. O espanhol Joan Mir (Suzuki) é o detentor do título mundial, depois de ter sucedido ao compatriota Marc Márquez, campeão em 2013, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019. JN/MS
Miguel Oliveira passou no exame de código de moto
O Autódromo Internacional do Algarve vai acolher a abertura do Mundial de Resistência automóvel (WEC), em 4 de abril, depois de a prova prevista para Sebring (Estados Unidos) ter sido adiada.
“
Devido à rápida evolução do novo coronavírus, bem como à mudança de diretivas de diferentes governos, que inclui restrições de viagens, o WEC não quer correr riscos desnecessários”, lê-se no comunicado. Esta decisão foi tomada em conjunto com a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a IMSA, organizadora das corridas de resistência nos EUA. Com o adiamento da corrida de Sebring, inicialmente agendada para 18 de março,
Portugal passa a acolher a prova de abertura do Mundial, no qual participam os portugueses Filipe Albuquerque (atual campeão da classe LMP2) e António Félix da Costa, com uma nova corrida de oito horas, em 4 de abril. Esta é a primeira vez que o circuito português alberga uma prova do Mundial de Resistência, depois de já ter acolhido corridas das European Le Mans Series. Em 2020, foi palco, pela primeira vez, de uma prova do Mundial de Fórmula 1, devido à revisão do calendário imposta pela pandemia de covid-19. JN/MS
Créditos: DR
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Algarve vai receber abertura do Mundial de Resistência
O piloto português Miguel Oliveira, que já admitiu em várias entrevistas não ter curiosidade nem fascínio por motas de estrada, realizou com sucesso o exame de código de moto. Falhou apenas uma resposta. O apertado calendário competitivo e a pandemia atrasaram a conclusão desta formalidade legal.
“Esta talvez tenha sido a parte mais difícil porque nem tudo é muito intuitivo de responder e as coisas, na minha prática, processam-se completamente diferente do que na condução em estrada”, revelou Miguel Oliveira, num vídeo divulgado pelo centro de exames ACP. “Obviamente que não é aprender tudo pesar de integrar a categoria rade novo, porque estou familiarizado inha do motociclismo de velocidacom o motociclo, mas, de facto, há algude (MotoGP), o piloto de Almada mas perguntas que não são tão óbvias”, apenas tinha carta de carro e ultrapasacrescentou. sou, agora, mais uma etapa no processo JN/MS para a obtenção da carta de motociclos.
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Federal government invests $72M to help workers gain skills and access resources The Government of Canada is investing $72 million over three years as part of the Sectoral Initiatives Program’s existing funding, which will fund sector-specific projects to help Canadian workers gain skills and access resources.
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istributed through a call for proposals, which will remain open for six weeks, the investment will also help businesses and networks scale up strategies to drive job growth and create standards for education and certification purposes. The government, along with the support of industry and labour partners, will help key sectors address their current and future workforce needs through at least one of three approaches: The first approach focuses on ensuring Canadians have access to job tools and resources so that they can make informed decisions about their career path. Projects that receive funding under this approach will have the goal of helping employers, Canadians looking for work, students and educators
make informed decisions about hiring, skills training and career choices. The second approach is the development of projects that offer training to workers looking to upgrade their skills or start a new career. The third approach focuses on helping small and medium-sized businesses meet their hiring needs through the development of new strategies, or the scaling-up of proven workforce development strategies. “Canadian workers and employers are facing new and evolving challenges, brought on and exacerbated by the pandemic,” said Minister of Employment, Workforce Development and Disability Inclusion Carla Qualtrough in a statement. “With some sectors experiencing the impacts more than others, we are taking additional steps to help Canadians get back on their feet. We have an opportunity not just to support Canadians and businesses, but also to grow their potential. With a comprehensive and bold approach to job creation, we will build back better.” JN/MS
The Residential and Civil Construction Alliance of Ontario (RCCAO) is encouraging provincial and federal governments to collaborate on a Safe Restart Agreement 2.0 early this year and warning that the absence of an agreement could put construction jobs and the economic recovery of the province at risk.
I
n a pre-budget document submitted to Finance Minister Peter Bethlenfalvy, the RCCAO maintains that a second round of funding for 2021, or Safe Restart Agreement 2.0, is urgent as municipalities are again facing significant deficits this year due to COVID-19, indicates a release. If financial assistance is not made available soon, municipalities will have to cancel state-of-good-repair projects to keep their books balanced in 2021 which could have negative consequences for the
industry and the economy. For example, the release states, the City of Toronto will have to use $800 million of capital funds to cover its 2021 deficit if a new deal is not reached. According to a report commissioned by RCCAO, 41,000 construction-related jobs are at risk if permits continue to decline. “This is a very urgent matter as failure to come up with a deal will result in massive job losses, deteriorating infrastructure and stall any possibility of an economic recovery,” said RCCAO board chair Peter Smith in a statement. “Governments must once again work together to enable funds to flow and ensure that municipalities don’t have to raid their capital budgets to pay for COVID-19-related operating expenses.” DCN/MS
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RCCAO says Safe Restart Agreement 2.0 needed, construction jobs at risk
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MILÉNIO | AMBIENTE
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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AMBIENTE
Terra Viva
Dilúvio do Terceiro Milénio Paulo Gil Cardoso Opinião
Confirmam-se as piores projeções sobre o degelo. A última década foi a mais quente de sempre desde que existem registos.
