re v is ta Isabel allende Todo poder Ă s mulheres
editorial
A IDADE DA RAZÃO
A
maturidade é uma das grandes coisas da vida. Principalmente quando acompanhada pela jovialidade do espírito, pela inquietude da alma, pelo prazer de continuar superando obstáculos. É disso que tratamos neste número da MIT Revista. Bom exemplo é Isabel Allende, nossa capa. Aos 71 anos, 20 livros publicados e 60 milhões de exemplares vendidos, a escritora chilena dedicase há mais de meio século a mudar o rumo da história. E sugere uma fórmula: todo o poder às mulheres. A maturidade também levou Rodrigo Raineri, atleta Mitsubishi, a conseguir um título inédito entre nós: aos 45 anos, ele é o único brasileiro a ter vencido três vezes os 8.848 metros de altitude do Everest, no Himalaia. São pessoas maduras de alma inquieta. O mesmo acontece com o Mitsubishi MotorSports, o rali de regularidade mais tradicional do Brasil. Em sua 20ª edição, ele se encontra mais jovem do que nunca. O que começou como um descompromissado passeio 4x4 pelos arredores da serra do Mar, em São Paulo, tornou-se um dos mais importantes eventos do off-road mundial e se transformou num programa que reúne 1.500 pessoas por dia, dividido em dois campeonatos (Sudeste e Nordeste) e nada menos que 11 etapas país afora. O motivo que anima o Mitsubishi MotorSports, porém, continua inalterado desde seu início: o prazer da aventura, da descoberta de novos lugares, repartido sempre entre amigos e familiares. Outro rali que merece ser comemorado é a Mitsubishi Cup. Neste 2014 ela completa sua 15ª temporada. E, a exemplo do que ocorreu com o Mitsubishi MotorSports, foi crescendo de maneira orgânica. Originou-se de um grupo de pilotos e navegadores mais tarimbados que desejavam trocar a regularidade pela velocidade. Em pouco tempo, tornou-se o que é hoje: a maior, mais bem organizada e por isso mesmo a mais respeitada competição de rali cross-country da América do Sul. Participar da Mitsubishi Cup é fazer parte da elite do off-road sul-americano. Se você gosta de acelerar fora da estrada, informe-se sobre como participar. Para comemorar os dois aniversários, a Mitsubishi Motors do Brasil está organizando viagens a dois destinos de sonho: o Cristalino Jungle Lodge, em Mato Grosso, considerado o melhor hotel de selva do Brasil; e o Explora Atacama, no Chile, um dos mais luxuosos resorts de aventura do planeta. Leia sobre os dois no caderno Universo Mitsubishi.E, já que falamos em universo Mitsubishi, prepare-se para conhecer em detalhes a nova L200 Triton. Ela está mais potente, tem maior torque, um novo câmbio automático e tanque de combustível de 95 litros – entre outros detalhes. Os apreciadores de um off-road mais radical, por sua vez, vão se entusiasmar com a edição especial da L200 Savana. Em comemoração aos 20 anos do Mitsubishi MotorSports, serão fabricadas apenas 200 unidades (numeradas e identificadas pela plaqueta “Limited Edition” no painel). Na exclusiva cor bege Jizan, ela também chega com o novo motor 3.2 de 180 cavalos de potência – e com o indomável espírito 4x4 de sempre. Bem-vindo a 2014. Bem-vindo ao mundo 4x4. f e r n a n d o d i r e t o r
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[Mitrevista] março 2014
p a i v a
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R E V I S T A Publicação trimestral da Custom Editora Ltda. Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL Patrícia de Azevedo Poli, André Cheron e Fernando Paiva
REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Redator-chefe Henrique Skujis henriqueskujis@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br Estagiário Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editora Karen Yuen karenyuen@customeditora.com.br Assistente Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Prepress Roberto Quevedo robertoquevedo@customeditora.com.br Projeto Gráfico Alessandro Meiguins e Mariana Henriques PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Rita Selke ritaselke@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Fernando Solano, Gerson Campos, Milly Lacombe, Patricia Broggi, Renato Góes, Ronny Hein, Sérgio Túlio Caldas, Thiago Padovani, Walterson Sardenberg So Fotografia Adriano Carrapato, Alírio de Castro, Aroon Thaewchatturat / Alamy / Glow Images, Cadu Rolim, Carsten Horst, David Santos Jr, Dick Makin / Alamy / Glow Images, Eter Cairns / Barcroft Media / Getty Images, Guilber Hidaka, Gustavo Arrais, Luciano Candisani, Marcelo Maragni, Murilo Mattos / Green Pixel, NatGeo, Pablo Vaz | Sector One, Ricardo Leizer, Ricardo Rollo, Tom Papp e Visitbritain Ilustração Pedro Hamdan, Ken Tanaka Infografia Paulo Nilson Produção Adriana Tanaka Revisão Goretti Tenorio
PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Gerentes de Publicidade e Novos Negócios Marco Taconi marcotaconi@customeditora.com.br Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Negócios Fernando Bonfá fernandobonfa@customeditora.com.br REPRESENTANTES GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel. (41) 3023-8238 SC/RS – Tel. (41) 3026-7451 Media Opportunities Comunicação Ltda. DF – Tel. (61) 3447-4400 MG – Tel. (31) 2551-1308 RJ – Tel. (21) 3072-1034 NSA Mídia S/S Ltda. CE – Tel. (85) 3264-0406 CE – Tel. (85) 3264-0576 DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Gerente Andrea Barbulescu andreabarbulescu@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 108.500 exemplares Auditado por
Custom Editora Ltda.
Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo
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[Mitrevista] março 2014
FRE YOU E R
SELF
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fotos: arquivo pessoal
colaboradores
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Escritora e jornalista, Milly Lacombe já passou
Apreciador de charutos, vinhos e relógios,
Ronny Hein é jornalista, escritor e nome de
pelas redações das revistas Tpm e Marie Claire,
Marcello Borges começou cedo sua busca
uma apreciada pizza da rede Babbo Giovanni.
do Portal Terra, dos canais Sportv e da Rede
pelo melhor da vida, mesmo tendo a certeza de
Dirige a versão brasileira da Forbes. Foi um dos
Record. Lançou seu quinto livro em 2013 (a
que não iria encontrar resposta. Dá aulas sobre
criadores da revista Viagem e Turismo, criador e
biografia da vereadora paulistana Mara Gabrilli).
conhaque e charutos na Associação Brasileira
diretor de Próxima Viagem, diretor de Caminhos
É colunista da Tpm, blogueira (blogdamilly.com)
de Sommeliers. É sócio de um empreendimento
da Terra, entre outras revistas. Representa o
e atualmente passa uma temporada em Nova
bem diferente na área de inovação e start-ups
correspondente britânico Mr. Miles, colunista de
York com duas cadelas e uma gata chamada
– a InovaCity. Escreve sobre relógios e bebidas
O Estado de S. Paulo e tido como “o homem mais
Tatiana. É dela o emocionante perfil de Isabel
para diversas publicações. Nesta edição, estreia
viajado do mundo”. Rony assina o texto sobre
Allende, capa de nossa edição.
como titular da seção Combustível.
um clássico 4x4: as cadernetas Moleskine.
Fernando Solano é jornalista e radialista
Sérgio Túlio Caldas roda o mundo em busca
Walterson Sardenberg Sobrinho, o “Berg”,
com grande experiência na cobertura de
de histórias que transforma em reportagens,
redator-chefe da revista Gosto, tem pavor
esportes outdoor e de aventura. Vela, corrida
em livros e programas de TV. Entre os livros, é
de altura. Ainda assim, nos 11 anos em que
de aventura e automobilismo são alguns
autor de Nas Fronteiras do Islã (editora Record)
trabalhou em revistas como Viagem e Turismo
dos assuntos que levaram esse paulistano a
e Terra sob Pressão (Moderna), além de Brasil,
e Próxima Viagem, viu-se obrigado a desafios
viagens inesquecíveis. Em janeiro, por exemplo,
Orgullo y Pasión. Colaborador da National
aéreos. O pior deles foi um voo de monomotor
acompanhou o Rally Dakar. Nesta edição, no
Geographic (revista e TV), dirigiu a série Parques
nas Ilhas Fiji. Por motivos estritamente
entanto, recebeu missão bem mais amena: de
SP, no ar pelo National Geographic Channel.
pessoais, portanto, Berg admira os feitos do
destilaria em destilaria, de castelo em castelo,
É sobre essa aventura, ajudado por uma L200
único brasileiro a chegar três vezes ao cume do
desvendou a alma das highlands escocesas.
Savana, que ele escreve na seção Brasil 4x4.
Everest, Rodrigo Raineri, a quem perfilou.
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o chão sob nossos pés {por Walterson Sardenberg So}
aroon thaeWChattUrat / alamy / GloW ImaGeS
terra
pedal da paz
UMA ViAgEM dE bike do ViEtnã Ao cAMbojA, pAísEs QUE ViVEnciARAM A gUERRA E AgoRA são só sossEgo
Q
ualquer cidadão com juízo, ao ver o trânsito da cidade de
coloridos mercados flutuantes e impactantes construções do império
ho chi Mihn (ex-saigon), no Vietnã, decerto descartará
Khmer — que dominou a região entre os séculos 9º e 15. também
dirigir um veículo por ali. os motoboys paulistanos
estão programadas visitas aos chu chu, labirínticos e engenhosos
ganhariam um prêmio de respeito à sinalização neste
túneis construídos pelos vietcongues para abrigo e emboscadas no
lugar em que os semáforos são apenas uma sugestão
— jamais um regulamento. para complicar, as motos constituem a
decorrer da guerra do Vietnã (1959-1975). Foram de extrema valia na vitória contra as forças dos Estados Unidos.
maioria dos veículos. Mas tranquilize-se: você não enfrentará esse
no século passado, o Vietnã e o camboja viram-se vítimas de
caos caso faça o tour de 12 dias de bicicleta, do Vietnã ao vizinho
terríveis conflitos armados e convulsões sociais. hoje, vivem tempos
camboja, organizado pela Rei Adventures. Essa experiente agência de
de paz. de maneira simbólica, os últimos dias da viagem contemplam
ecoturismo com sede nos Estados Unidos evita ao máximo estradas
templos hindus no camboja. o sítio arqueológico de Angkor Wat,
pavimentadas, dando preferência às de terra. Assim, não só possibilita
iniciado no século 12, é o maior complexo religioso da história, com
passeios sem perrengues como oferece a oportunidade de visitar
200 quilômetros quadrados de área. Ainda mais antigo, embora menor,
recônditos da zona rural, além de aldeias pouco frequentadas pelo
banteay srei data do século 10. Raridade das raridades, foi erguido
turismo de praxe.
com arenito rosa. Um final de viagem para esquecer de vez o trânsito
percorre-se um máximo de 80 quilômetros por dia, em terreno
de ho chi Mihn. ou as diabruras dos motoboys paulistanos.
plano, ao guidão de bicicleta com câmbio de 24 velocidades, sob o clima tropical — sempre com veículo de apoio. Alguns trechos, na ausência de estrada, são percorridos de trem. pelo trajeto, campos verdejantes, incontáveis templos budistas e hindus, ruínas milenares, 18
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Serviço reI adventures, tel. (1- 253) 437-1100, Sumner, Washigton, eUa, www.rei. com. Custa US$ 4 mil por pessoa, com acomodações em hotéis e todas as refeições, sem bebidas alcoólicas. as passagens aéreas não estão incluídas.
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a essência da vida no planeta {por Walterson Sardenberg So}
agua ´
nem tão gelada assim
Um cRUZeiRo ao RedoR da islândia Revela Um país mUito mais atRaente — e Bem menos FRio — do QUe sUpUnham os vikinGs
U
ma tradução literal seria Gelolândia. tal batismo de
percorrendo o anel rodoviário. É muito mais cômodo, divertido e
deve aos vikings dinamarqueses, que, registre-se, não
instrutivo, no entanto, fazer o cruzeiro anual de 12 dias organizado
sabiam muito bem onde estavam pisando. a islândia —
no verão pela agência americana Zegrahm, especializada em roteiros
ou Iceland, em inglês — não é, claro, uma gigantesca ilha
inusitados. o luxuoso navio acomoda 114 passageiros. a cada dia,
de gelo do atlântico norte. sim, fica ali a maior geleira do mundo, a
fundeia ao largo de pontos estratégicos. Ágeis barcos infláveis de
impronunciável (como quase tudo em islandês) vatnajökull,
fundo rígido são a etapa seguinte, rumo à terra firme. Geólogos,
com 8.300 quilômetros quadrados. em todo caso, apenas 11% do
biólogos, historiadores e viajantes em geral esmiuçam os pormenores
território do país — no total, pouco maior que portugal, pouco
desse lugar repleto de gaivotas de patas negras, golfinhos brancos,
menor que o estado de pernambuco — é dominado por glaciares.
falcões e baleias minke e jubarte. seriam ainda mais baleias, não
a maior parte da mais pacífica nação do mundo (segundo a onG
fizessem elas parte do cardápio de muitos dos 320 mil habitantes
instituto para economia e paz) não tem gelo, mas 130 vulcões, 20
da islândia, população equivalente à da cidade de Franca, no interior
deles ainda dando expediente. e mais gêiseres, lagos de um azul
paulista. por que tão pouca gente? ora, nem todo mundo se adapta a
vigoroso, desertos de lava, fiordes, cataratas, baías descomunais
um lugar em que, no verão, quase não escurece e, no inverno, o sol dá
(a de Breioafjödor tem 2 mil ilhas), falésias abruptas e vilas de
expediente apenas quatro ou cinco horas por dia. em tempo: a islândia
pescadores esquecidas pela cronologia.
já deu a volta por cima na crise econômica que quase lhe quebrou as
Quer saber? nem faz tanto frio assim na islândia. Graças à corrente
pernas em 2008. Quase.
do golfo, o clima chega a ser razoável no sul, onde está a capital, Reykjavik, dona do mais antigo parlamento do planeta (do ano 874) e de uma temperatura média, no inverno, de 0,4o c negativo. Quem
crEativE cOmmOnS
se dispuser pode visitar boa parte da costa alugando um carro e
Serviço Zegrahm Expeditions, tel. (1- 206) 408-2138, Seattle, Washington, Eua, www.zegrahm.com. O cruzeiro ocorrerá entre os dias 13 e 26 de junho. Preço: uS$ 10.970 por pessoa. Sem as passagens aéreas.
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Fantástica localização
Fantásticos restaurantes
Fantástico spa
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Uma fantástica experiência. 2-1-1 Nihonbashi Muromachi, Chuo-ku, Tokyo 103-8328, Japan ligue 0800 891 3578 ou acesse mandarinoriental.com/tokyo
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o mundo visto do alto {por Juliana Amato}
ar
Montanha mágica
EntrE os Quatro nívEis dE CourChEvEl, nos alPEs franCEsEs, fiQuE Com o Quinto
C
acima está Courchevel 1550. mais 100 metros e chega-se a moriond.
da aiguille du midi (3.842 metros) e, mais ao longe, do mont Blanc, a
E lá no alto, a 1.850 metros, fica a quarta “camada”. Quanto mais alta,
maior montanha da Europa, com 4.810 metros de altitude.
ourchevel se divide em quatro níveis. a parte baixa, e
ser relativo, a começar pelo tempo, esse voo faz o viajante perder a
também a mais antiga, batizada le Praz, é onde vivem os
noção das horas – mesmo sabendo de antemão que a aventura dura
menos afortunados, que, diga-se, de desafortunados nada
cerca de 60 minutos. a vista dos picos nevados, das casinhas de ma-
têm. le Praz fica a 1.300 metros de altitude. um pouco mais
deira e da moçada esquiando lá embaixo inebria. sem falar do visual
mais exclusiva é a cidade – conforme aumenta a altitude, elevam-se
depois de apontar as duas montanhas e nomear alguns vilarejos,
também os preços. É lá em cima, por exemplo, que estão os restau-
o instrutor Craig Jenkins, precursor do esporte em Courchevel há
rantes estrelados da região. no inverno, a cidade é tomada pelos
cerca de 20 anos, há de lhe fazer a velha pergunta: “Com ou sem
que se consideram o crème de la crème da alta sociedade francesa
emoção?”. “Com, é claro”, você deve responder. a partir daí, ele
(e russa). a partir de março, no entanto, tudo fica mais interessante
começará uma sequência de voltas em torno do próprio eixo. “temos
para quem não faz questão de badalação e prefere praticar esportes
paraquedas se for o caso”, brinca, com o típico humor britânico.
e contemplar o panorama mágico da região dos alpes. a maioria das
você escolhe o lado que prefere apreciar. na dúvida, peça para girar
pessoas desembarca por aqui para ir montanha abaixo: trois vallées,
bem devagar. assim você curte a paisagem em sua plenitude, sem
a mais longa pista de esqui interligada do mundo, passa por Courche-
eventuais enjoos nem tonturas. uma coisa é certa: você vai se sentir
vel. são 600 quilômetros de descidas à disposição dos esquiadores.
o dono do mundo ao ver os alpes lá do alto. não vai querer descer. o
Entre um dia de esqui e outro de descanso nos hotéis (também
quinto nível de Courchevel lhe parecerá muito melhor.
estrelados), a dica é apreciar tudo isso lá de cima em um voo de parapente sobre os alpes. se o escritor alemão thomas mann disse
Serviço Craig’s Paragliding, tel. + 33 (0) 681 64 69 70, Courchevel saint Bon. Preço: 110€
diCk makin / alamy / Glow imaGEs
em A Montanha Mágica que no topo de uma montanha tudo pode
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porta-malas
a bagagem do aventureiro {por Adriana Tanaka | fotos Gustavo Arrais}
Heavy metal
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beleza sempre ao alcance das mãos {por Patrícia Broggi}
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5. nO cOrPO o sabonete preferido é o Phebo (sac 0800 9406730) com perfume de tuberosa do egito e manteiga de murumuru na fórmula. ele gosta também dos sabonetes em barra de capimlimão e flor de laranjeira, da vyvedas (tel. 11 5548-4221). r$ 3 phebo. r$ 13,20 Vyvedas
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objeTos Do Desejo com alTa Tecnologia {por Alessandra Lariu, de nova York}
Tempos modernos
Deliciosos acessórios para quem é fanáTico por gadgets TriCiCLo de AduLTo o urb-e se autointitula o menor veículo do mundo. movido a eletricidade – pode ser carregado na tomada –, pesa 11,8 quilos, tem autonomia de 30 quilômetros e alcança 25 km/h. Dobrado, cabe até embaixo da mesa do trabalho. www.urb-e.com
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[Mitrevista] março 2014
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mit hi-tech
novidades de alta tecnologia do universo mitsubishi {por Juliana Amato | ilustração Pedro Hamdan}
assim na terra como no céu
enquanto aqui embaixo o mitsubishi outlander levou o prêmio máximo de segurança automotiva, lá em cima a mitsubishi se encarrega de levar equipamentos para a estaçao espacial internacional, a 400 km de altura
mitsubisHi motors
lançado no brasil no fim do ano passado, o mitsubishi all new outlander recebeu nos estados unidos o prêmio máximo de segurança automotiva do insurance institute for highway safety (iihs). trata-se de uma das mais cobiçadas classificações destinadas aos fabricantes de carros. o veículo foi avaliado em dois quesitos: prevenção de acidentes e resistência ao choque. a segurança do novo utilitário esportivo também tem sido reconhecida em outros países. na austrália, o carro recebeu cinco estrelas da ancap. na europa, ganhou nota máxima da euro ncap. www.mitsubishimotors.com/publish/pressrelease_en/corporate/2013/news/detail0892.html
guilber hidaka
sergurança a toda prova
(c) JapaN aerOSpace explOratiON ageNcy (Jaxa)
hi-tech
MITSUBISHI HEAVY INDUSTRIES/MITSUBISHI ELECTRIC
carga em órbita Às 4h48 do dia 4 de agosto do ano passado, a mitsubishi heavy industries e a agência de exploração aeroespacial do Japão enviaram para a órbita terrestre o Kounotori4, primeiro veículo espacial de transporte de grandes cargas não-tripulado da história. a aeronave foi projetada para abastecer a estação espacial internacional (iSS), laboratório desenvolvido em conjunto por 16 países e que orbita a 400 quilômetros da terra. Na primeira viagem, o Kounotori4 levou para os astronautas uma câmera fotográfica de altíssima sensibilidade, comida e 480 litros de água potável. O lixo gerado a bordo da iSS foi trazido e se desintegrou durante a viagem de volta para a terra. a mitsubishi heavy industries fabricou três dos quatro principais módulos do Kounotori4, que tem 4,4 metros de diâmetro, 9,2 metros de comprimento, pesa 16,5 toneladas, é formado por 1,2 milhão de peças e pode suportar mais de três vezes a força da gravidade (3,2 g). Outro carimbo da marca dos três diamantes nesse histórico evento é o da mitsubishi electric, que desenvolveu o módulo avionics, responsável pela navegação do veículo de forma autônoma. www.mhi.co.jp/en/notice/notice_130804.html
MITSUBISHI MOTORS
Escrito nas EstrElas Mais do que “simplesmente” levar suprimentos para a Estação Espacial internacional, a Mitsubishi lançou um site voltado para o céu. o projeto starry sky é uma homenagem às estrelas. traz informações, fotos, vídeos, reflexões e depoimentos sobre o assunto, como uma entrevista com Koichi itagaki, astrônomo amador recordista na detecção de supernovas. Faz parte do projeto Drive@earth, no qual a Mitsubishi busca tecnologias cada vez mais limpas para seus carros. www.mitsubishi-motors.com/en/events/star/index.html
hi-tech MITSUBISHI CORPORATION
três diamantes de solidariedade em dezembro, a mitsubishi inaugurou um asilo para idosos na cidade de minamisoma, em Fukushima. a região foi a mais atingida pelo terremoto seguido de tsunami que devastou a costa norte do Japão em março de 2011. o desastre destruiu completamente o asilo que existia na cidade. a nova casa para os idosos é mais uma realização da mitsubishi corporation disaster relief Foundation. criada um ano após o acidente, a fundação vem sendo fundamental na recuperação das áreas devastadas. na construção do asilo, foram investidos cerca de r$ 700 mil. “Pequenas” atitudes como essa vêm auxiliando a reerguer a autoestima da população e a economia das cidades atingidas. entre outros investimentos feitos pela mitsubishi está a reconstrução de estabelecimentos comerciais como uma fábrica de molho de soja, um supermercado e uma usina processadora de peixe. calcula-se que até agora a companhia doou cerca de r$ 32 milhões para 23 empresas. a fundação mantém ainda um programa de bolsas de estudo para 500 alunos que tiveram sua atividade escolar prejudicada pela catástrofe – em 2014, 996 estudantes irão receber bolsas de 100 mil ienes (r$ 2.300) por mês durante um ano. a mitsubishi corporation disaster relief Foundation também subsidia atividades de associações sem fins lucrativos envolvidas na reconstrução do país. http://mitsubishicorp-foundation.org/en/
clássicos 4x4
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A históriA de objetos que nAscerAm pArA superAr obstáculos {por Ronny Hein}
o conteúdo é você
Eis o lEma do molEskinE, a mais cultuada E charmosa cadErnEta para fazEr anotaçõEs – dE viagEm, prEfErEncialmEntE
d
izem que hemingway fazia suas anotações em um moleskine. Que picasso e van gogh esboçavam pinturas nos seus. Que as mais belas impressões de viagem publicadas em livros foram quase sempre anotadas nesse
caderninho de 9x14 centímetros, capa impermeável e lombada costurada, que, por isso mesmo, fica aberto e plano a 180 graus. nem tudo é fato, mas a legião de aficionados pelo produto adora disseminar essas histórias. só no facebook, a página da moleskine (agora com maiúscula, porque se trata de uma empresa) tem quase 190 mil seguidores. E o clube virtual mymoleskine, criado para que artistas de todo o planeta postem o que andam escrevendo, desenhando ou inventando em seus livretes, conta 270 mil associados. mas, afinal, o que faz do moleskine – um produto, digamos, anacrônico em tempos de laptops e tablets — um objeto tão cultuado? a resposta está no excelente epíteto da marca: “The filling is you” – o conteúdo é você. isso o transforma, de imediato, em um espaço sempre pessoal, endereço para rimas, confissões, sonhos, ilações, contas, rabiscos, júbilo ou decepção. mais durável que um caderno comum, pequeno a ponto de caber no bolso (embora exista uma versão maior, sem o mesmo charme), o verdadeiro moleskine tem capa preta, lustrosa e uma pequena cinta elástica que o mantém fechado, evitando que as folhas se amassem. o interior, porém, varia. há moleskines pautados, quadriculados, lisos, impressos como agendas, como pautas musicais ou storyboards. recentemente, a moleskine spa, empresa milanesa, lançou, também, uma série de livretes na forma de guias de grandes cidades, com mapas, sugestões, dicas e, claro, muito espaço em branco para que os portadores possam fazer suas próprias anotações. “perder um passaporte é uma preocupação. mas perder um moleskine é uma catástrofe”, comentou o escritor inglês Bruce chatwin (1940-1989) em seu livro O Rastro dos Cantos (The Songlines). chatwin colecionou centenas deles em viagens pelo mundo que, posteriormente, transformou em livros. mas lamenta ter perdido dois, um deles confiscado no Brasil durante a ditadura
gEtty imagEs
militar. “a polícia brasileira achou, com clarividência, que minhas
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[Mitrevista] março 2014
Entre os viciados na caderneta, Hemingway, Van Gogh e Picasso
anotações sobre um cristo barroco eram uma descrição codificada de sua própria atuação com os prisioneiros políticos”, ironizou. chatwin comprava seus caderninhos em uma papelaria de
fabricante, na tentativa de encomendar 100 moleskines
m com dia
encerrado suas atividades. atarantado, escreveu para o
ime
pequena empresa que os produzia, na cidade de Tours, tinha
wik
de que o produto estava em falta e havia rumores de que a
ons
Paris. em 1986, ao voltar ao estabelecimento, foi informado
de uma só vez. a resposta demorou, mas veio. dizia que o dono da empresa havia morrido, era assinada pela viúva e continha uma frase lapidar: “Le vrai moleskine n’est plus” – o verdadeiro moleskine não existe mais. o escritor inglês não viveu para ver a pequena editora italiana modo&modo, com sede no número 66 da Viale stelvio, em milão, ressuscitar a caderneta, registrar a marca e retomar a mística no ano de 1997. na verdade, moleskine era apenas um nome informal usado pelos franceses para chamar esse tipo de livrete. era, portanto, o carnet moleskine, numa referência ao tecido moleskin, que lembrava, vagamente, a textura lisa da capa. na nova empresa, com o marketing adequado, o caderno recuperou a fama e a expandiu mundo afora. Passou a ser um must para intelectuais e viajantes. menos de dez anos mais tarde, o fundo de investimentos francês societé Génerale adquiriu o controle da modo&modo por 60 milhões de euros. novos escritórios comerciais foram abertos em nova York e em Hong kong. o clássico das anotações continua sendo montado e costurado pelos 100 funcionários da fábrica italiana. com uma pequena concessão aos novos tempos, devidamente registrada em suas próprias páginas: é impresso na china.
