Revista Yacamim - Inverno 2016

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Rozani Grein Editora

Pamela Caitano Textos

Ana Paula Padilha e Pamela Caitano Design e projeto gráfico Lya König Zumblick Fotos

Banco de imagem e divulgação Fábrica Loja Virtual modayacamim.com.br (47) 3027-5273

Rua: Barra Velha, 521,

Floresta - Joinville - SC (47) 3026-2664

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Joinville - SC

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Meia Praia - Av. Nereu Ramos, 3370 -

esquina com a Rua 240 – (47) 3268-3100 Balneário Camboriú - SC

Atlântico Shopping Center - loja 44 (47) 3056-5400

Bombinhas – SC

Av. Vereador Manoel José dos Santos 1241 – Centro - (47) 3360-9289

Impressão Gráfica Coan 10.000 exemplares

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O que é puro e carrega em si a força, a proteção e compreensão profunda da natureza. Espírito corresponde à alma, ao que realmente somos em essência, às próprias raízes do ser. Espírito Selvagem é o encontro da leveza, mística e onírico que reside no espírito, com a ancestralidade, poder, das raízes, da intensidade daquilo que é selvagem. Combinação entre alma, instinto e sentidos, combinação que existe em cada mulher da tribo Yacamim. É, principalmente, das tribos do mundo ­com sua riqueza cultural, sabedoria, arte, diversidade e ensinamentos ­que nasce nossa inspiração para unir os universos da beleza e do significado. Temos que aprender a ser índio, antes que seja tarde. Essa é a mensagem que buscamos passar na matéria sobre os indígenas brasileiros, nossa maior referência. No Brasil, é cada vez mais presente o risco de extinção cultural. É preciso ouvir o chamado que vem da terra enquanto há tempo, para que o ano de 1500 finalmente possa ter fim. O espírito selvagem é o da mudança, da transformação, do poder criativo. Tanto é que, nesta edição, a revista está de cara nova. Nela, falamos da arte complexa de Tunga, de moda e beleza, de sustentabilidade, da magia da literatura, de música, enfim, um pouquinho de tudo aquilo que nos inspira, deixa o mundo mais rico, e que também é tocado pelo espírito selvagem. Por fim, a ancestralidade das tribos e a força da natureza criam a beleza indomável do Inverno 2016 - Yacamim. Boa leitura, aguce seus sentidos.

editorial

Selvagem é aquilo que não pode ser domado, domesticado.


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sumário 08

campanha

espírito selvagem 6 28

atualidade

não ouvimos a sabedoria da terra 34

arte

sebastião salgado 40

moda

sempre atual 44 48

moda

beleza

make da estação

tendência é ter estilo 46 50

música

intensidade e originalidade

gastronomia

para aquecer os sentidos


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arquitetura

o que podemos aprender com as construções sustentáveis? 62

atualidade

amor que não se compra 66

arte

tunga, natureza, arte e modernidade 52

música

para ouvir e sentir 54

viagem

Destinos de autoconhecimento 58

liter atur a

do nobel ao adeus

70

atualidade

das raízes das tribos 74

beleza

que se amar vire rotina 78

lookbook

inverno 2016

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Espírito Selvagem é o encontro da leveza, mística e onírico que residem no espírito, com a ancestralidade, poder das raízes, da intensidade daquilo que é selvagem.


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“Tendo chegado perto do limite de tolerância da mãe Terra todas as tribos estão se unindo e, acendendo novamente o cachimbo sagrado da paz, um grande fogo onde queimarão todos os ódios (...) Que o nosso som, possa ter a força do trovão, o amor da terra, a pureza de uma criança e a firmeza e a generosidade de uma irmã árvore.” Daniel Namkhay

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Acesse o código com seu leitor de QR Code e assista ao vídeo da campanha

Créditos

Stylist: Rozani Grein

Fotografia: Marcellus Z (Zema) Beleza: Camila Baseggio

Modelos: Adriana Tomazelli e Mariana Vansuit Conte.

* Todas as peças do editorial são confeccionadas em pelo sintético, e não de origem animal.


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Na pele, a cor abençoada pelo sol, nos olhos amendoados levemente puxados, a expressão da natureza em sua forma mais orgânica.

Sua sabedoria vem da natureza, mas suas raízes

corre nas veias de quem nunca usou cocar. O povo

cresce. Os índios formam menos de meio por cen-

pos étnicos, resultado de pelo menos 500 anos de

estão perdendo as forças à medida que o Brasil to da população brasileira, mas o sangue indígena

brasileiro é caracterizado pela mistura entre gru-

história.


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que vem da Terra Não só o sangue das tribos corre nas veias brasi-

habilidades que enriquecem a cultura brasileira.

entre nós. Dormir na rede, usar brincos e ador-

em gravuras bonitas, objetos decorativos e nos

leiras, mas seus costumes e ensinamentos estão nos no corpo, brincadeiras infantis como peteca,

sem levar em consideração as histórias que po-

voam o folclore no Brasil. Artesanato como arte na madeira, pinturas e cestos feitos à mão são

Mas, no Brasil, os indígenas só podem existir livros de história – lembrança de um passado já

superado. Na realidade, todos os dias se nega aos índios a possibilidade de existir.

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Os indígenas têm uma visão consciente do

A maior parte das terras indígenas têm valio-

elementos da natureza, e todos os seres fo-

mantes, ferro e chumbo, encontrados no sub-

mundo. Para eles, tudo está em equilíbrio. Os ram colocados e organizados em uma perfeita harmonia. Mas essa paz é ameaçada à medida

que a ganância do homem branco avança, des-

truindo solo sagrado, a história e rasgando as veias abertas do Brasil amazônico.

sos recursos naturais, como ouro, platina, diasolo da Amazônia e estados das regiões Norte

e Centro-Oeste do Brasil. Tanta riqueza atrai cada vez mais invasões, cercos do agronegó-

cio, hidrelétricas, explorações clandestinas, conflitos e exploradores que ameaçam tam-


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bém a fauna e a flora. Questões agravadas pelo

cipal instituição científica do país; da Universidade

pauta ambientalista e a demarcação de terras in-

de Brasília (UNB); da Universidade Federal do Rio

descaso do governo e da opinião pública com a dígenas no país.

Não é preciso mergulhar nos grotões da Amazônia para se deparar com o desrespeito aos índios. Em

Santa Catarina, a chamada “PEC da morte” (PEC 215) tem demonstrado seus efeitos catastróficos.

A cacica Kerexu Ixapyry, 35 anos, luta para salvar

sua aldeia, Itaty, situada no Morro dos Cavalos, no município de Palhoça. A região faz parte da unidade de conservação Serra do Tabuleiro, onde há

Federal de Santa Catarina (UFSC); da Universidade Grande do Sul (UFRGS), tenham publicado estudos históricos, fundiários, cartográficos, ambien-

tais e antropológicos sobre o Morro dos Cavalos bastou um único laudo, escrito por um antropólogo contratado pelos latifundiários, para exibir

como trunfo em meio à CPI. Existem 978 artigos científicos nas bibliotecas virtuais desses centros

de ensino sobre a existência legal e legítima da região indígena e suas raízes ancestrais nessa área.

2.292 nascentes e o mais diverso bioma do Estado.

