RE
10 dE
COEP mat, [20041201151
O desenvolvimento de uma metodologia replicável para a criação de novos pólos produtivos no semi-árido, poderá tornar a mamona não só insumo para produção de biodiesel, mas também para desconstrução de um cenário de desigualdade e fome na região. O Projeto "Mamona, Energia e Cidadania" tem como objetivo principal promover o desenvolvimento socioeconômico de comunidades rurais de baixa renda no semi-árido do Piaui, por meio da recuperação da cultura da mamona, para agricultores familiares e, futuramente, pela produção de biodiesel para a utilização local como fonte de energia e também para comercialização. Complementarmente, uma série de processos que favoreçam o desenvolvimento local serão instalados, como a ampliação da produção de alimentos para o consumo doméstico (feijão, amendoim, mandioca) e promoção de inclusão social, baseado na organização comunitária, capacita* de lideranças e inclusão digital com a implantação de Telecentros de informática. Este projeto referenciará a definição de metodologia para o desenvolvimento de pólos de produção de mamona no semi-árido, sendo implantado, como piloto, em quatro municípios do sertão do Piaui (Anisio de Abreu, São Braz, São Raimundo Nonato e Jurema), com duração prevista para 24 meses. A partir das ações propostas, temos em foco uma série de resultados que convergirão para o alcance do objetivo geral do projeto — o real desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Assim, podemos destacar: Fortalecimento da organização comunitária, com a criação de grupos gestores locais; Revitalização da produção da mamona, com a transferência de novas tecnologias de sementes, uso do solo e processamento; Criação de escala de produção de mamona, via agricultura familiar; Acesso à informação e inclusão digital, através do uso de Telecentros Comunitários e outros canais de educação complementar; Divulgação da iniciativa; Acesso 'a informações indispensáveis para o desenvolvimento humano como igualdade, direitos humanos, cidadania, saúde, educação sanitária e educação ambiental; Consolidação das informações de forma coletiva, através de reuniões para discussão de temas supracitados, com orientação das professoras da rede pública. Mudança positiva na economia local, através do desenvolvimento de novos canais de comercialização da produção; Inclusão social, consciência para intervir e elaborar projetos de desenvolvimento local, reivindicar infraestrutura básica, como água, escolas, estradas, telefone e correios; Impacto ambiental positivo, através de uso adequado do solo e de defensivos agricolas; Impacto econômico positivo, com diversificação e agregação de valor ao produto primário, gerando pólos que possam irradiar desenvolvimento para outros espaços;
37