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Sua prioridade é a sua família. A nossa, a segurança dela.
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combustível
bebidas para abastecer a alma {por Marcello Borges}
para fechar com chave de ouro
banquete que se preze merece um brinde ao final. e para isso nada melhor que um bom vinho de sobremesa
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fotos: divulgação
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1. CARMES DE RIEUSSEC se você pensa que vinho branco, e ainda por cima doce, é vinho feminino, pense melhor. o sauternes é uma bebida inesquecível. feito na região homônima em bordeaux, com uvas como sémillon, muscadelle e sauvignon blanc, sempre com um percentual maciço da primeira, é um vinho de sobremesa produzido graças à ação de um fungo, a Botrytis cinerea, que aproveita a temperatura e a umidade dos vinhedos e ataca as uvas da região. mas, ao contrário de seu efeito devastador – a podridão cinzenta – sobre morangos e outras frutas, nas uvas de sauternes o resultado é altamente benéfico, a chamada podridão nobre, que faz com que elas se desidratem e concentrem sabor e açúcar. os sauternes têm lugar de destaque nas mesas dos apreciadores, que normalmente se valem deles harmonizados com doces – como o prosaico e bem brasileiro pudim de doce de leite – ou, pelo contraste, com pratos salgados como o foie gras e o queijo roquefort. devem ser bebidos entre 8º e 10º c. mas atenção: um sauternes de primeiríssima linha, como o château d’Yquem, tem preço na casa dos quatro dígitos. basta descer um pouco na escala e procurar um château rieussec (da domaines barons de rothschild, que faz o lafite) e o preço já cai para R$ 640, mais ou menos, na Grand cru (da safra 2007; www.grandcru.com.br). a grande jogada em termos de preço/qualidade é você experimentar o segundo vinho dessa casa, o carmes de rieussec, pelo qual vai pagar R$ 281 na mistral (o da safra 2009, www.mistral.com.br). 2. AURORA COLHEITA TARDIA você já deve ter ouvido dizer que
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os vinhos brasileiros, especialmente espumantes, têm melhorado sensivelmente de qualidade. o que poucos sabem, porém, é que temos também vinhos de sobremesa bem bacanas. É o caso, por exemplo, do colheita tardia da vinícola aurora, produzido com uvas sémillon e malvasia. como o nome indica, as uvas são colhidas tardiamente, ou seja, após o ponto ideal, e por isso sofrem um processo de desidratação e consequente concentração do açúcar. o resultado são vinhos doces, com aromas de frutas secas, mel e toques florais, acompanhando bem queijos de mofo azul ou torta de limão. a safra mais recente que está à venda é a 2012, e custa – atenção – menos de R$ 18 (www. vinhosevinhos.com/aurora). 3. BURMESTER PORTO COLHEITA 1963 tenho, com os vinhos do porto, uma relação antiga e afetuosa, em parte por conta das raízes de meu avô materno – cujo avô veio de marco de canaveses, distrito do porto – e em parte porque minha mãe me preparava gemadas com esses vinhos, quando eu era moleque, antes de ir para a escola no inverno. digo sempre que com o tempo diminuí a gemada e aumentei a dose de porto... o porto colheita é, como o nome sugere, um vinho com uvas provenientes de uma única safra, com uma passagem mínima de sete anos por barril – mas geralmente, bem mais do que isso. eleito numa degustação feita recentemente no brasil como um dos melhores 50 vinhos de portugal, dentre mais de 600 amostras, no burmester colheita 1963 ainda estão presentes a acidez e o frescor, aliados a aromas de nozes, especiarias e frutas cristalizadas. É um porto que escolta muito bem doces de nozes, avelãs e outras frutas secas, e os doces portugueses com ovos e amêndoas. onde? na adega alentejana (www.alentejana.com. br), por R$ 918,00.
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on the road
aventuras a bordo de um mitsubishi {por Thiago Padovanni}
uma viagem rumo ao dakar
expedição mitsubishi cruza o sul do brasil e chega a buenos aires com 45 l200 triton e pajero dakar, os carros oficiais da organização do maior rali da terra
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MG
MS SP
PR
PARAGUAI
Foram 3 mil quilômetros em 11 dias. Na foto maior, o comboio de Mitsubishi encara um off-road até os cânions de Aparados da Serra (RS)
São Paulo
U
ma viagem de São Paulo a Buenos Aires fechou com muita
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Curitiba
SC ARGENTINA
RS
Uruguaiana 290
Santa Maria
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453 287
Bento Gonçalves
adrenalina e alegria o ano de
SC 390 116
realizações de eventos da
Mitsubishi. Entre os dias 13 e 23 de dezem-
Florianópolis
bro, uma caravana de 45 carros da marca dos
Bom Jardim da Serra
três diamantes cruzou o sul do Brasil e chegou triun-
Cambará do Sul
fante à capital argentina. O motivo: levar os carros que seriam utilizados pela organização do rali Dakar. Foram 3 mil quilômetros por um roteiro tra-
Colon
çado para inebriar os mais de 90 viajantes a bordo dos Pajero Dakar e das L200 Triton. “Quando soube que a Mitsubishi estava organizando uma viagem, falei na hora: ‘Estou dentro!’”, contou o administrador de empresas Julio Lopez. “Não importava por onde, nem quanto tempo duraria a viagem. Para qualquer pessoa que gosta do meio automobilístico, falar que está indo para o Dakar é um diferencial”, explicou. “E ir com a Mitsubishi é uma oportunidade única.” A expedição pernoitou em hotéis de primeira e foi pensada para que os viajantes não precisassem se preocupar com nada. A comodidade era tanta que não foi necessário nem sequer abastecer os carros – o staff da Mitsubishi cuidava disso durante a noite. Entre as estradas escolhidas, estavam não apenas as pavimentadas. A planilha levava o comboio por trechos de terra, privilegiando a aventura e o visual. A ideia era sair do lugar comum. “Foi muito mais legal do que imaginamos”, afirmou Tomoko Ota, que viajou com o marido, Jorge, e a filha, a universitária Keimy. “Vou levar essa viagem para toda a vida”, disse a jovem de 18 anos. O ar bucólico da serra da Graciosa (PR), com suas hortênsias e ruas de paralelepípedos, e a impressionante serra do Rio do Rastro (SC), com suas curvas de tirar o fôlego, foram algumas das atrações do trecho brasileiro. “Sempre quis conhecer essa serra”, contou Wilson Rodrigues. “E estou realizando esse sonho numa viagem que vai muito além.” Em pleno verão, a noite de Bom Jardim da Serra (SC) exigiu cobertor grosso e foi motivo para acender a lareira do hotel. Em território gaúcho, o grupo deixou o asfalto de lado e fez roteiro 4x4 nos arredores de Cambará do Sul. “Fizemos um percurso de quase 200 quilômetros por estradas de terra”, lembrou-se Eduardo Lopez. “Saímos do tradicional e conhecemos lugares que jamais pensei visitar.” Todos conheceram o famoso cânion do Itaimbezinho e a completa estrutura do Parque Nacional de Aparados da Serra. Em Bento Gonçalves, foi dia de estacionar os carros para conhecer fotos: Murilo Mattos / Green pixel
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Buenos Aires
URUGUAI paulo nilson
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três grandes vinícolas da região: Miolo, Salton e Casa Valduga. Tudo com direito a um almoço acompanhado de degustação dos principais vinhos e uma aula sobre as mais recentes técnicas de plantio e colheita da uva. Não demorou [Mitrevista] março 2014
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fotos: tom papp
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[Mitrevista] marรงo 2014
fotos: Murilo Mattos / Green Pixel
Na página ao lado, em sentido horário, foto para a posteridade em Curitiba; trilha off-road rumo a Cambará do Sul (RS); a família Ota; portal da serra da Graciosa; e comboio de 2 km na estrada. Nesta página, o cânion do Itaimbezinho; viajantes 4x4; estrada argentina; chegada a Buenos Aires; e o rio Uruguai, na fronteira Brasil-Argentina
para que os recém-casados Felipe Menevino e Izabella Nardelli tivessem a certeza de que a expedição foi a melhor escolha para a lua-de-mel. “Saímos da rotina, conhecemos gente nova. Sensacional”, disse Izabella. Na pequenina Faxinal do Soturno, de apenas 6 mil habitantes, no interior do Rio Grande do Sul, a caravana virou notícia e foi parar no site da cidade. Afinal, 45 veículos Mitsubishi chamam atenção até em cidade grande. Por todos os lugares, olhos atentos fitavam os carros. Mesmo sem entender o que aquilo significava, os habitantes ficavam impressionados. “O pessoal via esse monte de carro adesivado e parava para acenar, tirar foto, fazer vídeo”, contou Egle Valadares. “Foi a aventura com que sonhávamos – gostamos tanto que já pensamos em fazer outras viagens organizadas pela Mitsubishi”, explicou a dentista, que participou com cinco familiares em dois Pajero Dakar. Na charmosa Rosário do Sul, a expedição fez um piquenique à sombra das árvores da praça seguido de um banho de rio. O dia terminou com um típico churrasco gaúcho às margens do rio Uruguai, já na cidade de Uruguaiana, fronteira com a Argentina. A chegada a Buenos Aires no dia seguinte foi com lágrimas. Emocionados, entre abraços, os viajantes seguiram seus rumos. Alguns embarcaram de volta para o Brasil. Outros aproveitaram para conhecer melhor a capital argentina. E houve quem ficasse por lá para assistir à largada e acompanhar os primeiros dias do Dakar. Independentemente do destino, porém, ficou a proeza de vencer uma epopeia de 3 mil quilômetros, conhecer lugares incríveis, fazer uma porção de amigos e escrever o nome na história como protagonistas da primeira Expedição Mitsubishi. www.facebook.com/expedicaomitsubishi [Mitrevista] março 2014
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propaganda Quinteto vencedor: nizan (sentado), olivia, vieira, gordilho e santoro
fotos: divulgação
AFRICA INTERNATIONAL
AGENCY OF THE YEAR 2014
a agência internacional do ano
A
Parceira da Mitsubishi desde Maio de 2005, a africa foi eleita Pelo júri da PrinciPal revista de ProPaganda do Mundo
Africa, agência de propaganda da Mitsubishi, foi eleita em fevereiro a Agência Internacional do Ano. Responsável por anúncios célebres como o do ASX, estrelado por um polvo, e do All New Outlander 2014, rodado no deserto de sal de Bonneville, no estado americano de Utah, a agência foi escolhida a partir de uma votação realizada pelos editores da Advertising Age, principal revista de propaganda do mundo. Entre os critérios para a escolha estão o crescimento da agência, 50
[Mitrevista] março 2014
a criatividade das campanhas, a inovação e a contribuição para o sucesso dos negócios do cliente. A revista também prioriza levar a seus leitores histórias interessantes. A da Africa, com apenas 11 anos de vida, é a que mais chamou a atenção do conselho editorial da Advertising Age. Além da Mitsubishi, a Africa tem em seu portifólio clientes como Itaú, Vivo, P&G, Brahma e UOL, entre outras grandes marcas brasileiras. Veja o que os cinco sócios da agência pensam do prêmio e da relação com a Mitsubishi.
Intervalo de gala: o polvo virou estrela no comercial do ASX, a “biografia” do Pajero Full e a superprodução para o All New Outlander no deserto de sal de Bonneville (EUA)
“A
conta da Mitsubishi sempre foi um prazer e sempre foi uma missão. A gente é parceiro, mas a gente tem a missão de trabalhar para realizar a visão da empresa no Brasil. Quanto ao prêmio, eu acho que não pode haver maior realização para uma pessoa do que fazer uma empresa e depois fazer seus sucessores. E ver esse time indo mais longe do que você já foi é melhor ainda. Eu me sinto extremamente feliz porque esse é um prêmio fora da curva. É tão grande que poderia passar batido, no sentido de as pessoas não entenderem a importância disso. Nos EUA, equivale ao Super Bowl da publicidade. Isso muda a Africa de patamar lá fora e reforça a posição que a agência tem no Brasil.” Nizan Guanaes, sócio-fundador
“T
emos liberdade para criar e inovar com a Mitsubishi. Nossos trabalhos têm sido
cada vez mais arrojados, de acordo com o espírito da própria Mitsubishi. Isso nos instiga e dá vontade de querer criar mais e melhor, sempre. Nesses 11 anos, realizamos muito do que sonhamos, mas nunca poderíamos imaginar que aquele sonho nos levaria tão longe. Mais do que um prêmio, esse é um divisor de águas.” Sergio Gordilho, copresidente e diretor-geral de Criação
“E
sse prêmio é importante porque, segundo a própria Advertising Age, se refere à criatividade, inovação e aos resultados gerados aos clientes. A Africa é uma agência que entrega. E esse é um dos segredos da nossa relação com os clientes. No caso específico da Mitsubishi, temos muito orgulho das campanhas que colocamos no ar, mas, principalmente, de fazer parte da história dessa empresa única, tocada no Brasil por pessoas que admiramos.” Marcio Santoro, copresidente
“N
esta edição do prêmio, a Advertising Age priorizou levar aos seus leitores histórias interessantes e de sucesso. As da Africa foram as que mais chamaram a atenção do conselho editorial. Isso prova que construímos com os clientes uma história sólida, de resultados. Exemplo disso é a Mitsubishi, nossa parceira há nove anos.” Olivia Machado, vice-presidente
Administrativo-financeira
“T
rabalhar com a Mitsubishi é especial. Trata-se de um cliente que valoriza demais a relação com a agência, a dedicação nos projetos, a vontade de fazer diferente. São ousados, acreditam e apostam em inovação. Certamente foram fundamentais na conquista deste prêmio tão importante em nossa história. Obrigado!” Luiz Fernando Vieira, vice-presidente de Mídia [Mitrevista] março 2014
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i s a b e l Por
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[Mitrevista] marรงo 2014
a l l e n d e
m i l ly l a c o m b e , d e N o v a Yo r k
CAPA
á alguns anos Isabel Allende foi chamada para ir à escola de sua neta. A professora então entregou a ela uma carta escrita em sala de aula que dizia: “Minha família não é interessante. A única pessoa interessante da minha família é minha avó, porque ela tem uma grande imaginação”. Isabel achou graça. Voltou para casa e perguntou à neta o que ela queria dizer com “grande imaginação”. “Você consegue se lembrar de coisas que nunca aconteceram”, disse a menina. São essas memórias de coisas que nunca aconteceram que fazem a escritora chilena – 71 anos, 20 livros e 60 milhões de exemplares vendidos – suportar, digerir e apreciar a vida. Quando com 30 anos ela saiu de Santiago do Chile para escapar da ditadura que tirou seu primo, Salvador Allende, do poder, pretendia mudar o mundo, começando pelo fim do patriarcado. Desde muito cedo, ainda criança, havia se revoltado contra qualquer forma de autoridade masculina: o avô, o padrasto, a Igreja, a polícia, o governo, os chefes. E no começo dos anos 1970, enquanto o Chile se entregava a um período de trevas, na Europa e nos Estados Unidos as mulheres estavam saindo de suas tocas, escrevendo histórias e alardeando o desejo de transformar a realidade ao redor. Isabel, que trabalhava como jornalista, sabia disso. E, em busca da construção de um mundo mais feminino, foi para a Venezuela com o marido e os dois filhos. Lá viveriam por 13 anos. Com o fim do casamento, entretanto, a vida mudaria outra vez. Em 1983, apaixonada por um advogado americano, ela emigrou para os Estados Unidos a fim de viver outra história de amor. Hoje, mora com o marido em San Rafael, Califórnia – per54
[Mitrevista] março 2014
to de seu filho, de seus netos e da família estendida. A vida pode ter mudado, mas a vontade de transformar o mundo que a invadiu ainda no Chile nunca diminuiu. A Isabel que acreditava que só viveríamos em um lugar mais justo quando o poder fosse compartilhado com as mulheres ainda pulsa e vibra, agora mais madura e relaxada, e talvez ainda mais atuante. Quando pergunto o que a Isabel de hoje diria se pudesse se encontrar com a Isabel de 40 anos atrás ela responde: “Diria para que ela não tivesse pressa porque a vida dá tempo a você. Não seja tão ansiosa, pontual e disciplinada, ninguém aprecia isso de verdade. Brinque mais, entregue-se mais ao lazer, descanse um pouco. Você é esperta e tem um bom coração: as coisas darão certo para você”. Nesse mesmo cenário de ficção científica, um no qual poderíamos nos encontrar com nós mesmos e pintar um quadro do que está por vir e de como enfrentar tempestades, a Isabel de hoje incentivaria a Isabel de ontem a continuar lutando, a despeito de imprevistos, e diria: “Você pode batalhar contra a discriminação e o abuso em nome de muitas mulheres que não têm voz. Você deve lutar por elas. Os obstáculos da vida estão apenas começando, e eles durarão até seu último dia, mas você não está sozinha. Milhões de mulheres mundo afora lutam a sua luta. Então, aproveite a viagem, menina!” E na vida de Isabel os obstáculos foram de fato muitos. Depois de se casar, ter dois filhos, deixar o Chile para trás, se separar e emigrar outra vez, Isabel enfrentou aquela que é considerada a maior de todas as dores: a dor de perder um filho.
