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Saiba como fazer o tratamento correto da semente de soja

SOJA

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SAIBA COMO FAZER O TRATAMENTO CORRETO

Jean dos Santos Silva

santos.jean96@yahoo.com.br

Luciane Gonçalves Torres

lucianetorres21@hotmail.com Engenheiros agrônomos e mestrandos em Fitotecnia - Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Jéssica Elaine Silva

Graduanda em Agronomia – UFLA jessicaelaineagro@gmail.com

Otratamento de sementes de soja consiste na aplicação de defen sivos (fungicidas e inseticidas), micronutrientes, bioestimulantes e ino culantes, visando proteger e melhorar as condições para a semente no período que compreende entre a semeadura e a emergência da plântula.

Ele permite à semente expressar seu potencial, pois a protege de patógenos, pragas e outras condições adversas en contradas no campo, condicionando maior uniformidade no estabelecimen to do estande inicial.

Além de proteção por parte dos de fensivos, a inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrizobium) e o fornecimento dos micronutrientes cobal to e molibdênio aumentam a eficiência da fixação biológica de nitrogênio, re duzindo os custos com fertilizantes nitrogenados.

As sementes já podem ser adquiri das tratadas, no caso, o tratamento industrial, que conta com maior uniformidade e otimiza o operacional durante a semeadura. No entanto, deve-se co nhecer os produtos que foram utilizados no tratamento da semente e verificar se eles atendem as necessidades da área do produtor.

O tratamento pode ser realizado tam bém na própria fazenda, tendo a vantagem de poder tratar cada talhão conforme sua necessidade. Caso o produtor opte pelo tratamento na fazenda, deve procu rar um engenheiro agrônomo e seguir suas recomendações, mantendo cuidados com o uso de EPI (equipamentos de prote ção individual), atenção na compatibilidade dos produtos, doses corretas de aplicação e regulagem dos maquinários utilizados para não haver danos à quali dade das sementes adquiridas.

Tratamento na fazenda (on farm)

A soja tem uma especificidade a ser levada em consideração na hora de reali zar o tratamento da semente para o plantio, que é a inoculação, e por isso é recomendado que a semente seja tratada antes da inoculação.

Há exemplos de misturas de fungici das de contato e sistêmicos que são utilizados no tratamento, que controlam os principais patógenos que atingem a se mente de soja. Além disso, são menos tóxicos ao Bradyrizobium, como: Carboxin + Thiran; Difeconazole + Thiran; Carben dazin + Captan; Thiabendazole + Tolyl

Máquina para tratar sementes on farm

fluanid; Carbendazin + Thiran.

Os principais inseticidas utilizados são Ciantraniprole, Tiametoxam, Tio dicarbe, entre outros. Há diversos produtos no mercado que contam em sua composição com fungicidas + inseticidas, inseticidas + nematicidas, entre outros.

A escolha de qual defensivo utili zar deve ser baseada na opção mais eficiente para o histórico de pragas e doenças existentes em sua área. A dose desses produtos deve ser feita seguindo suas respectivas bulas, e seu uso deve seguir a orientação de um engenheiro agrônomo.

O tratamento pode ser feito utilizan do para a mistura uma máquina de tratar sementes. Além do tratamento com fungicida + inseticida, recomenda-se a aplicação dos micronutrientes cobalto e molibdênio na semente, nas doses de 2,0 a 3,0 g de Co e 12 a 30 g/ha de Mo. Esses micronutrientes aumentam a efi ciência da fixação biológica de nitrogênio.

A inoculação é feita após esses pro cedimentos. Para isso as sementes devem ser umedecidas na dosagem de 300 ml de água açucarada a 10% para cada 50 kg de semente.

Após o umedecimento, adiciona-se

o inoculante na dosagem recomendada pelo fabricante.

Depois de homogeneizar a mistura, as sementes devem secar à sombra e se rem semeadas no mesmo dia. Vale ressaltar que a concentração do inoculante deve ser três vezes a dose indicada para áreas de primeiro ano de plantio de soja, duas vezes para áreas de segundo ano e a dose indicada a partir do terceiro ano.

A inoculação em áreas já cultivadas com soja apresenta ganhos menos ex pressivos, no entanto, estudos mostram um ganho médio de 4,5% na produtivi dade, justificando o uso de inoculantes.

Agregando à técnica

O uso de bioestimulantes é um exemplo de substâncias empregadas para otimizar o estabelecimento inicial da cultura da soja. Estudos mostram que tais subs tâncias atuam em diversos processos fisiológicos, promovendo melhor vigor e germinação das sementes.

Os bioestimulantes podem ter diver

Fotos Saulo Fantini

sas origens. São exemplos produtos à base de algas marinhas e hormônios sintéti cos, como as auxinas, as citocininas e as giberelinas.