O
ano de 2020 foi mais quente em 0,4ºC que o ano de 2019 e mais quente que a média dos anos 1850 a 1900 em 1,25ºC. Já aqui publiquei artigo na edição de 17 de julho de 2020 (www.mileniostadium.com/ vida-vidas/ambiente/diluvio-do-seculo-xxi/), sobre a subida do nível dos oceanos, sobre inundações, tempestades e chuvas torrenciais localizadas. Infelizmente sinto a necessidade de voltar ao tema após as publicações de registos de várias entidades. Os dados recolhidos pelos satélites europeus integrados no Copernicus Climate Change
Service revelam e confirmam uma realidade assustadora. “Foi o novembro (2020) mais quente já registado, com temperaturas quase +0,8ºC acima da média de 1981-2010. Na Europa, o outono, de setembro a novembro (2020), também registou nova máxima, com temperaturas de +1,9ºC acima da média”. As elevadas temperaturas levaram a que o degelo sazonal no Ártico e na Sibéria fosse de uma intensidade invulgar. A par com isto, as emissões de CO2, resultantes de incêndios na tundra, incontroláveis e gigantescos, bateram também recordes. O cenário não é mesmo agradável… Também em número de grandes tempestades, 2020 destacou-se como o ano com o maior número de sempre destes fenómenos extremos. Pela primeira vez esgotaram-se os nomes em inglês e teve de se recorrer ao alfabeto grego. Estamos a perder tempo de reação… perdemos tempo com governos de países como os E.U.A. que abandonaram o Acordo de Paris, ou como o do Brasil que permite a devastação da Amazónia por um punhado de moedas, que não valerão de nada para
colmatar os prejuízos que resultarão da desregulação climática. Perdemos tempo com uma Europa burocrática demais, que despende energia e tempo em tricas políticas, tempo que se torna precioso para a ação urgente de inverter tendências industriais e produtivas que diariamente agravam o problema das alterações climáticas. Perdemos tempo quando países, que pela sua dimensão e complexidade cultural, como a China e a Índia, são incapazes de se disciplinarem, de se reconverterem e caminhar mais rapidamente no sentido da proteção do planeta. Para agravar tudo isto surge ainda esta pandemia, que nos volta a fazer perder imenso tempo, que nos consome recursos, que nos empobrece, que nos desvia a atenção (e com razão, porque realmente é o problema mais imediato e urgente que temos de resolver). Porém na retoma pós-Covid devemos focar de imediato e com firmeza na resolução do problema ambiental. Além das correções relativas a emissões de poluentes, temos de perceber que será necessário readaptarmo-nos. Mesmo atingindo as metas propostas para 2030 sobre emissões de gases
que provocam efeito estufa, mesmo parando o seu aumento ou reduzindo drasticamente essas emissões, a temperatura global continuará a subir nas próximas décadas, é que este veículo está em andamento sem travões, e mesmo tirando o pé do acelerador, continuará a andar durante décadas. É, portanto, evidente que aumentarão as cheias, subirá o nível dos oceanos, haverá mais tempestades destruidoras, noutros locais haverá mais incêndios, a qualidade do ar piorará nos grandes núcleos populacionais e industriais, zonas costeiras serão inundadas, a pobreza e conflitos aumentarão. Não, não estou a ser catastrofista ou a ter previsões pessimistas. É evidente! Consultem os números e registos das últimas décadas e tirem as vossas elações. Contra factos não há argumentos… a década (2010-2020) mais quente de sempre, 2020 o ano mais quente de sempre e com o maior número de grandes tempestades. Por favor deem ouvidos à ciência. Por favor deem atenção à nossa mãe Terra, que adoece, e nós com ela.
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MILÉNIO | SAÚDE & BEM-ESTAR
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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Créditos: PGC
SAÚDE & BEM-ESTAR
A regra dos 20-20-20 sumiu que tem vindo a usar mais ecrãs desde que a pandemia teve início e um terço (38%) das pessoas acredita que sua visão piorou. Para além disso, 33% relataram que o tempo passado em frente a dispositivos como o computador, telemóvel ou tablet, por exemplo, aumentou para mais de duas horas e uma em cada cinco pessoas tinha menos probabilidade de fazer um teste de visão agora do que antes da pandemia, Fight For Sight, do Reino Unido, é por medo de contrair ou espalhar o vírus. uma instituição de caridade britâni- Grande parte dos entrevistados relatou dica que financia pesquisas sobre pre- ficuldade de leitura, dores de cabeça, enxavenção e tratamento de doenças oculares quecas e alterações na visão noturna. Numa altura em que o teletrabalho se tore recentemente financiou um estudo onde foram entrevistados dois mil adultos e che- nou obrigatório (nos casos que é de facto gou a conclusões alarmantes - entre elas, possível adotá-lo), e ainda que - para já -, que cerca de metade dos entrevistados as- não tenham sido realizados estudo específi-
A pandemia da Covid-19 voltou a fechar-nos dentro das nossas casas e embora esta seja uma regra que devemos seguir à risca, existem algumas consequências menos boas relacionadas com o facto de passarmos mais tempo em casa: entre outras coisas, começámos a passar mais tempo em frente a ecrãs, sobretudo durante o horário de trabalho.
A
cos que comprovem que aumento do tempo em frente a ecrãs contribua para a deterioração da visão, esta pesquisa, levada a cabo pela YouGov, teve como objetivo enfatizar a importância de não só fazermos pausas frequentes como vigiarmos a nossa saúde ocular, realizando exames oftalmológicos regulares. Sherine Krause, chefe executiva da Fight for Sight, alertou que “mais da metade de todos os casos de perda de visão são evitáveis por meio de métodos de deteção e prevenção precoces. Testes oculares regulares muitas vezes podem detetar doenças sem sintomas que ameaçam a visão.” Assim, esta instituição recomenda que todos nós aprendamos a regra “20-2020”. Querem saber em que consiste? É muito simples!