CaPa em 1992, Paula, então com 28 anos, estava na europa quando foi diagnosticada com porfiria, uma condição que não necessariamente leva à morte. Mas Paula seria vítima de negligência e erro médicos, e durante um ano vegetaria em uma cama. ao morrer, deixou marido, dois filhos e fez nascer um dos livros mais belos e comoventes já escritos: Paula, que isabel dedicou à filha. Sem meDo Da moRTe
reProDução
Quero saber como se supera uma dor assim, e isabel me responde com outra pergunta: “e por que eu quereria superar? não quero esquecer minha filha, quero lembrar dela todos os dias mesmo que as lembranças cheguem com lágrimas. a morte de Paula quebrou meu coração e das veias partidas espirraram coisas boas: compaixão, paciência, delicadeza, generosidade, amor incondicional. sou uma pessoa melhor por causa da Paula”. Quando Paula morreu, isabel havia acabado de completar 50 anos. “Foi o fim de minha juventude e o início de uma jornada para dentro de minha alma.” ela acredita que, embora o amor e a dor tenham a capacidade de nos transformar, existe uma terceira via de transformação, que é ajudar outras pessoas. isabel entende a vida como uma experiência coletiva, e não pessoal. “nossas dores e amores são compartilhados com outros, e no processo de se entregar e receber em troca também crescemos. Tenho muito orgulho de minhas cicatrizes.” Para ajudar os outros, ela criou uma fundação, a isabel allende Foundation, que visa conferir poder a mulheres do mundo inteiro por meio de educação e proteção, especialmente àquelas que ainda vivem em áreas de pobreza e de forte poder patriarcal. isabel sabe no entanto que nem todos conseguem lidar com a dor e crescer com ela. “algumas pessoas entram em depressão e ficam amargas, não conseguem perdoar, sentem-se mais sofredoras do que as demais e, portanto, mais injustiçadas. esse tipo de reação leva ao desespero.” Quando encontra pessoas nesse 56
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estado, diz sentir vontade de pegá-las pelas mãos, tirá-las desse lugar escuro. Convidá-las para serem voluntárias em abrigos para sem-tetos, de animais abandonados ou de mulheres que sofreram abuso sexual. “a cura chega por meio dessa ajuda a outros”, diz. apesar de tanta dor, isabel se sente uma mulher livre. “Minha vida tem sido muito interessante, mas não necessariamente fácil”, conta. “nunca me apeguei muito a lugares, coisas ou pessoas. aprecio a beleza de alguns objetos que arrecadei em viagens e que hoje decoram minha casa, mas já tive que deixar tudo para trás e começar outra vez em várias ocasiões, então não ligo se perder essas coisas. amo algumas pessoas muito profundamente, mas sei que todas as relações mudam e algumas acabam. as crianças crescem e vão embora, amantes deixam de se amar, pais e animais de estimação morrem, amigos seguem suas vidas. sinto-me livre porque não tenho medo de arriscar, de mudança ou da dor.” e nenhum medo da morte, costuma dizer. coRaÇÃo e DeSTiNo
as batalhas da juventude, todavia, continuam a ser travadas no dia a dia. “Todos sabem que os problemas do mundo moderno não podem ser resolvidos sem a energia feminina. Mulheres são mais da metade da humanidade, são responsáveis por 80% do trabalho e ficam com menos de 1% do ativo”, conta. “são pouco representadas politicamente, e ainda menos Nesta página, cinco dos 20 livros de isabel allende. Na página ao lado: 1. Com a mãe, em 1950; 2. primeira comunhão, também em 1950; 3. entre os irmãos, no dia de seu casamento, em 1961; 4. a filha Paula, meses antes de entrar em coma; 5. Com o filho, Nicolas; 6. Na casa de Pablo Neruda, com o marido, Willie gordon; 7. Com a atriz e ativista susan sarandon; 8. Na Casa Branca, com Bill Clinton, em 1997; 9. De mãos dadas com Dalai lama; 10. Com Barack obama; 11. No Brasil; 12. Com vanessa redgrave e Meryl streep, atrizes de A Casa dos Espíritos (1994); 13. Com antonio Banderas; 14. Com Michelle Bachelet; 15. Com os ganhadores do prêmio Common Wealth, em 2004: Christopher reeve, Meryl streep e o Prêmio Nobel stanley Prusiner
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fotos: arquivo Pessoal
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CAPA
divulgAção
nas áreas de negócios, tecnologia e finanças, que concentram o poder verdadeiro.” Mas se diz otimista porque viu como as coisas mudaram em 50 anos. “O feminismo não alcançou seus objetivos, mas deu início a uma revolução que não tem como ser interrompida. Não vou ver o fim do patriarcado em vida, mas talvez minhas netas vejam.” Apesar de tantas convicções, quando se senta para escrever um novo livro, ela não o faz movida por uma agenda, por planejamento ou por qualquer outra motivação racional. Pelo contrário: para ela, o ato de escrever é completamente emocional. A única certeza é que no dia 8 de janeiro começará uma obra. A data marca o aniversário de seu avô, para quem há mais de 30 anos escreveu a carta que deu origem a seu primeiro romance, A Casa dos Espíritos. O ritual que criou manda que todo 8 de janeiro ela acenda uma vela e vá até seu escritório. Lá, senta-se em silêncio e deixa que as histórias e os personagens a encontrem. A partir daí, e até a primeira versão da obra ficar pronta, ela se senta todos os dias com uma vela e escreve até que a chama se apague. “Nada mudou em minha rotina”, diz. “Apenas as velas vão ficando um pouco menores à medida que os anos passam.” Ela explica que não pretende deixar mensagem alguma em seus livros. Apenas conta as histórias que a comovem, criando 58
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personagens femininos que sejam fortes e cheios de paixão, que representem as mulheres que ela encontra todos os dias pelas ruas e pela vida. “Pessoas bem resolvidas e com senso comum apurado não dão bons personagens, apenas bons ex-maridos”, costuma dizer. Seus livros falam de justiça, morte, lealdade e liberdade, e de todas as coisas que são caras e fundamentais para ela. “Escrevo a partir de minhas experiências e imaginação, mas basicamente a partir das observações que faço do mundo e das pessoas.” Como Tolstói, ela sabe que, se admitirmos que a vida pode ser orientada pela razão, a possibilidade de vida estará destruída. Por isso, em sua obra, o mundo é um lugar de muito amor, muita dor, mas também de muitos mistérios. “O coração determina o destino”, diz. IMORTALIDADE DA ALMA
E como seria um mundo com mais poder feminino? Ela diz que pensa nisso desde a adolescência, mas que ainda não chegou a uma conclusão. “É tentador imaginar que esse mundo seria mais justo, generoso e menos ganancioso”, afirma. Compara a contribuição de sua fundação a uma gota em um oceano cercado por um deserto de necessidades humanas. “Mas vejo que, com apenas um pouco de ajuda, mulheres conseguem fazer uma revolução
Almas inquietas: a escritora Isabel Allende e, nesta página, o alpinista Rodrigo Raineri
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Aos 71 anos, 20 livros e mais de 60 milhões de cópias vendidas, Isabel acha que o mundo precisa das mulheres no poder e de homens movidos por energia feminina em suas vidas, tornam-se independentes e tiram a família daquela zona de pobreza extrema.” ela diz que 80% dos refugiados do mundo são mulheres e crianças. “educar garotas é essencial para essa transformação. É por isso que, em lugares onde o patriarcado ainda é brutal, mulheres e meninas são mantidas ignorantes, iletradas e pobres: trata-se da melhor forma de assegurar a submissão”, explica. “não foi à toa que existiam leis que impediam escravos de aprender a ler: educação é a porta da liberdade.” isabel se lembra de uma briga que teve com Paula quando a filha disse que o feminismo não fazia mais sentido. inconformada, ela respondeu que talvez para Paula, para outras mulheres ocidentais, não fizesse, mas que o feminismo ainda se fazia necessário para milhões de mulheres que ainda viviam em condições de pobreza e submetidas a leis patriarcais cruéis e violentas. “não é uma coincidência que as sociedades mais pobres e menos
evoluídas não ofereçam nenhum tipo de poder às mulheres”, afirma. “O macho alfa é quem define a realidade em que vivemos e nos força a aceitá-la, criando as regras do jogo. as regras mudam, mas sempre para beneficiá-los.” em suas palestras ela explica que o poder escorre de cima para baixo, e que mulheres e crianças pobres estão sempre na última camada, achatadas pelo abuso de autoridade. e diz que a hora chegou para que efetivemos mudanças profundas no mundo, mas que para isso precisamos de mulheres em cargos de poder, e de homens movidos por energia feminina. “Mas estou falando de homens jovens; os velhos são um caso perdido, só nos resta esperar que morram”, brinca. apesar de tudo, isabel não acredita que vivamos em um mundo apenas de dor e sofrimento. “este é um lugar de beleza, amor e gentileza”, conta. “O mal é barulhento e por isso o notamos mais; o bem é discreto e por isso o notamos menos – mas ele prevalece.” ela crê na imortalidade da alma e acha que habitamos um corpo para ganhar experiência. “acredito que há um espírito em todas as coisas, que nossa alma é uma partícula mínima desse espírito universal e que, quando morremos, nos misturamos a esse infinito oceano de espiritualidade.” e sabe que cada um encontra uma forma bastante particular de dar sentido à própria vida. “a minha é contando histórias.” [Mitrevista] março 2014
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escalada do monte Everest é o mais eficiente regime voluntário para emagrecer da história — com exceção do faquirismo. Poderia ser estampado com letras graúdas nas capas das revistas de dietas. Vejamos a história de Rodrigo Raineri. Em 2011, ele chegou à região da mais alta montanha do mundo — fincada entre o Tibete, a China e o Nepal — com 78 quilos. Terminada a aventura, dois meses adiante, perdera 15 quilos. Um alerta: se o objetivo for um prosaico regime alimentar, Rodrigo não recomenda a experiência. Rindo da ideia estapafúrdia de uma “dieta das alturas”, o paulista de 44 anos justifica: “Você não perde só gordura, mas massa muscular e até óssea. Depois dá um trabalho danado reconstruir o corpo em uma academia”. A brutal perda de peso é apenas um dos avassaladores efeitos de uma épica (que outra palavra?) jornada que Rodrigo conhece como nenhum outro alpinista no país. Ninguém por aqui está à sua altura — com trocadilho. Em 2013, Rodrigo tornou-se o único brasileiro a chegar por três vezes ao topo da montanha de 8.848 metros, tratada pelos tibetanos, com contrita reverência religiosa, de Chomolungma — ou Deusa-Mãe do Mundo Rodrigo já havia alcançado a meta em 2008 e 2011, depois das tentativas malogradas de 2005 e 2006, quando julgou mais prudente desistir, mesmo próximo ao cume. No decorrer dessas expedições, viu-se obrigado, certa feita, a passar mais de uma semana sem escovar os dentes — para horror de sua mãe, uma cirurgiã dentista. Ficou também 17 dias sem tomar banho. Para um alpinista de sua estatura, tais agruras não passam de detalhes, embora pareçam aos pacatos cidadãos da planície um odioso desconforto. Escalar imensos paredões com inclinação negativa — leia-se com 90 graus — já seria por si só um esforço extraordinário, por maior o preparo físico e mais aprimorado o domínio das técnicas. Rodrigo compara: “Você gasta 30 minutos para percorrer 3 quilômetros andando no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Se quiser vencer a mesma distância na vertical, usando as mãos para se apoiar nas frestas das rochas ou cravando a piqueta no gelo para puxar o corpo para cima, são cinco dias”. No caso de um portento como o Everest, há os agravantes: o perigo iminente de avalanches — “o principal medo de um alpinista” —, as temperaturas extremas e o ar rarefeito. “Acima dos 8 mil metros começa a chamada zona da morte, na qual a concentração de
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Nas páginas anteriores, a face norte do everest e raineri na pedra do Baú, em são paulo. Nesta página, o alpinista aos 6 meses. Ao lado, no cume do everest em maio de 2013 e em um passeio em são Bento do sapucaí (sp)
oxigênio é um terço da encontrada no nível do mar”, registra. Para chegar ao cocuruto da montanha, os alpinistas se valem da providencial colaboração dos sherpas, etnia acostumada à altitude. Até o acampamento-base, auxiliares acomodam o equipamento de sobrevivência no lombo dos iaques — uma espécie de rascunho do búfalo.
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os dias derradeiros rumo ao topo, seguem muitas vezes por outras vias da montanha e vão montando as barracas para pernoite. Apesar da assistência dos sherpas, os percalços são aterrorizantes. Rodrigo enfrentou temperaturas de 29 graus negativos, com ventos de 70 km/h. “A sensação térmica é de 60 graus negativos”, diz, mesmo sabendo da falta de referências do interlocutor em aferir tal desatino. Em certas ocasiões, assustou-se ao tombar sob uma rajada traiçoeira ou ao notar que as pálpebras grudavam. Em outra, passou uma noite em claro em virtude da placa de sangue coagulado congelada na garganta. Esse clima inclemente afeta, em especial, a circulação do sangue, provocando risco de necrose nas extremidades. No Everest, Rodrigo passou cinco horas ininterruptas massageando os pés numa barraca, assolado pela dificuldade em reverter as consequências da baixa temperatura. Barra pesadíssima. O alívio só veio depois de “sentir” os pés de novo. Havia vivido uma experiência ainda mais dolorosa, ao subir os 6.960 metros do monte Aconcágua, o teto da América do Sul, na Argentina. Enquanto, no sopé da montanha, na cidade de Mendoza, os turistas deliciavam-se com tintos Malbec na temperatura indicada pelos sommeliers, Rodrigo massageava os pés congelados. Daquela feita, sobrou uma sequela: “Perdi a ponta do dedo médio do pé esquerdo, com unha e tudo”. Mas a experiência mais aterradora ocorreu na escalada do Everest de 2006, quando Vitor Negrete, seu parceiro de montanhismo havia 18 anos, morreu na expedição, depois de tornar-se o único brasileiro a chegar ao cume sem a ajuda de cilindros de oxigênio. Por que se arriscar tanto em um esporte de repercussão restrita? Eis a pergunta que Rodrigo está cansado de ouvir. O privilégio de constatar, pela curvatura do horizonte, o formato esférico da Terra, como Galileu Galilei afirmava e Yuri Gagarin confirmou, não basta. Rodrigo prefere a clássica resposta do alpinista George Mallory. Questionado, em 1924, sobre qual seria o motivo de subir a montanha do Everest, o alpinista britânico resumiu: “Porque está lá”. No caso de Rodrigo, a façanha implica um estimulante exercício de sedução. Ele compara o Everest a uma espetacular mulher a ser conquistada. Cada passo em seu manto é um flerte ou carícia. A analogia
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aprofundou os conhecimentos no Clube Andino, na Argentina. Mais seguro, foi ao topo do Aconcágua e do Kilimanjaro — a maior montanha da África, na Tanzânia, com 5.895 metros. Não parou mais. As coisas foram acontecendo sem que divisasse, de cima das montanhas, uma vida de alpinista. “Nesse esporte aprendemos que não se deve avançar pensando simplesmente em chegar a algum lugar”, filosofa. “É preciso dar um passo após o outro, concentrando-se em cada um deles.” Um passo decisivo foi dado em 1993, quando viajou à Holanda para um estágio na área de engenharia de computação. Até então, relegava ao alpinismo o papel de hobby. Sonhava em ser um alto executivo de alguma multinacional. A radical mudança nos planos despontou depois de escalar o Mont Blanc — o ponto mais elevado da Europa Ocidental, com 4.810 metros — e descobrir o nível de profissionalismo desse esporte no Velho Continente. Voltou a Campinas convicto de que os escritórios jamais seriam o seu No everest, a 6.500 metros hábitat. Sua ambição não cabia debaixo de um de altitude. Na outra página, teto. Decidiu-se pelo alpinismo profissional: “O caminhada pela pedra do Baú (sp) e nosso próximo destino: a escócia diploma de engenheiro seria o meu plano B”. A partir daí passou a observar como Amyr Klink e outros aventureiros profissionais criase torna um tratado sensual ao remontar as fases de aclimatação, quan- vam projetos, captavam patrocínio, estruturavam palestras. Era a do se alternam os avanços e recolhimentos no dorso do colosso cor de via a seguir. Árdua, sim. Fatigante, também. Mas nem tanto quanto cobalto. Estratégia é fundamental. Rodrigo gasta mais de um mês na aquela já percorrida: escalar o Aconcágua pela face sul, repleta de subida, habilitando o corpo à altitude. “O ataque final ao cume é feito extensos paredões: “É mais difícil que o Everest. Menos de 40 pesem cinco dias”, diz. Assim como no jogo de sedução, exige-se plena de- soas no mundo conseguiram”. Para garantir um mínimo de orçadicação também na fase posterior à conquista, pois 80% dos acidentes mento, montou a Grade6, ainda na ativa, um misto de empresa de acontecem na descida: “Você está mais cansado e mais sujeito a proble- turismo de aventura com centro de ensinamento de técnicas verticais para segurança no trabalho e treinamento corporativo. Hoje, mas climáticos. Além disso, descer é tecnicamente mais difícil”. Olhando do alto da maturidade, Rodrigo enxerga na sua história Rodrigo é atleta 4x4 da Mitsubishi e tem outras fontes de rendas. Só de palestras, são cerca de uma dúzia por mês. Mesmo quando de vida uma premonitória inclinação para o alpinismo. Nascido na diminuta Ibitinga (50 mil viventes), a 360 quilômetros de São Paulo, está de férias, continua se exercitando, por puro prazer. Surfa. Voa passou a infância em um sítio numa íntima relação com a natureza. de parapente. Sobe cachoeiras por cordas. E escala, claro. No mais Andou descalço. Fez casa em árvore. Bateu peneira em rio para pe- recente réveillon, levou a mulher, Graziela, e o filho de 12 anos, Rogar peixe. Correu nos cafezais. A escassez de boas escolas na cidade drigo, aos 2.810 metros do remoto monte Roraima. “O garoto leva natal levou o garoto, ainda pré-adolescente, a estudar em regime de jeito”, anima-se. Chegar ao pico do Everest pela quarta vez não esinternato no Colégio Koelle, em Rio Claro. Ali começou a desenvol- tava nos seus planos. Rodrigo voltou a pensar no assunto por causa ver a independência e empolgou-se pelas caminhadas da turma nas de uma frustração: na última investida, embora tenha permanecimatas, promovidas por um professor. As excursões passaram a ser do duas horas no cume — graças a um dia de clima excepcional —, mais ousadas quando cursou o ensino médio em Ribeirão Preto. De teve negada a permissão para descer voando de parapente, como lá, mudou-se para Campinas — onde mora —, a fim de estudar para já fizera no Mont Blanc. Mas seu principal projeto, no momento, o vestibular. “Em Ribeirão não dava para me concentrar. Havia fes- não é o retorno ao Everest, e sim completar o circuito das sete mais tas demais”, confessa. Depois de ingressar no curso de engenharia da altas montanhas dos sete continentes. Faltam três. Antes de cada computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ro- empreitada, submete-se a uma dieta ao contrário: para engordar. drigo ascendeu no esporte. Criou um grupo de escaladas, fez cursos Já antevê, afinal, os quilos que perderá na escalada. Ou melhor, no de técnicas verticais, subiu ao pico das Agulhas Negras (2.791 metros), excitante desafio de seduzir as montanhas. 64
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Resumindo: saúde! esportes ao ar livre, castelos, tradições, paisagens, sofisticação e — ah, sim — também o uísque, claro, compõem o pacote de encantos das terras escocesas
Por FERNANDO SOLANO
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Combinação única de padrão escocês: castelos, lagos e montanhas compõem o cenário para aventura e sofisticação [Mitrevista] março 2014
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Um vale no coração da escócia: uma viagem em busca da história, das tradições e de muita diversão nas lendárias terras altas
odem ser as referências dos filmes épicos, sobre grandes conquistas e dramas intensos. Pode ser o clima único, com uma brisa gelada que exige tudo e todos mais elegantes. Ou talvez os trajes típicos e o som da gaita de foles. Quem sabe é a simpatia do povo, que recebe os estrangeiros com sorrisos no rosto, apesar do jeito tímido e meio campestre, quase caipira, de ser. O fato é que visitar a Escócia é uma experiência apaixonante que se aprofunda a cada nova paisagem, a cada nova conversa, descoberta ou brinde. Falando nisso… Slàinte mhath! – expressão gaélica para “boa saúde”. É o tradicional brinde, que deve ser respondido com um empolgado Slàinte Mhòr! – numa tradução literal, “grande saúde” ou “saúde a todos”. A pronúncia, claro, é um show à parte. Castelos, esportes outdoor, falcoaria, campos de golfe e, obviamente, destilarias. Para conhecer a Escócia, principalmente as Highlands (as terras altas da região centro-norte do país), o primeiro passo é encontrar lugar num pub da The Royal Mile, série de ruas que formam a principal área turística do centro de Edimburgo, entre dois pontos históricos: o castelo de Edimburgo e a abadia de Holyrood. Os bares se alternam com lojas e atrações diversas. É só escolher um pub, entrar e começar a conversar.
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Cabem aqui certamente algumas sugestões de experiências mais do que bem-sucedidas em uma visita em pleno outono escocês. Para um início de jornada elegante, luxuoso e cheio de emoções, temperado com boa comida, animado pela prática de esportes e pontuado por atividades um tanto incomuns para brasileiros, uma agradável indicação pode ser o hotel e resort Gleneagles. GOLFE, PESCA, ARCO E FLECHA
Classificado como AA cinco estrelas e integrante de listas e listas de recomendações de hotéis bacanérrimos, o Gleneagles fica em uma propriedade em Perthshire, a uma hora de viagem na direção norte, partindo de Edimburgo. Históricas reuniões de chefes de Estado, torneios internacionais de golfe, um serviço impecável e uma gastronomia que conta com chefs e restaurantes premiados conferem ao hotel, construído em 1924, o status de uma verdadeira “Riviera nas Highlands”. Projetado no estilo de um château francês, o hotel oferece bucólicos passeios pelos jardins inspirados na obra de Capability Brown, célebre paisagista do século 18, mas almas inquietas também encontram muito o que fazer. O Gleneagles é especializado em atividades marcantes da cultura local, que se tornam fonte certa de diversão para os visitantes. Para começar, tacos e bolas à mão, é possível aprender ou praticar golfe com o charme inigualável de jogar na terra onde o esporte foi criado. Como estilo único é a marca registrada do complexo, os
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O traje típico escocês, a ave treinada para a caça e o uísque que move a economia do país: atrações e descobertas para qualquer perfil de viajante
vários campos têm a chancela de nomes de respeito da história do golfe, como James Braid, escocês cinco vezes vencedor do torneio mais importante do mundo, o The Open, ou Jack Nicklaus, que parou de jogar há duas décadas e ainda hoje é considerado por muitos o maior golfista de todos os tempos. Uma respeitada academia de golfe está instalada no hotel com um espaço de treino de quase 300 metros de comprimento e capacidade para 40 jogadores. Se o seu negócio não é o golfe, não há razão para ficar no apartamento. Que tal tiro ou pesca? Com instrutores especializados e rigorosos procedimentos de segurança, a prática de tiro em alvos de argila, espécie de tiro ao prato, tem emoção garantida. Para testar a pontaria, outras possibilidades são o tiro ao alvo com rifles de ar comprimido e a prática de arco e flecha. Pescadores também podem aprender ou aperfeiçoar a técnica do fly-fishing, com linhas leves e iscas artificiais, nos lagos da propriedade, ou participar de empolgantes excursões para a captura do salmão em ambiente natural. O LENDÁRIO LOCH NESS
E o cardápio está longe de terminar. Três outras atrações envolvem contato com animais que surpreendem pela capacidade de aprendizado. Uma é a tradicional equitação. As outras são os bem menos conhecidos, para brasileiros, gundog e falcoaria. O gundog é a prática de treinamento de cães para o auxílio em caçadas. Tudo simulado, sem nenhum tiro ou animal abatido.
