re v is ta henrI CarTIer-bresson Uma vida em preto e branco
leia tambĂŠm a mit no tablet
BTG Pactual: O Private Bank com a melhor estratégia de expansão global e a mais completa gama de serviços da América Latina.
• Best Private Bank for Growth Strategy • Highly Commended Best Private Bank in Brazil • Best Private Bank in Colombia • Highly Commended Best Private Bank in Chile Fonte: PWM/The Banker Magazine - Global Private Banking Awards 2014
BRASIL | CHILE | COLÔMBIA | PERU | MÉXICO | NOVA IORQUE | LONDRES | HONG KONG
editorial
UM FotÓGraFo 4x4
H
enri Cartier-Bresson (1908-2004) é considerado por muitos o mais importante fotógrafo do século 20. Fundador, com Robert Capa (19131954) e David Seymour (1911-1953), da prestigiosa agência Magnum, a primeira cooperativa de fotojornalismo do mundo, ele jamais utilizou
um filme colorido – daí o subtítulo de nossa capa. Reza a lenda que certa vez os amigos conseguiram colocar às escondidas um deles na Leica de Cartier-Bresson. Mas ele descobriu e velou a película. Nesta edição, fizemos o contrário: revelamos a você boa parte da vida e da obra do mestre francês, por meio do texto primoroso de Roberto Muggiati e de imagens que falam por si mesmas. Revelamos também os segredos escondidos ao longo da Rio-Santos, entre Caraguatatuba (SP) e Paraty (RJ): praias desertas, enseadas paradisíacas, vilas de pescadores ainda intocadas, um bom programa para suas aventuras de verão. E, já que falamos em aventura, não perca o perfil de Karina Oliani, a mais nova atleta 4x4 da Mitsubishi: médica socorrista, apresentadora de TV, ela já subiu o Everest, pilota helicópteros, mergulha com tubarões e se prepara para ser a primeira astronauta brasileira. Trazemos ainda o Pantanal na visão de um de seus mais célebres habitantes: o músico, violeiro e fazendeiro Almir Sater, com fotos exclusivas de Marina Bandeira Klink. Confira também as novidades do recém-lançado Mitsubishi Pajero Full 2015, carro sinônimo de luxo e resistência desde que foi lançado – e até hoje absoluto detentor da inédita marca de 12 vitórias na prova off-road mais exigente do planeta, o rali Dakar. Os ralis e provas on-road da Mitsubishi, já que tocamos no assunto, param neste fim de ano para retornar em 2015. Mas eles voltam cheios de novidades, como você verá nas páginas do caderno Universo Mitsubishi – aproveite as férias para ir se preparando para um ano novo cheio de emoção. No asfalto e fora dele.
f e r n a n d o d i r e t o r
4
[Mitrevista] dezembro 2014
p a i v a
e d i t o r i a l
Até onde você iria por um Nespresso?
Vá além em www.nespresso.com/howfar
sumário
fabio bustamante
78
8
46
62
78
o clique zen de cartier-bresson
off rio-santos
full of life
Um biógrafo o chamou de “o olhar do século”.
A bordo de uma Mitsubishi L200 Triton –
E não só isso: o novo Pajero 2015 é full
Com sua Leica na mão e a cabeça feita, correu
e a pé, de barco e de caiaque – revelamos
of style, full of energy, full of adventure,
o mundo, fotografou crises e celebridades
as praias mais escondidas e desertas da
full of comfort, full of dreams...
e fixou momentos mágicos do cotidiano
estrada entre São Paulo e o Rio de Janeiro
54
70
Polivalente
quase um outro Planeta
Saiba tudo o que aconteceu nas etapas
Escalar o Everest, pilotar helicóptero, trabalhar
Assim é o Pantanal Mato-Grossense na
finais do MotorSports, do Outdoor,
em pronto-socorro, mergulhar com tubarões.
definição de um de seus mais conhecidos
da Cup, da Lancer Cup, do Lancer
Para Karina Oliani, só falta mesmo ser astronauta
moradores, o cantor e violeiro Almir Sater
Evo Day e do Fun Day
[Mitrevista] dezembro 2014
93 universo mitsubishi
foto de capa: alain nogues / corbis / latinstock
R E v I S T A Publicação trimestral da Custom Editora Ltda. Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL André Cheron, Carolina Barretto, Fernando Julianelli, Fernando Paiva, Humberto Fernandez e Patrícia de Azevedo Poli REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Redator-chefe Henrique Skujis henriqueskujis@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br Estagiário Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editora Karen Yuen karenyuen@customeditora.com.br Assistente Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Prepress Roberto Quevedo robertoquevedo@customeditora.com.br Projeto Gráfico Alessandro Meiguins e Mariana Henriques PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Rita Selke ritaselke@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Eduardo Petta, Luís Patriani, Marcello Borges, Patricia Broggi, Pedro Henrique Araújo, Renato Góes, Roberto Muggiati, Walterson Sardenberg So, Xavier Bartaburu Fotografia Adriano Carrapato, Cadu Rolim, Carol da Riva, Edson Fernando Castro (Prime Comunicação), Fabio Bustamante, Fred Hoffman, Gustavo Epifano, Henri Cartier-Bresson (Magnum Photos), Louisa Gouliamaki (AFP Photo/Other Images), Marcio Machado, Marcos Méndez (Sailstation.com/Brazil Photo Press),Marina Bandeira Klink, Ricardo Leizer, Ricardo Rollo, Sergio Chvaicer, Tom Papp Vídeo Atrás da Moita Filmes Ilustração Pedro Hamdan Infografia Paulo Nilson Produção Adriana Tanaka Revisão Goretti Tenorio
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PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Gerentes de Publicidade e Novos Negócios Marco Taconi marcotaconi@customeditora.com.br Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Negócios Fernando Bonfá fernandobonfa@customeditora.com.br REPRESENTANTES BBI Publicidade Interior de São Paulo Tel. (11) 95302-5833 Tel. (16) 98110-1320 GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel. (41) 3023-8238 SC/RS – Tel. (41) 3026-7451 Media Opportunities Comunicação Ltda. DF – Tel. (61) 3447-4400 MG – Tel. (31) 2551-1308 RJ – Tel. (21) 3072-1034
DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Gerente Andrea Barbulescu andreabarbulescu@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 108.300 exemplares Auditado por
Custom Editora Ltda.
Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo
[Mitrevista] dezembro 2014
creative commons
colaboradores
Walterson Sardenberg Sº foi diretor de
Célebre como músico, compositor e ator, Almir
a molecada colocava um rolo de filme na
redação da revista Náutica. Chegou até a
Sater fala sobre o Pantanal Mato-Grossense,
máquina, clicava e revelava no laboratório da
disputar uma regata Santos-Rio, no fim dos
sua terra natal, com a clarividência de quem
esquina sua visão do mundo em retângulos
anos 1980. O barco terminou a prova em 9º
conhece cada palmo daquele chão alagado.
mágicos. Fez as primeiras fotos aos 12 anos,
lugar. “Estava fazendo uma reportagem e só
Integrante da Comitiva Esperança na década
em Jacarezinho (PR). Conheceu os mestres da
ajudei a tripulação quando o veleiro adernou
de 1980, ajudou a explicar a região a partir da
imagem, de Caravaggio a Capa. Jornalista aos
muito e tive de participar do contrapeso”, diz
pesquisa poética do modo de vida pantaneiro.
16 anos, com 30 tornou-se este ser anfíbio:
este jornalista com passagens por Brasileiros,
Em 1990, estreou na novela Pantanal
editor de revista ilustrada. Para ele, uma foto
Placar e Próxima Viagem. Aqui, além das seções
para, no ano seguinte, conquistar o público
vale mais que mil palavras. Ainda mais se for de
Terra, Água e Ar, Berg escreve justamente sobre
interpretando Zé Trovão, protagonista de
Cartier-Bresson, a quem perfila nesta edição.
um veleiro: o pequeno e veloz Hobie Cat.
outra novela de sucesso.
Coube à fotógrafa Marina Bandeira Klink
De tanto sair pelo mundo, o jornalista Luis
Jornalista e músico, Xavier Bartaburu
ilustrar a narrativa do cantor e compositor
Patriani especializou-se em reportagens de
escreve sobre viagens, meio ambiente e cultura
Almir Sater sobre o Pantanal. Sobrinha-neta do
viagens e meio ambiente. Com passagem pelas
popular. Já percorreu o Brasil todo e visitou mais
poeta Manuel Bandeira e mulher do navegador
revistas Terra, Próxima Viagem e Lonely Planet,
de 30 países produzindo reportagens. Perfilar a
Amyr Klink, Marina esteve na fazenda de Almir
além de colaborar com a National Geographic
médica-apresentadora-viajante-mergulhadora-
e capturou a essência do compositor. “Não
Brasil, é autor do livro Paraíba do Sul, História
montanhista Karina Oliani nesta edição foi
conhecia o homem generoso que se revelou em
de um Rio Sobrevivente. Aqui, Patriani viajou de
um reencontro com as aventuras
seus depoimentos espontâneos”, diz Marina,
L200 Triton pelos locais secretos da Rio-Santos.
e os lugares sobre os quais costumava escrever
que sobrevoou a região, acompanhou comitiva
“É surpreendente encontrar praias selvagens
nos tempos da extinta revista Terra, da qual
de gado e precisou abrir muita porteira.
e desertas no litoral norte de São Paulo.”
foi editor por mais quase dez anos.
tuca reinés
Roberto Muggiati é do tempo em que
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[Mitrevista] dezembro 2014
Velocidade & Inteligência
Daniel Ricciardo, piloto Infiniti Red Bull Racing.
ERA-200DB
[TWIN SENSOR] Estes modelos estão equipados com duas funções de medição: sensor de direção (bússola) que mede continuamente a direção por 60 segundos, e a função de medição de temperatura. Os recursos “Neon Illuminator” (LED de luz negra com fluorescência) ou “Super Illuminator” (Luz de fundo LED) proporcionam uma iluminação completa do visor, aumentando a visibilidade noturna. • Resistência a água - 100m • Cronógrafo • Bússola digital • Termômetro [ERA-200-DB] • Super Illuminator • Tacômetro
Consulte demais características e cores!
[ERA-300-DB] • Neon Illuminator
ERA-300DB
A Casio Edifice tem orgulho de ser parceira da equipe Infiniti Red Bull Racing, quatro vezes campeã mundial de F1™.
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o chão sob nossos pés {por Walterson Sardenberg So}
terra
pé na tábua
bonnEvIllE, EsTAdos UnIdos, é o lUGAr EM qUE sE dIspUTAM os rEcordEs dE vElocIdAdE do AUToMobIlIsMo
o
deserto salgado de bonneville pode ser nada ou tudo —
a brutais 1.228 km/h. Em geral, os festivais de velocidade têm
dependendo de quem o observa. não se trata de filosofia
inscrições abertas a todo vivente disposto a acelerar até a lona. Eles
barata. Encravado no estado americano de Utah, já
acontecem em agosto, setembro e outubro, quando bonneville é
próximo da divisa com nevada, o lugar é um nada por um
tudo. o local, diga-se, foi o cenário do filme criado pela agência Africa
motivo simples: não tem nenhuma casa, nem construção, nem vegetação e, em alguns períodos do ano, nem alma viva. para geólogos,
para o Mitsubishi All new outlander no início deste ano. Wendover, a cidadezinha mais próxima, não dá conta da quantida-
produtores de cinema e fãs do automobilismo, no entanto, bonneville
de de hóspedes durante os festivais. sem problemas. o município é
é o máximo. Uma preciosidade.
vizinho de casa geminada de West Wendover, em nevada, onde estão
no caso dos cientistas, esse apego se deve às peculiares carac-
instalados confortáveis hotelões. A mudança de estado, no caso, al-
terísticas dessa área de 260 quilômetros quadrados — maior que a
tera tudo. Utah tem maioria mórmon e um punhado de leis estranhas
das cidades de natal (170) e João pessoa (211). Explica-se: há 15 mil
— são proibidas, por exemplo, relações sexuais entre primos, a não ser
anos, bonneville era um lago salgado. Um processo milenar, combi-
que os envolvidos tenham ao menos 65 anos. nevada, ao contrário,
nando evaporação da água com baixa umidade do ar, transformou-o
mais liberal, é o estado dos EUA com o maior número de cassinos.
em um espaço branco a perder de vista. Tornou-se, assim, cenário
West Wendover oferece vários. Melhor não entrar com tudo, claro. há
ideal para filmes, em especial de ficção científica. Incluam-se na lista
sempre o risco financeiro de transformar esse tudo em nada.
os adeptos do automobilismo, por sua vez, amam bonneville porque esse descampado plano é o terreno ideal para testar bólidos e bater recordes de velocidade. A propósito: a marca atual pertence ao protótipo Thrustscc. pilotado pelo britânico Andy Green, chegou 18
[Mitrevista] dezembro 2014
Serviço bonneville salt Flats fica a cerca de 140 quilômetros de salt lake city, em Utah. É melhor hospedar-se em West Wendover, no estado vizinho de nevada. o Montego bay casino resorts (www.wendoverfun.com) tem 552 quartos. Fica na Wendover boulevard, 100, tel. (0-775) 664-4800. Diárias para casal a Us$ 220.
corbis / latinstock
Independence Day e Warlock-O Demônio, entre dezenas de outros.
Ser Private é ir mais longe do que v o c ê p o d e e n x e r g a r.
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a essência da vida no planeta {por Edu Petta}
agua ´
naufrágio em águas calmas
na ilha de coron, nas Filipinas, 12 navios japoneses aFUndados na seGUnda GUerra MUndial FazeM a aleGria dos MerGUlhadores
e
m setembro de 1944, quando já dominavam a segunda
nuas. proibidos de dormir na ilha, forasteiros devem se hospedar na
Guerra Mundial, os estados Unidos começaram a varrer a
cidade homônima, na ilha Busuanga, a meia hora de barco. para quem
frota marítima japonesa que ainda atormentava os países
não quer mergulhar, coron oferece dezenas de praias e lagoas. Basta
asiáticos. em 21 de setembro, afundaram dezenas de navios
alugar uma banka, embarcação local, e combinar com o barqueiro o
inimigos na baía de Manila, capital do arquipélago das Filipinas, país
preço, o itinerário e o cardápio do passeio. não haverá bombardeiros
do sudeste asiático formado por sete mil ilhas e habitado por mais de
americanos sobre sua cabeça para lhe tirar o sossego em um dos
100 milhões de habitantes. naquele dia, 12 embarcações consegui-
melhores lugares do mundo para curtir a vida dentro e fora d’água.
ram escapar do massacre e rumaram 300 quilômetros rumo sul até o que parecia o refúgio perfeito: a ilha de coron. ali, esconderam-se entre lagoas emolduradas por altos paredões rochosos. o alívio dos japoneses, no entanto, durou pouco. no dia 24, a es-
Acima, a Secret Lagoon. Nesta foto, mergulho nos restos do Lusong
quadrilha ianque deu cabo definitivo da armada oriental. setenta anos depois, imersos em uma água cristalina que permite visibilidade de 25 metros, forrados de corais coloridos e habitados por uma exuberante fotos: carol da riva
vida marinha, os esqueletos dos navios naufragados fazem a cabeça de mergulhadores do mundo todo. algumas carcaças, como a do Lusong Gunboat (de 28 metros), podem ser visitadas pelo mais iniciante mergulhador, de snorkel mesmo. para explorar outras, como a do Akitsushima Maru, de 118 metros, é preciso experiência – seus restos imortais repousam a 40 metros de profundidade. segundo a revista Forbes, estamos falando de um dos dez melhores pontos de mergulho do mundo, onde, além de polvos e arraias, tubarões-baleia dão o ar da graça no primeiro trimestre do ano. apenas mil pessoas vivem em coron – são chamadas de tagba20
[Mitrevista] dezembro 2014
SErviço Para chegar a coron é preciso voar de Manila para Busuanga (sente-se na janela!). a cebu Pacific airlines (www.cebupacificair.com/id-en) opera voos diários a partir de u$ 200. Quem não liga pra luxo pode dormir na rústica e especial pousada da sea dive (www.seadiveresort.com). Quem busca mais sofisticação deve optar pelo sophias garden resort (www.sophiasgardenresort.com).
NOVA YORK (EUA), 2011
O GUARDIÃO Há meses tentava marcar uma reunião de negócios com um novo cliente potencial. Quando fi nalmente agendei o encontro, soube que era minha grande chance. Fiz a mala e tomei o cuidado de incluir o material da minha apresentação e um projetor. Na área de retirada de bagagens, percebi que todas as malas na esteira estavam ensopadas, devido a forte chuva que caía lá fora. À medida que a minha bagagem se aproximou, constatei que não estava em melhores condições do que as demais; parecia que tinha caído numa poça d’água Comecei a ficar preocupado, com a possibilidade do material da minha apresentação estar danifi cado. Peguei a mala e abri o zíper, esperando o pior, para minha surpresa, tudo estava seco. Fiquei aliviado e para completar, minha apresentação foi um grande sucesso. Sou muito grato ao compromisso que a Victorinox tem com a qualidade. Minha mala nunca me decepcionou. Kevin Anderson, outubro 2011 Os produtos Victorinox são companheiros para a vida toda. Quais são as suas experiências com produtos Victorinox? Compartilhe sua história em victorinox.com
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o mundo visto do alto {por Walterson Sardenberg So}
ar
aFP PHoto / louisa GouliamaKi / otHer imaGes
Como Dionísio gosta
SAlTAR DO pENHASCO NA IlHA DE ZAkyNTHOS, NA GRÉCIA, É pARA pOuCOS E bONS
A
ilha de Zakynthos, na Grécia, é uma velha conhecida. Foi
bebidas no trajeto Itália-Turquia, em dia de tempestade. Em rota de
mencionada no poema épico Ilíada, de Homero, há quase
fuga, a embarcação encalhou na pequena enseada. Aliás, sua carcaça
três milênios. Depois, viveu sob o jugo romano, bizantino,
está lá até hoje. Daí o nome da praia. Navagio quer dizer “naufrágio”,
siciliano, napolitano e turco. Ou seja, meio mundo tirou sua
em grego. De 1980 para cá, a praia de fundo calcário e águas trans-
casquinha. Mais tarde, ao longo de três séculos, esteve sob o domínio
parentes tornou-se destino de barcos de todos os tamanhos. Muitos
da República de Veneza — o que ainda se percebe na arquitetura de
trazendo a bordo gente trajada como Dionísio gosta.
suas cidades. O mais estranho de toda essa história: Navagio, a praia
Não são esses visitantes, porém, os mais atirados. Mas sim os
mais famosa de Zakynthos, considerada uma das mais espetaculares
adeptos do base jumping, prática que consiste em saltar de penhas-
do planeta, só foi descoberta em 1980. Tem cabimento?
cos, prédios, pontes e antenas, curtir alguns segundos de voo livre e
Está certo que a praia é um ponto isolado. Fica em uma diminuta
só então abrir o paraquedas. Não se trata de esporte para iniciantes,
enseada, muito bem protegida por rochas escarpadas de 200 metros
ressalve-se. É preciso mais do que coragem. Seja como for, ao saltarem
de altura, distante das áreas urbanas e sem acesso por terra. Só se
sobre Navagio, os cobrões do base devem se sentir como no verso “Em
chega de barco. Ainda assim, parece inverossímil que Navagio tenha
torno ao coração, o prazer voa”. Da Ilíada de Homero, por sinal.
permanecido desconhecida no decorrer de milênios. Mesmo porque a ilha de Zakynthos, embora grande — tem 406 quilômetros quadrados, pouco mais que a nossa Ilhabela —, está fincada em área de intensa navegação no mar Jônico, bem de frente para o sul da Itália. Navagio foi descoberta quando a polícia marítima grega perseguia o navio Panagiotes, que transportava contrabando de cigarros e 22
[Mitrevista] dezembro 2014
Serviço a ilha está a 45 minutos de voo de atenas. Para mover-se em terra firme, o mais prático é alugar um scooter, a 35 euros por dia. o recém-reformado hotel strada marina, www.stradamarina.gr, tel. (30/269) 504-2761, na cidade de Zakynthos (também chamada pelo nome italiano de Zante), tem piscina na cobertura e acena com diárias a 110 euros.
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Vidros blindados com composto especial anti-estilhaçamento, garantia de 10 anos contra delaminação e SteelGlass, que dispensa o uso de overlap.