Mas esse é só um dos tristes exemplos da condi-

A aldeia é habitada principalmente por crianças e

Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, demorou dé-

adolescentes, que representam 60% do grupo, e

vem sendo vítima de ameaças constantes. Ainda

que, durante três décadas, pesquisadores da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a prin-

ção do índio no Brasil, mais de 500 anos depois. cadas para sair do papel por pressão dos movimentos solidários aos índios, aos ribeirinhos e ao

meio ambiente. Ainda assim, o legado da violação foi enorme: de acordo com o dossiê do Instituto

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Crédito das imagens: divulgação e Amazonas Images

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Socioambiental, durante dois anos, a Norte Ener-

mami da Amazônia brasileira”, “Expulsos de suas

atingidas, no valor de 30 mil reais. Os caciques

um Congresso ruralista”, “Belo Monte: a anatomia

gia deu uma espécie de “mesada” para as aldeias

enviavam a lista de mercadorias e a empresa as

entregava. Mas, em vez de o dinheiro (cerca de 212 milhões de reais) ser investido na redução e

na compensação dos impactos, foi usado na com-

pra de itens supérfluos, incluindo uma alimentação que acabou por substituir o cultivo de alimentos,

e elevando os casos de desnutrição. Além disso, Belo Monte se transformou num “sumidouro de

árvores” porque grande parte da madeira comercializada na região, é quase toda ela obtida na

ilegalidade. “A corrida pelo ouro ameaça os Yano-

terras’; “Terras indígenas podem ficar nas mãos de de um etnocídio”, “Kerexu, a cacica ameaçada de

morte que tenta salvar sua aldeia”, são apenas algumas das manchetes que alertam para a gravidade e urgência da pauta indígena. Segundo uma

pesquisa financiada pelo Centro Pulitzer para a Cobertura Informativa de Crise e publicada na revista

norte-americana Science, as últimas tribos isoladas

do planeta estão saindo da selva e entrando em contato com as populações mais próximas. As apa-

rições se multiplicam na mata tropical da fronteira entre Brasil e Peru.

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Risco de extinção cultural Ainda que a cultura indígena seja tão usada para representar o nosso país tropical, apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro – sendo

que, antes da chegada dos europeus à América, havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse

número chegava a cinco milhões de nativos. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas.

Conversar sobre as tribos indígenas não é coisa do passado, muito pelo contrário. É questão política, histórica, e ambiental. Temos que apren-

der a ser índio, antes que seja tarde. Pelo menos, foi essa a principal mensagem dada pelo antro-

pólogo Eduardo Viveiros de Castro, na última Festa Literária Internacional de Paraty. De acor-

do com o pesquisador, neste momento em que o planeta passa por uma exploração de recursos

naturais excessiva e, uma situação de mudanças 32

climáticas complicada, devemos aprender com

os povos indígenas “como viver em um país sem

destruí-lo, como viver em um mundo sem arrasá-lo e como ser feliz sem precisar de cartão de

crédito. O encontro com o mundo índio nos leva para o futuro, não para o passado”, defende.

E, afastar o passado é cada vez mais necessário.

Como lembra a jornalista Eliane Brum, para os índios, o ano de 1500 não acabou.

Para entender melhor a questão indígena no Brasil, recomendamos as seguintes leituras: “Belo Monte: a anatomia de um etnocídio”

e outras colunas de Eliane Brum. “A corrida pelo ouro ameaça os Yanomami da Amazônia brasileira”, reportagem do EL PAÍS feita pela repórter Talita Bedinelli e pelo fotógrafo Alex

Almeida, que recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo 2015 na categoria Meio Ambiente.

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O brasileiro, considerado um dos melhores fotógrafos do mundo, traduz em preto e branco todos os tons da vida nos grotões do mundo “Diante de sua fotografia não se pode sentir, como

e a dor e a culpa e o prazer estético. Inseparáveis

a contristação, ou a culpa, ou o deleite estético.

uma só rajada, todos os ricos sentimentos que a

é usual que as fotografias provoquem a ternura, ou Diante da fotografia característica de Sebastião Salgado vêm-nos, em uma rajada única, a ternura

e indistinguíveis, consistentes e indisfarçáveis, em pobreza emocional dos dias de hoje não foi ainda capaz de consumir e devorar.” (Jânio Freitas).


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Olhares intensos, pés descalços, solos rachados, vida selvagem, paisagens sangrando e a sabedoria que só existe nas

do líder estudantil e revolucionário Carlos Marighela.

tribos que o tempo não tocou. Estes são

Em 1969, emigrou para Paris, escreveu

do. É impossível sorver o mundo de Se-

quanto Lélia ingressava na École Natio-

alguns dos temas da fotografia de Salgabastião com os olhos e não se impactar, e não sentir, e não se doer ou se encantar.

Nascido na vila de Conceição do Capim, em oito de fevereiro de 1944, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior graduou-se em

Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Casou-se com a pianista

Lélia Wanick Salgado, sua companheira

até os dias de hoje. Ambos se engajaram no movimento de esquerda contra a di-

tadura militar e eram amigos de amigos

uma tese em ciências econômicas, ennale Supérieure des Beaux-Arts de Paris

para estudar arquitetura. Salgado trabalhou como secretário para a Organização

Internacional do Café (OIC), em Londres,

e foi numa de suas viagens para África a trabalho, que fez sua primeira sessão de fotos com a câmera Leica de sua esposa. Depois de enxergar a vida com as lentes

de fotógrafo, nunca mais conseguiu ver o

mundo de outra maneira. Tornou-se independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou à Paris.


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Entrou para a Magnum em 1979, depois de passagens pelas agências

Sygma e Gamma. Salgado estava trabalhando numa série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, quando documentou o atentado a tiros cometido

por John Hinckley Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos, no dia 30 de março de 1981. Com o dinheiro da venda das fotos para jornais de todo o mundo, o brasileiro financiou seu sonho e projeto pessoal: uma viagem à África.

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Livros, projetos e exposições

Com fotos em preto e branco, o trabalho do bra-

sileiro é um testemunho do sofrimento, da im-

Retratando os pobres na América Latina, seu pri-

portância da dignidade fundamental humana e,

cado em 1986. No mesmo ano publicou Sahel: O

dessa dignidade seja pela pobreza, guerra, e ou-

meiro livro, intitulado Outras Américas foi publi-

ao mesmo tempo, um protesto contra a violação

“Homem em Pânico”, resultado de uma colabo-

tras formas de injustiça e mazelas.

teiras cobrindo a seca no Norte da África. Mais

“Mais do que nunca, sinto que a raça humana é

anos de registros em todo o mundo. Entre 1993

culturas e oportunidades, mas os sentimentos e

no global de desalojamento em massa de pesso-

fogem das guerras para escapar da morte, mi-

Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e acla-

vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situa-

ração de um ano com a ONG Médicos sem Frontarde, “Trabalhadores rurais” documentava seis

somente uma. Há diferenças de cores, línguas,

e 1999, o fotógrafo voltou suas lentes ao fenôme-

reações das pessoas são semelhantes. Pessoas

as, que resultou nas séries Êxodos e Retratos de

gram para melhorar sua sorte, constroem novas

mados internacionalmente.

ções extremas…”, escreveu Sebastião na introdução de Êxodos.


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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNI-

tas no mundo todo, e seus projetos de fotografia

para os Refugiados, (ACNUR), a Organização

Holanda, Cuba, Suíça, China, EUA, Luxemburgo,

CEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas

Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem

Fronteiras e a Anistia Internacional são algumas das organizações com as quais Sebastião Salga-

visitaram uma centena de países. Brasil, França, Japão e Austrália são apenas alguns daqueles a receber exposições individuais do artista.

do tem contribuído. Com sua mulher, apoia atual-

Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, au-

ção comunitária em Minas Gerais.

vivem atualmente em Paris. O casal tem dois fi-

mente um projeto de reflorestamento e revitaliza-

Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, “As Imagens da Amazônia”, que representa o

fotógrafo e seu trabalho. Suas obras foram expos-

tora do projeto gráfico da maioria de seus livros,

lhos, o mais velho deles, Juliano Ribeiro Salgado,

dirigiu com Wim Wenders o documentário O Sal da Terra sobre seu pai, que foi indicado ao Oscar 2015 de melhor documentário.


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Crédito das imagens: divulgação e Amazonas Images

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Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…, escreveu Sebastião Salgado

na introdução de Êxodos.

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SEMPRE ATUAL 40

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Mesmo mais de 500 anos depois de sua criação, o jeans é marca registrada no guarda-roupa contemporâneo

Na Europa do século XVI, mais precisamente no ano de 1567, surgiram os ter-

mos “genoese” e “genes” para nomear as calças utilizadas pelos marinheiros da cidade de Gênova. Essas peças, fabricadas em Nimes na França, tornaram o tecido popular na indústria têxtil americana mais de duzentos anos depois.