Labradores, spaniels e cães de outras raças mostram suas habilidades e instintos. A falcoaria é um espetáculo à parte. No hotel está a sede da Escola Britânica de Falcoaria, que oferece cursos em todos os níveis de aprendizado. O esporte, considerado tradicionalmente uma atividade entre as mais nobres, também remete à caça e à utilização das aves para ajudar o praticante a localizar e resgatar as presas. Um prédio charmoso e aconchegante serve como sede da escola e deve ser visitado mesmo por quem não pretende se iniciar. Importante lembrar que quase todas as atividades em Gleneagles podem ser desfrutadas por crianças. É preciso cuidado para que o roteiro no hotel não esgote o tempo do visitante, pois a Escócia oferece muitas outras possibilidades. Uma delas, obrigatória, é a visita ao lendário lago Ness. Com 37 quilômetros de extensão por 1,5 de largura, e mais de 200 metros de profundidade, contendo mais água do que os demais lagos da Inglaterra e do País de Gales juntos, o Loch Ness, escuro e gelado, desafia a imaginação com a tradicional lenda sobre o monstro que habitaria o local. Tema de filmes, documentários e estudos científicos, o lago tem uma atmosfera mais romântica do que misteriosa, margeado por montanhas e uma rica natureza. Com sorte, pode-se observar animais silvestres e, em dias de bom tempo, é possível velejar ou navegar com mais emoção em speed boats contratados na simpática cidade de Inverness. [Mitrevista] março 2014
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Castelos com fachadas intactas e uma natureza intocada. Na outra página, na foto menor, nossa viagem segue para o Japão
Bem perto, o castelo Urquhart e a experiência proporcionada no campo de batalha de Culloden são ótimas pedidas. Cenário do confronto em que o católico Charles Edward Stuart foi definitivamente derrotado na empreitada como aspirante ao trono britânico, em 1746, o local se transformou num museu com diversas atrações. A estada na região do lago Ness também pode ser vivida em alto estilo. Hospedar-se no castelo Aldourie, único habitável e às margens do lago, é literalmente experimentar uma vida de nobre. Datando de 1626, a propriedade, com seus bosques e jardins, é um clássico exemplo do estilo arquitetônico baronial escocês. Totalmente restaurados, salões, alcovas, torres e banheiros cuidadosamente decorados levam os hóspedes a um outro tempo, a uma outra realidade. A MAIOR COLEÇÃO DE SCOTCH
Para quem acha que esta narrativa demorou muito para falar de uísque e nem parece ser realmente sobre a Escócia, uma observação: a grande estrela do país merece, mesmo, um capítulo à parte. E nada melhor do que deixá-lo para o final, embora qualquer visitante tenha a oportunidade (que deve aproveitar) de provar os melhores uísques em cada ponto de parada do seu roteiro. Single malt, blended, de oito, 12, 18 anos… Não importa. O fato é que degustar a bebida em solo escocês é diferente. Muito diferente. O produto está entre os cinco mais importantes itens de exportação do Reino Unido e sua fabricação garante um em 70
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cada 50 empregos na Escócia. Mas o assunto é coisa séria entre os escoceses, principalmente por causa das tradições que os fazem orgulhar-se ao falar da coqueluche local. Impossível sair das Highlands sem visitar uma destilaria, mas antes de entrar nesse verdadeiro santuário vale a pena parar em uma atração recentemente renovada, no centro de Edimburgo, chamada “A Experiência do Scotch Whisky”. Localizado na The Royal Mile, o local permite ao turista um passeio temático dentro de um barril estilizado. O roteiro passa por salas sensoriais e ambientes privados para a degustação, e termina em uma área que, com vista espetacular da cidade, guarda o grande destaque do tour: a exposição Claive Vidiz Scotch Whisky Collection – motivo de júbilo para brasileiros em terras escocesas. Trata-se do acervo que representou, até há alguns anos, a maior coleção privada de uísque, com 3.384 garrafas reunidas em São Paulo ao longo de 35 anos pelo nosso compatriota Claive Vidiz, que a vendeu para a Diageo, uma das maiores empresas de bebida do mundo e produtora de algumas das mais conhecidas preciosidades escocesas. O valor da transação é um segredo realçado pela beleza e imponência da sala onde os exemplares foram instalados. DOZE ANOS NO BARRIL
Entre as inúmeras destilarias que se podem visitar, uma que chama atenção pela beleza, qualidade e história é a Cardhu. Fun-
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dada em 1811 por John e Helen Cumming, na fazenda Cardow, em Mannoch Hill, nos altos do rio Spey, recebe águas geladas de uma nascente nas montanhas, suavizadas pela passagem por uma camada de turfa. É em Cardhu que se faz um single malt respeitadíssimo e conhecido como um dos melhores da Escócia. Comandada por mulheres, primeiro por Helen e depois por sua nora Elizabeth, a destilaria ganhou fama e cresceu muito para a época. Pela sua qualidade reconhecida amplamente, foi comprada, em 1893, pela família Walker (criadores e produtores dos blends Johnnie Walker, os mais vendidos do planeta), que desejava garantir o padrão de seus produtos numa época de rápido crescimento. John Fleetwood Cumming, filho de Elizabeth, foi designado membro do conselho diretor da companhia. Sua habilidade como destilador complementava o talento de blending (mistura de maltes) e o empreendedorismo dos irmãos Walker, George e Alexander II. Cardhu é um luxuoso single malt produzido em quantidades limitadas por um processo de destilação deliberadamente lento e envelhecido por 12 anos em barris de carvalho. O tempo gasto para a produção é bem superior ao que se consome para fazer outros maltes e isso, segundo especialistas, garante seu caráter excepcionalmente suave e adocicado. Mas tanto uma dose de Cardhu quanto uma de qualquer outra, bebidas em solo escocês, têm efeito absolutamente original. Um efeito que permite entender exatamente o que significa Slàinte mhath!
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um trekking de cinco dias pela trilHa de nakasendo, o caminHo mais bonito para viajar de Quioto a t贸Quio P o r h e n r i q u e s k u j i s , d e T贸 q u i o
Fotos Guilber hidaka
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avenTura misturava-se ao acorde hipnotizante de um alaúde. As poucas pessoas do lado de fora das casas vestiam yukatas, o elegante traje do verão japonês. Sentei-me em um banco ao lado do moinho d’água da cidade para tomar a brisa fresca que soprava das montanhas e colocar a cabeça no lugar. Aquele fim de mundo com vista para os “Alpes japoneses” não podia estar assim, como se quatro séculos não tivessem passado desde que ele apareceu para o mundo como um dos entrepostos comerciais mais importantes da trilha de Nakasendo. O caminho fora aberto no período Edo (1603-1862) para ligar Quioto e Tóquio, as duas cidades mais importantes da época – Quioto seguia como a capital imperial e Tóquio, sob o xogunato Tokugawa, tornava-se o novo centro do poder político do Japão. Ao longo dessa highway feudal caminharam samurais, agricultores, artesãos e comerciantes – as quatro classes sociais deste que foi um dos períodos de maior isolamento político e prosperidade cultural da história do país. Para dar cama, mesa, banho e diversão aos seus visitantes, 69 vilarejos surgiram ao longo dos Karuizawa 530 quilômetros da trilha. Sakamoto-Juku Matsumoto Restaurados nos anos 1960 e 1970, muitos deles oferecem a viagem ao passado descrita Hirasawa Narai acima e servem de pouso para quem tem hoje a Kiso-Fukushima coragem de sair do trivial japonês e encarar um Tsumago Tóquio dos trekkings mais cênicos e antigos do mundo. Magome Os 530 quilômetros são percorridos em mais de três semanas, pernada para gente grande. Mas é possível fazer – e a reportagem da MIT Revista Nagoia fez – apenas o trecho montanhoso entre Tsumago e Yokokawa, considerado o suprassumo do trajeto. Nesse caso, são apenas 52,1 quilômetros, vencidos em cinco dias de caminhada com pernoites em ryokans, os típicos hotéis japoneses rota do trem
spetinho de grilos, sashimi de cavalo e filé de kobe beef. Uma jarra de saquê. O jantar no restaurante do ryokan Fujioto foi inesquecível. Para a digestão, a dica da senhora Nobuko, dona desse hotel cercado por pequenas plantações de arroz nas montanhas do centro do Japão, foi uma caminhada pelas vielas de Tsumago. Nobuko, mãe de Kasuko, avó de Sumiê e cujo irmão imigrou para Bastos, no interior de São Paulo, nos anos 1940, sabe das coisas. Naquela noite de Lua cheia, o pequeno vilarejo de quatro séculos de vida não decepcionou quem flanava pelas suas ruas – estivesse ou não sob o efeito de uma jarra de saquê. As casas de madeira com piso de tatame e portas de papel de arroz luziam discretas, iluminadas por lanternas com inscrições em kanji. O som do pequeno rio
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você é o navegador A trilha de Nakasendo é um trekking self-guided. Você é seu próprio navegador. Na recepção de seu
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hotel em Quioto será entregue uma planilha de 52 páginas em inglês com as indicações do caminho. Normalmente, ao longo do dia, há um ou dois trechos de trem, o que torna a viagem ainda mais
a trilha original, de Quioto a Tóquio, tem 530 quilômetros e é vencida em três semanas. mas nosso trekking foi pela trecho montanhoso, de 52 quilômetros, considerado o suprassumo do caminho
interessante. Os bilhetes para os trechos ferroviários, assim como as reservas dos ryokans para as quatro noites, são entregues com a planilha. Pode soar insano encarar uma jornada pelas montanhas desabitadas do centro do Japão sem ninguém que conheça o pedaço. Perder-se faz parte da brincadeira, mas não há motivo para pânico: as indicações na planilha são quase sempre claras e trazem fotos dos lugares onde as chances de confusão são maiores. Veja o dia a dia do trekking: Dia
TraJeTo
DisTÂncia a pÉ* (km)
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Magome – Tsumago
8,3
2
Tsumago – Kiso-Fukushima
18,4
3
Kiso-Fukushima – Narai
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Narai – Karuizawa
2,5
5
Karuizawa – Tóquio
16,7
Total (*): Em todos os dias, há trechos de trem
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A noite cai em Tsumago, cidade de 400 anos de hist贸ria. Abaixo, passarela cruza uma floresta de bambu
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avenTura nos quais se dorme em futons sobre o tatame, banha-se em deliciosos onsens e come-se o manjar da culinária japonesa. O tamanho dos trechos percorridos por dia varia de 2,5 a 18,4 quilômetros por vilarejos seculares, florestas de bambu, arrozais, templos e cenários de batalhas históricas. É delicioso acordar, tomar um café da manha à base de vegetais e ler instruções tão genéricas quanto oníricas como esta: Saia do ryokan à direita. Depois de 170 metros, siga entre as casas de madeira. Continue entre os arrozais. Toque o sino à sua esquerda para espantar os ursos e continue adiante beirando o rio até encontrar uma floresta de bambus. Caminhar nesse cenário é a deixa que qualquer um precisa pra mexer o corpo e pensar na vida. O silêncio, a paisagem, os aromas, o som dos próprios passos... A repetição infinita dos gestos convida para uma reflexão
no dia seguinte. Adoraria vê-lo vencer o trecho mais longo da jornada: 18,4 quilômetros de um sobe-desce entre Tsumago e Kiso-Fukushima. É moleza. Mas, ao encostar para descansar as pernas e tomar fôlego pela terceira vez, pensei no que Haruki Murakami, o mais famoso escritor contemporâneo japonês, diz em seu livro Do Que Eu Falo Quando Eu Falo de Corrida: “Fiquei mais velho. O tempo cobra seu tributo. Não é culpa de ninguém. São as regras do jogo. Assim como um rio corre para o mar, ficar velho e diminuir o ritmo fazem parte do cenário natural. Tenho de aceitar o fato. Talvez não seja um processo divertido. Mas que escolha tenho, afinal? A meu modo, apreciei minha vida até aqui, mesmo que não possa dizer que a apreciei plenamente”. Foi um pensamento um tanto precoce, assumo, para um jovem de 41 anos de idade, pai de uma filha de 2, e que acabava de encontrar Kenji-san.
À
interior. Em um trekking como esse, a cabeça sente-se à vontade para reposicionar valores, ainda mais quando se encontram figuras como Kenji Yamada, um senhor de 77 anos com quem conversei ao longo de parte dos 8,3 quilômetros de caminhada do primeiro dia, entre Magome e Tsumago.
D
e barba longa, dentes tortos e um cajado de bambu, Kenji-san fala com o conhecimento de quem há dez anos decidiu viajar uma vez por ano para conhecer o próprio país e o mundo. Ano sim, ano não, vem bater perna na trilha de Nakasendo. “Este caminho pelas montanhas é uma viagem ao Japão antigo, ao Japão das tradições”, disse. “Venho para meditar e planejar o meu futuro”, contou, sem querer ser irônico. Foi um pensamento, convenhamos, surpreendente vindo de um senhor na oitava década de vida. Não reencontrei Kenji-san
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tarde, tive o prazer de ficar perdido em uma floresta de bambu. Como em alto-mar ou no meio do deserto, tudo ao redor é absolutamente igual. Todos os caminhos parecem familiares e estranhos ao mesmo tempo. Labirinto. Lembrei-me de que cerca de meia hora antes eu havia cruzado uma plantação de arroz onde um casal arrancava ervas daninhas com as mãos. Foram as últimas pessoas com quem encontrei até não saber mais para onde seguir. Eles haviam respondido ao meu aceno e sorrido cordialmente antes de ajeitaram seus kasas, os típicos chapéus cônicos feitos de cipreste, e retornarem ao que lhes interessava. Talvez naquela hora, abduzido pelo Japão rural e refrescado por uma brisa quente que fazia o arrozal dançar, eu tenha perdido o foco e andado ao léu, sem atentar para as indicações da planilha. Talvez tenha me atrapalhado também devido a um desvio, já que nesse trecho o trajeto original da trilha de Nakasendo virou estrada asfaltada. A rota paralela, usada no trekking, foi construída às pressas em 1733 porque o caminho principal havia alagado às vésperas do casamento do então todo-poderoso xógum leshige Tokugawa (1711-1761) com a princesa Naminomiya. Foram alocadas 5 mil almas para abrir o atalho em 21 dias. Fato é que se perder em uma floresta de bambu foi tão fantástico que fiquei triste quando encontrei o caminho. Confesso que no trecho final do dia peguei carona com o carro do correio até Nojiri-juku. Enquanto esperava o trem na acanhada estação do vilarejo, uma batucada fez com que eu nesta página, portal xintoísta calçasse novamente as botas e saem narai. ao lado, travessia de um túnel, dança típica em nojiri, ísse em busca da música. Julho é cachoeira em magome e o sorriso de um morador de Tsumago mês do festival gion neste pedaço
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As gueixas brilham em Quioto, ponto de partida do trekking
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abertas, com espelho, mangueira, balde, sabonete, xampu e um banquinho. Relaxe quanto tempo aguentar na piscina e, ao sair, sente-se no banquinho e delicie-se com um banho de mangueira. Dá até para fazer a barba. Importante: a toalha nunca deve ser levada para dentro da água – colocá-la sobre a cabeça, sabe-se lá por quê, é a etiqueta correta.
N
do Japão. Procissões xintoístas sonorizadas por taikôs, os tambores japoneses, evocam proteção dos deuses. Não foi difícil encontrar o cortejo que enchia as vielas de alegria. De yukata branco com uma fita azul amarrada à cintura, os homens carregavam nos ombros a yama, a pesada arca sagrada, observados pelo sacerdote protegido por um grande guarda-sol vermelho. As mulheres assistiam. As crianças de azul-claro cantavam. Cena de filme.
a manhã seguinte, a dica é acordar uma hora mais cedo para dar uma volta por Ue-no-dan, o bairro histórico de Kiso-Fukushima. Bem perto está um dos sekishos (pontos de controle) mais conservados da trilha de Nakasendo. Quem passava por ali era revistado em busca de contrabando e precisava portar a tegata (placa de madeira que servia como passaporte). Transgressores estavam sujeitos aos rigores das leis do xogunato Tokugawa, cuja pena máxima era a crucificação. Roupas, armas, tegatas e outros apetrechos de época podem ser vistos no museu anexo ao sekisho. A caminhada do dia, o terceiro, é de 6,2 quilômetros. Curta, mas a primeira metade tem um desnível de 300 metros até a chegada ao passo Torii-toge, a 1.196 metros de altitude, maior elevação da viagem. Não é nenhuma escalada ao topo do Everest. Mas requer energia para chegar lá no alto e passar sob o portão japonês construído por um desconhecido e abnegado samurai em agradecimento ao Ontake, vulcão que pode ser visto lá de cima. Também já é possível avistar o vilarejo de Narai, pouso da noite. Antes a trilha passa pelo local onde 500 samurais do clã Takeda foram mortos e enterrados durante uma das tentativas frustradas de tomar o vale de Kiso – o massacre deu-se em 1582, antes, portanto, do período Edo. Narai foi o mais próspero dos 69 entrepostos. Marca o meio do caminho entre Quioto e Tóquio. Conhecida na época como “Narai das Mil Pousadas”, hoje é uma vilazinha turística e preserva o maior número de casas originais de Nakasendo. Outro destaque é uma estátua acéfala que diz-se ser da Virgem Maria – a decapitação ocorreu na época feudal, quando o cristianismo era tido como coisa do capeta pelo xógum.
esforço para manter aquela arca de mais de uma tonelada nos ombros era visível nas caretas e no suor que escorria nos rostos e encharcava camisetas. Todos bebiam – não água gelada ou algum isotônico, mas cerveja e saquê. Festa em Nojiri. A procissão terminou no santuário da cidade, com orações, oferendas, apresentações de danças e copos de saquê servidos às centenas, inclusive para os únicos dois estrangeiros (hic!) a presenciar (hic!) aquela fantástica cerimônia em um fim de tarde de segunda-feira, o fotógrafo Guilber Hi(c!)daka e este escriba. Por pouco não perco o trem das 6 da tarde, mas cheguei feliz da vida ao (hic!) próximo pouso, o ryokan Komanoyu, uma linda construção de madeira cercada de florestas nos arredores de Kiso-Fukushima – apesar do nome, a cidadezinha de 14 mil habitantes nada tem a ver com a metrópole abalada pelo tsunami de março de 2011. Antes de mais um banquete oriental, mergulhei no onsen do hotel. A brincadeira é bastante simples. Uma piscina de água a 40 graus Celsius ladeada por pequenas cabines
caminhada do quarto dia é ainda mais curta e fácil: 2,2 quilômetros até Kiso-Hirasawa. O vilarejo ganhou fama no período Edo por sua produção de peças laqueadas. Vale a pena percorrer as lojas escuras que vendem de cumbucas a móveis. Melhor ainda é ser convidado para assistir aos ateliês em funcionamento. Fui recebido por Choco, proprietária da Ito Kanji, uma das mais antigas fabricantes da região. A visita terminou na casa da artesã, anexa à loja. Ali, provei um amarguíssimo chá de matcha (não consegui dar o segundo gole) e um doce de ameixa cristalizada com o qual também não fui com a cara, mas comi para amenizar o sabor acre deixado pelo chá. O trabalho com laca, diga-se, foi apenas uma das expressões artísticas que floresceu na época. O isolamento do Japão contribuiu para o crescimento de uma próspera classe de comerciantes, cujas aspirações e desejos eram expressos com uma efervescente vida urbana tanto em Quioto e Tóquio, os dois extremos da trilha, como ao longo do caminho. Endinheirados, os novos-ricos queriam diversão. O teatro kabuki e as mais belas pinturas
O
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A
Jardim zen, no templo Ryoan-ji, em Quioto, e ponte de pedra no quarto dia de caminhada. Na outra pรกgina, o festival gion, em Nojiri
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avenTura tradicionais japonesas, principalmente as que exaltam a beleza feminina, nasceram nessa época. Os samurais, por outro lado, tiveram o início do seu ocaso. Depois da grande batalha de Sekigahara (1600) e da vitória contra o clã dos Toyotomi, o xogunato praticamente não tinha mais inimigos. E, em tempos de paz, guerreiro não faz falta. Passaram então a se dedicar à literatura, à filosofia e às artes. Resultado: no fim do período Edo, os samurais, antes com lugar cativo no topo da pirâmide, tornaram-se uma classe menor, dependente dos agora abonados comerciantes.
M
as voltemos ao trekking. De Kiso-Hirasawa, a viagem segue de trem pela linha Chuo para Matsumoto. A abertura dessa linha, em 1889, foi uma das res-
competições tanto nas Olimpíadas de verão (provas equestres, em 1964) como de inverno (curling, em 1998), Karuizawa também foi um dos entrepostos da trilha de Nakasendo. Hoje é uma cidade de 18 mil habitantes que prosperou ao se tornar destino de verão da alta sociedade japonesa. John Lennon e Yoko Ono eram habitués. Foi aqui, em 1957, durante um torneio de tênis, que o então príncipe Akihito conheceu Michiko, com quem se casaria dois anos depois – a despeito da condição de plebeia da moça. Entre as lojas de grife e outras bem peculiares, como a padaria Asanoya, parada obrigatória é a Tsuchiya, loja de fotografia aberta em 1906 com imagens históricas da cidade feitas por Yukio Kobayashi, pai da atual proprietária. Fica ali também um dos melhores museus de arte do Japão, o Karuisawa New Art Museum, onde tive a felicidade de ver uma exposição de Yayoi Kusama, a maior artista pop japonesa – aos interessados, uma mostra de Yayoi estará no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, entre os dias 21 de maio e 27 de julho. Bater perna pela rua Ginza, sede das butiques, é tentador, mas não perca o horário do jantar no ryokan Tsuruya. Os 11 pratos servidos provam definitivamente o poder da culinária japonesa. Prepare-se para experimentar baiacu (não tenha medo do veneno) e para saborear o torô, a parte mais nobre do atum. Sem falar nas perigosas jarras de saquê. Mas não abuse. O dia seguinte, o último, reserva uma jornada de 16,7 quilômetros.