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porta-malas
a bagagem do aventureiro {por Walterson Sardenberg So}
temperatura máxima Saiba a hiStória doS grandeS cláSSicoS para relaxar neSte verão
É
curiosa a insistência em algumas invenções que não deram certo. a capa de plástico para cds. ou aqueles secadores elétricos de mão, comuns nos toaletes dos aeroportos internacionais. tão ou mais instigante é tentar entender por que algumas invenções que pareciam óbvias demoraram
tanto a aparecer, como a mala com rodinhas e o campeonato brasileiro com pontos corridos. curiosas são, ainda, as histórias da invenções de maravilhas que tornam os verões muito mais agradáveis: bermudas, biquíni, máscara e cilindro de mergulho, pranchas de surfe e sandálias havaianas. todas elas, decididamente, deram certíssimo.
caSo de eStudoS nas aulas de marketing, as havaianas costumam ser citadas entre os mais inspirados e inspiradores cases (traduzindo: histórias bem-sucedidas do que os publicitários chamam de “reposicionamento de marca”). lançadas em 1962, como uma livre adaptação das sandálias de dedo japonesas, padeciam, de início, da ausência de glamour. os méritos eram pé no chão: não ter cheiro, não deformar e nem soltar as tiras. até que os surfistas viraram fãs — e viraram a sola para cima. daí em diante, as havaianas começaram a virar mania. Sucessivas campanhas inteligentes transformaram a marca naquilo que os menos inspirados chamam de objeto do desejo. pares de sandálias com acabamento de ouro e diamantes foram vendidos por r$ 52 mil. ano a ano, as “legítimas” pisam macio nas novidades. as deste verão incluem estampas de personagens da turma do Snoopy e do desenho animado Frozen.
divulgação
awhaddon / dreamstime
www.havaianas.com.br
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[Mitrevista] dezembro 2014
Gastas e encardidas ou novas e reluzentes, as Havaianas, inspiradas em sandálias japonesas, viraram mania
a priMeira MáScara dizem que a primeira máscara de mergulho de material flexível — no caso, borracha — foi criada nos anos 1930 pelo piloto de aviação americano guy gilpatric. radicado no sul da França, ele trabalhou como instrutor de voo, jornalista e romancista. Foi uma figura romântica — e isso aumentou sua fama. Mas a moderna máscara divulgação
de mergulho — tal como o automóvel e a guitarra elétrica — não tem um único criador. Sabe-se, isso sim, que o fabricante mais tradicional é a cressi Sub. Já em 1938 os irmãos italianos egidio e nani cressi, de gênova, faziam máscaras do gênero, uma a uma. Seus produtos agradam, em especial, aos adeptos do mergulho livre (o de apneia Umberto pelizzari, por exemplo) e da caça submarina. para estes, o lançamento mais recente é a nano.
wikimedia commons
ex-campeão mundial
Moldada em silicone, tem mínimo volume interno (85 centímetros cúbicos), fivelas de regulagem fina e lentes inclinadas, para aumentar o campo de visão. www.cressi.it Guy Gilpatric inventou a máscara de borracha. Hoje, elas são de silicone, como a Nano, da Cressi
divulgação
Da madeira sob os pés dos havaianos do século 18 para o poliestireno de pranchas do brasileiro Johnny Cabianca
Shaper braSileiro o capitão britânico James cook, primeiro homem branco a desembarcar no havaí, achou o máximo quando viu, naquele ano de 1776, um nativo deslizando nas ondas sobre um pedaço de madeira. era o surfe. a madeira permaneceu como único material na fabricação de pranchas até a década de 1940, já então com a adição da quilha. começava a era da fibra de vidro — ainda que, à época, sem manobras radicais. hoje, as pranchas de ponta são desenhadas em programas de computador e moldadas sobre núcleos de poliestireno. Tudo sob o comando de shapers como o brasileiro Johnny cabianca, um dos melhores gabriel Medina, que, aos 20 anos, integra a elite do surfe internacional e é atleta 4x4 Mitsubishi. no brasil, as pranchas com a assinatura cabianca são produzidas pela F-glass. www.pranchasfglass.com.br
getty images
no ofício e há mais de uma década na europa. ele desenha, entre outros, para o paulista
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porta-malas O círculO das bermudas embora identificados com o frio — ou talvez por isso —, os ingleses tiveram ótimas ideias para o verão. Na própria ilha, inventaram o banho de mar — em brighton. ao ocuparem a índia, conceberam o gin tônica. Nas ilhas bermudas, bolaram o traje do mesmo nome. Foi um francês, no entanto, quem criou as bermudas mais aliciantes. seu nome: Fred Pryskel, um apaixonado por carros. em saint-Tropez, no ano de 1971, ele lançou a Vilebrequin, então restrita ao círculo da côte d’azur. O nome veio do virabrequim, engenhoca que repassa a força motriz para o eixo dos automóveis. as bermudas de Fred eram largas, confortáveis e tinham padronagens vibrantes. mais: secavam com rapidez, pois confeccionadas com tecido próprio para banho de mar — o mesmo das velas dos barcos. são assim até hoje, embora a marca, difundida em 50 países, também contemple os mais sóbrios, com tecidos sem estampas. a Vilabrequin tem uma loja no rio de Janeiro e outra em são Paulo. www.vilebrequin.com A Vilebrequin, criada por Fred Pryskel em 1971, surgiu com cortes largos e padronagens vibrantes
divulgação
divulgação
Em 1943, Cousteau deu ao mundo o cilindro de ar comprimido. O modelo do momento é o S80, da US Divers
muNdO sileNciOsO Para muita gente boa, Jacques cousteau foi aquele velhinho de boina vermelha que fazia belos filmes sobre a fauna submarina. Não é assim que passará para a história. em dupla com o conterrâneo Émile Gagnan, o francês cousteau inventou o moderno mergulho autônomo, ao criar, em 1943, uma engenhoca chamada aqualung. a partir daí, o ser humano podia descer à vontade no “mundo silencioso” — leia-se o fundo do mar. essa independência se deu graças a um sistema em que o ar comprimido em alta pressão de um cilindro passa por duas válvulas antes de ser liberado para o mergulhador, na mesma pressão do ambiente. Hoje, 1 milhão de pessoas por ano se certificam em cursos de mergulho. a patente dos cilindros de cousteau foi vendida à us divers. um dos mais recentes fabricados pela empresa é o s80. Forjado em alumínio, abastecer um mergulhador a 10 metros de profundidade por quase uma hora. www.usdivers.com getty images
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[Mitrevista] dezembro 2014
divulgação
tem capacidade de 12 litros, o bastante para
ão divulgaç
Duas-peças um ano após o fim da segunda Grande Guerra, os estados unidos reafirmaram seu poder atômico realizando testes nucleares ao largo das ilhas Bikini, no pacífico sul. Queriam demonstrar qual país era o umbigo do mundo. aproveitando a ocasião — e o nome —, o costureiro francês Louis Réard lançou, também naquele ano de 1946, uma novidade detonante: o primeiro biquíni. Dois anos depois, a bela alemã Miriam etz, radicada no Rio de Janeiro, foi a pioneira no traje em areias nacionais — as da praia do arpoador. a rigor, o biquíni seria chamado, anos a fio, de “duas-peças”. só na década de 1960, conforme a liberdade de costumes aumentava — e as peças diminuíam —, o batismo pegou de vez. pouco a pouco, um certo país ao sul do equador mostraria onde estava o epicentro do melhor desenho de biquínis. Marcas brasileiras internacionais, do talhe de Jo de Mer e adriana Degreas, confirmam essa posição. www.jodemer.com.br
www.adrianadegreas.com.br
getty images
Louis Réard pegou carona nos testes nucleares dos EUA para batizar sua criação, o biquíni
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painel fotos: divulgação
objetos do desejo com alta tecnologIa {por Alessandra Lariu, de nova York}
QI elevado
IntelIgêncIa é o mote destes cInco gadgets
PegA LAdrão! se roubarem sua bicicleta, o bikespike há de encontrá-la. Por meio de um gPs, o aparelho, instalado no quadro, localiza a magrela e envia sinais para você e para quem você tiver cadastrado. o sistema serve ainda para monitorar a criançada. e também envia sinais para as pessoas cadastradas em caso de suspeita de acidente. http://bikespike.com/
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[MitrevistA] dezembro 2014
Não digite A suA seNhA com o myris, você não precisará mais criar (e lembrar) senhas. basta plugá-lo no computador e olhar para sua lente. ele fotografará sua íris e lhe abrirá as portas sem que você precise digitar nada. além da praticidade, é extremamente seguro: a chance de similaridade entre duas íris é de uma em 1,5 milhão. www.eyelock.com/index. php/products/myris
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clássicos 4x4
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A históriA de objetos que nAscerAm pArA superAr obstáculos {por Walterson Sardenberg So}
o gato voador
pequeno e espArtAno, o veleiro hobie cAt tornou-se um símbolo de emoções fortes
p
ara muita gente boa velejar é refestelar-se em um barco com todas as comodidades, navegando águas serenas em velocidade de cruzeiro. se essa calmaria corresponde ao seu ideal de vida, então esqueça o hobie cat. este pequeno catamarã — ou seja, uma
embarcação com dois cascos interligados, também chamados de bananas — não tem cabine, nem conforto. e muito menos frescura. em compensação, sobra velocidade. o barquinho vai além dos 18 nós, o que, neste caso, equivale a 150 km/h em terra firme. “o hobie cat é para quem adora emoções
fortes”, resume o advogado pernambucano mario roberto dubeux. “vejo este veleirinho como um estilo de vida. É a harley-davidson da vela.” dubeux começou a navegar em um hobie cat aos 14 anos. hoje, aos
corbis / Douglas KirKlanD
50, é o vice-presidente da Associação brasileira da classe hobie cat. sua
Hobie Alter, o criador do Hobie Cat, morreu em março deste ano
história assemelha-se em paixão pelo barquinho à do empresário paulista beto pandiani, 54 anos. embora este último tenha levado esse apego bem mais longe — ao pé da letra. betão, como é conhecido entre os amigos, comprou o seu primeiro veleiro, um hobie cat 16, aos 22 anos. transformou o hobby em profissão. em 1989, tornou-se o primeiro estrangeiro a conquistar o campeonato americano dessa classe da vela. depois, com barcos similares e em dupla com outros velejadores, realizou façanhas inéditas, como o contorno da América do sul e uma jornada de nova York à Groenlândia. enfim, meses dormindo ao relento, em lugares com um frio tão insistente quanto canal de compras na tv. tudo consequência do primeiro passeio com um hobie cat. betão revela: “fiquei empolgado quando senti o barquinho voando no mar, com um casco na água e o outro no ar”. barcos diminutos com casco duplo são usados por pescadores no 32
[Mitrevista] dezembro 2014
Um Hobie em ação: a emoção de ter um casco no mar — e o outro em pleno ar
Pacífico Sul há séculos. Foi baseado nessas embarcações que o californiano Hobart Alter, então com 35 anos e já famoso pelas pranchas de fibra de vidro, desenhou em parceria com um amigo e empregado, Gordon Clark, o Hobie Cat 14, protótipo criado em uma garagem. O nome tem fácil explicação. Hobie era o apelido do autor — que morreu em março, aos 80 anos. Cat, uma abreviatura de catamarã. Já o 14 corresponde à medida do barco em pés. São 4,27 metros de comprimento — o mesmo de uma perua Kombi. para qualquer praia Corria o ano de 1968 e o Hobie 14, com uma só vela, pesando cerca de 110 quilos e feito para ser manejado por um único velejador, teve tal êxito de vendas que, dois verões mais tarde, despontaria o modelo de 16 pés. Esse sucessor é, ainda hoje, o mais procurado, feito para ser tripulado em dupla e com duas velas. “Hobie Alter queria um barco simples, veloz e prático”, diz o engenheiro e velejador Márcio Dottori, diretor técnico da revista Náutica. “A grande sacada é a ausência de leme e bolina na área submersa do barco. As bananas cumprem a função de dar rumo ao veleiro. Sem grande volume debaixo do casco, ele pode entrar e sair de qualquer praia.” Por isso, ficou conhecido como beach cat. De início, os puristas estrilaram. O veleirinho dificulta a manobra de dar bordo — ou cambar —, aquela em que o velejador vira o barco de lado, passando a proa por onde o vento está vindo. Outra reclamação: a imensa área vélica é desproporcional às dimensões dos cascos. “Mas é justamente isso que torna o barco tão veloz”, pontua Betão Pandiani. Apesar dos detratores, o Hobie Cat tornou-se classe oficial dos Jogos Pan-Americanos. O mesmo não se deu na Olimpíada, embora mais de 135 mil Hobie Cats 16 singrem mundo afora. “Quem define os barcos olímpicos são os europeus”, avalia Dubeux. “Eles inventaram um outro catamarã, o Nacra, com 17 pés. Tem bolina e balão, a vela de proa. Este virou classe olímpica.” Ainda nos anos 1970 o Hobie Cat, nas versões de 14 e 16 pés, começou a ser fabricado no Brasil pelo estaleiro Coast Catamaran, em Embu, a 28 Marcos Méndez / sailstation.coM / Brazil Photo Press
quilômetros de São Paulo. Mais tarde, a produção passou para as mãos do velejador Daan van der Klugt, do estaleiro Fishing, que, já nos anos 2000, desistiu do encargo, optando por lanchas, um mercado mais próspero. O resultado: hoje, quem quiser adquirir um modelo novinho terá de comprar importado. Um Hobie Cat 14, com cascos americanos e ferragens europeias, custa em torno de R$ 25 mil, já com a burocracia de importação. O de 16 pés, todo fabricado nos Estados Unidos, sai por R$ 35 mil. Quem importa é a Hobie Cat Brasil (www.hobiecat.com.br). “Hoje, a maioria dos cascos é fabricada em polietileno rotomoldado, bem mais resistente que a fibra de vidro”, conta Dottori. Felizmente, há um ativo mercado de Hobie Cats usados. Dá para encontrar, em bom estado, um modelo de 16 pés por R$ 15 mil. Conforto não está incluído no preço. Emoção, sim — e muita. [Mitrevista] dezembro 2014
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porta-luvas
bElEzA SEMPRE AO AlCAnCE DAS MãOS {por Patrícia Broggi}
fotos: divulgação
Dicas valiosas
A DESignER DE JOiAS MarIna vIcIntIn DiviDE AQUi SEUS SEgREDOS DE bElEzA
1 2
1. sun care Para bloquear o sol, a designer usa a maquiagem mesmo: skinceuticals Broad spectrum SPF 50 e o pó Fotoprotetor IsDIn compact SPF 40. Para completar o make, passa uma camada de máscara para cílios It-Lash Dior addict (0800170506). R$ 110 (pó) R$ 149 (máscara) 2. rosto Antes de dormir, Marina retira a maquiagem com o Sensibio H2O, Solution Micellaire, Peaux Sensibles, da Bioderma (www. bioderma.com): “É supereficiente e não irrita os olhos.” U$ 31,31 3. Mãos Marina prefere cores fortes, como o vermelho e o azul-marinho. Ela adora os esmaltes Louboutin (www.christianlouboutin.com), mas é fã também dos nacionais, como Colorama. €46 4. caBeLo Ela aplica nas pontas o finalizador SH-RD, Protein Cream, da n.P.P.e. Hair care (www. nppehaircare.com). “Hidrata, sela as pontas e fortalece os fios.” R$ 176
5
3
4
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[MItrevIsta] dezembro 2014
5. corPo A designer gosta das body lotions da Jo Malone, que “têm um perfume maravilhoso”. Quando precisa de mais hidratação, usa o Huille “Tonic”, Super Tonifiante, da clarins (SAC 0800743440). R$ 204
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mit hi-tech
novidades de alta tecnologia do universo mitsubishi {por Pedro Henrique Araujo | ilustrações Pedro Hamdan}
as últimas da mitsubishi
um satélite, um prédio elétrico, um metrô mágico, um aeroporto mais inteligente... saiba o que a marca dos três diamantes anda realizando mundo afora
mitsubishi electric
atmosfera vermelha a mitsubishi electric vai enviar um satélite para o espaço em 2017. o gosat-2, produzido em parceria com o ministério do meio ambiente do Japão, circulará o planeta para pesquisar os níveis de monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano, oxigênio e vapor de água na atmosfera. o sistema contará com uma série de instrumentos avançadíssimos. o resultado contribuirá na luta contra o aquecimento global anunciada pelo governo japonês na conferência de mudança climática da onu, em varsóvia (polônia), no ano passado. extremamente seguro na captação de dados e pesando quase 2 toneladas, o satélite será colocado em uma órbita sincronizada com o sol e terá vida útil de cinco anos. www.MitsubishiElectric.com/news/2014/0409.html
hi-tech
MitsUBishi MotoRs coRPoRatioN
Movido a sol a Mitsubishi Motors corporation segue firme na luta para reconstruir as províncias japonesas atingidas pelo terremoto de 2011. a novidade é o desenvolvimento de uma estação solar de carregamento de veículos elétricos usados na indústria agrícolas e de pesca da província de Wakayama, no oeste do país. a estação armazena a energia em uma bateria de lítio-íon que carrega os veículos. o projeto faz parte de um plano de revitalização feito em parceria entre a marca dos três diamantes e o Ministério da agricultura, silvicultura e Pesca do Japão. www.mitsubishi.com/mpac/e/monitor/back/1406/green.html#a
MiTSUBiSHi cHeMicAl
A Mitsubishi chemical e a Taisei corporation desenvolveram o primeiro prédio do mundo com paredes externas que geram energia usando células fotovoltaicas orgânicas. o edifício, na cidade de Yokohama, tem painéis solares no telhado e em três de suas laterais. eles ainda são mais caros e menos eficientes, mas são flexíveis, mais leves, finos e, por isso mesmo, podem ser montados em lugares nos quais os modelos tradicionais nem sempre se adaptam bem. A Mitsubishi chemical pretende iniciar a fabricação em massa desses painéis em 2015. www.mitsubishi.com/mpac/e/monitor/back/1408/green.html#b
MiTSUBiSHi elecTric corPorATioN
Freio Mágico os trens que passam pela estação Myoden, em Tóquio, possuem um sistema que transforma a energia gerada pelos freios em energia cinética. A tecnologia é conhecida como freio regenerativo. Para armazenar essa carga, a Mitsubishi electric corporation criou a S-eiV. Trata-se de uma estação que, além de acumular a energia, a transfere para acender as luzes, ligar os aparelhos de ar condicionado e mover os elevadores da estação. A produção diária é de 600 kWh, o equivalente ao consumo de 60 residências. A tecnologia permite que a eletricidade seja ainda transferida para outros trens. www.mitsubishielectric.com/news/2014/0918.html
WikiMediA coMMoNS
Trio eléTrico
hi-tech MitSUBiShi heaVY inDUStrieS
Plano Perfeito Mais 16 túneis completamente planos conectando o aeroporto ao avião foram instalados em março no aeroporto internacional de haneda, em tóquio, no Japão. Sem nenhum desnível, a plataforma de embarque evita acidentes, facilita o vaivém de malas e, principalmente, beneficia o acesso de cadeirantes e de pessoas com dificuldade de locomoção. a tecnologia, inédita no mundo, foi desenvolvida pela Mitsubishi heavy industries e já está em 53 portões do aeroporto japonês. Por enquanto, não há planos de exportar os túneis para outros lugares do mundo. www.mhi-global.com/news/story/1404111791.html
MitSUBiShi PlaSticS
o Museu de arte e ciência, em cingapura, foi laureado pela Japan Stainless Steel association. o motivo do prêmio foi a utilização do alPolic, um composto feito de metal-plástico com três camadas e um revestimento, tipo sanduíche, em um núcleo de plástico. criado pela Mitsubishi Plastics e usado desde 1971 em obras e construções de todo mundo, o material é à prova de fogo, resistente à corrosão e mais leve do que outros produtos do mesmo gênero. trata-se de uma ótima saída para projetos arquitetônicos mirabolantes como a flor desabrochando que dá forma ao museu. www.mitsubishi.com/mpac/e/monitor/back/1408/news.html#a
wikiMeDia coMMonS
aS floreS De PláStico
O QUENTE VIRA FRIO. LITERALMENTE.
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RESFRIAMENTO ATIVADO PELO SUOR.
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combustível
Fotos: divulgação
bebidas para abastecer a alma {por Marcello Borges}
la Vie eN rOse
Os ViNhOs rOsadOs – Ou rosés – têm crescidO NO gOstO dOs apreciadOres. e sãO uma ótima pedida para O VerãO
Q
uando comecei no mundo do vinho, um dos elementos
cabra, um risoto com frutos do mar ou um salmão. É o caso do belo
imprescindíveis em jantares com namoradas novas era uma
Terres du Berne 2012 (quanto mais jovem, melhor o rosé), um
garrafa de mateus rosé. geladinho, cor delicada, com “agulhinha”
côtes de provence importado pela grand cru (r$ 87). leva 60% de
– aquela ligeira carbonatação –, ele ajudava a criar um clima
uvas cinsault e 40% de grenache, com aroma de flores da primavera e
romântico. mas a gente cresce e fica achando que vinho é só o tinto:
frutas de verão, pêssego e nêspera, com boa acidez e elegância.
não é. Os rosés têm crescido no gosto dos apreciadores, a ponto de
www.grandcru.com.br
representarem 30% do consumo de vinhos na França em 2013. ao contrário do que muita gente pensa, rosé não é um vinho
40
se pensarmos em rosés de corpo médio, um rótulo bacana é o Pradorey rosado FerMenTado en Barrica 2012, da
feito com a mistura de vinhos brancos e vinhos tintos. pelo menos,
decanter (r$ 76,50), um corte de uvas tempranillo e merlot com
não os que merecem sua atenção e um lugar em sua adega: eles são
aromas de frutas vermelhas e especiarias. ele se diferencia por ser
produzidos com uvas tintas, e, quanto maior o tempo de contato com
fermentado e envelhecido em barril de carvalho francês – o que
as cascas, mais intensa a cor do vinho. a palheta cromática vai dos
lhe permite enfrentar uma paella valenciana, por exemplo. www.
leves rosés de provence, geralmente feitos com a uva grenache, cuja
decanter.com.br e, entre os rosés mais encorpados, fico com o
casca também é mais clara, até os intensos rosés do Novo mundo,
MonTes cheruB syrah rosé 2011. produzido com uvas syrah
como o delicioso montes cherub, feito com a retinta syrah. Opção
especialmente reservadas para ele, é fresco, complexo, com aroma de
interessante para o verão, com mais corpo do que os brancos, mas com
amoras, morangos e framboesas. bom para acompanhar carnes leves,
seu frescor característico, eles acompanham muito bem uma série de
pratos asiáticos (tailandeses, por exemplo) ou aves. Quem traz é a
pratos ou petiscos. experimente um rosé leve e seco com queijos de
mistral (r$ 68,47). www.mistral.com.br
[Mitrevista] dezembro 2014
todos os preços sujeitos a alteração sem aviso prévio.
42
on the road
aventuras a bordo de um mitsubishi {depoimento de Bernardo Schimmelpfeng a Luis Patriani}
o sul é o limite três semanas de muita história, cascalho e paisagens espetaculares pela rota 40, a emblemática estrada que corta a argentina
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[Mitrevista] dezembro 2014
Pausa para curtir a laguna Esmeralda, em Ushuaia
[Mitrevista] dezembro 2014
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Acima, dois takes do Parque Nacional Tierra del Fuego. À direita, um dos habitantes da gigantesca pinguinera do cabo Vírgenes
“O
início da viagem rumo aos confins do planeta foi uma corrida contra o tempo. Tínhamos cinco dias para sair do Rio de
de Magalhães, na ocasião em que estava prestes a completar a primeira
Janeiro e chegar a Ushuaia, no extremo sul da Argentina,
circum-navegação da Terra. A hora de ir embora de Ushuaia não poderia
onde três parceiros, que haviam viajado de avião, nos
ser mais emocionante. Ao largo da estrada cruzamos uma gigantesca
esperavam. Na bagagem, levávamos a experiência de uma viagem pelo
colônia de pinguins (a estimativa é de haver mais de mil animais), na qual
Jalapão (TO) com duas Mitsubishi L200 Triton em 2013. Agora, a aventura
pudemos vê-los se reproduzindo e chocando seus ovos.
era mais longa. Também com duas bravas e confortáveis picapes da marca
Com o belo farol construído em 1904 e que marca o cabo Vírgenes
dos três diamantes, nosso destino – meu e de cinco amigos – era a cidade
se distanciando no espelho retrovisor da L200 Triton, seguimos rumo a El
mais austral do planeta. A meta era percorrer a parte patagônica da rota
Calafate. A paisagem dos Andes ao longo da rota 40 impacta nossos olhos
40, a emblemática estrada de cascalho que percorre 5.224 quilômetros do
tanto quanto o cascalho desafiava a tração. Os vidros eram alvejados e
sul ao norte da Argentina – das portas da Antártida à divisa com a Bolívia.
trincados pelas lascas de pedra lançadas pela passagem de outros carros.