O que têm que fazer é olhar para algo que esteja a 20 metros de distância durante 20 segundos, após terem estado a olhar para um ecrã durante 20 minutos, sem interrupções - isto vai diminuir o cansaço visual e proteger a nossa visão. Segundo o consultor clínico Paramdeep Bilkhu, “é improvável que isso (o aumento de tempo em frente a ecrãs) cause danos permanentes à sua visão. No entanto, é muito importante que se você sentir que sua visão se deteriorou ou se tiver algum problema nos olhos, como ficarem vermelhos ou se sentir dor, entre em contato com seu optometrista”. Olhem pela saúde dos vossos olhos! Inês Barbosa/MS
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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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OLHAR COM OLHOS DE VER
Bloqueio, seja ele qual for, sempre atrapalha. Créditos: Fabiane Azevedo Esculturas à beira rio. Créditos: Joana Leal
Bring on the pressure//Liberty Village, Toronto. Créditos: David Ganhão
Até Camões cumpre as regras//Camões Square, Toronto. Créditos: Pedro Ferreira
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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO
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A BLAST FROM THE PAST
The Lincoln Toy Company Armando Terra Opinião
This week’s article is the last in a series of a bygone era for Canadian toy manufacturers. The article will include a short overview and history of the company, along with examples from a collection. Lincoln toys are very well known and are desired by Canadian toy enthusiasts and collectors alike. Information and catalogues that were once used by companies are very scarce. They produced good and rugged quality toys, including 24 different trucks, two cab styles, in three sizes, a power shovel, dolls including high chair and swing, toy wheelbarrow, one airplane, one set of farming implements, and lastly, several variations of a Massey-Harris Model 44 tractor.
W
hile the Second World War was raging, two brothers incorporated a business in Windsor, Ontario. The two brothers were Frederick and Haven Kimmerly and the company was Kay Manufacturing. The building that housed Kay Manufacturing was located at 1637 Erie Street East, near the corner of Lincoln and Erie Streets. During the war, Kay Manufacturing was awarded a Canadian Government contract to produce fenders and ammunition boxes for the Canadian Military. They began manufacturing using previously owned Hydraulic presses and their own Kay Manufactured dies. In 1942 the company underwent a name from Kay Manufacturing to Windsor Steel. The company grew quickly and as a result they ended up
O artigo desta semana é o último nesta série de antigas fabricantes de brinquedos canadianas. O artigo irá incluir uma revisão curta e a história da companhia, juntamente com exemplares da minha coleção. Os brinquedos da Lincoln são muito conhecidos e apreciados por entusiastas de brinquedos canadianos e coletores, como eu mesmo. Não existe muita informação e os catálogos que uma vez foram usados por companhias são muito escassos. Eles produziam brinquedos de alta qualidade, incluindo 24 tipos de camiões diferentes, dois de estilo de cabine, três tamanhos, uma escavadora mecânica, cadeiras altas de bonecas e baloiços, um carrinho de mão de brincar, um avião, um conjunto de implementos agrícola, e por último, várias variações do trator do modelo 44 da Massey-Harris.
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urante o pico do período da Segunda Guerra Mundial, dois irmãos abriram um negócio em Windsor, Ontário. Os dois irmãos eram Fredwick e Haven Kimmerly e a companhia foi chamada de Kay Manufacturing. O edifício que serviu de casa à Kay Manufacturing estava localizado em 1637 Erie Street East, perto do canto da Lincoln e da Erie Street. Durante a guerra, a Kay Manufacturing foi premiada com um contrato do governo canadiano para produzir caixas de defesas e munições para o exército canadiano. Começaram por produzir com uma prensa hidráulica usada e o nome da Kay Manufacturing morre. Em 1942, a companhia mudou de nome, espe-
moving to 1701 Shepherd Street, Windsor in 1943. They continued to manufacture a vast array of products, including sun visors for automobiles and portable soft drink coolers, complete with custom soda company advertising. Up until this time Windsor Steel was whole selling only. In 1946 the owners decided to open up a sales counter outlet. The chosen location for this new outlet was a previously occupied building near the corner of Lincoln and Erie Streets, hence the name, “Lincoln Specialties”. The end of WWII caused a massive slowdown in their business and as such they began to explore new opportunities in order to remain open. They were adequately equipped with left over steel from the wartime production of ammunition boxes. By this time Windsor Steel also had an inhouse tool room, complete with a shaper, a lathe, and several milling machines and were capable of also producing their own dies. When the suggestion of manufacturing toys was eventually made all the stars lined up and the rest is simply history. Doll making quickly became the main production item with the company importing parts from the USA and doll heads from Germany, who at that time was a major producer. Later the same year, Reliable Toy Company began to manufacture complete dolls, with all self-sourced and produced products. Over the next several years, they moved locations several times a year, always to larger premises than the one previously occupied. In 1925, the company moved to a 3000 square foot building on King Street West and in 1928, during a period of rapid growth, they once again relocated, upgrading to a 13,000 square foot space on Phoebe. In 1933, the Reliable Toy Company bought the assets of a former
competitor, Dominion Toy. This move gave 3. 1950’s – 14” Lincoln Specialties cement Reliable Toy Company the entire Canadian truck. Original water transfer labels. market with no rival domestic competitors. Very early version made by Elmwood Interestingly enough, the very first Metal Products for Lincoln Toys. “Lincoln” toy manufactured was actually 4. 1950’s – 16” Lincoln Specialties Fire a wooden Jeep, comprised of two halves Truck, complete with original water connected together by means of one sintransfer decals, and two original ladgle joint. This joint was designed so that ders. it allowed the toy to make smooth turns and was able to endure more wear and tear 5. 1950’s 16” “Coca-Cola” distribution from uneven playing surfaces. This toy is truck, complete with 16 cases of Cocavery rare and it’s the only wooden toy ever Cola. Partial label on door and hood. manufactured by Lincoln. The company Well-used and graded at C-4. continued to thrive for a few years but despite their successes both Windsor Steel and Lincoln Specialties fell victim to the re1 lentless and increased foreign competition which weighed heavily on the companies. Unsuccessful bids by Windsor Steel to regain manufacturing rights back from automotive companies further contributed to their demise. In 1958 Lincoln Specialties and Windsor Steel ceased operations and were officially dissolved in 1959. Through their successes and eventual failures, “Lincoln” toys were highly sought by collectors and enthusiasts alike, because they provide us with a reminiscent and whimsical glimpse of the past.