Q
ponsáveis pela decadência de os ryokans (hotéis típicos) oferecem o mais exótico da culinária japonesa: Nakasendo e dos entrepostos de grilo a sashimi de cavalo que não tiveram a primazia de receber uma estação. Quanto à cidade de Matsumoto, não faça como fiz. Pare por pelo menos três horas para conhecer o mais antigo castelo de madeira do Japão (1595), considerado um tesouro nacional. Fica a apenas 15 minutos de caminhada da estação. Do sexto piso, vê-se a cidade de 230 mil habitantes e uma bela panorâmica dos já citados “Alpes japoneses”. De Matsumoto, toma-se mais um trem para Nagano, base para conhecer Shiga Kogen, a maior estação de esqui do Japão, e o parque Jigokudani, lar dos macacos célebres por se banharem em águas termais durante o inverno. De Nagano, também de trem, a próxima parada é Karuizawa. Cidade irmã de Campos do Jordão (SP) e única a ter sediado 82
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uando a cabeça já começa a pensar em Tóquio, os olhos são sugados por uma cadeia de montanhas de acabar com a bateria da câmera. Destaque para o monte Myogi (1.104 metros), formado por vários cumes disformes e improváveis. Logo a seguir, pare para contemplar outro ângulo do visual no café Shigenoya, onde Lennon e Yoko gostavam de fazer o mesmo em suas caminhadas. Depois é só descer por mais 12 quilômetros – cuidado com os trechos de pedras soltas. Nesse pedaço há, além de mais um sekisho (posto de controle), os restos de uma delegacia construída logo após o período Edo. Tem até uma placa (em japonês) alertando os viajantes (da época, fique claro) sobre a presença de bandidos. Hoje, o mais provável é você ser o único ser humano naquelas bandas. Siga em frente. Caminhe mais dois quilômetros por um estrada de ferro desativada. À sua esquerda, com sorte, macacos saltitarão nas árvores. A estação de trem de Yokokawa está logo ali. Às 14h57, pontualmente como tudo no Japão, o trem segue para Takasaki, onde às 15h41 parte o trem para Tóquio. Mas, desta vez, é um Shinkansen, o fenomenal trem-bala, um jeito relâmpago, um tanto paradoxal, de terminar esta viagem ao passado japonês.
aww ill Joe l DivulGação/ naTGeo
dos “civilizados” veados do templo todaiji, em nara, ao veado-mateiro no parque estadual morro do diabo, um de nossos próximos destinos
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brasil 4x4 [Mitrevista] março 2014
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Oásis paulistas
a Mitsubishi l200 savana fOi O MeiO de transpOrte, O estúdiO e a cOMpanheira da equipe dO natiOnal GeOGraphic channel na prOduçãO da série Parques sP Por Sérgio Túlio CaldaS
Fotos luCiano CandiSani
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Brasil 4x4
“É
melhor passar sebo nas canelas. Esse mormaço é sinal de chuva. E das grossas!” O visual do interior da mata era inebriante, mas não havia razão para questionar o conselho do mateiro Hélio Alexandre, criado nos arredores da floresta e conhecedor das manhas do clima. Dito e feito. Em minutos o céu baixou sobre nossas cabeças de forma ameaçadora: pesado, cinza como o chumbo. Logo despencou o aguaceiro, deixando as trilhas e as estradas ainda mais escorregadias. Mas nada a reclamar. Na serra do Mar, em São Paulo, a maior área contínua de Mata Atlântica do litoral brasileiro, a água rege a natureza. A chuva que cai sobre essa imensidão verde é produzida pela própria floresta. Seja uma garoa fria, seja um toró de pôr para correr até onça-pintada. Toda precipitação atmosférica alimenta os inúmeros rios que correm em direção ao mar. No oceano, a água evapora, formam-se as nuvens, e os ventos as empurram para as encostas da serra. Então, chove. Esse ciclo natural é a garantia da manutenção de uma fartura hidrológica impressionante. No segundo semestre de 2013, a bordo de uma Mitsubishi L200 Savana e duas vans, uma equipe de 14 pessoas e eu percorremos 86
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esse e mais nove parques estaduais de São Paulo para produzir uma série de programas – dirigida por mim – para o National Geographic Channel. O mais próximo da capital foi o da Cantareira, na zona norte da cidade. O mais distante, o do morro do Diabo, a 687 quilômetros, na divisa com o Paraná. Equipada para encarar os perrengues do off-road, munida de snorkel, protetor de cárter de aço-carbono, rack de teto e pranchas de desencalhe, a cabine dupla foi uma jovem e experiente companheira de viagem. Nas esburacadas estradas de asfalto, absorveu bem as irregularidades no piso. Na terra, além de atingir boas velocidades mesmo em trechos acidentados, mantinha o conforto a bordo e a caçamba estável – uma ajuda e tanto aos cinegrafistas e ao operador de áudio, que inúmeras vezes se instalaram na parte de trás para captar imagens. A Savana funcionou como uma extensão do set de filmagem: equipe trabalhando na caçamba; câmeras GoPro fixadas próximas às rodas, nos para-choques, no capô e no interior do veículo. Foi escoltados pela cabine dupla da Mitsubishi que chegamos, entre tantos outros destinos, ao Santa Virgínia, um dos núcleos de acesso ao Parque Estadual Serra do Mar. Só ali há 17 cachoeiras formadas pelos rios Ipiranga, Ribeirão Grande, Parai-
A imensidão do Parque Estadual da Serra do Mar. Nas páginas de abertura da matéria, uma das entradas da caverna Temimina, no Petar
buna e afluentes. Protegidos pela vegetação, esses rios são fonte de água pura para milhares de moradores do vale do Paraíba do Sul, além de abastecerem quase 80% dos habitantes da cidade do Rio de Janeiro. Só mesmo encarando trilhas mata adentro para compreender a importância desse santuário ecológico. Embrenhar-se pelas selvas tropicais – ainda mais quando se fala da luxuriante Mata Atlântica – é desejo de qualquer viajante com faro de aventura. Essa floresta é a vitrine viva de um dos mais fascinantes ambientes naturais da Terra, mesmo sendo vítima da devastação voraz que consumiu nacos de sua cobertura vegetal original. Em cinco séculos, 92% da área da floresta atlântica foi varrida dos mapas. Nas três décadas passadas, o desmatamento somou área equivalente a 12 cidades de São Paulo, segundo a ONG SOS Mata Atlântica. Apesar de tanta derrubada, sua riqueza biológica é incomparável: abriga 2 mil espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Do seu solo brotam 20 mil espécies de plantas. Cerca de 40% dessa espetacular vida selvagem é endêmica, não existe em nenhum outro lugar do planeta. Nossa expedição teve o privilégio de comprovar tal diversidade in loco. Caminhando pelo mato fechado, ficamos cara a cara com antas, serpentes, ja-
cutingas, morcegos e pica-paus raros; encontramos o diminuto sapo pingo-de-ouro e o maior primata das Américas, o muriqui. Das janelas da Savana, enquanto cruzávamos as estradas-parques, curtimos (e gravamos) a paisagem verde tingida pelo violeta, amarelo e rosa-púrpura dos jacarandás, ipês e sapucaias. Curiosamente, São Paulo, o estado mais industrializado do país e onde a produção agrícola mecanizada se destaca, protege reservas preciosas desse bioma. Avançando pelas rodovias em direção ao litoral, ao vale do Ribeira e à região do Alto Paranapanema, a Mitsubishi L200 Savana nos conduziu a porções da floresta que explicam por que a Mata Atlântica é reconhecida pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. “Eu tô pra ver um visitante não ficar que nem bocó com esse tanto de passarinho”, disse o mateiro Luiz Avelino, carregando no sotaque caipira. Seu Luiz é guia do parque Intervales e ganhou fama entre os observadores de aves (os birdwatchers) de vários países. Identifica sem titubear cada passarinho que canta ao longe ou pousa num galho. Enquanto um raríssimo pica-pau-de-cara-canela, com seu penacho vermelho na cabeça, desaparecia entre as folhas, o guia me contava que em Intervales há registros de 400 espécies de aves – mais do que o dobro de toda a Europa. [Mitrevista] março 2014
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Brasil 4x4 do rio correndo pela caverna se tornou um estrondo quase ensurdecedor. As luzes das lanternas revelaram a cena tão aguardada quanto impensada: uma cascata generosa, despencando de um paredão às escuras. O corpo dizia não, mas foi inevitável se jogar naquela água gelada, cristalina. Era apenas mais uma das muitas surpresas guardadas pela Mata Atlântica – um baú de tesouros ambientais, único no mundo. Dirigida por Sérgio Túlio Caldas, a série do NatGeo vai ao ar aos sábados, às 18h30, até 22 de março, com reprises. www.natgeo.com.br
vista desde a pedra Grande, no parque estadual da cantareira
aqui 4x4 pOde entrar
os parques são excelentes destinos para quem busca contato com a natureza, turismo de aventura e caminhadas – das mais leves às mais difíceis. além, claro, do prazer de dirigir interior adentro rumo às unidades de conservação. algumas delas têm estradas-parques que permitem circular com seu 4x4. É o caso da estrada-parque dos Castelhanos, em ilhabela, com 17 quilômetros de terra. No trecho final, na praia dos Castelhanos, uma caminhada de 90 minutos leva à cachoeira do gato, a mais alta da ilha, com queda de 40 metros. Já em Carlos Botelho, a rodovia sP-139, não pavimentada, cruza o parque numa extensão de 35 quilômetros, ladeada por cachoeiras e corredeiras. Todos os anos, no início de agosto, é usada por romeiros a cavalo em direção à festa do senhor Bom Jesus, no município de iguape. Para visitar os parques estaduais e fazer os passeios oferecidos nas unidades consulte: www.ambiente.sp.gov.br/fundaçaoflorestal
Os dez parques esMiuçadOs de Mitsubishi l200 tritOn para O natiOnal GeOGraphic channel
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n serra da cantareira (São
Ali, o rafting no rio Paraibuna une
rebeliões e fugas.
270 km. Cachoeiras, praias desertas,
Paulo). É um dos maiores parques
adrenalina com as belezas da mata e
n carlos botelho (São Miguel Ar-
trilhas, piscinas naturais, passeios
urbanos do mundo. A trilha da
das corredeiras.
canjo). 250 km. Uma trilha suspensa,
de barco, manguezais e Marujá, um
Cachoeira passa por três quedas
n ilhabela (São Sebastião).
com cerca de 300 metros, está apta
típico vilarejo caiçara.
d’água. Avistar São Paulo do alto da
210 km. Com 7,4 quilômetros de
para receber cadeirantes e porta-
n petar (Apiaí). 330 km. A caverna
Pedra Grande é obrigatório.
extensão, a trilha que sobe até o
dores de necessidades especiais.
de Santana abriga as mais impres-
n campos do Jordão (Campos do
topo do pico do Baepi é uma atração
Muriquis, bromélias e as cachoeiras
sionantes formações rochosas. Em
Jordão). 165 km de São Paulo. Uma
à parte: a 1.048 metros de altitude,
encantam os visitantes.
outra caverna, a Casa de Pedra, o
trilha leva até a uma tirolesa de 450
avistam-se as ilhas da região e a
n intervales (Ribeirão Grande).
pórtico tem 215 metros de altura e
metros de extensão, suspensa a
imensidão verde da Mata Atlântica.
270 km. A grande atração é a
é considerado o maior do mundo.
100 metros de altura. A atração cru-
n ilha anchieta (Ubatuba).
profusão de aves. Corocochós,
n Morro do diabo (Teodoro Sam-
za um rio e uma mata de araucárias.
240 km. Além de belas praias e
arapongas, tucanos e centenas
paio). 687 km. Subir até o cume do
n serra do Mar (São Luiz do Parai-
atividades de mergulho, a ilha tem
de outros pássaros fazem a trilha
morro do Diabo permite uma vista
tinga). 200 km. A histórica São Luiz
história. Um antigo e bem preserva-
sonora. Árvores de grande porte
panorâmica da Mata Atlântica da
do Paraitinga é um dos caminhos
do presídio é testemunha do tempo
embelezam o parque.
região, cortada pelas águas caudalo-
de acesso ao Núcleo Santa Virgínia.
em que esse paraíso foi agitado por
n ilha do cardoso (Cananeia).
sas do rio Paranapanema.
[Mitrevista] março 2014
Divulgação/ NaTgEo
Ao longo da produção da série para o National Geographic, eu encontraria pessoas apaixonadas pela floresta. Gente como a bióloga Mariana Landis, acostumada a virar noites solitárias nas matas do parque Carlos Botelho para espreitar o comportamento do muriqui, um dos primatas mais ameaçados de extinção no planeta. Faria amizade com figuras como o guia-aventureiro Valdemar Costa, o “Dema”. Um Homem das cavernas, Dema se acomodou na L200 Triton para nos conduzir pelas estradinhas que cortam o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, o Petar, região com a maior concentração de cavernas do Brasil, com mais de três centenas delas mapeadas. No Petar, a água cumpre o papel de protagonista. E muito bem. Ao longo de milhares e milhares de anos, ela vem moldando rios, corredeiras, cachoeiras e abismos. Ali, a água mole tanto bate até que fura e penetra nas rochas de calcário para formar um extraordinário conjunto de cavernas, oculto abaixo de montanhas e do manto da floresta. A L200 Savana levantou poeira até a Ouro Grosso. Meia hora de caminhada mais tarde chegamos à boca estreita da gruta. Dema se entortou como um contorcionista para entrar e mergulhou na escuridão. Só restava segui-lo, espremendo o corpo contra paredes apertadas e molhadas pelo incessante gotejar da água, rastejando por salões ornados por espeleotemas, as esculturas rochosas originadas da sedimentação de minerais dissolvidos na água. “Vamos cruzar um poço a nado para tomar banho numa cachoeira”, avisou, fazendo os ossos do pessoal da filmagem tremerem só de imaginar o mergulho nas águas congelantes. Mais uma hora de sacrifício e o som
Divulgação/ Natgeo
Sapo pingo-de-ouro, uma das miniaturas da Mata Atlântica
As araucárias do Parque Estadual de Campoos de Jordão
Praia no Parque Estadual da Ilha do Cardoso
Cachoeira no rio Taquaral, no Parque Estadual Carlos Botelho
A cachoeira do Arcão, no complexo de parques Intervales/Petar
Gotas de água em teia de aranha em uma bromélia no Parque da Serra do Mar
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guilber hiDaka
Divulgação/ Natgeo
A L200 Savana cruza o Parque Estadual Carlos Botelho. Ao lado e nas próximas páginas, a nova L200 Triton 2014
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á se vão 22 anos desde que ela desembarcou no Brasil. Ninguém aqui nunca tinha visto nada parecido. Uma cabine dupla de fábrica com tração 4x4. Foi a primeira. Conquistou o brasileiro. No campo e na cidade, para o trabalho duro ou para o passeio de fim de semana. Não importa. A Mitsubishi L200 virou referência, sinônimo de cabine dupla. Foi seguida, copiada. Nunca, no entanto, deixou de acelerar para andar na frente. A cada ano, a cada novidade, mantinha o selo de pioneirismo. Foi para as pistas. E venceu. Conquistou seis vezes o título do Rally dos Sertões. “As competições sempre foram nosso laboratório”, diz Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil. Em 1998, ela passou a ser produzida na fábrica de Catalão (GO). Nessas duas décadas de história no Brasil, 250 mil unidades da L200 foram vendidas pelos quatro cantos do país. Os mais diversos sobrenomes e versões entraram para a galeria do mundo 4x4: GLS, Sport, Outdoor, Savana... Em 2008, em uma cartada que sacudiu o mercado, chegou a L200 Triton. Linhas ousadas, espaço interno invejável, acabamento de carro de luxo. A cabine dupla da marca dos três diamantes definitivamente virou sonho de consumo, um carro a ser conquistado. Desde o lançamento, a Triton havia passado por um pequeno retoque, daqueles que, cá entre nós, nem se faziam necessários. Agora, na linha 2014, um novo aperfeiçoamento chega para mantê-la no topo. As novidades podem ser dividas em três partes: 1) visual; 2) desempenho; 3) autonomia. Comecemos, pois, pelo visual. Você notará algo diferente ao encontrá-la. Mudaram a grade e o para-choque dianteiros, os faróis de neblina e as rodas de liga leve. Sutilezas? Sim, sutilezas. Mas deixaram a L200 Triton mais moderna, sofisticada.
M
as e debaixo do capô? Tem novidade também. Ao lado da evolução visual, as mudanças no motor e no câmbio da L200 Triton são as maiores novidades. O motor 3.2 a diesel desenvolve agora 180 cavalos (ante os 170 cavalos da linha 2013) e 38 kgfm de torque (eram 35 kgfm). Trata-se de uma relação peso/potência de 10,8 quilos/cavalo e um incremento de 6% na potência e de 9% no torque, números que melhoram o comportamento em todas as situações de condução e fazem diferença mesmo para quem não pisa fundo. Já a versão flex continua equipada com o motor mais potente da categoria: 205 cavalos oferecidos pelo motor 3.2 16 válvulas. A transmissão também evoluiu. Um novo escalonamento da relação de marchas, com as primeiras mais curtas e uma marcha adicional diante do modelo 2013, deixou o modelo mais
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forte em terreno off-road e mais ágil na cidade. “Fizemos um trabalho intensivo nesse powertrain”, diz Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da Mitsubishi Motors. “A relação do diferencial está alongada, o que deixa todo o conjunto silencioso e econômico, e a curva de torque está mais plana, o que otimiza o uso do motor e oferece durabilidade e economia.”
O
utra boa novidade da linha 2014 é a adoção do modo esportivo para trocas manuais. Com ele, é possível sentir a L200 Triton ainda mais na mão. Em todas as versões 4x4, o sistema de tração é o Easy Select 4WD, que permite a opção de três modos distintos de atuação: 4x2, 4x4 e 4x4 com reduzida, indicada para os trechos mais exigentes. Com os três modos e o câmbio de cinco velocidades, a Triton oferece 15 combinações de marcha. Todas essas alterações colaboram para que a cabine dupla da Mitsubishi fique ainda mais prazerosa na condução e econômica na hora do reabastecimento. Falando em economia, está aí um ponto em que a Triton é imbatível. Com um tanque de combustível 20% maior (são 90 litros), ela passou por uma prova definitiva nas mãos do piloto Ingo Hoffmann em uma viagem de São Paulo a Brasília. Foram mais de mil quilômetros sem precisar reabastecer. “Conheço esse carro há muito tempo. Foi com ele que iniciei nas provas de rali”, diz Ingo. “É fantástico, não só no off-road, mas também na cidade e em viagens, como essa na qual não paramos nenhuma vez para colocar diesel.” Essa combinação on e off-road, diga-se, sempre foi o trunfo da cabine dupla da Mitsubishi. Na linha 2014, essa parceria está ainda mais perceptível. Bastam alguns quilômetros a bordo para perceber a eficiência do sistema SDS (Sport Dy-
94
[Mitrevista] março 2014
namic Suspension), que reduz o movimento da carroceria e deixa o veículo ainda mais estável, tanto no asfalto como no uso fora-de-estrada. Com nova calibragem da suspensão, ele proporciona o mesmo nível de conforto e segurança com o carro vazio ou carregado com mais de 1 tonelada, mesmo em pisos irregulares. Os exclusivos amortecedores Full Displacement permitem uma resposta dinâmica mais rápida, sem hesitações, proporcionando estabilidade e agilidade e aumentando o conforto em todas as situações.