Dirigimos cerca de 1.300 quilômetros por dia até Rio Gallegos, última
Esses pequenos contratempos eram esperados e, de certa forma, deseja-
cidade antes do estreito de Magalhães, a icônica passagem natural que
dos por nós, um bando de apaixonados por aventuras off-road. Sabíamos
liga os oceanos Atlântico e Pacífico, de onde pegamos uma balsa até
que no fim do mundo os postos de gasolina apareciam a cada 200 quilô-
Ushuaia. Na cidade, os dias eram dedicados à contemplação da natureza.
metros. Nada que assustasse. O tanque da L200 Triton tem capacidade
As noites, aos pubs. Houve dias nos quais deixamos as L200 Triton des-
para 90 litros de combustível e permite uma autonomia gigantesca.
cansarem e usamos a tração dos próprios pés. Caminhamos, por exemplo,
Em El Calafate, fiquei no hotel, mas o resto da expedição foi conhecer
por uma hora e meia até a laguna Esmeralda, uma lagoa formada por água
o glaciar Perito Moreno. Eu já havia visitado duas vezes essa monumental
de degelo no alto de uma montanha da cordilheira do Andes. O Parque Na-
geleira de 5 quilômetros de largura que contraria o efeito estufa e cresce,
cional Tierra del Fuego, por sua vez, nos impressionou com um cenário de
em alguns pontos, até 3 metros por dia, alimentada por intensas nevascas
florestas e lagoas. Mas o que mais chamou a atenção foi o carteiro de um
na Patagônia. Quando retornaram, eufóricos, eu sabia exatamente a
minúsculo correio às margens do canal de Beagle. Seu bigode avantajado
sensação surreal que tiveram ao andar, usando grampões nas botas, sobre
e seu bom humor fazem dele uma atração ao lado da fauna local, formada
a espessa camada de gelo que chega a 60 metros de altura.
por guanacos, raposas-vermelhas e castores canadenses. Três dias depois já estávamos cruzando novamente o estreito de Ma-
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No ano de 1520, quem passou pela região foi o espanhol Fernão
No dia seguinte, fizemos um piquenique à beira da laguna Roca, no Parque Nacional Los Glaciares. Ao todo são 356 geleiras, incluindo o já
galhães para pegar a aguardada rota 40, cujo marco zero começa em cabo
citado glaciar Perito Moreno. De volta a rota 40, seguimos rumo ao nosso
Vírgenes, a entrada oriental do estreito localizada na esquina do Atlântico.
destino final: Mendoza. Os ventos estavam fortíssimos. Nunca havia visto
[Mitrevista] dezembro 2014
fotos: arquivo pessoal
As L200 Triton diante do monte Aconcágua. À direita, dois faróis: o do canal de Beagle e o do marco zero da rota 40, no cabo Vírgenes
algo igual. Por sorte, o clima inóspito estava fora dos carros. No interior, o
BOLÍVIA
ambiente era só conforto e segurança. E a forte ventania não chegou a
MG
MS SP
assustar. No caminho, paramos em Bariloche, onde conhecemos o famoso lago Nahuel Huapi. À tarde nos dirigimos à rota dos Sete Lagos, a caminho
PARAGUAI
de San Martín de Los Andes. No verão, época em que fizemos a viagem, a paisagem muda radicalmente. Saem de cena as estações de esqui e o branco da neve e entra o colorido dos guarda-sóis às margens das lagoas.
Paso de Los Libres
O apelo veranista da Patagônia se mostrou irresistível. Quando me dei Mendoza
Dos remos ao volante do Mitsubishi e depois a Mendoza foi um pulo.
Rosário
CHILE
quatro dias na cidade. A tarefa não foi difícil. Primeiro fizemos um trekking
SC
até a laguna Espelho, que reflete a imagem do monte Aconcágua em sua
Concepción del Uruguay
Rio de Janeiro Curitiba Florianópolis Lauro Müller
RS Uruguaiana
conta já estava remando um caiaque pelas lagunas. Precisamente 1.286 quilômetros. Faltava aproveitar a nossa estadia de
PR
Cascavel
Foz do Iguaçu
São Paulo
Porto Alegre
URUGUAI
ARGENTINA San Martin de Los Andes
superfície. Depois subimos por uma sinuosa estradinha até o topo do
Bariloche
Cristo Redentor, a 4.500 metros de altitude, onde a satisfação de apreciar
Epuyen
a vista só não foi maior do que a alegria sentida ao entrar no café e se
Esquel
Sierra Grande
abrigar do frio tomando um chocolate quente. O desfecho não poderia ser mais apropriado. Mendoza estava em plena Festa Nacional de la Vendimia, o tradicional evento de uma semana que celebra a colheita da uva. O bagageiro da L200 Triton foi grande o bastante para comportar as malas e 36 garrafas de vinhos e cervejas, além de vários tipos de azeite, inclusive um galão de 5 litros do mais puro extra-
El Calafate Rio Gallegos
por 2015, quando pretendemos viajar para a Bolívia com a mesma equipe e, claro, a bordo de um 4x4 da Mitsubishi. No roteiro, estão as cidades de Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba, o salar de Uyuni e a temida estrada da morte. Alguém se interessa?”
paulo nilson
virgem. Após 21 dias e 15.193 quilômetros rodados, só nos resta esperar Ushuaia
se você viajou com seu Mitsubishi, mande sua aventura para nós. escreva e envie fotos para atendimento@customeditora.com.br
[Mitrevista] dezembro 2014
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Jack O’Nei
Muçulmanas em prece. Srinagar, Cachemira, 1948
O clique zen de
Um biógrafo o chamou de “o olhar do século”. Com sua Leica na mão e a cabeça feita, correu o mundo, fotografou crises e celebridades e, melhor do que ninguém, fixou momentos mágicos do cotidiano Fotos
Por roberto muggiati henri cartier-bresson/magnum photos Paris, gare de Saint Lazare, 1932
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arquivo pessoal [Mitrevista] dezembro 2014
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CAPA Minha foto favorita de Cartier-Bresson é a do homenzinho pulando sobre uma poça d’água atrás da gare de Saint Lazare. Quando cheguei a Paris em 1960, moravam naquele bairro minha primeira namorada francesa e dois casais amigos que fizeram do 24, rue de Constantinople um “consulado” de Curitiba. A memória afetiva me colocou na pele do senhorzinho saltitante que Bresson flagrou em pleno voo, com os pés fora da terra. Comentei isso com Frederico Mendes outro dia e ele me confessou que aquela imagem o levou a tornar-se fotógrafo. Como ele, outros tantos. A escolha de Bresson de abraçar a profissão de fotógrafo foi bem mais complicada. Primogênito dos cinco filhos de uma família rica e aristocrática, ele nasceu em 22 de agosto de 1908, em Chanteloup en Brie, nos arredores de Paris. O pai era dono de uma fábrica de fio de algodão – com 23 mil metros quadrados e 450 empregados – e queria que o filho o sucedesse. O menino não se mostrou interessado. Na escola, aos estudos curriculares preferia ler às escondidas Rimbaud, Mallarmé, Dostoiévski e Proust; leu até o Ulisses, de Joyce. Adorava cinema e desprezava a fotografia, apenas registrava suas férias com uma Brownie-Box da Kodak. Foi reprovado três vezes nos exames finais do secundário. Seu biógrafo, Pierre Assouline, anotou: “Sua persistência no fracasso, acompanhada por uma alarmante piora de suas notas, vence definitivamente as ambições que seu pai alimentava para seu futuro. Ele imaginava o filho mais velho cursando a prestigiosa Escola de Altos Estudos Comerciais e galgando com rapidez os degraus da empresa familiar antes de sucedê-lo na direção geral”. Rebelde, num almoço familiar Bresson interpelou o avô com uma frase de Taine: “Não amadurecemos, apenas apodrecemos por partes”. O patriarca o fez expulsar da mesa por um mor- Em 1932, aos 24 anos, Bresson comunicou a domo de suíças. decisão de ser fotógrafo ao pai, que não Uma coisa que movia o jovem de 19 anos era a pintura. Passou dois anos na academia do escondeu a decepção colossal, alegando que pintor André Lhote, um dos maiores pedago- aquilo não era profissão, mas mero passatempo gos da época. Mas não era bem o que procurava. Envolveu-se com os surrealistas e conheceu personalidades da época. Mostrou seus trabalhos à escritora americana Gertrude Stein. A inspiradora de Picasso e Hemingway lhe deu um conselho sucinto: “Meu jovem, seria melhor você entrar nos negócios da família”. JOVENS SEMINARISTAS
Espírito nômade, Bresson empreendeu suas primeiras viagens. Foi à Inglaterra, em Cambridge, onde fez estudos livres, conheceu o jovem ator Michael Redgrave e o esteta Anthony Blunt, integrante dos “Cinco de Cambridge”, como ficou conhecido mais tarde o grupo de espiões britânicos que trabalhava para a União Soviética. De volta à França, prestou o serviço militar na base aérea de Le Bourget, em Paris, com um fuzil Lebel no ombro direito – seu sonho romântico era ser piloto de avião. Em 1930, na Costa do Marfim, tirou suas primeiras fotos com uma Krauss de segunda mão. Em 1932, em Marselha, comprou sua primeira Leica. Com ela decidiu embarcar na incerta “carreira” de fotógrafo. Comunicou a decisão à família acompanhado do pintor Max Ernst, 17 anos mais velho. O pai, no entanto, não escondeu a decepção colossal, alegando que aquilo não era uma profissão, mas mero passatempo. A opção de Bresson ocorre no momento em que as máquinas saem do tripé e se tornam portáteis. Um desses novos pequenos engenhos torna-se o objeto do desejo da maioria dos fotógrafos: a Leica, desenvolvida para a indústria de instrumentos ópticos Leitz, na cidade alemã de Wetzlar, a
Prostituta. Calle Cuauhtemoctzin, México, 1934
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Mexico
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Truman Capote. Nova Orleans, 1947
uma hora de trem de Frankfurt. Criada em 1913 pelo engenheiro Oskar Barnak, é uma maravilha de precisão, discrição e velocidade e usa filmes de 35 milímetros. Restritas em geral aos cineastas, essas películas permitem fotos com luz reduzida e poses instantâneas. Pierre Assouline descreve admiravelmente a relação de amor entre o homem e a máquina: “A Leica será seu objeto mitológico. Dela nunca mais se separará, seja no exterior, seja na intimidade. Na rua, em casa, na casa das pessoas, em todos os lugares e o tempo todo, nunca se sabe. Não é um hábito de artista, mas de caçador de recompensas. Sempre pronto para atirar, à espreita, de sobreaviso. Mas isso não impede o sentimento. Raras vezes se viu identificação tão completa A fotografia levou Bresson ao engajamento entre um homem e uma máquina, uma osmosocial e ao comunismo nos turbulentos anos se tão feliz entre uma alma e um mecanismo. Como um casal de amantes, poderíamos dizer 1930. Por onde passou – México, Nova York, que ele era a contraparte dela, e ela a contra- Paris... – aliou-se a grupos de artistas militantes parte dele. Eles parecem feitos um para o outro. (...) Com essa máquina e essa objetiva, ele tem a sensação de ter encontrado a harmonia perfeita, a única naturalmente capaz de dissipar o hiato entre a verticalidade do homem e a horizontalidade do mundo. (...) Ela dá a impressão de não perturbar a ordem natural das coisas porque privilegia o momento silencioso. Impõe-se como o instrumento ideal para antever uma cena e fixá-la numa foto. Mais tarde, ao entrar em contato com o trabalho de outros, ele chegará à reportagem. Por enquanto, não pensa em contar uma história, mas em tirar instantâneos, convencido de que se pode fazer tudo com uma Leica. ‘Ela pode ser como um beijo apaixonado,’ diz ele, ‘mas também como um tiro de revólver ou o divã de um psicanalista.’”
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[Mitrevista] dezembro 2014
Pierre Matisse. Saint-Paul-de-Vence, 1944
A fotografia levou Bresson ao engajamento social e ao comunismo, à medida que a política se radicalizava nos turbulentos anos 1930. Ele não tinha carteirinha do partido, mas se aliou a grupos de artistas militantes por onde passou: México, Nova York, Paris. Aventurou-se também pelo cinema, sua paixão de menino. Trabalhou com o cineasta Jean Renoir entre 1936 e 1939. Assistiu o grande diretor em A Vida É Nossa, filme encomendado pelo Partido Comunista para as eleições de 1936. Participa da equipe de A Regra do Jogo e de Passeio ao Campo, em que ele e o escritor Georges Bataille, de batina, interpretam jovens seminaristas. SURGE A MAGNUM
O casamento entrou em sua vida de maneira exótica. Ele mesmo conta: “... uma mulher extraordinária leu a minha sorte em 1932. Ela disse que eu me casaria com alguém que não seria da Índia, ou da China, mas também não seria branca. E em 1937 me casei com uma javanesa. Essa adivinha disse ainda que o casamento seria difícil e que quando eu chegasse à velhice eu me casaria com alguém muito mais jovem que eu e seria muito feliz.” A javanesa é a bailarina Eli (nome artístico: Ratna Mohini) e com ela Bresson militou na Guerra Civil Espanhola em 1937. Convocado pelo Exército francês no início da Segunda Guerra, foi preso pelos alemães e passou três anos num campo de prisioneiros, o tenebroso stalag de Ludwigsburg, onde se amontoavam 23 mil homens. Teve sucesso na terceira tentativa de fuga, mas guardou para o resto da vida a lembrança do cárcere. Juntou-se a um grupo da Resistência em Lyon e fotografou os últimos combates da libertação de Paris. Em 1947, com os amigos comunistas Robert Capa e David Seymour (Chim), fundou a agência Magnum, uma cooperativa administrada democraticamente pelos próprios fotógrafos. Capa o
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aconselhou a abandonar os experimentos surrealistas e dedicar-se integralmente ao fotojornalismo. Nesse ano, a ONU o nomeou consultor fotográfico, e ele viajou com Ratna para Índia, Paquistão, Cachemira e Birmânia. Com o desmembramento da ex-joia do Império Britânico, acompanhou o êxodo de 12 milhões de pessoas. Sua foto das muçulmanas orando na Cachemira antecipa em meio século a etnofotografia de Sebastião Salgado. Teve um encontro exclusivo com Gandhi poucas horas antes da morte do líder indiano. As fotos do Mahatma foram publicadas por jornais e revistas do mundo inteiro. Documentou as últimas horas da China capitalista antes da vitória de Mao. É tão intensa e avassaladora a produção fotojornalística de Bresson que seus retratos tendem a ficar esquecidos. De 1934 até 1997, captou com sua lente figuras como Coco Chanel, Colette, Matisse, John Huston, William Faulkner, Truman Capote e – um dos últimos na extensa galeria – o pintor Lucian Freud. A profecia da adivinha se completou. No penúltimo dos 30 anos de casamento com Ratna, Bresson conheceu a fotógrafa Martine Franck. Casaram-se em 1970 e tiveram uma filha, Mélanie. O guerreiro abraçou o seu merecido repouso. Desligou-se dos negócios da Magnum, deu um descanso à Leica, dedicou-se mais ao desenho e à pintura. O ARQUEIRO ZEN
“Nada no mundo existe que não tenha um momento decisivo.” Bresson usou a frase do cardeal de Retz como epígrafe do seu livro Imagens Furtivas. Na verdade, sua técnica, ou melhor, seu método de capturar a realidade, envolve uma trama complexa de elementos que inclui não só o gestual, mas uma concepção prévia da composição e uma noção perfeita do tempo. Espírito sem fronteiras, Cartier-Bresson, ao mesmo tempo que militava no comunismo, voltou-se também Espírito sem fronteiras, voltou-se ao hinduísmo para o hinduísmo e o budismo. Ele mesmo ade ao budismo. Passou grande parte da vida no mitiu, numa rara entrevista de 1995: “Já em minhas leituras adolescentes, Schopenhauer levou Oriente. O Japão revelou a ele o zen-budismo, que a Romain Rolland e este ao hinduísmo. Passei lhe serviu de manual até a morte, há 10 anos grande parte da minha vida no Oriente”. Em 1944, o pintor Georges Braque já havia lhe dado o livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, de Eugen Herrigel, publicado originalmente em 1936. Alemão, professor de filosofia, Herrigel foi estudar arco e flecha com um mestre no Japão e descobriu o zen-budismo, uma escola de pensamento também usada pelos antigos samurais no manejo da espada. Conta Pierre Assouline sobre o efeito do livro: “Depois de passado o choque inicial, Cartier-Bresson acredita ter finalmente encontrado o manual ideal de fotografia concebido para um espírito não conformista como o seu. A obra encerra os princípios aparentemente simples que buscava. Estar presente, esperar anonimamente e desaparecer. Entretanto, uma evidência aos poucos vai se impondo: as páginas expõem um modo de vida, um desapego do mundo e uma visão do universo ainda mais irresistíveis porque lhe parecem o perfeito complemento de sabedoria à ética libertária que ele nunca quisera abandonar”. Henri Cartier-Bresson deixou-se morrer, como um velho mestre zen, em 3 de agosto de 2004, 19 dias antes de completar 96 anos. Ouso dizer – e milhares me acompanham neste pensamento – que ele não morreu. Os momentos de vida que fixou com sua Leica estarão sempre conosco, eternizando sua visão humanista do mundo.