cificamente, de Kay Manufacturing para Windsor Steel. A companhia cresceu rapidamente, e como resultado, acabaram por se mover para 1701 da Sheppard Street em 1943. Continuaram a produzir uma variedade de produtos, incluindo viseiras contra o sol presente em carros, e caixas refrigeradoras portáteis para bebidas, completas com publicidade personalizada de companhias de refrigerantes. Até a este momento, a Windsor Steel vendia os produtos em grandes quantidades, para ser revendidos por retalhistas apenas. Em 1946, os donos decidiram abrir um ponto de vendas. A localização escolhida para este novo ponto de vendas, foi o edifício previamente ocupado, junto à interseção da Lincoln com a Erie Street, daí o nome, “Lincoln Specialties”. O fim da Segunda Guerra Mundial causou um abrando massivo nos seus negócios, e como tal, eles começaram a explorar novas oportunidades em ordem de se manterem abertos. Eles estavam adequadamente equipados com restos de ferro da produção do tempo da guerra com as suas caixas de munição. Nesta altura, a Windsor Steel, também tinha um departamento de ferramentas, completo com um torno, um moldador, e várias máquinas de moagem. Eles eram capazes de fabricar as suas próprias ferramentas de matriz. Quando a sugestão de fabricar brinquedos foi eventualmente feita, todas as estrelas se alinharam e o resto é história. Bastante interessante também é que o primeiro brinquedo fabricado pela “Lincoln” foi um Jeep de madeira, comprimidas duas partes, juntas com uma única junção.
Esta junção era designada para o brinquedo poder fazer viragens suaves e era capaz de ter mais durabilidade nas superfícies menos niveladas. Este brinquedo é muito raro e é o único brinquedo de madeira feito pela Lincoln. A companhia cresceu por alguns anos, contudo, mesmo com o seu sucesso, tanto a Windsor Steel e a Lincoln Specialties foram vítimas do tempo em si. Competição feroz e a aumentar também foram pesos para a companhia. Lances de leilões feitos pela Windsor Steel também não tiveram sucesso para voltar a obter as licenças de direitos das fabricantes de automóveis, no que contribuiu para a sua queda. Em 1958, a Lincoln Specialties e a Windsor Steel cessaram as suas operações e se dissolveram oficialmente em 1959. Através do seu sucesso e eventual falhas, os brinquedos “Lincoln” eram bastante procurados por coletores e entusiastas, porque eles providenciam com uma nostalgia mágica do seu tempo.
The following examples of “Lincoln” Toys from part of my collection: 1. 1950’s No. 5201 – 8” Lincoln Specialties No. 5201 “Phil Wood Dump-Bodies” Truck. Original water transfer decals, truck in un-played condition with impossible to find original box. 2. 1950’s No. 5203 – 8” Lincoln Specialties No. 5203 “Lincoln Fire Department” Truck. Original water transfer decals, truck in un-played condition with impossible to find original box.
Os exemplares a seguir da “Lincoln” são da minha coleção: 1. N.º 5201 – 1950s – Camião “Phil Wood Dump-Bodies” de 8”. Autocolantes originais de transferência de água, camião em estado novo, com caixa impossível de se encontrar original. 2. N.º 5203 – 1950s – Camião “Lincoln Fire Department” de 8”. Autocolantes de transferência de água originais, camião em estado novo com caixa impossível de se encontrar original.
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3. 1950s – Camião de cimento da Lincoln Specialties de 14”. Etiquetas de transferência de água original. Versão de produção inicial feito por Elmwood Metal Products para a Lincoln Toys. 4. 1950s – Camião dos bombeiros da Lincoln Specialties de 16”, completo com etiquetas de transferência de água originais, e duas escadas originais. 5. 1950s – Camião de distribuição da “Coca-Cola” de 16”, completo com 16 caixas de
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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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FYI
Créditos: DR
-Kika
CELEBRIDADES EM CARTOON Já imaginaram ver celebridades (das mais variadas áreas) a protagonizar as clássicas animações da Pixar? Mesmo que nunca tenham pensado nisso, fica engraçado pensar como seria. Por isso, a aplicação e website ToonMe transforma estas ideias malucas em realidade e mostra como seriam os grandes nomes de Hollwood, da música, da política e da comunicação social, caso fossem levados para as cativantes tecnologias de computação gráfica dos ecrãs. Disponível em dispositivos móveis com sistema operacional Android e iOS e também em browsers de internet, o programa identifica imagens nas quais apenas uma pessoa está presente e transforma-a na sua versão animada, com opções de visuais da Disney, cell-shade 2D e 3D, Pixar e muito mais. Qualquer foto pode ser carregada pelo software e o resultado é finalizado numa questão de poucos segundos, podendo ser feito o download e depois partilhado em HD entre amigos e redes sociais. E para trazer um cheirinho do que o aplicativo é capaz de fazer, selecionei algumas imagens de grandes figuras internacionais para vocês verem os seus modelos animados:
VÃO HAVER OU VAI HAVER Caso: com Luciana Graça
?