Em estudo realizado por Santini et al. em 2015, os pesquisadores avaliaram a eficiência do uso de três diferentes bioes timulantes nos quesitos produtividade e viabilidade econômica.

Dois destes produtos apresentaram efeito significativo nas variáveis quando comparados com a testemunha que não recebeu nenhum bioestimulante.

Enquanto a testemunha apresentou a produtividade de 3.403,00 kg.ha -1 , estes dois tratamentos alcançaram 3.687,11 e 3.646,20 kg.ha -1 . O estudo ressalta a importância de agregar diferentes técnicas ao tratamento das sementes.

Custo x benefício

Hoje, cerca de 90% das sementes comerciais de soja são tratadas com fungicidas, isso devido às vantagens que a técnica apresenta. Em mé dia, os gastos com o tratamento de sementes de soja, ao longo dos dez últimos anos, representaram ape nas 2,2% do custo total investido na produção de lavoura de soja. O cus to médio de produção foi de aproximadamente R$ 2 mil por hectare, assim, o valor médio investido no tratamento de sementes foi de ape nas R$ 44,00 por hectare de lavoura de soja.

PRIMEIRO TRATAMENTO DE SEMENTE INDUSTRIAL À BASE DE FUNGO DO PAÍS

OTrianum DS (Trichoderma harzianum Cepa T22) é o primeiro produto biológico composto por fungo do Brasil que pode ser utiliza do no tratamento de semente industrial (TSI). Elaborado com a cepa T22, de senvolvida por meio de uma fusão entre as melhores linhagens do Trichoderma harzianum, o produto é uma exclusivi dade da Koppert e apresentou nos campos demonstrativos realizados durante a safra 2019/20 redução significativa na incidência e severidade dos patógenos de solo (fungos e nematoides).

Além disso, promoveu o crescimen to de raiz e parte aérea das plantas, que acarretou em incremento médio de 3,4 sacas/ha nos campos de soja.

Uma das vantagens do produto é apresentar proteção dupla às plantas, pois tem potencial de proteger as raízes de dois patógenos - os fungos e nematoi des de solo, que trazem grandes prejuízos aos agricultores se não controlados ade quadamente.

Para o diretor industrial da Koppert, Danilo Pedrazzoli, quando o Trianum DS é utilizado para TSI, o produtor tem a garantia de comprar a semente com o produto correto e na proporção e dosa gem adequadas. “A semente já tratada facilita a operação, trazendo vantagens econômicas e de produtividade, prin cipalmente para a cultura de soja”, explica.

Pedrazzoli ressalta a qualidade da cepa T22, considerada um ‘super Tricho derma harzianum’. “A Koppert tem o direito de uso global desse ativo desde a década de 1990. No Brasil, iniciamos as pesquisas para a utilização do produ to em nossos biomas em 2009 e agora temos o Trianum DS disponível para o produtor local”.

Além disso, acaba a necessidade que o agricultor tinha de tratar a semente na fazenda com Trichoderma harzianum e plantar logo em seguida. “Com o Tria num DS o fungo fica viável na semente por até 60 dias após a realização do TSI, quando armazenada em local fresco e arejado”, orienta o coordenador de de senvolvimento agronômico da Koppert, Marcelino Borges Brito.

Parceiros

Para Fabiano Denis de Paula, diretor geral da Futura Agronegócios, parcei ra da Koppert no tratamento de semente industrial com biológicos, em Minas Gerais, o Trianum DS apresentou resul tados excelentes em ensaios e acompanhamentos de safras.

“O produto entrega eficiência e se gurança no controle de nematoides e doenças de solo, garantindo maior pro dução por hectare e aumento da quantidade de vagens por planta. Estamos muito satisfeitos em poder utilizá-lo”, avalia o parceiro.

Em relação ao TSI com biológicos, Fabiano de Paula explica que é mui to bem aceito pelos produtores rurais e seu uso tem sido crescente nas últimas safras. “Temos perspectiva de crescer de 20 a 40% nesta temporada na adoção de biológicos no TSI”, diz.

Danilo Pedrazzoli, diretor industrial da Koppert

Divulgação

Sobre a Koppert

A Koppert Biological Systems está presente no Brasil desde 2011, quando iniciou seus primeiros re gistros. Atualmente, conta com duas modernas instalações fabris: a uni dade de microbiológicos, localizada na cidade de Piracicaba, e a de ma crobiológicos na vizinha Charqueada, ambas no Estado de São Paulo.

A empresa possui infraestrutura completa para atender à crescente de manda do mercado agrícola por defensivos biológicos, tornando a agricultura brasileira mais sustentável, saudável e em harmonia com a na tureza.

Com processos produtivos padro nizados, seguros e altamente tecnificados, garante confiabilidade e qualidade dos seus mais de 15 produtos. A empresa conta ainda com depar tamento próprio de Pesquisa & Desenvolvimento para aperfeiçoamento de tecnologias de controle biológico para a agricultura tropical.

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