União soviética, rússia, Leningrado, 1973
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Polivalente escalar o everest, pilotar helic贸ptero, trabalhar em pronto-socorro, mergulhar com tubar玫es. Para Karina oliani, s贸 falta mesmo ser astronauta
Foto: Kadu Pinheiro
MaKe uP: edu hyde
Karina veste: aMir slaMa
agradeciMentos: coPa airlines e JaMaica exPerience
por
Xavier BartaBuru
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os 4 anos, ela escalou as paredes da casa de brinquedos. Com 12, deu seu primeiro salto de paraquedas – e tirou o certificado de mergulho. Antes dos 16, foi ser salva-vidas na Austrália. Aos 17, ficou 4 minutos e 10 segundos debaixo d’água e bateu o recorde brasileiro de apneia estática. Quando completou 25, tornou-se piloto de helicóptero. Dois anos depois, subiu o monte Kilimanjaro, ponto culminante da África. Aos 30, mergulhou com tubarões-brancos no México e tubarões-tigre nas Bahamas. Três dias depois de completar 31 anos, alcançou o cume do Everest. E, antes mesmo de chegar aos 32, em junho deste ano, nadou com orcas na Islândia. O que será de Karina Oliani agora? “Sempre tive fissura pelo espaço”, responde. Sim, ela quer ser astronauta. O plano de ver a Terra lá do alto, porém, não é pra já. Até porque entrar em órbita é um bocado mais complicado do que escalar o Everest. Ser astronauta requer anos, talvez décadas, de preparo. Até lá, Karina já estará ocupada tratando de visitar os pontos do planeta que ainda não teve o prazer de desafiar. Ela gosta de chegar aos lugares da maneira mais maluca possível, de preferência fazendo o que ninguém se atreveu a fazer. Na Islândia – por si só já é um destino invulgar –, além de mergulhar entre mais de 100 baleias-assassinas, numa água a 1 grau Celsius, ela nadou na fenda que divide as placas tectônicas da Europa e da América do Norte – e ainda inventou de escalar o vulcão mais ativo do país. Na volta, desceu esquiando. Nada no histórico familiar justifica o gosto pela aventura – ou pelo perigo – desta paulistana nascida e criada na zona oeste da capital. Entretanto, como se vê, vem do berço sua atração por situações de risco, curiosamente compartilhada com a irmã mais nova, Nathali, também médica (nutróloga), também atleta, também amante dos extremos e, ainda por cima, nascida no mesmo dia, com três anos de diferença. Já na infância as duas faziam do quintal de casa um território selvagem, com desafios a serem vencidos. A piscina virava o Atlântico. E o telhado se passava pelo cume do Everest. “Na Páscoa, eu tinha que esconder os ovos no alto do abacateiro para elas procurarem”, lembra Regina, a mãe. “Se fosse fácil, elas não achavam a menor graça.” Com tanto talento para a resistência física, ela poderia ter virado uma grande atleta. Foi bicampeã brasileira de wakeboard na adolescência, mas preferiu testar seus limites na medicina, onde trabalha ajudando as pessoas sem abrir mão dos picos de adrenalina, tão frequentes nas situações de emergência. Ainda hoje, o pronto-socorro
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para não precisar se dividir entre a medicina e a aventura, Carina especializou-se em resgate médico em áreas remotas
é um dos lugares onde ela mais gosta de estar. O destino, entretanto, deve ter achado que ser médica era pouco para ela. Antes mesmo de concluir a faculdade, a moça foi convidada para apresentar o quadro Rolé, do programa Zona de Impacto, do canal a cabo SporTV. Karina já tinha alguma experiência como modelo da agência Mega, mas faltava-lhe o traquejo com o vídeo. Tinha, por outro lado, intimidade com uma infinidade de esportes radicais. E isso bastava: os produtores acharam que seria mais fácil lecionar os macetes da tevê a Karina do que ensinar a qualquer outro rostinho bonito a arte de escalar paredões de rocha ou descer cachoeiras numa corda de rapel. Subitamente transformada em apresentadora, Karina poderia ter deixado o estetoscópio de lado, mas preferiu fazer o movimento contrário. Foi aos Estados Unidos especializar-se em Wilderness Medicine, área médica dedicada ao resgate em áreas remotas. Era a cara dela: o contato com a natureza, as condições extremas, a escassez de recursos, a adrenalina, tudo num cenário selvagem no qual muitas vezes só alguém com muito preparo tem condições de salvar uma vida. Foi o que aconteceu durante a escalada do Kilimanjaro, na África, para o programa Esporte Fantástico, da Record: sem essa especialidade, é provável que Karina não conseguisse livrar o cinegrafista da morte causada por um edema cerebral. “Eu estava filmando, mas virei médica da expedição”, relembra. “Foram 24 horas carregando ele até a base da montanha.” Médica eM áreas reMotas
Em 2009, de volta ao Brasil, duas carreiras paralelas começaram a despontar na vida de Karina. Em comum entre elas, a vontade de estar próximo de situações extremas, se possível em ambiente natural. Munida da já citada especialização em Medicina de Áreas Remotas – ainda hoje, ela é a única pessoa da América Latina a ter a distinção –, foi buscar emprego como médica de expedições. Trabalhou em campanhas no Everest e no monte Elbrus, na Rússia, ponto mais alto da Europa. No Brasil, encontrou lugar em corridas de aventura, provas que exigem do médico de apoio praticamente as mesmas habilidades dos competidores. Imagine uma moça linda e loira pendurada numa corda socorrendo marmanjos em apuros: muita gente nessas corridas deve ter achado que morreu e foi parar no paraíso. Entre uma competição e outra, arrumou tempo e talento para botar de pé sua produtora de vídeo, a Pitaya Filmes, responsável por devolver seu belo rosto às telas. Sempre, claro, inserido em contextos extravagantes, como esca-
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10 1. Levantando neve durante uma descida de snowboard no vale Nevado (Chile); 2. No topo do Kilimanjaro, na Tanzânia, montanha mais alta da África; 3. Já a mais de 8 mil metros, prestes a alcançar o cume do Everest, no Nepal; 4. Voando de wakeboard em Piracaia (SP); 5. Canyoning montanha abaixo na serra do Cipó (MG); 6. Escalada montanha acima em São Bento (SP); 7. Descida de caiaque em uma cachoeira de 18 metros em Tlapacoyan, no México; 8. No topo do Aconcágua, na Argentina, pico mais alto das Américas; 9. A caminho do cume do Elbrus, na Rússia, ponto culminante da Europa; 10. Merguho com tubarõesbrancos na ilha de Guadalupe, no México; 11. Stand-up paddle nas águas geladas do Ártico, na Islândia
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lar cachoeiras congeladas na Suíça, saltar de paraquedas de um balão, praticar bungee jumping do alto de uma torre na China e atravessar de bicicleta o maior deserto de sal do mundo, na Bolívia. Por meio da produtora, emplacou um quadro no programa Esporte Fantástico, o Rota Radikal, e outros dois programas dedicados à aventura: Extremos (canal Multishow) e Do Jeito Delas (OFF), apresentado com a irmã, Nathali. No mesmo canal, veiculou duas séries de documentários: uma sobre sua escalada ao Everest, outra sobre suas experiências na Islândia. O Everest foi, sem dúvida, o ponto alto de sua carreira de apresentadora viajante, e não apenas no sentido literal. Sonho antigo, realizado em maio de 2013, a escalada fez de Karina a brasileira mais jovem a alcançar o cume do mundo, a 8.848 metros. E representou um avanço importante no projeto de conquistar o ponto culminante de cada continente (os famosos Seven Summits). Quando isso acontecer, ela terá sido a segunda brasileira a realizar a façanha. Até agora, o título pertence à também médica Ana Boscarioli, que completou os sete cumes em maio, oito anos depois de ter sido a primeira brasileira a conquistar o topo do Everest – mais uma estrela solitária num mundo predominantemente masculino. “Na hora do perrengue, as forças do homem e da mulher têm que ser iguais”, diz Ana. Karina, que já acumulava grande experiência em corridas de aventura, jura que o mais difícil da aventura no Everest foi fazê-la acontecer. Ao contrário de Ana, que escalou todas as montanhas sem a ajuda de patrocínio, Kari60
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na penou três anos para convencer os patrocinadores de que era capaz de conquistar o ponto mais alto do planeta. Afinal, mesmo quem conhece Karina da TV custa a entender que dentro daquele corpo aparentemente frágil mora um tufão de energia. “Ela tem objetivos claros, e os persegue superando quaisquer obstáculos”, afirma o montanhista Rodrigo Raineri, que esteve três vezes no cume do Everest – na última delas, três dias depois de Karina. Medo, só de injeção
Intimidade, e não intimidação, é o que rege a relação de Karina com o meio natural. “Me sinto bem mais à vontade entre os tubarões do mar do que entre os tubarões daqui”, diz. Medo, ela jura que não tem. Exceto de injeção. “Sou motivo de piada nos hospitais em que trabalho.” É tal o pavor da agulha que nem mesmo as vacinas ela deixa que lhe apliquem – é ela mesma quem respira fundo e crava a seringa. Mesmo quando teve de arrancar um pedaço de coral do corpo no Havaí, Karina resistiu: preferiu ser operada sem anestesia. No primeiro corte do bisturi, desmaiou de dor. Quem mais sofre, claro, é a mãe, Regina, que desde cedo na vida vem trabalhando a resistência emocional diante das maluquices da filha. Se já era tenso quando Karina passava vários minutos debaixo d’água sem respirar, imagine agora. “Não achei que fosse piorar tanto”, ela brinca. No entanto, apesar das aflições, Regina nunca tentou dissuadir a moça de seus sonhos. “Está dentro dela, não tem como mudar.
Se fosse bater de frente, ia ficar em desarmonia com a minha filha. Ia afastá-la”. Por via das dúvidas, Karina esperou para contar à mãe sobre os planos do Everest quando a expedição já estava montada. Tirando injeções, não há coisa no mundo capaz de frear a determinação dessa taurina nascida com o ascendente em touro – duplamente persistente, portanto. E isso porque a vida não exige pouco dela. Além das aventuras para a TV e do trabalho como médica de expedições, ela faz pós-graduação em Medicina de Emergência e Urgência, dá plantões semanais de 12 ou 24 horas no pronto-socorro e ainda atende no consultório que tem em sociedade com a irmã, onde prepara viajantes para jornadas que requeiram muita adrenalina. Também cumpre uma agenda cada vez mais requisitada de palestras. Nelas, ensina os funcionários de ambientes corporativos a traçar metas e perseguir sonhos. O tema: “Qual é o seu Everest?” Parte dessa energia provém de uma rotina estrita de exercícios: Karina pratica treino funcional cinco vezes por semana, sem contar os treinos específicos quando está se preparando para alguma expedição. Se há uma montanha nos planos, ela sobe diariamente a pé os 21 andares até o seu apartamento no Alto da Lapa. E se diverte tentando bater o recorde, hoje na casa dos 6 minutos. Em outras situações, dependendo do desafio, se dedica ao aprendizado de mais um esporte, ampliando, assim, uma lista que já supera as 20 modalidades. Entre elas, motocross, canoagem, hipismo, snowboard, paraglider e jiu-jítsu. Momentos de ócio? Bem, Karina diz que não tem. Mal dorme
à noite, tamanha a energia acumulada no corpo. Muito embora às vezes se dê o nobre direito das férias. Quando isso acontece, ela e o marido, Marcelo, pegam o Mitsubishi Pajero (“O único carro que me aguenta”) e saem Brasil adentro em busca de contato com a natureza. Isso não quer dizer, é claro, que Karina fique parada. Passar horas surfando ou mergulhando tem mais a cara dela do que gastar o dia na piscina de um resort. E anda até convencendo o marido a fazer o mesmo: recentemente, Marcelo tirou o certificado de mergulho. Quando não são as férias de descanso, são as férias de trabalho voluntário. Karina agora está indo para a África, onde passará 20 dias trabalhando com a erradicação da fome de crianças em Uganda e na Etiópia. É a segunda vez que vai ao continente para esse tipo de serviço: em 2012, esteve em Ruanda realizando transplantes de córnea e cirurgias oftalmológicas. Antes disso, fez trabalhos voluntários no sertão do Piauí e na Amazônia, onde morou em um barco-hospital, tratando da saúde das comunidades ribeirinhas. Agora, anda às voltas com um projeto para levar água a um vilarejo do Nepal. “Esse é meu Everest hoje.” Outros Everests virão – até que chegue a realização do sonho de entrar em órbita. Karina já deu o pontapé inicial: matriculou-se num curso à distância de Medicina Aeroespacial, sediado... no Rio Grande do Sul. Depois seguirá para a Nasa, nos Estados Unidos. Ali terá de percorrer o longo caminho de outros como ela, muitos dos quais também médicos especializados em áreas remotas. Alguém duvida que ela pode se tornar a primeira astronauta brasileira?
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Karina toma neve no Chile e segue para o mar de Maresias (SP), uma das praias da rodovia Rio-Santos, para onde seguimos na próxima matéria
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rio-sa A bordo de uma Mitsubishi L200 Triton – e a pé, de barco e de caiaque – revelamos as praias mais escondidas e desertas da estrada Por
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A praia da Figueira. Ao fundo, a cidade de Caraguatatuba
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o estado de São Paulo vivem 44 milhões de pessoas. No Rio de Janeiro, a população passa dos 16 milhões. Difícil acreditar que no caminho litorâneo entre dois dos mais populosos estados do Brasil existam praias desertas, vazias, sem ninguém e, até prova em contrário, distantes de qualquer especulação imobiliária. Nem estradas chegam até essas faixas de areia quase virgens. As curvas da Rio-Santos até passam ali perto. Mas é preciso fazer um delicioso off-road e, em muitos casos, estacionar o carro e gastar a sola da sandália para se banhar no mar dessas improváveis penínsulas que quase escapam do continente. Uma dessas ignoradas porções de terra fica entre Caraguatatuba e Ubatuba. Os viajantes da Rio-Santos nem sequer suspeitam que por trás daquelas montanhas forradas de mata Atlântica há uma sequência de praias desertas e selvagens, mas acessíveis. A entrada para esse inverossímil recanto passa quase despercebida – logo depois da placa indicando a divisa Caraguatatuba-Ubatuba, um portal se abre para a estradinha de terra, daquelas esburacadas, castigadas pelas chuvas de verão. É um saudável obstáculo a filtrar os exploradores dispostos a sair do trivial. A Mitsubishi L200 Triton, nossa nave nessa viagem, cumpre seu papel com o pé nas costas: desdenha do piso arrebentado, faz as curvas com a estabilidade de sempre e alcança o topo da montanha que separa
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o burburinho do litoral norte paulista da solidão da península. De um lado, a vista dos prédios de Caraguatatuba, cuja população chega a meio milhão de pessoas na alta temporada. Lá embaixo, em primeiro plano, a praia da Figueira, onde um único pescador jogava sua rede numa manhã ensolarada de outubro. O off-road segue rumo à praia da Ponta Aguda (a única com uma pequena infraestrutura para receber campistas). Quando uma porteira coloca fim à estrada, é hora de botar os pés na trilha. Destino: praia da Lagoa. A caminhada pela mata Atlântica é leve. Dez minutos e uma grande praia se abre aos olhos, a essa altura da paisagem, arregalados. Do lado esquerdo, um rio deságua no mar – na maré baixa, o curso d’água fica represado e forma uma grande lagoa, daí o nome da praia. Exceto pelas aves marinhas, pelos caranguejos e por um ou outro ser humano, a enorme faixa de areia, repleta
É preciso estacionar a L200 Triton e gastar a sola da sandália para se banhar no mar destas improváveis penínsulas que se desprendem da Rio-Santos
De caiaque, entre as praias do Bonete e do Cedro. Nesta pรกgina, a praia da Fortaleza
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verão 4X4 na maioria destas praias isoladas, dorme-se na casa de pescadores ou em barracas. na Martim de sá, o camping é tocado por seu Maneco, patriarca da única família que vive ali de conchas, está vazia. As montanhas costeiras, diferentemente do que acontece em muitas praias da região, não ficam tão próximas da areia. Entre elas, uma planície costeira é permeada por mangues e restinga. Uma natureza selvagem toma conta do lugar. A perfeita calmaria visual é quebrada por colunas de tijolos espalhadas de maneira disforme no meio de um capão de mata alta que esconde as ruínas de uma fazenda colonial. Sua data de construção é incerta, mas imensas figueiras, cujas raízes cobrem as paredes do velho casarão, indicam que ele deve ser da segunda metade do século 19, quando o cultivo local migrava da cana-de-açúcar para o café. É possível ver os blocos de pedra que formavam o piso, parte das paredes, as aberturas das janelas... Oferendas de orixás no canto do porão feitas nos dias de hoje mostram o respeito pelos escravos traficados que ficavam presos ali até serem levados para o interior.
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A sequência de praias continua. Em uma nova caminhada, chega-se à praia do Simão, também conhecida como Brava do Frade. É uma das mais inexploradas e de difícil acesso. Os surfistas, no entanto, não estão nem aí para o cansaço da jornada de uma hora e meia. Eles vêm atrás das boas ondas formadas pelos ventos que sopram do sul ou do leste. É possível ir adiante caminhando, mas a dica é voltar, embarcar novamente na Triton e acessar as demais praias pela outra entrada da península. A estradinha de terra vai até a praia da Caçandoca, onde fica o primeiro quilombo reconhecido oficialmente no litoral norte de São Paulo. A comunidade, que só conseguiu o título da propriedade depois de uma briga judicial contra um empreendimento imobiliário, vive hoje do cultivo de bananas, da coleta de mariscos e do trabalho em condomínios de Ubatuba. O acesso às praias da Caçandoquinha, Raposa, São Lourenço, Saco do Morcego e Saco da Banana pode ser feito a pé ou pelo mar. A segunda alternativa é a preferida do caiaquista Christian Fuchs, proprietário da Aroeira Outdoor, empresa que faz roteiros de caiaque pelo litoral da Rio-Santos. Na península seguinte, Fuchs teve finalmente a chance de visitar algumas das praias a bordo de seu caiaque oceânico. A moderna canoa parte da praia da Fortaleza, onde a estradinha que sai da Rio-Santos termina. A praia é ideal para pernoitar. É possível alugar uma casa ou se hospedar na pousada Refúgio do Corsário. Fuchs esnoba quem não sabe remar e precisa ir andando. Mes-
Na página ao lado, uma lagoa formada na praia da... Lagoa durante a maré baixa. Nesta página, em sentido horário: Lua cheia reflete no mar da praia da Fortaleza, igreja na comunidade Cruzeiro, caranguejos na vertical no mangue do Saco do Mamanguá, seu Orlando com suas redes caiçaras, a L200 Triton passeia na estrada de terra entre as praias da Ponta Aguda e da Lagoa, barco de pescador no Saco do Mamanguá, um pássaro colore a paisagem de mata Atlântica e o artesão Benedito Rita, que fabrica remos de madeira
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O anoitecer na praia da Fortaleza e, na outra página, o lusco-fusco do Pantanal mato-grossense, nosso próximo destino
mo contornando os costões de rocha, em menos de 20 minutos ele chega à pequena e deserta praia do Cedro – metade do tempo da caminhada. “E ainda passei por duas tartarugas”, conta. A próxima praia se chama Bonete (não confundir com a homônima da Ilhabela). Quando chegamos a essa comunidade de caiçaras, Fuchs já estava lá. Dessa vez, ao lado do barqueiro Ramon Pereira, 28 anos, que prometeu levar os cansados andarilhos de volta em sua voadeira. “A comunidade do Bonete é muito unida. A gente se faz respeitar e é por isso que o convívio entre os caiçaras e as pessoas de fora que construíram casas de veraneio aqui é tão bom”, conta Ramon. De segunda a sexta, ele pega seu barco no fim da tarde, vai até a praia da Lagoinha, monta em um ônibus e segue até Caraguatatuba para estudar educação física. A expedição segue em direção à maior península da Rio-Santos, já no Rio de Janeiro. São duas entradas. A primeira, pelo condomínio Laranjeiras, dá acesso às praias do Sono, Antigos e Ponta Negra. A segunda fica no povoado de Paraty-Mirim, a menos de 10 minutos de carro da cidade de Paraty. O barco sai da vila em direção ao Mamanguá Eco Lodge, a única pousada do Saco do Mamanguá, um braço de mar com jeito de fiorde tropical que fura a península por dentro. No caminho, tartarugas flutuam e golfinhos saltam ao lado do barco. Ao longo dos 8 quilômetros de extensão desse fiorde, singelas vilas caiçaras dividem o cenário com mansões. Na comunidade Cruzeiro, seu Orlando, 65 anos, dos quais 36 68
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como capitão de grandes barcos de pesca, divide o tempo entre o mar e seu camping. “Sou um dos poucos que ainda fazem rede de pesca artesanal”, ele conta. “É uma técnica antiga que aprendi com meu pai.” As grandes levam 15 dias para ficar prontas. “Hoje em dia os pescadores compram a rede feita, mas ela pega bem menos peixe”, explica seu Orlando. “É uma pena, mas esta tradição está se acabando por conta da preguiça e da ignorância.” O último dia da expedição reserva a distante praia Martim de Sá, a mais isolada de toda a península, na reserva da Joatinga. Chegar até lá, para quem não estiver disposto a andar mais de cinco horas, só se for de barco. É preciso sair bem cedo para não correr riscos. A ponta da Joatinga, apelidada pelo velejador Amyr Klink como o cabo Horn brasileiro, é traiçoeira e não hesita em virar embarcações quando o vento sopra forte, o que acontece com frequência no período da tarde. Uma hora depois e a pequena voadeira chega à Martim de Sá. A sensação é de exílio. Apenas a família de Manoel dos Remédios, 69 anos, vive aqui. Seu Maneco mora com a mãe, a mulher, as duas filhas e os cinco netos. Cuida do camping e relembra o passado embaixo da sombra de um pé de jamelão. “Aqui era uma fazenda de cana-de-açúcar”, conta. “Meu avô veio cuidar dela e ficou de vez, pescando e cuidando da roça.” Seu Maneco diz se orgulhar de manter a tradição, mas afirma que a cabeça do caiçara está mudando. “Hoje em dia se pensa muito em dinheiro”, conta. “Eu não!”
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RJ Paraty
TOS RI O - S A N
Paraty-Mirim
Saco do Mamanguá
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Pouso de Cajaíba
Caraguatatuba Bonete Figueira Ponta Aguda
Lagoa
Praia do Sono
Fortaleza Cedro
Caçandoca Simão Caçandoquinha (Brava do Frade)
O C E A N O AT L Â N T I C O
Ponta da Joatinga
Antigos e Antiguinhos Ponta Negra
Martim de Sá
Quando é preciso ser 4x4 a preservação da cultura caiçara e do meio ambiente na praia Martim de sá e nas demais listadas no mapa acima, em todas as outras penínsulas, só acontece por um detalhe geográfico. o isolamento proporcionado pela distância da rodovia riosantos é determinante. Mais do que ter um 4x4 é preciso ser 4x4 para chegar, respeitar e aproveitar um dos pedaços mais
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selvagens e mais bonitos do Brasil – a despeito de estar em dois estados onde se espremem 60 milhões de habitantes.
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Ao lado, o pantanal visto de cima, com suas lagoas e cap천es de mato. E um vaqueiro na lida com o gado
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estado de São Paulo tem 260 mil quilômetros quadrados. Imagine uma área pouco menor, com 230 mil. Esse é o Pantanal. Um mundão de água, regido pelos humores dos rios que cortam os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – isso do lado brasileiro. Sim, porque o Pantanal também se estende, com o nome de Chaco, à Bolívia e ao Paraguai. Mas o que nos interessa é o Pantanal Mato-Grossense. Nele quem manda são os rios São Lourenço, Piquiri, Taquari, Negro, Miranda, Aquidauana e Aquidabã. Juntos, eles correm para oeste. Vão engrossar o já caudaloso rio Paraguai, o mais importante da região. Coisa curiosa. Apesar do nome, o Pantanal nada tem a ver com pântano. Tem tudo a ver, isso sim, com a chuva. É ela que regula a vida. A seca vai de maio a setembro. E aí surgem ilhas, campos e bancos de areia. Os rios voltam ao leito natural, nem sempre seguindo o curso da estação anterior. A água escorre pelas depressões, os braços de rio secam. De repente, o mundo desaba. É outubro. Chove torrencialmente na cabeceira dos rios. A planície rebrota e fica verde. Os rios transbordam, alagam os campos. Apenas morros isolados, as “cordilheiras”, servem de refúgio aos animais. Viajar fica difícil, pois 72
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as estradas desaparecem. Gente, mercadoria e animais domésticos passam a ser transportados por barco – ou com a ajuda dos anfíbios cavalos pantaneiros. Cidadezinhas se isolam. Para chegar, só de barco ou avião. É essa alternância de enchente-vazante que torna o Pantanal único – e um dos lugares mais belos do planeta. No Brasil, quando se fala na região, dois artistas são imediatamente lembrados. O poeta Manoel de Barros, recentemente morto aos 97 anos, e o cantor e violeiro Almir Sater. Natural de Campo Grande (MS), aos 58 anos ele se divide entre São Paulo, cercado pelo verde da serra da Cantareira, e sua fazenda pantaneira. Numa manhã de outono, bem à vontade – sandálias Havaianas, calça de moletom, faixa paraguaia na cintura, camiseta e com o chapéu de feltro marrom que já se tornou sua marca registrada –, ele recebeu a MIT Revista para falar da vida e do lugar que mais ama. vÁrioS pAntAnAiS
“Não existe um único Pantanal. Há regiões pantaneiras, cada uma distinta da outra em função do relevo, da quantidade de rios e de água. Há, por exemplo, o Pantanal do rio Taquari, que separa a região da Nhecolândia da região do Paiaguás. Acima do Paiaguás você encontra o rio São Louren-
Ao lado, garoto prepara a tropa para sair. Acima, pĂ´r do sol na regiĂŁo de porto Jofre, enquanto jacarĂŠ engole peixe em barranco do rio Aquidauana
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ço, que divide Mato Grosso do Mato Grosso do Sul. Eu estou no Pantanal do rio Negro, no rumo da cidade de Aquidauana. O rio Negro é cercado por brejos. Como vem muito embalado da serra, quando chega na planície pantaneira ele se espalha. Forma um brejo de 100 quilômetros de extensão. Na época da cheia, as águas do Negro, antes de chegarem ao Paraguai, num lugar chamado brejo da Redenção, se espalham tanto que se juntam com as do Taquari, ao norte, com as do rio Aqui“QUAndo EU tinhA dauana, ao sul.”