• Li há dias, na secção desportiva de um jornal, a seguinte frase: «“Vão haver” mudanças no plantel». Mas… será que devemos dizer «vão haver mudanças» ou… «vai haver mudanças»?
Leitora de português do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, na Universidade de Toronto
Análise: • A expressão correta é «vai haver mudanças». • O verbo «haver», com o sentido de «existir», não tem sujeito («mudanças» é, na verdade, o complemento direto); e, por isso, só se usa na 3.ª pessoa do singular. • Esta regra também se aplica mesmo quando o verbo é acompanhado de outros verbos, como, no caso apresentado, o verbo «ir» – que atribui ao verbo «haver» uma ideia de futuro –; e por isso é que o verbo «ir» também só pode ser conjugado no singular. • De forma resumida: - «vai haver»: surge sempre no singular; - dizemos, portanto: «vai haver um teste» e «vai haver vários testes»; «vai haver uma eleição» e «vai haver eleições».
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PARABÉNS!
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BILLIE EILISH
Gestos românticos que mostram que o casal continua muito unido e apaixonado.
DIVÓRCIO
Sobre o passado, a cantora recorda que houve uma altura em que chegou mesmo a deixar de comer na ânsia de atingir as formas que desejava. E também confessa que se automedicou. “Lembro-me de tomar um comprimido que prometia ajudar na perda de peso, mas apenas me fez urinar na cama – tinha 12 anos. Era uma loucura. Hoje custa-me a acreditar”. revela, lamentando o que fez. Com o tempo, Billie conseguiu contornar esta situação. Contudo, com a fama, começou a estar debaixo dos holofotes e sentiu-se vítima de críticas ao físico. “Achava que era a única que tinha ódio pelo meu corpo, mas parece que a internet também o odeia”. Um comentário que é feito com um toque de sentido de humor e que prova que a jovem está a conseguir lidar com esta questão de forma mais saudável, não dando tanta importância às críticas. Hoje, a jovem tem mais ferramentas para lidar com esta questão e pretende ser um exemplo para os fãs de como é possível ultrapassar as inseguranças e aprender a ter amor-próprio.
Créditos: DR
JOANA CRUZ
No início de dezembro de 2020, Ellen Page recorreu às redes sociais para revelar ser transgénero e ter mudado o nome para Elliot Page. Na altura, a coragem do ator, protagonista do filme “Juno”, foi bastante aplaudida, inclusive pela mulher, Emma Portner, que se disse “orgulhosa” do companheiro. Agora, os dois estão em processo de divórcio. A notícia é avançada pelo TMZ, que revela que o ator já apresentou os documentos legais necessários, com vista a colocar fim ao casamento de cerca de três anos. De lembrar que o ator tinha assumido ser gay em 2014, vindo a casar com a bailarina quatro anos depois.
EVA MENDES
Foi há quase duas semanas que Joana Cruz deu a conhecer que tinha sido diagnosticada com um cancro da mama. Desde então, tem usado as redes sociais para partilhar novidades com os fãs e seguidores sobre esta luta. Mais recentemente, falou do segundo tratamento de quimioterapia que fez. “Em casa. Como deve e tem de ser, agora ainda mais. Segunda quimioterapia feita ontem estou a sentir-me lindamente, rodeada de amor e flores incríveis”, começou por escrever a radialista, adiantando que mantém o espírito otimista e confiante. “Sigo tranquila, sem sintomas e a sorrir, como muitas mulheres me dizem para não deixar de o fazer. Como outras tantas dizem: força já passei por aí e cá estou! Para as companheiras que estão no mesmo processo, estamos juntas. E seremos sempre mais fortes!” As melhoras Joana! Boa sorte!
No último domingo (24), Eva Mendes comunicou aos seguidores nas redes sociais o motivo para estar mais afastada. “Não tenho publicado tanta coisa ultimamente porque a minha filha me disse que estava a passar demasiado tempo no telemóvel”, explicou a companheira de Ryan Gosling. Eva conta ainda que a menina não via com bons olhos o facto de a mãe dar tanta atenção ao que fazia no telemóvel. “Estava a levar isso a mal. É uma criança. As crianças não aceitam bem o que não lhes é explicado”, salientou, admitindo que, depois desta reprimenda da filha, as duas tiveram uma conversa. “Pedi-lhe desculpas e prometi que ia ficar mais atenta. Só porque estou sempre em casa não significa que esteja sempre presente”, enalteceu, destacando a importância de passar tempo de qualidade com a filha.
Créditos: DR
Créditos: DR
VISUAL MUDADO!
Na tarde desta terça-feira, dia 26 de janeiro, depois de anunciar mais uma novidade na grelha da TVI, Cristina seguiu para a mudança de visual e colocou extensões no cabelo. Agora, a apresentadora tem fios longos que exibiu em fotografias e vídeos nas redes sociais.