Com o nome de denim (abreviatura de “de Nimes”), o tecido de algodão trançado foi

primeiro utilizado como cobertura de carroças durante a corrida do ouro na Califórnia. Até que o empresário alemão-estadu-

nidense Levi Strauss teve a ideia que viria revolucionar a indústria da moda: utilizou o denim para a fabricação de calças. Por

sua enorme resistência, as peças fizeram sucesso, principalmente para a confecção

de roupas de trabalho. Criou-se assim o jeanswear. O primeiro lote das calças tinha,

como código, o número 501, que acabou

nomeando o modelo mais clássico da empresa.


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O que se pode chamar de verdadeiro jeans é o

e também pelos hippies como símbolo de con-

1980, quando Levi Strauss tingiu as peças com o

gras, ideologias, e códigos de vestir tão duros,

tecido de coloração azul, que surgiu por volta de

corante de uma planta chamada Indigus, dando-

lhes a cor pela qual o jeans é hoje conhecido. Só no século XX passou a ser usado no dia a dia,

tornando-se popular pelas indústrias cinemato-

gráfica e musical: era usado pelos caubóis dos

filmes estadunidenses no período da Segunda Guerra Mundial, estrelas como James Dean,

Marilyn Monroe, Marlon Brando e Elvis Presley,

testação e rebeldia. Numa época repleta de re-

o jeans era uma forma de resposta dos jovens, que praticavam uma filosofia diferente, cultua-

vam o amor livre, queriam ouvir rock, ser contra a Guerra do Vietnã, ter seus próprios ídolos e escolher seu futuro.

O jeans apareceu a primeira vez nas passarelas pelas mãos do estilista Calvin Klein, na década


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de 1970. Desde então é conhecido como um item de moda democrático - independente

da idade, biótipo, estilo, sexo ou classe social, quase todo mundo tem um jeans que

ama. Aparece de vez em sempre nas prin-

cipais passarelas do mundo, nas maiores grifes, e também nas mais influentes publi-

cações de moda no mundo todo, como a V Magazine, Vogue, Elle, Harper’s Bazaar, Love, i-D e Marie Claire.

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O jeans além da calça Não só de calça vive o jeans. Devido à sua popularidade, diferentes composições com

materiais como elastano, algodão e poliéster, desgastes, lavagens e tingimentos, ele

surge em cada vez mais peças e modelagens. Vestidos, camisas, camisetas, saias,

bermudas, regatas, jaquetas, macacões, bolsas e até calçados em jeans mostram que

a relação de amor do tecido com a moda vai muito além da calça.

JEANS + JEANS A combinação jeans com jeans é perfeita para ocasiões informais. Para criar um look mais despojado,

experimente misturar dois tons bem diferentes, uti-

lizando o escuro da calça com um clarinho ou tie dye 42

na parte de cima e vice-versa. Quem prefere uma cartela de cores mais uniforme, pode optar por dois jeans do mesmo tom, o que ajuda a alongar a silhue-

ta. No lugar da calça, você pode experimentar uma bermuda ou saia em dias mais quentes.

shorts jeans Sem dúvidas, uma das peças mais versáteis que

existem. Seja em jeans claro ou escuro, rasgadinho,

acid washed, boyfriend, com franjas, com cintura baixa ou alta, existem modelos para todos os gostos

e estilos. Os mais soltinhos e destroyed estão em alta e são fáceis de combinar. Com t-shirts, regatas,

batas amplas, peças com renda, blusa ciganinha, blusões, chemises, cardigãs e jaquetas...opções não faltam para compor looks desde os dias quentes aos dias mais frios.


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para inspirar os looks

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destroyed Essa também é uma tendência que

combina com momentos descontraídos, mas pode ser utilizado até num

ambiente de trabalho mais informal. É

alto inverno

versátil, pois cabe em looks tanto de

Jeans e inverno têm tudo a ver.

pegada rasgadinha e envelhecida, o

(fake, é claro!), moletom estonado,

do com peças básicas e tradicionais

estampas fortes em cores mais es-

mais cool à produção; ou pode ser

indispensáveis no inverno e que ca-

inspiração folk, batas e outras peças

tas são sempre bem-vindas, assim

look mais boho e fashion.

uma pegada tribal ajudam a com-

verão quanto de inverno. Com essa

Tons terrosos, casacos de pelo

jeans destroyed pode ser combina-

lã, peças de fio, lenços e gorros,

como uma forma de dar um toque

curas e neutras, e suede são itens

utilizado com tênis casuais, botas de

sam perfeitamente com jeans. Bo-

que remetam aos anos 70 para um

como acessórios artesanais e com por um visual cheio de personalidade e informação de moda.


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Make da estação 44

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OLHAR

GLAMUROSO

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No fim do ano passado, as semanas de moda invadiram as principais capitais fashionistas do mundo. São Paulo, Nova York, Milão e Paris receberam

os mais influentes estilistas da alta costura que

mostraram, além das tendências de roupas, as

novidades para make e cabelo. Fique de olho nas apostas e invista no que mais valoriza a sua beleza!

O ano de 2016 pede uma pele com ar mais natural, e aparência bem saudável. O acabamento do rosto deve ser realizado de maneira

bem sutil, buscando apenas corrigir as imperfeições e deixar a pele com textura aveluda-

da. A nova proposta de makeup praticamente não tem cores e rebate tudo aquilo que parece artificial. Portanto, aposte em bases e pós mais finos e pegue leve no contorno.

Os últimos desfiles de Paris e Milão mostraram que o Inverno 2016 será uma

estação luxuosa, pelo menos na maquia-

gem dos olhos. Se a tendência é apostar em pele neutra, os olhos metálicos se des-

tacaram nas passarelas europeias. Todo o brilho não rouba o lugar dos nudes que possivelmente serão o casamento perfeito

da estação com o tons mais ousados. No desfile de Alexandre Vauthier, por exemplo, a boca nude acompanhou sobrance-

lhas ao natural, contrastando com os olhos mais pesados.


Crédito das imagens: divulgação

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Roxo é a

cor mais quente

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fios da estação

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Aposta de Cara Delevingne, Camila Coelho, entre tantas outras celebridades,

o batom roxo virou um clássico do inver-

Os fios desejados da temporada mais fria

nho têm aparecido como tendência máxi-

sarelas. Cabelos médios e long bob são as

no. Mas nessa temporada, os tons de vima. Os lábios nessa tonalidade estiveram presentes em diversos desfiles - sempre

em tons e texturas diferentes. Aposte em variação de acabamentos como vinhos matte e/ou roxos cremosos.

do ano já deram o ar da graça nas pas-

principais apostas de cortes de cabelo para este inverno. Além dos cortes, a tendência é

deixar o cabelo ao natural. Solte os cachos, esqueça as chapinhas e abuse das ondas.


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Para aquecer os sentidos p

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Nesta época do ano, em que o vento sopra mais

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quente assistindo a um filme é sinônimo de acon-

gelado e os dias são mais cinzentos, o clima pede

chego. É por isso que, em estações geladas, elas

ração. Tomar uma sopa antes de dormir é um

ceitinhas incríveis com propriedades e nutrientes

pratos quentinhos para aquecer o corpo e o co-

conforto para o paladar e comer uma sobremesa

se tornam parte de um ritual e trouxemos duas revaliosos para atravessar os dias mais frios.

Sopa de abóbora e gengibre Além de conter poucas calorias, essa receita é rica em vitamina A, cálcio, fósforo e fibras, que 46

prolongam a sensação de saciedade e melhoram a digestão. O gengibre ajuda a eliminar toxinas

e inflamações do corpo e trabalha na melhora daqueles furinhos que as celulites deixam, além

de ser um poderoso termogênico, facilitando a

queima de gorduras e esquentando o corpo nos dias de inverno. Confira a receita.

ingredientes:

PREPARO:

- Meia abóbora japonesa

Lave a metade da abóbora com

na panela em que a abóbora havia

- 1 cebola

coloque duas xícaras de água, a

da água e deixe cozinhar por 40

- 3 talos de capim-santo

por 10 minutos. Você vai notar que

- 1 colher de sopa de azeite

mente. Enquanto isso, descasque

- 1 colher de chá de pimenta

alho em fatias finas.