cordilhEirAS E vAZAntES
“O relevo pantaneiro tem uma série de termos próprios. Cordilheiras são morros que sempre ficam fora d’água, mesmo na cheia. Ali o gado come e dorme protegido. Corixo é um braço que perde a ligação com o rio na época da seca. Aí se formam lagoas cheias de jacarés, piranhas, peixinhos – os passarinhos comem o que sobrou. Vazante é um braço de rio que corre, mas quando seca fica como um campo de golfe. E tem também as salinas, lagoas de água sal8 AnoS fUi com Um gada. Quando tem vegetação, é Amigo do mEU pAi Ao pAntAnAl pElA água doce. Quando não tem, é primEirA vEZ. E mE ApAixonEi” água salgada – bicarbonatada. ÁgUAS EScUrAS O gado gosta muito.” “O rio Negro pantaneiro lembra muito o seu homônimo, que deságua no Amazonas – água escura, cor de Coca-Cola. Visto do alto ele parece negro, A primEirA vEZ mas a água é limpa. Tanto que é um rio que não tem mosqui“Quando eu tinha 8 anos, fui com um amigo do meu pai to, o peixe não é tão saboroso quanto o de água barrenta. Tem para o Pantanal pela primeira vez. Eu sou de Campo Granpouco nutriente, o pessoal fala que a água é mais ‘tanina’. Água de, meu pai era contador e tinha uma padaria, não tinha nada ácida, que mosquito não gosta. Só tem mosquito na minha re- a ver com fazenda. Fui com um senhor chamado Silas Paes gião quando chove. Quando a água suja, as ovas do mosquito Barbosa, um dos grandes pecuaristas, pessoa muito generoeclodem. Passou a chuva, mosquito some.” sa, grande mestre da pecuária, ensinava tudo às pessoas. Ele
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tinha filhos pequenos e me levou junto, para passar as férias na fazenda Rancho Grande, na cabeceira do rio Negro. Fiquei apaixonado. Já gostava de fazenda e disse: ‘Quero isso para a minha vida’.” fériAS no rio nEgro
“A partir daí, eu fazia tudo para não causar problema e ser convidado novamente para a fazenda do seu Silas. E era sempre convidado. Eu passava julho inteiro lá. E, no fim do ano, mais 90 dias nas férias de verão. A gente pescava, eu nunca gostei de caçar, de atirar em bicho. Era pescaria de guri: piau, sauá, lambari. Passava o dia pescando ou dentro do rio Negro, nadando. Engraçado, nunca ninguém falou em jacaré, piranha, arraia. A única coisa que seu Silas fazia era esticar um laço de uma margem a outra – o rio ali tinha uns 12 metros –, e dali ninguém podia passar. Fui lá até que ele resolveu vender todas as fazendas dele e comprar uma em Maracaju. Seu Silas me ensinou tudo sobre o Pantanal e a pecuária.”
função. Porque um menino a cavalo, se ele for bom, é quase igual a um homem. Faz muito serviço. A gente tinha que acordar cedo, ajudar a tirar leite das vacas, tomar leite no mangueiro [curral], comer alguma coisa e sair para o campo. Fui a essa fazenda durante quatro anos seguidos. Depois ele acabou vendendo e nunca mais fui ao Pantanal, durante uns 12 anos. Até que conheci o Guilherme Rondon, que é compositor também, e comecei a frequentar a fazenda dele, lá no Pantanal do Paiaguás. Foi dessa fazenda que saiu a Comitiva Esperança.” comitivA ESpErAnçA
“Comitiva Esperança foi um projeto de exploração cultural pantaneira, nos anos 80. Fui com meu parceiro Paulo Simões, o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista e crítico Zuza Homem de Mello e o fotógrafo Raimundo Alves. Andamos a cavalo durante 60 e tantos dias, parando de fazenda em fazenda, mais 15 de barco. Fomos do Paiaguás até até o Forte Coimbra, no rio Paraguai. E fizemos um documentário sobre a viagem.”
diSciplinA pAntAnEirA
“Essas férias na fazenda me ensinaram muita coisa. A gente ajudava a cuidar do gado, ia para o campo, todo mundo tinha sua
fAZEndEiro, Enfim
“Foi depois da Comitiva Esperança que conheci essa região
A vocação do pantanal é pecuária, diz Almir Sater. nesta página, novilha nelore mostra sua raça
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Brasil 4x4
os pequenos monomotores de asa alta, com suas cabines envidraçadas, proporcionam uma visão inigualável do pantanal, com todos os detalhes
em que moro hoje no Pantanal, uma fazenda que era da família do boi. Ele é o cortador de grama, mantém o mato baixo. do Guilherme Rondon. Eu conhecia o Pantanal inteiro, só não Porque lá é muito quente e, na seca, qualquer fagulha faz conhecia aquela parte do rio Negro. E quando conheci falei: fogo. Há ONGs que na maior das boas intenções compra‘Puxa, isso aqui é muito lindo’. E disse para o Guilherme: ‘Fala ram grandes áreas ali. Tiraram o boi, cercaram tudo, o mato com a sua tia pra ver se ela não me vende um pedacinho de terra cresceu e hoje essas áreas são os maiores focos de incêndio aqui’. Mas não teve jeito. Fiquei dez anos jogando charme na na região. Pior: não há como voltar atrás, não pode voltar a viúva. E eu queria só um cantinho na beira do rio, um murundu botar boi, pois se transformaram em APAs – Áreas de Pro[montinho] pra botar uma casa. Depois de muito tempo, aca- teção Ambiental. Resultado: o cara tem de comprar trator e bei fazendo a novela Pantanal, em 1990. Por coincidência, foi ficar roçando aquilo o dia inteiro. É por isso que eu digo que o Pantanal é indomável.” rodada ao lado dessa fazenda que eu queria. Aí um dia fiz “ApESAr dE todo mUndo AndAr com fAcA uma proposta de compra. E o povo nA cintUrA E rEvólvEr pEndUrAdo, no ela me disse: ‘Bom, agora que “Imagine um lugar em pAntAnAl não hÁ violênciA grAtUitA” você está famosinho eu vou te que as distâncias de um vivender o terreno’. Mas disse que, para eu ficar com o canto do zinho pro outro são imensas. Onde a demografia é baixísrio, tinha que comprar o fundo também. Foi assim que virei sima. Então no Pantanal as pessoas são generosas, gostam fazendeiro pantaneiro, dono da fazenda Campo Novo. No ano de receber os outros porque não veem gente. Quando chega seguinte fiz minha casa e, como não tinha filho nem nada, éra- alguém, é um acontecimento. São pessoas muito generosas. mos só minha mulher e eu, gravei mais uma novela – Ana Raio É um lugar que não tem fome, não tem doenças, não tem mie Zé Trovão – e fiquei oito anos morando lá.” séria. Não tem violência – apesar de todo mundo andar com faca na cintura e revólver pendurado, não existe a violência gratuita. São pessoas muito educadas, à moda antiga. É quapEcUÁriA E EcologiA “A vocação pantaneira é pecuária. O Pantanal precisa se um outro planeta.” 76
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Ônibus atravessa estradinha pantaneira na seca. Na época das águas, porém, só mesmo um Pajero Full para fazer o mesmo trajeto (ao lado)
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fulloflife e não só isso: o novo Pajero 2015 é full of style, full of energy, full of adventure, full of comfort, full of dreams...
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Por henrique skujis
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carro
U
ma saga se constrói com grandes feitos e pequenos detalhes. Desde que veio ao mundo, em 1981, o Mitsubishi Pajero Full faz jus a essa máxima. Entre os grandes feitos, o mais clássico dos 4x4 ostenta 12 vitórias no rali Dakar, a mais difícil prova off-road do planeta. Os pormenores ficam por conta dos aperfeiçoamentos que o carro recebe a cada ano para se manter na vanguarda da indústria automobilística. A palavra saga faz todo o sentido quando se fala do carro-embaixador da marca. Logo de cara, ao ser lançado, ele balançou o mercado ao juntar dois conceitos até então dissociados na indústria automobilística: conforto e tecnologia 4x4. Com essa ousadia dos japoneses, dirigir na chuva com os filhos no banco traseiro deixou de esfriar a espinha do motorista – e viajar para o campo ficou mais seguro e aconchegante. “A segurança é o principal motivo que me leva a comprar o carro”, diz Jesse Velmovitsky, 59 anos, do Rio de Janeiro. Ele sabe do que fala, pois está em seu 16º Pajero Full.
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“Os controles de estabilidade são incríveis.” Nestes mais de 30 anos de vida, o Pajero Full acompanhou a enxurrada de novas tecnologias que tomaram conta das linhas de montagem. Mais do que isso, seguiu na linha de frente, ditando o ritmo das novidades. O carro tem uma tecnologia invisível e uma gama de equipamentos de conforto que o fazem um dos mais modernos veículos à venda no mundo. O sistema multimídia, por exemplo, tem, entre outras coisas, receptor de TV digital, câmera de ré, sensor de estacionamento, DVD e GPS com mais de 2.550 cidades mapeadas. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos e aquecimento. O ar-condicionado é independente para a terceira fileira de banco. A tração Super Select SS4-II é outro exemplo desse patamar avançado. Trata-se de um sistema com 24 combinações de marchas utilizadas nas diversas situações em ambientes urbano e off-road. Essa tecnologia, diga-se, é herança do universo das competições, no qual a Mitsubishi fez e continua fazendo história. O sistema de frenagem é outra mostra da simbiose entre rua
interessasse pelo carro”, revela o baiano Pedro Acioli Filho, 46 anos. O triunfo, no entanto, foi apenas a porta de entrada do advogado para a marca. Desde os anos 1990, ele só tem Pajero Full. A cada dois anos, troca por um modelo zero-quilômetro. A jornalista Joyce Pascowitch é outra cliente fiel ao carro. “Eu e o Pajero Full temos um caso sério”, diz. “Do que eu mais gosto? Além do fato de nunca precisar ir para o conserto, a altura e o porte: impõe respeito. Para nós, mulheres, isso é ainda mais importante.” Fã do conforto do carro, o médico mineiro Alvaro Luis Barroso, 55 anos, teve nove Pajero Full desde 2002. “Por dentro, é 100%”, diz. Ele cita uma viagem de emergência que precisou fazer do Jalapão (TO), onde passava férias, para Belo Horizonte. “Foram mais de 1.600 quilômetros em 16 horas – e tudo na maior tranquilidade.” Figura constante no rali Mitsubishi MotorSports, Barroso está em dúvida sobre qual será seu próximo carro. Dúvida quanto à cor, é claro. www.mitsubishimotors.com.br
fabio bustamante
e pista tão bem equalizada nos carros da marca: o Pajero Full vem equipado com ABS (antitravamento), EBD (distribuidor de frenagem) e EBAC (para ladeiras e superfícies deslizantes). “Certa vez, na estrada, precisei desviar de repente de um deslizamento de terra”, conta Luiz Pinto Coelho, de Registro, São Paulo, que desde 1996 já teve “umas dez” Pajero Full. “Pisei no freio, o carro subiu numa lombada, saltou e bateu no chão novamente”, lembra-se. “Apesar de tudo isso, manteve a trajetória. Posso dizer que a tecnologia embarcada no Pajero Full salvou minha vida.” Na recém-lançada linha 2015, a dianteira está de para-choque novo e grade reestilizada. Os faróis contam agora com luzes diurnas de LED. A traseira ficou mais moderna. As rodas de liga leve com aro de 20 polegadas ganharam novo desenho. Um pacote antirruído mais eficiente deixou o interior do carro ainda mais silencioso. Somem-se ainda pedais de alumínio, chave no estilo canivete e acabamento interno renovado. “Foi essa performance no Dakar que fez com que eu me
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serGio cHVaicer
Sistema multimĂdia
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Luzes diurnas de LED
Bancos de couro e oito airbags
arquiVo Pessoal
“gosto da segurança e da visibilidade durante minhas viagens. viajo muito tranquila. desde 2005, só tenho Pajero full. estou no meu terceiro.” Mette Thorgaard, hoteleira dinamarquesa, há 27 anos no Brasil
“é ótimo no asfalto e na terra. tem o melhor custobenefício da categoria. é ideal para quem tem fazendas, como eu, para famílias e para aventureiros.” Luiz Coelho, que desde 1996, troca de Pajero Full a cada dois anos
“ele nunca precisa ir para o conserto. gosto da altura e do porte: isso impõe respeito. Para nós, mulheres, isso é ainda mais importante.” Joyce Pascowitch, em relacionamento sério com o Pajero Full
fotos: fabio bustamante
reProdução
arquiVo Pessoal
reProdução
“a segurança é o maior motivo para eu comprar o Pajero full – os controles de estabilidade são incríveis. mas o motor e a arrancada também são impressionantes.” Jesse Velmovitsky, que já teve 16 Pajero Full
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vit贸rias
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Murilo MattoS / MitSubiShi
Os portugueses Carlos Sousa e Paulo Fiuza: vitória no deserto
ASX RAcing vence no AtAcAmA
ótimo treino para o grande desafio que é o Dakar”, disse o piloto, que já subiu ao pódio três vezes na prova mais desafiadora do mundo. “Além, da vitória, foi importante testar o carro e melhorar o entrosamento da equipe”, explicou Sousa depois de erguer o troféu. A competição marcou a estreia da dupla Sousa-Fiuza na equipe Mitsubishi Petrobras, que conta com os brasileiros Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, atuais campeões do Rally dos Sertões. “Foi uma prova muito dura, e o ASX se comportou de maneira excelente”, disse Spinelli. “Agora, é fazer a revisão e seguir para o Dakar.” www.mitsubishipetrobras.com.br Instagram: @equipemitsubishipetrobras Facebook: www.facebook.com/EquipeMitsubishiBrasil Twitter: www.twitter.com/eqpmitsubishibr YouTube: www.youtube.com/eqpmitsubishibr guStavo epifanio / MitSubiShi
S
ob o comando do piloto português Carlos Sousa, o Mitsubishi ASX Racing dominou o rali do Atacama, realizado entre 27 de outubro e 1º de novembro no deserto chileno. Ao lado do navegador e conterrâneo Paulo Fiuza, Sousa venceu quatro das cinco etapas da competição. O Atacama faz parte do campeonato sul-americano de rali cross-country e é considerado a antessala do Dakar – já que 80% de seu percurso de 2 mil quilômetros, com largada e chegada em La Serena, acontece num terreno bastante difícil, arenoso e repleto de dunas. “Foi um rali muito interessante, um
Mitsubishi do português Carlos Sousa dominou o rali chileno
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fotos: Prime ComuniCaCao / edson fernando Castro
vitórias
Dalmut, Bertholdo e o Lancer Evo X: trinca campeã
LanCer evo X: CamPeão brasiLeiro ulysses bertholdo ganha pela 17ª vez o Campeonato brasileiro de rally de velocidade
O
gaúcho Ulysses Bertholdo conquistou seu 17º título no Rally de Velocidade. A bordo do Lancer Evolution X, o piloto e seu navegador, Marcelo Dalmut, venceram o campeonato com uma etapa de antecedência. “É emocionante levar esse troféu para casa”, comemorou Ulysses, ganhador de três das cinco etapas realizadas até o fechamento desta edição. “Ao longo do ano, enfrentamos diversas condições de pista, e o Lancer Evolution X foi o melhor carro que podíamos esperar”, disse o piloto. “Além de rápido, ele tem o sistema eletrônico de controle de tração, que sempre nos dei-
xou em vantagem. A comprovação disso aconteceu na última etapa”, ressaltou o campeão, referindo-se à prova de Panambi (RS). “Enfrentamos um grande temporal. A pista ficou com muita lama, escorregadia. Mesmo assim o Lancer Evo X se manteve na mão.” A história de Ulysses com a Mitsubishi tem quase 20 anos. Em 1996, ele venceu a Copa Colt. Dois anos mais tarde, venceu o Rally dos Sertões com a primeira Mitsubishi L200 preparada para competições. Desde então, acumulou mais de 50 títulos. “Com o Lancer Evo, fui campeão em todos os anos”, conta.
o reinado da L200 triton ers
nas mãos de Glauber fontoura e minae miyauti, picape vence o brasileiro de Cross-Country
marCio maChado
A A L200 Triton ERS salta para mais uma vitória
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Mitsubishi conquistou o título do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country na categoria Super Production, destinada a carros de produção – com poucas modificações. A bordo de uma L200 Triton ERS, a dupla formada por Glauber Fontoura e Minae Miyauti subiu ao lugar mais alto do pódio com 100% de aproveitamento depois de ganhar todas as provas. “Fomos campeões com duas etapas de antecedência”, comemorou o piloto. “O trabalho da Ralliart Brasil foi fundamental.” A navegadora engrossa o coro da vitória: “Foi sensacional. Batalhamos o ano todo para chegar até aqui.” Para Guilherme Spinelli, diretor da Ralliart Brasil, a conquista representa a evolução do trabalho. “Estamos muito felizes com o título de um campeonato duro e disputado como é o brasileiro. A L200 Triton ERS tem se mostrado um carro rápido, resistente e muito confiável”, concluiu Spinelli.
www.ralliartbrasil.com.br
www.facebook.com/RalliartBrasil
vela
vento forte veleiro Pajero conquista dois campeonatos nas águas do Rio de Janeiro
O
veleiro Pajero ganhou dois títulos no mês de novembro. O primeiro deles foi o da 45ª edição do Circuito Rio de Vela de Oceano, um dos mais tradicionais eventos da vela oceânica nacional, disputado na baía de Guanabara. O segundo foi o campeonato brasileiro de S40, realizado em Angra dos Reis, também no Rio de Janeiro. Nas duas conquistas, os tripulantes do Pajero foram comandados por Eduardo de Souza Ramos. No Circuito Rio, o barco venceu cinco das oito regatas. A prova reuniu mais de 200 velejado-
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res na raia do Iate Clube do Rio de Janeiro. Segundo Mario Tinoco, técnico de vela e tripulante da embarcação campeã, as condições de clima foram primordiais para o sucesso. “A regata exigiu um nível técnico altíssimo: tivemos ventos fortes, sol e calor”, contou. “Foi emocionante ver o Eduardo, aos 70 anos, capitanear o nosso barco e conquistar mais essa vitória”. Já no campeonato brasileiro, o Pajero teve apenas 15 pontos perdidos nas sete regatas realizadas em quatro dias. “Foi um campeonato difícil, com vento muito rondado, mas bastante divertido e intenso”, disse Santiago Lange, tático da embarcação.
fotos: fred hoffman
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universo
mitsubishi DIVERSãO E ADRENALINA
“Você começa a levar a marca como um estilo de vida. E, como o carro é 4x4, também se vive essa vida no dia a dia.” Alan Enz, piloto da categoria Graduados (MITSUBISHI MOTORSPORTS)
“É um prazer ser parte da Lancer Cup. Aqui corremos, nos divertimos e fazemos amigos. O clima não poderia ser melhor.” Luiz Barcellos, empresário e piloto da categoria Lancer R (MITSUBISHI LANCER CUP)
tom papp
“O Mitsubishi Motorsports é uma emoção sem fim. Tudo é muito bem organizado e ainda aproveitamos as belas paisagens.” Fabio Lira Diniz, piloto, categoria Turismo Light (MITSUBISHI MOTORSPORTS NORDESTE)
ricardo leizer
marcio machado
“Ter um Mitsubishi é um estilo de vida. Não é qualquer marca que possibilita essa experiência para seus clientes.” Felipe dos Santos, empresário (MITSUBISHI FUN DAY)
tom papp
ricardo leizer
“Fazer parte do Evo Day é sensacional. Aqui podemos tirar o máximo do Lancer Evo com o máximo de segurança.” Edwin Araújo, empresário (MITSUBISHI EVO DAY)
cadu rolim
tom papp
ricardo leizer
“Da equipe de mecânicos à organização, cada prova foi especial nesta temporada. Por isso tenho total confiança em fazer parte desta competição.” Glauber Fontoura, piloto da categoria Triton ER (MITSUBISHI CUP)
cadu rolim
on&off
“O Mitsubihi Outdoor é perfeito para descontrair ao lado da família, rir com os amigos e ainda desfrutar das atividades culturais e de aventura.” Luis Fernando Sorrentino, piloto da categoria Fun (MITSUBISHI OUTDOOR)
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ricardo leizer
lancer cup
pé embaixo
as duas últimas etapas da temporada 2014 foram as mais emocionantes da história da mitsubishi lancer cup
A
por Renato Góes
s duas etapas finais da temporada 2014 da Lancer Cup
RS. Eram eles Bruno Mesquita (campeão de 2013), Sergio Alves e Fabio
foram de tirar o fôlego. O público presente ao autódromo
Viscardi. Mesmo tendo um bom desempenho nas últimas disputas, o
Velo Città presenciou disputas, ultrapassagens, toques,
piloto Elias Jr. estava fora da briga – mas, como veremos, ele teria papel
reviravoltas e sucessivas alternâncias de posições na
importante na definição do campeão.
pista. Nessa reta final do campeonato, três competidores
despontavam como favoritos na categoria principal da Lancer Cup, a 94
[Mitrevista] dezembro 2014
Na sexta etapa, disputada numa tarde nublada de setembro, havia muita expectativa sobre se a leve garoa se tornaria chuva de fato. Em
adriano carrapato adriano carrapato
meio a essa dúvida, que poderia mudar a estratégia de cada um dos
conseguiram se recuperar e ficaram em segundo e terceiro lugares.
competidores, Mesquita fez o melhor tempo no treino classificatório,
Sergio Alves ficou na quinta colocação.
largou em primeiro e foi absoluto de ponta a ponta. “A pole vale muito
Entre os Lancers R, o que se viu foi uma disputa entre os irmãos
aqui no Velo Città. Se você largar bem e não cometer erros, consegue
Fernando e Felipe Ewerton, que fizeram a dobradinha. “Por causa da
uma grande vantagem”, afirmou ainda nos boxes. Na categoria R,
garoa, optei por fazer uma prova mais segura no começo. Mas chega
Fernando Ewerton voltou a pilotar em alto nível e entrava de vez na
uma hora que não dá para não acelerar”, resumiu Fernando. Na RS
disputa do título com Luiz Santiago, que ficou na segunda colocação.