N
ão à toa, a L200 Triton, ao lado do Pajero Dakar, é o carro oficial da organização do Rally dos Sertões e do Rally Dakar, duas das competições off-road mais severas do mundo. “É impressionante o poder de resistência da L200 Triton”, diz Etienne Lavigne, diretor do Dakar. “Os carros da Mitsubishi enfrentam trilhas e carregam de tudo durante o evento. Enfrentam condições muito ruins, difíceis, sem parar, dia e noite.” A tecnologia embarcada segue em alta na L200 Triton. O novo multimídia Power Touch traz rádio, CD, DVD e um GPS com mais de 1.250 cidades mapeadas em português. A boa vida a bordo segue com a ajuda do ar-condicionado automático, do controlador de velocidade de cruzeiro (o “piloto automático”) e dos comandos de áudio integrados ao volante. Sem falar nos 16 porta-objetos e nas 11 luzes de cortesia. Tudo para dar o mais alto nível de conforto para quem estiver a bordo. Seja para ir a um casamento na cidade, seja para se jogar numa aventura no campo. A L200 Triton sempre fez e continuará fazendo seu caminho parecer tão fácil quanto emocionante. www.mitsubishimotors.com.br
Nova L200 Triton 2014: conforto de carro de luxo e powertrain com motor de 180 cavalos e novo escalonamento de marchas
[Mitrevista] marรงo 2014
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ADRIANO CARRAPATO
RICARDO LEIzER
TOM PAPP
e v i r b d clu i h s i b u s t i m
s i E v í c E u q s E n i it tà s a i c n iê vElo c r E p x E no
Existe um lugar no interior de São Paulo chamado Mitsubishi Drive Club. O nome já deixa claro. Trata-se de um local único onde o prazer é acelerar os carros da marca dos três diamantes. A estrela máxima desse parque de diversões localizado em Mogi Guaçu atende pelo nome de Velo Città, um autódromo de 3.430 metros de extensão homologado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). No circuito, acontecem seis eventos voltados para clientes da marca, seus familiares, seus amigos e amantes do automobilismo. São eles o Fun Day (uma deliciosa prova de regularidade), o Lancer Evo Day (oportunidade para acelerar o próprio carro em um autódromo de alto nível), a Lancer Experience (um dia para testar a tecnologia do Lancer Evo e receber dicas para situações do cotidiano), a Mitsubishi Racing Experience (um dia inteiro para aprofundar técnicas de pilotagem), a Premium Racing School (dois dias inteiros para aprimorar a pilotagem) e a Mitsubishi Lancer Cup (mais nova categoria do automobilismo brasileiro). Nas próximas páginas, saiba mais sobre (quase) tudo o que vai acontecer em 2014 no
Mitsubishi Drive Club. E venha participar e viver momentos incríveis. www.mitsubishidriveclub.com.br [Mitrevista] março 2014
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FOTOS: ADRIANO CARRAPATO
DRIVE CLub
lancEr cup vai comEçar a sEgunda tEmporada no autódromo vElo città
TOM PAPP
alta rotação 98
[Mitrevista] março 2014
O
palco será o mesmo: o fantástico Velo Città. Mas a segunda temporada da Mitsubishi Lancer Cup tem mudanças que vão tornar a mais nova categoria do automobilismo brasileiro ainda mais emocionante. Além do aumento do número de etapas (de seis para sete), a principal novidade é a chegada do Lancer Evo RS, um superesportivo de 340 cavalos e câmbio sequencial, totalmente preparado pelo departamento de competições da Mitsubishi. Vale lembrar que o Lancer Evo R, protagonista de duelos emocionantes na temporada de estreia, segue na pista – ele recebeu um upgrade que o tornou mais seguro, confortável e fácil de pilotar. Evo R e Evo RS vão acelerar juntos: farão o mesmo treino de tomada de tempo e largarão no mesmo grid, mas a classificação e o pódio serão separados, em duas categorias distintas. “Foi uma ótima iniciativa, pois separa os pilotos mais experientes”, diz Luis Barcellos, que estreou no automobilismo durante a temporada 2013. “Minha paixão por corrida de carro é maior do que meu talento”, brinca o empresário, que vai acelerar o Lancer Evo R. O carioca Felipe Essinger pretende largar na mesma categoria. “Não vejo a hora de acelerar de novo”, afirma ele, que até 2013 nunca havia senta-
do em um carro de corrida. “Fiz a Mitsubishi Racing School e me senti preparado para fazer parte desse time maravilhoso de pilotos.” Já Sergio Maggi, quarto colocado no campeonato do ano passado, tem vaga garantida na categoria RS. “Quero andar no grupo da frente, mas sei que tem muita gente boa”, conta. “E, como o carro é novo, acho que todos têm condições de ir bem.” Maggi cita ainda o sistema sit&drive, no qual os pilotos não precisam se preocupar com a logística. “A Mitsubishi cuida de tudo. É só chegar lá e acelerar. A fórmula é perfeita”, conclui. Sylvio de Barros, que fechou 2013 na quinta colocação, concorda: “Meu dia a dia no trabalho é corrido, e é sensacional saber que eu tenho uma equipe que vai deixar o carro pronto para que eu chegue e me preocupe apenas em acelerar.” Seja como for, na R ou na RS, o brilho da Mitsubishi Lancer Cup não vem apenas das disputas na pista, mas também da amizade entre os gentleman drivers depois da bandeirada final. “O melhor de tudo são as amizades fora da pista”, diz Carlos Falletti, campeão da primeira temporada na categoria Premium (acima de 45 anos). Sergio Maggi faz coro: “A verdade é que o grande motivo de eu estar na Lancer Cup é o grupo de amigos que se formou. Isso não tem preço.”
“Quero andar na frente, mas a verdade é que o grande motivo de eu estar na lancer Cup é o grupo de amigos que se formou. isso não tem preço.” Sergio Maggi “a lancer Cup é a melhor forma para eu me esquecer do estresse do dia a dia. ela me tranquiliza até na hora de dirigir na rua.” Michelle de Jesus “o sit&drive é fantástico. Meu dia a dia no trabalho é corrido, e é sensacional saber que eu tenho uma equipe que vai deixar o carro pronto para que eu chegue e me preocupe apenas em acelerar” Sylvio de Barros
Velo Città reCebe selo da Fia O autódromo Velo Città, que já era homologado pela Confederação Brasileira de
É só CheGar e aCelerar
Automobilismo (CBA), recebeu
A locação do Lancer Evo R e do Lancer Evo RS para participar da Mitsubishi Lancer Cup utiliza o conceito
em outubro a homologação
sit&drive: as questões logísticas, como mecânicos, manutenção do carro e peças de reposição, ficam sob
da Federação Internacional de
a responsabilidade da Mitsubishi, por meio do seu departamento de competições, que cuida de tudo. Na
Automobilismo (FIA). Na prática,
Lancer Cup, basta o piloto colocar o capacete, ajustar o cinto de segurança, acelerar e se divertir. Para mais
o reconhecimento permite que o
informações, entre em contato pelo e-mail lancercup@mmcb.com.br ou pelo telefone (19) 3818-4319.
local possa receber competições automobilísticas de diversas categorias internacionais.
Por deNtro do laNCer eVo rs
Para conseguir a aprovação, o
Motor 2.0 MIVEC Turbo Potência 340 cavalos Torque 42 kgf.m Câmbio sequencial de 6 marchas com alavanca Tração integral 4x4, com diferencial central ativo hidráulico Capô, portas, para-choques e de fibra de carbono Para-lama dianteiro com extração de ar Spoiler de fibra de vidro Aerofólio tampa traseira de fibra de vidro Gaiola de proteção homologada pela FIA Painel digital touch screen, Pro Tune® de traseiro de fibra de carbono 5,6 polegadas com: conta-giros digital, shift light, medidor de força G, voltímetro, pressão de combustível, velocímetro, Amortecedores Öhlins com regulagem de bump e rebound Camber GPS e tempo de volta, além de outras funções Sistema de freio brembo com Sport AbS Pastilhas de freio High plate na torre dos amortecedores dianteiros Pneus Pirelli Slick 265/645-18 Rodas de silício Performance de competição
autódromo deve atender a uma série de requisitos. São analisados desde a largura do circuito até o centro médico, passando por itens como asfalto, áreas de escape, guard-rails, barreiras
Assista ao vídeo do Lancer Evo RS em ação: http://youtu.be/ck9R0pq9SDo.
de pneus, zebras, muro dos boxes, alambrados e sistema de
CaleNdÁrio 2014 11/12 abr
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drenagem. No Brasil, apenas três 13/14 JUN
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15/16 aGo
Datas sujeitas a alteração. Todas as etapas acontecem no autódromo Velo Città
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autódromos possuem o selo da FIA: Interlagos, em São Paulo, o de Curitiba e, agora, o Velo Città.
PatroCiNadores: Lubrax, bTG Pactual, Pirelli, Armura, Columbia Autódromo Velo Città
[Mitrevista] março 2014
99
DRIVE CLub
prEmium racing school cursos da mitsubishi são para a formação dE pilotos dE pista
O
coordenador é Ingo Hoffmann, 12 vezes campeão da Stock Car e com passagem pela Fórmula 1. Os instrutores são Duda Pamplona, piloto com carreira vitoriosa no automobilismo brasileiro, e Eric Darwich, maior especialista no Mitsubishi Lancer Evo do Brasil. O local é o autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP), homologado pela Federação Internacional de Automobilismo. Se você quiser se tornar um piloto apto para tirar a carteira da Confederação Brasileira de Automobilismo, seja bem-vindo aos cursos de pilotagem organizados e realizados pela Mitsubishi: a Mitsubishi Racing Experience e a Mitsubishi Premium Racing School, ambas sob medida tanto para novatos como para quem tem alguma experiência. A Mitsubishi Racing Experience é um curso intensivo. Dura um dia. Começa às 8h com uma aula teórica na qual Ingo explica técnicas de pilotagem, posição de dirigir, particularidades de um carro de corrida, regulamentos de um autódromo e regras de uma prova automobilística. Depois, é hora de ir à pista e acelerar o Mitsubishi Lancer Evo X, superesportivo com 295 cavalos e que vai de 0 a 100
100
[Mitrevista] março 2014
km/h em 6,3 segundos. O circuito é dividido em quatro trechos e os alunos aprimoram tangência, frenagem e saída de curva. Em todos os momentos, são monitorados pelos instrutores via rádio. Depois da pausa para almoço, realizado no Mitsubishi Racing Center, a adrenalina continua a bordo do Lancer Evo R, carro utilizado na Mitsubishi Lancer Cup e cuja potência atinge 306 cavalos. Para fechar com chave de ouro, são feitas voltas rápidas na pista monitoradas por telemetria e acompanhadas pelos instrutores. Já a Mitsubishi Premium Racing School tem dois dias de duração. Começa na sexta-feira às 9h. O primeiro dia é semelhante à Racing Experience e termina com um jantar descontraído no qual invariavelmente Ingo conta casos e causos de sua carreira. O diferencial está no dia seguinte, quando os pilotos passam horas na pista realizando exercícios em busca de alta performance para baixar o tempo de volta. Um tempo extra para se aperfeiçoar no comando do Lancer Evo R. Portanto, se você gosta de velocidade, não hesite. Vista seu macacão, calce sua sapatilha, coloque seu capacete e venha acelerar no Velo Città. Daí para a Mitsubishi Lancer Cup é só um pulo.
“a parte da tomada de tempo é emocionante. sentimos a pressão gostosa de uma competição. Você fica em contato co.m o instrutor pelo rádio, usando o que aprendeu no curso.” Leandro Campos “É indescritível a emoção de pilotar o lancer evo X e o lancer evo r em uma pista como Velo Città. e fica o aprendizado para o dia a dia, pois os instrutores ensinam como proceder em várias condições adversas.” Francisco Marques, administrador de empresas “É muito emocionante dirigir um carro tão esportivo e com tantas qualidades. Já chamei uns amigos. se eles
quiserem fazer, eu venho junto pra ter o prazer de repetir a dose.” Fernando Stahl Monteiro, engenheiro “além de ser bem personalizado para acompanhar o nível de cada aluno, você fica praticamente ‘one on one’ com os instrutores, todos de altíssimo nível.” Ara Vartanian, joalheiro “Foi simplesmente fantástico. o programa é perfeito e o carro, ótimo. as instruções do ingo e do eric são fora de série. Vou guardar na memória para sempre.” José Claudio Arouca, administrador de empresas
MitsUbishi raCiNG eXPerieNCe 04 abr 06 JUN 03 oUt 12 deZ MitsUbishi PreMiUM raCiNG sChool 21/22 Mar 30/31 Mai Datas sujeitas a alteração.
RICARDO ROLLO
RICARDO LEIzER
FOTOS: CARSTEN HORST / MITSubISHI
Que tal um curso de pilotagem com Ingo Hoffmann no autódromo Velo Città?
Para mais informações ou para realizar sua inscrição, entre em contato pelo mitdriveclub@mmcb.com.br ou pelo (11) 5694-2866. www.mitsubishiracingschool.com.br www.mitsubishmotors.com.br Autodromo Velo Citta
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Evo day Q
uem tem Lancer Evo faz parte de uma turma especial. Usam o carro no dia a dia para ir trabalhar, para ir ao cinema. Mas têm o pé direito mais pesado. Gostam de acelerar. Têm velocidade e adrenalina no sangue. E não há lugar melhor para isso do que um autódromo. Melhor ainda se nesse autódromo eles tiverem a companhia de outros Lancer Evo e assessoria com valiosas dicas de pilotos profissionais, como Ingo Hoffmann e Duda Pamplona. Entre as três baterias, um almoço é servido para repor as energias e jogar conversa fora. Esse é o espírito do
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Datas sujeitas a alteração. Todas as etapas são realizadas no Velo Città
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TOM PAPP
FOTOS: RICARDO LEIzER
DRIVE CLub
acElErE sEu lancEr Evo no autódromo vElo città
Lancer Evo Day, um track day que acontece nos mesmos dias da Lancer Cup. Em 2014, serão sete etapas no Velo Città, o autódromo da Mitsubishi em Mogi Guaçu (SP). O competidor que disputar as três baterias do dia e conseguir a menor diferença absoluta de seus melhores tempos leva para casa o troféu Lancer Evo Day. Confira o calendário e venha passar um sábado inesquecível, cercado de gente que gosta de acelerar.
www.lancerevoday.com.br lancerevoday@mmcb.com.br Autódromo Velo Città
@nacaomitsubishi
“a chance de acelerar o próprio carro, que uso no dia a dia, em um autódromo do nível do Velo Città é inacreditável.” Fabio Hayashi
@mundomit
“a gente que tem um carro esportivo do nível do lancer evo sempre teve vontade de conferir os limites dele. o Velo Città é o lugar certo para isso.” Carlos Abreu
fotos: tom papp
adriano carrapato
fun day D
iversão garantida! Adrenalina também! Eis o conceito do Mitsubishi Fun Day, a mais nova competição criada pela marca dos três diamantes para seus clientes. Trata-se de uma prova de regularidade realizada no autódromo Velo Città, construído pela Mitsubishi Motors em Mogi Guaçu, interior paulista. Em cada uma das três provas do dia, os participantes precisam passar no tempo correto em diversos pontos de cronometragem (PCs) ao longo do circuito e completar a volta no tempo determinado pela organização. Quanto mais regular for o piloto, maiores as
chances de subir no pódio e erguer o troféu. O primeiro Fun Day aconteceu no intervalo entre as provas da última etapa da Lancer Cup, no ano passado. Em 2014, serão sete etapas, todas nos mesmos dias da Lancer Cup, o que dá a possibilidade ao participante de assistir às provas de uma das mais emocionantes categorias do automobilismo brasileiro. Para o Fun Day, estão convidados os clientes de Lancer Sedan, Lancer Sportback, Outlander e ASX de todas as versões. Fortes emoções à vista.
CALENDáriO 2014
“Estou surpreso com a estrutura e com a organização. Nunca tinha participado de nada parecido. Adorei!” Junior Masotti
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Datas sujeitas a alteração. Todas as etapas são realizadas no Velo Città
www.mitsubishimotors.com.br
“É um privilégio poder usufruir do nosso carro numa pista como esta.
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O mais nOvO eventO da mitsubishi para clientes de asX, Outlander e lancer
[Mitrevista] março 2014
Foi inesquecível!” Edmundo Cruz “Ganhei o Lancer de presente de aniversário do meu avô na semana passada. O Fun Day foi a melhor maneira de estrear o carro.” Rafael Toledo
fw transportes a parceria mais que perfeita
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universo
mitsubishi
cadu rolim
divulgação
tom papp
divulgação
tom papp
divulgação
a nação 4x4 acelera e se diverte pelas trilhas do brasil
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20 anos motorsports
mitsubishi motorsports
Duas DécaDas De aventuras e navegação pelo brasil
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divulgaçãO
O mar paraibano faz o pano de fundo da etapa de João Pessoa
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fotos: divulgação
1995 1997
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1999 2002
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tom papp
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adriano carrapato
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ricardo leizer
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ricardo leizer
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fotos: tom papp
2006
adriano carrapato
2005
A
história não é novidade, mas vale a pena contá-la de novo – mesmo
20 que de uma maneira resumida. Num sábado chuvoso, no longínquo ano de 1994, 34 Mitsubishi Pajero e L200 se encontraram em São
Paulo e partiram para um passeio pela serra do Mar. Choveu tan-
to que a brincadeira foi ainda mais divertida do que o previsto – a ponto de, por outro lado, precisar ser encurtada por conta do lamaçal. No fim da tarde,
“Ter um hobby como o Mitsubishi MotorSports e poder levar a família é incrível. Vêm minha esposa, minha filha, e até minha mãe já veio uma vez.” Marcelo Borsatto
com pilotos, navegadores, zequinhas e carros devidamente pintados de barro, a frota 4x4
estacionou em frente ao extinto Banana Café, na avenida dos Bandeirantes. Todos estavam
extasiados. Seria apenas mais um passeio off-road se anos depois a pequena
saga não ganhasse corpo e se transformasse no mais tradicional rali de regularidade da América Latina, o Mitsubishi MotorSports.
Em 2014 o rali comemora 20 anos de vida. Nessas duas décadas, não
faltam histórias que engrandecem o campeonato. O ve- “Depois que o bichinho do rali pica a terano Carlos Salvini lembra-se de quando subiu no pódio gente, não tem volta. A sensação de
acompanhado da neta de 3 anos: “Foi uma emoção que terminar o dia com o carro sujo é innunca tinha sentido”. Marcelo Borsatto exalta as amiza- descritível.” Kaciller Szterling des feitas em cada etapa: “Pessoas que eu conheci nos ralis viraram grandes
amigos, que frequentam minha casa”. Sérgio Chvaicer não se esquece das
MiTSUBiSHi
viagens pelo Brasil proporcionadas pelo rali: “Conheci lugares que jamais ima-
MoTorSPorTS
ginava”.
SUDeSTe 2014
Enfim, o Mitsubishi Motor Sports firmou-se não apenas como uma das
mais emocionantes competições do calendário nacional, mas também como programa para a família e ponto de encontro entre amigos. Casais, famílias e grupos de amigos começaram a participar ativamente.
O Mitsubishi MotorSports cresceu tanto que precisou ser dividido em dois
campeonatos (Sudeste e Nordeste) e em três categorias (Turismo Light, Tu-
“Participo pensando em vencer, mas o que me traz mesmo para o Mitsubishi MotorSports são as amizades e o companheirismo.” Charles Marcelo Ritter
rismo e Graduados). Na primeira, a planilha é mansa e as velocidades médias são baixas. As exigências aumen-
05/ABr
Campos do Jordão (SP) 10/MAi
Goiânia (Go) 07/JUn
Curitiba (Pr) 23/AGo
Uberlândia (MG)
tam na categoria Turismo. Na Graduados, a vida é mais
27/SeT
dura. Lourival Roldan, diretor de prova, diz que muita
Penedo (rJ)
coisa mudou nessas duas décadas. “No início, na planilha de papel a gente
18/oUT
colocava 20 trechos e dez pontos de controle”, relembra. “Hoje a versão ele-
Joinville (SC)
trônica comporta até 500 trechos e 120 pontos de controle.”
A 20ª temporada, com largada marcada para o dia 5 de abril, terá sete
etapas no campeonato Sudeste e quatro no Nordeste. As novidades do ca-
15/noV
ribeirão Preto (SP)
Datas e locais sujeitos a alteração
lendário são as cidades de Campos do Jordão (SP) e Uberlândia (MG) [veja ao lado]. A grande novidade para 2014 é o prêmio para comemorar os 20 anos:
MiTSUBiSHi
em todas as etapas (Sudeste e Nordeste) será sorteada entre os pilotos uma
MoTorSPorTS
viagem para o Cristalino Jungle Lodge, um dos melhores hotéis de selva do
norDeSTe 2014
mundo (leia reportagem a seguir).
26/JUl
Aracaju (Se)
900 TonelADAS De SoliDArieDADe
No Mitsubishi MotorSports, o prazer de competir está ligado a uma causa
nobre. Para participar dos ralis, cada veículo deve doar 30 quilos de alimentos e
Na página ao lado, uma linha do tempo mostra o avanço de um evento que começou como um passeio e se transformou no mais tradicional rali de regularidade da América Latina
um kit de produtos de higiene que são repassados a instituições de caridade das
cidades que recebem o rali. Apenas em 2013, o Mitsubishi Pró Brasil arrecadou
13/SeT
natal (rn) 1º/noV
Fortaleza (Ce) 29/noV
92 toneladas de alimentos. Desde a criação do evento, em 1994, a coleta alcan-
João Pessoa (PB)
çou a marca de 900 toneladas. Uma parceria entre o esporte e a solidariedade.
Datas e locais sujeitos a alteração
[Mitrevista] março 2014
111
lançamento
esta é especial Os 20 anOs dO Mitsubishi MOtOrspOrts inspiraraM O lançaMentO da nOva l200 savana, que terá uMa ediçãO liMitada de 200 unidades
U
Por
gersOn caMpOs
ma grande data merece um grande carro. Para celebrar os 20 anos do Mitsubishi MotorSports, a Mitsubishi lança uma série especial da L200 Savana. Serão apenas 200 unidades, todas numeradas com a plaqueta “Limited Edition” no painel. A cabine dupla estará disponível em cor única e exclusiva, o bege Jizan. Do lado de dentro, as sobrecapas de neoprene dos bancos (mais fáceis de limpar e secar) ganharam a palavra “Savana” bordada. Outros diferenciais são as rodas de liga leve na cor grafite, os adesivos no capô e nas portas traseiras e o logo alusivo às duas décadas de história do rali na traseira e na lateral do carro. No mais, trata-se de uma L200 Savana em tudo que o carro tem de melhor, como a carroceria reforçada em seis pontos, o que per112
[Mitrevista] março 2014
Fotos
guilber hidaka
mite torções fora dos padrões sem riscos para a estrutura. Para trechos alagados com até 80 centímetros de profundidade, conta com snorkel e uma altura em relação ao solo de 22 centímetros. O ângulo de entrada é de 39° e o de saída, 26°. Os pneus são Scorpion MTR 255/70 R16, ideais para a lama. O rack abriga duas pranchas para serem usadas sob os pneus em situações de baixa aderência. As proteções em torno das caixas de roda preservam a pintura em travessias exigentes. O rack para transporte de objetos grandes no teto e duas caixas para acessórios na caçamba completam o visual mais do que off-road. O powertrain é o mesmo da nova L200 Triton. Os cinco ocupantes ainda contam com ar-condicionado automático. Afinal, aventuras, aventuras, conforto à parte. www.mitsubishimotors.com.br
Cor exclusiva, rodas de liga leve grafite, adesivos no cap么, plaqueta numerada Limited Editon e tudo mais que a L200 Savana tem de melhor
[Mitrevista] mar莽o 2014
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comemoração
fotos: divulgação
Uma viagem 4x4 na selva amazônica
PArA COMEMOrAr Os 20 ANOs DE rEALizAçãO DO MitsUbishi MOtOrsPOrts, sErá sOrtEADA ENtrE Os PiLOtOs EM tODAs As EtAPAs UMA iNCrívEL viAGEM PArA O CristALiNO JUNGLE LODGE, UM DOs MELhOrEs hOtÉis DE sELvA DO MUNDO
Q
uando se fala em hotel de selva, a primeira ideia é descer
eleito um dos melhores do gênero pela revista National Geographic
em Manaus (AM) e embarcar em uma lancha rumo a
Traveler. Não há nenhuma outra pousada nas proximidades. Nem
algum lugar à beira do rio Negro. De fato, a maioria
tampouco algum vilarejo.
desses recônditos da Amazônia está instalada por ali. Alguns são tão próximos de Manaus que a palavra selva
catalogadas) se revela tão tranquila e fácil quanto as águas do
perde o sentido. Ainda mais quando as atrações do hotel, de tão
rio Cristalino, que faz jus ao batismo, é propenso ao banho dos
pasteurizadas, equivalem à vulgaridade de um parque temático.
hóspedes e corre ao lado do lodge a quem emprestou o nome.