- Um pedaço (5 cm) de gengibre

água quente, e em uma panela

- 3 dentes de alho

abóbora e cozinhe em fogo médio

- 1 litro e meio de água

a casca da abóbora vai sair facil-

- 1 colher de sopa de sal

e corte o gengibre, a cebola e o

do reino (opcional)

Coloque a abóbora em um prato

e remova a casca, depois corte

em quadradinhos e coloque tudo

sido cozida. Acrescente o restante minutos. Após esse tempo, remova os talos do capim, bata-os em um liquidificador e misture na sopa.

Depois disso, basta temperar a

sopa ao seu gosto. Quando for degustar, você pode acrescentar algumas sementes secas de abóbora, que deixam o sabor ainda mais agradável.


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Soufflé de Nutella

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Com apenas quatro ingredientes é possível fazer uma sobremesa deliciosa

para saborear depois do prato principal ou quando dá vontade de assistir a um filme comendo um docinho.

Crédito das imagens: divulgação

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PREPARO: Aqueça por 30 segundos no micro ondas a Nutella para que

amoleça um pouco. Em um recipiente, coloque-a com o creme de leite, acrescente a gema e misture tudo. Reserve. ingredientes: - 3 claras - 1 gema

- 170g de Nutella

- 1/4 de xícara de creme de leite fresco ou de caixinha.

Bata as claras em ponto de quase neve. Adicione 1/3 delas no

creme feito com a Nutella, misturando delicadamente para não perder o ar incorporado. Misturado, é só adicionar o restante das claras e incorporar delicadamente. Escolha potes ou forminhas de sua preferência. Unte com a manteiga e açúcar e dis-

tribua a mistura obtida. Quando assados, os bolinhos atingem uma altura equivalente ao dobro da quantidade. Leve para as-

sar em forno preaquecido em 200 graus por aproximadamente 15 minutos. Sirva imediatamente.

Para ficar ainda mais interessante e com a cara da estação, uma sugestão é servir com frutas vermelhas ou até mesmo geleia ou calda quente de frutas.


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“Roupas contam trechos da nossa história e quanto mais vestimos, mais revelamos”, escreve a publicitária Cris Guerra em seu livro Moda Intuitiva. Mais contemporânea que nunca, a

moda está também mais democrática. No mundo com cada vez mais acesso à informação, bombardeado pela energia dos timbres, pela mistura das culturas e referências trazidas de todos os continentes, a ideia é que, cada vez mais, o estilo prevaleça.

É tempo em que todos podem usar, inventar,

cada vez mais o significado por trás da peça do

moda. O que se veste na América, cruza as fron-

Por isso, fala-se tanto em ter personalidade, ter

brincar, seguir, consumir, fazer ou até ignorar a teiras da Europa. O que se desfila em Milão, traz informações do oriente. Um jeans moderno pode 48

ser combinado com acessórios de tribos. As pes-

soas estão aprendendo a usar as tendências mais como guias e inspirações, do que como regra.

“A moda não deve ser mais uma forma de nos fa-

zer infelizes, e sim, um caminho para nos libertar.

Não deve ser tratada de forma superficial, pois

tem uma importância muito maior na nossa vida do que admitimos”, escreve Cris Guerra. No mo-

mento de escolher uma peça de roupa, importa

que uma tendência.

estilo próprio, experimentar o diferente, e demonstrar, através do que se veste, sua forma de

enxergar o mundo. “Saiba que você conhece

muito mais de moda do que imagina: vestir-se é algo que faz parte do seu dia a dia, e não existe

melhor especialista em você do que você mesmo”, reflete. É necessário descobrir a sua pró-

pria maneira de ser, de sentir, e a mensagem que quer passar para brincar com a moda. Assim, é

possível usá-la como uma aliada, de forma que esta valorize sua imagem e reflita sua personalidade e estilo de vida.

Moda intuitiva - Cris Guerra: “Já parou pra pensar que você é o seu próprio estilista? Que ao acordar você se prepara para um desfile diário, voluntário ou não? Eu já.” Essa é a reflexão de

Cris Guerra, a publicitária que por cinco anos fotografou-se todos os dias com uma produção diferente para seu blog Hoje Vou Assim. Mais de 1200 looks e

cinco milhões de acessos depois, ela agora lança um “não-manual de moda”,

onde oferece dicas para ajudar a leitora a descobrir o próprio estilo. No livro, Cris propõe uma libertação das regras rígidas que comandam o “como vestir” e “o que comprar”, e enfatiza o prazer em criar uma relação pessoal com a

moda, de maneira mais intuitiva. Um exemplo? Perguntar-se “como estou me

sentindo hoje?” antes mesmo de abrir as portas do guarda-roupa pela manhã.

Crédito das imagens: divulgação

Tendência é ter estilo


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Multiculturalidade A proposta é descombinar e mesclar estilos e cores diferentes para criar

looks únicos. Estampas étnicas, tramas, peças artesanais, listras, elementos navajo, roupas masculinas e turbantes são, por exemplo, elementos multicul-

turais que compõem looks incríveis. Para quem é mais clássica, mas gosta de

inovar vez ou outra, a dica é utilizar os elementos em uma única peça para destacar o visual. Uma calça jeans skinny cai perfeitamente bem com uma blusa com estampa étnica, por exemplo. Para levantar um look, invista no

turbante com motivos tribais, acessórios indígenas, ou bolsas com pegada

folk. Roupas masculinas chegam para fazer as vezes do social no guarda-roupas feminino. O importante é experimentar sem preconceitos, priorizando o que te veste bem, te deixa confortável e se sentindo bem.

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Intensidade e originalidade p

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Com linguagem musical híbrida e original, a cantora aposta na mistura de MPB e Indie Rock

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“Eu sou o traço que emerge e tor-

na possível sonhar”. Na voz visceral de Duda Brack, o verso da letra de “Eu sou o ar” - música que abre o

primeiro álbum da estreante aparece

como a primeira grande voz feminina a emergir em 2015. Brack não usou

mais que uma palavra para o título do álbum, mas abusou de toda a sua voz e sonoridade ousada para o seu conteúdo: “É” , disco que passeia na

MPB contemporânea, mas soa rocker na atitude.

Os olhos reveladores da cantora já dão o tom da personalidade musical

de Duda Brack. Ela tem apenas 22

anos, mas muito para cantar. Nasceu em Porto Alegre, onde iniciou seus estudos e vivências musicais na ca-

A capa do álbum de estreia de Duda Brack reflete

a contemporaneidade e força transmitidas em “É”.

pital. Mudou-se, aos 18 anos, para o Rio de Janeiro, onde ingressou na fa-

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culdade de música da UNIRIO e começou a se apresentar no circuito de

shows autorais. Entre 2012 e 2013 a artista flertou com a cena paulistana. Acumulou prêmios em festivais pelo

país. Em 2014, Duda Brack trabalhou na construção de seu primeiro álbum, intitulado “É”.

Desde que lançou “É”, a cantora tem

sido lembrada como a grande voz a emergir na cena contemporânea, e

tanto o álbum quanto o show foram aclamados pela crítica especializada.

Com seu disco tenso, urgente, ex-

perimental, a artista se faz presente nas listas de melhores trabalhos do ano passado nos principais veículos

da imprensa. Duda foi indicada ao

Eu sou o traço que emerge e torna possível sonhar,

Cantora de 2015, ao lado de nomes

canta Duda Brack em “Eu sou o ar”.

Prêmio Quem na categoria Melhor como Gal Costa, Bethânia e Elza Soares.


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para ouvir... p

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Rodrigo Campos

Conversas com Toshiro (2015)

Em “Conversas com Toshiro”, terceiro disco

solo do compositor e instrumentista Rodrigo

Campos, ele viaja pelo país oriental visitando a estética japonesa e apresentando personagens que tecem a narrativa do álbum. É uma

investigação sobre a consciência oriental, com

interpretações sobre amor, sexo, vida e morte e sua influência no inconsciente da cidade cosmopolita de São Paulo - uma fusão entre oriente e ocidente.