Uma chamada de atenção que provocou mudança na atriz de 46 anos. E que é tida como exemplo para quem a acompanha. “Deixem que os vossos filhos vos repreendam. É saudável. Não é falta de respeito”, alertou.
Chegou ao fim o casamento de Ioan Gruffudd e Alice Evans. Foi a atriz que revelou a situação através de uma partilha nas redes sociais feita esta terça-feira, dia 26, dando destaque para o facto de a decisão ter vindo da parte do marido.
SEPARADOS
Já é hábito que na vida de Cristina Ferreira grandes mudanças profissionais venham acompanhadas de grandes mudanças de visual. E não seria diferente com a nova aposta da apresentadora para a TVI. “All Together Now” está a ser preparado para muito breve, e Cristina decidiu mudar.
Créditos: DR
Através das redes sociais, a modelo deu a conhecer, que os festejos começaram no dia anterior. É que o jantar de dia 26 foi romântico e a dois, com direito a mesa decorada com velas e pétalas de rosa. Já no dia seguinte, Georgina mostrou que Cristiano a surpreendeu com um grande ramo de rosas vermelhas. De recordar que esta flor é símbolo de amor e paixão.
“Costumava mutilar-me por causa do meu corpo. Para ser mesmo honesta, comecei a usar roupas largas por causa do meu corpo”, diz, recordando um período mais negro. Hoje, Billie Eilish assume que tem uma melhor saúde mental do que a que tinha há 10 anos. “Estou mesmo muito, muito agradecida por estar nesta fase da minha vida”, continua.
Créditos: DR
Esta quarta-feira, dia 27, foi o aniversário de Georgina Rodríguez. A companheira de Cristiano Ronaldo fez 27 anos e recebeu surpresas do amado.
Ainda assim, em outubro Billie Eilish surpreendeu num concerto ao exibir um vídeo em que surgia a tirar a própria roupa. Um gesto que serviu para travar o body shaming de que é alvo. É um assunto sobre o qual volta a falar na edição da Vanity Fair norte-americana deste mês.
“Notícias tristes. O meu amado marido/alma gémea de 20 anos, Ioan Gruffud, anunciou que vai deixar a família na próxima semana. Eu e as nossas filhas estamos muito confusas e tristes. Não foi nada nenhuma razão a não ser que “já não me ama”. Lamento imenso”. Uma mensagem que deixa perceber uma profunda tristeza provocada pelo coração partido. Os fãs e seguidores de Alice Evans deixaram-lhe mensagens de carinho e de força nesta fase delicada. De lembrar que Ioan Gruffudd, de 47 anos, e Alice Evans, de 49, conheceram-se em 2000, durante as gravações de “102 Dálmatas”. Casaram-se em setembro de 2007 e tiveram duas filhas: Ella Betsi, de 11 anos, e Elsie Marigold, de sete.
Créditos: DR
Créditos: DR
Aos 19 anos, Billie Eilish é uma estrela da música com sucesso mundial. Contudo, tal não implica que não lide com inseguranças. Já não é a primeira vez que a cantora admite não ter uma boa relação com o próprio corpo, motivo pelo qual prefere vestir roupas largas que disfarcem as formas.
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MILÉNIO | PASSATEMPOS
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
Palavras cruzadas
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Caça palavras
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O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.
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Culinária por Rosa Bandeira
1. Animal que ainda não foi domesticado 2. Para satisfazer seus próprios interesses, é falsamente sociável com aqueles que lhe possam ser úteis 3. Que ou o que tem ciúme 4. Que vive segundo as regras de uma religião 5. De pouca idade; moço 6. Aquilo que possui baixa temperatura 7. Que causa dano, que prejudica; prejudicial 8. Que cede à pressão, suave ao tato; brando, mole, tenro
9. Que não está disponível; preenchido 10. Contente, satisfeito. Cujos desejos e aspirações foram atendidos ou realizados 11. Que tem fama; renomado, célebre 12. Que se aqueceu, que sofreu a ação de um tipo de calor 13. Desprovido de beleza, de aparência desagradável 14. Aquele que não tem ou não demonstra ter medo; bravo, destemido, valente 15. De altura superior à média; de grande dimensão vertical
Bolo de banana e chocolate Ingredientes 4 bananas maduras 5 ovos 5 colheres de amido de milho 5 colheres de farinha de aveia 5 colheres de mel
4 colheres de cacau em pó 4 colheres de óleo vegetal 1 colher de fermento em pó 1 colher de amêndoa ralada
Modo de preparação: Aquecer o forno a 200º, untar uma forma com o óleo vegetal e polvilhar com farinha de aveia. Amassar muito bem as bananas. Numa batedeira colocar os ovos e bater até ficarem bem batidos e em seguida acrescentar as bananas, o mel, o cacau e bater até ficar tudo bem misturado. Adicionar o restante óleo vegetal, adicionar o resto da farinha de aveia, a amêndoa ralada e o amido de milho.
Jogo das 10 diferenças
Incorporar tudo e adicionar o fermento. Deitar na forma, levar ao forno durante 40 minutos a 200º. Pode polvilhar com açúcar de pasteleiro. Bom apetite!