Master, Paulo Pomelli e Eduardo Souza Ramos se revezaram no lugar
A segunda prova do dia foi de Elias Jr. Mesmo com o grid invertido
mais alto do pódio entre a primeira e segunda prova. Já na R Master,
e largando na sétima posição, ele já era o líder na terceira curva da
Renato Favatti não deu chance para a concorrência e faturou mais duas
primeira volta. Não demorou muito para o carioca se distanciar da
vitórias para sua coleção.
confusão e liderar até a bandeirada final. “Larguei bem e achei um caminho em meio ao bolo. Essa é sempre a preocupação de quem larga atrás”, disse. No meio da confusão, dois postulantes ao título, Bruno Mesquita e Fabio Viscardi penaram para tomar posições, mas
Disputa ponto a ponto Após seis etapas disputadas ao longo de 2014, era chegada a hora da grande final. Com o título em jogo, o treino classificatório era essen[Mitrevista] dezembro 2014
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adriano carrapato
lancer cup
cial. ironicamente, elias Jr., que estava fora da briga, se tornou o protagonista ao bater o recorde do velo Città com o tempo de 1’43” e sair na
Após a bandeirada, ninguém tinha certeza sobre quem era o cam-
frente. Logo atrás dele vinham sergio Alves, Bruno Mesquita e Fabio
peão. o carioca sergio Alves ou o paulistano Fabio viscardi? Contas
viscardi, justamente os três pilotos com chances de título. A promessa
precisavam ser feitas. Após a confirmação da direção da prova, deu
de uma boa briga foi interrompida com um acidente logo na primeira
sergio Alves. e com um detalhe: por apenas um ponto de diferença.
curva, em que Bruno Mesquita e Fabio viscardi tentaram buscar posi-
“não imaginei que seria tão difícil, pois até a quinta etapa estava lide-
ções, mas acabaram se chocando, sendo assim obrigados a abandonar
rando com 20 pontos de frente. Tive contratempos, mas consegui me
a corrida. Após a entrada do safety car e a relargada, bastaram algumas
recuperar e conquistar o título”, disse o campeão. Já resignado com a
voltas para que sergio Alves ultrapassasse elias Jr. e assumisse não só
segunda posição, Fabio viscardi fez questão de ressaltar a qualidade
a liderança da prova, mas também a do campeonato.
do campeonato. “não tenho do que reclamar, faz parte do esporte.
restava a derradeira prova da temporada. A equipe ralliart trabalhou duro e colocou os dois carros de volta à disputa. Com o
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momentos emocionantes, nos quais tudo podia acontecer.
Poderia ter sido o contrário. o que só mostra a qualidade da Lancer Cup”, afirmou.
grid invertido, tudo poderia acontecer, já que sergio Alves largaria
na categoria Lancer r, tinha chegado finalmente a hora de
em oitavo e Fabio viscardi, em nono. Até então, pelos critérios da
Fernando ewerton comemorar sua conquista, numa vitória com di-
competição, a briga pelo título da Lancer Cup se limitava aos dois
ferença de somente três pontos para o segundo colocado, Luiz san-
pilotos. Por incrível que pareça, Alves largou mal e perdeu algumas
tiago. Mais uma comprovação do alto nível entre os competidores,
posições. Por outro lado, viscardi pulou da nona para a terceira co-
independentemente de categoria. entre os pilotos vintage, festa
locação logo na segunda volta. A essa altura, elias Jr. liderava, após
para Paulo Pomelli e renato Favatti, respectivamente campeões da
ultrapassar Carlos Falletti, e se manteve assim até o fim, enquanto
rs Master e da r Master. Que venha 2015. será que é possível um
Alves travava uma batalha por posições com Bruno Mesquita. Foram
final mais emocionante que esse?
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tom papp
tom papp
adriano carrapato
tom papp
os campeões falam
SERGIO ALVES Categoria RS
FERNANDO EwERTON Categoria R
PAULO POMELLI Categoria RS Master
RENATO FAVATTI Categoria R Master
O que você pode dizer da temporada 2014 da Lancer Cup? Emocionante. As mudanças na competição e no carro foram excelentes. A organização está de parabéns. Cada prova foi sensacional e a estrutura da Lancer Cup não tem igual. Como foi segurar a pressão na última prova e garantir a vitória por apenas um ponto? Eu estava nervoso, larguei mal e tanto o Viscardi quanto o Bruno me passaram. Tive que buscar a tranquilidade e tentar me recuperar. Ultrapassei o Bruno e mais dois pilotos até chegar uma posição atrás do Viscardi, que me dava pontos suficientes para ser campeão. Quais são suas expectativas para 2015? Continuar acelerando e testando meus limites. Espero fazer uma temporada tão boa quanto esta. não vejo a hora de começar tudo de novo.
Você é acostumado ao off-road, mas se adaptou muito bem ao asfalto. Qual sua avaliação da temporada? Melhor impossível. Ter a oportunidade de dirigir um carro como o Lancer R num circuito como este é um privilégio. Fiz um bom campeonato no começo, mas vacilei na quinta etapa e deixei o segundo colocado se aproximar. Ainda bem que consegui me recuperar e garantir o campeonato. Qual foi o seu melhor momento? Comecei muito bem, com duas vitórias. Isso me deu muita confiança para o restante da competição. Quais são os planos para 2015? Subir de categoria, para a Lancer RS. Era algo que já tinha em mente faz um tempo. Esse período na categoria R foi muito bom para me adaptar.
Como você resume a temporada? Foi uma experiência incrível em vários sentidos. Como piloto, tem a evolução que se conquista a cada prova. no âmbito pessoal, tem a questão da disciplina, algo que tento passar como exemplo para meus filhos. Você é pai de 10 filhos, e nessa última etapa contou com uma torcida e tanto. Foi muito emocionante. Principalmente no fim da segunda prova de hoje [sétima etapa], quando vi que todos vestiam uma camiseta dedicada a mim. não tem prêmio maior. Que tal fazer parte da Lancer Cup? Uma competição de alto nível e que exige muito de cada piloto. Eu me considero mediano, mas tive a oportunidade de vencer uma etapa na geral e mostrei que sou capaz. Espero uma temporada em 2015 melhor ainda.
Como se sente com o título? na minha carreira como piloto amador, sempre passei perto, mas nunca tinha ganhado um título. Por isso este é tão importante e especial. Além de tudo, hoje [sétima etapa] finalizei a prova como o primeiro na geral na categoria R. não poderia ser melhor. Você faz parte da Lancer Cup desde o começo. Como vê a evolução da categoria? Eu digo sempre para os meus amigos que me sinto um privilegiado por fazer parte da Lancer Cup. o relacionamento entre mecânicos, direção de prova e pilotos é muito saudável. o meu carro foi perfeito nesta temporada, não teve uma quebra. Só tenho a agradecer. Quais os planos para a próxima temporada? Espero que o grid do ano que vem esteja mais cheio e que as provas continuem emocionantes. [Mitrevista] dezembro 2014
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tom papp
adriano carrapato
lancer cup
adriano carrapato
“Foi mais uma temporada com organização impecável. A qualidade dos carros e da equipe de mecânicos me deixa totalmente seguro para disputar as provas.” Bruno Mesquita, empresário e piloto da categoria Lancer RS
CLAssiFiCAçÃO FiNAL 2014 LANCEr rs 1) Sergio alves 261 ptos 2) Fabio Viscardi 260 ptos 3) elias Jr. 246 ptos 4) bruno mesquita 246 ptos LANCEr r 1) Fernando ewerton 272 ptos 2) luiz Santiago 269 ptos 3) eduardo Viscardi 263 ptos
“A sensação de correr numa pista como o Velo Città é indescritível. Não tem como a adrenalina não ir lá para cima.” Felipe Ewerton, piloto da categoria Lancer R
LANCEr rs MAsTEr 1) paulo pomelli 297 ptos 2) eduardo Souza ramos 182 ptos LANCEr r MAsTEr 1) renato Favatti 300 ptos 2) luiz barcellos 283 ptos 3) eduardo Santos 66 ptos
É só ChEgAr E ACELErAr. A locação do Lancer r e do Lancer rs para participar da Mitsubishi Lancer Cup utiliza o conceito sit&drive: as questões logísticas, como mecânicos, manutenção do carro e peças de reposição, ficam sob a responsabilidade da Mitsubishi, por meio da ralliart Brasil, que cuida de tudo. na Lancer Cup, basta o piloto colocar o capacete, ajustar o cinto de segurança, acelerar e se divertir. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail lancercup@mmcb.com.br ou pelo telefone (19) 3818-4319.
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[MiTrEVisTA] dezembro 2014
@nacaomitsubishi
@mundomit
ricardo leizer
em 2015, a lancer cup será transmitida pelo bandsports
teoria da evolução GRids separados, novos circuitos e custos mais baixos estão entre as novidades da mitsubishi lancer cup 2015 por Renato Góes
e
m 2015, quando os motores voltarem a roncar, a Mitsubishi
pilotos, público e organização contem com uma estrutura com padrão
Lancer Cup vai largar com uma série de novidades para
da Federação internacional de Automobilismo. “estamos levando em
tornar o campeonato ainda mais emocionante. A primeira
conta não somente a pista, mas também a segurança para os pilotos
mudança será a separação das largadas entre as categorias
e a comodidade para o público”, explica Fernando Julianelli, diretor de
r e rs – nada mais de grid misturado. A ideia é deixar as corri-
marketing da Mitsubishi.
das ainda mais competitivas e atraentes para os pilotos, para o público e
Para finalizar o pacote de evoluções previstas para o ano que
para a televisão. sim, televisão. A terceira temporada da Lancer Cup terá
vem, uma mudança que incide diretamente no bolso dos gentlemen
a cobertura do canal Bandsports. outra novidade é o tamanho do grid:
drivers. Todos os carros da Lancer Cup 2015 contarão com patrocínio
cada uma das categorias vai contar com 15 carros, todos preparados
de uma concessionária Mitsubishi, o que facilita a adesão ao sistema
pela equipe ralliart Brasil, a divisão de alta performance da Mitsubishi.
sit&drive. “essa novidade vai diminuir os custos para os pilotos em
“estamos implantando uma nova refrigeração para o motor e para o
média em 25%. Queremos incentivar o aumento do grid e tornar essa
piloto”, conta Guilherme spinelli, o Guiga, diretor da ralliart Brasil.
experiência ainda mais acessível”, conclui.
ele revela ainda que três das sete etapas da Lancer Cup 2015
no mais, a Lancer Cup continuará emocionante e disputada nos
serão realizadas fora do vello Città. Tudo leva a crer que os palcos
3.430 metros do velo Città e, agora, nos demais circuitos. Do lado de
dessas provas serão os autódromos internacionais de Curitiba, Goiâ-
fora, seguirá em alta a camaradagem dos gentlemen drivers, sempre
nia e são Paulo (interlagos). “Mas tivemos convites de outras cidades
acompanhados de familiares e amigos. no intervalo entre as duas
que contam com bons circuitos. eventualmente, pode haver a subs-
provas do dia, a velocidade dá lugar ao conforto Mitsubishi racing
tituição de algumas dessas provas”, diz Guiga. o que pesa na escolha
Center, onde acontece o almoço e o clima é de um encontro de ami-
é encontrar um local que tenha o mesmo nível do velo Città, onde
gos. o dia termina com troféus e banho de champanhe no pódio. [Mitrevista] dezembro 2014
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eVo day
o paraíso é aqui
para quem tem um lancer evo não há lugar melhor do que o autódromo velo cittá
F
oram sete etapas. sete oportunidades para acelerar o Lancer evolution no local mais indicado para quem é fã do carro: o autódromo velo Città, em Mogi Guaçu (sP). Quem já participou do evo Day é só elogios. Do alto nível da pista
(homologada pela Federação internacional de Automobilismo) à estrutura oferecida aos participantes e convidados, o track-day dedicado ao mito do World rally Championship (WrC) virou referência. Ao longo do ano, proprietários dos
quatro cantos do Brasil vieram pisar fundo no velo Città. Foi para aproveitar essa chance que o empresário João Luiz Quagliato viajou os 500 quilômetros que separam ourinhos (sP) de Mogi Guaçu. Ao volante do seu Lancer evo, que ele diz ser praticamente original, com exceção dos freios, Quagliato aguardava sua vez na segunda bateria do dia. seu semblante era o de uma pessoa realizada. “esta é uma oportunidade fantástica. Decidi comprar o Lancer não só pelo carro, que é maravilhoso, mas também por causa de toda estrutura e competições que a Mitsubishi oferece”, comentou. Com a garoa fina da última etapa, ele decidiu manter uma pilotagem mais conservadora e terminou o dia na sexta colocação na geral. outro participante que acumulou quilometragem para participar do evo Day foi o também empresário Juliano Freitas, o Caju. Foram 2 mil quilômetros de estrada desde sua cidade natal, Cuiabá (MT). Dentro de seu Lancer ralliart sportback, no qual freios, escapamentos e bancos foram modificados, ele conferia pelo notebook o seu desempenho de iniciante. “Por ser minha primeira vez aqui, acho que fui bem. É uma pista muito técnica, precisa ter algumas manhas. Mas a gente pega os conselhos dos mais experientes.” Caju alcançou o décimo lugar e promete voltar ano que vem. um desses conselheiros de plantão é o piloto de teste eric Darwich, que faz um balanço positivo do evento e comenta sobre o clima de amizade entre os participantes do evo Day, principalmente sobre as customizações que cada um faz no carro. “rola uma grande parceria. ninguém esconde o jogo. Muitas vezes, mesmo nós da Mitsubishi aprendemos com eles. É uma troca bacana de experiências”, afirmou. A última prova do ano terminou com a vitória de sergio Laureano, com o tempo de 1’46’’. o piloto mais regular nas três baterias foi rodolfo Lanezi, que ficou em terceiro na geral. Festa para os vencedores e para todos que participaram do evo Day em 2014. 100
[Mitrevista] dezembro 2014
tom papp
por Renato Góes
tom papp
antes de ir para a pista acelerar, um briefing para tirar o máximo do carro
“Não tem nada melhor do que correr com seu Mitsubishi Lancer Evo numa pista com a qualidade do Velo Città.” Mauro Babour, empresário
“Participar de eventos como este me levou a comprar meu Lancer Evo. Não tem nada igual no Brasil.” Leandro Toledo, consultor www.lancerevoday.com.br
lancerevoday@mmcb.com.br
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[Mitrevista] dezembro 2014
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Fun day
São três baterias de 30 minutos para donos de lancer, aSX e outlander acelerarem no Velo città
diversão garantida
primeira temporada do fun day termina com encontro de fãs do lancer por Renato Góes
e
m sua primeira temporada, o mitsubishi Fun day,
última prova, quando entre os participantes estavam 25 lancer
prova de regularidade disputado no autódromo Velo
vindos em comboio desde São paulo. eles faziam parte do grupo
città, caiu no gosto dos donos do lancer, do aSX
mitsu Fans. um desses fanáticos era o analista de sistemas bru-
e do outlander, os modelos autorizados a participar
no cardoso, que veio ao volante de seu lancer Gt 2012. “poder
da competição. São três baterias de 30 minutos.
usar o câmbio manual nesta pista foi sensacional. a adrenalina
em cada uma delas, os participantes precisam passar no tempo
no fim das curvas é indescritível. Sempre tive paixão por pista
correto nos pontos de cronometragem espalhados pela pista
e agora pude realizar meu sonho”, disse o “veterano” no Fun day
e completar a volta no tempo determinado pela organização.
– essa foi sua segunda participação na competição. cardoso ficou
a velocidade máxima permitida é de 140 quilômetros por hora.
em quinto na geral. nada mau.
Quanto mais regular for o piloto, menos pontos ele perderá.
do Stefani. a bordo do seu lancer mt 2012, ele afirmou ter sofri-
bruno ansara de abreu.
do um pouco no começo com a adaptação à prova de regularida-
mas a verdade é que, mais do que uma competição, o evento se tornou uma reunião de amigos, como se pôde notar nessa 102
Quem estava estreando era o engenheiro paulistano arman-
na etapa derradeira, o título ficou com o engenheiro paulistano
[Mitrevista] dezembro 2014
de. nessas horas contou com a ajuda do amigo leandro Guida, no papel de navegador. “É uma parceria para segurar meu
ricardo leizer ricardo leizer
tom papp
ímpeto”, brincou o piloto. “o circuito aqui é técnico e exige do piloto e do carro. mas assim é possível descobrir o real desempenho do meu mitsubishi”, completou. a parceria deu certo, já que os novatos ficaram em quarto lugar. no intervalo entre as baterias, pilotos e acompanhantes podem subir no paddock e assistir às duas provas da lancer cup – é permitida inclusive a entrada nos boxes para conhecer de perto o lancer r e lancer rS. o almoço é servido no mitsubishi racing center, onde o clima é de uma festa entre amigos.
“Quando entrei na pista, a adrenalina foi lá em cima. Depois de participar do Fun Day, posso dizer que sei do que meu Mitsubishi é capaz.” Grazzia Guglielmino, médica
“A oportunidade de andar com seu Mitsubishi numa pista de corrida é única. Algo que vai ser difícil de esquecer daqui para a frente. Quero mais.” Derrick Mackenzie, engenheiro
no final do dia, os cinco pilotos mais regulares sobem no pódio, recebem troféu e estouram champanhe. agora, é aguardar 2015 para mais uma temporada cheia de adrenalina e diversão.
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motorsports sudeste
Festa de Família
depois de seis etapas, Ficou para os metros Finais da etapa de ribeirão preto (sp) a decisão dos campeões da 20ª temporada do mitsubishi motorsports
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[Mitrevista] dezembro 2014
ricardo leizer
l200 Triton na etapa decisiva, em ribeir達o Preto (SP)
[Mitrevista] dezembro 2014
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motorsports sudeste
A
20ª temporada do Mitsubishi MotorSports terminou com
enlameou a trilha. “Tivemos que prestar muita atenção, mas o que move
o astral e a adrenalina em alta. Depois de cruzar a linha de
a gente é justamente isso: o desafio”, disse o piloto Adhemar Silva Jr, que
chegada em uma das etapas mais emocionantes da história do
venceu na categoria Turismo. Na Graduados, a vitória ficou com Olair
rali, no dia 15 de novembro em Ribeirão Preto (SP), a Nação 4x4
Fagundes e Waldemberg Barros, de Cuiabá (MT). “É maravilhoso. Venho
cantou, pulou e se esbaldou ao som das clássicas músicas dos Paralamas
tentando há dois anos levar esse boné. Estamos bem entrosados e agora
do Sucesso. A banda comandada por Herbert Vianna levantou o público
encaixou”, contou o piloto, referindo-se ao boné amarelo com o número 1
– formado por pilotos e navegadores, acompanhados de seus familiares e
bordado com destaque, exclusivo dos campeões das etapas. Já na Turismo
amigos. “Esta festa vale mais do que qualquer resultado na pista”, disse o
Light, a vitória foi da dupla mista Daniel Manse e Mirella Kurata, de São
navegador Allan Enz. O jovem de cabelos longos, no entanto, desconfiava:
Paulo. “Houve muitas trocas repentinas de direção e de médias de veloci-
assim que o show terminasse e os campeões fossem anunciados, salvo
dade. Foi uma prova muito gostosa”, celebrou Daniel.
alguma grande zebra, ele e seu pai, Otávio, subiriam no topo do pódio da
amigos fluminenses Roberto Mendes e Uesley Teixeira, que já haviam
temporada 2014, vamos recordar duas etapas que antecederam a grande
participado em Penedo, aproveitaram o rali para viajar e conhecer várias
final: Penedo (RJ) e Joinville (SC).
cidades catarinenses: foram para Blumenau (onde participaram da
Ao contrário do que aconteceu em Ribeirão Preto, essas duas etapas foram bem molhadas. Em Penedo, a chuva que caiu durante a semana
na etapa de penedo, a planilha levou a nação 4x4 ao topo da serra fluminense
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Em Joinville, a lama também proporcionou mais emoção à etapa. Os
categoria Graduados. Mas, antes de falarmos dos grandes vencedores da
[Mitrevista] dezembro 2014
Oktoberfest), Pomerode, Brusque, Balneário Camboriú e, finalmente, para Joinville, onde se alinharam na categoria Turismo Light. “Existem pessoas
que usam o carro 4x4 só para passear”, brincou Mendes. “E existem aqueles que usam o carro para pôr na lama – é o meu caso.” Depois do 144º lugar na etapa de Penedo, conseguiram a 42ª colocação em Joinville. Nada mau. Os melhores na categoria foram os paulistas Eduardo e Ilídio Sanches, pai e filho. “O trajeto estava gostoso, com muita lama. Esta é minha sexta etapa, e já ganhar é muito legal”, disse Eduardo. “O Mitsubishi MotorSports mistura emoção, adrenalina e amizade. Virou programa imperdivel”, completou Ilídio. Na categoria Graduados, a dupla local, Paulo Roberto Goes/Jhonatan Ardigo, ficou com a vitória. “Ano passado venci aqui e hoje estou de volta”, contou o piloto catarinense. “É a melhor sensação do mundo. Só quem está aqui sabe como é”, disse o navegador. Rafael Brochier Cardoso e Marcelo Mello levaram a melhor na categoria Turismo. “A navegação não foi fácil, mas deu tudo certo e estamos muito felizes”, emocionou-se o piloto. Voltemos agora a Ribeirão Preto, palco da grande final. E voltemos a falar da dupla campeã na categoria máxima, a Graduados. Otávio e Allan
Fotos: marcio machado
chegaram ao estrelato por causa da regularidade ao longo do ano: apesar
[Mitrevista] dezembro 2014
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aDriano carrapato
motorsports sUDEstE
ricarDo lEizEr
aDriano carrapato
pilotagem, família e amigos na etapa de Joinville (sc)
de não terem vencido nenhuma das sete etapas, ficaram entre os seis
tem me unido ainda mais a ele.” Marcelo sabe que no ano que vem a vida
primeiros em todas elas. “Desde 2008 a gente acelera atrás desse título.
será mais dura na categoria Graduados: “Muda a pilotagem, a navegação.
E correr ao lado do meu pai torna essa conquista ainda mais emocionante”,
Será bem mais difícil.” Como prêmio pelo título, a família Ritter vai para o
afirmou Allan, minutos depois do show, já encharcado de champanhe.
hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR).