Elza Soares

A Mulher Do Fim Do Mundo (2015)

A inovação se evidencia na sonoridade do novo disco de Elza Soares. O trigésimo quarto álbum

da artista traz letras críticas sobre a vida urbana de São Paulo. Transexualidade, violência do-

méstica, narcodependência, a crise da água e a morte são temas cantados por ela.


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e sentir

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Elba Ramalho

Karina Buhr

(2015)

(2015)

Do meu olhar pra fora

Selvática

Trigésimo terceiro disco de Elba Ramalho, “Do

Com 11 faixas autorais carregadas de empon-

porâneo formatado pelos jovens produtores

tem colaboração dos músicos Edgard Scandur-

Meu Olhar Pra Fora” traz o som pop contemLuã Mattar, primogênito da cantora e o pernambucano Yuri Queiroga. O trabalho marca a estreia de Elba na gravadora e distribuidora

Coqueiro Verde, da família Erasmo Carlos e traduz sua vontade de cantar livre de pressões relacionadas a vendas e marketing. O álbum tem

participação especial da cantora portuguesa Carminho e Chico César.

deramento feminino, o álbum de Karina Buhr ra, Fernando Catatau, Guizado e Manoel Cordeiro, e as participações de Elke Maravilha e

Denise Assunção. O nome “Selvática” é carre-

gado de significado e faz referência aos textos sagrados nos quais a imagem da mulher é geralmente associada com animais peçonhentos,

rastejantes, bestiais, representando a personificação do pecado, a culpa e a traição.


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Destinos de autoconhecimento p

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Os destinos de autoconhecimento permitem descobrir mais sobre o mundo e si mesmo

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Paisagens deslumbrantes, cenários em que o ho-

tresse e a ansiedade do dia a dia. Isso pode fazer

esmagadora, mosteiros onde o silêncio e a refle-

lhor em explorar o mundo: aproveitar cada pedaço

ções que nos revelam a grandeza e riqueza do pas-

momento que está vivendo, quem observa as pai-

mem não é o protagonista, a natureza e sua beleza xão reinam, ruínas históricas e as grandes construsado. O que todos esses destinos têm em comum é a experiência contemplativa de enxergar melhor a si encarando o mundo.

Além de ter em mente uma jornada especial, esse

tipo de viagem pede uma postura diferente. É comum que os viajantes levem consigo a carga, o es-

com que se perca muito daquilo que existe de me-

do caminho. É raro quem desfrute plenamente do sagens atentamente. As viagens com objetivo de autoconhecimento só funcionam se a pessoa está

aberta e consegue se conectar totalmente com o destino que a recebe, com a atmosfera, a cultura, sua história, e se dedica a apreciar com calma e curiosidade.

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O nirvana, a reflexão e o Tibete A Índia é o berço do budismo, e um dos lugares mais indicados para esse tipo de jornada, por abrigar diver-

sas religiões. Além disso, é lá o local em que Sidarta Gautama atingiu sua iluminação: fica na cidade de Bo-

dhgaya, que ainda exibe a figueira sob a qual ele se sentou antes de alcançar o nirvana.

No norte do país, na cidade de Dharamsala, fica a sede

do governo exilado do Tibete e a residência do Dalai Lama. Um local perfeito para quem quiser entender melhor a cultura e a política tibetana.


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Ecovilas brasileiras As ecovilas são exemplos de destinos que podem revolucionar sua percepção de mundo, e até mesmo sua rotina e modo de vida.

Modelos de assentamento humano sustentável, são comunidades urbanas ou rurais que

vivem em harmonia com a natureza, intera-

gindo e vivendo da maneira mais sustentável e menos agressiva quanto possível.

Algumas das práticas adotadas por esses assentamentos são a utilização de energia

renovável, criação de esquemas de apoio familiar e social, bioconstrução, produção orgânica de alimentos e economia solidária.

Elas se relacionam num convívio íntimo com a natureza, utilizando-a de forma inteligente e respeitando os ciclos naturais.

No Brasil, existem dezenas de ecovilas distribuídas em todas as regiões do país, como a Clareando (Serra da Mantiqueira, SP), Arca 56

Verde (São Francisco de Paula, RS), Viver Sim-

ples (Itamonte, MG), Asa Branca (Brasília), entre outras. Em Santa Catarina, a Bio Aldeia Arawikay é um exemplo de “iniciativa criativa

voltada a eco sustentabilidade e em desenvolvimento e aprendizagem contínua dentro

de uma residência rural eco cultural”. A aldeia tem como meta a preservação e recupe-

Locais de retiro

de 17,70 hectares.

Para quem procura uma imersão espiri-

ração florestal de 80% da área original dentro

tural, os melhores destinos são aqueles

com mosteiros que aceitem visitantes. A Tailândia é hoje um dos lugares que

mais oferecem esse tipo de templos budistas. Alguns dos retiros mais po-

pulares entre forasteiros são o Wat Suan Mokkh, o Dharana Meditation Center e o Blooming Lotus Yoga.

Para quem não quer ir tão longe, existem opções no Brasil que acolhem visi-

tantes: o mosteiro Zenkoji, no Espírito Santo; e o Via Zen, no Rio Grande do Sul.


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Paisagens estonteantes Nada pode ser mais impactante que um contato profundo com a natureza. Existem destinos que permitem vivenciar contatos inesquecíveis com a geografia do mundo. A escalada do Kilimanjaro, o ponto mais alto da África, é um deles. A subida leva desde a floresta tropical da base até a vegetação alpina do cume

a 5895 metros de altitude. Existem diversas rotas que levam ao ponto máximo, e todas elas oferecem vistas fascinantes, observação da fauna, e o nascer do sol considerado um dos mais belos do mundo.

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Gratidão

Oliver Sacks

Companhia das Letras, 64 páginas

Do nobel ao adeus O londrino Oliver Wolf Sacks foi um neurologista, escritor p

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e químico amador. É autor de vários best-sellers, incluindo e

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estudos de casos de pessoas com distúrbios neurológicos.

Falecido em agosto de 2015, é famoso principalmente pelo livro O homem que confundiu sua mulher com um chapéu.

Como não existe melhor época para ler que o inverno, indicamos as leituras que não podem faltar acompanhas de café e descanso

Algumas das marcas de Oliver são o bom humor e sensibilidade ao falar da vida e suas peculiaridades, estas presentes na obra póstuma que reúne quatro ensaios imperdíveis.

Em Gratidão, temos um de seus últimos textos, publicado

pouco antes de morrer, nos quais reflete sobre o significa-

do da vida e da morte. “Minha geração está na reta final,

e sinto cada morte como uma ruptura, uma parte de mim

que é arrancada. Não haverá ninguém como nós quando partirmos, mas pensando bem nunca uma pessoa é como a outra. Quem morre não pode ser substituído. Deixa lacunas

que não podem ser preenchidas, pois é o destino - destino genético e neural - de todo ser humano ser um indivíduo

único, encontrar seu próprio caminho, viver sua própria vida,

morrer sua própria morte. Não consigo fingir que não estou com medo. Mas meu sentimento predominante é a grati-

dão. Amei e fui amado, recebi muito e dei algo em troca, li, viajei, pensei, escrevi. Tive meu intercurso com o mundo, o intercurso especial dos escritores e leitores. Acima de tudo,

fui um ser senciente, um animal que pensa, neste belo pla-

neta, e só isso já é um enorme privilégio e uma aventura”, escreveu o autor.


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A Cabeça do Santo

A Guerra Não Tem Rosto de Mulher

Companhia das Letras, 176 páginas

sem edição brasileira

Socorro Acioli

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Svetlana Alexievich

A escritora cearense Socorro Acioli é um

A jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich,

da literatura brasileira. Formada em Jorna-

em 2015, escreve livros que escavam o passa-

dos nomes mais queridos do cenário atual lismo, a autora é também mestre em Lite-

ratura Brasileira e Doutorada em Estudos de Literatura. Vencedora do Prêmio Jabuti

67 anos, laureada com o Nobel da literatura

do soviético e expõe os efeitos da falência da experiência socialista.