Caça palavras
O E W B N T J T D I V I D I R
V R Z Q F T P R I R I U Q D A
Y F B K Z V Y A L V I V E R Z
H O Q F Z E B G R P Z L U D V
V K W X J V Y N Z A L V I A E
J H R C D X M Q U B R H V A F
Q A X F R A J E S E D N O U L
W K B J O Q R I U L C X E V A
X K C P O P E N C O N T R A R
J L U A N A E S P E R A R Y O
G Y V S T P U L A R A G I L Q
C F W S R A T E N D E R P B G
I W Q A Y A X Y L R A D N A M
R T T R C H O R A R R I A C P
ADQUIRIR ATENDER CHORAR DESEJAR ENCONTRAR EXCLUIR MANDAR PARAR PASSAR PULAR CAIR CANTAR CONTAR DIVIDIR ESPERAR LIGAR VIVER
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LEÃO 22/07 A 22/08
CARNEIRO 21/03 A 20/04 Terá por vezes tendência a exagerar. Cuidado! Evite aumentar o seu nível de stress, fazer movimentos bruscos e qualquer imprudência durante as viagens que fará ao longo da semana. Aproveita a Lua Cheia para resolver as coisas com aquele/a que o/a chateia já há algum tempo. Será o momento perfeito para remendar as coisas.
A Lua Cheia ligada a Júpiter, Marte e Úra- Será uma semana complicada. Acima de no, forçá-lo/a-á a reagir a uma situação de tudo, não misture amizade e negócios, mesemergência ou a uma pessoa beligerante. mo que alguém próximo a si o/a solicite para algum tipo de acordo.
Marte e Úrano por um lado e o Sol, Júpiter e Saturno por outro, forçá-lo/a-ão a tomar uma decisão importante relativamente às suas atividades. Continue assim! Terá dificuldade em relaxar e disponibilizar-se tanto no trabalho, como na vida pessoal. Aceite confiar-se um pouco aos outros este fim de semana para evitar um mal-entendido.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Será como uma barata tonta esta semana, quererá fazer tudo ao mesmo tempo. Tente organizar as suas tarefas por vários dias. Se quiser fazer tudo de uma vez, acabará por não conseguir fazer nada! Vénus e Plutão fá-lo/a-ão questionar-se acerca dos méritos de uma relação emocional. Já não sabe o que pensar? Discuta isso à sua volta, precisará dos conselhos dos seus entes queridos.
Vénus e Plutão incentivarão uma evolução profunda de uma relação amorosa. Se até hoje ninguém fizer o seu coração bater, poderá ter uma agradável surpresa.
Vénus e Plutão encorajá-lo/a-ão a ser mais autêntico/a e a revelar os seus desejos íntimos à sua cara metade para que possam ser realizados.
BALANÇA 23/09 A 22/10
AQUÁRIO 21/01 A 19/02
Mercúrio retrair-se-á e poderá interferir com o bom funcionamento do seu negócio. Seja extra vigilante se quiser evitar roubos ou perdas devido a distrações.
O Sol, Júpiter, Saturno, Marte, Úrano… todos estes astros influenciá-lo/a-ão na escolha da sua orientação profissional. Não será fácil, mas será o momento certo. Não hesite mais!
Os astros agrupar-se-ão contra si no que diz respeito às suas relações. Qual dos dois quererá bater com a porta primeiro? Relativize!
Poderá vivenciar autênticas emoções. Não entre em pânico e tente analisar os seus sentimentos.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
CARANGUEJO 21/06 A 20/07 Assumirá riscos ao tomar certas atitudes. Será uma semana complicada, haverá muita tensão no trabalho. Além disso, Mercúrio não facilitará o seu negócio ou o seu bem-estar material. Tenha cuidado! Para relaxar, treinará a sua família e amigos para participarem nas suas atividades de lazer. As trocas amigáveis contribuirão para o seu bem-estar. Ligue aos seus entes queridos!
CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01
13 F 2 10 F E L I I N O T 14 E C R O 1 S E R S 11 F A M O S J E O I S 4 R O O
Mantenha-se atento/a às suas fiMercúrio desmembrar-se-á do seu nanças porque Mercúrio degradarsigno. Desconfie dos excessos de confiança nos negócios, verifique as notas -se-á o que afetará principalmente os seus que lhe serão entregues, por vezes é dema- negócios. Vigie também os seus pertences pessoais! siado simpático/a!
GÉMEOS 21/05 A 20/06
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SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Tente relaxar, pois o seu corpo ainda A Lua instá-lo/a-á a fazer um baestará sob pressão. Se o ritmo for delanço sobre um assunto incerto. masiado rápido, aceite o facto de que não será Não hesite em deitar tudo para fora ou Mercapaz de afinar o trabalho. cúrio complicará as coisas para si!
TOURO 21/04 A 20/05
MILÉNIO | HORÓSCOPO
C A N T A R R A T N O C P H L
A 7 N O C I L V O O
9 12 A
6 F R E L I O
15 A L 3 T O C U P A D O I Q U E N T E M G E M 8 N M T A O 5 C N I G I O S O V O 5
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O E W B N T J T D I V I D I R
V R Z Q F T P R I R I U Q D A
Y F B K Z V Y A L V I V E R Z
H O Q F Z E B G R P Z L U D V
V K W X J V Y N Z A L V I A E
J H R C D X M Q U B R H V A F
Q A X F R A J E S E D N O U L
W K B J O Q R I U L C X E V A
X K C P O P E N C O N T R A R
J L U A N A E S P E R A R Y O
G Y V S T P U L A R A G I L Q
C F W S R A T E N D E R P B G
I W Q A Y A X Y L R A D N A M
R T T R C H O R A R R I A C P
PEIXES 20/02 A 20/03
Cuidado com uma surpresa finanMarte, Júpiter e Úrano ajudá-lo/aceira desagradável que estará por -ão nas suas decisões pois libertarão a sua autoridade. Por outro lado, não exage- vir nos próximos dias e que acentuar-se-á com Marte e Úrano. Fique atento/a às suas re e não afugente os seus aliados! contas… Vénus e Plutão transmitir-lhe-ão ondas sensuais. O amor ajudá-lo/a-á a sentir-se Vénus, Neptuno e Plutão trarão paixão e melhor. Quando o corpo se sente bem, tudo amor à sua relação. Será o momento certo para se deixar levar. se torna mais simples.