“O que a Mitsubishi faz por nós não existe. A gente vem com a família,
ta de campeonato, a vitória em Ribeirão Preto foi dos paulistas Daniel Manse
não tem preço”, disse Otávio, após dar a célebre cambalhota da comemora-
e Cesar Pereira. “Nada melhor do que ganhar uma etapa tão concorrida e
ção ao subir no pódio. Pai e filho ganharam como prêmio uma viagem para
divertida, com tantos competidores”, comemorou Pereira. Quem também se
quatro pessoas para o resort Kiaroa, na península de Maraú, na Bahia.
divertiu em Ribeirão foi a dupla Mário Kesegi e Paula Gonçalves, de São Paulo.
Em Ribeirão, Otávio e Allan chegaram na quinta colocação. A vitória
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Entre os competidores da categoria Turismo Light, na qual não há dispu-
encontra amigos, viaja, se diverte. Fazer parte do Mitsubishi MotorSports
“Você nem imagina a ansiedade que eu estou sentindo”, revelou Mário, minu-
ficou com o casal Maria Eveli e Waldir Barbosa, de Bragança Paulista (SP). E
tos antes da largada. Durante a prova, não faltou adrenalina para o casal de
foi um triunfo histórico: pela primeira vez em 20 anos de MotorSports, uma
namorados. Ele fazia questão de passar por cima de todas as poças d’água.
dupla mista venceu uma etapa. “É uma surpresa deliciosa. Confesso que
“Adoro um barro”, disse. A navegadora de primeira viagem também fez bonito
não esperava”, revelou a navegadora. “Vencer na classificação geral é de
e conduziu o piloto com desenvoltura. “Essa é uma oportunidade sem igual
arrepiar”, disse o piloto. Na categoria Turismo, a exemplo do que aconteceu
de fazermos uma atividade diferente. Tem adrenalina, concentração e muita
na Graduados, o título também ficou com uma dupla formada por pai e
emoção”, afirmou Paula. Eles não subiram ao pódio. Entre os 183 carros da
filho. Charles Marcelo Ritter e Marcelo Almada Ritter, de Florianópolis (SC),
categoria, ficaram na 106ª posição. “Foi muito divertido e com certeza esta-
deram um sprint fantástico, com duas vitórias e um segundo lugar nas três
remos nos próximos”, contou a navegadora. “Você ainda vai nos ver no pódio”,
etapas finais da temporada. “Vencer um rali é a realização de um sonho de
garantiu o piloto enquanto se dirigia para o almoço de confraternização que
adolescente”, contou Charles. “Além disso, participar ao lado do meu filho
antecedeu o show dos Paralamas do Sucesso.
[Mitrevista] dezembro 2014
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motorsports sudeste
show dos paralamas do sucesso fechou a 20a temporada do motorsports
campeões temporada 2014 Graduados (piloto) 1) otavio enz marreco Apucarana (PR) 118 pontos 2) acyr hideki rodrigues da silva Corupá (SC) 110 pontos 3) paulo roberto Goes Joinville (SC) 107 pontos 4) hamilton medeiros Curitiba (PR) 90 pontos 5) José marques souza Junior Belo Horizonte (MG) 89 pontos Graduados (naveGador) 1) allan enz Apucarana (PR) 118 pontos 2) renan pamplona medeiros Corupá (SC) 102 pontos 3) alexandre martinez São Paulo (SP) 91 pontos 4) rafain Walendowsky Curitiba (PR) 90 pontos 5) claudio roberto Flores Belo Horizonte (MG) 89 pontos turismo (piloto) 1) charles marcelo ritter Florianópolis (SC) 128 pontos 2) Jorge thirige Rio de Janeiro (RJ) 121 pontos 3) José carlos selbach eymael Santana de Parnaíba (SP) 121 pontos 4) carlos Frederico bauer bauer São Bento do Sul (SC) 118 pontos 5) ivan azevedo Belo Horizonte (MG) 91 pontos turismo (naveGador) 1) marcelo almada coelho ritter Florianópolis (SC) 128 pontos 2) Farley Geraldo miranda Rio de Janeiro (RJ) 121 pontos 3) claudia renata bernt eymael Santana de Parnaíba (SP) 121 pontos 2) alexandro silva São Bento do Sul (SC) 118 pontos 5) alessandro bonsucesso Belo Horizonte (MG) 91 pontos ribeirão preto (sp) Graduados 1) Waldir barbosa/maria eveli G. barbosa Bragança Paulista (SP) 2) paulo roberto Goes/Jhonatan ardigo Joinville (SC) 3) olair Fagundes/ Waldemberg barros Cuiabá (MT) 4) acyr hideki da silva/renan pamplona medeiros Corupá (SC) 5) otavio enz marreco/allan enz Apucarana (PR) turismo 1) charles marcelo ritter/marcelo almada ritter Florianópolis (SC) 2) carlos Frederico bauer /alexandro silva São Bento do Sul (SC) 3) Jorge thirige/Farley Geraldo miranda Rio de Janeiro (RJ) 4) Jose carlos eymael/claudia renata eymael Santana de Parnaíba (SP) 5) ivan azevedo/alessandro bonsucesso Belo Horizonte (MG) turismo liGht 1) daniel manse/cesar pereira São Paulo (SP) 2) roberto baptista/marcelo ribeiro Carapicuíba (SP) 3) iran andrade de assis/marcio Ferreira agostinho São Paulo (SP) 4) Fabio Gadioli/sandra Gadioli São Paulo (SP) 5) Victor navarro da cruz Filho/luiz sergio Jr S. José do Rio Preto (SP) penedo (rJ) Graduados 1) olair Fagundes/Waldemberg barros Cuiabá (MT) 2) ernesto Kabashima/luiz durval brenelli paiva São Paulo (SP) 3) Fabio Vernizi/alexandre martinez São Paulo (SP) 4) carlos bevilaqua/Fabiano bonafé São Paulo (SP) 5) ricardo barra/Vanderlei hirt Niterói (RJ) turismo 1) adhemar silva Jr/michel conessa São Paulo (SP) 2) rafael brochier cardoso/robson roloff Novo Hamburgo (RS) 3) Jorge thirige/Farley miranda Rio de Janeiro (RJ) 4) José carlos eymael/ claudia renata eymael Santana de Parnaíba (SP) 5) ivan azevedo/alessandro bonsucesso Belo Horizonte (MG) turismo liGht 1) daniel manse/mirella Kurata São Paulo (SP) 2) Fernando ribas/natasha maues São Paulo (SP) 3) suellem araujo/thais silva São Paulo (SP) 4) evaldo indig alves/reginaldo r. lemos Junior São Paulo (SP) 5) otavio nakamura/Vinicius zarantonello machado Rio de Janeiro (RJ) Joinville (sc) Graduados 1) paulo roberto Goes/Jhonatan ardigo Joinville (SC) 2) acyr hideki da silva/renan pamplona medeiros Corupá (SC) 3) renato martins/enedir Junior Belo Horizonte (MG) 4) otavio enz marreco/allan enz Apucarana (PR) 5) José marques souza Junior/claudio roberto Flores turismo 1) rafael brochier cardoso/marcelo mello Novo Hamburgo (RS) 2) charles marcelo ritter/marcelo almada ritter Florianópolis (SC) 3) José carlos eymael/claudia renata eymael Santana de Parnaíba (SP) 4) carlos Frederico bauer/alexandro silva S. Bento do Sul (SC) 5) sidnei rank/leandro José machado S. Bento do Sul (SC) turismo liGht 1) eduardo sanches/ilidio paulino sanches São Paulo (SP) 2) adriana de azevedo roldan/amanda azevedo roldan São Paulo (SP) 3) marcio Ferreira agostinho/iran andrade de assis São Paulo (SP) 4) patricia bertozzi/monica da costa trindade São Paulo (SP) 5) neosandro domingues/dea marcia domingues Rio de Janeiro (RJ)
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[Mitrevista] dezembro 2014
depois da trilha, boné amarelo e champanhe para os campeões da temporada
patrocinadores: [sudeste] axalta, clarion, columbia, consórcio embracon, crocs, Flamma, itaú, lubrax, mitFinanciamentos, mVc, pirelli, rede, sideral, stp, transzero, unirios, W. truffi blindados. apoio artfix [nordeste] axalta, clarion, columbia, crocs, Flamma, GW logistics, itaú, lubrax, mangels, mapfre, mitFinanciamentos, pilkington, pirelli, tecfil, transzero, unirios, W. truffi blindados. apoio artfix
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motorsports NorDEstE
L200 savana cruza um rio na etapa de Jo達o pessoa
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[Mitrevista] dezembro 2014
tom papp
espelho d`ĂĄgua
com praias, dunas e rios, as etapas de fortaleza, natal e joĂŁo pessoa fecharam a temporada do motorsports nordeste
por juliana amato
[Mitrevista] dezembro 2014
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F
ortaleza, natal e João pessoa, três dos destinos mais desejados para uma viagem em família ou com os amigos, foram os palcos da etapas finais do mitsubishi motor-
cadu rolim
motorsports nordeste
-sports nordeste. por praias, dunas, mangues, matas e
pequenas cidades, a nação 4x4 desfilou e curtiu o rali de regulari-
dade mais tradicional e bonito do brasil. “andar com o nosso pajero tr4 em um cenário maravilhoso desse não tem preço”, disse o potiguar sidney barreto. ao lado do amigo rafael Feijó, ele era um dos felizes participantes da etapa de natal (rn), a antepenúltima da temporada, mas que foi decisiva para a classificação final. sidney e rafael participam da categoria turismo light, na qual se alinham os iniciantes e onde não há uma disputa de campeonato. portanto, tudo é mais suave, tranquilo, um delicioso passeio pelo nordeste. além de percorrer trechos de areia branca de frente para o mar, o rali seguiu rumo às cidades de são João de mipibu e parnamirim. uma leve chuva refrescou o clima e colocou um bocado de lama diante de pilotos e navegadores.
melhores duplas, quatro eram de Fortaleza. a vitória ficou com
aguentou firme a pressão das curvas feitas na velocidade ditada
marcio botelho e leonardo belizário. “Foi maravilhoso. e a chuva
pela planilha. “temos que ficar atentos. nem muito rápido, nem
foi um diferencial, já que sabemos bem como dirigir nesse tipo
muito devagar. afinal, é um rali de regularidade.” os amigos se
de solo”, revelou leonardo. entre os mais experientes, na cate-
divertiram e ainda conseguiram um surpreendente 20º lugar. os
goria Graduados, os mineiros Fabio carvalho e claudio Flores,
irmãos Fernando Fernandes e caio de souza, também de natal,
viajaram mais de 2 mil quilômetros desde belo horizonte para
levaram a melhor na categoria logo na estreia. “além da sorte,
vencer a etapa e, como veremos mais adiante, rumar a caminho
estudamos bem a planilha”, ponderou caio.
do título. “Foi desafiador. Vocês sabem... minas Gerais não tem
ricardo leizer
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na categoria turismo, os cearenses fizeram a festa: das cinco
“com água é muito mais gostoso”, disse rafael. o pajero tr4
a l200 triton nas dunas de natal. no alto, a festa no pódio
[Mitrevista] dezembro 2014
cap toe wedge
cap toe tortoise
cap toe, mais um lançamento da crocs. Anabelas e flats para as diversas ocasiþes. /crocsbrasil @crocsbrasil crocs.com.br
tom papp
tom papp
ricardo leizer
motorsports nordeste
três takes da etapa de Fortaleza: estudo da planilha, passeio diante do mar e banho de champanhe no pódio
praia, nem dunas... Não estamos acostumados à areia”, disse o piloto. Na etapa de Fortaleza (CE), a penúltima da temporada, a vitória
campeonato. Mas os mineiros Fabio Carvalho e Claudio Flores con-
na Graduados ficou com os locais Aristóteles Filho e Aristóteles Neto,
quistaram a etapa de novo e não deram chance a ninguém. Com 96
que ainda tinham chance de conquistar o título. “Já havíamos vencido
pontos, venceram o MotorSports Nordeste 2015. “Tivemos compe-
em casa quando disputamos nas categorias Turismo Light e Turismo”,
tidores de alto nível. Mas fizemos uma etapa muito boa”, disse Fabio,
disse o piloto, feliz com o triunfo ao lado do filho. Na Turismo, Nestor
depois do título confirmado. “Subir neste pódio é a melhor sensação
Magalhães e Leonardo Bezerra, também de Fortaleza, venceram a
que existe”, concluiu Claudio. Como premiação a dupla, com direito
terceira etapa seguida e conquistaram o título da temporada por
a dois acompanhantes, vai passar deliciosos dias no Carmel Charme
antecipação. “Passamos por dunas e trilhas que exigiram muito do
Resort, em Aquiraz, no Ceará.
carro e não tivemos nenhum problema”, contou Leonardo. Na Turismo Light, os estreantes Arthur Castelo Branco e Hélio
Na Turismo, os já campeões Nestor Magalhães e Leonardo Bezerra ficaram na segunda colocação. Quem subiu ao lugar mais
Pessoa, outra dupla local, ficou com a vitória. “Não achávamos que
alto do pódio da etapa foi a dupla Charles Rabelo e Renan Fernandes,
novatos conseguiriam ganhar”, contou Hélio. Nessa mesma categoria,
também de Fortaleza. “Começamos a fazer rali por causa da Mitsu-
competiu o casal Denise e Ronaldo Nogueira, também fortalezenses.
bishi. Sempre sonhamos com esse boné amarelo. E hoje realizamos
Há quatro anos eles participam do MotorSports na cidade. “Além da
esse sonho”, comemorou Renan. Entre os novatos na Turismo Light,
diversão, o rali é bom pois brigamos aqui dentro e depois a gente faz
os amigos de longa data Romulo Cavalcanti e Humberto Waldy
as pazes”, contou o piloto. “Adoramos pôr o carro na areia”, amenizou
conquistaram o primeiro lugar da etapa. “Nós já tínhamos ficado três
a navegadora. Ao final do dia, o casal conseguiu a 26ª colocação.
vezes em segundo lugar”, disse Renan. Para terminar a temporada
A grande final aconteceu em João Pessoa (PB). Se na categoria Turismo o título já havia sido decidido em Fortaleza, na Graduados 116
pelo menos cinco duplas ainda tinham chance de conquistar o
[Mitrevista] dezembro 2014
em alto-astral, depois da premiação, a Nação 4x4 dançou ao som da banda Forró Bakana. Ano que vem, tem mais.
classiFicaÇão campeonato Graduados 1) Fabio carvalho/claudio Flores (Belo Horizonte–MG) 2) Kwong Yiu Fai/mateus Fialho (Natal – RN) 3) Fernando oliveira/Jean paul bernhardt (Teresina–PI) 4) omar dantas/aristóteles neto (Natal–RN) 5) turismo 1) nestor aristóteles Filho/Glauco holanda (Fortaleza–CE) magalhães/ leonardo bezerra (Fortaleza-CE) 2) marcos José dos santos/ renan Fernandes (Fortaleza-CE) 3) marcos renan pontes/pedro lima Gomes (Fortaleza-CE) 4) charles nobre/americo bezerra (Fortaleza-CE) 5) david espinola batista/Fabio da silveira (João Pessoa-PB)
Fotos: tom papp
motorsports nordeste
João pessoa (pb) Graduados 1) Fabio carvalho/claudio Flores (Belo Horizonte-MG) 2) Kwong Fai / matheus Galvao (Natal-RN) 3) Fernando oliveira/Jean paul bernhardt (Teresina-PI) 4) omar dantas/Fabio marinho (Natal-RN) 5) José turismo 1) charles nobre/renan rufino/Glauco holanda (Fortaleza-CE) Fernandes (Fortaleza-CE) 2) nestor magalhães/leonardo bezerra (FortalezaCE) 3) carlos lopes/ivanildo lopes (Fortaleza-CE) 4) pedro barbosa/sirio lima (Fortaleza-CE) 5) Walter santana/Francisco claudio (Fortaleza-CE) turismo liGht 1) romulo cavalcanti/humberto Waldy (Fortaleza-CE) 2) raimundo chaves/Jardel almeida (Fortaleza-CE) 3) George William alves/ michel nunes (Neópolis-SE) 4) alberto barbosa/arthur compasso (Recife-PE) 5) Fernando heleno/dennis duarte (João Pessoa-PB) Fortaleza (ce) Graduados 1) aristóteles Filho/aristóteles neto (Fortaleza-CE) 2) omar dantas/rogério almeira (Natal-RN) 3) paulo rogério/cristovam neto (Fortaleza-CE) 4) Fabio carvalho/claudio Flores (Belo Horizonte-MG) 5) turismo 1) nestor Fernando oliveira/Jean paul bernhardt (Teresina-PI) magalhães/leonardo bezerra (Fortaleza-CE) 2) marcos José dos santos/pedro rafael Gomes (Fortaleza-CE) 3) ewerton aquino/david campos (FortalezaCE) 4) Walter santana/Francisco claudio (Fortaleza-CE) 5) carlos lopes/ turismo liGht 1) arthur castelo branco/ ivanildo lopes (Fortaleza-CE) helio pessoa (Fortaleza-CE) 2) romulo lima Jr./humberto Waldy milério neto (Fortaleza-CE) 3) romulo Gomes/marcela peixoto Vasconcelos (Fortaleza-CE) 4) sávio azevedo/plácido Gonçalves Ferreira (Fortaleza-CE) 5) Francisco dalter mendes/dalmo mendes (Fortaleza-CE) natal (rn) Graduados 1) Fabio carvalho/claudio Flores (Belo Horizonte-MG) 2) Kwong Yiu Fai/matheus Galvão Fialho rocha (Natal-RN) 3) José rufino da silva neto/Glauco holanda Junior (Fortaleza-CE) 4) antonio cardoso sales/Wellington rezende Junior (Natal-RN) 5) Fernando oliveira/Jean paul bernhardt (Teresinaturismo 1) marcio botelho/leandro belizário (Fortaleza-CE) 2) nestor PI) magalhães/leonardo bezerra (Fortaleza-CE) 3) Fernando siqueira/Fabio saboia (Fortaleza-CE) 4) marcus renan pontes e silva/americo oliveira bezerra (Fortaleza-CE) 5)thiago soares Ferreira/emerson toshio arakaki (Maceióturismo liGht 1) Fernando Fernandes/caio de souza (Natal-RN) AL) 2) antonio Fonseca/plácido Gonçalves Ferreira (Natal-RN) 3) andré ricardo s. pinheiro/eider Gomes de sena (Natal-RN) 4) eduardo lopes/erico sousa (Fortaleza-CE) 5) segundo lima/philipe coutinho (Natal-RN)
118
[Mitrevista] dezembro 2014
depois da adrenalina nas trilhas de João pessoa,a nação 4x4 comemorou no pódio
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tom papp
outdoor
120
[Mitrevista] dezembro 2014
Prova de aventura Pedalada molhada durante a etapa na etapa de de Joinville (sC) Curitiba
Caça ao tesouro
Penedo (rJ), Joinville (sC) e ribeirão Preto (sP) feCharam a temPorada 2014 do rali de estratégia da mitsubishi
[Mitrevista] dezembro 2014
121
cadu roliM
outdoor
Em Penedo (rJ), os competidores da categoria Extreme enfrentaram o mais difícil off-road da história do Mitsubishi outdoor
“O
lha o tucano!” “Voou.” “Ali, ali, um monte, naquela
pedalada e outras tantas atividades para deixar qualquer participan-
árvore.” “Onde, onde?” “Voaram...” Entre uma tarefa
te feliz com a vida, fosse o mais aventureiro, fosse o mais contempla-
e outra em Ribeirão Preto, os olhos da Nação 4x4 se
dor. No fim do dia, o suor de Julio e da equipe Tamboré deu resultado.
voltavam para os céus. Quando viu que um vídeo do
Apesar de não conseguirem fotografar o tucano e de terem perdido
pássaro valia mais de 300 pontos no passaporte, a equipe Tamboré, a
o prazo para a entrega do quiz, a experiente equipe, a bordo de uma
maior vencedora da história do rali de estratégia da Mitsubishi, deixou
L200 Triton e de uma L200 HPE, subiu ao topo do pódio com 3.938
os celulares preparados. Verdade que, no começo, ninguém acreditou
pontos, 577 a mais do que a River Stones. Na categoria Fun, onde
ser fácil encontrar os bichos. Mas foi. E muito. O difícil era filmá-los.
competem os menos experientes, a vitória foi do time da Nem Chama
A caça ao tucano, no entanto, foi apenas uma das diversões listadas
II, com duas L200 Triton. “É a terceira vez que participamos, e a cada
na planilha da última etapa da 11ª temporada do Mitsubishi Outdoor.
uma nos divertimos mais”, comemorou Marcelo Devita.