- Categoria Literatura Infantil, em 2013, foi

No vilarejo onde cresceu, sempre ouvia histó-

a oficina de roteiros Como contar um conto,

Como não encontrou registros desses acon-

também a única brasileira selecionada para

ministrada pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez (Prêmio Nobel de Literatu-

ra de 1982), na Escuela de Cine y TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba, em 2006.

Foi aí que surgiu a ideia do romance A Cabeça do Santo. Na obra, um rapaz do interior

do Ceará chamado Samuel parte para a cidade de Candeia, onde encontra uma estátua

inacabada de Santo Antônio, com a cabeça

separada do corpo. Samuel começa a ouvir vozes femininas em suas preces ao santo padroeiro dos enamorados, vindas de dentro

da cabeça do santo. Usando uma série de artimanhas e toda sua esperteza, o rapaz cultiva o dom para oferecer conselhos amorosos e unir casais apaixonados.

rias que as mulheres contavam sobre a guerra. tecimentos em seus livros, concluiu que seria

uma boa ideia escrevê-los ela mesma. O resultado: A guerra não tem rosto de mulher.

Apesar de, ao longo de mais de quatro décadas, ter escrito poemas, ensaios, roteiros para

o cinema e peças teatrais, seus livros mais notáveis são citados como “arqueologia da história real”. O registo das memórias e cotidia-

no de seu povo conquistou a Academia Sueca, que dificilmente prestigia obras não fictícias.

Um Nobel de não ficção não era concedido a

um autor desde 1953. A entidade afirmou que os livros da jornalista são “um monumento ao sofrimento e à coragem” e ressaltou o caráter “polifônico” de sua obra.

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O que podemos aprender com as construções sustentáveis? p

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A preocupação com o meio ambiente não é uma ideia para o futuro e sim uma necessidade para o presente.

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A construção sustentável é um conceito moderno de en-

emprego de mão-de-obra local, treinamento de cons-

genharia civil que busca usar tecnologias ecológicas nas

cientização dos funcionários e moradores de cada obra.

obras para preservar o meio ambiente e poupar os recur-

Esses são apenas alguns detalhes envolvidos nesse tipo

sos naturais. Essa ideia pode ser aplicada ao projeto de

de projeto.

qualquer tipo de estrutura, indo desde pequenas casas populares até a construção de grandes prédios, como

Uma das soluções mais econômicas e bonitas dentro

fábricas, escolas, empresas ou hospitais. Das atividades

deste conceito é a cobertura verde. A ideia é construir

humanas sobre a terra, a construção civil é uma das que

um “telhado vivo” através do depósito de terra e da

mais causam impacto no meio ambiente. No Brasil, por

plantação de grama (e outras plantinhas) no topo das

exemplo, aproximadamente 35% de todos os materiais

construções. Engana-se quem pensa que a ideia é nova:

extraídos da natureza anualmente (como metais, areia,

há registros do uso desta técnica desde os tempos da

madeira, e pedras) são usados pelo setor.

antiga Babilônia (século VI a.C.). No século XIX, na Alemanha, era comum o uso de coberturas verdes nas

Além desses recursos naturais, mais da metade de toda

construções das casas rurais. E existem diversas van-

a energia produzida no país é utilizada para abastecer

tagens em se cultivar o verde no topo das construções:

casas e condomínios. Uma parcela considerável desse

é barata e pode reduzir os custos da obra; é um exce-

recurso poderia ser poupada se as construções fossem

lente isolante acústico, protegendo da poluição sonora

pensadas para obter um melhor aproveitamento da luz

exterior; ajuda na filtragem da água da chuva; retém a

solar natural ou então usassem lâmpadas, chuveiros e

poeira e a poluição, tornando o ar mais puro.

outros dispositivos econômicos, por exemplo. Essas técnicas, alinhadas a um design inteligente e opções

Como se não bastassem todos os benefícios para o

coerentes de decoração, podem resultar na criação de

meio ambiente, para quem mora e para a comunida-

ambientes não só ecologicamente responsáveis, como

de ao redor, as construções sustentáveis proporcionam

também mais inclusivos, harmoniosos e cheios de vida.

redução do impacto da obra e da operação das edifica-

Painéis para geração de energia solar, ambientes pro-

ções, utilizando total planejamento, uso racional dos re-

jetados para receber mais luz e aproveitar a ventilação

cursos, uso de técnicas e materiais menos degradantes

natural, uso de materiais não poluentes ou recicláveis,

e com maior durabilidade.


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Crystal Island, Moscou – Rússia Essa impressionante construção produz sua própria energia elétrica,

por meio de energia solar e eólica, abastecendo a sua capacidade interna para 30 mil pessoas.

Hearst tower, Nova Iorque – EUA Além do resultado estético impressionante, as formas

triangulares das torres usam 20% menos aço que as construções convencionais.

Masdar, Abu Dhabi – Emirados Árabes A cidade é toda planejada com características susten-

táveis. Seu projeto inclui objetivos como geração zero de resíduos e também de CO2, priorizando o transporte público para seus habitantes.

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Centro Cultural Max Feffer – Brasil Em Pardinho, interior de São Paulo, um modelo de

concepção verde: destaque para o desenho da cobertura, com estrutura executada com bambu.

California Academy of Sciences – EUA Considerada uma das construções mais sustentáveis no mun-

do, reúne, numa única estrutura, aquário, planeatário, museu de história natural e floresta tropical indoor, além de se destacar por suas práticas e tecnologias ecológicas. Alguns pontos nos quais as construções sustentáveis devem se basear: - Adequar-se às condições do meio ambiente local, a fim de contemplar as necessidades de moradores e usuários, promovendo a saúde e bem-estar;

- Priorização de uso e materiais não tóxicos, que não ofereçam riscos ao ser humano e à natureza;

- Emprego de materiais, técnicas e obras locais, promovendo envolvimento com a sociedade;

- Baseado nos princípios dos 3 R’s (redução, reutilização e reciclagem), aplicação de gestão de resíduos sólidos na obra;

- Inserir a utilização construções sustentáveis como instrumento de educação e consciência ambiental;

- Utilizar ecoprodutos, materiais com baixo impacto ambiental; e ecomateriais.


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Amor que não se compra p

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Conviver com animais nos dá mais que alegria e boas risadas. Os bichinhos fazem bem para a nossa saúde física e para o nosso estado de espírito Um olhar doce, um abano do rabo, uma corrida

atrás da bolinha e o seu espírito de criança é despertado em instantes. Os animais amam seus do-

para retribuir o amor dos animais, 30 milhões de animais circulam pelas ruas sem destino, em sua maioria, abandonados pelos donos. A Organiza-

nos, não pela sua aparência e nem por algo que

ção Mundial da Saúde estima que só no Brasil exis-

são propensos a amar as pessoas pelo que elas

cães abandonados. Em cidades de grande porte,

se tenha a oferecer além de carinho. Cães e gatos

verdadeiramente são. E, mesmo com tantas razões

tam cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de

para cada cinco habitantes há um cachorro e 10%


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desses animais estão abandonados. No interior

de pública, já que a população dos bichos sem

diferente. Em muitos casos o numero chega a 1/4

quer outro controle populacional.

ou em cidades menores, a situação não é muito da população humana.

Além de ser um problema social, os animais vagando pelas ruas também interferem na saú-

e

dono anda livremente sem vacinação ou qual-

Enquanto parte da população não se conscientiza, há pessoas como a modelo Gabrieli Voigt

que doam amor incondicional e fazem sua parte.

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Ela, que mora em Balneário Camboriú, tem 11

bichinhos de estimação em casa, todos adota-

dos. “Meu amor por eles vem desde criança, meus pais sempre gostaram muito e fui educada para sempre ajudar e respeitar nossos amiguinhos”, declara.