Há mais de 35 anos que o Leão D'Ouro se tem dedicado para servir a comunidade e cuidar dos nossos clientes e da nossa equipa. Com o contínuo impacto do vírus do COVID-19 em todos nós, queremos assegurar os nossos clientes de que continuamos aqui para vos servir. Continuaremos abertos para o servir em formato takeout e com entrega via SkipTheDishes ou UberEats.
leaodouro.com | 905.566.5326 | 920-A Dundas St, E. Mississauga
segunda a sexta das 05h00 às 09h00
domingo das 08h00 às 09h30
domingo das 09h30 às 10h30
sexta das 18h00 às 19h00
domingo das 11h00 às 12h00
domingo quinta das das19h00 09h30àsàs21h00 10h30
domingo das 12h00 às 13h00
domingo das 17h00 às 19h00
segunda a quarta e sexta das 17h00 às 21h00
segunda segunda aa sexta sexta das 21h00 à 01h00 das 21h00 às 5h00
sábado das 19h00 às 20h00
sábado das 20h00 às 21h00
segunda a sexta das 09h00 às 13h00
terça das 17h00 às 18h00
segunda a sexta das 13h00 às 17h00
sábado e domingo das 13h00 às 17h00
A MELHOR MÚSICA, OS MELHORES CONTEÚDOS E A MELHOR COMPANHIA
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021
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Este é o momento de nos unirmos. De ajudarmos quem mais precisa. A MDC Media Group está a promover a recolha de alimentos para entregar no Food Banks of Canada. A nossa tenda está localizada na Camões Square 722 College Street em Toronto.
MILÉNIO | INFORMAÇÃO
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MEDIA GROUP INC
Profissionais de Televisão Operadores de câmera, editores de vídeo e apresentadores. Envia o teu curriculum vitae para: info@mdcmediagroup.com Construção Precisa-se Brickayer / Labourer (ajudante). Contact: 416 898 3719 / 416 455 9515 Araújo Custom Stone
Ajude-nos a ajudar!
A ACS está à procura de mestre de obras e operários com experiência nos vários ramos da construção civil. Para mais informação, enviar currículo ou telefonar para os meios de contacto abaixo identificados. Contacto: 647-281-2009 New Jack’s Bakery 352 oakwood avenue, toronto Procuramos empregados para full-time. Precisamos de pessoas para trabalhar na caixa e ajuda de serviços. We are looking to fill various full time positions for both cashier and customer service. Contact: Jason Carvalho 416-651-1780 Leão D’Ouro 920A Dundas Street West in Mississauga Restaurante português procura empregados de mesa com experiência. Established Portuguese restaurant is looking for experienced waiters & waitresses. Julio Santos: 905-566-5326 Empresa de jardinagem precisa de pessoas, com e sem experiência, para instalação de pedra natural e interlock. Contacte Carlos: 416-821-2698
Cuidadora Procura-se uma senhora para cuidar de uma senhora idosa aos domingos. Preparar comida e assistir no cuidado pessoal. É necessário falar português. Contacto: 416.939.8199
Aluga-se quarto com renda reduzida a pessoa que tenha tempo para fazer companhia a um senhor idoso. Contacte: 416-704-2843 Tavora Foods 1625 St Clair Ave, Toronto Procuramos empregados para full-time. Precisamos de pessoas para trabalhar no talho, na caixa, condutores, ajuda no serviço regular do supermercado e de expedição de produtos We are looking to fill various full-time positions. We require butchers, cashiers, drivers, shipping & regular store service help. 416-656-1592 / stclair@tavora.ca
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Precisa-se de empregada, ajudante de cozinha e balcão, full-time para a Churrasqueira do Sardinha, 707 College St. Contato Augusto Sardinha: 416.531.1120
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EQUINOX LEASE: Offer available to qualified retail customers in Ontario for vehicles leased and delivered between January 5, 2021 to February 1, 2021. Lease based on suggested retail price of $38,302, towards the lease of an eligible 2021 Equinox True North Sport AllWheel Drive; includes $35 dealer to consumer credit (tax exclusive). Bi-weekly payment is $200 for 48 months at 2.9% lease rate (2.9% APR) on approved credit to qualified retail customers by GM Financial. The $100 weekly payment is calculated by dividing the bi-weekly payments. Payments cannot be made on a weekly basis. Equivalent weekly payments are for informational purposes only. Annual kilometer limit of 20,000 km, $0.16 per excess kilometer. $0 down payment required. Payment may vary depending on down payment trade. Cost of borrowing is $3,433, for a total obligation of $20,677. Taxes, license, insurance, registration and applicable fees, levies, duties and dealer fees (all of which may vary by dealer and region) are extra. Option to purchase at lease end is $21,058. Chargeable paint costs may vary depending on the vehicle/colour. See dealer for details. Credits vary by model. Dealer may sell for less. Factory order may be required. Limited time offer which may not be combined with certain other offers. General Motors of Canada Company may modify, extend or terminate offers in whole or in part at any time without notice. Conditions and limitations apply. Offers may not be redeemed for cash and may not be combined with certain other consumer incentives. See dealer for details. ÂŤWith Imported and Domestic Parts.
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