É preciso lembrar, no entanto, das aulas de geografia: de tão
Em qualquer passeio, seja navegando ou caminhando por trilhas,
extensas, as dimensões da Amazônia abrangem nove estados
sempre em pequenos grupos, o visitante se depara com centenas
do país. Para quem quer viver a experiência da selva autêntica,
de aves, além de jacarés, capivaras, quatis, macacos, preguiças,
portanto, vale deixar Manaus de lado. Por que não?
tatus, antas, tamanduás, pacas, uma infinidade de espécies. Com
O Cristalino Jungle Lodge, por exemplo, está fincado no extremo
114
Assim, a observação da fauna e da flora (são 1.200 plantas
alguma sorte, dá para ver onças e gaviões-reais. Diversos animais
norte de Mato Grosso, próximo ao Pará. A floresta imaculada,
são endêmicos, como os macacos aranha-de-cara-branca e cuxiu-
em uma imensa área de conservação ambiental. O lodge é tão
de-nariz-vermelho; ou das aves falcão-críptico, tiriba-de-barriga-
comprometido com a ecologia — e o turismo responsável — que foi
vermelha e capitão-de-bigode-de-cinta. Para facilitar a observação,
[Mitrevista] março 2014
O rio Cristalino serĂĄ a sua estrada nesta viagem para a AmazĂ´nia
[Mitrevista] março 2014
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CoMeMoRAção
Nesta página, uma das 22 acomodações nada selvagens do Cristalino Jungle Lodge. Na página ao lado, uma das espécies de macaco que vivem nos arredores, o deque de madeira, a exuberante natureza em forma de flor e uma das torres de 50 metros para observar a selva
há duas torres de 50 metros de altura, mirantes acima da copa das árvores que permitem visuais incríveis. A despeito de seguir preceitos da arquitetura sustentável, o Cristalino Lodge tem 22 acomodações acolhedoras e espaçosas — em particular, os bangalôs. A água dos chuveiros é quente, graças à energia solar. A vedação contra insetos, irretocável. A culinária reserva surpresas deliciosas. Por ser provida por geradores, a energia elétrica é desligada às 22h30, quando o Cristalino passa a ser iluminado por velas. A essa altura, depois de um dia de muitos passeios, a maioria dos hóspedes prefere dormir, ao som da rica polifonia da floresta tropical. Começará bem cedo um novo dia de uma genuína estada na selva. E, nesse cenário, será comemorada a data histórica dos 20 anos do Mitsubishi MotorSports no melhor estilo 4x4.
Serviço Cristalino Jungle Lodge, Rio Cristalino, Alta Floresta (MT), tel. (66) 3512-7100. www.cristalinolodge.com.br www.circuitoelegante.com.br
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[Mitrevista] março 2014
fotos: divulgação
[Mitrevista] março 2014
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premiação
Na Bahia, assim como na polinésia
o Kiaroa reSorT, Na Bahia, é a LiNha De CheGaDa Do piLoTo Campeão Da CaTeGoria GraDuaDoS SuDeSTe
a
baía de Camamu, na Bahia, é a terceira maior do Brasil.
e despojado, construído com muita madeira e derivações da
perde apenas para a vizinha baía de Todos os Santos
palha. Jardins, serviços, culinária, tudo provoca encantamento.
e, claro, para a de Guanabara, no rio. São mais de 90
De quebra, o Kiaroa está bem diante de uma praia deserta, a
ilhas, quase todas ocupadas somente por pescadores —
de Bombaça. mesmo na alta temporada as areias continuam
como as canções de Caymmi. ali se estende a península de maraú,
pouco frequentadas. embora situado num terreno de de 240
belíssima e única. embora esteja fincada no concorridíssimo sul da
mil metros quadrados, o resort tem somente 28 acomodações.
Bahia, permanece pacata. isso de deve, sobretudo, à dificuldade
metade são quartos espaçosos. a outra metade, bangalôs com
de chegar. Sua vila mais conhecida, Barra Grande, tem só 3 mil
aquela privacidade sempre associada à palavra romantismo. Nas
viventes, caminhando sem pressa pelas ruas sem nome, feitas só
áreas comuns, o ponto alto é a piscina, tão descolada que tem
de areia. Como no poema de mario Quintana, em maraú o tempo
uma ilha com coqueiros.
ainda é apenas um ponto de vista dos relógios. melhor ainda para quem se hospeda no Kiaroa eco-
118
o Kiaroa conta, ainda, com uma pista de pouso. ali, os hóspedes desembarcam meia hora depois de decolar de
Luxury resort. o lugar deixa claro já no nome de onde vem
Salvador. os passeios são aliciantes. as ilhas do Goió e da
sua inspiração: a polinésia Francesa. Tal como nos pequenos
pedra Furada, assim como o próprio Kiaroa, também lembram a
hotéis da ilha de Bora Bora, tudo é, ao mesmo tempo, refinado
polinésia. Na ilha do Sapinho, os restaurantes mantêm viveiros
[Mitrevista] março 2014
de lagostas, servidas a preços baixos e na medida do bom senso: graúdas, cozidas com sal e alho — e nada mais. Quem descarta passeios de barco pode aproveitar as praias da península. São 40 quilômetros de praias. Uma delas vale, em especial, pela paisagem: a praia do Cassange está separada da lagoa do mesmo nome só por um coqueiral. Coisa fina. A mais famosa chama-se Taipu de Fora. Taipu é palavra indígena para bancos de areia. O nome registra um adorável fenômeno. Na Lua nova ou na cheia, a partir das 9h30, a praia deixa de encobrir os corais e passa a revelar piscinas a serem desvendadas de snorkel. Assim como na Polinésia Francesa. Uma viagem sob medida para o piloto campeão do MotorSports desfrutar sua conquista.
Serviço Kiaroa Eco-Luxury Resort, Praia de Bombaça, Barra Grande, Península de Maraú, tel. (73) 3258-6213. www.kiaroa.com.br www.circuitoelegante.com.br FOTOS: divULGAçãO
[Mitrevista] março 2014
119
Getty imaGes
premiação
Um refúgio dos tempos de JK
REFERêNCIA FINAL NA PLANILHA dO PILOTO VENCEdOR dA CATEgORIA TURISMO SUdESTE: O HOTEL CATARATAS, O úNICO dENTRO dO PARqUE NACIONAL dO IgUAçU
É
de se imaginar o susto de Álvar Nuñes Cabeza de Vaca no
o calor muito úmido da cidade de Foz do Iguaçu, no extremo oeste
ano da graça de 1541. Lá vinha ele em uma rude canoa pelo
do Paraná, chega a esmorecer os mais frágeis. Isso não constitui
rio Iguaçu, na obsessiva busca de um império pavimentado
problema maior para quem escolhe se hospedar na comodidade do
com ruas de ouro. Foi quando ouviu os incessantes
Hotel Cataratas. É o único instalado dentro do Parque Nacional do
estrépitos, cada vez mais altos. Já em terra firme, o explorador
Iguaçu, cercado por mata tropical intocada. Além disso, as suítes
espanhol descobriu estar diante de outro tesouro: aquele que
são muito amplas e com um pé-direito admirável. Prazer adicional:
muitos consideram o mais espetacular conjunto de quedas-d’água
dorme-se embalado pelo som das quedas d’água ao longe, em volume
do planeta. Sim, superior em beleza às Niagara Falls (na América do
próximo do acalanto.
Norte) e às Victoria Falls (na África). E que fique claro: não há nenhum
O Hotel das Cataratas, erguido em estilo colonial português,
ufanismo nessa constatação. Até porque a maior parte das cataratas
foi inaugurado no final dos anos 1950, pelo presidente Juscelino
— dispostas em um cenário em formato de ferradura — fica em
Kubitschek. Conheceu a decadência três décadas depois, quando
território argentino.
fazia parte do patrimônio da extinta companhia aérea Varig. Tudo
Há 275 quedas-d’água distintas, debruçadas sobre paredões de
120
foi resolvido em 2008. Naquele ano, passou a fazer parte do grupo
60 metros, mas esse número é variável. No verão, com o volume das
Orient-Express, o mesmo que restituiu o viço ao Copacabana Palace.
chuvas, elas passam a 350. É bem verdade que, no auge da estação,
Por sinal, coube ao mesmo arquiteto francês, Michel Jouannet,
[Mitrevista] março 2014
Fotos: dIvulgação
repaginar os dois hotéis. Em ambos os casos, teve o mérito de modernizar sem pecar pela descaracterização. Caminhar pela magistral rede de passarelas com mirantes sobre as cataratas é o principal programa. Os arco-íris e as borboletas despontam com frequência única. Sobrevoar as cataratas de hélicoptero também está no menu. Outras atrações são as 900 espécies do Parque das Aves e, ainda, uma esticada nos países vizinhos, para compras no Paraguai ou saborear cassinos e bifes de chorizo na Argentina. Por fim, para lá de emocionante é a navegação em lépidos barcos infláveis de fundo rígido da empresa Macuco Safári. A bordo deles, chega-se o mais próximo possível das quedas d’água. Como o pioneiro Álvar Cabeza de Vaca jamais ousaria — mas, provavelmente, adoraria. Um belo refúgio para o descanso do piloto campeão da categoria Turismo do Mitsubishi MotorSports Sudeste.
Serviço Hotel das Cataratas, Rodovia das Cataratas, km 32, Foz do Iguaçu (PR), tel. (45) 2102-7000. www.hoteldascataratas.com www.circuitoelegante.com.br
[Mitrevista] março 2014
121
premiação
foTos: diVulgação
Nos passos do imperador
A DuPlA fEMININA CAMPEã DA CATEgORIA TuRISMO SuDESTE gANhA uMA VIAgEM PARA A POuSADA TANkAMANA, EM ITAIPAVA
M
uito alto (1,90 metro), corpulento e de pele clara e frágil,
desvelo do serviço pode ser avaliado por detalhes como o jornal disposto
o imperador Dom Pedro II sofria um bocado com o calor
na porta bem cedinho, junto com o guarda-chuva, se há risco de tempo
do Rio de Janeiro. Até porque não morava no palácio do
instável. Mais: o café da manhã é servido a qualquer hora do dia. As demais
centro da cidade, mas em outro, no tórrido bairro de São
refeições também podem ser saboreadas no próprio chalé, em mesa
Cristóvão, onde devorava sua biblioteca de 40 mil volumes. Em virtude
montada com elegância. Por vezes, dá vontade de nem sequer sair das
da temperatura, Dom Pedro resolveu, na metade do século 19, respirar
acomodações. No máximo, apreciar a paisagem da varanda.
novos ares — bem mais amenos —, na serra fluminense. Ao menos no
um spa reconfortante, piscinas, cinema e, claro, um restaurante refinado,
homem mercurial, bandeava-se para a serra tão logo o mercúrio se
erguido sobre tanques de criação de trutas e a cargo do chef Eduardo
expandia na linha do termômetro. Para isso, encarava uma viagem de dois
filgueiras. Influências orientais enriquecem o menu, com destaque para
dias — diminuída para 4 horas em 1854, quando o barão de Mauá (então
o arroz de jasmim com camarões no wok e o pato zen. O chef aproveita-
ainda visconde) inaugurou uma estrada de ferro.
se, também, da produção orgânica da região, incluindo queijos e geleias.
A temperatura agradável, de talhe europeu, ainda é um dos
Além disso, a Tankamana organiza passeios, trata de aluguel de cavalos,
chamarizes da região. Sobretudo, no Vale do Cuiabá — entre Petrópolis
empresta arcos e flechas e incentiva visitas aos pontos altos, em todos os
e Teresópolis —, área de densa vegetação entre as montanhas, cortada
sentidos, de Petrópolis. Incluindo o Palácio Imperial, onde tudo começou.
por rios e cachoeiras. Ali ergue-se a Tankamana, eleita pelo insuspeito
lá está a coroa de Dom Pedro II. Tem 639 brilhantes e 77 pérolas. É tão
Guia Quatro Rodas a melhor pousada de Petrópolis. O nome soa estranho
valorosa quanto o clima de Petrópolis. Ou o da Pousada Tankamana. E,
à primeira audição, mas torna-se absolutamente plausível quando sua
nela, a dupla feminina campeã na categoria Turismo vai relaxar após o
origem é explicada. Tankamana, no Tibete, significa “integração do
merecido título.
homem com a natureza”. Procede. Os 16 chalés da Tankamana, construídos com troncos roliços e pedras, ficam a boa distância uns dos outros, permitindo rara privacidade. Todos têm lareira. A maioria conta com ofurô ou hidromassagem. O 122
Tentador, sim. Mas seria um desperdício. A Tankamana acena com
verão. Assim, criou o município de Petrópolis. Embora não fosse um
[Mitrevista] março 2014
Serviço pousada Tankamana, estrada Júkio Capua, km 37, Vale do Cuiabá, petrópolis (rJ), tel. (24) 2222-9181 www.tankamana.com www.circuitoelegante.com.br
wikimedia commons
[Mitrevista] marรงo 2014
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[Mitrevista] marรงo 2014
fotos: tom papp
david santos jr
adriano carrapato
david santos jr tom papp
cadu rolim
tom papp
tom papp tom papp cadu rolim tom papp
cadu rolim
outdoor
pitada hi-tech
mudanças vão deixar o rali ainda mais gostoso e desafiante
C
om o avanço da tecnologia, sem jamais perder o
so identificar as porteiras do caminho. Na sequência,
espírito 4x4, o Mitsubishi Outdoor volta a cam-
pode surgir uma tarefa cultural, como preparar um
po no próximo dia 5 de abril. A etapa de estreia
bolinho de chuva seguindo a receita manuscrita por
da 11ª temporada será em Campos do Jordão, interior
dona Purezinha, mulher de Monteiro Lobato. A missão
de São Paulo. A receita continua a mesma: pilotagem
seguinte pode ser um trekking montanha acima.
4x4 por belas estradas de terra, estratégia para traçar
Em 2014, a pitada a mais de emoção na categoria
o melhor roteiro, esportes de aventura como rapel,
Extreme, na qual competem os mais experientes, fica-
trekking e mountain bike e tarefas culturais abrangen-
rá por conta do maior uso de aparelhagem eletrônica
do história, culinária e tradições locais.
para a localização e de um formato que lembrará uma
É um passeio sob medida para ser feito ao lado
expedição. “A ideia é dar ao evento uma cara de corrida
de familiares e amigos. “O Mitsubishi Outdoor ajuda
de aventura”, diz Fernando Gualberto, diretor de prova.
a colocar a família em dia”, diz André Caliento Paiva,
“Os competidores terão menos auxílio do pessoal de
que neste ano participará do evento pela quinta vez
campo, precisarão se virar mais.” As novidades serão
consecutiva. “Vou com minha esposa e dois filhos.” No
divulgadas apenas no dia da estreia em Campos de
outro carro da equipe, irão a irmã e a madrinha do ca-
Jordão. Depois, o Mitsubishi Outdoor vai viajar por mais
çula. “Como se vê, o sistema circulatório da família foi
seis cidades: Curitiba (PR), Uberlândia (MG), Penedo
contaminado pela lama”, brinca o médico, que participa
(RJ), Joinville (SC) e Ribeirão Preto (SP) (veja calendário). “É a oportunidade perfeita para conhecer o Brasil”,
na categoria Fun, a porta de entrada do rali. Considerado um rali de estratégia, o Mitsubishi
diz Daniel Leite, da equipe Absolut Lama. Daniel está
Outdoor requer que as equipes cumpram uma série de
ansioso: espera pelo recomeço do rali, depois de
atividades esportivas e culturais espalhadas por uma
quatro meses. “O calendário do ano já está na minha
área de até 500 quilômetros quadrados. Tentados por
mesa”, diz o piloto, que tem na equipe dois cunhados e
uma lista de tarefa recebida minutos antes da largada,
cinco amigos. “São seis fins de semana sagrados.
balizados por uma planilha bem explicada, guiados por
A gente se esquece de tudo. É só aventura, adrenalina
um mapa minucioso e com a ajuda do GPS, cada time
e curtição.” O mesmo discurso vale para Fábio Bauer,
traça o roteiro que julgar mais rentável nos quesitos
da equipe Speedy Gonzales, que subiu ao pódio dez
pontuação e diversão. As três melhores equipes em
vezes nas últimas doze etapas (2012 e 2013). “O pro-
cada categoria (Fun e Extreme) sobem no pódio, rece-
blema é que neste ano já sei que vou perder a etapa
bem troféus e fazem a festa com champanhe.
de Curitiba, por causa de um casamento na Califórnia”,
As tarefas na planilha variam a ponto de agradar
“O Mitsubishi Outdoor ajuda a colocar a família em dia. Vou com minha esposa e dois filhos, o Lucca, de 14, e a Gabriela, de 10. Em breve, o Rafa, de 4, também vai entrar na brincadeira.” André Paiva “São seis fins de semana sagrados. A gente se esquece de tudo. É só aventura, adrenalina e curtição entre amigos.” Daniel Leite “A ideia é dar ao Mitsubishi Outdoor uma cara de corrida de aventura. Os competidores [da categoria Extreme] terão menos auxílio do pessoal de campo. Terão de se virar mais.” Fernando Gualberto, diretor de prova
conta. “É uma pena...” Calma, Fábio, a Califórnia não é
desde os mais aventureiros até os mais contemplati-
tão ruim assim. E, nas outras cinco etapas do ano, você
vos. Depois de fazer um rapel de 40 metros, será preci-
há de estar.
MITSUBISHI OUTdOOR 2014 05/ABR- Campos do Jordão (SP) Uberlândia (MG)
10/MAI- Goiânia (GO)
27/SET- Penedo (RJ)
07/JUN- Curitiba (PR)
18/OUT- Joinville (SC)
23/AGO-
15/NOV- Ribeirão Preto (SP)
Datas e locais sujeitos a alteração
[Mitrevista] março 2014
127
RICARdo LEIzER ToM PAPP RICARdo LEIzER
MoToRSPoRTS como participar Entre no site www.mitsubishimotors.com.br, clique em Mundo Mit e depois, na aba Mit Ralis, em Mitsubishi MotorSports. As inscrições começam na segunda-feira às 8h, doze dias antes de cada etapa. É prudente se inscrever o quanto antes, pois as vagas são limitadas e costumam se encerrar no mesmo dia. Se você é iniciante, inscreva-se na categoria Turismo Light. Se já tiver algum conhecimento, entre na categoria Turismo. Os mais experientes devem se alinhar na categoria Graduados. Na Turismo e na Graduados é preciso ser filiado à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Participam os veículos das linhas Pajero e L200 com tração 4x4. Nas categorias Turismo Light e Turismo, além de piloto e navegador, podem ir até três “zequinhas” (acompanhantes) no banco de trás. A idade mínima para o navegador é de 16 anos. Para os “zequinhas”, 10. A taxa de inscrição por carro é a doação de 30 quilos de alimentos não perecíveis e seis produtos de higiene para associações beneficentes das cidades que recebem as etapas. Visando crescer seu apoio em solidariedade, a Mitsubishi fez uma parceria com a Casa Hope, de apoio à criança com câncer. Em cada etapa, haverá um pedágio solidário para os participantes, que poderão contribuir voluntariamente com doações em dinheiro que serão entregues à instituição. Na sexta-feira à noite, véspera da prova, acontece um um briefing seguido de aula de navegação. No sábado, após a prova, competidores e acompanhantes participam de um almoço de confraternização.
patrocinadores: [Sudeste] Lubrax, Itaú, Clarion, W. Truffi Blindados, MitFinanciamentos, Sideral, MVC, STP, Transzero, Unirios, Flamma, Rede, Pirelli, Axalta, Consórcio Embracon, Columbia, Crocs. apoio Artfix [Nordeste] Itaú, Axalta, MitFinanciamentos, GW Logistics, Mangels, Pirelli, W. Truffi Blindados, Flamma, Transzero, Mapfre, Tecfil, Lubrax, Clarion, Unirios, Pilkington, Columbia, Crocs. apoio Artfix
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oUTdooR como participar Entre no site www.mitsubishimotors.com.br, clique em Mundo Mit e, na aba Mit Ralis, em Mitsubishi Outdoor. As inscrições começam na segunda-feira às 8h, doze dias antes da etapa. Inscreva-se o quanto antes, pois as vagas são limitadas e costumam se encerrar rapidamente. Se você é iniciante, inscreva-se na categoria Fun. Os mais experientes participam da categoria Extreme. Cada equipe é formada por dois carros com até cinco pessoas cada. A idade mínima é de 8 anos. Podem participar as versões 4x4 do Pajero, da L200, do ASX* e do Outlander*. A taxa de inscrição para cada carro é a doação de 30 quilos de alimentos não perecíveis e seis produtos de higiene para associações beneficentes das cidades que recebem as etapas. Visando crescer seu apoio em solidariedade, a Mitsubishi fez uma parceria com a Casa Hope, de apoio à criança com câncer. Em cada etapa, haverá um pedágio solidário para os participantes, que poderão contribuir voluntariamente com doações em dinheiro que serão entregues à instituição. Na sexta-feira à noite, véspera da prova, acontece um um briefing seguido de aula de navegação. No sábado, após o rali, competidores e acompanhantes participam de um almoço de confraternização. (*) Somente na categoria Fun
como participar Entre no site www.mitsubishimotors.com.br e clique em Mundo Mit e, na aba Mit Ralis, em Mitsubishi Cup. Para participar é necessário ter a carteira de piloto ou navegador emitida pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e pagar o valor de inscrição da etapa. São cinco categorias: Pajero TR4 R, Pajero TR4 ER, Pajero TR4 ER Master, L200 Triton ER e L200 Triton RS. Todos os veículos são produzidos especialmente na fábrica de Catalão (GO) para a Mitsubishi Cup. Nas categorias L200, podem ser alugados ou comprados no sistema sit&drive, no qual a Mitsubishi cuida de toda a parte logística, desde o transporte do carro até a manutenção – os pilotos não precisam se preocupar com nada, apenas em vestir o macacão, colocar o capacete e acelerar. As inscrições são abertas sempre na segunda-feira, 12 dias antes da etapa, a partir das 8h.
patrocinadores: Atlantica/Midori, Clarion, Columbia, Unirios, Transzero, Lubrax,Mapfre, Cisa Trading, Brascabos, Pirelli, Pilkington, Axalta. apoio Artfix
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[Mitrevista] março 2014
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2000 2012
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2009
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2000
2010
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adriano carrapato
alírio de castro
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15anos o rali de velocidade da mitsubishi tornou-se referência no universo da competição cross-country
2000
adriano carrapato
2000
2000
por Renato Góes
2013 2005
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[Mitrevista] marรงo 2014
fotos: tom papp ricardo leizer
2013
P
oucas competições do automobilismo atingiram a marca de 15 temporadas. A partir do dia 29 de março, a Mitsubishi Cup passará a ostentar mais esse feito em sua his-
15 tória. História que teve início em 2000, quando alguns participantes do Mitsubishi
MotorSports, com o pé mais pesado, sugeriram trocar a regularidade pela velocida-
de. Os organizadores entenderam o recado. E incluíram uma nova modalidade na competição, a L200 Cup, embrião do que viria a se tornar dois anos depois o rali de velocidade cross-country mais respeitado do Brasil. O diretor de prova na época era Norton Lopes, que esteve
na primeira etapa, em Ribeirão Preto (SP). “A Mitsubishi Cup evoluiu muito nesses 15 anos, embora alguns conceitos tenham sido implantados desde o começo”, recorda. Bom exemplo é o formato de três provas por etapa e o uso de circuitos fechados em fazendas. “As pistas são
construídas nas estradas que atravessam as plantações.” Ele diz que, além de segura, a Mitsubishi Cup é uma mistura de estilos. “É uma combinação de cross-country, velocidade e, por que não, regularidade.” Para o piloto Guilherme Spinelli, campeão em 2005 na categoria L200
RS Master e atual diretor de competições da Mitsubishi, o fato de ser uma prova curta faz com que todos andem em alta velocidade do começo ao fim. “Com a repetição dos percursos, as disputas se tornam mais acirradas”, conta. “Assim, as vitórias são decididas por décimos de
segundo, algo raro em competições do tipo.” O navegador Du Sachs (campeão em 2004 na
categoria TR4 R e em 2005 na L200 RS) acredita que o formato
“Apesar do clima de disputa intensa na pista, fora dela o clima é sensacional. de três provas por etapa torna tudo mais emocionante. “Na priHoje, boa parte dos meus amigos veio meira volta, os navegadores e pilotos não conhecem o terreno, da Mitsubishi Cup”. Deco Muniz portanto é puro cross-country”, diz. “A partir da segunda, todos já conhecem o circuito e as duplas fazem anotações que modificam o modo de pilotar.”