Adotar faz bem Pesquisadores acreditam que, além de diminuir o estresse, a companhia do bichinho supre parte da nossa necessidade de interação

social. E isso, claro, nos deixa mais saudáveis.

“Para mim todos os dias com eles são únicos, pois tem sempre boas histórias para contar”.


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Projeto plaquinha de identificação Quem já passou pela experiência de ter um cão ou gato e

perdê-lo porque fugiu, sabe da importância de ter o nome e telefone do dono registrado na coleira. Pensando nisso, a Frente de Ação Pelos Direitos Animais (Frada) de Joinville resolveu dar uma mãozinha e organizou uma campanha

para venda de plaquinhas de identificação. Os preços são acessíveis e as placas estão disponíveis nos modelos de ossinho, peixinho ou gatinho.

Existem diversas associações em todo o Brasil que tam-

bém oferecem o serviço. Procure saber se existe alguma ação parecida perto de você ou faça sua própria plaquinha. O importante é não correr o risco de perder seu melhor amigo.

Cada um de sua maneira, alguns ciumentos, outros amorosos, sapecas, diz a

modelo, que garante: sua vida não teria sentido sem a companhia dos bichinhos. 64

Conviver com animais nos dá mais que alegria e boas risadas. Para as crianças, a

presença de um bicho proporciona uma série de benefícios que as ajudarão em seu desenvolvimento desde pequenas,

como aprender a ser mais responsáveis, instigando o desenvolvimento de anti-

corpos e evitando futuros problemas, como alergias, por exemplo.

No Brasil, abandonar animais também é considerado um crime de maus tratos de acordo com o artigo 3º do Decreto

Federal 24.645/34 e o artigo 32 da Lei

Federal 9.605/98. A lei prevê pena de três meses a um ano de prisão e multa

aos infratores. Além destas leis, os animais também estão amparados pela Declaração Universal dos Direitos dos

Animais (DUDA). Mesmo assim, casos de abandono ainda são frequentes. O

último bichinho que Gabrieli resgatou, por exemplo, estava à beira da rodovia

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Gabrieli atualmente tem 11 animais: os cachorros Bob, Cheddar, Rebeca, Furda, Usher, Savana, Angelina e Soninho. Os felinos são Horácia, Felícia e Kelvin Junior. E no coração, moram seus dois felinos Kelvin e Zara, falecidos há cerca de um ano.

catarinense 470. “Salvei a Angelina que estava sozinha na estrada.”, conta.

Crédito das imagens: divulgação e arquivo pessoal

Outra forma de ajudar a reduzir a popula-

CUIDE DO SEU BICHINHO COMO ELE MERECE

ção de animais abandonados é adotando

- Mantenha em dia as vacinas, o banho e a tosa, caso

que sentem, têm necessidades de amar e

- Use identificação na coleira com dados dos donos.

incentiva-se o comércio. O comprador de

- Forneça comida e água filtrada.

-os. Animais não são mercadorias, são seres de serem amados. Comprando um animal, animais em feiras de filhotes muitas vezes

não tem consciência disso e desconhece a quantidade imensa de animais que aguardam adoção ou um destino muito pior, no

corredor final dos Centros de Controle de

seja necessário.

- Não se esqueça de separar um local adequado, confortável e protegido para o pet dormir.

- Limpe regularmente aquários, caminhas, casinhas e demais ambientes próprios.

Zoonoses das prefeituras. Se você está pro-

- Quando for viajar, procure um hotelzinho ou con-

des e doações de animais na sua região.

ausência.

curando um bichinho, pesquise por entida-

verse com alguém que possa cuidar do pet na sua

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Tunga, natureza, arte e modernidade p

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DifĂ­cil de ser explicada, a arte de Tunga ĂŠ para sentir, vivenciar, despertar, incomodar e ser experimentada pelos sentidos

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Antônio José de Barros de Carvalho e

Mello Mourão, conhecido como Tunga, nasceu em Palmares (PE), em 1952, apesar

de se autoproclamar também carioca. “Eu nasci em Palmares, Pernambuco, ao mes-

mo tempo em que nasci no Rio de Janeiro, no mesmo dia e hora. Esse fato de nascer

em dois lugares simultaneamente já cria um problema de representação”.

Mudou-se para o Rio de Janeiro onde,

em 1974, concluiu o curso de arquitetura e urbanismo na Universidade Santa Úrsula. Tornou-se colaborador da revista Malasartes e do jornal A Parte do Fogo. No

começo da década de 1970, fez desenhos e esculturas, traçando imagens figurativas

com temas ousados. Mais tarde, realizou peças tridimensionais e instalações.


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Na década seguinte, realizou conferências

no Instituto de Filosofia da Universidade

Federal do Rio de Janeiro, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e na Universidade Candido Mendes. Pela exposição realizada no

Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 1986, ganhou o Prêmio Governador do Estado. Em parceria com Arthur Omar reali-

zou o vídeo Nervo de Prata. Recebeu, em 1990, o Prêmio Brasília de Artes Plásticas e, em 1991, o Prêmio Mário Pedrosa da

Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) pela obra Preliminares do Palíndromo Incesto. Apesar de o talento estar no sangue – Tunga é filho do escritor Gerardo de Mello

Mourão, tanta genialidade não vem à toa. Para realizar seus trabalhos, o artista investiga a fundo diversas áreas do conhecimento como teatro, filosofia, literatura,

psicanálise, além de disciplinas das ciências exatas e biológicas. O romance inter68

“Se procura os perfumes, perde o equilíbrio. Se pensa muito nas pernas, perde o ritmo dos pulmões. Entre o ritmo dos pulmões e o ritmo das pernas, você escolhe o dos pulmões.”

diciplinar entre esses setores está presente em cada obra.

“Felizmente, nesta sociedade, existe esse papel do artista, e felizmente, consegui me inscrever como tal. Porque poderia, como Artaud, estar no hospício, poderia estar em outro lugar, porque abrir mão desse desejo seria uma coisa que não gostaria de fazer, esse desejo de ver o mundo dessa maneira”.


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“Sempre gostei de bagunça. Não de ordem, nem desordem. Bagunça. O que tenho a mão vou mexendo até perder, pra depois achar de novo.”

“Não tente compreender tudo isso. Ideias não vão salvar você. Quem cai no mar não é salvo por uma ideia. É salvo por uma boia. A ideia de morrer morre enquanto você se seca com um guarda-

Fonte: tungaoficial.com.br

napo, olhando o mar como se ele fosse um inimigo derrotado.”

“Tunga não sou eu, Tunga é como se chama o meu nome. A procura de ‘quem a gente é’ é muito mais intensa do que a procura da identidade. Não se trata da procura da identidade, trata-se da procura de quem você é, dinamicamente. A identidade tem um quê de estático, como se você colocasse o nome a coisa”.

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Das raízes das tribos

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Peças e inspirações vindas da profunda sabedoria dos povos indígenas criam decorações e itens de moda com personalidade e estética sem igual Repletas de arte, sensibilidade e simbolismo, as criações de etnias indígenas ou inspiradas por essas culturas dão singularidade à decoração e

à moda, com referências ancestrais e um caráter visual singular.

Quando falamos de peças artesanais, trazidas di-

retamente do seio das tribos, falamos em objetos concebidos à mão, com o carinho, técnicas pas-

sadas de geração em geração, e uma mensagem

clara sobre um modo diferente de ver a vida. No processo de criação, há profundo respeito à pró-

pria história, à cultura, e à natureza, de onde são tirados todos os elementos.