“Desce, desce.” Jeferson apontou o caminho e Julio se mandou. Era preciso encontrar a sempre desejada bandeira laranja na beira de
rão Preto, não foram menos emocionantes. Na cidade catarinense a
um rio. Parecia simples. Quase 15 minutos depois, no entanto, com
organização privilegiou as atividades aquáticas. No PC 5, batizado de
água até quase a cintura, Julio continuava sua busca. “Uma aventura
Água e Areia, foi preciso fazer a travessia a nado do rio Saí-Guaçu,
logo de cara”, disse. Outras equipes iam e vinham numa verdadeira
caminhar quatro quilômetros em uma praia deserta e, finalmente,
caça ao tesouro – ora em meio à mata fechada, ora no rio de água bar-
cruzar outro rio, o Saí-Mirim. Além disso, as fortes chuvas que caíram
renta. “Isso é demais!”, exclamou um garoto ao ver o pai encharcado,
na semana antes da prova deixaram repleta de lama a teia de trilhas
sem terno nem gravata. “Muito legal estar com meu pai aqui”, disse o
4x4 e o single-track a ser percorrido de mountain bike.
menino, antes de meter o pé na lama. A etapa de Ribeirão Preto seguiu em direção às serras e vales da
122
As etapas de Joinville (SC) e Penedo (RJ), que antecederam Ribei-
Houve até pescaria: no PC 23, os competidores entraram no mar para jogar tarrafa (rede em formato circular) – os peixes capturados
região de Patrocínio Paulista, na divisa de São Paulo com Minas Ge-
foram depois devolvidos à água. Outra atividade que encantou os
rais. Teve trekking rumo ao topo da montanha, rapel cachoeira abaixo,
participantes foi a visita a uma casa colonial do século 19, da qual
[Mitrevista] dezembro 2014
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maRcio machado
maRcio machado
tom PaPP
cadu Rolim cadu Rolim tom PaPP
Bike, família, rapel, travessia de rio e a alegria da premiação nas etapas de Penedo (RJ) e Ribeirão Preto (SP)
saía uma trilha até uma das mais belas cachoeiras da região. A equipe Vikings conquistou o lugar mais alto do pódio da categoria Fun. “Foi a etapa mais técnica do ano e exigiu muita experiência”, comentou Claudio Hang. Na categoria Extreme, a vitória ficou com a Speedy Gonzales. Já em Penedo, a tarefa que mais chamou a atenção foi um trecho de pilotagem off-road reservado apenas aos competidores da Extreme. “Achei que não ia conseguir passar”, disse Wilson Filho, da Flexsoft. “A L200 chegou a ficar em uma roda só, mas o carro tem uma suspensão impressionante mesmo”, completou Marcos Santana, o outro piloto da equipe. “Participar do Mitsubishi Outdoor é um dos grandes presentes desta vida”, afirmou Santana, que costuma vir acompanhado da mulher e da filha (“Quando ela não tem balada”). 124
[Mitrevista] dezembro 2014
TOM PAPP
OUTdOOR
Teve até pescaria de tarrafa na etapa de Joinville. Ao lado, banho de champanhe no pódio da categoria Extreme em Ribeirão Preto
“Nossa equipe é de Santo André (SP), mas muitos se conheceram aqui. Além de nos vermos nos ralis, nos encontramos às terças em um mais faz é conversar e dar risada. Querem ganhar, se preocupam com o pódio – chegaram até a convidar Fred Macedo, piloto campeão da Mitsubishi Cup, para ser o navegador da equipe. Mas o que importa mesmo é a diversão. “Em 2015 vamos juntos aos Estados Unidos
RICARdO LEIzER
pub pra conversar e dar risada...” Mesmo a bordo, o que essa turma
fazer a rota 66”, contou Guilherme Adalto, enquanto enxugava o suor causado por uma pedalada de quase seis quilômetros, na qual cruzou com “cavaleiros pastoreando um rebanho de gado perto de um brejo”. A Flexsoft conseguiu a décima colocação na categoria Extreme, na qual a vitória ficou com a já experiente Omellets Sem Noção. “A gente vem pra se divertir”, disse Mauricio Marengoni, que compete a bordo de um Pajero Full e de uma L200 Outdoor. “Vencer é um detalhe.” Na categoria Fun, quem levou a melhor foi a Mit Galo.
Penedo (RJ) Fun 1) Mit Galo 2) Primos 4x4 II 3) Primos 4x4 I extReme 1) Omellets Sem Noção 2) Absolut Lama 3) Bailune Motors Joinville (SC) Fun 1) Vikings 2) Primos 4x4 3) Mit Ira da Lama extReme 1) Speedy Gonzales 2) Bomba Bala 3) Flexsoft RibeiRão PReto (SP) Fun 1) Nem Chama II 2) Esse ano vai! 3) Busca lama extReme 1) Tamboré 2) River Stones 3) Tô na Rossa
“Foram três anos batendo na trave. Mas hoje finalmente vencemos”, comemorou Geraldo Marchiori, que já faz planos para 2015. “Gostei do topo do pódio, vou querer subir de novo.”
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[Mitrevista] dezembro 2014
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Cup
Emoção até a última prova a 15ª tEmporada da mitsubishi Cup tErminou Com três Etapas nas quais a adrEnalina falou alto por Renato Góes
L200 Triton RS acelera em Jaguariúna, quarta etapa do campeonato
128
[Mitrevista] dezembro 2014
tom papp
D
epois de encarar frio, chuva e lama, era a vez de os
indaiatuba, sede da quinta etapa, contou com uma prova
pilotos que fazem parte do mais tradicional rali cross-
inesquecível para pilotos, público e fotógrafos. a direção criou
-country de velocidade do país enfrentar o calor, o sol
uma área chamada de Zona de Espetáculo, composta por uma
e a poeira do interior paulista. mais especificamente
sequência de curvas de arrepiar e com um salto próximo do loun-
nas cidades de indaiatuba, Jaguariúna e mogi Guaçu, sedes das
ge, de onde familiares e amigos dos gentleman drivers assistiam
três últimas etapas da histórica 15ª temporada da mitsubishi
à etapa. “Quando chegávamos mais perto do público, a vontade
Cup. Histórica porque são poucas as competições do automobi-
de vencer era ainda maior. Não tinha como não acelerar”, resumiu
lismo brasileiro que alcançaram tal longevidade com tamanha
o piloto Carlos Scheffer, que ao lado do navegador rafael malu-
qualidade. além disso, as novidades introduzidas em 2014
celli venceu na categoria triton Er (a mais disputada de 2014).
deram ainda mais emoção ao campeonato – entre elas a restri-
ainda na quinta etapa, houve surpresa na triton rS. os até
ção de velocidade para os vencedores de cada etapa e as duas
então imbatíveis lucas moraes e Kaique Bentivoglio não conse-
provas de 50 quilômetros em vez das tradicionais três voltas de
guiram completar a primeira prova do dia e deixaram de somar
30 quilômetros. Sem falar que durante a reta final aconteceram
pontos importantes. melhor para a dupla rafael Cassol e lelio
disputas das mais intensas em cada uma das cinco categorias.
vieira Jr., que faturou a etapa. “aproveitamos a chance, tivemos
Uma temporada para se guardar na memória.
um ritmo bom em todas as provas e o trabalho com o navegador [Mitrevista] dezembro 2014
129
tom papp
cup
pajero tR4 ER faz tempestade de areia em Indaiatuba, quinta etapa da temporada
foi certinho”, resumiu o piloto. Na TR4 ER, Fred Macedo e Marcelo Haseyama não deram chance à concorrência e faturaram. Na TR4 ER
Atacama, no Chile – premiação especial dos 15 anos da Mitsubishi Cup. Na RS, para variar, Lucas e Kaique venceram as três voltas do dia e
Master, Fabricio Zanella e Elaine Machado se sagraram vencedores,
somaram 16 vitórias em 19 provas disputadas. Um feito impressionan-
assim como Thiago Wilson e Carlos Piacentini na TR4 R.
te na história da competição. “Exigimos muito um do outro. Não entra-
Já em Jaguariúna houve a volta das duas provas de 50 quilômetros. Na Triton RS, melhor para Lucas Moraes e Kaique Bentivoglio, que venceram e garantiram o título da categoria com uma etapa de
mos na pista para brincar. O objetivo sempre é fazer o melhor”, afirmou o piloto, que em 2013 já havia se sagrado campeão na Triton ER. E quem fez bonito nessa categoria, a Triton ER, de longe a mais
antecedência. “O carro foi impecável numa prova tão longa como
disputada do ano, foi a dupla Ricardo Feltre e André Munhoz. A pri-
essa. Só tenho que agradecer ao meu navegador e à equipe Ralliart”,
meira prova do dia foi vencida por Carlos Scheffer Jr. e Rafael Malucelli,
disse o piloto. Quem estava muito feliz era Kaique. “Vencer a catego-
também na briga pelo título. No entanto, o jogo virou nas voltas
ria RS, sempre foi um objetivo para mim. Bati na trave algumas vezes,
seguintes, com duas vitórias incontestáveis de Feltre e Munhoz. O
mas agora sou campeão”, comemorava o navegador. Outra dupla
jovem piloto era somente sorrisos ao lado da namorada, família e ami-
que se sagrou campeã por antecipação em Jaguariúna foi a de Fred
gos. “Comecei o ano bem, com pódio em várias etapas, mas o Carlos
Macedo e Marcelo Haseyama. O jovem piloto contou com a parceria do
cresceu na competição e chegou forte no final. Foi uma bela disputa,
experiente navegador e evoluiu como poucos na competição. “Devo
o que valoriza a nossa conquista.”
muito ao Marcelo”, disse. “Aprendi muito com ele.” Mas se duas categorias foram definidas, outras três ainda ficaram
Na TR4 R, Marco Tulio Lana, veterano da Mitsubishi Cup e que há cinco anos não disputava a competição, voltou em grande estilo:
com a decisão para a etapa final, em Mogi Guaçu. Na TR4 ES Master,
foi o campeão da categoria. “É um prazer voltar a fazer parte deste
os favoritos Sergio Gugelmin e Marcos Maia tiveram uma queda de
ambiente, ser vencedor de uma competição de alto nível e que
rendimento e viram os jovens Andre Miranda e Alison Pedroso se
prioriza não só a competitividade, mas também a segurança de seus
aproximarem na briga pelo título. Na TR4 R, a briga estava em aberto,
competidores”, enfatizou o piloto, que contou com a parceria do nave-
assim como na Triton ER, em que duas duplas tinham chance.
gador Leonardo Magalhães. Já a dupla formada por Sérgio Gugelmin e Marcos Maia confirmou o favoritismo na TR4 ER Master, mesmo com
A grAnde finAl Na madrugada que antecedeu a grande final, uma chuva pesada
garantir o campeonato, eles não conseguiram completar a primeira
caiu na região de Mogi Guaçu, o que obrigou os navegadores a troca-
volta, o que deu um frio na barriga do experiente piloto. “A gente
rem de planilhas, já que um traçado para pista com chuva já havia sido
sabia que aquilo não poderia se repetir nas duas provas seguintes”,
criado pela organização.
disse Gugelmin. A dupla concluiu o dia sem problemas e se sagrou
Na categoria TR4 ER, os já campeões Fred e Marcelo venceram a primeira prova do dia e se garantiram matematicamente como a dupla com
130
um susto na primeira prova do dia. Precisando apenas pontuar para
bicampeã da categoria. Terminava assim mais uma temporada da Mitsubishi Cup. Uma
maior número de pontos a ter completado todas as provas da temporada.
década e meia de muita adrenalina, lama e poeira. Que venha
Como prêmio ganharam uma viagem para o hotel explora, no deserto do
a 16ª temporada.
[Mitrevista] dezembro 2014
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cup
pajero tR4 R
L200 triton ER na etapa decisiva, em mogi Guaçu
classificação final 2014 pajero tr4 r - pilotos 1) marco tulio Lana 461 ptos 2) thiago Wilson 428 ptos 3) Bartolomeu de carvalho 419 ptos 4) Roberto padro 408 ptos 5) flavio Donizeti 379 ptos
fotos: tom papp
pajero tR4 ER
pajero tr4 r - navegadores 1) João alvarenga 408 ptos 2) Leonardo magalhães 389 ptos 3) José Luis marcon 379 ptos 4) Jorge Luis Diener 315 ptos 5) Jorge peters 269 ptos pajero tr4 er - pilotos 1) fred macedo 492 ptos 2) celso macedo 444 ptos 3) marcelo fiuza 420 ptos 4) carlos Girolla 390 ptos 5) paulo Godim 378,5 ptos pajero tr4 er - navegadores 1) marcelo Haseyama 492 ptos 2) Belén macedo 444 ptos 3) Dalmo Bergantin 420 ptos 4) Gilberto cecílio 390 ptos 5) Glauco alencastro 361 ptos
pajero tR4 ER master
pajero tr4 er Master - pilotos 1) sergio Gugelmin 469 ptos 2) andré miranda 428 ptos 3) Wagner Roncon 387 ptos 4) fabricio Zanella 369 ptos 5) Rodrigo meinberg 352,5 ptos pajero tr4 er Master - navegadores 1) marcos maia 469 ptos 2) alison pedroso 436,5 ptos 3) João Luis stal 407,5 ptos 4) Joselito Vieira 387 ptos 5) Elaine machado 369 ptos l200 triton er - pilotos 1) Ricardo feltre 479 ptos 2) carlos scheffer Jr. 476 ptos 3) Glauber fontoura 410 ptos 4) marco falchetti 384 ptos 5) fabricio Bianchini 377 ptos l200 triton er - navegadores 1) Rafael malucelli 476 ptos 2) andré Lucas munhoz 437 ptos 3) minae miyauti 410 ptos 4) Ivo mayer 384 ptos 5) Eduardo Bampi 311 ptos
L200 triton ER
l200 triton rs - pilotos 1) Lucas moraes 525 ptos 2) marcelo mendes 444 ptos 3) felipe Ewerton 437 ptos 4) Juliano Diener 420 ptos 5) Rafael cassol 408 ptos l200 triton rs - navegadores 1) Kaique Bentivolgio 525 ptos 2) Breno Rezende 444 ptos 3) Rodrigo mello 437 ptos 4) Vitor muench 420 ptos 5) Lelio Vieira 408 ptos
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132
[Mitrevista] dezembro 2014
Leia sobre nossa história do jeito que você dirige: olhando para trás e para a frente.
Ercole Marelli
Enrico Fermi
Desde a fundação da empresa, em 1919, na Itália, a inovação sempre fez parte da nossa história. Prova disso é a presença, nos anos 30, de Enrico Fermi, Prêmio Nobel de Física, para liderar nossa área de pesquisa e desenvolvimento. Em 1978, iniciamos nossa história de inovação no Brasil, com o lançamento do primeiro carburador de corpo duplo. Em seguida, vieram a primeira injeção eletrônica brasileira, o revolucionário sistema FlexFuel, que dá a você liberdade de escolher o combustível, e mais: o primeiro câmbio automatizado, a primeira lanterna LED e os primeiros equipamentos de navegação via GPS. O carro do futuro será mais ecológico, seguro e tecnológico. E a Magneti Marelli já está desenvolvendo soluções inovadoras que irão tornar isso possível. Assim, o que você vê é a Magneti Marelli trazendo a inovação para fazer parte da sua vida.
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muRilo mattoS
cup
Vem aí o aSX R
NoVo caRRo é a pRiNcipal NoVidade da mitSubiShi cup 2015 por Renato Góes
N
ova categoria e novo carro na pista. Para sua 16ª tempo-
pilotos: até o fim da última etapa do ano, em Mogi Guaçu, metade das
rada, a Mitsubishi Cup apresenta um novo protagonista
unidades já estava vendida.
na história do off-road brasileiro: o ASX R. Desenvolvido, preparado e supervisionado pela equipe de engenheiros e
A próxima temporada da Mitsubishi Cup contará, portanto, com seis categorias: Pajero TR4 R, Pajero TR4 ER, Pajero TR4 ER Master,
mecânicos da Ralliart Brasil, o carro chega como um marco não ape-
L200 Triton ER, a nova ASX R e a top Triton RS. “Será a primeira vez
nas para a competição. Trata-se também de motivo de comemoração
que teremos um crossover em nossos ralis. Além disso, com a estreia do
para a marca dos três diamantes – desde 1999, a Mitsubishi soma a
ASX R, poderemos acompanhar três modelos no grid da Mitsubishi Cup,
produção de mais de 500 carros de corrida no Brasil.
algo inédito até aqui”, diz Guilherme Spinelli, diretor da Ralliart Brasil.
Os atributos do novo ASX R são muitos. Vão desde o motor 2.0
Quanto às regras da competição, uma mudança introduzida em
com 16 válvulas e 172 cavalos ao sistema de tração 4x4. Sem falar
2014 se mantém para 2015. O tradicional formato de três provas será
no design arrojado desse crossover que ganhou suspensão mais alta
mais uma vez modificado em duas etapas durante a próxima temporada.
e ficou com ar mais agressivo – nos moldes do ASX Racing, pilotado
Nessa oportunidade, em vez de três provas de 30 quilômetros, serão
por Guilherme Spinelli no Rally dos Sertões e no Dakar. Apresentado
duas provas de 50 quilômetros, a exemplo do que ocorreu este ano em
durante as duas últimas etapas da Mitsubishi Cup, ele despertou a
Guarapuava (PR) e em Jaguariúna (SP). “Esse formato agradou pilotos e
curiosidade de pilotos e navegadores. Tanto que as 20 unidades pre-
navegadores pela mudança de estratégia, pois a corrida se torna mais
paradas pela Ralliart Brasil para fazer parte do grid de 2015 já foram
longa. Dessa forma outros pilotos podem se destacar, e a competitivida-
locadas pelo sistema sit&drive. “O carro está maravilhoso”, disse o
de aumenta”, afirmou Detlef Altwig, diretor técnico da Mitsubishi Cup.
piloto Fabrício Bianchini, que no ano que vem migra para a categoria ASX R. “Não vejo a hora de acelerar.” Outra novidade para 2015 acontece na categoria L200 Triton
134
Venha acelerar na Mitsubishi cup
ER. Os carros deixam o sistema sit&drive e passam a ser vendidos
os veículos de competição da mitsubishi cup saem prontos da linha
aos pilotos. Apesar de deixar a supervisão desses carros, a Ralliart
de montagem da fábrica de catalão (Go) para o rali. para comprar
se prontificou em oferecer treinamento para que os mecânicos
ou alugar pelo sistema sit&drive, entre em contato pelo telefone
conheçam todos os detalhes do veículo. O novo formato agradou os
(11) 5694-2861 ou pelo e-mail mitsubishicup@mmcb.com.br
[Mitrevista] dezembro 2014
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f o r t e edição 05 - outubro 2013
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Para a Custom Editora, os conceitos de Custom Publishing e Branded Content vão muito além do papel impresso. Sim, é verdade que nosso portfólio tem títulos reconhecidos e premiados, como a MIT Revista (a revista de luxo de maior tiragem auditada pelo IVC), a The President (publicação que chega aos principais presidentes e CEOs do Brasil), a Revista Telhanorte (que une conteúdo diferenciado e ofertas), a Prestígio Metrópole (novíssima revista de estilo de vida) e a revista mmartan Home (que traz o melhor em cama, mesa & banho). Mas também
mantemos a missão de expandir horizontes e quebrar paradigmas no mercado editorial. Por isso, também produzimos o Designbook, a revista digital da Tok&Stok, disponível para tablets com riquíssimo conteúdo interativo. No ramo de Branded Content, atuamos em projetos especiais da Avon. Se você quer uma editora que vai muito além do papel, procure-nos.
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MIT ParcerIas
Rodar mais, gastar menos CONHEçA AS TECNOLOGIAS dA MAGNETI MARELLI PARA REduzIR O CONSuMO dE COMBuSTívEL
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eduzir o consumo de combustível de seus veículos é questão de sobrevivência para as montadoras, ainda mais para as que atuam no Brasil, agora que as novas medidas do Inovar-Auto, programa governamental, prometem descontos no IPI para quem produzir carros mais econômicos. Felizmente, há um leque de tecnologias disponíveis que podem ser utilizadas. Não há uma única solução predominante, mas diversas tecnologias e custos compatíveis, que juntos permitirão atingir as metas do Inovar-Auto. Entre os mecanismos de controle do mo-
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tor, se destacam os Sistemas de Gerenciamento de Energia, com uso mais racional da bomba de combustível e eletroventiladores (economia de 1% a 2%), e o Gerenciamento Térmico Avançado, por meio de controle integrado dos ventiladores, bomba d’água elétrica e válvula termostática (economia de 1%). Outras tecnologias são o Gerenciamento Inteligente do Alternador, que permite economia de 2% a 2,5% com uso de freios regenerativos, e o Gerenciamento de Combustão Lean (mistura pobre), que oferece entre 7% a 8% de redução no consumo. Há, ainda, o recurso
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de Desativação de Cilindros, que pode reduzir o consumo, em média, 4%. Outro método é a Injeção Direta, para a qual a Magneti Marelli desenvolveu uma técnica avançada de controle capaz de estender a faixa dinâmica de utilização de injetores GDI (Gasoline Direct Injection), adequando-os à tecnologia Flex. Por fim, mas não menos importante, o mecanismo Start & Stop, que permite o uso de roda livre (banguela eletrônica), e o aperfeiçoamento da tecnologia para Veículos Híbridos, com o desenvolvimento de uma nova transmissão, batizada de PERFET (PERForming Efficient Trasmission), que permite o uso de caixas manuais, sem perdas de funções. www.magnetimarelli.com.br 140
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Os motores de combustão interna atualmente têm a admissão da mistura ar-combustível gerenciada por um sistema eletrônico. O cérebro do sistema é a ECU (Electronic Control Unit), ou unidade de controle eletrônico, que monitora inúmeros parâmetros, como tipo de combustível, posição de acelerador, temperatura, e determina as quantidades de ar e combustível que os bicos injetores devem injetar nas câmaras de combustão, de maneira que esta seja realizada com o maior aproveitamento. A tecnologia avança sempre no sentido de entregar a maior potência com cada vez menos combustível. A Magneti Marelli é líder no mercado nacional e internacional de injeção eletrônica de combustível, desenvolvendo e produzindo, por intermédio da unidade de negócios Powertrain, ECUs, bicos injetores e corpos de borboleta.
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Eficiência e sustentabilidade TRANSzERO é A TRANSPORTAdORA dA MITSuBIShI EM TOdO O PAíS
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azer de cada entrega uma operação realizada com confiabilidade, segurança e pontualidade é a missão da Transzero, transportadora da Mitsubishi em todo o país. A empresa também faz a armazenagem, a inspeção e a revisão de entrega dos veículos. Os mais de 50 anos de atividades no setor contribuíram para que a Transzero aprimorasse todos os seus processos e alcançasse a excelência em suas operações. A conquista da certificação de Qualidade NBR ISO:9001 está completando 17 anos. Em 1997 a transportadora foi certificada pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade, atendendo rigorosamente às normas ISO, estabelecidas pela ABNT e avaliadas pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini. As normas atestam os processos adequados adotados pela empresa, que oferece operações ágeis, precisas e eficientes aos clientes. A Transzero exercita a melhoria contínua dos processos na busca
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da eficácia da gestão integrada, de acordo com legislação ambiental, saúde e segurança ocupacional, minimizando a poluição e seus impactos ambientais expressivos, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais. O atendimento às normas envolve a capacitação criteriosa de seus colaboradores, o foco no cliente e a observância aos critérios de sustentabilidade em todas as etapas da operação. A Transzero utiliza e aprimora continuamente sistemas avançados de comunicação e informação. A matriz está situada em São Bernardo do Campo (SP). Onze filiais dão apoio administrativo e operacional, cobrindo os principais polos de fabricação e distribuição de veículos novos. Além de montadoras, a Transzero atende também às principais concessionárias, locadoras de veículos, frotistas e pessoas físicas. www.transzero.com.br
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