Diretor técnico desde 2005, Detlef Altwig testemunhou de uma posição privilegiada a evo-
lução da Mitsubishi Cup. “Nessa época, a competição já estava encaminhada e passou a atrair não
só pilotos e navegadores vindos do Mitsubishi MotorSports, mas também de outros campeonatos”, recorda-se. Essa mescla entre novatos e veteranos gerou um alto grau de competitividade. A cada temporada, a cada etapa, a cada prova, o desempenho de
“O sistema sit&drive trouxe tranquilidade aos pilotos, que puderam se dedicar às foi melhorando. “A Mitsubishi Cup virou referência para o desen- suas respectivas profissões enquanto os volvimento da categoria no país”, afirma Detlef. O piloto Seigo carros são preparados e entregues no dia Nakamura foi um dos pilotos que migraram da regularidade para da prova.” Seigo Nakamura pilotos, navegadores, engenheiros, mecânicos e equipes de apoio
a velocidade em 2000. Hoje na categoria L200 Triton ER, ele afirma que o grande marco foi o
conceito sit&drive, criado em 2009. “A partir daquele momento, eu não tinha mais que me preocupar com a manutenção do carro entre as etapas”, diz o executivo do mercado financeiro. “Isso
trouxe tranquilidade aos pilotos, que podem se dedicar às suas profissões enquanto os carros são
preparados.” Para o navegador Beco Andreotti (tricampeão na L200 Triton RS em 2009, 2010 e 2012), o conceito também equilibrou as disputas. “Todos os carros recebem a mesma preparação, são idênticos”, diz Andreotti, corretor da bolsa de valores.
MITSUBISHI CUP 2014 29/MAR
Jaguariúna (SP)
Deco Muniz, atual campeão da categoria L200 Triton RS, diz que, ao longo dos anos,
26/ABR
a Mitsubishi Cup mudou de estilo. “Antes era um cross-country mais pegado, com muita
Mafra (SC)
navegação, algumas pegadinhas de roteiro, com buracos e rios”, relembra. “Hoje é mais ve-
31/MAI
locidade, mas exige precisão ainda maior na navegação.”
Se a parte técnica é unanimidade, o lado social, da amizade, não fica atrás. Ou seja, den-
tro da pista a disputa se dá com o pé lá embaixo, mas do lado de fora o que vale é a camaradagem. “Hoje, boa parte dos meus amigos vem da Mitsubishi Cup”, afirma Deco. “Todos estão lá
para superar seus limites técnicos, emocionais e físicos”, ressalta o piloto e empresário Marcos Baumgart. “Mas o que vale é a diversão, o prazer de estar entre amigos.” Du Sachs ainda
faz questão de elogiar o lounge. Montado em todas as etapas, ele é o espaço exclusivo onde os competidores se encontram entre uma prova e outra. Ali, ao lado dos familiares e amigos,
Guarapuava (PR) 26/JUL
Analândia (SP) 13/SET
Indaiatuba (SP) 11/OUT
Jaguariúna (SP) 08/NOV
acompanham os resultados num ambiente alegre, ótimo para relaxar, e serviço completo de
Mogi Guaçu (SP)
bufê. “Esse é o ponto de equilíbrio da Mitsubishi Cup”, afirma Du Sachs. “Alto nível na pista e
Datas e locais sujeitos
um clima de grande amizade fora dela.” Que venham os próximos 15 anos.
a alteração
[Mitrevista] março 2014
135
divUlgação
Um prêmio para aventUreiros Uma viagem ao explora, no atacama, para comemorar os 15 anos da cUp
O
s 15 anos da Mitsubishi Cup serão comemorados de uma
claros e límpidos do planeta. Por isso, o Explora conta com um obser-
maneira especial durante a temporada 2014. A dupla que
vatório, inaugurado em 2008, capaz de proporcionar visões inesque-
não faltar a nenhuma etapa, completar todas as provas
cíveis. Um passeio obrigatório inclui as termas de Puritama,
(sem abandonar por quebra ou acidente) e somar o maior
a 45 minutos de carro do hotel. Trata-se de piscinas naturais de água
número de pontos ao longo do campeonato, independentemente
quente (32º C), situadas numa ravina a mais de 3 mil metros de altitu-
da categoria, ganhará uma viagem para o deserto do Atacama, no
de, prontas para revitalizar o corpo e a alma dos campeões.
Chile. A hospedagem será no Explora Atacama, um dos resorts mais
É o destino certo para os aventureiros descansarem da velocida-
exclusivos do mundo, localizado no simpático oásis de São Pedro do
de da Mitsubishi Cup e também conhecerem lagunas, gêiseres, dunas
Atacama. O hotel é sinônimo de luxo despretensioso, conforto na
e vales. Ali, você terá também oportunidade de pedalar ou cavalgar
medida certa, alta gastronomia e serviço impecável. Isso sem falar na
pelo deserto mais árido do mundo. E ainda admirar animais selvagens
melhor tropa de cavalos crioulos do Chile, criados especialmente para
em seu hábitat – guanacos, gaviões, lagartos –, num cenário marcado
enfrentar o clima árido da região.
por enormes vulcões, como o Licancabur, que a tudo contemplam do
O Explora serve de ponto de partida para o visitante vivenciar as
alto de seus cumes eternamente gelados.
riquezas naturais e culturais da região. Em meio a vulcões e grandes lagos, o Atacama oferece paisagens lunares e um dos céus mais 136
[Mitrevista] março 2014
www.explora.com
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MIT ParcerIas
O privilégio de ser 4x4
NOS hOTéIS dO CIRCuITO ElEgANTE, ClIENTES MITSuBIShI CONTAM COM BENEfíCIOS ExCluSIVOS
S
acomodação*, welcome drink e pontuação no Programa Privilégio. Após a aprovação de seu cadastro, escolha um desses destinos e faça sua reserva por intermédio do concierge do Circuito Elegante, de segunda a sexta das 10h às 18h. Tel. (21) 2217-4850 / 0800 282 0484. E-mail: concierge@circuitoelegante.com.br. Para cotações e disponibilidade, acesse o site www.circuitoelegante.com.br e faça uma solicitação diretamente na página do hotel. * Sujeitos a disponibilidade no ato do check in
foTos dIvulgação
e você possui um Mitsubishi e quer usufruir desse privilégio, faça o seu cadastro no site www.circuitoelegante.com.br, utilizando o código MITREV13 e passe a contar com benefícios especiais em mais de 100 estabelecimentos no Brasil. A seguir selecionamos quatro destinos especialmente para você. Nestes hotéis, na compra de duas diárias, você ganhará mais uma diária, uma garrafa de vinho ou de espumante, atendimento personalizado VIP, early check-in*, late check-out*, upgrade de
Zorah Beach hotel trairi/ceará Em uma das praias mais paradisíacas do litoral cearense, o hotel oferece aos clientes mais exigentes um clima de tranquilidade, sofisticação e privacidade em um ambiente rodeado por belezas naturais. www.zorahbeach.com.br
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[Mitrevista] março 2014
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[Mitrevista] marรงo 2014
carmel charme resort aquiraz/ceará localizado na fantástica praia do Barro Preto, no Ceará, o hotel reúne requintee privacidade em uma moderna e luxuosa arquitetura. www.carmelcharme.com.br
GunGaPoranGa hotel Barra de são miguel/alagoas No topo de uma falésia, com o visual incrível do encontro da lagoa com o mar, o hotel oferece bangalôs de luxo voltados para o horizonte. www.gungaporanga.com.br
Praia do estaleiro Guest house Balneário camboriú/santa catarina de frente para o mar e cercado de natureza, mantém o conceito de conforto, tranquilidade e privacidade, contando com uma decoração oriental.
foTos: dIvulgação
www.praiadoestaleiro.com.br
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[Mitrevista] março 2014
A TNT oferece transporte aéreo e rodoviário para mais de 7.000 destinos no Brasil, a maior cobertura do mercado. Com 109 unidades em todo o Brasil, frota de 3.000 veículos, mais de 8.000 colaboradores treinados e capacitados, suas cargas são transportadas com total rastreabilidade e serviço porta a porta, permitindo melhor planejamento para os negócios.
www.tnt.com/br
Única a atender mais de 5 mil cidades brasileiras e 6 países da América do Sul, com o menor tempo de trânsito do mercado e excelente custo-benefício. A frota é constantemente revisada e renovada trafegando sempre dentro das normas ambientais.
TRANSPORTE AÉREO DOMÉSTICO E INTERNACIONAL Transporte de documentos, amostras e cargas em todo o Brasil e mais de 200 países com total rastreabilidade e ferramentas online. A TNT oferece ainda liberação alfandegária, além de opções diferenciadas e personalizadas para cargas especiais.
O nome TNT e seu logo são marcas registradas da TNT Express N.V. 02/2014.
Segurança, agilidade e qualidade.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DOMÉSTICO E INTERNACIONAL
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foTos: dIvulgação
MIT ParcerIas
Axalta anuncia investimento de uS$ 32 milhões no Brasil
ExPANSãO AuMENTARá A CAPACIdAdE dE MANufATuRA dE PROduTOS à BASE d’águA
A
Axalta Coating Systems, líder global em fornecimento de
ta na América latina. A fábrica abastece clientes no Brasil, onde a Axalta
revestimentos líquidos e em pó, irá expandir sua capacidade
é a maior fornecedora de tintas automotivas para OEMs, assim como
de manufatura de produtos à base d’água na sua unidade
na Argentina, Venezuela e Colômbia. As novas instalações produzirão
em guarulhos (SP). A ampliação será realizada em 2014 e
revestimentos à base d’água e complementarão a fabricação em curso
representa o terceiro ano de um programa de investimento de uS$ 32
de produtos de alta qualidade para clientes dos segmentos industrial e
milhões. As novas instalações vão mais do que dobrar a capacidade
de repintura. “A região é um dos mercados de mais rápido crescimento na
produtiva, atingindo mais de 4,5 de milhões de litros (1,2 milhão de
produção de carros, estando o Brasil na vanguarda”, explica Charlie Shaver,
galões), que atenderão à demanda dos fabricantes de equipamentos
presidente e CEO da Axalta. “Estamos empenhados em acompanhar o rit-
automotivos (OEMs) na América do Sul, onde é prevista a continuida-
mo da crescente demanda por revestimentos automotivos e em atender
de do crescimento do mercado de automóveis. O início da produção
às necessidades de nossos clientes, que desejam adotar cada vez mais as
adicional é esperado para o começo de 2015.
tecnologias à base d’água.”
A unidade de guarulhos é a maior instalação de manufatura da Axal142
[Mitrevista] março 2014
A Axalta é líder no desenvolvimento de tecnologias à base d’água
tanto para clientes OEM quanto de repintura. O processo de manufatura
2004/42/EC, da união Europeia, que a companhia adota no Brasil e que
da empresa utiliza a tecnologia para produzir “lean and green Automo-
pode ajudar a reduzir o impacto ambiental da indústria automobilística.
tive Coatings”, que OEMs podem adotar para reduzir significativamente
“Nosso compromisso de investir no Brasil reflete não apenas nosso
a emissão de compostos orgânicos voláteis, o consumo de energia e
compromisso com nossos clientes, mas também nossa confiança na
investimentos. O processo “lean and green Automotive Coatings” inclui
economia brasileira”, acrescenta Jorge Cossio, vice-presidente da Axalta
revestimentos sem a necessidade do uso de primer (primerless) e sistema
na América latina. “O enorme crescimento do mercado consumidor do
3-wet, que tem desempenho similar ao de camada completa sem a ne-
Brasil beneficia todos, e estamos muito animados em contribuir para a
cessidade de secagem intermediária (flash) e/ou uso de estufas (fornear)
história de sucesso do país.” Os investimentos no Brasil ocorrem após uma
entre revestimentos. A maior produtividade traz melhores resultados
cerimônia no início de janeiro em xangai, na China, onde a Axalta iniciou
para os clientes, além de continuar produzindo um inigualável acaba-
a construção de uma nova instalação para manufatura de produtos à
mento para os veículos. Sem contar que os produtos à base d’água da
base d’água para abastecer OEMs que estão expandindo a produção nas
Axalta cumprem requisitos ambientais globais, como o regulamento VOC
regiões sul e oeste daquele país.
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MIT ParcerIas
Customização para a nova l200 Triton
SOBRECAPA PARA SANTANTôNIO E ESTRIBO PREMIuM COM ACABAMENTO NAS CORES ORIgINAIS PERSONAlIzAM A CABINE duPlA
S
ofisticação com personalidade e estilo é a proposta da
e trazem como principal diferencial a customização do acabamento das
sobrecapa para santantônio e dos estribos da linha Premium,
partes plásticas em pintura automotiva nas oito cores originais da l200
criados para agregar exclusividade e diferenciação à nova
Triton. O resultado é um conjunto harmonioso e elegante para ressaltar
Mitsubishi l200 Triton. Os itens foram desenvolvidos pela Keko
o design e as linhas do modelo, além de aumentar a sua funcionalidade.
Acessórios, líder brasileira em personalização automotiva e fornecedora homologada pela Mitsubishi. Os estribos Premium se diferenciam pelo design marcante. As linhas
A novidade é encontrada nas concessionárias Mitsubishi de todo o Brasil. A Keko também é a fornecedora homologada do protetor frontal e da capota marítima para a l200 Triton. Com 27 anos de mercado, a
suaves e sofisticadas do perfil e o desenho envolvente das ponteiras,
empresa atende o mercado brasileiro e exporta para 32 países. Os seus
produzidas em plástico TPO, proporcionam encaixe e fechamento perfei-
produtos incluem protetores frontais, estribos, santantônios, engates
tos com a lateral da cabine dupla.
de reboque, bagageiros, capotas marítimas, protetores de caçamba,
A sobrecapa para o santantônio Premium segue o mesmo concei-
protetores de porta-malas, guinchos, faróis e outros itens. A marca
to de sofisticação do desenho e do acabamento. Confeccionada em
é reconhecida pelo pioneirismo, inovação e alto padrão de qualidade
plástico ABS com a marca Mitsubishi resinada em alto-relevo, oferece
dos produtos, destacando-se entre os principais players do mercado
resistência a impactos e à exposição aos raios uV. Também respeita o
automotivo mundial.
meio ambiente, sendo 100% reciclável no término da vida útil da peça. www.keko.com.br
foTos: black ballon
Os dois itens compõem um kit de personalização para a cabine dupla
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ISO 9001 : 2008
www.transzero.com.br São Bernardo do Campo SP • São José dos Campos SP Taubaté SP • São José dos Pinhais PR • Gravataí RS Vitória ES • Rio Grande RS • Camaçari BA • Catalão GO
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Pedro haMdan
MIT ParcerIas
Transzero: transporte com qualidade há 15 ANOS, SOMOS A TRANSPORTAdORA dOS VEíCulOS MITSuBIShI
h
á 50 anos no mercado e conhecida como uma das maiores
veículos Mitsubishi. O segredo desse sucesso está no foco da satisfação
transportadoras do país por respeitar os padrões de
do cliente, sempre em primeiro plano. Qualidade, inovação, tecnologia e
qualidade, investir em tecnologia e ter uma operação
agilidade, todas as vantagens de uma transportadora, você encontra na
logística de precisão e confiabilidade, a Transzero atende as
Transzero.
principais montadoras do país por meio de seus centros de distribuição estrategicamente localizados. Nos últimos 15 anos, transporta os 146
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www.transzero.com.br
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MIT ParcerIas
A caminho do hexa
SElEçãO BRASIlEIRA dE fuTEBOl VAI ENfRENTAR OBSTáCulOS dIgNOS dE uM gRANdE RAlI Por Luis Fernando staub
f
alta pouco para o pontapé inicial de um dos maiores eventos esportivos do mundo que, depois de 64 anos, será novamente sediado no Brasil. Para nós brasileiros este momento
é motivo de muita torcida, preparação, expectativa e, por que não?, sofrimento. Para nós do Itaú, é motivo de orgulho e satisfação. Afinal, desde 2009 somos patrocinadores oficiais da seleção brasileira de futebol e também o Banco Oficial da Copa do Mundo da fIfA Brasil 2014™. O futebol, sem dúvida, é símbolo da nossa cultura e a maior paixão do brasileiro. Mas apresenta um valor intrínseco muito maior. Ele é uma das formas mais básicas de inclusão social, permitindo o desenvolvimento de pessoas e do próprio país. Por meio do esporte, é possível alcançar mudanças significativas na sociedade, disseminando educação, respeito e dignidade. Por isso, o Itaú apoia o futebol e marca presença em diversos eventos ao lado da Mitsubishi. Mais que patrocinar os ralis, queremos proporcionar aos clientes Mitsubishi toda a segurança e credibilidade de um banco como o Itaú, com total expertise em produtos e serviços financeiros. Essa parceria, que já nasceu forte, tem desbravado muitos caminhos. Tanto que o espírito 4x4 já faz parte do nosso dNA. Agora é hora de nos concentrarmos na conquista do hexa. Torcer com potência máxima pela nossa seleção. Os obstáculos que vamos encontrar com certeza não serão fáceis. A não ser para quem está
Luis Fernando Staub é diretor-executivo do Itaú Unibanco. 148
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acostumado ao mundo 4x4, como você.
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MIT ParcerIas
Mais qualidade na bomba
PETROBRAS dISPONIBIlIzA gASOlINAS S-50 AO CONSuMIdOR BRASIlEIRO COM QuAlIdAdE EQuIVAlENTE AOS MElhORES PAdRõES MuNdIAIS
d
esde janeiro de 2014, toda a gasolina comercializada no Brasil
Em 2013, a Petrobras havia lançado o diesel S-10, de ultrabaixo
passou a ter um teor de enxofre ultrabaixo, o que proporciona
teor de enxofre, que oferece benefícios como melhor partida a frio,
redução nas emissões de gases poluentes. Até 2013, as
redução de fumaça branca, redução na formação de depósitos e
gasolinas produzidas no país tinham até 800 mg/kg ou partes por
aumento da vida útil do óleo lubrificante.
milhão (ppm) de enxofre (S-800). As novas gasolinas lançadas pela Petrobras são S-50, possuem teor máximo de enxofre de 50 mg/kg –
PetroBras Podium: a mais avançada tecnoloGia
uma redução de 94% em relação à S-800.
no seu mitsuBishi
A gasolina S-50 possibilita a introdução de veículos dotados de
Os consumidores ainda mais exigentes também têm a sua disposição,
modernas tecnologias para o tratamento de emissões e a redução de
exclusivamente nos postos Petrobras, a linha de combustíveis Podium.
35 mil toneladas/ano das emissões de óxidos de enxofre (SOx). Além
Recomendados pela Mitsubishi Motors para uso em seus veículos,
disso, essas gasolinas reduzirão as emissões de gases poluentes no
os combustíveis Petrobras Podium são direcionados a veículos de
escapamento de motores fabricados a partir de 2009: em até 60%
alto desempenho. A gasolina conta com teor de enxofre ainda mais
de óxidos de nitrogênio (NOx), em até 45% de monóxido de carbono
baixo: até 30 mg/kg. A gasolina Podium tem octanagem mínima de
(CO) e em até 55% de hidrocarbonetos (hC). E não é apenas para
95 unidades (IAd). é a mais alta octanagem do mundo, superior às
o meio ambiente que as novas gasolinas S-50 trazem benefícios.
gasolinas superpremium europeias. O diesel Podium 10 tem número de
diminuem ainda a formação de depósitos no motor dos veículos,
cetano indicador da qualidade da ignição do óleo diesel de, no mínimo,
proporcionando menor desgaste do motor e vida útil mais longa do
51. O diesel S-500, por exemplo, tem número de cetano de no mínimo
óleo lubrificante.
42. A linha Petrobras Podium reúne a mais avançada tecnologia em
As novas gasolinas estão disponíveis na rede de postos da
combustíveis para o consumidor brasileiro.
Petrobras e continuarão sendo identificadas nas bombas dos postos www.petrobras.com.br
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de serviço de acordo com seu tipo (comum e aditivada).
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