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Esculturas, máscaras, colares, chapéus, cestos, ban-

Diz-se muito sobre cores fortes e intensas que fazem

estampas... Estes são apenas alguns dos elementos

e pelo mundo. Os elementos com identidade indígena

cos, tapetes, vasos, brincos de pena, flechas, cocares, mais popularmente utilizados. E são tão diversos es-

teticamente e no modo de fazer quanto são as tribos ao redor do planeta. Cada uma com sua própria bele-

za, materiais, referências de sua terra, sua fauna e sua flora, das condições climáticas, das tradições e costumes. Definitivamente, arquitetos, designers, estilistas,

grandes publicações de moda e decoradores têm redescoberto a arte das tribos, e as inserindo no mapa do que é moderno e de bom gosto.

parte dos costumes das tribos espalhadas pelo Brasil

podem remeter a madeira e bambu, o uso de penas, pedras, vitrais coloridos e até bordados com os motivos das tribos. Um dos principais atrativos nesse tipo

de peça é a exclusividade. Cada artesão tem sentimentos, influências e inspirações únicas, que também se refletem em cada objeto.

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Yawanawá – A Força da Floresta Fruto do projeto A Gente Transforma, nasceu Yawanawá – A Força da Floresta. Criado pelo designer bra-

sileiro Marcelo Rosenbaum, “para validar e valorizar os potenciais e saberes e transformar em oportunidades dentro e fora das comunidades. Oportunidade consiste

na abertura de mercados, geração de renda através do reconhecimento das tradições, trazendo a permanência da cultura, gerando autoestima e dignidade.”

A proposta de Rosenbaum é utilizar o design útil, como um transformador, apto a desenhar um novo mundo, sendo um agente de mudança, “colaborativo e interdependente”.

Em outubro de 2012, o designer paulista encarou uma expedição à região oeste do Acre para assistir ao Fes-

tival Yawanawá, evento anual que divulga os rituais, hábitos culturais, danças e outros elementos da comu-

nidade indígena de mesmo nome, com cerca de 700 integrantes.

Em meio aos rituais xamânicos, Marcelo decidiu: seria 72

ali a 3ª edição do projeto A Gente Transforma. Tempos

depois, voltou o Acre com uma equipe multidisciplinar de 30 pessoas, e um desafio aos Yawanawás: fazer lumi-

nárias com miçangas. Nas peças criadas, seria aplicado o principal traço da comunidade, os Kenês (grafismos originais da tribo, que representam, de forma pictográ-

Galeria Claudia Andujar

A cultura indígena está muito presente também na arte. Exemplo disso é a galeria Claudia Andujar inaugurada em novembro de 2015 no Inhotim (maior

museu a céu aberto do mundo). O espaço é dedicado ao trabalho da fotógrafa nascida na Suíça e radicada no Brasil.

Com mais 1.600 m², o pavilhão é o segundo maior do Parque e exibe mais de 400 fotografias realizadas pela artista ao longo de 40 anos na Amazônia brasi-

leira e com o povo indígena Yanomami. O trabalho de Claudia chama a atenção não só pela estética, mas por aliar arte e engajamento.

Fazem parte ainda da galeria outros trabalhos, além das fotografias, incluindo livros da artista, publicações da época, e o documentário “A estrangeira”, pro-

duzido pelo Inhotim com direção Rodrigo Moura - diretor artístico do museu e curador da mostra.

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fica, animais e elementos da natureza). Aplicados em pinturas corporais a pulseiras de miçangas,

passaram a estampar as luminárias, criadas em coautoria. Finalizadas pela La Lampe, empresa parceira do projeto, 80% do valor das peças volta à comunidade indígena. “Não ganho um centavo

com a venda. Meu objetivo é tornar nosso artesanato reconhecido e valorizado, e não tratado como suvenir”, diz Marcelo.

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Crédito das imagens: Disfunkshion mag e divulgação

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Que se amar vire rotina 74

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Manter um ritual de beleza faz bem ao corpo, auxilia a mente na autoestima, a se amar e se manter saudável

Mesmo com pouco tempo livre, é possível en-

rituais diários podem garantir, além da melhora

e práticos, que vão fazer com que você se sinta

corpo. Invista nesse passo a passo e tire alguns

caixar na rotina alguns rituais de beleza rápidos

mais feliz consigo mesma. O primeiro passo é se conhecer. Saber qual o seu tipo de pele e cabelo,

qual o seu estilo e o que te faz se sentir bonita. Os produtos certos farão toda a diferença. Alguns

estética, bem-estar e cuidados saudáveis para o

minutos do seu dia para curtir a sua própria pre-

sença. Se cuidar também é uma forma genuína de felicidade.


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Ser bonita é se sentir bem Para cuidar bem do corpo, é necessário

estar bem consigo mesma. Para evitar

Spa no chuveiro

ter a pele macia, desacelere sempre

Duas vezes por semana, reserve um tempinho

as chamadas “rugas de tensão” e manque possível. Tire um tempo para re-

laxar e faça da sua casa um ambiente aconchegante. Principalmente à noite,

procure deixar velas perfumadas ace-

sas ou aromatizadores de ambientes. Escolha fragrâncias relaxantes, como

lavanda, limão, laranja ou baunilha.

para esfoliar o corpo. Trabalhe movimentos circulares e suaves por todo o corpo, principalmente nos cotovelos, axilas, joelhos e virilha. O pro-

cedimento é ótimo para eliminar células mortas, estimular a circulação e deixar a pele macia. Use uma bucha vegetal ou sabonete esfoliante.

Dormir em paz faz toda a diferença não só para aparência, como para o humor.

Hidratação Ao sair do banho, principalmente nos dias de es-

foliação, é indispensável o uso de um hidrante corporal. Outra opção mais prática é usar óleos

corporais. Esses produtos são aplicados ainda em-

baixo do chuveiro e precisam ser enxaguados, mas o efeito de hidratação é o mesmo.

Corpo saudável A beleza começa sempre de dentro para fora. Por isso, cuidar na alimentação faz toda a diferença. Para quem

sofre com pele oleosa, por exemplo,

evitar alimentos gordurosos contribui

para o equilíbrio do corpo e para um aspecto mais sequinho da cútis. Be-

ber muita água e priorizar o consumo de frutas e legumes ajuda para a hidratação de todos os tipos de pele.

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Maquiagens Remover a maquiagem evita a presença

de acne, envelhecimento precoce, entre outros problemas. Lenços removedores, soluções bifásicas ou sabonetes

Fios sedosos

Sempre lembrando que você deve lavar

Para nutrir os cabelos, principalmente na tempo-

quilante. Além disso, separe um tem-

pode substituir o condicionador. Além disso,

das makes e para a limpeza dos pincéis,

tamento rápido só precisam de 60 segundos e os

específicos são algumas das opções. o rosto depois, para remover o dema-

rada mais fria do ano, uma máscara hidratante

pinho semanal para verificar a validade

para quem tem pouco tempo, as ampolas de tra-

que pode ser feita com água morna.

resultados são excelentes, se usadas pelo menos uma vez por semana.

Cremes com função Cremes redutores de medida e anticelulite podem

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realmente fazer a diferença. A automassagem auxilia na drenagem e na eliminação de toxinas do

corpo. Se feita todos os dias, a técnica também pode ajudar na redução de retenção de líquidos e traz uma sensação de leveza ao corpo.

Pés e mãos Não basta apenas fazer as unhas. Para que fiquem lindos, macios e livres de odores, preci-

sam de cuidados a mais. A planta dos pés, assim como das mãos, é ausente de glândulas sebáce-

as, formando uma camada mais grossa de pele. Para manter a suavidade e delicadeza, a regra é hidratar. Nas mãos, produtos específicos para

cutículas são a solução para deixá-las com ar de recém-feitas por mais tempo.


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CrÊditos Fotografia: Tauana Sofia Vieira Marcellus K Beleza: Suyane Abreu Proença Camila Baseggio Modelos: Mariana Vansuit Conte, Gabriella Vanti e Gabriela Tiedt.


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Colares, brincos, e pulseiras. Em cada um deles, as tramas vão sendo criadas conta a conta utilizando símbolos e referências passados de geração em geração pelas

tribos do mundo. Auetis, Camaiurás, Yanomani, Surma, Mursi, Arapaho... são esses

e outros povos primitivos que inspiraram a criação de acessórios artesanais. É da beleza de suas tradições e festividades, da riqueza da cultura e natureza, que são escolhidos os desenhos, formas e cores dos acessórios Yacamim.

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